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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita

Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 00


Professor Marcelo Seco

Aula 00

Legislação Tributária
IR e IPI - Conceitos Iniciais
Professor Marcelo Seco

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 00
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Aula 00 – IR e IPI – Conceitos Iniciais

Bem vindos!!!

Alunas e alunos do Ponto, olá!

É com muito prazer que passo a acompanhá-los em sua preparação para a


obtenção de uma das vagas para cargo de Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil – AFRFB.

Sou Marcelo Gonçalves Seco, e vamos tratar nas próximas aulas do conteúdo
programático de Legislação Tributária previsto para a nossa prova, com
base no edital do último concurso, publicado em 07/03/2014.

Muito cedo para começar? Claro que não! Este é o momento de iniciar seus
estudos, pois publicado o edital, teremos aproximadamente dois meses até a
prova.

Antes, algumas palavras sobre mim: sou paulistano, graduado em Sistemas de


Informação e pós-graduado em Engenharia de Software. Minha experiência no
mundo dos concursos começou em 1992, ano em que fui aprovado em
concursos para a Sabesp (Analista de Sistemas), Cetesb (Analista
Administrativo) e Comgás (Analista Financeiro). Na época, embora tivesse
passado em primeiro lugar na Comgás, acabei optando pela Sabesp, onde
trabalhei por alguns anos. Em determinado momento resolvi sair da Sabesp
para a iniciativa privada (sim, isso acontece, meus caros). Em meus anos no
setor privado ocupei os cargos de Diretor Administrativo e Diretor Financeiro, o
que me proporcionou adquirir um vasto leque de conhecimentos.

Em janeiro de 2009 retomei a vida de concurseiro e, tendo sido aprovado no


primeiro concurso para APOFP da Sefaz-SP, voltei ao serviço público. Em 2012
fui aprovado no concurso para AFTM do Município de São Paulo, cargo que
exerci até há pouco tempo. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas na Sefaz
SP, onde também atuo como instrutor da Escola Fazendária de São Paulo, a
Fazesp.

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Nos últimos oito anos tenho estado imerso nesse mundo e angariei
conhecimento sobre as matérias que precisamos estudar e também sobre a
forma correta de nos prepararmos para as provas. É esse conhecimento,
associado à minha experiência como professor e instrutor em diversos cursos e
palestras, que pretendo dividir com vocês.

Compromissos do Professor para este curso

 Resolver todas as questões de legislação relevantes da Esaf!

 Oferecer o necessário para levar você do zero a uma ótima prova!!!

Caros, curtam minha página do Facebook para acessar novidades sobre


concursos, resoluções de questões e outras dicas. É um trabalho que estou
iniciando, conto com a ajuda de vocês. Eis o link:

http://www.facebook.com/professormarceloseco

Vamos lá?

Você terá que enfrentar essa preparação como uma guerra, na qual seu único
objetivo é vencer a batalha final: o dia da prova!

As pessoas acham graça de eu colocar as coisas desse modo, mas é isso


mesmo! Você tem que encarar esse período como uma fase de guerra em sua
vida. Fazendo isso, o caminho se torna mais suave.

Não se assustem com a quantidade de páginas de algumas aulas. Para resolver


algumas questões de forma didática, às vezes utilizo muito espaço e isso
aumenta o tamanho da aula. Contudo, a teoria é
sempre curta, e a leitura da aula é bastante rápida.

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Nosso Curso

Muito bem! Tradicionalmente a banca para esse concurso é a nossa querida


Esaf. Provavelmente teremos uma boa quantidade de vagas e, embora
tenhamos um bom período para que nos preparemos, não temos tempo a
perder!

Teremos que estudar arduamente, porque nosso objetivo não será obter o
mínimo, mas garantir a maioria dos pontos em auditoria na prova
objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar
durante as aulas com uma meta de 90% de acertos para que, na prova,
obtenhamos entre 75% e 80%.

Vasculhei as provas de legislação da Esaf realizadas entre 2010 e 2016, e


vou resolver com vocês quase todas essas questões (desde que se refiram ao
conteúdo exigido, é claro). Optei por deixar de lado provas anteriores a 2009,
para ficarmos atualizados com as tendências do examinador, mas se
necessário utilizarei algumas questões mais velhas, sempre com o cuidado de
não inserir material obsoleto.

Então só resolveremos questões da Esaf? Não meus caros!!! Em alguns


momentos teremos que trabalhar questões de outras bancas, para fixar o
conteúdo, mas a pequena quantidade de questões existentes da Esaf já será
suficiente para vocês se adequarem ao estilo e ao nível de dificuldade imposto
pelos examinadores da banca.

Cada uma de nossas aulas terá uma parte inicial teórica na qual abordaremos
os aspectos essenciais relacionados ao tema. Após isso, apresentarei um bloco
de questões resolvidas sobre o assunto. No final de cada aula existirá a lista
das questões utilizadas. O texto teórico e a resolução das questões terão
sempre um tamanho equilibrado, o que lhes permitirá assimilar o conteúdo
com tranquilidade.

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Na última aula eu disponibilizarei um resumo com dicas e observações que


julgo importantes sobre os temas mais explorados pela banca, material que
deve ser carregado no seu bolso na reta final para a prova, para ser lido várias
vezes.

Meus caros, nas duas últimas semanas que precedem a prova vocês devem ter
um material pronto para ser usado na revisão. Durante as aulas anotem os
pontos em que sentiram maior dificuldade, isso fará parte do seu caderno de
reta final.

Quero que façam o seguinte: nas duas últimas semanas antes da prova
vocês vão estudar seus resumos duas vezes (uma vez em cada semana) isso
será essencial. Para tanto, devem começar a se organizar desde já, em todas
as matérias.

Ao final do curso eu pretendo que vocês estejam prontos e seguros para


DESTRUIR a sabatina de Auditoria da Esaf.

Deixo com vocês, para reflexão, uma frase de André Gide, sobre a importância
de não procrastinar. Ao lado dela, uma figura que é a personalização da
obstinação: o Fidalgo Dom Quixote, do mestre Cervantes.

Se não fizeres isto, quem o fará? Se não o fazes


logo, quando será?

Meus caros, a obstinação deve estar ao lado de vocês nos próximos meses,
pois a hora é agora!!!

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Estamos na aula 00 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam


prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de legislação da Esaf.
Nossas Aulas

Aula Conteúdo
Perfil constitucional dos tributos federais (IR e IPI). Conceitos
00
iniciais.
Industrialização – conceito, características e modalidades.
01 Exclusões do conceito de industrialização. Campo de incidência do
IPI. Classificação de produtos.
IPI - Contribuintes. Estabelecimentos industriais e equiparados.
02
Responsáveis. Domicílio tributário. Fato gerador. Base de cálculo.
IPI - Créditos. Crédito presumido. Apuração e recolhimento do
03 imposto. Lançamento do imposto. Suspensão. Isenção. Bens de
capital. Importação.
IPI - Produtos industrializados por encomenda. Regimes fiscais.
Rotulagem e marcação de produtos. Selos de controle. Obrigações
04 dos transportadores, adquirentes e depositários de produtos.
Registro Especial. Cigarros. Bebidas. Redução e majoração do
imposto.
IR - Princípios constitucionais. Critérios orientadores. Renda e
05 proventos. Disponibilidade econômica ou jurídica. Acréscimo
patrimonial.
IRPF - Incidência. Rendimentos. Rendimentos tributáveis.
06 Rendimentos isentos ou não tributáveis. Contribuintes.
Responsáveis. Domicílio Fiscal.
IRPF - Sistema de bases correntes. Regimes de tributação.
Retenções na fonte. Regime de tributação anual. Base de cálculo.
Deduções da base de cálculo. Alíquotas. Deduções do imposto
07
devido. Antecipações do imposto. Regime de tributação definitiva.
Regime de tributação exclusiva na fonte. Lançamento. Declaração
de ajuste anual.
IRPJ - Incidência. Receitas e rendimentos. Regime de caixa e
08 regime de competência. Contribuintes. Responsáveis. Domicílio
Fiscal. Imunidades. Isenções. Sociedades cooperativas.
IRPJ - Regimes de tributação. Base de cálculo. Alíquotas. Período
de apuração. Lucro presumido – conceito, opção, regras de
09 apuração e escrituração exigida. Lucro real – conceito, ajustes do
lucro líquido, despesas dedutíveis e indedutíveis, livros fiscais.
Lucro arbitrado – conceito, hipóteses e regras de apuração.
IRPJ - Lançamento. Omissão de receita. Atividade rural.
Reorganizações societárias. Investimentos em sociedades
10
coligadas e controladas avaliados pelo método do patrimônio
líquido. Planejamento tributário.
IRPJ - Ganhos de capital. Preços de transferência. Lucros,
rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior. Benefícios
11
fiscais de isenção ou redução do imposto. Tributação na fonte.
Tributação das operações financeiras.
12 Rumo ao dia da prova. Resumo com os principais itens do edital.

