You are on page 1of 144

Aventura

das Letras
Língua Portuguesa
4
4.° ano Ensino Básico
Conceição Dinis
Fátima Lima

n
Alguns dos textos seleccionados, e as propostas de trabalho
apresentadas, poderão ser ponto de partida e suporte para o
desenvolvimento de actividades no âmbito …

… da Educação para a Cidadania/Formação Cívica ...

... da área de Projecto...

... ou do Estudo Acompanhado!

BOM TRABALHO!

Para facilitar a reutilização do presente manual, os exercícios constantes do mesmo poderão ser efec-
tuados em caderno organizado para o efeito.

ISBN 972-0-11254-9
Aos educadores
A presente colectânea de leituras, para o 4.º ano de
escolaridade, com fichas de exploração dos textos, é
complementada com o volume A Aventura das
Letras 4 – fichas.

Esta obra foi elaborada inteiramente de acordo


com os programas em vigor e visa apoiar o trabalho
do professor e do aluno na área da Língua Portu-
guesa, como veículo privilegiado para a conquista da
plena cidadania.

Os textos escolhidos apresentam diversidade de


géneros, tendo em vista a interdisciplinaridade e a
aproximação à vida real da criança. Estão representa-
dos dos melhores autores de literatura infanto-juvenil,
assim como as produções orais do nosso património
linguístico.

Na exploração são contemplados aspectos gramati-


cais – estudo das palavras, da frase e do texto, e a dimen-
são ideológica que educa para a comunicação, a convi-
vência intercultural e o respeito pelos valores de uma
sociedade harmoniosa e progressiva.

Há variadas propostas para a criação de textos pes-


soais, encaminhando a criança para o domínio gradual
da língua materna, essencial à construção da própria
identidade.

Apresentam votos de bom trabalho.

as autoras
Índice
Texto Tema do Programa Ortografia Pág.

A aventura das letras 6


A ordem alfabética O alfabeto o alfabeto 8
O Caderno Sabichão O texto e as vivências ç 10
O Amadeu Os tipos de frase ge, gi, gue, gui 12
O rapaz e o dragão Os nomes ss 14
Setembro
É preciso crescer Os grupos da frase pr, cr, br 16

Recomeçar a
escola

Quando a chuvinha cai… Os graus dos nomes ch, lh, nh 18


A caixa do correio O verbo e o grupo verbal valores do x 20
Sol de Outono Nomes próprios e comuns zinho(a), sinho(a) 22
O feriado de 5 de Outubro Os tempos do verbo mp 24
A cor que se tem Os nomes – masculino, feminino hífen 26
Outubro
Os membros do corpo A frase e a não-frase mb, mp 28
Os músculos e o esqueleto Nomes – singular e plural cç, ct 30
Cuidar do
O solo pode tremer...? O verbo e as pessoas gramaticais há, à 32
corpo
O leopardo e o fogo Nomes e adjectivos acentos gráficos 34

A minha avó Lídia Os graus do adjectivo o acento agudo 36


O guarda-sol e o guarda-chuva A forma afirmativa e a forma negativa s, z 38
O velho rei vaidoso Sinónimos e antónimos rr 40
História meio ao contrário Substituir o adjectivo pelo sinónimo eza 42
A lenda da Rainha Santa Recontar o texto noutra linguagem ce, ci 44
Novembro
O Rei D. Fernando Os nomes colectivos esa 46
O Infante D. Henrique Oralidade 48
Conhecer a
O povo à beira do mar Ampliar a frase ar, er, ir, or, ur 50
nossa história
Os Portugueses no mundo Descobrir a frase intrusa oso, osa 52

Na noite de Natal O texto, o parágrafo, a frase ão-ãos, ães, ões 54


A caminho de um presépio A ordem dos grupos da frase al, el, il, ol, ul 56
Joana e os Reis Magos Descobrir as perguntas dadas as respostas nh, lh, ch 58
Levar alegria e felicidade Conhecer as personagens da história quis, pus 60
O Natal nos Açores Participar num painel de textos sobre um tema pres 62
Dezembro

Celebrar o
Natal

Chegou o Inverno! Frase e o grupo móvel voz, vós 64


A neve Numerais cardinais e ordinais ce, ci, ça, ço 66
Nasce uma fonte Redução da frase br, fr, pr... 68
A gata e a Lua A frase correcta, a frase aceitável as, es... az, ez... 70
A energia do Sol O pretérito perfeito e o pretérito imperfeito pl, fl, tl… 72
Janeiro
Amanhecer Construir frases a partir de grupos qu 74
O sapinho Imaginar a continuação do texto trás-traz, ruído-roído 76
Descobrir o
O tempo corre... Determinantes artigos anch, inch, onch, unch 78
ambiente
Era uma vez… O grau superlativo do adjectivo h 80

4
Texto Tema do Programa Ortografia Pág.

O circo Os determinantes demonstrativos ecer 82


A lenda da serra da Estrela Os determinantes possessivos esa, eza 84
Como se formaram as montanhas? O verbo e o infinitivo x, ch 86
O rio, o velho e o moço Os pronomes pessoais agem, igem, ugem 88
O Tejo, o Douro e o Guadiana A frase no singular e no plural rr, ss 90
Fevereiro
As fadas O tipo de texto aix, eix 92

Viva o
Carnaval

O meu pai e eu O presente e o pretérito perfeito ditongos 94


Uma flor na praia Os pronomes pessoais 96
A onda do mar Completar, rimar an, en, in, on, un 98
Miguel e o peixe-voador Escrever legendas para as gravuras dígrafos 100
A Primavera Responder ao questionário as, az 102
Março

Conhecer a
terra e o mar

Páscoa no Minho Formar frases a partir dos grupos ça, ce, ci, ço, çu 104
Adivinhas O significado da palavra na frase am, em, im 106
O Senhor Vento O uso da pontuação rr 108
Os sons da vida Os verbos regulares nh, lh, ch 110
O Dia 25 de Abril Famílias de palavras ça, ci 112
Abril

Descobrir
materiais
e objectos

Dia da mãe O diminutivo dos nomes acentos 114


Os gigantes e os anões Os verbos irregulares sílaba tónica 116
Os pássaros de fogo Ampliação da frase s, z 118
O pastor e o lobo Ordenar os acontecimentos do texto ss, rr 120
Plantar uma floresta Escolher outro título para o texto pl, fl… 122
Maio
A pesca da sardinha Escrever frases a partir de palavras h 124
As pedras preciosas Os verbos auxiliares am, em... 126
Conhecer
A feira Assinalar a frase com o mesmo sentido r, rr 128
actividades
da região

Canção da roda As conjugações dos verbos nh, lh 130


Luís de Camões Pesquisar informação sobre um tema s, z 132
Oração popular a Santo António Riscar a frase fora do contexto ... aste, ... as-te 134
Carta para o Lobo-Marinho Palavras homónimas concelho, conselho 136
Os meninos e o ambiente Interpretar por esquema gráfico ância, ência 138
Junho
A nossa terra faz parte de nós Palavras esdrúxulas, graves, agudas aça, aço 140

Proteger a
Natureza

5
Setembro

A aventura das letras


As letras do alfabeto
Brincam numa alegre aventura
Contigo.
Delas vais formando sílabas
E palavras que serão
Frase, poema, canção
Gracejo, carta de amigo.
Hora a hora
Imaginas
Jogos novos.
Lês e escreves com elas
Muitas mensagens belas
No reino da comunicação.
Ordenas palavras de ouro:
Paz, Amor, Fraternidade!

6
Quando todos os meninos
Reunidos num coração
Souberem assim comunicar
Todas as letras então
Uma roda à volta do mundo, com eles
Vão formar!
Xadrez das tuas palavras
Ziguezagues das letras a brincar...
Fátima Lima

7
Setembro

A ordem alfabética

Desde pequenas que ensinavam às letras a ordem alfabética.


Quando elas perguntavam às letras grandes porque é que os às
haviam de ser sempre os primeiros e os zês os últimos, e não
outros (por exemplo, os pês os primeiros e os tês os últimos, ou
os ésses ou os jotas, ou outros quaisquer), as letras grandes
diziam-lhes que tanto fazia. Na verdade, tanto fazia; mas o facto é
que os às é que eram sempre os primeiros e os zês sempre os
últimos...
Mas havia mais: havia duas espécies de letras, as vogais por um
lado, que eram só cinco, e as consoantes – a chamada «esmaga-
dora maioria» – do outro lado. As privilegiadas eram as vogais. Na
palavra privilegiado, por exemplo (isto eram as contas que as
letras faziam), só os is apareciam três vezes e o a uma e o e e o o
também uma cada um; e embora a palavra privilegiado tivesse na
sua constituição seis vogais e outras seis consoantes, das vogais
só ficava de fora o u, ao passo que das consoantes ficavam de
fora ao todo 13!
E na palavra trabalhar já era o contrário; havia seis consoan-
tes e só uma vogal, o a, que andava de uma sílaba para a outra
para parecer que havia lá muitas vogais a trabalhar...
Manuel António Pina & João B.,
O Têpluquê, Afrontamento, 1993

8
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. 1 Completa com palavras do


texto e outras que conheças.
Que aprendiam as letras desde pequenas?
A – alfabética
E –
Que perguntavam elas às letras grandes?
I –
O–
Quais são as duas espécies de letras? U –

2 Escreve as palavras do texto


Quem são as letras privilegiadas? por ordem alfabética.

letras muito trabalho grandes

E quais as letras que formam a esmagadora maioria?

3 Completa o alfabeto:
com as vogais

a b c d f g h j l m
n p q r s t v x z

com as consoantes
A Frase e o Texto
A E
1 Assinala com V as frases escritas correctamente. I O
U
As letras têm uma ordem alfabética.

o alfabeto é o conjunto de todas as letras.

As letras consoantes são em maior número

As letras formam as palavras e estas as frases.

2 Escreve uma frase que contenha as palavras alfabeto e


escrever.

9
Setembro

O Caderno Sabichão
Sabia quase tudo sobre quase tudo o Caderno Sabichão, que
tinha tantas páginas quantas as que eram precisas para guardar
conhecimentos variados sobre as mais variadas matérias.
Os outros cadernos que com ele viviam dentro da pasta azul do
João tinham inveja dele e era só por inveja que lhe chamavam
Caderno Sabichão. Mas ele não se importava e estava sempre
pronto a mostrar que sabia as lições na ponta da língua, mesmo as
mais difíceis de aprender.
Sou sabichão, sim senhor – gabava-se ele, todo enfatuado no
volume das suas páginas lisas, pautadas e quadriculadas –, e tenho
muito orgulho nisso! Para ser um caderno diferente de todos os
outros que moram comigo já não me falta nada. Só tenho pena de
não saber voar para chegar ainda mais longe e mais alto.
O João escrevia nele, com letra miudinha, tudo aquilo que
aprendia de novo e era por ele que estudava antes de ter exer-
cícios na escola.
Quando fez anos convidou para uma pequena festa os seus
melhores amigos. Todos eles levavam consigo um presente. Uns
ofereceram-lhe canetas coloridas, outros jogos, outros livros. Só o
André escolheu um presente diferente.
– Toma lá, João – disse ele, esten-
dendo-lhe um pequeno embrulho.
– Espero que gostes.
O João abriu e gostou mesmo: era uma
colecção de borboletas autocolantes
que ele se apressou a colar na capa do
seu Caderno Sabichão.
Eram muito bonitas na variedade das
suas cores e formas e só lhes faltava voar
para serem verdadeiras. Mas, na verdade,
nem isso lhes faltava, pois, mal o João as
colou, o Caderno Sabichão levantou voo
e andou muito tempo a esvoaçar por
cima da cabeça dos convidados antes
que o João conseguisse agarrá-lo e pô-lo
de novo dentro da pasta.
José Jorge Letria, Histórias do Sono e do Sonho, Desabrochar, 1990

10
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa a informação sobre o texto. 1 Completa com ç as palavras do


texto.
O texto está escrito em: prosa. poesia.
li ão colec ão
banda desenhada.
esvoa ar cabe a
Título
2 Escreve essas palavras por
Autor
ordem alfabética.
Obra a que pertence

2 Procura este livro na biblioteca da escola


para leres outras histórias.

3 Responde. 3 Liga correctamente as palavras


aos desenhos.
De quem era o Caderno Sabichão?

Por que razão lhe davam esse nome? • • poço

Qual era o seu único desgosto?

• • taça
O Caderno Sabichão conseguiu realizar o sonho de voar?
Como?

Onde é que o João pôs o Caderno quando o agarrou?


• • louça

A Frase e o Texto

1 Ordena as palavras para formar frases.


• • maçã
Caderno aquele vivia na do João pasta azul

escrevia o no João tudo Caderno Sabichão


• • açucena

2 Escreve um texto sobre os teus livros novos do 4.° ano.


11
Setembro

O Amadeu
Aquelas aulas eram uma alegria permanente, e não julguem que
os alunos faziam gazeta na Primavera para irem tomar banho nos
tanques de rega, gelados, gelados! Ou no Inverno para fazerem
bonecos de neve e grandes bolas que punham a rolar pela
encosta abaixo, cada vez maiores, cada vez maiores, até rebenta-
rem num pedregulho do vale: truz!, e se desfazerem em estilhaços
alvinitentes que pareciam caramelos de a gente chupar!
Mas quando a professora ficava mais satisfeita do que nunca,
era quando aparecia uma pergunta difícil ou um assunto compli-
cado – ela já fazia de propósito, julgando que ninguém era capaz
de responder. E havia sempre um aluno, um só, que resolvia tudo
num instante. E quem era esse aluno? Ora, quem havia de ser?
Era o Amadeu, um pequeno de sete ou oito anos, que parecia que
tinha bebido azeite!

[...]
O pai guardava um rebanho, de dia e de noite, num olival que
ficava para lá do monte, que ele tinha de atravessar para ir e vir
da escola.
E a mãe fazia a lida da casa, a comida, lavava a roupa, cozia o
pão, remendava, passava a ferro, ia à água, tratava da criação, do
marido e do filho. Que trabalheira!
Mas não julguem que eram infelizes! Não eram, porque
naquela casa havia uma grande fortuna. Sabem qual era? Era
amor! Amor uns pelos outros e por todas as coisas!
Ricardo Alberty, O Príncipe de Ouro e Outras Histórias, Verbo, 1989

alvinitentes – de brancura nítida.


12
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala correctamente de acordo com o texto. 1 Copia do primeiro parágrafo do


texto palavras com os grupos
Os alunos não faltavam à escola para: indicados.

ir tomar banho no mar. ge

fazer bonecos de neve. gue

comer caramelos. 2 Desenha de acordo com as


palavras.
fazer rolar bolas de neve.

2 Completa de acordo com o texto.


guitarra
O Amadeu era um da escola que tinha
ou anos.

Ele resolvia todos os problemas num .

Morava com o ea e eram


fogueira
porque tinham uns pelos outros.

3 Completa de acordo com o que vês na gravura.

comboio escola alunos professor


guiador
Vê-se na figura Não se vê na figura

foguete

A Frase e o Texto 3 Escreve palavras da família de:

1 Do último parágrafo do texto, copia frases que terminam gelo


com os sinais de pontuação indicados.
energia
.

2 Escreve um texto sobre os meninos da tua sala de aula.


13
Setembro

O rapaz e o dragão

O dragão ficou embasbacado, de boca aberta – o Antoninho


contornou-o, e continuou o seu caminho.
Ao chegar à escola disse ao professor:
– Acabo de encontrar um dragão.
Ainda a sua voz calma não se tinha calado, já o professor tinha
dado três pinotes, enquanto gritava:
– Mas que disparate! Então tu não sabes que os dragões não
existem?!
O Antoninho olhou para o professor e não respondeu. Ele
sabia talvez que para um professor é muito difícil comportar-se
como uma personagem de histórias.
E a primeira manhã de Primavera comportou-se como se não
fosse a primeira manhã de Primavera:
– problema de aritmética: dois pássaros na mão mais um a voar
– quantos pássaros vêm a ser?
– problema de redacção: descreve a primeira manhã de Primavera
– problema de ditado: os ditadores são os dragões de hoje
– problema de desenho: pinta a teu gosto um bicho inventado
por ti.
Assim se passou a manhã.
À saída da escola, o Antoninho viu o dragão atrás de uma
cabina telefónica transparente.
Quando o Antoninho passou pela cabina, o dragão começou
a andar ao lado dele. Estava calmo. Após alguns passos em
silêncio, o dragão perguntou:
– Disseste ao professor que me tinhas encontrado?
E o Antoninho respondeu-lhe a sorrir:
– Então tu não sabes que os professores não existem nas histórias
de dragões?
Ramiro S. Osório, Contos do Lápis Surdo

14
Ler e Compreender As Palavras

1 Escreve o nome das personagens do texto. 1 Sublinha nas palavras do texto


o grupo ss.

disse professor passos


2 Numera pela ordem os acontecimentos do texto. pássaro fosse

À saída da escola o menino voltou a ver o dragão. 2 Escreve o nome que corres-
ponde a cada imagem.
Naquela manhã os alunos fizeram problemas.

O Antoninho encontrou um dragão quando ia para


a escola.

O professor disse que os dragões não existem.

1 2

3 4

A Frase e o Texto
3 Escreve palavras do texto com
os acentos e o sinal indicados.
1 Completa com prosa, parágrafos, frases.

Este texto está escrito em . agudo grave


´ `
Divide-se em .

Cada parágrafo tem uma ou mais .

2 Assinala a lista formada por nomes do texto. ^ circunflexo ~ til

dragão, aberta, Antoninho

escola, professor, chegar

manhã, Primavera, pássaros

3 Descreve uma aventura que tenhas vivido no caminho


para a escola.
15
Setembro

É preciso crescer!
O Chico era um miúdo que estava farto
de ser miúdo.
Tinha que se levantar às horas a que a
mãe o acordava, de tomar o banho que o
pai lhe preparava, de vestir as roupas que a
avó lhe comprava, de levar as vacinas que
o médico mandava, de comer o que lhe
punham no prato. Mas o pior de tudo era
ir à escola, onde as crianças trabalhavam
sem que ninguém lhes pague, enquanto os
adultos recebem dinheiro por fazerem coi-
sas divertidas – pilotar aviões, vender gelados, jogar futebol, can-
tar na televisão.
O Chico também queria crescer. Mas isso demorava tempo.
Eram precisos 365 dias para completar um ano e ele só tinha
oito. Quantos dias ainda faltavam para chegar aos 20? Pôs-se a
fazer a conta:
20 - 8 = 12 365
* 12
730
3655
4380

Era de mais! 4380 dias, não contando com os anos bissextos.


Se havia adubos para plantas se desenvolverem mais depressa,
rações para os pintos de aviário se fazerem frangos num instante,
também devia haver remédios para fazer crescer as crianças.
Vou à farmácia, resolveu ele. E foi.
– O Senhor tem algum remédio para fazer crescer? – pergun-
tou, cheio de esperança, ao farmacêutico.
– Claro – respondeu este. – Tenho vitaminas, que ajudam os
miúdos como tu a ficarem mais altos e mais fortes.
– Não é isso que eu quero. Que me interessa ser uma criança
grande? Preciso de me transformar num homem rapidamente.
O farmacêutico riu:
– Vai mas é brincar, rapaz, e deixa o tempo passar. Daqui a dez
anos serás um homem.
Luísa Ducla Soares, É Preciso Crescer, Edições ASA, 1996

16
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala V (verdadeiro) ou F (falso) de acordo com o texto. 1 Escreve palavras do texto com
os grupos indicados.
O Chico queria crescer depressa.
pr
O rapaz estava farto de ser criança. cr

Ele foi à farmácia procurar um remédio para crescer. br

O farmacêutico deu-lhe vitaminas. 2 Procura no dicionário o signifi-


cado destas palavras no texto.
2 Dá outro título ao texto.
divertida

bissexto

3 Explica por outras palavras as


expressões.

A Frase e o Texto

1 Completa.

Este texto em prosa apresenta um diálogo.

As duas personagens são: o eo


.

Cada fala é um e inicia-se com um pilotar o avião


travessão.

2 Separa o sujeito e o predicado nas frases, como no exemplo.

Um ano / tem 365 dias.


O Chico tinha oito anos.
Ele queria ser um adulto.

3 Escreve um diálogo entre ti e outro menino amigo.

estava farto de ser miúdo


4 Procura na biblioteca o livro de onde foi
extraído o texto.
Lê-o e comenta-o com os teus amigos.

AVL4-02
17
Outubro

Quando a chuvinha cai...


Quando a chuvinha cai a medo
e as folhas ficam amarelas,
quando se acende a luz mais cedo
e já não se abrem as janelas,
quando já não se vai à praia
e já se veste a camisola
e o sol tristonho já desmaia
começa a escola.

A bata branca, tão composta,


ainda sem tinta e com botões!...
Com livros novos, quem não gosta
de estudar agora as lições?
Joga connosco o professor
jogos de números e letras.
No quadro da parede, a flor
dá de comer às borboletas.

A tarde passa. É quase Inverno.


Mas os livros têm estampas de cor
e na capa do meu caderno
eu pinto a borboleta e a flor.
Quando se ouve tocar a sineta
a anunciar que está na hora,
eu faço sempre uma careta
com pena de me ir embora.

– Até amanhã, Senhor Professor.


– Na rua não se joga à bola...
– Amanhã pintamos outra flor.
Como é bom andarmos na escola!
Esther de Lemos, A Menina de Porcelana, Verbo, 1988

18
Ler e Compreender As Palavras

1 Risca o que não está de acordo com o texto. 1 Procura no texto palavras com
os grupos indicados.
A escola começa quando:
ch lh
a chuvinha começa a cair.
é tempo de praia. nh
se veste mais roupa.
2 Completa com os versos que
se acende a luz mais cedo.
rimam no texto.

Nas aulas, os alunos:


estudam nos livros novos.
fazem jogos de números.
pintam os desenhos.
caçam borboletas.

