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Sociedade MFN

Câmara municipal rejeita


gestão do castelo
Página 4

Cultura - Peça de Joana Vasconcelos exposta no Museu Guggenheim em Bilbau Sociedade - II Congresso AMAlentejo

O potencial
da região esteve
em debate
Parte da obra Página 5

foi elaborada
Política - Distrital do PSD

Sónia Ramos

Páginas centrais
em Montemor volta a
candidatar-se
Página 4
Sociedade

Cultura

Banda da Carlista
Área de regadio dos Minutos lança CD
vai ser ampliada Página 11

Página 4
- Do coreto ao palco
Página 10

JULHO - 2018
2 julho de 2018

Editorial Poetas do Almansor


Dos debates
sobre o alentejo A. M. Santos Nabo
antonio.nabo@hotmail.com
Canção
para o Alentejo
Alentejo, Alentejo,
Vastidão de Portugal
Futuro, continental!
Terra lavrada, que vejo
A ser mar mas sem ter sal.

Sessão de debate político


Ondas de trigo maduro

O
s congressos sobre o Alentejo já acontecem desde 1985, com mais ou menos interregnos. Na última década
a situação esteve praticamente parada, mas em 2016, Troia deu um novo recomeço a estas iniciativas e
Onde mais ninguém se afoga:
agora Castelo de Vide recebeu quem se interessou por debater a temática do desenvolvimento alentejano, Danças alegres da roga
sob égide da Comunidade AMAlentejo.
Contudo, muita coisa mudou ao longo destas três décadas em que a Folha tem acompanhado estas iniciativas Que vindima no meu Doiro
e, existem sérias dúvidas de que se tenha mudado para melhor. Ceia da Silva, o nosso homem do turismo, foi
certeiro ao afirmar a necessidade de repensar a forma como os alentejanos refletem e pensam o seu próprio
E vem colher o pão loiro
futuro, ao afirmar que, dos 47 concelhos do Alentejo, apenas se deram ao trabalho de assistir a este Congresso Da inteira fraternidade
cinco presidentes de Câmara! É certo que o presidente da Câmara de Municipal de Montemor esteve presente,
mas isso não chega e, pelos vistos foi um dos cinco. Por isso, este modelo de pensar e de refletir sobre o Alentejo Que falta a esta metade
está esgotado, como se viu em Castelo de Vide.
Apesar do que foi dito sobre a possibilidade destes Congressos serem um caminho para a regionalização, ficou
De coração largo e moiro...
mais do que visível para quem lá esteve que este não é caminho. Não se pode debater a regionalização apenas
com cinco dos 47 presidentes de Câmara. E, tal como Ceia da Silva frisou, as ausências têm um significado que
não deve ser menosprezado. Por alguma razão os responsáveis de 90 por cento dos concelhos do Alentejo não
entenderam que valia a pena reunir-se com os seus pares e refletir sobre o futuro desta região.
E mais importante do que as questões de ordem política, são as questões económicas, porque são as
empresas que criam o emprego que pode fixar as pessoas e evitar o despovoamento. Mas empresários foi coisa Poema de Miguel Torga sobre o Alentejo
que praticamente não se viu no Congresso.
É com pena que se constata esta realidade, mas esta é a realidade que está na nossa frente. Os congressos
sobre o Alentejo que tiveram lugar no passado, e o que aconteceu em Montemor em 2004 foi um ponto alto
dessas iniciativas, ainda tiverem algum debate e discussão de ideias. Mas para que isso aconteça tem que existir
massa crítica e participação dos interessados, senão, acaba por não acontecer nada. O Congresso que teve lugar
em Castelo de Vide revelou uma profunda dicotomia política sobre o que se pretende, e a ausência do PS foi um


claro sinal dessa dicotomia, o que não é bom para o desenvolvimento da região.
Todavia, e paradoxalmente, estes congressos ainda continuam a ser o único espaço de debate público que
pode, e deve, discutir estas questões que dizem respeito a todos. Mas este modelo não é um modelo para o
futuro. Algo terá que mudar para que estes fóruns completem os seus objetivos.
Se recordarmos um pouco o que se tem passado do ponto de vista político, as questões do desenvolvimento do
interior, e do Alentejo em particular, apenas são objeto de debate quando existe um qualquer evento partidário nas
regiões, isto é, quando um dos partidos olha para si e debate estas questões internamente, o que, como é lógico,
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não leva a lado nenhum nem consegue colocar nada em prática, e, muito menos reivindicar o que quer que seja.
Para que estas ações possam continuar é necessário que elas sejam bastante mais abertas a todos os atores NOME
que trabalham nesta região. O debate sobre o desenvolvimento do Alentejo não é apenas académico ou político,
ele é principalmente económico. Por isso, as entidades que organizam estes eventos não se podem esquecer MORADA
desta realidade: são as empresas que promovem o desenvolvimento e a riqueza, não são os políticos. Estes
podem ajudar criando as condições de atratividade, e de promoção, mas não geram postos de trabalho. LOCALIDADE
A concluir, convém lembrar que o fraco peso político do Alentejo na Assembleia da República, onde temos
apenas oito deputados em 230, o que representa apenas três por cento, já é, só por si, uma limitação, mas quando
Assinatura
estes oito deputados não se entendem sobre o que é necessário para promover o desenvolvimento da região
então que futuro é que o Alentejo pode ter? Exatamente o mesmo que teve até aqui: vieram as autoestradas e os MODALIDADE: 12 números = 10 euros (Para o País ou Estrangeiro)
subsídios e ficamos mais perto de Lisboa e com mais turistas. Mas, atenção, perdemos 25 por cento da população
nos últimos 25 anos! COBRANÇA: em dinheiro ................ vale de correio ..........
cheque ........................ à cobrança .................

Publimor, CRL – Capital Social: de harmonia com o que se Estatuto Editorial


Propriedade/Editor: encontra determinado na Lei de Imprensa, alterada pela
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Colaboradores permanentes: Ana Carolina Malveira, Augusto Mesquita, Carlos André, Constança 10 títulos no valor de 250 euros; Carlos Alberto Caldeira
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Manuel Filipe Giga Novo, 10 títulos no valor de 250 euros; A nossa maior ambição é informar com neutralidade, rigor e
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títulos no valor de 250 euros; Paulo Dinis Nabais Arrifes, 10
A nossa maior aspiração é penetrar no tecido social montemorense;
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Um jornal para toda a gente.

JULHO - 2018
SOCIEDADE 3

No nicho da rua S. João de Deus

Trocaram Devotos procuram


o Santo António quadro desaparecido
Há cerca de 20 anos atrás, em
1999, verificou-se que os quadros
a óleo existentes na casa onde São
João de Deus nasceu (atual cripta sob
a Igreja da Matriz) se apresentavam
severamente danificados pela
humidade. Foi decidida a entrega
de quatro desses quadros na Casa
dos Patudos, Museu da Câmara de
Alpiarça, a fim de serem restaurados
por um restaurador profissional. Três
dos quadros foram restaurados mas
o quarto quadro, que representava S.
João de Deus a dar um pão de esmola
a um mouro (mouro reconhecível pelo
turbante e capa), não foi devolvido a
Montemor.
Esse quadro é único na Ordem
Hospitaleira e estava bastante
danificado. É muito interessante e
talvez muito antigo, logo pelo tema,
O Santo António que dá nome á rua onde a Folha de Montemor nasceu, se uma vez que, passando a cidade de Direção Regional de Cultura do 2007, surge a seguinte referência:
criou e cresceu, já não é o mesmo. Granada para a posse dos cristãos em Alentejo, que agradecemos: “Em Montemor-o-Novo encontram-se
O Santo que durante muitas décadas ocupou o nicho localizado num edifício 1492, quando S. João de Deus criou Sobre o quadro representações duas representações de São João de
a meio da Rua de Santo Antonio, recentemente requalificado, foi substituído o seu primeiro hospital nessa cidade de São João de Deus a dar o pão Deus a dar o pão ao mourisco, uma
por outra imagem ‘mais moderna’. em 1539, a pobreza entre os mouros ao mourisco não há qualquer pintura em tela e a outra em madeira,
No século passado os moradores sempre cuidaram com carinho deste nicho que ficaram na cidade era extrema. referência no Inventário Artístico na caixa de esmolas que se encontra
onde dia e noite o Santo António ‘olhava’ por esta artéria do centro histórico. Apesar de ter passado tanto do Distrito de Évora, da autoria de na porta principal do templo.” Em
De noite estava iluminado (como agora também está) e de dia através de tempo conseguiu-se felizmente uma Túlio Espanca, publicado em 1975, relação à pintura em tela, atribuída
proteção adequada (ainda hoje existente) estava sempre visível para todos os gravura desse quadro e pede-se a nem no Inventário do Património da ao século XVII, surge em nota final:
montemorenses que por ali passavam. quem o tenha na sua posse que o Arquidiocese de Évora. “Em restauro desde 1999 e que,
Nas noites do 12 de junho, a juventude (do séc XX) que morava naquelas entregue aos Irmãos do Hospital de S. Porém, no artigo da autoria de infelizmente, ainda não foi entregue á
zona, levava a efeito fogueiras em honra do Santo António. E a frase de ‘um João de Deus de Montemor-o-Novo, Augusto Moutinho Borges, Icono proveniência, não havendo referência
tostãozinho para o Santo António’ tinha ali naquela rua o seu significado. email hospital.montemor@isjd.pt. grafia de São João de Deus no à fonte desta informação.”
Muitos são aqueles que agora estranham a substituição da antiga imagem Nota: Sobre este assunto, rece- Alentejo séculos XVII/XX, publicado
pela nova (vide fotomontagem) e se interrogam do porquê desta troca. bemos a seguinte informação da na Revista Almansor, n.º 6, 2.ª série, A. V. C.

MFN

Segurança

Câmara quer mais


efetivos da GNR

Posto da GNR em Santiago do Escoural

A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo reivindica um aumento de efetivos


da GNR no concelho e recusa o eventual encerramento de postos da Guarda
nas freguesias rurais.
Numa tomada de posição envida à comunicação social, o executivo
municipal realça que a população e as juntas de freguesia têm manifestado
“grande preocupação” com a segurança no concelho, nomeadamente com “a
diminuição de efetivos da GNR”.
“A possibilidade de encerramento, nomeadamente do posto da GNR de Santiago
do Escoural, onde só existe um efetivo, preocupa as populações locais, que têm
vindo exigir um aumento do número de efetivos, de forma a poderem efetuar
patrulhamentos noturnos”, refere a autarquia.
O município pede um aumento de efetivos, de meios e equipamentos
necessários para que os profissionais possam desempenhar adequadamente
as suas funções, reivindica patrulhamentos noturnos em todas as áreas do
concelho e apela à intervenção da Administração Central na melhoria das
condições do Quartel de Montemor-o-Novo.
Esta tomada de posição foi aprovada, por unanimidade, na reunião de
Câmara realizada no passado dia 27 de Junho.
JULHO- 2018
4 Sociedade

Alentejo Política

Aprovado investimento Sónia Ramos


para ampliação do regadio recandidate-se
dos Minutos à distrital do PSD

O ministro da Agricultura, a ampliação do regadio dos Minutos para a redução das importações”,
Florestas e Desenvolvimento Rural, (barragem com o mesmo nome) aponta o Ministro da Agricultura, em
Luís Capoulas Santos, aprovou que irá beneficiar uma área de 472 comunicado.
no passado dia 5 de Julho um hectares. Os outros seis concelhos O Programa Nacional de Regadios
investimento de 71 milhões de euros são: Campo Maior, Portel, Castro prevê, até 2022, um investimento
no âmbito do Programa Nacional de Marim, Mirandela, Alfândega da Fé, e global de 534 milhões de euros, que
Regadios. Vila Flor. se traduzirão em mais 95 mil hectares
Trata-se de um apoio público que O regadio surge como uma de regadio e na criação de mais de
vai beneficiar empreendimentos de aposta na valorização do território, 10 mil novos postos de trabalho
regadio em sete concelhos. Um dos “contribuindo ao mesmo tempo para permanentes. Sónia Ramos vai voltar a candidatar-se à liderança da Comissão Política
quais será Montemor-o-Novo, com o autoaprovisionamento do país e Distrital do PSD, para um segundo mandato. Em documento que chegou à
redação da Folha, Sónia Ramos justifica a candidatura como uma necessidade
Montemor-o-Novo de continuar o trabalho desenvolvido ao longo do atual mandato e preparar as
eleições europeias e legislativas que se aproximam.

