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NR-13 INBEP ey wt O QUE VOCE VAI APRENDER? a { Nogées de grandezas fisicas Equipamentos de Processo Bl Eletricidade ca Bl Instrumentagao Bi Operagao da Unidade Bl Primeiros Socorros ox 7 | Legislagao e normalizagao oa Legenda; 1 Exstern ste méduh Este curso foi elaborado de acor- do com a Portaria N.° 594, de 28 de Abril de 2014 do Ministério do Traba- Iho e Emprego ~ MTE para profissio- nais que trabalham na operacao de unidades de processos e vasos sob pressdo, além de profissionais da 4rea de manutengio, seguranga do trabalho e demais interessados em atuar na fungdo de operador de uni- dades de processo. GINBEP Atom nl Visa realizar a operacao de uni- dades de processos com seguranca e eficiéncia, de forma a evitar aciden- tes e a preservar as boas condigdes do equipamento, controlando o fun- cionamento dos equipamentos de acordo com a legislacao vigente. Por que fazer este curso? AR 13 possui uma complexa diversidade e nas atribuicdes dos equipa- mentos e processos utilizados. Sendo assim este curso tem por objetivo pro- porcionar aos participantes os conhecimentos e habilidades necessarias para uma adequada interpretacao e aplicagdo da NR 13, em unidades de proceso. Metodologia e Carga Horaria O Curso, por ter um carater de formacao e/ou orientagao normati- va, abordaré aspectos tedricos do conhecimento e sera executado exclusivamente pelo método EAD (Educagao a Distancia), modulado, contendo disciplinas constantes da Portaria N.° 594, de 28 de Abril de 2014 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, especificas e com- plementares. Apés finalizar este curso o aluno terd cumprido com a carga horéria de 60 horas. Os acidentes podem “destruir’ as vitimas e suas familias. $6 quem ja vivenciou CRE as esate Ce ion eae Lembre-se: Foco e dedicagéo sao fundamentais em um treinamento é distancia. Faca um bom curso! SGINBEP Nocées de grandezas fisicas e unidades 1.1. Pressdo 1d. 11.2. 1.1.3. Instrumentos de medic. ++ Pressdo em gases Pressdo em fluidos «+--+ +++++2sss0sseeeeeeeeeeeseeees 1.2. Calor e temperatura Equipamentos de Processo 24, Equipamento 2.2. Tipos de trocadores 2.2.1. Classificagéio quanto a utilizacao 2.3. CAlculo de um Trocador de Calor 2.3.1, Dimensionamento Térmico de Trocadores de Calor -DTML * 2.4. Consideragées Gerais sobre Isolantes Térmicos 2.4.1. 2.4.2. 2.4.3. GINBEP Conceituagao, Finalidade e Materiais Isolantes - Anilise das Caracteristicas dos Isolantes Térmicos --- Propriedades térmicas 11 12 14 18 21 26 26 40 41 43 44 47 48 2.4.4, — Fatores que afetam a condutividade térmica 245. Propriedades mecdnicas «+++++-++ss0000s00see esses 2.4.6. — Propriedades relativas 4 umidade 247. Satideeseguranca -: 2.5. Variaveis de Construgao e Operacionais «+--+» 2.5.1. Construgéo 2.5.2. Observagdes gerais sobre a construgdo --+-++ +++: 2.5.3, — Instalagdo 2.5.4. _ Entrada em operacao 2.5.5, Limpeza «++ 2.5.6. Procedimento geral para montagem e desmontagem do conjunto 2.5.7. Procedimentos gerais para armazenagem 2.5.8, Reparos 2.5.9. _ Inspegdo de Equipamentos em Operacao 2.5. Referéncias SGINBEP 48 49 50 50 51 51 51 52 53 54 - 55 56 57 57 58 ‘7 Nogdes de grandezas Liisi@e sem] alle (-[6(a Para entendermos como trabalharemos com caldeiras e vasos de pressao é fundamental que relembremos alguns pontos fundamentais que regem o as- sunto. E para isto teremos que rever alguns fundamentos da fisica. Se Muses ot) So « vf mL 4 Hebene, zg 1 orto, wee a) & i LY A Pn Oe Na fisica, uma grandeza ou quantidade ¢ 0 conceito que descreve qua- litativa e quantitativamente as relagdes entre as propriedades observadas no estudo da natureza (no seu sentido mais amplo). Uma grandeza descreve qualitativamente um conceito porque para cada nogao diferente pode haver (pelo menos em principio) uma grandeza diferente e vice-versa Uma grandeza descreve quantitativamente um conceito porque o exprime em forma de um binario de numero e unidade, Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampere Temperatura termodinanimea kelvin k Quantidade de materia mol mol Intensidade luminosa candela cd SGINBEP 7 Medir significa comparar quantitativamnente uma grandeza fisica com uma unidade através de uma escala pré-definida, Nas medig6es, as grandezas sem- pre devern vir acompanhadas de unidades. Exemplos de grandeza aceleragao. comprimento, massa, temperatura, velocidade, Medir uma grandeza fisica 6 comparéd-la com outra grandeza de mesma es- pécie, que é a unidade de medida. Verifica-se, ent&o, quantas vezes a unidade esta contida na grandeza que est sendo medida. Em resumo, Grandeza Fisica é tudo aquilo que pode ser medido e associado um valor numérico e a uma unidade. 