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Amapá
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a
Estado do Amapá
nordeste da Região Norte, no Platô das Guianas. O seu território é de
142.828,521 km², o que o torna o 18º maior estado do Brasil. É limitado pelo
estado do Pará, a oeste e sul; pela Guiana Francesa, a norte; pelo Oceano
Atlântico a nordeste; pela foz do Rio Amazonas, a leste; e pelo Suriname, a
noroeste.[8]
Índice
Etimologia
História
Primeiros habitantes
Primeiras incursões europeias (séculos XVI-XVIII) Localização
Colonização (séculos XVIII-XIX): fortificações e a Nova Mazagão - Região Norte
Cabanagem (1835-1840) França (Guiana Francesa)
- Estados
Contestado Franco-Brasileiro (NO), Suriname (O) e Pará
limítrofes
Território Federal do Amapá (1943-1988)
(SO).
- Regiões
Estado da Federação
geográficas 2
Geografia intermediárias
Vegetação - Regiões
Relevo geográficas 4
Hidrografia imediatas
Clima - Municípios 16
Unidades de conservação
Capital Macapá
Demografia
Dados gerais Governo
Etnias - Governador(a) Waldez Góes (PDT)
Religião - Vice-
Papaléo Paes (PP)
Povos Indígenas governador(a)
Comunidades Quilombolas - Deputados
8
federais
Governo e política
- Deputados
Subdivisões 24
estaduais
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História
Primeiros habitantes
Os primeiros habitantes do atual Amapá eram indígenas das etnias waiãpi, palikur, maracá-cunani e tucuju, incluídos nos troncos
linguísticos aruaque e caribe.[14] Vestígios da ocupação humana pré-colombiana podem ser verificados nos sítios arqueológicos de
cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício, a "Stonehenge do Amapá", em Calçoene, que data de pelo menos 2000
anos.
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Todo o litoral atlântico ao norte da desembocadura do rio Amazonas fora posto sob domínio
castelhano pelo Tratado de Tordesilhas, assinado por Portugal e Espanha em 1494. No entanto,
ambos os países somente viriam a explorar a região do Amapá, entre 1580 a 1640, época em que
os reis da Espanha governaram Portugal. Também franceses, ingleses e neerlandeses tiveram
interesse pelo território, chamado na época de Costa do Cabo do Norte. Dele foram extraídos
madeira, resinas, frutos corantes, como o urucum, e óleos vegetais, bem como os produtos de
pesca, como o peixe-boi, guarabá ou manati, que eram temperados com sal e vendidos para a
Europa. O atual estado brasileiro do Amapá foi chamado de Guiana Portuguesa até meados do
O Meridiano de Tordesilhas
segundo diferentes geógrafos: século XX.
Ferber (1495), Cantino (1502),
Os portugueses, que a esse tempo iniciavam a penetração na Amazônia, inquietavam-se com a
Oviedo (1545), os peritos de
Badajoz (1524), Ribeiro (1519), competição estrangeira. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o
Pedro Nunes (1537), João Cabo do Norte como capitania hereditária, a exemplo das que Dom João III criara cem anos antes.
Teixeira Albernaz, o velho Seu título foi reconhecido, depois da restauração, por Dom João IV, mas nem por isso cessaram as
(1631, 1642) e Costa Miranda incursões estrangeiras, sobretudo de franceses, que baseavam suas pretensões em cartas-patentes
(1688). de 1605 com que o rei Henrique IV fizera Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-
tenente nas regiões da América "desde o rio das Amazonas até a ilha da Trindade. Em 1694, o
marquês de Ferrolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária "ilha Oiapoque", na própria foz do
Amazonas. Em 1697, houve uma invasão armada. Tais lutas e desinteligências levaram a negociações (1698) e a um tratado provisório
(1700), que neutralizava a área contestada até a conclusão de um acordo final. Confirmado pela aliança de 1701 entre Portugal e
França (1713-1715), em que Portugal tomou o partido de Inglaterra, Áustria e Países Baixos contra Luís XIV.
O primeiro Tratado de Utrecht (1713) dispôs que o limite entre as possessões francesas e portuguesas no norte do Brasil seria o rio
Oiapoque ou de Vicente Pinzón; consagrou a desistência francesa "a qualquer uso" do rio Amazonas; e garantiu a Portugal a posse
exclusiva das duas margens. A partir dessa data o esforço diplomático francês foi dirigido no sentido de provar que o rio Oiapoque não
era o rio de Pinzón e a sugerir rios alternativos, mais para o sul: o Caciporé, o Calçoene, o Cunani, o Carapapóris ou Araguari.
Alguns desses falsos limites foram consagrados por instrumentos internacionais. Um tratado de 1797 pôs a fronteira da Guiana no
Calçoene, mas não foi ratificado por Portugal. O Tratado de Badajoz (1801) adotou o rio Araguari. O Tratado de Madrid (1801), o rio
Carapanatuba. Foram anulados pelo manifesto do príncipe regente (1808) e pelo artigo adicional n.º 3 ao Tratado de Paris (1814). O
Tratado de Amiens (1802), celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, reconheceu, igualmente, a fronteira no
Araguari. Não teve, contudo, a adesão de Portugal.
principais núcleos da colonização juntamente com Nova Mazagão. Para Macapá foram levados
colonos açorianos; para Nova Mazagão, 340 famílias de Mazagão, na costa do Marrocos. O esforço
civilizador era então oficial. A capitania se extinguira, por morte do donatário, e revertera à coroa.
