Professional Documents
Culture Documents
BRASILEIRA
A doutrina que trata da história do direito, utiliza um brocardo 1 jurídico que diz ubi
societas, ibi jus (onde está a sociedade está o Direito), assim desde os agrupamentos mais
primitivos, o Direito está presente. REALE explica:
- Código de Toloza
- O Diploma Padrão do Direito (germânico)
- Lex Salica
1
Segundo Miguel Reale os brocardos são idéias diretoras, que o operador do Direito não pode a priori
desprezar.
Prof. Eduardo Matos 2
eduardomatos@fanese.com.br
- Lex Romana
- Código Theodosiano
- Código Lombardo
- Lex Gombeta
- Código de Justiniano
- Direito Canônico (Igreja Católica)
- Alcorão
- Ordenações Afonsinas
- Ordenações Manuelinas
- Ordenações Filipinas
- Códigos Escandinavos
- Código da Suécia
- Código da Baviera
- Código Geral dos Estados Prussianos
- Atos da Confederação e União Perpétua
- Constituição dos Estados Unidos da América
- Código de Napoleão
- Código Português (1867)
- Código Espanhol (1889)
- Código da Áustria (1811)
- Código Civil da Sérvia (1844)
- Código Civil da Itália (1865)
- Código Civil do Império Alemão (1896)
E tantos outros documentos legais que fazem parte da história do Direito, e que não
é possível citar, em virtude da proposta do trabalho, que visa estudar a autonomia
municipal, e proporcionar neste início uma visão panorâmica da evolução do Direito.
No caso específico da história do Direito Brasileiro, deve ficar registrado, que este
não teve como fonte apenas o Direito Ibérico e Romano, pois ocorreram outras
influências, como bem coloca VALLADÃO:
Prof. Eduardo Matos 3
eduardomatos@fanese.com.br
O jurista sergipano Tobias Barreto tinha artigos publicados em jornais alemães, que
foram recentemente encontrados por pesquisadores. O projeto de Código Civil e
Comercial de Teixeira de Freitas ganhou destaque internacional, conforme registra
VALLADÃO:
Uma conclusão se impõe: os três grandes juristas das Américas pela sua
admirável obra construtiva foram Story, no hemisfério Norte, o
consolidador da common law nos Estados Unidos, Bello, precursor
equilibrado do direito do Pacífico Sul, e Freitas, o precursor
revolucionário da Atlântico Sul. (1980, p. 95)
O Direito Brasileiro não foi só influenciado pelo do direito comparado, mas teve
também sua parcela de criação nacional. Após a proclamação da República, ocorreu uma
grande influência do Sistema da América do Norte, no entanto é marcante no ordenamento
jurídico brasileiro a influência do Direito dos Países do Continente Europeu.
Prof. Eduardo Matos 4
eduardomatos@fanese.com.br
O legado histórico de uma legislação rigorosa, mas não eficaz, serve de exemplo
para a construção do ordenamento jurídico brasileiro neste momento. A lei deve
representar o consenso comum e deve ter por finalidade essencial o interesse público, uma
vez que disciplina relações de interesse coletivo, com a finalidade de alcançar o bem estar
de todos.
2.2 OS PRINCÍPIOS
Desta forma, qualquer estudo de um ramo do Direito deve começar pelos seus
princípios, pois estes estão acima das normas, possibilitam a sua integração e aplicação
prática. Outro não é o entendimento de REALI:
dos princípios que regem o Direito Ambiental, e que serviram de base para construção
normativa brasileira. Neste aspecto cabe lembrar os ensinamentos de Paulo de Bessa
ANTUNES (1996), que assevera nos seus ensinamentos que a legislação brasileira, no que
toca ao meio ambiente, veio a se desenvolver depois da Conferência das Nações Unidas
Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em 1972, realizada em Estocolmo, quando a
participação brasileira foi intensamente criticada, desencadeando a criação da Secretaria
Especial do Meio Ambiente e posteriormente a concretização de algumas normas.