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Índice

Apresentação 1

1 – Imposto de Renda 8

2 - IRPJ 14

3 - Imposto produtos industrializados – IPI 16

Exercícios Resolvidos 20

Lista das Questões Apresentadas 48

Gabarito 57

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1 – Imposto de Renda

O estudo do imposto de renda deve partir da definição de renda tributável, a


qual, dentro da CF, começa a ser delineada quando se estabelece o princípio
da capacidade contributiva. Logo, antes de entrarmos nas regras específicas do
IR, vamos ver como cada um dos princípios afeta esse tributo.

Capacidade contributiva

Um dos pilares da tributação da renda é manter a incidência do IR dentro dos


limites daquilo que se pode reconhecer como novação da riqueza, ou seja,
elementos novos que agreguem valor ao patrimônio. Isso é necessário para
que se evite tributar, em vez da renda, o patrimônio, pois este já tem vários
tributos a alcançá-lo.

Para fins de IR, renda nova deve ser separada de


patrimônio já existente.

Aplicar a capacidade contributiva termina por dar o tributo uma característica


de pessoalidade, pois dois indivíduos com renda igual podem pagar IR
diferente, em virtude de suas condições subjetivas.

Exemplo disso é a permissão das deduções, por meio das quais o estado
reconhece que determinadas despesas oneram pesadamente parte da renda
do contribuinte (ainda que o faça de mentirinha, o que não interessa para o
mundo conceitual do qual se erigem as questões de prova).

Veremos adiante que capacidade contributiva, isonomia e progressividade


andam juntas na tributação pelo IR.

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Capacidade contributiva: quem tem mais renda, paga


mais IR.

Isonomia

Tributar com isonomia ou igualdade requer que os iguais paguem imposto de


maneira igual, e os desiguais paguem de maneira desigual, na medida de suas
desigualdades. Esse conceito é nosso velho conhecido, não é mesmo?

A observação da capacidade tributária pessoal permite que a tributação seja


feita com isonomia.

A isonomia e a capacidade tributária valem apenas para o IRPF?

Não, valem para o IR de forma geral, portanto aplicam-se também ao IRPJ.


Exemplo disso são os adicionais de alíquota e a tributação diferenciada para
optantes pelo simples nacional.

Progressividade

A progressividade das alíquotas é outro meio de celebrar a capacidade


contributiva e a isonomia.

No nosso IR a progressividade é materializada por meio do estabelecimento de


alíquotas diferenciadas por faixa de renda. Quem ganha mais, paga mais, e
isso é feito depois de serem observadas as deduções motivo pelo qual, de
certa forma, podemos dizer que a capacidade tributária serve de parâmetro
para a progressividade.

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Generalidade

Para o IR, generalidade significa o seguinte:


 todas as pessoas estão sujeitas ao pagamento do imposto de renda
 caráter subjetivo da tributação
Legislação do IR:

As pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de


disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, são contribuintes do
imposto de renda, sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou
profissão.

Universalidade

Para o IR, universalidade significa o seguinte:


 toda renda está sujeita à tributação
 caráter objetivo da tributação

Legislação do IR:

A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos,


da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens
produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos,
bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por
qualquer forma e a qualquer título.

Vedação ao confisco

A CF estabelece que é vedado utilizar a competência tributária com efeitos de


confisco. Esse dispositivo visa a proteger a dilapidação patrimônio particular
pelo Estado.

Com relação a esse ponto já estudamos a posição do STF sobre o que é


confisco: é confiscatória a carga tributária que em conjunto com as demais à
qual a pessoa está sujeita tenda a eliminar seu patrimônio em poucas
incidências.

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Anterioridade anual e nonagesimal

Já vimos que o IR não obedece à noventena, apenas à anterioridade anual. O


IR só pode ser cobrado em exercício futuro à lei que o instituiu ou modificou.
No caso do IR, o fato gerador é estabelecido da seguinte maneira:
 fato gerador comum do IR – final do período de apuração, ou seja, do
exercício (31/12).
 fato gerador do IR retido na fonte – momento em que a fonte pagadora
faz o pagamento

Com relação à anterioridade é necessário observar os efeitos da lei que


aumente o imposto em relação ao exercício em que foi publicada tal lei.

No caso do IRPF, o acerto é feito na declaração anual, e é a partir dela que o


imposto é devido.

Embora fosse de se esperar que, em atendimento ao princípio da


anterioridade, a lei tivesse efeitos apenas para a renda auferida no ano
seguinte, o STF editou súmula com entendimento diverso, que vem produzindo
afeitos até hoje.

STF Súmula 584

Ao Imposto de Renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a


lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.

Vejamos então, o seguinte exemplo:

janeiro de 2014 – alíquota 10%


novembro de 2014 – alíquota passa para 15%

Resultado esperado de acordo com a anterioridade:


10% para o rendimento de 2014 e 15% a partir de 2015

Resultado efetivo adotado pela receita federal, de acordo com o STF:


15% para o rendimento de 2014, pois a declaração de 2014, a ser apresentada
em 2015, deverá seguir as alterações efetuadas em novembro de 2014.

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A doutrina e o STJ são contrários a esse entendimento, que poderá ser


reformado em breve.

Para a prova: a menos que a questão cite entendimento jurisprudencial, vale a


anterioridade.

Irretroatividade

Como qualquer tributo, o IR é alcançado pela irretroatividade, ou seja, fatos


geradores anteriores à edição da lei não podem ser objeto de incidência.

1.1 – IR no CTN

Fato gerador

É a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de


proventos de qualquer natureza.

Renda

Produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.

Proventos de qualquer natureza

Acréscimos patrimoniais não compreendidos na definição de renda.

Renda e provento não são apenas auferidos no aspecto financeiro, sendo a


tributação aplicada ao aspecto econômico. Se você prestou um serviço e
alguém lhe fez o pagamento em bens, você auferiu renda.

O importante é ficarmos atentos ao fato de que renda e proventos,


necessariamente, requerem adição de elemento novo ao patrimônio. E
notem que estamos falando em adição, e não em permanência, pois não há
necessidade de aumento do patrimônio para que se cobre IR.

Se você ganhou 10 e gastou 10, seu patrimônio está na mesma, mas você
auferiu renda. Se você tinha 10, emprestou para alguém e recebeu 11 de
volta, você teve renda de 1. Se emprestou 10 e recebeu 10, não houve renda.
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De maneira análoga, se seu patrimônio era 20 e passou para 30, presume-se


que você auferiu, no mínimo, 10 de renda, e esse aumento será tributado pelo
IR se não comprovar a renda.

Renda e proventos, necessariamente, requerem adição


de elemento novo ao patrimônio.

A incidência do IR independe:
 da denominação, origem e forma de percepção da renda
 da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte pagadora

Beneficiário da renda residente no Brasil:


 fonte estrangeira localizada no Brasil – incide IR
 fonte não localizada no Brasil – incide IR

Beneficiário da renda não residente no Brasil


 fonte localizada no Brasil – incide IR
 fonte não localizada no Brasil – não incide IR

Se a fonte ou o beneficiário estiverem no Brasil, incide


IR.

Base de cálculo

Para PJ é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos


tributáveis.

Para PF é rendimento bruto, permitidas apenas as deduções autorizadas em


lei.

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Contribuinte

É o titular da disponibilidade adquirida de renda ou de proventos de qualquer


natureza.

A lei pode atribuir a condição de contribuinte ao possuidor, a qualquer título,


dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.

Indenização é renda?

Esse assunto é complexo e muito discutido. Por ora, vamos apenas dar uma
olhada nos principais pontos:
 regra: indenizações não acrescem o patrimônio, logo, não são renda;
 há casos em que, embora haja aumento de patrimônio, há também
isenção para o IR, como no seguro de vida;
 indenização por dano moral: jurisprudência não permite incidência do IR
 indenização por lucros cessantes: incide IR
 indenização por horas extras: incide IR

2 - IRPJ

2.1 - Fato gerador

É a existência de lucro no encerramento de um período de apuração.


Entendemos por lucro o valor apurado após a contabilização das receitas e
despesas.

Os momentos de ocorrência do FG são observados à medida que os


rendimentos, ganhos e lucros são auferidos, em regra segundo períodos
trimestrais de apuração.

A legislação do IRPJ nos diz que a determinação do lucro real será precedida
da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das
disposições das leis comerciais. Ao observarmos as leis comerciais,
encontramos o nosso já conhecido regime de competência que, portanto, deve
ser aplicado ao IRPJ.

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IRPJ é apurado em regime de competência, salvo exceções.

Para simplificar a tributação o lucro para fins de IRPJ poderá ser apurado de 3
formas:
 lucro real
 lucro presumido
 lucro arbitrado

Lucro real é obtido a partir do lucro contábil que estudamos na DRE da


contabilidade societária. Partindo do lucro líquido, a legislação estabelece
ajustes que devem ser feitos para obtenção do lucro real.

Lucro presumido é apurado com base em um parâmetro estabelecido na


legislação, com vistas a simplificar os procedimentos de apuração. Se alguma
questão de prova se referir ao lucro presumido como lucro ficto ou hipótese de
apuração por meio de ficção jurídica, não estará errada. Na apuração por lucro
presumido estabelece-se uma alíquota a ser aplicada sobre a receita total da
empresa chegando ao valor devido de IR.