Foi criado um comando militar para o território, com sede em Macapá, que já contava quase três
"O Marquês de Pombal mil habitantes (ganharia foros de cidade em 1856; Mazagão, em 1889).
expulsando os jesuítas" (Louis-
A ocupação de Portugal por Junot (1808) levou à trasladação da corte e a represálias contra os
Michel van Loo e Claude-Joseph
Vernet, 1766). franceses no norte do Brasil. A Guiana foi ocupada por um corpo de vanguarda de voluntários
paraenses, apoiados por uma pequena força naval, e governada durante oito anos pelo
desembargador João Severiano Maciel da Costa, futuro marquês de Queluz. O Tratado de Paris
(1814) ordenou a restituição da Guiana à França com as fronteiras de 1792, isto é, no rio Carapapóris. Portugal não ratificou essa
decisão. O ato final do Congresso de Viena (1815) reconheceu a antiga fronteira de Utrecht. Por uma convenção celebrada em Paris
(1817), Portugal comprometeu-se a efetuar a devolução em três meses, o que foi feito. Concordou também em que se formasse uma
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comissão mista para demarcar a fronteira. Tal comissão, porém, jamais se reuniu.
Cabanagem (1835-1840)
Durante a revolta denominada Cabanagem, que durou cinco anos (1835-1840), na então
província do Grão-Pará, o território se opôs aos rebeldes, sofrendo depredações e seus
rebanhos dizimados. Constituíam, já, riqueza apreciável e essa prosperidade e a ocorrência de
ouro no Calçoene reavivaram a velha ambição francesa.
Com a proclamação da República a situação na região fronteiriça ficou caótica. Seus habitantes elegeram, então, um triunvirato
governativo (1894): Francisco Xavier da Veiga Cabral, chamado o "Cabralzinho", cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho.
Os franceses nomearam capitão-governador do Amapá o preto velho Trajano, cuja prisão provocou a intervenção militar da Guiana. A
canhoneira Bengali, sob o comando do capitão Lunier, desembarcou um contingente de 300 homens e houve luta. Lunier foi morto com
33 dos seus. Em 1897, França e Brasil assinaram um tratado de arbitragem.
O barão do Rio Branco, vitorioso dois anos antes na questão de limites com a Argentina, foi encarregado (1898) de defender a posição
brasileira perante o conselho federal suíço, escolhido como tribunal arbitral. Em 5 de abril de 1899, Rio Branco entregou sua Memória
apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à Confederação Suíça, e em 6 de dezembro do mesmo ano uma segunda memória, em
resposta aos argumentos franceses. Como anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva O Oiapoque e o Amazonas, de
1861, em que se louvara e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Reunidos, os documentos formavam cinco volumes e
incluíam um atlas com 86 mapas. A sentença, de 1º de dezembro de 1900, redigida pelo conselheiro federal coronel Edouard Müller,
deu a vitória ao Brasil, que incorporou a seu território 260.000km².
Houve vários projetos instalados no Amapá com o objetivo de desenvolver economicamente o mesmo, um deles foi o Projeto Jarí (entre
1967 a 1982) na margem esquerda do rio Amazonas em terras de Monte Dourado e Laranjal do Jarí. O empresário Daniel K. Ludwig
visava a produção de arroz e criação de gado, além da produção de celulose na região. Com o fim do projeto, milhares de hectares
foram destruídos pelas queimadas e plantio da Seringueira. Outro projeto de extrema importância foi a ICOMI (Indústria e Comércio de
Minérios), que sustentou a economia amapaense entre 1953 e 1997. Este empreendimento gerou muitos benefícios para a vila de Serra
do Navio.
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Estado da Federação
A transformação do território federal em estado
foi decidida pela Assembleia Nacional
Constituinte em 1988, e em 1º de janeiro de 1991
foi instalado o estado do Amapá, com a posse dos
24 membros da primeira Assembleia Legislativa.
Em 1997, na esteira da crise da emissão de
precatórios em vários estados, foi liquidado o
Banco do Estado do Amapá.
O Monumento Marco Zero, em
Outros municípios foram surgindo com o passar
Macapá, lembra a linha
do tempo, a maioria resultante de
imaginária do Equador, que
divide a Terra em dois desmembramentos de outras cidades, a exemplo,
hemisférios. Vitória do Jari. O município foi criado em 8 de
setembro de 1994 após ser emancipada de
Territórios Federais em regiões estratégicas
Laranjal do Jari. Já em outros casos, vilas de trabalhadores se transformaram em
da fronteira em 1943.
cidades, a exemplo de Serra do Navio, que obteve seu reconhecimento em 1º de maio
de 1992, através da lei n.º 007/92. Na capital do estado, os investimentos do governo
federal na construção civil atraíram milhares de pessoas ao estado, aumentando a população em até 3,4% ao ano. Tais investimentos
deram ao estado uma das maiores médias nacionais de urbanização do país.
