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A reprodução é o processo que possibilita, ao mesmo tempo, a

continuidade e a renovação da espécie humana.


Todos os seres vivos têm um ciclo vital compreendido entre o
nascimento e a morte. A reprodução é um processo que permite à espécie
perpetuar-se e renovar-se. A fusão de gametas aciona mecanismos que
originam um indivíduo com uma nova combinação gênica, o que leva a
espécie a uma maior variabilidade genética, um fator evolutivo.
O sistema reprodutor humano é composto de vários órgãos e estruturas
em cada um dos sexos. Relaciona-se com ele, ainda, o sistema hormonal, que
estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais, a reprodução de gametas e o
impulso sexual, além de outras funções.

O aparelho reprodutor masculino tem por função produzir e conduzir


até o aparelho reprodutor feminino os gametas masculinos ou
espermatozóides. É formado pelos seguintes órgãos: testículos, epidídimos,
canais deferentes, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbo-uretrais, canal
ejaculador e uretra.
É o órgão de cópula masculino, de formato cilíndrico e altamente
elástico. Constitui-se internamente pela uretra, veias e capilares sangüíneos
modificados em tecidos esponjosos ricos em vasos sangüíneos, o corpo
cavernoso e o corpo esponjoso. Durante a excitação sexual, ocorre um
acúmulo de sangue nesses tecidos, provocando a ereção.
A região anterior do pênis forma a glande (cabeça) peniana, recoberta
por uma prega protetora, denominada prepúcio.

Também denominado escroto, é uma bolsa de pele localizada abaixo do


pênis, dentro da qual ficam alojados os testículos.

Os dois testículos são as gônadas masculinas, localizadas no interior do


saco escrotal ou escroto, onde são produzidos os espermatozóides. No interior
dos testículos, existem cerca de 900 pequenos tubos enovelados – os túbulos
seminíferos – dentro dos quais são produzidos os espermatozóides. Entre os
túbulos seminíferos, encontram-se células especiais denominadas células
intersticiais ou de Leydig, cuja função é produzir o hormônio sexual
masculino, a testosterona.
A localização dos testículos favorece a produção de espermatozóides,
que normalmente se realiza em temperaturas mais baixas que a do interior da
cavidade abdominal, geralmente 2 ou 3° C abaixo da temperatura corporal.
Certas crianças podem apresentar criptorquidia, condição em que um ou
ambos os testículos não desceram ao saco escrotal e, portanto, permanecem na
cavidade abdominal. Se não for corrigida a tempo, com cirurgia ou tratamento
adequado, a criptorquidia pode provocar esterilidade no homem.

Espermatozóide
Dos tubos seminíferos, os espermatozóides são transportados – pelos
canais eferentes – para o epidídimo, que é um enovelado de túbulos localizado
sobre o testículo. É no epidídimo que os espermatozóides recém-formados
ficam armazenados, terminam sua maturação e adquirem mobilidade.

Os canais deferentes são dois tubos musculosos que saem do epidídimo,


sobem para o abdome, controlam a bexiga. Sob a bexiga os dois canais unem-
se, formando um só, o duto ou canal ejaculador, que desemboca na uretra, que
é um canal comum ao sistema reprodutor e ao sistema urinário masculino, que
percorre o interior do pênis e se abre para o exterior na extremidade da glande.

Juntamente com os espermatozóides, as secreções dessas glândulas


formam o sêmen ou esperma.

As vesículas seminais são duas glândulas localizadas atrás da bexiga


urinária e desembocam no duto ejaculador. Produzem uma secreção, que
constitui cerca de 60% do volume total do sêmen, e é rica em substâncias
nutritivas. Uma dessas substâncias é a frutose, que serve como fonte de
energia para os movimentos da cauda do espermatozóide e facilita sua
sobrevivência.
A próstata, está localizada sob a bexiga urinária, e se constitui na maior
glândula acessória do sistema reprodutor masculino. Ela produz um líquido
que, lançado na porção inicial da uretra, neutraliza a acidez desta e das
secreções vaginais, facilitando a movimentação dos espermatozóides. O
conjunto dos espermatozóides, do líquido seminal e do líquido prostático,
constitui o esperma ou sêmen.

As duas glândulas bulbo-uretrais estão localizadas sob a próstata e


também desembocam na uretra. Durante a excitação sexual, produzem um
líquido, cuja função é ainda pouco conhecida. Admite-se que essa secreção
limpa o conduto uretral antes da passagem do sêmen e auxilia na lubrificação
dos órgãos sexuais durante a cópula.
Pelo sêmen também são eliminados linfócitos. A presença dessas
células, contendo o vírus da Aids, explica por que a doença pode ser
transmitida pelo sêmen.

Durante o ato sexual, quando os estímulos se tornam suficientemente


intensos, ocorrem contrações dos músculos lisos do epidídimo, do canal
deferente, da uretra e das glândulas anexas, culminando na eliminação do
sêmen para o exterior; é a ejaculação, que é acompanhada de sensações
agradáveis que constituem o orgasmo. A cada ejaculação são eliminados cerca
de 400 milhões de espermatozóides em 3 a 4 ml de esperma.