Simples Nacional é hipótese de lucro presumido? Conceitualmente, sim!

Lucro arbitrado é uma forma de apuração utilizada quando não for possível a
tributação pelo lucro real ou presumido. O exemplo clássico é a ausência de
escrituração das operações.

2.1 - Exceções ao regime de competência no IRPJ

Contratos de longo prazo com entidades governamentais

O contribuinte pode diferir a tributação do lucro até sua realização, ou seja, até
o efetivo recebimento dos valores a serem pagos pelo contratante.

Considera-se entidade governamental para a aplicação desta regra a pessoa


jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou
sua subsidiária e empresa controlada pelo ente federativo.

Na apuração, exclui-se da BC do IRPJ os valores ainda não recebidos.

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Vendas a prazo na atividade imobiliária

Na venda a prazo com pagamento após o término do ano da venda o lucro


bruto pode ser reconhecido nas contas de resultado de cada período de
apuração proporcionalmente à receita da venda recebida, sendo o restante
excluído da BC do IRPJ.

Aplica-se à entidade cuja atividade seja compra de imóveis para revenda ou


promoção de desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação
imobiliária ou construção de prédio destinado à venda.

Ganho de capital nas vendas a longo prazo

Na venda de bens do ativo permanente com recebimento após o término do


ano seguinte ao da operação aplica-se a mesma regra de diferimento que
vimos no caso da atividade imobiliária.

Variações cambiais

As variações monetárias dos direitos e obrigações do contribuinte em função


da taxa de câmbio devem ser objeto de tributação pelo IRPJ na liquidação da
operação, apenas.

Isso ocorre por meio de ajustes no lucro líquido

Lucro presumido

A pessoa jurídica optante pelo regime de lucro presumido pode adotar o


critério de reconhecimento de suas receitas pelo regime de caixa ou de
competência.

3 - Imposto produtos industrializados - IPI

A base de nosso estudo será o Decreto 7212/2010, o regulamento do IPI.

Antes, vamos rever o que dizem a CF e o CTN

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3.1 - O que diz a CF sobre o IPI

 será seletivo, em função da essencialidade do produto;


 será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores;
 não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
 terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital

3.2 - IPI no CTN

Fato gerador

Os seguintes eventos relativos a produtos industrializados:


 o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
 a sua saída de qualquer estabelecimento de importador, industrial,
comerciante ou arrematante;
 a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer


operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o
consumo.

Base de cálculo
 no desembaraço aduaneiro, o preço normal, , acrescido:
 do imposto sobre a importação;
 das taxas exigidas para entrada do produto no País;
 dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele
exigíveis;
 na saída do estabelecimento:
 o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
 na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente
da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do
remetente;
 na arrematação
 o preço da arrematação

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Contribuinte
 o importador ou quem a lei a ele equiparar;
 o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
 o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos
contribuintes definidos no inciso anterior;
 o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a
leilão.

3.3 – O tributo

Anterioridade: não

Noventena: sim

Legalidade: sim, com exceção das alíquotas que podem ser definidas pelo
executivo.

Fiquem atentos, pois o Poder Executivo Federal pode alterar as alíquotas do IPI
por meio de decreto, mas não pode fazer o mesmo com a base de cálculo, ou
seja, não pode ser concedida redução de BC por meio de decreto.

O aumento de alíquota, feito por meio de decreto, passa a vigorar de


imediato?

Não!

Temos que observar a noventena. Somente após 90 dias vigorarão as


alíquotas majoradas.

Já sabemos que o IPI deve ser seletivo e não cumulativo.

Seletividade

A seletividade do IPI se traduz em tributação diferenciada em função da


essencialidade dos produtos, ou dos danos que ele pode causar à saúde da
população ou ao meio ambiente. Pode-se também utilizar a seletividade para
incentivar ou desincentivar o consumo de determinados itens.

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O ponto principal da seletividade é fazer com que produtos teoricamente


supérfluos sejam tributados com carga maior do que os produtos essenciais
para o dia a dia da população.

Com essas informações já podemos concluir que o IPI é um tributo de


finalidade extra fiscal.

Observada a seletividade em função da essencialidade dos produtos, sempre


que for necessário atingir objetivos de política econômica ou corrigir
distorções, o Poder Executivo pode editar decreto alterando as alíquotas do
IPI. As alíquotas de cada produto podem variar de 0 a 30 pontos percentuais
acima das alíquotas básicas fixadas na TIPI (Tabela de Incidência do IPI).

Não cumulatividade

A cobrança do IPI é não cumulativa, de forma que o montante devido resulte


da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos
produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele
entrados.

A não cumulatividade do IPI é levada a cabo por meio da concessão de direito


ao crédito do imposto incidente sobre matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem que compõem os produtos
tributados. Esse mecanismo é análogo ao que estudamos no ICMS.

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Exercícios Resolvidos

1 – Esaf 2002 AFRFB - Leia o texto, preencha as lacunas e escolha, em


seguida, a opção que contém a sequência em que foram preenchidas.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região julgou interessante questão sobre a
competência para cobrar imposto de renda descontado na fonte sobre
vencimentos de vereadores. Como você julgaria?
O imposto de renda incidente sobre rendimentos pagos a servidores
municipais, descontado na fonte, pertence ____[i]______. Caberá
_____[ii]_____ exigi-lo, faltando ____[iii]______ capacidade ativa para fazê-
lo. Quanto às parcelas do vencimento que os servidores julgam isentas ou
imunes a tributação, contra o entendimento da Receita Federal, e por isso
excluídas das respectivas declarações, competente para exigi-las é
____[iv]______.
a) [i] à União…[ii] a ela…[iii] ao Município…[iv] a União
b) [i] à União …[ii] ao Município…[iii] à União…[iv] o Município
c) [i] ao próprio Município …[ii] a ele…[iii] à União…[iv] o Município
d) [i] ao próprio Município …[ii] a ele…[iii] à União…[iv] a União
e) [i] ao próprio Município …[ii] à União …[iii] ao Município, caso não tenha
descontado na fonte, …[iv] a União

O texto correto é o seguinte:

O imposto de renda incidente sobre rendimentos pagos a servidores


municipais, descontado na fonte, pertence ao próprio Município (por
disposição constitucional de repartição de receitas). Caberá à União exigi-lo
(quem pode cobrar é a União, que detém a competência privativa de instituir o
imposto, a capacidade ativa tributária), faltando ao Município, caso não tenha
descontado na fonte, capacidade ativa (só a União a detém) para fazê-lo.
Quanto às parcelas do vencimento que os servidores julgam isentas ou imunes
a tributação, contra o entendimento da Receita Federal, e por isso excluídas
das respectivas declarações, competente para exigi-las é a União (pois dela é
a capacidade ativa).

Resumindo: O IR é da União. O fato de a CF determinar a divisão da receita


tributária não concede capacidade tributária aos demais entes federativos.

Gaba: E

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2 - Esaf 2003 TTN - Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de


calamidade pública, em janeiro do ano de 200X, o Congresso Nacional aprovou
uma lei complementar que instituiu um imposto de renda adicional, à alíquota
de 5%, a ser cobrado imediatamente, incidente sobre quaisquer rendimentos
de pessoas físicas. Esse imposto, cobrado de forma definitiva, não exclui a
incidência do imposto de renda segundo a tabela progressiva.
Considerando a situação descrita, assinale as proposições abaixo com F para
falsa ou V para verdadeira e, a seguir, indique a opção que contém a
sequência correta.
( ) A lei em questão não atende o critério da progressividade.
( ) Dada a situação de urgência e excepcionalidade, o Congresso pode editar
uma lei nessas condições, sem observar o princípio da anterioridade.
( ) A lei em questão está informada pelos critérios da generalidade, da
universalidade e da seletividade.
a) F, F, V
b) V, V, F
c) F, V, F
d) V, F, V
e) V, F, F

Cobrança de forma definitiva do IR significa que não é deduzido do imposto


apurado na declaração anual de rendimentos.
I – Correto. Se vai ser igualmente cobrado de todos e não vai entrar no ajuste
anual, não é progressivo.
II – Errado. Tratando-se de IR, há que se observar o princípio da
anterioridade.
III – Errado. Ao incidir “sobre quaisquer rendimentos de pessoas físicas” o
imposto está atendendo à generalidade e à universalidade, mas não à
seletividade.

Turma, o IR é seletivo?
Não!

Turma, o IR é não cumulativo?


Não!

Gaba: E

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3 – Esaf 2012 ATRFB - Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica,


assinale a opção incorreta.
a) A incerteza quanto ao período de apuração de escrituração de rendimento
somente constitui fundamento para lançamento de diferença de imposto
quando dela resultar a redução indevida do lucro real.
b) Quando o rendimento foi percebido com retenção na fonte, a empresa
beneficiada fará a escrituração como receita pela respectiva importância bruta,
ou seja, sem considerar o desconto.
c) O regime de competência foi adotado pela lei tributária para todas as
empresas que estão obrigadas ou optarem em apurar os seus resultados com
base no lucro presumido.
d) A receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das
vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos
impostos incidentes sobre vendas.
e) Caracteriza-se como omissão de receita a indicação na escrituração de saldo
credor de caixa.

