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GESTÃO DA ÁGUA
Na trilha da sustentabilidade
Centro Sebrae de Sustentabilidade oferece informação e conhecimento para que as empresas
tenham na sustentabilidade um aliado estratégico para os negócios.
Construir empresas de sucesso, com bons pro- primento de normas que vão além do simples cum-
dutos e serviços, além de consolidar uma marca de primento de leis. São novas regras impostas para
valor é um trabalho árduo e bastante compensador. a participação em licitações que pedem certidões e
Neste Século 21, empreendedores de todos os ta- certificações, além de conhecimento sobre os desa-
manhos ganham um aliado capaz de lançar suas em- fios desse novo século. No Brasil, amplas legisla-
presas em um mundo onde a ética nos negócios, o ções estão impondo ajustes na forma de trabalhar,
uso responsável de recursos naturais e o respeito às como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que
pessoas não apenas têm um grande apelo de mer- entrou em vigor no final de 2010 e tem reflexos pro-
cado, como tornam-se exigência para que a empresa fundos na gestão pública e privada de resíduos, e a
conquiste e mantenha uma posição de destaque jun- Política Nacional de Mudanças Climáticas, que co-
to a seus clientes. loca o país na liderança mundial para a implantação
Governos e grandes empresas estão fortale- de uma economia com baixas emissões de carbono,
cendo seus sistemas de controle e exigindo o cum- o principal gás causador das mudanças climáticas.
Trabalhar dentro de conceitos de sustentabili- lidade para oferecer o conhecimento necessário para
dade não é, como muitos podem imaginar, difícil ou a transformação dos micro e pequenos negócios em
mais caro. Implantar nas empresas a responsabili- direção ao novo mercado que já começou a se formar.
dade com o meio ambiente e com a sociedade, na
grande maioria das vezes, amplia a margem de lucro
e aumenta o valor das empresas e de seus produtos. s Cartilhas Sebrae de Sustentabilidade
A
A gestão eficaz de recursos hídricos se reflete dire- abordam temas diversos como:
tamente na redução de custos com este insumo, as- • Sustentabilidade
sim como a eficiência energética, seja no consumo • Gestão da Água
de eletricidade ou de combustíveis, tem um impacto
• Produção e Consumo Responsáveis
positivo direto, com a redução de despesas na conta
de luz ou na bomba de combustíveis. • Licenciamento Ambiental
Ser uma empresa que busca valor na sustenta- • Gestão Sustentável na Empresa
bilidade também rende benefícios na relação com os • Certificações
clientes, sejam eles consumidores finais ou outras • Eficiência Energética
empresas que utilizam seus produtos ou serviços. No • Gestão de Resíduos Sólidos
entanto, para mudar é preciso compreender por que
mudar. O Centro Sebrae de Sustentabilidade está
lançando a série Cartilhas Sebrae de Sustentabi- Boa leitura.
Gestão de Água
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Gestão da Água
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Gestão de Água
CO2
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Gestão da Água - Conceitos
O valor da água
Baixa disponibilidade Os múltiplos usos da água
A água é um recurso natural com grande valor Entre os usos múltiplos da água destacam-se
“econômico, social e ambiental”. É essencial para a os de geração de energia, produção agropecuária
vida e para a economia. No entanto, ainda é pouca a e industrial, consumo doméstico, entre outros. O
percepção de seu valor. uso intensivo exigido pela humanidade, atualmente,
O volume de água no planeta é estável, mas a provoca impactos que excedem a capacidade dos
sua disponibilidade varia bastante, de acordo com mecanismos naturais de purificar a água. Está claro
a região. Sabe-se que 97,5% de toda água na Terra para os especialistas que atualmente a utilização da
é salgada, e está nos mares e oceanos, e apenas água requer um planejamento avançado, para ga-
2,5% é doce. Desta parcela, 1,72% está congelada rantir a sua disponibilidade permanente, o que quer
nos polos Sul e Norte e geleiras no alto de monta- dizer implantar o seu “uso sustentável”.
