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CONHEÇA O

ÚNICO MÉTODO
QUE TRATA A
OBESIDADE DE
VERDADE
DR. ANDRÉ ALFREDO AMANDA DELFFINO
95% das pessoas que
fazem dietas restritivas
voltam a engordar.
PREFÁCIO
PREFÁCIO

Eu sou Amanda Delffino, fundadora do PES


(Programa de Emagrecimento Sustentado) e Diretora
da Delffino Consultoria & Coaching. Trabalho com emagrecimento e mu-
dança de estilo de vida há mais de 4 anos, junto com uma equipe
multidisciplinar que conta com a participação do Dr. André Alfredo.
Este e-book escrito pelo Dr. André Alfredo, médico especialista em
Obesidade e Emagrecimento, vem de uma forma clara e definitiva nos
lembrar qual é o único método eficaz para se tratar a obesidade de
verdade.
As idéias contidas aqui batem de frente com tudo o que você já ouviu
ou leu sobre tratamentos para a obesidade. Este único tratamento para
a obesidade quebra paradigmas, as barreiras e as dificuldades que você
encontrou até então. Pois ele funciona, é simples, não tem nenhum risco
para a saúde, não propõe falsos milagres, não leva a sofrimentos ou
privações, e principalmente, ele permite resultados duradouros.
Aproveite! Mergulhe nestas idéias inovadoras, entenda melhor a obe-
sidade e aprenda a como ficar livre dela de uma vez por todas!
E fique atenta ao nosso próximo e-book : “Conheça os 4 Pilares para
um Emagrecimento Sustentado”.

www.delffino.com.br

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A MEDICINA E EU

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A MEDICINA E EU

Dr. André Alfredo


Especialista em Obesidade e Emagrecimento (Pós Graduação).
Especialista em Clínica Médica (USP), Gastroenterologia (Universidade
Federal de Uberlândia – UFU) e Endoscopia Disgestiva (Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED).

Exerço a medicina há 16 anos, sendo especialista em Clínica Médica,


Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva (todas com Título de Especia-
lista), com pós graduação em Obesidade e Emagrecimento, com o que
trabalho há mais de 7 anos.
Durante todos estes anos, tive o privilégio de conviver com muitas
pessoas, com seus sentimentos, suas dores e problemas. Muitos médicos
não entendem o valor imenso desta convivência diária. O ser humano é
único, é complexo, é fantástico. Diariamente recebo pessoas, converso,
examino, faço diagnósticos, oriento, trato, prescrevo, mas acredito que o
benefício de cuidar e conviver sejam as mais gratificantes e nobres de
todas estas ações.
Conviver, olhar nos olhos e tocar, me permite sentir o que se passa do
outro lado da mesa. E olha que, com frequência, a queixa principal
falada pelo paciente não é, na verdade, o que mais lhe atormenta.
Quantas pessoas não procuram um médico queixando-se de um
problema, e o que precisam é que seja enxergado um outro problema.
Isso acontece muito!
Quantas pessoas com queixa de queimação no estômago, e o motivo
era algo emocional, pessoal, financeiro, conjugal, etc. Quantas pessoas
com diarréia e o motivo estava bem distante do intestino. Temos órgãos
que funcionam como para raios, principalmente estômago e intestinos. É
preciso ter sensibilidade para enxergar além da queixa, juntar o
quebra-cabeça e ajudar naquilo que for o mais importante.