Denomina-se criptorquidia (do grego kryptos = oculto; aekhis =


testículo) à deficiência que retém os testículos na cavidade abdominal; a
ausência de migração dos testículos para o escroto pode ocorrer em apenas um
dos lados ou em ambos.
O tratamento que se aplica para induzir a descida dos testículos para o
escroto consiste geralmente na administração de hormônios. Quando depois de
uma série de injeções o tratamento não dá resultado, recorre-se à cirurgia,
normalmente com melhores resultados quando o paciente tem por volta de 10
anos de idade.
Para que os testículos se desenvolvam perfeitamente e tenham uma
capacidade adequada de produzir espermatozóides, são necessárias as
condições de temperatura encontradas no interior do escroto (temperatura
abaixo dos 37ºC, geralmente oscilado entre 33ºC e 35ºC). Assim, a
permanente retenção dos testículos no abdome pode levar o indivíduo à
esterilidade. Porém, se apenas um testículo ficar permanentemente retido, o
outro normalmente garante uma produção adequada de espermatozóides.
PAULINO , Wilson Roberto. Biologia atual. V.3. São Paulo: Ática, p.29.

O sistema reprodutor feminino é formado por um par de ovários, um par


de tubas uterina, útero, vagina e vulva.

A vulva é constituída por duas pregas de pele cobertas por pêlos


pubianos, os grandes lábios, que envolvem duas pregas menores e mais
delicadas, os pequenos lábios, os quais protegem a abertura vaginal e a uretra.
Um pouco acima do orifício da uretra, há um pequeno órgão, o clitóris,
formado pela união da parte superior dos pequenos lábios e por tecido
esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. O clitóris possui muitas
terminações nervosas, sendo muito sensível a estímulos.

A vagina é o órgão copulador feminino.É um canal musculoso e elástico


de 8 a 15 cm de comprimento, que comunica o útero com a vulva. É o órgão
de cópula, recebendo o pênis durante o ato sexual; também se constitui no
canal do parto. A extremidade interna da vagina comunica-se com o útero por
um canal do colo uterino denominado canal cervical. O hímen é uma
membrana que fecha parcialmente a abertura da vagina e se rompe na primeira
relação sexual. A parede vaginal apresenta estruturas denominadas glândulas
de Bartholin, que sob a ação de estímulos sexuais, produz substâncias que a
lubrificam, facilitando a penetração do pênis.

O útero é um órgão musculoso e oco, de tamanho e forma aproximados


aos de uma pêra. Sua porção superior é alargada e está conectada às trompas
ou tubas.
A parede interna do útero é revestida de um tecido muito vascularizado
chamado endométrio (parede na qual a placenta irá se “enraizar”). A partir da
puberdade, mensalmente o endométrio prepara-se para uma possível gravidez.

As tubas uterinas são dois tubos curvos ligados ao útero. A extremidade


livre de tuba é alargada e situa-se junto a cada um dos ovários. O óvulo
liberado durante a ovulação é sugado para interior de uma das tubas,
deslocando-se até o útero.
Os dois ovários localizam-se na cavidade abdominal, um pouco acima
das virilhas, um em cada lado do corpo. Eles têm a forma de uma pequena
azeitona e medem cerca de 3 cm de comprimento. É na porção mais externa
do ovário que estão localizadas as células primordiais que darão origem aos
óvulos. Também são responsáveis pela produção de hormônios femininos
como estrógeno e progesterona.
Observe a figura a seguir.

Os ovários começam a funcionar na fase embrionária. Por ocasião do


nascimento existem cerca de 1 milhão de futuros óvulos em cada ovário, no
interior de folículos primários. Em cada folículo apenas uma ovogônia (célula
primordial) cresce, transformando-se em ovócito primário e iniciando a
meiose.
Por ocasião da puberdade, devido à ação hormonal, a meiose continua.
A cada mês alguns folículos entram em atividade, mas em geral, apenas um
completa o desenvolvimento e libera o óvulo (um ovócito secundário), os
demais regridem após alguns dias. O óvulo em formação é revestido por uma
película gelatinosa que secreta grande quantidade de líquido, que faz o
folículo crescer, formando o folículo de Graaf.
A liberação do ovócito secundário (óvulo) é a ovulação. A meiose
somente se completará se houver fecundação.
O folículo rompido após a ovulação transforma-se em corpo lúteo e tem
importante papel na manutenção da gravidez.

Observe a seguir o processo de ovulação.

Ovulação

A adeno-hipófise produz, a partir da puberdade, os hormônios


gonadotróficos, que estimulam o desenvolvimento e funcionamento das
gônadas masculinas e femininas. São eles:
FSH – hormônio folículo estimulante;
LH – hormônio luteinizante.
O FSH atua nas células dos túbulos seminíferos, promovendo a
produção de espermatozóides. O LH o atua sobre as células intersticiais do
testículo (células de Leydig), estimulando a produção de testosterona. A
testosterona é o hormônio responsável pelo aparecimento e pela manutenção
de características sexuais secundárias masculinas, como pêlos do corpo, barba,
maior massa muscular, aumento dos ossos, aumento no tamanho do pênis e
dos testículos, tom grave da voz etc. A testosterona atua no próprio testículo,
estimulando também a produção de espermatozóides e desenvolvendo o
impulso sexual.

ÓRGÃO-
GLÂNDULA HORMÔNIO PRINCIPAIS FUNÇÕES
ALVO

Estimula o desenvolvimento do
FSH Ovário folículo, a secreção de estrógeno e a
ovulação.

LH Ovário Estimula a ovulação e o


Hipófise desenvolvimento do corpo amarelo.

Estimula a produção de leite (após


Prolactina Mamas estimulação prévia das glândulas
mamárias por estrógeno e
progesterona).

Está ligado ao crescimento do corpo e


Ovário Estrógeno Diversos dos órgãos sexuais; estimula o
desenvolvimento das características
sexuais secundárias.
Sistema Induz a maturação dos órgãos
reprodutor reprodutores; prepara o útero para a
gravidez.

Completa a preparação da mucosa


Progesterona Útero uterina e a mantém preparada para a
gravidez.

Mamas Estimula o desenvolvimento das


glândulas mamárias.