nhas e 0,75% são águas subterrâneas. Faz parte da Existem diversos documentos e declarações
constituição das plantas e animais, 0,02%, restando globais em defesa das águas. Em 1996, foi criado o
apenas 0,01% de toda água do planeta disponível World Water Council (Conselho Mundial da Água),
em rios, lagos e represas. que debate anualmente a questão no Fórum Mun-
Mesmo onde existe em abundância, a água dial da Água, com participação dos principais países
pode se tornar escassa para os seus múltiplos usos, do mundo. Entre nós, a utilização da água é regu-
em virtude da poluição, da degradação ambiental e lamentada pela Lei 9.433, de 1997, que instituiu a
das mudanças climáticas, provocadas pelas ativida- Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema
des humanas. Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
criando a estrutura necessária para uma gestão in-
tegrada das águas.
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Gestão da Água - Conceitos
A diversidade de usos da água é tão grande que Garantir a qualidade das águas é função do go-
qualquer usuário deste recurso natural é obrigado a verno, mas interesse de todos. Um rio ou lago limpos
obter uma outorga junto ao órgão público responsá- valorizam uma área, atraem turistas, moradores e
vel. Não existem águas particulares, empresas para seu entorno e, por-
ou seja, pela lei todos os lagos, rios tanto, ampliam as oportunidades
ou cursos d’água são públicos. A O Brasil detém de negócios. Se estiverem poluídos
responsabilidade sobre eles é dos
municípios, Estados e federação, 11,6% e mal cheirosos podem desvalorizar
rapidamente as instalações ao seu
de acordo com sua abrangência, da água doce redor. Logo, é melhor conhecer e res-
mesmo que localizados em terras superficial peitar as normas estabelecidas em
do mundo.
particulares. defesa deste bem natural.
Por isso, qualquer atividade que No entanto, administrar essa
Da água disponível
altere a quantidade ou a qualidade diversidade de usos revelou, ao lon-
da água existente em um local pas- no Brasil, 70% go da história, a necessidade de um
sa pelo controle público. Atividades está localizada modelo de gerenciamento participati-
nas margens de veios aquáticos, por na Amazônia. vo. Os mananciais, de acordo com as
exemplo, têm restrições severas, leis mais avançadas no mundo, são
para preservar a qualidade da água. gerenciados por um Comitê de Bacia,
É importante consultar os órgãos competentes an- onde cada usuário deve ter espaço para participação.
tes de iniciar qualquer atividade nestes locais, con- Esta participação permite não só acompanhar as re-
siderados APPs (Áreas de Preservação Permanente). gras como influir em sua formulação e atualização.
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Gestão da Água - Conceitos
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Gestão da Água - Conceitos
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Gestão da Água - Conceitos
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Gestão da Água - Conceitos
O grande desafio
A água invisível
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
POR TIPO DE CONSUMO
É preciso destacar que o consumo humano dire-
to de água é baixo se comparado ao uso para irriga-
ção e industrial. Existe um custo em água escondido 16,4%
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Gestão da Água - Conceitos
O consumo responsável
Aves
Carne
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Gestão da Água - Práticas
Conquistas e avanços
Reparando os estragos Exigências crescentes
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Gestão da Água - Práticas
Foram marcados pelo fortalecimento das dis- Em 1997, foram criados a Política Nacional e
cussões e alertas ambientais, mostrando os riscos o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recur-
que as atividades humanas estavam causando no sos Hídricos pela Lei 9.433, a Lei das Águas. Ela
planeta. Despertou-se a consciência sobre os danos procurou alinhar a gestão das águas no Brasil, por
aos bens naturais e a necessidade de protegê-los. intermédio da formação dos Comitês de Bacias
Hidrográficas, Conselhos Nacional e Estaduais de
Anos 1980 Recursos Hídricos e as Agências de Bacias. Este
trabalho é coordenado pela ANA (Agência Nacional
Surgiram as primeiras legislações de controle das Águas), criada em 2000.
ambiental, regulando as atividades industriais e o Estas são as instâncias para se acompanhar e
despejo de efluentes. Em junho de 1986, o Conama influir nas regras que gerenciam os recursos hídri-
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabeleceu, cos, assim como as Secretarias de Meio Ambiente
na Resolução 20, a classificação das águas em do- de cada Estado, que também têm a prerrogativa de
ces, salobras e salinas no território nacional e o uso elaborar suas próprias leis e normas para a outorga
que se poderia dar a cada uma delas. Esta norma e uso dos cursos d’água, assim como de proteção
também especificava a qualidade da água adequada aos mananciais de água doce destinados ao abas-
para o abastecimento púbico e serviu de referência tecimento humano.
para as legislações estaduais ligadas e as normas
seguintes que trataram deste tema.