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A MEDICINA E EU

E não me venha com esta idéia de precisar chamar esta abordagem


humana e individualizada de medicina integrativa. Ora, todo médico que
se formou, que fez seu juramento, deveria ter a obrigação de tratar de
forma integral (físico-mental-psicossocial), e de forma individualizada,
buscando sempre, em primeiro lugar, promover saúde e evitar doenças,
e diagnosticar e tratá-las quando a prevenção não for o suficiente. Mas
concordo que muitos colegas médicos se desviaram deste caminho da
promoção da saúde, da prevenção, da medicina individualizada e
humanizada. Problema deles! Não sei e não saberei praticar uma
medicina diferente, pois para mim a medicina é uma só. Mesmo que
insistam em inventar alguns nomes diferentes para justificar novas
práticas de exames e tratamentos, nem sempre embasados
cientificamente.
Medicina é uma só, com o objetivo de curar quando possível, aliviar
quase sempre, mas cuidar sempre. E se for possível cuidar preventiva-
mente, manter e promover a saúde, aí é muito melhor.
E a obesidade?
A obesidade é um destes grandes problemas que geram dores
(no corpo e na alma), geram limitações, que muitas vezes estão ocultos,
mascarados em outras tantas queixas. É preciso reconhecer, antes
mesmo do que os pacientes, que este problema pode ser gerador de
outros tantos. Faz sofrer, exclui, destrói a autoestima e a saúde como um
todo.
E é justamente por causar este grande impacto na vida das pessoas,
que muitos buscam qualquer forma de tratamento, muitas vezes
rendendo-se a tratamentos arriscados, sofridos, antifisiológicos, sem
sucesso e o pior, que podem colocar em risco a vida destas pessoas.
Mas tratamento de verdade para o complexo problema chamado
obesidade, só existe um. E vamos falar sobre isso

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A OBESIDADE
A OBESIDADE

A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)


como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode
atingir graus capazes de afetar a saúde.
A obesidade pode ser classificada de acordo com o Índice de Massa
Corporal (IMC), que é uma razão simples entre o peso e a altura. É defi-
nida como o peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em
metros (kg/m2 ) e fornece, segundo a OMS, a medida de obesidade
mais útil a nível populacional.

IMC = peso
altura²

A classificação da OMS de acordo com o IMC é apresentada na


tabela 1 - a obesidade é definida por um IMC 30.

IMC (KG/M²) OBESIDADE GERAL RISCO DE DOENÇA


CLASSIFICAÇÃO
OU CLASSE
Magro ou 0 Normal ou elevado
<18,5 baixo peso
18,5-24,9 Normal ou eutrófico 0 Normal
Sobrepeso Pouco elevado
25-29,9 0
ou pré obeso
30-34,9 Obesidade I Elevado

35-39,9 Obesidade II Muito elevado

>40,0 Obesidade grave III Muitíssimo elevado

Fonte: World Health Organization.

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A OBESIDADE

Existem também outras medidas corporais que se relacionam com o


diagnóstico de obesidade e com riscos a saúde secundários a ela, e
dentre estas medidas uma bem relevante é a medida da circunferência
abdominal (CA). Estes valores apresentam variações dependentes dos
países e sociedades (não temos a composição corporal idêntica, asiáti-
cos, europeus, africanos e etc), mas os valores mais aceitos para nós são:

PROGRAMAS
RISCO MULHERES HOMENS RECOMENDADOS
Normal Até 80 cm Até 90 cm Controle de peso

Risco Médio > 80 cm > 90 cm Redução de peso

Risco Alto > 84 cm > 94 cm Redução de peso

Risco Altíssimo > 88cm > 102 cm Redução de peso

A obesidade é um grande mal da saúde pública mundial. Tem


alcançado e aumentado em todas as classes econômicas e já abrange
quase 60% da população brasileira (obesidade + sobrepeso). E a obesi-
dade, além de ser um problema físico, emocional e social por si só, ela
ainda aumenta o risco de doenças cardiovasculares (infarto, hipertensão
arterial, derrame), aumenta o risco de doenças do fígado (esteatose/
gordura no fígado, cirrose), doenças ortopédicas, alterações de meta-
bolismo e taxas, e até mesmo um maior de risco de vários tipos de
cânceres.
A obesidade é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, tem con-
trole, mas vai durar para a vida toda. Igualzinho a pressão alta
(Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS) e diabetes. São tratáveis,
controláveis, mas se o paciente abandonar o tratamento, a
doença volta e volta com tudo.

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A OBESIDADE

Então se quer ficar livre da obesidade (e de qualquer doença crôni-


ca), você terá que lutar e se tratar, se melhorar durante a vida toda.
Simples assim. Entende? A vida toda. Não basta se esforçar e mudar por
2, 4, 6 meses, se não persistir numa mudança de vida, ela voltará. A
obesidade volta mesmo. E sei que você já percebeu isso.
A obesidade é doença multifatorial, ou seja, é causada por mais de
um fator, mais de um motivo. Vejamos quais são eles:

Fatores genéticos: tendência pessoal, e/ou familiar;

Fatores ambientais: estilo de vida moderno e urbano, com


facilidades, eletrônicos, sedentarismo, hábitos diferentes de
vida e alimentação;

Fatores pessoais: estresse, uso de algumas medicações, idade,


doenças presentes (hipotireoidismo), menopausa, etc.

