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comunitário, mantendo os princípios enformadores do portaria destas competências no sentido de garantir uma
exercício da atividade de segurança privada, concretamente mais fácil integração, acessibilidade e informação, ao invés
a prossecução do interesse público e a complementaridade de uma dispersão por atos regulamentares.
e subsidiariedade face às competências desempenhadas Deste modo, numa primeira parte, a presente portaria,
pelas forças e serviços de segurança. regula as condições particulares da prestação dos servi-
No quadro desta clarificação, as entidades consultoras ços de segurança privada e os requisitos mínimos das
de segurança privada, que pretendam elaborar estudos instalações e meios materiais e humanos das entidades de
de segurança e projetos de organização de serviços de segurança privada.
segurança privada, passam a estar sujeitas a autorização, Na verdade, a qualidade da prestação dos serviços de
sucedendo o mesmo com as entidades que procedam à segurança privada estará sempre associada à adequação
instalação, manutenção ou assistência técnica de material dos meios técnicos, humanos e materiais utilizados, bem
e equipamento de segurança ou de centrais de alarme, como ao cumprimento dos requisitos inerentes à promo-
sendo obrigatório o seu registo prévio para o exercício ção da segurança interna e dos direitos fundamentais dos
da atividade. cidadãos.
No primeiro caso, embora seja uma função instrumental Neste contexto, a presente portaria introduz importantes
de segurança privada, as entidades consultoras não deixam inovações no que se refere às condições físicas, materiais e
de prosseguir as finalidades de segurança privada, ou seja, humanas das entidades de segurança privada, adotando-se
a proteção de pessoas e bens e a prevenção da prática de um quadro referencial de normas que contribuem para a
crimes. existência dos necessários padrões mínimos de segurança.
Importa atentar que esta atividade, tendo em conta a Intervém-se ainda ao nível formal do procedimento de
Diretiva n.° 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do licenciamento, no sentido da sua simplificação e redução
Conselho, de 12 de dezembro de 2006, se encontra excluída dos prazos procedimentais, prevendo-se a utilização de
da livre circulação, por se integrar no quadro dos serviços plataforma eletrónica que permita a submissão dos pe-
de segurança privada, princípio também expresso no De- didos mediante autenticação e o seu acompanhamento
creto-Lei n.° 92/2010, de 26 de julho, que transpõe para o permanente, bem como ao nível da desburocratização do
ordenamento jurídico interno a referida Diretiva. cumprimento de deveres no sentido de promoção da sua
No segundo caso, embora seja também uma função desmaterialização e integração.
instrumental de segurança privada, importa harmonizar De destacar ainda a definição e tratamento da gestão de
as normas técnicas aplicáveis e os requisitos exigidos no alarmes e do transporte de valores, tendo em conta, por
sentido de garantir a qualidade dos serviços prestados. um lado a proteção de dados pessoais e, por outro lado, a
Noutra vertente, e com o objetivo de aumentar os níveis proteção de bens objeto de transporte profissional.
de segurança e de eficácia da prevenção criminal, introdu- De igual modo, e por razões de economia e maior fa-
ziram medidas de segurança específicas, a serem aplicadas cilidade de identificação são regulados alguns aspetos
por instituições de crédito, sociedades financeiras e outras essenciais relativos ao exercício da atividade de segurança
entidades sujeitas a riscos específicos e, de igual modo, as privada, nomeadamente, o procedimento de aprovação de
regras aplicáveis à instalação e funcionamento de disposi- uniformes e os requisitos essenciais para os procedimentos
tivos de alarme que possuam sirene, independentemente administrativos de licenciamento e do registo dos sistemas
da sua ligação a entidade autorizada a explorar e gerir de videovigilância.
centrais de receção e monitorização de alarmes, visando Na segunda parte, são definidos os procedimentos
a sua harmonização com as normas técnicas aplicáveis no quanto ao cartão profissional das profissões reguladas de
âmbito da União Europeia. diretor de segurança e segurança privado.
Foram estabelecidos requisitos para as entidades for- O cartão profissional no quadro do exercício da ativi-
madoras tendo em vista a sua adaptação e conformação às dade de segurança privada constitui assim o documento
normas comunitárias de reconhecimento e de verificação autêntico que titula a habilitação legal do seu titular.
de qualificações profissionais, previstos na Lei n.° 9/2009, Embora os modelos de cartões profissionais aprova-
de 4 de março, que transpõe para a ordem jurídica interna dos pela Portaria n.° 1084/2009, de 21 de setembro, se
a Diretiva n.° 2005/36/CE, do Parlamento Europeu e do mantenham em vigor até ao termo da sua validade, são
Conselho, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das definidos os novos modelos de acordo com as especiali-
qualificações profissionais, e a Diretiva n.° 2006/100/CE, zações previstas na lei.
do Conselho, de 20 de novembro, que adapta determinadas Por fim, e no que se refere a entidades obrigadas a
diretivas no domínio da livre circulação de pessoas, em adotar um sistema de segurança ou a imposição de regras
virtude da adesão da Bulgária e da Roménia, lei essa que de conduta visando a redução de riscos para pessoas e
foi alterada pela Lei n.° 41/2012, de 28 de agosto. bens e a prevenção da prática de crimes, densificam-se os
De igual modo, foram definidos os requisitos das pro- requisitos dos meios obrigatórios.
fissões regulamentadas do pessoal de segurança privada, A presente portaria regulamenta também aspetos téc-
clarificando-se as respetivas funções, requisitos e incom- nicos relacionados com alarmes particulares ou ligados
patibilidades, sendo que a respetiva habilitação é titulada a centrais de receção e monitorização, adequando-os à
por cartão profissional. evolução tecnológica.
A aplicação do novo regime jurídico de exercício da Foi ouvido o Conselho de Segurança Privada e a Co-
atividade de segurança privada previu a regulamentação de missão Nacional de Proteção de Dados.
aspetos fundamentais do exercício da atividade, cometendo Assim:
esta competência ao membro do Governo responsável pela Manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna,
área da administração interna. ao abrigo do disposto no n.° 2 do artigo 3.°, do n.° 7 do ar-
Considerando a amplitude dos elementos essenciais a tigo 8.°, do n.° 2 do artigo 10.°, do n.° 4 do artigo 11.°, do n.° 5
regulamentar, optou-se pela sistematização numa única do artigo 20.°, n.° 8 do artigo 27.°, n.° 4 do artigo 28.°, n.° 3 do
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artigo 29.°, n.os 1 e 6 do artigo 31.°, n.° 5 do artigo 32.°, n.° 5 do o) As caraterísticas das viaturas utilizadas no exercício
artigo 33.°, n.° 3 do artigo 34.°, n.° 3 do artigo 37.° e n.° 8 do da atividade de segurança privada previstas no artigo 34.°
artigo 51.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, o seguinte: da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio;
p) O conteúdo da ficha técnica das ações de formação a
ministrar por entidades formadoras autorizadas previsto no
CAPÍTULO I n.° 3 do artigo 37.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio;
Disposições gerais q) Os modelos e caraterísticas dos alvarás, licenças e
autorizações previstos no artigo 51.° da Lei n.° 34/2013,
Artigo 1.° de 16 de maio.