As folhas ficam amarelas,

janelas

A Frase e o Texto

1 Completa com os graus dos nomes.

chuvinha chuvada

janela janelão

paredinha

Joga connosco o professor

2 Descobre outros nomes para completar o sujeito das frases.

A branca tem botões. 3 Assinala as listas de palavras


que estão por ordem alfabética.
Os jogam à bola.

O já é mais tristonho. lição escola janela

borboleta flor sineta

3 Escreve um texto sobre as actividades escolares que caderno careta composta


preferes.
19
Outubro

A caixa do correio
Os desenhos apresentam a história pela ordem correcta, mas
o texto está desordenado. Lê o texto pela ordem certa.

B Desilusão: não havia uma carta, não havia um postal, não


havia um papel qualquer!
Mas André procurou, procurou sempre – e quando retirou as
mãos cá para fora, unidas em concha, trazia um pouquinho de
água da chuva que os últimos aguaceiros lá tinham depositado.
C «Então, André?» – perguntou a mãe.
André mostrou as mãozinhas e disse:
«Só veio isto para o peixinho vermelho.»
E, pé ante pé, para que não caísse uma gota, André foi até ao
aquário – e sobre o aquário abriu as suas mãos de chuva...
A «André, agora que não chove vai até ao portão ver se há
correio.»
«Sim, sim» – disse o menino. E atirou-se a correr pelo corre-
dor fora, toca num móvel, toca noutro móvel, os sapatos a bater às
tábuas, um atacador desapertado...
Passou a porta, aproximou-se do portão. E numa grande ale-
gria abriu a caixa de correio e meteu lá ambas as mãos.
Pedro Alvim, Sofia Só, Plátano Editora, 1988

20
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. 1 Completa as palavras do texto


com a letra x e lê-as.
O foi à do correio.
apro imou-se cai a
Ele pelo corredor fora, a porta
e aproximou-se do . pei inho

Abriu a caixa do e meteu lá as . 2 Escreve no lugar certo cada


Não havia nem postal nem um palavra: táxi, rouxinol, ameixa,
qualquer! exército.

Quando retirou as trazia um de


da .

O menino foi ao deitar a ao


peixinho.

2 Resume o texto em poucas frases.

A Frase e o Texto

1 Completa as frases com as acções que faltam.

O André água da chuva nas mãos. 3 Escreve palavras da família de:


O peixinho vermelho no aquário.
caixa
A mãe do André pelo correio.
exame
2 Completa como no exemplo.

O menino mostra as mãos?


As crianças mostram as mãos?

Eu

Tu e o André

Nós

3 Escreve um texto imaginando que o André


encontrou uma carta para si: de quem era,
que dizia, se ele gostou...
21
Outubro

Sol de Outono

Havia um Sol de Outono manso e dourado que punha mais


ouro nas folhas e no charquito azul – o mar dos seus barcos.
Sentou-se José na relva macia do chão e apoiou a cabeça numa
pedra ainda quente do Sol. E pareceu-lhe ouvir um coração bater.
E pensou consigo sozinho: – Será que as pedras também têm
coração?
Porque lhe parecia assim, naquela tarde de Outono?
Estaria ele a descobrir coisas maravilhosas da vida?
Ali perto uma cigarra começou o seu canto sempre igual mas
tão claro e tão lindo.
Tinha sido o pássaro, depois a pedra, agora aquela cigarra sempre
a dizer-lhe a mesma coisa – e tanto, afinal! – assim como aquele
poema de que a mãe lhe não falara.
E começou a olhar tudo com mais atenção.
Ali estava aquela figueira que ele sempre achara feia, torcida,
de folhas rugosas. Comparada com a laranjeira de folhas cheias
de lustro e brilhantes e uma vez por ano – com uns frutos que
pareciam de oiro, a figueira era feia, feia, feia...
Mas agora não. Como ele nunca a tinha olhado?
A figueira era bonita, até mais que bonita, linda, com um ar de
quem sofreu e, por isso, merece mais amor.
Daí para o futuro havia de passar muitas vezes por ela e dizer-lhe:
– És linda, figueira, és linda!
Assim mesmo à beira para a figueira ouvir. Escusava até de lhe
dizer alto com palavras.
Matilde Rosa Araújo, História de um Rapaz, Atlântida, 1989
22
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala de acordo com o texto. 1 Completa com o diminutivo


dos nomes em sinho(a) ou
zinho(a).
r no Verão. 
A história r
na Primavera.  manso mansinho
passa-se r
r no Outono.  só

 mão
r José.
O menino r
Rui.  coisa
chama-se r
r Manuel. 
2 Divide as palavras em sílabas,
como no exemplo.
r o coração a bater. 
O rapaz r a cigarra cantar. Outono charquito

ouvia r Ou to no
r a laranjeira a falar. 
pássaro figueira
2 Escreve o nome da autora do texto.

3 Descobre as palavras e escreve


a sílaba que falta.

A Frase e o Texto

1 Completa as listas com nomes do texto.

Próprios Comuns
la jeira garra
Sol folhas

2 Escreve os nomes que faltam nas frases.


cora co
A estava quente do sol.

O pensou consigo sozinho.

A parecia muito feia.

3 Continua a história do texto com um diálogo entre o


José e a figueira.
23
Outubro

O feriado de 5 de Outubro

No dia 5 de Outubro de 1910 foi implantada a República. Por


isso todos os anos nesse dia é feriado em Portugal.
Não tivemos aulas na nossa escola mas nos dias anteriores
fizemos muitas perguntas. Queríamos ficar a saber porque é que
esta data era tão importante: Onde se deu a revolução? Quando?
O que é a República? E a Monarquia? Então a nossa Professora
ajudou-nos a fazer este texto colectivo.
A Revolução que implantou a República deu-se em Lisboa, a
cinco de Outubro de 1910. Nesta forma de governo o chefe
máximo chama-se Presidente da República e é eleito pelo
Povo. As eleições fazem-se de cinco em cinco anos e passado
esse tempo o Povo pode escolher outro presidente. Antes da
República havia a Monarquia em que o rei governava até
morrer. Depois sucedia-lhe no poder o filho mais velho. O Povo
na Monarquia não podia escolher os seus governantes.
Na República todos têm direito a votar nas eleições.
Gil Lima Pires, 10 anos

24
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. 1 Procura no texto e escreve as


palavras com o grupo mp.
Porque é feriado nacional o dia 5 de Outubro?

2 Conta as sílabas de cada palavra


O que é a República?
e completa.

por ó
voto eleições
Em que cidade se deu a revolução da implantação da Portugal chefe
República? Monossílabo Dissílabo Trissílabo

por

Qual a forma de governo anterior a 1910?

3 Completa as palavras do texto


Quem é o actual Presidente da República? com as vogais que faltam.

P
R

S
M N R Q
D
R P B L C
N
T

A Frase e o Texto

1 Completa com os tempos do verbo em cada frase


– Presente, Pretérito, Futuro.

O nosso país era uma Monarquia.

Hoje vivemos numa República.

Portugal será um país próspero.


25
Outubro

A cor que se tem


Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.
Quem o cheirar há-de ficar
com a cor da pele
que mais gostar.

Branco ou amarelo
Se preferir
Preto ou vermelho
É só decidir.

Para alegrar
Até estou a pensar
Outras cores acrescentar.
Cor-de-rosa
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.

E assim
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor
De alguém
Não se pode avaliar
Pela cor
Que tem.

E então
Tudo estará bem.
Maria Cândida Soares, Plátano Editora, 1986

26
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa as informações sobre o texto. 1 Escreve as palavras do texto


com hífen.
Título

Autor
2 Completa com hífen a lista de
Gostei do texto. Não gostei do texto. palavras.

alto relevo r azul escuro


Digo porquê.
amor perfeito r beira mar
r
arco íris r bem fazer
r
auto estrada r grão de bico
2 Liga o que se relaciona de acordo com o texto.

Hei-de inventar • • outras cores acrescentar. 3 Escreve as palavras do primeiro


grupo de versos que rimem
Se preferir • • preto ou vermelho pode decidir. com a seguinte palavra:
Para alegrar • • o dia de acreditar.
Inventar
Há-de chegar • • um perfume de encantar.

4 Desenha o teu retrato e pinta-o


A Frase e o Texto com cores que te agradarem.

1 Completa o quadro com nomes do texto.

Masculino Feminino
o a
o a
o

2 Escreve a última frase da poesia e indica o tempo do verbo.

Verbo no tempo

3 Escreve um texto sobre o que pensas acerca


das diferenças da cor da pele das pessoas.
Expõe o texto no painel de turma e debate
com os teus companheiros.
27
Outubro

Os membros do corpo

As mãos e os pés queixavam-se dos outros membros, dizendo


que eles toda a vida trabalhavam e traziam o corpo todo o tempo
às costas. E tudo redundava em proveito do estômago que comia
sem trabalho, portanto que se determinasse a buscar a sua vida,
que eles não haviam de dar-lhe de comer. Por muito que o estô-
mago lhes rogou, não quiseram tomar outra determinação, e assim
começaram a negar-lhe a comida: e ele enfraqueceu. Mas como
juntamente também enfraquecessem os pés e mãos, tornaram
depressa a querer alimentá-lo; mas como já a fraqueza fosse muita,
nada lhes valeu, e morreram todos juntamente.
Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, Vol. II

Sabedoria popular

Deitar cedo e cedo erguer


dá saúde e faz crescer.

Janela aberta ao ar puro


Porta fechada ao doutor.

Para teres paz e alegria


Trabalha com amor cada dia.
28
Ler e Compreender As Palavras

1 Liga correctamente de acordo com o texto. mb , mp

As mãos e os pés • • também enfraqueceram


1 Sublinha na frase os grupos
e morreram. mb e mp.
Os outro membros • • pediu alimento mas As mãos e os pés queixaram-se
depois enfraqueceu. sempre dos outros membros e
O estômago • • negaram a comida ao do corpo que traziam sempre
estômago. às costas.

2 2 Completa com os grupos


Descreve em poucas palavras a gravura do texto.
mb e mp e ilustra.

ca ainha po a

A Frase e o Texto

1 Escreve a frase de acordo com o tempo do verbo.

As mãos e os pés queixam-se do corpo – Presente

– Pretérito
so bra te estade
– Futuro

3 Procura no dicionário o signifi-


2 Completa com frase e não-frase.
cado que no texto convém às
palavras.
o comia estômago sem trabalho
redundar

determinar
os membros do corpo vida comer
rogar

O corpo enfraquece sem alimento.

3 Escreve um conto tradicional e ilustra-o.

29
Outubro

Os músculos e o esqueleto
É graças aos músculos e aos ossos que o nosso corpo se torna
simultaneamente sólido e capaz de se movimentar em todos os
sentidos.
O esqueleto é constituído por um conjunto de 206 ossos, com
as mais diversas formas. A coluna vertebral sustenta o corpo,
enquanto outros ossos protegem os órgãos frágeis: o cérebro
está protegido pelo crânio e as costelas protegem os pulmões. O
osso mais comprido é o fémur e o mais pequeno é o estribo,
localizado no ouvido. Os músculos, maleáveis e elásticos, cobrem
os ossos.
No nosso corpo existem 650 músculos, que, ao contraírem-se,
actuam sobre as articulações dos ossos, permitindo que o corpo
se movimente.
São os músculos que possibilitam a marcha, a corrida e os saltos.

A maior parte dos músculos, como os dos braços, das pernas e


das mãos, tem movimentos voluntários.
É o cérebro que comanda as suas contracções.
No entanto, há um pequeno número de músculos que se
contraem automaticamente: o coração (circulação), os músculos
do estômago (digestão), da caixa torácica (respiração), dos rins
(eliminação de impurezas), são músculos involuntários.
Enciclopédia por Imagens, O Corpo Humano, Livros e Livros, 1998
30
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. cç , ct
O que permite ao nosso corpo movimentar-se em todos
os sentidos? 1 Circunda a letra c que não se lê
nas palavras.

actuam contracção
Quais os músculos que se contraem involuntariamente?
2 Completa com a consoante c.

A T O

A Ç Ã O
Quais são os ossos que protegem o cérebro?
T E T O

F R A Ç Ã O

Que parte do nosso corpo protegem as costelas? R E D A Ã O

3 Corta, em cada palavra do


texto, a letra intrusa.

2 Dá outro título ao texto. esquerleto conluna crâsnio

múscuslo estômalgo prerna

4 Completa o quadro com


palavras do texto.

Dissílabos Trissílabos Polissílabos

A Frase e o Texto osso

1 Completa com os nomes do texto, como no exemplo.

Singular Plural
o corpo os corpos
o esqueleto
os músculos
os braços

2 Escreve um texto resumindo o que sabes


sobre os ossos e os músculos.

31
Outubro

O solo pode tremer


em todos os lugares da Terra?

Não. O solo treme, geralmente, nas regiões em que as placas


que constituem a crosta do nosso Planeta se tocam e entram em
atrito. Nestes locais, elas quebram-se e, às vezes, sobem, uma
sobre a outra, facto que provoca os terramotos, seja no fundo do
mar, seja em terra firme.
Ao redor de todo o mar Mediterrâneo, por exemplo, a placa
que transporta a África pressiona a que transporta a Europa.
Este movimento, lentíssimo, faz o solo tremer com violência, de
vez em quando, tal como acontece na Itália e na Jugoslávia.
O Mediterrâneo inteiro é uma zona sísmica, isto é, onde há ter-
ramotos, com muita frequência. E, às vezes, há uma catástrofe: os
edifícios e as pontes desabam, as estradas afundam, os trilhos fer-
roviários retorcem-se.
Há terramotos que, em poucos minutos, transformam cidades
inteiras em um mar de ruínas.
Felizmente, uma grande parte dos terramotos – são milhares,
todos os dias! – é tão leve que não pode ser percebida. Os terra-
motos são registados somente por intermédio de aparelhos
muito sensíveis. São os sismógrafos.
As Montanhas e os Vulcões, Edições Maltese, 1987
32
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala V (verdadeiro) ou F (falso) de acordo com o texto. há , à

O solo treme em todos os lugares.


1 Completa com há ou à.
A crosta da Terra é formada por placas.
No nosso planeta
Só há terramotos em terra firme. zonas de terramotos.

À volta do mar Mediterrâneo há muitos terramotos. Quando a placa da África vai


de encontro placa da
Os sismógrafos registam as fases da Lua.
Europa, pode haver um
2
terramoto.
Descreve a gravura do texto.
No planeta muitos
sismos que não sentimos por
serem muito pequenos.

2 Sublinha no penúltimo parágrafo


do texto a palavra há.

3 Completa como no exemplo.


A Frase e o Texto

1 planeta – acento tónico na


Completa as listas com nomes do texto.
penúltima sílaba
Próprios Comuns
regiões –
planeta placa

África –

ruínas –
2 Completa como no exemplo.

Eu li a notícia de um terramoto. aparelho –

Tu leste a notícia de um terramoto.


Nós
4 Nas palavras que têm encontro
Vós de consoantes, separa as que
Ele não pertencem à mesma sílaba.

Ela cons tituem lentíssimos


catástrofe intermédia
3 Escreve um texto sobre os sismos e o que devemos fazer
numa altura dessas. sensível geralmente
AVL4-03
33
Outubro

O leopardo e o fogo – fábula

Outrora o leopardo e o fogo eram amigos. O leopardo vivia na


floresta e o fogo numa caverna. Para ir ter com o fogo, o leo-
pardo tinha que fazer, por vezes, longas caminhadas.
Um dia perguntou ao amigo:
– Porque é que tu não retribuis as minhas visitas? Porque é
que estás sempre fechado na caverna em companhia destas
pedras negras?
O fogo respondeu:
– É melhor eu ficar aqui. Se sair, pode ser muito perigoso.
Mas o leopardo tanto insistiu que, por fim, o seu amigo lhe disse:
– Está bem.Antes, porém, limpa o terreiro em frente da minha
caverna.
O leopardo era bastante preguiçoso. Arrancou a erva, mas
esqueceu-se de umas folhas secas aquém e além.
Quando o fogo saíu da caverna transformou-se imediatamente
num grande incêndio e o vento levou-o até ao cimo das árvores.
O leopardo, aterrorizado, pôs-se a correr à toa para fugir do fogo,
mas a sua pele, mesmo assim, ficou chamuscada.
É por isso que ainda hoje o leopardo traz os sinais das chamus-
cadelas dessa altura e quando vê, mesmo de longe, o seu amigo
fogo, foge que nem um perdido.
Fábulas Africanas, Editorial Além-mar, 1991
34
Ler e Compreender As Palavras

1 Ordena os acontecimentos de acordo com o texto. acentos gráficos

O fogo pediu para o amigo ir limpar o terreno. 1 Completa com o nome do


acento gráfico das palavras do
Quando o fogo saiu houve um grande incêndio. texto.

O leopardo convidou o fogo a sair da caverna. aquém – acento agudo

O leopardo deixou folhas secas pelo chão. à–


pôs-se –
2 Escreve por outras palavras.
2 Copia do texto outras palavras
fazer longas caminhadas – andar a pé grandes distâncias com os acentos indicados.
retribuir uma visita –
Agudo Circunflexo

ter a pele chamuscada –

3 Constrói palavras do texto a


fugir como um perdido – partir das sílabas.

ca na
le
3 Dramatiza o texto com os teus companheiros. do
per
di
par
o ver
A Frase e o Texto

1 Completa com os nomes e os adjectivos do texto. le


ca
Nomes Adjectivos
per
caminhadas

negras

preguiçoso

pele

incêndio

2 Escreve um texto sobre os cuidados a ter


para evitar o fogo na floresta.

35
Novembro

A minha avó Lídia


Falta uma frase no texto. Assinala-a e escreve-a no seu lugar.
Um século tem cem anos.
A avó Lídia ria muito quando contava as histórias.

A avó Lídia contava histórias


de dia e noite.Tinha sempre uma
história para tudo, e a gente
nunca chegava a compreender
bem se elas eram inventadas ou
se lhe tinham acontecido, nos
seus tempos de nova.
Que a minha avó Lídia sempre
foi nova até morrer. E se vivesse
hoje, ainda continuava a ser nova.
E mesmo que chegasse aos cem
anos, seria nova, mais nova do que
eu. Ao contrário da tia Magda, que
já nasceu com mil anos em cima.
Às vezes ainda
ia a meio e já se ria tanto que nós também começávamos a rir,
como se já soubéssemos a graça final da história.
As histórias da avó Lídia raramente metiam fadas nem bruxas,
nem duendes, nem coisas assim. Eram quase todas passadas com
gente como nós e talvez por isso eu gostasse tanto de as ouvir.
Eram quase sempre histórias de quando ela era pequena, e de
tudo o que de desastrado então lhe acontecia. Porque, ao contrá-
rio do que as pessoas crescidas costumam fazer, a avó Lídia não
escondia de mim os disparates e as coisas más da sua infância.
Jamais lhe ouvi dizer – Eu nunca menti – ou então – Eu nunca
desobedeci aos meus pais – como a tia Magda constantemente
me diz, sabendo eu tão bem que é aldrabice…
A avó Lídia contava muitas vezes a sua história da sua fuga de
casa à procura da França, que era o lugar para onde tinha ido o
pai dela.Toda a gente da aldeia a procurou durante um dia e uma
noite. Até que foram encontrá-la debaixo de um pinheiro no
meio da mata, perdida de todos, mas repetindo baixinho – A
França, a França…
Alice Vieira, Rosa Minha Irmã Rosa, Caminho, 1999
36
Ler e Compreender As Palavras

1 Risca o que não é verdadeiro de acordo com o texto. 1 Escreve as palavras do texto
com acento agudo.
A avó chamava-se:
Rosa.
Lídia.
Ana.

A avó costumava:
contar histórias.
2 Separa as palavras letra a letra
recordar a sua infância.
e completa.
rir muito.
ir a França. avó a v ó 3
passear na mata.
história

2 Escreve as palavras no lugar certo, de acordo com a figura. tempos

nuvem óculos barco avó farol neta bruxas

Vê-se na figura Não se vê na figura disparates

3 Com as letras da palavra


HISTÓRIA descobre outras
palavras.

ASTRO – corpo celeste

– animal roedor
A Frase e o Texto
– flor
1 Completa as frases com antes, agora e mais tarde.
– sessenta minutos
a avó Lídia vivia na aldeia.
– risada
ela conta histórias à neta.

a menina recordará a avó.

2 Escreve outras formas do adjectivo.

A avó estava contentíssima. muito contente

A neta ficava interessadíssima.

A avó Lídia era divertidíssima.

3 Resume a história do texto em poucas frases.

37
Novembro

O guarda-sol e o guarda-chuva
O guarda-sol era um acessório muito usado na alta sociedade
chinesa durante os dois milénios que precederam a nossa era.
Feito de bambu, de papel e de seda, e muitas vezes transportado
por um criado, era um sinal exterior de riqueza do seu proprietá-
rio. Abrigar um hóspede de categoria sob um imenso guarda-sol
depressa se torna um sinal de respeito: em numerosos países, a
ampla sombrinha depressa se transforma num pálio magnifica-
mente decorado e usado para acolher as altas personagens.
Assim, no Egipto e na Assíria, nas cerimónias, o guarda-sol era
reservado aos membros da família real: figurava em todos os
séquitos... quer houvesse ou não sol! A moda conquista numero-
sas cortes.