Mas, estes fatores são apenas predisponentes a obesidade. Predispo-


sição é uma coisa, desenvolver uma doença é outra. Por exemplo, é
possível ter a pele muito clara, com tendência e genética a desenvolver
o câncer de pele, mas evitar o sol e assim não desenvolver o câncer de
pele. Na obesidade, apesar destes fatores predisponentes, o que mais
importa é um fator chamado desequilíbrio energético. Este é o mais
importante e determinante para a origem da obesidade:

O DESEQUILÍBRIO ENERGÉTICO
Consiste em hábitos de vida e alimentação errados, ou seja,
de consumir mais calorias do que gastar estas calorias. Ora, se
sobra caloria no seu dia, ela não consegue evaporar!
Obrigatoriamente vai se transformar na única forma que o
nosso organismo consegue armazenar a energia que sobrou.
Transformando em gordura. E não necessariamente o paciente
come muito, mas come mais do que gasta. Sem dúvida
nenhuma! E é preciso entender e aceitar isso para mudar seu

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A OBESIDADE

peso. Primordial! Caso contrário você não conseguirá sair do


lugar onde está. Para cada quilo acumulado na forma de gor-
dura é necessário ter “sobrado” cerca de 7.000 a 9.000 calorias
nesta conta. Facilitando: para cada 1 Kg de gordura que
ganhamos – temos um saldo de 7000 a 9.000 calorias que
consumimos e não gastamos. É muita caloria para continuar
pensando e questionando que: “não sei por quê eu engordo
doutor”? Sabe sim, entenda isso logo, e conseguiremos
melhorar e resolver juntos.

Vamos às opções para tratar a obesidade.

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O TRATAMENTO DA OBESIDADE
O TRATAMENTO DA OBESIDADE

Como já entendemos os fatores que levam a obesidade, fica muito


mais fácil compreender como podemos tratá-la.
Relembrando: é uma doença crônica (mudanças de hábitos e luta pa-
ra toda a vida); é uma doença multifatorial (mas apesar de outras
fatores predisponentes, o fator desequilíbrio energético é o que mais
influencia).
Então vamos lá!
Qual é o único método que trata a obesidade de forma verdadeira e
definitiva? Sei que você já sabe a resposta. O difícil é entendê-lo e
colocá-lo em prática, no dia a dia e para sempre! E fique tranquilo que
falarei sobre os outros métodos de “tratamento” disponíveis por aí, que
na verdade não tratam a obesidade, mas podem ser boas opções para
perder quilos (é bem diferente!).

Este único método que trata verdadeiramente a obesidade é a:


MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA (MEV)

Não existe mágica! E nem existirá.


Não existe facilidade! E nem existirá.
Não existe remédio que faz o trabalho por você! E nem existirá tão
cedo.
Não existe nenhum tratamento, endoscópico ou até mesmo cirúrgico,
que faça e mantenha o serviço por você. E tão cedo não existirá.
O grande e único tratamento para esta doença complexa, recidivante
e perigosa é mesmo mudar o seu estilo de vida. Mas como faço isso Dr.?

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O TRATAMENTO DA OBESIDADE

Mudança do estilo de vida para tratar obesidade envolve, além deste


entendimento obrigatório, uma reeducação alimentar e a prática de
atividade física de forma regular. Mas, o grande segredo é aprender a
fazer isto com prazer e facilidade. Ou sem tanta dificuldade. Este é o
ponto, este é o pulo do gato, a grande dica. Se não for gradual, sem so-
frimento, sem proibições, com prazer e facilidade não vai virar um hábito,
uma rotina, e assim você voltará ao nível de peso que estava antes.
Aquilo que fazemos de forma prazerosa, fácil (ou menos sofrido) e de
forma continuada, vira uma rotina e vai para uma área especial do
nosso cérebro, a área de automaticidade. Vira automático, tipo aquelas
coisas que você já faz sem pensar, sem nenhuma dificuldade. Vou te dar
uns exemplos:

1. Aprender a escrever e ler. Como era difícil no começo a


aprender o traçado de cada letra, e juntar todas em
palavras e frases longas. De repente, você está lendo e
escrevendo de forma automática, rápida, sem parar para
pensar como desenhar ou ler cada letra e palavra.
Tranquilo e automático. Mas isto aconteceu como? Com
esforço, repetição, treinamento! Depois aprendeu para a
vida toda. Simples né?

