Aventura de RPG – Terror no espaço

Nome?

1- Obelisco da Loucura

2- Obelisco Negro

3- O planeta da loucura

Introdução

Os jogadores são parte da tripulação de uma nave espacial. O ideal é que seja uma nave do governo, fazendo com que
os jogadores sejam obrigados a cumprir algumas ordens, o que permite que o mestre estabeleça as missões com
razoável facilidade sem ter que pensar se os jogadores vão querer ou não se lançar em uma missão de resgate.

Além disso, seria interessante criar uma aventura que antecedesse esta, onde os jogadores recebem um pedido de
ajuda e encontram a única nave que conseguiu escapar do “planeta da loucura”. Nessa nave, os jogadores encontrariam
apenas uma ou duas pessoas ainda sãs, com uma leve ideia do que está acontecendo. O ideal seria q essas pessoas não
fizessem parte da equipe de cientistas que investiga o obelisco, sendo apenas um tipo de auxiliar de serviços gerais – ou
seja, não sabe q o obelisco existe, apenas estava presente quando diversas pessoas começaram a se tornar violentas. Os
jogadores também encontrariam diversos tripulantes enlouquecidos, incluindo alguns em processo de mutação que
tenham se transformado em coisas não exatamente humanas.

Depois de enfrentar os inimigos, os jogadores chegariam a ponte de comando onde haveria todos os dados do trajeto da
nave, incluindo as coordenadas do planeta onde toda a loucura aconteceu.

Alternativamente também é possível apenas dizer que os jogadores receberam um pedido de ajuda diretamente do
planeta, ou melhor, da estação científica lá estabelecida. Outra alternativa é dizer que a estação científica passou tempo
demais sem enviar nenhuma mensagem para as autoridades na Terra e por isso uma equipe foi enviada para investigar
(os jogadores, obviamente)

Independente da forma com que os jogadores chegam até o planeta, a situação é a seguinte:
Um grupo de cientistas detectou a emanação de estranhos sinais na superfície de um planeta isolado e nunca
colonizado. Alguns exames iniciais revelaram a existência de uma estrutura enterrada um pouco abaixo da superfície e
quase todos os cientistas concordavam que parecia algo nunca antes visto.

(OBS: Não sei se vocês vão dizer que os humanos já têm contatos com outras raças alienígenas. Se não tiverem, essa
estrutura seria a primeira grande evidência de vida extraterrestre. Se tiverem, então é uma estrutura que certamente
não se assemelha em nada produzido pelas raças conhecidas e poderia servir como evidência da existência de uma raça
nova)

Devido o mistério cercando essa estrutura, as autoridades decidem criam uma instalação de pesquisa ultrassecreta na
superfície desse planeta para desenterrar a estrutura e analisa-la minuciosamente. Inicialmente tudo corre bem. A
estação é montada sem grandes problemas e as escavações progridem bem rápido. Logo de início já é possível ver a
ponta de estrutura e fica óbvio de que se trata de uma espécie de obelisco negro.
Conforme as escavações avançam, fica claro que o obelisco é consideravelmente alto, negro e espiralado. A estrutura foi
esculpida para ter 6 lados. Porém, esses 6 lados não se mantêm retos da base até o topo. Eles espiralam, como a broca
de uma furadeira. E 3 dos 6 lados são repletos de símbolos desconhecidos (os cientistas suspeitam que seja um tipo de
alfabeto desconhecido) dispostos de forma intermitente (um lado com símbolos, depois um liso, outro com símbolos,
depois outro liso). Esses símbolos foram esculpidos em baixo relevo e pintados (assim como todas as arestas) com uma
cor curiosa, uma tonalidade semelhante ao laranja ou abóbora, como a cor de um pôr-do-sol doentio. Imediatamente os
pesquisadores começam a tentar decifrar os símbolos desconhecidos.

Depois de algum tempo (já perto de desenterrar a estrutura toda) os membros da estação (começando por aqueles que
tem contato mais direto com o obelisco, ou seja, os pesquisadores e a equipe de escavação) começam a sofrer sonhos e
visões inexplicáveis. Tais visões começam a se tornar cada vez mais macabras, assustadores e incontroláveis, surgindo a
quase todo o instante e lentamente acabando com a capacidade da vítima de discernir o sonho da realidade. Com o
tempo, as vítimas mais afetadas começam a se agrupar, formando uma espécie de culto. Esses cultos vão ganhando
força até que já controlam mais da metade de todo o pessoal da estação, até que se lançam ao ataque contra os que
restam. Dos membros da estação que ainda não enlouqueceram, muitos morrem logo no início do ataque. Os que se
rendem são capturados como escravos e usados para terminar as escavações. Os que estão feridos demais para
trabalhar são sacrificados em rituais bizarros que pode ser um banquete canibal ou a disposição do corpo em um
formato específico que lembre um dos símbolos no obelisco.

Quando finalmente a escavação termina e todo a estrutura fica visível, é possível perceber que a coisa toda tem cerca de
50 metros de altura, e contando com uma base cúbica mais larga que a estrutura hexagonal. Essa base cúbica tem uma
porta de entrada. Tanto as paredes dessa base cúbica quanto a porta são adornadas com diversos símbolos e desenhos
em baixo relevo e pintados com o mesmo alaranjado doentio da parte superior da estrutura.