Questão anulada, pois há duas alternativas incorretas. O gabarito inicial foi a


letra C.

Letra A, errada.
A lei diz: “A inexatidão quanto ao período de apuração de escrituração de
rendimento somente constitui fundamento para lançamento de diferença de
imposto quando dela resultar a redução indevida do lucro real.”

Letra C, errada.
Nenhuma empresa é obrigada a adotar o lucro presumido.
As empresas que optarem pelo lucro presumido poderão também optar pelo
regime de caixa ou competência.

Letras B, D e E, corretas. Estudem-nas.

Gaba: Nulo

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4 – Esaf 2012 AFRFB - Tendo por base a legislação do Imposto de Renda


sobre Pessoa Jurídica (IRPJ), assinale a opção incorreta.
a) As filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas
jurídicas com sede no exterior sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda
sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ).
b) A prestação de serviços intelectuais, inclusive os de natureza científica,
artística ou cultural, em caráter personalíssimo ou não, com ou sem
designação de quaisquer obrigações a sócios ou empregados da sociedade
prestadora de serviços, quando por esta realizada, sujeita-se à incidência do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
c) As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e
fornecimento de bens aos consumidores, não se sujeitam à incidência do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
d) O espólio não se sujeita à incidência do Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ).
e) As sociedades coligadas e controladas, com sede no exterior, que tenham as
respectivas pessoas jurídicas controladoras residentes ou domiciliadas no
Brasil, não são sujeitos passivos do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas
(IRPJ).

Letra A, correta.

Contribuintes do IRPJ
São as pessoas jurídicas e as empresas individuais.

São pessoas jurídicas:


 pessoas jurídicas de direito privado, domiciliadas no País, sejam quais
forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital;
 as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas
jurídicas com sede no exterior;
 os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das
operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.
 as sociedades em conta de participação são equiparadas a pessoas
jurídicas para os efeitos da tributação.

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São empresas individuais:


 as firmas individuais (empresário individual);
 as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e
profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou
comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros
de bens ou serviços;
 as empresas individuais imobiliárias.

Letra B, correta. Trata-se de prestação de serviço por PJ.

Letra C, errada. São isentas as cooperativas, contudo, se forem cooperativas


de consumo, não se aplica essa isenção.

Letra D, correta. O espólio é tributado pelo IRPF.

Letra E, correta. Só será tributado no Brasil o eventual lucro remetido para a


investidora.

Gaba: C

5 – Esaf 2012 ATRFB - Respondem pelo Imposto de Renda devido pelas


pessoas jurídicas, exceto:
a) a pessoa física sócia da pessoa jurídica extinta mediante liquidação que
continuar a exploração da atividade social.
b) as sociedades que receberem parcelas do patrimônio da pessoa jurídica
extinta por cisão.
c) a pessoa jurídica que incorporar outra.
d) a pessoa jurídica resultante da transformação de outra.
e) a pessoa jurídica que adquirir unidade produtiva isolada.

Letras A a D, erradas, pois todas trazem casos expressos de responsabilidade


no IRPJ.
Letra E, correta.
A pessoa jurídica que adquirir unidade produtiva isolada em processo de
recuperação judicial não é responsável pelos impostos devidos até a data da
aquisição.

Gaba: E
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6 – Esaf 2012 ATRFB - Constitui rendimento para fins do Imposto sobre a


Renda, exceto,
a) todo o produto do capital.
b) o provento de qualquer natureza.
c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.
d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.
e) todo produto do trabalho.

Letra D, correta. Pensão recebida em mercadoria não é tributada.


São tributáveis os valores percebidos, em dinheiro, a título de alimentos ou
pensões, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais. Os alimentos
são tributáveis na pessoa do alimentando, razão pela qual são dedutíveis da
base de cálculo do alimentante.

As demais alternativas trazem casos de renda tributada.

Gaba: D

7 – Esaf 2012 ATRFB - É pessoalmente responsável pelo pagamento do


Imposto de Renda da Pessoa Física
a) o sucessor a qualquer título quando se apurar, na abertura da sucessão,
que o de cujos não apresentou declaração de rendimentos de exercícios
anteriores, caso em que responde por toda a dívida.
b) o espólio, pelo tributo devido pelo de cujos, quando se apurar que houve
falta de pagamento de imposto devido até a data da abertura da sucessão,
sendo que, nesse caso, não serão cobrados juros moratórios e multa de mora.
c) o cônjuge meeiro, quando se apurar, na abertura da sucessão, que o de
cujos apresentou declaração de exercícios anteriores com omissão de
rendimentos, mesmo que a declaração tenha sido em separado.
d) o sucessor a qualquer título, pelo tributo devido pelo de cujos até a data da
partilha ou da adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
quinhão, do legado ou da herança.
e) o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro quando se apurar, na
abertura da sucessão, que o de cujos não apresentou declaração de
rendimentos de exercícios anteriores ou o fez com omissão de rendimentos,
caso em que respondem por toda a dívida.

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Letras A, C e E, erradas. Essas responsabilidades são do espólio, e não do


sucessor ou cônjuge.

Letra B, errada. Serão cobrados juros e multa.

Letra D, correta.

Gaba: D

8 – Esaf 2012 ATRFB – São contribuintes do Imposto de Renda da Pessoa


Física:
a) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza.
b) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, e aquelas que
mesmo sem serem residentes no País, sejam titulares de disponibilidade
econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza percebidos
no exterior.
c) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza.
d) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza que percebam os rendimentos somente de fontes situadas no País.
e) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza, que percebam rendimentos, independentemente da localização da
fonte.

Contribuintes do IRPF
São contribuintes do imposto de renda:
 as pessoas físicas residentes no país que recebam rendimentos ou
percebam ganhos de capital, oriundos de fontes situadas no País ou no
exterior; e
 as pessoas físicas não residentes, em relação à renda e aos proventos de
qualquer natureza provenientes de fontes situadas no País.

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Letra A, correta.
Letra B, errada. Residentes no exterior não são tributados pela renda oriunda
de fontes situadas no exterior.
Letra C e E, erradas. A banca pisou na bola ao marcar errada, alegando que
todas as pessoas são tributadas, e não apenas as brasileiras. Ora, se todas são
tributadas, as brasileiras também são. Mas a banca alegou que queria a
literalidade do dispositivo.
Letra D, errada. Os rendimentos podem ser de fontes no Brasil ou no exterior.

Gaba: A

9 – Esaf 2012 ATRFB – Os seguintes valores são onerados pelo Imposto


sobre a Renda devido pelas pessoas físicas, exceto:
a) os lucros do comércio e da indústria, auferidos por todo aquele que não
exercer, habitualmente, a profissão de comerciante ou industrial.
b) as importâncias recebidas a título de juros e indenizações por lucros
cessantes.
c) os valores correspondentes a bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas
como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou
pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem
vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços.
d) o valor do laudêmio recebido.
e) os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas ou percebidos
com infração à lei.

Com exceção da letra C, todas as demais são hipóteses de renda tributável.


No caso da bolsa, se o beneficiado fosse empregado da instituição,
caracterizaria renda. Como está claro que não é, não há que se falar em IR.

Gaba: C

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10 – Esaf 2006 CF – No que respeita à isenção ou à imunidade do Imposto


de Renda das Pessoas Jurídicas, assinale a única opção CORRETA:
a) para que as instituições de caráter filantrópico sejam isentas do Imposto de
Renda das Pessoas Jurídicas, basta que se disponham a prestar serviços
gratuitos à comunidade em que atuem, bem como fazer constar em seus
estatutos não terem finalidade lucrativa;
b) considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em
suas contas, ou, caso o apresente em determinado exercício, o distribua
integralmente a seus colaboradores;
c) as empresas estrangeiras de transportes, estabelecidas no Brasil, são
imunes do imposto de renda;
d) as instituições de educação, para serem imunes, devem, entre outros
requisitos, assegurar através de seus estatutos, a destinação de seu
patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da
imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas
atividades, ou a órgão público;
e) as entidades de assistência social, imunes por força de medida liminar,
estão dispensadas de recolher os tributos, a exemplo do imposto de renda
retido na fonte sobre os rendimentos por elas pagos.

Letra A, errada. Existem várias condições a serem seguidas, dispostas na CF e


no CTN.
Letra B, errada. Pode haver superávit, mão não pode haver distribuição.
Letra C, errada. Esse é caso de isenção, e não de imunidade.
Letra D, correta.
Letra E, errada. As pessoas imunes não estão dispensadas de efetuar as
retenções do imposto de renda sobre valores pagos a terceiros.

Gaba: D

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11 – Esaf 2003 TTN – Assinale as proposições abaixo com F para falsa ou V


para verdadeira e, a seguir, indique a opção que contém a sequência correta.
( ) O critério da progressividade do imposto de renda está sintonizado com a
capacidade econômica do contribuinte e observa o caráter pessoal previsto na
Constituição.
( ) O princípio constitucional da anterioridade significa que a lei tributária não
se aplica aos fatos geradores anteriores à sua publicação.
( ) Em atendimento às normas constitucionais relativas aos impostos de
competência da União, para fins de incidência do imposto de renda, devem ser
deduzidos da renda recebida todos os valores pagos, necessários à sua
percepção, atendendo-se, assim, o princípio da não cumulatividade.
a) V, F, V
b) V, V, F
c) F, V, V
d) V, F, F
e) F, F, V

I – Correto.
II – Errado. Esse conceito está no princípio da irretroatividade.
III – Errado. O princípio da não cumulatividade não se aplica ao IR.