Menstruação é a eliminação das células da mucosa uterina e de sangue


pela vagina.
O ciclo menstrual compreende um período de 28 a 30 dias, durante o
qual se origina um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com
secreções, sangue e restos do endométrio que se desprende da parede uterina,
constituindo o fluxo menstrual.
Caso haja a fecundação do óvulo, o zigoto formado (ou a blástula) se
implanta no endométrio, que continua se desenvolvendo para garantir a
fixação, proteção e nutrição do futuro embrião.
Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo o hormônio FSH,
estimula a maturação de um folículo ovariano. Este produz estrógenos que,
pelo sangue, chegam ao útero promovendo o crescimento do endométrio. No
14º dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a hipófise produz alta
taxa de LH, que estimula o desenvolvimento do corpo amarelo. Esse tecido
endócrino produz então a progesterona, o hormônio da gravidez, que continua
estimulando o crescimento do endométrio preparando-o para receber o zigoto.
O aumento da taxa de progesterona atua sobre a hipófise inibindo a
produção do LH. Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona
e ocorre o desaparecimento do endométrio, eliminado como fluxo menstrual.
Os níveis mais altos de gonadotrofinas no plasma sangüíneo são atingidos
durante a ovulação, o mais alto nível de estrógeno, no ovário, também ocorre
durante a ovulação, enquanto o nível de progesterona permanece alto durante
a fase secretora, após a ovulação.
A produção dos hormônios sexuais femininos declina acentuadamente
por volta dos 50 anos de idade. Esse período, que marca o término da
atividade reprodutiva da mulher, é chamado de menopausa.
Note que o período menstrual pode ser dividido em quatro fases:
- Fase menstrual – que corresponde aos dias de menstruação;
- Fase proliferativa (de crescimento ou estrogênica) – período de secreção
do estrógeno pelo folículo ovariano em desenvolvimento;
- Fase excretora de secreção ou lútea – seu início é marcado pela ovulação e
se caracteriza pela intensa ação do corpo lúteo;
- Fase pré-menstrual ou isquêmica – período de queda de concentração dos
hormônios ovarianos quando a camada superficial do endométrio perde seu
suprimento sangüíneo normal e a mulher estará preste a menstruar. Dura
cerca de dois dias, podendo ser acompanhada por dor de cabeça, dor nas
mamas e alterações psíquicas, como irritabilidade e insônia.

O óvulo permanece capaz de ser fecundado por até (provavelmente) 24


horas após ter sido liberado pelo ovário. Como alguns espermatozóides podem
permanecer vivos por até 48 horas (talvez mais) no aparelho reprodutor
feminino, o período fértil da mulher compreende os dois dias antes da
ovulação e os dois dias seguintes. Como a ovulação ocorre de 13 a 15 dias
antes da próxima menstruação, o período fértil encontra-se, portanto, perto do
meio do ciclo. O período estéril acha-se próximo ao início e ao fim do ciclo. É
preciso lembrar, no entanto, que a duração do ciclo é variável, podendo oscilar
entre 21 e 42 dias.

Que a cada minuto, os


testículos fabricam cerca de
1000 espermatozóides.
Por volta de 2005
Injeções de hormônios com poucos
efeitos colaterais vão interromper a
produção de espermatozóides
durante três meses.

Depois que o espermatozóide fecunda o óvulo, o corpo da mulher


começa a produzir o hormônio chamado gonadotrofina. A gonadotrofina
segura o endométrio, evitando assim, que a menstruação ocorra.
Mulheres que estão com a menstruação atrasada e desconfiam que estão
grávidas fazem exames de sangue ou de urina para confirmação.
São muitos os sinais que indicam gravidez. O corpo da mulher sofre
várias alterações durante esse período e, conforme a gestação avança, vão
ficando cada vez mais visíveis essas alterações.
Mas o que será que provoca tantas alterações? O que causa esses
indícios característicos de gravidez? Por que os enjôos, o inchaço, a ausência
da menstruação?
Esses sintomas, bastante comuns principalmente no início da gravidez,
também estão relacionados com mudanças hormonais e, por estranho que
possa parecer, com os músculos.
A musculatura do aparelho reprodutor que é do tipo involuntário. Ela
está sujeita à interferência dos hormônios. Quando ocorre a fecundação,
inicia-se uma produção hormonal própria dessa condição e, em conseqüência,
há uma ação mais lenta da musculatura involuntária.
Essa lentidão da musculatura involuntária representa uma proteção para
a nova vida que está se instalando no útero. Você pode imaginar o que
aconteceria se o útero tivesse contrações fortes depois da fecundação?
Os hormônios que retardam as contrações da musculatura uterina agem
sobre outros músculos de controle involuntários chamados músculos lisos. É o
que acontece, por exemplo, com a musculatura do intestino. Com a
movimentação mais lenta, os alimentos permanecem mais tempo no intestino,
o que acarreta maior absorção de água e ressecamento das fezes. Por isso é
tão comum as grávidas enfrentarem problemas de prisão de ventre.

Com certeza você deverá estar se perguntando, será que os


vômitos e enjôos, também têm relação com os músculos?

