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Avanços na Compreensão da Depressão

Oferecem Nova Esperança


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 17 Novembro 2016 • 8,132 Visualizações


 Edição: Português

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Curcumina pode ajudar a reduzir a inflamação

A Ioga Melhora o Equilíbrio, o Humor e a Flexibilidade


Resumo da matéria

 A inflamação crônica parece ser um fator latente significativo na causa dos


sintomas de depressão, e manter um controle da inflamação é parte importante
de um plano de tratamento eficaz.
 A deficiência de vitamina D e/ou a flora intestinal desequilibrada também foram
identificadas como fatores importantes de contribuição para a depressão.
 Os pesquisadores identificaram um biomarcador no cérebro que pode ser usado
para prever se um paciente deprimido é um bom candidato à medicação, ou se
ficará melhor com psicoterapia.

Tamanho da fonte:

Por Dr. Mercola

Ao contrário da crença popular, a depressão provavelmente não é causada por


substâncias químicas em desequilíbrio no cérebro; no entanto, existem
vários outros fatores biológicos que parecem ser muito importantes. A inflamação
crônica é um deles. Conforme publicado no The Guardian:

“George Slavich, psicólogo clínico na Universidade da Califórnia em Los Angeles,


passou vários anos estudando a depressão e chegou à conclusão de que ela tem a ver
tanto com o corpo quanto com a mente.

‘Eu nem falo mais dela como um problema psiquiátrico’, diz ele. ‘Ela envolve a
psicologia, mas também envolve partes iguais da saúde biológica e física’.

A base dessa nova visão é absurdamente óbvia depois de apontada: todas as pessoas
sentem-se muito tristes quando estão doentes. Essa sensação de extremo cansaço, tédio
e indignação para sair do sofá e levar a vida adiante é conhecida entre os psicólogos
como um comportamento doentio.

Ele acontece por um bom motivo, ajudando-nos a evitar causar mais danos ou a
espalhar ainda mais a infecção. Também se parece muito com a depressão”.

Um pesquisador inclusive vai além e sugere que a depressão seja renomeada como uma
doença infecciosa, porém não contagiosa, enquanto o autor do artigo em questão
compara a depressão com uma reação alérgica (nesse caso, “uma alergia à vida
moderna”), considerando os vários fatores ambientais que sabemos que causam
inflamação, desde a alimentação até exposições tóxicas e estresse.

Os cientistas também descobriram que a saúde mental pode sofrer impactos negativos
por fatores como deficiência de vitamina D e/ou flora intestinal desequilibrada —
casualmente, as duas têm a função de manter as inflamações sob controle, que é o que
faz o remédio para depressão.

Inflamação e Depressão
Conforme discutido em um artigo da Dra. Kelly Brogan, os sintomas de depressão
podem ser vistos como manifestações resultantes da inflamação.

“A própria fonte pode ter um enfoque único ou múltiplo, como estresse, exposições
alimentares e tóxicas, infecção... A inflamação parece ser um fator determinante de alta
relevância nos sintomas depressivos, como um estado de ânimo monótono, pensamento
lento, fuga, alterações de percepção e metabólicas” , escreve ela.

Determinados biomarcadores, como as citocinas no sangue e mensageiros inflamatórios


como CRP, IL-1, IL-6 e TNF-alfa, são novas ferramentas promissoras de diagnóstico, já
que são “preditivas4 e têm correlação direta” com a depressão.

Por exemplo, os pesquisadores descobriram que a depressão melancólica, o distúrbio


bipolar e a depressão pós-parto estão associados a níveis elevados de citocinas
juntamente com menos sensibilidade ao cortisol (o cortisol é um hormônio do estresse e
um escudo contra inflamação). Conforme explicado pela Dra. Brogan:

“Uma vez acionados no corpo, esses agentes inflamatórios transferem as informações


para o sistema nervoso, geralmente através do estímulo dos nervos principais, como o
nervo vago, que conecta o intestino e o cérebro. Células especializadas chamadas de
micróglias, no cérebro, representam os centros de imunidade do cérebro e são ativadas
em estados inflamatórios.

Nas micróglias ativadas, uma enzima chamada indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO)
mostrou afastar o triptofano da produção de serotonina e melatonina e direcioná-lo
para a produção de um agonista NMDA chamado ácido quinolínico, que pode ser
responsável por sintomas de ansiedade e agitação.

Essas são apenas algumas das mudanças que podem conspirar para deixar seu cérebro
agir enquanto seu corpo sabe que está errado”.

A Ligação Entre a Saúde Mental e a Saúde do Intestino


Inúmeros estudos já confirmaram que a inflamação gastrointestinal, especificamente,
pode exercer um papel importante no desenvolvimento da depressão, sugerindo que
as bactérias benéficas (probióticos) possam ser parte importante do tratamento. Por
exemplo, uma análise científica húngara9 publicada em 2011 fez as seguintes
observações:
1. A depressão é muitas vezes detectada juntamente com inflamações
gastrointestinais e doenças autoimunes, além de doenças
cardiovasculares ou neurodegenerativas, diabetes tipo 2 e também
câncer, no qual a inflamação crônica de grau leve é um importante fator
de contribuição. Sendo assim, os pesquisadores sugeriram que a
“depressão pode ser uma manifestação neuropsiquiátrica de uma
síndrome de inflamação crônica”.
2. Um número cada vez maior de estudos clínicos mostrou que
o tratamento da inflamação gastrointestinal com probióticos,
vitamina B e vitamina D também podem melhorar os sintomas de
depressão e a qualidade de vida, atenuando os estímulos pró-
inflamatórios no cérebro.
3. As pesquisas sugerem que a causa principal da inflamação possa ser a
disfunção do eixo “intestino-cérebro”.

O intestino é literalmente seu segundo cérebro, criado a partir de tecido


idêntico ao do cérebro durante a gestação, e contém níveis mais elevados
do neurotransmissor serotonina, que está associado ao controle do
humor.

É importante compreender que as bactérias intestinais são parte ativa e


integrada da regulação de serotonina e produzem, na verdade, mais
serotonina do que seu cérebro. A melhoria da flora intestinal é parte
essencial da equação para melhorar seus níveis.

Se você consumir grandes quantidades de alimentos processados e


açúcares, as bactérias intestinais ficarão gravemente comprometidas
porque os alimentos processados tendem a destruir a microflora
saudável. Isso deixa um vazio que é preenchido por bactérias, leveduras
e fungos causadores de doenças, estimulando a inflamação e
prejudicando a saúde do seu segundo cérebro.

A Alimentação Pobre Em Açúcar é Uma Importante


Ferramenta Antidepressiva
Além de alterar a microflora, o açúcar também aciona uma série de outras reações
químicas no corpo conhecidas por estimular a inflamação crônica e a depressão. Para
começar, o consumo de açúcar em excesso provoca níveis elevados de insulina. Isso
pode ter um impacto prejudicial no humor e na saúde mental, fazendo com que sejam
secretados no cérebro níveis mais altos de glutamato, que tem sido associado à agitação,
depressão, raiva, ansiedade e ataques de pânico.

O açúcar suprime a atividade de um hormônio importante do crescimento


chamado BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que ajuda a manter os
neurônios do cérebro saudáveis. Os níveis de BDNF são extremamente baixos na
depressão e na esquizofrenia, sugerindo, segundo estudos com animais, que possam ser
a verdadeira causa.
Os alimentos fermentados e em conserva, por outro lado, ajudam a povoar o intestino
novamente com uma ampla variedade de bactérias saudáveis que promovem saúde
física e mental desde que você mantenha um baixo consumo de açúcar e alimentos
processados. Por exemplo, um estudo de 2011 revelou que o probiótico Lactobacillus
rhamnosus tem um efeito marcado nos níveis GABA em determinadas regiões do
cérebro e reduz o hormônio induzido pelo estresse corticosterona, resultando em menos
comportamentos de ansiedade e depressão. Portanto, a resposta alimentar para tratar a
depressão divide-se em três partes:

1. Limite bastante os açúcares, principalmente a frutose, assim como os grãos, já


que todas as formas de açúcar alimentam as bactérias patogênicas no seu
intestino. A maneira mais fácil de fazer isso é evitando alimentos processados e
começar a cozinhar com ingredientes integrais. Como recomendação padrão,
sugiro limitar o consumo diário de frutose de todas as fontes para 25 gramas por
dia ou menos.
2. Evite alimentos com ingredientes geneticamente modificados, pois eles também
estão envolvidos na destruição da flora intestinal, juntamente com o estímulo da
inflamação crônica. Tenha em mente que os alimentos cultivados
tradicionalmente também podem estar contaminados com glifosato, substância
que mostrou destruir seletivamente as bactérias benéficas que promovem a saúde
das bactérias intestinais. Sendo assim, o ideal é certificar-se de que a maior
quantidade possível de alimentos seja plantada de modo orgânico para evitar a
exposição a pesticidas.
3. Introduza alimentos fermentados na sua alimentação para reequilibrar a flora
intestinal.

Esteja ciente de que as bactérias intestinais também são muito sensíveis e podem ser
prejudicadas pelos seguintes produtos, que devem ser evitados:

Carnes de animais criados de modo


Antibióticos, a menos que absolutamente
tradicional e outros produtos animais, já que
necessário (e quando for tomá-los,
os animais confinados recebem
certifique-se de povoar novamente seu
periodicamente doses pequenas de
intestino com alimentos fermentados
antibióticos, além de grãos geneticamente
e/ou um suplemento probiótico)
modificados
Água clorada e/ou fluoretada Sabonete antibacteriano

Deficiência de Vitamina D Gera Predisposição à


Depressão
A deficiência de vitamina D é outro fator biológico importante que pode exercer um
papel importante na saúde mental. Em um estudo de 2006, pessoas idosas com níveis de
vitamina D inferiores a 20 ng/ml mostraram estar 11 vezes mais propensas a ter
depressão do que as que tinham níveis mais altos. Vale observar que o nível médio de
vitamina D estava levemente abaixo de 19 ng/ml, que é um estado de deficiência grave.
Na realidade, 58% dos participantes tinham níveis inferiores a 20 ng/ml.

Um estudo de 2007 indicou que a deficiência de vitamina D é responsável pelos


sintomas de depressão e ansiedade em pacientes com fibromialgia. A deficiência de
vitamina D também é uma causa bem reconhecida de Transtorno Afetivo
Sazona (TAS). Um teste duplo-cego randomizado publicado em 2008 também
concluiu que:

“Parece haver uma relação entre os níveis séricos de 25(OH)D e os sintomas de


depressão. A suplementação com altas doses de vitamina D parece melhorar esses
sintomas, indicando uma possível relação de causa”.

Mais recentemente, os pesquisadores descobriram que os idosos com depressão tinham


níveis de vitamina D 14% mais baixos que aqueles que não tinham depressão. Aqui, os
que tinham níveis de vitamina D inferiores a 20 ng/ml apresentaram risco 85% maior de
depressão, em comparação com os idosos que tinham os níveis acima de 30 ng/ml.
Outro estudo publicado em 2011 observou que:

“A detecção e o tratamento eficaz dos níveis inadequados de vitamina D nas pessoas


com depressão e outros distúrbios mentais podem ser uma terapia fácil e econômica
capaz de melhorar a saúde dos pacientes em longo prazo, além da sua qualidade de
vida”.

Com base na avaliação de pessoas saudáveis que obtêm bastante exposição solar
naturalmente, a faixa ideal de saúde física e mental em geral parece ficar entre 50 e 70
ng/ml. Portanto, se você está deprimido, recomendo verificar seu nível de vitamina D e
tratar qualquer insuficiência ou deficiência.

Existem Várias Alternativas ao Tratamento Com


Remédios
O exercício físico funciona principalmente ajudando a normalizar os níveis de insulina
ao mesmo tempo que estimula os hormônios do "sentir-se bem" no cérebro. Entretanto,
os pesquisadores também descobriram que o exercício permite que seu corpo elimine a
quinurenina, uma proteína nociva associada à depressão.
E, mostrando novamente a ligação entre inflamação e depressão, seu corpo metaboliza a
quinurenina, em primeiro lugar, através de um processo ativado por fatores
inflamatórios e de estresse...

Embora eu tenha mencionado diversos fatores alimentares para restaurar a saúde do seu
intestino, também recomendo complementar sua alimentação com uma gordura ômega
3 de origem animal de alta qualidade, como o óleo de krill. Esse talvez seja o nutriente
mais importante para o funcionamento ideal do cérebro, aliviando, assim, os sintomas
de depressão.

A deficiência de vitamina B12 também pode contribuir para a depressão e afeta uma em
cada quatro pessoas. Por último, mas não menos importante, certifique-se de que está
dormindo o suficiente. A conexão entre depressão e falta de sono já foi estabelecida.
Aproximadamente 18 milhões de americanos têm depressão e mais da metade deles
sofre de insônia.

Embora tenha se acreditado por muito tempo que a insônia fosse um sintoma da
depressão, parece agora que a insônia pode preceder a depressão em alguns casos.
Pesquisas recentes também revelaram que a terapia do sono resultou em incríveis
melhorias nos pacientes deprimidos.

A conclusão aqui é que um ou mais fatores de estilo de vida podem estar no centro da
sua depressão, por isso aconselho tratar os fatores mencionados neste artigo antes de
recorrer ao tratamento com remédios — que segundo a ciência não é mais eficaz do que
placebo, além de apresentar diversos efeitos colaterais perigosos.

Comprovado que Suplementos são


Benéficos para Tratar a Depressão
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Anticancerígena

Jejum - Uma Poderosa Intervenção Metabólica que Pode Melhorar sua Saúde

Resumo da matéria

 Os antidepressivos não funcionam melhor do que placebos em termos de


eficácia. Estudos agora sugerem que sua eficácia pode ser melhorada pela adição
de certos suplementos, mas outros estudos sugerem que os suplementos sozinhos
podem funcionar
 Identificou-se que o óleo de peixe, vitamina D, metilfolato (uma forma de ácido
fólico/vitamina B9) e S-Adenosilmetionina (SAMe) são capazes de aumentar o
impacto dos antidepressivos em comparação à medicação tomada sozinha

Tamanho da fonte:
Por Dr. Mercola

Vitaminas e Suplementos Aumentam a Eficácia dos


Antidepressivos
Um estudo recente levanta questões sobre a eficácia dos antidepressivos.

A meta-análise, publicada no American Journal of Psychiatry, revelou que certos


suplementos nutricionais aumentaram a eficácia de várias classes de antidepressivos,
incluindo ISRS, inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSNs) e
antidepressivos tricíclicos.

Um total de 40 ensaios clínicos foram incluídos na analise e quatro suplementos - óleo


de peixe, vitamina D, metilfolato (uma forma eficaz de ácido fólico) e S-
adenosilmetionina (SAMe) - aumentaram o impacto da medicação em comparação à
medicação tomada sozinha.

O óleo de peixe - especificamente o ácido graxo EPA - produziu a melhora mais


significativa. Estudos que investigam o uso da creatina, zinco, vitamina C, triptofano
(um aminoácido) e ácido fólico (B9) produziram resultados mistos.

Os Suplementos Sozinhos Poderiam Ser Responsáveis


pelas Melhoras?
De acordo com os autores, “mais pacientes nos estudos demonstraram uma melhora no
humor quando os suplementos de óleo de peixe, ômega-3, metilfolato, vitamina D e
SAMe foram combinados com medicamentos antidepressivos, em comparação com
aqueles que tomaram apenas a medicação”.

O que realmente está faltando aqui é uma comparação entre somente suplementos,
somente medicamentos e uma combinação de ambos.

Considerando o fato de que os antidepressivos demonstraram não ser melhores do que


placebos e que podem piorar a depressão em algumas pessoas, talvez os pacientes
experimentem os mesmos resultados, ou mesmo melhores, apenas tomando o
suplemento sem o medicamento.

Se esse é realmente o caso, então por que arriscar sua saúde tomando um
antidepressivo? De fato, outros estudos demonstraram que tanto o ômega-3 quanto a
vitamina D podem sozinhos ajudar a melhorar a saúde mental.

Uma teoria provável de por que eles funcionam é porque esses suplementos ajudam a
combater a inflamação e o estresse oxidativo, não só no seu cérebro, mas também no
intestino.

A depressão é frequentemente encontrada junto da inflamação gastrointestinal, doenças


autoimunes, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas, diabetes tipo 2 e
câncer.
A inflamação crônica de baixo grau é um fator significativo para todos, levando os
pesquisadores a sugerir que “a depressão pode ser uma manifestação neuropsiquiátrica
de uma síndrome inflamatória crônica” e que a principal causa de inflamação pode ser
uma disfunção no eixo intestino-cérebro.