Geografia
Vegetação
Como o clima do estado é equatorial (quente e úmido), a cobertura
vegetal é bastante diversificada. Apresenta ampla cobertura florestal
tropical (Floresta Amazônica), classificadas em floresta de várzea e
floresta de terra firme. Possui ainda pântanos, campos e cerrados na
sua porção central. Nas áreas próximas ao litoral, a vegetação
encontrada é o mangue. Aproximadamente 73% da área estadual é
coberta pela Floresta Amazônica e cerca de 72% do território do estado
são destinados a unidades de conservação (unidades de conservação, A biodiversidade da fauna do A Floresta Amazônica, a
estado. mais rica e biodiversa
terras indígenas e comunidades remanescentes de quilombo).
floresta tropical do mundo.
Relevo
Localizado no Platô das Guianas (que se estende de leste a oeste desde o Amapá até a Venezuela), o estado do Amapá apresenta
basicamente três modalidades de relevo:
Planície Litorânea: caracterizada por ambientes propícios a inundações, pois a superfície é muito plana e dificulta a drenagem das
águas;
Baixo Planalto Terciário: refere-se a planaltos levemente elevados e planície litorânea;
Planalto Cristalino: originário do período Pré-Cambriano, concentra diversas serras, colinas e morros.
O relevo do estado é predominantemente plano com baixas altitudes. Se faz presente nas proximidades da foz do Rio Amazonas, no
litoral e na bacia do Rio Oiapoque. Na porção centro-oeste e noroeste apresentam maiores elevações, podendo atingir 500 metros acima
do nível do mar, destacando-se a Serra do Tumucumaque, a Serra do Navio e a Serra Lombarda[16]
Aproximadamente 15% do estado são cobertos por solos B latossólicos. Outros 20% são B textual não-hidromórficos (comumente ácidos
e de baixa fertilidade natural, um dos motivos pelo excesso de alumínio). Embora a estrutura física desses dois tipos de solo seja
favorável à agricultura, a pobreza de nutrientes exige rotações de ciclos curto, ou adições constantes de adubos. Solos hidromórficos
pouco desenvolvidos cobrem 8% do território do Amapá (esses solos são afetados por erosões frequentes). Cerca de 3% dos solos do
estado são concrecionários, adversas à agricultura.
Hidrografia
Cerca de 39% da bacia hidrográfica do Estado faz parte da bacia do Amazonas. A rede hidrográfica do Amapá é formada por rios que
desempenham um grande papel econômico na região desde a atividade pesqueira até o transporte hidroviário. A maioria dos rios do
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Clima
O estado do Amapá, em sua totalidade, é influenciado pelo clima equatorial superúmido, isso significa que ocorre uma grande
quantidade de calor e umidade que favorece a propagação da biodiversidade. As temperaturas médias que ocorrem no estado variam de
36°C a 20°C, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer. O clima local apresenta duas
estações bem definidas, denominadas de verão e inverno. Os índices pluviométricos ocorrem anualmente em média superior a 2.500
mm.[17]
O estado possui duas regiões climáticas principais. Uma delas é úmida (dois meses secos) e predominante sobre a maior parte do
interior do estado - oeste, sul norte e toda a parte central. A outra é úmida (com três meses secos) e é registrada na maior parte do
litoral - leste. A precipitação anual média cai significativamente do litoral para o interior. A costa Atlântica, incluindo Macapá, registra
uma média de 3.250 mm de chuva anuais, diferente de Serra do Navio, que recebe uma diferença de 1 000 mm anuais. Os ventos no
Amapá são, em sua maioria, moderados; a temperatura mínima já registrada foi 16°C e a máxima absoluta já atingida foi de 38°C. A
umidade anual gira em torno de 85%.
Unidades de conservação
Dos 14,3 milhões de hectares de superfície, 72% (10,5 milhões de hectares) são destinados a unidades de conservação, terras indígenas
e comunidades remanescentes de quilombo, tornando-o o único estado da federação a destinar um percentual tão significativo de suas
terras à preservação. O Amapá abriga o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, o maior do país e um dos maiores do
mundo, com cerca de 3,9 milhões de hectares. Localizado ao noroeste do território estadual, é de extrema relevância por apresentar um
elevado número de espécies endêmicas e abrigar em seu entorno diferentes grupos tradicionais, como indígenas, ribeirinhos e
castanheiros.
O estado possui dezenove áreas protegidas por lei que visam a conservação da mata nativa, duas municipais, cinco estaduais e doze
federais. As primeiras unidades de conservação criadas foram o Parque Nacional do Cabo Orange e a Reserva Biológica do Lago
Piratuba, em 1980. Após estas, vieram a Estação Ecológica Maracá-Jipióca, em 1981; e a Estação Ecológica do Jari, em 1982.[18][19]
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Reserva Particular do Patrimônio Natural Seringal Triunfo (Federal) Uso Sustentável 9.996
Reserva Particular do Patrimônio Natural Retiro Boa Esperança (Federal) Uso Sustentável 43
Demografia
Dados gerais
De acordo com estimativas de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do estado é 782.295
habitantes,[21] sendo o vigésimo sexto estado mais populoso do Brasil, o penúltimo da Região Norte. Macapá concentra sozinha quase
60% da população estadual.[22] Em 2007, a taxa de urbanização do estado era de 89,7%. A densidade demográfica do estado no ano de
2010, era 4,68 habitantes por km².