Gaba: C

12 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


I. O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira é fato
gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados, considerando-se ocorrido
o referido desembaraço quando a mercadoria consta como tendo sido
importada e o extravio ou avaria venham a ser apurados pela autoridade fiscal,
inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação.
II. Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados na saída de armazém-geral ou outro depositário do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos
produtos entregues diretamente a outro estabelecimento.
III. Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados na saída do estabelecimento industrial diretamente para
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do encomendante,
quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda.

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a) Somente o item I está correto.


b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

Todas assertivas estão corretas e trazem hipóteses de FG do IPI. Estudem-nas


com atenção.

Gaba: C

13 - Esaf 2012 PGFN - Alguns tributos possuem, além da função meramente


arrecadatória ou fiscal, finalidade outra que se destina a regular a economia,
criando mecanismos que induzem, ou incentivam, a conduta do potencial
contribuinte numa ou noutra direção. É o que se viu recentemente com a
majoração das alíquotas do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados,
incidente sobre a importação de automóveis, já que, no período de janeiro a
agosto de 2011, a balança comercial do setor automotivo atingiu um déficit de
R$ 3 bilhões. Contudo, o STF entendeu que o decreto que majorar as alíquotas
aplicáveis às operações de importação de veículos automotores
a) sujeita-se ao princípio da anterioridade, segundo o qual não se poderá
exigir, no mesmo exercício financeiro em que o decreto é publicado, alíquotas
maiores do que aquelas até então vigentes.
b) tem aplicabilidade imediata, por ser o IPI um tributo regulatório e pelo fato
de que o Decreto- Lei que o criou (DL n. 1.191/1971) ter autorizado o Poder
Executivo a reduzir suas alíquotas a zero; majorá-las, acrescentando até 30
unidades ao percentual de incidência fixado na lei, e, ainda, alterar a base de
cálculo em relação a determinados produtos, podendo, para esse fim, fixar-
lhes valor tributável mínimo.
c) submete-se, dentre outros, ao princípio constitucional da anterioridade
nonagesimal, ou seja, fica suspenso até que tenha transcorrido o prazo de
noventa dias da sua publicação.
d) fica suspenso, por força da anterioridade nonagesimal, até que tenha
transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação. Contudo, a suspensão
somente opera efeitos ex tunc caso haja pedido liminar formulado no sentido
de reparar dano, e não para prevenir risco ao contribuinte.

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e) não se submete ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal,


eis que a Constituição Federal foi clara ao prever tal comando para a lei (antes
de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou). Assim, como o texto constitucional fala em “lei”, o aumento das
alíquotas por decreto não está sujeito à espera nonagesimal.

Letra A, errada. O IPI é exceção à anterioridade anual, devendo ser observada


apenas a nonagesimal.
Letra B, errada. E exceção à legalidade do IPI está na alteração das alíquotas,
e não da base de cálculo. Além disso, há que se observar a noventena.
Letra C, correta. Esse entendimento do STF está no julgamento da ADI 4.661-
MC.
Letra D, errada. Essa alternativa diz respeito aos efeitos do julgamento da
citada ADI. O normal é que esses efeitos sejam ex nunc, mas no caso em tela
foram declarados ex tunc.
Letra E, errada. Nas palavras do STF: “Embora a CF Federal aluda apenas à
“lei” no art. 150, III, ‘c’, o vocábulo deve ser necessariamente interpretado
como lei em sentido material, isto é, como qualquer ato dotado de
generalidade e abstração que seja constitucionalmente autorizado a instituir ou
aumentar tributos, no que se inclui, evidentemente, também o ato do Poder
Executivo fundado no Art. 153, § 1º, da CF”.

Gaba: C

14 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


I. Para fins da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, a
industrialização é caracterizada como qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do
produto.
II. O aperfeiçoamento para consumo é considerado como industrialização, para
fins da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, dependendo do
processo utilizado para obtenção do produto e da localização e condições das
instalações ou equipamentos empregados.
III. A alteração da apresentação do produto pela colocação de embalagem,
ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se
destine apenas ao transporte da mercadoria, é caracterizado como
industrialização para fins da incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados.
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a) Somente o item I está correto.


b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

I – Correto.
Industrialização
Corresponde a qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento,
o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para
consumo.

II – Errado. Para caracterizar a operação como industrialização, é irrelevante o


processo utilizado para obtenção do produto, bem como a localização e as
condições das instalações ou equipamentos empregados.

III – Correto. Esse é o acondicionamento ou reacondicionamento.

Gaba: E

15 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados:
I. Os estabelecimentos que comercializam produtos cuja industrialização tenha
sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro,
mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.
II. Os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para
comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos
importados por outro estabelecimento da mesma firma.
III. Os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem
saída a bebidas alcoólicas.
a) Somente o item I está correto.
b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

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I - Correto.
II - Correto.
III – Correto. A banca marcou essa assertiva como correta, mas ela está
incompleta. Segundo o RIPI, na situação citada os estabelecimentos são
equiparados apenas no caso de saída de bebidas alcoólicas acondicionadas em
recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a
varejo, com destino a estabelecimentos industriais, engarrafadores,
atacadistas ou cooperativas de produtores.

Gaba: C com ressalva

16 - Esaf 2012 ATRFB - São responsáveis solidários pelo pagamento do


Imposto sobre Produtos Industrializados
a) os possuidores ou detentores, em relação os produtos tributados que
possuírem ou mantiverem para fins de venda ou industrialização,
acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.
b) os adquirentes de mercadorias de procedência estrangeira, no caso de
importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora.
c) os transportadores em relação aos produtos tributados que transportarem,
acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.
d) os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à
impressão de livros, mesmo que não alcançado pela imunidade prevista no art.
150 da Constituição Federal.
e) os estabelecimentos equiparados a industrial, quanto aos fatos geradores
relativos aos produtos que deles saírem, bem como quanto aos demais fatos
geradores decorrente de atos que sejam por eles praticados.

Letras A e C, erradas. Nos dois casos a responsabilidade só ocorre no caso de


falta de documentação comprobatória de sua procedência.

Letra B, correta.

Letras D e E, erradas. Nos dois casos temos contribuintes do IPI, e não


responsáveis.

Gaba: B
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17 - Esaf 2006 CF - Uma lei aumentando alíquota ou alterando a base de


cálculo do IPI com aumento do imposto, com início de vigência trinta dias após
a data de sua publicação:
a) produz efeitos no primeiro dia do período de apuração seguinte, se assim
dispuser o próprio ato.
b) somente pode produzir efeitos no primeiro dia do exercício seguinte ao da
sua publicação.
c) sempre produz efeitos na data da sua publicação.
d) produz efeitos 90 dias após a sua publicação.
e) produz efeitos 90 dias após o início de sua vigência.

Letras A e C, erradas. Se a alteração aumenta o imposto devido, é necessário


que se observe a noventena.
Letra B, errada. O IPI é exceção à anterioridade anual.
Letra D, correta. O IPI é exceção à anterioridade anual, mas deve observar a
anterioridade nonagesimal.
Letra E, errada. A noventena tem como marco inicial a data da publicação da
lei. Não há relação obrigatória entre vigência e produção de efeitos.

Gaba: D

18 - Esaf 2002 TTN - Constituição Federal, artigo 153, parágrafo 3º: § 3º - O


imposto previsto no inciso IV: (Imposto Sobre Produtos Industrializados)
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - .....................................
Em face do enunciado, assinale a opção correta.
a) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão inversa da imprescindibilidade das mercadorias de consumo
generalizado. Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário,
à moradia, ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas,
tanto menores devem ser.
b) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão direta da imprescindibilidade das mercadorias de consumo generalizado.
Quanto menos sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
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ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas, tanto menores


devem ser.
c) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas homogêneas
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão direta da imprescindibilidade das mercadorias de consumo supérfluo.
Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas, tanto maiores
devem ser.
d) Seletividade quer dizer não discriminação ou sistema de alíquotas
homogêneas por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo
programático endereçado ao legislador ordinário, recomendando-lhe que
estabeleça as alíquotas em razão inversa da imprescindibilidade das
mercadorias de consumo generalizado. Quanto mais sejam elas necessárias à
alimentação, ao vestuário, à moradia, ao tratamento médico e higiênico das
classes mais numerosas, tanto menores devem ser.
e) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador constitucional, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão inversa da imprescindibilidade das mercadorias de consumo supérfluo.
Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
ao tratamento médico e higiênico das classes menos numerosas, tanto
menores devem ser.

