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TOPOGRAFIA – Altimetria e Planimetria

Aluna: Raísa Faustino Batista dos Santos


Matrícula: 1620016344
Professor: Henrique Sergio

João Pessoa, 10 de Agosto de 2016

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Sumário

1. Introdução....................................................................................02
2. Planimetria...................................................................................03
2.1. Triangulação..........................................................................03
2.2. Irradiação...............................................................................04
2.3. Interseção...............................................................................04
2.4. Caminhamento.......................................................................05
3. Altimetria.....................................................................................06
3.1. Nivelamento Barométrico......................................................06
3.2. Nivelamento Trigonométrico.................................................06
3.3. Nivelamento Geométrico.......................................................07
4. Exercícios Resolvidos..................................................................08
5. Conclusão.....................................................................................10

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1. Introdução

O levantamento topográfico consiste em executar medições referentes à


ângulos, distâncias e desníveis, permitindo assim representar uma porção da
superfície terrestre em uma escala adequada. Geralmente, este levantamento é
divido em duas partes: o levantamento planimétrico, através do método do
caminhamento, em que se procura determinar a posição planimétrica dos pontos
(coordenadas X e Y) e o levantamento altimétrico, o qual tem por objetivo
determinar a cota de cada ponto (coordenada Z).

A planimetria é a parte da topografia que estuda as áreas sem levar em


consideração os relevos existentes nela, através da determinação das distâncias
horizontais, e determinação dos ângulos entre os alinhamentos do terreno.
Enquanto a altimetria é a parte da topografia que determina a diferença de nível
entre os pontos topográficos do terreno, a partir disto realiza-se o nivelamento
simples ou composto utilizando um marco do IBGE como referência.

Para realizar o levantamento planimétrico e altimétrico em uma


determinada área, é necessário utilizar equipamentos como estação total, mira,
teodolito, bússola, estacas ou piquetes, baliza e trena, para auxiliar nas medições
de distâncias e ângulos. Com as medidas encontradas a partir da planimetria,
podemos determinar rumos, azimutes, coordenadas parciais e totais, erro angular
e distância horizontal. Além de conseguir determinar, a partir das coordenadas
totais, o desenho e a área da poligonal formada pelos pontos topográficos do
terreno. Já as medidas referentes ao projeto altimétrico, nos permite determinar
cotas, visadas vante e ré, além da altura do instrumento.

A determinação dos pontos e das distâncias horizontais, possibilita a


criação das curvas de nível, seja feitas à mão ou em programas como o REVIT
ou AutoCad por exemplo. Lembrando de sempre mostrar para qual direção está
localizado o norte magnético, pois é a partir dele que determinamos o azimute e
posteriormente o rumo.

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2. Planimetria

Planimetria é a técnica usada para medir os ângulos e distâncias horizontais


de determinada área para criação da planta planimétrica. Esta planta é gerada a partir do
levantamento planimétrico, que consiste em encontramos essas medidas utilizando um
dos métodos citados abaixo, dependendo do tamanho da área em estudo, dos relevos
existentes na mesma, do instrumento que será usado e da precisão necessária para o
projeto.

 Triangulação:

É um método pouco preciso, utilizado na medição de distâncias em


pequenas áreas, decompondo-as em triângulos e medindo com auxílio de baliza
e trena um dos lados desses triângulos. Depois mede-se os ângulos internos e a
partir deles determinasse os lados do triângulo. A área de cada triângulo será
calculada da seguinte forma:
𝐴 = √𝑝. (𝑝 − 𝑎). (𝑝 − 𝑏). (𝑝 − 𝑐)

𝒂+𝒃+𝒄
Onde, 𝒑 = , sendo a, b e c os lados do triângulo. E por fim, soma-se as
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áreas de todos os triângulos para obter a área total do terreno.

Exemplo:

Figura 01 - Triangulação feita por Gago Coutinho na Ilha do Príncipe

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 Irradiação:

É um método usado mais para levantamento de detalhes ou de pequenas áreas


relativamente planas. A execução do método consiste em irradiar para todos os pontos
desejados, com o teodolito estacionado num único ponto, medindo-se o ângulo formado
entre o ponto e uma referência, depois determina-se a distância entre o ponto e a
estação. Quando a referência escolhida for o norte magnético, o ângulo medido será o
azimute. A estação onde o teodolito estará instalado pode ser dentro ou fora da área
estudada como podemos observar no exemplo abaixo.

Exemplo:

Figura 02 – Representação da estação pelo ponto A e dos vértices por numerais.

 Interseção

É um método preciso, utilizado para o levantamento de pequenas


superfícies com relevo acidentado ou com pontos de difícil acesso. Deve-se determinar
dois pontos de referência, que possibilitem a visualização dos demais pontos da área,
em seguida devemos medir a distância entre esses pontos e utiliza essa distância como
base de referência, para a partir dela definir os ângulos formados entre ela e os
alinhamentos dos pontos inacessíveis. Formando assim, vários triângulos com a base e
dois ângulos determinados, como podemos observar no exemplo abaixo.
Exemplo:

Figura 03 – Levantamento por Interseção com base PQ.

