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1º BLOCO ...........................................................................................................................................................................................

2
I. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo Lei 10.261/68 ................................................................ 2
• Funcionário ou Servidor? ................................................................................................................................................... 2
• Direito de Petição............................................................................................................................................................... 2
• Deveres ............................................................................................................................................................................. 3
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 5
I. Continuação de Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ............................................................. 5
• Proibições .......................................................................................................................................................................... 5
• Responsabilidade Administrativa ....................................................................................................................................... 6
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 8
I. Continuação de Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ............................................................. 8
• Penalidades e Aplicação.................................................................................................................................................... 8
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 12
I. Continuação de Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ........................................................... 12
• Aplicação das Penas Disciplinares .................................................................................................................................. 12
• Providências Preliminares ............................................................................................................................................... 13
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 14
I. Continuação de Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ........................................................... 14
• Procedimento Disciplinar ................................................................................................................................................. 14
• Sindicância ...................................................................................................................................................................... 14
• Procedimento Administrativo ........................................................................................................................................... 15
• Recursos .......................................................................................................................................................................... 16
• Revisão ............................................................................................................................................................................ 17

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
I. ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO LEI 10.261/68
• FUNCIONÁRIO OU SERVIDOR?
O termo funcionário público caiu do desuso, esse termo, somente é usado no âmbito criminal, onde indica um
servidor público que esteja respondendo por um crime.
Atualmente o termo usado em lato sensu, ou seja, de modo geral, para indicar uma pessoa que desempenhe
função pro Estado é Servidor público. As bancas gostam de trabalhar o texto puro do estatuto de São Paulo, dessa
forma, utilizam a nomenclatura funcionário público em todo o texto, isso porque a legislação 10.261 é antiga, de
1968. Enfim, não se estranhe com a expressão funcionário, aqui ela pode indicar muito mais que um servidor que
responde na esfera criminal.
• DIREITO DE PETIÇÃO
O que é o direito de petição?
Nada mais é que o direito de pedir, solicitar ou até mesmo exigir dos órgãos públicos direitos ou providências em
determinadas situações.
O art. 239 e 240 dessa legislação, juntamente do art. 5º, inciso XXXIV da CF (Constituição Federal) fundamenta o
direito de petição.
Sobre o direito de petição na CF:
Vale à pena dizer que o direito de petição é cláusula pétrea, ou seja, está entre aqueles direitos que não podem
ser abolidos do texto Constitucional.
Art. 239 - direito de petição
 Quem?
 Pagamento?
 Quando?
Conforme a redação do art. 239, o direito de petição poderá ser exercido por qualquer pessoa, sem a necessidade
de ser pessoa física, ou seja, poderá ser exercido tanto por pessoa física, quanto por pessoa jurídica.
O direito de petição não depende do pagamento de taxas, não é necessário desembolsar pecúnia, ou seja,
dinheiro, para exercer esse direito é o que prevê a disposição do art. 239 da lei 10.261/68 e art. 5º, inciso XXXIV da
Constituição Federal.
Outra possibilidade do examinador trabalhar em prova, referente ao art. 239 desta lei, diz respeito a quando será
cabível o direito de petição, conforme a disposição do artigo citado será contra:
 Ilegalidade
 abuso de poder ou para,
 defesa de direitos.
§2º - Obrigatoriedade da administração protocolar, encaminhar ou apreciar a petição:
Sob pena de responsabilidade do agente.
Art. 240 - modalidades de petição
 Requerimento
 Representação
 Reconsideração
 Recurso
Segundo o art. 240, são modalidades de petição: requerimento, representação, reconsideração e recurso.
O que é o Requerimento? O requerimento é o requerer de alguma coisa, ou seja, solicitação de algum direito. O
servidor tem direito a férias, licenças etc. e para que faça jus a esses direitos deve ingressar com a petição de
requerimento, esse é um exemplo claro do direito de petição na modalidade de requerimento.

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O que é representação? A palavra representação pode ter significado diverso aqui nesta legislação. O significado
referente ao direito de petição é denúncia. O servidor deve denunciar ao ser superior os atos ilegais que tiver
conhecimento no exercício de suas funções.
Entretanto, quanto ao significado diverso que não é referente ao direito de petição, por vezes a lei pode mencionar
representação no sentido de ser procurador de alguém.
Será que o direito de petição se sujeita a algum prazo? Existe algum prazo para praticar esse direito? A resposta
é sim. Segundo a disposição do art. 240 da lei 10.261/68, em regra o direito de petição se sujeito ao prazo de 30
dias, entretanto, constitui exceção, disposição legal específica. Guarde esse prazo, pois ele já foi cobrado em prova,
a banca já perguntou qual seria o prazo para exercer o direito de petição, e conforme a disposição do art. 240, o
prazo é de 30 dias, essa é uma informação relevante para sua prova.
 Prazo? Regra e exceção?

