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GORDON-CONWELL THEOLOGICAL

SEMINARY
Hispanic Ministries Program

PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO


OT 500

Professor: Dr. Esteban Voth

Tema: A mensagem teológica de Gênesis 1

Aluno: Silva, Armando

Abril 2013
Introdução

Acredito que o primeiro capítulo de Gênesis transmite uma mensagem que vai além de um

discurso sobre o princípio de todas as coisas. A linguagem utilizada no texto sem dúvida é uma

linguagem poética, e não um relato de um fato no momento em que está ocorrendo. Quem escreveu

certamente não estava presente no momento em que o ato criador ocorria, mas se prevalece de um

estilo literário para transmitir uma mensagem que expressa o relacionamento de um Deus criador

com sua criação, por meio de um propósito do próprio criador. Vamos ver essa mensagem sob os

seguintes ponto de vista.

A mensagem do ponto de vista literário

Não se pode entender teologicamente um texto sem levar em conta o estilo literário. Sendo a

Bíblia o foco da teologia, está cheia de variados estilos de literatura tendo em vista que a escrita é

um código de comunicação por meio do qual se expressa as diversas realidades, entre elas a

espiritual.

O que se diz da literatura poética é que, ela é uma das primeiras formas de manifestação

linguística do ser humano. Com isso concorda Hans De Wit no seu livro, Tenho visto a aflição de

meu povo, afirmando que, quando o povo de Israel começou a produzir sua literatura, no caso o

Pentateuco, em particular aqui, o Gênesis, já existiam escrituras antigas que falavam da criação do

mundo, do homem e do dilúvio, e cita o poema babilônico da criação, Enuma Elis, como exemplo.

A literatura poética não está presa à realidade absoluta e objetiva, mas utiliza recursos

diversos com o objetivo de transformar a realidade e mantem um permanente exercício de busca do

abstrato, do incerto, do imaterial. O livro Teoria Literária do curso de Letras da UNIP

(Universidade Paulista) página 69, define a poesia como:

(...) tudo o que toca o espírito, provocando emoção e prazer

estético, que revela a essência da vida. Pode ser encontrada

também na pintura, na dança, na música, nas paisagens, na vida

etc. É o elemento abstrato (não depende do verso).


Entendo que a poesia é espiritual e por isso pode ter sido o gênero literário escolhido pelos

escritores bíblicos para falar de Deus, que é Espírito, e de sua criação, o homem, que à sua

semelhança é profundamente espiritual.

Para alguns, o gênero poesia possui algumas características bastante evidentes:

• a poesia associa-se a imagens e a linguagem metafóricas. Ela

apresenta linguagem mais conscientemente escolhida do que a

linguagem comum; com mais detalhes e esmero, permite

possibilidades sugestivas e interpretativas;

• a poesia é menos discursiva, com significados sugestivos sem

esclarecimentos imediatos e completos. Explora metáforas

abundantes e subjetivas da realidade;

• o texto em poesia opta pela polivalência da metáfora, pelo uso

quase completo da linguagem conotativa. Muitas vezes, busca

aspectos da linguagem denotativa e objetiva, oferecendo

equilíbrio entre as duas linguagens;

Teoria Literária do curso de Letras da UNIP (Universidade

Paulista) página 73

Pode-se dizer que, dessa maneira, poderemos entender melhor a mensagem teológica de

Gênesis 1, pois conseguimos tirar de diante de nós, as celebres perguntas que disputam com a

ciência, esclarecimentos sobre: quando, como etc... tentando estabelecer uma data para uma

contagem cronológica que firme uma paz entre a teologia e a ciência. Assim afirma José Luis Sicre

um altor bem recomendado quanto a matéria do Antigo testamento:

(...) aos autores bíblicos não lhes interessavam primordialmente

as afirmações científicas. Usam modelos de seu tempo, muto

diversos entre si, porque necessitam expressar-se de algum

modo. Mas não pretendem apresentá-los como «palavra de


Deus». Suas ideias básicas (relação de tudo criado por Deus,

missão e introdução do homem no mundo, relação entre o

homem e a mulher) são compatíveis com qualquer teoria

científica presente o futura que não negue a existência de Deus

(por outra parte, não é missão das ciências afirmar nem negar

dita existência) Introdução ao Antigo Testamento, p. 23

Com ele concorda Hans De Wit quando afirma o seguinte:

A Bíblia não da resposta sobre quando e quase não se preocupa

pelo como. Estas são as preguntas que, na medida do possível,

tem que responder outra ciência. O universo e suas origens não

interessam a Bíblia, e cada esforço por harmonizar, criação e

evolução, resultará em fracasso. A cosmovisão do Antigo

Testamento, que está refletida em Gênesis 1, não sabe nada de

sistemas solares, vias lácteas, anos luz, terra redonda. Com

respeito a todo isso, um astrônomo sabe muito mais que a Bíblia.

A Bíblia sabe mais, muito mais, das lágrimas dos oprimidos e

seus esforços por ordenar e limpar seu mundo. Isto consta em

Gênesis 1. 1-23. (...) Através de seus poemas, cantos e relatos,

Israel, a partir da época do êxodo, vai contando uma historia.

Estes cantos, poemas e relatos - experiencia feita palavra - se

van transmitindo, não por ser tão formosos nem por pertencer a

Bíblia - Os que fizeram a Bíblia não tinham Bíblia! - mas por

necessidade (o grifo é meu). As gerações que acolheram e

transmitiram aquelas historias o faziam pela simples razão de

que elas davam significado e sentido ao seu presente. Tenho

visto a Aflição de meu povo. p. 18,23


A interpretação teológica necessita de um conhecimento de estilo literário e de concepção

científica de acordo com o período em que o texto bíblico foi escrito. Falar sobre estilo literário

junto com teologia é plenamente aceitável, visto que a teologia estuda as escrituras, e toda escritura

tem seu estilo por ser literatura. Quando falarmos do texto em si vamos perceber esses detalhes

interpretativos e teológicos.

A mensagem vista sob o prisma da aceitação da mente humana.

Além da mensagem de Gênesis 1 ser possível compreender por meio de um estilo literário,

existem alguns fatores relativos a mente humana que cabem dentro deste pensamento teológico

interpretativo, para uma crença e aceitação da mensagem teológica de Gênesis. Quando, de Wit

afirma que o texto bíblico são experiências feitas palavras, e se vão transmitindo, não por serem

bonitas ou por pertencerem ao cânon, mas por necessidade; por necessidade se entende as verdades

manifestas da razão por intuição própria que podem ser explicadas com segue de acordo com o

pensamento de Charles Finney em seu livro Teologia Sistemática:

• Não se chega a elas por argumentação nem por meio de evidências, pois ela já possui por

intuição própria seus argumentos e intuições. Embora isso seja próprio da razão; quando se

argumenta, se usa muito essas verdades, visto que, frequentemente, elas são a principal

premissa de um silogismo.

• São verdades de conhecimento certo. A mente percebe que são absolutamente verdadeiras e

que é impossível não o serem.

• Essa classe de verdade é distinta do entendimento. Ela toma consciência de uma classe de

verdades que pela própria natureza, permanece eternamente à parte dos sentidos, e por

conseguinte, do entendimento.

• Entre as verdades manifestas da razão estão: Deus, o espaço, e o tempo. A mente só as

conhece em virtude de leis próprias, pressupondo-as e intuindo-as diretamente, sempre que

apresentadas com clareza tal que os termos da proposição sejam compreendidos.

• São verdades universais


• São verdades necessárias

Essas verdades fazem parte da natureza de cada ser humano e todas as investigações

humanas avançam baseadas na existência e credibilidade dessas faculdades e do testemunho delas.