1.1Pressdo D Pressdo é a relacdo entre uma determinada forga e sua area de distribuicao. O termo pressao é utilizado em diversas areas da ciéncia como uma grande- za escalar que mensura a aco de uma ou mais forgas sobre um determinado espaco, podendo este ser liquido, gasoso ou mesmo sélido. \elocidade de evaporagiio > ‘Velocidade de evaporagio = velocdade de condensagio velocidade de condensacio @ O) GINBEP 8 A pressao é uma propriedade intrinseca a qualquer sistema, e pode ser fa- voravel ou desfavoravel para o homem, por exemplo: A pressao que um gas ou vapor exerce sobre a pa de uma hélice, por exem= plo, pode ser convertida em trabalho e gerar movimentos controlados a um determinado fim, neste caso é o de voar. Por outro lado, a pressdo da agua nas profundezas do oceano é um dos grandes desafios para os pesquisadores que buscam novas fontes de recursos naturais. Ppressao do vapor fase de vapor tensao moléculas superficial esoluto esolvente fase liquida Video aula Quimica (Pre de vapor e temperatura de ebuligao !)- aula 21 SGINBEP 9 Instrumentos de medigo Manémetro é um instrumento utilizado para medir a pressio de um liquide ou de um gas. A técnica para medir a presso de um fluido consiste em manter o Iiquido (geralmente merctirio, devido a sua alta densidade) dentro de um recipiente com duas extremidades que permitam manejar a presséio na entrada e a sua abertura ou fechamento. Nessas extremidades podemos colocar gases ou outros liquidos, depen- dendo da experiéncia em questo. De acordo com a altura da coluna de Iiquido, pode-se estimar a pressao que ela exerce sobre a presso de entrada (geralmente é a pressao atmosférica) utilizando a equacao que relaciona altura e densidade do liquido a pressdo que ele exerce no meio. Outro tipo de manémetro mais sofisticado consiste em um tubo flexivel com uma extremidade ligada a um ponteiro e a outra aberta para a passagem de determinado gas ou Ifquido. Conforme o recipiente enche, a pressdo no tubo deforma a geometria do recipiente, que por sua vez acaba deslocando o ponteiro. Esse tipo de manéme- tro tem um carater mais pratico, e o outro mais didatico. S@INBEP 10 Pressao em gases Segundo a teoria cinética dos gases, um gas é composto por um grande numero de moléculas que se movimentam muito rapido e de forma aleatéria, causando frequentes colisdes entre as moléculas do gas e com as paredes de qualquer tipo de recipiente. Essas moléculas apresentam certo momento, dado pelo produto entre a massa e a velocidade da molécula. No instante em que uma molécula colide com uma parede, as moléculas transmitem momento a superficie, e como consequéncia produz uma forca perpendicular a essa superficie. A soma de todas essas forcas oriundas de coli- sdes em uma determinada superficie, dividida pela 4rea da mesma, resulta na pressdo exercida por um gas em um determinado recipiente. Algumas aplicagées da pressdo nos gases podem ser observadas na utili- zacao da presséo que o vapor da agua exerce sobre determinada superficie quando confinado em um espaco fechado. Esse processo pode ser encontrado em usinas nucleares, onde uma pa gira com a pressdo do vapor e converte essa energia em eletricidade. Além disso, observamos a pressao em gases sendo utilizada diariamente no freio do Gnibus, por exemple. O freio de veiculos pesados conta com um siste- ma que usa ar comprimido para cessar o movimento. GINBEP 11 Pressdo em fluidos Um corpo no estado liquido é caracterizado por apresentar uma distancia entre suas moléculas que permite ao corpo adequar-se ao ambiente em que se encontra. As caracteristicas da pressao nos liquidos sao semelhantes a que encon- tramos nos gases: O liquido exerce pressao para todos os lados de um reci- piente e em qualquer corpo que for imerso nele. Segundo o principio de Pas- cal, a0 exercermos pressdo em um fluido confinado em um recipiente, essa é transmitida integralmente a todos os pontos desse recipiente. Uma experiéncia que pode ajudar a compreender esse principio é a dos vasos comu- nicantes: Ao armazenarmos algum lfquido em urna estru- tura com colunas de volumes diferentes podemos observar que o liquido preenche todas as