• DEVERES
Os deveres são condutas positivas do servidor. Condutas que devem ser exercidas por estes, estão previstas no
art. 241. É imprescindível, ou seja, indispensável, a leitura desse dispositivo, costuma-se cobrar o texto puro de lei.
Serão comentados os principais dispositivos. Tanto aqueles que já foram trabalhados em prova, quanto àqueles que
possuem alto grau de caírem, mesmo que ainda não foram cobrados em provas anteriores.
Condutas positivas
Artigo 241 - São deveres do funcionário:
I. ser assíduo e pontual;
II. cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
O sentido da palavra ‘’representando’’ neste inciso indica denúncia, é o mesmo sentido visto no direito de petição.
Em regra o servidor deve cumprir as ordens de seus superiores, entretanto, quando tais ordens forem
manifestamente ilegais, ou seja, possuem transparência de ilegalidade, sem sombra de dúvida, e assim tais ordens
são vistas por outras pessoas, o servidor tem o dever de denunciar o seu superior para que seja apurada a devida
ilegalidade.
III. desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV. guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos,
decisões ou providências;
V. representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no
exercício de suas funções;
VI. tratar com urbanidade as pessoas;
Urbanidade aqui tem o sentido de probidade, ou seja, honestidade, ser educado, ter uma conduta adequada e de
bom temperamento tanto com as pessoas que vão usufruir do serviço público, quanto com as pessoas que trabalham
com o servidor.
VII. residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII. providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua
declaração de família;
IX. zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua
guarda ou utilização;
X. apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando
for o caso;
XI. atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de
papéis, documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades
judiciárias ou administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII. cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho,
XIII. estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que
digam respeito às suas funções; e
XIV. proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

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Proceder de forma que dignifique a função é ter uma conduta ilibada, não compartilhar de ideais que vão contra a
finalidade pública. Vale ressaltar que a conduta ilibada, adequada, deve ser mantida tanto no exercício das funções
no âmbito público, quanto na sua vida privada, isso porque ainda que fora da repartição o servidor seja visto como
uma imagem da própria administração pública.
EXERCÍCIOS
1. Segundo o Estatuto de São Paulo, é correto afirmar que constitui dever do funcionário público representar aos
superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas funções.
2. Com base no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, é correto afirmar que é
assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, mediante pagamento de taxas, o direito de petição contra
ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.
3. Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como pedir reconsideração e recorrer de
decisões, salvo previsão legal específica, no prazo de:
a) 5 dias.
b) 10 dias.
c) 15 dias.
d) 30 dias.
e) 45 dias.
GABARITO
1 - CORRETO
2 - ERRADO
3-D

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I. CONTINUAÇÃO DE ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
• PROIBIÇÕES
As proibições previstas no art. 242, 243 e 244, são condutas que devem ser evitadas pelo servidor. São
verdadeiras prestações negativas, condutas que o servidor deve abster-se de agir, ou seja, deve evitar exercer.
Serão comentados os principais dispositivos, aqueles que realmente estão propensos a cair na sua prova.
CONDUTAS NEGATIVAS
Art. 242 - Ao funcionário é proibido:
II. retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição;
III. entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades
estranhas ao serviço;
IV. deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V. tratar de interesses particulares na repartição;
VI. promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se
solidário com elas;
VII. exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de
donativos dentro da repartição; e
VIII. empregar material do serviço público em serviço particular.
A banca já trabalhou esse inciso em prova, fazendo um trocadilho ao dizer que é vedado empregar material
particular em serviço público, o que deve ser considerado errado. Por quê? Um grande exemplo é o Oficial de
Justiça, ele exerce suas funções com veículo próprio, o que não consiste em vedação deste dispositivo, a vedação
prevista aqui é referente ao uso de material público em atividades particulares, como por exemplo, um escrevente
pegar folhas de ofício para escrever cartas para sua namorada, isso é vedado porque foge totalmente a finalidade
pública.
Art. 243 - É proibido ainda, ao funcionário:
I. fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como
representante de outrem;
Este dispositivo evita que o servidor usufrua do seu cargo para beneficiar a si ou outrem. O servidor ao fazer
contratos de natureza comercial e industrial com o governo, estaria infringindo a igualdade de concorrência, e como,
por exemplo, em uma licitação, ele teria acesso a informações que os concorrentes não teriam, quebrando o princípio
da isonomia previsto na Constituição Federal.
II. participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de
sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o
Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas
com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
III. requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
O Servidor não pode valer de sua figura pública para facilitar o caminho de terceiro, salvo privilégio de invenção
própria. O servidor ao exercer atos em nome de terceiros, favores etc. estaria praticando o crime de advocacia
administrativa, punível com demissão a bem do serviço público e também punível na esfera criminal.
IV. exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
V. aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
A palavra representação aqui foge do significado de denúncia previsto no direito de petição. O inciso V fala sobre
a representação no sentido de ser procurador de alguém, exercer atos em nome de outrem. É vedado ao servidor
exercer atos em nome de países estrangeiros, sob pena de ser penalizado. Cabe aqui uma ressalva, o servidor