Um número crescente de estudos clínicos confirmou que o tratamento da inflamação


gastrointestinal com probióticos, ômega-3 e vitaminas B e D pode melhorar os sintomas
de depressão ao atenuar estímulos pró-inflamatórios ao seu cérebro que se originam no
intestino.

A Importância do Ômega-3
Faltam gorduras saudáveis nas dietas de muitas pessoas, incluindo as gorduras ômega-3
EPA de origem animal (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexaenóico).
Embora os ômega-3 sejam mais bem conhecidos por seu papel na saúde do coração,
elas também desempenham um papel fundamental na saúde cerebral e na saúde mental.

O livro de 2001, “The Omega-3 Connection” (A Conexão Ômega-3), escrito pelo


psiquiatra de Harvard Dr. Andrew Stoll, foi um dos primeiros trabalhos a chamar a
atenção e apoiar o uso de gorduras ômega-3 para tratar a depressão.

Não existe uma dose padrão recomendada de gorduras ômega-3, mas algumas
organizações de saúde recomendam uma dose diária de 250 a 500 miligramas (mg) de
EPA e DHA para adultos saudáveis. Se você sofre de depressão, podem ser necessárias
doses mais altas.

Em um estudo, um suplemento de ômega-3 com uma dose de 200 a 2.200 mg de EPA


por dia foi eficaz contra a depressão primária. O ômega-3 também demonstrou melhorar
os transtornos mentais mais graves, incluindo esquizofrenia, psicose e transtorno
bipolar.

Eu acredito que se certificar de que você está recebendo ômega-3 o suficiente na sua
dieta, seja de salmão selvagem do Alasca, sardinha e anchovas, ou um suplemento de
ômega-3 de alta qualidade, é absolutamente fundamental para se ter uma saúde
otimizada, incluindo a saúde do cérebro, por isso não me surpreende nem um pouco que
se descobriu ser essa a adição mais efetiva contra a depressão.

Baixos Níveis de Vitamina D tem Sido Repetidamente


Ligados à Depressão
Os receptores de vitamina D aparecem em uma ampla variedade de tecidos cerebrais no
início do desenvolvimento fetal e os receptores de vitamina D ativados aumentam o
crescimento dos nervos no seu cérebro. Os pesquisadores acreditam que ter níveis de
vitamina D otimizados pode aumentar a quantidade de produtos químicos importantes
no seu cérebro e proteger as células cerebrais, aumentando a eficácia das células gliais
em cuidar de neurônios danificados até eles voltarem a ser saudáveis.

Independentemente do mecanismo exato, vários estudos ligaram baixos níveis de


vitamina D à depressão, incluindo o seguinte:
 Os idosos com níveis mais baixos de vitamina D estavam 11 vezes mais
propensos a estar deprimidos do que os que apresentavam níveis normais.
 Um estudo realizado pelo VU University Medical Center, em Amsterdã,
descobriu que as pessoas com depressão menor e maior tinham níveis de
vitamina D em média 14 por cento menor do que os participantes não
deprimidos.
 Em outro estudo, as pessoas com níveis de vitamina D abaixo de 20 ng/mL
tinham um risco aumentado de depressão de 85% em comparação com aqueles
com níveis de vitamina D superiores a 30 ng/mL.
 A deficiência de vitamina D tem sido associada a transtorno afetivo sazonal
(Seasonal Affective Disorder -SAD) e, em 2007, os pesquisadores observaram
que a deficiência de vitamina D está associada à depressão e à fibromialgia.
 Um estudo randomizado duplo-cego publicado em 2008 também concluiu que:
“Parece haver uma relação entre níveis séricos de 25 (OH) D e sintomas de
depressão. A suplementação com altas doses de vitamina D parece melhorar
esses sintomas, indicando uma possível relação causal”.

Outros Suplementos e Hábitos que Demonstraram


Diminuir Sintomas da Depressão
O SAMe é um derivado de aminoácido que ocorre naturalmente em todas as células. Ele
desempenha um papel em muitas das reações biológicas ao transferir seu grupo metilo
para o DNA, proteínas, fosfolipídeos e aminas biogênicas. Vários estudos científicos
indicam que o SAMe pode ser útil no tratamento da depressão.

O 5-hidroxitriptofano (5-HTP) é outra alternativa natural aos antidepressivos


tradicionais. Quando seu corpo começa a fabricar serotonina, primeiro ele fabrica 5-
HTP. Tomar 5-HTP como um suplemento pode aumentar os níveis de serotonina.

As evidências sugerem que o 5-HTP supera um placebo quando se trata de aliviar a


depressão - mais do que pode ser dito a favor dos antidepressivos! No entanto, tenha em
mente que a ansiedade e fobias sociais podem piorar com níveis mais elevados de
serotonina, por isso ela pode ser contraindicada se a sua ansiedade já é alta. A erva de
São João também demonstrou proporcionar alívio para sintomas de depressão leve.

Embora o estudo apresentado tenha descoberto alguns benefícios da metilfolato, a


deficiência de vitamina B12 também pode contribuir para a depressão e afeta cerca de 1
em cada 4 pessoas. Se você tem curiosidade sobre o metilfolato, leia esse resumo rápido
dos seus efeitos colaterais.

A vitamina B12, por outro lado, é extremamente necessária para muitos, e se você é
deficiente nela, ela também pode ajudar a diminuir os sintomas de depressão. Além
disso, até onde eu sei, nunca houve sobredosagem de vitamina B12. Ela é incrivelmente
segura.

Muitos também sofrem de “deficiência de exercício”, e o exercício é um dos


antidepressivos mais potentes à sua disposição. A pesquisa confirmou que ele realmente
supera o tratamento com remédios. É também uma estratégia de tratamento importante
para os transtornos de ansiedade.
O exercício funciona principalmente ajudando a normalizar seus níveis de insulina ao
mesmo tempo em que aumenta os hormônios do “bem-estar” no seu cérebro. Mas os
pesquisadores também descobriram recentemente que o exercício ajuda seu corpo a
eliminar a quinurenina, uma proteína prejudicial associada à depressão.

E, confirmando o vínculo entre a inflamação e depressão, seu corpo em primeiro lugar


metaboliza a quinurenina através de um processo ativado pelo estresse e fatores
inflamatórios. Além disso, o exercício aumenta o BDNF (fator neurotrópico derivado do
cérebro) e é um poderoso ativador da biogênese mitocondrial.

Principais Fatores para Superar Depressão e a


Ansiedade Sem Remédios
Alimente-se com comida de verdade e evite todos os alimentos processados,
açúcar (particularmente frutose), grãos e OGMs

O alto teor de açúcar e os carboidratos amiláceos provocam a liberação excessiva de


insulina, o que pode resultar na queda dos níveis de açúcar no sangue ou hipoglicemia.
Por sua vez, a hipoglicemia faz com que seu cérebro secrete glutamato em níveis que
podem causar agitação, depressão, raiva, ansiedade e ataques de pânico.

O açúcar também atrai as chamas da inflamação no seu corpo. Além de serem ricos em
açúcar e grãos, os alimentos processados também contêm uma variedade de aditivos
que podem afetar sua função cerebral e estado mental, especialmente o MSG, e
adoçantes artificiais como o aspartame.

A sensibilidade ao glúten também é uma causa da depressão comum e oculta, de modo


que uma dieta sem glúten pode ser parte da resposta. Pesquisas recentes também
demonstraram que o glifosato, usado em grandes quantidades em plantações
geneticamente modificadas, como milho, soja e beterraba açucareira, limita a
capacidade do seu corpo de desintoxicar compostos químicos estranhos.

Como resultado, os efeitos prejudiciais dessas toxinas são ampliados, resultando


potencialmente em uma grande variedade de doenças, incluindo distúrbios cerebrais
que têm efeitos psicológicos e comportamentais.
Aumente o consumo de alimentos tradicionalmente fermentados e cultivados

Reduzir a inflamação intestinal é imperativo quando se abordam problemas de saúde


mental, portanto otimizar sua flora intestinal é uma passo fundamental. Para promover
uma flora intestinal saudável, aumente o consumo de alimentos probióticos, como
legumes fermentados, kimchee, natto e kefir.
Obtenha quantidade adequada de vitamina B12

A deficiência de vitamina B12 pode contribuir para a depressão e afeta uma em cada
quatro pessoas.
Otimize seus níveis de vitamina D
A vitamina D é muito importante para o seu humor. Lembre-se de que o transtorno
afetivo sazonal é um tipo de depressão relacionado à deficiência de luz solar, por isso
seria sensato que a maneira perfeita de otimizar sua vitamina D fosse através da
exposição UV. Certifique-se de verificar seus níveis (via exame de sangue) pelo menos
uma ou duas vezes por ano. Você deve estar dentro da faixa terapêutica de 40 a 60
ng/ml durante todo o ano.

Se você não conseguir exposição solar suficiente para manter esse nível, seria
recomendável tomar um suplemento oral com vitamina D3. Apenas lembre-se de
aumentar sua vitamina K2 ao tomar vitamina D oral.
Obtenha muita gordura ômega-3 de origem animal de alta qualidade

Seu cérebro é 60% gordura, e DHA, uma gordura ômega-3 de origem animal,
juntamente com a EPA, é crucial para uma boa função cerebral e saúde mental.
Infelizmente, a maioria das pessoas não adquire o suficiente delas somente através de
suas dietas, então certifique-se de tomar uma gordura ômega-3 de alta qualidade.
Avalie a sua ingestão de sal

A deficiência de sódio realmente cria sintomas que são muito semelhantes aos da
depressão. Certifique-se de NÃO usar sal processado (sal de mesa comum), no entanto.
Você deve usar um sal totalmente natural, não processado, como o sal do Himalaia,
que contém mais de 80 micronutrientes diferentes.
Faça exercícios diariamente

Estudos demonstraram que existe uma forte correlação entre melhora do humor e a
capacidade aeróbica. Há também uma crescente aceitação de que a conexão mente-
corpo é muito real e que manter uma boa saúde física pode diminuir significativamente
o risco de desenvolver depressão em primeiro lugar.

O exercício cria novos neurônios produtores de GABA que ajudam a induzir um estado
natural de calma. Também aumenta seus níveis de serotonina, dopamina e
norepinefrina, que ajudam a atenuar os efeitos do estresse.
Durma o suficiente

Você pode ter o melhor programa de dieta e exercício possível, mas se você não está
dormindo bem, pode facilmente ficar deprimido. O sono e a depressão estão tão
intimamente ligados que um distúrbio do sono é realmente parte da definição complexa
dos sintomas que rotulam a depressão.
Psicologia da energia

As técnicas de psicologia da energia, como as Técnicas de Libertação Emocional


(Emotional Freedom Techniques-EFT) também podem ser muito eficazes na redução
dos sintomas de depressão ou ansiedade, corrigindo o curto-circuito bioelétrico que
causa as reações do seu corpo - sem efeitos adversos.

Pesquisas recentes demonstraram que as EFT aumentam significativamente as


emoções positivas, como a esperança e a diversão, e diminui os estados emocionais
negativos. As EFT são particularmente poderosas para tratar o estresse e a ansiedade,
porque visam especificamente a sua amígdala e hipocampo, que são as partes do seu
cérebro que o ajudam a decidir se algo é ou não uma ameaça.

Para problemas sérios ou complexos, procure um profissional de saúde qualificado que


seja treinado em EFT para ajudar a orientá-lo através do processo.

A Inflamação no seu Intestino Pode ser a


Raiz da sua Depressão?
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Perda de Memória ou Demência?

Resumo da matéria

 A depressão pode ser uma manifestação neuropsiquiátrica de uma inflamação


crônica no intestino
 O tratamento da inflamação gastrointestinal pode ajudar a melhorar a depressão
e doenças relacionadas
 Ao otimizar sua saúde intestinal e níveis de inflamação com probióticos,
alimentos fermentados, vitamina D e gorduras ômega-3, você pode aliviar os
sintomas de depressão e outras doenças neurológicas
 Um número crescente de estudos clínicos mostrou que tratamento de inflamação
gastrointestinal com probióticos, vitamina B, vitamina D também pode melhorar
os sintomas de depressão e da qualidade de vida ao atenuar os estímulos pró-
inflamatórios ao seu cérebro.

Tamanho da fonte:

Estudos recentes demonstraram que a inflamação pode estar envolvida na patogênese da


depressão.

Na verdade, algumas pesquisas demonstraram que a depressão frequentemente está


associada a inflamações gastrointestinais e doenças autoimunes, bem como a outras
doenças nas quais a inflamação crônica de baixo grau é um fator contribuinte
significativo.

É possível que a depressão possa ser uma manifestação neuropsiquiátrica de uma


síndrome inflamatória crônica. E a principal causa de inflamação pode ser a disfunção
do “eixo do intestino-cérebro”.

De acordo com um estudo reimpresso no site Green Med Info:

“... Um número crescente de estudos clínicos mostrou que tratar inflamações


gastrointestinais com probióticos, vitamina B, D e ácidos graxos ômega-3, através de
estímulos pró-inflamatórios atenuantes no cérebro, também pode melhorar os sintomas
de depressão e a qualidade de vida.
Todas essas descobertas justificam a suposição de que tratar as inflamações
gastrointestinais pode melhorar a eficácia das modalidades de tratamento atualmente
utilizadas na depressão e doenças relacionadas.”

Por Dr. Mercola

A noção de que a inflamação no seu intestino pode estar ligada a seus sintomas de
depressão pode soar exagerada, mas realmente faz todo o sentido quando você entende a
intrincada conexão entre seu cérebro e seu trato digestivo.

Talvez o exemplo mais simples seja o de ficar com uma sensação de ter borboletas no
estômago quando se está nervoso, portanto seus pensamentos, isto é, seu cérebro, está
manifestando sintomas no seu intestino.

Mas outra via de conexão é através de inflamação de baixo grau, que é um fator
significativo para numerosas doenças que geralmente ocorrem junto à depressão e, de
fato, podem estar manifestando seus sintomas depressivos.

A Depressão é o Resultado da Inflamação Crônica?


Uma análise recente apontou vários mecanismos pelos quais a inflamação
gastrointestinal pode desempenhar um papel crítico no desenvolvimento da depressão.

Entre eles:

1. A depressão é frequentemente encontrada junto a inflamações gastrointestinais


e doenças autoimunes bem como com doenças cardiovasculares, doenças
neurodegenerativas, diabetes tipo 2 e também câncer, no qual a inflamação crônica de
baixo grau é um significativo fator contribuinte. Assim, os pesquisadores sugeriram que
“a depressão pode ser uma manifestação neuropsiquiátrica de uma síndrome
inflamatória crônica”.

2. A pesquisa sugere que a principal causa de inflamação pode ser a disfunção do


“eixo intestino-cérebro”. Seu intestino é literalmente seu segundo cérebro - criado a
partir de um tecido idêntico ao do seu cérebro durante a gestação - e contém
quantidades maiores do neurotransmissor serotonina, que está associado ao controle de
humor.

É importante entender que suas bactérias intestinais são uma parte ativa e integrada do
seu corpo e, como tal, dependem grandemente de sua dieta e são vulneráveis ao seu
estilo de vida.

Se você consumir muitos alimentos processados e bebidas açucaradas, por exemplo,


suas bactérias intestinais provavelmente estarão comprometidas porque os alimentos
processados em geral destruirão a microflora saudável e os açúcares de todos os tipos
alimentam bactérias e leveduras ruins, além de promover inflamação sistêmica.

3. Um número crescente de estudos clínicos mostrou que o tratamento da inflamação


gastrointestinal com probióticos, vitamina B, vitamina D e gorduras ômega-
3 também pode melhorar os sintomas de depressão e a qualidade de vida, ao atenuar
os estímulos pró-inflamatórios para seu cérebro.

Isso tudo se resume ao fato de que a inflamação crônica no seu corpo interrompe o
funcionamento normal de muitos sistemas corporais e pode causar estragos no seu
cérebro. Mas parece que a inflamação pode ser mais do que apenas outro fator de risco
para a depressão; ela pode de fato ser O fator de risco que está subjacente a todos os
outros.

Embora isso se refira à depressão pós-parto, a resposta inflamatória é a mesma em seu


impacto em todas as formas de depressão.

Publicado no International Breastfeeding Journal, os pesquisadores declararam que:

“O antigo paradigma descrevia a inflamação como um dos muitos fatores de risco para
a depressão. O novo paradigma foi baseado em pesquisas mais recentes que indicaram
que estressores físicos e psicológicos aumentam a inflamação.