É preciso esperar pelo século XVI para ver surgir, timida-


mente, o guarda-chuva nos costumes europeus: é grande, é
pesado, é triste, é caro.
Abre-se e fecha-se, mas apesar disso, é muito incómodo. Apenas
as famílias abastadas o podem adquirir.
As maleáveis barbas de baleia que o esticam são, pelo final do
século XIX, substituídas por hastes de aço, mais leves. O tecido
azul ou preto, que tradicionalmente o cobre, suaviza-se e torna-se
mais colorido, sobretudo no início do século XX.
A moda do pequeno guarda-chuva dobrável, tão prático, é
recente: o seu reduzido formato permite guardá-lo na mala de mão.
Diz-me Quando, Livraria Bertrand, 1990
38
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. s,z
Em que região começou a ser usado o guarda-sol?
1 Assinala nas palavras do texto a
letra s que se lê como z.
Há quantos milénios surgiu essa invenção?
chinesa numeroso usado
reservado pesado países
Em que cerimónias era costume usar o guarda-sol ou o
pálio?
2 Descobre e escreve os nomes.

No século XVI, qual é o acessório que aparece na Europa


parecido com o guarda-sol?

Como se foi modificando o guarda-chuva para se tornar


mais cómodo?

2 Tens um guarda-chuva? Descreve-o.

A Frase e o Texto
3 Completa como no exemplo.
1 Escreve as frases que faltam.
China • • egípcio
Forma afirmativa Forma negativa
Portugal • • europeu
O guarda-sol era útil.
Egipto • • português
O guarda-sol não era
de madeira. Europa • • chinês

O guarda-chuva é portátil.
4 Risca em cada palavra a letra
intrusa.
Eu não tenho guarda-chuva.

sociedaide riquesza
2 Escreve a história do teu guarda-chuva e
prapel simenso
das suas aventuras na tua companhia.

39
Novembro

O velho rei vaidoso


No segundo parágrafo do texto há uma frase intrusa. Descobre-a
e risca-a.

Era uma vez, em tempos idos, um rei senhor de terras numerosas


e de castelos alto erguidos que guardavam riquezas fabulosas.
Não era mau o rei, pelo contrário, a vida o ensinara a ser bon-
doso. Mas, embora pareça extraordinário aquele rei era vaidoso.
Fui ao Jardim Zoológico.
Reinava havia muito em suas terras, vencera quando novo mui-
tas guerras e tinha em grande conta o seu valor. É verdade que
todos em redor, cortesãos e soldados que o serviam, o adulavam
sempre que podiam, gabando a sua força e o seu saber...
Ora uma tarde o rei, no seu cavalo, foi passear sem guardas e
sem escolta.
O corcel parecia ter orgulho de levá-lo. E tudo se curvava à sua
volta. Soberbo e satisfeito o rei seguia gozando aquele calmo fim
de dia ao trote compassado da montada.
Mas nesse instante, à beira do caminho eis que passa cantando
um rapazinho. Ao ver o rei calou-se e respeitoso tirou em larga
vénia o seu chapéu. E o rei sorriu contente e perguntou:
– Tu sabes quem eu sou?
Então o rapazinho, simplesmente, erguendo o olhar brilhante
como um espelho respondeu também rindo.
– Sois um velho!
Raul Correia, As Histórias do Avozinho, Amigos do Livro

40
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. rr

tinha muitas era bondoso mas


1 Sublinha nas palavras do texto
o grupo rr.
O terras guerra sorriu
velho
foi passear encontrou um
rei 2 Completa as palavras com o
grupo rr.

2 Este texto está escrito em prosa rimada.

Copia o primeiro parágrafo e sublinha as palavras que


rimam entre si.
ca oça te a

A Frase e o Texto
ga afa bu o
1 Transcreve do texto frases do tipo indicado.

Interrogativa

Exclamativa

2 Liga correctamente as palavras.

Sinónimos Antónimos to e pa a

rei • • tesouros novo • • agitado 3 Completa com outras maneiras


de dizer.
séquito • • escolta alto • • velho
homem velho – velhinho
riquezas • • monarca calmo • • baixo
rapaz pequeno –

3 Escreve um texto contando a história por castelo pequeno –


palavras tuas.
rei pequeno –
Dá a tua opinião sobre as ideias do texto e
debate com os teus companheiros. chapéu pequeno –
41
Novembro

História meio ao contrário

Eles eram um rei e uma rainha de um reino muito distante e


encantado. Para casar com ela, ele tinha enfrentado mil perigos,
derrotado monstros, sido ajudado por uma fada, tudo aquilo que
a gente conhece e que os livros trazem cheios de figuras bonitas
e coloridas. Depois, viveram felizes para sempre.
Isso era o mais difícil de tudo. Viver feliz para sempre não é
fácil, não. Para falar a verdade, nem é muito divertido. Fica tudo
tão igual a vida inteira que é até sem graça. E eles conseguiram
essa felicidade para sempre porque tiveram alguma sorte e
esperteza.A sorte é que eles e a filha tinham muita saúde e gos-
tavam muito um do outro. A esperteza é que toda a vez que
aconteciam problemas e aborrecimentos eles procuravam
resolver, mas não achavam que eram infelizes. O rei costumava
dizer nestas horas:
– Estou preocupado, mas isso passa, ainda bem que sou feliz.
Ana Maria Machado, História Meio ao Contrário, Ática, 1981

42
Ler e Compreender As Palavras

1 Descobre as perguntas. eza

P.:
1 Completa como no exemplo.
R.: O rei e a rainha eram de um país distante.
O rei era esperto,
P.:
tinha esperteza.
R.: Tinha enfrentado perigos, derrotado monstros,
sido ajudado por uma fada. A princesa era bela,
tinha .
P.:
O palácio era nobre,
R.: Porque tiveram alguma sorte e esperteza.
tinha .
P.:
O reino era rico,
R.: Procuravam resolver os seus problemas. tinha .
P.:
2 Ordena alfabeticamente e
R.: Dizia que era feliz apesar das preocupações. escreve as palavras graves do
texto com acento agudo.

A Frase e o Texto

1 Escreve as expressões substituindo os adjectivos pelos


seus sinónimos. 3 Completa com palavras do
texto.
Um reino distante e encantado.
rei no

Nem divertido nem fácil.

rei
Não eram tristes nem infelizes.
4 Completa os nomes do texto.

2 Completa de acordo com o exemplo. R O


A
O rei conseguiu a felicidade.
R I
Os reis conseguiram a felicidade.
P N A
Ele procurava resolver os problemas. H
S A E
A filha tinha muita saúde.

3 Escreve um texto explicando como resolveste


uma dificuldade que tiveste de enfrentar.
43
Novembro

A lenda da Rainha Santa

Andava a Santa Rainha Que me estava a festejar;


Pelas ruas de um lugar; E o que levo no regaço
O séquito que ela tinha São flores de bem cheirar,
Eram viúvas com filhos Que de arvoredos mui altos
E coxos a coxear; Mandei agora cortar;
Eram cegos soluçando E para vós aqui trago
daquele mal de cegar; Um lindo cravo real!
Eram crianças de peito Logo se abriu o regaço
Que não tinham de mamar; Por milagre de pasmar,
[...] E de oiro, prata ou cobre.
Abençoada Rainha Não havia nem sinal;
Que todos vai consolar! Eram tudo lindas flores,
Mas eis El-Rei que aparece, As mais lindas do lugar,
Que vinha de passear Que por milagre divino
Com a sua corte brilhante, Ali vieram brotar.
E ei-lo a Rainha a saudar:
– Que fazeis, Senhora minha, Lá vai a Rainha Santa
Com essa gente a gritar? Com El-Rei de Portugal:
Porque saíste sozinha, El-Rei teve muito encanto
Que vos podem fazer mal? Daquele cravo real;
Que esconde o vosso regaço, Na cabeça da Rainha
Rainha de Portugal? Um resplendor a alumiar;
E a Rainha que não ama É feito de oiro e prata
Sua humildade mostrar, Com que ela andava a esmolar.
A El-Rei responde logo: O resplendor brilha tanto,
– Eu ia pelos caminhos, Sua luz é de cegar,
Ia só a passear; Lembra a Rainha uma Santa,
Tolheu-me este pobre povo, Postinha agora no altar.
Almeida Garrett, Romanceiro (1843-1851)

44
Ler e Compreender As Palavras

1 Ordena os momentos do texto. ce , ci

Aparece El-Rei a interrogar a Rainha.


1 Sublinha o grupo ce nas
A Rainha saiu para tratar dos pobres. palavras do texto.

Ela respondeu que andava a passear e ofereceu-lhe cego cegar aparece


uma flor.
2 Escreve as palavras no lugar
O Rei e a Rainha continuaram o caminho, ele admi- certo.
rando o cravo e ela com um resplendor na cabeça.
decilitro cigarro cinema
2 Reconta esta história em banda desenhada, de acordo
vacina jacinto cidade
com os momentos do texto.

3 Descobre em cada frase a palavra intrusa.

A lenda da princesa Rainha Santa é muito conhecida.


Ela fez o milagre de transformar as esmolas árvores em
flores.

A Frase e o Texto

1 Procura os adjectivos do texto e completa.

corte brilhante cravo

povo flores

arvoredo Rainha

mui ou muito altos altíssimos

muito brilhantes

muito lindas
3 Escreve por ordem alfabética as
palavras do texto com ç.
2 Escreve um texto sobre um feriado que
recorde uma figura ou um acontecimento
da nossa história.

45
Novembro

O Rei D. Fernando

D. Fernando soube cuidar da agricultura, como D. Dinis, dei-


xando-nos essa lei admirável das «sesmarias», que visava ao apro-
veitamento de toda a terra e a que, como escreveu um cronista,
«no reino ninguém viva ocioso».
Cercou Lisboa de uma cintura de muralhas que, mais tarde, na
campanha da Independência, haviam de provar que as pedras
valem para as cidades o mesmo que uma cota de malha para um
peito de guerreiro.
E, por fim, desenvolveu a nossa marinha mercante e tratou da
defesa da barra e das nossas costas.
Sem ele, sem as suas muralhas, talvez Lisboa caísse em poder
dos Castelhanos. Sem D. Fernando, grande parte do País conti-
nuaria inculta. Finalmente, sem o último rei da primeira
dinastia, quem sabe se Portugal poderia ter-se abalançado tão
cedo à empresa espantosa dos descobrimentos?
Não! D. Fernando, digam o que disserem, sabia bem o seu
papel de rei e merece as palmas de todos nós.
A. Simões Müller, Historiazinha de Portugal, 1990

dinastia – série de soberanos pertencentes à mesma família.


46
Ler e Compreender As Palavras

1 Risca as frases erradas de acordo com o texto. esa


D. Fernando soube cuidar da agricultura.
1 Completa com os substantivos,
Este rei cercou Lisboa de muralhas.
como no exemplo.
D. Fernando escreveu uma crónica.
defender – defesa
Também desenvolveu a marinha mercante.
prender –
Foi o último rei da primeira dinastia.
despender –
2 Escreve outro título para o texto. surpreender –

2 Descobre as palavras terminadas


em esa e escreve-as.
A Frase e o Texto
X A C E S A B a dar luz
1 Amplia as frases como no exemplo.
E M P R E S A empreendimento
O rei mandou construir muralhas.
C D E V E S A mata ou tapada
Onde?
M A L T E S A natural de Malta
O rei mandou construir muralhas em Lisboa.

As muralhas provaram o que valiam. Quando?

3 Procura no dicionário o
D. Fernando publicou uma lei importante para a agricultura. significado que no texto
convém a estas palavras:
Qual?
sesmarias

2 Completa com nomes do texto.


cronista
Pessoas Cidade País
ocioso

cota
3 Liga correctamente os substantivos.

Comuns Colectivos

soldados • • marinha
aviões • • exército
barcos • • esquadrilha

4 Resume o texto por palavras tuas.


47
Novembro

O Infante D. Henrique

1 – O Infante D. Henrique, denomi- 2 – Foi educado num ambiente culto e


nado «o Navegador» e «Infante de religioso que sua mãe soube manter,
Sagres», nasceu no Porto, em 1394. inclinado para as ciências experimen-
Era o quinto filho de D. João I e de tais. Prezava o desporto e as artes da
D. Filipa de Lencastre. guerra.

3 – Em 1411, seu pai confiou-lhe a 4 – No ataque à cidade, em 1415,


organização da frota de 70 navios, chefiou heroicamente o ataque à
concentrada no Porto, para transporte Porta de Almina. Foi armado cava-
das forças do Norte, com gentes da leiro com dois dos seus irmãos por
Beira e Trás-os-Montes, para a con- D. João I, na mesquita da cidade.
quista de Ceuta.

1 Descreve oralmente as imagens do texto.


48
5 – Em 1420 foi confirmado pelo 6 – Levado pelo seu espírito de curio-
Papa como governador da Ordem de sidade científica, interessou-se pelos
Cristo, com sede em Tomar, onde problemas da navegação marítima,
tinha o seu paço junto do castelo. enviando marinheiros a descobrir as
Este cargo proporcionava-lhe recur- rotas desconhecidas das costas e do
sos para financiar os seus projectos. oceano Atlântico.

7 – Para prosseguir a empresa marí- 8 – Ainda em vida do Infante D. Hen-


tima e adestramento dos seus rique foi dobrado o Cabo Bojador e
mareantes, o Infante D. Henrique descobriu-se Porto Santo, Madeira e
mandou vir para Portugal cartógrafos Açores. Passa-se a foz do Senegal e o
célebres e sábios, sendo elaboradas Rio do Ouro e chega-se a Cabo Verde
novas cartas náuticas. e à Serra Leoa.
Reorganizou os estudos da universi- Graças ao seu impulso, os Portugueses
dade e as disciplinas de Matemática e continuaram esta obra e Portugal
Astronomia. pôde escrever a página mais brilhante
da sua História – as Descobertas.
Texto baseado na Enciclopédia Luso-Brasileira, Verbo, 1979

2 Debate com os teus colegas os aspectos importantes da nossa História


que se referem ao Navegador e aos Descobrimentos marítimos.

AVL4-04
49
Novembro

O povo à beira do mar


Vivia um povo – eu vou-te contar,
numa linda terra à beira do mar.

Cultivava a sua terra com amor


e junto das praias era pescador.

Este povo forte, de forte vontade,


combateu muitos anos pela liberdade.

Após muitas lutas, esta nobre gente


conseguiu ser livre e independente.

A golpes de lança, cheio de valor,


expulsou para longe o mouro invasor.

Depois pousou a lança, empunhou o arado


e fez Reino próspero do pequeno Condado.

E o povo que vivia à beira do mar,


o mar imenso sonhou desvendar.

Foi aos confins da Terra este povo ousado:


«Se mais mundo houvesse, lá tinha chegado».

Em suas viagens conheceu outros povos


e ao Mundo mostrou mundos novos.

Com outras culturas se relacionou


trocou experiências e comerciou.

Trouxe produtos de longe – riquezas sem par,


levando a outras gentes seu doce falar.

Assim foi repartindo alma e coração


e de outros povos se fez povo irmão.
Fátima Lima
50
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala o que está correcto de acordo com o texto. ar , er , ir , or , ur


O povo português:
1 Completa as palavras do texto
vivia longe do mar.
com os grupos ar, er, ir e or.
cultivava a terra.
m val s mão
sabia pescar.
2 Sublinha os mesmos grupos nas
não conseguiu a independência. palavras.
lutou contra os mouros. forte liberdade falar
sonhava conhecer o mar. repartir comerciar irmão
descobriu novas terras.
3 Escreve palavras com esses
grupos relacionadas com o
2 Assinala outro título que convém ao texto. desenho.
O povo português

A liberdade

À beira-mar

A Frase e o Texto

1 Amplia as frases de acordo com as perguntas.

Os portugueses lutaram muito.


Contra quem?

4 Separa as palavras em sílabas,


O povo português trouxe riquezas. como se mudasses de linha.
De onde?
terra
expulsou
Os portugueses levaram o seu falar. desvendou
A quem? repartindo

2 Reconta o texto em prosa.


51
Novembro

Os Portugueses no mundo

Julgava-se dantes que do outro lado do mar não havia coisa


nenhuma, ou antes, que as ondas lá para longe eram um verda-
deiro inferno ou um paraíso também. Uns diziam que tudo para
além eram ilhas de santos e jardins do Céu. Outros contavam que
eram ilhas do Diabo e terras de maldição, que havia umas está-
tuas encantadas que não deixavam passar ninguém, e um mar de
pez que engolia os navios.
Pois imaginem vocês se o Infante D. Henrique não fez o mila-
gre conseguindo que os marinheiros do Algarve se metessem às
ondas, sem medo de fantasmas. Foram aqueles valentes que fize-
ram tão grande no mundo este país tão pequeno, e partiram por
esses mares fora, sem saber o que por lá havia, e sempre a tremer
da perdição da vida e da perdição da alma. E, de repente, Portugal
pôde desenrolar diante do mundo um outro mundo ignorado, a
costa da África toda, com os seus grandes rios, os seus bosques
verdes, as suas gentes...
Ah, meus amigos! Um povo que assim se atreve a arcar com o
que mete medo aos mais valentes, e abre aos outros as portas
de um mundo maravilhoso, é um grande povo, digam lá o que
disserem.
Manuel Pinheiro Chagas, História Alegre de Portugal, Lello Editores, 1985
52
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa o esquema de acordo com o texto. oso , osa

não tiveram foram pelos 1 Sublinha a terminação oso ou


medo mares osa nas expressões.

mundo maravilhoso
costa perigosa
Os Portugueses povo audacioso
descobriram abriram floresta frondosa
marinheiro corajoso

2 Escreve outros adjectivos


terminados em oso ou osa.

terra de bom ar
2 Descobre a frase intrusa neste texto.
airosa
Havia muitas lendas sobre o mar desconhecido. rapaz com medo
Uns diziam que eram tudo jardins e outros contavam
que eram terras de maldição.
menina que estuda bem
Os astronautas partiram de foguetão para a Lua.
Foram os Portugueses que abriram as portas do mar
aos outros povos. pessoa que aprecia doces

3 Assinala o conjunto em que


A Frase e o Texto
todas as palavras são da família
1 Completa com frase ou não-frase. de mar.

Ilhas gentes navios.


marítimo maré
Havia estátuas encantadas.
náutico marinheiro
Por partiram mares esses. barco marear

2 Escreve um texto sobre as nossas descobertas. 4 Risca as palavras que não


indicam o significado correcto.

paraíso – lugar de delícias, ilha


maldição – doença, acto de
amaldiçoar
fantasma – pessoa alta, visão
ilusória
53
Dezembro

Na noite de Natal
Este texto, que nos fala da noite de Natal, tem letras escuras.
Consegues descobrir as palavras?

Aproximava-se o Nat l. Já toda a gente da aldeia pensava na


consoada, nalgum presente... Na igreja, como de costume, já o
padre e o sacristão tinham armado, com as m os a tremer, o
pres pio e a árvore de Natal! Já a escola ia entrar de férias, e os
rapazes em plena liberdade vinham para a estrad fazer
homens de neve e atirar bolas uns aos outros, ou escorregar
sobre tábuas com rodas, pela ladeira ab ixo.
E na noite de Natal, durante a Missa do Galo, onde estava a
ldeia em peso e mais toda a gente dos arredores, na greja ilu-
minada em profusão com velas pequenas e círios altos, quando o
padre velho se voltou para o p vo e disse «Oremos», ouviu-se –
pareceu ouvir-se primeiro, mas todos verificaram que era ver-
dade depois – um som de órgão na realidade celestial, que fez
eco na pequena abóbada da igreja, e subiu com certeza ao céu,
esc ro, limpo de nuvens e estrelado.
Quem t cava? Quem tocava? Houve um rumor e movimento
entre as pessoas.
Quem havia de ser? Era o Amadeu! Estava tão bonit , o Amadeu,
com a marrafa de piaçaba muito bem assente sobre a t sta, o seu
capote e as suas calças sem remendos que lhe dera o padre, e
umas b tas novas que lhe dera o sacristão.
Ricardo Alberty, O Príncipe de Ouro, Verbo, 1989
54
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa a informação sobre o texto. ão-ãos , ães , ões

O texto está escrito em: prosa. verso. teatro.


1 Escreve cada nome no plural.
Título
sacristão
Autor
Obra mão
chão
2 Assinala correctamente de acordo com o texto.
irmão
A história passa-se:
no Verão. 2 Completa como no exemplo.
no Natal.
solução – soluções
na Páscoa.
capitão –
A personagem principal é:
balão –
o sacristão.
pão –
o padre.
confusão –
o Amadeu.
cão –
O Amadeu tocou o órgão:
na missa. 3 Copia do texto as palavras com
o acento e o sinal indicados.
na igreja.
na rua. , agudo ~ til

A Frase e o Texto

1 Sublinha no texto as frases indicadas.

primeiro parágrafo – segunda frase 4 Numera as palavras de acordo


terceiro parágrafo – terceira frase com os significados.
último parágrafo – terceira frase
ladeira 1 abundância

2 Imagina outros adjectivos para os nomes do texto. 2 tecto arqueado


círio
velas pequenas e céu limpo e profusão 3 encosta
círios altos e rapaz bonito e
abóbada 4 cabelo sobre a testa
padre velho e botas novas e
marrafa 5 vela grande de cera
3 Escreve um texto sobre o que diziam as pes-
soas do Amadeu e da sua arte no órgão.