2. Aprender a dirigir. Parecia impossível. Alguém sempre


falava como fazer, mas não ia, não dava certo. Parecia
que seus pés não aprenderiam a dirigir com suavidade,
sem arrancos ou engasgos no motor. Mas de repente...
que coisa fácil. Dirigir foi enviado para a área automática
do cérebro. Aprendeu, de forma tranquila, automática e
para a vida toda. Mas como se deu isso? De novo, com
esforço, repetição e treinamento.

Então me responda, por que você acha que aprender a ser magro,
mudar o seu estilo de vida poderia ter um caminho diferente???

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O TRATAMENTO DA OBESIDADE

Ora, pare com isso! Pare de perder tempo e saúde e dinheiro! Você
sabe que não existe uma cinta modeladora para aprender a dirigir, não
existe um remédio que se toma para aprender a ler e escrever, nem um
chá milagroso que se toma e já sai guiando o carro sem treinamento!
Portanto, a mudança de hábito de vida somente acontecerá se você
entender, persistir e se esforçar, treinar no dia a dia. Certo?
Se quer um resultado diferente, precisa começar a fazer de um jeito
diferente.
E por que tem que ser, obrigatoriamente, prazeroso e fácil?
Porque tudo o que for muito difícil e sofrido nos faz desistir, e se não
houver persistência, esqueça a chance de adquirir um hábito automá-
tico. Sabe aquelas dietas difíceis (quase impossíveis), sofridas demais e
que você fica contando os dias para acabar?
Então, você não vai persistir e não adiantarão de nada. Como muitas
já não adiantaram para você, não é? Jejum intermitente prolongado de-
mais, dieta com apenas 500 calorias, dieta da proteína, do ovo, do
vento, etc e etc.
Quando me perguntam o que acho sobre determinada dieta, eu
devolvo a seguinte pergunta ao paciente: “por quanto tempo você
consegue viver com esta dieta?”. Se a resposta for para a vida toda, tal-
vez valha a pena (a rever critérios de nutrição adequada), mas se a
resposta for apenas por um determinado tempo, esqueça, nem comece.
A não ser que queira apenas um resultado temporário e a curto prazo
(entrar num vestido, casar mais magra, etc). Mas para a vida toda, não
vai funcionar. Te garanto!

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O TRATAMENTO DA OBESIDADE

RESUMINDO

MEV = RA + AFR (F e P) >>> R.


Facilitando: para tratar a obesidade você precisa mudar seu
estilo de vida (MEV), com uma reeducação alimentar (RA) e
com a prática de atividade física regular (AFR), de uma forma
mais fácil (F) e prazerosa (P), que te permita persistir neste
novo hábito, para sempre, tornando suas escolhas e hábitos
automáticos, uma rotina (R), sem dificuldades e persistente.

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E OUTROS MÉTODOS?
E OUTROS MÉTODOS?

Existem ótimas opções para nos ajudar no tratamento da obesidade,


porém estas não tratam a obesidade como um todo, na sua origem, mas
elas podem fazer perder quilos. Isso não faz destes métodos opções
ruins, pelo contrário, algumas destas opções de tratamento são boas e
até mesmo necessárias em determinadas situações. Mas precisamos
entender para que elas servem. Ajudam muito sim, e tem seu espaço,
claro, sendo muitas vezes necessárias para uma melhora rápida do peso,
por questões urgentes de saúde. Mas temos que entender os seus limites
e efeitos a longo prazo, e a sua incapacidade em manter o peso
alcançado após alguns anos.

