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→ Conceito e objeto do Direito Ambiental: Ramo do Direito que disciplina as atividades cujos
impactos ambientais são causados ou influenciados pela atividade humana.
→ Objetivo: Defender o meio ambiente e a qualidade de vida da coletividade.
→ Nomenclatura: A expressão Direito Ambiental é aceita pela doutrina, legislação e jurisprudência
pelo fato de abarcar o meio ambiente como um todo, e não apenas sua dimensão natural, a exemplo
da nomenclatura (não aceita), Direito Ecológico.
→ Autonomia do Direito Ambiental: A partir da lei nº 6.938/81, passou a ser visto como ramo
autônomo do direito (antes encarado com sub- ramo do Direito Administrativo). Com a publicação
da CF88, que dedicou todo um capítulo ao meio ambiente, passando a tratá-lo como direito
fundamental da pessoa humana, o status de autonomia restou ainda mais consolidado.
→ Codificação: Não existe um código que harmoniza a legislação ambiental brasileira, existem
códigos setorizados como código florestal, código da caça, código da pesca.
→ Evolução Histórica:
Fase individualista: Ausência de preocupação com o meio ambiente – Do descobrimento até 1950
Fase fragmentária: Controle de algumas atividades exploratórias de recursos naturais em razão de
seu valor econômico- De 1950 a 1980 – Só recursos naturais com valor econômico recebiam
proteção, o direito ambiental ainda não era visto como um ramo autônomo (todo integrado e
interdependente), por isso a setorialidade ( velho código florestal; código de caça ou lei de proteção
à fauna, código de pesca; código de mineração; lei de responsabilidade por Danos Nucleares)
Fase Holística: Compreensão do meio ambiente como um todo integrado e independente – De 1981
até o presente. A Lei nº 3.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio ambiente marca
essa fase, pois foi a partir daí que a proteção do meio ambiente passou a ser considerada uma
finalidade em si mesma ( bem jurídico autônomo) – Destaca-se a Constituição de 1988 e demais
legislações próprias, como a Lei da Ação Civil Pública.
Fontes: formais: ordenamento jurídico nacional e internacional/ materiais: movimentos populares,
descobertas científicas, doutrina jurídica…
Natureza Jurídica do Direito Ambiental: CONFLITO → Associado ao Direito Constitucional e
Admonistrativo, a maior parte da doutrina o classifica como público (interesse público)/ Mas
também permeia ramos do direito privado, como direito civil, financeiro, comercial...Dada a
interdisciplinariedade, se classifica como DIREITO COLETIVO EM SENTIDO AMPLO
( transcende a dicotomia entre público e privado). São DIREITOS DIFUSOS → Transindividuais,
de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncas de
fato.
Antropocentrismo e Biocentrismo: Antropocentrismo – ser humano no centro do universo, a
proteção ao meio ambiente ocorre apenas na medida necessária para que os interesses humanos
sejam resguardados./ Biocentrismo: cada recurso natural poussui um valor intrínseco e deve ser
protegido em razão de sua função ecológica, pois os seres vivos e os elementos que propiciam a
vida fazem parte de um sistema integrado de interdependente, sendo o ser humanos apenas uma
parte dessa complexa teia. A CF/88 adota o antropocentrismo clássico ( art. 225) mas um
antropocentrismo alargado ( que não se confunde com o clássico), pois reconhece a intedependência
entre os seres humanos e a natureza.
Conceito de Meio Ambiente: Lugar onde se manifesta a vida, o que inclui tanto os seres vivos
quanto os elementos não vivos que contribuem para que a vida ocorra ( elementos bióticos e
abióticos). Com o tempo esse conceito foi se alargando de modo a abranger também aspectos de
ordem cultural, econômica, política e social.
→ Alguns juristas atestam que a nomenclatura é redundante pois meio e ambiente significam a
mesma coisa, mas, no Brasil, a expressão foi consagrada pelo uso.
→ Conceito Jurídico de Meio Ambiente: A lei nº 6.938/81 que dispõe sobre a Política Nacional de
Meio Ambiente e cria o Sistema Nacional de Meio Ambiente, definiu meio ambiente a partir do
ponto de vista biológico, físico e químico. A CF trouxe o ser humano para o centro da questão
ambiental, ao apontá-lo smultaneamente como destinatário de implementador dessas determnações.