Objeto
A presente portaria regula e define: Artigo 2.°
a) As condições específicas da prestação dos servi- Definições
ços de segurança privada previstos no artigo 3.° da Lei
n.° 34/2013, de 16 de maio; Para efeitos do disposto na presente portaria, entende-se
b) Os requisitos mínimos das instalações e meios mate- por:
riais e humanos das entidades de segurança privada previs- a) «Área de segurança» o local ou ponto de entrega e
tos no artigo 3.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; recolha de numerário localizado no interior de um edifício
c) Os requisitos técnicos mínimos dos sistemas e me- e protegido contra o acesso não autorizado por equipamen-
didas de segurança aplicáveis às instituições de crédito e tos eletrónicos (sistemas anti-intrusão) e por medidas de
às sociedades financeiras previstos no artigo 8.° da Lei restrição de acesso de pessoas;
n.° 34/2013, de 16 de maio; b) «Artefactos de liga de metal precioso», os artefactos
d) Os requisitos técnicos mínimos dos sistemas e me- de toque igual ou superior a 375 ‰ mas igual ou inferior
didas de segurança aplicáveis às entidades gestoras de a 500 ‰;
conjuntos comerciais e de grandes superfícies de comér- c) «Artefactos de metal precioso», os artefactos de ou-
cio previstos no artigo 8.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de rivesaria de toque superior a 500 ‰;
maio; d) «Artefactos de ourivesaria»:
e) Os requisitos técnicos mínimos dos sistemas e medi-
das de segurança aplicáveis aos estabelecimentos onde se i) Os objetos feitos, total ou parcialmente, de um ou mais
proceda à exibição, compra e venda de metais preciosos metais preciosos de toque não inferior a 375 ‰, adornados
e obras de arte, bem como a farmácias e postos de abas- ou não com pedras, pérolas ou esmaltes, com exclusão dos
tecimento de combustível previstos no artigo 8.° da Lei que se destinem a usos ou aplicações científicas, indus-
n.° 34/2013, de 16 de maio; triais, laboratoriais ou medicinais bem como das moedas
f) Os requisitos técnicos, as medidas de segurança e os de metal precioso de curso legal;
procedimentos de avaliação da instalação de equipamentos ii) Relógios de uso pessoal com caixas de metal precioso
dispensadores de notas de euro previstos no artigo 10.° da de toque não inferior a 375 ‰, adornados ou não com
Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; pedras, pérolas ou esmalte;
g) Os requisitos técnicos dos equipamentos, condições
de funcionamento e modelo de comunicação dos alar- e) «Artefactos de ourivesaria usados», os artefactos de
mes previstos no artigo 11.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de ourivesaria que são comercializados, em segunda mão, nos
maio; estabelecimentos de ourivesaria ou nos locais próprios de
h) As condições em que as entidades de segurança pri- venda autorizados;
vada são obrigadas a dispor de um diretor de segurança f) «Artigos complementares» os artigos de fardamento
previstas no artigo 20.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; e peças de vestuário não considerados como artigos do
i) O modelo de cartão profissional e os procedimen- uniforme por não fazerem parte da constituição base de
tos para a sua emissão previstos no artigo 27.° da Lei
uso obrigatório do uniforme. Destinam-se a satisfazer as
n.° 34/2013, de 16 de maio;
exigências específicas de funções, serviços ou ativida-
j) Os requisitos de aprovação do modelo de uniforme,
distintivos, símbolos e marcas a utilizar pelas entidades des, à proteção do pessoal e dos próprios uniformes. São
ou pessoal de vigilância previstos no artigo 28.° da Lei considerados artigos complementares, nomeadamente, os
n.° 34/2013, de 16 de maio; abafos, as capas, os impermeáveis e os equipamentos de
k) As caraterísticas da sobreveste de identificação do proteção individual;
pessoal de vigilância quando exerça funções de assistente g) «Artigos do uniforme» as peças de vestuário ou cal-
de recinto desportivo e assistente de recinto de espetácu- çado, constituintes do uniforme de uso obrigatório;
los previstos no artigo 29.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de h) «Auditoria» o processo de verificação de conformi-
maio; dade dos requisitos e deveres de entidade formadora de
l) Os procedimentos de registo dos sistemas segurança privada para efeitos de autorização, renovação
de videovigilância e os avisos legais e simbologia iden- e de manutenção das autorizações de formação;
tificativa previstos no artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de i) «Autorização de entidade formadora» o processo que
16 de maio; titula a autorização de uma entidade formadora a desen-
m) As condições do porte de arma previstas no artigo 32.° volver processos associados à formação profissional de
da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; segurança privada;
n) As condições de utilização de canídeos e as provas de j) «Distintivos» os símbolos destinados a identificar a
avaliação inerentes à sua utilização previstas no artigo 33.° entidade de segurança privada e as categorias profissionais
da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; ou especialidades do pessoal de vigilância;
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k) «Entidade formadora autorizada» a entidade forma- v) «Uniforme» o vestuário e calçado padronizado que
dora certificada dotada de recursos e capacidade técnica caracteriza o pessoal de vigilância vinculado a uma enti-
e organizativa para desenvolver processos associados à dade de segurança privada, podendo ser de vários tipos, e
formação profissional de segurança privada, autorizada utilizado conforme a diferenciação da prestação de serviço
nos termos da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio; ou da especialidade do pessoal de vigilância;
l) «Entidade formadora certificada» a entidade reconhe-
cida e certificada pela entidade competente no âmbito do Artigo 3.°
Sistema Nacional de Qualificação;
m) «IBNS de ponto a ponto» o IBNS equipado para Âmbito de aplicação
utilização de ponto a ponto, ou seja, em que as notas de A presente portaria é aplicável às entidades e profissões
banco estão permanentemente inacessíveis aos seguranças que exerçam a atividade de segurança privada e às em-
privados com a especialidade de vigilante de transporte de presas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços
valores e sob proteção ininterrupta do IBNS entre áreas que devam adotar medidas de segurança obrigatórias nos
de segurança ou, no caso das cassetes para distribuidores termos da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
automáticos (ATM) ou outros tipos de distribuidores de
dinheiro, entre uma área de segurança e o interior de um Artigo 4.°
ATM ou de um distribuidor de dinheiro de outro tipo;
n) «Instalação operacional» qualquer imóvel ou con- Sistema Integrado de Gestão de Segurança
junto de imóveis de uso exclusivo de uma entidade de Privada (SIGESP)
segurança privada, independentemente da sua localização 1 — A tramitação dos procedimentos previstos na pre-
ser integrada ou anexa a sede social, filial, delegação ou sente portaria é realizada por via eletrónica através do
qualquer outro estabelecimento da mesma; com acesso ao Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada (SI-
público ou não, onde são prestados, planeados ou organi- GESP), nos termos do artigo 56.° da Lei n.° 34/2013, de
zados serviços de segurança privada; 16 de maio.
o) «Metais preciosos» a platina, o ouro, a prata e o 2 — O SIGESP deve permitir notificações automáti-
paládio sob a forma de barras, lâminas, medalhas come- cas para todas as entidades envolvidas, com alertas sobre
morativas, artefactos de ourivesaria novos ou usados ou prazos e sempre que novos elementos sejam adicionados
subprodutos novos resultante de artefactos de ourivesarias
ao processo.
usados, sujeitos a mercado regulado no âmbito do Regu-
3 — O SIGESP deve incluir funcionalidades que permi-
lamento de Contrastarias;
p) «Neutralizar uma nota de banco» a ação de inuti- tam ao requerente preparar o preenchimento de formulários
lizar ou danificar uma nota através de coloração ou de e a respetiva instrução.
outro meio indicado no anexo II do Regulamento (UE) 4 — Para além das funcionalidades previstas nos núme-
n.° 1214/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, ros anteriores, o SIGESP deve contemplar documentação
de 16 de novembro, que para este efeito é adotado como de apoio sobre os aspetos jurídicos e as normas e regras téc-
documento de referência; nicas relevantes para cada atividade de segurança privada.
q) «Peça de fardamento» qualquer artigo de uniforme 5 — Sempre que os sistemas informáticos referidos no
ou artigo complementar; n.° 1 não estejam disponíveis, as formalidades previstas na
r) «Ponto seguro» o local ou ponto no interior de uma presente portaria devem ser realizadas por qualquer outro
área de segurança acessível a veículos de transporte de va- meio legalmente admissível.
lores e onde estes podem ser carregados ou descarregados
de forma segura; Artigo 5.°
s) «Sistema inteligente de neutralização de notas de Informação de apoio
banco» ou «IBNS» um sistema que satisfaça as seguintes
condições: A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública
(PSP) deve elaborar e manter atualizada, na sua página
i) O contentor de notas deve assegurar a proteção inin- oficial, a informação necessária ao cumprimento das for-
terrupta das notas de banco, através de um sistema de malidades e atos legalmente estabelecidos.