Câmara recusa gestão do Castelo


“Temos de estar preparados. Para isso urge continuar o trabalho que
iniciámos, na reativação das secções, porque elas são fundamentais para a
disseminação da ideologia que defendemos. São o nosso bastião no território.
Representam a ação política de 1.ª linha. Temos de continuar esta tarefa
A Secretaria de Estado das até completarmos as 14 secções ativas no distrito! Já iniciámos o trabalho
Autarquias locais quer entregar a de preparação para as Europeias, através do lançamento, que fizemos em
gestão dos castelos de Montemor- conferência de imprensa, do Ciclo de Conferencias que já referi. Queremos
o-Novo e de Arraiolos às autarquias, continuar a atrair militantes e novos quadros! Já demos provas de que esta CPD
mas estas rejeitam a ideia por tem a capacidade de congregar vontades e tem a credibilidade necessária e
co n s i d e ra r e m n ã o te r m e i o s indispensável para o fazer. Estou por isso disponível para continuar este projeto
suficientes para as operações de impulsionamento do partido no distrito de Évora. Com a ajuda de todos”,
de manutenção e requalificação refere Sónia Ramos no documento.
daqueles monumentos. A.M. Santos Nabo
Carlos Miguel, Secretário de
Estado das Autarquias Locais,
entende que “muito do património Religião
classificado será melhor gerido,

Francisco José
conservado e requalificado se a
sua gestão for confiada” aos
Municípios. Visão diferente têm

Senra Coelho
António Pinetra, presidente da que as limpezas e manutenções que sabe qual é o nosso orçamento e sabe
Câmara Municipal de Montemor-o- a autarquia tem vindo a fazer são da também as necessidades que o Cas-
Novo, que em declarações à Revista responsabilidade do Estado. telo tem”, conclui.
Abril Abril, adiantou “que perante Para António Pinetra, a inicia- Em declarações à Rádio

é o novo arcebispo
o orçamento do Município, “é-nos tiva do Governo não significa Campanário Antonio Pinetra avança
completamente impossível realizar descentralizar competências mas alguma abertura para assumirem
esse tipo de investimentos e é isso antes “empurrar para as autarquias algumas responsabilidades “se o

de Évora
que vamos responder, reafirmando uma responsabilidade que não é castelo for reconstruído, se as partes
que a responsabilidade é do Governo nossa e para a qual, ao longo dos que estão estruturalmente más forem
central”. anos, nenhum dos Governos tem devidamente tratadas, […] mas
O presidente salienta ainda o dedicado verbas no Orçamento do não no estado em que o castelo se
trabalho de manutenção realizado Estado”. encontra”
“Consideramos que é um abuso Existe uma estimativa de “alguns O bispo auxiliar de Braga, Francisco
pela autarquia no interior do Castelo,
estar a exigir ao Município de Monte- milhões de euros” para “as várias José Senra Coelho, é o novo arcebispo de
de modo a permitir que seja visitado
mor-o-Novo uma responsabilidade intervenções que são necessárias”, Évora, sucedendo a José Alves, anunciou o
mas, realça, “não conseguimos ir
deste tipo, até porque o Governo adiantou á mesma Rádio este edil, “e Vaticano no passado dia 26 de Junho
além disso”. Por outro lado, admite
inclusive um projeto para recuperação Francisco José Villas-Boas Senra de
do Convento da Saudação que integra Faria Coelho nasceu a 12 de Março de 1961,
a estrutura”. em Maputo (Moçambique). Antes de ser
O castelo de Montemor-o-Novo, nomeado bispo auxiliar de Braga, em 2014,
ex-libris da cidade, tem recebido foi pároco de Nossa Senhora de Fátima e
trabalhos de escavação, realizados de São Manços, em Évora, sendo ao mesmo
por equipas de arqueólogos, ao tempo assistente religioso dos estúdios da
mesmo tempo que procede ao Rádio Renascença e da Rádio Sim, em Évora.
estudo documental da sua história, Agora, vai suceder a D. José Alves, de
numa iniciativa promovida pela 77 anos, que renunciou após ter atingido a
Câmara, que elaborou e fez aprovar idade determinada pelo Direito Canónico
recentemente o “Programa de para a resignação.
Recuperação e Revitalização do Entre 1986 e 1988, foi vigário paroquial das paróquias de Nossa Senhora da
Castelo”, integrado no Plano de Saúde e Nossa Senhora de Fátima, em Évora, redator religioso e cultural da Rádio
Salvaguarda e Reabilitação da Zona Renascença - Voz do Alentejo e assistente diocesano das Obras Missionárias
Antiga da cidade. Pontifícias, além de capelão do estabelecimento prisional de Évora. De 1990
a 2000, Francisco José Senra Coelho foi diretor e editor do boletim “Igreja
Redação Eborense, Vida e Cultura da Arquidiocese de Évora”.
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Sociedade 5

Congresso AMAlentejo

“Esta é uma região


cheia de potencialidades”
O cineteatro Mouzinho da Silveira, em Castelo de Vide,
acolheu nos dia 30 de junho e 1 de julho o II Congresso
AMAlentejo, que este ano tinha como tema “agir no presente
/ planeando o futuro”. As fórmulas de desenvolvimento para
a região foram discutidas, com destaque para o aeroporto
de Beja, mas o tema central acabou por ser a necessidade
de colocar em prática a regionalização.

No primeiro dia foram feitas as tónica, António Batista sublinhou


apresentações institucionais por também que nos últimos 25 anos
parte dos organismos existente, a a região perdeu um quarto da sua
saber Associação Nacional dos Mu- população, e voltou a questionar,
nicípios Portuguese, Comunidade “como pode uma região sobreviver
Intermunicipal do Alentejo Central, apenas com uma população idosa?”.
Comunidade Intermunicipal do Em matéria de propostas do seu
Alentejo Litoral que debateram a partido, o CDS-PP, o orador foi claro
questão do poder local e descen- ao afirmar que “é necessária uma
tralização. Após o almoço os con- aposta na educação”, bem como a
gressistas assistiram ao segundo necessidade de criar um estatuto
painel onde a Universidade de de benefícios fiscais para o interior,
Évora, o Instituto Politécnico de e atrair o investimento para o setor
Portalegre e o Instituto Politécnico das agroindústrias, no sentido de Antonio Ceia da Silva
de Beja debateram a questão do valorizar as produções locais. “O
desenvolvimento económico, social despovoamento do Alentejo só se entende que “esta é uma região estamos a perpetuar as assimetrias”, Mértola, a Nisa, e desde Odeceixe
e cultural. resolve com políticas robustas e de cheia de potencialidades mas tendo igualmente salientado que a Troia”, e deu como exemplo o
No segundo dia de Congresso investimento”, disse. que está subaproveitada nas suas não se pode transferir tudo para as aeroporto de Beja. “O aeroporto de
foram convidados os partidos potencialidades”, acrescentando autarquias. “Os direitos universais Beja só é viável como uma alternativa
políticos com assento na Assembleia “Não há vontade de avançar que falta uma vontade política de não podem ser transferidos para ao aeroporto de Lisboa se forem
da República, mas o PS não se fez para a regionalização” promover um poder regional”, numa as autarquias, não podemos ter criadas as infraestruturas ferroviárias
representar no evento. Perante clara alusão à necessidade de pôr em 308 políticas de educação e de e rodoviárias necessárias para que ele
uma sala com pouco mais de uma João Vasconcelos, por parte do prática a regionalização. “A criação saúde”. No que respeita às questões se funcione dessa forma. Mas primeiro
centena de pessoas, Jerónimo Loios, Bloco de Esquerda, veio colocar a de uma região administrativa é económicas, Oliveira defende uma criemos as infraestruturas que
membro da comissão dinamizadora discussão nas assimetrias existentes necessária”, afirmou. No que concerne “economia de base diversificada permitam que ele fique a uma hora de
do Congresso, moderou o debate que entre o interior e o litoral do país, às propostas de descentralização de co m co m p l e m e n ta r i d a d e d o s Lisboa. O aeroporto de Beja deve ser
decorreu durante toda a manha. começando por afirmar que “os competências que o atual governo setores agrícola, industrial e de algo que fixe população e que possa
Por parte do Partido Ecologista governos do PS e do PSD agravaram está a promover, Dias Coelho entende serviços, de modo a manter os criar estruturas para que as pessoas
“Os Verdes”, Telma Saião, criticou a as assimetrias”, e acrescentou que que “não é desta forma que se recursos endógenos e sustentar o que ali chegam fiquem no Alentejo. Aí
situação existente no Alentejo que “a desertificação não parou de resolvem os problemas do Alentejo; desenvolvimento”. sim, teremos um aeroporto que serve
classificou como uma região “votada aumentar”. Para inverter esta situação, não basta transferir competências A sessão de encerramento o desenvolvimento da região”.
ao abandono pelo poder central”, João Vasconcelos chamou a atenção para as autarquias”. No que concerne do Congresso esteve a cargo de Sobre o desenvolvimento da
onde foi também referida a falta de para os princípios da subsidiariedade ao futuro, o orador sublinhou que “a António Ceia da Silva, o presidente da região ao longo das últimas décadas,
investimento e a ausência de serviços e da democraticidade, para justificar região precisa de um plano integrado Turismo do Alentejo e Ribatejo, que Ceia da Silva foi claro ao afirma
públicos. Na sua intervenção, Telma a necessidade de implementar no de desenvolvimento que potencie começou por fazer uma referência que “já vivemos quatro quadros
Saião, referiu que “o Congresso pode terreno a regionalização que, embora a agricultura”, e acrescentou que “o aos presentes e aos que faltaram comunitários de apoio e qual foi o
funcionar como uma alternativa existente na Constituição, continua Alentejo tem futuro”. a esta chamada, referindo que resultado prático destes quadros?
à regionalização”, e salientou a sem se implementar no terreno, mas O PSD respondeu ao convite dos “dos 47 presidentes de Câmaras Temos hoje mais infraestruturas,
necessidade de se atrair para o acrescentou que “não há vontade organizadores do Congresso enviando do Alentejo só estiveram presentes mais condições de coesão, mas
Alentejo investimentos produtivos. de avançar para a regionalização”. ao evento, António Costa da Silva, cinco, e isto deve ser um motivo temos menos pessoas, e isso não
No que respeita ao ambiente, a A concluir, João Vasconcelos frisou o deputado eleito por Évora que de reflexão para todos nós”, tendo podemos esquecer, porque a maior
oradora fez questão de sublinhar que que “o Congresso AMAlentejo pode começou por colocar uma questão à também acrescentado, relativamente riqueza de um povo são as pessoas”.
“é nesta região que ser fazem sentir impulsionar a regionalização”. assistência: “qual é a ambição para à ausência de representantes do Sem demagogias, Ceia da Silva não
os impactos ambientais”. O PCP trouxe a este congresso esta região, o que queremos para o PS, que “a passagem pelo poder é deixou de questionar a classe política
A segunda intervenção política João Dias Coelho que iniciou a Alentejo?”. Neste sentido, Costa da efémera e, por isso, temos que saber para “não ter medo de usar a palavra
esteve a cargo de António José sua apresentação afirmando que Silva lembrou aos participantes que estar no poder discutindo e refletindo regionalização, porque esta é a
Batista, em representação do CDS- “quatro décadas de políticas de o já existe, desde 2013, um Plano de com quem não está no poder”. possibilidade de mudar as políticas
PP, que começou por referir as direita originaram uma região Ação Regional para esta região, mas No que respeita ao desenvol- regionais neste país e de permitir que
questões da demografia, afirmando despovoada e desfavorecida”, mas que o atual governo nada tem feito vimento da região o orador chamou a os alentejanos decidam aquilo que
que “o Alentejo é caracterizado pela apesar da situação não se apresentar para colocar em prática as ações que ali atenção para a necessidade de pensar deve ser feito no Alentejo”.
escassez de pessoas”. Mantendo esta nas melhores condições, o orador estão definidas “e que foram aprovadas o Alentejo como um todo “desde
A. M. Santos Nabo
por unanimidade”. Face à atualidade
política, o orador não deixou de referir
o acordo entre o PSD e o PS sobre a
questão da descentralização para os
municípios e freguesias, e acrescentou
que vai também ser transferido o
“envelope financeiro” respetivo que
está em discussão na Associação de
Municípios.

“Não podemos ter 308


políticas de educação
e de saúde

No debate que se seguiu, João


Oliveira, deputado do PCP por Évora
referiu que “com esta municipalização
JULHO- 2018
6 Sociedade

O saber
Nutrição

Começou a época
de experiência feito dos petiscos
«A chave de todas as ciências é inegavelmente
o ponto de interrogação»
mantiver a ineficácia. Os factores
do nosso êxito, as determinantes
da nossa felicidade, são as nossas
e arraiais
forças ocultas. Delas resultará O mês de junho trás consigo a época dos arraiais, das sardinhadas e dos
fins de tarde na esplanada!
Balzac a mediania ou a superioridade,
Fique a saber a informação nutricional dos petiscos mais saudáveis a incluir
segundo o modelo que lhe demos.
(Escritor Francês 1799-1850) Segundo a matéria-prima que lhe nos arraiais dos Santos Populares e nos petiscos com a família e amigos!
proporcionemos, assim elaborarão
No momento em que escrevemos e - portanto de liberdade - do ineficácia ou idoneidade, êxito ou Sardinha Queijo Fresco
estas palavras, a União Europeia que aquela de que efectivamente inêxito, ventura ou miséria. Nós Amêijoas (1 Caracóis (1
grelhada (100g =
Tremoços (5g = Azeitonas (15g =
(100g = 1
pires) pires) 5 unidades) 5 unidades)
procura colmatar as incongruências gozam. Assim, há que lutar pela damos os materiais; elas constroem 2 a 3 unidades) unidade)
políticas e económicas da Itália - Ciência e pela Cultura - analisando o edifício”.
fazendo-a posicionar-se como País toda a acção deturpadora dos seus S. Paulo insiste, com particular 78,6 kcal 58,8 kcal 293 kcal 6 kcal 26 kcal 124 kcal
de charneira na construção de uma resultados verificados na sociedade veemência, em que pensemos Lípidos 1,1g Lípidos 1,5g Lípidos 21,7g Lípidos 0,1g Lípidos 2,8g Lípidos 8,5g
Unidade Europeia perpassada não de hoje, opondo-lhe a explanação naquilo que nos convém e favorece,
apenas por um crescente avanço das aquisições e método da Ciên- naquilo que nos serve de ajuda Hidratos de Hidratos de Hidratos de Hidratos de Hidratos de Hidratos de
económico, mas igualmente por c i a e d o q u e p ote n c i a l m e n te própria, para a elevação do carácter Carbono 3,1g Carbono 3,4g Carbono 0g Carbono 0,5g Carbono 0g Carbono 3,9g
uma afirmação cultural e solidária: ela significa de libertadora do e a educação das boas qualidades;
tudo isto, à luz duma vivência Homem: lutando assim para que se ora, dir-nos-ia ele: “Pensai em Proteinas 14g Proteinas 8g Proteinas 24,4g Proteinas 1g Proteinas 0,2g Proteinas 8,1g
democrática. reconheça que a Ciência é a melhor tudo o que é verdadeiro, honesto,
E, interrogar-nos-emos: não aliada do Homem - não se deixando justo, puro e adorável; em tudo o Se está a iniciar ou a meio de um plano alimentar para emagrecer tenha
será preferível desfrutar um futuro que ela se transforme num agente que é de bom nome; na virtude e em atenção os petiscos menos calóricos, como caracóis e tremoços, para poder
de paz, liberdade, democracia - da sua escravização e destruição - glorificação”. participar nestes convívios sem prejudicar o seu objetivo.
sabendo responsabilizar os maus combatendo o espírito de elite (na Vemos agora como o apóstolo Muitas vezes o que soma calorias a estes pratos são as bebidas alcoólicas ou
governos, sem humilhar os povos? medida em que ele representa uma dos gentios se adiantou vinte sumos a acompanhar, doses muito grandes ou repetição da dose, acompanhar
Ou serão preferíveis as guerras à tendência ao reconhecimento do séculos à psicologia moderna, que com pão ou tostas e abusar de fritos ou molhos.
cooperação e solidariedade? direito de privilégio da distribuição e não é uma novidade extravagante, Seja consciente e divirta-se com as melhores escolhas alimentares!
Porém, não vejamos nesta gozo dos bens materiais e culturais). n e m u m re b e n to d a f i l o s o f i a Boas festas de verão!
fé e confiança nas autoridades, Hermínio Martins - um grande materialista, sendo pelo contrário, Ana Carolina Canelas
uma renúncia ao exercício da investigador da Universidade de a restauração de ensinamentos Membro da Ordem dos Nutricionistas
cidadania. Aliás, São Tomás de Oxford, publicou recentemente um antiquíssimos, mas sepultados
Aquino interrogava-se, se a virtude livro (“Experimentum Humanun, durante muitos anos, debaixo da
da “prudência política” (a sabedoria Civilização Tecnológica e Condição lousa da incompreensão.
Saúde na Comunidade