→ Classificação de Meio Ambiente ( meramente metodológica, posto que Direito Ambiental é
indivisível).
Meio ambiente natural: constituído por elementos naturais bióticos e abióticos;
Meio ambiente artificial: ambiente construído ou alterado pelo ser humano: edificios urbanos,
espaços públicos abertos ( ruas, praças, areas verdes).
Meio ambiente cultural: É o patrimônio histórico, artístico, paisagístico, ecológico, científico e
turístico e se constitui tanto de bens de natureza material, a exemplo de construções, lugares, obras
de arte, objetos e documentos de importância para a cultura , quanto imaterial, a exemplo de
idiomas, danças, muitos, cultos relgiosos e costumes de uma maneira geral ( arts 215 e 216 da CF)
- Pode ser meio ambiente artificial, se contar com prédios tombados e etc…
- Pode ser meio ambiente natural: caso de trate de uma paisagem natural a qual se atribuiu valor
cultural.
Meio ambiente do trabalho: considerado também uma extensão do conceito de meio ambiente
artificial, é o conjunto de fatores que se relacionam às conndições do ambiente laboral, como o local
de trabalho, as ferramentas, as máquinas, os agentes químicos, biológicos, físicos, as operações, os
processos e a relação entre o trabalhador e o meio física e psicológico. A Carta Magna reconheceru
nos incisos XXI e XXIII do art. 7 que as condições de trabalho tem uma relação direta com a saude
e , portanto, com a qualidade de vida do trabalhador, inclusive é no trabalho que a maioria dos
seres humanos passa grande parte da existência ( inciso VIII do art. 200) – vai para além da relação
de emprego, abarca autônomos e avulsos.
Patrimônio genético: informações de origem genética oriundas dos seres vivos de todas as espéces,
seja anima, vegetal, microbiano ou fúngico.
Meio ambiente como microbem e macrobem: Enquanto microbem os recursos naturais são
considerados individualmente e valorizados de acordo com a sua importância econômica ou social,
na condição de macrobem, o meio ambiente não pode ser reduzido a nenhum de seus elementos em
virtude da relação de integração e interdependência entre cada um deles. Art. 225, VII da CF.
Princípios
→ A relevância dos princípios jurídicos justifica-se porque: Marcam a autonomia dos ramos do
Direito; Integram e harmonizam as normas de um determinado ramo do direito; servem diretamente
como critério para a resolução de conflitos no caso concreto; servem como referência para
construção e interpretação das demais fontes do direito, notadamente das leis e da jurisprudência.
→ Na prática os princípios do Direito Ambiental acabam sendo mais importantes do que a maioria
dos outros ramos do Direito, pelas seguintes razões: O Direito Ambiental é um ramo novo da
Ciência Jurídica; Houve uma enorme proliferação normativa nos últimos anos; A competência
legislativa é concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios; Inexistência de código
ou de consolidação da legislação ambiental; A maioria das normas têm caráter técnico; A maioria
dos membros da Magistratura e do MP não estudou a matéria na graduação nem em pós graduação
e/ou não se pauta por boa técnica legislativa.
→ Princípios Gerais do Direito Ambiental:
- Princípio do acesso equitativo (SOLIDARIEDADE): Todo ser humano deve ter acesso aos
recursos naturais e ao meio ambiente em geral, na medida de suas necessidades. Os benefícios e
malefícios oriundos da apropriação desses recursos devem ser distribuídos de forma equânime da
sociedade. Caput 225, ‘ bem de uso comum do povo’. Tal princípio deve ser observado em ãmbito
intergeracional e intrageracional.
- Princípio do direito humano fundamental: Em 1972 a ONU organizou em Estocolmo, na
Suécia, a 2 conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente, aprovando, ao final, a
Declaração Universal do Meio Ambiente que declarou que os recursos naturais, como a água, o ar, o
solo, a flora e a fauna, devem ser conservados em benefício das gerações futuras, cabendo a cada
país regulamentar esse princípio em sua legislação de modo que esses bens sejam devidamente
tutelados. A proteção jurídica ao meio ambiente é uma forma imprescindível de resguarddas a vida e
a qaulidade de vida humana, devendo assim o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
ser considerado um direito humano fundamental.