colunas a mesma altura, des- considerando as diferengas de volume. Isso prova que o fluido espalha-se uniformemente, portanto, exerce pres- sao igual em todas as direcdes. Essa demonstra¢ao foi muito importante para o surgimento dos sistemas hidraulicos, essenciais nos dias de hoje. A pressdo em liquidos tem algumas diferengas da pressao nos gases. SGINBEP 12 Com os gases, quanto maior a altitude menor a pressao, j4 com os liquidos, quanto maior a profundidade, maior a pressao. Isso é facil de ser evidenciado - basta mergulhar e automaticamente sentimos a pressdo aumentando. E instintivo pensar que ao furar uma garrafa de dgua, a vazdo de um furo na sua base seré maior do que a de um furo lateral (considerando que ambos tém a mesma Grea). Essa diferenca é devida a maior pressdo no fundo da garrafa, devido a altura da coluna de dgua. Outra caracteristica marcante da pressdo nos Ifquidos e demais estados da matéria € sua propriedade de alterar os outros elementos do conjunto: Temperatura, Pressdio e Volume. Podemos perceber isso ao cozinhar feijao em uma panela de pressdo: © vapor da agua aumenta a pres- so no interior da panela, e isso pro- voca uma alteracao do ponto de ebuli- do da dgua, que passa a ferver acima dos 100°C, Isso agiliza 0 processo de cozimento do gro do feijao, que seria muito mais lento se nao fosse o ad- vento da panela de pressao. As condigées normais de temperatura e pressao (cuja sigla é CNTP no Brasil e PTN em Portugal) referem-se a condig&o experimental com temperatu- ra e pressdo de 273,15 K (0 °C) e 101 325 Pa (101,325 kPa = 1,01325 bar = 1 atm = 760 mmHg), respectivamente. SGINBEP 13 Esta condigo é geralmente empregada para medidas de gases em condi- Ges atmosféricas (ou de atmosfera padrao). O equivalente de CNTP/PTN em inglés 6 NTP (normal temperature and pressure). Ha duas condigées de temperatura e pressio comumente utilizadas, sendo elas: CNTP no Brasil e PTN em Portugal, com valores de temperatura e pressao de 293,15 K e 101 325 Pa (pressao normal), respectivamente. A IUPAC (Unio Internacional da Quimica Pura e Aplicada) recomenda que 0 uso desta pressao, igual a 1 atm (pressao atmosférica normal), seja desconti- nuado. CPTP no Brasil e PTP em Portugal (sigia significando Condigées Padrao de Temperatura e Pressao), referindo-se as atuais STP2 (do inglés - Standard Tem- perature and Pressure) com valores de temperatura e pressao de 273,15 K (0 °C) 100 000 Pa = 1 bar, respectivamente. Calor e Temperatura Calor é 0 termo associado a transferéncia de energia térmica de um sistema a outro - ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferenca de temperaturas entre eles. Designa também a quantidade de ener- gia térmica transferida em tal proceso. Calor nao é uma propriedade dos sistemas termodinamicos, e por tal nao é correto afirmar que um corpo possui mais calor que outro, e tao pouco é corre- to afirmar que um corpo “possui” calor. ‘GINBEP 14 Os corpos (ou sisternas) possuem energia interna, essa composta por duas parcelas, a energia térmica e a energia potencial (energia quimica), cx] Video aula Nogao de calor e temperatura Os conceitos de energia interna ou mesmo de energia térmica ndo devem jamais ser confundidos com o conceito de calor; Que implica energia térmica em transito ou transferida devido & uma diferenca de temperaturas. © calor é uma das duas formas possiveis para se transferir energia de um sistema a outro; E expressa a quantidade de energia transferida através da fronteira comum aos sistemas. Da-se, portanto sem a associacao causal com eventuais variages nos volu- mes dos sistemas em interacdo. O calor descreve a parcela da energia transferida entre dois sistemas que ndo pode ser associada d execugdo de trabalho mecénico, este ultimo correspondendo & segunda entre as duas formas possiveis de transferéncia de energia entre os dois sistemas - ou partes de um sistema - em consideragdo. 