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poderá exercer atos em nome de outros países mediante autorização do Presidente da República. Vamos colocar
isso em um exemplo, imagine que um servidor vai representar a Argentina aqui no Brasil, para tanto deve haver
AUTORIZAÇÃO do Presidente da República, caso contrário, este estará sujeito a ser penalizado na lei 10.261/68.
VI. comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II
deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII. incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII. praticar a usura;
IX. constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição
pública, exceto:
 Cônjuge
 Pai, mãe, filho, irmão, neto ou avô
Este dispositivo refere-se diretamente ao exercício da advocacia administrativa. O Servidor será penalizado com
demissão se representar interesses de terceiros na administração pública, salvo, interesse de cônjuge ou parente até
o segundo grau, quais sejam: pai, mãe, filho, irmão, neto ou avô.
X. receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no
estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou
fiscalização de qualquer natureza;
XI. valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções
ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e
XII. fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Segundo o texto constitucional é garantido à liberdade sindical. Entretanto, na lei 10.261/68 a liberdade sindical é
vedada. Como responder em prova? Se o enunciado da questão te perguntar segundo o texto Constitucional,
responda que é possível fundar sindicato de funcionário ou deles fazer, entretanto, se o enunciado da questão
mencionar a lei 10.261/68, deve-se considerar uma vedação fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte, ou
seja, é proibido exercer tal ato.
Art. 244 - o funcionário não pode trabalhar sob ordens imediatas de:
Parente até segundo grau, salvo:
No máximo 2 em função de confiança e livre escolha
O art. 244 veda que o servidor trabalhe sob as ordens imediatas de parentes até o segundo grau.
Caso o servidor trabalhasse com um parente próximo sendo seu superior imediato, seria impossível legitimar a
fiscalização dos seus atos, dessa forma é vedado que o servidor trabalhe sob as ordens de pai, mãe, filho, irmão, avô
ou neto, salvo quando em função de confiança e livre escolha, limitado a 2 o número de auxiliares nessas condições.
• RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
A responsabilidade administrativa do servidor está prevista dos art. 245 até o art. 250.
Art. 245 até 250 - responsabilidades do funcionário público
Art. 245 - responsabilidade subjetiva do servidor
O servidor é responsável de forma subjetiva por seus atos. Para que o servidor responda deve-se haver dolo ou
culpa. O que é dolo? Dolo é a intenção de cometer o ato. O que é culpa? Em simples palavras culpa é quando o
servidor cai em erro e comete o ato, tem uma conduta que deveria ter evitado.
A responsabilidade do Estado é objetiva, ou seja, o Estado responde independentemente de dolo ou culpa. O
Estado é incumbido de reparar o dano ainda que o servidor tenha praticado o ato sem dolo ou culpa. Entretanto, o
Estado ao reparar o dano, se ficar comprovado que houve dolo ou culpa do agente, poderá incorrer em regresso
contra o servidor, para que este repare o prejuízo causado ao Estado. É a chamada ação de regresso. Vale ressaltar
que esta só ocorre quando há dolo ou culpa DEVIDAMENTE APURADO.
Art. 247 - indenização de uma só vez à fazenda estadual
Em alguns casos o servidor é obrigado a indenizar por seus erros de uma só vez a Fazenda Estadual, ou seja, em
termos simplórios, o cara RODA. Roda? Isso mesmo, o cara roda, R de remissão, O de omissão, D de desfalque e A

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de Alcance. São situações em que o servidor é obrigado a reparar de uma só vez a Fazenda Estadual, memorize
essas situações, caso contrário quem vai rodar vai ser você.
Art. 248 - possibilidade de indenização parcelada à fazenda estadual
O art. 248 trás a possibilidade de indenização parcelada do servidor à Fazenda Estadual. Fora os casos previstos
no artigo 247, o servidor vai indenizar com desconto em seu vencimento ou remuneração. O desconto não poderá
exceder a décima parte do valor destes. É o que prevê a disposição do art. 248.
Art. 250 - cumulação das esferas
O art. 250, diz respeito a responsabilidade do servidor nas demais esferas. A responsabilidade administrativa não
exime o servidor, a responsabilidade que incorrer nas demais esferas, sejam elas: cível ou criminal. Estamos diante
da possibilidade da cumulação das esferas. O servidor que responder na esfera administrativa por advocacia
administrativa e for penalizado com demissão, ainda sim, responderá nos termos do art. 321 do código penal por
crime, podendo ser condenado de detenção de um até três anos.
§2º - absolvição na Justiça por:
Negativa de autoria
Inexistência do fato
Estamos diante de uma informação relevante com previsão no art. 250 §2º. Segundo está disposição, na hipótese
do servidor responder na esfera administrativa e também na judiciária, se for condenado na esfera administrativa e
destituído do cargo, entretanto absolvido na esfera judiciária por negativa de autoria ou inexistência do fato, o
servidor deverá ser reintegrado ao cargo anteriormente ocupado. Seria como se o âmbito judiciário interferisse na
decisão administrativa. Essa disposição já foi trabalhada em prova, indico uma leitura mais aprofundada desse
dispositivo.
EXERCÍCIOS
1. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo
ou culpa, devidamente apurados. É correto afirmar que nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o
funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance,
desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
2. Segundo a lei 10.261/68, é correto afirmar que é permitido ao servidor público incitar greves ou a elas aderir, ou
praticar atos de sabotagem contra o serviço público.
GABARITO
1 - CORRETO
2 - ERRADO

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I. CONTINUAÇÃO DE ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
• PENALIDADES E APLICAÇÃO
Art. 251 - penas disciplinares:

São seis as penas disciplinares, com previsão legal no art. 251 da lei 10.261/68. O art. 251 elenca um rol, ou seja,
uma lista, de penas disciplinares que podem ser aplicadas mediante apuração da penalidade.
A repreensão é a pena mais leve prevista neste estatuto. As bancas gostam de trabalhar que a advertência
constitui-se em pena disciplinar prevista no estatuto de São Paulo, entretanto, conforme a previsão do art. 251, a
advertência não está no rol de penas disciplinares.
O inciso I ao VI que indica as penas são respectivamente uma progressão disciplinar, onde o inciso I consiste na
pena mais leve e o inciso VI na pena mais grave.
Art. 252 - requisitos para aplicação da pena
O art. 252 elenca os requisitos para aplicação da pena. Quantos requisitos estão previstos nestes dispositivos? A
resposta é três. Quais sejam: Gravidade e natureza da infração e os danos que ela cause para o serviço público.
Não consigo memorizar, tem algum mnemônico para que eu possa gravar os requisitos e levar para a prova? É
claro que sim. Pense em uma bomba explodindo, ou melhor, em uma GRANADA, a forma da explosão depende dos
requisitos para aplicação da pena. Isso mesmo, GRANADA indica ''GRA'' de gravidade da infração, ''NA'' de
natureza desta e ''DA'' danos que a infração acarreta para o serviço público.

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Art. 253 - repreensão:
 Indisciplina
 Falta de cumprimento de deveres
Quando será aplicada a pena de repreensão que nada mais é que a pena disciplinar mais leve do Estatuto? A
resposta está na disposição do art. 253, mediante indisciplina ou ainda, falta de cumprimento de deveres. A banca
gosta de criar um trocadilho em prova, o examinador coloca que indisciplina ou falta de cumprimento de deveres gera
suspensão, o que deve ser considerado errado segundo previsão do art. 253. O examinador também gosta de
colocar como situações que acarretam advertência, o que também deve ser considerado errado, isso por dois
motivos, primeiro por que essas situações conforme a previsão do art. 253 geram repreensão, e outra porque
advertência não é pena disciplinar prevista no art. 251.
Art. 254 - pena de suspensão:
 Falta grave ou reincidência de repreensão
 Limite de 90 dias
A pena de suspensão possui alta incidência em prova. Existe algum limite para suspensão de um servidor? A
resposta é sim. O limite previsto no art. 254 é de 90 dias. Dessa forma, o servidor não poderá ser suspenso por 91
dias ou mais, por constituir violação ao presente Estatuto.
Quando será aplicado a pena disciplinar de suspensão? A pena de suspensão será devida nos casos de falta
grave ou de reincidência de repreensão, conforme a disposição do art. 254. Ou seja, o servidor reincidente em
repreensão, acabará respondendo sujeito à pena de suspensão.
§1º - Perda de todas as vantagens e direitos decorrentes do cargo
A pena de suspensão acarreta a perda de todas as vantagens decorrentes do cargo. O serviço público não é lugar
para brincadeira. É essencial que todos compartilhem da finalidade pública, então, caso o servidor seja penalizado
por algum ato que ele não deveria ter cometido que gere suspensão, além de ser suspenso, também perderá todas
as vantagens e direitos decorrentes do cargo, está é a previsão do §1º do art. 254 da lei 10.261/68.
§2º - possibilidade de conversão em multa de 50% por dia de vencimento ou remuneração,
continuando no serviço
O §2º do art. 254, prevê como possibilidade a conversão da pena de suspensão em multa de 50% por dia de
vencimento ou remuneração, ficando sujeito a permanecer no exercício de suas funções.
Qual o objetivo do legislador com essa possibilidade de conversão? É simples, em alguns casos o servidor pode
causar um prejuízo ainda maior ficando fora da repartição, dessa forma, este dispositivo, cria a possibilidade da
autoridade competente para aplicação da penalidade converter essa suspensão em multa e o servidor fica
OBRIGADO a permanecer no exercício de suas funções.
Art. 256 - demissão:
O art. 256 elenca cinco situações que geram a demissão do servidor.
I. abandono de cargo
§1º - falta por mais de 30 dias consecutivos
O que é o abandono de cargo? Conforme o §1º do art. 256, o abandono de cargo é a falta do servidor por mais de
30 dias CONSECUTIVOS. Vale apena memorizar este dispositivo, pois já foi objeto de cobrança em prova.
II. procedimento irregular de natureza grave
De forma objetiva esse inciso diz respeito aos prejuízos relevantes para o serviço público, condutas que são
desprezíveis e fogem totalmente da finalidade pública.
III. ineficiência no serviço
§2º - só será aplicada na impossibilidade de readaptação
A disposição do inciso III do art. 256 prevê como conduta que gera a pena de demissão, a ineficiência no serviço.