neutralização de numerário, entre duas áreas de segurança
onde se situam os pontos de recolha e entrega de numerário,
ou entre a viatura de transporte de valores e os locais de CAPÍTULO II
recolha e entrega de numerário, se aplicável;
ii) O contentor estar equipado com um sistema de neu- Requisitos mínimos das entidades
tralização permanente de notas de banco em caso de ten- de segurança privada
tativa de abertura não autorizada; e
iii) Estarem cumpridos os requisitos mínimos previstos SECÇÃO I
no anexo II do Regulamento (UE) n.° 1214/2011, do Par-
lamento Europeu e do Conselho, de 16 de novembro, que Empresas de segurança privada
para este efeito é adotado como documento de referência;
Artigo 6.°
t) «Subprodutos novos resultante de artefactos de ou- Instalações de empresas de segurança privada
rivesaria usados», o ouro em barra ou lâmina ou outros
metais preciosos decorrentes, designadamente, da fundição 1 - Nos termos previstos no n.° 2 do artigo 3.° da Lei
dos artefactos de ourivesaria usados; n.° 34/2013, de 16 de maio, as entidades que requeiram a
u) «Transporte de ponto a ponto» o transporte efetuado emissão ou renovação de alvará devem possuir instalações
entre dois pontos seguros, sem paragens intermédias; operacionais adequadas ao exercício dos serviços de segu-
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f) Para a prestação dos serviços previstos na alínea f) 3 — O disposto no artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de
do n.° 1 do artigo 3.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, 16 de maio, é aplicável aos sistemas de videovigilância
pelo menos 5 trabalhadores habilitados com a profissão de por câmaras de vídeo existentes.
segurança privado na especialidade de fiscal de exploração
de transportes públicos; Artigo 14.°
g) Para a prestação de serviços em estabelecimentos de Meios humanos e técnicos
restauração e ou bebidas que disponham de salas ou espa-
ços de dança ou onde habitualmente se dance, previstos 1 — Nos termos previstos no n.° 2 do artigo 3.° da
no n.° 1 do artigo 9.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, as entidades com servi-
pelo menos 3 trabalhadores habilitados com a profissão de ços internos de autoproteção devem dispor no mínimo de
segurança privado na especialidade de segurança-porteiro; 3 trabalhadores habilitados com a profissão de segurança
h) Para a prestação de serviços em recintos desportivos, privado com as especialidades adequadas aos serviços de
previstos no n.° 2 do artigo 9.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de segurança privada a que estejam autorizadas.
maio, pelo menos 5 trabalhadores habilitados com a pro- 2 — As entidades autorizadas a organizar serviços in-
fissão de segurança privado na especialidade de assistente ternos de autoproteção previstos na alínea d) do n.° 1 do
de recinto desportivo; artigo 3.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, devem dis-
i) Para a prestação de serviços em espetáculos e di- por, no mínimo, de uma viatura de transporte de valores,
vertimentos públicos em recintos autorizados, previstos devidamente aprovada.
no n.° 3 do artigo 9.° da Lei n.° 34/201 3, de 16 de maio,
pelo menos 5 trabalhadores habilitados com a profissão SECÇÃO III
de segurança privado na especialidade de assistente de
recinto de espetáculos. Entidades consultoras de segurança
5 — As viaturas previstas no n.° 2 do artigo anterior c) Certificado de registo criminal para fins especiais
devem cumprir as caraterísticas previstas no n.° 2, nas (segurança privada);
alíneas a), d), g) e h) do n.° 3, e serem operadas por uma d) Certificado de habilitações;
tripulação mínima de 2 elementos, com a especialidade de e) Certidão comprovativa, emitida pela autoridade na-
vigilante de transporte de valores. cional competente, relativamente ao requisito previsto na
6 — No prazo de cinco anos após a entrada em vigor alínea e) do n.° 1, do artigo 22.° da Lei n.° 34/2013, de
da presente portaria, as viaturas a que se refere a alínea a) 16 de maio;
do n.° 1 do artigo anterior devem cumprir os requisitos f) Declaração de compromisso de honra, assinada pelo
constantes nesta portaria. interessado, de que estão preenchidas as condições exigi-
das nas alíneas c), e), f) e g) do n.° 1 do artigo 22.° da Lei
Artigo 21.° n.° 34/2013, de 16 de maio;
g) Certificado de formação relativo ao curso a que se re-
Proteção de dados pessoais
fere o n.° 6 do artigo 22.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
O cumprimento do disposto no n.° 2 do artigo anterior
não prejudica a aplicação do regime geral em matéria 3 — Quando a pessoa a que se refere o número anterior
de proteção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de 26 de seja nacional de outro Estado membro da União Euro-
outubro. peia ou de Estado parte do Acordo do Espaço Económico
Europeu ou de Estado de língua oficial portuguesa, em
condições de reciprocidade, podem ser exigidos, também,
CAPÍTULO III os seguintes documentos:
Licenciamento e autorização a) Registo criminal ou documento equivalente, emitido
pelas autoridades competentes do respetivo Estado de
SECÇÃO I origem, acompanhado de tradução certificada para língua
portuguesa;
Instrução do pedido b) Certificado de formação linguística necessária corres-
pondente ao utilizador B1 de língua portuguesa de acordo
Artigo 22.° com os níveis definidos pelo Quadro Europeu Comum
Pedido de licenciamento ou autorização
de Referência para as Línguas do Conselho da Europa,
relativamente ao requisito previsto no n.° 8 do artigo 22.°
1 — O pedido de licenciamento ou autorização das da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
entidades a que se refere o n.° 2 do artigo 4.° da Lei
n.° 34/2013, de 16 de maio, bem como a sua renovação, é 4 — O processo é instruído com os documentos origi-
feito através da apresentação de requerimento de modelo nais previstos nas alíneas c) do n.° 2 e a) do n.° 3 e com
próprio junto da Direção Nacional da PSP, dirigido ao cópia certificada dos documentos previstos nas alíneas d)
membro do Governo responsável pela área da adminis- e g) do n.° 2.
tração interna, devidamente instruído com os elementos Artigo 24.°
comprovativos da verificação dos requisitos aplicáveis
previstos no n.° 2 do artigo 41.°, n.° 2 do artigo 43.°, Comprovação dos requisitos e incompatibilidades
n.° 1 do artigo 44.°, n.° 1 do artigo 45.° da Lei n.° 34/2013, Os documentos relevantes previstos no artigo anterior
de 16 de maio, sem prejuízo do seu envio por via eletrónica compreendem:
através do SIGESP.
2 — Com a apresentação do pedido de atribuição ou a) Os documentos previstos nas alíneas a) a f) do n.° 2 do
de renovação de alvará, licença ou autorização é devido o artigo anterior e na alínea a) do n.° 3, se aplicável, relativa-
pagamento da taxa de serviço aplicável. mente a administrador ou gerente de empresa de segurança
3 — O tratamento de dados pessoais processa-se em privada ou de entidade consultora de segurança;
cumprimento das condições previstas na legislação espe- b) Os documentos previstos nas alíneas a) a d), f) e g)
cial prevista no n.° 3 do artigo 56.° da Lei n.° 34/2013, do n.° 2 do artigo anterior e nas alíneas a) e b) do n.° 3,
de 16 de maio, e às regras previstas na Lei de Proteção de se aplicável, relativamente a responsável pelos serviços
Dados Pessoais. de autoproteção;
c) Os documentos previstos nas alíneas a) e c) a f) do
Artigo 23.° n.° 2 do artigo anterior e nas alíneas a) e b) do n.° 3, se
aplicável, relativamente a formador, gestor de formação
Verificação de requisitos e incompatibilidades ou coordenador pedagógico.