Breve nota
e a arte da decisão bem informada) Humana”), que enfrenta - de forma Todo o Homem pode prestar
era exclusiva dos governantes, ou rigorosa - muitas questões numa um precioso auxílio a si mesmo,
também dos súbditos. Ora, como época de aceleração da aceleração, fixando o seu pensamento nas
um ser humano não deve ser um
pau mandado, tem de adquirir e
exercitar essa virtude, própria de
e que convergem para a superação
da condição humana no caminho
para o “pós-humano”. A confluência
co i s a s fa v o rá v e i s à s a ú d e d o
corpo e da alma. A perseverança
nesta atitude mental, positiva e
sobre as alergias
um cidadão interveniente. Aliás, das tecnologias (biotecnologia, construtora, concede-nos tudo De um modo geral, alergia corresponde a
como Bento de Jesus Caraça, nanotecnologia, computação, quanto é necessário para o êxito uma resposta exagerada do sistema imunológico,
julgamos que a civilização deve tecnologias de informação e de legítimo, ventura, bem-estar, saúde, após a exposição a determinadas substâncias
tender para a libertação progressiva comunicação, neurociências, ou acções nobres e desenvolvimento (chamados de alérgenos), geralmente inofensivos,
do Homem, conseguida através ciência cognitiva) não será usada só da honradez. mas que em determinadas pessoas podem
do desenvolvimento da sua pelo intuito de melhorar a condição Pelo contrário, a atitude mental provocar reacções alérgicas.
personalidade - combatendo, humana, mas para a modificar na oposta, o pensamento negativo e Os alérgenos podem provocar reacções
consequentemente, todas aquelas seu futuro genético, neurológico, destruidor, a dúvida deprimente, as quando existe contacto com a pele, inalação de pequenas partículas, através
te n dê nci a s qu e , d o pon to d e psíquico; os seres humanos encar- imagens viciosas e as ideias de ódio da ingestão ou quando administrados directamente na corrente sanguínea. Os
vista material ou intelectual, regar-se-iam de fazer surgir uma e inveja, afastam de nós tudo quanto alérgenos mais comuns são: ácaros, fungos, insectos, pêlos de animais, pólenes,
te n d a m a d i m i n u i r o H o m e m nova espécie. No seu último estudo, desejávamos que fosse bom e nos determinados alimentos e medicamentos, entre outros.
( qu e r co nvi da n d o - o à e va s ã o cita Paulo Ramsey: “Um homem haveria de proporcionar a felicidade As alergias podem ser devidas tanto a factores genéticos como ambientais,
da realidade, quer incutindo- sério, ao levantar questões éticas e o bem-estar, a satisfação e o êxito. e podem surgir em qualquer idade. Uma pessoa pode ser alérgica a um ou mais
-lhe no ânimo um sentimento de urgentes, está a querer dizer que Afinal, estas considerações vêm de alérgenos.
renúncia e desconfiança das suas podem existir algumas coisas que encontro à constatação de Charles São exemplos de doenças alérgicas a rinite e conjuntivite alérgica, asma,
possibilidades). os homens nunca deveriam fazer. Dickens, quando diz que “nunca dermatite atópica, urticária e angioedema, alergias a determinados alimentos
Em contrapartida, a valorização As coisas boas que os homens fazem teria podido fazer o que fiz sem os e medicamentos, alergia a picadas de insecto e anafilaxia.
humana só pode ser conseguida só se tornam completas pelas coisas hábitos da pontualidade, ordem e As manifestações mais comuns são lacrimejo e comichão ocular (prurido),
através da sua integração na que se recusam a fazer”. cuidado, que favorecem a minha olhos vermelhos, corrimento nasal, espirros, manchas vermelhas/erupções
realidade exterior, do cultivo Porém, por outro lado, admito resolução de encontrar todo o meu na pele, associadas a comichão. Também podem surgir crises de asma (tosse,
raciocinado dos valores colectivos a pertinência das palavras do ser na obra que empreendia”. E no pieira, aperto torácico e dificuldade respiratória). Em casos mais graves, pode
de solidariedade e luta, quando filósofo americano Orisen Sweet entanto, admitamos que, quanto ocorrer subitamente inchaço das pálpebras, lábios e língua, estreitamento das
necessária, o que pressupõe um Mardeu - quando propõe: “as mais se vive tanto mais ocasiões de vias aéreas dificultando a respiração. Também pode ocorrer comichão das mãos,
ponto de partida oposto ao do vossas obras serão consequência aprender nos oferece a experiência; pés e genitais, náuseas, vómitos, tonturas e desmaio. Denomina-se anafilaxia,
antropocentrismo. Nesta ordem forçada do vosso modelo mental. e quanto mais se aprende, tanto pode ser potencialmente fatal e necessita de cuidados médicos imediatos.
de ideias, ajuizaremos ainda que Enquanto o vosso pensamento mais viva é a satisfação interior em O diagnóstico pode ser realizado através da história clínica e exame físico.
a ciência e técnica modernas tender para a inferioridade, não que realmente consiste a felicidade Em determinados casos podem ser necessários exames complementares
fornecem ao Homem, elementos podereis demonstrar superioridade. da vida. (como análises, testes cutâneos, dietas de evicção, entre outros) para melhor
para proporcionar uma muito maior Não podereis denotar eficiência, No fim de contas, o êxito não é esclarecimento diagnóstico e decisão de estratégia terapêutica a adoptar.
soma de prosperidade material, e n q u a n to n a v o s s a m e n te s e questão de idade, mas de confiança: O tratamento consiste em medidas de controlo ambiental e medidas
antes que possamos vencer na farmacológicas com recurso a medicamentos e vacinas prescritos pelo médico
vida, é preciso crer nas nossas tanto para alívio de crises como para controlo e prevenção de novas crises.
possibilidades de vencer. Eis alguns exemplos de medidas de controlo ambiental que podem ser
ANTÓNIO DOS SANTOS Assim, “o devoto da cultura é,
como pessoa, muito mais válido do
úteis: evicção de alérgenos conhecidos, consultar o Boletim Polínico, correcto
arejamento das casas: não deve ser feito nos dias de maior concentração de
Medium Vidente Português que o ambicioso por posição social. pólenes ou vento forte; limpeza de móveis com pano húmido; evitar uso de
Lê, tal como visita galerias de arte vassouras/espanadores e produtos com odor intenso; limpeza dos ventiladores
Dons Hereditários
ou assiste a concertos: não, para e filtros de ar condicionados tanto de casa como do carro; viajar com janelas
Trata problemas familiares – harmonia se tornar bem-visto, mas para se do carro fechadas; evitar exposição ao fumo do tabaco; lavar roupas guardadas
conjugal - Impotência Sexual – amor – melhorar a si próprio, desenvolver antes de usar.
comércio – trabalho - Bruxedos – vícios
as suas potencialidades, enfim: As alergias afectam a cerca de 1/3 da população Portuguesa, com impacto
justiça – exames, etc.
tornar-se um ser humano mais considerável na qualidade de vida das pessoas que sofrem desta patología.
Não se deixe dominar pelo mal completo” - deixar-vos-ia como Deve existir um acompanhamento médico regular, para um melhor controlo e
constatação, C. S. Lewis (in “A alívio dos sintomas.
Recebe consulta marcada e por correio: Experiência de Ler”). Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC Monte Mor)
Tel.: 06 08 57 91 78 / 09 53 71 59 21
Dr.ª Inês Pinheiro Henriques e Dr.ª Cristina Belova
Ou por correio:
4, Rue Gutenberg – ZA – 91630 Guibeville França Médicas internas de formação específica em Medicina Geral
José Laboreiro e Familiar na USF Alcaides
JULHO - 2018
Sociedade 7

Rede de Cidadania

as l ar Um olhar
o assado
sobre Montemor
por: Augusto Mesquita

Grupo Cénico MF Novo

“Os Montemorenses”
Quem tiver de referir-se a Monte-
mor-o-Novo, à sua história, aos seus
costumes e às preferências dos seus
habitantes, não pode, não deve
deixar de dizer que a Vila Notável
manifestou desde há muitos anos o
mais vivo interesse e amor pela arte
dramática. Há notícias de récitas no
teatro que funcionou no Convento de
S. Domingos no qual representou a
actriz Rosa Damasceno, então muito
jovem (nasceu em Gondomar em 23 de
Fevereiro de 1845) e no princípio da sua O atrás relatado é prova evidente organizado pelo Secretariado Nacional
brilhante carreira. que Montemor-o-Novo é uma Terra que de Informação, Cultura Popular e
Mas porque os montemorenses ama e vive o teatro. Turismo – SNI, com o drama em 3
queriam um teatro a valer foram actos “Obrigado Totobola” da autoria
“Os Montemorenses” de Augusto Mesquita que foi também
trabalhando devota e afincadamente,
até que, devido aos esforços e boa Depois desta resenha da história encenador-intérprete. A RTP deslocou-
vontade dos mais entusiastas, se do teatro montemorense, e em se à Pedrista para filmar a actuação dos
fundou, enfim uma empresa por homenagem aos jovens que em 1961 jovens actores.
acções que deu início à construção do “sem qualquer apoio oficial”, tiveram a No dia 4 de Janeiro do ano
Teatro Montemorense, na Rua Nova, coragem de formarem um grupo cénico seguinte, a RTP transmitiu um resumo
no local onde se encontra instalada a independente, vou debruçar-me sobre da actuação do grupo montemorense
União de Freguesias. o curto historial do Grupo Cénico “Os no programa “Arte e Trabalho”.
Em 1874 começaram os trabalhos Montemorenses”: Nesse mesmo ano de 1964 o
para a construção do teatro, cuja Após a cedência do Salão da Igreja Grupo iniciou os ensaios da nova peça
obra foi concluída em Setembro de de S. Sebastião por parte do saudoso de Augusto Mesquita “O Imprevisto”,
1882 e inaugurada em 2 de Setembro Padre Alberto Dias Barbosa, que como drama em 3 actos, que fazia uma crítica
do ano seguinte por ocasião da Feira já foi referido possuía um palco, Augusto à guerra colonial e uma reflexão sobre o
da Luz. Mesquita, João José Jardim, José aborto. A obra viria a ser reprovada pela
Quarenta anos depois, em 19 Luís Caixeiro Serôdio, José Primitivo Comissão de Exame e Classificação
de Maio de 1922 foi o Teatro Monte- Salgueiro e Manuel Maria Mesquita, dos Espectáculos e proibida de ser Quando penso na cidade de Montemor-o-Novo, onde resido há quase três
morense, também designado “Curvo fundaram em 16 de Julho de 1961 o representada em Portugal. décadas, penso imediatamente no quanto sou privilegiada.
Semedo”, devorado por um incêndio Grupo Cénico “Os Montemorenses”. Os jovens actores abandonaram os Das janelas da minha casa, que fica perto do caminho para a ermida de N.ª
que apenas deixou de pé as paredes A primeira actuação ocorreu no Asilo ensaios do “Imprevisto” e viraram-se Senhora da Visitação, vejo muitas vezes o pôr-do-sol em tons laranja, rosa e
exteriores. Decorridos alguns anos, a Montemorense de Infância Desvalida, para “A Fedra” do dramaturgo basco púrpura. Avisto três ou quatro ovelhas a pastar e oiço o tilintar dos chocalhos
Câmara Municipal mandou executar no dia 10 de Dezembro de 1961. Nesse Miguel de Unamuno, com a qual que, aos meus ouvidos, parece música e é terapia que mata a saudade que
no local, instalações para a Caixa Geral Domingo, “O Montemorense” publicou prestaram provas em 31 de Agosto sempre fica dos tempos de criança, passados noutros campos e noutra cidade,
de Depósitos e a Casa dos Magistrados, a seguinte notícia: de 1964 perante o Júri do Concurso muito parecidos com estes. Gosto de estar à janela, fechar os olhos e deixar-me
conforme projecto elaborado pelo “(…)O programa do espectáculo de Arte Dramática. Em ambos os envolver por aqueles sons que, sem compositor ou maestro, fazem uma suave
Arquitecto Raul Lino. que foi ornamentado com uma capa concursos o Grupo não conseguiu e bonita melodia.
Em 17 de Janeiro de 1960 foi pintada pelas meninas internadas na apurar-se para a fase final a realizar no Quando penso em Montemor sinto o cheiro dos livros e o festival das
inaugurado o Cine Teatro Curvo Teatro da Trindade em Lisboa. Como palavras; oiço as pancadas de Molière no Curvo Semedo e lembro-me da cor
instituição, foi distribuído pela vasta
Semedo, a maior sala de espectáculos compensação, foram distribuídos pelos e das formas (ou da ausência delas) em exposições de pintura; lembro-me
assistência mediante uma oferta
situada a sul do Rio Tejo. Procedeu à grupos não apurados – Diplomas de também da textura do barro em mãos de crianças e da imaginação incontida que
monetária que reverteu a favor do Asilo
Participação. fizeram felizes tantas gerações, naquele espaço que foi verdadeiramente oficina.
sua inauguração o Ministro das Obras das Meninas.
O jovem Grupo Cénico “Os Mon- Quando penso em Montemor, lembro-me das escolas de música e de ballet,
Públicas, Engenheiro Arantes e Oliveira, Na primeira parte foi exibida a peça
temorenses” foi o primeiro grupo dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º ciclo nas aldeias, onde se crescia
acompanhado pelo Subsecretário da teatral em 1 acto “Macaco Macacão”.
pelas letras e pelos números, pela descoberta e contacto com a natureza e pela
Educação Nacional Dr. Baltazar Rebelo Personagens: Cales – Augusto Mes- montemorense a participar no Concurso
partilha com as comunidades, em particular com os idosos; lembro também
de Sousa (pai do actual Presidente quita; Mateus – José Primitivo Salguei- de Arte Dramática, e o primeiro a surgir
o Dia do Idoso com a sua feira de talegos e rendas, feitos por mãos cansadas e
da República). No espectáculo de ro; Paulino – José Luís Caixeiro; Polícia nos ecrãs dos televisores.
sabedoras de muitos segredos de arte antiga.
inauguração foi levada à cena pelo – Manuel Maria Mesquita e Dr. Ruas – Passaram pelo Grupo, além dos
Quando penso em Montemor vejo o Dia da Criança cheio de tintas e pinceis,
Teatro Nacional D. Maria II a peça João José Jardim. fundadores, os seguintes amadores:
que nas mãos das crianças dão cor aos muros e deixam que a criatividade se solte
de teatro“ O Processo de Jesus”, do Na segunda parte as meninas Inocência da Glória Grafino, Leonor
e chegue a todos. E é assim há muito tempo. Já era assim quando cá cheguei!
italiano Diego Fabbri. internadas ofereceram várias danças Aurora, Manuela Saloio Salgueiro,
Quando penso em Montemor, penso na piscina municipal, tanto para o
Além destas casas de espectáculos, e declamações. Maria Guilhermina Ovelheira “Bébia”,
verão como para o inverno e na ecopista ladeada pela natureza que nos diz que
também a Sociedade Carlista e o Na terceira parte foi representada António Chocolateira, António Joaquim
quem corre por gosto não cansa. E depois vejo as coreografias modernas do
Círculo Montemorense “Pedrista”, a comédia em 1 acto “Patego Vai ao Barreiros, António José Costa Brejo, Rui Horta, as noites animadas do folclore e oiço os primeiros acordes públicos
dispõem de palcos onde os seus Brasil de Avião”. Personagens: Feliciano António Manços Grafino, Arnaldo da Mafalda Veiga acompanhados pela sua voz doce.
associados sem carácter permanente – Augusto Mesquita; Carlos – Manuel Calhau Teixeira, Bernardino Nabo, Quando penso em Montemor sinto o cheiro das castanhas e das sopas
se têm exibido há mais de um século Maria Mesquita e Francisco – João José Carlos Alberto Macedo, Flamínio no outono e dos bolos e doces na primavera; oiço os Cantares ao Menino
com bastante agrado. Jardim. Carranca, Francisco Barreto, Henrique pelo Coral de S. Domingos e lembro a tradição e a comunidade religiosa que
Na década de 60 do século passa- O espectáculo terminou com o Daniel Tanganho de Oliveira e Silva, marca encontro na missa ao fim de semana, para se fortalecer na fé que move
do, a antiga vila viu nascer um grupo coro feminino formado pelas jovens João Abrantes Caldeira, João Alberto montanhas e move também os corações. E há ainda a catequese que nos permite
de teatro amador denominado Grupo internadas, interpretando – Oh Ana. Salgueiro, José Luís Jardim, José evangelizar, como Ele nos pediu, deixando em muitos o sentimento forte de
Cénico “Os Montemorenses”. Augusto Mesquita foi o encenador Manuel Tabuleiros, Manuel Jacinto renascer pela água e pelo pão.
Mais recentemente, o meu amigo das peças teatrais, enquanto a Directora Maurício e os consagrados Francisco Quando penso em Montemor, vejo a Rede de Cidadania que pretende ser
Victor Guita criou o Grupo de Teatro da Técnica do Asilo, Dona Amélia Adelai- Mareco e Abreu Bastos, que colaborou rede de verdade para o comércio local, saboreando a produção quase biológica
Escola Secundária que somou enormes de da Silva Lopes ensaiou as meninas. na caracterização. do concelho e intensificando as relações entre as gentes de ontem e as gentes
êxitos por este País fora. Depois desta experiência, o Desmotivados pelo facto de serem de hoje, querendo ao mesmo tempo preparar um lugar melhor para as gentes
Desde Janeiro de 1998 a Grupo actuou no Salão da Igreja de forçados a substituir a peça reprovada de amanhã.
nossa cidade conta com a Teatron S. Sebastião, na Sociedade Grupo pela Censura, acontecimento que Quando penso em Montemor tenho a certeza de que é um privilégio viver a
– Associação Cultural, um grupo União Escouralense, no Clube os penalizou, pois foram obrigados pouco mais de uma hora de Lisboa e ter a cidade de Évora por vizinha, podendo
com bastante qualidade que tem Artístico Musical de Vendas Novas e a esquecer dezenas e dezenas de usufruir da tradição de mãos dadas com traços de inovação e modernidade.
transportado o nome de Montemor-o- na Sociedade Carlista e no Círculo horas de ensaios, e avançarem para Olhar Montemor é constatar a diversidade de interesses e de oportunidades,
Novo a vários pontos do País. Montemorense “Pedrista”, nestas duas um novo projecto a pouco tempo capazes de permitir que cada um encontre o que procura e à sua mediada, para
Também o Grupo de Teatro da últimas, por diversas vezes. da sua participação no concurso, os poder continuar a fazer caminho por cá.
Universidade Sénior do Grupo dos Em 26 de Agosto de 1963 na jovens actores disseram basta, e o Não há coisas más? Claro que sim, como em tudo, mas essa parte não cabe
Amigos de Montemor-o-Novo, dirigido Sociedade Pedrista complectamente Grupo Cénico “Os Montemorenses” agora aqui, porque sempre que penso em Montemor sinto que é uma boa cidade
por Victor Guita, tem levado à cena lotada, o Grupo prestou provas perante suspendeu a actividade em 1964, e para se viver e ser feliz.
diversas peças teatrais. o Júri do Concurso de Arte Dramática nunca mais a retomou. Florinda Cheira
JULHO- 2018
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"Espelhos" em exposição no Guggenheim

