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CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS II
PROFESSOR: FILIPE MARINHO NASCIMENTO
ALUNOS: GIOVANI AUGUSTO ARAÚJO COSTA
JOÃO VINÍCIUS RODRIGUES LIMA
RENATHO HENRIQUE CAMPOS DAS CHAGAS
ESTABILIDADE DE TALUDES
Método de Fellenius
Teresina
2018
SUMÁRIO
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2.0 METODOLOGIA
Onde:
MAT: Somatório das matrículas dos integrantes do grupo.
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3º) Cálculo do Peso (kN):
O peso de cada fatia foi calculado utilizando a Área calculada anteriormente e o peso
específico do solo do talude, fornecido primariamente, através das seguintes fórmulas:
𝑊 = 𝛾 × 𝑉𝑂𝐿(𝑛) (04)
Onde:
W: Peso, em kN;
𝑛=𝑝
∑𝑛=1 (𝑐× ∆𝐿𝑛+𝑊𝑛 ×cos(𝛼𝑛)×tan 𝜑)
𝐹𝑠 = 𝑛=𝑝
∑𝑛=1 𝑊𝑛 ×sin(𝛼𝑛)
(06)
Onde:
Fs: Fator de segurança;
Φ: Ângulo de atrito.
C: Coesão (kN/m²)
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3.0 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 TALUDES
Os maciços sob o aspecto genético podem ser agrupados em duas categorias: naturais e
artificiais. Estes frequentemente exibem uma homogeneidade mais acentuada que os
maciços naturais e, por isto, adequam-se melhor às teorias desenvolvidas para as análises
de estabilidade.
São vários os fatores naturais que atuam isolada ou conjuntamente durante o processo de
formação de um talude natural e que respondem pela estrutura característica destes
maciços.
Os fatores geológicos são responsáveis pela constituição química, organização e
modelagem do relevo terrestre; à ação deles, soma-se a dos fatores ambientais. Assim, a
litologia, com os constituintes dos diversos tipos de rocha, a estruturação dos maciços –
através dos processos tectônicos, de dobras, de falhamento, etc, e a geomorfologia –
tratando da tendência evolutiva dos relevos, apresentam um produto final que pode ser
alterado pelos fatores climáticos, principalmente pela ação erosiva influenciada pelo
clima, topografia e vegetação. As paisagens naturais são dinâmicas, alterando-se
continuamente ao longo do tempo sob a ação destes fatores.
Ao lado destas ações naturais podem surgir as ações humanas que altera a
geometria das paisagens e atua sobre os fatores ambientais, mudando ou destruindo a
vegetação alterando as formas topográficas e às vezes mesmo o clima; em razão disto,
estes maciços diferem bastante dos aterros artificiais cujo controle de “colocação das
terras” permite conhecê-los infinitamente melhor.
3.2 ESTABILIDADE DE TALUDES
Nos projetos de estabilização o fundamental é atuar sobre os mecanismos
instabilizadores. Assim, sufocando a causa com obras ou soluções de alto efeito não só
se ganha em tempo como efetivamente em custo e segurança. Se a ação instabilizadora é
a percolação interna no maciço, devem ser convenientes obras de drenagem profunda e/ou
impermeabilização a montante do talude (como na figura acima em que foi feita a
impermeabilização do talude); os efeitos da erosão podem ser combatidos com a proteção
vegetal ou como ilustrado na figura 08; e, se o deslizamento ocorre por efeito das forças
gravitacionais o retaludamento deve ser a primeira opção a ser pensada.
Para a análise da estabilidade dos taludes, será quantificando os coeficientes de segurança
contra o escoramento. Na hipótese de não se obter o coeficiente de segurança requerido
opta-se por uma das soluções abordadas nos parágrafos anteriores. Nos maciços
artificiais, além das alternativas propostas, podem auxiliar no processo de majoração
destes coeficientes, as escolhas do material constituinte, dos parâmetros de compactação,
etc.
3.3 FATOR DE SEGURANÇA
Por fator de segurança (FS) entende -se o valor numérico da relação estabelecida
entre a resistência ao cisalhamento disponível do solo para garantir o equilíbrio do corpo
deslizante e a tensão de cisalhamento mobilizada sob o efeito dos esforços atuantes.
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𝜏𝑟
𝐹𝑠 = (07)
𝜏𝑎
Onde:
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3.5 MÉTODO DE FELLENIUS
Esse método admite uma superfície de ruptura circular e o fator de segurança do talude é
calculado unicamente através de equilíbrio de momentos, não levando em consideração as
forças tangenciais e normais às paredes das fatias (Figura 01). É um método muito simples, mas
muito conservador e erros apreciáveis podem ocorrer, em particular, em casos de círculos
profundos e poropressões elevadas.