1. Dieta
Aqui vai uma correção, uma diferenciação importantíssima.
Dieta é uma coisa, reeducação alimentar é outra.
Dieta é aquela mudança alimentar que não vai dar certo, é por tempo
pré determinado, é sofrida, proibitiva, gera sofrimento e estresse, tem
começo, meio e fim, não educa, e portanto não funciona a longo prazo.
Nenhuma delas!
A Reeducação alimentar é mudança necessária para se tratar a
obesidade, é para vida toda, não é proibitiva, não gera estresse e sofri-
mento, permite criar novo hábito e com isso funciona, se realizada junto
com toda a mudança do estilo de vida (MEV).
Veja este quadro comparativo abaixo e entenda porque somente a
reeducação alimentar tem espaço no tratamento verdadeiro e duradou-
ro da obesidade.

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E OUTROS MÉTODOS?

REEDUCAÇÃO ALIMENTAR X DIETA


É baseada em orientações sérias e orientadas por
órgãos idôneos como o Ministério da Saúde e a O.M.S.*
Muda conforme a moda ou os interesses da mídia

Respeita a individualidade, a rotina, as necessi- É igual para todo mundo (homem, mulher, adole-
dades e objetivos de cada pessoa scente, idoso, sedentário...)

Estimula hábitos saudáveis Impõe um cardápio rígido

Incentiva a fome e o sacrifício, em nome da perda


Incentiva mudanças gradativas
de peso (temporário)
Tem começo meio e fim (e muitas vezes novos
Tem resultados definitivos começos)
Permite comer de tudo, ensinando a balancear
Tem alimentos proibidos e permitidos
os nutrientes,
Considera seu estado de saúde para priorizar as Exige que você inclua ou exclua alimentos inde-
mudanças alimentares pendente de fazer bem ou mal para a saúde

Ensina sobre os alimentos e seus nutrientes Cria mitos sobre os alimentos

Tem foco na conquista da saúde e bem estar, tendo perda Tem foco total na perda de peso rápida (que
de peso como consequência da conquista de novos hábitos acaba sendo temporária)

Considera seu bem estar físico e emocional Deixa você com fome e mal humor

Incentiva o consumo de alimentos naturais e da Exige a compra de alimentos específicos e


época, sendo portanto, mais barato. muitas vezes caros

2. Remédios para emagrecer


Pois é... Como já falamos sobre a causa da obesidade, pode-se
concluir facilmente que nenhum medicamento irá trazer a cura verdadei-
ra e definitiva da doença. Ou seja, nenhum remédio que existe (e tão
cedo existirá) tem o mecanismo de não deixar o paciente reganhar o
peso perdido, nenhum! Não tem jeito! Você se lembra que obesidade, é
uma doença crônica? Então, os fatores predisponentes (genética, ambi-
entais, pessoais) estarão ali, só esperando você baixar a guarda e
desequilibrar seu balanço energético. Pronto! Obesidade de volta! E isto
tem um nome popular bem conhecido: efeito sanfona! Conhece né?

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E OUTROS MÉTODOS?

Os remédios para a obesidade, e até mesmo alguns remédios prescri-


tos off-label (usados para obesidade por um efeito indireto, sem esta
indicação específica na bula), podem ajudar temporariamente. Eles
podem auxiliar, de forma totalmente forçada e artificial, a perder uma
média de 5% do peso corporal total. Falo aqui da Sibutramina, Orlistate,
Liraglutida, mas também da Fluoxetina, Topiramato, Bupropiona,
diuréticos, dentre outros.
Mas é necessário que sejam bem indicados, e principalmente que
tenham sidas descartadas as contraindicações, além de ser muito bem
explicado ao paciente que os remédios não levarão a cura ou a remissão
da obesidade, serão temporários e dependem de outras medidas (MEV!),
para que a doença seja controlada.
Tanto é assim que, nas próprias Diretrizes Brasileiras de Obesidade,
da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica), 4a edição, 2016, está escrito que:

O tratamento farmacológico da obesidade não cura a


obesidade.
e
O tratamento farmacológico não deve ser usado
isoladamente na ausência de outras medidas não
farmacológicas. (Grau A classe I de evidência).