Estes estudos recentes constituem uma mudança importante no paradigma da


depressão: a inflamação não é simplesmente um fator de risco; é o fator de risco que
está subjacente a todos os outros.

Além disso, a inflamação explica por que fatores de risco psicossociais,


comportamentais e físicos aumentam o risco de depressão. Isso mostrou-se verdadeiro
para a depressão em geral e para a depressão pós-parto em particular.

As mulheres puérperas são especialmente vulneráveis a esses efeitos porque seus níveis
de citoquinas pró-inflamatórias aumentam significativamente durante o último
trimestre da gravidez - um momento em que elas também estão em alto risco de
depressão.

Além disso, experiências comuns de nova maternidade, como distúrbios do sono, dor
pós-parto e trauma psicológico passado ou atual, atuam como estressores que fazem
com que os níveis de citoquinas pró-inflamatórias aumentem. ”

É Por Isso que o Açúcar Também é um Fator


Importante na Depressão
Há um ótimo livro sobre este assunto, The Sugar Blues (A Melancolia do Açúcar)
escrito por William Duffy há mais de 35 anos, que aprofunda detalhadamente a conexão
entre açúcar-depressão.

O argumento central que Duffy faz no livro é que o açúcar é uma droga viciante
extremamente prejudicial para a saúde e que simplesmente fazer esta única mudança na
sua dieta – eliminar o máximo de açúcar possível - pode ter um impacto profundamente
benéfico na sua saúde mental.

Ele mesmo defendeu a eliminação do açúcar da dieta dos doentes mentais, afirmando
que poderia ser por si só um tratamento eficaz para algumas pessoas.
Tem se tornado cada vez mais claro que um dos motivos pela qual o açúcar é tão
prejudicial para sua saúde mental é que o consumo de açúcar desencadeia uma grande
variedade de reações químicas no seu corpo que promovem a inflamação crônica.

Além disso, o excesso de açúcar e frutose irá distorcer a proporção de bactérias boas e
ruins no seu intestino, o que também desempenha um papel fundamental na sua saúde
mental. O açúcar faz isso ao servir de fertilizante/combustível para bactérias
patogênicas, fermentos e fungos que inibem negativamente as bactérias benéficas no seu
intestino.

Por exemplo, pesquisas recentes mostraram que o probiótico Lactobacillus rhamnosus


demonstrou ter um efeito bem marcado nos níveis de GABA (ácido gama-
aminobutírico) em certas regiões cerebrais e reduziu o hormônio corticosterona que é
induzido pelo estresse, resultando em uma redução no comportamento relacionado à
ansiedade e à depressão.

Mas se você consumir muitos alimentos processados e bebidas açucaradas (que


normalmente são ricas em frutose), suas bactérias intestinais provavelmente estarão
gravemente comprometidas, assim como sua saúde mental! Portanto, a resposta
dietética para o tratamento da depressão é limitar severamente os
açúcares, especialmente a frutose, bem como os grãos.

Vale a pena notar que o açúcar também pode levar à liberação excessiva de insulina que
pode levar à hipoglicemia, o que, por sua vez, faz com que seu cérebro secrete
glutamato em níveis que podem causar agitação, depressão, raiva, ansiedade, ataques de
pânico e aumento do risco de suicídio.

Portanto, reduzir radicalmente a sua ingestão de açúcar, especialmente da frutose, para


menos de 25 gramas por dia será uma das intervenções mais poderosas para lidar com a
depressão, além de combater a inflamação crônica e apoiar bactérias intestinais
saudáveis. Consumir mais de 25 gramas de frutose por dia irá claramente empurrar sua
bioquímica cerebral e sua saúde geral na direção errada.

Aliviar a Inflamação Gastrointestinal Pode Aliviar seus


Sintomas de Depressão
Discutimos acima a importância de limitar o açúcar e a frutose, que é uma das principais
formas de tratar a inflamação gastrointestinal. Você também deve certificar-se de que
seu intestino seja regularmente “replantado” com boas bactérias ou probióticos, que são
a base de um trato gastrointestinal saudável.

Minhas recomendações para otimizar suas bactérias intestinais são as seguintes:

• Os alimentos fermentados ainda são o melhor caminho para se ter uma saúde
digestiva otimizada, desde que você coma as versões feitas tradicionalmente, não
pasteurizadas. Escolhas saudáveis incluem lassi (uma bebida de iogurte indiano, tomada
tradicionalmente antes do jantar), leite orgânico fermentado de animais alimentados
com grama (não pasteurizado), como o kefir, várias fermentações em conserva do
repolho, nabos, berinjelas, pepinos, cebolas, abóbora e cenouras, e natto (soja
fermentada).

Se você comer regularmente alimentos fermentados como esses que, novamente, não
foram pasteurizados (a pasteurização mata os probióticos que existem neles
naturalmente), suas bactérias intestinais saudáveis prosperarão.

• Suplemento probiótico. Embora eu não seja um grande proponente de tomar muitos


suplementos (pois eu acredito que a maioria dos seus nutrientes precisam vir de
alimentos), os probióticos são definitivamente uma exceção. Eu usei muitas marcas
diferentes nos últimos 15 anos e há muitos suplementos bons no mercado.

• Se você não come alimentos fermentados, tomar um suplemento probiótico de alta


qualidade certamente faz muito sentido ao se considerar a importância de otimizar sua
saúde mental.

Os probióticos têm um efeito direto sobre a química do cérebro, transmitindo sinais de


regulação do humor e do comportamento ao seu cérebro através do nervo vago, o que é
mais uma razão pela qual sua saúde intestinal pode ter uma influência tão profunda em
sua saúde mental e vice-versa.

Outros dois fatores importantes para tratar a inflamação gastrointestinal e também


ajudar a aliviar a depressão são:

• Gorduras ômega-3 de origem animal: Estas não apenas regulam os processos e


respostas inflamatórias, mas também influenciam positivamente a resolução de
transtornos depressivos. Portanto, se você está atualmente sofrendo com a depressão,
tomar diariamente um suplemento de gordura ômega-3 de alta qualidade de origem
animal, como o óleo de krill, é uma escolha simples e inteligente.

• Vitamina D: A maior parte das pessoas não está ciente de que a deficiência de
vitamina D está associada à inflamação e à depressão.

Um estudo anterior descobriu que as pessoas com os níveis mais baixos de vitamina D
eram 11 vezes mais propensas a estar deprimidas do que aquelas que tinham níveis
normais, então você deve certificar-se de que seus níveis estão na faixa saudável,
conseguindo expor-se ao sol exposição de forma adequada ou usando uma cama de
bronzeamento segura.

Como último recurso, você também pode tomar um suplemento de vitamina D3 de alta
qualidade, mas certifique-se de ter seus níveis monitorados se você optar por este
caminho.

Há uma grande variedade de evidências que demonstraram o envolvimento


gastrointestinal em uma variedade de doenças neurológicas. Com isso em mente,
também deve estar claro que alimentar sua flora intestinal com bactérias boas é
extremamente importante, desde o berço até a velhice, porque em um sentido muito real
você tem dois cérebros, um dentro do seu crânio e um no seu intestino, e cada um
precisa de seu próprio alimento vital.
Como a depressão afeta a estrutura
cerebral
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 4 Outubro 2016 • 13,322 Visualizações


 Edição: Português

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Resumo da matéria

 Os episódios depressivos recorrentes reduzem o tamanho do hipocampo, área do


cérebro responsável pela formação de emoções e da memória. Um hipocampo
menor significa perda da função emocional e comportamental
 A inflamação crônica pode ser o fator de risco adjacente mais importante para a
depressão e quase todos os tratamentos eficazes de depressão também abordam a
inflamação
 Entre as principais estratégias de tratamento estão: substituição de alimentos
processados por alimentos reais, com ênfase em alimentos fermentados para
melhorar a flora intestinal, exercícios e aumento nos níveis de vitamina D com
exposição adequada ao sol

Tamanho da fonte:

Por Dr. Mercola

Já se sabe que a depressão pode custar caro à sua saúde física e pesquisas recentes
também descobriram que ela pode causar alterações no cérebro.

Falando especificamente, os episódios depressivos recorrentes reduzem o tamanho do


hipocampo, área do cérebro responsável pela formação de emoções e memória,
destacando a importância da intervenção precoce, principalmente entre os adolescentes.

Sua memória não está apenas restrita a lembrar de datas e senhas, ela também é
importante no desenvolvimento e na manutenção do seu senso de individualidade.

Quando o hipocampo fica menor, não é só a memória automática que é afetada, os


comportamentos associados ao seu senso de individualidade também são alterados e um
hipocampo menor significa perda geral da função emocional e comportamental.

A boa notícia é que o dano provavelmente é reversível, mas para revertê-lo você tem
que realmente fazer algo a respeito da situação.

Depressão crônica pode causar danos ao cérebro


Usando dados de imagens por ressonância magnética (IRM) de quase 8.930 pessoas no
mundo todo, uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que as pessoas que
sofriam episódios de depressão recorrentes também tinham um hipocampo menor.

Foi assim com aproximadamente 65% de todos os participantes com depressão. Os que
estavam passando pelo primeiro episódio de depressão não mostraram sinais de redução
no tamanho, indicando que é a ocorrência repetitiva que faz com que o hipocampo
encolha.

Os que apresentaram redução no tamanho do hipocampo também informaram ficar


deprimidos antes dos outros, geralmente antes dos 21 anos.
Estudos anteriores observaram que as pessoas deprimidas tendem a ter um hipocampo
menor, mas não se descobriu se isso era um fator de predisposição ou resultado da
doença.

Esse estudo revela a resposta: a depressão vem primeiro e depois o dano cerebral...
Segundo o coautor do estudo, o professor Ian Hickie:

"Quanto mais episódios de depressão a pessoa teve, maior a redução no tamanho do


hipocampo. Portanto, a depressão recorrente ou persistente causa mais danos ao
hipocampo quanto mais tempo você ficar sem tratá-la.

Isso gera a pergunta de o que vem primeiro: o hipocampo menor ou a depressão? Os


danos ao cérebro vêm da doença recorrente...

Outros estudos mostraram capacidade de reversão do quadro e o hipocampo é uma das


únicas áreas do cérebro que cria rapidamente novas conexões entre as células, e a
perda aqui é sobre as conexões entre as células e não as próprias células.

O tratamento da depressão não significa só remédios. Se você está desempregado, por


exemplo, ficar sentado sem fazer nada pode encolher o hipocampo. As intervenções
sociais são igualmente importantes e tratamentos como a ingestão de óleo de peixe
também são considerados neuroprotetores".

As raízes inflamatórias da depressão


Ao contrário da crença popular, a depressão provavelmente não é causada por
substâncias químicas em desequilíbrio no cérebro; no entanto, existem
vários outros fatores biológicos que parecem ser altamente importantes. A inflamação
crônica é um deles.

Os cientistas também descobriram que a saúde mental pode sofrer impactos negativos
por fatores como deficiência de vitamina D e/ou flora intestinal em desequilíbrio —
casualmente, as duas têm o papel de manter as inflamações sob controle, que é o que faz
o remédio para depressão.
Conforme discutido em um artigo da Dra. Kelly Brogan, os sintomas de depressão
podem ser vistos como manifestações resultantes da inflamação.

"A própria fonte pode ter um enfoque único ou múltiplo, como estresse, exposições
alimentares e tóxicas, infecção... A inflamação parece ser um fator determinante de alta
relevância nos sintomas depressivos, como um estado de ânimo monótono, pensamento
lento, fuga, alterações de percepção e metabólicas", afirma ela.

Determinados biomarcadores, como as citocinas no sangue e mensageiros inflamatórios


como CRP, IL-1, IL-6 e TNF-alfa, são novas ferramentas promissoras de diagnóstico, já
que são "preditivas e têm correlação direta" com a depressão.

Como exemplo, os pesquisadores descobriram que a depressão melancólica, o distúrbio


bipolar e a depressão pós-parto estão associados a níveis elevados de citocinas,
juntamente com menos sensibilidade ao cortisol (o cortisol é um hormônio do estresse e
um escudo contra inflamação).

O açúcar é um dos ingredientes mais inflamatórios na


sua alimentação
É praticamente impossível tratar a inflamação sem observar o papel do açúcar,
encontrado amplamente na maioria dos alimentos processados.

Além de estimular a inflamação crônica, o consumo de açúcar refinado pode exercer um


efeito tóxico, contribuindo para a resistência à insulina e leptina e à sinalização
prejudicada, que exerce um papel importante na sua saúde mental.

O açúcar também suprime a atividade de um hormônio importante do crescimento


chamado BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que ajuda a manter os
neurônios do cérebro saudáveis.

Os níveis de BDNF são extremamente baixos na depressão e na esquizofrenia,


sugerindo, segundo estudos com animais, que podem ser a verdadeira causa.

Em 2004, o pesquisador e psiquiatra britânico Malcolm Peet publicou uma análise


intercultural polêmica sobre a relação entre a alimentação e a doença mental. Sua
principal descoberta foi uma ligação forte entre o alto consumo de açúcar e o risco de
ter depressão e esquizofrenia.

Outro estudo publicado em 2007 mostrou que a inflamação pode ser mais do que apenas
outro fator de risco da depressão. Ela pode, de fato, ser o fator de risco que sustenta
todos os outros.

O consumo de alimentos reais pode ser o segredo para


o sucesso no tratamento da depressão
As evidências mostram claramente que sua alimentação tem um papel fundamental na
saúde mental, seja para o bem ou para o mal. Portanto, se você está sofrendo de
depressão, alterações de humor ou sente que começa a ficar triste, sugiro que observe o
que você está comendo. O segredo é comer alimentos reais, preferivelmente orgânicos
(para evitar a exposição a produtos químicos) e cultivados localmente (para ser o mais
fresco possível).
Certifique-se também de comer boas quantidades de alimentos fermentados e em
conserva, que ajudam a nutrir as bactérias benéficas do seu intestino. Alguns bons
exemplos são as hortaliças fermentadas de todos os tipos, inclusive chucrute e kimchi,
kombucha (uma bebida fermentada) e alimentos probióticos ricos em fibras como a
jicama (batata mexicana).

A melhoria da flora intestinal parece ser crucial para a boa saúde mental, o que é
compreensível quando você considera que as bactérias intestinais na realidade fabricam
substâncias neuroquímicas como a dopamina e serotonina, juntamente com vitaminas
que são importantes para a saúde do cérebro. Na verdade, você tem maior concentração
de serotonina no intestino do que no cérebro.

Recomendo evitar todos os tipos de alimentos processados, inclusive os com


certificação orgânica, já que os alimentos processados não são mais "vivos". Você deve
buscar alimentos integrais e não adulterados com os quais possa cozinhar (ou comer
cru).

Os alimentos processados são repletos de ingredientes que sabemos que alteram a flora
intestinal e provocam inflamação, um convite à depressão. Isso inclui:

 Açúcar adicionado e xarope de mel rico em frutose


 Ingredientes geneticamente modificados (GM), principalmente milho, soja e
beterraba que, além dos próprios riscos conhecidos à saúde, também tendem a
ser altamente contaminados com glifosato — um carcinógeno Classe 2A que
também pode prejudicar seu microbioma intestinal e tem sido associado
à resistência a antibióticos. O trigo convencional (não GM) também é tratado
com glifosato tóxico antes da colheita.
 Adoçantes artificiais, juntamente com milhares de aditivos alimentares, a
maioria dos quais jamais testados quanto à sua segurança
 Produtos químicos presentes na embalagem dos alimentos, como bisfenol-A
(BPA), bisfenol-S (BPS) e ftalatos, que podem entrar no alimento
 Gorduras trans

Exercício físico é eficaz no combate à depressão e


ajuda a reconstruir o hipocampo
Pesquisas recentes também mostraram ligações claras entre inatividade e depressão. As
mulheres que ficaram sentadas mais de sete horas por dia apresentaram risco 47% maior
de depressão do que as mulheres que ficaram sentadas por quatro horas ou menos por
dia.

As que não praticavam nenhuma atividade física apresentaram risco 99% maior de
desenvolver depressão do que as mulheres que praticavam exercícios. O exercício físico
é talvez um dos tratamentos mais eficazes, porém ainda pouco utilizado no tratamento
da depressão.