0 trabalho associa-se @ energia transferida em virtude do movimento da fronteira comum aos sistemas - e nao da energia transferida através dessas - e portanto 0 SGINBEP 15 trabalho encontra-se sempre associado a variagées nos volumes dos sistemas em interagé caldeira locomovel Temperatura 6 uma grandeza fisica que mensura a energia cinética média de cada grau de liberdade um de cada uma das particulas de um sistema em equilibrio térmico. Em sistemas constituidos apenas por particulas idénticas essa definicao associa-se diretamente & medida da energia cinética média por particula do sistema em equilibrio térmico. A presente defini¢do é andloga a afirmar-se que a temperatura mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada particula do sisterna uma vez considerado todas as particulas de um sistema em equilibrio térmico em certo instante. A rigor, a temperatura é definida apenas para sistemas em equilibrio térmico. A temperatura de um gas ideal esté relacionada com a energia cinética mé- dia das particulas deste gas, SGINBEP 16 Arelacao entre o tamanho do atomo de Hélio e a distancia entre eles seria a esperada para o hélio a temperatura ambiente e submetido a uma pressao de 1.950 atmosferas mantidas as escalas, as velocidades das particulas aqui é significativamente muito menor do que a real. Calor e temperatura no funcionamento de uma caldeira: SGINBEP 17 ya Equipamentos de Processo TROCADORES DE CALOR O que é? Trocador de calor é 0 dispositivo usado para realizar 0 processo da troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas. Este processo é comum em muitas aplicagdes da Engenharia. Podemos utilizé-los no aquecimento e resfriamento de ambientes, no condicionamento de ar, na produgdo de ener- gia, na recuperagdo de calor e no processo quimico. Em virtude das muitas apli- cages importantes, a pesquisa e o desenvolvimento dos trocadores de calor tém uma longa histéria, mas ainda hoje busca-se aperfeicoar o projeto eo de- sempenho de trocadores, baseada na crescente preocupacao pela conservacao de energia. Os trocadores ou permutadores de calor do tipo tubular constituem o gros- so do equipamento de transferncia de calor com auséncia de chama, nas ins- talagdes de processos quimicos. Os mais comuns sao os trocadores de calor em que um fluido se encon- tra separado do outro por meio de uma parede, através da qual o calor se escoa, estes tipos de trocadores s4o chamados recuperadores. Existem varias formas destes equipamentos, variando do simples tubo dentro de outro, até os condensadores e evaporadores de superficie complexa. Entre estes extremos, existe um vasto conjunto de trocadores de calor comuns tubulares. Essas uni- dades sao largamente utilizadas, devido a possibilidade de serem construidas com grande superficie de transferéncia, em um volume relativamente peque- no, além de possibilitar a fabricacdo com ligas metélicas resistentes 4 corrosdo ¢, So apropriados para o aquecimento, resfriamento, evaporacao ou conden- sagdo de qualquer fluido. SGINBEP 19 0 projeto completo de um trocador de calor pode ser dividido em trés partes principais: + Andlise Térmica - se preocupa, principalmente, com a determinagéo da drea necesséria & transferéncia de calor para dadas condicées de temperaturas escoamentos dos fluidos. + Projeto Mecdnico Preliminar - envolve consideragdes sobre as temperaturas e pressoes de operacdo, as caracteristicas de corrosdo de um ou de ambos os fluidos, as expansoes térmicas relativas e tensdes térmicas e, a relacdo de troca de calor. + Projeto de Fabricagéo - requer a translacdo das caracteristicas fisicas e dimensoes em uma unidade, que pode ser fabricada a baixo custo (selegdo dos materiais, selos, involucros e arranjo mecénico étimos) , e os procedimentos na fabricagco devem ser especificados. Para atingir a maxima economia, a maioria das indUstrias adota linhas pa- drdes de trocadores de calor. Os padrdes estabelecem os didmetros dos tubos eas relacdes de pressées promovendo a utilizacao de desenhos e procedimen- tos de fabricacao padrdes. A padronizacao ndo significa entretanto, que os tro- cadores possam ser retirados da prateleira, porque as necessidades de servi¢o so as mais variadas. O engenheiro especialista em instalagdes de trocadores de calor em unidades de energia e métodos de instalacao, é solicitado frequen- temente para selecionar a unidade de troca de calor adequada a uma aplicagao particular. A selegdo requer uma anélise térmica, para determinar se uma uni- dade padrao (que é mais baratal) de tamanho e geometria especificados, pode preencher os requisitos de aquecimento ou resfriamento de um dado fluido, com uma razéo especificada, neste tipo de andlise deve ser levado em conta, no que diz respeito ao custo, a vida do equipamento, facilidade de limpeza e espa- 0 necessério, além de estar em conformidade com os requisitos dos cédigos de seguranca da ASME. 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