Peça de Joana Vasconcelos


elaborada com ajuda de Montemor
Extinta a firma Arte do Bronze, sediada na Adua, aparece em 2001 a fundição ‘Mão de Fogo’. É uma É tudo montado no atelier da JV, só vi duas ou
três pessoas a numerar e a organizar, nem sequer
micro empresa preparada e vocacionada para a reprodução e restauro de esculturas, estátuas, relevos percebi como foi a logística dos espelhos, só vi
e monumentos em Bronze. caixas de espelhos a passar por mim. Lá está, não
era o meu problema. Ou seja aquela peça é de todos
Hoje trabalham em equipa com escultores, Nesta altura mudámos para diesel – porque o de contratar empresas para transporte dos um bocadinho, mas não há ninguém que possa
arquitectos, engenheiros e com diversos preço do gás está incomportável. Por exemplo materiais. Passa-se muitas horas ao telefone. dizer “eu tive em todos os passos”. Na minha ideia
instituições e empresas. Executam qualquer ás vezes precisamos de fundir 30 Kg preciso de eu pensava que os espelhos eram todos iguais, mas
projecto desde a sua ideia original até á instalação comprar 4 garrafas (das grandes) que é quase um FM - E como é garantida a continuidade da afinal não era assim. Mas lá está, cada um tem que
final. Sediada no Monte do Sesmo (perto de investimento de 500 euros. O diesel sempre é mais empresa em termos de projetos? se focar no problema que tem que resolver da sua
S.Mateus) esta empresa utiliza o processo de económico – na Adua trabalhávamos com gás. RP - Agora fechámos este projeto e estamos parte do projeto. É o somatório da resolução de
fundição por casca cerâmica, para a reprodução Para começarmos a fundir uma peça por exemplo todos contentes, mas estas próximas semanas todos os problemas que fazem uma construção.
de esculturas, relevos e monumentos em bronze. temos uma pessoa que faz as caixas (que leva a são fulcrais para encontrar e planear mais Em Bilbau também já tive um projeto assim, em
Este processo permite um acabamento final areia) para a fundição. projectos para garantir a continuidade do grupo que cada um tem determinado pormenor do
no que respeita às despesas correntes, salários, projeto e determinados detalhes para resolver e
impostos, etc. tem que se focar na sua parte do trabalho, não no
que os outros estão a fazer.
FM – Tem clientes do estado ou de municípios?
RP – Temos alguns clientes dos municípios, mas FM - E no geral, podemos ver exemplos sobre o
tentamos evitar. Basicamente a nossa atividade é processo de fundição?
privada – se houver uma câmara municipal a fazer- RP - Nas diferentes componentes do processo da
-nos uma encomenda, no fundo está a comprar um fundição temos o Original que o escultor nos entrega,
produto, como compra um móvel para a Câmara. por exemplo tenho aqui este de um escultor alemão
Dava era jeito que pagassem a tempo, e que o que é cliente há muitos anos.
estado em si não nos sufocasse de impostos. Aqui temos a fase de prototipagem, que é uma
Vou dar um exemplo com as Câmaras Municipais impressão em 3D realizada por uns amigos meus de
quando me contactam para fazer orçamentos. Espanha que têm uma empresa especializada.
Primeiro perguntam quanto custa uma escultura Depois ali, temos um molde de silicone, que é o
de 8 metros, dantes ainda fazia orçamentos, negativo da peça, como se fosse o espaço vazio com
agora dou-lhes uma estimativa dos valores. a forma da peça. Aqui temos o positivo da peça em
Depois voltam a contactar e perguntam quanto cera que é o que sai do molde e finalmente, depois há
custa uma escultura de 4 metros, dou novamente a reprodução em bronze. A areia ou casca de cerâmica
uma estimativa. Só depois quando perguntam é o molde para onde entra o bronze fundido.
quanto custa uma escultura de 2 metros é que
vou para o computador fazer um orçamento. Eu “Esta peça tem que estar boa, perfeita!”.
compreendo, mas é muito complicado manter
uma equipa estável. FM - Mas neste momento estão também a
trabalhar no acabamento de uma outra peça?
FM – Já receberam apoios ou incentivos de RP - Temos aqui esta peça que já foi inaugurada
das esculturas a reproduzir, uma mais-valia “Mudámos para diesel – porque o preço do gás instituições estatais ou regionais? e fomos lá buscá-la posteriormente porque
importante. Reproduzindo fielmente a obra de está incomportável” RP – Não precisamos de apoio, acho que o Estado não estava retocada. Porque é que os artistas
arte que tem entre mãos. só que não empate – e pague a tempo e horas, já concebem as peças e somos nós os técnicos
Recentemente a equipa da “Mão de Fogo” FM – Qual é o vosso negócio principal? é um grande apoio. que as realizamos? porque aos olhos do público
participou na elaboração de uma peça escultórica RP - Atualmente o nosso ‘core business’ (negócio parece que a peça tecnicamente está boa,
da artista Joana Vasconcelos, mais concreta- principal) - o que nós fazemos muito é - o FM - E quais as maiores dificuldades que se mas nós técnicos sabemos que não é assim,
mente “os espelhos”, que foi inaugurada no prestamos apoio a artistas. Nós atualmente já não deparam nestas instalações? conseguimos ver uma série de defeitos no objecto
passado dia 29 de Junho no Museu Guggenheim somos bem uma Fundição em pleno. Somos sim RP - Neste momento o problema que temos é que também só os nossos colegas, igualmente
em Bilbau. mais uma empresa de apoios a projetos artísticos. o acesso, temos sempre “grandes brigas” com técnicos conseguem ver. Por isso, nós, por vezes
A Folha falou com Rui Palmas, responsável A fundição foi a fase inicial. a malta dos transportes, porque as matérias- não estamos a trabalhar para o público em geral,
desta pequena fundição “Mão de Fogo” que nos Os artistas veem com ideias, projetos, e nós aqui -primas têm que vir de fora, em Portugal já mas para o nosso público em específico que são
deu a conhecer esta pequena empresa: o que fazemos são testes, são desenhos, são não há produção destas matérias. E quando é os nossos colegas. Por exemplo a peça da Joana
protótipos, e depois a produção muitas vezes é preciso importar, em que ser às toneladas. Então Vasconcelos que está em Bilbau vai ser vista pelos
Folha de Montemor: Como nasceu esta fun- feita noutro local – subcontratação. Os projetos aparecem os camiões e não dá para passar e meus antigos colegas, para mim é importante
dição? artísticos são cada vez maiores, cada vez são voltam para trás, tem que ser acondicionado em pensar “ Esta peça tem que estar boa, perfeita!”.
Rui Palmas - Esta fundição teve origem na Zona mais internacionais. Há muita subcontratação, carrinhas mais pequenas. É complicado crescer que é de um canadiano que é trineto do 1.º engenharia que ela contratou, depois houve outra Essa ideia do ‘artista sozinho no seu atelier por limitações de espaço ou então terá que ser Mas falamos de pormenores que o público em
Indústria da Adua, na empresa Arte do Bronze, há equipas com arquitetos, engenheiros, com para outro sítio, tenho um negócio onde não português que foi para o Canadá e lá casou empresa que tratou do transporte para Bilbau e amargurado’ já não existe – Gostam de fazer adaptada. geral nem lhe passa pela cabeça e que para
onde eu era funcionário. Depois fechou, eu e técnicos em resinas. Por exemplo recentemente há uma regularidade de encomendas, não há com uma índia. Isso até foi publicado no DN houve outra equipa que foi para o País Basco passar essa ideia Não podemos esquecer que o Guggenheim como quem trabalha nisto topa logo. Eu próprio passo
outro rapaz continuámos na área da fundição. apareceu-me um projeto – tudo em moldes de uma segurança pois não depende só de nós. Por e na Sábado. Ele esteve cá uma semana a fazer a montagem. Foi dos maiores desafios fundação funciona como empresa e os outros pelas esculturas em museus detecto muitos
Ainda estivemos na Adua, depois passámos para silicone por ai fora – pretendem um protótipo exemplo um projeto de grandes dimensões pode trabalhar connosco, a dar-nos as indicações que tive até hoje. Foi todo um trabalho em A Joana Vasconcelos assume claramente museus se estão interessados nestas obras para defeitos, até tenho problemas com os seguranças
aqui (Monte do Sesmo) – o meu pai emprestou- em bronze e querem fazer mil peças em, ainda andar a “marinar” durante três anos só para haver como é que queria e como não queria. Essa equipa. que trabalha em equipa. expor, terão que pagar para avançar. pois estou com o nariz em cima das peças a
-nos este espaço. Depois fui trabalhar para Bilbau não percebi bem – mas acho que é tipo resina uma decisão. é outra das nossas vertentes, em que as Parte do trabalho passou por Montemor. Eu quando comecei nisto há vinte anos, pensei observar, e eles não sabem porque é que eu
onde estive lá três anos. Foi na altura do início ou mármore, ou pó de mármore. Lá vou ter E a nível de legalização de instalações, de normas pessoas veem para cá e trabalham connosco. Para começar a trabalhar no que a Joana FM - E como é a logística com a Fundação que ia ter a profissão mais fácil do mundo, porque tenho aquele comportamento, que é o oposto ao
da crise em Portugal (entrada da Troika no nosso que encontrar uma pessoa especialista nesses ambientais – tivessem em atenção que uma Vas- concelos nos pediu (faz agora um ano), Guggenheim? pensava que os artistas eram um pouco desligados comportamento do público normal que vê e se
país). Depois em Bilbau ao fim de um ano apanhei materiais, que me venha cá ajudar, que me pequena fundição com 3 pessoas não é a mesma Essa ideia do ‘artista sozinho no seu atelier fui desencantar um entalhador, um velho RP - A Joana Vasconcelos está a trabalhar pela do dinheiro, esta era a imagem que passava, mas afasta, enquanto eu vejo e me aproximo. Houve
lá outra crise. Só houve uma diferença - isto que explique. Nós não somos artistas – não tenho coisa que a Siderurgia Nacional. Pois a poluição amargurado’ já não existe mestre no Porto, que me fez este ’protótipo’ primeira vez com uma instituição americana, afinal não era nada disso, os orçamentos dos uma vez que um rapaz que trabalha aqui comigo
se passou cá com o BES eu já lá tinha apanhado um único artista a trabalhar – nós somos é que nós fazemos não é igual à da Siderurgia (original) em madeira. Em Setembro de 2017 neste caso o Guggenheim e ela tem muita razão projectos são discutidos ao cêntimo. Grande parte estava na Tate em Londres, e telefonou-me de lá, a
em Espanha. Quando vim para cá foi quando o técnicos. Nós olhamos para uma ideia, olhamos Nacional que funde todos os dias 50 toneladas FM – Que tipo de trabalho fizeram para a Joana começámos a trabalhar nele. A artista viu o em fazer notar esta questão pois há muitas do meu dia é passado a trocar emails para acertar dizer que estava a ver uma peça cheia de defeitos,
BES estourou, a PT etc. Eu até pensei, olha agora para um projeto, um esquema e a nossa cabeça de ferro. Nós fundimos 100 kg em cada duas Vasconcelos? trabalho do mestre, e disse que era aquilo que diferenças na forma de trabalhar das instituições orçamentos. Ao final do dia nós não comemos não estava limpa, cheia de casca cerâmica que
é ao contrário, as mesmas notícias, as mesmas começa a pensar como é que se fabrica, como semanas. RP – Recentemente fizemos um trabalho para ela queria e deu o seu aval para começarmos a europeias e americanas. Há um tipo de rigor molduras, mas sim batatas. são aqueles pontinhos brancos incrustados no
falcatruas – tudo igual. Depois vim para aqui. é que se se elabora, como se transporta, como Sabemos que ao optarmos por diesel tem a Joana Vasconcelos expor no Guggenheim de fundir – e nós em termos de fundição tivemos diferente e há que se saber adaptar e toda uma É evidente que ao fim destes últimos três meses bronze e por vezes aparecem, e não há tempo
Hoje em dia já não somos bem uma fundição. Abar- é que se coloca. Há um arquiteto que desenha implicações ambientais, mas a nossa pegada Bilbau, mais concretamente ‘os espelhos’. Não de dizer – calma – que há aqui coisas que aprendizagem. toda esta equipa já estava “farta de molduras” e deixam ir mesmo assim e ninguém repara que
camos mais algumas áreas, mas não posso negar uma base para a escultura, depois vem um ecológica é muito menor que uma Siderurgia posso dizer que fui eu que fiz – foi a equipa da tem de ser adaptadas na fundição, pois as Ali no atelier da Joana Vasconcelos é sempre um mas depois ver lá a peça em Bilbau é um orgulho, esta peça da Tate tinha estes problemas. Há uma
que não somos fundição - fundimos aqui à mesma. engenheiro com os cálculos, depois vem um Nacional. Joana Vasconcelos, e houve a nossa participação formas entalhadas em madeira não estão processo de aprendizagem porque se forçam agora é mandar fotografias aos amigos. percentagem ínfima da população mundial que
técnico de resinas, fazemos testes, quando na fase inicial da fundição das primeiras peças e completamente adaptadas para o que se as capacidades técnicas e os materiais até aos sabe o que é aquilo. Às vezes temos que nos
FM – Como são alimentados os vossos fornos? chegamos a uma solução apresentamos ao FM – Há artistas estrangeiros que vos procuram? depois fui subcontratado para fundir aqui – pois exige das formas resultantes do processo de limites. O exemplo é aquela peça que está no FM - Mas os espelhos nunca vieram cá a Mon- questionar, estamos a trabalhar para o público,
RP – Os fornos que temos tanto podem ser cliente. E o cliente pronuncia-se e manda RP – Sim. Para vos dar um exemplo tenho ali eram bastantes. Depois fomos para o atelier dela fundição Depois fizemos reuniões, via Skype, átrio e que é a maior Valquíria que ela produziu temor? ou para o nosso ego, muitas vezes estamos a
alimentados a gás ou a diesel. O funcionamento avançar. Isto acaba em exposições tipo no Dubai um colaborador que está nesta altura a dar em Lisboa para dar o acabamento – mas depois onde há discussões, zangas, depois passado até hoje. A exposição vai circular por outros RP - Não, quanto aos espelhos nem sei onde foram trabalhar para o ego.
dos mesmos constitui uma despesa brutal. e depois temos a parte logística que é termos uma pequena limpeza numa (peça) em bronze quem fez a montagem foi uma empresa de um mês fazemos as pazes – é o normal. espaços mas a Valquíria poderá não ser montada feitos nem cortados, é outra parte do projeto. MFN/MCB