Letra A, correta.
Letra B, errada. No imposto seletivo, as alíquotas devem guardar razão inversa
com a imprescindibilidade dos produtos. Quanto mais imprescindível, menor a
alíquota.
Letra C, errada. No imposto seletivo, as alíquotas são heterogêneas. Quanto
mais necessário o produto, menor a alíquota.
Letra D, errada. Seletividade é discriminação e heterogeneidade de alíquotas.
Letra E, errada. A seletividade é prescrição do legislador constitucional, voltada
para o legislador ordinário, pois é ele (o ordinário) que estabelecerá as
alíquotas.

Gaba: A

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 00
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19 - Esaf 2009 AFRFB - “A redução do Imposto sobre Produtos


Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi
prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor
uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na
eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa
Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta
quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos
desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A
medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes
do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter
essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada
classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe
“B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de
15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre
Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela
que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia
mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, podem-se tributar com alíquotas diferenciadas
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas
categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla
tributação da mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria
e, consequentemente, dos consumidores.

Letras A, C e D trazem informações corretas, mas não se referem ao aspecto


destacado pelo texto.

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita
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Letra E, correta.
Uma das características de um imposto extra fiscal é a de induzir ou reprimir
comportamentos de consumo. Baixando a alíquota para aparelhos que
economizam energia, o governo incentiva a produção e o consumo desses
bens, o que fomenta a economia de energia elétrica.

Gaba: E

20 - Esaf 2005 AFRFB - O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de


competência da União,
a) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, mediante ato do Poder Executivo.
b) poderá incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
c) poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto.
d) constitui exceção ao princípio da legalidade, eis que é facultado ao Poder
Executivo, atendidas as condições e os limites da lei, alterar suas alíquotas.
e) poderá ser não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores.

Letra A, errada. O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de
capital pelo contribuinte do imposto na forma da lei.

Letra B, errada. As exportações são imunes.

Letra C, errada. O IPI deve ser seletivo.

Letra D, correta.

Letra E, errada. O IPI deve ser não cumulativo.

Gaba: D

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21 - Esaf 2006 CF - A Constituição Federal veda a incidência do IPI sobre:


a) o ouro.
b) o álcool para fins carburantes.
c) os produtos feitos à base de substâncias minerais, quando tributados pelo
ICMS.
d) os produtos industrializados adquiridos pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.
e) o papel.

Letra A, errada. Só é vedada a incidência sobre o ouro quando ele for


considerado ativo financeiro ou instrumento cambial.

Letra B, correta. Somente o ICMS, o imposto de importação e o imposto de


exportação podem incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços
de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

Letra C, errada. Os minerais são imunes ao IPI, mas o produtos feitos a partir
dele não o são.

Letra D, errada. A imunidade é para o ente, e não para quem lhe vende
produtos.
Súmula 591/STF: “A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se
estende ao produtor, contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados”.

Letra E, errada. A imunidade para o papel aplica-se apenas quando destinado à


impressão de livros, jornais e periódicos, e essa condição não foi especificada.

Gaba: B

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22 - Esaf 2006 CF - A Fábrica São José Ltda., além de produzir suas próprias
velas, adquire de outro estabelecimento industrial velas perfumadas (TIPI -
3406.00.00 – 0%), que são embaladas em caixas de 12 unidades, próprias
para venda a consumidores. Esses últimos produtos, ao saírem da fábrica São
José, estão:
a) fora do campo de incidência do IPI, por terem alíquota zero.
b) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
acondicionamento.
c) fora do campo de incidência do IPI, por aí não terem sofrido operação de
industrialização.
d) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
transformação.
e) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
recondicionamento.

O IPI incide sobre os produtos da TIPI, ainda que com alíquota zero (caso da
vela). A não incidência aplica-se apenas aos que estiverem na TIPI com a
marcação NT.

Além disso, sabemos que o acondicionamento para venda é considerado


atividade de industrialização.

Dessa forma, está correta a alternativa B.

Gaba: B

23 - Esaf 2002 TTN - A notação NT (não-tributado) aposta diante do código


TIPI, constante da Tabela de Incidência do IPI, implica considerar-se que o
produto está:
a) imune.
b) isento.
c) sujeito a pauta de valores.
d) fora do campo de incidência.
e) sujeito à tributação pelo preço da operação.

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O campo de incidência do IPI é definido pela TIPI, encontrando-se sujeitos ao


imposto todos os produtos que apresentem alíquota, ainda que isentos ou
sujeito a alíquota zero e excluídos os que possuem a marcação NT.

Os produtos NT estão fora do campo de incidência do IPI.

Gaba: D

24 - Esaf 2002 TTN - Assinale a resposta correta.


I - O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos
industrializados estrangeiros?
II - O campo de incidência do IPI abrange os produtos com alíquota zero?
a) (I) Sim, porque para efeito de IPI não há distinção em relação à
procedência dos bens. (II) Não, porque alíquota zero equivale à ausência de
alíquota.
b) (I) Sim, porque se o produto é industrializado esse imposto substitui o de
importação. (II) Sim, porque alíquota zero não impede que o produto siga o
regime geral do imposto.
c) (I) Sim. A lei assim o diz. (II) Sim, porque a lei determina que seu campo
de incidência abrange todos os produtos com alíquota.
d) (I) Não, porque haveria bis in idem, já que sobre eles incide o imposto de
importação. (II) Sim, porque o campo de incidência desse imposto abrange
todos os produtos industrializados.
e) (I) Não, porque o IPI não é um tributo aduaneiro. (II) Não, porque o campo
de incidência advém da Constituição e esta não previu a hipótese.

I – Sim. Contudo, o IPI não substitui o Imposto de Importação. Os dois


incidem conjuntamente.

II – Sim. Produtos com alíquota zero estão no campo de incidência. O IPI


somente não incide sobre produtos com marcação NT.

Gaba: C

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25 – FCC 2015 Sefaz PE - Sobre os impostos em espécie, é correto afirmar:


a) Incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
b) O IPI poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
c) O II terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto.
d) O IR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular
a manutenção de propriedades improdutivas
e) O IOF não se submete ao princípio da anterioridade, assim como ao
princípio da anterioridade nonagesimal.

Letra A, errada. Não há incidência na transmissão gratuita.


Letra B, errada. O IPI deve ser não cumulativo.
Letra C, errada. Essa regra existe para o IPI.
Letra D, errada. O IR é progressivo, mas não existe essa recomendação
relativa às propriedades. Isso aplica-se ao IPTU e ao ITR.
Letra E, correta.

Gaba: E

26 – FCC 2014 TRF 4 - Considerando os critérios de tributação, são tributos


com tributação não-cumulativa e progressiva, respectivamente,
a) IR e IOF.
b) IOF e ICMS.
c) ICMS e IPI.
d) ICMS e IOF.
e) IPI e IR.

Muito bem. Dentre os impostos listados, tem0s o seguinte:

Os únicos não cumulativos são o IPI e o ICMS.


O único progressivo é o IR. Outro progressivo famoso é o IPTU.

Gaba: E

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27 – Cespe 2013 TRF 5 - De acordo com a CF, as normas gerais de direito


tributário e a jurisprudência do STJ e do STF, julgue os itens:
Segundo a CF, o IR deve submeter-se à exigência da noventena, mas não
necessita obedecer a anterioridade tributária. O IPI, por sua vez, tem o
tratamento inverso, visto que está liberado da noventena, mas é obrigado a
respeitar a anterioridade tributária.

Errado. É o contrário.
IR – anterioridade sim, noventena não
IPI – anterioridade não, noventena sim

Gaba: E

28 – Cespe 2013 TRF 5 - De acordo com a CF, as normas gerais de direito


tributário e a jurisprudência do STJ e do STF, julgue os itens:
A seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é
objeto da tributação, não se confundindo com a progressividade, que se refere
ao simples agravamento do ônus tributário conforme a base de cálculo
aumenta.

Correto. Essas são as definições de seletividade e progressividade.

Gaba: C

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Lista das Questões Apresentadas

1 – Esaf 2002 AFRFB - Leia o texto, preencha as lacunas e escolha, em


seguida, a opção que contém a sequência em que foram preenchidas.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região julgou interessante questão sobre a
competência para cobrar imposto de renda descontado na fonte sobre
vencimentos de vereadores. Como você julgaria?
O imposto de renda incidente sobre rendimentos pagos a servidores
municipais, descontado na fonte, pertence ____[i]______. Caberá
_____[ii]_____ exigi-lo, faltando ____[iii]______ capacidade ativa para fazê-
lo. Quanto às parcelas do vencimento que os servidores julgam isentas ou
imunes a tributação, contra o entendimento da Receita Federal, e por isso
excluídas das respectivas declarações, competente para exigi-las é
____[iv]______.
a) [i] à União…[ii] a ela…[iii] ao Município…[iv] a União
b) [i] à União …[ii] ao Município…[iii] à União…[iv] o Município
c) [i] ao próprio Município …[ii] a ele…[iii] à União…[iv] o Município
d) [i] ao próprio Município …[ii] a ele…[iii] à União…[iv] a União
e) [i] ao próprio Município …[ii] à União …[iii] ao Município, caso não tenha
descontado na fonte, …[iv] a União