1 — Os requisitos e incompatibilidades previstos no
artigo 22.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, relativos a Artigo 25.°
administrador, gerente, responsável dos serviços de auto- Comprovação dos requisitos mínimos de instalações
proteção, gestor de formação, coordenador pedagógico ou
formador são aferidos através dos documentos relevantes 1 — Com o pedido previsto no n.° 1 do artigo 22.° de-
que obrigatoriamente devem acompanhar o pedido previsto vem ser apresentados os seguintes documentos e elementos
no artigo anterior. relativos às instalações:
2 — Para efeitos do número anterior são documentos a) Empresas de segurança privada:
relevantes os seguintes:
i) Certidão ou cópia autenticada dos documentos que
a) Documento de identificação ou equivalente; titulem a posse, o arrendamento, a locação ou usufruto ou
b) Título de residência ou equivalente, quando aplicável; utilização a outro título do imóvel;
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ii) Certidão ou cópia autenticada da licença ou autori- 2 — Caso as deficiências a que se refere o número
zação para atividade industrial ou comercial; anterior não sejam supridas no prazo assinalado, o pedido
iii) Certidão do registo predial, quando as instalações será rejeitado.
não sejam propriedade da entidade requerente;
iv) Memória descritiva dos sistemas de segurança imple- Artigo 28.°
mentados ou a implementar e certificados de conformidade Instrução do pedido
com as normas previstas na presente portaria;
v) Planta na escala de 1:5000 do espaço com descrição 1 — Efetuado o pagamento da taxa de serviço devida,
da finalidade ou utilização prevista. a Direção Nacional da PSP procede à instrução do pedido.
2 — Concluída a instrução com despacho de deferi-
b) Entidades com serviços internos de autoproteção: mento o mesmo é notificado ao interessado para os efeitos
previstos no n.° 2 do artigo 47.°, no n.° 2 do artigo 48.°,
i) Certidão ou cópia autenticada dos documentos que do n.° 2 do artigo 49.° e no n.° 2 do artigo 50.° da Lei
titulem a posse, o arrendamento, a locação, usufruto ou n.° 34/2013, de 16 de maio.
utilização a outro título do imóvel onde vão ser instalados
os serviços internos de autoproteção; Artigo 29.°
ii) Memória descritiva dos sistemas de segurança im-
plementados ou a implementar e certificados de confor- Inspeções
midade com as normas previstas na presente portaria; 1 - As inspeções para verificação da conformidade de
iii) Planta na escala de 1:5000 do espaço com descrição instalações e meios humanos e materiais adequados são
da finalidade ou utilização prevista; requeridas pelos interessados junto da Direção Nacional
iv) Identificação das instalações abrangidas pela licença. da PSP, após estarem reunidos os requisitos necessários.
2 — As inspeções previstas no número anterior são
c) Entidades consultoras de segurança: realizadas no prazo máximo de 5 dias úteis após a receção
i) Certidão ou cópia autenticada dos documentos que do pedido.
titulem a posse, o arrendamento, a locação, usufruto ou 3 — Não estando reunidos os requisitos é emitido relató-
utilização a outro título do imóvel onde vão ser desenvol- rio da inspeção do qual constam as deficiências detetadas,
vidos os serviços; sendo efetuada nova inspeção após a comunicação da
ii) Memória descritiva das medidas de segurança im- correção das mesmas.
plementadas ou a implementar adequadas à finalidade 4 — Estando reunidos os requisitos ou supridas as defi-
prevista no artigo 15.°. ciências é emitido certificado de inspeção que é notificado
ao interessado.
d) Entidades formadoras:
i) Certidão ou cópia autenticada dos documentos que SECÇÃO II
titulem a posse, o arrendamento, a locação ou usufruto do Emissão de alvará, licença ou autorização
imóvel onde vão ser desenvolvidas as ações de formação;
ii) Planta na escala de 1:5000 do espaço com descrição Artigo 30.°
da finalidade ou utilização prevista.
Emissão de alvará, licença ou autorização
2 — Após a conclusão do procedimento os elementos 1 — Após a entrega e comprovação da existência dos
referidos nas subalíneas iv) e v) da alínea a) e nas subalí- requisitos previstos no n.° 2 do artigo 47.°, do n.° 2 do
neas ii) e iii) da alínea b) do n.° 1 são objeto de tratamento artigo 48.°, do n.° 2 do artigo 49.° e do n.° 2 do artigo 50.°
com o grau de segurança confidencial. da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, a Direção Nacional da
PSP notifica o requerente para o pagamento da taxa de
Artigo 26.° emissão, no prazo máximo de 10 dias úteis.
Modelo de uniforme
2 — O alvará, licença ou autorização é emitido no prazo
máximo de 5 dias úteis após confirmação do pagamento
No caso de pedido de licenciamento para a prestação dos da taxa de emissão.
serviços de segurança privada enunciados nas alíneas a), 3 — No caso de prestação de serviços de segurança
c), e d) a f) do n.° 1 do artigo 3.° da Lei n.° 34/2013, de privada previstos na alínea d) do n.° 1 do artigo 3.° da Lei
16 de maio, o pedido previsto no n.° 1 do artigo 22.° deve n.° 34/2013, de 16 de maio, o cumprimento do requisito
ser instruído com os documentos e elementos obrigató- relativo ao número mínimo de veículos de transportes
rios previstos na presente portaria relativos ao modelo de de valores, pode ser prorrogado pelo prazo máximo de
uniforme. 90 dias após a data de emissão do alvará ou licença, me-
diante pedido fundamentado da entidade de segurança
Artigo 27.° privada.
Aperfeiçoamento e rejeição do pedido
Artigo 31.°
1 — Se o pedido a que se refere o n.° 1 do artigo 22.° não
Divulgação e publicidade
estiver acompanhado de todos os elementos instrutórios
cuja junção é obrigatória nos termos da presente portaria, 1 — A Direção Nacional da PSP assegura na sua página
a Direção Nacional da PSP convidará o interessado a su- oficial a divulgação das entidades de segurança privada
prir as deficiências no prazo máximo de cinco dias úteis. e entidades formadoras autorizadas, por tipo de serviços.
4966 Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013
2 — Para efeitos do n.° 5 do artigo 51.° da Lei 4 — Se prevista a diferenciação de uniformes em re-
n.° 34/2013, de 16 de maio, a publicitação de alvarás, sultado das funções a serem exercidas pelo pessoal de
licenças, autorizações e respetivos averbamentos, com- segurança privada, devem as mesmas ser identificadas
preende a seguinte informação: no pedido, bem como os artigos e peças de uniforme de
a) Nome ou designação social e sede; uso obrigatório e complementar destinadas a cada função.
b) Número de identificação de pessoa coletiva (NIPC); 5 — O modelo de uniforme deve conter os distintivos,
c) Contacto telefónico, fax e email, quando se trate de símbolos ou marcas que identifiquem inequivocamente
pessoas coletivas; a entidade de segurança privada à qual o trabalhador se
d) Serviços autorizados; encontra vinculado.
e) Número, tipo e validade do alvará, licença ou auto-
rização; Artigo 35.°
Aprovação de modelos de uniformes,
3 — Após a emissão de uma autorização de entidade distintivos, símbolos e marcas
formadora, a Direção Nacional da PSP deve disponibilizar 1 — O pedido de aprovação ou alteração a modelos de
à entidade autorizada o logótipo de entidade certificada, uniformes, distintivos, símbolos e marcas é feito através da
bem como as regras de utilização que esta deve adotar na
apresentação de requerimento de modelo próprio junto da
sua publicidade.
Direção Nacional da PSP, dirigido ao membro do Governo
responsável pela área da administração interna, devida-
Artigo 32.°
mente instruído com os seguintes elementos:
Modelos de alvarás, licenças e autorizações
a) Memória descritiva e desenho do talhe dos modelos e
Os modelos e caraterísticas dos alvarás, licenças e au- peças de homem e mulher, com indicação das cores e amos-
torizações constam do Anexo III à presente portaria, da tras dos tecidos utilizados e condições de utilização;
qual faz parte integrante. b) Memória descritiva dos distintivos, símbolos, siglas
e emblemas a utilizar nos uniformes, bem como a sua
colocação, acompanhada de exemplar ou protótipo;
CAPÍTULO IV
c) Memória descritiva das marcas e símbolos a usar
Modelos de uniformes, distintivos, símbolos, em veículos e outros equipamentos, acompanhado de fo-
marcas e viaturas tografia ou desenho;
d) Memória descritiva em suporte digital que inclua os
Artigo 33.° elementos descritos nas alíneas anteriores, com exceção
Modelos de uniformes, distintivos, símbolos, marcas ou viaturas
das amostras e exemplares, devendo ser utilizada a refe-
rência PANTONE das cores correspondentes;
1 — As entidades autorizadas a desenvolver os serviços e) Plano em suporte digital das diferentes combina-
de segurança privada previstos no n.° 1 do artigo 3.° da ções de uniformes previstos, em fotografia ou desenho
Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, para as quais seja obriga- artístico;
tório o uso de uniforme devem solicitar a aprovação dos f) Registo ou certificado de admissibilidade de marcas
modelos de uniformes, distintivos, símbolos e marcas que e símbolos.
pretendam utilizar.