Estudos mostraram que sua eficácia geralmente ultrapassa a dos remédios


antidepressivos. Uma das maneiras de o exercício promover saúde mental é
normalizando a resistência à insulina e estimulando os hormônios naturais do "sentir-se
bem" e os neurotransmissores ligados ao controle do humor, como a endorfina,
serotonina, dopamina, glutamato e GABA.

Ele também ajuda seu corpo a eliminar as substâncias químicas do estresse que causam
depressão e, embora a depressão possa encolher o hipocampo, o exercício físico
mostrou aumentar o volume de massa cinzenta na região do hipocampo no cérebro.

Ele também incentiva a neurogênese, ou seja, a capacidade do seu cérebro de se adaptar


e de desenvolver novas células cerebrais. Enquanto o açúcar suprime o fator
neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), aumentando assim o risco de depressão, o
exercício o estimula.

Inicialmente, o exercício estimula a produção de uma proteína chamada FNDC5, que,


por sua vez, aciona a produção do BDNF. O BDNF é um incrível agente de
rejuvenescimento em vários aspectos. No cérebro, ele não só preserva as células
cerebrais existentes, como também ativa as células-tronco cerebrais para transformá-las
em novos neurônios, e faz efetivamente com que seu cérebro se expanda.

Entre as pesquisas que confirmam isso está um estudo de Kirk Erickson, PhD, no qual
os idosos com idades entre 60 e 80 que caminharam 30 a 45 minutos, três dias por
semana por um ano, aumentaram o volume do hipocampo em 2%.

Meditação também causa alterações benéficas no


cérebro
aliviar o estresse e obter maior consciência de si mesmo (se não uma perspectiva mais
espiritual dos altos e baixos na vida), mas também é capaz de alterar as estruturas
cerebrais de modo benéfico. Conforme publicado na revista Forbes:

"A prática [da meditação] parece oferecer uma ampla variedade de benefícios
neurológicos – desde alterações no volume de massa cinzenta, passando por menor
atividade nos centros de referência pessoal do cérebro até melhor conectividade entre
as regiões cerebrais...

Os céticos, é claro, perguntarão qual é a vantagem de algumas alterações cerebrais se


os efeitos psicológicos não são mostrados simultaneamente. Felizmente, existem boas
evidências disso também. Estudos mostram que a meditação ajuda a aliviar os níveis
subjetivos de ansiedade e depressão, a melhorar a atenção, a concentração e o bem-
estar físico em geral".

Observou-se também a redução de tamanho da amígdala. Nesse caso, menos volume


celular em um centro cerebral pode ser vantajoso, já que a amígdala controla a
percepção subjetiva do medo, ansiedade e estresse.

As pessoas com distúrbios de ansiedade tendem a produzir muita serotonina na


amígdala, e é por isso que remédios que aumentam a serotonina, como os inibidores
seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), podem piorar a depressão e a ansiedade
em algumas pessoas.
Estudos anteriores também revelaram que o aumento na atividade neural da amígdala
faz parte do mecanismo subjacente que produz ansiedade. Basicamente, as pessoas com
distúrbios de ansiedade têm um centro de medo hiperativo e a meditação pode ajudar a
aliviar essa hiperatividade.

Estratégias importantes para superar a depressão


Duas estratégias importantes para superar a depressão já foram mencionadas acima:
alimentação (substituir alimentos processados por alimentos reais, com ênfase nos
alimentos fermentados para melhorar a flora intestinal) e exercício físico.

Melhorar o nível de vitamina D expondo-se adequadamente ao sol (ou tomando um


suplemento de vitamina D3 com vitamina K2) é outra estratégia importante que não
deve ser ignorada. Em um estudo anterior, as pessoas com os níveis mais baixos de
vitamina D eram 11 vezes mais propensas à depressão do que as que tinham níveis
normais.

Considerando o fato de que a deficiência de vitamina D é geralmente a norma e não a


exceção, e que tem sido associada tanto a distúrbios psiquiátricos quanto neurológicos,
fazer um exame dos níveis de vitamina D e tratar a deficiência é um passo muito
importante.

Não tenho dúvida alguma de que se você falhar em tratar a causa raiz da depressão,
poderá ficar lutando e se debatendo com curativos possivelmente tóxicos e ineficazes
por um longo tempo. Sua alimentação exerce um amplo papel na saúde mental, então
cuide do impacto causado pelos alimentos processados.

Certifique-se também de sustentar o funcionamento ideal do cérebro com gorduras


essenciais. Isso inclui gorduras saturadas saudáveis como abacate, manteiga derivada de
leite orgânico de vacas alimentadas com pasto, laticínios crus, gemas de ovos orgânicos,
coco e óleo de coco, óleos de nozes orgânicas sem aquecimento, nozes cruas e carnes de
animais alimentados com pasto.

Também recomendo complementar sua alimentação com gordura ômega 3 de origem


animal de alta qualidade, como o óleo de krill. Esse pode ser o nutriente mais
importante para combater a depressão.

Por último, mas não menos importante, adicione algumas estratégias de combate ao
estresse à sua caixa de ferramentas.

Basicamente, a depressão é um sinal de que seu corpo e sua vida estão em desequilíbrio.
Uma maneira de trazer de volta o equilíbrio à sua vida é curando o estresse. A
meditação pode ajudar, conforme abordado acima. Se o tempo permitir, saia para
caminhar. Mas, além disso, também recomendo usar um sistema capaz de ajudar a tratar
problemas emocionais que você talvez nem saiba que tenha.

Para isso, meu método favorito é a Técnica de Liberação Emocional (EFT). Pesquisas
recentes mostram que a EFT aumenta significativamente as emoções positivas, como
esperança e prazer, e diminui os estados emocionais negativos. A EFT é principalmente
eficaz no tratamento do estresse e da ansiedade, pois se concentra na amígdala e no
hipocampo, partes do cérebro que ajudam a decidir se algo é uma ameaça ou não.

Alimentação Deficiente, Falta de Luz


Solar e Anemia Espiritual – Três
Colaboradores para Depressão e
Ansiedade
 412





 23 Março 2017 • 3,655 Visualizações


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Nunca se é Velho Demais Para Começar o Treino com Pesos

Resumo da matéria

 Aproximadamente 500.000 adolescentes sofrem de depressão e mais de três


quartos deles são meninas. Quase duas vezes mais mulheres adultas usam
medicamentos psiquiátricos comparando ao número de homens que o fazem.
 O treinamento da plenitude mental pode ajudar no combate à superestimulação e
influência das mídias sociais. Outros fatores que precisam ser abordados, se
você está deprimido, são dieta e exposição ao sol.
 Uma pesquisa realizada recentemente sugere que o aumento no consumo de
frutas frescas e vegetais pode melhorar o bem-estar mental em menos de duas
semanas.

Tamanho da fonte:

De acordo com um estudo realizado recentemente, o número de adolescentes


enfrentando a depressão vem aumentando desde 2011 e meninas adolescentes estão
mais propensas à depressão que os meninos nesta idade. Pesquisadores sugerem que
mídias sociais podem ser parte do problema.

Análises de dados federais no período entre 2005 e 2014 revelaram que


aproximadamente 500.000 adolescentes sofrem de depressão e mais de três quartos
deles são meninas.
A tendência ligada ao gênero parece continuar na idade adulta, pois quase duas vezes
mais mulheres adultas usam medicamentos psiquiátricos comparando com o número de
homens que o fazem (21 por cento e 12 por cento, respectivamente).

Distúrbios mentais são, igualmente, a causa mais comum da desvantagem entre os dois
sexos, tendo o número de casos bruscamente elevado desde 1980. O que pode ser feito
para mudar essa onda destrutiva?

Steiner-Adair sugere que o treinamento da plenitude mental pode ser útil no combate à
superestimulação e à influência das mídias sociais. Outros fatores que não devem ser
negligenciados são a dieta e a exposição ao sol.

Dieta e Saúde Mental


Uma pesquisa mostra que a dieta pode ter profundo efeito sobre a saúde mental.
Anormalidades gastrointestinais têm sido associadas a uma série de problemas
psicológicos, incluindo depressão, ansiedade, hiperatividade e esquizofrenia.

Parte da explicação para isto é o fato de você possuir, em um sentido real, não um, mas
dois cérebros – um em sua cabeça e um em seu intestino – conectados através do nervo
vago, que vai desde o tronco encefálico até o abdômen.

Está agora bem estabelecido que o nervo vago é a rota primária que o intestino usa para
transmitir informações ao cérebro, ajudando a explicar porque a saúde mental pode ser
tão intrinsecamente associada ao microbioma intestinal.

Por exemplo, alimentos fermentados têm demonstrado controlar o transtorno da


ansiedade social em jovens adultos e uma pesquisa realizada com animais concluiu que
comportamentos repetitivos obsessivo-compulsivos foram atenuados com a introdução
de uma cepa da bactéria Bacteroides fragilis.

Bactérias Produzem Químicas Cerebrais que


Melhoram o Humor
As bactérias intestinais produzem neurotransmissores que melhoram o humor. Na
verdade, a maior concentração de serotonina é encontrada nos intestinos, não no
cérebro. No entanto, ela provavelmente funciona localmente, pois os neurotransmissores
produzidos no intestino não ultrapassam a barreira hematoencefálica.

Ademais, bactérias intestinais também podem alterar a forma como o sistema nervoso
central usa esses neuroquímicos. Em um experimento projetado para investigar a
influência dos micróbios sobre a depressão, os pesquisadores realizaram transplantes
fecais, transferindo amostras de fezes de pacientes humanos para ratos.

Os ratos que receberam fezes de pacientes diagnosticados com depressão rapidamente


começaram a mostrar sinais de depressão e ansiedade. De acordo com um dos
pesquisadores, “Seu comportamento mudou drasticamente”. Os ratos que receberam
fezes de pessoas não depressivas não mostraram alteração no comportamento.
Com base nestas descobertas (que nunca foram publicadas), os pesquisadores alertaram
que pessoas que optem por fazer transplantes fecais por motivos de saúde, devem
avaliar o doador fecal buscando informações sobre seu histórico de doenças mentais e
outras doenças transmissíveis.

Curar o Intestino Pode Aliviar Problemas Mentais


Pesquisadores estão cada vez mais enxergando a inflamação intestinal como sendo a
raiz da depressão e uma das formas mais rápidas e fáceis de tratar este problema é
fazendo as alterações dietéticas adequadas. Como regra geral, para cultivar uma flora
intestinal saudável através da dieta:

 Consuma comida de verdade e evite alimentos processados. De acordo com um


estudo realizado em 2009, uma dieta com alimentos processados pode aumentar
o risco de desenvolver depressão em 60 por cento, enquanto a dieta rica em
alimentos integrais é protetora.

o Ingredientes geneticamente modificados têm demonstrado alterar de


forma significante a flora intestinal promovendo patógenos e dizimando
micróbios benéficos.
o Alimentos não orgânicos, comida industrializada com adição de
glifosato, têm demonstrado causar deficiências nutritivas, especialmente
minerais, essenciais para a função do cérebro e controle do humor.

O glifosato pode também destruir as juntas celulares rígidas e alterar a


permeabilidade da barreira hematoencefálica, permitindo que substâncias
que nunca deveriam entrar no cérebro o façam.
o Aditivos alimentares artificiais, especialmente o edulcorante artificial
aspartame, podem causar danos às funções cerebrais. Tanto a depressão
quanto ataques de pânico são conhecidos efeitos colaterais potenciais
causados pelo consumo de aspartame. Outros aditivos, tais como
corantes artificiais, também são conhecidos por seu impacto ao humor.

 Consuma diariamente alimentos tradicionalmente fermentados e cultivados;


quanto maior a variedade, melhor.
 Consuma muita fibra, encontrada na maioria das frutas e vegetais, especialmente
os de folha verde, linho, cânhamo e sementes de sálvia, bagas, brócolis, couve-
flor e couve de Bruxelas, legumes de raiz, ervilha e feijões, assim como
alimentos prebióticos (alimentos que nutrem bactérias probióticas ou saudáveis),
tais como alho, alho-poró, cebola, dente-de-leão e aspargos.

Prebióticos são ingredientes alimentícios indigestos que não promovem nutrição


por si mesmos. Sua função é nutrir as bactérias amigas dentro do trato
gastrointestinal.
 Aumente o consumo de gorduras saudáveis, tais como abacates, óleo MCT, coco
e óleo de coco, manteiga e gema de ovos de aves alimentadas com pasto.
 Normalize a proporção ômega-3 / ômega-6 aumentando o ômega-3 de origem
animal proveniente de peixes (boas opções são o salmão do Alasca, sardinhas e
anchovas) e/ou óleo de krill, e reduzindo o ômega 6 evitando alimentos
processados e óleos vegetais. A proporção ideal é 1:1. Embora o ômega-3 seja
conhecido por seu papel na saúde cardíaca, ele também desempenha importante
papel na saúde cerebral e mental.

Evite também os seguintes, que são conhecidos por causar danos ao microbioma
intestinal:

 Antibióticos
 Água clorada
 Sabão antibacteriano
 Produtos químicos agrícolas
 Poluição

O Aumento no Consumo de Vegetais Pode


Rapidamente Melhorar o Bem-Estar Cerebral
Recentemente, pesquisadores da Nova Zelândia concluíram que o consumo de frutas
frescas e vegetais pode melhorar o bem-estar mental em até duas semanas. De acordo
com o Medical News Today:

"Adultos jovens que foram alimentados com frutas e vegetais extras diariamente, por 14
dias, consumiram mais dos produtos e experimentaram uma melhora na motivação e na
vitalidade."

Orientações dietéticas americanas sugerem duas xícaras de frutas e duas a três xícaras
de vegetais diariamente, porém muitas pessoas não consomem sequer uma fração desta
quantidade. Em um estudo realizado, o grupo de tratamento recebeu duas porções
adicionais de frutas frescas e vegetais, incluindo cenouras, kiwi, maçãs e laranjas por
dia, por duas semanas, enquanto o grupo de controle continuou com sua dieta normal.

Aqueles que consumiram mais frutas e vegetais, uma média de 3,7 porções por dia,
experimentaram uma melhora pronunciada no bem-estar psicológico, especialmente
melhoras na “vitalidade, motivação e evolução”. De acordo com os autores, “Os
resultados forneceram validação inicial de uma relação causal entre [frutas e vegetais] e
bem-estar, sugerindo que estudos de intervenção de larga escala sejam necessários."

A Luz Solar e a Vitamina D Também Afetam sua


Saúde Mental
Além da dieta, a luz solar também desempenha profundo impacto na saúde mental –
mais que qualquer outro fenômeno climático. Esta é a conclusão de um estudo realizado
recentemente que buscava conexões entre o clima e a depressão em um grupo de
estudantes.

Estima-se que em torno de 20 por cento das pessoas são afetadas por Transtorno
Afetivo Sazonal (TAS) todos os invernos, sofrendo de melancolia, fadiga e, em alguns
casos, depressão mais profunda, conforme o sol vai ficando mais escasso.
O que diferencia a TAS da depressão regular é a ocorrência de remissão total nos meses
de primavera e verão. Por exemplo, uma pesquisa realizada mostrou que com um nível
de vitamina D abaixo de 20 nanogramas por mililitro (ng/mL), o risco de desenvolver
depressão pode aumentar em torno de 85 por cento, comparando com um nível de
vitamina D maior que 30 ng/mL.

Uma série de estudos também confirmou que níveis adequados de vitamina D podem
ajudar a aliviar sintomas de depressão. Acredita-se que um dos mecanismos para isto é a
propriedade anti-inflamatória da vitamina D, a qual, novamente, sugere que a
inflamação seja uma causa raiz da depressão.

Um estudo publicado em 2015, que monitorava mulheres em idades entre 18 e 25 anos


residentes no Noroeste Pacífico durante o outono, inverno e primavera, concluiu que a
insuficiência de vitamina D (30 ng/ml ou menos) poderia prever o surgimento de
sintomas depressivos clinicamente significativos. A correlação permaneceu mesmo após
o controle dos fatores, tais como estação, índice de massa corporal, etnia, dieta,
exercícios e tempo gasto em ambientes externos.

Como a Luz Solar Pode Influenciar Seu Humor


No entanto, a vitamina D não é a explicação para todos os benefícios à saúde mental
associados à luz solar. De acordo com um artigo publicado na revista Dermato
Endocrinology, um grande número de moléculas que absorvem luz (cromóforos),
encontradas em diferentes camadas da pele, absorve e interage com raios ultravioletas,
produzindo uma série de efeitos complexos e sinergéticos.

