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1.

Oportunidades Geradas

2.Desafios Lei do Gás

De acordo com a nova lei, os investimentos em transporte deverão ocorrer a partir de um


processo licitatório no qual o investidor no gasoduto será selecionado pelo critério da
menor tarifa requerida. Entretanto, para que uma licitação possa ocorrer, o Ministério de
Minas e Energia (MME) deverá realizar um plano de expansão da rede de gás. Em
seguida, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) deverá realizar um concurso para
alocação de capacidade no qual os futuros compradores de gás se engajarão em contratar
antecipadamente serviços de transporte de gás natural.

A realização do plano de expansão da rede de transporte de gás não será uma tarefa fácil.
Por um lado, a sua realização depende de premissas sobre onde e quem irá consumir o
gás natural. Este plano pode se tornar inócuo caso parta de premissas equivocadas. De
nada adianta uma plano de expansão da rede de transporte de gás se não aparecerem
carregadores interessados em comprar a capacidade de transporte dos gasodutos. Por
outro lado, para que as termelétricas possam ser um mercado importante para ancorar os
investimentos nos gasodutos será necessário redefinir a forma de operação destas
térmicas no setor elétrico brasileiro.

Com a Lei do Gás, esperava-se que fosse criado um ambiente de negócios adequado à
promoção de novos investimentos, com a criação de regras claras para atração de agentes
privados para um ambiente de livre competição nas atividades de exploração, produção e
transporte desse energético.

Observa-se, no entanto, que após aproximadamente cinco anos de sua publicação, a Lei
do Gás não apresentou os efeitos esperados pelos atores envolvidos em sua edição, uma
vez que se constata a permanência de um monopólio de fato na indústria do gás natural,
com a predominância de um único agente econômico em todas as etapas de sua cadeia.

Na exploração e produção, conforme ANP (2013), a Petrobras representa


aproximadamente 90% da participação total no Brasil. Nos demais segmentos a empresa
atua como única detentora dos dutos de transporte de gás natural, sob sua operação, bem
como única produtora que realiza oferta de gás natural às distribuidoras estaduais. Nessas
últimas a Petrobras apresenta participação societária em 21, das 27 existentes. Ela ainda
se encontra como único agente autorizado pelos órgãos federais a realizar a importação
desse energético, seja via gasoduto Brasil – Bolívia, seja via terminais de Gás Natural
Liquefeito – GNL – também de sua propriedade

Desse modo, a inexistência de ambiente competitivo na indústria do gás natural, com a


permanência de um monopólio vertical de uma única empresa, contribui para que
aconteça a prática de controle de seus preços, junto às distribuidoras estaduais que não
tem outra opção de aquisição do gás natural. Esse cenário é agravado pelo fato de que
esta empresa possui expressiva participação na produção e venda de diversos energéticos
substitutos ao gás natural

Ao controlar diversos segmentos da indústria do gás natural, como a operação e ocupação


dos dutos de transporte, a empresa monopolística atua inibindo a entrada de novos
agentes. (Petrobras domina os setores de produção, transporte e fornecimento de gás
natural e participa ainda de grande parte das distribuidoras estaduais desse energético)

Então, para que haja um rompimento da estrutura monopolística de fato, a legislação


deverá então prever regras que incentivem a competitividade e entrada de novos agentes
no mercado e há a necessidade de que o ordenamento jurídico elimine as vantagens
competitivas do agente econômico predominante
• Processo licitatório para a concessão da atividade de transporte de gás natural:
– pode criar mercado, no longo prazo, para empresas de fundo de pensão e
asset management interessadas em garantia de retorno do investimento;
– potencial de crescimento da demanda por projetos de construção e/ou
ampliação de gasodutos de transporte; e
– potencial de crescimento da demanda por tubulações, componentes e
instalações acessórias, assim como pelos serviços de instalação e
montagem de gasodutos de transporte.

• Relação de Bens e Instalações referentes à Gasodutos de Transporte:

– Tubulações (Linha-Tronco e Ramais);

– Componentes (Lançadores e Recebedores de Pig, Válvulas, Flanges, Conexões, Sistemas de Proteção


Catódica etc.);

– Complementos (Pontos de Recebimento e de Entrega; Estações de Compressão, de Medição, Regulação de


Pressão e de Interconexão); e

– Outros Bens e Instalações diretamente vinculados à implantação do empreendimento.

• Relação dos serviços que podem ser prestados:

– Construção e Montagem; e

– Licenciamento Ambiental e Liberação da Faixa de Servidão.

• Aumento do oferta local em função das novas descobertas de gás natural no


Nordeste  necessidade de aumento da capilaridade da rede de distribuição de gás natural

• Distribuição de gás natural por meio de GNC e GNL  interiorização do fornecimento e


consumo de gás natural:

– aumento da demanda por compressores e veículos transportadores de GNC e GNL.

• Aumento da demanda por equipamentos adequados ao consumo de gás natural:

– Caldeiras e fornos, no segmento industrial;

– Aquecedores à gás natural, no segmento residencial;

– Aparelhos de refrigeração à gás natural , no segmento comercial;

– Kits de conversão para gás natural, no segmento automotivo;

– etc.
Carregador: é a empresa usuária do serviço de transporte contratado junto ao
Transportador; Capacidade Contratada: é o máximo volume diário de Gás que o
Transportador deve movimentar entre Pontos de Recepção e Entrega para o Carregador;

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