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Conceito de Pegada Ecológica
Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite é,
portanto, essencial, pois só assim somos capazes avaliar se vivemos
de forma sustentável. Isto não significa, claro, que se possa consumir
e gastar mais ainda há capacidade disponível: pelo contrário, se
queremos deixar espaço para as outras espécies e para os habitantes
futuros, há que lhes reservar o máximo de espaço. Em todo o caso,
a taxa de consumo de “capital natural” já é superior à sua taxa de
reposição, pelo que não há qualquer desculpa para continuar com
práticas agressivas do ambiente.
E foi assim que nasceu o conceito de “Pegada Ecológica”.
Criada por William Rees e Mathis Wackernagel (que se basearam no
conceito de “capacidade de carga” e noutros como o “emergy” e o “MIPS”), a Pegada Ecológica
permite calcular a área de terreno produtivo necessária para sustentar o nosso estilo de
vida. (…)
Somando as várias pegadas parcelares, obtemos um valor global que representa uma área
produtiva capaz de repor, pelo menos em teoria, o capital natural por nós consumido. Esta área
pode ser comparada com o espaço efetivamente existente (chamado “biocapacidade”), concluindo-
se assim da sustentabilidade do sistema.
Contudo, visto que há ainda vários impactos que não estão contabilizados na Pegada
Ecológica, o valor obtido é uma estimativa por defeito. Os cálculos têm vindo a ser aperfeiçoados...
mas a complexidade da aritmética também! (…)
O cálculo da Pegada Ecológica faz hoje parte de uma grande campanha da organização
canadiana “Redefining Progress” e dos famosos “Living Planet Reports”. Assinalem-se ainda as
dezenas de cálculos da Pegada Ecológica de municípios um pouco por todo o mundo e de 50 países.
Para assinalar o Dia da Terra (22 de abril) foi desenvolvida uma calculadora que
permite, através da resposta a diversas perguntas, calcular a pegada individual.
Para que a sociedade seja sustentável, a Pegada Ecológica terá de ser inferior à
capacidade de carga (ou biocapacidade) do planeta ou região, dependendo da escala em causa.
Neste momento estamos a usar energia a uma taxa superior à sua capacidade de reposição.
Para isso recorremos ao "capital natural" acumulado ao longo de milhões de anos, exaurindo-
o.
(Fonte: Redefining Progress)
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“Etiqueta de eficiência
energética uma compra
Inteligente”
https://www.portal-
energia.com/etiqueta-da-eficiencia-
energetica-uma-compra-inteligente/
2. Reutilizar é o 2º passo, pois ao dar novos usos aos resíduos que são produzidos, evita-se que
passem por um novo ciclo de transformação ou por processos de tratamento ou eliminação
(processos esse que representam custos para a sociedade e para o ambiente).
3. Reciclar é a 3ª prioridade e deve ocorrer quando: não é possível deixar de produzir um resíduo
ou não se encontra outra utilização para esse objeto. É importante que o resíduo não seja
depositado junto com os indiferenciados (o "lixo normal"), num aterro ou, pior, abandonado na
natureza, mas que seja reciclado. Para garantir que seja reaproveitado como matéria-prima e
transformado num novo produto, basta depositá-lo no local apropriado.
4. RECUPERAR, quando possível, a energia de resíduos que não podem ser reduzidos,
reutilizados ou reciclados. Esta é uma opção direcionada maioritariamente para a indústria e
inclui opções como a incineração que, através da queima controlada de resíduos, produzir energia
elétrica.
O PROCESSO DE RECICLAGEM
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recursos naturais têm grande valor, como são os casos da madeira, da areia, do petróleo, do
estanho ou do alumínio.
3) Redução da quantidade de resíduos a serem incinerados e nos aterros sanitários -
quanto menos resíduos tiverem como destino final um aterro sanitário, mais anos de vida útil este
terá e menor quantidade de emissões de CO2 se terá.
4) Criação de novos empregos e empresas – surgem diversas empresas para a recolha,
transporte, tratamento e transformação dos resíduos, bem como empregos nessas empresas, a par
de empregos a nível do artesanato e outras formas de reciclagem.
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“Responsabilidade ambiental”
https://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=157
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“Recursos Naturais”
https://www.coladaweb.com/geografia/recursos-naturais
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Artigo 5.º
Direito ao ambiente
1 - Todos têm direito ao ambiente e à qualidade de vida, nos termos constitucional
e internacionalmente estabelecidos.