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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Cabe aqui uma ressalva que pode aparecer na sua prova. Segundo o §2º deste artigo, somente será devida a
aplicação da pena de demissão na hipótese de impossibilidade de readaptação. O que é readaptação? É a troca de
função do servidor, devido a alguma limitação física ou mental que esteja obstruindo o exercício daquela função que
ele foi incumbido de prestar.
IV. aplicação indevida de dinheiros públicos
O servidor deve-se atentar aos gastos públicos. Por exemplo, o servidor encarregado de comprar instrumentos de
trabalho para a repartição não pode gastar demasiadamente o dinheiro público. Vale ressaltar que existe um
procedimento adequado para o gasto do dinheiro público. Lembrando que este gasto jamais pode fugir da finalidade
pública.
V. falta por mais de 45 dias interpoladamente durante o ano
Enquanto que no inciso I a inassiduidade do servidor acarreta demissão no caso de falta por mais de 30 dias
consecutivos, no inciso V, não há necessidade das faltas serem consecutivas para que o servidor seja penalizado
com demissão, basta que em um lapso temporal de 12 meses o servidor tenha faltado por mais de 45 dias
consecutivos. Essa é a previsão do inciso V art. 256 da lei 10.261/68, onde trás as condutas que geram a pena de
demissão.
Art. 257 - demissão a bem do serviço público
O art. 257 menciona as condutas que geram demissão a bem do serviço público, conforme a cobrança do texto
puro de lei pela banca cabe esclarecer aqui os dispositivos que já foram trabalhados em prova, o que não tira a sua
responsabilidade de ter uma leitura constante dos demais.
IX. exercer advocacia administrativa;
O que é advocacia administrativa? Advocacia administra é o mesmo que valer-se da figura pública, do seu cargo,
emprego ou função pública, para representar interesses de terceiros na administração pública. Representar aqui tem
o sentido de servir como procurador de particulares, o que pode obstruir o princípio da isonomia previsto na
Constituição Federal. Essa ofensa é devido à facilidade que uma pessoa pode ter ilegalmente em função de um
servidor, quebrando a igualdade de concorrência a que todos teriam direito.
X. praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e terrorismo
Estes são os crimes previstos no art. 5º do texto constitucional como inafiançáveis e insuscetíveis de graça e
anistia. O que quer dizer inafiançável? São crimes que não pode se pagar finca, ou seja, não pode ser pago um valor
para que responda pelo crime sem estar sujeito a prisão preventiva, aquela prisão em que acusado fica até que seja
decidido o andamento do processo.
Em que consiste um crime ser insuscetível de graça ou anistia? Insuscetíveis de graça ou anistia, faz referência
aos crimes que não pode ser perdoados ou terem suas penas diminuídas.
Esses crimes são gravíssimos, o Estado despreza essas condutas porque fere até mesmo a imagem da
administração.
XIII. praticar ato definido em lei como de improbidade
O que é improbidade, probo significa ser honesto dessa forma, com o prefixo ‘‘im’’, improbidade significa
desonestidade. A lei 8429/92 definiu os atos que são considerados como atos de improbidade administrativa. São
considerados em três modalidades, quais sejam: atos que causam prejuízo ao erário, enriquecimento ilícito e também
os atos de improbidade que violam os princípios da Administração pública.
Art. 259 - cassação da aposentadoria ou disponibilidade do inativo
O inativo aqui é aquele que não está mais exercendo suas atividades, quer seja por estar aposentado, quer seja
por estar em disponibilidade. O que é disponibilidade? Disponibilidade diz respeito à situação do funcionário que
aguarda ser recolocado no serviço público, ou seja, não está exercendo suas funções, entretanto, não teve seu
vínculo com a administração pública interrompido.
I. praticou quando em atividade ato que gere demissão ou demissão a bem do serviço público

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
As condutas descritas no art. 256 e 257 que acarretam demissão ou demissão a bem do serviço pública também
podem servir para a cassação da aposentadoria ou disponibilidade do inativo.
Para melhor visualizar essa situação vamos colocar como exemplo: se o servidor praticou advocacia
administrativa quando em atividade e se aposentou, poderá ter sua aposentadoria cassada, conforme disposição do
art. 259 inciso I, isso porque advocacia administrativa causa demissão a bem do serviço público nos termos do art.
247 inciso IX.
II. aceitou ilegalmente cargo ou função
III. aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente da
República
Qual o sentido da palavra representação neste inciso? Estamos falando de representação no sentido de ser
procurador de alguém, ou seja, representar os interesses de outrem. Sentido diverso do direito de petição.
Conforme a vedação do art. 243, inciso V, constitui-se proibição ao servidor público, aceitar representação de
Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República.
IV. praticou usura
O que é usura? Usura é o mesmo que a prática de agiotagem. O servidor não pode prestar empréstimos com
juros excessivos. Os juros devem obedecer às disposições legais, sob pena de prática de infração punível no âmbito
administrativo e criminal.
EXERCÍCIOS
3. Segundo o Estatuto de São Paulo, é correto afirmar que a pena de suspensão será aplicada por escrito, nos
casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres.
4. Conforme previsão da lei 10.261/68 – estatuto dos funcionários públicos civis do Estado de São Paulo, Será
aplicada a pena de demissão nos casos de: abandono de cargo. Considera-se abandono de cargo o não
comparecimento do funcionário por mais de 50 dias consecutivos.
GABARITO
1 - ERRADO
2 - ERRADO