Sim. A musculatura do estômago também é do tipo involuntário, por


isso fica mais lenta pela ação dos hormônios da gravidez. Dessa forma,
diminui a produção do suco gástrico (suco digestivo produzido pelo estômago,
contendo ácido clorídrico e enzimas). Essas alterações no funcionamento do
estômago são a causa dos enjôos e, algumas vezes, são tão intensas que
chegam a provocar vômitos.
Nosso aparelho urinário também é constituído de músculos
involuntários. Com as alterações hormonais, a eliminação da urina fica mais
difícil, o que pode deixar a mulher sujeita a maiores infecções urinárias nesse
período.
Os hormônios alteram também o funcionamento dos rins, que passam a
reter mais água. O acúmulo de água ocasiona os inchaços. Muitas mulheres
ficam inchadas no rosto, assumindo aquela aparência característica de grávida.
Mas a região mais comumente afetada pelo inchaço são as pernas e os pés. É
freqüente as gestantes não conseguirem calçar os sapatos, ou precisarem
comprar sapatos com um número maior do que o habitual. Mas as
conseqüências do inchaço nas pernas são as mais duradouras. O acúmulo de
líquidos nos membros inferiores contribui para o aparecimento de varizes.
A retenção de água tem outra conseqüência muito séria: ela pode elevar
a pressão sangüínea da gestante.
Muita gente considera manha as vontades que aparecem durante a
gravidez. Acordar no meio da noite com uma vontade incontrolável de comer
morangos é mesmo um comportamento bastante estranho. Mas será que há
outras razões para se atender os estranhos desejos das grávidas, além da
demonstração de carinho e atenção especial que elas costumam receber dos
que as cercam?
Ou será que os desejos podem ser considerados também como um
sintoma da gravidez?
Vamos pensar um pouco. A formação do bebê precisa de material. Para
produzir seus ossos, seu sangue e todos os outros tecidos são necessários
minerais. Essas necessidades são supridas pelo corpo da mãe. É normal,
portanto, que a gestante tenha necessidades alimentares bem particulares.
Os desejos, a vontade de comer determinados alimentos, ou mesmo a
vontade de comer um pouco mais do que normalmente, são formas de
satisfazer as necessidades do organismo.
Cálcio, ferro e vitaminas são substâncias que devem constar da
alimentação das gestantes. É comum que, por falta de ferro, as grávidas
fiquem anêmicas. Isso pode ser evitado com uma dieta especial ou com
suplementos alimentares que contenham ferro.
Entretanto, as carências alimentares próprias da gravidez não justificam
os exageros, nem da alimentação excessiva, nem das manhas esquisitas.
O aumento das medidas da cintura e dos seios são sintomas evidentes
nas mulheres grávidas. E não é difícil entendê-los.
Depois da fecundação o embrião vai crescer e, com ele, o útero e o
abdômen da mulher também.
Os seios se preparam, durante a gravidez, para produzir o leite que vai
alimentar o bebê depois do nascimento. São novamente os hormônios os
responsáveis por essas transformações. Devido à sua ação, as mamas crescem
e são estimuladas a produzir leite.
Nem todas as mudanças que ocorrem no corpo das gestantes podem ser
percebidas por sinais evidentes. Com a presença de um novo ser, é preciso ter
mais oxigênio para suprir as necessidades dos dois. Calcula-se que é de 20%
essa necessidade de oxigênio adicional durante a gravidez. Para transportar
essa quantidade maior de oxigênio adicional durante a gravidez. Para
transportar essa quantidade maior de oxigênio há um aumento na quantidade
de glóbulos vermelhos do sangue e um aumento do trabalho do coração. Essas
alterações podem causar palpitações e elevação da pressão sangüínea.

O novo ser invade o endométrio e se fixa. No ponto em que se fixa,


começa a se formar a placenta, que se liga ao embrião pelo cordão umbilical.
A placenta é o local de troca de substâncias entre a mãe e o embrião.
Por ela passam nutrientes e oxigênio para o feto, do mesmo modo que este
envia seus resíduos para serem eliminados pela mãe. Muitas substâncias
podem atravessar a placenta, inclusive substâncias tóxicas e agentes
infecciosos, como o vírus causador da rubéola. Porém, o sangue não é uma
delas. Não há troca de sangue entre a mãe e o feto.
É a placenta que produz alguns dos hormônios próprios da gravidez.
A mulher grávida deve ter muito cuidado com substâncias como álcool,
fumo e outras drogas, pois elas podem passar pela placenta, prejudicando a
formação do feto. Pelo mesmo motivo ela só deve ingerir medicamentos
receitados pelo médico.
Além da placenta, forma-se uma bolsa de líquido envolvendo o feto,
que tem como principal função protegê-lo contra qualquer pancada. É a
famosa "bolsa" (âmnio), que se rompe um pouco antes do parto, indicando a
proximidade do nascimento do bebê.

Observe a figura a seguir.

Parto
A partir do momento em que a mulher desconfiar que está grávida, deve
procurar um ginecologista-obstetra para se certificar da gravidez e, caso o
exame de gravidez seja positivo, iniciar um trabalho denominado pré-natal.
Este acompanhamento médico é fundamental, pois diminui o risco de
problemas na gravidez e no parto, além de facilitar o diagnóstico de possíveis
problemas com o nenê.
Muitos exames são realizados durante o pré-natal, como exames de
sangue, acompanhamento da pressão sangüínea e exames de ultra-sonografia.
A geração de uma criança é sem dúvida um fato importante, que
transforma a vida dos pais. Entretanto, a decisão de ter um filho não depende
só de estar fisicamente preparado para isso. Fatores psicológicos, econômicos
e sociais também influenciam.
Atualmente há várias maneiras de manter uma vida sexual ativa
evitando filhos. Existem métodos anticoncepcionais que possibilitam escolher
o momento mais adequado para gerar uma criança.
Nos postos de saúde você pode encontrar médicos para informar sobre
os métodos anticoncepcionais existentes, o que ajudará a escolher o mais
adequado.

É o processo pelo qual o bebê se desloca do útero materno para o


mundo externo, após nove meses de gestação. Esse processo se desenvolve em
três etapas: a dilatação do colo do útero, o nascimento e a expulsão da
placenta.