Negá-las é entregar a mente ao ceticismo universal e cancelar a possibilidade de uma crença

racional.

Nesse caso não necessitamos de crer ou aceitar a mensagem de Gênesis 1, como uma

verdade imposta ou um dogma, tão poco temos que perder a razão para ser um crente. Se podemos

entender uma linguagem poética ou outro estilo literário, se por natureza temos verdades que se

manifestam, podemos nos aproximar das escrituras com a segurança de que a sua mensagem será

contemporânea e suprirá as necessidades que temos de crer e assim manifestar nossa

espiritualidade. Essas são as provas que temos que aceitar e nelas nos firmar, pois são

interpretativas e científicas; e não, querer saber quando esses fatos da criação ocorreram, ou se

ocorreram, como já vimos anteriormente, a Bíblia não se propõe à isso. Por outro lado não podemos

simplesmente crer por crer, como religiosos apegados a dogmas que nos proíbe a investigação por

meio da inteligência, que aliás é parte integrante de nosso ser espiritual dado por Deus no ato da

criação. De outra sorte, não podemos achar que ao investigar, estudar e interpretar a mensagem

teologicamente, estamos pondo em dúvida a mensagem por não querer aceitá-la sem suprir uma

necessidade, oriunda da própria natureza humana de manifestar essa verdade racionalmente. Isso

não é algo que nos torna incrédulos ou desrespeitosos da fé bíblica. Ao contrário isso nos ajuda a

firmar mais na fé. Quanto a isso, gostaria de citar um trecho do Dr. Augusto Cury: cientista,

psicoterapeuta e escritor, que de forma simples esclarece esta questão da seguinte maneira:

A dúvida tem três estágios: a ausência da dúvida, a presença

inteligente da dúvida e a presença excessiva da dúvida.

A ausência da dúvida gera psicopatas. Quem nunca duvida de si,

quem se acha infalível e perfeito nunca terá compaixão pelos

outros.
A dúvida inteligente abre as janelas da inteligência e estimula a

criatividade e a produção de novas respostas.

A presença excessiva da dúvida retrai a inteligência e causa

extrema insegurança. As pessoas se tornam excessivamente

tímidas e autopunitivas. (O código Inteligência e a excelência

Emocional)

Para colocarmos mais luz nessa questão gostaria de citar mais um trecho do livro de Charles

Finney:

Se uma verdade que exige demonstração e pode ser demonstrada

é simplesmente anunciada e não demonstrada, a mente sente-se

insatisfeita e não descansa sem a demonstração que considera

necessária. Pouco adianta, portanto, dogmatizar, quando se deve

argumentar, demonstrar e explicar. Em todos os casos de

mensagens não manifestas ou de mensagens que exigem prova,

os mestres religiosos devem entender as condições lógicas do

conhecimento e da crença racional e adaptar-se a elas; eles

atentam contra Deus quando apenas dogmatizam quando devem

argumentar, explicar e provar, lançando sobre a soberania de

Deus a responsabilidade de produzir convicção e fé. Deus

convence e produz fé não pela deposição da leis mentais

estabelecidas, mas de acordo com elas. É por tanto, absurdo e

ridículo dogmatizar e asseverar, quando explicações, ilustrações

e provas são possíveis e exigidas pelas leis do intelecto. Fazer

isso e depois deixar a cargo de Deus fazer as pessoas

compreender e crer, pode ser conveniente no momento, mas não

significa morte para nossos auditores, que não deverão nos


agradecer. Somos intimados a inquirir que classe pertence certa

verdade, se é uma verdade que, pela natureza e pelas leis da

mente, precisa ser ilustrada ou provada. Se este for o caso, não

temos o direito de meramente asseverá-la, se não tiver sido

provada. Vamos cumprir as condições necessárias de uma

convicção racional e depois deixar o resultado com Deus.