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I. CONTINUAÇÃO DE ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
• APLICAÇÃO DAS PENAS DISCIPLINARES
Art. 260 - competentes para aplicação das penas disciplinares:
Segundo o art. 260, são competentes para aplicação das penas disciplinares:
I. Governador
 Secretários de Estado
 Procurador Geral do Estado
 Superintendentes de autarquia
III. chefe de gabinete
 Repreensão
 Suspensão até 90 dias
IV. coordenadores
 Repreensão
 Suspensão de até 60 dias
V. diretores de departamento e divisão
 Repreensão
 Suspensão de até 30 dias
Parágrafo único - diversidade de infratores e diversidade de infrações
 a autoridade competente pela pena mais grave vai aplicar as demais
Se houver diversidade de infratores e infrações, caberá da aplicação da pena aquele que for responsável pela
infração mais grave. Por exemplo, se houver 2 acusados, um punível por suspensão e o outro punível por demissão
a bem do serviço público, a autoridade competente para aplicação da demissão a bem do serviço público também
aplicará a pena de suspensão.
Vale lembrar-se daquele velho ditado:
“QUEM PODE MAIS, PODE MENOS, MAS, QUEM PODE MENOS, NÃO PODE MAIS.”
Art. 261 - extinção da punibilidade pela prescrição
O que é prescrição? Prescrição nada mais é que a perda de um direito pelo decurso do tempo. A punibilidade se
sujeita a um prazo, este prazo vai depender do tipo de infração, conforme veremos a seguir.
2 anos
 repreensão
 suspensão
 multa
5 anos
 demissão
 demissão a bem do serviço público
 cassação da aposentadoria e disponibilidade
Atenção!
Se a penalidade administrativa também for punível no âmbito penal, usa-se o prazo prescricional do direito penal,
entretanto, se tal prazo for superior a 5 anos, deve-se aplicar o prazo previsto na lei 10.261.
Conforme a disposição do art. 261, inciso III, se o ato também for punível no âmbito criminal, o prazo da
prescrição será aquele disposto no código penal, isso SOMENTE se o prazo de prescrição no âmbito penal for
superior a 5 anos, caso contrário, deverá ser aplicado os prazos previstos neste artigo.

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OMISSÃO NO CUMPRIMENTO DE EXIGÊNCIA QUE SEJA MARCADO PRAZO CERTO
O funcionário que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo cumprimento seja marcado
prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou remuneração até que satisfaça essa exigência.
 Aplica-se essa hipótese de suspensão do vencimento ou remuneração aos aposentados ou em
disponibilidade.
• PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
As Providências preliminares possuem baixo incidência em prova, ainda sim vale apena falar sobre alguns
dispositivos. Providências preliminares diz respeitos a atuação do órgão público antes mesmo da infração estar
caracterizada ou mesmo definida a autoria, ou seja, quem exerceu o ato infracional.
Art. 265 - apuração preliminar
 Natureza simplesmente investigativa
 Infração suficientemente caracterizada ou definida autoria
A apuração preliminar é um procedimento preliminar meramente investigativo, ou seja, não tem o objetivo de
punir. Segundo o art. 265 a função da apuração preliminar é definir se de fato houve a infração e mais, quem exerceu
a conduta.
§1º - prazo pra concluir a apuração preliminar
 30 dias
Após instaurada a apuração preliminar, inicia-se o prazo de 30 dias para conclusão do procedimento.
§3º após a conclusão da apuração preliminar a autoridade deverá opinar por:
 Arquivamento,
 Instauração de sindicância ou,
 Processo administrativo
Após a conclusão da apuração preliminar a autoridade competente deverá opinar pelo arquivamento, instauração
de sindicância ou processo administrativo, conforme previsto no art. 265, §3º.
EXERCÍCIOS
1. O servidor deve-se ater as condutas positivas e condutas negativas impostas no Estatuto sob pena de ser
responsabilizado por eventuais falhas. Segundo a lei 10.261/68 é correto afirmar que são competentes para
aplicação das penas disciplinares previstas no art. 251, o Prefeito, inclusive, referente a todas as penas.
2. Conforme o disposto na legislação 10.261/68, a apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30
(trinta) dias.
3. Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
a) da falta sujeita à pena de advertência, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos
b) da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação da aposentadoria ou
disponibilidade, em 3 (três) anos
c) da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 5 (cinco) anos
d) da falta sujeita à pena de suspensão até 90 dias, de demissão a bem do serviço público e de cassação da
aposentadoria ou disponibilidade, em 5 (cinco) anos
e) da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior
a 5 (cinco) anos
GABARITO
1 - ERRADO
2 - CORRETO
3-E