- Princípio do desenvolvimento sustentável: É o modelo que procura coadunar os aspectos
ambiental, econômico, e social, buscando um ponto de equilíbrio entre a utilização dos recursos
naturais , o crescimento econômico e a equidade social. CF art. 225 ‘‘ Todos tem direito ao meio
ambiente...’’Meio ambiente foi transformado em princípio da ordem econômica – inciso vi , art. 170
da CF/88. Esse princípio ficou consagradona esfera internacional após a Rio 92, onde foi formulado
o seguinte princípio: ‘‘ O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que
sejam atendidas equitativamente as necessidade de gerações presentes e futuras.’’
- Princípio da função social da propriedade: O direito ao livre exercício da atividade econômica
está condicionado ao cumprimento da função social, de maneira que as atividades econõmicas não
podem ser lesivas ao meio ambiente. A perspectiva ambiental deve incidir sobre a propriedade dos
meios de produção e sobre a atividade empresarial de uma forma geral, contribuindo para que as
gerações presente e futuras gozem de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Função social
de propriedade urbana – inciso III, art. 170 da CF. Art. 182 da CF trata da função social de
propriedade rural.
*** Lembrar sobre obrigação propter rem, aquela que acompanha a coisa***
- Princípio da informação: Nasce da Rio 92. Também conhecido como princípio da publicidade,
parte do pressuposto de que toda informação em matéria ambiental é de interesse coletivo, e que
no caso de inexistência caberá ao Estado produzi-la tamanha é sua importância para a construção do
Estado de Direito Ambiental. De um lado , é com base em informações atualizadas e concretas que
a Administração Pública tomará decisões, seja no que diz respeito às políticas ambientais
propriamente ditas, seja no que diz respeito ás políticas públicas que fazem interface com a questão
ambiental.
- Princípio da correção da fonte: corrigir na fonte, eliminar as atividades poluidoras ao invés de
adotar solução de fim de linha
- Princípio do limite: Somente são permitidas as práticas e condutas cujos impactos ao meio
ambiente estejam compreendidos dentro de padrões previamente fixados pela legislação ambiental e
pela Administração Pública. Esse controle ambiental se dá pela averiguação e acompanhamento do
potencial de geração de poluentes líquidos, de resíduos sólidos, de emissões atmosféricas, de ruídos
e do potencial de riscos de explosões e de incêndios. Inciso V do § 1º do art. 225 CF.
- Princípio da participação (princípio democrático ou princípio da gestão democrática):
Assegura ao cidadão o direito à informação e a participação na elaboração das políticas públicas
ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os mecanismos judiciais , legislativos e
administrativos que efetivam o princípio. Cput do 2225 CF dever do poder público e da coletividade
defender e preservar o meio ambiente.
*** obrigatoriedade legal da realização de audiência pública no processo de licenciamento
ambiental que demande a realização de EIA/ RIMA.
- Princípio da Prevenção: Princípio que mais está presente na legislação ambiental e em políticas
públicas que versam sobre meio ambiente. Determina a adoção de políticas públicas de defesa dos
recursos ambientais como uma forma de cautela em relação à degradação ambiental. O
princípio da prevenção é aplicado em relação aos impactos ambientais conhecidos ou que se
possa conhecer, e aos quais se possa estabelecer as medidas necessárias para prever e evitar os
danos ambientais.
- Princípio da precaução: Estabelece a vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se
houver a certeza que as alterações não causaram reações adversas , já que nem sempre a ciência
pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos.
DIFERENÇA DE PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO
CONTEÚDO COMUM: Evitar dano ambiental ou mitiga-lo ao máximo
PRECAUÇÃO: ausência de certezas científicas – In dubio pro natura
PREVENÇÃO: impedimento de danos cuja ocorrência é ou poderia ser sabida. Risco certo,
conhecido
- Princípio do poluidor-pagador x protetor recebedor: Tem como objetivo fazer com que a
iniciativa privada internalize os curtos ambientais gerados pela produção de pelo consumo na forma
de degradação e de escasseamento dos recursos ambientais.
Foram considerados corretos: O princípio do poluidor pagador impõe ao poluidor a obrigação de
recuperar e ( ou) indenizar os danos causados por sua atividade e, ao consumidor, a obrigação de
contribuir pela utilização dos recursos ambientais. O princípio do poluidor- pagador prescinde da
verificação da ilicitude da conduta.