55
Dezembro

A caminho de um presépio
«Como é que hei-de encontrar o caminho?»
perguntava a Joana.
E levantou a cabeça.
Então viu que no céu, lentamente, muito
lentamente, uma estrela caminhava. «Esta
estrela parece um amigo», pensou ela.
E começou a seguir a estrela.
[...]
Já no meio do pinhal pareceu-lhe ouvir
passos.
«Será um lobo?», pensou.
Parou a escutar. O barulho dos passos
aproximava-se. Até que viu surgir entre os
pinheiros um vulto muito alto que vinha
caminhando ao seu encontro.
«Será um ladrão?», pensou.
Mas o vulto parou na sua frente e ela viu
que era um rei. Tinha na cabeça uma coroa
de oiro e dos seus ombros caía um longo
manto azul todo bordado de diamantes.
– Boa noite – disse Joana.
– Boa noite – disse o rei. – Como te chamas?
– Eu, Joana – disse ela.
– Eu chamo-me Melchior – disse o rei.
E perguntou:
– Onde vais sozinha a esta hora da noite?
– Vou com a estrela – disse ela.
– Também eu – disse o rei –, também eu vou com a estrela.
E juntos seguiram através do pinhal.
E de novo Joana ouviu passos. E um vulto surgiu entre as som-
bras da noite.
Tinha na cabeça uma coroa de brilhantes e dos seus ombros caía
um grande manto vermelho coberto de muitas esmeraldas e safiras.
– Boa noite. – disse ela. – Chamo-me Joana e vou com a estrela.
– Também eu – disse o rei –, também eu vou com a estrela e o
meu nome é Gaspar.
E seguiram juntos através dos pinhais.
(continua)

Sophia de Mello Breyner Andresen, A Noite de Natal, Figueirinhas, 1999

56
Ler e Compreender As Palavras

1 Quem são as três personagens do texto? al , el , il , ol , ul

1 Sublinha estes grupos nas


palavras do texto.
2 Responde.
pinhal Melchior
Como se guiava a menina naquela viagem?
alto azul
esmeralda vulto
Quem encontrou, já no meio do pinhal?
2 Completa as palavras com os
grupos indicados.

Como se vestia o rei Melchior?

Como surgiu a outra personagem?

s p meira
Qual era o nome deste rei e que trazia na cabeça e aos
ombros?

A Frase e o Texto
r va s
1 Volta a escrever as frases trocando a ordem do sujeito e
do predicado.

O rei tinha uma coroa. – Tinha uma coroa o rei.


A bela estrela caminhava. –
– Era escuro o pinhal. fun

2 Faz a ligação correcta entre os substantivos. 3 Separa as palavras por famílias.

pinhal • • conjunto de laranjeiras estrela cabeçudo cabeça


laranjal • • conjunto de pinheiros estrelinha encabeçar estrelado
souto • • conjunto de árvores de fruto
pomar • • conjunto de castanheiros

3 Escreve um texto sobre a noite de Natal com a tua família.


57
Dezembro

Joana e os Reis Magos

E mais uma vez Joana ouviu um barulho de pessoas e um ter-


ceiro vulto surgiu entre as sombras azuis e os pinheiros escuros.
Tinha na cabeça um turbante branco e dos seus ombros caía
um longo manto verde bordado de pérolas. A sua cara era preta.
– Boa noite – disse ela. – O meu nome é Joana. E vamos com
a estrela.
– Também eu – disse o rei – caminho com a estrela e o meu
nome é Baltazar.
E juntos seguiram os quatro através da noite.
No chão os galhos secos estalavam sob os passos, a brisa mur-
murava entre as árvores e os grandes mantos bordados dos três
reis do oriente brilhavam entre as sombras verdes, roxas e azuis.
Já quase no fundo dos pinhais viram ao longe uma claridade.
E sobre essa claridade a estrela parou.
E continuaram a caminhar.
Até que chegaram ao lugar onde a estrela tinha parado e Joana
viu um casebre sem porta. Mas não viu escuridão, nem sombra,
nem tristeza, pois o casebre estava cheio de claridade, porque o
brilho dos anjos o iluminava.
E Joana viu o seu amigo Manuel. Estava deitado nas palhas
entre a vaca e o burro e dormia sorrindo.
Em sua roda, ajoelhados no ar, estavam os anjos. O seu corpo
não tinha nenhum peso e era feito de luz sem nenhuma sombra.
E com as mãos postas os anjos rezavam ajoelhados no ar.
Era assim, à luz dos anjos o Natal do Manuel.
– Ah – disse Joana –, aqui é como no presépio!
– Sim – disse o rei Baltazar –, aqui é como no presépio.
Então Joana ajoelhou-se e poisou no chão os seus presentes.
Sophia de Mello Breyner Andresen, A Noite de Natal, Figueirinhas, 1999

turbante – espécie de touca usada por alguns povos orientais.


58
Ler e Compreender As Palavras

1 Descobre as perguntas de acordo com o texto. nh , lh , ch


P.:
1 Procura no texto palavras com
R.: Chamava-se Baltazar. os grupos indicados.

nh lh ch
P.:

R.: Tinha um turbante branco e um manto verde.

P.:

R.: Brilhavam entre as sombras verdes.


2 Circunda nas palavras do
exercício anterior as consoantes
P.: que pertencem à mesma sílaba.

R.: Joana viu um casebre sem porta.


3 Separa as consoantes que não
P.: pertencem à mesma sílaba.

ter ceiro turbante bordado


R.: Manuel estava deitado nas palhas.
estrela Baltazar porta
P.:
4 Escreve o nome das cores de
R.: Joana pousou no chão os presentes. que fala o texto e pinta-as no
quadro.

branco
A Frase e o Texto

1 Copia do texto as falas das personagens que terminam


com a pontuação indicada.

Joana .
!
5 Escreve os nomes das cores por
Baltazar . ordem alfabética.

2 Descreve, através de um texto ilustrado, o presépio de


que mais gostaste.

59
Dezembro

Levar alegria e felicidade


– E como se chama essa estampa por acabar? – inquiriu a Bola
de Borracha.
– O Natal de Todos os Meninos! – disse o Urso.
– De todos os meninos?! – fez a Corneta, muito admirada.
– Sim, de todos.
– Pois bem – continuou o Urso. – A minha ideia era completar
essa estampa. Seríamos nós, os brinquedos, que a tornaríamos
possível.
– Mas como? A ideia é boa... O que me parece é de difícil
realização – ponderou o Oficialzinho da Caixa de Papelão.
Parecia, mas não era. Foi o que todos reconheceram, logo que
o Urso de Pêlo expôs os pormenores do seu projecto. Em vez de
estarem para ali naquela chaminé, tão juntos que mal se podiam
mexer – pois não ia até o Automóvel atropelando o palhaço? –,
dividir-se-iam: iria cada um para seu lado, levar uma alegria e uma
felicidade a um menino, pobre ou rico...
Todos elogiaram com entusiasmo a ideia e só por um triz o
Urso de Pêlo não deu cabo dos pratos, de tanto bater com eles.
O Livro, sempre sensato, quis saber, no entanto:
– Mas como havemos de pôr em prática essa ideia?
– Pelos nossos próprios meios. Pois então? Olhem: o Oficial dos
Soldadinhos de Chumbo dará ordem a todos os brinquedos para
formar... O Avião, o Automóvel, o Vapor, fornecem os transportes...
(...)

Pouco depois, todos os brinquedos partiam, levados por


aquele sonho de amor e de beleza.
Adolfo Simões Müller, Sola Sapato Rei Rainha, Verbo, 1986

60
Ler e Compreender As Palavras

1 Escreve o nome e desenha as personagens do texto. quis , pus

1 Sublinha na frase os verbos


querer e pôr.

O Livro quis saber como pôr


em prática essa ideia.
A bola

2 Circunda o s nos verbos, como


no exemplo.
qui s pus
quiseste pusemos
quiseram puseste
quisesse expuseram
quiser decompôs
2 Copia do texto a primeira das falas de cada personagem.

A Bola de Borracha 3 Completa com a forma verbal


conveniente.

O Urso querer

Na semana passada
A Corneta telefonar-te.

pôr
O Oficialzinho
Ele ontem o caderno
na pasta.
O Livro No Natal passado
os brinquedos no sapatinho.

4 Assinala o conjunto de palavras


A Frase e o Texto
escritas por ordem alfabética.
1 Sublinha o sujeito em cada frase, como no exemplo.
automóvel livro palhaço
O Livro tinha uma estampa nas páginas. oficial
O Oficialzinho morava na caixa de papelão.
Os brinquedos conversavam à noite. chaminé soldado urso
vapor
Todos partiram alegremente.
avião bola corneta
2 Escreve um texto sobre os teus presentes de Natal: os que brinquedo
recebes e também os que ofereces.
61
Dezembro

O Natal nos Açores


Tínhamos entrado no Advento. A minha mãe preparava a coroa.
Estava linda! Com quatro velinhas doiradas e o azevinho à volta.
Alguns dias depois, faltavam exactamente duas semanas para o
Natal, a minha mãe fez o bolo de Natal. Na cozinha havia um
cheiro maravilhoso.
Ao faltar uma semana para o Natal o meu pai, eu e a minha
irmã fomos buscar leivas, para fazer o presépio. Quando chegá-
mos a minha mãe ajudou-nos a fazer, tal e qual, a terra do Menino
Jesus. A gruta, a aldeia, os caminhos do monte, as ovelhinhas a
pastarem, as pessoas a oferecerem presentes a Jesus, tudo.Assim,
todos os dias nos lembrávamos de como ele nasceu.
No dia seguinte arranjámos a árvore. No final estava tudo bri-
lhante, com as bolas, as luzinhas, os fios prateados, parecia uma
estrelinha!
Era véspera da Noite de Natal. Estava tudo pronto, os meus
pais já tinham comprado os presentes para oferecerem aos ami-
gos e familiares.
Apenas faltava o bacalhau. Era a minha avó quem o fazia. Eu
gostava tanto do bacalhau que ela fazia! Era sempre bom, mesmo
se ela dizia que tinha acon-
tecido isto ou aquilo.
Tinha chegado a tal noite.
Alguns familiares tinham-se
juntado na minha casa.
A minha mãe trouxe o
bacalhau e toda a gente se
deliciou. A seguir veio o
bolo de Natal. O meu pai
deu a primeira dentada e
achou que estava bom, os
outros acharam o mesmo.
À meia-noite fomos à
missa, e quando voltámos
vimos no nosso sapato o pre-
sente que tínhamos pedido.
Laura Brasil, 11 anos

leiva – sulco de arado, torrão.


62
Ler e Compreender As Palavras

1 Liga correctamente de acordo com o texto. 1 Sublinha nas palavras do texto


o grupo pres.
A mãe • • cozinha o bacalhau.
presépio presente
A autora • • juntam-se para a
o pai e a irmã festa.
2 Completa as palavras com o
A avó • • faz a coroa e o bolo de Natal. grupo pres.
Os familiares • • vão buscar os materiais para o
presépio.

2 Copia do texto as frases que indicam que o bolo de Natal

cheirava bem.

unto o

estava bom.

ença idente

3 Copia palavras do texto com


acento agudo .
A Frase e o Texto ´
1 Completa com as palavras presente e pretérito perfeito.

preparamos preparámos
arranjamos arranjámos
voltamos voltámos

2 Procura conhecer os costumes de Natal das várias regiões


do nosso país. Participa com um texto ilustrado num pai-
nel da turma sobre o tema.

63
Janeiro

Chegou o Inverno!

1
Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno

Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
3
Vem de sobretudo Quando as procurou
Vem de cachecol, Roubara-as um cão.
2
O chão onde passa
Parece um lençol.

Velho, velho, velho.


5 Chegou o Inverno.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
4
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.
Eugénio de Andrade, Aquela Nuvem e Outras, Campo das Letras, 2001

64
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala V (verdadeiro), F (falso) ou T (talvez) de acordo voz , vós


com o texto.

O poeta compara o Inverno a um velho. 1 Completa as frases com voz ou


vós.
O Inverno vem de fato de treino.
O Inverno, com o frio, perdeu a
O velho usa luvas de lã. .

No Inverno gostamos de bebidas quentes. gostais desta estação


do ano?
2 Escreve um pequeno texto sobre esta ilustração.
2 Descobre a palavra-raiz, como
no exemplo.

velhice
velho
envelhecer

vozeirão

vozinha

3 Escreve por ordem alfabética


os nomes do texto que se
referem a roupas.

A Frase e o Texto 4 Escreve palavras relacionadas


com o tema Inverno.
1 Sublinha o predicado nas frases.

Começou o Inverno em Dezembro.


Nesse tempo, há chuva e neve.
Os meninos brincam na neve, toda a tarde.

2 Risca a frase correcta que não é aceitável quanto ao


sentido.

As pessoas têm muito frio.


Acende-se o Inverno no fogão.
Tomamos bebidas quentinhas.

3 Descreve um dia de Inverno.

AVL4-05
65
Janeiro

A neve

Ainda era muito cedo quando as gémeas acordaram. O quarto


estava mergulhado na escuridão e fazia tanto frio que só lhes
apetecia ficar enroscadas debaixo de lençóis e cobertores.
A Luísa olhou para o mostrador do relógio,que marcava sete e dez.
– Que bom! – disse. – Ainda podemos ficar na cama mais cinco
minutos.
A Teresa puxou a roupa para cobrir bem o pescoço e enfiou a
cabeça nas almofadas. Estava tão confortável!
Mas de súbito algo lhe chamou a atenção. Algo que se passava
fora da janela...
Sentou-se para ouvir melhor. A irmã fez o mesmo.
Era um roçar muito leve, qualquer coisa macia deslizando na
persiana. Não parecia ser chuva...
As gémeas não resistiram mais. De um pulo, atiraram-se à
correia do estore e «rec... rec... rec...», enrolaram-no com
redrobrada energia.
O que viram cortou-lhes a respiração. Estava a nevar. A nevar a
sério! Do céu azul-acinzentado caíam, num jeito de voo, milhares e
milhares de partículas brancas, leves como uma pena, oscilando,
dançando sem pressa, até caírem no chão onde se formava um
manto branco. Um manto igualzinho a todos os que tinham visto
nas gravuras de livros de histórias, nos postais que recebiam do
Norte da Europa, ou no Natal, ou ainda nos filmes passados na
neve que as deixavam sempre com o enorme desejo de viajar.
Durante algum tempo, mantiveram-se em silêncio, com a
cabeça encostada no vidro e uma alegria imensa a rebentar
dentro do peito.
Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, Uma Aventura nas Férias da Páscoa, Caminho, 1988

66
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala correctamente, de acordo com o texto. 1 Copia do texto as palavras com


os grupos indicados.
O quarto estava:
ci
na escuridão.
muito frio.
húmido.

As gémeas chamavam-se: ce
Adélia.
Teresa.
2 Circunda os grupos ça e ço nas
Luísa.
palavras do texto.

Ouviram qualquer coisa: atenção pescoço lençóis


na parede. respiração dançando cabeça
na janela.
no tecto. 3 Assinala as listas de palavras que
pertencem à mesma família.
A neve lembrava-lhes: janelinha janela janelão
gravuras dos livros.
vidrinho vidro vidraça
postais do Norte da Europa.
caderno pasta livro
filmes da neve.
4 Procura no dicionário os
2 Escreve a frase com o verbo nos tempos indicados. significados das palavras do
texto.
As gémeas acordaram de manhã.
Futuro enroscada
Pretérito imperfeito

3 Sublinha os numerais cardinais. persiana

O relógio marcava sete e dez. Temos mais cinco minutos.

4 Escreve os outros ordinais correspondentes.


oscilar

cinco quinto sete dez

5 Descreve uma paisagem com neve da tua


terra ou de outra região. Podes enviar o
texto numa carta para uma escola de outro
lugar do país onde nunca neva.
67
Janeiro

Nasce uma fonte


Nasce uma fonte
Rumorejante
Na encosta de um monte,
E, mal que do seio
Da terra brotou,

Logo o seu veio,


Transparente
E diligente,
Buscou e achou
Mais baixo lugar.
Ao brotar da dura frágua,
É uma lágrima de água...

Mas esse humilde fiozinho,


Que um destino bom impele,
Encontra pelo caminho
Um outro que é como ele...

Reúnem-se, fundem-se os dois,


Prosseguem de companhia,
E fica dupla depois
A força que os leva e guia...

Junta-se aos dois um terceiro,


Outros confluindo vão,
E o regato é já ribeiro,
E o ribeiro é rio então...

Caminha sem descansar,


Circula através do mundo...
Até à beira do mar
Omnipotente e profundo...
Augusto Gil, Poesias

frágua – penhasco, pedregulho.


68
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. br , fr , pr…
Onde nasceu aquela fonte?
1 Destaca o grupo de consoantes
que pertencem à mesma sílaba.

Que fez de seguida? br otou frágua lágrima


br

Quem é que o fiozinho de água encontrou? encontra outro profundo

2 Completa as rimas do texto.


Como se transforma o regato em ribeiro?
fonte seio frágua

Para onde caminha o rio?


fiozinho dois terceiro

2 Descreve a gravura do texto.


3 Assinala a lista de palavras
que se encontram por ordem
crescente.

colina montanha duna

A Frase e o Texto regato ribeiro rio

1 Sublinha o sujeito e o predicado em cada frase. mar lagoa charco

A água desceu lentamente do monte.


4 Completa com as vogais que
Mais tarde o ribeiro juntou-se a outro. faltam nas palavras relacionadas
com o rio.
O rio desaguou no mar perto da praia.
N S C N T
2 Escreve as frases com o verbo no presente.
M R G M

F L N T

F Z

3 Faz uma banda desenhada com a história


do rio desde a nascente.

69
Janeiro

A gata e a Lua
Escolhe e escreve em cada caso a palavra que falta. Depois lê
o texto.
nasci
Chamo-me Zara e no bairro da Fraternidade. comi

Tenho patas de cetim, agilidade de acrobata, olhos de lince e


visto-me de riscas negras, brancas e cinzentas.
pata
Chamam-me vadia por não ter sítio certo para morar. gata
Como ratos e pardais e pifo, de vez em quando, umas sardinhas.
tudo Oiço todas as conversas e sei o que se passa no bairro
mudo da Fraternidade.
Uma noite serena de cheia, estava a passar pelo sono tua
lua
quando ouvi uma canção, cantada com infinita doçura por uma
mãe que adormecia o seu filho, lindo como são todos os filhos
avó
de seus pais. Era uma canção de embalar tão antiga e tão grande
que nunca mais a esqueci. Era assim: bonita

«Nossa Senhora faz meia


com fios cheios de luz
É o novelo a lua cheia
As meias são para Jesus.»
lição Quando ouvi esta , olhei para a lua cheia e perguntei-lhe:
canção
– Olha lá, então tu és um de fios de luz e nunca mo novelo
disseste? novela

Eu era louca por brincar com bolas de fio e como é que nunca
pensei em brincar com a lua que estava ali mesmo à mão de
semear?
Caminhei com de veludo para o cocuruto do telhado passos
laços
e convidei a lua cheia:
saltar – Vem cá, meu lindo novelo luminoso! Vem cá comigo!
brincar
A lua cheia, que adormecera, tinha-se esquecido de apagar a luz
e nem sequer me respondeu. noite
José Vaz, A Máquina de Fazer Palavras, Porto Editora, 1991
70
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. as , es… az , ez…


A gata Zara dizia:
1 Completa as palavras do texto
Chamo-me com as terminações as, es, is,
Tenho patas de os e us.

Agilidade de pat parda rat


Olhos de (tu) Jes branc
Visto-me de
2 Sublinha as terminações az, ez,
Oiço
iz, oz e uz.
E sei
faz luz nariz vez voz
2 Explica por outras palavras as expressões do texto.
3 Completa com a terminação
canção de embalar correcta.

à mão de semear

A Frase e o Texto
avestr cap
1 Escreve frases aceitáveis com as palavras destas frases
sem sentido.

A sardinha comia a gata.

Uma canção cantava uma mãe.


ra

2 Liga correctamente de acordo com o texto. 4 Assinala o conjunto em que


todas as palavras pertencem à
Nomes Adjectivos família de luz.
gata • • bonita
luzeiro, reluzente, reluzir
novelo • • vadia
canção • • certo luzinha, lúdico, tremeluzir
sítio • • luminoso

3 Imagina que a Lua respondeu ao convite da gata.


Escreve o diálogo que tiveram e as suas brincadeiras.
71
Janeiro

A energia do Sol

A ENERGIA DO SOL, chamada «energia solar», torna possível


a vida na Terra. Essa energia é utilizada e armazenada pelas
plantas; os animais comem plantas; as pessoas alimentam-se de
plantas e animais.
A energia do Sol influencia o estado do tempo. Quando o calor
do Sol transforma a água dos oceanos em vapor, este sobe e con-
densa-se em nuvens, que dão depois a chuva ou a neve. O vento
começa quando o ar aquecido pelo Sol sobe e se desloca para
lugares mais frescos, sendo substituído por ar menos quente que
corre por baixo dele. A rotação da Terra aumenta o movimento
deste ar, ao qual se chama «vento».
O Sol dá-nos a luz durante o dia e energia para fazermos luz à
noite. Utiliza-se também a energia solar armazenada no carvão,
petróleo e gás para aquecer as casas.
Durante uma hora diurna, a energia do Sol que atinge a Terra é
suficiente para fornecer a potência necessária para alimentar veí-
culos e máquinas, construir e preservar as casas, aquecer e ilumi-
nar as escolas, manter as fábricas a trabalhar, durante um ano e
meio. A maior parte desta energia desperdiça-se porque ainda
não sabemos captá-la convenientemente.
Os cientistas estão empenhados em criar fornos solares, apro-
veitar a energia dos ventos, construir espelhos gigantes para
armazenar os raios do Sol, e tentam descobrir processos para uti-
lizar o calor concentrado nos oceanos.
Livro de Ouro, Verbo Infantil, Gris Impressores, 1988
72
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa com informações do texto. pl , fl , tl…

Título Obra
1 Sublinha os grupos pl e fl nas
Tipo de texto: prosa verso teatro palavras do texto.

Número de parágrafos planta influencia

Número de frases do último parágrafo 2 Completa de acordo com a


imagem.
2 Risca o que está errado de acordo com o texto.

A energia do Sol possibilita a vida na Terra.

O calor do Sol transforma a água dos oceanos em


terra.

O ar aquecido pelo Sol desloca-se para lugares usão arim


mais frescos.

A energia do Sol não é utilizada durante a noite.

A Frase e o Texto
a eta ande
1 Sublinha as palavras que se escrevem do mesmo modo
mas têm significados diferentes em cada frase.

Aquecemos a nossa casa com o carvão ou o gás.

Quem casa quer casa.