2 — Os uniformes, distintivos, símbolos e outras marcas 2 — Os pedidos apresentados são sujeitos a parecer
utilizadas pelas entidades de segurança privada não podem prévio das Forças Armadas, das forças de segurança e da
ser confundíveis, atendendo à conjugação das respetivas Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), devendo
caraterísticas, incluindo cor, modelo, forma ou padrão, as entidades consultadas pronunciar-se no prazo máximo
com os usados pelas Forças Armadas, forças e serviços de de 20 dias úteis, presumindo-se o parecer favorável findo
segurança, serviços de emergência e proteção civil. o referido prazo.
3 — As viaturas utilizadas pelas entidades de segurança 3 — Os pareceres prévios não favoráveis devem ser
privada não podem ser confundíveis com as viaturas usadas fundamentados.
pelas Forças Armadas, forças e serviços de segurança, ser- 4 — Concluída a instrução o requerente é notificado do
viços de emergência e proteção civil, nomeadamente em sentido provável da decisão final.
termos de forma ou padrão de cor, símbolos e outras marcas. 5 — O despacho de aprovação do modelo de uniforme
é notificado ao requerente.
Artigo 34.° 6 — Os modelos de uniformes aprovados são publici-
Elementos essenciais do modelo de uniformes tados na página oficial da PSP.
1 — O modelo de uniforme deve conter, no mínimo, Artigo 36.°
os artigos de uniforme de uso obrigatório adequados às
funções e condições climatéricas de utilização. Sobreveste de identificação
2 — Para efeitos do número anterior consideram-se 1 — A sobreveste a utilizar pelos assistentes de recinto
artigos e peças de uniforme de uso obrigatório as calças desportivo e de recinto de espetáculos devem ter as se-
ou saias, camisas ou polos, casacos, blusões ou anorak e guintes caraterísticas:
calçado.
3 — O modelo de uniforme pode contemplar artigos a) Ter o formato de colete ou anorak, a usar de acordo
complementares de uso não obrigatório, sendo nesse caso com as condições climatéricas, devendo para a chuva ter
obrigatória a menção das condições do seu uso. o nível de proteção adequado de acordo com a EN 343;
Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013 4967
b) Possuir nas costas e frente a palavra «ASSISTENTE», Nacional - Casa da Moeda, S.A. (INCM), que assegura,
em letras maiúsculas, e numeração sequencial com visibi- também, quando necessário, a sua distribuição por correio.
lidade a longa distância;
c) Não ter qualquer publicidade, exceto a designação Artigo 40.°
da entidade e respetivos símbolos, marcas ou logótipos
Elementos de segurança
aprovados;
d) Ser em material de alta visibilidade, cumprindo os Os elementos de segurança física que compõem o cartão
requisitos mínimos correspondentes à classe 2 quanto ao profissional constam do anexo V da presente portaria, da
material de alta visibilidade e à classe 2 quanto ao material qual faz parte integrante.
retrorrefletor da EN 471;
e) Ser em cor amarelo ou laranja. Artigo 41.°
Elementos visíveis
2 — A sobreveste a utilizar pelo coordenador de segu-
rança deve ter as características referidas nas alíneas a), 1 — O cartão profissional contém os seguintes elemen-
c) a e) do número anterior e possuir nas costas e frente a tos visíveis de identificação do seu titular:
inscrição «COORDENADOR DE SEGURANÇA».
a) Nome(s) próprio(s) e apelidos;
b) Imagem facial;
Artigo 37.°
c) Assinatura.
Equipamentos de proteção individual
1 — Os equipamentos de proteção individual, quando o 2 — Para além dos elementos de identificação do titular
seu uso seja obrigatório, devem cumprir as especificações referidos no número anterior, o cartão profissional contém
previstas no respetivo regime legal. as seguintes menções:
2 — Os capacetes de proteção e os coletes retrorrefle- a) «Ministério da Administração Interna» e «Polícia de
tores não devem ter qualquer publicidade, exceto a de- Segurança Pública», enquanto entidade emissora;
signação da entidade e respetivos símbolos, marcas ou b) «Segurança privada»;
logótipos aprovados. c) Tipo de documento;
3 — Os coletes de proteção balística previstos no n.° 1 d) Número de documento;
do artigo 34.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, devem e) Data de validade;
cumprir, no mínimo, a norma VPAM classe 5, NIJ IIIA, f) Assinatura do diretor nacional da Polícia de Segurança
ou norma equivalente. Pública (PSP).
4 — No caso do uso de colete de proteção balística ex-
terior o mesmo deve permitir a identificação da entidade 3 — Pode ainda ser incluída no cartão profissional de
de segurança privada e deve possuir, de forma visível, a segurança privado a menção da categoria profissional do
designação da entidade e respetivos símbolos, marcas ou respetivo titular, desde que prevista nos contratos coletivos
logótipos. de trabalho aplicáveis.
4 — A assinatura referida na alínea c) do n.° 1 não pode
conter desenhos ou elementos gráficos.
CAPÍTULO V
5 — Em caso de omissão da assinatura deve ser incluída
Cartão profissional menção na área do cartão profissional destinada à sua
reprodução digitalizada.
SECÇÃO I
Artigo 42.°
Modelo e elementos de identificação
Diferenciação de especialidades
suas instalações de pessoal de segurança privada entre as tratamento de dados pessoais de clientes com os quais
22 horas e as 7 horas, desde que os contratos de prestação tenham contrato de prestação de serviços.
de serviços celebrados não prevejam qualquer prestação 3 — O disposto no número anterior não prejudica a
nesse período. subcontratação de entidades sujeitas a registo prévio nos
4 — A dispensa prevista no número anterior é da com- termos previstos no n.° 3 do artigo 12.° da Lei n.° 34/2013,
petência do membro do Governo responsável pela área da de 16 de maio, para efeitos de estudo e conceção, insta-
administração interna, mediante pedido fundamentado, lação, manutenção ou assistência técnica de material e
sendo válida por 6 meses e renovável por iguais períodos. equipamento de segurança.
4 — As entidades autorizadas a explorar e a gerir cen-
Artigo 55.° trais de receção e monitorização de sinais de alarme e
Autorização de equipamentos e meios de videovigilância, devem, antes da ativação do serviço,
técnicos de revista ou inspeção instruir o utilizador, por escrito, do funcionamento do
1 — Os meios técnicos destinados a revista pessoal serviço, das caraterísticas técnicas e funcionais do sistema
de prevenção e segurança e de inspeção não intrusiva de e das responsabilidades do utilizador.
bagagem, previstos no artigo 19.° da Lei n.° 34/2013,
de 16 de maio, são autorizados por despacho do diretor Artigo 58.°
nacional da PSP. Avarias
2 — Os meios técnicos comercializados devem ser
fabricados cumprindo os requisitos previstos nas normas 1 — As empresas de segurança privada titulares de
técnicas aplicáveis e certificados pelas entidades acredita- alvará C devem assegurar os serviços técnicos adequa-
das reconhecidas ou autorizadas pelas entidades ou orga- dos que permitam a intervenção, no prazo máximo de
nismos nacionais de acreditação em cada Estado membro 24 horas, após a verificação de avaria ou pedido de in-
da União Europeia, de acordo com a norma EN 45011, tervenção do cliente.