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Gestão da Água - Práticas
Tipos de uso
Os corpos d’água são classificados em diver-
sas classes, de acordo com o seu grau de pureza.
Atualmente, a qualidade, a condição e as normas
para cada uso de água são reguladas pela Resolu-
ção 357/05 do Conama que estabelece os critérios
para cada classe de corpos d’água. Esta resolução
foi complementada pela 430/11, que definiu as re-
gras para o despejo de efluentes nos cursos d’água.
A classificação dos mananciais é importante
para a gestão da água porque serve como parâme-
tro para a definição de seus usos, para o estabe-
lecimento do valor da cobrança, para a fixação da
qualidade mínima dos efluentes que podem ser des-
pejados ali, entre outros.
Pela classificação, fica estabelecida, por exem-
plo, a qualidade necessária para que um manancial
seja utilizado para saciar a sede humana e de ani-
mais, ou para cultivo de plantas e peixes, ou ainda
para lazer, esportes, tratamento de saúde, higiene
pessoal, limpeza das casas e instalações, para a na-
vegação e transporte, ou usos industriais diversos
como resfriamento, banhos químicos, fabricação de
concreto e outros.
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Gestão da Água - Práticas
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Gestão da Água - Práticas
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Gestão da Água - Práticas
A cobrança pelo uso da água captada direta- Todos os usuários de uma bacia hidrográfica têm
mente dos mananciais, assim como pelo despejo a oportunidade de participar do processo de implan-
de efluentes, foi instituída no Brasil por meio da Lei tação da cobrança pelo uso da água, nas reuniões
9.433, de 1997. O objetivo da cobrança é estimular plenárias dos Comitês de Bacia ou nas audiências
seu uso racional e gerar recursos fi- públicas. Nesse período são defini-
nanceiros para investimentos na re- dos os critérios e valores a serem
cuperação e preservação das bacias
hidrográficas.
R$ 130,5 cobrados. O pagamento pelo uso da
água, nos locais onde já foi instituí-
A implantação da cobrança, no milhões do, é obrigatório e é feito conforme o
entanto, é um processo complexo e foram arrecadados volume utilizado, declarado no pedi-
demorado, encabeçado pelo Comitê em 2011 com a do de outorga.
de Bacia em conjunto com os ór- cobrança de água Até 2011, a cobrança estava
gãos reguladores, como a Agência no Brasil. implementada em três bacias hidro-
Nacional de Águas (ANA), agências gráficas de rios de domínio da União
reguladoras estaduais ou departa- e 17 de domínio estadual, totalizando
mentos de água municipais, dependendo da abran- 20 bacias, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo
gência da bacia. e Minas Gerais, além da bacia do Rio São Francisco.
Em 2011, arrecadou-se um total de R$ 130,5 milhões
com a cobrança. Os recursos são repassados integral-
mente às agências de águas das bacias para investi-
mentos em recuperação e preservação hidrográfica.
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Gestão da Água - Práticas
Efluentes
As águas já utilizadas, em indústrias ou em do- constantemente. Anualmente, até o dia 31 de mar-
micílios, são chamadas de efluentes e o seu retorno ço, o responsável por fontes potencial ou efetiva-
aos córregos, rios, lagos ou represas, também deve mente poluidoras das águas deve apresentar ao ór-
obedecer normas rígidas, reu- gão ambiental uma declaração
nidas recentemente em reso- de carga poluidora, contendo
luções do Conselho Nacional No Brasil, são produzidos as características qualitativas
de Meio Ambiente (Conama).