2 Completa com pretérito perfeito ou pretérito imperfeito


de acordo com o tempo do verbo. em ema anta

As nuvens deram a chuva. 3 Escreve frases com as palavras


do exercício anterior.
O calor evaporou a água.

O calor evaporava a água.

As nuvens davam a chuva.


4 Copia do texto palavras com
acento gráfico.
3 Escreve um texto sobre o Sol e a vida na Terra.

73
Janeiro

Amanhecer
Levanto-me normalmente cedo!... A luz do amanhecer fascina-
-me!... E recordo outros dias, muitos dias, da minha infância,
quando vivi no campo, onde o acordar da vida é uma autêntica
festa.
Ainda mal rompe o Sol, canta o galo com voz rouca o seu
toque de alvorada, como a dizer: – Levantem-se, preguiçosos! É
dia, é dia! E logo as aves começam a cantar, acordando-se umas às
outras, como a dizer: – Bom dia! Estão cumprimentando a luz,
que é vida!
Preparam-se os homens para o trabalho: – Bom dia! – diz a
água a chalrar na fonte. – Bom dia! – parecem dizer as árvores
baixinho, quando a brisa da manhã lhes move as folhas...
E as flores, exibindo os seus matizes aos primeiros raios de Sol,
dizem também: – Bom dia, Sol! Bom dia, luz! Bom dia, vida!

Os animais, no estábulo ainda quente, conhecem o dono que


os vai tratar, e com os olhos meigos, dizem-lhe bom dia à sua
maneira...
Vem o cão a correr, abanando rapidamente a cauda, aos pulos
em volta do dono, a dizer: – Bom dia, bom dia, bom dia! sem
cessar.
E até o gato ensonado, espreguiçando-se na soleira da porta,
boceja e parece dizer: – Ah!... Bom... dia!... Estava a dormir tão
bem!...
– Bom dia! – diz a terra, que começa a aquecer. Dizem bom dia
as gotas de orvalho, trémulas nas plantas, a bailar à luz dourada...
– Bom dia, pai! Bom dia, mãe! Bom dia, irmão! É a saudação
por mais um dia que começa.
Ricardo Alberty, Relógio de Sol, Didáctica Editora, 1990
74
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. qu


O galo • • abana a cauda.
1 Escreve o grupo qu nas
A água • • conhecem o dono.
palavras do texto e completa.
As flores • • canta o toque de alvorada.
to e ando
Os animais • • exibem os seus matizes.
toque
O cão • • chalra na fonte.
ente a ecer

2 Escreve a saudação que aparece repetidamente no texto


e completa.
2 Assinala o significado das
vezes palavras no texto.

combinação de cores
matiz pintura
A Frase e o Texto
luz
1 Completa com os adjectivos que qualificam os nomes no
texto.
cantar
Nomes Adjectivos
chalrar falar ao mesmo tempo
voz rouca
chorar
estábulo
olhos 3 Ilustra esta frase do texto.

gato
luz

2 Escreve frases com estes grupos.

dão bom dia a todos.

Os animais e as plantas saúdam a luz do Sol.

acordam muito alegres.

A brisa da manhã move as


folhas das árvores.

3 Escreve um texto explicando como costumas


saudar as pessoas.

75
Janeiro

O sapinho

Primeiro, só se lhes viam os olhos. Dois pontos mais claros


naquela cabecinha preta e pequenina. Depois tinha-se começado
a notar também a boca, toda redonda. Então, formaram-se, onde
dantes só havia a cauda, as patas da frente. A seguir começaram a
sair as patas de trás, devagarinho, até que os girinos pareciam já
minúsculos sapos com cauda. Finalmente, essa cauda desapare-
ceu. Já não havia girinos. Agora, o sapinho era mesmo um sapi-
nho. E estava sozinho a braços com o mundo.
Começou por essa altura a fazer as suas primeiras explorações
fora de água, embora não se atrevesse a afastar-se muito. Nem
dava pela passagem dos dias, de tal forma se entretinha a desco-
brir pedrinhas, arbustos, bichos-de-conta e carreiros de formigas,
tantas coisas desconhecidas.
As formigas enfiavam-se a correr nos formigueiros se pressen-
tiam a aproximação de algum perigo, mas se o inimigo era a gali-
nha-d’água não lhes servia de nada a esperteza: a galinha, que é
muito escura, grande, e tem uns filhotes que parecem pompons
pretos, consegue esticar tanto a sua língua comprida que a enfia
mesmo em buraquinhos de formigas. O sapinho ficava escon-
dido atrás dos arbustos, muito pequenino e muito atento, a ver o
que ela fazia. Conhecia-lhe bem o cacarejar, sempre igual, um dos
ruídos mais habituais na lagoa.
Clara Pinto Correia, O Sapo Francisquinho, Relógio D’Água Editores, 1998
76
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. trás-traz
ruído-roído
Depois de nascer na água, que começou a fazer o
sapinho?
1 Completa as frases com as
palavras indicadas.

trás-traz
Porque é que ele não dava pela passagem dos dias?
O sapinho tinha as patas de
muito pequenas.

A galinha-d’água os
Que faziam as formigas quando pressentiam o perigo? filhos consigo.

ruído-roído

Como era a galinha-d’água? O arbusto foi pelo rato.


E os seus filhos?
Era habitual na lagoa o
do cacarejar da galinha.

2 Escreve os sons que imitam a


voz dos animais.

A Frase e o Texto galinha – cacaracá

1
gato –
Completa com os graus dos adjectivos:
grau normal, grau comparativo e grau superlativo boi –
absoluto analítico.
cão –
A galinha-d’água é muito escura.
rola –
grau
ovelha –
A cabecinha do sapo era pequena.
3 Completa como no exemplo.
sapo pequeno – sapinho

Os olhos eram mais claros que a cabeça. cabeça pequena –

pedra pequena –

2 Imagina o sapinho a contar o que observa do seu


buraco pequeno –
esconderijo.

77
Janeiro

O tempo corre atrás do tempo

O sapo velho disse ao sapinho que não tivesse medo daquele


barulho, eram apenas os pombos que estavam a chegar porque
já começara o Outono. E disse que depois do Outono viria o
Inverno. Os sapos iam novamente ficar com a pele avermelhada
na barriga porque estava na altura de voltarem a casar. Haviam de
ir todos mais uma vez até à água muito fria da lagoa, agora muito
fria porque os dias tinham voltado a ser muito mais curtos que
as noites, chovia e havia rebanhos de nuvens pretas no céu, o
vento arrepiava os pêlos e penas. Em breve estariam aí os patos,
regressados do Norte com histórias maravilhosas para contar. O
cuco e o noitibó iam partir, o cágado ia-se enfiar debaixo da con-
cha, ninguém voltaria a ver nos próximos tempos o lagarto ou a
cobra-rateira. Tudo isto acontecia sempre no Outono, porque
depois do Outono vinha o Inverno. E haviam de ficar muitos ovi-
nhos pretos a boiar à superfície da lagoa dentro de fiadas de
gelatina, de onde sairiam muitos girinos que haviam de andar a
dar ao rabinho na Primavera seguinte.
– Isto é sempre assim, sapinho – disse-lhe o sapo velho. – O
tempo anda sempre a correr atrás do tempo. E isso, sabes, é por-
que a Terra é redonda.
Clara Pinto Correia, O Sapo Francisquinho, Relógio D’Água Editores, 1998
78
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. anch , inch , onch , unch


Título do texto
1 Sublinha as palavras com os
Obra grupos anch, inch, onch e unch.
Autora O cágado da lagoa fugia para a
Assunto da história sua concha.

O que aprendeste com este texto Nas águas andava uma lancha.
A lancha era velha, tinha
A tua opinião sobre ele frinchas.
A lagoa era rodeada de funcho.

2 Completa as palavras com en.


2 Completa de acordo com o texto.

O velho sapo falou ao sapinho.

Os pombos

Os patos iam contar

O cuco e o noitibó xada xuto

O cágado

O lagarto e a cobra-rateira

Os girinos haviam de
xó xerto

A Frase e o Texto 3 Continua como no exemplo.

1 Completa com os determinantes artigos e com os nomes chouriço – enchouriçar


do texto.
charco –
O sapo pele
chumaço –
pombos penas
4 Escreve novas palavras com as
Primavera girinos
mesmas letras destas.
um lagarto uma
sapo – sopa pato –
uns umas
gato – rato –

2 Escreve um texto sobre a variedade da vida na Natureza. galo – rola –


Fala do que observas no dia-a-dia ou em passeios.
79
Janeiro

Era uma vez... o planeta Terra


– A Terra nem sempre existiu. No
princípio do mundo, não havia quase
nada no firmamento, ou no céu, se
quisermos dizer assim. Depois apare-
cerem as estrelas. Mas, à volta de uma
bela estrela, havia muitos pedacinhos
de poeira. Pouco a pouco essa poeira
foi-se juntando toda e formou uma
grande bola, à qual se chamou “Terra”.
À bela estrela, chamou-se “Sol”. Foi
assim que a Terra nasceu...
– Ah!!! – exclamaram o João e a
Maria ao mesmo tempo.
– E depois avô, o que aconteceu?
– A Terra era uma enorme bola de
fogo, sempre a girar em volta do Sol. Passado muito tempo, o
fogo começou a desaparecer lentamente e a grande bola come-
çou a ficar fria e dura, mais ou menos como está hoje se meteres
a mão no chão.
Depois ainda tornou a passar muito tempo e começou a cho-
ver tanto, tanto e durante tantos anos que a Terra quase ficou
toda coberta de água.
– Havia muitas poças de água no chão, avô? – perguntou
curiosa a Maria.
– Não... disse o avô a sorrir. – As poças só se formam quando
chove um bocadinho, uns minutos, umas horas, mas daquela vez,
choveu durante muitos anos. Então surgiram os grandes mares,
os lagos, os rios... eram grandes quantidades de água.
– Oh! avô, só havia terra e água? Devia ser tudo muito feio...
– No princípio era só assim, mas um dia, passado muito tempo,
começaram a aparecer muito lentamente as primeiras plantas e
os primeiros animais, mas eram todos muito pequeninos e a
princípio só viviam na água. Mas depois conseguiram aos poucos
viver em terra.Tudo isto demorou muito tempo para aparecer e
para surgirem outras plantas e animais maiores. Os homens apa-
receram só em último lugar. Já a Terra tinha árvores grandes,
plantas bonitas e muitos animaizinhos. Tudo foi aparecendo na
Terra com uma ordem certa.
Ana Nascimento, Instituto Nacional do Ambiente, A Triunfadora Lda., 1991

80
Ler e Compreender As Palavras

1 Escreve o nome das personagens da história. h

1 Procura no texto palavras que


2 Copia do texto uma frase para cada linha. se iniciam com h.

Uma exclamação do João e da Maria.

2 Completa as palavras com h no


Uma pergunta da Maria. início.

Uma declaração do avô.

3 Assinala a frase que tem o mesmo sentido que a frase


seguinte: istória olofote
Depois apareceram lentamente os seres vivos.

Depois apareceram de repente os seres vivos.

Depois apareceram pouco a pouco os seres vivos.

Depois apareceram logo os seres vivos.


erbívoro orta

A Frase e o Texto

1 Escreve por ordem alfabética:

os nomes próprios do texto.

os nomes comuns com acento gráfico.


iena ábito

3 Completa como no exemplo.


2 Completa com os adjectivos no grau superlativo absoluto
sintético.
habitar – coabitar
estrela bela estrela belíssima
honra – des
bola dura
hábil – in
tudo feio
animais pequenos humano – des

3
harmonia – des
Resume num texto o que o avô explicou
sobre a Terra. hidratar – des

AVL4-06
81
Fevereiro

O circo

No circo cheio de luz Eis como, à luz que eles dão,


Há tanto que ver!... Tudo, em redor, se enriquece
– Senhores! De outra significação:
Grita o palhaço da entrada, Que linda história de fadas
Todo listrado de cores. Se não vai desenrolando!
– Entrai, que não custa nada! Com princesas encantadas
À saída é que se paga... Desencantadas
[...] E jovens reis escalando
Entre os mil espectadores, Que muralhas invencíveis
Encolhido, Ao ritmo de árias terríveis,
Pequenino, Enquanto um príncipe excêntrico
– Meu menino, ino, ino... Engole espadas e chamas,
– Sim, fixo aquele menino. Vem divertir o seu povo,
Seus olhos, duas estrelas, Trava prélios
Acesinhos como velas Com dragões,
E maiores Gigantes,
Que os dos mais espectadores Bruxas,
São de Menino Jesus Anões,
Que dá lição aos Doutores. – Criações
Esses olhos fazem luz Dum mundo novo...
Sobre todo o circo... São Ai! a vida!
Duas varas de condão. Maravilhosa historieta!
José Régio, As Encruzilhadas de Deus, Brasília, 1986

ária – peça musical.


excêntrico – extravagante, original.
prélio – combate.
82
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala V (verdadeiro) ou F (falso) de acordo com o ecer


texto.

Aquele menino era muito pequeno. 1 Completa com os verbos


terminados em ecer.
Os olhos do menino pareciam estrelas.
rico – enriquecer
O menino Jesus assistia ao circo.
noite –
O circo era como uma história de fadas.
pobre –

2 Completa com o nome dos artistas de circo em relação manhã –


ao texto e à figura.
triste –
malabarista palhaço trapezista tarde –
engolidor de fogo músico domador
2 Liga correctamente os nomes
dos heróis das histórias.
Vê-se na figura Não se vê na figura

A Frase e o Texto

1 Sublinha nas frases os determinantes demonstrativos e


escreve-os.

Fixava aquele menino. aquele


dragão • • homem pequenino
Ele admirava esses olhos.
gigante • • mulher que faz bruxedos
A criança via a outra significação.
bruxa • • monstro imaginário
2 Completa como no exemplo. anão • • homem muito grande
infinitivo
3 Procura o significado que no
Os olhos fazem luz. fazer texto convém a estas palavras.
Tudo se enriquece.
escalar
Os reis escalam muralhas.
O artista diverte o povo. condão

ritmo
3 Elabora um texto sobre um espectáculo de circo a que já
assististe. Descreve sobretudo o que se passa com o
público.
83
Fevereiro

A lenda da serra da Estrela

Em tempos que lá vão, havia um pobre pastor que levava o seu


rebanho a pastorear numa serra muito alta.
Todas as noites, depois de recolher as ovelhas ficava a admirar
as mil estrelinhas acesas no céu escuro. Até que numa ocasião
uma Estrela, a mais bela de todas, começou a conversar com o
pastorzinho. E ficaram tão amigos que ele não sabia viver sem a
sua Estrela.
Os outros pastores, por inveja, foram contar ao rei. O rei
chamou-o à sua presença e perguntou-lhe:
– Queres vender-me a tua Estrela? Para te compensar vou dar-te
terras, rebanhos e muita riqueza.
Ficou muito pesaroso o pastor e respondeu cheio de tristeza:
– Não posso. Saiba Vossa Majestade que esta Estrela é a minha
grande amiga e companheira nas escuras noites da serra – a serra
da Estrela.
E recusou todas as ofertas dizendo:
– Antes quero continuar na minha pobreza do que perder esta
amizade.
Ao chegar ao alto da serra lá o esperava a linda Estrela que lhe
disse:
– Estou muito feliz por não me teres trocado pelo desejo de
riqueza. Ficarei para sempre contigo!
O pastorzinho já há muito que partiu para o céu das estrelas,
mas ainda hoje se pode ver, lá no alto da serra, uma Estrela de
brilho suave e diferente.
Tradicional
84
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa o esquema de acordo com o texto. esa , eza

era amigo foi à presença


1 Circunda a terminação esa e
eza nas palavras do texto.

estrela acesa desejo de riqueza


O pastor
sua pobreza cheio de tristeza

não vendeu ouvia a estrela


2 Sublinha nas palavras a sílaba
dizer-lhe
que se diz com mais força.

história estrela pastor


2 Dramatiza esta lenda com os teus companheiros.
3 Completa.
A sílaba que se pronuncia com
mais força é a tónica.

A Frase e o Texto As outras chamam-se


átonas.
1 Acrescenta a pontuação e escreve o texto correctamente.

O pastor respondeu não posso saiba Vossa Majestade 4 Escreve palavras da família de
que esta Estrela é minha amiga

2 Copia do texto «A lenda da serra da Estrela» frases do


tipo indicado.

declarativa .

exclamativa !

interrogativa ?

3 Sublinha os determinantes possessivos nas expressões


do texto.

o seu rebanho Vossa Majestade

a sua Estrela minha amiga


Serra
4 Procura recolher junto dos mais velhos uma
outra lenda do nosso povo. Escreve-a e
ilustra-a.
85
Fevereiro

Como se formaram as montanhas?

Comecemos dizendo que todas as massas continentais que for-


mam a terra firme se acham em movimento contínuo. Em tem-
pos longínquos, algumas delas encontraram-se com outras.
Que aconteceu, então? As suas beiradas quebraram-se, dobra-
ram-se e levantaram-se. As enormes dobras que se formaram
constituíram as cadeias de montanhas. Assim se formou, por
exemplo, a cadeia do Himalaia. O que aconteceu foi o seguinte: o
território da Índia actual encontrou-se com o continente asiático;
formaram-se dobras gigantescas – sim, porque as rochas, submeti-
das a enormes pressões, dobram –, dobras que, sobrepostas umas
às outras, alcançaram grandes alturas, mais de 8000 metros!
Os homens pré-históricos viram as montanhas nascer?
Não, absolutamente. Antes de mais nada, porque as montanhas
não se formaram de um ano para o outro e depois porque elas se
formaram muito, muito tempo antes. Um exemplo: na Europa, os
Alpes e o Pirenéus começaram a formar-se há mais de 60 milhões
de anos! E, naqueles tempos, tão distantes, os homens ainda não
existiam na Terra. O que havia eram animais e plantas que, hoje,
não existem mais. Os primeiros homens povoaram a Terra muito
mais tarde, há um milhão de anos, aproximadamente.
E, naquela época, muitas cadeias de montanhas já se tinham
formado. As Montanhas Rochosas, na América do Norte, forma-
ram-se há mais de 80 milhões de anos!
As Montanhas e os Vulcões, Editora Maltese, 1987

86
Ler e Compreender As Palavras

1 Liga correctamente de acordo com o texto. x , ch

As massas continentais • • dobram-se e formam


1 Escreve e pronuncia as palavras
montanhas.
do texto com as letras x e ch.
De vez em quando • • estão sempre em
movimento.

As beiradas das massas • • as placas chocam-se.


continentais 2 Copia do texto outras palavras
com o acento tónico nas sílabas
2
indicadas.
Risca o que está errado de acordo com o texto.
última penúltima antepenúltima
Os homens povoaram a Terra há um milhão de anos.

Os homens pré-históricos viram nascer as montanhas. assim placa época

A montanha dos Alpes formou-se há 60 milhões de anos.

O monte mais alto da Terra mede 8000 metros.

3 Completa.

A Frase e o Texto Quanto à sílaba tónica as


palavras podem ser:
1 Completa como no exemplo.
agudas – a sílaba tónica é a
infinitivo última sílaba.

– a sílaba tónica é a
As montanhas são muito altas. ser
penúltima sílaba.
Os Alpes e os Pirenéus têm milhões de anos.
– a sílaba tónica é a
As Montanhas Rochosas ficam na América. antepenúltima sílaba.

2 Sublinha nas frases os determinantes indefinidos algumas, 4 Descobre o nome das serras
outras, muitas, certas. portuguesas.

Algumas massas dos continentes encontram-se com T B P E N E D A X P


outras massas e formam muitas montanhas.
M L W S U A J O Z S
Há muito tempo começaram a formar-se certas monta- M O N T E M U R O M
nhas da Europa. N L A R O U C O V L
A V G E R E S P C G
3 Escreve um texto sobre as serras portugue- R M A L C A T A F M
sas, a sua beleza e importância. L X M A R A O G Z M
87
Fevereiro

O rio, o velho e o moço

Tinha duas corcovas aquele monte.Visto de longe, dava a ideia de


um camelo gigantesco que à beira do rio ajoelhasse para repousar.
No alto de cada giba vivia um homem: de um lado, um moço de
olhos azuis e flores de ouro no cabelo; do outro, um velho quase
cego e de alvas barbas a roçar nos cardos da montanha.
No vale que separava as duas elevações corria, não se sabe
para que misteriosas paragens, e vindo não sei de onde, um rio,
mas um rio como qualquer outro – não vão querer ver em tudo
coisas extraordinárias –, um rio como o Tejo ou como o Douro.
Ao entardecer, quando o sacristão do céu começava a acender
as estrelinhas, os dois habitantes da montanha desciam até à
beira da água e, um em cada margem, ali se ficavam a discutir
sobre o rio que a seus pés murmurava.
O moço, apontando com o dedo, em que brilhavam esmeral-
das, para as águas correntes, dizia que a cor destas era, a um
tempo, vermelha e azul e ouro e verde. Logo o velho afirmava ser
negra a massa líquida, mais negra que a noite já vizinha.
Adolfo Simões Müller, Sola Sapato Rei Rainha, Verbo, 1996
88
Ler e Compreender As Palavras

1 Desenha as personagens do texto e escreve os seus nomes. agem , igem , ugem

1 Sublinha as palavras terminadas


em agem e igem.

O rio tinha origem em miste-


riosas paragens.
As suas águas faziam uma
longa viagem até ao mar.
2 Assinala de acordo com o texto.