Nascimento
O cordão umbilical é cortado deixando-se no umbigo do bebê apenas
um pequeno pedaço, que murchará e cairá. Finalmente a placenta separa-se da
parede do útero e é expulsa pela vagina

Expulsão da Placenta

Em 1978, o nascimento de Louise Brown, em uma maternidade da


Inglaterra, trouxe esperança para numerosos casais que não podiam ter filhos.
Foi o primeiro bebê gerado por uma técnica hoje rotineira, chamada
fertilização in vitro (FIV), recurso que pode representar a possibilidade de
gravidez para pessoas com infertibilidade, cujas causas variam: lesões das
tubas uterinas, doenças ovarianas, homens com pequena quantidade de
espermatozóides ou que produzem espermatozóides de pouca mobilidade.
O método de fertilização in vitro consiste em estimular a ovulação por
meio de hormônios. Por um pequeno orifício na parede abdominal, o médico
introduz um aparelho, o laparoscópio, e retira o líquido de folículos ovarianos
em que deve haver gametas. Em laboratório, esses gametas são colocados em
contato com espermatozóides do parceiro ou de doadores, quando o parceiro
for estéril e não responder à estimulação hormonal.
Cerca de 48 horas após a fecundação, o embrião – ou os embriões – é
introduzido no útero, onde poderá implantar-se e se desenvolver. Para que a
implantação seja bem sucedida, faz-se previamente a estimulação hormonal do
endométrio.
Existem situações em que o útero da mulher não permite a implantação,
por malformação congênita ou seqüelas de doenças inflamatórias. Nesses
casos, o embrião pode ser gerado com “óvulos” e espermatozóides do próprio
casal e implantado em uma receptora, que irá “emprestar” seu útero para o
desenvolvimento daquele bebê. Há incontáveis implicações éticas, morais e
religiosas envolvidas nessas técnicas de reprodução humana assistida, mas são
inegáveis os progressos que já foram alcançados.
Em pecuária, onde as questões éticas não suscitam tanta polêmica, a
transferência de embriões é um método que permite aumentar a produtividade
dos rebanhos. Óvulos de fêmeas de excelente qualidade são fecundados por
espermatozóides provenientes de machos também de boas linhagens.
Os embriões obtidos são retirados do útero dessas fêmeas e transferidos
para fêmeas que podem não apresentar todas as potencialidades das doadoras
dos embriões, mas que tenham aptidão para o parto e para o aleitamento.
Dessa forma, as doadoras são poupadas da gestação e poderão continuar
cedendo óvulos para a geração de outros embriões.

São irmãos que se desenvolvem ao mesmo tempo no útero da mãe.

Gêmeos Fraternos ou Dizigóticos originam-se de dois zigotos (célula


ovo) distintos. Também chamados de gêmeos bivitelinos ou falsos, ocorrem
quando a mulher produz dois ou mais óvulos no mesmo ciclo menstrual e cada
um é fecundado por um espermatozóide. Podem ou não ser do mesmo sexo.

Gêmeos Idênticos ou Monozigóticos originam-se a partir de um zigoto


que, por algum motivo, logo após o início do desenvolvimento, divide-se em
dois, desenvolvendo duas crianças muito parecidas e sempre do mesmo sexo.
São também chamados de gêmeos univitelinos e verdadeiros.

Contracepção é a prevenção da gravidez e pode ser feita de várias


maneiras.
Os diversos métodos contraceptivos atuam em diferentes etapas do
processo reprodutivo, de diversas formas:
- Impedindo o encontro dos gametas;
- Impedindo que sejam produzidos gametas maduros;
- Impedindo a nidação (fixação na mucosa uterina) do embrião recém-
formado;
- Removendo da mucosa uterina o embrião que se fixou recentemente.

Consiste na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Pouco


eficiente, pois as secreções anteriores à ejaculação contêm alguns
espermatozóides.

Consiste em evitar a relação sexual no período fértil do ciclo menstrual.


O óvulo sobrevive até 24 horas após a ovulação e os espermatozóides até 48
horas depois da ejaculação. Geralmente a ovulação ocorre entre o décimo e o
décimo - quarto dia do ciclo menstrual, mas não existem evidências claras
quanto ao exato dia da ovulação. Por isso é um método pouco eficiente.

É um protetor de látex que deve ser colocado no pênis ereto para reter o
esperma ejaculado.
A camisinha, que até a algum tempo era mais usada como método
preventivo da gravidez, passou atualmente a ter uma excepcional importância
na vida sexual das pessoas como forma de evitar o contágio pelo HIV, o vírus
causador da Aids. A camisinha é também eficiente na profilaxia de outras
doenças sexualmente transmissíveis (DST), encaradas com descuido desde a
descoberta dos antibióticos e que hoje mostram um grande aumento de
incidência em todo o mundo, caso da gonorréia (blenorragia) e da sífilis.
Para obter proteção adequada, a camisinha deve ser usada corretamente,
desenrolada depois da ereção até prender firmemente o anel de borracha à raiz
do pênis. Deve ser retirada também com cuidado, para evitar vazamento, e
substituída a cada relação sexual.

É um anel com uma membrana de borracha que deve ser colocado no


fundo da vagina para fechar o colo do útero e impedir a entrada de
espermatozóides. Deve ser usado com espermicida, que aumenta sua
eficiência.

É uma mistura de progesterona e estrogênio sintético que inibe a


secreção de FSH ou LH pela hipófise. Sem eles não ocorre ovulação. Só deve
ser usada com rigoroso acompanhamento médico, já que existem muitas
contra – indicações e efeitos colaterais.