– cooperação entre os povos: proteção global
- Princípio da transversalidade (umbiquidade) ( consideração da variável ambiental nos
processos decisórios): Deve ser feita a consideração da variável ambiental em qualquer processo
decisório de desenvolvimento, já que praticamente todas as políticas públicas interferem ou podem
interferir na qualidade do meio ambiente.
- Princípio do não retrocesso ambiental: Normas ambientais não devem ser flexibilizadas, sob
pena de comprometer as conquistas até então alcançadas pela legislação ambiental.
Direito Difuso coletivo ao meio ambiente equilibrado: toda sociedade é, ao mesmo tempo,
credora e devedora. Como cumprir isso? Obedecendo à legislação ambiental.
Instrumentos da PNMA
-Edição de Padrões de qualidade
- Zoneamento ambiental: se existe um zoneamento ambiental que não permite implantação de
indústria, então não implemento indústrias, não posso emitir licença.
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***Estudos Ambientais (estudos relativos aos impactos relacionados a localização,
funcionamento e etc de atividades industriais e etc)
– Estudo de Impacto Ambiental: Atividade licencianda com significativo potencial de lesão ao
meio ambiente( Rol exemplificativo do CONAMA)
- É um ato público;
- Quem faz o EIA é uma equipe técnica multidisciplinar equipada e paga pelo proponente;
- RIMA: Relatório de Impacto Ambiental: Contem as conclusoes do EIA para acessibilidade
popular.
- A conclusão do EIA NÃO VINCULA O ÓRGÃO LICENCIADOR!
- Audiência Pública co EIA- RIMA – Princípio da informação e participação. Ocerre SE o
órgão licenciador entender necessário, ou o mp requerer ou uma entidade civil requerer, ou
tiver abaixo assinado por pelo menos 50 cidadãos. Não cumprida a formalidade, a licença é
invalidada.
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**** Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo necessário para que as atividades
poluidoras sejam exercidas de forma lícita. Art. 10 Lei da Política Nacional.
- Licença ambiental é um ato administrativo,
- A competencia para licenciar não restringe a competência para fiscalizar. Mas há privilégio
do órgão que licenciou. Exemplo: órgão estadual emitiu a licença, mas o IBAMA, órgão federal
pode fiscalizar ( multar, autuar), da mesma forma que um órgão municipal. Entretanto, se o órgão
que emitiu a licença proceder a autuação também, vale a autuação de órgão que liberou a licença.
- Regime da Licença Ambiental: É trifásico: - Licença Prévia : Aprovação do Projeto, atesta a
viabilidade ambiental e estabelece requisitos para serem atendidos na próxima fase. - Licença da
Instalação: Instalar a atividade poluidora, mas a mesma ainda não pode funcionar. Licença de
operação: operação da atividade.
TODA LICENÇA TEM QUE TER UM PRAZO DE VALIDADE: LP: 5 max anos LI: 6 max anos e
LO: MIN 4, máximo 10. Todos prorrogáveis. Não se incorpora ao patrimônio do outorgado-→ Não
há direito adquirido para poluir.
- Pode ser suspensa, alterada, e cancelada no prazo de validade por ato unilateral e justificado
da Adm Pública mesmo que não seja cometida conduta ilícita. ( Se forem identificados danos
ambientais ou à saúde pública, omissão de informações relevantes, violação ou inaquequação
de condicionantes legais )
- O Proponente da atividade poluidora precisa propor uma modalidade de estudo ambiental
para subsidiar o deferimento da lincença prévia.
- A renovação deve ser requerida com antecedencia de no mínimo 120 de seu término.
-Os licenciamentos são feitos mediante apenas UM ente federativo. Os outros podem se
manifestar.
- Atuação supletiva para licenciamento ambiental: Quando uma esfera de governo não puder
faze-lo, a esfera de governo de maior abrangencia territorial, irá faze-lo – União – Estado-
Município
- Existe ainda a ação subsidiária, um ajuda o outro por meio de requerimento expresso.
-COMPETENCIA PARA LICENCIAMENTO:
- Federais: Feitas pelo IBAMA
- Municipal: Feitas pelo conselho municipal de meio ambiente: atvidade nas circunscrição e espaços
de preservação criados pelo municipio menos a as apas. –> o estado deve habilitar o município.
-Estadual: Competência residual, aquilo que sobra.
- APAs: específico
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- Incentivo à produção de tecnologias menos impactantes ao meio ambiente.