Estou fortemente convencido de que este benefício não está apenas relacionado à
exposição aos raios UVB, mas também à exposição à luz vermelha e à luz
infravermelha próxima, à média distância e distante. A intensidade da luz também é um
grande fator, pois é muito mais luminosa no ambiente externo do que no interno.

Existem cromóforos adicionais na cadeia transportadora de elétrons das mitocôndrias


que respondem ao infravermelho próximo. Este estímulo complexo da luz solar afeta
não somente a saúde física evitando doenças, mas também impacta o humor e a saúde
mental. Por exemplo:

 Seu corpo usa o espectro de luz infravermelha próxima para produzir energia
mitocondrial e para manter o equilíbrio sistêmico. Sabendo disto, parece
razoável concluir que se você está com baixo índice de trifosfato de adenosina
(ATP) — energia celular — devido à quantidade insuficiente de exposição à luz
solar, você começaria a sentir-se lento (a) e cansado (a), e possivelmente
deprimido (a).
 A luz solar também regula o ritmo circadiano, e a terapia da luz tem
demonstrado ser efetiva tanto contra a TAS quanto à depressão maior não
sazonal. Quando escurece, seus níveis de melatonina aumentam, e é por isso
que você pode sentir-se cansado (a) quando o sol começa a se por. No auge do
inverno, isto pode acontecer por volta de 4 horas da tarde.
 A luz ultravioleta (UV) também estimula as células epidérmicas conhecidas
como queratinócitos para produzir beta-endorfinas, que desenvolvem efeitos que
melhoram o humor.
 A serotonina também é liberada em resposta à luz solar, ajudando a elevar o
humor e a energia.
 O UVA gera óxido nítrico (NO) na pele, influenciando o organismo de várias
formas benéficas. Ele estimula até 60 por cento do sangue a fluir para os
capilares da pele onde ele absorve o UV e a radiação infravermelha, que pode
estruturar a água no organismo.

Além disso, o UVA realmente ajuda a eliminar qualquer infecção no sangue


enquanto o infravermelho recarrega a bateria celular. O NO também diminui
inflamações, o que poderia ser um impacto benéfico para a saúde mental
considerando a forte associação da depressão com inflamações crônicas de baixo
grau.

Cogumelos Mágicos – um Divisor de Águas para


Ansiedade Grave e Depressão?
De forma interessante, uma pesquisa de apoio sugere que a psilocibina, também
conhecida como cogumelos mágicos, pode ser um divisor de águas no tratamento de
depressão e ansiedade graves. Entre 80 e 90 por cento dos pacientes com câncer, em
dois estudos separados, conseguiram alívio imediato e de longa duração para ansiedade
e medo de morrer com uma única dose.

O principal fator desta notável recuperação parece estar relacionado com a intensidade
espiritual da experiência. Além da reconexão espiritual por si só, o sentimento de amor
e de ser “um” em tudo, parece ser resultado de alterações no cérebro – mecanismo
atribuído à neuroplasticidade, em que o cérebro realmente muda de acordo com a
experiência vivida.

A maioria dos participantes classificou-a como a experiência “mais significante” de


suas vidas, o que, em troca, resultou em sentimentos de que tudo tem um propósito,
incluindo seus próprios sofrimentos. Em minha opinião, é a falta do significado da vida
e a falta de conexão com algo maior que permeia as vidas de tantas pessoas hoje em dia
e a resposta não é cobrir ou mascarar as emoções com uma pílula.

O alívio que você procura é mais provável de ser encontrado através da procura
cuidadosa da alma e da implantação de estratégias para aumentar a resiliência
emocional, que pode incluir meditação não denominacional e práticas espirituais de
acordo com suas próprias inclinações e preferências espirituais.

A psilocibina é, atualmente, classificada como medicamento ilegal e não pode ser usada
em tratamento psiquiátrico fora da pesquisa, porém isto pode potencialmente ser
mudado no futuro. Até lá, estimular-lhe-ei a procurar por coisas que adicionem
significado e propósito à sua vida.

Lembre-se também de que a depressão e outros problemas mentais têm tipicamente raiz
em distúrbios intestinais e inflamações crônicas, portanto cuide de sua dieta como passo
fundamental para cura e saúde mental em longo prazo. Exposição apropriada à luz solar
também pode desempenhar papel importante.
Ter um sono adequado e fazer exercícios são dois fatores adicionais ao estilo de vida
que podem necessitar atenção.

ratamentos Alternativos Eficazes para


Tratar a Depressão
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 23 Novembro 2017 • 2,127 Visualizações


 Edição: Português

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Tipo Comum de Alongamento pode Danificar seus Músculos e Tendões


Resumo da matéria

 Existem muitas alternativas aos antidepressivos para o tratamento da depressão,


incluindo intervenções nutricionais, terapia de luz, exercícios e mais
 Entre os pacientes com depressão que resiste ao tratamento, todos apresentaram
melhorias nos sintomas uma semana após terem recebido uma única dose de
psilocibina, ou cogumelos alucinógenos, e metade deles não estavam mais
deprimidos cinco semanas após o tratamento
 Um estudo de 11 anos descobriu que as pessoas que fazem exercícios
regularmente nas suas horas de lazer durante uma hora por semana eram menos
propensas a ficar deprimidas

Tamanho da fonte:

Por Dr. Mercola

Em todo o mundo, 350 milhões de pessoas sofrem de depressão, tornando-a uma das
principais causas de incapacidade.

Apesar disso, apenas cerca de um terço das pessoas com depressão recebe tratamento, o
que coloca os dois terços restantes sem tratamento em um risco aumentado de suicídio e
com uma menor qualidade de vida.

As pessoas que sofrem com a depressão não tratada também têm duas vezes mais
probabilidades de morrer do que as que não possuem depressão e têm efeitos piorados
de outros problemas de saúde.

Mas, embora esteja claro que tratar a depressão seja algo importante, o primeiro
tratamento recomendado é geralmente uma combinação de remédios antidepressivos e
psicoterapia.

No entanto há boas razões para pensar bem antes de tomar antidepressivos, pois eles
podem aumentar o risco de outros problemas de saúde e sua eficácia é questionável.

É aí que os tratamentos alternativos para a depressão podem ser verdadeiros salva-vidas,


ajudando as pessoas com depressão a recuperar sua saúde física e mental usando
abordagens seguras e sem medicamentos.
Os Antidepressivos Foram Ligados a Diabetes, Ataque
Cardíaco e Demência
Se você está considerando tomar antidepressivos, é importante saber o que você está
fazendo antes de decidir usá-los como tratamento, especialmente porque eles
geralmente são receitados por longos períodos sem uma data final à vista.

Por exemplo, aqueles que usam antidepressivos têm um risco aumentado de


desenvolver diabetes tipo 2, mesmo depois de ajustar outros fatores de risco, como o
índice de massa corporal (IMC).

O uso de antidepressivos também foi associado a artérias mais espessas, o que poderia
contribuir para o risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral.

Os resultados de um estudo de 513 veteranos gêmeos, apresentados na convenção do


American College of Cardiology em Nova Orleans em 2011, descobriu que o uso de
antidepressivos resultou em uma maior espessura íntima-média carotídea (o
revestimento das principais artérias do pescoço que fornecem sangue para seu cérebro).

Isso mostrou-se verdadeiro tanto para inibidores seletivos de recaptação de serotonina


(Selective Serotonin Reuptake Inhibitors -SSRIs) quanto para antidepressivos que
afetam outros elementos químicos cerebrais.

Além disso, o uso de antidepressivos também está associado a um risco aumentado de


ataque cardíaco, especificamente para usuários de antidepressivos tricíclicos, que têm
um risco aumentado de ataque cardíaco de 36%.

Enquanto isso, estes remédios também foram ligados à demência, com pesquisadores
observando que “o tratamento com SSRIs, IMAOs, antidepressivos heterocíclicos e
outros antidepressivos estava associado a um risco aumentado de demência”, e à medida
que a dose aumentava, também aumentava o risco.

Estes remédios também são conhecidos por esgotar vários nutrientes do seu corpo,
incluindo a coenzima Q10 e a vitamina B12 - no caso dos antidepressivos tricíclicos -
que são necessários para se ter uma função mitocondrial adequada. Os ISRS podem
esgotar iodo e folato.

Talvez de forma mais importante, os estudos repetidamente demonstram que os


antidepressivos não funcionam melhor do que o placebo para depressão leve a
moderada, então você está correndo sérios riscos para colher uma pequena chance de
benefícios. Mais importante que isso, existem outras opções disponíveis.

Os Cogumelos Alucinógenos Demonstraram Potencial


para Tratar a Depressão “Intratável”
A droga psicodélica psilocibina, também conhecida como cogumelo alucinógeno,
continua a demonstrar potencial para tratar a depressão. Em um pequeno estudo feito
com 19 pacientes com depressão resistente ao tratamento, todos eles experimentaram
melhora nos sintomas uma semana depois de receber uma dose única de psilocibina e
metade deles não estavam mais deprimidos cinco semanas após o tratamento.

Os exames cerebrais mostraram alterações cerebrais reais ocorridas em áreas envolvidas


na depressão, incluindo menos atividade na amígdala, que está envolvida no
processamento de emoções e atividade mais estável na rede de modo padrão (foram
encontradas ligações entre a atividade na rede e a depressão).

Os pesquisadores sugeriram que o cérebro dos participantes pode ter sido “reiniciado”
de certa forma, ajudando-os a vencer a depressão.

Conforme observado pela Scientific Reports:

“A psilocicina tem uma história antiga e mais recente do seu uso medicinal.
Administrada em um ambiente com apoio, com cuidados psicológicos preparatórios e
integrativos, ela é usada para facilitar a superação emocional e renovar as
perspectivas. Um acúmulo de evidências sugere que a psilocibina com um
acompanhamento de suporte psicológico pode ser usada com segurança para tratar
uma série de doenças psiquiátricas.”

Outra pesquisa demonstrou que uma única dose de psilocibina resultou em alívio de
ansiedade e/ou depressão com seis meses de duração em 80 por cento dos pacientes com
câncer, com alguns relatando alívio da ansiedade quatro anos depois.

Infelizmente, a psilocibina é um medicamento da Schedule 1 (lista de Substancias


controladas dos EUA), como a maconha, então os testes custam cerca de 10 vezes mais
do que outros medicamentos legais e, para levar a pesquisa a um nível no qual ela
poderia ser transformada em tratamento psiquiátrico, é necessário fazer testes clínicos
de fase 3 com milhares de participantes. Para que isso ocorra, a psilocibina precisaria
ser adiada.

Um psiquiatra de Londres, James Rucker, escreveu um comentário no British Medical


Journal (BMJ), defendendo a reclassificação do LSD e do cogumelo alucinógeno – que
ele observa serem muito menos viciantes e prejudiciais do que a heroína e a cocaína - a
fim de facilitar a realização de pesquisas médicas muito necessárias sobre eles.

O autotratamento não é aconselhável, no entanto, porque não só isso poderia criar


problemas legais, mas também é possível ter uma experiência negativa, e é por isso que
uma supervisão cuidadosa e a orientação dos profissionais é tão importante quando se
usa a psilocibina.

Suplementos de Magnésio, Ômega-3 e Vitaminas B


Diminuem a Depressão
Outra alternativa aos antidepressivos poderia vir na forma de suplementos de magnésio.
Uma pesquisa publicada na PLOS One revelou que os suplementos de magnésio
levaram a melhorias na depressão de leve a moderada em adultos, com efeitos benéficos
ocorrendo dentro de duas semanas após o tratamento. “Ele funciona rapidamente e é
bem tolerado sem a necessidade de um monitoramento rigoroso de toxicidade”,
disseram os pesquisadores.

O magnésio atua como um catalisador para neurotransmissores de regulação do humor


como a serotonina, e as pesquisas publicadas em 2015 também revelaram uma
associação significativa entre um consumo muito baixo de magnésio e depressão,
especialmente em adultos mais jovens. Além do magnésio, as gorduras ômega-3 de
origem animal EPA (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexaenóico)
também são cruciais para a saúde cerebral.

O livro de 2001, “The Omega-3 Connection” (A Conexão Ômega-3), escrito pelo


psiquiatra de Harvard Dr. Andrew Stoll, foi um dos primeiros trabalhos a chamar a
atenção e apoiar o uso de gorduras ômega-3 para a depressão, e eles demonstraram ser
capazes de levar a melhorias no transtorno depressivo grave.

Certifique-se de que você está recebendo ômega-3 suficiente na sua dieta, seja de
salmão selvagem do Alasca, sardinha, arenque, cavala e anchovas, ou de um suplemento
de alta qualidade de ômega-3 de origem animal, pois isso é crucial para se ter uma
saúde mental otimizada.

As vitaminas B também são importantes, e baixos níveis de vitaminas B são comuns em


pacientes com depressão, enquanto tomar suplementos de vitamina B demonstrou
melhorar os sintomas.

Além disso, em um estudo feito com 9.700 vegetarianos (incluindo um pequeno número
de veganos), os vegetarianos estavam quase duas vezes mais propensos a sofrer de
depressão em comparação com pessoas que comiam carne, mesmo depois de ajustar
variáveis como estado do trabalho, histórico familiar e número de filhos.

Os vegetarianos tendem a ter ingestões mais baixas de gorduras ômega-3, vitamina B12
e folato, o que pode afetar o risco de depressão. No caso do folato, ele ajuda seu corpo a
produzir neurotransmissores reguladores do humor, incluindo a serotonina e a
dopamina.

Um estudo feito em 2012 descobriu que as pessoas que consumiam mais folato
apresentavam menor risco de depressão do que as que comiam menos. Tratar as
deficiências de nutrientes, bem como otimizar sua dieta, são chaves para a saúde mental
e devem ser suas estratégias principais para o tratamento da depressão.

O Que Você Come Pode Melhorar ou Piorar seu


Humor
Não é um exagero dizer que “você é o que você come”, e as escolhas alimentares
podem e têm um efeito significativo no seu humor. Os homens que consumiam mais de
67 gramas de açúcar por dia eram 23 por cento mais propensos a desenvolver ansiedade
ou depressão ao longo de cinco anos do que aqueles cujo consumo de açúcar era inferior
a 40 gramas por dia, por exemplo, por isso limitar o açúcar é uma estratégia para
melhorar seu humor.
Isso irá ajudá-lo a apoiar sua saúde intestinal, outro fator importante para a saúde
mental. Comer alimentos fermentados regularmente, ou tomar um suplemento
probiótico, também pode ajudar nesse sentido.

Considere um pequeno estudo envolvendo adultos diagnosticados com SII (síndrome do


intestino irritável) e depressão que descobriu que o probiótico Bifidobacterium longum
forneceu alívio da depressão. Quanto o estudo completou seis semanas, 64 por cento do
grupo de tratamento reduziu os níveis de depressão em comparação com 32 por cento
do grupo controle que recebeu um placebo.

O livro “The Happiness Diet” (A Dieta da Felicidade) fala sobre alguns outros
alimentos que podem afetar seu humor, como o refrigerante dietético.

O aspartame nos muitos refrigerantes dietéticos contém o aminoácido fenilalanina, que


pode prejudicar a produção de serotonina. Por outro lado, um punhado de amêndoas
fornece 80 miligramas de magnésio que, como mencionado, tem um efeito calmante no
seu cérebro. Outros alimentos que são bons para o seu humor incluem chocolate escuro,
bananas, açafrão e até mesmo café preto orgânico.

Terapia de Luz para a Depressão


Outra opção que demonstra potencial é a terapia de luz. A terapia de luz de amplo
espectro é frequentemente recomendada ao invés dos antidepressivos para o tratamento
de transtornos afetivos sazonais (Seasonal Affective Disorder -SAD), mas pode ser
preferível usá-la para tratar até mesmo a depressão grave. A terapia de luz sozinha e o
placebo foram mais eficazes do que o Prozac para tratar a depressão moderada a
acentuada em um estudo com oito semanas de duração.

Além disso, em um estudo feito com pacientes com transtorno bipolar, que
apresentaram depressão grave recorrente, a terapia de luz branca brilhante também foi
eficaz para melhora do humor, com 68 por cento ficando com um humor normal após
quatro a seis semanas de tratamento, em comparação com 22 por cento daqueles que
receberam um tratamento com placebo.

Nessa mesma linha, a exposição à luz solar também é importante, não só porque ela
ajudará a otimizar seus níveis de vitamina D (outro fator ligado à depressão), mas
também por meio de outros mecanismos, como a regulação do ritmo circadiano e a
produção de serotonina, que é liberada em resposta à exposição solar.