(Teologia Sistemática, p. 39)

Isso tudo nos ajuda e ter mais liberdade ao tentar entender a mensagem de Gênesis 1, pois

tira de nós o peso do castigo, imposto pelo dogma religioso, de investigar por vias da mente e

raciocínio humano uma linda, profunda e acima de tudo espiritual, mensagem de Deus para a

humanidade.

A mensagem

Depois do exposto anteriormente podemos dizer que a mensagem desse importantíssimo

capítulo de Gênesis pode ser colocada da seguinte forma, baseado no comentário de Walter

Brueggemann em seu livro, Interpretação, sobre Gênesis:

1. A criação tem um propósito:

A criação não foi acidental nem por acaso, mas certamente foi uma decisão soberana de

Deus, sem perguntar a ninguém sobre como e se deveria criar. Hans de Wit comenta:

A primeira palavra da Bíblia começa (em hebraico) com a letra

"b". Um comentário judeu explica este fato assim: Essa primeira

palavra está fechada, atrás, por cima e por baixo. Isto significa

que não se deve investigar o que está detrás, encima ou abaixo

da criação. A investigação deve partir dela mesma, e dai pra

frente. (Tenho visto a aflição de meu povo)

Isso significa que frase “no princípio”, não quer indicar um tempo cronológico, mas
simplesmente quer deixar claro que: o principal sobre a criação é, o que não deixa dúvida alguma é;

“Deus criou” .

E o propósito dessa criação é o homem, tendo um lugar onde viver em harmonia com o

criador e as demais coisas criadas. Para isso ele cria céus e terra, demonstrando a ligação entre o céu

de Deus e a terra do homem. Mas a terra estava sem forma e vazia, não havia lugar para cumprir o

propósito da criação. O caos, que fala da oposição à criação, está instalado na terra. Deus não criou

a partir do nada. Havia um caos instalado na terra, contrário ao querer do criador, descrito no verso

dois, o qual foi dissipado pelo chamado soberano do criador à criação dando fim a oposição e

tornando possível a criação. A ordem se instala por meio da palavra e então o céu, a terra e o

homem são estabelecidos em seus verdadeiros destino.

2. A interação entre o criador e a criação só tem lugar na base do Falar e do ouvir.

A criação começa com a palavra. A criação ouve e responde ao falar de Deus, pois ele chama

a existência as coisas que não existem. Quando a criação não ouve o seu criador, não o pode

responder como criatura, não há interação entre ambos. Por isso que o Senhor Jesus ensina sobre a

importância de ouvir Deus por meio de sua palavra. Comparando os que ouvem como quem edifica

sua casa na rocha e quem não ouve como quem edifica na areia. Nessa parábola de Jesus, de novo

as águas, a enchente, protagoniza a oposição que vem contra o que está edificado. Ou seja só é

possível estabilidade do propósito de Deus quando há uma interação entre quem fala e quem ouve.

3. O chamado de Deus para sua criação é soberano

Deus não deixa de ser soberano por ter oposição. Até que, de certa forma, a oposição realça

a grandeza de Deus como criador de todas as coisas. A soberania de Deus é demonstrada pelo seu

contínuo chamado à sua criação. Ele nunca deixa de chamar, de falar com sua criação, e essa é a

maior prova da soberania de Deus. A cada chamado, a criação vai se formando, criações diferentes

vão surgindo pela soberania criadora. A diversidade traz a beleza e ao mesmo tempo a harmonia.
A voz de Deus tem autoridade mas não autoritarismo. Um exemplo mais claro sobre isso

está retratado por Wayne Sibley Towner em seu livro Gênesis. Ele cita o teólogo Russo Nicholas

Berdyaev o qual argumenta que:

