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Definição de corda quer dizer: porção de fios de qualquer matéria filamentosa, traçadas

uns sobre os outros flexível e resistente. E assim temos: corda de harpa, de violão, de relógio,
de montanha, e mais uma grande variedade de outras cordas, dentre elas as de Significado
Maçônico. Dessa forma, a corda é um emblema utilizado na Maçonaria, tendo várias
interpretações.

Os nós, em especial os de significado Maçônico que, representa o símbolo esotérico do infinito,


indicando que a obra da renovação é duradoura e infinita, em número de SETE, representam as
Artes e Ciências Liberais. Em número de DOZE, figuram os Signos do Zodíaco e em número de
OITENTA E UM, simbolizam a União e a Fraternidade Maçônica no mundo.

A CORDA DE OITENTA E UM NÓS, é um símbolo maçônico que tem relação direta com a Orla
Dentada, o Pavimento de Mosaicos, a Cadeia de União e as Romãs. E cada um destes símbolos,
vem reforçar o significado de que todos os Maçons distribuídos pela superfície do globo formam
uma única Família de Irmãos, sendo, portanto o emblema simbólico da União e Fraternidade
Maçônicas. Ela percorre o friso interno da Loja, pelo Norte e pelo Sul. De distância em distância
existem os NÓS, que também são chamados de “Laços de Amor”. O NÓ que separa o meio da
Corda fica acima do Trono do Ven\M\, para então ficarem postados quarenta nós (40) pelo lado
direito e quarenta nós (40) pelo lado esquerdo, ou seja, pelo Norte e pelo Sul, tendo em suas
extremidades uma borla, que representam a Justiça (ou Eqüidade) e a Prudência (ou
Moderação). A distância entre os nós ou laços é de acordo com o tamanho da Loja.

Primitivamente, estas cordas com seus nós, eram desenhadas no pequeno paralelogramo,
traçado no chão, com giz ou carvão, de leve, que constituía então o Painel da Loja. No grau de
Aprendiz havia três laços. E nos graus de Companheiro e Mestre outra quantidade. Após a
sessão, isso tudo era apagado de modo a fugir aos olhos profanos e às perseguições.

O cordão simboliza a Fraternidade que une os maçons e é a representação permanente e


material da “Cadeia de União”. Os nós que aparecem no cordão de borlas de nossos Templos
são a Imagem da União Fraterna que liga entre si de modo indestrutível, todos os maçons do
globo, sem restrição de seitas ou condições. E o enlaçamento simboliza também o Segredo que
envolve os nossos mistérios.

A Origem

Existem 5 origens que consegui encontrar em minha pesquisa, referente ao motivos dos
81 nós. Visto que está ligada às Religiões, aos Cultos e a todas as Ciências, desde as mais
remotas civilizações.

1 origem (numerologia)
Muito se poderia dizer sobre o número UM, que é o número básico; o mesmo acontecendo com
o número DOIS que representa o número dos contrastes e da dúvida. A seguir, temos o número
TRÊS, que sem dúvida alguma é o número da Perfeição e a partir deste número vamos deter
nossa atenção.

A quantidade de NÓS na Corda é Oitenta e Um (81), que é o quadrado de NOVE (9X9=81) e que
por sua vez é o quadrado de TRÊS (3X3=9), número Perfeito, e de elevado valor místico, pois:

• TRÊS eram os filhos de Noé (Gênesis 6,10);


• TRÊS foram os varões que apareceram a Abraão (Gênesis 18,2);
• TRÊS foram os dias de jejum dos judeus desterrados (Esther 4,16);
• TRÊS foram as negações de Pedro (Matheus 26,75);
• TRÊS são os pontos que o maçom deve orgulhar-se de apor seu nome, pois representam ainda
três qualidades indispensáveis: Vontade – Amor ou Sabedoria – e Inteligência.