2 - O direito ao ambiente consiste no direito de defesa contra qualquer agressão à
esfera constitucional e internacionalmente protegida de cada cidadão, bem como o 5
Artigo 6.º
Direitos procedimentais em matéria de ambiente
1 - Todos gozam dos direitos de intervenção e de participação nos procedimentos
administrativos relativos ao ambiente, nos termos legalmente estabelecidos.
2 - Em especial, os referidos direitos procedimentais incluem, nomeadamente:
a) O direito de participação dos cidadãos, das associações não-governamentais e
dos demais agentes interessados, em matéria de ambiente, na adoção das decisões
relativas a procedimentos de autorização ou referentes a atividades que possam ter
impactes ambientais significativos, bem como na preparação de planos e programas
ambientais;
b) O direito de acesso à informação ambiental detida por entidades públicas, as
quais têm o dever de a divulgar e disponibilizar ao público através de mecanismos
adequados, incluindo a utilização de tecnologias telemáticas ou eletrónicas.
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A água é essencial à vida. Faz parte das células dos organismos, sustenta
ecossistemas e é indispensável à realização das atividades humanas. A água é o elemento
mais abundante do planeta (ocupa 71% da sua superfície) mas apenas 2,5% está
disponível para consumo humano. A conservação deste recurso enfrenta inúmeras dificuldades.
Assim, o aumento da população e a diversidade de atividades praticadas pelo Homem conduz a um
maior consumo de água, reduzindo as reservas de recursos hídricos. Os níveis crescentes de
poluição diminuem a qualidade da água e as desigualdades na distribuição da água causam 6
assimetrias sociais, económicas e políticas. A gestão sustentável dos recursos hídricos tornou-
se, portanto, num dos principais desafios da atualidade.
A água é um recurso essencial aos ecossistemas e à preservação da vida na Terra,
garantindo a sobrevivência biológica das diferentes espécies animais e vegetais do
planeta. A água remove os poluentes e proporciona habitats para peixes, aves migratórias e
restante fauna. Mas a agricultura, as barragens e o progresso colocam as zonas húmidas do planeta
em risco. A incapacidade humana para proteger e gerir racionalmente os recursos hídricos da Terra
é uma ameaça à biodiversidade e constitui um problema que a nossa geração, tal como as vindouras
não podem ignorar. (…) Devido às culturas de regadio, à revolução industrial e ao crescimento
demográfico, os seres humanos consomem hoje 45 vezes mais água do que há 300 anos. A
agricultura (a que se devem 40% dos alimentos consumidos pelo ser humano) é atualmente a maior
ameaça às reservas de água doce do planeta. O regadio pesa mais de 70% no consumo de água
doce. Mais de metade desta água é perdida através da evaporação ou do escorrimento. (…)
É um facto que sem a agricultura mais de seis mil milhões de seres humanos não teriam alimento,
que é inadiável encontrar soluções para o problema da fome que atinge uma fatia substancial de
seres humanos. Porém, a resolução deste problema terá de passar, segundo as diversas
organizações internacionais, por práticas agrícolas promotoras de um desenvolvimento sustentável.
Num documento publicado a 22 de março (Dia Mundial da Água) de 2006, as Nações Unidas
sugerem o fim dos subsídios a pesticidas e fertilizantes e propõem que a água seja vendida a preços
realistas (mais altos), como formas de reduzir não só a procura de água, mas também a poluição
de fontes de água doce como sejam os rios e lagos. Segundo este relatório da ONU, a não proteção
das reservas de água doce terá como consequência a redução do volume dos rios, o aumento da
salinidade dos estuários, a extinção de plantas e de animais, incluindo algumas das espécies
abrangidas pela dieta humana. Em agosto de 2006, decorreu em Estocolmo a Semana Mundial da
Água. (..) Neste relatório, afirma-se que um terço da população do planeta está confrontado com
escassez de água e apela-se para uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos mundiais.
Recomenda-se construir mais reservas de água, melhorar os sistemas de irrigação e desenvolver
culturas resistentes à seca. (…)
(C. Amorim; C. Pires, Percursos – 10º, Porto, Areal, 2006)
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Fonte: http://ec.europa.eu/climateaction/index_pt.htm
Bom Trabalho!
A Formadora,
Tânia Oliveira
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