ou equivalente. 2 — Aos serviços técnicos das entidades referidas no
3 — Os meios técnicos autorizados são publicitados na número anterior são aplicáveis os requisitos definidos
página oficial da PSP. nos termos do n.° 4 do artigo 12.° da Lei n.° 34/2012, de
4 — A utilização de meios técnicos não autorizados ou 16 de maio.
não constantes da publicitação referida no número anterior
carece de aprovação prévia. Artigo 59.°
Manuais do sistema
Artigo 56.°
Publicidade
1 — As empresas de segurança privada titulares de
alvará C devem disponibilizar aos utilizadores dos ser-
1 — Para efeitos do n.° 4 do artigo 25.° e n.° 2 do viços manuais de operação do sistema e sua manutenção
artigo 37.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, considera-se que inclua, no mínimo, a descrição do funcionamento do
como publicidade qualquer referência aos serviços presta- sistema, as medidas de manutenção preventiva e corretiva
dos pela entidade, independentemente do suporte ou meio dos equipamentos instalados e a relação das avarias mais
de divulgação utilizado. frequentes e sua resolução de modo a assegurar o bom
2 — O disposto no número anterior é aplicável às ins- funcionamento do sistema.
crições ou imagens, independentemente do suporte, colo- 2 — Em caso de alteração, substituição ou evolução
cadas em imóveis ou veículos de empresa de segurança dos sistemas instalados a entidade titular de alvará C deve
privada ou entidade formadora, ainda que destinadas à sua assegurar a atualização dos manuais.
identificação e localização.
3 — As empresas de segurança privada e as entidades Artigo 60.°
formadoras não devem induzir o consumidor relativa-
mente à prestação de serviços para os quais não estejam Procedimentos de verificação de alarmes
autorizados. 1 — Quando um operador de uma central de receção
e monitorização de alarmes verifique a ocorrência de
SECÇÃO II um alarme deve proceder de imediato à sua verificação
Monitorização e receção de alarmes e validação, de acordo com os procedimentos técnicos
estabelecidos.
Artigo 57.° 2 — Para efeitos do número anterior e para assegurar
um correto funcionamento da central de receção e monito-
Âmbito material rização de alarmes deve ser assegurada a presença de ope-
1 — As atividades previstas na alínea c) do n.° 1 do radores de central de alarme em número suficiente para a
artigo 3.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, são exerci- prestação de serviços, proporcional ao número de ligações
das exclusivamente pelas entidades de segurança privada contratadas, devendo ser garantido de forma permanente
habilitadas com Alvará ou Licença C. a presença, pelo menos, de um operador.
2 — Sem prejuízo da aplicação do regime geral em 3 — As centrais de receção e monitorização de alarmes
matéria de proteção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de e os centros de controlo devem estar dotados de um registo
26 de outubro, é vedado às entidades referidas no número central informatizado de todos os alarmes registados de
anterior, para o exercício da sua atividade, subcontratar ou- modo a assegurar a respetiva auditoria.
tras entidades, ainda que titulares de Alvará ou Licença C, 4 — Os registos a que se refere o número anterior devem
para a gestão de sinais de alarme, de videovigilância, ou ser conservados pelo prazo de 5 anos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013 4971
5 — O não cumprimento das obrigações e deveres pre- 3 — As viaturas de transporte de valores são objeto de
vistos nos n.os 1 e 3, é enquadrável como violação das registo obrigatório na Direção Nacional da PSP.
condutas previstas na alínea c) do n.° 3 do artigo 59.° da
Lei n.° 34/2013, de 16 de maio. SECÇÃO IV
Artigo 68.° Processos formativos de pessoal de segurança privada
Sistemas de alarme móveis Artigo 73.°
O disposto na presente secção é aplicável aos sistemas Planificação e gestão da atividade formativa
de alarme móveis sempre que estejam ligados a central de
receção e monitorização de alarmes. 1 — A entidade formadora deve elaborar plano de ati-
vidades com regularidade anual, que demonstre compe-
tências de planeamento da sua atividade formativa, e que
SECÇÃO III integre nomeadamente os seguintes elementos:
Transporte de valores a) Caracterização da entidade e da sua atividade;
b) Projetos a desenvolver em coerência com a estraté-
Artigo 69.° gia e o contexto de atuação, respondendo a necessidades
Regras de operação formativas de pessoal de segurança privada
c) Objetivos e resultados a alcançar, com os respetivos
1 — Os veículos de transportes de valores, quando em indicadores de acompanhamento;
operação, e sempre que não exista local seguro nas insta- d) Recursos humanos e materiais a afetar aos projetos,
lações onde são realizadas as operações, devem estacionar tendo em conta as áreas de educação e formação;
no local mais próximo do ponto de entrada e saída do e) Parcerias e protocolos.
vigilante de transporte de valores.
2 — As entidades titulares de alvará D, relativamente a 2 — O plano de atividades é avaliado de acordo com
cada local de operação, devem proceder à respetiva ava- os seguintes critérios:
liação prévia de risco e estabelecer os procedimentos de a) Fundamentação dos projetos a desenvolver e coe-
segurança adequados a observar pelos vigilantes de trans- rência dos mesmos;
portes de valores, compreendendo as medidas a adotar b) Adequação dos objetivos e respetivos indicadores
antes, durante e após a operação de recolha ou entrega de acompanhamento;
de valores. c) Adequação dos recursos humanos e materiais a afe-
tar aos projetos tendo em conta as áreas de educação e
Artigo 70.° formação envolvidas;
Manuseamento de valores d) Definição clara das responsabilidades e tarefas esta-
belecidas no âmbito de parcerias ou protocolos celebrados
1 — Sempre que exista necessidade de manuseamento com outras entidades.
de valores ou de dispositivos que contenham valores, essa
operação deve ocorrer em área reservada, sem que haja Artigo 74.°
acesso de terceiros.
Conceção e desenvolvimento da atividade formativa
2 — A delimitação de áreas reservadas para manusea-
mento de valores deve observar os requisitos previstos na 1 — A entidade formadora deve demonstrar que as ações
presente portaria. de formação que desenvolve são adequadas aos objetivos
e destinatários da formação e se estruturam com base nas
Artigo 71.° seguintes fases:
Incidentes com operações de transporte de valores a) Definição das competências a desenvolver pelos
formandos;
Os incidentes com operações de transporte de valores b) Definição dos objetivos de aprendizagem a atingir
devem ser comunicados pelas entidades titulares de alvará pelos formandos;
ou licença D à Direção Nacional da PSP, por meio seguro c) Definição dos itinerários de aprendizagem com a
eletrónico, na sua área reservada do SIGESP, mediante identificação dos módulos e sua sequência pedagógica no
autenticação, para efeitos de análise dos procedimentos programa de formação;
de segurança adotados. d) Identificação e aplicação de estratégias de aprendi-
zagem baseadas em métodos, atividades e recursos téc-
Artigo 72° nico-pedagógicos;
Parecer prévio e registo de viaturas de transporte de valores e) Identificação e aplicação da metodologia e instru-
mentos de seleção de formandos e formadores, quando
1 — Os veículos de transporte de valores são objeto de aplicável;
inspeção e parecer prévio vinculativo da Direção Nacional f) Identificação e aplicação da metodologia e instru-
da PSP, para efeitos de licenciamento de veículos. mentos de acompanhamento a utilizar durante e após a
2 — Os veículos de transporte de valores que tenham formação nomeadamente de empregabilidade e inserção
sofrido acidente que obrigue a interrupção de circulação profissional;
por prazo superior a 90 dias devem ser submetidos a nova g) Identificação e aplicação das metodologias e instru-
inspeção de conformidade com as especificações de segu- mentos de avaliação da aprendizagem e de satisfação da
rança previstas na presente portaria. formação;
Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013 4973
aplicáveis às empresas de segurança privada titulares de artigo 7.° e corresponderem, no mínimo, ao grau de classi-
Alvará C, devendo o seu funcionamento ser assegurado de ficação 3, de acordo com a norma EN 50131-1, ou equiva-
forma permanente e contínua por operadores em número lente, devendo ser instalados em novas agências e no caso
adequado aos sistemas a monitorizar, não podendo o seu das agências existentes no prazo de cinco anos a contar da
número ser inferior a 2. data de entrada em vigor da presente portaria.