Los princípios generales del Derecho son por todo ello, como
acostumbra últimamente a decir el Tribunal Supremo en expressión feliz
(vid., entre otras, la Sentencia de 30 de abril de 1988), "la atmósfera en
que se desarolla la vida jurídica, el oxigênio que respiran las normas" y
que penetra por eso tanto su interpretación como su propria aplicación,
que han de ajustarse necesariamente a ellos. (1995, p. 82)
A atuação do Poder Público deve ser preventiva, ou seja, como em todas atividades
humanas existe um fator de risco, é possível, à Administração Pública que tem o poder de
polícia para atuar como órgão de controle, garantir a proteção do meio ambiente. Destarte,
qualquer empreendimento, tem que avaliar todos os riscos e evitar qualquer tipo de
degradação. MACHADO (1994), elenca cinco itens que constituem a aplicação do
princípio da prevenção e precaução, que são: a) identificação e inventário das espécies
animais e vegetais de um território, quanto a conservação da natureza e identificação e
inventário das fontes contaminantes das águas e do ar, quanto ao controle da poluição; b)
Identificação e inventário dos ecossistemas, com a elaboração de um mapa ecológico; c)
Planejamento ambiental e econômico integrados; d) Ordenamento territorial ambiental
para valorização das áreas de acordo com sua aptidão; e e) Estudo de impacto ambiental.
Alguns doutrinadores discordam dessa classificação e diferenciam prevenção de
precaução.
- Princípio da participação
A comunidade deve ser incentivada a participar, de forma organizada das ações que
digam respeito a proteção ambiental. Esta participação, que foi referendada na Declaração
do Rio de Janeiro, em 1992, pode ocorrer da seguinte forma: a) participação das pessoas,
através das ONGs, nos conselhos ambientais; b) participação das pessoas e entidades na
fase de comentários e na fase de audiência pública no procedimento de estudo de impacto
ambiental; c) participação das pessoas em ações judiciais; d) participação na gestão de
unidades de conservação; e) participação na fase de consultas; f0 participação na iniciativa
popular de projeto de lei..
na verdade ele representa que o detentor do empreendimento vai arcar com os custos
preventivos para a sua atividade impedir ou, ao menos, minimizar os danos.
A pessoa física ou jurídica, será responsável pelos danos que causar ao meio
ambiente, respondendo civil, penal e administrativamente. Para tanto, foi editada no
Brasil, mesmo com vetos, a Lei 9.605/98, que trata de responsabilidade penal e
administrativa das pessoas física e jurídicas.
- Ubicuidad
Este princípio tem por finalidade reconhecer que a proteção ambiental tem um
caráter amplo e deve extrapolar os limites geográficos das nações, pois, o planeta Terra é
um só e todos indistintamente devem adotar medidas para a defesa e proteção do
ambiente.
- Sostentabilidad
- Globalidad
- Subsidiariedad
O referido princípio tem uma aplicação mais localizada na União Européia, com as
directivas que regulam a proteção ambiental na Comunidade Européia. No contexto da
Prof. Eduardo Matos 13
eduardomatos@fanese.com.br
- Solidariedad
- Desenvolvimento sustentável
- Pouidor – pagador
- Prevenção
O Professor Celso não distingue precaução de prevenção, dessa forma entende que
são as medidas acautelatórias com a finalidade de evitar a ocorrência de danos ambientais,
que algumas vezes são inevitáveis em razão de fatos imprevisíveis.
- Participação
Prof. Eduardo Matos 14
eduardomatos@fanese.com.br
- Ubiqüidade
- Participação comunitária
- Poluidor – pagador
- Prevenção
O presente autor não distingue prevenção de precaução, para ele essas palavras são
sinônimas, têm o mesmo significado. Dessa forma são as providências adotadas para
evitar a ocorrência dos danos ambientais, melhor dizendo, as cautelas necessárias
antecedentes a qualquer obra ou atividade, com o fito de assegurar uma proteção integral
com o ambiente que é de todos e deve ser defendido e protegido.
previstas para o descumprimento. Contudo, não apenas a função social, mas também uma
função ambiental, por isso afirmar função socioambiental da propriedade com o objetivo
de harmonizar o uso da propriedade com a proteção ambiental, ou seja, um equilíbrio na
fruição dos benefícios da propriedade, com o fito de contribuir para assegurar o ambiente
ecologicamente equilibrado para todos.
- Desenvolvimento sustentável
O Brasil estabelece na sua Lei Maior, no art. 4º, na disciplina das relações
internacionais, o princípio da cooperação entre os povos. Os danos ambientais são
transfronteiriços, ou seja, ultrapassam os limites territoriais das nações, tornando
necessário a cooperação internacional como forma de possibilitar a concretização da
proteção ambiental. Essas ações estão materializadas nas dezenas de documentos
internacionais, tratados, convenções e outros que os países são signatários.