- Banco de dados ambientais – CAR- Cadastro Ambiental Rural ( obrigatório ) - SINIMA
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****Espaços Territoriais Protegidos (Comp comum)
- A alteração, supressão dessas áreas só pode ser feita por LEI, mesmo que tenha sido criado
por decreto.
-Código Florestal- Introdução
- No Brasil ainda existe a propriedade privada de florestas;
- Só é possível desmatar as áreas não protegidas; ( equilíbrio, desenvolvimento sustentável)
- Flexibilização para produtores de pequeno porte;
- Anistia para degradações realizadas antes de 2008;
- Cadastro Ambiental Rural – obrigatório para todos os proprietários e possuidores rurais ( controle,
monitoramento, combate ao desmatamento).
ESPAÇOS PROTEGIDOS PELO NOVO CÓDIGO
- Áreas de Preservação Permanente APPs: Áreas extremamente sensíveis do ponto de vista
ecológico. Margens de Rios, Encostas, Entornos delagos e lagoas naturais, manguezais, restingas.
Por serem sensíveis, precisam ser preservadas. O objetivo da APP é proteger esses microbens.
- Existesm APPs em propriedades urbanas e rurais, áreas públicas e privadas.
- Espécies: Matas ciliares; Entorno de lagos ou lagoas naturais; Entorno de reservatórios d água
artificiais; Entornos de nascentes e olhos d´água; Encostas com grandes inclinações; restingas;
topos de morros; veredas. ROL EXEMPLIFICATIVO – Existe uma cláusula aberta.
Regime de proteção: a vegetação da app deve ser mantida , tendo ocorrido supressão de vegetação,
torna-se obrigatória a RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO: - OBRIGAÇÃO PROPTER REM.
EXCEÇÃO DA APP – AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA:
- Utilidade Pública (nascentes, dunas e restingas)/ de interesse social /de baixo impacto
ambiental.
- Sem autorização: caráter de urgencia, atividades de segurança nacional e obras de interesse da
defesa civil.
- Áreas de Reserva Legal: Ao contrário das apps, só existe em zona rural. Localizada no interior
de uma propriedade ou posse rural. Assegurar o uso econômico de modo sustentável da propriedade
e promover a conservação da biodiversidade.( Amazônia legal – percentual de 80/100 – 35/100 e
20/100.
SITUAÇÕES DE REDUÇÃO DO PERCENTUAL MÍNIMO ( Amazônia Legal)
- Três situações.
SITUAÇÕES DE ELEVAÇÃO DESSE PERCENTUAL
- Aumento em 50% de qualquer bioma – Poder Público Federal
APPs são fixadas por lei, a reserva legal não.
Áreas Rurais que não possuem reserva legal (exceções): Emoreendimentos públicos de
abastecimento de água e esgoto; Áreas adquiridas ou desapropriadas para geração de energia
elétrica; áreas para implementação de rodovias ou ferrovias.
Exploração Permitida : Plano de manejo de exploração sustentável.
-Únidades de conservação da Natureza ( comp comum ):
Dois grupos: proteção integral : proibido o uso direito do recurso ambiental. Só é aceito o uso
indireto, a exemplo de visitação e tal. Parque nacional, reserva biológica, estação ecológica
( domínio público)/ monumento natural e refugio da vida silvestre ( públicas ou particulares)
Uso sustentável: Um monte de reservas
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O Ibama deveria divulgar anualmente um relatório de qualidade ambiental- NUNCA O FEZ
---> Intrumentos Econômicos
- Seguro ambiental
- Servidão Ambiental: Renunciar ao direito de explorar os recursos ambientais na minha
propriedade. Conteúdo Máximo: abrir mão de toda e qualquer exploração. Conteúdo mínimo:
Explorar como se reserva legal fosse. No mínimo da reserva legal e na app, por já serem regiões
protegidas, não cabe a servidão ambiental. Pode ser onerosa ou gratuita, vitalicia ou temporária,
com duração de 15 anos.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
As instâncias são independentes entre si: civil independe da adm e da penal e a recíproca é
verdadeira, a não ser que exista disposição em contrário.
- Âmbitos: civil, penal e administrativo.
* Responsabilidade Civil
- A RESPONSABILIDADE CIVIL POSSUI NATUREZA OBJETIVA ( independe de culpa)
DANO – NEXO CAUSAL – CONDUTA
- Existe soliedariedade entre poluidores diretos ou indiretos
- Hipótese de desconsideração da personalidade jurídica: quando se fizer obstáculo para o
ressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente.