JULHO - 2018
10 CULTURA
Teatro Sociedade Carlista comemora 157 anos de existência

“Somos parte da terra CD


e ela é parte de nós” “Do Coreto ao Palco”
foi ponto alto da festa

CD da Banda da Carlista

A Sociedade Antiga Filarmónica Montemorense (Carlista) foi fundada em


1861, ano em que D. Luís herdou a coroa em Novembro, sucedendo ao seu
No passado dia 22 de junho, o perfumadas são nossas irmãs; o observar, cansam-se facilmente. Não irmão D. Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22
grupo de teatro da Universidade cervo, o cavalo, a grande águia são tenho, como tu tinhas, esse poder de de Dezembro. No ano seguinte casou-se, por procuração, com D. Maria Pia de
Sénior de Montemor levou ao palco, nossos irmãos. Os cumes rochosos, olhar de frente o sol, de receber – sem Sabóia, filha do rei Vítor Emanuel II da Itália. Quando infante serviu na marinha,
instalado junto ao Convento da os eflúvios da planície, o calor que me cegar – a sua luz e o seu calor. visitando a África Portuguesa. Tempos que já lá vão e provavelmente fazem
Saudação, uma peça de teatro emana do corpo de um ‘mustang’, e As águias, vi uma ou outra, como desta Sociedade Recreativa a mais antiga da cidade. A efeméride foi também
baseada no discurso do Chefe o homem, todos pertencem à mesma se fossem já animais pré-históricos, aproveitada para o lançamento do primeiro CD da banda Filarmónica da Carlista
Seattle, sobre as questões de família. Portanto, quando o grande aturdidos e se calhar confusos, sem intitulado “Do Coreto ao Palco”.
natureza ambiental, em confronto chefe de Washington manda dizer perceberem o que fizemos desta A “Folha marcou” presença num momento ímpar para a Sociedade. No
com o Poema Ecológio (em jeito de que deseja comprar a nossa terra, ele Terra. E o mar, esse, sobretudo o que
passado sábado 23 Junho 2018 foram convidados todos os actuais e ex-músicos
resposta à carta do Chefe Seattle), exige muito de nós. O grande chefe vinha dantes banhar as nossas praias
da Banda, conduzida pelo Maestro João Afonso Cerqueira, para participarem
de Júlio Roberto, poeta, filósofo e manda dizer que irá reservar para e namorar a areia branca, vem agora
na homenagem brindando, um Salão Nobre completamente lotado, com um
ecologista, nascido em Évora em nós um lugar onde possamos viver sujá-las, com o lixo que lhe deitaram
Concerto de Gala encantador.
1924. O tratamento dos textos, que confortavelmente. Ele será nosso pai dentro. Tem um ar triste, de um
se cruzaram ao longo da peça, esteve e nós seremos seus filhos. Portanto, mendigo que, às vezes, se revolta e Mas a noite do 157.º aniversário, continha ainda mais um momento histórico
a cargo de Vítor Guita que também vamos considerar a vossa oferta de destrói as grandes construções dos na vida da Banda Filarmónica da Sociedade Carlista, dirigida pelo Maestro João
dirigiu a encenação. comprar a nossa terra. Mas não vai nossos engenheiros. Ah! Meu querido Afonso Cerqueira, com o lançamento do seu 1.º CD, intitulado “Do Coreto ao
A noite estava amena depois de ser fácil, porque esta terra é para nós amigo selvagem! Como eu, que não Palco”. Este documento musical, será certamente um enorme motivo de orgulho
quase uma semana de chuva neste sagrada”. vivi no teu tempo, nem nas tuas para todos os “carlistas” e não só. São mais de 40 minutos de gravação musical
início de verão, mas a esplanada pradarias, tenho saudades da tua sobre a batuta de João Cerqueira, Maestro da Sociedade Antiga Filarmónica
do Espaço do Tempo manteve- O homem e a natureza Terra sagrada!” “Carlista” desde 2010. Antes em 2008, tirou o curso de Pós Graduação em
se completamente cheia, com um A concluir, do lado Chefe Seattle, Direcção de Orquestra de Soros no Instituto Superior de Estudos Interculturais e
público entusiasta que pretendia O texto do Chefe Seattle, reflete o texto aponta para um caminho Transdisciplinares. Ainda nesse mesmo ano, em Outubro, foi nomeado Maestro
preencher o serão de sexta-feira. também sobre a relação existente de desolação, “causar dano à Titular e Chefe da Sinfónica da Guarda Nacional Republicana.
O primeiro grupo de atores entre o homem e a natureza, a terra é desprezar o Seu criador. O alinhamento do CD começa com o compositor americano James
foram chegando ao palco ao som que os índios americanos davam Os brancos vão também acabar; Swearingen : a peça Flight of Valor é uma música composta em homenagem
das flautas de pan, com uma forte bastante valor. “O que é o homem talvez mais cedo do que todas as às vítimas do voo 93 da United Airlines que foi atingido na Pensilvânia (Estados
caracterização para fazer lembrar sem os animais? Se todos os animais outras raças. Continuais a poluir Unidos), durante os ataques do 11 d e Setembro de 2001. A fechar o CD, a
os índios que viviam nas regiões do acabassem, o homem morreria de a vossa cama e haveis de morrer composição “Celebrate” é de um jovem maetro japonês, Daisuke Shimizu,
oeste dos Estados Unidos, tal como o uma grande solidão de espírito. uma noite, sufocados pelos vossos nascido em 1980 em Kanagawa, Japão.
Chefe Seattle. O segundo grupo, que Porque tudo quanto acontece aos próprios resíduos”. Por parte do Nesta cerimónia, além do Presidente da Direcção Francisco Catarro da
declamou o Poema Ecológico, entrou, animais, acontece ao homem. Poema Ecológico, a conclusão acaba Carlista, marcaram também presença a Vereadora da Câmara Municipal, Palmira
vestido de negro, como que anunciar Tudo está relacionado entre si”, por apontar no mesmo caminho,
Catarro, e o Presidente da União de Freguesias de N.ª Sr.ª da Vila, N.ª Sr.ª do
a degradação do ambiente devido à declamaram os atores. mas sem deixar de referir que “Nós
Bispo e Silveiras, António Danado. Houve tempo ainda para homenagear os
ação do homem sobre o planeta. Do lado do Poema Ecológico, o vivemos a correr; tu contemplavas.
actuais e antigos músicos da Banda da Carlista, e ainda assinalar a integração
A atualidade dos temas tratados segundo grupo de atores foi dando Contentavas-te com pouco. Não
foi notória e reflexo de uma escolha admira, tu eras selvagem. Nós, não, das duas mais recentes jovens músicas da Banda. Assim, só podemos desejar
uma visão dos dias de hoje, onde a
acertada quando, nos dias de hoje, as temos necessidade de mais, cada que o futuro seja ainda mais longo que o passado!
sabedoria é outra. “Transformámos
questões ambientais estão na ordem vez mais, cada vez mais! É que nós No dia seguinte, domingo teve lugar um encontro de futebol entre “solteiro
tudo, progredimos, inventámos,
do dia. criámos coisas que tu nem imaginas. não nos pertencemos. Pertencemos e Casados” e apesar da “equipa do anel” ter perdido tudo correu dentro da
Perante a proposta do enviado do Olha, substituímos o vento e o sol ao todo. Cada um é uma pequena perfeição física. Seguiu-se depois um almoço convívio e ao final da tarde uma
presidente dos EUA, Franklin Pierce, por uma coisa que se chama energia peça que gira e roda sem saber missa em homenagem aos sócios falecidos. Por fim, no dia 30 Junho, decorreu
para compra das terras onde os índios nuclear. Sabes, é que nós precisamos porquê, e sem ter tempo para saber. ums Sessão Solene, comemorativa do aniversário, no Salão Nobre da Sociedade
vivam, o Chefe Seattle questionou: de mais energia. Criámos tantas Tu tinhas espaço, tinhas tempo e Carlista.
“como podeis comprar ou vender coisas, somos seres tão exigentes, tinhas-te a ti”. Carlos André
o céu ou o calor da terra? Tal ideia que a energia da Natureza não chega carlos.acandre@sapo.pt
é-nos estranha. Se não somos donos para os semideuses que nós somos. A.M. Santos Nabo
da pureza do ar ou da refulgência da Nota: O autor deste texto não obedece ao novo acordo ortográfico. (AO 1990)
Desviámos rios, irrigámos as terras,
água, como podeis então comprá- morreram muitos peixes, passámos
los? Cada quinhão desta terra é
sagrado para o meu povo; cada
fome; porém, temos coisas que tu
nem sequer podias imaginar”.
Fotos
folha radiosa de pinheiro, cada praia
arenosa, cada véu de neblina na
A ligação à natureza está hoje a
perder-se e o texto de Júlio Roberto
de moinhos
floresta escura, cada clareira e inseto
a zumbir são sagrados nas tradições
revela isso mesmo. “Os rios, para
ti sagrados, são hoje para mim
do rio Almansor
e na consciência do meu povo. A apenas uma miragem de infância. Um nosso leitor, envolvido
seiva que circula nas árvores carrega Neles, em vez de peixes a fazerem num trabalho académico,
consigo as recordações do pele- corridas e acrobacias, eu vejo o lixo agradece a quem possua
vermelha. O homem branco esquece da nossa civilização, os detritos fotografias de antigos moinhos
a sua terra natal, quando, depois de deste mundo, as opulências mortas de água, localizados entre
morrer, vagueia por entre as estrelas. de uma humanidade que se afunda a ponte de Évora e a ponte
Os nossos mortos nunca esquecem vertiginosamente na era do plástico. de Lisboa, as possa facultar,
esta terra formosa, pois ela é a mãe Olho para as estrelas e o luar. Parecem fazendo-as chegar até à nossa
do pele-vermelha. Somos parte da mais distantes do que são, e os redação. O nosso obrigado.
terra e ela é parte de nós. As flores meus olhos, desabituados já de os
JULHO - 2018
11