- Ubiqüidade
- Desenvolvimento sustentável
Prof. Eduardo Matos 17
eduardomatos@fanese.com.br
- Poluidor – pagador
- Prevenção
- Precaução
- Responsabilidade
- Participação
O caput do art. 225 da CF de 1998 precisa ser analisado por etapa, buscando
extrair de cada trecho o significado protetivo dispensado ao ambiente, dessa forma será
possível compreender a dimensão da nova constituição.
Por fim a Magna Carta impõe o dever de preservar e defender o ambiente para o
Poder Público e a coletividade, impondo ainda assegurar o equilíbrio, porém para o futuro
também, ou seja, o direito das novas gerações ao ambiente equilibrado. Nesse ponto
consagrou o texto da Lei Maior o princípio do desenvolvimento sustentável, estabelecendo
o dever da coletividade em participar do processo de preservação ambiental.
qualificação, porém o legislador constituinte não fez dessa maneira. Os ecossistemas supra
citados receberam uma qualificação toda especial, ou seja, patrimônio nacional e uma
restrição na sua utilização, que deverá obedecer os ditames legais e jamais romper a
barreira da sustentabilidade preservacionista.
O importante é destacar que a Lei das Leis foi o grande passo para um avanço sério
e decisivo no controle ambiental, posto que mecanismos eficientes foram colocados à
disposição da Administração Pública.
A Lei 6.938 foi editada no ano de 1981, adaptada várias vezes no decorrer destes
anos por outros instrumentos legislativos, com a finalidade de compatibilizá-la com os
avanços ocorridos. Cabe ressaltar que a referida lei foi recepcionada pela Constituição de
1988.
O fato é que uma análise mais profunda da referida legislação, com certeza levará a
conclusão da necessidade de alguns aperfeiçoamentos, no entanto, é necessário afirmar
que os instrumentos existentes nesta norma, se aplicados, proporcionariam uma proteção
mais efetiva ao meio ambiente.
Prof. Eduardo Matos 22
eduardomatos@fanese.com.br
De maneira geral, estes são os principais tópicos da lei que, em 1981, estabeleceu a
Política Nacional do Meio Ambiente no Brasil.
A questão hídrica adquire patamar de tema que será objeto de intenso debate nesse
milênio. A drástica realidade que apenas 1% da água do mundo está acessível ao
abastecimento humano, tornará a disputa por um litro de água tema de projetos,
seminários, congressos e guerras. A gestão da água será o grande desafio do gestor público
brasileiro, por isso a dimensão da legislação que estabeleceu os instrumentos para o
gerenciamento adequado.
Essa lei, embora seja especifica sobre o gerenciamento dos recursos hídricos, tem
um alcance extraordinário, pois ao estabelecer a bacia hidrográfica como uma unidade
territorial para fins de gerenciamento, engloba também planejamento do uso do solo, posto
que o gerenciamento hídrico não poderá ser dissociado do uso do solo.
Através dessa lei, a bacia hidrográfica é considerada uma unidade territorial, aonde
será implantada a política nacional de recursos hídricos e o sistema nacional de
gerenciamento de recursos hídricos. E como qualquer porção territorial está contida em
uma bacia hidrográfica, o alcance dessa lei abrange todo o território nacional e exige, para
a sua aplicação, a realização de zoneamento geográfico onde cada bacia/subbacia
hidrográfica se constitui em uma unidade.
2.5.1 Objetivos
Art. 2º...
I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade
de água, em padrões de qualidade adequadas aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de
origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
2.5.2 Diretrizes
2.5.3 Instrumentos
O art. 5º criou instrumentos para a política nacional de recursos hídricos, que visam
possibilitar o exercício de um controle e a execução dos objetivos legais que se resumem
na garantia para a atual e futuras gerações, dos recursos hídricos em quantidade e
qualidade para uso, como condição de sobrevivência das espécies.
O prazo máximo para a outorga foi estabelecido em trinta e cinco anos, contudo
renovável. A água é declarada como inalienável, — o que se constitui em redundância —,
pois se a Constituição já a considera um bem público, dividindo o domínio entre a União e
os Estados, a inalienabilidade já estava caracterizada. No entanto, essa afirmação apenas
complementa o texto constitucional.