O estado do Amapá tem apresentado um grande crescimento populacional. Em meados de 1950 sua população somava 37.477
habitantes. Passados trinta anos (1980), essa população chegava a 175.257. Na década de 1990, as pessoas que residiam no estado
somavam 289.397. Em pesquisas realizadas no ano de 2010, constatou-se que 74,5% dos habitantes do estado são naturais do mesmo,
nascidos em qualquer um de seus dezesseis municípios, outros 25,5% não nasceram no estado porém residem no mesmo e outros 8,8%
nasceram no estado mas não moram na sua cidade natal.
Há no estado alguns imigrantes vindo da Guiana Francesa (a maioria no município de Oiapoque) e vários outros oriundos de todas as
regiões do país, dentre os quais destacam-se os mineiros, goianos, paraenses, paranaenses, cearenses e maranhenses. O fluxo
migratório tem aumentado nos últimos anos em razão do desenvolvimento dos setores econômicos do estado. O índice de imigração do
estado foi de 0.2870 no ano de 2009, de acordo com dados do IBGE.
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Etnias
Segundo dados referentes a cor/raça obtidos pelo IBGE no Censo de 2010, 65% da população do Amapá é composta por pessoas de cor
parda, 24% branca, 8,7% preta e 2% indígena. Os 0,3% restantes são amarelos e não-declarados. [24]
Religião
De acordo com dados do censo de 2010, a população do estado é predominante católica (63%).
Evangélicos perfazem 28% da população, espíritas 0,4%. Os sem religião são 5% da população.
Entre as igrejas evangélicas, a que conta com o maior número de membros é a Assembleia de
Deus (10.821), seguida pela Igreja Universal (10.101), Igreja Adventista do Sétimo Dia (9.461),
Igreja do Evangelho Quadrangular (6.468) e Igreja Pentecostal Deus é Amor (3.146). Está em
crescimento o número de adeptos da A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
conhecidos como mórmons.
Atual Catedral de São José O Estado possui também 4.111 Testemunhas de Jeová, sendo, assim, a sexta religião com maior
número de adeptos no estado. Seguidores de religiões afro-brasileiras somam 2,3% da população
do Amapá. Existem inúmeros terreiros de umbanda, candomblé ketu, candomblé angola e tambor de mina, principalmente em Macapá.
Povos Indígenas
Existem hoje no Amapá quarenta e nove aldeias distribuídas em cinco terras indígenas
demarcadas:[25][26]
Galibi-Marworno,
Uaçá Amapá Oiapoque 470.164
Karipuna e Palikur
Galibi-Marworno e
Juminá Amapá Oiapoque 41.601
Karipuna As etnias Waiãpi e Aparai
recepcionaram a comitiva do
Galibi do
MinC na chegada ao Museu
Galibi Amapá Oiapoque 6.889 Oiapoque e
Karipuna Sacaca, em 2015.
Comunidades Quilombolas
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Os primeiro africanos começaram a chegar no estado no século XVIII, servos das famílias de
portugueses que vinham garantir a posse da região conhecida como Capitania do Cabo Norte à
Coroa Portuguesa. A entrada de escravos despontou em 1765 com a construção da Fortaleza de
São José: em abril daquele ano, o governo do Grão-Pará mantinha 177 negros escravos
trabalhando no forte. Em 1770, cada uma das 163 famílias de colonos portugueses vindas do
Mazagão Africana, no atual Marrocos, se instalou com escravos africanos às margens do Rio
Mutuacá, atual vila de Mazagão Velho.Hoje, afrodescendentes compõem 8% da população
amapaense, parte dos quais habitantes de remanescentes de quilombo, sendo o Curiaú a
Entrada do Quilombo do Curiaú.
comunidade mais conhecida e a primeira no estado a ser reconhecida, em 1999. Atualmente, são
Na placa, os dizeres sobre a
certificadas pela Fundação Cultural Palmares como comunidades remanescentes de quilombo o área de proteção ambiental.