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 Caminhamento:
É um método é o mais utilizado, pois pode ser usado para levantamento de
superfícies grandes e acidentadas. Além de ser um método com resultado mais preciso
que os anteriores, pois utilizar maior quantidade de medidas. Faz-se necessário seguir as
etapas abaixo para obter o resultado desejado.
1ª Etapa: Reconhecimento da área, nesta etapa utiliza-se piquetes os estacas para
delimitar a área que será chamada de poligonal.
2ª Etapa: Levantamento da Poligonal, deve-se percorrer cada ponto marcado (estação)
com o instrumento apropriado para medir as distâncias horizontais e ângulos formados
entre os alinhamentos.
3ª Etapa: Levantamento dos detalhes, dependendo do instrumento utilizado pode-se
realizar essa etapa pelo método da triangulação ou irradiação.
4ª Etapa: Orientação da poligonal, com uma bússola determina-se o norte magnético do
primeiro ponto da poligonal, para posteriormente determinar o azimute e o rumo desse
ponto.
5ª Etapa: Computação de dados, após o procedimento em campo, deve-se enumerar as
estações, calcular rumo e azimute de cada uma delas, distância horizontal, coordenada
parcial e coordenada total, para calcular a área da poligonal.
6ª Etapa: Desenho da Planta e Redação do Memorial Descritivo, nesta última etapa
deve-se fazer o desenho da planta com os dados da poligonal em escala e escrever um
documento constando todos os dados referentes ao terreno, para registrar em cartório.

Exemplo:

Figura 04 – Caminhamento no sentido horário

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3. Altimetria

Altimetria é a técnica usada para medir as distâncias verticais entre os


pontos de uma determinada área. Como já foi dito anteriormente, é necessário
um ponto de referência conhecido pelo IBGE para transportar a cota do ponto
conhecido para determinar as cotas dos pontos nivelados do terreno. Os métodos
utilizados para verificar o desnível entre dois pontos, são os descritos a seguir:

 Nivelamento Barométrico:

É o método de baixa precisão que determina o nível verdadeiro do ponto


a partir da pressão atmosférica existente entre pontos de diferentes altitudes da
superfície terrestre. Sendo o valor a altitude inversamente proporcional ao valor
da pressão. Pode ser usado o barômetro de mercúrio ou o altímetro para realizar
essas medições.

Exemplo:

Figura 05 – Barômetro de mercúrio

 Nivelamento Trigonométrico:

É o método baseado em relações trigonométricas para determinar as cotas


ou altitudes a partir de distâncias horizontais e ângulos de inclinação.
Geralmente essas medições são feitas como instrumentos como teodolito,
clisímetro, clinômetro ou estação total.

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Exemplo:

Figura 06 – Nivelamento Trigonométrico

 Nivelamento Geométrico:
Este método é mais preciso que os anteriores, determina-se a diferença de
nível estacionando o instrumento, chamado nível, na metade da distância entre
os dois pontos que serão visados para realizar a leitura do desnível nas miras
instaladas em cada ponto. Esse nivelamento pode ser simples ou composto, o
simples para áreas menores que podemos determinar a diferença de nível
colocando o instrumento em apenas uma estação, já o nivelamento composto
serve para áreas maiores que temos que mudar o instrumento de estação para
conseguir visualizar toda a área.

Exemplos:

Figura 07 – Nivelamento Geométrico Simples

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Figura 07 – Nivelamento Geométrico Composto

4. Exercícios Resolvidos
Formulário:
Soma dos ângulos internos de um polígono: 𝑆 = (𝑛 − 2) ∗ 180° ;
Projeção parcial: 𝑋𝑝 = 𝐷𝐻 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑅𝑢𝑚𝑜) 𝑒 𝑌𝑝 = 𝐷𝐻 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑅𝑢𝑚𝑜) ;

Correções: 𝐶𝑥 = 𝑥𝑚 ∗ 𝑓𝑥 𝑒 𝐶𝑦 = 𝑦𝑚 ∗ 𝑓𝑦 ;

Azimute: Azn = (Azn−1 +∝) ± 180° ;


Rumo: 𝑅𝑁𝐸 = 𝐴𝑧 ; 𝑅𝑆𝐸 = 180° − 𝐴𝑧 ; 𝑅𝑆𝑊 = 𝐴𝑧 + 180° ; 𝑅𝑁𝑊 = 360° − 𝐴𝑧 ;
𝑒𝑥 𝑒𝑦
Fator de correção: 𝑓𝑥 = ; 𝑓𝑦 = ;
∑𝑥 ∑𝑦