O x
R = raio
b
Y i +1
Wi
Xi +1
Xi
B
A Ti
α
Ni
l =comprimento do trecho AB
Figura 01: Forças atuantes em uma fatia pelo Método de Fellenius
Desprezando as forças nas laterais das fatias, considerando que a componente sísmica é
nula, aplicando o equilíbrio de momentos em relação ao centro do círculo de ruptura
(ponto O) e o equilíbrio de forças na direção perpendicular à superfície de ruptura pode-
se determinar o fator de segurança (FS) através da Equação (06), apresentada
anteriormente.
Esse procedimento é repetido para diversas posições da superfície de ruptura. O
fator de segurança crítico corresponde ao de menor valor encontrado para FS.
O método de Fellenius é muito conservador e pode apresentar erros de até 50%,
quando utilizado em análises de taludes suaves com poropressões elevadas. No
caso de ausência de poropressões, erros são da ordem de até 10%.
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4.0 MEMORIAL DE CÁLCULO
𝑀𝐴𝑇 = 3 × (2 + 1 + 5 + 9) + (5 + 3 + 8) + (1 + 4 + 3) + (6 + 5 + 5 + 4)
𝑴𝑨𝑻 = 𝟗𝟓
Assim, utilizando-se as equações (01), (02) e (03):
𝑋(𝑚) = 95 × 0,075
𝑿(𝒎) = 𝟕, 𝟏𝟐𝟓 𝒎
𝑌(𝑚) = 95 × 0,006
𝒀(𝒎) = 𝟎, 𝟓𝟕 𝒎
𝑅(𝑚) = 95 × 0,105
𝑹(𝒎) = 𝟗, 𝟗𝟕𝟓 𝒎
Com esses dados em mãos, o talude pode ser desenhado no AutoCad para retirada de
dados necessários no cálculo do fator de segurança. Segue abaixo o talude:
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Com auxílio do Excel, foram colocados em tabela os valores das áreas, largura da fatia,
peso específico, para obtermos o Peso de cada fatia. Foram utilizadas as fórmulas (04) e
(05) no Excel. Segue a tabela abaixo:
VOLUME
FATIA PESO ESPECÍFICO (Kn/m²) LARGURA DA FATIA (m) ÁREA (m²) (m³) PESO (W, kN)
1 22,000 1,000 1,8647 1,8647 41,0234
2 22,000 1,000 4,476 4,476 98,472
3 22,000 1,000 5,828 5,828 128,216
4 22,000 1,000 8,311 8,311 182,842
5 22,000 1,000 11,3043 11,3043 248,6946
6 22,000 1,000 13,2079 13,2079 290,5738
7 22,000 1,000 13,4359 13,4359 295,5898
8 22,000 1,000 7,8064 7,8064 171,7408
Tabela 01: Cálculo do Peso de cada fatia
Dados:
γ : 22,00 kN/m² ;
Lar: 1,00 m
Assim, dados o Ângulo de atrito (Φ) igual a 31° e a Coesão (c) igual a 12,00 kN/m²,
com auxílio do Excel, pode-se obter o Fator de segurança (Fs) através de uma
manipulação da equação (06):
𝑐×∆𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙+(𝑊×cos 𝛼)𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙×tan 𝜑
𝐹𝑠 = (08)
(𝑊×sin 𝛼)𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Onde:
∆Ltotal: Soma de todos os comprimentos das fatias;
(W x Cos(α))total: Soma da multiplicação W x Cosα de todas as fatias;
(W x Sin(α))total: Soma da multiplicação W x Sinα de todas as fatias.
Obs.: Os Ângulos α e φ foram inseridos com seu valor em radianos na equação (08).
Seguem abaixo os valores obtidos organizados no Excel e o resultado obtido para o
Fator de segurança:
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FATIA COMP. DA FATIA(∆L) PESO (W, kN) ÂNG. α (rad.) cos α sen α W*cosα w*senα
1 2,66 41,0234 -0,637705 0,8035 -0,5954 32,9608 -24,4234
2 2,31 98,472 -0,434648 0,9070 -0,4211 89,3159 -41,4657
3 2,16 128,216 -0,199053 0,9803 -0,1977 125,6843 -25,3536
4 2,13 182,842 0,059039 0,9983 0,0590 182,5234 10,7886
5 2,2 248,6946 0,352965 0,9384 0,3457 233,3631 85,9691
6 2,41 290,5738 0,687401 0,7729 0,6345 224,5838 184,3781
7 2,92 295,5898 1,02185537 0,5218 0,8531 154,2341 252,1610
8 5,99 171,7408 1,271379858 0,2950 0,9555 50,6571 164,0998
Total 22,78 Soma 1093,3225 606,1539
Tabela 02: Cálculo do Fator de Segurança
FS
1,53474941
Tabela 03: Fator de segurança
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5.0 CONCLUSÃO
Portanto, verifica-se pelo método de Fellenius que o talude proposto é estável e seguro
tendo em vista que o seu fator de segurança é 1,53474941 , determinado no Memorial de
cálculo, sendo superior ao limite de estabilidade 1,00.
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