Curiaú, Carmo do Maruanum, Campina Grande, São Pedro dos Bois, Lagoa dos Índios, Mel da
Pedreira (Macapá), Igarapé do Lago, Alto Pirativa, Engenho do Matapi, São Francisco do Matapi
(Santana), Igarapé do Palha (Ferreira Gomes), Lagoa do Maracá (Mazagão), São Miguel do Macacoari (Itaubal), dentre outras
comunidades.[27]
Governo e política
O Amapá é um estado da federação, sendo governado por
três poderes, o executivo, representado pelo governador, Eleições presidenciais no Amapá
Atualmente, o governador do Amapá é Waldez Góes, que 2002 75.51% 171,850 24.48% 55,723
assumiu em 1º de janeiro de 2015, assumindo o cargo 1998 38.67% 62,394 42.32% 68,277
precedido por Camilo Capiberibe que foi derrotado do
1994 26.79% 34,623 59.11% 76,397
segundo turno das eleições de 2014 que venceu com
60,58% dos votos. 1989* 4.23% 3,695 26.75% 334,440
*O Estado elegeu Fernando Collor de Mello (PRN) com 64,25%, ou 53,780 votos
Macapá é o município com o maior número de eleitores, com 289.811 destes. Em seguida
aparecem Santana, com 76.040 eleitores, Laranjal do Jari (28.621 eleitores), Oiapoque (19.013
eleitores) e Mazagão, Porto Grande e Vitória do Jari, com 14,8 mil, 13,3 mil e 9,7 mil eleitores,
respectivamente. O município com menor número de eleitores é Pracuúba, com 3,2 mil.[29]
Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido dos Trabalhadores (PT),
com 7.045 membros; e o Democratas, com 6.547 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e
o Partido Pátria Livre (PPL) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 17 e 219 filiados,
respectivamente.[30]
Subdivisões
Geral
O Amapá é composto por 16 municípios dentre eles destacamos a capital Macapá, juntamente com Santana, Mazagão, Pracuúba,
Cutias, Tartarugalzinho, Porto Grande, Serra do Navio, Calçoene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari,
Ferreira Gomes, Oiapoque e Itaubal do Piririm.
Norte do Amapá
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A mesorregião do Norte do Amapá é uma das duas mesorregiões do estado. É formada por duas microrregiões. No século XVIII, a
França reivindicou a posse da área. Abrange uma área de 57.731,752 km² e uma população de 55.300 habitantes.
Sul do Amapá
A mesorregião do Sul do Amapá é uma mesorregião do estado do Amapá. É formada por duas microrregiões. Abrange uma área de
85.082,833 km² e uma população de 629.001 habitantes.
Economia
A Balança Comercial que representa a contabilidade de entrada e saída de bens tangíveis, no
período de 2003 a 2009 apresentou um desempenho com um superávit de 74,4%. As exportações
apresentaram um resultado de US$ 774 milhões e as importações US$ 198 milhões. Os produtos
de origem mineral foram os que mais contribuíram com o crescimento das exportações e para as
importações estiveram a entradas de bens de capital, tendo em vista a compra de bens de
investimentos pelas empresas. Exportações do estado em
2012[31]
A arrecadação do ICMS, principal componente da arrecadação própria estadual cujo
comportamento se relaciona com o desempenho das atividades econômicas, obteve em 2009 um
crescimento nominal de R$ 62,2 milhões, correspondendo um incremento de 17,7%, perfazendo uma média anual de 16,9%, nos últimos
sete anos.
O Amapá exportou, em 2012, cerca de U$ 447.000.000,00 (quatrocentos e quarenta e sete milhões de dólares), divididos principalmente
entre minério de ferro (90,60%), lenha (4,43%), outras frutas processadas (2,87%) e sucos de frutas (1,09%). [31]
Setor primário
O setor primário é o menos relevante para a economia do estado do Amapá, representando apenas 3,2% da economia amapaense.
Dentre os principais produtos produzidos no estado estão: a castanha-do-pará, mandioca e o arroz. Deste último, são produzidas 2.140
toneladas anualmente em uma área correspondente a 2.638 Hectares de terra. De feijão, são produzidas 1.102 toneladas em uma área
de 1.450 Hectares. Já a produção de milho, corresponde a 1.792 toneladas anualmente plantadas em uma área de 2.132 Hectares. [32]
Na criação de bovinos, o estado conta com (aproximadamente) 114.773 cabeças de gado (95% destes são para consumo e 5% para a
produção de leite e derivados), a maior parte dos bovinos do estado se concentra na capital e na cidade de Amapá (as duas cidades
representam juntas 45% de todo o gado do Amapá). A criação de suínos soma 30.055 cabeças, a de bubalinos soma 214.271 cabeças, a
de galos, frangas e frangos soma 47.348 cabeças, a de equinos passa dos 5.294 cabeças. A cidade de Amapá tem a maior fonte de
pescado artesanal do estado, destaque para: gurijuba, pirarucu, uritinga, pirapema, tucunaré, apaiari e branquinha.
Setor Secundário
Não há uma verdadeira economia industrial no estado, este setor representa apenas 10% de toda a economia do Amapá. Na cidade de
Santana, há um distrito industrial com um número regular de empresas. Na capital e em alguns outros municípios, há serrarias,
fábricas de tijolos e a extração mineral e vegetal. Nesta última, destaca-se o município de Amapá como a exploração de cassiterita e a
tantalita, o município de Serra do Navio com o manganês e o município de Calçoene com a extração de ouro das minas subterrâneas. A
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extração de madeira também é forte no estado, porém muitas vezes mascara a extração ilegal.