2 - Esaf 2003 TTN - Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de


calamidade pública, em janeiro do ano de 200X, o Congresso Nacional aprovou
uma lei complementar que instituiu um imposto de renda adicional, à alíquota
de 5%, a ser cobrado imediatamente, incidente sobre quaisquer rendimentos
de pessoas físicas. Esse imposto, cobrado de forma definitiva, não exclui a
incidência do imposto de renda segundo a tabela progressiva.
Considerando a situação descrita, assinale as proposições abaixo com F para
falsa ou V para verdadeira e, a seguir, indique a opção que contém a
sequência correta.
( ) A lei em questão não atende o critério da progressividade.
( ) Dada a situação de urgência e excepcionalidade, o Congresso pode editar
uma lei nessas condições, sem observar o princípio da anterioridade.
( ) A lei em questão está informada pelos critérios da generalidade, da
universalidade e da seletividade.
a) F, F, V b) V, V, F
c) F, V, F d) V, F, V
e) V, F, F

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3 – Esaf 2012 ATRFB - Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica,


assinale a opção incorreta.
a) A incerteza quanto ao período de apuração de escrituração de rendimento
somente constitui fundamento para lançamento de diferença de imposto
quando dela resultar a redução indevida do lucro real.
b) Quando o rendimento foi percebido com retenção na fonte, a empresa
beneficiada fará a escrituração como receita pela respectiva importância bruta,
ou seja, sem considerar o desconto.
c) O regime de competência foi adotado pela lei tributária para todas as
empresas que estão obrigadas ou optarem em apurar os seus resultados com
base no lucro presumido.
d) A receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das
vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos
impostos incidentes sobre vendas.
e) Caracteriza-se como omissão de receita a indicação na escrituração de saldo
credor de caixa.

4 – Esaf 2012 AFRFB - Tendo por base a legislação do Imposto de Renda


sobre Pessoa Jurídica (IRPJ), assinale a opção incorreta.
a) As filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas
jurídicas com sede no exterior sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda
sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ).
b) A prestação de serviços intelectuais, inclusive os de natureza científica,
artística ou cultural, em caráter personalíssimo ou não, com ou sem
designação de quaisquer obrigações a sócios ou empregados da sociedade
prestadora de serviços, quando por esta realizada, sujeita-se à incidência do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
c) As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e
fornecimento de bens aos consumidores, não se sujeitam à incidência do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
d) O espólio não se sujeita à incidência do Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ).
e) As sociedades coligadas e controladas, com sede no exterior, que tenham as
respectivas pessoas jurídicas controladoras residentes ou domiciliadas no
Brasil, não são sujeitos passivos do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas
(IRPJ).

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5 – Esaf 2012 ATRFB - Respondem pelo Imposto de Renda devido pelas


pessoas jurídicas, exceto:
a) a pessoa física sócia da pessoa jurídica extinta mediante liquidação que
continuar a exploração da atividade social.
b) as sociedades que receberem parcelas do patrimônio da pessoa jurídica
extinta por cisão.
c) a pessoa jurídica que incorporar outra.
d) a pessoa jurídica resultante da transformação de outra.
e) a pessoa jurídica que adquirir unidade produtiva isolada.

6 – Esaf 2012 ATRFB - Constitui rendimento para fins do Imposto sobre a


Renda, exceto,
a) todo o produto do capital.
b) o provento de qualquer natureza.
c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.
d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.
e) todo produto do trabalho.

7 – Esaf 2012 ATRFB - É pessoalmente responsável pelo pagamento do


Imposto de Renda da Pessoa Física
a) o sucessor a qualquer título quando se apurar, na abertura da sucessão,
que o de cujos não apresentou declaração de rendimentos de exercícios
anteriores, caso em que responde por toda a dívida.
b) o espólio, pelo tributo devido pelo de cujos, quando se apurar que houve
falta de pagamento de imposto devido até a data da abertura da sucessão,
sendo que, nesse caso, não serão cobrados juros moratórios e multa de mora.
c) o cônjuge meeiro, quando se apurar, na abertura da sucessão, que o de
cujos apresentou declaração de exercícios anteriores com omissão de
rendimentos, mesmo que a declaração tenha sido em separado.
d) o sucessor a qualquer título, pelo tributo devido pelo de cujos até a data da
partilha ou da adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
quinhão, do legado ou da herança.
e) o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro quando se apurar, na
abertura da sucessão, que o de cujos não apresentou declaração de
rendimentos de exercícios anteriores ou o fez com omissão de rendimentos,
caso em que respondem por toda a dívida.

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8 – Esaf 2012 ATRFB – São contribuintes do Imposto de Renda da Pessoa


Física:
a) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza.
b) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, e aquelas que
mesmo sem serem residentes no País, sejam titulares de disponibilidade
econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza percebidos
no exterior.
c) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza.
d) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza que percebam os rendimentos somente de fontes situadas no País.
e) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer
natureza, que percebam rendimentos, independentemente da localização da
fonte.

9 – Esaf 2012 ATRFB – Os seguintes valores são onerados pelo Imposto


sobre a Renda devido pelas pessoas físicas, exceto:
a) os lucros do comércio e da indústria, auferidos por todo aquele que não
exercer, habitualmente, a profissão de comerciante ou industrial.
b) as importâncias recebidas a título de juros e indenizações por lucros
cessantes.
c) os valores correspondentes a bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas
como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou
pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem
vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços.
d) o valor do laudêmio recebido.
e) os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas ou percebidos
com infração à lei.

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10 – Esaf 2006 CF – No que respeita à isenção ou à imunidade do Imposto


de Renda das Pessoas Jurídicas, assinale a única opção CORRETA:
a) para que as instituições de caráter filantrópico sejam isentas do Imposto de
Renda das Pessoas Jurídicas, basta que se disponham a prestar serviços
gratuitos à comunidade em que atuem, bem como fazer constar em seus
estatutos não terem finalidade lucrativa;
b) considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em
suas contas, ou, caso o apresente em determinado exercício, o distribua
integralmente a seus colaboradores;
c) as empresas estrangeiras de transportes, estabelecidas no Brasil, são
imunes do imposto de renda;
d) as instituições de educação, para serem imunes, devem, entre outros
requisitos, assegurar através de seus estatutos, a destinação de seu
patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da
imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas
atividades, ou a órgão público;
e) as entidades de assistência social, imunes por força de medida liminar,
estão dispensadas de recolher os tributos, a exemplo do imposto de renda
retido na fonte sobre os rendimentos por elas pagos.

11 – Esaf 2003 TTN – Assinale as proposições abaixo com F para falsa ou V


para verdadeira e, a seguir, indique a opção que contém a sequência correta.
( ) O critério da progressividade do imposto de renda está sintonizado com a
capacidade econômica do contribuinte e observa o caráter pessoal previsto na
Constituição.
( ) O princípio constitucional da anterioridade significa que a lei tributária não
se aplica aos fatos geradores anteriores à sua publicação.
( ) Em atendimento às normas constitucionais relativas aos impostos de
competência da União, para fins de incidência do imposto de renda, devem ser
deduzidos da renda recebida todos os valores pagos, necessários à sua
percepção, atendendo-se, assim, o princípio da não cumulatividade.
a) V, F, V
b) V, V, F
c) F, V, V
d) V, F, F
e) F, F, V

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12 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


I. O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira é fato
gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados, considerando-se ocorrido
o referido desembaraço quando a mercadoria consta como tendo sido
importada e o extravio ou avaria venham a ser apurados pela autoridade fiscal,
inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação.
II. Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados na saída de armazém-geral ou outro depositário do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos
produtos entregues diretamente a outro estabelecimento.
III. Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados na saída do estabelecimento industrial diretamente para
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do encomendante,
quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda.
a) Somente o item I está correto.
b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

13 - Esaf 2012 PGFN - Alguns tributos possuem, além da função meramente


arrecadatória ou fiscal, finalidade outra que se destina a regular a economia,
criando mecanismos que induzem, ou incentivam, a conduta do potencial
contribuinte numa ou noutra direção. É o que se viu recentemente com a
majoração das alíquotas do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados,
incidente sobre a importação de automóveis, já que, no período de janeiro a
agosto de 2011, a balança comercial do setor automotivo atingiu um déficit de
R$ 3 bilhões. Contudo, o STF entendeu que o decreto que majorar as alíquotas
aplicáveis às operações de importação de veículos automotores
a) sujeita-se ao princípio da anterioridade, segundo o qual não se poderá
exigir, no mesmo exercício financeiro em que o decreto é publicado, alíquotas
maiores do que aquelas até então vigentes.
b) tem aplicabilidade imediata, por ser o IPI um tributo regulatório e pelo fato
de que o Decreto- Lei que o criou (DL n. 1.191/1971) ter autorizado o Poder
Executivo a reduzir suas alíquotas a zero; majorá-las, acrescentando até 30
unidades ao percentual de incidência fixado na lei, e, ainda, alterar a base de
cálculo em relação a determinados produtos, podendo, para esse fim, fixar-
lhes valor tributável mínimo.
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c) submete-se, dentre outros, ao princípio constitucional da anterioridade


nonagesimal, ou seja, fica suspenso até que tenha transcorrido o prazo de
noventa dias da sua publicação.
d) fica suspenso, por força da anterioridade nonagesimal, até que tenha
transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação. Contudo, a suspensão
somente opera efeitos ex tunc caso haja pedido liminar formulado no sentido
de reparar dano, e não para prevenir risco ao contribuinte.
e) não se submete ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal,
eis que a Constituição Federal foi clara ao prever tal comando para a lei (antes
de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou). Assim, como o texto constitucional fala em “lei”, o aumento das
alíquotas por decreto não está sujeito à espera nonagesimal.