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I. CONTINUAÇÃO DE ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
• PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
O procedimento disciplinar tem por objetivo apurar as infrações que o servidor cometer na esfera administrativa.
São dois os procedimentos que podem ser instaurados, quais sejam: sindicância ou procedimento administrativo.
DISPOSIÇÕES GERAIS ART. 268 ATÉ 271
As disposições gerais possuem alta incidência em prova, direcione seu estudo e se atente a leitura do art. 268 até
271, são questões garantidas em sua prova.
Art. 268 - é garantido na sindicância e no processo administrativo:
 Contraditório
 Ampla defesa
O que é contraditório? Contraditório é o direito de negar, se o servidor é acusado de alguma infração ele tem o
direito de negar que foi ele que fez tal ato. Estamos diante da presunção da inocência, ou seja, todos são inocentes
até que se prove ao contrário, essa é a máxima do ordenamento jurídico brasileiro.
O que é ampla defesa? Ampla defesa é a possibilidade de usufruir todos os meios admitidos em direito para se
defender, dessa forma, garantir sua inocência.
Art. 269 - sindicância
 Repreensão
 Suspensão
 Multa
A sindicância é um procedimento administrativo mais simples, devido a esse fato, cuida-se das penas
disciplinares mais leves, são elas: repreensão, suspensão e multa. Vale ressaltar que segundo o art. 261, inciso I,
extingue-se a punibilidade das penas mencionadas acima em 2 anos.
Art. 270 - processo administrativo
 Demissão
 Demissão a bem do serviço público
 Cassação da aposentadoria ou disponibilidade
O processo administrativo, procedimento mais complexo que o anterior, trata das penas disciplinares mais graves,
quais sejam: demissão, demissão a bem do serviço público e cassação da aposentadoria ou disponibilidade.
Lembrando que segundo o disposto no art. 261, inciso II, extingue-se a punibilidade dessas penas citadas acima pelo
decurso de 5 anos, salvo quando a infração também seja crime e tenha o prazo prescricional superior a 5 anos para
o direito penal, nessa situação, deve ser usado o prazo prescricional adotado no âmbito criminal.
• SINDICÂNCIA
Art. 272 - competência para instauração da sindicância:
 Governador
 Secretários de estado, procurador geral do estado e superintendentes de autarquia
 Chefes de gabinete
 Coordenadores
 Diretores de departamento e divisão
O art. 272 indica as autoridades competentes para instauração da sindicância, quais sejam: governador,
secretários de estado, procurador geral do estado e superintendentes de autarquia, chefes de gabinete,
coordenadores, diretores de departamento e divisão. Conforme a previsão do art. 272 essas autoridades decorrem
do art. 260, artigo este que institui os competentes para aplicação das penas disciplinares.

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Atenção!
São competentes para instauração da sindicância TODAS as autoridades previstas no art. 260.
Art. 273 - aplicam-se as regras previstas para o processo administrativo na sindicância, com
algumas ressalvas:
 3 testemunhas para cada parte: acusado e autoridade sindicante
 Conclusão em 60 dias
 Com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a decisão
Segundo o art. 273 devem ser aplicadas as regras previstas neste estatuto para o processo administrativo no
procedimento disciplinar de sindicância, entretanto, com algumas ressalvas, quais sejam: o número de três
testemunhas, a conclusão em 60 dias e com o relatório a sindicância será enviada à autoridade competente para a
decisão.
• PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Art. 274 - competência para instauração do processo administrativo
 Governador
 Secretários de estado, procurador geral do estado e superintendentes de autarquia
 Chefes de gabinete
 Coordenadores
Adentrando no procedimento administrativo o art. 274 trás quem são os competentes para instauração deste
procedimento: governador, secretários de estado, procurador geral do estado e superintendentes de autarquia,
chefes de gabinete e coordenadores.
Este artigo cai corriqueiramente em prova. A grande possibilidade do examinador confundir o candidato aqui é
referente a possibilidade ou não dos diretores de departamento e divisão instaurar o processo administrativo.
Conforme o art. 274, diferentemente da sindicância, não são todas as autoridades que são competentes para
instauração do processo administrativo. O art. 274 prevê somente até o inciso IV do art. 260 os competentes para
instauração deste procedimento. Dessa forma, o inciso V, referente aos diretores de departamento e divisão, não
está contemplado no rol de competentes previstos no art. 274.
Atenção!
Os diretores de departamento e divisão não são competentes para instauração do processo administrativo.
Art. 277 - regras do processo administrativo:
 Instaurado por portaria no,
 Prazo improrrogável de 8 dias do recebimento da determinação
 Conclusão em 90 dias da citação do acusado
Segundo o artigo 277 são regras do processo administrativo: instauração mediante portaria, prazo improrrogável
de 8 dias do recebimento da determinação, com conclusão em 90 dias da citação do acusado.
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas.
Art. 307 - depois de 5 anos de cumprimento da sanção, se não houver outra sanção:
 aquela não é mais considerada em prejuízo do servidor
 nem para efeito de reincidência.
Passados cinco anos do cumprimento da sanção, se não houver nova infração o servidor não terá mais a infração
considerada em seu prejuízo, nem mesmo para efeito de reincidência, por exemplo, um servidor X cometeu uma
infração e cumpriu a sanção há 6 anos atrás, se não existir nova infração, aquela infração não será mais considerada
em prejuízo do servidor X, até mesmo no caso de ele cometer novamente a infração de 6 anos atrás, ainda sim, não
será considerado reincidência, desta forma, seria como se ele nunca tivesse cometido tal infração anteriormente.
Parágrafo único - incompatibilidade para nova investidura em cargo, função ou emprego público:
 5 anos – demissão
 10 anos – demissão a bem do serviço público

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O parágrafo único do art. 307 dispõe sobre a incompatibilidade para nova investidura em cargo, função ou
emprego público. O período de incompatibilidade vai variar a depender da penalidade. Se a penalidade for demissão
a incompatibilidade para nova investidura é de 5 anos, entretanto se a penalidade for de demissão a bem do serviço
público, a incompatibilidade será de 10 anos.
Art. 308 até 311 - processo por abandono do cargo ou função e por inassiduidade
NORMAS AUTO-EXPLICATIVAS
O processo por abandono do cargo ou função e por inassiduidade está previsto nos artigos 308 até 311, são
dispositivos que possuem baixíssima incidência em prova, além de constituírem-se em normas autoexplicativas,
basta a sua leitura para compreensão.
DIFERENÇAS ESSENCIAIS ENTRE SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO

• RECURSOS
O recurso nada mais é que um direito de petição, está previsto no caput do art. 240. O recurso é um pedido de
alteração de algum ato, alguma decisão. O servidor vai pedir à autoridade competente para invalidade ou modifique
algum ato. Caberá recurso da decisão disciplinar, ou seja, caso o servidor esteja insatisfeito com a punição que lhe
foi imposta, este, poderá ingressar com um pedido de recurso para que a decisão seja alterada, entretanto o recurso
possui algumas peculiaridades, que inclusive podem aparecer na sua prova, passamos a seguir a estudas as
peculiaridades do pedido de recurso.
Art. 312 - Caberá recurso da decisão disciplinar, somente uma única vez
O recurso deverá ser pedido uma única vez, em geral, o examinador troca essa disposição dizendo que caberá
recurso quantas vezes o servidor achar necessário, o que deve ser considerado errado.
§1º - 30 dias para recorrer
O prazo para recorrer é de 30 dias contados da decisão publica no diário oficial do Estado.
§3º - a autoridade tem 10 dias para manter a decisão ou reformá-la
A autoridade competente para avaliar o recurso tem 10 dias para tanto, podendo decidir manter a decisão ou
mesmo reformá-la.
Art. 313 - Reconsideração, pedido único
 Prazo de ingresso de 30 dias após o recurso
Do recurso cabe pedido de reconsideração, também se constitui pedido único. Depois da decisão do recurso o
servidor tem 30 dias para pedir reconsideração, que nada mais é que mais uma possibilidade de invalidação ou
modificação da decisão.

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• REVISÃO
Art. 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba mais
recurso, desde que:
 Fatos ou circunstâncias ainda não apreciados
 Vícios insanáveis de procedimento que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada
A legislação prevê a possibilidade de revisão de punição disciplinar a qualquer tempo, o que é totalmente
diferente do processo jurídico. No âmbito jurídico após o trânsito em julgado de decisão judicial, tem-se a coisa
julgada, decisão da qual não cabe mais recurso. No processo administrativo, será admitida revisão da punição, ainda
que a decisão não caiba mais recurso. Essa é a previsão do art. 315 da lei 10.261/68.
§1º - a simples alegação de injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido
O servidor não pode ingressar com um pedido de revisão alegando meramente injustiça, para o que pedido seja
legítimo deve-se aduzir fatos novos ou então vício do procedimento que poderia reduzir ou anular a pena aplicada.
§2º - no caso de reiteração (repetição) é necessário novo fundamento
Havendo mais de um pedido de revisão, este deverá ser instruído com fundamento diverso do pedido anterior.
§4º - o ônus da prova cabe ao requerente
O que significa a palavra ônus? Ônus indica obrigação, e especificadamente no §4º deste artigo obrigação do
requerente provar o que está alegando, ou seja, se o servidor ingressar com o pedido de revisão, ele deverá
comprovar os fundamentos do pedido.
Art. 316 - impossibilidade de agravamento de pena
O art. 316 trás uma informação relevante sobre a revisão da punição disciplinar, diz respeito à impossibilidade de
agravar a pena por meio da revisão. Da revisão só poderá anular ou reduzir a pena disciplinar, essa é a disposição
do art. 316 e que já foi trabalhada em prova.
Art. 317 - requerentes da revisão:
 Interessado ou, se falecido ou incapaz
 Curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão
• Sempre por intermédio de advogado
O art. 317 estabelece quem é requerente da revisão. Em regra o requerente é o interessado, entretanto, se
falecido ou incapaz, ser: o curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão. Cabe ressaltar que
sempre será por intermédio de advogado.
Parágrafo único - o pedido será instruído com as provas que o requerente possui ou com
indicação daquelas que pretenda produzir.
Art. 319 - se for deferido o processamento da revisão, será este realizado por:
 Procurador de Estado que não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do
requerente
Deferido o processamento da revisão, este será realizado por procurador de Estado que NÃO tenha participado
no procedimento disciplinar que puniu o requerente anteriormente. A banca gosta de omitir o termo NÃO, admitindo
que o procurador de Estado participante do processo que gerou a punição realize a punição, o que deve ser
considerado ERRADO, conforme a disposição do art. 319, o Procurador de Estado deve ser diferente do que
participou do procedimento disciplinar que resultou a punição do requerente.
Disposições gerais – arts. 322 até 324 são normas autoexplicativas e não possuem incidência em prova
Disposições transitórias 325 até 331 são normas autoexplicativas e não possuem incidência em prova.
Os arts. 322 até 331 possuem incidência nula no concurso, dessa forma deve-se ter um estudo direcionado com
os principais apontamentos descritos ao longo desse material.

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EXERCÍCIOS
1. Segundo a lei 10.261/68, é correto afirmar que são competentes para determinar a instauração de processo
administrativo as autoridades enumeradas no artigo 260, até o inciso IV, quais sejam: governador, secretários de
estado, procurador geral do estado, superintendentes de autarquia, chefes de gabinete e os diretores de
departamento e divisão.
2. Da sindicância pode resultar, conforme a lei 10.261/68, a aplicação de penalidade de:
a) censura
b) advertência
c) destituição de cargo
d) demissão
e) multa
GABARITO
1 - ERRADO
2-E

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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