3 — Sem prejuízo do disposto no n.° 2 do artigo 68.° da 3 — Nas instalações a que se refere o n.° 1 é obrigatória
Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, a adaptação aos requisitos a afixação, em local bem visível, de informação clara de
previstos no número anterior pode ser implementada de que as instalações se encontram protegidas por medidas
forma faseada até 15 de junho de 2015, mediante parecer de segurança.
favorável da Direção Nacional da PSP, resultante da ava-
liação dos sistemas de segurança implementados. SECÇÃO II
Artigo 90.° Conjuntos comerciais e grandes
superfícies de comércio
Sistemas de videovigilância
1 — Nas instalações das instituições de crédito e socie- Artigo 92.°
dades financeiras, onde sejam prestados serviços a clientes Centros comerciais e grandes
ou se proceda ao depósito, guarda e tratamento de valores, superfícies comerciais
devem ser instalados sistemas de videovigilância por câ-
maras de vídeo para captação e gravação de imagens, mo- Para efeitos do n.° 2 do artigo 8.° da Lei n.° 34/2013,
nitorizado a partir da central de controlo, com a finalidade de 16 de maio, são considerados conjuntos comerciais e
de proteger pessoas e bens e prevenir a prática de crimes. grandes superfícies de comércio os que, como tal, sejam
2 — Os sistemas referidos no número anterior devem classificados ou definidos no respetivo regime legal que
permitir a identificação de pessoas e garantir a cobertura lhes seja aplicável.
das zonas de atendimento ao público, de depósito e guarda
de valores, e de cofres, dispensadores de dinheiro ou cai- Artigo 93.°
xas automáticas e controlo de acesso e permanência às Diretor ou responsável de segurança
referidas áreas.
3 — Os sistemas de registo e gravação de imagens de- 1 — O diretor de segurança, ou responsável de segu-
vem, preferencialmente, situar-se na central de controlo, rança, independentemente da designação adotada, é o res-
sendo obrigatória a conservação das imagens por prazo ponsável pela organização e gestão da segurança.
não inferior a 30 dias. 2 — É admitida a criação de um departamento central
4 — No caso em que se situem na dependência os sis- de segurança único para entidades integradas no mesmo
temas de registo e gravação devem situar-se em local pro- grupo, desde que cumpridos os requisitos relativos ao res-
tegido e de acesso restrito. petivo diretor previstos na alínea a) do n.° 2 do artigo 8.°
5 — É aplicável aos locais de acesso ao público a obri- da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
gatoriedade de afixação da informação prevista no n.° 5 3 — Ao diretor de segurança compete:
do artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio. a) A gestão integrada de todos os sistemas, operações
6 — A obrigatoriedade do sistema de videovigilância e medidas de segurança, neles se incluindo o pessoal de
não prejudica a aplicação do regime geral em matéria segurança privada que, direta ou indiretamente, esteja
de proteção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de 26 de contratualmente vinculado à referida entidade;
outubro. b) O controlo de funcionamento de todos os sistemas de
segurança físicos ou eletrónicos existentes e a segurança
Artigo 91.° de dados ou sinais que estes gerem;
Dispositivos de proteção e segurança c) A articulação com as forças e serviços de segurança
e órgãos de polícia criminal;
1 — Nas instalações de instituições de crédito e socie- d) A conservação, em suporte adequado, de todas as
dades financeiras, onde se proceda à guarda e tratamento plantas das dependências ou instalações da entidade;
de valores, sem prejuízo do disposto no artigo anterior, e) Outras competências que resultem especialmente de
devem ser instalados dispositivos de proteção e segurança legislação especial ou de autoridade reguladora.
que cumpram os seguintes requisitos:
a) Porta ou portas de acesso, com a classe de resistên- 4 — Sem prejuízo da habilitação específica para o
cia 2, de acordo com a norma EN 1627 ou equivalente, e exercício da profissão regulada de diretor de segurança
contactos magnéticos de média potência; prevista na lei, o diretor ou responsável de segurança deve
b) Janelas, se aplicável e tecnicamente viável, com a estar habilitado com a formação específica de diretor de
classe de resistência 2, de acordo com a norma EN 1627 segurança, ou qualificação profissional equivalente que
ou equivalente, e proteção eletrónica; venha a ser reconhecida nos termos do artigo 26.° da Lei
c) Elementos de alarme que permitam a deteção de n.° 34/2013, de 16 de maio.
vibrações em caso de ataque à casa-forte, cofres e dispen-
sador automático de dinheiro; Artigo 94.°
d) Sistema de deteção contra intrusão;
Central de controlo
e) Conexão com central de controlo.
1 — A central de controlo, que pode ser única por grupo,
2 — Os sistemas de alarmes referidos no número an- deve assegurar a receção centralizada de todos os sinais
terior devem cumprir os requisitos previstos no n.° 2 do resultantes dos sistemas de segurança e alarme instalados.
Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013 4977
2 — A central de controlo deve cumprir os requisitos lharias ou ourivesarias, devem adotar os seguintes sistemas
previstos para as instalações e as medidas de segurança de segurança obrigatórios:
aplicáveis às empresas de segurança privada titulares de
Alvará C, devendo o seu funcionamento ser assegurado de a) Sistema de videovigilância por câmaras de vídeo para
forma permanente e contínua por operadores em número captação e gravação de imagens;
adequado aos sistemas a monitorizar, não podendo o seu b) Sistemas de deteção de intrusão;
número ser inferior a 2. c) Caixa-forte ou cofre, com um nível de segurança
3 — Sem prejuízo do disposto no n.° 2 do artigo 68.° da mínimo de grau 3 de acordo com a norma EN 1143-1 ou
Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, a adaptação aos requisitos equivalente, dotada de sistema de abertura automática
previstos no número anterior pode ser implementada de retardada, e dispositivo mecânico e eletrónico de bloqueio
forma faseada até 15 de junho de 2015, mediante parecer da porta, fora do período de funcionamento.
favorável da Direção Nacional da PSP, resultante da ava-
liação dos sistemas de segurança implementados. 2 — Os sistemas de segurança referidos no n.° 1 devem
ser obrigatoriamente instalados em novos estabelecimen-
Artigo 95.° tos a partir da data prevista no n.° 7 do artigo 68.° da Lei
n.° 34/2013, de 16 de maio, e nos já existentes a sua im-
Sistemas de videovigilância plementação deve ocorrer no prazo máximo de cinco anos
1 — Os sistemas de videovigilância por câmaras de contados da entrada em vigor da presente portaria.
vídeo para captação e gravação de imagens, deve ser 3 — É aplicável aos locais de acesso ao público a obri-
monitorizado a partir da central de controlo, e tem por gatoriedade de afixação da informação prevista no n.° 5
finalidade a proteção de pessoas e bens e prevenção da do artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
prática de crimes. 4 — A obrigatoriedade do sistema de videovigilância
2 — Os sistemas referidos no número anterior devem não prejudica a aplicação do regime geral em matéria
permitir a identificação de pessoas, bem como garantir a de proteção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de 26 de
cobertura das zonas ou áreas comuns acessíveis ao público, outubro.
de depósito e guarda de valores, e de cofres, dispensadores
de dinheiro ou caixas automáticas e controlo de acesso e Artigo 98.°
permanência às referidas áreas. Estabelecimentos de exibição, compra
3 — Os sistemas de registo e gravação de imagens de- e venda de obras de arte
vem, preferencialmente, situar-se na central de controlo,
sendo obrigatória a conservação das imagens por prazo 1 — Os estabelecimentos onde se proceda à exibição,
não inferior a 30 dias. compra e venda de obras de arte, nomeadamente, galerias
4 — No caso em que se situem na dependência os sis- de arte, devem adotar os seguintes sistemas de segurança
temas de registo e gravação devem situar-se em local pro- obrigatórios:
tegido e de acesso restrito. a) Sistema de videovigilância por câmaras de vídeo para
5 — É aplicável aos locais de acesso ao público a obri- captação e gravação de imagens;
gatoriedade de afixação da informação prevista no n.° 5 b) Sistemas de deteção de intrusão;
do artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio. c) Caixa-forte ou cofre, com um nível de segurança
6 — A obrigatoriedade do sistema de videovigilância não mínimo de grau 3 de acordo com a norma EN 1143-1 ou
prejudica a aplicação do regime geral em matéria de prote- equivalente, dotada de sistema de abertura automática
ção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de 26 de outubro. retardada, e dispositivo mecânico e eletrónico de bloqueio
da porta, fora do período de funcionamento.