14 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


I. Para fins da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, a
industrialização é caracterizada como qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do
produto.
II. O aperfeiçoamento para consumo é considerado como industrialização, para
fins da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, dependendo do
processo utilizado para obtenção do produto e da localização e condições das
instalações ou equipamentos empregados.
III. A alteração da apresentação do produto pela colocação de embalagem,
ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se
destine apenas ao transporte da mercadoria, é caracterizado como
industrialização para fins da incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados.
a) Somente o item I está correto.
b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

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15 - Esaf 2012 ATRFB - Avalie os itens a seguir e assinale a opção correta.


São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados:
I. Os estabelecimentos que comercializam produtos cuja industrialização tenha
sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro,
mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.
II. Os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para
comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos
importados por outro estabelecimento da mesma firma.
III. Os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem
saída a bebidas alcoólicas.
a) Somente o item I está correto.
b) O item I e o item II estão corretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Os itens I e III estão corretos.

16 - Esaf 2012 ATRFB - São responsáveis solidários pelo pagamento do


Imposto sobre Produtos Industrializados
a) os possuidores ou detentores, em relação os produtos tributados que
possuírem ou mantiverem para fins de venda ou industrialização,
acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.
b) os adquirentes de mercadorias de procedência estrangeira, no caso de
importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora.
c) os transportadores em relação aos produtos tributados que transportarem,
acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.
d) os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à
impressão de livros, mesmo que não alcançado pela imunidade prevista no art.
150 da Constituição Federal.
e) os estabelecimentos equiparados a industrial, quanto aos fatos geradores
relativos aos produtos que deles saírem, bem como quanto aos demais fatos
geradores decorrente de atos que sejam por eles praticados.

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17 - Esaf 2006 CF - Uma lei aumentando alíquota ou alterando a base de


cálculo do IPI com aumento do imposto, com início de vigência trinta dias após
a data de sua publicação:
a) produz efeitos no primeiro dia do período de apuração seguinte, se assim
dispuser o próprio ato.
b) somente pode produzir efeitos no primeiro dia do exercício seguinte ao da
sua publicação.
c) sempre produz efeitos na data da sua publicação.
d) produz efeitos 90 dias após a sua publicação.
e) produz efeitos 90 dias após o início de sua vigência.

18 - Esaf 2002 TTN - Constituição Federal, artigo 153, parágrafo 3º: § 3º - O


imposto previsto no inciso IV: (Imposto Sobre Produtos Industrializados)
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - .....................................
Em face do enunciado, assinale a opção correta.
a) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão inversa da imprescindibilidade das mercadorias de consumo
generalizado. Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário,
à moradia, ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas,
tanto menores devem ser.
b) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão direta da imprescindibilidade das mercadorias de consumo generalizado.
Quanto menos sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas, tanto menores
devem ser.
c) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas homogêneas
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador ordinário, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão direta da imprescindibilidade das mercadorias de consumo supérfluo.
Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
ao tratamento médico e higiênico das classes mais numerosas, tanto maiores
devem ser.

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d) Seletividade quer dizer não discriminação ou sistema de alíquotas


homogêneas por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo
programático endereçado ao legislador ordinário, recomendando-lhe que
estabeleça as alíquotas em razão inversa da imprescindibilidade das
mercadorias de consumo generalizado. Quanto mais sejam elas necessárias à
alimentação, ao vestuário, à moradia, ao tratamento médico e higiênico das
classes mais numerosas, tanto menores devem ser.
e) Seletividade quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas diferenciais
por espécies de mercadorias. Trata-se de dispositivo programático endereçado
ao legislador constitucional, recomendando-lhe que estabeleça as alíquotas em
razão inversa da imprescindibilidade das mercadorias de consumo supérfluo.
Quanto mais sejam elas necessárias à alimentação, ao vestuário, à moradia,
ao tratamento médico e higiênico das classes menos numerosas, tanto
menores devem ser.

19 - Esaf 2009 AFRFB - “A redução do Imposto sobre Produtos


Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi
prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor
uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na
eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa
Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta
quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos
desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A
medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes
do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter
essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada
classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe
“B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de
15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre
Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela
que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia
mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, podem-se tributar com alíquotas diferenciadas
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.

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b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da


capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas
categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla
tributação da mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria
e, consequentemente, dos consumidores.

20 - Esaf 2005 AFRFB - O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de


competência da União,
a) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, mediante ato do Poder Executivo.
b) poderá incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
c) poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto.
d) constitui exceção ao princípio da legalidade, eis que é facultado ao Poder
Executivo, atendidas as condições e os limites da lei, alterar suas alíquotas.
e) poderá ser não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores.

21 - Esaf 2006 CF - A Constituição Federal veda a incidência do IPI sobre:


a) o ouro.
b) o álcool para fins carburantes.
c) os produtos feitos à base de substâncias minerais, quando tributados pelo
ICMS.
d) os produtos industrializados adquiridos pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.
e) o papel.

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22 - Esaf 2006 CF - A Fábrica São José Ltda., além de produzir suas próprias
velas, adquire de outro estabelecimento industrial velas perfumadas (TIPI -
3406.00.00 – 0%), que são embaladas em caixas de 12 unidades, próprias
para venda a consumidores. Esses últimos produtos, ao saírem da fábrica São
José, estão:
a) fora do campo de incidência do IPI, por terem alíquota zero.
b) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
acondicionamento.
c) fora do campo de incidência do IPI, por aí não terem sofrido operação de
industrialização.
d) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
transformação.
e) incluídos no campo de incidência do IPI, por terem sofrido operação de
recondicionamento.

23 - Esaf 2002 TTN - A notação NT (não-tributado) aposta diante do código


TIPI, constante da Tabela de Incidência do IPI, implica considerar-se que o
produto está:
a) imune.
b) isento.
c) sujeito a pauta de valores.
d) fora do campo de incidência.
e) sujeito à tributação pelo preço da operação.

24 - Esaf 2002 TTN - Assinale a resposta correta.


I - O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos
industrializados estrangeiros?
II - O campo de incidência do IPI abrange os produtos com alíquota zero?
a) (I) Sim, porque para efeito de IPI não há distinção em relação à
procedência dos bens. (II) Não, porque alíquota zero equivale à ausência de
alíquota.
b) (I) Sim, porque se o produto é industrializado esse imposto substitui o de
importação. (II) Sim, porque alíquota zero não impede que o produto siga o
regime geral do imposto.
c) (I) Sim. A lei assim o diz. (II) Sim, porque a lei determina que seu campo
de incidência abrange todos os produtos com alíquota.

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d) (I) Não, porque haveria bis in idem, já que sobre eles incide o imposto de
importação. (II) Sim, porque o campo de incidência desse imposto abrange
todos os produtos industrializados.
e) (I) Não, porque o IPI não é um tributo aduaneiro. (II) Não, porque o campo
de incidência advém da Constituição e esta não previu a hipótese.

25 – FCC 2015 Sefaz PE - Sobre os impostos em espécie, é correto afirmar:


a) Incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
b) O IPI poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
c) O II terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto.
d) O IR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular
a manutenção de propriedades improdutivas
e) O IOF não se submete ao princípio da anterioridade, assim como ao
princípio da anterioridade nonagesimal.

26 – FCC 2014 TRF 4 - Considerando os critérios de tributação, são tributos


com tributação não-cumulativa e progressiva, respectivamente,
a) IR e IOF.
b) IOF e ICMS.
c) ICMS e IPI.
d) ICMS e IOF.
e) IPI e IR.

27 – Cespe 2013 TRF 5 - De acordo com a CF, as normas gerais de direito


tributário e a jurisprudência do STJ e do STF, julgue os itens:
Segundo a CF, o IR deve submeter-se à exigência da noventena, mas não
necessita obedecer a anterioridade tributária. O IPI, por sua vez, tem o
tratamento inverso, visto que está liberado da noventena, mas é obrigado a
respeitar a anterioridade tributária.

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28 – Cespe 2013 TRF 5 - De acordo com a CF, as normas gerais de direito


tributário e a jurisprudência do STJ e do STF, julgue os itens:
A seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é
objeto da tributação, não se confundindo com a progressividade, que se refere
ao simples agravamento do ônus tributário conforme a base de cálculo
aumenta.

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Gabarito

1 E 6D 11 C 16 B 21 B 26 E 31 36 41 46
2 E 7D 12 C 17 D 22 B 27 E 32 37 42 47
3 X 8A 13 C 18 A 23 D 28 C 33 38 43 48
4 C 9C 14 E 19 E 24 C 29 34 39 44 49
5 E 10 D 15 C 20 D 25 E 30 35 40 45 50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

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