Mas tem um monte de gente que usa o remédio, cruza os braços e


espera o milagre aparecer. Sem comentários!
Mas o meu desânimo pessoal com medicamentos para emagrecer
não é por causa apenas do baixo índice de perda de peso possível, nem
mesmo por nenhum deles conseguir reverter a causa maior do problema,
e nem mesmo por ter taxas de recidivas que beiram 100% quando
interrompidos, mas principalmente pelos riscos associados. Sabidamente
o uso destas substâncias pode elevar o risco de doenças
cardiovasculares (como pressão alta, infarto, arritmia, morte súbita),
doenças do fígado, do pâncreas e outras não menos graves.

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E OUTROS MÉTODOS?

E veja bem! Estou falando de remédios para obesidade mesmo, mas


o problema é ainda muito maior quando se fala das famosas fórmulas
para emagrecer, verdadeiros coquetéis com misturas muitas vezes
proibidas e altamente perigosas, com doses altas e nocivas de diuréticos,
hormônios tireoidianos e sabe se lá o que mais!

Infelizmente, nunca me esquecerei de dois casos muito semelhantes


que presenciei e dei assistência quando ainda trabalhava como médico
na urgência de um pronto socorro, em Uberlândia-MG. Marcaram minha
vida.
No ano de 2005, recebi dois casos muito parecidos, com intervalo de
3 semanas entre eles, de duas mulheres entre 35-40 anos, com família e
filhos novos (em ambos os casos eles estavam presentes), que chegaram
ao setor de urgência trazidas pelos próprios familiares, com quadro de
parada cardiorrespiratória prolongada. Passaram mal em casa, tiveram
uma parada cardíaca e foram levadas até a urgência. Casos assim são
gravíssimos! Apesar de todo o meu esforço e dos meus colegas de
plantão, não conseguimos reverter os quadros mesmo após usar todos os
recursos disponíveis. As duas pacientes morreram. Nunca me esquecerei
da minha dor e frustração naqueles momentos, da nossa dor, e
principalmente da dor e desespero das famílias. Pacientes novas,
previamente saudáveis, e mortas.
Em comum nestes casos, um frasquinho de coquetel de remédios para
emagrecer. Se perderam peso eu não sei, eu nem perguntei, mas sei que
perderam a vida. Nunca me esquecerei. Fica a enorme e triste lembrança
de vidas interrompidas por atos impensados, e que provavelmente teriam
muito a viver ainda se não tivessem escolhido errado uma forma de se
tratar. Relato estes dois casos, mas você já deve ter ouvido falar de
outros tantos, pois ainda acontecem, infelizmente.

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E OUTROS MÉTODOS?

3. Tratamento endoscópico e cirurgias bariátricas


Existem também boas opções de tratamento para emagrecer, como
o tratamento endoscópico com o Balão Intragástrico (método que
pessoalmente gosto muito e utilizo) e os métodos cirúrgicos. Ou seja, são
ótimos e potentes emagrecedores, mas não irão tratar a obesidade
como um todo se não forem associados a MEV! Quem já não viu algum
paciente que fez cirurgia bariátrica, perdeu muitos quilos e depois voltou
a engordar? Nem a cirurgia, por mais agressiva que seja, permite vencer
a obesidade se não houver mudança no estilo de vida. Isto é tão óbvio,
mas ao mesmo tempo tão difícil de ser entendido e vivido por tantas
pessoas!
O método endoscópico do Balão Intragástrico consiste num método
não cirúrgico, sem mudanças definitivas no corpo do paciente, portando
sem os riscos inerentes de uma cirurgia (anestesia, sangramento, cortes
e etc). Pode ser realizado ambulatorialmente, ou seja, paciente faz o
procedimento e vai embora para a sua casa. É implantada uma prótese
de silicone dentro do estômago do paciente, grande e pesada (12 cm de
diâmetro e cerca de 600-700 mL) que traz mudanças (espaço físico,
hormonais, digestivas, saciedade) que permitem ao paciente iniciar uma
reeducação alimentar com bem mais facilidade. A perda de peso média
esperada fica em torno de 15-20% do peso corporal total.
Método muito bacana, seguro e eficaz, mas.... é um tratamento
para perder quilos, para emagrecer. Como uso o balão em meus
paciente então? Há mais de 4 ano passei a utilizar um programa de
emagrecimento em conjunto com o tratamento endoscópico com o
balão, para tratar a obesidade de forma mais contundente e na sua
essência. Ou seja, para alcançar a tão necessária mudança do estilo de
vida eu utilizo em alguns casos: Balão + nutricionista + atividade física +
coach de emagrecimento (que alia coaching + programação
neurolinguística + mentoria).