Exercitar-se - Mesmo que somente uma hora por


semana - é Crucial
Mesmo uma quantidade mínima de exercício pode ser suficiente para combater a
depressão em algumas pessoas – tão mínimo quanto uma hora por semana, de acordo
com um estudo de 11 anos no qual pessoas que faziam exercícios regularmente nas suas
horas de lazer durante uma hora por semana eram menos propensas a ficar deprimidas.
Do outro lado, aqueles que não se exercitavam eram 44 por cento mais propensos a ficar
deprimidos em comparação com aqueles que se exercitavam durante pelo menos de uma
a duas horas por semana.

“A maior parte deste efeito protetor ocorreu com baixos níveis de exercício e foi
observada independentemente da intensidade”, disseram os pesquisadores,
acrescentando que “supondo que essa relação seja causal, 12% dos casos futuros de
depressão poderiam ter sido evitados se todos os participantes tivessem feito pelo
menos uma hora de atividade física a cada semana.”

Em minha entrevista de 2008 com o Dr. James Gordon, um especialista de renome


mundial em usar a medicina da mente e corpo para curar a depressão, ele afirmou que o
exercício físico é pelo menos tão bom quanto os antidepressivos para ajudar as pessoas
deprimidas, em parte porque se exercitar aumenta a serotonina no seu cérebro e em
parte porque aumenta as células cerebrais no seu hipocampo, que às vezes são reduzidas
em pessoas com depressão.

Além da atividade aeróbica, exercícios mentais como a ioga também demonstram


potencial. Por exemplo, a modalidade Iyengar de ioga, que se concentra em detalhes e
alinhamento preciso da postura combinada com respiração profunda, reduz os sintomas
de depressão naqueles que não estão tomando medicamentos ou que estão tomando o
mesmo medicamento há pelo menos três meses.

Mais uma pesquisa, desta vez envolvendo estudantes de enfermagem, uma população na
qual a depressão é comum, revelou que o exercício físico e a meditação de consciência
plena são eficazes no controle da depressão (com a meditação sendo ainda mais eficaz
do que o exercício neste caso).

Lembre-se de que a atividade física deve incluir não apenas o “exercício”, mas também
muitos movimentos não-exercício diários, de modo que você esteja mais em movimento
do que parado (exceto quando estiver dormindo). O movimento não-exercício é uma
peça fundamental para se ter uma saúde otimizada - mais até do que uma rotina de
condicionamento físico regrada, mas idealmente você deve esforçar-se para fazer
ambos.

Cuide da sua Saúde Emocional


A psicologia da energia usa uma forma de acupressão psicológica, baseada nos mesmos
meridianos de energia usados na acupuntura tradicional para tratar doenças físicas e
emocionais por mais de 5.000 anos, mas sem a invasividade das agulhas. Uma dessas
formas é as Técnicas de Libertação Emocional (Emotional Freedom Techniques -EFT),
que demonstrou eficácia na melhoria da saúde mental, incluindo da depressão.

Em um estudo feito com 30 estudantes universitários com depressão de moderada a


grave, os alunos deprimidos receberam quatro sessões EFT de 90 minutos. Os alunos
que receberam EFT demonstraram significativamente menos depressão do que o grupo
de controle quando avaliados três semanas depois.

Para problemas sérios ou complexos, procure por um profissional de saúde qualificado


que seja treinado em EFT para guiá-lo através do processo. Dito isto, para muitas
pessoas com sintomas de depressão, esta é uma técnica que você pode aprender e fazer
efetivamente por conta própria.

Outra ferramenta que é uma das minhas novas favoritas é o livro “Letting Go: The
Pathway of Surrender” (Desapego: O Caminho da Rendição) do Dr. David Hawkins. É
um dos melhores livros que li neste ano e ajudou-me a aprender sobre a ferramenta útil
de como se libertar de emoções dolorosas.

Vale a pena ler se você está lutando contra a depressão, e tenha em mente que a maioria
das pessoas terá benefícios em tentar uma variedade de métodos de tratamento
alternativos, bem como estratégias de estilo de vida, como prestar atenção à higiene
saudável do sono, a melhorar sua saúde mental.

Lembre-se, também, de que você não precisa sofrer em silêncio. Procure ajuda de um
conselheiro, um psiquiatra holístico ou outro profissional de saúde natural para começar
a sua jornada rumo à cura.

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A Terapia do Sono é Vista como um


Auxiliar no Tratamento da Depressão
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 27 Julho 2017 • 2,116 Visualizações


 Edição: Português

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Benefícios da Ioga - O que a Pesquisa Diz Sobre Seu Uso para Problemas Comuns de
Saúde

Resumo da matéria

 Participantes de um estudo receberam sessões de terapia baseada em


conversação, conhecida como terapia do comportamento cognitivo para
tratamento de insônia (CBT-I), para tratar com sucesso seus problemas de
insônia
 A CBT-1 ensina as pessoas a reservar sua cama somente para dormir e envolve
orientações, tais como estabelecimento de uma hora regular para acordar e sair
da cama quando a pessoa estiver acordada
 Pesquisa realizada no passado mostrou que 60 por cento das pessoas que
receberam terapia CBT-1 para tratamento da insônia recuperaram-se totalmente
da depressão após sete sessões
 Lidar com fatores do estilo de vida, como o sono, pode ser essencial para ajudar
na restauração do equilíbrio do organismo e resolver a depressão

Tamanho da fonte:

Por Dr. Mercola

A conexão entre a depressão e a falta de sono está bem estabelecida. Dos


aproximadamente 18 milhões de americanos que sofrem de depressão, mais da metade
sofre de insônia, que é definida como perda crônica de sono por um mês ou mais,
interferindo na vida pessoal ou no trabalho.

Por muito tempo pensou-se que a insônia fosse um sintoma de depressão, porém,
atualmente, parece que a insônia precede a depressão em alguns casos e pode, inclusive,
dobrar o risco de a pessoa tornar-se depressiva.

Hoje, uma nova pesquisa incentivadora mostra que o tratamento da insônia pode, de
fato, resultar em melhora marcante em pessoas que sofrem com depressão.

É o Avanço Mais Significante no tratamento da


Depressão em Décadas?
Quatro estudos financiados pelo Instituto Nacional da Saúde Mental (National Institute
of Mental Health) estão prontos para ser lançados em 2014 tendo como tema sono e
depressão. O primeiro já está concluído e os resultados promissores foram apresentados
na convenção da Associação para Terapias Comportamental e Cognitiva (Association
for Behavioral and Cognitive Therapies), em Novembro de 2013.

O estudo concluiu que 87 por cento dos pacientes com depressão que resolveram seu
problema de insônia apresentaram grande melhora na depressão, e os sintomas
desapareceram em oito semanas, independente de a pessoa ter consumido
antidepressivos ou placebo. O autor líder do estudo relatou ao New York Times:

“Na forma como essa história desdobrou-se, acredito que precisamos começar a
acrescentar a terapia focada na insônia ao tratamento padrão da depressão.”

Participantes do estudo receberam quatro sessões de terapia baseada em conversação,


conhecida como terapia do comportamento cognitivo para tratamento da insônia (CBT-
I), duas vezes por semana, para tratar seu problema de insônia.

Diferente da terapia de higiene do sono, que foca em exercícios regulares, evitando


cafeína e álcool à noite e promovendo outros hábitos saudáveis para se ter um sono
tranquilo, a CBT-1 ensina as pessoas a reservar sua cama apenas para dormir e envolve
as seguintes diretrizes:

 Estabelecimento de uma hora regular para acordar


 Sair da cama quando a pessoa estiver acordada
 Evitar comer, ler, assistir TV ou realizar atividades similares na cama
 Evitar dormir durante o dia

O estudo concluiu que pessoas que superaram seu problema de insônia usando este
programa recuperaram-se da depressão em um porcentual quase duas vezes maior que
as pessoas que não usaram o programa. O New York Times relatou:

“Se esses números forem mantidos, o avanço será o mais significativo no tratamento da
depressão desde a introdução do Prozac no mercado, em 1987.”

Pesquisa Realizada no Passado Confirmou os


Benefícios da Terapia da Insônia no Tratamento da
Depressão
O estudo apresentado investigou uma pesquisa realizada em 2008, na qual o tratamento
para insônia CBT-1 foi testado em comparação à terapia da higiene do sono em pessoas
com depressão.

Aquele estudo concluiu que 60 por cento das pessoas que receberam a terapia CBT-1
recuperaram-se totalmente de sua depressão após sete sessões, comparando-se com 33
por cento das pessoas que receberam a terapia da higiene do sono (todos os pacientes
igualmente tomaram um determinado antidepressivo neste estudo). Desta forma, os
pesquisadores concluíram anos atrás que:

“Este estudo piloto fornece evidências mostrando que o acréscimo de um medicamento


antidepressivo a uma terapia comportamental cognitiva para insônia, focada no
sintoma, é promissora em pessoas com TDM (Transtorno Depressivo Maior) e insônia
coexistente em termos de alívio tanto da depressão quanto da insônia.”

Curiosamente, a exposição a uma iluminação fraca durante a noite, que pode igualmente
interferir no sono, também foi associada à depressão. A associação pode ser devida à
produção do hormônio melatonina, que é interrompida quando se está exposto à
iluminação durante a noite.

Existem vários estudos que sugerem que os níveis de melatonina (e consequentemente,


de exposição à luz) controlam os sintomas relacionados ao humor, assim como os
relacionados à depressão. Por exemplo, um estudo realizado sobre a melatonina e o
desalinhamento do ciclo circadiano (no qual você está “defasado(a)” em relação ao
período natural de sono) encontrou uma correlação entre o desalinhamento circadiano e
a gravidade dos sintomas de depressão.

Antidepressivos Não Funcionam Para a Maioria dos


Pacientes com Depressão
É importante entender que a pesquisa sugere que existe pouca evidência sobre os
benefícios de antidepressivos em pessoas que sofrem com depressão suave a moderada
e eles, tipicamente, não funcionam melhor do que um placebo.
Uma meta análise publicada no PLoS Medicine concluiu que a diferença entre
antidepressivos e pílulas de placebo é muito pequena – e que ambos são ineficazes para
a maioria dos pacientes. Somente os mais gravemente deprimidos mostraram qualquer
resposta aos antidepressivos e essa resposta foi quase mínima.

Ou seja, aqueles medicamentos podem estar transformando a depressão em uma


condição ainda mais crítica. Eles ainda promovem efeitos colaterais potenciais, a saber:

 Pensamentos e sentimentos suicidas e comportamento violento


 Aumento do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2
 Problemas com o sistema imunológico
 Problemas cardíacos
 Ossos frágeis e aumento do risco de fraturas ósseas

Focar na insônia, portanto, tornou-se uma ferramenta mais relevante e segura podendo,
de fato, funcionar no alívio dos sintomas de depressão. Enquanto o tratamento CBT-1
parece ser eficaz para esse fim, você pode igualmente rever estas 33 dicas para ajudá-lo
(a) a ter uma boa noite de sono.

Seu(sua) Filho(a) Adolescente é Insone? Os Amigos


Podem Ser os Culpados
Adolescentes tendem a ir dormir mais tarde e dormir menos do que outras faixas etárias,
e segundo pesquisa apresentada, isto pode desempenhar um importante papel no risco
de desenvolvimento de problemas de humor, incluindo depressão.

Dito isto, nova pesquisa realizada sugere que você deveria resistir à tentação de tratar o
problema de seu filho para dormir com medicamentos e, em vez disso, avaliar suas
conexões sociais.

O estudo concluiu que a média de horas de sono de pessoas em idades entre 12 e 15


anos caiu, porém aquelas que tinham amigos sociáveis e positivos, eram ativas nas
comunidades escolares e cuidavam de seu desempenho escolar, dormiam mais à noite.
Aquelas com pais mais envolvidos igualmente tinham hábitos melhores à noite.

A pesquisa sugere que laços sociais fortes com amigos positivos podem incentivar os
adolescentes a ter hábitos mais saudáveis, como ir dormir na hora certa. Os
pesquisadores concluíram que:

“No geral, fatores de relacionamento social superam fatores evolucionários em


determinados padrões de sono dos jovens, particularmente apontando para a
importância de relações parentais, com colegas e com a escola na promoção de
comportamentos de sono saudáveis.”

Outras 5 Soluções Não Medicamentosas para Tratar a


Depressão
Está se tornando claro que lidar com fatores de estilo de vida, como o sono, pode ser
essencial na solução da depressão, provavelmente porque eles ajudam a restaurar o
equilíbrio do organismo. Se você falhar em lidar com a raiz do problema, você pode
amargar e sofrer com curativos químicos ineficazes e potencialmente tóxicos por um
longo período e isto pode ser insuportável.

Eu sei, em primeira mão, que a depressão e o suicídio são devastadores, e é por isso que
eu aconselho qualquer pessoa que esteja sofrendo com esta condição a procurar ajuda de
um profissional holístico qualificado.

Existem momentos em que um medicamento prescrito pode ajudar a restaurar o


equilíbrio do organismo. Porém, não está claro se é o medicamento que está
promovendo os benefícios, ou se é o inacreditável poder da mente que está
convencendo-o(a) de que ele vai funcionar. Dito isto, além do sono adequado, as dicas a
seguir ajudam você a aprimorar a saúde mental a um nível fundamental:

1. Exercícios – Se você sofre de depressão, ou mesmo se você sente-se para baixo de


tempos em tempos, exercícios são FUNDAMENTAIS. A pesquisa é esmagadoramente
positiva nesta área, havendo estudos que confirmam que exercícios físicos são pelo
menos tão bons quanto os antidepressivos para ajudar pessoas que sofrem com
depressão.

Uma das formas primárias do exercício desenvolver este sentimento bom é aumentando
o nível de endorfina, o hormônio do “bem-estar”, no cérebro. O exercício igualmente
ajuda a normalizar a sinalização da insulina e da leptina.

2. Manter uma dieta saudável – Um fator que não pode ser ignorado é a dieta.
Alimentos promovem um imenso impacto no humor e na habilidade de lidar com as
situações e ser feliz e consumir alimentos integrais como os descritos em meu plano
nutricional dará melhor suporte à saúde mental.

Evitar açúcar e grãos é essencial e ajudará na normalização dos níveis de insulina e


leptina, enquanto eliminar adoçantes artificiais igualmente eliminará as chances de você
sofrer com seus efeitos tóxicos.

3. Aprimorar a saúde intestinal – Alimentos fermentados, tais como vegetais


fermentados, são igualmente importantes para o aprimoramento da saúde mental, pois
são a chave do aprimoramento da saúde intestinal.

Muitas pessoas não percebem que o intestino é literalmente o segundo cérebro, e pode
significativamente influenciar a mente, o humor e o comportamento. O intestino, na
verdade, produz mais serotonina reguladora do humor do que o cérebro.

4. Tomar bastante sol – Certificar-se de estar expondo-se à luz solar de forma


suficiente para obter níveis de vitamina D saudáveis é um fator igualmente essencial
para tratar a depressão ou, pelo menos, manter-se longe dela.

Um estudo anterior concluiu que pessoas que possuem níveis de vitamina D mais baixos
estavam 11 vezes mais propensas a entrar em depressão do que aquelas com níveis
normais. A deficiência de vitamina D é, na verdade, mais regra do que exceção e foi
associada a transtornos tanto psiquiátricos quanto neurológicos.

5. Lide com o estresse – A depressão é uma condição extremamente séria. No entanto,


não é uma “doença”. Em vez disso, é um sinal de que seu organismo e sua vida estão
em desequilíbrio. Isto é muito importante de ser lembrado porque, assim que você
começa a enxergar a depressão como uma “doença”, você pensa que precisa de
medicamentos para cuidar dela.

Na verdade, o que você precisa é de uma forma de restaurar o equilíbrio da vida e uma
das formas chave para isso é lidar com o estresse.

Meditação ou ioga pode ajudar. Se o clima ajudar, saia para uma caminhada. Porém,
além disso, igualmente recomendo usar um sistema que o(a) ajude a lidar com as
questões emocionais das quais você pode nem sequer estar ciente.

Para tanto, minha favorita é a Técnica da Libertação Emocional (EFT). Se você está
deprimido(a) ou gravemente estressado(a), acredito ser melhor consultar um
profissional da área de saúde mental que seja também praticante da EFT para orientá-lo
(a).