3
Todo litigante em processo administrativo tem direito a todas as oportunidades de defesa e possibilidade de
contraditar os fatos alegados no processo. Isto se constitui em garantia constitucional.
Prof. Eduardo Matos 28
eduardomatos@fanese.com.br
O poder público vai motivar quando outorgar e motivar quando suspender, estas
são as regras do Estado Democrático de Direito, posto que o Administrador é um
representante do povo, uma vez que todo poder emana do povo que o exerce por meio de
seus representantes (art. 1º, Constituição Federal).
Outra novidade embutida nessa lei é a instituição da cobrança, uma vez que na
política nacional já foi reconhecido que a água possui valor econômico. Este fato é
importante por valorizar este bem finito e criar nos usuários a consciência do uso
adequado, pois todo gasto representa custo. Outrossim, gera uma forma de arrecadar
fundos necessários para implementação de programas essenciais a subsistência dos
recursos hídricos. Os mecanismos de cobrança serão estabelecidos pelos comitês de bacias
hidrográficas.
sistematização das informações. Este é um problema que ocorre nas diversas áreas de
atuação do Estado, tais como: segurança, educação e saúde.
Esta previsto que o poder público arcará com o ônus da implementação da política
nacional de recursos hídricos, com todos os seus instrumentos, bem como da criação do
sistema nacional de gerenciamento dos recursos hídricos. Caberá a ele, também, a
integração da política de recursos hídricos com outras em andamento e em planejamento.
hídricos. Esta decisão foi importante pois permite realmente uma atuação técnica do
Conselho.
Assim, havendo a integração dos entes que compõem a federação, fica atingível a
implantação de um determinado programa de atuação em determinada bacia hidrográfica.
Como exemplo, pode-se tomar o Rio São Francisco, que para sua conservação depende de
uma ação integrada da União, Estados e Municípios que são usuários desta bacia. Somente
assim, uma ação do poder público conseguirá implementar o que foi projetado.
hídricos; manter cadastro de usuários; delegadamente efetivar cobrança pelo uso; analisar
e emitir pareceres sobre projetos; acompanhar a administração dos recursos financeiros
arrecadados; gerir o Sistema de Informações; celebrar convênios e contratos; elaborar
proposta orçamentária; promover estudos; e outras atribuições devidamente elencadas na
lei.
civis, bem como a lei de registros públicos. Diga-se que foi um dispositivo redundante,
mas necessário porque deixa clara a necessidade de pré-constituição legal.
A Lei 7.347/85 criou um mecanismo importante para defesa dos interesses difusos
e coletivos, que foi a ação civil pública, instrumento processual, para que interesses
coletivos ou difusos sejam defendidos em várias matérias, postulando obrigações de fazer
ou não fazer, bem como reparações de danos. Assim, deve-se trazer os ensinamentos de
MANCUSO:
Foi na área ambiental que esta ação mais foi utilizada, de início, passando a levar a
apreciação judicial, temas ambientais, que dantes não estavam nas postulações judiciais,
concretizando realmente uma proteção jurídica do meio ambiente e propiciando a
formação de uma jurisprudência em matéria ambiental.
Prof. Eduardo Matos 36
eduardomatos@fanese.com.br
No bojo da lei foi modificada a coisa julgada, que passa a produzir efeitos amplos,
atingindo a coletividade interessada, bem como foi criado o Fundo Nacional do Meio
Ambiente, aonde serão alocados os recursos oriundos das condenações pecuniárias,
revertendo-se, posteriormente, em programas de defesa do meio ambiente.
A ação civil pública é a garantia de que a sociedade tem uma forma segura, rápida
e sem perigo de retaliações, para postular em juízo através de Órgãos Públicos ou
entidades devidamente constituídas. Considera-se que este instrumento é essencial ao
Estado Democrático de Direito.
O EPIA é exigência constitucional, fato jurídico que garante sua aplicação, pois,
sendo exigência da Lei das Leis, torna-se imperativo, e isso propicia condições para uma
maior proteção ao meio ambiente.
Outro avanço ocorreu, com a Lei 8.8666/93 que disciplina as licitações e contratos
administrativos, que exige para abertura de licitações de obras ou serviços de grande vulto4
uma audiência pública, para explicar à população todo projeto, inclusive sobre o impacto
ambiental5; inclusive, a sua não realização implica nulidade de todo procedimento
licitatório.