Havia algo no projeto criador de Deus chamado, liberdade. Ele

trata a liberdade quase como uma substância. Quando Deus cria

algo dentro e fora de uma atmosfera ou ambiente de liberdade,

isso que foi criado não é, nem inerte nem dependente, mas é

capaz de se levantar e caminhar em busca de seus próprios

interesses, mesmo que seja, como em alguns casos, pecado. Em

outras palavras, Deus abriu mão de parte de sua soberania (o que

eu chamo de autoritarismo, tirania. Ao invés disso criou com

autoridade. O parêntese é meu ) ao ciar um mundo misturado

com liberdade. Essa liberdade pode ser retratada, como está no

capitulo primeiro de Gênesis, na metáfora das águas caóticas,

porém o efeito continua o mesmo: Deus chama a criação para

fora de um ambiente que ainda faz parte de nosso ser físico e

espiritual, mantem para nós um reservatório com direito de

relacionamento e vida, contudo a ameça de caos e morte

permanece.

A mensagem de Gênesis 1 trata de um Deus criador e soberano cujo ato criador se confunde

com a libertação. A criação que, em dados momentos, está aprisionada e escrava - da própria

liberdade - por meio de uma existência deformada e fora do propósito de Deus, emerge de um caos

onde a existência dessa deformidade revela essa liberdade. Liberdade essa dada pelo criador como

um ato de graça e bondade. A criação precisa ouvir a voz do seu criador que a chama para uma

verdadeira liberdade, onde o caos e a desordem são dissipados por sua soberana palavra de

autoridade e somente nesse vinculo entre, o que chama e o que atende ao chamado, a liberdade
existirá segura. Por isso a linguagem poética é usada aqui. Pois trata-se na verdade de um romance,

entre um Deus criador e sua criação, diferente dos mitos babilônicos que retratam deuses tiranos

que mantem sua criação escrava para seu próprio beneficio, negando ao ser criado o direito de

liberdade e da própria vida. O Deus de Gênesis 1 chama sua criação como um noivo a sua amada,

que no desejo de conquistá-la lhe oferece, o céu, a terra, o sol, a lua, as estrelas, as flores e tudo

mais. É isso que podemos ver em Gênesis 1: o homem sendo criado por último, no sexto dia, pois

quando ele abre os olhos para vida, o Deus criador mostra-lhe o que criou para ele, e o deixa viver

em liberdade. Acho que ninguém pode expressar isso melhor que um grande poeta por meio de um

Salmo sobre a Criação.

Ó Senhor, como são tantas e tão diferentes as tuas obras! Tu fizeste todas elas com

grande sabedoria e encheste a terra com as tuas riquezas!

Vejo, por exemplo, o mar imenso, cheio das mais variadas formas de vida, animais

pequenos e grandes.

Por ele passam os navios e as grandes baleias, criadas por Ti para viverem se divertindo

nos oceanos.

Todos, animais e homens, dependem de Ti para receber seu alimento na ocasião certa.

Tu ofereces o alimento e eles recolhem o seu sustento; quando Tu abres a tua mão todas as

criaturas ficam satisfeitas e felizes.

Mas se Tu desvias delas o teu olhar, ficam completamente desorientadas. Se Tu cortas a

respiração dos animais e do homem, eles morrem e acabam como um simples punhado

de pó!

Envias o teu Espírito e novos seres são criados para manter esta terra sempre cheia de

vida.

Deem glória ao Senhor para sempre! Assim o Senhor terá alegria por causa de suas

criaturas.

Salmo 104. 24 a 31 (Bíblia Viva)


Bibliografia

de Wit, Hans, He visto la humillación de mi pueblo (1988)


Una relectura del Génesis desde América Latina

Towner, Wayne Sibley, Genesis (2001)

Sicre, Jose Luis, Introducción al Antiguo Testamento (2000)

Brueggemann, Walter, Interpretation, A Bible commentary for Teaching and Preaching (1982)

Brueggemann, Walter, An Introduction to the Old Testament (2003)

de Melo, Carlos Augusto, Teoria Literária do curso de Letras da UNIP (Universidade Paulista)
(2011)

Cury, Augusto, O código Inteligência e a excelência Emocional (2010)

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