A Resolução Conama 430, 32 milhões e quantitativas dos efluen-
tes, baseada em amostragem,
de 2011 (que complementa a de metros cúbicos de águas assim como o estado de ma-
Resolução 357/05), estabelece residuais por dia. nutenção dos equipamentos
que os efluentes de qualquer e dispositivos de controle de
fonte geradora só podem ser Deste total, apenas poluição. Empreendimentos
lançados diretamente nos cor-
pos receptores após o devido
14 milhões de pequeno porte podem ser
dispensados da declaração
são coletados e somente
tratamento e desde que obe- pelo órgão competente.
deçam às condições, padrões 4,8 milhões
e exigências dispostos nesta de metros cúbicos
Resolução. A legislação atu- de esgoto são tratados.
al prevê pena de prisão para
quem não observar as cargas
poluidoras permitidas para os lançamentos.
De acordo com a norma, a qualidade e a quanti-
dade dos efluentes lançados devem ser monitoradas
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Gestão da Água - Propostas
Compensação ambiental
Toda vez que uma obra indispensável provocar criou em 4/11/2010, por meio da Portaria 416, a Câ-
algum tipo de dano ao curso d’água e à biodiversi- mara Federal de Compensação Ambiental (CFCA),
dade, é necessário estabelecer uma compensação composta por representantes dos governos federal,
ambiental. Para isto, no licenciamento é exigido um estaduais e municipais, da indústria, do meio aca-
Estudo de Impacto Ambien- dêmico e das organizações
tal (EIA) e um Relatório de civis. Seus integrantes defi-
Impacto Ambiental (Rima), Embora não elimine nem prioridades e diretrizes
instrumentos que permitem
definir o tipo e a dimensão da o impacto para aplicação da compen-
sação ambiental, avaliam
compensação a ser feita para provocado pela intervenção, e auditam o seu cálculo e
neutralizar o dano esperado.
Embora não elimine o
a compensação ainda agilizam a regulariza-
ção fundiária de Unidades
ameniza e contribui para o
impacto provocado pela inter- de Conservação (parques,
venção, a compensação ame- reequilíbrio reservas, etc.) e seus planos
niza e contribui para o reequilí- do ambiente natural. de manejo.
brio do ambiente natural. Esta
compensação pode envolver
a preservação de nascentes e represas em outros
pontos da bacia em questão ou também ser cobrada
na forma de um valor monetário a ser utilizado em
projetos de recuperação e conservação da natureza.
O governo quer utilizar inclusive as taxas dos
licenciamentos ambientais para estes fins. Assim,
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Gestão da Água - Propostas
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Gestão da Água - Propostas
Reúso da água
As pressões para a sustentabilidade dos recur- oportunidade de negócios para empresas do setor
sos hídricos no Brasil têm levado à adoção de medi- de saneamento.
das até agora pouco exploradas, como reciclagem e A separação de águas marrons (de esgoto) das
reúso da água. Cresce a consciência de que a água águas cinzas (de cozinha, chuveiro e pias) é uma
tratada e potável tem um custo elevado para todos, medida que pode facilitar a prática de reutilização.
portanto não pode ser utilizada para lavar calçadas, Tratamentos naturais por sistemas biológicos, onde
carros, regar jardins e outros plantas e animais capturam
fins que não exigem alto grau a matéria orgânica e filtram
de pureza. Instituições de pesquisa têm e reoxigenam as águas tam-
Indústrias, condomínios,
órgãos públicos e até resi- investido bém podem ser montados em
pequena ou grande escalas
dências começam a perceber no desenvolvimento para permitir inúmeras utili-
a importância de reutilizar a de tecnologias para zações de uma mesma água.
água. Instituições de pesqui- institucionalizar
sa têm investindo no desen-
volvimento de tecnologias, e regulamentar
treinamento e divulgação de o reúso da água no Brasil.
informações com o objetivo
de institucionalizar e regula-
mentar o reúso da água no Brasil.