[33][34]
Setor Terciário
Este é considerado o setor de maior importância para o estado, por representar sozinho 86,8% de
toda a riqueza do mesmo. O comércio é uma das maiores fontes de renda para o Amapá,
representando quase metade deste setor, mas o serviço público, é a que mais cresce durante as
Porto de Santana, o mais últimas décadas e a que mais tem contribuído para o crescimento e desenvolvimento econômico do
importante ponto de
Amapá. As empresas privadas são responsáveis por, aproximadamente, 70% dos postos de
movimentação de mercadorias
trabalho, no ano de 2006 surgiram mais de mil empresas e o emprego no segmento industrial
via fluvial do estado.
cresceu 33%, número superior à média nacional que é de 23%.[35] O turismo também é de grande
importância para a economia local, dentre os principais destinos turísticos do estado, podemos
destacar: a capital, a cidade de Serra do Navio, Mazagão, Oiapoque, Amapá, Ferreira Gomes e
Porto Grande.[36][37]
Infraestrutura
Educação
A taxa de analfabetismo dos residentes do estado do Amapá com idade de 10 a 14 anos é de
Resultados no ENEM
4,9%, já de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos era de 8,4% (segundo o Censo
Ano Português Redação demográfico de 2010). Neste mesmo ano, 74,2% das crianças entre 4 e 6 anos estavam na
2006[39] 31,44 (22º) 50,00 (15º) escola (uma média abaixo da nacional que era de 85%), entre as crianças de 7 a 14 anos, essa
Média 36,90 52,08 porcentagem era de 95,9% (acima da média regional) e as pessoas entre 15 e 17 anos que
estavam na escola somavam 83,3% (igual a média brasileira).
2007[40] 44,48 (22º) 55,15 (13º)
Média 51,52 55,99 Em relação à conclusão do ensino fundamental: 57,3% dos jovens de idade igual ou inferior a
2008[41] 35,23 (23º) 58,14 (16º) 16 anos tinham terminado o 1º grau; uma queda no índice que em 2008 marcava 58,7%. A
Média 41,69 59,35 conclusão do ensino médio dos jovens com idade acimade 19 anos era de 55,6% no ano de
2008 e obteve uma queda drástica para 38,4%. No ano de 2009, foram registradas: 1.958
matrículas em creches, 20.488 na pré-escola, 142.552 no ensino fundamental e 35.648 no ensino médio. Já o tempo médio de
permanência no sistema é de 8,4 anos no ensino fundamental e de 3,4 anos no EM, resultando numa média de 10,2, média acima da
nacional que é de 9,7 anos.[42]
O IDEB amapaense é 3,1 no ensino médio, de 4,1 nos anos iniciais do ensino fundamental e de 3,7 nos anos finais do ensino
fundamental; em nenhum desses índices a média ficou acima da nacional. A taxa de aprovação no estado durante o EM é de 73,6% e a
de reprovação é de 11,1%.[43]
O estado conta com duas instituições de ensino superior públicas, a Universidade Federal do Amapá e a Universidade Estadual do
Amapá, ambas com sede em Macapá. Há também o Instituto Federal do Amapá, que foi fundado em 29 de dezembro de 2008. A UNIFAP
tem campus nos municípios de Laranjal do Jari, Oiapoque, Santana e Tartarugalzinho, além da capital. Existem várias faculdades
particulares, a maioria na capital, são as principais: Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP), Faculdade SEAMA, Universidade
Paulista (UNIP), IMMES, Universidade Estácio de Sá, IESAP e outras.
Saúde
A situação em que a saúde no estado encontra-se é de insuficiência para atender toda a população. Alguns dos indicadores da saúde
encontram-se abaixo ou na média nacional, é o caso da média da mortalidade infantil, que foi de 22,5 por 1.000 nascidos (igual a média
brasileira). Tal índice pode ser comparado ao de países como Tunísia e Belize. Os dados de 2009, mostram que o estado conta com 288
estabelecimentos públicos de saúde, foram contabilizados 852 leitos nos hospitais públicos. A maternidade da capital é a Maternidade
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Mãe Luzia, criada em 13 de setembro de 1953 e que atende aos pacientes de todo o estado e de municípios do Pará, tais como: Afuá,
Almerim, Anajás, Chaves, Breves e Gurupá. Na maternidade, estão disponíveis 180 leitos.[44] Em relação a expectativa de vida do povo
amapaense, ela é de 67,2 anos entre os homens e de 75,0 anos entre as mulheres.
Segurança Pública
No levantamento realizado pelo Ministério da Justiça no ano de 2008, foi mostrado que a região norte do Brasil representa 8,9% de
todos os homicídios dolosos do país. O Amapá é o sexto estado mais violento do país, tendo 38,7 mortes para cada grupo de 100 mil
habitantes, isso representa um assassinato a cada 27 horas. Mas, segundo especialistas, a criminalidade está sob controle no estado.
[carece de fontes?]
A Polícia Militar do Estado do Amapá (PMAP) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.
Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá
(CBMAP), e ambos estão subordinados ao governador do estado, sendo considerados força auxiliares e reserva do Exército Brasileiro. O
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá é uma Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de Defesa
Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, Buscas, Salvamentos e Socorros Públicos em todo o estado. À Polícia Civil do Estado do Amapá
cabe as funções de investigação criminal e de polícia judiciária, por meio da repressão ao crime, após a ocorrência de ilícitos, bem como
o auxílio ao Poder Judiciário no cumprimento de mandados de prisão.
Rodovias
O estado possui duas rodovias federais: a BR-156 e a BR-210. A BR-156 possui 822,9 km de
extensão, passando por Santa Clara, Camaipi, Porto Grande, Tartarugalzinho, Beiradão, Igarapé e
Água Branca. Esta estrada faz parte do projeto da Transguianense, isto é, uma estrada de 2.346
quilômetros que vai ligar as capitais dos Estados do Amapá e Roraima, passando pela Guiana
Francesa e dois países vizinhos, Suriname e Guiana.[48] A rodovia termina na Ponte da Amizade
entre Brasil e Guiana Francesa, a cinco quilômetros de Oiapoque.
A BR-210 é a segunda rodovia federal no estado, ela também recebe o nome de Perimetral Norte e
é menor em relação a BR-156, tendo um pouco mais de 471 quilômetros de extensão. A estrada
BR -156
passa pelas cidades de Macapá, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio,
terminando na divisa do estado com o Pará. Foi projetada durante o regime militar para "cortar" a
Amazônia (desde o Amazonas até o Amapá). A obra tem inúmeros trechos que passam por dentro
de terras indígenas.[49]
Já as rodovias estaduais são quatro: AP-010, AP-020, AP-030 e a AP-070. As duas primeiras (AP-010
e AP-020) ligam a capital do estado a Santana, a segunda cidade mais populosa. A terceira
(AP-030) interliga Macapá ao município de Mazagão, passando pela ponte sobre o Rio Vila Nova e
a quarta (AP-070) abrange Curiaú, São Francisco da Casa Grande, Abacate da Pedreira, Santo
Antônio da Pedreira, Inajá, Corre Água, São Joaquim do Pacuí, Santa Luzia, Gurupora e Cutias do
AP - 010 Araguary.[50]
Foi construída uma ponte binacional sobre o Rio Oiapoque, que liga o estado do Amapá à Guiana
Francesa. Localizada a 5 km da cidade de Oiapoque (600 km de Macapá), as obras tiveram início em 13 de julho de 2009 e terminaram
no final de 2011 - a um custo aproximado de 71 milhões de reais.[51] Contudo, a ponte ainda não foi liberada para o tráfego e não há
previsão de sua inauguração.[52] Também foi construída a ponte sobre o Rio Vila Nova, com 420 metros de comprimento, ligando
Macapá (a capital do estado), Santana (município vizinho) a Mazagão, a obra começou no mês de maio de 2009 e terminou no segundo
semestre de 2010. O investimento da ponte girou em torno de R$ 30 milhões; um acidente ocorrido em março de 2010, e que deixou
cinco mortos, atrasou as obras.[53] Uma segunda ponte, sobre o Rio Matapi, começou a ser construída em dezembro de 2013 ligando
por definitivo Macapá a Mazagão. Com um custo de R$ 90 milhões, a edificação foi projetada com 612 metros de comprimento. [54]
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Cultura
Culinária
Os pratos típicos amapaenses compõem a culinária amazônica e possuem similaridade com a culinária de outras regiões do Brasil, em
especial, do estado do Pará.
O mais representativo prato típico do estado é o açaí acompanhado de farinha de mandioca e alguma proteína, como peixes, camarão
regional, frango ou carne vermelha.[carece de fontes?] A farinha pode ser artesanal (vindas das comunidades ribeirinhas e quilombolas do
interior) ou processada, fina ou grossa. Outras combinações populares são o açaí com açúcar, com farinha de tapioca ou mesmo o açaí
puro. Um litro de açaí custa de oito a vinte reais, a depender da época do ano e da qualidade. A bacaba, parente do açaí, é tão popular
quanto e também é bastante consumida.
Outro prato popular é o camarão no bafo. O camarão é cozido no vapor e temperado apenas com sal, limão, tucupi e pimenta e servido
com açaí e uma porção de farofa.
Além do açaí e suas diversas combinações, os amapaenses compartilham com os paraenses pratos como a maniçoba, o pato no tucupi
(tradicionais durante as festividades do Círio de Nazaré, em outubro), o tacacá e a pupunha com café.
Talvez pela secular migração nordestina para a região amazônica, receitas como o vatapá e o caruru são comuns no estado e
considerados pratos típicos.
É especialmente representativa da cultura amapaense, a gengibirra, bebida alcoólica feita com gengibre, cachaça, água e açúcar,
consumida durantes as rodas de marabaixo (dança folclórica afro-amapaense), juntamente com o caldo de carne servido durante a festa.