Artigo 96.°
Dispositivos de proteção e segurança 2 — A obrigatoriedade de adoção de sistemas de segu-
rança prevista no número anterior só se aplica a estabele-
1 — Sem prejuízo da instalação de sistemas de alarme
que resultem expressamente da presente portaria, as en- cimentos cujo valor seguro das obras de arte seja superior
tidades gestoras dos estabelecimentos a que se refere o a € 15 000.
n.° 2 do artigo 8.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, devem 3 — Os sistemas de segurança referidos no n.° 1 devem
dispor de local seguro para a realização de operações de ser obrigatoriamente instalados em novos estabelecimen-
transporte de valores. tos a partir da data prevista no n.° 7 do artigo 68.° da Lei
2 — Os sistemas de alarmes instalados devem cumprir n.° 34/2013, de 16 de maio, e nos já existentes a sua im-
os requisitos previstos no n.° 2 do artigo 7.° e correspon- plementação deve ocorrer no prazo máximo de cinco anos.
derem, no mínimo, ao grau de classificação 3, de acordo 4 — É aplicável aos locais de acesso ao público a obri-
com a norma EN 50131-1, ou equivalente. gatoriedade de afixação da informação prevista no n.° 5
do artigo 31.° da Lei n.° 34/2013, de 16 de maio.
5 — A obrigatoriedade do sistema de videovigilância
SECÇÃO III não prejudica a aplicação do regime geral em matéria
Outros estabelecimentos de proteção de dados previsto na Lei n.° 67/98, de 26 de
outubro.
Artigo 97.°
Artigo 99.°
Estabelecimentos de exibição, compra
e venda de metais preciosos Eventos de caráter ocasional
1 — Os estabelecimentos onde se proceda à exibição, As medidas de segurança previstas na presente portaria
compra e venda de metais preciosos, nomeadamente, joa- para os estabelecimentos previstos no n.° 3 do artigo 8.° da
4978 Diário da República, 1.ª série — N.º 159 — 20 de agosto de 2013
2 — As referências às normas aplicáveis nos termos 2 — No caso de o pedido não ter sido submetido pelo
da presente portaria consideram-se, para todos os efeitos, SIGESP a Direção Nacional deve disponibilizar, mediante
como reportadas a normas portuguesas, europeias, ou ou- registo prévio, o respetivo acesso.
tros tecnicamente equivalentes.
Artigo 122.°
Artigo 117.° Auditorias, verificações e inspeções
Aplicação no tempo
1 — As verificações e inspeções com vista ao cum-
As normas EN 50130, 50131, 50132, 50133, 50136 e primento dos requisitos e medidas de segurança, em
CLC/TS 50398, ou equivalentes, segundo os diferentes sede do processo de licenciamento são realizadas pelo
tipos de alarme, são aplicáveis no prazo de um ano após DSP.
a entrada em vigor da presente portaria. 2 — As inspeções às sedes, filiais, instalações opera-
cionais e demais instalações das entidades de segurança
Artigo 118.° privada e das entidades formadoras são realizadas pelo
Modelos de requerimento e local de apresentação do pedido
DSP, sem prejuízo das competências atribuídas à Inspe-
ção-Geral da Administração Interna.
Os modelos de requerimento de uso obrigatório pre- 3 — As auditorias com vista à verificação dos requisi-
vistos na presente portaria são aprovados por despacho tos e cumprimento do referencial de qualidade, em sede
do diretor nacional da PSP e devem ser disponibilizados do processo de licenciamento e de exercício da atividade
gratuitamente na página oficial da PSP. de entidade formadora, são realizadas pelo DSP, com a
colaboração do Instituto Superior de Ciências Policiais e
Artigo 119.° Segurança Interna (ISCPSI).
Comunicações eletrónicas 4 — Sem prejuízo de procedimento contraordenacional,
sempre que das auditorias referidas no número anterior
1 — No prazo de 30 dias após a entrada em vigor da resulte a não conformidade com os requisitos mínimos, de-
presente portaria, o cumprimento do dever previsto na vem ser formuladas recomendações quanto às medidas a se-
alínea k) do n.° 1 do artigo 37.° da Lei n.° 34/2013, de rem implementadas e respetivos prazos de implementação.
16 de maio, deve realizar-se exclusivamente através de
comunicação eletrónica pelo SIGESP para as entidades de Artigo 123.°
segurança privada com mais de 10 trabalhadores.
2 — Sempre que o SIGESP não esteja disponível, o Cartões profissionais vigentes
cumprimento do dever pode ser realizado por qualquer 1 — Os cartões profissionais emitidos ao abrigo do
outro meio legalmente admissível, juntamente com com- Decreto-Lei n.° 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado
provativo do erro verificado. pelo Decreto-Lei n.° 198/2005, de 10 de novembro, pela
Lei n.° 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis
Artigo 120.º n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de
Verificação da informação nos processos de licenciamento novembro, mantêm-se em vigor até ao termo da sua va-
lidade.
1 — A informação relativa à CAE e os dados das pessoas 2 — Os cartões profissionais referidos no número ante-
coletivas são confirmados através de ligação ao Sistema rior podem, a requerimento do seu titular, e desde que den-
de Informação da Classificação Portuguesa de Atividades tro da sua validade, ser substituídos pela Direção Nacional
Económicas (SICAE) e às bases de dados do Instituto dos da PSP mediante pagamento das taxas correspondentes à
Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.), em termos a de- sua emissão.
finir por protocolo a celebrar entre o IRN, I. P., o Instituto 3 — O pessoal de vigilância titular de cartão profis-
das Tecnologias de Informação na Justiça, I. P. (ITIJ, I. P.), sional válido, sem vínculo laboral a qualquer entidade de
a AMA — Agência para a Modernização Administrativa, segurança privada para a respetiva especialidade deve, no
I. P., e a PSP. prazo de 6 meses a contar da data de entrada em vigor da
2 — A informação relativa à CAE e aos dados das pes- Lei n.° 34/2013, de 16 de maio, proceder à sua entrega na
soas singulares são confirmados através de ligação à base Direção Nacional da PSP.
de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos
termos da legislação em vigor, definidos por protocolo Artigo 124.°
a celebrar entre a AT, a Direção-Geral de Informática e
Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), a Norma revogatória
AMA, I. P., e a PSP. São revogados:
3 — Antes da celebração dos protocolos referidos nos
números anteriores o seu conteúdo deve ser comunicado à a) A Portaria n.° 972/98, de 16 de novembro;
Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). b) A Portaria n.° 135/99, de 26 de fevereiro;
c) O n.° 8.° da Portaria n.° 1522-B/2002, de 20 de de-
Artigo 121.° zembro;
d) Os n.os 5.° e 6.° da Portaria n.° 734/2004, de 28 de
Acompanhamento e informação junho;
sobre o processo de licenciamento
e) A Portaria n.° 247/2008, de 27 de março, alterada
1— A Direção Nacional da PSP deve assegurar à enti- pela Portaria n.° 840/2009, de 3 de agosto;
dade ou pessoa requerente o acompanhamento e informa- f) A Portaria n.° 1084/2009, de 21 de setembro;
ção sobre o processo de licenciamento através do SIGESP. g) A Portaria n.° 1085/2009, de 21 de setembro.
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ANEXO III
ANEXO V
Elementos de segurança
ANEXO VI
ANEXO IV
Modelo de certificado
Modelo de cartão profissional
(a que se refere o n.° 3 do artigo 47.°)
(a que se refere o n.° 1 do artigo 39.°)
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Norma Descrição