Esta história passa-se: 2 Completa com agem, igem e


ugem.
no monte.
na margem do rio.
na praia.
O jovem via no rio:
as águas verdes.
as águas pretas. ferr vert
as águas de ouro.
O velho via:
as águas azuis.
as águas negras.
a noite.
ar pen
A Frase e o Texto
3 Escreve palavras do texto com
1 Completa com os pronomes pessoais que completam as o mesmo número de sílabas.
frases.
1 de
eu vós tu ele ela
2 ouro
era jovem e via a beleza do rio.
3 cabelo
O velho disse:
não estás a ver bem. só vejo água turva.
4 Numera as palavras de acordo
2
com o seu significado.
Escreve frases em que a palavra velho pertença a classes
diferentes. 1 branco
giba
alvo 2 fora de comum

cardo 3 pedra preciosa

extraordinário 4 corcova
3 Continua o texto, imaginando que o rio fala com o moço 5 planta agreste
esmeralda
e com o velho.
89
Fevereiro

O Tejo, o Douro e o Guadiana

Nasceram estes três rios em altas serranias das terras de


Espanha.
Um dia, desejosos de ver o mar, resolveram partir ao seu
encontro. Mas combinaram dormir antes um sono repousante. E
o primeiro que acordasse despertava os outros, para irem juntos
correr aventuras.
O rio que acordou primeiro foi o rio Guadiana. Vendo os
outros a dormir um sono tão pesado, resolveu partir sozinho. Foi
andando serenamente, com vagar, apreciando as belas paisagens
que lhe rodeiam as margens.
Acordou depois o Tejo. Avistou já ao longe o Guadiana serpen-
teando na planície, as águas calmas brilhando ao sol.
Para recuperar o tempo perdido começou a correr sem escolher
caminho – por serras encostas e penhascos.
Quando chegou a terras portuguesas, depois de ver que já
ganhara muito tempo, susteve a sua marcha e rolou as águas len-
tas em curvas suaves pela planície até ao mar.
Por fim acordou o rio Douro do seu longo sono. Quando viu
que os companheiros tinham faltado ao acordo, ficou zangado. E
resolveu vingar-se. Atirou-se ao caminho saltando fragas e pene-
dos, precipitando por vales profundos as suas torrentes de águas
turvas. Galgou serras e mais serras, vencendo todos os obstáculos
que encontrava na sua correria.
E foi assim que o rio Douro chegou primeiro ao mar.
Lenda tradicional
90
Ler e Compreender As Palavras

1 Ordena os acontecimentos do texto. rr , ss


Antes de irem à aventura combinaram dormir um
sono. 1 Escreve palavras do texto com
os grupos indicados.
O rio Douro chegou primeiro ao mar.
O Tejo, o Douro e o Guadiana resolveram partir para rr ss
o mar.
O rio Guadiana foi o que acordou primeiro.
O último rio a acordar foi o Douro.

2 Faz um desenho sobre a frase do texto.

O Guadiana
serpenteava na
2 Sublinha a sílaba tónica em
planície com as
cada palavra.
águas brilhando
ao sol. alta primeiro planície

dormir obstáculos depois


A Frase e o Texto
3 Circunda as sílabas átonas das
1 Completa o quadro das classes de palavras de acordo palavras do texto.
com o texto.
penedos água correr
Substantivo Adjectivo Verbo
altas aventura acordo assim

4 Completa como no exemplo.

rios de Portugal – portugueses

rios de Espanha –
2 Escreve as outras frases de acordo com o exemplo.
rios de França –
O rio nasceu muito longe da foz.
Os rios nasceram muito longe da foz. rios de Alemanha –
Ele resolveu partir ao encontro do mar. rios de Inglaterra –
Eles
A margem era muito bela.
As

3 Escreve um texto sobre o rio que melhor


conheces.

91
Fevereiro

As fadas
As fadas... eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras à beira-mar...

Algumas em fonte fria


Escondem-se enquanto é dia
Só saem ao escurecer...
Outras, debaixo de terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder...

O vestir... são tais riquezas,


Que rainhas, nem princesas,
Nenhuma assim se vestiu!
Porque as riquezas das fadas
São sabidas celebradas
Por toda a gente que as viu...

Quando a noite é clara e amena


E a lua vai mais serena,
Qualquer as pode espreitar,
Fazendo rodas, ocupadas
Em dobrar as suas meadas
De oiro e prata ao luar.
Antero de Quental, As Fadas, Contexto e Imagem, 1988

92
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. 1 Sublinha nas palavras da frase


os grupos ai e ei, seguidos de x.
Tipo de texto:
poesia prosa banda desenhada As fadas vivem debaixo da
terra e só se deixam ver nas
Título
noites de luar.
Autor
2 Completa com ai e ei.
2 Responde.
Como podem ser as fadas?

Onde costumavam viver, segundo diz o poeta?


c xa s xo

Como são as roupas das fadas?

am xas
Que costumam fazer nas noites de luar?

3 Completa com as palavras que


rimam no texto e descobre
outras.
A Frase e o Texto
rochedos
1 Assinala o conjunto de palavras que contém um determi- fria
nante demonstrativo.
terra
esta fada fadas belas outra fada
4 Escreve palavras da família de:
fada jovem noites amenas fada velha
Terra
2 Substitui nas frases os adjectivos por outros sinónimos.
As fadas são moças e belas.
As fadas
A noite é clara e amena. Lua

A lua vai mais serena.

3 Faz uma banda desenhada sobre esta poesia.


93
Março

Dia do Pai – O meu pai e eu

Continuo sentada ao colo do pai, sem dizer nada. Ele também


não fala, mas passa a mão pelo meu cabelo, como eu gosto que
ele faça e como ele há tanto tempo não fazia. Acho que assim
que a Rosa vier para casa tudo vai ser muito melhor do que era
dantes, no tempo em que a «menina» era eu e ela não existia
ainda sequer no nosso pensamento.
– Pai...
– Que é?
– Sabes o que eu descobri?
– Não, diz lá.
– Descobri que a Rosa é a minha irmã, que a Rosa é da minha
família, como o rouxinol que aqui vem cantar no Verão...
O pai não se riu nem disse «que disparate!», como eu cheguei a
temer. Ficou calado muito tempo. E depois:
– Mariana...
– Que é?
– Nós temos andado muito preocupados e cansados e por isso
não te temos dado muita atenção, não é? Eu sei que tu dantes con-
versavas muito comigo e com a mãe, que passeávamos aos domin-
gos e que havia sempre tempo para estarmos ao pé de ti. Não te
tenho dito nada, mas também noto que tu andas aborrecida. E a
mãe também sabe. Ainda há bocado, lá no hospital, falámos nisso.
Mas agora que a Rosa vai ficar boa e vai voltar para casa, prometo
que as coisas vão ser diferentes. Até já sei uma novidade...
– Uma novidade? Diz lá já o que é!
– Assim que a Rosa estiver mesmo boa e não precisar de tomar
o biberão à meia-noite, a mãe vai passar a cama dela para o teu
quarto. Alice Vieira, Rosa Minha Irmã Rosa, Caminho, 1999
94
Ler e Compreender As Palavras

1 Faz a leitura dramatizada do texto. ditongos

2 Escreve o nome das personagens do diálogo. 1 Sublinha os ditongos.


Quem disse?
ditongos orais
– Sabes o que – Não, pai vai coisas depois riu
eu descobri? diz lá.
ditongos nasais

não Verão mãe atenção


biberão
3 Assinala correctamente de acordo com o texto.

2 Assinala o conjunto que contém


A Rosa era a irmã da Mariana.
apenas palavras com ditongos.
O pai, a mãe e a Rosa eram a família da Mariana.
família não meu
A mãe estava no hospital com a Rosa. cheguei eu meia-noite
A novidade é que estava a chover.
3 Completa com palavras do texto.
A Rosa ia dormir no quarto da irmã.
Monossílabos Dissílabos Trissílabos

uma sílaba duas sílabas três sílabas


sem hospital
A Frase e o Texto

1 Completa o quadro com os nomes ou substantivos do


texto.

Nomes próprios Nomes comuns


Verão 4 Com as letras da palavra
FAMÍLIA escreve outras palavras.

2 Escreve as formas dos verbos no lugar certo.

falámos, falamos passeamos, passeámos


Presente Pretérito perfeito

3 Escreve um texto em que nos fales da tua família.

95
Março

Uma flor na praia


(Entram o menino e a menina da escola.
Pastas às costas.O menino assobia.)

MENINA – Estás muito contente, hoje.


MENINO – Estou pois!
MENINA – Tiveste as contas certas?
MENINO – Quero lá saber das contas!
MENINA – Tiveste zero erros?
MENINO – Nunca dou erros!
MENINA – Eu, às vezes, ainda dou.
MENINO – Só dá erros quem não gosta
de ler! Mas eu gosto!
M ENINA – Eu também. Mas prefiro a
televisão.
MENINO – Televisão é uma coisa, livros é
outra. Antes da televisão já havia
livros há muito tempo. E era a ler
que se aprendiam as histórias.
MENINA – Ler dá mais trabalho.
MENINO – Mas fazes o filme na tua cabeça, à tua vontade, e na tele-
visão a história é sempre à vontade deles.
MENINA – A televisão tem cores e movimento.
MENINO – E as histórias dos livros também. Quando são bem escri-
tos está lá tudo.
MENINA – Os livros são muito calados.
MENINO – E na televisão falam de mais.Acabou-se. (Anda de braços
abertos, correndo pela praia, rosto voltado para cima.) Bom
dia, Senhor Mar! Bom dia, Dona Gaivota! Bom dia, menina! (apa-
nha a estrela-do-mar. Olha-a. Encosta-a ao coração. Dá-lhe um
beijo. Estende-a à menina.) Toma! Uma flor-do-mar!
MENINA – Tão linda! Parece uma estrela acesa, uma flor encarnada!
(Olham os dois a estrela. Cantam:)
Na praia deserta,
na tarde parada,
parece uma flor,
a estrela encarnada.
Maria Rosa Colaço, Pássaro Branco, Círculo de Leitores, 1989

96
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala o que está correcto de acordo com o texto. 1 Nestas perguntas do texto
sublinha a palavra tiveste.
A menina:
vinha da escola. Tiveste as contas certas?

estava a ver televisão. Tiveste zero erros?

fez perguntas ao menino. 2 Completa com a forma verbal


apropriada, no pretérito
cantou uma canção.
perfeito.

O menino:
correr
vinha a assobiar.
Tu na praia.
ofereceu uma estrela à menina.
oferecer
correu na praia e caiu.
Vi que uma estrela.
gostava muito de ler.
cantar
2 Dramatiza o texto.
Também uma quadra.

3 Escreve palavras da família de:


A Frase e o Texto
estrela
1 Assinala a frase que tem o verbo no pretérito perfeito
do indicativo.

O menino lia livros bonitos.

O menino leu livros bonitos.

O menino lerá livros bonitos. flor

2 Completa as frases com os pronomes pessoais adequados.

Eu, tu, ele, nós, vós, eles

estás contente?
estou muito contente!
4 Descobre outras palavras
gostamos de ler.
modificando a primeira letra.
gosta de ver televisão.
contas pontas tontas
vistes um filme?
gosto

3
deles
Escreve um diálogo entre ti e um companheiro sobre um
assunto à tua escolha. cores
AVL4-07
97
Março

A onda do mar
Vem ouvir
a lenda
da linda onda
do fundo rosa do mar.

Um grande monstro a prendia


pelo seu manto de renda
que a mãe andou a bordar.

Quem pode salvar a onda?


Quem pode?
Quem é que a vai ajudar?

Veio um príncipe
montando o vento
leva o monstro
para o monte.

No fundo rosa do mar


príncipe e onda de mãos dadas
dançam, dançam, dançam
e põem o mundo a dançar.
Lucinda Atalaia, Ler... Ouvir e Cantar, Edições Salamandra, 1988

98
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa o esquema de acordo com o texto. an , en , in , on , un ,


am , em , im , om , um
vivia estava presa
1 Copia do texto palavras com
estes grupos.
A linda an grande
onda
en
foi salva agora in
on monte
un

2 Descobre palavras do texto que


2 Dá outro título ao texto.
terminam em:

am em

A Frase e o Texto
3 Completa com as palavras que
1 rimam no texto.
Volta a escrever a frase, substituindo as palavras subli-
nhadas pelo pronome pessoal.

A onda andava no fundo do mar.

mar bordar
O príncipe e a onda dançaram muito.

4 Completa o texto com as


2 Liga correctamente os verbos do texto. palavras do quadro que rimam.
Sinónimos libertou fina
montar • • auxiliar azulado dançar
ajudar • • agarrar
Esta ondinha traquina usava
prender • • cavalgar
um manto de renda .
Antónimos A mãe fez um bordado
ir • • calar no seu manto .
levar • • vir Veio um monstro que a cativou
ouvir • • trazer mas um príncipe a .
Estão felizes no fundo do mar
3 Escreve um texto sobre o mar. de mãos dadas a .
99
Março

Miguel e o peixe-voador
O Miguel encontrou um cardume de peixes-voadores que
começaram a dançar e a saltar à sua volta. Chamou o maior de
todos e pediu-lhe que o levasse a dar um passeio ao fundo do
mar.

Sobe para as minhas costas – disse o peixe-voador.


Vamos lá.
Agarrado ao peixe, o Miguel ora mergulhava, nadando debaixo de
água, ora voava alegre sobre as ondas, numa brincadeira formidável.
Dentro de água havia muitos peixinhos,
que fugiam, assustados.

E havia rochas escuras no fundo, cheias de algas a plantas sub-


marinas das mais variadas formas.
E se de repente aparecesse um enorme tubarão,

ou um polvo gigante, ou uma raia que lhes desse


um choque?
O que haviam de fazer?
– Estás assustado, Miguel? O que se passa contigo?
– São cá umas ideias...
– Não tenhas medo, nada de mal te pode aconte-
cer aqui.
Lembra-te de que eu sou um peixe-voador e num
instante te ponho de volta no barco, ao pé do teu
amigo gigante.
Quando o passeio acabou o Miguel agradeceu
muito ao peixe, que depois foi embora voando com
o seu cardume, e ao gigante bom, que o trouxe de
novo ao colo para o castelo.

Yvette Centeno, O Miguel e o Gigante, Livraria Bertrand, 1988

100
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala o que está correcto de acordo com o texto. tr , br , gr


O peixe voador disse ao Miguel:
1 Copia do texto palavras com os
Sobe para as minhas costas.
grupos indicados.
Estás assustado, Miguel?
tr br gr
Estou a ver uma raia eléctrica.
Não tenhas medo.

No passeio com o peixe o Miguel encontrou:


2 Completa com os grupos que
um tubarão. faltam.
um polvo gigante.
peixinhos assustados.
rochas e algas submarinas.

2 Escreve as legendas para as gravuras, de acordo com o


texto. ego A il

ato a bata

3 Com as letras da palavra


BRINCADEIRA forma novas
A Frase e o Texto palavras.
1 Completa a lista dos nomes colectivos e comuns. B R I N C A D E I R A

cardume – conjunto de peixes 1 X X X X


2 X X X X
manada –
3 X X X X X X
– conjunto de lobos 4 X X X

matilha – 5 X X X X
6 X X X X X X X
– conjunto de aves
ninhada – 1 – nada 4–

2– 5–
2 Imagina um passeio com o Miguel e o peixe-voador.
Descreve o que vês nessa aventura. 3– 6–
101
Março

A Primavera

Quando voltava da escola Isabel Na Primavera trepava às cere-


ia brincar. jeiras para comer as primeiras
Ela sabia brincar sozinha e cerejas doces e vermelhas. E
conversar com as árvores, as também subia às ár vores
pedras e as flores. onde todos os anos havia
ninhos. Eram ninhos redon-
dos, feitos de er va, folhas
secas, penas e tinham lá
dentro ovos sarapintados.

Caminhava entre o trigo que Ou ia ler para debaixo das flo-


era como um mar doce e leve. res lilases das glicínias que
caíam em cachos perfumados,
rodeados de abelhas.
E conhecia o lugar onde entre
as ervas cresciam os morangos.
Sofia de Mello Breyner Andresen,
A Floresta, Figueirinhas, 2000
102
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. as , az
Que fazia a Isabel quando voltava da escola?
1 Escreve os nomes terminados
em as ou az.

Na Primavera gostava de trepar às cerejeiras. Para quê?

o o

Também subia a outras árvores. Que encontrava lá?

o o
Como eram os ninhos e de que material eram feitos?

o o
A Frase e o Texto
2 Copia as palavras do texto com
1 Escolhe a forma verbal para escreveres a frase no presente.
os grupos ce e ci.

começou começa começará


ce ci

A Primavera no dia 20 ou 21 de Março.

2 Completa com o determinante possessivo adequado.

nosso seus suas vosso


3 Liga correctamente.
A Isabel levava os livros para ler debaixo das
glicínias.
flores de glicínia • •

3 Escreve uns versos à Primavera e ilustra-os


com um lindo desenho.
Participa com esse texto no concurso de ovos sarapintados • •
poesia da Primavera da tua turma.
103
Abril

Páscoa no Minho

Com que unção o moço sacristão, nos braços


Traz a cruz de prata que Jesus cativa,
Para ser beijada! Enfeitam-na laços
De fitas de seda e uma rosa viva.

Um outro, ajoujado ao peso das prendas,


(Não há quem não tenha seu pouco p’ra dar...),
Traz, num largo cesto de nevadas rendas,
Os ovos, o açúcar e os pães do folar.

Haverá visita mais honrosa e bela?


Famílias ajoelham. A cruz é beijada.
(Pratos de arroz-doce, com flores de canela,
Aguardam gulosos na mesa enfeitada.)

Santa Aleluia! Oh, festa maior!


Haverá mais bela e honrosa visita?
É tempo de Páscoa! O Minho está em flor!
Em cada alma pura, Jesus ressuscita!
António Manuel Couto Viana, Antologia

unção – sentimento piedoso.


104
Ler e Compreender As Palavras

1 Descobre as perguntas de acordo com o texto. ça , ce , ci , ço , çu


P.:
1 Escreve a lista das palavras do
R.: O texto descreve a Páscoa no Minho.
texto com os grupos seguintes:
P.:
ça ce
R.: Nesta época o Minho está florido.
P.:
R.: As famílias recebem a visita pascal em festa.
ci ço
P.:
R.: Oferecem prendas de folar, como açúcar, ovos, pães.

2 Escreve esta quadra popular na disposição habitual.


çu
A rosa tem vinte folhas e o cravo tem vinte e uma.
Anda a rosa em demanda por o cravo ter mais uma.
2 Completa com nomes do texto.

A Frase e o Texto o moço a flor

1 o a
Completa o quadro.
GRAUS DOS ADJECTIVOS o a
Superlativo Superlativo o a
Normal
absoluto analítico absoluto sintético
(rosa) viva muito viva 3 Procura no dicionário os
(certo) largo larguíssimo significados que convêm
às palavras do texto.
(visita) bela
unção

2 Liga correctamente para formar frases e escreve-as.


a cruz enfeitada • • está na mesa enfeitada. ajoujar

o largo cesto • • é levada pelo sacristão.


o arroz doce • • traz as prendas do folar.
4 Assinala as listas de palavras
que estão por ordem alfabética.

braços laços rendas

folar honrosa visita


3 Escreve um texto sobre a festa e costumes da
Páscoa da tua região. Troca correspondência Aleluia Minho Jesus
escolar sobre este tema.
105
Abril

Adivinhas
Quem é?
Caiu morna e fria
por sobre o jardim
e os botões abriram
beicinhos de cetim

As folhas arrebitaram,
as hastes endireitaram

O que murchou
desabrochou.
O tanque encheu;
O boi bebeu.
Bebeu o boi...

E ela?
Quem é?
E para onde é que foi?
Alice Gomes

Qual é a coisa?
Qual é a coisa qual é ela?
Quem a quer adivinhar?
Começa na areia
E acaba no mar.
Tradicional

Quem sou eu?


Ao de cima de água me vejo
e no meio do mar estou.
Em toda a vila tenho entrada
a toda a montanha vou.

Soluções: água da chuva, ar, letra A.


106
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala correctamente de acordo com o texto. 1 Escreve palavras do texto que


terminam com os grupos
No jardim: seguintes:
abriram os botões das flores. am im
abriram os tecidos de cetim.

As folhas das plantas:


murcharam. em
reviveram.

O boi bebeu: 2 Completa com am, em, im, om


ou um, no meio da palavra.
no tanque.
no lago.

A Frase e o Texto

1 Escreve duas frases em que a palavra botões tenha signi- l pada t po


ficados diferentes.

2 Completa com as formas verbais do texto, como no


exemplo. c po p bo
é – presente infinitivo – ser
caiu – pretérito perfeito
abriram –
arrebitaram –
endireitaram –
ch bo
murchou –
3 Completa.
desabrochou –
encheu – jardim – palavra aguda
bebeu – bebeu –
foi – tanque –
murchou –
3 Escreve as adivinhas que conheces e organiza
com os companheiros um Livro de Adivinhas folhas –
para a turma.
adivinhar –
107
Abril

O Senhor Vento
Sr.Vento vem zangado.
O que se terá passado?
À D. Chiquinha Maia
pô-la de mini-saia.
Ao Dr. Roberto Uva
virou-lhe o guarda-chuva.
Aos meninos de escola
deitou ao chão a sacola.
Às árvores, coitadinhas
arrancou-lhes as folhinhas.
Sr.Vento, na verdade
por que é tanta maldade? Ao moleiro tão velhinho
– Como posso estar contente, fez-lhe rodar o moinho!
se me dói um dente! Com muito, muito cuidado
Mas ao sol-posto pôs uma mão de sementes
A dor passou! num jardim abandonado!
O Sr.Vento melhorou, À D. Nuvem carrancuda
e ficou mais bem disposto. levou-a de braço dado
para chorar noutro lado!
Aos barcos no alto mar
empurrou com tal jeitinho
como a um bebé no bercinho!
Ao varredor lá da rua
que sofre do coração
juntou todos os papéis
que sujavam o chão!
E para se desculpar, Sr.Vento
disse assim:
– Na verdade, dor de dente
põe a gente bem ruim!
Adélia Grande, Vou-te Contar, Edições ASA, 1989
108
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa o esquema de acordo com o texto. 1 Sublinha o grupo rr nas


palavras da frase.
o
os
moinho do O vento arranca as folhas das
papéis chão? árvores e empurra os barcos
moleiro.
no mar.
O
vento
2 Completa com rr.
a uma
nuvem de mão de sementes
braço dado. no jardim.

