You are on page 1of 2

Amar remoto,

Como uma foto, explícita em seu olhar.

Amar remonta,

Além da conta, para além do que se pode lembrar.

Como uma foto explícita,

O amor por si, explica tudo, sem nada explicar.

Além da conta,

O amor aponta, a direção em que se deve avançar.

É mar revolto em maremoto,

O peito roto, que ainda guarda sem saber.

O amor remoto,

Que aquela foto, mesmo após rasgada e queimada,

Insiste tanto em reviver.

Eu a rasguei, depois queimei,

Pra não olhar, aquele olhar que insistentemente,

insistia em me mostrar.

Eu evitei, fugi, tentei,

Mas para além, do além do além.

Você me vem, vem provocar,

Um maremoto, nesse meu corpo mar de desejos.

Que quer seu toque, quer seu beijo,

Sem mesmo saber quem és.

De onde vens, se é que vem.

Pois nunca te vi, nem te toquei, apenas sei,

Apenas sinto você, aqui dentro em mim.


Me descompondo em fantasias,

Me transbordando de prazer, sem nunca ver você, sem te tocar.

Apenas olhando em minha mente, o seu olhar,

Tão insistente e o hálito quente e inebriante,

Do teu estranho e tão meu, lindo semblante.

Que se parece a todo tempo, com todo rosto e todos os olhos,

que os meus olhos vêem por aí.

Se eu te encontro em maremoto,

O mundo inteiro se parte ao meio, em terremoto catatônico,

Em nuclear explosão, de mim em ti, de tu em mim.

Num ser um só,

A sermos nós.

You might also like