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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA (BACABAL)

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS (PORTUGUÊS)


DISCIPLINA: PRINCIPIOS GERAIS DE FILOSOFIA – PROF. RAUL REIS
ALUNA(O):

1) A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está


substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais
uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer
uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico
e racional”. SPINELLI, Miguel. Filósofos pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS,
1998, p. 32. Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a
alternativa correta.
a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo,
próprio de sociedades selvagens.
b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e
adotando a sua metodologia.
c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção
de um saber prático fundamental para a vida cotidiana.
d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade
filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos.

2) A cultura grega marca a origem da civilização ocidental e ainda hoje podemos observar
sua influência nas ciências, nas artes, na política e na ética. Dentre os legados da cultura
grega para o Ocidente, destaca-se a ideia de que:

a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais que podem ser
plenamente conhecidos pelo nosso pensamento.
b) nosso pensamento também opera obedecendo a emoções e sentimentos alheios à razão,
mas que nos ajudam a distinguir o verdadeiro do falso.
c) as práticas humanas, a ação moral, política, as técnicas e as artes dependem do destino,
o que negaria a existência de uma vontade livre.
d) as ações humanas escapam ao controle da razão, uma vez que agimos obedecendo aos
instintos como mostra hoje a psicanálise.

3) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates


paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção
incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele
todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa,
que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que
ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou,
1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na:

a) Contemplação da tradição mítica


b) Sustentação do método dialético
c) Relativização do saber verdadeiro
d) Valorização da argumentação retórica
e) Investigação dos fundamentos da natureza
4) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, assinale a
alternativa correta.

a) Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da


natureza e porque a vida é como é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável
as histórias contadas acerca do mundo dos deuses.
b) Os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância
básica, uma causa oculta, que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a
partir da observação, buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas.
c) Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do
século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo
por sua enorme capacidade de transformação.
d) A filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o
antropomorfismo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e
regular acerca dos primeiros princípios que originam todas as coisas.

5) Platão foi um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental. Para ele, a
filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida.
Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino em
busca do caminho de casa. Para tanto, deveria transpor os limites do corpo e contemplar
o inteligível. Assinale a alternativa correta.

a) A teoria das ideias ou “mundo das ideias” não pode ser considerada uma chave de
leitura aplicável a todo pensamento platônico.
b) A verdade está na natureza, por isso ela não encontrada no corpo ou mente, mas
fora.
c) Para Platão, ao contrário de Aristóteles, a verdade das coisas está na única
realidade acessível aos humanos, aquela que nos advém através dos sentidos.
d) Tanto para os pré-socráticos quanto para Platão a água é a origem de tudo.
e) A teoria das ideias ou “mundo das ideias” pode ser considerada uma chave de
leitura aplicável a todo pensamento platônico.

6) Assinale a alternativa correta que melhor define a saída do homem da cav erna:

a) Significa se libertar das ilusões e contemplar a verdade por detrás das sombras.
b) Significa se libertar das falsas esperanças que prendem os homens nas ilusões.
c) É o momento em que se concebe a ideia de “bem” através da figura divina e
metafórica do sol, que permite o acesso ao verdadeiro mundo das ilusões.
d) Se mostra a tentativa de libertar os outros homens presos no fundo da caverna.
e) É a saída da menoridade.

7) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico


moderno (com Rene Descartes). Neste comportamento, a verdade é atingida através da
supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera
opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. (Adaptado de
Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)

A partir do texto, é correto afirmar que:


a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos
equivalentes.
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o
rigor metodológico.
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades
são coincidentes.
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do
pensamento filosófico moderno.

8) Ao analisar o cogito ergo sum – penso, logo existo, de René Descartes, conclui-se que:

a) o pensamento é algo mais certo que a própria matéria corporal.


b) a matéria corporal é algo mais certo que o próprio pensamento.
c) o eu cartesiano é uma ideia emblemática e representativa da ética que insurgia já no
século X.
d) Descartes consegue confirmar todos os sistemas científicos e filosóficos ao lançar a
dúvida sistemático-indutiva respaldada pelos ideias iluministas e métodos incipientes da
revolução científica.

9) No texto Que é “Esclarecimento”? (1783), o que significa, conforme Kant, a saída do


homem da menoridade da qual ele mesmo é culpado?

a) O uso da razão crítica, exceto quando se tratar de doutrinas religiosas.


b) A capacidade de aceitar passivamente a autoridade científica ou política.
c) A liberdade para executar desejos e impulsos conforme a natureza instintiva do
homem.
d) A coragem de ser autônomo, rejeitando, portanto, qualquer condição tutelar.
e) O alcance da idade apropriada para uso da racionalidade subjetiva.

10) assinale a alternativa que melhor corresponda a diferença entre razão pública e razão
privada:

a) O uso público é aquele que qualquer homem, enquanto sábio, faz da sua razão diante
do grande público do mundo letrado. O uso privado é aquele que o sábio pode fazer
de sua razão em um certo cargo público ou função a ele confiada em um ambiente
privado.
b) Razão privada é aquela que fazemos diante da plateia, no ambiente público, uma vez
que expressamos nossa opinião, enquanto a razão pública é o contrário, se dá no
ambiente privado.
c) A razão privada só surge quando saímos da menoridade.
d) A razão pública só surge quando saímos da menoridade.

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