Ainda analisando a numerologia, já vimos que o NÓ central está situado acima do Trono do
Ven\M\, e quarenta NÓS estão no lado Norte e outros quarenta NÓS no lado Sul, e assim vemos
que Quarenta é o número simbólico da PENITÊNCIA e da EXPECTATIVA, visto que:

• O Dilúvio durou quarenta Dias;


• Também foram quarenta Dias que Moisés permaneceu no Sinai;
• Jesus Cristo jejuou durante quarenta Dias e também permaneceu na terra após a ressurreição,
durante quarenta dias;
• As nossas mães resguardaram-se após nos colocar no mundo, durante quarenta dias;
• Quarenta dias prescrevem os médicos depois de determinadas moléstias.

2º Origem (maçonaria Operativa)

Sua origem pode estar na Maçonaria Operativa, século XIII (e termina com a
fundação da Grande Loja de Londres, em 1717), onde os construtores se
utilizavam de cordas com nós para efetuarem marcações .Tradicionalmente, na
Maçonaria, os operativos empregavam cordas com nós amarrados a distâncias iguais, para
efetuar medições das distâncias no canteiro de obras e esquadrejar grandes ângulos. Isso lhes
permitia traçar os planos de construção das obras que realizavam por encomenda dos
poderosos e, principalmente, da Igreja Católica.

O método é utilizado até os dias atuais por mestres de obra, quando precisam achar o esquadro
da fundação de uma obra.
As catedrais antigas eram orientadas de modo que seus eixos ficassem no sentido Oriente-
Ocidente e os mestres de obras dominavam as regras da astronomia que lhes permitiam
determinar com exatidão a orientação deste eixo. Uma estaca era fincada no terreno, sobre este
eixo, no ponto indicado.

A partir daí, estacas eram fincadas a espaços regulares, conforme os pontos no desenho.

Considerando o Teorema de Pitágoras, onde o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos temos:

Hipotenusa = 5 segmentos ou 5×5=25

Cateto menor = 3 segmentos ou 3×3=9

Cateto maior = 4 segmentos ou 4×4=16

Considerando a fórmula de Pitágoras, o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado


dos catetos, temos:

25 = 9+16 e isso assegura que o ângulo tenha exatamente 90º.

Imaginemos que fossem construir uma grande catedral. Precisavam de algo mais que um metro
para medir as grandes distâncias, e se valiam de cordas com nós atados a distâncias regulares e
estacas, de acordo com a escala utilizada.

Com a transformação da Maçonaria Operativa em Especulativa, após o término do ciclo de


grandes obras e quando o trabalho já não mais era privativo das corporações de oficio, a corda
de nós adquiriu um sentido mais simbólico equiparando-se de certa forma à régua. . Na fase
Especulativa da Maçonaria, (século XVIII em diante), adquiriu um significado
mais simbólico. Inicialmente na Europa (e até hoje), a Corda possuía 12 Nós e
representava a Cadeia de União. No Brasil, a Corda passou a ter 81 Nós, e as
teorias para isso são as mais diversas.

3º Origem (Histórico)

Uma das possíveis origens da “corda de 81 nós”, ocorre quando em 23 de agosto de 1773, por
ocasião da palavra semestral em cadeia da união na casa "Folie-Titon" em Paris, tomava posse
Louis Phillipe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçônica, na França, onde estavam
presentes 81 irmãos em união fraterna, e a decoração da abóbada celeste apresentava 81
estrelas.

4º Origem (Hiram)

No ritual do Grau 20 do Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná encontramos uma explicação


para os 81 laços; na página 35, ao perguntar-se o porquê dos 81 laços, responde-se que Hiram
Abiff tinha 81 anos quando foi assassinado. Também encontramos no Artigo II da Constituição
dos Princípios do Real Segredo para os Orientes de Paris e Berlim, edição de 1762; para se
chegar ao Grau 25, naquela época, eram necessários 81 meses de atividades maçônicas.

5º Origem (Doutrina dos Druídas)

A Doutrina dos Druídas, resumidas nas Tríades dos Bardos antigos, eram em número de 81 (as
Tríades) e os três círculos fundamentais de que trata esta doutrina, tem como valor numérico o
9, o 27 e o 81, todos múltiplos de 3. Ragon, em seu livro "A Maçonaria Hermética", no rodapé da
página 37, diz em uma nota, que segundo o Escocês Trinitário, o 81 é o número misterioso de
adoração dos anjos.