Erro Linear: 𝑒𝑥 = ∑ 𝑋𝐸 − ∑ 𝑋𝑊 ; 𝑒𝑌 = ∑ 𝑌𝑁 − ∑ 𝑌𝑆 ; 𝐸𝐿 = √𝑒𝑥 2 + 𝑒𝑦 2


𝐸𝐿
Erro Linear de Fechamento: 𝐸𝐿𝐹 = ;
𝑃

Perímetro: P = ∑ 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 ;
Cota: Cota = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑛𝑡 − 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑅é ou 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑛𝑡 − 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑉𝑎𝑛𝑡𝑒 ;
Prova de cálculo: ∑ 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑅é − ∑ 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑣𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑛ç𝑎 = |𝑐𝑜𝑡𝑎𝑖 − 𝑐𝑜𝑡𝑎𝑓 |

Questão 01 (Planimetria): De acordo com os dados coletados de uma poligonal


fechada, preencha a tabela abaixo.

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Resolução: Primeiramente deve-se somar os ângulos medidos e observar a
diferença entre eles e o somatório dos ângulos internos de uma poligonal com a mesma
quantidade de lados, após isto observa-se que o somatório possuía 25 segundos a mais e
fizemos: 25”/5=5”. Logo, diminuí-se 5 segundos de cada ângulo para corrigi-los. Como
foi dado o primeiro azimute, consegue-se encontrar os demais pela fórmula:
𝑨𝒛𝒏 = (𝑨𝒛𝒏−𝟏 +∝) ± 𝟏𝟖𝟎°. Depois calculamos os rumos de acordo com o quadrante
que o azimute se encontra.

Questão 02 (Planimetria): De acordo com a Questão 01, complete a tabela


abaixo.

Resolução: Começa-se fazendo o somatório das projeções, depois encontramos


a diferença entre Xe e Xw e a diferença entre Yn e Ys. Calcula-se o erro linear e
o erro linear de fechamento para ver se é inferior ao tolerável, caso seja superior,
deve-se voltar a campo para realizar novas medições. Depois determina-se as
correções lineares para x e para y e diminui o valor das projeções pelos valores
das correções para obter as projeções corrigidas. Depois observamos o ponto mais
a oeste e zeramos o mesmo, neste caso a estaca 2, para a partir dela encontrar as
coordenadas totais das outras estacas.

Questão 03 (Altímetria): Complete a tabela do nivelamento geométrico abaixo.

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Resolução: Primeiramente, com o valor da terceira cota e a visada vante da
mesma, pode-se encontrar a altura do instrumento na estação A, a cota em RN-0
será a altura do instrumento menos a visada ré neste ponto, já a visada vante da
estaca 1 será a altura do instrumento menos a cota conhecida neste ponto. E
assim por diante. No final deve-se fazer a prova de cálculo abaixo para saber se
os valores estão corretos, sabendo que as visadas vantes de mudança são as
visadas vantes quando vai haver mudança de estação.
Prova de cálculo: ∑ 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑅é − ∑ 𝑉𝑖𝑠𝑎𝑑𝑎𝑣𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑛ç𝑎 = |𝑐𝑜𝑡𝑎𝑖 − 𝑐𝑜𝑡𝑎𝑓 |

18,665-(0,344+1,095+0,902+0,438+0,401) = |74,216-8,701|
18,665-3,18 = 15,485

5. Conclusão

Como foi visto neste documento, o levantamento planialtimetrico é de


suma importância para determinarmos as características da área levantada.
Sendo mais comum o uso do nivelamento geométrico e do método do
caminhamento, pois permitem uma maior precisão de áreas extensas.
Para gerarmos curvas de nível, que são linhas imaginárias que agrupam
pontos no mesmo nível, é necessário ter as cotas de cada estaca da área em
estudo. E a partir delas podemos criar mapas topográficos e obter figuras no
plano tridimensional.
Para realizar o levantamento da área é necessário um conhecimento
apurado de trigonometria e possuir os equipamentos específicos para o tipo de
levantamento que será feito. Este levantamento poderá ser usado para saber o
quanto de aterro e corte precisaremos fazer em um terreno para o mesmo ficar
nivelado.
Após o levantamento feito em campo, deve-se fazer todos os cálculos em
escritório para saber se as medidas são coerentes e se os erros não ultrapassam
os toleráveis, para o erro linear de fechamento só é tolerável um erro de 2m a
cada 1000 metros. Caso o erro ultrapasse este valor, faz-se necessário voltar a
campo e refazer as medições.
Com o avanço da tecnologia, obtemos medidas cada vez mais precisas, o
GPS (Sistema de Posicionamento Global) por exemplo é um sistema
posicionado por satélite capaz de fornecer sua posição em qualquer parte na
Terra, auxiliando no direcionamento de pedestres e meios de transportes para
encontrar uma localização específica no mapa.

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