Festival
Outros Olhares
Coordenado por:

Contra Corrente 2018


Manuel Casa Branca
m_casa_branca@hotmail.com

II Encontro
foi mais um brinde Internacional
ao alternativo de Aguarelas
de Montemor

Uma das oficinas de aguarela

Decorreu em Montemor-o-Novo, de 23 a 29 de Junho, o II Encontro


Internacional de Aguarelas de Montemor-o-Novo, uma co-organização da
Associação de Aguarela de Portugal e da Câmara Municipal de Montemor-o-
Novo, em parceria do Grupo dos Amigos de Montemor.
Sendo o principal mentor e dinamizador deste encontro o aguarelista do
concelho de Montemor, Júlio Jorge que ao fim de duas edições vem ganhando
experiência e aumentando a importância deste encontro no panorama
internacional.
Participaram neste evento Ari de Goes Jr. (Brasil), Carlos Avelino (Brasil),
Cesc Farré (Espanha), Dario Percy Ccallo (Perú), Ilya Ibryaev (Rússia), João
Cabral (Portugal), Nicolas Lopez (Perú) e Simonida Kitanovska (Macedónia).
Nos dias 23 e 24 de Junho de 2017, Art of Slowing Down”, lançado Boyz Gang continuaram a animar os Estes artistas foram ainda responsáveis por diversas oficinas de trabalho que
decorreu em Montemor-o-Novo mais em 2017 e com um “cheirinho” festivaleiros, madrugada fora. foram desenvolvidas ao longo da semana. Estas oficinas trouxeram a Montemor
uma (a quarta) edição do Festival do EP “Free Food Tape”, de 2015, Sábado, dia 24, Estereoclei- diversos aguarelistas nacionais e espanhóis interessados em aprender ou
Contra Corrente no jardim da estação. o s e t u b a l e n s e f e z v i b ra r u m domastóideo e Kabeção, com a sua desenvolver novas técnicas, demonstrando que Montemor, ficando a meio
Ao contrário do que tinha acontecido público maioritariamente jovem percussão original, usando um hang caminho entre a Capital e Espanha, é um ponto interessante para acolher estes
em edições passadas, este ano o e conhecedor da sua obra, tendo apenas, abriram uma noite também eventos.
festival contou apenas com dois dias. cantado a uma só voz com o artista. ela animada, mas mais focada no A evidência é o grau de satisfação revelado pelos artistas em relação à
Já a animação e todo o convívio, O mesmo finalizou ainda com uma rock, também ela apenas com artistas organização e à oferta paisagística e gastronómica que o concelho oferece.
esses não faltaram bem como o clima cover de Valete, um dos maiores nacionais. Na sexta-feira, dia 30 de Junho, no Convento de São Domingos, e com a
festivaleiro. nomes do “hip hop tuga”. Em seguida, os montemorenses presença dos Vereadores da Câmara Palmira Catarro e Gil Porto, teve lugar a
Sexta-feira, dia 23, a música Mantendo o registo de hip hop, Space Sailors fizeram o público vibrar sessão de encerramento da fase de oficina deste evento, e paralelamente foi
ficou a cargo de Pás de Problème, Valas, outro nome em ascensão, e cantar consigo algum reportório inaugurada a Exposição colectiva dos Artistas que participaram no encontro
uma banda multi-instrumental fechou a noite no jardim. O eborense afamado de bandas como Pearl Jam com mais de uma centena de trabalhos, e que pode ser visitada naquele local.
performativa, que animaram o jardim também se apresentou perante um e Rage Against the Machine. Contudo,
ao abrir as atuações com o seu público conhecedor, pelo menos os “viajantes do espaço” também
registo de festa. O grupo fechou o dos seus maiores êxitos, como “As presentearam o seu público com
Teatro

Theatron estreia
seu concerto com a frase: “que a ‘real coisas” e “Acordar assim”. Para além alguns originais. Pode-se dizer que
padrada’ esteja convosco”, antes de disso, o festival Contra Corrente estes criaram portanto uma bela
se dirigir ao halfpipe onde, com uma foi palco de um momento inédito surpresa para quem esteve presente,

Hotel da Bela Vista


tábua de skate, se misturaram com quando Slow J subiu ao palco para sempre com uma presença em palco
os próprios festivaleiros. ambos cantarem “Alma Velha”, uma animada e contagiante.
Em seguida, Slow J, um dos música em colaboração dos dois, com O final da música no palco teve
nomes em ascensão do rap produção de Lhast. Slow J notou: “É como protagonista Francisco Chaves e
nacional deu aquele que foi, talvez, a primeira vez que cantamos isto os a sua banda. Ou seja, Frankie Chavez.
o concerto mais aclamado desta dois, ao vivo.” O grupo, que em Abril lançou o álbum
edição do Contra Corrente. Com No after-hours, no Musicafé, Xxoy, “My Religion” e que, atualmente se
um foco em temas do álbum “The Fanfas e The Incredible Padrada encontra em tour pela Itália, ofereceu
um espetáculo, como é seu normal,
fortemente influenciado pelos Blues

UNISANTOS MOTORES E MÁQUINAS


COMÉRCIO E INDÚSTRIA,LDA
e Roots. Lembre-se que o artista já
tinha atuado em Montemor, tendo
pisado o palco secundário da Feira
REPRESENTANTES da Luz em 2015.
DAS MOTOSERRAS Também no segundo dia, o
Musicafé foi palco do afer-hours do
Contra Corrente, contando com Xxoy,
E VEÍCULOS Slight Confusion e Serginho.
Para além da música e dos
desportos radicais, há que destacar A Theatron Associação Cultural estreou no passado dia 15 de junho a sua
ainda que o festival teve, como é nova produção “Hotel Da Bela Vista!”, baseado num texto de Ödön von Horváth.
M OTO R E S DE R E G A , AC ES S Ó R IO S E T U BAG EN S habitual, foi palco de espetáculos Com encenação de Catarina Caetano, a mesma teve interpretação de Ana
L o ja e esc r it ó r io : O fic in a : artísticos e de mostra e venda de Filipa Galeano, Bernardino Samina, Filipe Fernandes, Hélder Pais, João Macedo,
R UA 5 DE O UT UB RO, 2 - A E 2 - B H OR TA DO G OI VO, LOT E 1 2 |1 3 artesanato, bem como de uma Leonor Pinto, Patrícia Vicente e Rosa Souto Armas.
Telefo n e : 266 89 2 375 Telefo n e : 266 89 3 2 93 exposição fotográfica. A peça esteve em cena no Cineteatro Curvo Semedo de 15 a 17 de junho,
Email: unisantos@sapo.pt | 7050 Montemor-o-Novo sempre com forte presença do público. Esta iniciativa cultural teve apoio da
Mauro Salgueiro Delca Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
JULHO- 2018
12 Cultura

Cultura
FMM de Sines
Filme das Oficinas
20 anos do Convento
a dar-nos vence Lebre de Ferro
música(s) Um filme português sobre os 20 anos da associação Oficinas do Convento
(Montemor-o-Novo) conquistou a Lebre de Ferro do Festival Internacional Filmes
sobre Arte Portugal 2018, que encerrou no passado dia 30 de junho, em Lisboa.

do mundo
De acordo com a direção do festival, o filme “20 anos de Oficinas num Convento”
(2017), realizado por Pedro Grenha, Rodolfo Pimenta e Rui Cacilhas, apresenta
uma leitura dos 20 anos de atividade daquela associação cultural de arte e
comunicação, no Alentejo, que cruza artes tradicionais com novas linguagens
contemporâneas.
A Lebre de Ouro do Festival foi entregue a “Central Museum”, de Jochen
Kuhn (Alemanha, 2016), e a Lebre de Prata foi para “In Art we Trust”, de Benoít
Rossel (Suíça 2017), sobre os rituais de passagem da “profissão” de artista.

Elida Almeida o novo talento de Cabo Verde (foto cedida pela organização) Educação

Na próxima semana, dia


19 de Julho, inicia-se aquele
brasileira Karina Buhr, de conteúdo
lírico incisivo, que certamente em-
Sines , entre Sines e Porto Corvo - não
deixe de considerar esta proposta Equipa Erasmus
promove debate
que é considerado um dos mais polgara a assistência. irrecusável e vá até Porto Covo,
importantes festivais internacionais Já em Sines, na semana seguinte, no Largo Marquês do Pombal, no
da “World Music”. Estamos a falar do regista-se a actuação de um dos primeiro fim de semana – 19 a 22
Festival Músicas do Mundo de Sines, seus talentos emergentes de Cabo - do festival, esta antiga povoação
que este ano tem a particularidade Verde, Elida Almeida, na tarde de de pescadores agora a registar forte
de completar 20 anos de existência. quarta-feira, dia 25. No dia seguinte, urbanização, mas ainda assim muito
Organizado pela Câmara à tarde, no Centro de Artes, outra aprazível, entre o mar e os campos
Municipal de Sines tem vindo a artista de língua portuguesa, Susana a perder de vista. Não deixe de
crescer e a afirmar-se, desde a 1.ª Travassos, uma voz com ligações à percorrer os escassos quilómetros
edição, em 1999 como a grande América do Sul, abrindo esse dia a para Sul em direcção à Praia da Ilha,
referência nacional para os amantes programação no palco do Castelo onde se tem uma das mais magníficas
do que de melhor a musicalque se Timbila Muzimba. Sexta-feira, 27, dia visões de todo o extenso e belo litoral
faz por esse mundo, muitas vezes fora grande para a participação brasileira alentejano: a Ilha do Pessegueiro a
dos circuitos comerciais. Nos últimos iniciando o programa no Castelo com surgir no final da estrada, mágica,
anos várias vezes premiado, recebeu a cantautor Tulipa Ruiz, seguindo- divina – vá até à Ilha, a nado ou
em 2017 o EFFE Award, atribuído pela se-lhe, lá mais para o final da noite e alugando uma “gaivota” ou um bote,
European Association a “seis dos mais três concertos depois – dois no palco dependendo da experiência de mar,
influentes festivais europeus, tendo o do Castelo e um na avenida da praia coragem e força.
júri destacado o papel deste festival – Cordel de Fogo Encantado, uma A partir de dia 23 e até à madru- No dia 2 de julho, entre as 09h30min e as 17h:30min realizou-se, no AEMN
na promoção de “uma diversidade banda em destaque na nova música gada do domingo seguinte, 29 de da Escola Secundária de Montemor-o-Novo, o Evento Final Erasmus ensino/
real – não uma diversidade cosmética” urbana brasileira que vai beber nas Julho, transfira-se para Sines, aloje- aprendizagem, designado, E ective Communication. Este evento contou com
e por constituir uma “celebração da raízes da tradição. Na madrugada do se bem perto do castelo para não a presença de investigadores, professores, formadores, representantes de
arte, da vida e do espírito cosmopolita”, dia seguinte, o último concerto, na perder pitada e passa os dias e as instituições locais e especialista na área da comunicação.
conforme disponibilizado em Nota de Avenida, fica a cargo da banda Scúru noites entre o castelo medieval, no A comunicação, nas suas múltiplas vertentes, foi o tema transversal do dia,
Imprensa pela organização do certame. Fitchádu, lisboeta de raízes africanas. passeio marítimo na Av. Vasco da ilustrado com as atividades e os produtos desenvolvidos, por todos os parceiros,
Nesta edição que assinala os No último Sábado, a língua Gama, junto à praia, no Centro de ao longo desta parceria colaborativa.
20 anos do FMM temos o maior portuguesa está presente em Artes de Sines ou no Largo Poeta Sendo o contexto educativo um ambiente de comunicação por excelência,
alinhamento de sempre, com 59 quatro dos dez concertos (leu bem, Bocage, palcos onde se desenrola pretendeu-se, com este evento, não apenas divulgar o trabalho desenvolvido,
concertos previstos, a que se adiciona dez concertos!) previstos para o o festival. E, sempre que possa, mas também potenciar momentos de partilha entre todos os participantes,
um conjunto vasto de iniciativas derradeiro dia do FMM, a saber: saboreie com o olhar ou com o corpo contribuindo, desta forma, para a promoção do sucesso educativo.
paralelas em várias áreas de ex- Live Low, grupo que apresenta no imenso mar azul, destino de férias
pressão artística. experimentações eletrónicas sobre preferido dos(as) alentejanos(as) no A Equipa Coordenadora
Nesta edição o FMM apresenta música tradicional, toca no Centro de século passado, antes das praias Ana Massano/Emília Isaías
músicos de 41 países e/ou regiões de Artes e Sara Tavares abre o programa algarvias estarem na moda.
todos os continentes: África do Sul, no palco do Castelo. Depois de bandas Está pois - mais uma vez - de
Alemanha, Argélia, Austrália, Brasil, da Austrália, Líbano e Zimbabué, que parabéns, a entidade organizadora, a
Cabo Verde, Colômbia, Cuba, Egito, certamente nos vão fazer delirar, e C M de Sines e toda a organização que
Espanha, Etiópia, EUA, Finlândia, quando a noite já estiver ao rubro soube imprimir um rigor ímpar a este
França, Gana, Hungria, Itália, Bulimundo, lenda viva de Cabo Verde certame, mas também a simpatia – e MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SILVA BORGES, LDA.
Jamaica, Líbano, Mali, Moçambique, e segue-se a encerrar a programação refiro nomeadamente toda a equipa da
Palestina, Paquistão, Polónia, do FMM de Sines de 2018 no palco do Comunicação e Imagem, Paulo Mestre
Portugal, Povo Tuaregue, RD Congo, Castelo uma das duas bandas que e os/as seus/suas colegas, que são
Reino Unido, Senegal, Síria, Suíça, estão na dianteira da nova música inexcedíveis, mas toda a logística que
Uma vasta gama em Materiais para Construção
Tunísia, Turquia, Rep. Tuva (Rússia), urbana atenta às raízes do outro lado permite avôs já entradotes levarem os
Venezuela e os estreantes Bahrein, do Atlântico, BaianaSystem. O Brasil, netos de tenra idade e juntos usufruírem Azulejos, Louças Sanitárias, Pavimentos e Decorações
Bielorrússia, Chipre, Eslovénia, Sudão na prática encerra esta 20.º edição dos concertos em segurança, assim
e Zimbabué. O alinhamento propõe do festival pois é brasileira a última como a limpeza permanente que se Acessórios para Casa de Banho, Autoclismos, Banheiras, Cabines,
artistas e grupos de referência, como banda a actuar no palco principal no verifica nos espaços. Torneiras
Bulimundo, Huun-Huur-Tu, Kimmo Castelo, ainda que a seguir actuem Este festival em que a escolha
Pohjonen, Konono n. º 1, Kroke, mais três bandas no palco da Avenida, dos artistas pretende erguer e ergue Ferragens de construção e Decoração
Maravillas de Mali e Oliver Mtukudzi, certamente que se vão prolongar até pontes entre culturas e promove a Tubos e Acessórios, Alumínio, Galvanizados, Inox, Latão, Spiro,
mas também novos valores como ao romper da manhã de domingo. igualdade da circulação de artistas,
são o caso de BaianaSystem, Elida Aliás, esta é a maior delegação dando ao público a oportunidade de PVC, Pex, Polietileno, Rega, Saneamento
Almeida, Sofiane Saidi, Sons of Kemet brasileira que o festival alguma vez conhecer músicos com origem em
Acessórios de Pintura, Colas, Lixas, Tintas e Vernizes, Isolamentos Diversos
e Vieux Farka Touré. recebeu e não deixa de ser curioso geografias ou propostas estéticas que
este final, certamente apoteótico, encontram menos espaço no circuito Arames, Cabos de Aço, Carros de Mão, Correntes, Escadas e Escadotes,
Lisboa africana em português, por artistas de outras comercial da música ao vivo, é algo de
paragens do planeta neste festival que nos orgulha enquanto alentejanos Parafusos, Pregos, Redes e Réguas
O FMM Sines 2018 tem o espe- de Sines, terra milenarmente ligada e a prova que é possível, também Escadas e Janelas de sótão, Clarabóias
ctáculo inicial, como já vem sendo ao mar, por via da sua situação no Alentejo, o desenvolvimento
tradição, cantado em português. Do geográfica única e também pela harmonioso e sustentado.
país anfitrião Aldina Duarte, inaugura presença tutelar de Vasco da Gama, Se quiser saber mais, não se
as “hostilidades” em Porto Covo, dia só possível num país de mar e acanha, consulte, www.fmmsines.pt Telef: 266 892 246 - Fax: 266 892 729
19. No dia seguinte actua Fogo Fogo, marinheiros como o nosso. … e marcamos encontro em Sines.
agrupamento musical representante Na bela costa alentejana – com a Av. Albino Cró Pimenta de Aguiar, 5 - Apartado 14
da Lisboa das mestiçagens africanas, maior língua de areia da Europa, que Eduardo M. Raposo
sendo antecedido pela cantautora se estende de Tróia até às portas de eduardoepablo@gmail.com 7050 Montemor-o-Novo
JULHO - 2018
DESPORTO 13