Os cultistas passam a se esforçar para abrir a porta. Depois de alguns rituais de sacrifício (que envolvem muito sangue e
pedaços de pessoas espalhados por todas as paredes formando desenhos) a porta se abre e alguns cultistas adentram a
estrutura. O lugar lembra um templo, com diversas imagens e textos nas paredes de pedra negra. Em certos cantos da
sala, há estátuas que mais parecem criaturas que foram paralisadas ou congeladas naquela posição. Essas criaturas
parecem saídas direto de algum pesadelo. Os cultistas seguem em frente sem hesitar, até que chegam no centro da
estrutura onde se localiza uma câmara completamente negra, com apenas um símbolo (com aquela cor alaranjada) no
chão. Quando um dos cultistas adentra a câmara, uma porta se fecha, e a câmara começa a emitir ruídos e luz (junto
com os gritos do cultista). Alguns segundos depois, a porta se abre e a pessoa que saí de lá parece completamente
diferente. Não mais tomada pela loucura e com a cara abatida e cheia de cansaço. Agora o indivíduo aparente uma
calma perturbadora e seus olhos brilham com propósito e conhecimentos recém adquiridos. Ele caminha até uma das
estátuas, toca a sua cabeça e pronuncia palavras em algum idioma desconhecido, então criatura subitamente ganha vida
e passa a seguir seu novo mestre. O homem agora se coloca como líder dos cultistas e ordena que vários outros entrem
na misteriosa câmara negra. Alguns saem de lá como ele, calmos e iluminados com propósito e conhecimento. Mas a
maioria sai de la ainda mais deformada e enlouquecida do que antes. Os iluminados revelam aos outros que há outros
planetas contendo obeliscos como aquele, e é preciso desenterrar e ativar todos eles, portanto seu novo objetivo será
consertar as poucas naves para sair do planeta e tentar encontrar os outros obeliscos.

Chegam os Jogadores
como dito antes, os jogadores podem chegar à estação de pesquisa no planeta terror por 3 razões

1- Encontraram uma nave que conseguiu fugir de lá

2- Receberam um pedido de ajuda de algum sobrevivente que consegui se trancar em uma sala com rádio
3- Receberam ordens diretas do governo para investigar a estação que não dava resposta há muito tempo.
Independente do motivo, os jogadores chegam na estação para encontrar um cenário de guerra. O hangar talvez seja o
local mais destruído, pois os cultistas tentaram impedir que qualquer um fugisse. Porém, é possível perceber que há
sinais de reparo. Alguém certamente estava trabalhando ali agora há pouco tentando consertar o hangar ou as naves.
Mas se havia alguém ali há tão pouco tempo, porque não estavam mais lá? Porque não havia ninguém para receber a
nave recém-chegada? Será que fugiram?

Sem nenhuma resposta aparente, os jogadores precisam adentrar a estação. E é então que o cenário começa a ficar
cada vez pior. Havia sangue no hangar, certamente. Mas agora há sangue por todo o lado, assim como pedaços
desmembrados de pessoas, alguns pregados nas paredes outros amontoados em algum canto como se fosse um altar.
Quase todos os computadores parecem ter sido completamente destruídos.

Avançando um pouco mais os jogadores descobrem uma pessoa ainda viva. Ela foi pregada na parede em alguma forma
estranha (lembrando as pessoas crucificadas pelos romanos) e parece ter sido deixada para morrer lentamente. É essa
pessoa que explica superficialmente a loucura que afetou a maior parte da equipe da estação, porém, ela obviamente
está no fim de suas forças, não aguenta mais o seu sofrimento e começa a implorar para ser morta. Qualquer demora
dos jogadores em acatar seu pedido faz com que ela comece a gritar, implorando pela morte e continuará gritando até
conseguir o que quer ou ser “apagada”.

Atraídos pelos gritos da pobre alma torturada, os alguns cultistas aparecem para atacas os jogadores. É importante
deixar claro para os jogadores a aparência desses inimigos. A pele completamente imunda de sangue, graxa e terra, mas
que por baixo parece tomada por alguma doença que cria erupções. Olheiras bem fundas de alguém que não dorme,
mas um olhar cheio de loucura, violência e sem nenhum cansaço.

Depois desse primeiro encontro, os jogadores devem explorar a estação para encontrar pistas. Essas pistas podem ser
alguns poucos computadores ainda funcionando, documentos em papeis e um ou dois sobreviventes ainda lúcidos
(porém é preciso convencer esses sobreviventes de que os jogadores não são inimigos).

Com algumas poucas pistas já é possível descobrir a existência do obelisco e sua ligação com a criação dessa estação de
pesquisa. Nesse estágio os jogadores podem escolher se já querem ir logo para o local da escavação ou se preferem
continuar reunindo pistas até descobrir toda a história.

É claro que mesmo que os jogadores encontrem sobreviventes bem informados, esses poderiam dar apenas as
informações de que eles dispõem. Essas informações incluem a incidência cada vez maior dos sonhos e das visões, de
como a maior parte da equipe ficou louca e atacou a outra parte. É possível até que os sobreviventes tenham se
arriscado a sair de seu esconderijo para ver o que estava acontecendo, então saibam que os cultistas escravizaram os
sobreviventes dos ataques para terminar as escavações e depois começaram seus rituais macabros de sacrifício, bem
como o curioso interesse súbito dos cultistas em consertar as naves (mas seria impossível saber sobre a porta ou o que
há depois dela).

É possível que depois de descobrir todas as pistas os jogadores decidam que não querem se arriscar a descer até a base
do obelisco, preferindo fugir. Então acho que seria preciso cortar essa rota de fuga. Mas como fazer isso sem ficar muito
forçado?