2 Assinala outro título que convém ao texto.

A dor de dentes As folhas da árvores


va edor ca ancuda
Os trabalhos do vento
3 Escreve outras palavras que
rimam no texto.

A Frase e o Texto zangado


1 Completa as frases escritas com a pontuação adequada passado
ao texto.

O senhor vento vem zangado

Dói-me muito um dente


4 Descobre outras rimas para as
O senhor vento ficou bem disposto palavras do texto.

2 Liga o que se relaciona e completa. papéis

ponto final • • termina a frase


exclamativa. sementes

ponto de interrogação • • termina uma frase


informativa. sol-posto

ponto de exclamação • • termina a frase


interrogativa.
bebé

3 Escreve um texto sobre o vento e a utiliza-


ção que se faz da sua força.

109
Abril

Os sons da vida
Tlim, tlão, tlim, tlão, faz o sino
na sua fresca canção,
como um riso de menino
se tem sol no coração.
Tic, tac, tic, tac,
diz o relógio a cantar.
Tic, tac, dança o tempo,
velho compasso a marcar.

Ping, ping, faz a chuva,


nas flores, nas folhas, na terra.
E faz gordinhas as uvas
mais as nascentes da serra.

Chap, chap, chapinhando,


cantam passos no caminho.
Piu, piu, piu, piu, faz, chamando
pela mãe o passarinho.

Clip, clip, a voz da fonte


a cantar como quem chama.
Fresquinha do ar do monte,
a rir no sol e na lama.

Zum, zum, zum, o avião,


a cruzar o firmamento.
Uh, uh, uh, uh, a canção
que canta a passar o vento.

Tic, tac, ping, ping,


zum, zum, zum, zum, cada dia.
– A vida a girar constante
suas rodas de alegria.
Maria Alzira Machado, Natalinho

110
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. nh , lh , ch

O sino a tocar parece um


1 Escreve palavras do texto com
O relógio canta os dígrafos seguintes:
A chuva faz
ch
Os passos
O passarinho
nh
A voz da fonte
O avião
lh
O vento

2 Escreve, de acordo com o texto,


o nome de quem faz os sons.
A Frase e o Texto
tlim, tlão – sino
1 Sublinha nas frases os verbos regulares e escreve o infi-
nitivo. tic, tac –

O relógio canta tic-tac. ping, ping –

O tempo dança a compasso. chap, chap –

O avião cruza o céu. piu, piu –

clip, clip –
2 Sublinha os determinantes demonstrativos nas frases.
zum, zum –
Esse relógio marca o tempo mas aquele está parado.
uh, uh –
Vejo esta nascente de água a correr por este monte
abaixo. 3 Liga correctamente as vozes
dos animais.
3 Substitui as palavras destacadas pelo pronome pessoal
correspondente. o burro • • urrar

A chuva molha as flores. o leão • • balir

o borrego • • zurrar
O passarinho chama pela mãe.
a cabra • • berrar

4 Escreve um texto sobre os sons que neste momento


podes ouvir à tua volta. Presta atenção e verás como
são variados.
111
Abril

O Dia 25 de Abril
O Dia da Liberdade
É um dia de alegria.
Deita-se abaixo a Ditadura
E levanta-se a Democracia.

«Grândola,Vila Morena»
É o nome da canção
Que foi a senha na rádio
Para iniciar a Revolução.

Depois de tão longa noite


Vai romper a madrugada.
E o cravo vai florir
No cano da espingarda.

Toda a gente sai à rua


Para ver e festejar
As nossas Forças Armadas
Que a Pátria vão libertar.

O Povo de Portugal
Grita por toda a cidade
– Viva o 25 de Abril!
– Viva a Paz e a Liberdade!
Luana Lima, 10 anos
Escola de S. Caetano n.° 3, Gondomar

112
Ler e Compreender As Palavras

1 Relaciona de acordo com o texto. ça , ci

Dia 25 de Abril • • Canção da revolução


1 Copia do texto as palavras com
Grândola, Vila Morena • • Ditadura os grupos seguintes:

Madrugada • • Dia da Liberdade ça

Longa noite • • Democracia


ci
2 Copia a quadra de que mais gostas e faz um desenho
sobre ela.
2 Separa as sílabas das palavras
do texto, como no exemplo.

Polissílabos

Democracia DE MO CRA CI A

Liberdade

Espingarda

Revolução

3 Separa as palavras por famílias.

diariamente diário
noitinha dia
adiado anoitecer
A Frase e o Texto nocturno noitada

1 Completa com os tempos verbais para formar frases.

lutará, luta, lutou

Ontem o povo pela liberdade.


Hoje o povo pela liberdade.
Amanhã o povo pela liberdade.

2 Escreve um texto sobre as comemorações do Dia 25 de


Abril na tua terra e envia-o para o jornal da escola.

AVL4-08
113
Maio

Dia da Mãe
Dorme depressa, meu bem
No teu bercinho tão lindo
Que as rosinhas também
No jardim estão dormindo.

As estrelinhas do céu
No mar se vão reflectir.
E a Lua, que já nasceu
Seu caminho vai seguir...
... E eu
Te quero ver dormir.

Dormem as ervas do monte


E as pedras do caminho...
Dormem as águas da fonte
E as velas do moinho...

O Sol já se foi deitar


Os passarinhos também...
... Está tudo a descansar
E já não brinca ninguém.
... Nanar,
Nanar, tu vais, meu bem.
Tradicional

114
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. acento

O menino dorme no .
1 Copia do texto palavras com
dormem no jardim. acento agudo e escreve-as
por ordem alfabética.
vão reflectir-se no mar.
A Lua vai seguir .
As ervas do monte .
2 Explica por outras palavras e
do caminho. ilustra.

Dormem as águas e
do moinho.

2 Dá outro título ao texto.

A Lua já nasceu e vai seguir o


A Frase e o Texto
seu caminho.
1 Sublinha a palavra igual, mas com significados diferentes,
em cada frase.

A mãe vela o filho enquanto ele dorme.

A vela do moinho é impelida pelo vento.

2 Escreve uma frase em que a mesma palavra tenha outro


significado diferente destes.

3 Completa com o grau dos nomes. As estrelinhas do céu vão


reflectir-se no mar.
Normal Diminutivo

berço
estrelinha
rosa 3 Escreve as palavras que rimam
pássaro no último grupo de versos.

deitar
4 Procura conhecer outra canção de embalar
tradicional. Escreve um texto.

115
Maio

Os gigantes e os anões

Era uma vez uma família de gigantes que vivia num castelo, na
montanha. Tinham uma filha de seis anos, da altura de uma
grande árvore. Era curiosa e andava com vontade de descer à pla-
nície a ver o que faziam lá em baixo os homens, que, de cima do
monte, lhe pareciam anões.
Um belo dia, em que o seu pai tinha ido à caça e sua mãe
estava dormindo, a jovem giganta desatou a correr para um
campo onde os homens trabalhavam. Parou surpreendida, a ver a
charrua e os lavradores, coisas inteiramente novas para ela.
– Oh, que lindos brinquedos! – exclamou ela.
Abaixou-se e estendeu por terra o avental, que quase cobriu o
campo. Lançou-lhe dentro os homens, os cavalos, a charrua. Em
duas passadas tornou a subir a montanha e entrou no castelo,
onde o seu pai estava a jantar.
– O que trazes aí, minha filha? – perguntou ele.
– Olhe! – disse ela ao abrir o avental. – Que lindos brinquedos!
São os mais bonitos que tenho visto.
A gigantinha pôs-se a bater as palmas e a rir com alegria doida,
mas o gigante fez-se sério e franziu a testa.
– Fizeste mal! – disse-lhe ele. – Isso não são brinquedos, mas
coisas e pessoas que devem estimar-se e respeitar-se. Mete tudo
com cuidado no teu avental e põe-no imediatamente onde o
achaste. Fica sabendo que os gigantes da montanha morreriam
de fome se os anões da planície deixassem de lavrar a terra e de
semear o trigo.
Guerra Junqueiro, Contos para a Infância, Colares Editora, 1999
116
Ler e Compreender As Palavras

1 Ordena os acontecimentos do texto. sílaba tónica

A menina era curiosa e desceu da montanha para ir


1 Sublinha a sílaba tónica nas
buscar os lavradores.
palavras do texto e completa.
Levou as pessoas e os animais para o castelo, dentro
do avental. família avental
árvore anões
Havia um casal de gigantes que tinha uma filha de
planície descer
seis anos.
O gigante mandou-a repor tudo no lugar porque os esdrúxulas

homens merecem respeito.


caça
Mostrou com muita alegria os brinquedos ao pai
campo
gigante.
brinquedos
2 Escreve as expressões do texto que nos dão estas
informações:

a giganta era curiosa 2 Escreve outras palavras do


texto com o mesmo número de
sílabas.

o seu avental era grande

a giganta estava muito contente


castelo trigo

A Frase e o Texto

1 Sublinha a frase que tem o verbo no futuro do indicativo.

A mãe giganta estava a dormir.


3 Risca as palavras que não
O pai gigante tinha ido à caça.
pertencem à mesma família.
A gigantinha seguirá os conselhos do pai.
Ela trouxe tudo para o castelo. campo filha
camponês afilhado
2 Sublinha e escreve o infinitivo dos verbos irregulares.
campino afinal
Era uma vez uma família de gigantes.
companhia filiação
Tinha uma filha de seis anos.
acampar filhinho
Na planície havia um campo.

3 Escreve uma história inventada por ti em que entre um


gigante e um anão.
117
Maio

Os pássaros de fogo
Completa os espaços em branco no texto.

Mas eis que numa quente manhã de Agosto, vistosos pássaros de


bico verde e penas cor de fogo apareceram na Pedrinha do Sol.
bandos
Voando em compactos formavam estranhas nuvens de ambos
labaredas, salpicadas de verde.
Ao vê-los em grande quantidade, os camponeses amedronta-
ram-se. E os mais velhos disseram:
– Estes pássaros vão comer os poucos grãos que restam nas
searas! E os sábios nunca mais aparecem...
fico
bico
Silenciosos, os pássaros de verde deram voltas e revira-
voltas no céu. Depois desceram devagarinho sobre as searas. Mal
lados
poisaram no chão puseram-se a saltitar por todos os . Bica- modos
vam sobre a terra com bastante agilidade e depois levantaram vôo.
Vieram outros bandos, e outros bandos, e outros bandos.
noites
notas Sete dias e sete os pássaros de bico verde e penas cor
de fogo povoaram as searas da Pedrinha do Sol. E os camponeses
ficaram espantados e felizes. É que os bichos parecidos com
lagartixas, com orelhas como as das ratazanas dos moinhos e
azuis como a flor do linho, também desapareceram.
ceias
As vingaram e, em paz, amadureceram.
searas
Contentes, os camponeses iniciaram a ceifa.
António Mota, O Velho e os Pássaros, Gailivro, 2000
118
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa com V (verdadeiro), F (falso) ou T (talvez) de 1 Completa as palavras do texto


acordo com o texto. com s e lê-as.

Os pássaros de fogo eram brancos. visto os campone es

Estas aves tinham as patas negras. silencio os poi aram

Os pássaros comeram os grãos. pu eram-se de apareceram

Os camponeses tiveram medo. 2 Escreve por ordem alfabética as


palavras do exercício anterior.
As searas ficavam ao pé do rio.

2 Explica por outras palavras as expressões do texto.

nuvens de labaredas
3 Relaciona os nomes no grau
normal e aumentativo.

deram reviravoltas rato • • narigão


voz • • ratazana
nariz • • barcaça
barca • • vozeirão
A Frase e o Texto

1 4 Desenha de acordo com as


Escreve a frase «Os pássaros vieram numa quente manhã
de Agosto.», substituindo o adjectivo por: ilustrações.

um sinónimo

um antónimo

pedra pedrinha

2 Volta a escrever a frase, ampliando-a de acordo com o


texto.

Os camponeses iniciaram a ceifa.


Quando?
pedregulho

Como?

3 Inventa uma história em que um pássaro te convida a


viajar com ele. Conta as vossas conversas e aventuras.
119
Maio

O pastor e o lobo

Havia um pastor ainda novo que todos os dias levava o seu


rebanho a pastar. Andava com as suas ovelhas pela serra que
ficava perto da povoação.
Ouvia muitas vezes contar aos mais velhos histórias de lobos
que assaltavam os rebanhos e causavam grandes prejuízos.
Um dia, para se divertir, do que havia de se lembrar? Começou
a gritar muito alto:
– Olha o lobo! Acudam que é lobo!
Os aldeões que trabalhavam nos campos próximos correram
para a serra a defender o pastor e as ovelhas. Mas quando lá che-
garam ficaram admirados. O pastorzinho ria a bom rir, enquanto
o rebanho pastava tenros arbustos, sossegadamente.
Passado algum tempo o rapaz resolveu pregar outra vez a
mesma partida. Gritou, gritou que o lobo atacava o rebanho. E lá
vieram outra vez as pessoas da povoação, acudir às ovelhas. Mas
desta vez vieram em menor número e os mais velhos criticavam
e condenaram o procedimento do pastor mentiroso.
Até que um dia os lobos atacaram mesmo o rebanho e mata-
ram bastantes ovelhas e cordeiros. O pastor bem gritava por
socorro mas ninguém acudiu.
Coitado do mentiroso
Mente uma vez, mente sempre.
Ainda que fale a verdade
Os outros dizem que mente.
Tradicional
120
Ler e Compreender As Palavras

1 Ordena no tempo os acontecimentos do texto. ss , rr

Um dia gritou como se o lobo atacasse o rebanho.


1 Circunda os grupos indicados
As pessoas da aldeia foram acudir. nas palavras do texto.

O pastor levava as ovelhas a pastar. ss


Certa vez em que os lobos assaltaram as ovelhas
assaltavam sossegadamente
ninguém acudiu.
pessoas
O rapaz fez a mesma partida pela segunda vez.
rr

2 Escreve a frase do texto que indica que as pessoas não serra correram socorro
gostaram das mentiras do pastor.

2 Completa com rr ou r.

A Frase e o Texto

1 Completa as frases com os determinantes que estão de


acordo com o texto. erva ten a se a alta

teu suas nossos seus

Os lavradores trabalhavam nos campos.

esses os outros aquela estas


guel as do pal a
O pastor foi castigado por mentira.
peixe

2 Ordena as palavras para formares frases correctas e acei- 3 Assinala a lista em que todas as
táveis quanto ao sentido.
palavras são nomes colectivos.

rebanho o lobo o atacou

rebanho tripulação
alcateia caravana
na serra ovelhas as pastaram
pastor exército
cáfila multidão

3 Escreve uma notícia para o jornal da tua


terra contando o ataque ao rebanho.
121
Maio

Plantar uma floresta


Quem planta uma floresta
planta uma festa.

Planta a música e os ninhos


faz saltar os coelhinhos.

Planta o verde vertical,


verte o verde
vário verde vegetal.

Planta o perfume
das seivas e flores,
solta borboletas de todas as cores.

Planta abelhas, planta pinhões


e os piqueniques das excursões.

Planta a cama e mais a mesa.


Planta o calor da lareira acesa.
Planta a folha de papel,
a girafa do carrossel.

Planta barcos para navegar,


e a floresta flutua no mar.
Planta carroças para rodar,
muito a floresta vai transportar.
Planta bancos na avenida,
descansa a floresta desta corrida.

Planta um pião
na mão de uma criança
e a floresta ri, rodopia e avança.
Luísa Ducla Soares,
A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca, Teorema, 1998
122
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa a informação sobre o texto. pl , fl…


Título
1 Copia do texto as palavras com
Autora os grupos pl e fl.
Obra

2 Assinala a frase com o sentido correcto. 2 Completa com o grupo pl, bl,
cl, dl ou fl.
Quem planta uma floresta ...
... planta os ninhos.

Os pássaros fazem os ninhos nas árvores.

Os ninhos nascem nas árvores.


... planta abelhas.
átano im ão
As árvores abrigam as abelhas.

As abelhas alimentam-se nas flores das árvores.

3 Escolhe o melhor título para o texto.

A floresta é verde enci opédia ta ado

A floresta é uma riqueza

O perfume da floresta

oco camu ado


A Frase e o Texto
3 Separa as sílabas como se
1 Assinala o conjunto de palavras que contém um nome mudasses de linha.
comum feminino singular e um nome comum masculino
singular. floresta flo – res – ta

bancos avenida barco árvore


coelhinhos
calor crianças mar
borboletas
crianças pião perfume
carroças
2 Com os teus companheiros, realiza um
cartaz com imagens e texto sobre as
riquezas da floresta.
123
Maio

A pesca da sardinha

Manhã...
No horizonte cada vez mais azul, começo a distinguir centenas
de velas de barcos que, há mais de um mês, largam todas as noi-
tes para a pesca da sardinha.

Meio-dia. O sol aperta.


Uns atrás dos outros, os barcos regressam para despejar o
peixe miúdo.

Duas, três horas...


Aparecem homens magros e queimados, e mulheres descalças
com a saia pela cabeça para comprarem os montes de sardinha
espalhados no areal.

São seis horas...


Ouve-se o chapinhar das redes que se lavam e os gritos das gai-
votas assustadas...
As varinas carregam à pressa as últimas canastras.
Já um raio trémulo de luar vem reluzir na água, e depois nos
peixes por vender...
Raul Brandão, Os Pescadores, Círculo de Leitores, 1998
124
Ler e Compreender As Palavras

1 Resume os momentos do texto. h


De manhã
1 Completa as palavras do texto
com h.

omem c apinhar
Ao meio-dia
orizonte sardin a

á espal ados
Às duas, três horas
2 Sublinha as palavras da família
de luz.
Às seis horas
luzeiro luzente
luzir lustro
lusitano luzimento
reluzir luzidio

A Frase e o Texto 3 Escreve por ordem as letras de


cada palavra e desenha.
1 Sublinha os numerais cardinais do texto.

centenas de barcos um mês

duas, três horas seis horas

2 Escreve as frases substituindo a expressão sublinhada ocrab exiep


pelo pronome pessoal.

Ele Ela Eles

Os homens aparecem a comprar a sardinha.

eder atoviag
Nós Elas Vós

As gaivotas assustadas gritam. 4 Escreve frases com essas palavras


de acordo com o texto.

3 Descreve uma paisagem à beira-mar e o trabalho das


pessoas – pesca, apanha do sargaço, venda ambulante
nas praias...

125
Maio

As pedras preciosas
Eu e as minhas irmãs pedras preciosas
não estávamos satisfeitas com o destino
que nos davam e decidimos agir para sair
daquela triste situação.
Como não tínhamos boca, enviávamos
mensagens através de raios coloridos e
brilhantes, sempre que o cofre se abria.
– Irmãs, isto de nos fecharem num cofre
escuro é muito triste. Como poderemos
mostrar a nossa beleza se nos afastam dos
olhos das pessoas? – dizia o diamante.
– Dizes bem, irmão, dizes bem! Então
nós que nascemos no fundo da terra, aspi-
ramos à luz, voltamos ao tempo antigo? – falou a esmeralda, pis-
cando os seus raios de luz verde-erva.
– Estou farta de ser habitada pelos fantasmas das sombras.
Como era bom sentirmos o bafo quente dos olhos das pessoas!
– exclamou em turbilhão a água-marinha que ainda trazia dentro
de si força do mar.
– Irmãos esplendorosos, proponho que apaguemos o nosso
brilho! – disse o rubi, corado de indignação.
– Apoiado! – respondeu o primo ónix que era negro como a
noite cerrada.
E todas as pedras preciosas se tornaram mortiças.
Quando o joalheiro as ia buscar para as mostrar à clientela, as
pedras preciosas estavam baças.
Os clientes, pensando tratar-se de pedras de imitação, nada
compravam.
O joalheiro, com medo de ir à falência, outro remédio não teve
senão expô-las à luz para chamar a atenção dos compradores.
Então, deu-se um fenómeno estranho. Da montra da joalharia,
irradiava uma luz tão viva e tão bela que a cidade grande foi inva-
dida por um brilho esplendoroso. Era a alegria das pedras precio-
sas por serem de novo habitadas pelos olhos das pessoas que as
desejavam para as colocarem nos dedos, ao pescoço, nos braços
e nas orelhas.
José Vaz, A Máquina de Fazer Palavras, Porto Editora, 1991
126
Ler e Compreender As Palavras

1 Assinala correctamente. am , em…


Este texto é: Está escrito:
1 Da última frase do texto, copia
uma notícia. em prosa.
as palavras terminadas em am
um teatro. em verso. e em.

uma história. em banda desenhada.

2 Liga o que se relaciona de acordo com o texto. 2 Completa as palavras do texto


com os grupos seguintes:
O joalheiro • • irradiava luz.
am em
As pedras • • não estavam felizes.
afast b
Os clientes • • não compravam as jóias.
om
A montra • • fechou as pedras no cofre.
b c pradores
A Frase e o Texto
3 Completa com til as palavras do
1 Sublinha os verbos auxiliares e completa. texto.