O dispositivo intra – uterino (DIU) é um objeto em forma de T, de


plástico revestido por fio de cobre enrolado. É colocado pelo médico na
cavidade uterina e lá libera íons de cobre que são letais para os
espermatozóides. Pode ficar no útero de uma mulher por até 5 anos, porém
com rigoroso acompanhamento médico, pois são maiores os riscos de
infecções uterinas.

A esterilização é um processo para impedir de modo permanente a


concepção.

Vasectomia – é a esterilização masculina, que é feita com o corte dos


canais deferentes. Dessa forma os espermatozóides são impedidos de chegar à
uretra. Não interfere na produção de testosterona nem no desempenho sexual.
Laqueadura Tubária – é a esterilização feminina. É feita pelo corte ou
amarração das tubas uterinas. Assim o óvulo é impedido de encontrar com os
outros espermatozóides.

Doenças sexualmente transmissíveis (DST) são todas aquelas que


podem ser transmitidas pela relação sexual. Isso não significa que a via sexual
seja sua única forma de transmissão.
Algumas doenças como a Aids e a Hepatite B também são transmitidas
por transfusão de sangue contaminado. São doenças infecciosas que podem
levar à infertilidade, ao câncer e à morte.

Condiloma Acuminado – causado pelo vírus HPV (papiloma vírus


humano), provoca verrugas em torno da região genital ou anal. Devem ser
tratadas com medicação local apropriada, logo no início, pois quando se
alastram muito podem exigir uma cirurgia delicada.

Gonorréia – causada pela bactéria gonococo. Nos homens causa dor e


ardor na hora de urinar, além de corrimento amarelado e purulento no pênis.
As mulheres não apresentam sintomas visíveis no início, mas podem ter
infecções genitais e sintomas de que a doença atingiu órgãos mais internos
como útero e tubas. Tratável com antibióticos em dose única.

Herpes Genital – causado pelo herpes vírus, caracteriza-se por pequenas


bolhas dolorosas na parte externa da vagina ou no pênis, causando febre e mal
– estar. Tratado com antivirais no local e por via oral.

Sífilis – causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ter como


primeiro sintoma uma ferida nos órgãos genitais, com ínguas na virilha, que
surgem de 15 a 20 dias após a relação sexual. A ferida desaparece, e semanas
depois a doença se manifesta com febre, manchas vermelhas pelo corpo, mal –
estar e gânglios (ínguas). É diagnosticada por exames de sangue na busca de
anticorpos e facilmente tratada com penicilinas.

Sífilis Congênita – é transmitida pela mãe ao feto se esta estiver


contaminada. Pode levar ao aborto quando extensa. Caso isto não aconteça a
criança nasce com aspecto normal, desenvolvendo depois sinais da doença
como nariz em cela, testa olímpica, surdez, dentes incisivos superiores com
entalhe em forma de meia lua etc.

Sífilis Adquirida – é geralmente adquirida através do contato sexual. A


sífilis adquirida passa por três estágios em sua evolução:

Sífilis Recente Primária – de 3 a 6 semanas após o contato sexual com


uma pessoa sifilítica, surge uma pequena ferida ulcerada chamada cancro nos
genitais externos. Depois de alguns dias ferida desaparece espontaneamente.

Sífilis Recente Secundária – ocorre semanas ou meses após o


aparecimento do cancro. Nesta etapa as bactéria espalham-se pelo organismo,
provocando dor de garganta, febre baixa, feridas na boca, queda dos cabelos
etc. Aparece manchas róseas no corpo.

Sífilis Tardia – não sendo tratada a tempo, com o passar dos anos a
sífilis pode atacar qualquer parte do corpo podendo provocar doenças
cardíacas, alterações do sistema nervoso podendo levar à morte.

Cancro Mole – É causada por um microrganismo chamado


Haemophilus ducreyi. Aparecem várias feridas dolorosas nos órgãos genitais,
além de ínguas dolorosas. A inflamação dos gânglios inguinais começa 10 a
20 dias após o aparecimento do cancro, sendo geralmente unilateral. Após o
aumento do seu volume, rompe-se por um só orifício.

Linfogranuloma Venéreo – é causada pela Chlamydia trachomatis,


caracteriza-se pela inflamação de gânglios linfáticos, que ficam quase sempre
dolorosos. Vários dias após a infecção, aparece uma pequena vesícula em
qualquer parte dos genitais externos, ânus, reto ou outro local. A lesão pode
transformar-se em ferida, mas em especial nas mulheres, passa despercebida e
cicatriza em alguns dias. Nos homens, os gânglios inguinais são os mais
comprometidos. Supuram e drenam pus através de muitas fistulas. Outros
sintomas são: febre, dor de cabeça, erupções cutâneas, vômitos etc.
Tricomoníase – causada pelo tricomona, provoca nas mulheres um
corrimento amarelo – esverdeado com mau cheiro, dor no ato sexual, ardor e
dificuldade para urinar, tanto para os homens como para as mulheres. De fácil
tratamento, com medicação oral e local.