 59





Sinais e Sintomas da Depressão: Você


está Sofrendo de Depressão
Silenciosamente?
 101





 22 Março 2017 • 1,668 Visualizações


 Edição: Português

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Alimentação Deficiente, Falta de Luz Solar e Anemia Espiritual – Três Colaboradores


para Depressão e Ansiedade

Resumo da matéria

 Algumas pessoas frequentemente dizem “sentir-se deprimidas” sempre que


enfrentam um desapontamento – isto pode ser um sentimento temporário de
tristeza ou um simples caso de melancolia
 Um dos motivos mais comuns pelos quais as pessoas tornam-se suscetíveis à
depressão é a perda de um ente querido ou de uma pessoa próxima

Algumas pessoas frequentemente dizem “sentir-se deprimidas” sempre que


enfrentam um desapontamento – isto pode ser um sentimento temporário de
tristeza ou um simples caso de melancolia. Porém, a verdade é que elas podem
não estar, de fato, deprimidas.

Na verdade, a depressão clínica, também conhecida como transtorno depressivo


maior (TDM), é muito mais complicada. É uma doença real que pode piorar se
não tratada.

Tamanho da fonte:

Como Saber se Você Está com Depressão: Fique


Atento (a) aos Sinais Característicos
A depressão clínica é um transtorno que geralmente afeta a forma de enxergar a vida. O
sintoma mais comum é a perspectiva de impotência e desesperança, como se você
estivesse em uma espiral dentro de um buraco negro.

Alguns nutrem uma sensação prolongada de desgraça, culpa ou ódio de si mesmos,


enquanto outros sentem um vazio, ficam sem vida ou apáticos. Os homens podem, às
vezes, sentir-se inquietos e bravos. Não importa como ela se manifesta ou quais
emoções negativas você está sentindo, uma coisa é certa: a Depressão traga sua vida por
completo.

Ela inibe as atividades diárias e interfere no trabalho, no desempenho escolar e nos


relacionamentos.
Os padrões de sono e alimentação ficam desregulados e as atividades que você adorava
fazer, não parecem mais interessantes ou prazerosas.

Uma pessoa deprimida pode, inclusive, nutrir pensamentos negativos ou até mesmo
suicidas, tais como “Eu sou um fracasso”; “A culpa é toda minha”; “A vida não tem
mais sentido”; ou “As pessoas ficarão melhor sem mim.” Abaixo está uma lista dos
sintomas emocionais mais comuns da depressão:

Sentimento de abatimento, vazio e Nutrição de sentimento de culpa ou


entorpecimento desvalorização

Sentir-se aborrecido (a) ou choroso (a) com


Pensamento sobre suicídio ou morte
frequência

Incapacidade de relacionar-se com outras


Falta de confiança e baixa autoestima
pessoas

Desânimo e impotência Sentimento de irrealidade


Inquietação, agitação e irritação

Se você experimentar qualquer destes sentimentos por duas semanas ou mais, existem
chances de você estar enfrentando uma depressão. Uma pessoa deprimida pode
igualmente desenvolver sintomas físicos característicos ou mudança de comportamento,
tais como:

Evitar eventos sociais e outras


atividades que, antes, eram Dormir demais ou não dormir de forma alguma
prazerosas

Sentir-se cansado (a) o tempo todo e


Inquietação ou agitação
movimentar-se de forma lenta

Comportamento de automutilação
Constipação
ou suicida

Dificuldade de falar ou pensar de


Alterações no ciclo menstrual
forma clara

Sentimentos de dores e sofrimentos


Perda de interesse em relações sexuais
sem qualquer sintoma físico

Alimentar-se excessivamente (levando ao ganho


Procura por drogas recreativas, uso
de peso) ou ficar sem apetite (levando à perda de
de tabaco, ou abuso de álcool
peso)

Observe que a depressão pode ocorrer gradualmente, portanto, algumas pessoas podem
não notar imediatamente que algo está errado. Frequentemente, uma pessoa pode tentar
lidar com seus sintomas sem perceber que foram afetados por esse transtorno. Algumas
vezes, é necessário que um amigo ou familiar perceba isso.

Depressão Versus Tristeza Complexa


Um dos motivos mais comuns pelos quais as pessoas tornam-se suscetíveis à depressão
é a perda de um ente querido ou de uma pessoa próxima. Enquanto isto pode ser um
fator de risco para a depressão, observe que pode ser, na verdade, um sinal de tristeza,
também conhecido como tristeza complexa.
Pode ser difícil diferenciar estas duas porque elas compartilham muitas características
semelhantes, porém existem, de fato, diferenças importantes entre elas. A primeira coisa
a lembrar é que a depressão é um transtorno mental. No entanto, tristeza é uma resposta
inteiramente natural a uma perda. Um estudo realizado observou que entre 10 a 20 por
cento das pessoas em luto mostram sintomas de tristeza complexa.

A tristeza complexa, algumas vezes denominada transtorno complexo persistente pelo


luto, é uma forma mais forte de tristeza na qual uma pessoa tem dificuldade de seguir
adiante por meses, anos ou mais após a morte de um ente querido. Alguns médicos
acreditam que a tristeza complexa esteja relacionada ao transtorno de adaptação que
ocorre quando uma pessoa manifesta uma resposta longa e intensa a um fator de
estresse.

Como a depressão, a tristeza complexa pode afetar gravemente a qualidade de vida e


levar a sintomas piores se não tratada por longo período. Sintomas comuns incluem os
seguintes – se você os experimentar por meses ou anos, deve procurar ajuda de um
especialista:

Sentimento de dor profunda quando pensa na pessoa que partiu

Sentimento geral de entorpecimento


Sentimento de amargura pela perda

Foco nas lembranças deixadas pela pessoa falecida


Perda de propósito ou motivação
Incapacidade de aproveitar a vida
Desconfiança de amigos e/ou familiares

Diagnóstico da Depressão: Quando Você Deve


Procurar Ajuda?
Se você observar qualquer dos sintomas físicos e emocionais de depressão supracitados,
especialmente por um longo período, então é importantíssimo que você procure ajuda
para verificar se está sofrendo deste transtorno.

Você também pode fazer uma checagem online para verificar se pode estar sofrendo de
depressão. A Psychology Today and Mental Health America (Psicologia Hoje e Saúde
Mental nos Estados Unidos) oferece ferramentas que o (a) ajudam a determinar
sintomas do transtorno depressivo. Responda às questões o mais corretamente possível
para ajudá-lo (a) a melhor diagnosticar se está apenas sofrendo de tristeza ou se
realmente sofre de depressão clínica.
A relação entre as pílulas
anticoncepcionais e a depressão
 178





 2 Novembro 2016 • 3,141 Visualizações


 Edição: Português

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Magnésio pode ajudar a prevenir fraturas do quadril


Resumo da matéria

 As mulheres que tomaram pílulas anticoncepcionais tiveram risco 40% maior de


desenvolver depressão após seis meses em comparação às mulheres que não
tomaram
 O risco de desenvolver depressão depois do uso de contracepção hormonal foi
maior entre as adolescentes
 O uso de anticoncepcionais hormonais também foi associado ao uso subsequente
de medicamentos antidepressivos

Tamanho da fonte:

Por Dr. Mercola

As pílulas anticoncepcionais são a forma mais popular de contracepção entre as


mulheres americanas. Elas são consumidas por 16% dessa população, enquanto um
pouco mais de 7% usam formas de contracepção reversíveis e de atuação prolongada,
como um dispositivo intrauterino ou implante hormonal.

O que essas pílulas, dispositivos e implantes têm em comum é que são formas de
contracepção hormonal — ou seja, eles contêm ou liberam formas sintéticas dos
hormônios, como estrogênio e progestina (uma forma de progesterona), que atuam para
prevenir a gravidez de várias formas.

O problema é que esses hormônios sexuais também afetam o humor e outros processos
biológicos e sua manipulação artificial pode levar a várias consequências inesperadas no
corpo, algumas delas desconfortáveis e outras bastante graves, inclusive alterando sua
saúde mental.

As pílulas anticoncepcionais estão associadas à


depressão
Pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, analisaram dados de
mais de 1 milhão de mulheres por 14 anos. Nenhuma delas, com idades entre 15 e 34
anos de idade, havia sido diagnosticada com depressão no início do estudo.
No entanto, a análise mostrou que as mulheres que tomaram pílulas anticoncepcionais
tiveram risco 40% maior de desenvolver depressão após seis meses em comparação às
mulheres que não tomaram. O risco foi maior entre as adolescentes.

O uso de anticoncepcionais hormonais também foi associado ao uso subsequente de


medicamentos antidepressivos. Determinados tipos de contracepção hormonal
apresentaram diversos riscos. Em termos específicos, o uso de:

 Pílulas contendo somente progestina levou a uma taxa 1,3 vez maior no uso de
antidepressivos;
 Pílulas anticoncepcionais combinadas levou a uma taxa 1,2 vez maior;
 Adesivo transdérmico provocou um risco 2 vezes maior;
 Anel vaginal provocou um risco 1,5 vez maior.

Relatos curiosos indicam que os anticoncepcionais


hormonais provocam alterações no humor
O líder do estudo, Dr. Øjvind Lidegaard, professor na Universidade de Copenhagen, na
Dinamarca, falou para a CNN:

"Sabemos há décadas que os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona


têm influência no humor de várias mulheres.

Portanto, não é muito surpreendente que hormônios artificiais externos que também
atuam da mesma maneira e nos mesmos centros que os hormônios naturais também
possam influenciar o humor feminino ou até mesmo serem responsáveis pelo
desenvolvimento da depressão".

Apesar de saber isso, diversos profissionais da saúde relutam em admitir que os riscos
da contracepção hormonal sejam enormes para algumas mulheres, principalmente
aquelas com histórico de depressão.

Embora a comprovação científica tenha gerado alguns resultados conflitantes, um


informe do periódico Oxford Medical Case Reports detalhou dois casos de mulheres
com histórico de depressão que desenvolveram sintomas depressivos após o tratamento
com anticoncepcionais hormonais (a pílula anticoncepcional combinada, a pílula de
progestina e o anel anticoncepcional vaginal combinado).

Relatos de casos detalham o surgimento de sintomas


depressivos após o uso de anticoncepcionais hormonais
Em um caso, uma mulher de 31 anos teve uma melhoria gradual nos sintomas
depressivos depois de parar de usar o anel vaginal. No entanto, "houve uma piora súbita
e aguda" logo após ela começar a tomar a pílula anticoncepcional combinada.
Cerca de um mês mais tarde, ela teve novamente uma piora dos sintomas "quase que
simultaneamente ao início do tratamento com o anel anticoncepcional vaginal
combinado".
Os pesquisadores observaram que:

"A contracepção hormonal foi interrompida novamente, com uma clara melhoria
subsequente dos sintomas depressivos. Os pacientes permaneceram estáveis, sem
depressão, nos [seis] meses seguintes".

No segundo caso, uma mulher de 33 anos desenvolveu sintomas depressivos logo após
começar a tomar a pílula anticoncepcional de progestina. Seus sintomas desapareceram
por completo uma semana após ter parado de tomar a pílula. Os pesquisadores
concluíram:

"Deve-se tomar cuidado ao começar um tratamento de contracepção hormonal nas


mulheres diagnosticadas com depressão, uma vez que ele pode provocar, em alguns
casos, a piora dos sintomas depressivos.

Da mesma forma, deve-se prestar atenção ao uso preexistente da contracepção


hormonal em mulheres que desenvolveram depressão, já que a interrupção da
contracepção hormonal pode, em alguns casos, ser suficiente para tratar a depressão".

Anticoncepcionais hormonais estão associados a


glaucoma e outros problemas de saúde
As mulheres que usaram anticoncepcionais orais por mais de três anos tiveram
probabilidade duas vezes maior de serem diagnosticadas com glaucoma, uma das
principais causas de perda da visão e cegueira segundo o estudo.

Os resultados foram tão impressionantes que os pesquisadores recomendaram às


mulheres que tomavam a pílula há três ou mais anos que fizessem um exame de
glaucoma e consultassem um oftalmologista.

Talvez pareça estranho que os anticoncepcionais possam afetar sua visão, mas é
importante compreender que a manipulação artificial dos hormônios causa repercussões
em todo o corpo.

A maioria das pílulas anticoncepcionais, adesivos, anéis vaginais e implantes contém


uma combinação de substâncias derivadas dos hormônios estrogênio e progestina.

Eles funcionam imitando esses hormônios nos corpo para enganar o sistema reprodutor
e fazê-lo produzir os seguintes efeitos:

 Evitar que os ovários liberem óvulos


 Engrossar o muco cervical para ajudar a impedir que o espermatozoide fertilize
o óvulo
 Afinar o revestimento do útero, dificultando a implantação do óvulo caso ele
seja fertilizado

No entanto, o sistema reprodutor não se encontra em uma bolha. Ele está conectado a
todos os outros sistemas corporais e, sendo assim, a contracepção hormonal é capaz de
alterar muito mais do que o estado reprodutor.
Segundo um relatório do Centro americano de controle e prevenção de doenças (CDC),
30% das mulheres que usaram a pílula e quase metade das mulheres que usaram outros
métodos de contracepção hormonal interromperam o uso devido à "insatisfação",
causada geralmente por efeitos colaterais. Entre os possíveis riscos à saúde estão:

Câncer: as mulheres que


Ossos menos densos: as Doenças cardíacas: o uso
tomam pílulas
mulheres que tomam pílulas prolongado de pílulas
anticoncepcionais
anticoncepcionais têm anticoncepcionais pode
aumentam o risco de
menor densidade mineral aumentar o acúmulo de placa
câncer do colo do útero e
óssea (DMO) do que as nas artérias do corpo,
de mama, e possivelmente
mulheres que jamais usaram elevando o risco de doenças
de câncer de fígado
anticoncepcionais orais. cardíacas.
também.
Disfunção sexual de longo
Coágulos sanguíneos
Desenvolvimento muscular prazo: a pílula pode
fatais: as pílulas
prejudicado: o uso de interferir em uma proteína
anticoncepcionais
anticoncepcionais orais pode que mantém a testosterona
aumentam o risco de
prejudicar o ganho muscular indisponível, levando à
coágulos sanguíneos e de
dos treinos de resistência disfunção sexual de longo
derrame cerebral
nas mulheres. prazo e causando menor
subsequente.
desejo e excitação.
Ganho de peso e alterações Crescimento exagerado de
Enxaquecas
de humor leveduras e infecção

A pílula pode acabar com a libido


Cerca de 15% das mulheres que tomam anticoncepcionais orais relatam uma queda na
libido, provavelmente porque eles reduzem os níveis de hormônios sexuais, como a
testosterona. Além disso, um estudo revelou que as mulheres que tomaram
anticoncepcionais orais apresentaram sete vezes a quantidade da globulina ligadora de
hormônios sexuais (SHBG), que diminui a libido, em comparação às que nunca usaram
a pílula.

Embora os níveis de SHBG tenham caído nas mulheres que pararam de tomar a pílula,
eles ainda permaneceram três a quatro vezes mais alto do que nas mulheres sem
histórico de utilização de anticoncepcionais orais, o que indica que eles podem destruir
a libido feminina em longo prazo. Os pesquisadores concluíram que:

"As consequências sexuais, metabólicas e de saúde mental em longo prazo podem ser
resultado do aumento crônico de SHBG [nas mulheres que tomam ou já tomaram
anticoncepcionais orais]".

Hormônios sintéticos presentes na água potável podem


estar aumentando os índices de câncer nos homens
Não são só as mulheres que correm risco com os hormônios sintéticos dos
anticoncepcionais orais. Uma análise de dados de 100 países revelou que o uso de
anticoncepcionais orais está associado ao câncer de próstata, que pode ser devido à
exposição a estrogênios sintéticos excretados pela mulher que vão para o abastecimento
de água potável.

Embora tenha sido argumentado que somente uma pequena quantidade de estrogênios
adicionais seja excretada pela mulher que usa esse tipo de contracepção, essa "pequena
quantidade" é composta por milhões de mulheres, muitas das quais utilizam a pílula por
longos períodos.

Além disso, a progestina e o estrogênio sintético não se biodegradam rapidamente e é


muito mais difícil removê-los através de sistemas convencionais de purificação da água,
o que resulta em maior acúmulo no meio ambiente.

Embora esse estudo não comprove causa e efeito (ou seja, não prove que o estrogênio
do meio ambiente proveniente do uso de anticoncepcionais orais cause o câncer de
próstata nos homens), ele encontrou uma forte associação entre os dois que merece mais
investigação, principalmente considerando-se o papel exercido pelo estrogênio em
diversos tipos de câncer e a predominância do uso de contracepção hormonal.