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Vatapá Pupunha
Círio de Nazaré
A história do Círio de Nazaré na cidade de Macapá se inicia em no ano de 1934. A então primeira dama da capital, Ester Benoniel Levy,
comandou um grupo de senhoras religiosas, que faziam parte da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, na realização
do evento. O número de fiéis que compareceu ao evento ultrapassou o número de fiéis que compareceu a festa do padroeiro da cidade,
São José. Assim como no estado do Pará, o evento é realizado no segundo domingo do mês de Outubro e segundo os últimos
levantamentos da Polícia Militar, mais de 300 mil pessoas participam todo ano da passeata. Atualmente, a saída é da Igreja Nossa
Senhora de Fátima com destino à Igreja de São José de Macapá, na rua São José. [56]
Marabaixo
O marabaixo é uma manifestação folclórica realizada durante os festejos em louvor ao santo
padroeiro das comunidades afro-descendentes do Amapá, hoje considerado um dos maiores
símbolos da cultura e identidade amapaenses. Na zona urbana de Macapá ocorre anualmente o
chamado "ciclo do marabaixo", que segundo Figueiredo e Smart (2010), "é composto por missas,
novenas, procissões, bailes populares, dança e rituais do marabaixo e dura aproximadamente
sessenta dias", que homenageiam a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo. Recepção de Juca Ferreira em
Macapá com apresentação de
A origem do marabaixo ocorreu em Marrocos, como forma de expressar seus lamentos no mar
Marabaixo no Aeroporto
próximo a terra natal dos escravos africanos, criaram o "mar-a-baixo".[57]
Internacional de Macapá em
2015.
Ao som de caixas (tambores) confeccionadas em madeira cavada, os participantes dançam ao
redor dos tocadores respondendo em coro ao "ladrão" tirado por um cantador ou cantadora, onde,
às vezes surgem "desafios", com lances de improvisação. A caixa de marabaixo pode ser tocado em diversos tempos e ritmos,
denominados "dobrados da caixa", conforme o canto.
Os homens ornam os chapéus com flores e ramos da murta enquanto as mulheres, de saias rodadas e coloridas e toalhas sobre os
ombros. Todos dançam sobre si mesmas e ao redor dos tocadores de caixas, de forma ora carregada de tristeza ou alegria.
Durante o ciclo do marabaixo, nos bairros do Laguinho e Santa Rita, em Macapá, além das missas, ladainhas e novenas, ocorre a parte
profana dos festejos, como a quebra da murta, a cortação, levantamento e derrubada do mastro, num calendário que começa na Páscoa
e termina no primeiro domingo após Corpus Christi.
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Atualmente, o marabaixo também está presente nas vilas do Maruanum, Carmo do Macacoari, Mazagão Velho e em diversas outras
comunidades espalhadas pelo Estado, como Coração, Lagoa dos Índios, Curiaú e São Francisco do Matapi.
Museus e monumentos
O Marco Zero é um monumento localizado na cidade de Macapá, capital do Amapá, no Brasil. Construído junto ao Estádio Milton
Corrêa para marcar a passagem exata da Linha do Equador em Macapá, o Marco Zero tornou-se um dos mais importantes pontos
turísticos da capital do meio mundo. O monumento é constituído de uma edificação de 30 metros de altura dotada de um círculo na
parte superior, através do qual é possível visualizar o Equinócio ao menos duas vezes por ano.
Esportes
O Amapá tem, aproximadamente, 21 times de futebol. Assim como em todo país, todos os anos é
realizado o Campeonato Amapaense de Futebol, onde o Macapá é o grande campeão (com
dezessete títulos), seguido pelo Amapá (com 10) e o Ypiranga. Destaca-se também o Trem
Desportivo Clube que foi pentacampeão do antigo Copão da Amazônia e possui 4 títulos estaduais.
Macapá possui dois estádios de futebol, o Estádio Municipal Glicério Marques e Estádio Milton de
Souza Corrêa, popularmente conhecido como Zerão e o de Santana é o Estádio Municipal de
Estádio Milton de Souza Corrêa
Santana, onde são realizadas as principais partidas esportivas.
O Amapá também, tem times que todos os anos participam da Copa do Brasil de Futebol e neste ano, o Santana Esporte Clube seria seu
representante na série D do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2010 porém desistiu passando a vaga ao Cristal Atlético Clube,
infelizmente fora eliminado na primeira fase.
Também é possível a prática de Kitesurf no Rio Amazonas, no período de agosto a dezembro, pois o verão proporciona ventos propícios
aos velejadores. Existem competições de Kitesurf, dentre elas a Travessia do Rio Amazonas, um enduro race em que os competidores
atravessam o Rio Amazonas, num percurso de mais de 25 km.
Ver também
História do Amapá
Lista de municípios do Amapá
Lista de municípios do Amapá por população
Lista de governadores do Amapá
Referências
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Ligações externas
Portal do governo do estado do Amapá (https://www.portal.ap.gov.br) (em Português)
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (http://www.al.ap.gov.br/) (em Português)
Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (http://www.tjap.jus.br) (em Português)
Procuradoria da República no Estado do Amapá (http://www.prap.mpf.mp.br) (em Português)
Ministério Público do Estado do Amapá (http://www.mpap.mp.br) (em Português)
Polícia Civil do Amapá (http://www.policiacivil.ap.gov.br) (em Português)
Amapá (https://www.facebook.com/governo.ap) no Facebook (em Português)
Amapá
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