Ténis Atletismo

Diogo Gomes Bombeiros de Montemor


venceram Trail Longo
vence em Campo Maior de Borba
Realizou-se em Campo Maior mais Teve lugar no passado dia 24 de junho em Borba o I Trail Cidade de Borba
uma etapa do Torneio Smashtour nas distâncias de 30 Km o Trail Longo; Trail Curto de 18 Km e a Caminhada de
Zona Sul. Esteve presente o atleta do 10 Km. Os eventos tiveram o início na aldeia de São Gregório em Rio de Moinhos
CTMN Diogo Gomes (escalão verde). com a sua passagem pela Serra d’Ossa e a meta em Borba. Participaram nas 3
Depois de todos os jogos realizados, provas á volta de 300 atletas.
Diogo Gomes sagrou-se vencedor. A equipa montemorense marcou presença com 17 atletas.
No Trail Longo (30 km) os Bombeiros de Montemor venceram por Equipas
Rodrigo Leal vence em Setúbal com os atletas António Malhão que seria o 1.º no Escalão de M-50, Carlos
Mestrinho 5.º nos M-40 e de António Caeiro 4.º M-50.
O atleta do CTMN Rodrigo Leal Já no Trail Curto (18 km) Maria Correia venceu no escalão F-50 e Abílio
deslocou-se nos dias 30 de junho e 1 Catarro e António Gaspar seriam 2.º e 3.º classificado respetivamente em M-50.
de julho ao Clube de Ténis de Setúbal
para participar no Torneio Setúbal GP de Atletismo de S.João de Évora
Rio Azul, no escalão Sub 12. Depois
de todos os jogos realizados Rodrigo Atleta Maria Rodrigues vence em F-40
Leal sagrou-se campeão de singulares
e pares. A Cidade Museu recebeu no passado dia 24 Junho o XXXVII Grande Prémio
de Atletismo de São João. A prova de 10 Km onde participaram 168 atletas
Dupla CTMN finalista teve como vencedores Bruno Paixão do Beja Atlético Clube em masculinos e
do “I Masters Padel do Alentejo” oito duplas (duas duplas por Clube), os jogos realizados os vencedores de Raquel Trabuco em femininos.
em representação dos Clubes do foram JNVF/B. Santos (IP 7 A), que A atleta dos Bombeiros de Montemor Maria Rodrigues venceu no escalão
Realizou-se no Clube de Ténis Alentejo de Padel – Clube de Ténis de ganharam na final à dupla N. Brás/A. F-40 com o tempo de 48m:23s.
de Montemor-o-Novo, no dia 30 de Montemor-o-Novo, ESC Padel (Évora), Vedor Jr (CTMN A). A Equipa esteve presente com 4 atletas: João Rodrigues, que obteve o 38.º
Junho de 2018, o I MASTERS PADEL IP7 Indoor Padel (Évora) e Raquete Geral; Pedro Pereira, em 55.º; Nuno Rebocho em 58.º; e Maria Rodrigues, em
ALENTEJO, com a participação de Clube Vendas Novas. Depois de todos ZT 74.º lugar da geral.
A Equipa Montemorense classificou-se em 6.º lugar. Venceu o Beja Atlético
GUS Clube.
Os Bombeiros de Montemor-o-Novo vão fechar a época 2017/2018 dia 14

XV Convívio
de julho na Corrida Lagoa Santo André.

Rugby

da Velha Guarda do GUS RCM


com atelier de verão
Parece que foi ontem, e já lá vão bem defenderam, os antigos craques Respondendo a um apelo do José

para os mais novos


quinze anos. Foi no dia 6 de Junho de foram saudados por uma chuva Tivo no sentido de surgirem novas
2004 que tudo começou. Depois da intensa. A maioria optou por não se caras para a Comissão Organizadora
peladinha e da visita às instalações equipar, mas mesmo assim, a tradição deste Convívio, o António Paulo, o
do GUS, pelas 13,00 horas foi servido cumpriu-se e o resultado final foi um António Vedor, o Manuel Foito e o
Está a decorrer, desde 25 de Junho, o atelier de verão do Rugby Clube
no Bar-Restaurante “A Bancada” empate 2-2. Paulo Carriço, disponibilizaram-se
Montemor. A iniciativa surge em parceria com o Centro de Explicações Talisca
o aguardado almoço, no decorrer Depois do retemperador duche, para exercerem tal tarefa.
e pretende, não só promover o rugby entre os mais novos, como também dar-
do qual foram recordados tempos a comitiva deslocou-se até aos Neste XV Convívio, estiveram
lhes uma forma de diversão durante os meses das férias.
antigos com a camisola do União, pois Cavaleiros. Na esplanada do “Pôr presentes 50 unionistas, e pasme-se
Todas as segundas-feiras, entre as 9:30h e as 11:30h, os mais pequenos
esta iniciativa teve como objectivo do Sol” (a chuva deu uma trégua), - 30 deslocaram-se doutras terras,
podem praticar rugby de forma gratuita no Parque Desportivo de Montemor-
o reencontro de quem fez a história sardinhas assadas, rissóis, pasteis inclusive da Austrália.
o-Novo (campo sintético). O atelier decorrerá durante todo o mês de Julho e
deste Clube. de bacalhau, paio, queijo, presunto, Este ano, por motivos de saúde,
até ao dia 13 de Agosto e o RCM convida cada criança participante a “trazer um
Neste arranque, o número de porco na brasa e bebidas diversas, os antigos atletas Elisiário e Manuel amigo”.
presenças de “antigas glórias”, serviram de pretexto para a análise Duarte, e ainda, o carismático ex- Mauro Salgueiro Delca
ultrapassou as previsões mais do jogo, que ainda não contou com o dirigente António Luís Espadaneira,
optimistas. Ano após ano, o número vídeo-árbitro. não puderam estar presentes no
de participantes no Convívio foi Depois deste aquecimento, os convívio. Amigos, sei que vocês
cialid ades
aumentando, ultrapassando a cen- unionistas subiram até ao restaurante são fortes, e como tal, rapidamente
nova s espe
tena. Para participar nos convívios, não onde os aguardava um excelente superarão este momento. Votos de Imunoalergologia
faltou a um, o saudoso João Lálinho, almoço, cuja confecção mereceu os rápida recuperação e até para o Dra. Andreia Fer
rão
diagnostica e trata
deslocava-se num expresso do Minho, maiores elogios dos participantes, ano. relacionados com
problemas
alergias
e com o sistema
mais propriamente do concelho de com destaque para o “feijão de respiratório,

www.icevora.pt
sendo extremamen
Augusto Mesquita importante para
o combate
te

Monção e percorria uma distância molhinho”. No decorrer da refeição, a potenciais doen


ças

de 1.090 quilómetros - ida e volta. Américo Romeiras, membro da Meios Complementares de Diagnóstico | Exames de Urologia
A partir de 2012 esta tendência Comissão Organizadora do evento,
Exames de Angiologia | Exames de Audiologia
inverteu-se. O motivo? As “Velhas distribuiu pelos presentes um porta-
Exames de Cardiologia | Exames de Ginecologia
Glórias” mais idosas foram falecendo, chaves alusivo ao XV Convívio.
Análises Clínicas | Análises Clínicas ao Domicilio
e infelizmente, os seus lugares não Após o repasto e antes das
Consultas de Especialidade: Acupuntura | Anestesiologia | Audiologia
foram preenchidos pelos atletas palavras de circunstância, foi prestado
que ultimamente têm arrumado as um minuto de silêncio em memória Cardiologia | Cirurgia Geral | Cirurgia Pediátrica | Cirurgia Vascular
chuteiras. dos unionistas falecidos. José Dermatologia | Estomatologia | Endocrinologia | Gastroenterologia
No dia 3 de Junho decorreu mais Tivo, Narciso (comovidíssimo) e o Ginecologia | Hematologia | Imunoalergologia | Medicina Dentária
um convívio anual de antigos atletas, Presidente da Direcção do GUS Rafael Medicina Geral e Familiar |Medicina Interna | Neurocirurgia | Neurologia
dirigentes, treinadores, massagistas Jeremias usaram da palavra. Nutrição | Oftalmologia | Oncologia | Ortopedia | Osteopatia
e simpatizantes do GUS. A manhã Pelas 17,00 horas, os antigos Otorrinolaringologia | Pediatria | Pedo-Psicologia | Podologia | Psicologia
acordou com uma nebulosidade e craques - Amílcar Jordão, Narciso, Psiquiatria | Reumatologia | Sexologia | Urologia | Terapia da Fala
uma temperatura propícia a uma boa José Espanhol e Espada de Sousa, Massoterapia | Reiki
peladinha. Depois de porem a escrita antigo dirigente, e actualmente sócio Acordos:
Advancecare, Future Healthcare, Medicare, Médis, Multicare, RNA, SaúdePrime,
em dia, quando as velhas glórias se n.º 2, procederam à cerimónia do corte Servimed e Serviço Médico Permanente
dirigiam para os balneários para se do bolo, decorado com o emblema do
equiparem, envergando o mítico GUS, que foi acompanhado por um Bairro do Bacelo | Rua Tó Quim Barreto, 15 R/C | 7005-537 ÉVORA
equipamento alvi-negro, que eles tão fresquinho espumante. Telemóvel: 925 483 206 | Telefone: 266 780 200 | Fax: 266 780 209

Vila Lusitano (Polo) Rua Frei José Maria Évora, 25


7005-495 ÉVORA | Telefone: 266 709 823

apoia o desporto VIMIEIRO (Polo) Avenida Nova, 4 | 7040-610 VIMIEIRO ARL | Telef.: 266 468 058
HORÁRIO DE CONSULTAS: 2.ª a 6.ª Feira, 8 às 20 horas
HORÁRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E EXAMES: 2.ª a 6.ª Feira 8 às 11 horas

JULHO- 2018
14

NECROLOGIA
Bombeiros Voluntários
de Montemor-o-Novo
Mais um ano a equipa de manobras dos Bom-
beiros Voluntários de Montemor-o-Novo esteve
presente no 37.º Concurso Nacional de Manobras
de 2018 que decorreu em Braga no estádio 1.º de
Maio no passado fim de semana 2, 3 de Junho. Com
o apoio da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo,
União de Freguesias Nossa Senhora da Vila, Bispo e
Silveiras en a AIS Portugal.