Esta prática tem se desenvolvido rapidamente
entre as empresas, pelo resultado econômico de-
corrente da economia de água, tornando-se uma
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Gestão da Água - Propostas
Alagados
Um tratamento natural da água Sistema wetland
A natureza sempre cuidou de limpar e reciclar Estes sistemas vivos podem ser eficazes em
a água, deixando-a pronta para outra vez gerar e escala individual, como na Ecovila de Los Angeles,
manter vidas. Os solos servem como filtros naturais, onde um destes permitiu renovar a mesma água de
a evaporação separa as moléculas de água das im- um banho para novas duchas durante todo o ano em
purezas, os rios e corredeiras a oxigenam. Na reali- um de seus banheiros, ou em escalas bem maiores,
dade, utilizamos hoje a mesma água que os próprios como em Auroville na Índia, onde os efluentes de
dinossauros consumiram, milhões de anos atrás. duas mil pessoas são purificados desta forma.
Ser sustentável é imitar a natureza e tratar a A formação de um alagado, ou wetlands, como
água que se utiliza de forma natural, não adicionar são chamados internacionalmente, para tratar a
produtos químicos ou ter gastos intensos de energia. água requer especialistas capazes de calcular as
O método natural faz a água passar por filtragem, dimensões de cada etapa, conforme a vazão de
em areia e materiais porosos, e a coloca em contato efluentes prevista. Esta tecnologia foi aprimorada
com plantas, micro-organismos e peixes que retiram no Brasil pelo O Instituto Ambiental (OIA), de Petró-
as impurezas do meio aquático. Ao mesmo tempo, polis, que cria biossistemas integrados.
como na natureza, deixa-a exposta à ação purifica-
dora do Sol, em largas extensões de alagados.
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Gestão da Água - Propostas
Cisternas e reservatórios
Sucesso no semiárido O cultivador de águas
Para ter água sempre, é importante mantê-la Podem ser construídos também reservatórios
por perto. Em regiões em que ela desaparece em de- naturais, aproveitando o próprio escoamento das
terminadas épocas do ano, é possível armazená-la tempestades, como fez o morador do vilarejo de
em cisternas ou reservatórios grandes, suficientes Zvishavane, no Sul do Zimbabwe, Zephania Phiri
para o consumo local. Guardar água das chuvas é Maseko, que ganhou a fama de “cultivador de água”
uma solução boa e de baixo custo que tem se ex- em seu país. Ele aprendeu sozinho a reter as águas
pandido pelo Brasil. em suas terras. Observando seus caminhos durante
Um exemplo disso é o programa Um Milhão de as chuvas, ele construiu com as próprias mãos, bar-
Cisternas, que a ASA (Articulação no Semi-Árido) reiras em pedras e covas, que diminuíam a velocida-
executa no Nordeste brasileiro com parceiros e de das enxurradas em seus três hectares. Com isto,
apoio dos governos estaduais e federal. As cisternas a água escoava lentamente, permanecendo em suas
podem ser construídas no local, com ferro e cimen- terras semanas depois do fim das chuvas.
to, uma tecnologia barata e fácil de ser aprendida Desta forma, aumentou a produtividade do seu
e replicada. solo árido e estabeleceu um círculo virtuoso: com
mais vegetação, umedeceu a temperatura e conser-
vou mais as águas que se armazenavam ali. Para o
senhor Phiri, “o solo é como uma lata, que precisa
segurar a água. As voçorocas e a erosão são como
uma lata com buracos, que permitem que a água e a
matéria orgânica escapem. Estes buracos precisam
ser tapados”.
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Gestão da Água - Propostas
Biodigestores
ma saída para dificuldades
U Solução em pequena escala
do saneamento
Uma tecnologia que facilita muito resolver esta
O tratamento dos esgotos é uma questão vital realidade são os biodigestores. Estas câmaras sem
para a sustentabilidade dos recursos hídricos. O tra- luz ou oxigênio drenam a água do esgoto e usam
tamento de esgotos no Brasil ainda é precário. As bactérias naturais para digerir a massa orgânica res-
80 maiores cidades do país tratam apenas 39% de tante. Podem ser construídas em tijolos, sob jardins
seus esgotos. Nos municípios menores este índice é e áreas de lazer, ou instaladas já prontas, feitas em
menor ainda e na zona rural praticamente não exis- PVC ou fibra de vidro.