Ora, a maioria dos penalistas vem se opondo a inovação da presente lei, alguns,
inclusive, argüindo sua inconstitucionalidade. Em primeiro plano, é necessário esclarecer
que avançou a Constituição Federal quando reconheceu a responsabilidade penal das
pessoas jurídicas e, da mesma forma, a legislação quando regulamentou a possibilidade de
imputação de crime.
4
Obra ou serviço cujo o valor ultrapasse 100 vezes o limite do art. 23, II, c da lei 8.666/93.
5
Conforme art. 12, inciso VII da lei 8.666/93.
Prof. Eduardo Matos 39
eduardomatos@fanese.com.br
Apesar das críticas, a referida lei teve o intuito de sistematizar a questão das
unidades de conservação, dispersa ao longo dos anos em diversos documentos legislativos,
visando uma disciplina legal e sistêmica.
- Proteção integral
- Uso sustentável
Outra criação legal, que tem gerado algumas controvérsias foi a reserva da
biosfera, um modelo internacional, constante de diversos programas de financiamento que
mantém semelhança com os modelos da lei. O que espanta é que ela foi inserida sem
respeitar a sistemática adotada na legislação, terminando por confundir o operador do
direito.
Trata-se de uma norma geral, ou seja, ela estabelece aspectos que deverão ser
seguidos pela legislação municipal, contudo não pode o legislador federal invadir o campo
de competência do outro ente federativo.
têm por finalidade garantir uma política urbana justa, que atenda as necessidades sociais e
alcance o bem estar da população.
O direito de perempção será delimitado por Lei Municipal, que estabelecerá as áreas
prioritárias para o Poder Público Municipal, assim, nesses locais referenciados na
legislação, o proprietário quando for alienar deverá oferecer primeiro à Administração
Pública Municipal, sob pena de nulidade da transação.
O direito de construir pode ser utilizado em local diverso quando o imóvel público
ou privado for considerado necessário para implantação de equipamentos urbanos e
comunitários, essencial à preservação histórica, social, paisagística, social ou cultural e
quando utilizada para regularização fundiária ou para população de baixa renda na área
urbana.
O controle será efetivado por três Ministérios, Saúde, Meio Ambiente e Agricultura,
além da Secretaria Especial da Aqüicultura. O desafio brasileiro é montar a estrutura de
fiscalização administrativa que garanta ao conjunto da sociedade tranqüilidade no controle
das entidades que utilizarão essa técnica. A legislação também obrigou todas as entidades
manterem comissões internas de biossegurança.
A nível municipal, merece destaque a Lei 1.792/92 que criou o Código Municipal
de Proteção Ambiental, que apesar de possibilitar o controle ambiental no Município de
Aracaju, está sendo aplicado precariamente, pois, o Município não possui um Órgão
competente e estruturado para implementar as normas estatuídas neste código.
Prof. Eduardo Matos 47
eduardomatos@fanese.com.br
BANDEIRA DE MELO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo.5. ed.. São Paulo:
Malheiros,1994.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 1994.
BENJAMIM, Antônio Herman V. et ali .Dano ambiental. São Paulo: RT, 1991.
BESSA, Paulo Antunes. Curso de direito ambiental.1. ed.. Rio de Janeiro: Renovar,1993.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros,1996.
--------------.Ciência política. São Paulo: Malheiros, 1996.
DIÓGENES, Gasparini. Direito administrativo. 4. ed. . São Paulo: Saraiva, 1995.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 3. ed.. São Paulo: Atlas, 1993.
FIGUEIREDO, Lúcia Vale. Curso de direito administrativo. 1. ed. . São Paulo: Malheiros, 1995
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2000.
LEITE, José Rubens Morato. Revista de direito ambiental. São Paulo: RT, 1999, vol. 04.
LUCCAS, Jaime. Revista cidade nova. São Paulo: Ed. Cidade Nova, 2000. Ano XLII Nº 09.
MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito ambiental brasileiro. São Paulo : Malheiros, 1996.
MAGALHÃES, José Luiz Quadros. Poder municipal. Belo Horizonte: Del Rei, 1997.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação civil pública. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1996.
Prof. Eduardo Matos 48
eduardomatos@fanese.com.br