As pedras estavam decididas a sair da situação. – estar irmas situaçao irmao

Elas haviam saído do fundo da Terra. – turbilhao senao tao


Os clientes tinham deixado de comprar as jóias. –
4 Descobre em cada lista a
2 palavra intrusa e risca-a.
Assinala o sinónimo da palavra sublinhada em cada frase.
As pedras resolveram agir. diamante joalheiro

sair actuar falar esmeralda médico

mar carpinteiro
A água marinha falou em turbilhão.
rubi padeiro
agitação vento que redemoinha escuridão
água-marinha cliente
3 Ordena as palavras para escreveres frases.

jóias as gostam das pessoas

noite a como o ónix negro era

4 Conta a história de uma pedra preciosa desde que saiu


da mina até ser aplicada numa jóia.
127
Maio

A feira

O Tónio foi à feira de Sta. Eufémia. Nunca tinha visto tanta


gente junta, nem tanta melancia, nem apanhado tanto encontrão!
A maior parte das vezes andava aflito no meio das pessoas, todas
muito altas.Apertava bem a mão da mãe, com medo de ficar sozi-
nho entre tanta gente. Mas havia coisas tão bonitas que se esque-
ceu do medo. Coisas que as lojas da cidade não tinham. Na feira
tudo estava espalhado, bem à vista de quem passava. Panelas pre-
tas com pés, sim... – lá ficava o Tónio pasmado. Todas no chão
arrumadinhas em cima de um cobertor. A mãe levou panelas
com pés e bem pretinhas! E mais coisas pretas, pucarinhos, assa-
deiras, sei lá.Adiante, copos de vidro e jarras que nunca mais aca-
bavam. As pessoas pegavam em tudo, perguntavam o preço, tor-
navam a pôr nos seus lugares, os copos faziam um barulho
bonito, o Tónio estava mesmo a ver quando algum se partia, mas
nada se quebrava.
– Anda, menino, caminha, dizia a mãe. (Mas estas coisas, quem
gosta delas senão os meninos pequeninos?) Um homem vendia
pentes, outro canivetes, pequenos e grandes. Lá pára o Tónio:
– Ó mãe, compra uma faca... – Não, compro-te outra coisa.
Maria Cecília Correia, Histórias da Minha Casa, Horizonte, 1989
128
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. r , rr


Personagens
1 Sublinha as palavras nas frases
seguintes, como é indicado.

Nome da feira
rr – som forte entre vogais

Coisas que se vendiam As panelas estavam arrumadi-


nhas.

2 Assinala a expressão que indica o que o Tónio pedia à r – som fraco entre vogais
mãe.
Na feira havia pucarinhos e
uma fatia de melancia assadeiras.
uma faca
2 Completa com as palavras do
um copo de vidro texto.

3 Dá outro título ao texto. Agudas encontrarão

Graves

Esdrúxulas
A Frase e o Texto

1 Assinala a frase que tem o mesmo sentido da frase 3 Copia as palavras e desenha o
seguinte: que falta.

Nunca tinha visto tanta gente junta.

Nunca tinha visto pessoas tão altas.

Nunca tinha visto tão grande multidão.


púcaro pequeno canivete pequeno
Nunca tinha visto tanta gente a comprar.

2 Assinala o conjunto de palavras que contém um nome


próprio e um nome comum masculino plural.

Toino lojas melancia

feira Eufémia copos


jarra pequena
3 Já tens visitado feiras e mercados?
panelinha
Descreve o que mais te agradou.

AVL4-09
129
Junho

Canção de roda
Olha a borboleta que se atira ao ar
É a menina Ana que se vai casar.

Que se vai casar, vestidinha à Conceição


A menina Rosa vai-lhe dar a mão.

Vai-lhe dar a mão, vai ser sua dama


A menina Rita vai fazer-lhe a cama.

Vai fazer-lhe a cama, faça-a bem feitinha


A menina Alice vai ser a madrinha.

Vai ser a madrinha que leva o raminho


O menino Zé vai ser o padrinho.

Vai ser o padrinho que leva a bandeira


A menina Beatriz vai ser a cozinheira.

Vai ser a cozinheira, faça o bom jantar.


Ora viva os noivos que se vão casar!
Tradicional

130
Ler e Compreender As Palavras

1 Relaciona de acordo com o texto. nh , lh


A Ana • • vai ser o padrinho.
1 Completa as palavras do texto
A Rosa • • é a noiva. com nh e lh.
A Rita • • vai ser a dama. vestidi a vai- e
A Alice • • vai fazer a cama. fazer- e feiti a
O Zé • • vai ser a cozinheira.
madri a rami o
A Beatriz • • vai ser a madrinha.
padri o cozi eira

2 Procura saber a música desta dança de roda tradicional e


2 Escreve as palavras que rimam
brinca com os teus companheiros.
no texto e inventa outras.

ar Conceição
casar
A Frase e o Texto

1 Escreve verbos do texto com as três conjugações seguintes:


dama padrinho
ar er ir

olhar

3 Assinala a lista de palavras que


estão por ordem alfabética.
2 Inventa frases de acordo com o exemplo.
mão ar menina
Presente – atirar – Eu atiro a bola.
Pretérito perfeito – vestir – bandeira Beatriz bom

Pretérito imperfeito – ser –


jantar Alice noivos
Futuro – fazer –

3 Completa o quadro do género dos nomes.

menino cavalheiro noivo

madrinha cozinheira

4 Escreve e ilustra um texto tradicional para o livro de


Canções Populares da turma.
131
Junho

Luís de Camões

Luís de Camões, autor de «Os Lusíadas», foi um grande poeta.


Mas não foi só um grande poeta Luís de Camões. Foi também
grande patriota e valente soldado. Amou a Pátria com dedicação
sem limites, cantando-a e celebrando-a nos seus poemas, sobre-
tudo n’«Os Lusíadas», cultivando a sua língua com amorosa ter-
nura e batendo-se corajosamente por ela contra os mouros, na
África e na Ásia.
Na África, defendeu várias vezes Ceuta das arremetidas do ini-
migo, perdendo um dos olhos em combate. Na Ásia, pertenceu a
várias expedições para afugentar os navios dos corsários que
vinham impedir a navegação das nossas caravelas.
Para ele, a Pátria estava a cima de tudo – e não fez outra coisa a
sua vida inteira, senão louvar as virtudes do seu povo e dos seus
heróis ou lutar para a fazer respeitada e admirada de todos.
E todos os anos, no dia 10 de Junho, data da morte do poeta, o
seu nome, a sua obra e a sua vida são celebrados nas escolas, e
lembrados por todos os Portugueses.
João de Barros, Os Lusíadas Contados às Crianças, Editora Sá da Costa, 2001

corsário – navio pirata, pirata.


132
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. nh , lh
Quem escreveu Os Lusíadas?
1 Sublinha nas palavras do texto
o s com valor de z.

De que povo fala essa grande obra do poeta? Lusíadas amoroso


corajosamente portugueses

2 Escreve as palavras que faltam.


Camões também prestigiou o seu país com as armas?

Onde combateu por Portugal?

ausente
Qual é a data que a Pátria dedica a Luís de Camões?

brasa
A Frase e o Texto

1 Assinala a classe a que pertence a palavra destacada.

Camões foi também um valente soldado.

nomes adjectivos verbos


poesia

2 Completa de acordo com o exemplo.

Nós admiramos o poeta Luís de Camões.

Tu admiras

Eles admiram brasão


Vós
3 Escreve palavras da família de:
Eu
pátria

3 Procura na biblioteca da tua escola livros


que falam da vida e obra de Camões e povo
participa num texto colectivo sobre o tema.
133
Junho

Oração popular a Santo António


Beato António
Quando pregar quiseste
Abençoado Deus houveste
Em Lisboa foste nado
Em Roma tu foste coroado.
Pelos livros que rezaste
Pelos cordões que cingiste
Pelos sermões que pregaste
Pelos caminhos que andaste
Jesus Cristo encontraste.
Ele te perguntou:
– António, onde vais?
– Senhor, eu convosco irei.
– Tu comigo não irás
Tu na Terra ficarás.
Quantas missas se disserem
Todas tu ajudarás.
Todo o fato perdido
Todo tu acharás.
Quem esta oração disser
Um ano, dia a dia
Alcançará tantas indulgências
Quantas areias tem o mar
O prado de ervas
E o campo de flores.
Tradicional

fato – objecto de uso pessoal.

134
Ler e Compreender As Palavras

1 Risca o que está errado de acordo com o texto. …aste , …as-te


Santo António nasceu em Lisboa
1 Completa com a palavra certa.
Este Santo leu muitos livros.
Ele fez muitos sermões. andaste andas-te

Um dia encontrou Jesus Cristo. # #


sílaba tónica sílaba átona
O Santo não queria ir com Ele.
Tu pela beira-mar.
2 Liga o que se relaciona no texto popular. a cansar muito.
caminho • • achar
encontraste encontras-te
missa • • dizer
objecto • • andar Tu longe de casa.
Hoje o teu amigo?
oração • • ajudar

educaste educas-te
A Frase e o Texto
Menino, bem o teu
1 Completa a lista de cada classe com palavras do texto. cãozinho.
Se quiseres tu a ti
Nomes Verbos
próprio.
Deus abençoar
2 Copia do texto outras palavras
com o mesmo número de sílabas.

1 – tu
2 – Roma
2 Assinala correctamente o tempo dos verbos do texto.
3 – comigo
Pretérito 4 – encontraste
Presente Futuro
perfeito
Tem X 3 Escreve os nomes do texto por
ordem alfabética.
Perguntou
livros
Irás
cordões
Vais mar
prado
Foste
areia
flores
3 Escreve um texto sobre as festas dos Santos
Populares na tua região. Troca correspon-
dência com outras escolas sobre o tema.
135
Junho

Carta para o Lobo-Marinho

Três toques de campainha e pouco depois a Sara beijava a


avó e sentava-se.
Puxou uma folha de papel, puxou a caneta.
– E agora, avó?
– É melhor escreveres a data – aconselhou D. Mariana.
A menina apurou a caligrafia e mirou a linha de letras azuis
em papel rosa.
– E depois?
– Podes começar por escrever: «Meu amor», «Meu querido»,
«Meu muito querido»...
A Sara concentrou-se e escreveu, bem ao alto da página:
Meu querido Lobo-Marinho
O olhar da avó seguia o traçar das letras, o cuidado posto nas
curvas, nas pintas dos ii, no corte dos tt... A Sara escrevia agora
sem hesitações.
Espero que te encontres de boa saúde.Tenho pensado muito
em ti. Ando preocupada com as notícias que me chegam. Sei
que és neto do antigo namorado da minha avó e gostava muito
de te conhecer. Sei que os teus olhos são castanhos. Os meus
também. Achas que podes gostar de mim? Eu estou apaixonada
por ti, mesmo antes de te ver. Escrevo esta carta para dizer que
gosto muito de ti. A minha avó deu-me o teu retrato para eu
pôr no quarto. Esta é a primeira carta de amor que eu escrevo.
Não sei se está bem mas gosto muito de ti.
Um beijo da Sara.
Com flores e passarinhos à volta do nome, a Sara dava a carta por terminada.

Natércia Rocha, Um Segredo Dois Segredos, Verbo, 1993


136
Ler e Compreender As Palavras

1 Responde. concelho , conselho


Quem são as personagens principais do texto?
1 Completa as frases com as
palavras conselho e concelho.
A quem escrevia a Sara?
A avó deu um
à neta, ao escrever a carta.
Quem a ajudava a escrever a carta?
Elas moravam na sede do

O que é que a menina escreveu primeiro? .

2 Escreve a palavra certa.


E na última linha, o que escreveu com flores e passarinhos
à volta? sento, voz, vós, ceia, seia

A Frase e o Texto cento


1 Copia do texto as frases do tipo indicado.

Declarativo

Interrogativo

2 Liga correctamente.

. Ponto final • • faço uma pergunta.

: Dois pontos • • termino a frase exclamativa. 3 Escreve palavras relacionadas


com a correspondência.
? Ponto de interrogação • • estou antes da enunciação.
carta, selo
, Vírgula • • marco uma pequena pausa.

! Ponto de exclamação • • termino uma frase.

3 Escreve uma carta a um familiar ou amigo sobre um tema


à tua escolha. Põe no envelope o endereço, remetente e
o selo e envia-a pelo correio.
137
Junho

Os meninos e o ambiente

Durante muitos dias, muitos meses, Dario e


os amigos escreveram cartas para escolas,
Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia,
comissões de moradores, directores de fábri-
cas, empresas de camionagem e navios ancora-
dos nos portos, pedindo a todos que ajudassem
a corrigir o que estava errado, para que a vida
continuasse na Terra.
Com cores garridas pintaram tabuletas, carta-
zes e faixas de tecido com frases contra a
poluição produzida:
Pelos fumos
Pelos ruídos
Pela luz
Pelo movimento
Pela abundância de anúncios, que martelavam
constantemente os olhos das pessoas...
Fizeram pequenos artigos para os jornais da
região, sugerindo que se construíssem as fábri-
cas no meio de campos verdes, longe das
populações.
Em nome do rio grande, lançaram, dentro de
garrafas, mensagens assim:
Amigo, não sujes as minhas águas.
Também quero viver.
Ou assim:
Conserva sempre as minhas águas limpas,
Se és tão meu amigo como eu sou teu.
Maria Natália Miranda, Dario Sol nos Olhos, Pés no Rio, Horizonte, 1990
138
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. ância , ência

escreveram pintaram
1 Sublinha as palavras da frase
terminadas em ância e ência.

Havia anúncios com dema-


Dario e os
amigos siada abundância.
Os alunos enviaram muita
fizeram artigos lançaram
correspondência.

2 Completa com as terminações.

Os meninos escreveram cartas para: ância ência

eleg ci

import urg

dist aus

subst paci
A Frase e o Texto
3 Liga correctamente.
1 Completa de acordo com a palavra destacada – nome ou
adjectivo. câmaras • • palavra com
acento grave
As crianças escreveram pequenos artigos.
fábricas • • palavra com til

à • • palavra com
Os pequenos lutaram contra a poluição. acento agudo

populações • • palavra com


acento circunflexo
Os alunos eram muito amigos.

Os amigos entendem-se bem.

2 Escreve uma mensagem sobre as tuas preo-


cupações com a poluição para o jornal da
tua escola.
139
Junho

A nossa terra faz parte de nós.


O Grande Chefe de Washington comunicou-
-nos o seu desejo de adquirir as nossas terras.
Mas pode-se adquirir ou vender o céu, o calor
da terra?
Estranha ideia para nós!
Se não somos os proprietários da frescura do
ar, nem do ref lexo das águas, como podeis
adquiri-los de nós?
O mais pequeno recanto desta terra é sagrado para o meu
povo. Cada agulha refulgente de pinheiro, cada areal, cada manto
de bruma do negro bosque, cada clareira, o zumbido dos insec-
tos, tudo isto é sagrado para a memória e para a vida do meu
povo. A seiva que corre nas árvores transporta consigo a recor-
dação dos homens de pele vermelha.
Os mortos dos homens brancos quando passeiam entre as
estrelas esquecem a terra onde nasceram. Os nossos mortos
jamais esquecem a beleza desta terra, porque ela é a mãe do
homem de pele vermelha; fazemos parte destas terras, como elas
fazem parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a
grande águia são nossos irmãos; as cristas das montanhas, as seivas
das pradarias, o corpo quente do pónei e o próprio homem per-
tencem à mesma família.
Assim, quando pede para adquirir as nossas terras, o Grande
Chefe de Washington exige muito de nós.
O Grande Chefe asseverou que nos reservara um pedaço desta
terra, onde poderemos viver comodamente, nós e os nossos
filhos, e que será para nós um pai e nós os seus filhos.
Vamos por isso considerar a oferta de adquirirem a nossa
terra, embora isso não seja fácil, visto ela ser para nós sagrada.
A água cintilante dos riachos e dos rios não é apenas água; é o
sangue dos nossos antepassados. Se vendermos a nossa terra,
deveis lembrar-vos de que ela é sagrada, e deveis ensiná-lo aos
vossos filhos, e fazer-lhes saber que cada reflexo da água crista-
lina dos lagos fala do passado e das recordações do meu povo.
Chefe Seattle, Discurso do Chefe Índio à Assembleia das Tribos, 1854

Washington – capital dos Estados Unidos da América.


140
Ler e Compreender As Palavras

1 Completa de acordo com o texto. aça , aço


O chefe índio Seattle falava à
1 Sublinha as palavras com aça
ou aço.

O índio vai à caça e arma o


Ele dizia que o Grande Chefe de Washington queria laço aos animais.
comprar as Mas o povo desta raça respeita
a Natureza.
Os índios cederam um pedaço
da sua terra aos homens
Mas o chefe índio achava impossível brancos.

2 Completa com aça ou aço.

fum vidr

A Frase e o Texto

1 Completa com os determinantes artigos. car abr

o calor folhas
água mata
rio flores
l esvo
2 Assinala o antónimo da palavra destacada.
3 Completa com palavras do
texto.
O bosque tem um manto negro de bruma.

escuro esdrúxulas graves

leve memória

branco
agudas
3 Debate com os teus companheiros as ideias
deste texto sobre o amor e o respeito pela
Natureza.
141
CARTA DOS DIREITOS HUMANOS
1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e 18. Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de cons-
direitos. ciência e de religião.
2. Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberda- 19. Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão.
des proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma. 20. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação
3. Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. pacíficas.
4. Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão. 21. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negó-
cios públicos do seu país.
5. Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos
cruéis, desumanos ou degradantes. 22. Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segu-
rança social.
6. Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os
lugares da sua personalidade jurídica. 23. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho,
a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção
7. Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual
contra o desemprego.
protecção da lei.
24. Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especial-
8. Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições mente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias
nacionais competentes contra os actos que violem os direitos. periódicas pagas.
9. Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. 25. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe asse-
10. Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua gurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto a
causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica.
independente 26. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gra-
11. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se ino- tuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fun-
cente até que a sua culpabilidade fique legalmente comprovada. damental.
12. Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na vida privada, na famí- 27. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cul-
lia, no domicílio ou na correspondência, nem ataques à honra e tural da comunidade.
reputação. 28. Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano
13. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os
residência no interior de um Estado. direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração.
14. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e 29. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não
de beneficiar de asilo em outros países. é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
15. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. 30. Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpre-
tada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento
16. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de
e de constituir família. praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades
17. Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade. aqui enunciados.

Sugestões de trabalho sobre os Direitos Humanos


Ao longo do ano lectivo, semanalmente, trabalhar cada um dos Direitos
em diferentes áreas curriculares e transversalmente.

Actividades:
• Pesquisa de documentos e reflexão sobre o tema.
• Produção de textos, desenho, pintura, recorte e colagem, dramatizações, etc.
• Apresentação semanal e mensal dos trabalhos realizados:
Entre turmas, à escola, entre escolas, à comunidade.
• Divulgação das actividades em jornal de parede, jornal escolar, jornais locais, etc.
• Intercâmbio entre escolas – correspondência, visitas de estudo.
142
MATERIAIS DIDÁCTICOS AUXILIARES
Língua Portuguesa – 4.° ano
Estes materiais auxiliares foram seleccionados pelos autores e consultores
pedagógicos da Porto Editora, tendo em vista facilitar a aprendizagem,
desenvolver e consolidar novos conhecimentos de Língua Portuguesa, no 4.° ano.

Gramática Prática – 4.° ano


Um novo conceito de Gramática, para uma aprendiza- Sabe Tudo
gem prática integrada! Fichas Multidisciplinares – 4.° ano
A apresentação dos conteúdos a partir de exemplos Rigorosamente estruturada e ilustrada, trata-se de
práticos do dia-a-dia, o recurso a textos de autores uma colecção de fichas, por trimestre, para consolida-
consagrados, a ilustração contextualizada e lúdica e o ção de conhecimentos, as quais permitem a avaliação
constante envolvimento do aluno nas actividades formativa. No fim dos 1.° e 2.° trimestres, incluiu-se
integradas permitem a aquisição de conhecimentos do uma ficha de avaliação sumativa. No fim do 3.° tri-
Funcionamento da Língua de uma forma atractiva e mestre incluiu-se uma ficha de avaliação sumativa
prática, por parte dos alunos. anual (modelo de prova de aferição).

Escrita em Dia – 4.° ano Via Verde


Esta colecção, atraente e profusamente ilustrada, Provas de Aferição – 4.° ano
inclui grande diversidade de exercícios, cujo objectivo As Provas de Aferição aqui incluídas, com actualização
é facilitar a aprendizagem da Língua Portuguesa, aju- recente, foram concebidas e estruturadas de acordo com
dando a consolidar e a aprofundar as noções de orto- as orientações para a aplicação e execução das Provas
grafia, e permitindo a autocorrecção. de Aferição Oficiais apresentadas em 2000 e 2001.
MATERIAIS DIDÁCTICOS AUXILIARES
Língua Portuguesa – 4.° ano
Foram também seleccionados produtos multimédia, que proporcionam
o contacto com as tecnologias da informação e da comunicação (TIC).

Eu Adoro as Palavras!
Com cerca de 4000 palavras essenciais e mais de 1000 animações, este CD-ROM
é constituído por seis jogos que permitem melhorar o desempenho nas áreas da
escrita e da leitura.
Com um programa inteligente, que possibilita ao aluno utilizador o contacto com as
palavras em que sente mais dificuldade, esta aplicação inclui ainda um Guia de
Exploração, que permite tirar o máximo partido deste programa.

Diciopédia 2002
4 CD-ROMs
Mais de 9000 imagens legendadas, fotografias obtidas por satélite, vídeos, ani-
mações, sete dicionários, mapas históricos, Atlas do Mundo, Arquivo Histórico,
Arquivo Científico e um Dossier de Novas Tecnologias fazem da Diciopédia 2002
um auxiliar educativo indispensável em qualquer sala de aula e a mais completa
ferramenta para ser utilizada em todas as áreas componentes do currículo.
Todos estes conteúdos estão também disponíveis num só DVD-ROM.

Triplex
Dicionários Multimédia de Português, Inglês e Francês
Para além de permitir uma pesquisa rápida de palavras, com reconhecimento do
número, do género e dos tempos verbais, apresenta de imediato as definições ou
traduções e contém animações e imagens que esclarecem o seu significado.
Sete jogos de traduções e de conjugações permitem ao aluno utilizador testar e
ampliar os conhecimentos adquiridos.

You might also like