António Celestino Celestino António


CARTÓRIO DO NOTÁRIO Melgueira d’Oliveira Narquel
Licenciado em Direito António Paulo Ramos Xavier em MONTEMOR-O-NOVO (António da Quinta) D.N.: 28-03-1936
Rua do Matadouro, n.° 16 - Edifício Rossio - Telefs: 266 898 060 a 66 - Fax: 266 898 067/069 D.N.: 13-2-1926 D.F.: 12-06-2018
Certifico narrativamente, para fins de publi- por esta, ao justificante, por cessão do respecti- D.F.: 16-06-2018
Participamos o falecimento do
cação que, por escritura de hoje, lavrada de fo- vo quinhão hereditário, por acto meramente ver- Sua prima e família participam nosso ente querido, marido,
lhas dois verso a folhas cinco, do Livro de Notas bal e por isso não reduzido a escrito, em catorze o seu falecimento. Agradecem pai, avô, bisavô, sogro e familiar
para Escrituras Diversas número Cento e Setenta de Julho de mil novecentos e noventa e seis e a reconhecidos, a todas as pesso- querido.
e Dois – F do Cartório do Notário António Paulo que atribuíram o valor de cinquenta mil escudos, as que acompanharam o fune-
ral do seu ente querido ou lhes Foi com tristeza que vimos par-
Ramos Xavier, sito na Rua do Matadouro, nº 16, equivalente a duzentos e quarenta e nove euros
apresentaram pêsames. tir no dia 12 de junho, alguém
Edifício Rossio em Montemor-o-Novo, foi exara- e quarenta cêntimos, valor este que foi pago com
que foi um “bom homem” que
da uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, dinheiro exclusivamente dele justificante, tendo não existiu, viveu, como lutador
na qual Francisco Manuel Torradinhas, natural por isso esta aquisição a natureza de bem próprio. e persistente durante a vida…
da freguesia de Santiago do Escoural concelho Que, a alienação realizada por sua tia, foi feita CLASSIFICADOS também o foi, na hora da parti-
de Montemor-o-Novo, devidamente autorizado com a transferência para ele adquirente e justifi- da, rodeado de amor…
por sua mulher, Margarida Maria Carvalho, natu- cante de todos os direitos e obrigações inerentes
VENDE-SE
ral da freguesia de Santa Susana, concelho de Al- ao quinhão hereditário alienado. Lote ou Terreno Agradecemos reconhecidamen-
cácer do Sal, casados sob o regime da comunhão Que, sucede porém que o tempo foi passan- Para construção te a todos aqueles que partici-
Telemóvel: 934 534 959 param nas cerimónias fúnebres
de adquiridos, residentes habitualmente na Rua do e a formalização daquele acto, cessão de
e a todos que de alguma forma
1.º de Novembro, lote n.º 2, 2.º andar esquerdo, quinhão hereditário, acima referido, através da
manifestaram o seu pesar e so-
povoação de Aires, concelho de Palmela, contri- competente escritura pública não chegou a ser lidariedade neste momento de
buintes números 101273584 e 101273576, pres- efectuada até hoje, o que impossibilita o justi- tristeza.
tou as seguintes declarações: ficante de apresentar título bastante para fazer
Que, actualmente é único titular da herança valer o direito a que se arroga. Um especial agradecimento a
ilíquida e indivisa de seus pais, Joaquim José Que, não obstante isso e tal acto ser nulo por LOCAIS DE VENDA todos os funcionários do Insti-
e mulher, Adelina Rosa Torradinhas, a mesma não revestir a forma legal, certo é que, logo após tuto de S. João de Deus.
Adelina Torradinhas, casados que foram entre a realização da indicada cessão de quinhão he- MONTEMOR
PAPELARIA JUVENTUDE Um bem haja especial a toda a
si sob o regime de comunhão geral e com última reditário feita por forma meramente verbal, ele
equipa dos Cuidados Paliativos
residência habitual na Rua Joaquim Carvalho justificante passou a ser possuidor de mais um PAPELARIA MIRA
pelo carinho, dedicação e pro-
Luís, número onze, vila do Escoural, freguesia de quinto indiviso da universalidade de bens mó- (Rua 5 Outubro) fissionalismo com que sempre
Santiago do Escoural deste concelho – conforme veis e imóveis que constituem e referida herança, PAPELARIA MIRA cuidaram do “Celestino”.
se verifica pelas escrituras de habilitação de her- posse essa que é exercida desde então, usufruin- (Lg. C. Gulben.)
deiros, lavradas, respectivamente, no dia catorze do assim, quanto a mais essa parte ou direito, os PAPELARIA S. MIGUEL Um agradecimento especial à
de Dezembro de dois mil, com inicio a folhas no- sempre falado móveis e imóveis que integram o Dra. Liliana, às esfermeiras: Ana
ESTAÇÃO RODOVIÁRIA Rita Cigarro, Rita, Dora, Alexan-
venta e nove do Livro número Sessenta e Um – E património hereditário, desde o seu inicío, pa-
PAPELARIA CAROL dra, Sara e ainda ao Sr. João, ao
e no dia vinte seis de Agosto de mil novecentos e gando os respectivos impostos e gozando todas
TABACARIA EUROPA Sr. Perdigão e à Dina “ Obrigado
noventa e quatro, com inicio a folhas sessenta e as utilidades por eles proporcionadas, com âni-
TABACARIA DO POSTO GALP por terem existido na sua vida”.
nove verso do Livro número Cento e Quarenta e mo de quem exercita um direito próprio, de boa
Um – B, ambos de Notas para Escrituras Diversas fé, por ignorar usar direito alheio, pacificamente TABACARIA DO POSTO BP As árvores morrem de pé.
do Cartório Notarial de Montemor-o-Novo, cujo – porque adquirida e exercida sem qualquer vio- PAPELARIA A NOTICIA E as pessoas que amamos
arquivo se encontra a cargo do Notário António lência, contínua – porque sem interrupções e pu- vivem dentro de nós…
Paulo Ramos Xavier e pela escritura de cessão de blicamente – porque exercida à vista e com pos- ESCOURAL
quinhão hereditário lavrada no dia dez de Julho sibilidade de ser conhecida por qualquer pessoa Bélinha e Cilinha
DL VIDEO
de dois mil e dezassete, com inicio a folhas dois e sem a menor oposição de quem quer que seja,
do Livro de Notas para Escrituras Diversas núme- tendo durado mais de vinte e sete anos.
ro Cento e Sessenta e Um – F, do Cartório do No-
tário António Paulo Ramos Xavier em Montemor-
Que, dadas as circunstâncias da indicada
posse, atrás enunciadas e em face do disposto Agência Funerária
-o-Novo. nos artigos 1251.º, 1255.º, 1260.º, 1261.º, 1262.º,
Que, os referidos, Joaquim José e mulher, 1263.º alínea a), 1287.º, 1288.º e 1296.º, todos do A Montemorense, Lda
Adelina Rosa Torradinhas, por sua vez, eram de- Código Civil, ele justificante adquiriu por USU-
tentores de uma quinta parte na herança ilíquida CAPIÃO, ou como ao tempo se denominava por De: Manuel Vicente Nunes Nabo
e indivisa de seus avós, Alexandre José Masmor-
ra e mulher, Custódia Carolina – de acordo com a
prescrição aquisitiva, com efeitos retrotraídos
à data de catorze de Julho de mil novecentos e
Serviço Permanente – 24 Horas
mencionada escritura de habilitação de herdei- noventa e seis, o direito relativo à parte que lhe Sede – 266 890 836 / 969 003 361
ros, lavrada com início a folhas sessenta e nove foi transmitida do sempre falado acervo heredi- Rua Luís de Camões, nº 8 - 7050 Montemor-O-Novo
verso do Livro número Cento e Quarenta e Um – B. tário, a qual engloba a universalidade da referida Filial – 265 890 727
Que, foi também herdeira de seus avós, sua herança e que inclui todos os bens móveis e imó- Av. 25 de Abril, nº 46 – 7080 Vendas Novas
tia, Francisca Pereira Masmorra da Silva, ao veis - usucapião essa que não é susceptível de Residência – 266 892 943
tempo casada com José Alberto da Silva, sob o ser comprovada pelos meios extrajudiciais nor-
regime imperativo da separação de bens, actu- mais, impossibilitando-o, assim e por natureza, Técnicos especialistas
almente já falecida, que teve a sua última resi- de ver reconhecido o seu direito de propriedade Tanatoestetica / Conservação Temporária do corpo
dência habitual na Rua Dr. Bernardino Machado, perfeita. Reconstrução Facial / Aspiração gástrica e intravenosa
número sete, indicada vila de Escoural.
Que, a parte ou direito que a indicada Francis- Montemor-o-Novo, 14 de Junho de 2018 Contacta-nos para orçamento grátis e sem compromisso
ca Pereira Masmorra da Silva detinha na herança
ilíquida e indivisa de seus pais, avós dele justifi- O Notário CONSELHOS ÚTEIS EM CASO DE FALECIMENTO DE UM FAMILIAR
- Os Familiares do Falecido tem o direito de escolha da Agência Funerária.
cante, Alexandre José Masmorra e mulher, Cus- António Paulo Ramos Xavier - Contacte directamente a Agência Funerária, evite a participação de terceiros ou
tódia Carolina, que é um quinto da quota ideal comissionistas.
ou quinhão hereditário da identificada Francisca - Peça orçamento com o valor total do funeral, discriminado por componentes.
Pereira Masmorra da Silva na universalidade que Conta Registada sob o n.º 1145 - É proibido aos Hospitais e lares de idosos, bem como os seus funcionários,
organizar ou sugerir a Agência Funerária junto aos utentes ou familiares.
constitui a referida herança, na qual se compre- Factura/Recibo
- É proibido a permanência dos agentes funerários nos serviços Hospitalares ou
endem bens móveis e imóveis, foi transmitido, FAC: 2018001/1089 em lares de Idosos com o intuito de realizar o Funeral.
Publicado no Jornal Folha de Montemor em 11/7/2018 DECRETO-LEI N.º 109/2010 DE 14 DE OUTUBRO

JULHO - 2018
Últimas 15

cartoon O regresso do Ti Tonho...

Turismo A minha mula já aderiu...


pela nacional 2 Nâ sei se tá em Chaves
A nacional 2 se em Faro!!!
está muito popular...
B. Voluntários ... 266 899 180/266 899 184
Câmara Municipal .................. 266 898 100 JULHO
Serviços de Água .................... 266 898 101
Centro de Saúde ..................... 266 898 900 14, 19, 24, 29 - Freitas
USF Alcaides ........................... 266 898 904 15, 20, 25, 30 - Sepulveda
SAP Urgências......................... 266 898 904 16, 21, 26, 31 - Novalentejo
Correios.............. 266 892 111/266 892 100
EDP - Assistência Técnica ....... 800 506 506 17, 22, 27 - Central
Farmácia Central .................... 266 892 242 18, 23, 28 - Misericórdia
Farmácia Freitas ..................... 266 892 226
Farmácia Novalentejo ............ 266 892 117 AGOSTO
Farmácia Misericórdia ............ 266 899 140 1, 6, 11 - Central
Farmácia Sepúlveda............... 266 857 804
G N R ....................................... 266 898 050 2, 7, 12 - Misericórdia
Hospital S. João Deus ............ 266 898 040 3, 8, 13 - Freitas
Táxis ................... 266 892 333/266 892 444 4, 9, 14 - Sepulveda
Central Táxis Digital................ 707 277 277
Climor ..................................... 266 898 280 5, 10, 15 - Novalentejo

Postos de vigia contra incêndios

Torre de vigia do Godeal Este programa de voluntariado é promovido


pela Câmara local desde 2006, e tem como
principal objetivo contribuir para a preservação

entrou em funcionamento a 1 de Julho


da floresta envolvendo os jovens do concelho
em ações vigilância.
Durante estes 12 anos de funcionamento
do programa já foram envolvidos mais de
A rede de vigilância primária dos postos de atividade”, explica o Capitão Pedro Gomes. A nível nacional a Rede Nacional de 400 jovens do concelho, estimulando assim
vigia contra incêndios começou, este ano, uma Desde o passado dia 1 de julho que o posto Postos de Vigia conta com 72 postos na rede a participação em ações de voluntariado,
semana mais cedo e termina cinco semanas mais da torre de vigia do Godeal” (localizada perto do primária e 230 postos na rede secundária, a necessidade de defesa da floresta contra
tarde, passando a estar ativa 24h por dia desde Ciborro) e a torre de vigia de Portel, iniciaram os contando para isso com 288 vigilantes mais incêndios e o contato com os agentes de
7 de maio até 6 de novembro. Em declarações seus trabalhos de vigia que funcionarão até 15 920, respetivamente. proteção civil do Concelho.
à Rádio Campanário, o Chefe da Secção do de outubro. A operacionalização deste programa tem
Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente Estes postos “estão a funcionar 24h”, Equipa de Vigilância Florestal também – segundo uma nota de imprensa
(SEPNA) do Comando Territorial da GNR de contando com “elementos civis contratos do Município de Montemor-o-Novo da autarquia - possibilitado o aumento da
Évora, Capitão Pedro Gomes, explicou que além pela GNR” que “vão trabalhar por turnos, para vigilância florestal e a diminuição do tempo
dos dois postos já acionados, o distrito manterá conseguirmos garantir que haja a máxima Desde o início do mês de Julho que já está de resposta entre a deflagração e o alerta e,
o mesmo número de postos do ano anterior. eficácia das pessoas que lá estão”, tendo por isso em funcionamento a Equipa de Vigilância consequentemente, o inicio de um combate
Para já, foram acionados os postos da recebido formação para levar acabo o trabalho Florestal do Município de Montemor-o-Novo, mais precoce e mais eficaz.
“Sra. da Esperança, no concelho de Viana de “vigia e identificação de possíveis focos de constituída por jovens voluntários. As inscrições para este programa continuam
do Alentejo, em Alcáçovas”, assim como “o incêndio”, no sentido de “comunicar para as A formação destes jovens foi ministrada abertas para jovens entre 18 e 35 anos. Os
posto de vigia da Serra D’Ossa, em Estremoz”, forças que estão no terreno” que irão “direcionar pelo. Serviço Municipal de Proteção Civil interessados podem aceder a mais informações
que como habitualmente “estes dois eram os meios de combate para o local”, esclarece o e Segurança da Câmara Municipal e pelos e efetuar também a inscrição no site do
sempre os primeiros postos que iniciavam Capitão Pedro Gomes. Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo. Município de Montemor-o-Novo.

AVISO

JULHO- 2018
JULHO 2018

J. Chapa
Escola de Ballet – Espetáculo de Encerramento

Um momento mágico das Iberas


alunas de Amélia Mendonza

No passado dia 7 de Julho, pais, amigos e familiares das


alunas da Escola de Ballet da Câmara Municipal de Montemor-
-o-Novo, encheram o Cineteatro Curvo Semedo para assistir às
Na segunda parte as alunas da Escola Ballet interpretaram
de forma irrepreensível, ao som da música de Igor Stravinsky,
MFN

Efeméride
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Jörg Böhm
completou 80 anos

total!
Proteção Verão 2018

Os olhos das crianças


também precisam de
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Montemor-o-Novo, localidade onde se instalou e se dedicou ao melhoramento das castas vitícolas
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Évora | Montemor | Reguengos
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JULHO - 2018

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