AIDS - é uma das doenças mais comentadas e pesquisadas dos últimos


anos. Mesmo com os avanços que os especialistas vêm obtendo, ainda falta
explicar muitos de seus aspectos. A Aids ainda não tem cura ou vacina,
portanto, para poder evitá-la é fundamental conhecer suas formas de
transmissão ou contágio.
Antes de falar sobre a doença é necessário saber o significado do nome
que ela recebe. Aids ou Sida são siglas que significam Síndrome da Imuno
Deficiência Adquirida.
Síndrome - Sinais e sintomas que se desenvolvem conjuntamente e
indicam a presença de doenças. A síndrome caracteriza-se pela aparição de
várias doenças.
Imunodeficiência - É a deficiência do sistema imunológico, responsável
pela defesa do nosso organismo contra as doenças que o atacam ( Aula 4).
Adquirida - É adquirida pelo contágio.
Considerando a ordem das letras no quadro, o nome em português
deveria ser Sida. Entretanto, a doença ficou conhecida no Brasil pelo nome da
sigla em inglês.
O vírus causador da aids é chamado HIV. Os vírus são organismos
microscópicos (invisíveis a olho nu) que não conseguem se reproduzir
sozinhos e precisam das células de outros organismos para se multiplicar.
Quando o HIV entra no organismo humano, ele se dirige a algumas
células do sistema imunológico, dentro das quais p vírus poderá se reproduzir.
O HIV ataca somente os linfócitos T, responsáveis por detectar a forma
dos microrganismos invasores e ordenar o ataque.
Se as bactérias e os vírus causadores de outras doenças não encontram
defesa ou resistência por parte do organismo, eles se instalam, dando origem a
várias doenças e sintomas, tais como tuberculose, candidíase (sapinho),
sarcoma de Kaposi (um tipo de câncer) etc. São as chamadas doenças
oportunistas, pois se aproveitam da debilidade do organismo para se instalar.
Na verdade, não é a Aids que provoca a morte do indivíduo e sim uma
ou várias doenças oportunistas. A Aids mata de forma indireta.
Nem todas as pessoas que contraem o vírus HIV chegam a desenvolver
a doença. Ele pode permanecer adormecido no organismo por meses ou até
por vários anos. Isso faz com que haja uma quantidade muito maior de
soropositivos do que de aidéticos.
Quando os primeiros sinais da doença começam a aparecer, em geral os
sintomas são os seguintes:
- Gânglios inflamados;
- Fadiga sem motivo;
- Febres intermitentes;
- Diarréias que levam à perda de peso;
- Tosses persistentes;
- Suores noturnos.
Não se alarme se você apresenta um ou dois desses sintomas. Eles podem
Ter inúmeros significados e não apresentar nenhuma relação com a Aids.
Lembre-se de que a Aids é uma síndrome e, portanto, os sintomas devem se
manifestar em conjunto e de forma persistente.

O vírus HIV é encontrado nos líquidos do corpo, principalmente no


sangue e no esperma, onde ele aparece em maior quantidade. Já na secreção
vaginal e no leite materno, a concentração é menor.
O vírus será transmitido de uma pessoa para outra se um dos líquidos do
corpo do portador do vírus entrar em contato com o sangue de outra pessoa.
Assim, um indivíduo sadio pode contrair o HIV recebendo sangue de
um portador do vírus, ou mantendo com ele relações sexuais.
A Aids não é transmitida somente pelos aidéticos, mas também pelos
soropositivos. O transmissor não precisa estar doente, basta que ele tenha o
vírus circulando em seu organismo para transmitir a doença. Na maioria das
vezes, os portadores do HIV não podem ser identificados só pela aparência.
Embora o aidético possa Ter uma aparência física mais ou menos
característica (magreza excessiva, manchas na pele, queda de cabelo etc.), o
soropositivo se confunde com as demais pessoas, já que não apresenta
sintomas claros da doença. Em muitos casos, os soropositivos não sabem que
são portadores do vírus da Aids, por nunca terem feito o exame.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato sexual.
O uso da camisinha é uma das formas de evitar o contato entre o sêmen
e as mucosas anal e vaginal.
Pessoas que precisam receber uma transfusão de sangue por serem
hemofílicas, por terem sofrido um acidente, podem contrair o vírus da Aids se
o sangue recebido estiver contaminado.

Outra forma de contrair o vírus HIV é pelo uso de agulhas, seringas ou


materiais cirúrgicos contaminados - o resto de sangue deixado nesses
materiais pode conter o vírus. Se houver reutilização sem esterilização prévia,
o vírus será transmitido à pessoa que reutilizar o material.
Para evitar o risco de contaminação, deve-se utilizar material
descartável ou perfeitamente esterilizado.
Os usuários de drogas injetáveis são as maiores vítimas dessa forma de
contaminação. Ao ser preparada no interior da seringa, a droga é misturada
com um pouco de sangue para ser posteriormente injetada na veia do usuário.
Em geral, o consumo da droga é feito em grupo e a seringa passa de uma
pessoa para outra.
Se houver um portador do vírus no grupo, esse ritual de consumo
certamente fará com que o contágio ocorra, pois o sangue deixado pelo
portador do vírus será injetado na veia das demais pessoas, juntamente com a
droga. Além disso, um único portador pode contaminar mais de uma pessoa a
cada vez que a droga é consumida.
Aleitamento

Na mulher contaminada, o leite materno também contém o vírus da


Aids. Durante o aleitamento, o bebê pode contrair o vírusse se este conseguir
penetrar pela mucosa da boca, da garganta etc.
Mas não é só pelo leite que a criança pode contrair o vírus. Se a mãe já
for portadora do vírus durante a gravidez, a transmissão poderá ocorrer pelo
cordão umbilical, ou ainda, durante o parto.
Caso uma mulher portadora do vírus da Aids tenha um filho saudável,
ela não deverá alimentá-lo com seu próprio leite, para não contaminar a
criança.
Da mesma forma que é necessário prevenir, é preciso também evitar
exageros e preconceitos. Aprendemos que a transmissão do vírus não ocorre
quando não envolve troca de sangue ou de secreções do corpo. Ainda que a
sua pele entre em contato com a lágrima ou com a saliva de outra pessoa
através de um beijo no rosto, do uso de um talher ou um copo, não será
suficiente para que o vírus penetre no organismo, principalmente, se a pele
não apresentar ferimentos.
O medo de tocar ou de se aproximar de pessoas portadoras do vírus HIV
é absolutamente desnecessário e preconceituoso.