Métodos não hormonais de contracepção


As mulheres e os homens que buscam opções de contracepção não hormonais e
reversíveis podem ficar surpresos ao saber que existem várias opções. Os profissionais
de saúde tradicionais geralmente orientam os pacientes para opções hormonais
populares, mas elas estão longe de ser as ideais.

Entre os métodos de barreira, que funcionam evitando que o espermatozoide masculino


chegue até o óvulo da mulher, estão o diafragma, o capuz cervical, a esponja e os
preservativos masculino e feminino. Nenhum deles é à prova de falhas e é por isso que
vários casais optam por usá-los juntamente com métodos baseados no conhecimento da
fertilidade.

O conhecimento da fertilidade implica em saber o período fértil da mulher a cada mês e


evitar a relação sexual durante e imediatamente antes desse período (ou usar um método
de barreira se tiver a relação).

Quando usado de modo contínuo e correto, o conhecimento da fertilidade é altamente


eficaz na prevenção da gravidez; menos de 1 a 5 mulheres em um total de 100 mulheres
ficam grávidas usando o conhecimento da fertilidade dessa maneira. Para acompanhar a
fertilidade, as mulheres podem usar vários métodos, como observar a temperatura
corporal basal, a produção de muco, indicadores da saliva e posição do colo do útero.

Diversas mulheres usam uma combinação de métodos e existem também monitores de


ovulação disponíveis comercialmente que podem ser usados em conjunto com os outros
métodos. Noventa por cento das mulheres americanas em idade fértil já usaram pelo
menos um método anticoncepcional em algum momento da vida, e 88% delas
escolheram opções hormonais.

No entanto, você pode ficar aliviado ao saber que não é preciso se submeter aos riscos
da contracepção hormonal ou aprender a viver com os efeitos colaterais para assumir o
controle da sua saúde reprodutora. Um profissional de saúde experiente pode ajudá-la a
escolher as melhores opções de contracepção não hormonais para você.

Deficiência de vitamina D está associada


à depressão, dor, doença intestinal
inflamatória e câncer de mama
 11.7K





 10 Outubro 2016 • 134,627 Visualizações


 Edição: Português

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sucesso para redução da gordura e condição física ideal
Reduzir a pressão arterial com remédios pode aumentar o risco de morte segundo estudo

Resumo da matéria

 A vitamina D exerce influência em mais de 10% dos seus genes. A deficiência


de vitamina D é epidêmica no mundo todo e pode estar contribuindo para
centenas de problemas de saúde comuns
 Existem 33.800 artigos médicos sobre a vitamina D e essa montanha de
pesquisas mostra que a vitamina D tem benefícios de amplo escopo à sua saúde
física e mental.
 Pesquisas recentes mostraram forte interação entre os níveis de vitamina D e a
doença intestinal inflamatória.
 A suplementação de vitamina D também mostrou reduzir a depressão e dores de
mulheres com diabetes
 Estudos mostram que a vitamina D tem enormes efeitos protetores contra vários
tipos de câncer, entre eles o câncer de pâncreas, pulmão, ovário, mama, próstata
e pele

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Por Dr. Mercola

As pesquisas sobre a vitamina D continuam nos impressionando pela importância


da exposição adequada ao sol como a maneira ideal de melhorar os níveis de vitamina
D.

Para muitos, o inverno limita essa exposição a seis meses do ano. Durante o período de
restrição, o ideal seria a luz UVB, já que a exposição a raios UV também parece ter
benefícios à saúde muito além da produção de vitamina D.

Um dos elementos mais nocivos das camas de bronzeamento padrão são os lastros
magnéticos (que emitem aquele ruído alto audível em vários salões de bronzeamento).
Se for utilizado um lastro eletrônico, haverá muito menos campos eletromagnéticos
nocivos, responsáveis por grande parte do perigo das camas de bronzeamento.

A outra preocupação está relacionada às lâmpadas utilizadas, já que algumas contêm


somente luz UVA, responsável principalmente pelo bronzeado, mas não aumenta os
níveis de vitamina D. Em grande parte do hemisfério norte, é impossível obter a
produção de vitamina D com o sol nos meses de inverno. É preciso usar luz UVB
artificial ou obter vitamina D através da alimentação durante esse período.

Os benefícios da exposição aos raios UVB oriundos do sol ou de luz artificial incluem,
mas não se limitam à produção de óxido nítrico — um composto que diminui a pressão
arterial. Apesar do seu nome, a vitamina D não é uma vitamina. Ela é, na verdade, um
hormônio esteroide neurorregulador que ajuda a explicar alguns dos impactos na saúde.

Ficou muito claro que a deficiência de vitamina D é uma epidemia crescente no mundo
todo e pode estar contribuindo para centenas de problemas de saúde comuns. De fato, a
correção da deficiência de vitamina D pode reduzir o risco de morte de qualquer causa
em 50%, segundo uma análise.

Se isso parece incrível demais para ser verdade, lembre que a vitamina D exerce
influência em aproximadamente 3.000 de seus 24.000 genes. Isso ocorre através dos
receptores de vitamina D, encontrados em todo o corpo, e não deveria ser grande
surpresa já que a evolução dos aconteceu no sol.

Vitamina D afeta a atividade dos genes


Apenas um exemplo de um gene importante que a vitamina D regula para cima é sua
capacidade de combater infecções e inflamações crônicas. Ela também produz mais de
200 peptídeos antimicrobianos, o mais importante deles a catelicidina, um antibiótico
natural de amplo espectro.

Essa é uma das explicações por que a vitamina D é tão eficaz contra resfriados e gripes.

Segundo um comunicado à imprensa de janeiro de 2013 da Orthomolecular Medicine,


existem agora 33.800 artigos médicos com vitamina D no título ou no resumo. Essa
montanha de pesquisas mostra que a vitamina D tem benefícios de amplo escopo à sua
saúde física e mental. Essas pesquisas mostram que a vitamina D pode melhorar:

 Resultados da gestação (menos risco de parto cesárea e pré-eclâmpsia)


 Diabetes tipo 1 e 2
 Doença cardíaca e derrame cerebral
 Autismo, Alzheimer e outras disfunções cerebrais
 Infecções bacterianas e virais

Alguns dos estudos publicados mais recentes, que analisarei aqui, mostram como o
aumento nos níveis de vitamina D pode melhorar a depressão e dores em pessoas com
diabetes, doença de Crohn e câncer de mama.

Importância da vitamina D na doença de Crohn


Embora pesquisas anteriores tenham associado os baixos níveis de vitamina D a um
risco maior de doença de Crohn e mostrado que a correção da deficiência de vitamina D
pode melhorar os sintomas da doença, um dos estudos mais recentes apresentou
"significativa interação entre os níveis de vitamina D e a susceptibilidade à doença de
Crohn, além da forte associação entre os níveis de vitamina D e o genótipo".

Os níveis séricos de vitamina D mostraram ser bem menores em pacientes com a doença
de Crohn. Das sete variações da sequência de DNA que tiveram seus efeitos
examinados, duas variantes mostraram forte associação com os níveis de vitamina D nas
pessoas com a doença de Crohn, e quatro variantes foram associadas aos níveis de
vitamina D entre os controles.

Resumindo, isso mostra que a vitamina D pode afetar a expressão genética associada à
doença de Crohn, e piorar ou melhorar a situação, dependendo se você tem deficiência
ou não.

Vitamina D pode diminuir depressão e dores


Em notícias relacionadas, a suplementação de vitamina D mostrou reduzir a depressão e
dores de mulheres com diabetes. Conforme divulgado pela PsychCentral:

"Os pesquisadores buscaram descobrir como a suplementação de vitamina D poderia


afetar mulheres com diabetes tipo 2, que também sofriam de depressão.

No início do estudo, 61% das mulheres relataram dor neuropática, como punhaladas
ou queimadura nas pernas e pés, e 74% tinham dor sensorial, como dormência e
formigamento nas mãos, dedos e pernas.

Durante o curso do estudo, as participantes tomaram um suplemento de vitamina D2 de


50.000 UI semanalmente por 6 meses. No final do estudo, os níveis de depressão das
mulheres haviam melhorado significativamente após a suplementação.

Além disso, as participantes que sofriam de dor neuropática e/ou sensorial no início do
estudo relataram que esses sintomas diminuíram 3 a 6 meses após a suplementação de
vitamina D2".

Segundo o líder da pesquisa e doutor Todd Doyle, a suplementação de vitamina D“ é


um tratamento promissor para a dor e depressão na diabetes tipo 2". No entanto, eu
gostaria de avisar que você provavelmente obteria melhores resultados tomando
vitamina D3 do que a D2 prescrita. Na verdade, pesquisas anteriores indicam que
a vitamina D2 pode ser mais prejudicial do que benéfica no longo prazo...

Por que eu recomendo a vitamina D3, e não D2


O ergocalciferol é uma forma sintética de vitamina D2 — elaborada com a irradiação de
fungos e matéria vegetal — e é a forma de vitamina D geralmente receitada pelos
médicos. Ela não é o tipo produzido por seu corpo como resposta à exposição ao sol ou
cama de bronzeamento, que é a vitamina D3.

Segundo uma meta-análise de 2012 realizada pelo Cochrane Database, que avaliou os
índices de mortalidade em pessoas que complementaram sua alimentação com D2, em
relação às que fizeram o mesmo com a vitamina D3, houve grandes diferenças no
resultado entre as duas. A análise de 50 testes controlados randomizados, que incluiu
um total de 94.000 participantes, mostrou o seguinte:

 Uma redução de 6% no risco relativo entre aqueles que tomaram vitamina D3


 Um aumento de 2% no risco relativo entre aqueles que tomaram a vitamina D2

Com isso, a pesquisa em destaque certamente esclarece o papel exercido pela vitamina
D no controle da diabetes tipo 2 e efeitos colaterais associados. E quando se considera
que uma estimativa de 60% dos diabéticos tipo 2 apresentam deficiência de vitamina
D, há certamente muito espaço para melhorar.

No ano passado, foram publicados materiais que apoiam a teoria de que a vitamina D
pode ajudar no combate à diabetes tipo 2. Os pesquisadores descobriram "uma forte
interação aditiva entre a obesidade abdominal e a insuficiência de 25(OH)D no que
concerne a resistência à insulina".

Eles também alegam que o aumento de 47% na probabilidade de resistência à insulina


pode ser explicado pela interação entre níveis insuficientes de vitamina D e um alto
índice de massa corporal (IMC).

Entretanto, outro estudo publicado no periódico Diabetes Care também indica que os
suplementos de vitamina D podem ajudar a prevenir a diabetes mellitus tipo 2 nas
pessoas com pré-diabetes. Embora o estudo seja apenas de observação e não possa
estabelecer causalidade, os pesquisadores relatam que os participantes que tiveram os
níveis mais altos de vitamina D apresentaram probabilidade 30% menor de desenvolver
diabetes durante o período de avaliação de três anos, em comparação aos que tiveram os
níveis mais baixos.

Reduza o risco de câncer de mama com a vitamina D,


sugere cirurgião de câncer
Enquanto isso, um relatório recente publicado no Science World Report destacou a
recomendação do cirurgião e professor britânico Kefah Mokbel, que incentiva as
mulheres a tomarem suplementos de vitamina D diariamente para reduzir o risco de
câncer de mama. Segundo o artigo em destaque:

"O Prof. Mokbel também solicitou a Jeremy Hunt, secretário de saúde, que
disponibilizasse comprimidos [de vitamina D] gratuitamente, pois isso ajudaria a
salvar cerca de 1.000 vidas a cada ano. 'Estou convocando todas as mulheres a partir
dos 20 anos a tomarem suplementos gratuitos de vitamina D no Serviço de Saúde
Pública devido à sua eficácia na proteção contra o câncer de mama', afirmou o Prof.
Mokbel.

Vitamina D é essencial na prevenção do câncer


De fato, um número cada vez maior de estudos mostra que a vitamina D tem enormes
efeitos protetores contra vários tipos de câncer, entre eles o câncer de pâncreas, pulmão,
ovário, mama, próstata e pele. As teorias que associam a deficiência de vitamina D ao
câncer foram testadas e confirmadas em mais de 200 estudos epidemiológicos e a
compreensão de sua base fisiológica deriva de mais de 2.500 testes de laboratório.

Por exemplo, um estudo de 2007 publicado no American Journal of Preventive


Medicine concluiu que o nível sérico de 25(OH) D superior a 33 ng/mL estava
associado a um risco 50% menor de câncer colorretal.

E uma pesquisa publicada no International Journal of Cancer dois anos atrás revelou
que um simples aumento de 10 ng/ml nos níveis séricos de vitamina D estava associado
a uma queda de 15% na incidência de câncer colorretal e de 11% na incidência de
câncer de mama.

Outro estudo de 2007 publicado no American Journal of Clinical Nutrition mostrou que
após quatro anos de acompanhamento, o índice de sobrevivência ao câncer era 77%
maior em mulheres que tomaram 1.100 UI de vitamina D e 1.450 mg de cálcio por dia,
em comparação aos que tomaram placebo ou o próprio cálcio.

Segundo Carole Baggerly, fundadora da GrassrootsHealth, até 90% do câncer de mama


comum pode, na realidade, estar relacionado à deficiência de vitamina D. O câncer de
mama já foi chamado de “síndrome da deficiência de vitamina D", assim como o
resfriado comum e a gripe da estação.

Manutenção de bons níveis séricos de vitamina D


A manutenção de um bom nível sérico terapêutico durante o ano todo é de extrema
importância. Os estudos indicam que o mínimo necessário para prevenção do câncer é
cerca de 40 ng/ml. Pesquisas sugerem que o nível ideal seja de 60 a 80 ng/ml. Um artigo
de 2009 intitulado "Vitamin D for Cancer Prevention: Global Perspective" (Vitamina D
na prevenção do câncer: uma perspectiva global), publicado no Annals of Epidemiology
afirma que:

"Níveis séricos mais altos da principal forma de vitamina D em circulação, a 25-


hidroxivitamina D (25(OH)D), estão associados a uma taxa de incidência bem menor
de câncer de cólon, mama, ovário, renal, pancreático, câncer de próstata agressivo e
outros tipos.

Os resultados epidemiológicos, juntamente com os mecanismos recém-descobertos,


indicam um novo modelo de etiologia do câncer responsável pela ação de 25(OH)D e
cálcio. Suas sete fases são: disjunção, iniciação, seleção natural, desenvolvimento
excessivo, metástase, involução e transição (abreviado, em inglês, DINOMIT).

Os metabólitos da vitamina D evitam a disjunção das células e são benéficos em outras


fases.

Projeta-se que o aumento no nível sérico de 25(OH)D durante o ano todo para 40 a
60 ng/mL (100 a 150 nmol/L) evitaria aproximadamente 58.000 casos novos de
câncer de mama e 49.000 casos novos de câncer colorretal a cada ano, além de três
quartos das mortes por essas doenças nos Estados Unidos e Canadá, com base em
estudos de observação combinados com um teste randomizado.
Também se espera que esse consumo reduza pela metade os índices de fatalidade nos
pacientes com câncer de mama, próstata ou colorretal... Chegou a hora de ter um
movimento coordenado em todo o país para aumentar significativamente o consumo
de vitamina D e cálcio".

Orientações gerais sobre suplementação


Como orientação geral, a pesquisa da GrassrootsHealth sugere que os adultos precisam
de cerca de 8.000 UIs por dia para obter um nível sérico de 40 ng/ml. Com isso,
recomendo muito aumentar seus níveis de vitamina D através da exposição ao sol
sempre que possível. Se você optar por tomar um suplemento de vitamina D, lembre-se
que você também precisa aumentar a ingestão de vitamina K2 através dos alimentos
e/ou um suplemento.

Se você está recebendo a vitamina D do sol, isso não é tão importante, embora seja
prudente saber, de qualquer forma, se você está obtendo quantidades suficientes de
vitamina K2 na sua alimentação.

Como você sabe se o nível de vitamina D está na faixa certa? O fator mais importante é
examinar o nível sérico de vitamina D a cada seis meses, já que a resposta das pessoas à
exposição ultravioleta ou suplementação oral de D3 varia muito. Sua meta é obter um
nível sérico clinicamente relevante de 50 a 70 ng/ml e manter esse nível durante todo o
ano.

Você deve fazer um exame no período de nível mais alto, geralmente fevereiro, e depois
no período de nível mais baixo, normalmente agosto.

Saber como está a vitamina D é um dos exames mais importantes que você pode fazer,
portanto, se você ainda não verificou seus níveis, faça isso agora – eu não poderia ser
mais enfático sobre sua importância.

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