- Responsabilidade civil ambiental oriunda de obrigação propter rem- compro a propriedade, herdo
os passivos ambientais.( caso em que se ignora o nexo causal);
- Não há prazo prescricional para danos causados ao meio ambiente → Imprescritível
- Nem mesmo caso fortuiuto ou força maior afasta a obrigação de reparar o dano ambiental ( risco
integral( não cabe excludente de resp civil)
- Teoria majoritária: não preciso comprovar nexo causal para ser responsabilizado
* Responsabilidade Administrativa ( Objetiva)
- Ilicito administrativo ambiental
- Fato do príncipe: fato, criado pelo poder público, sem conhecimento dos interessados.
* Responsabilidade Penal (Resp subjetiva: precisa de dolo ou culpa)
- Pessoa Jurídica pode responder por delito ambiental quando: o crime ocorre por decisão do gestor
da empresa e se consuma com o objetivo de trazer proveito para a entidade. As pessoas naturais que
concorreram também serão responsabilizadas (sistema de dupla imputação → deixou de ser
obrigatório, ou seja , se quiser denunciar apenas a pessoa jurídica, pode)
- Competência: justiça dos estados ( regra geral).
Política Nacional de Recursos Hídricos:
Fundamentos:
- Água – bem finito, escasso e dotado de valor econômico (cobrança do uso de recursos hídricos);
- Se não cobro pela água, haverá uma hiperexploração;
- A água é um bem de domínio público (bem difuso, de uso comum do povo). Não existe
propriedade privada da água. Qualquer utilização demanda outorga de uso por parte do poder
público;
- Em situação de escassez,o consumo prioritário da água é para uso humano e para matar a sede de
animais;
- Na gestão dos recursos hídricos, devo proporcionar o uso múltiplo da água: conumo humano, setor
industrial, insumo produtivo, potencial hidreletrico.
- A Bacia Hidrográfica é a unidade terriotorial para a implementação da política nacional de
recursos hídricos e atuação do sistema nacional de gerenciamento dos recursos hídricos.
- A gestão dos recursos hídricos é feita de forma descentralizada: poder público, usuários e as
comunidades.
Objetivos:
- Garantir a atual e futuras gerações a necessária disponibilidade da água (solidariedade
intergeracional)
- Utilização racional e integrada dos recursos hídricos (incluindo transporte aquaviário) - com vistas
ao desenvolvimento sustentável.
- Prevenção e defesa contra os eventos hidrológicos críticos de ordem natural ou pelo uso
inadequado de recursos hídricos.
Diretrizes de ação: Gestão sistemática que leva em consideração recursos quantitativos e
qualitativos dos recursos hídricos.
-Integração da gestão ambiental com a gestão dos recursos hídricos.
- Articular a gestão de recursos hídricos com o uso do solo etc..
- Integrar a gestão de recursos hídricos com a diversidade (física, demográfica, biótica, econômica,
social e cultural) que encontramos em todas as regiões do país.
Instrumentos: Planos de recursos hídricos sobre os quais se baseiam a política nacional. Esses
planos podem ser feitos na bacia hidrografiaca, no estado membro e em todo o país.
- Enquadramento dos corpos de água segundo o uso:
– águas doces
– águas salobras
– águas salgadas
são enquadradas conforme a destinação, os usos mais exigentes das águas e ações permanentes para
combater a poluição
- Outorga de direito de uso de recursos hídricos (autorização administrativa): se utilizo recursos
hídricos de um corpo de água, eu preciso de outorga (controla questões quantitativas, qualitativas e
o uso). Água é um bem inalienável. A outorga dura até 35 anos renováveis.
- Cobrança pelo uso dos recursos hídricos ( racionalização, financiamento de planos);
- Sistema de informações dos recursos hídricos ( recolhe a informação de todos os âmbitos
relacionados)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou, na
semana passada, uma instrução normativa para regulamentar a anistia de multas por desmatamento
ilegal, um dos pontos mais polêmicos da nova lei florestal (12.651), sancionada em 2012.
A instrução detalha o trâmite necessário para suspender e anular as penalidades aplicadas, antes de
22 de julho de 2008, contra quem desmatou a Reserva Legal (RL), Áreas de Preservação
Permanente (APPs) e de uso restrito