- Pelo ar ou pelo contato com objetos (moedas, cédulas de dinheiro);


- Por meio de alimentos, copos, talheres, pratos ou xícaras;
- Por meio de roupa de cama ou de banho;
- Em pias, privadas, chuveiros, banheiras ou piscinas;
- Em elevadores, ônibus e metrô;
- Por dormir no mesmo quarto, trabalhar na mesma sala, freqüentar a mesma
escola, sentar na mesma cadeira ou ir a locais públicos;
- Por beijo no rosto, aperto de mão e abraço.

Como você pode perceber, não é difícil evitar a Aids; basta estar bem
informado e adotar comportamentos seguros. É preciso que você esteja
sempre atento, pois se não tomar cuidado poderá não só contrair o vírus como
transmití- lo a outras pessoas.
A Aids ainda não tem cura nem vacina: a prevenção é a única forma de
evitá-la.

Cerca de 1,8 milhão de


A África mantém posição de pessoas está com HIV/Aids
líder mundial em casos de na América Latina e no
Aids. Os africanos Caribe, sendo a segunda
correspondem a quase 40 região mais afetada no
milhões de pessoas com HIV
mundo.
ou Aids em todo o globo.
É importante lembrar que o tratamento dessas e de quaisquer outras
doenças sexualmente transmissíveis deve ser feito sempre pelo casal, ou
parceiros, para que seja eficaz.
A sífilis, a gonorréia, o herpes genital ou outras doenças sexualmente
transmissíveis têm o mesmo sistema de transmissão da Aids. A grande
diferença é que a Aids ainda é fatal, pelo menos enquanto não se consegue
descobrir a sua cura, ou uma vacina contra o vírus.
Enquanto essa descoberta não acontece, a saída é a prevenção. Quem se
previne contra a Aids está se prevenindo também contra as outras DSTs.
Quem se previne das DSTs está se prevenindo também contra a Aids.
Nos momentos da paixão, é muito complicado, quase impossível,
decidir se confiamos ou não no outro, se o outro confia ou não em nós, falar
sobre a vida anterior de cada um, com quem transou no passado, sobre o uso
de drogas. Quem pode pensar nesses assuntos tão difíceis e cheios de tabus e
preconceitos no início de um relacionamento amoroso? A vida tem mostrado
que a maioria das pessoas deixam esses assuntos de lado, e é natural que assim
seja.
Mais simples e tranqüilo do que enfrentar todas essas preocupações é
usar a camisinha sempre e ponto final. É seguro e evita suspeitas do outro.

O tratamento precoce, o controle das


pessoas infectadas e a higiene
pessoal, são medidas preventivas
contra todas as D.S.Ts.
01) Diga quais são as conseqüências da presença do HIV para o nosso corpo
e porquê?
a) Selecione em duas colunas as formas de transmissão do vírus HIV e os
casos em que não ocorre transmissão.
- Sexo anal ou vaginal sem camisinha.
- Relação social, familiar ou profissional.
- Seringa ou agulha usada sem esterilização.
- Uso do mesmo copo.
- Abraço e beijo no rosto.
- Doação de sangue.
- Seringa ou agulha descartável.
- Aleitamento.
- Sexo oral com ingestão de sêmen.
- Transfusão de sangue sem realização do teste anti-HIV.
b) Diga quais são as precauções que se deve tomar para não ser contaminado.
02) Explique por que não é possível reconhecer o portador do HIV apenas por
sua aparência física.
03) Quais são os causadores das seguintes doenças sexualmente
transmissíveis:
a- Sífilis
b- Gonorreia
c- Aids
d- Condiloma acuminado
e- Cancro mole
f- Linfogranuloma venéreo
g- Tricomoníase
04) Por que a mulher grávida:
Não menstrua?
Tem enjôos e prisão de ventre?
Tem freqüentes infecções urinárias?
Fica inchada?
Tem a pressão sangüínea aumentada e palpitações?
Precisa de uma alimentação saudável?
05) Qual a importância do pré-natal?
06) Qual a importância da reprodução?
BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia Barsa

Enciclopédia Encarta 2001

Enciclopédia Ilustrada Medicina e Saúde

Superinteressante 10 Anos de Revista em CD – Rom

O Corpo Humano
Guia Multimídia sobre o Corpo e Seu Funcionamento

Biologia – Citologia
Coleção Nova Geração
Autor : J. Laurence

Biologia Educacional
Autora: Maria Ângela dos Santos

Biologia Atual
Autor Wilson Roberto Paulino

Biologia
Autores: Demétrio GowdaK
Neide S. de Mattos

Biologia
Texto organizado pelo Biological Sciences Curriculum Study

Biologia
Autores: César e Sezar

Biologia das Populações


Autores: Amabis e Martho

Biologia Moderna
Autores: Amabis e Martho

Ensino Médio e Formação Profissional


Autor; Marco Antonio dos Santos
Editora Didática Paulista

Expoente
Material Didático de Educação Infantil ao Pré- Vestibular

Revista Globo Ciência

Revista Galileu

Revista Superinteressante

MATERIAL ELABORADO

Equipe de Biologia

Antonio Caetano de Arantes


Aparecida Ferreira da Silva
Edilma Alves da Silva

Professor Coordenador
Neiva Aparecida Ferraz Nunes

Centro Estadual de Educação Supletiva de Votorantim - CEESVO

ANO – 2002

Apoio Prefeitura Municipal de Votorantim.

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