Segundo Oswaldo Ortega, da Loja Guartimozim de São Paulo, à luz do Esoterismo, ele cita que
os 81 laços que estão no teto, portanto, próximos do céu, tem ligação com os 81 anjos que
visitam diariamente a Terra, com mostram as Clavículas de Salomão, e se baseiam nos 72 pontos
existenciais (os 72 nomes de Deus), da Cabala Hebraica modificada. A cada 20 minutos, um anjo
desce à Terra e dá sua mensagem aos homens. São 72 visitas no curso do dia, se levarmos em
conta que a cada hora teremos 3 anjos, em 24 horas, teremos 72 anjos. Agora, somando 72
anjos aos nove planetas que nos influenciam diariamente chegamos ao número 81. Sabemos
que estes anjos podem nos ajudar se os chamarmos pelos nomes no espaço de tempo que nos
visitam. E eles estão representados no teto do Templo, através dos 81 laços.

Conclusão

A Corda de 81 Nós é um símbolo maçônico cheio de significados, podemos concluir que a


simbologia nos mostra uma infinidade de significados que devem ser estudados
minuciosamente para conseguirmos nos aperfeiçoar e aprender. Não existe o certo ou o errado
em relação a sua origem cada um pode pensar e interpretar o que quiser desse símbolo.

Levei longo tempo para perceber que existe uma diferença entre “entender” ou
“aprender” algo e “sentir” algo. O que descrevi até aqui é o que aprendi sobre a Corda de 81
Nós.

Os Nós, não são propriamente nós, mas sim "laçadas" frouxas, sugerindo o símbolo do
infinito, o eterno o permanente, porém se esticada transforma-se em nós. As "Laçadas"
simbolizam "Laços de Amor" e lembram ao Maçom para a pré-disposição a amar o seu irmão e,
ser devidamente cuidadoso de não transformar a laçada em nó, pois simboliza o egoísmo.

Mas gostaria de dizer também o que sinto quando hoje vejo a Corda. Para mim, a Corda
pode representar a humanidade toda. E cada nó representa um maçom, que está também na
humanidade. Assim deve ser o maçom: livre e de bons costumes, deve ter condições de se
firmar a si próprio. Sem isso, não conseguiria contribuir para os objetivos da Maçonaria, que
alcançam a toda a Humanidade, e não apenas aos maçons.
A Borla localizada na porta de entrada da Loja, "recebe" os fluídos negativos, por uma das
extremidades, quando os Maçons por ela adentram, sendo "descarregados" através da Borla
localizada na outra lateral. As "vibrações" negativas são absorvidas pela terra como se fossem
raios.

Não obstante ao explicitado, a lição primordial que nos resta é que a corda é a imagem da
união fraterna que liga, por uma cadeia indestrutível, todos os Maçons, simbolizando o segredo
que deve rodear nossos augustos mistérios, assim como representa a Cadeia de União
permanente pela busca da proclamada Fraternidade, tão bem explicitada no Salmo 133.

https://bibliot3ca.com/corda-de-81-nos/

http://www.cavaleirosdaluz18.com.br/trabalhos/A%20Corda%20de%2081%20n%C3%B3s
.pdf

https://focoartereal.blogspot.com.br/2017/01/a-corda-de-81-nos-o-simbolismo-e-
uniao.html

https://www.maconaria.net/corda-de-81-nos/

https://www.alferes20.net/news/maconaria-o-porque-da-corda-de-81-nos/

https://efeitomistico.blogspot.com.br/2013/07/corda-de-81-nos-e-maconaria-por-
martha.html

https://focoartereal.blogspot.com.br/2011/08/corda-de-oitenta-e-um-nos.html

CASTELLANI, José. “O Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e


Prática”. 2. Ed. São Paulo: A Trolha, 1995.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”. 2.


ed. 30. Impr. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira.

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