te. Nos grandes centros urbanos, o esgoto não tra- Sua eficácia é comprovada em países que já os
tado tem sido lançado em córregos e rios. Na zona utilizam em larga escala, como a China, inclusive
rural, as fossas são a destinação mais comum para para pequenas demandas, como uma única casa ou
o esgoto, que se infiltra no solo, contaminando os sítio. Dependendo da quantidade de matéria-prima
lençóis freáticos e os aquíferos. tratada, o gás metano gerado, fruto da ação da di-
O saneamento básico caminha para a adoção gestão anaeróbica (sem ar), serve como fonte de
de soluções mais sustentáveis econômica, social e energia para cozinhar e aquecer a água.
ambientalmente. Em muitas cidades, não há mais Exemplos e mais detalhes sobre esta tecnologia
espaço para grandes estações de tratamento de podem ser obtidos com O Instituto Ambiental (OIA),
esgoto. Além disto, o tratamento convencional é no site http://www.oia.org.br.
bastante custoso, especialmente as adutoras e o
bombeamento de todo o esgoto até estações dis-
tantes das moradias.
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Gestão da Água - Propostas
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Gestão da Água - Propostas
Córregos urbanos
A opção é renaturalizar despoluindo os córregos da cidade. É feita a restau-
ração das margens, que ganharam trilhas e equipa-
Até recentemente, o planejamento urbano mentos de lazer, permitindo um convívio prazeroso
priorizou a canalização dos cursos d’água poluídos. entre cidadãos e o curso d’água. Renaturalizar, em
Mas a poluição das águas, dessa forma, se agra- vez de canalizar, além de recuperar a saúde da água,
va. Seguir o ciclo vivo e dinâmico da água contribui evita lançamentos de poluentes ilegais comuns
muito mais com o córrego do que canalizá-lo. Assim, quando estes se escondem sob as ruas das cidades.
a renaturalização surgiu como opção à canalização.
Isto aconteceu em Seul, na Coreia do Sul. A
sua prefeitura desmontou viadutos e avenidas e
transferiu lojas de local para fazer ressurgir os 5.865
metros do Rio Cheonggyecheon, no coração da cida-
de. As margens foram restauradas com vegetação
nativa. A nascente e todo o percurso ficaram livres
de despejos, com a construção de uma adutora para
captá-los e levá-los a uma estação de tratamento
adequada. Suas águas voltaram a ser cristalinas, a
temperatura no centro da cidade ficou mais amena
e as pessoas passaram a frequentar seu percurso,
com alegria, declarando-se menos estressadas com
a presença do rio limpo na paisagem.
Este exemplo inspirou a criação do Programa
de Parques Lineares, na capital paulistana, que vem
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RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS SUSTENTABILIDADE GESTÃO DE
ENTO AMBIENTAL CERTIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SUSTENTABILIDADE PRODUÇÃO E CON
RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS SUSTENTABILIDADE GESTÃO DE
NERGÉTICA CERTIFICAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PROD
ENTO AMBIENTAL CERTIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
ÃO DE ÁGUA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA CERTI
ÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS SUSTENTABILIDADE GESTÃO DE ÁGUA LICENCIAMENTO AM
BIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL GESTÃO AMBIENTAL NA EM
ENTO AMBIENTAL CERTIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
NA EMPRESA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GEST
ÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS SUSTENTABILIDADE GESTÃO DE ÁGUA LICENCIAMENTO AM
TÃO DE ÁGUA GESTÃO DA ÁGUA PRODUÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEI
ENTO AMBIENTAL CERTIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
FICIÊNCIA ENERGÉTICA GESTÃO SUSTENTÁVEL NA EMPRESA PRODUÇÃ
ÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS SUSTENTABILIDADE GESTÃO DE ÁGUA LICENCIAMENTO AM
O DE ÁGUA PRODUÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEIS GESTÃO AMB
ENTO AMBIENTAL CERTIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
TIFICAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA GESTÃO DE RESÍDUO