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E OUTROS MÉTODOS?

Aí sim, eu consigo tratar a obesidade, quando o meu foco principal (e


o do paciente também, claro!) é a MEV, e o balão é um grande
facilitador e acelerador da perda. Mas não há balão, de 6 ou de 12
meses de permanência, que tenha efeito ou o compromisso de fazer o
paciente permanecer magro. Não mesmo. Esta não é, nem nunca foi
uma função deste dispositivo. O método funciona bem, para o paciente
que funciona bem.
Sobre a cirurgia, não há como negar que ela foi e tem sido um
grande avanço da medicina nesta área. Propor uma saída para aqueles
pacientes que não conseguiram com outros métodos, que falharam e
estão correndo risco (muito risco) de vida. Existem técnicas diferentes,
mas a idéia central é modificar o estômago cirurgicamente, de forma
definitiva, para causar restrição de volume ou de absorção de alimentos.
É cirurgia de grande porte, tem que ser utilizada anestesia geral, em
centro cirúrgico, com internação, cuidados com hemorragias e
infecções, e etc; com os mesmos riscos e cuidados de qualquer cirurgia
deste tamanho. Ou seja, é uma decisão difícil, irreversível, de risco, mas
que pode salvar pacientes que se dispuserem a mudar. Este é o ponto
de novo! A cirurgia pode levar a perda de 30-60% do peso corporal
total, mas a manutenção a longo prazo não vai depender somente da
cirurgia. Se fosse fácil assim, nenhum paciente bariátrico reganhava
peso. Trabalhos mostram taxas de reganho de peso em pacientes após
cirurgias bariátricas, após 2 ou mais anos, que ficam em torno de 30 a
60% . (Clapp B et al. Surg Obes Relat Dis 2018 Mar; Felsenreich DM et
al. Surg Obes Relat 2016 Nov). Isso mostra que mesmo com um estômago
pequenininho, mas com um estilo de vida ainda errado, é possível ganhar
muito peso! Infelizmente.
Então nunca mais se esqueça ou queira algum resultado de emagre-
cimento sustentado sem incluir o método MEV!

24
CONCLUSÃO

25
CONCLUSÃO

Sei que tudo aquilo que falei não chega a ser uma novidade para
ninguém. A grande novidade é o esclarecimento, é a afirmação e a
confirmação de que este é o único método que trata a obesidade de um
forma verdadeira e sustentada.
Não adianta tentar reinventar a roda, esperar por um milagre, se você
não entender o conteúdo deste e-book (feito com tanto carinho e
cuidado para você), não vai conseguir sair do lugar, fazer algo diferente
e conseguir resultado diferente. E é exatamente isto que eu desejo para
você. Que consiga alcançar seus sonhos, seus objetivos e conquiste mais
saúde, física, mental e emocional.
Mas claro que eu, e toda a nossa equipe, sabemos que as vezes o
paciente até entende o que deve fazer, mas não consegue fazer sozinho,
sem ajuda, sem um plano.
Por isso criamos um método de emagrecimento sustentado chamado
PES – Programa de Emagrecimento Sustentado, que usa uma metodolo-
gia e pilares baseados exatamente nestes princípios e idéias abordados
aqui neste e-book. O PES é um programa 100% online, com 12 semanas
de duração, desenvolvido para pessoas que tentaram diversas formas de
emagrecer e permanecer magras, sem sucesso. É um método SEM dieta,
que alia ferramentas de Coaching, PNL e Mentoria, sendo sustentado por
4 pilares fundamentais no desenvolvimento pessoal, gerando
empoderamento e transformação sustentadas.
Um programa que vai muito além do emagrecimento, um verdadeiro
resgate das rédeas da sua vida!
Se você achar que sozinho não consegue, se precisar de ajuda, de
uma equipe bem formada e completa e que sabe o caminho para o
sucesso, CONTE CONOSCO! (delffino.com.br)
E aguarde, em breve lançaremos nosso próximo e-book: ‘’Conheça os
4 pilares para um Emagrecimento Sustentado.&quot;

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