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Comentário: Note que um recurso não é escasso se não for desejado. Ou seja, mesmo
que um bem esteja disponível em pequena quantidade ele pode não ser escasso caso
ninguém o desejado.
A escassez de recursos obriga indivíduos e empresas a fazerem escolhas. Estas por sua
vez implicam no que chamamos em economia de “trade-offs” ou escolhas mutuamente
excludentes.
Dessa forma, assumiria-se que a empresa busca a maximização do valor presente dos
fluxos de caixa futuros esperados para os acionistas.
Quando dizemos que os agentes são racionais, estamos assumindo que pessoas e
empresas são capazes de estabelecer uma relação de ordem ou hierarquia de suas
preferências. Assim sendo, as escolhas de indivíduos e empresas são feitas com base em
preferências, isto é, são escolhas racionais.
1.7. Conclusão: É próprio da natureza humana tornar os recursos escassos, uma vez
que todos gostariam de ter mais do que os recursos disponíveis pudessem lhes
proporcionar. A escassez de recursos, por sua vez, obriga empresas e indivíduos a
fazerem escolhas baseadas em suas hierarquias de preferências. Cabe à economia
estudar de que forma empresas e indivíduos fizeram, fazem, devem fazer e farão suas
escolhas.
2. Macroeconomia X Microeconomia
2.1. Macroeconomia
2.2. Microeconomia
Comentário: o foco da Microeconomia recai sobre a escolha individual, isto é, diz respeito
à tomada de decisão de um indivíduo ou uma empresa e suas conseqüências para o
mercado.
Exemplo: a queda na taxa básica de juros da economia pode ser um incentivo para
investimentos (financiamento para aquisição de máquinas, por exemplo).
A análise marginal é aquela que estuda os efeitos produzidos por uma pequena variação
numa determinada variável, conhecida como variável de controle. Ou seja, dada uma
pequena variação (variação na margem) na variável de controle, o que acontece com as
demais variáveis na margem.
Pode-se também definir a análise marginal como aquela em que se busca conhecer o
quanto se acrescenta a determinada variável quando se adiciona uma unidade na variável
de controle.
Exemplo:
TABELA I
Produção Receita Custo Lucro
1 unidade R$100 R$80 R$20
2 unidades R$200 R$150 R$50
3 unidades R$300 R$220 R$80
4 unidades R$400 R$280 R$120
5 unidades R$500 R$380 R$120
6 unidades R$600 R$490 R$ 110
TABELA II
Produção Receita Marginal Custo Marginal Lucro Marginal
1ª unidade R$100 R$80 R$20
2ª unidade R$100 R$70 R$30
3ª unidade R$100 R$70 R$30
4ª unidade R$100 R$60 R$40
5ª unidade R$100 R$100 R$0
6ª unidade R$100 R$110 -R$10
ii. A 6ª unidade não deve ser, em princípio, produzida porque acarreta em lucro
marginal negativo (-R$10), o que implica em redução no lucro da empresa
(de R$ 130 para R$ 120).
GRÁFICO I
Produção x Lucro
R$ 140
R$ 120
R$ 100
R$ 80
Lucro
R$ 60
R$ 40
R$ 20
R$ 0
1 2 3 4 5 6
Unidades
GRÁFICO II
R$ 40
R$ 30
Lucro Marginal
R$ 20
R$ 10
R$ 0
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
-R$ 10
-R$ 20
Unidade
Como foi visto no item 1.3, indivíduos e empresas necessitam fazer escolhas, tendo em
vista a escassez de recursos. E estas escolhas por sua vez implicam em trade-offs. O
custo de oportunidade seria uma forma dimensionar o quanto renunciamos quando
optamos por determinado caminho. Em outras palavras, custo de oportunidade é o valor
que deve ser renunciado da melhor alternativa quando se faz determinada escolha.
Bem A Bem B
Produção hoje 10 unidades 0 unidade
Produção após estudo 9 unidades 2 unidades
Perguntas:
Resposta:
5. Lei da Demanda
A Lei da Demanda afirma que quando o preço de um bem aumenta a sua quantidade
demandada diminui. Portanto, preço e quantidade demandada guardam entre si uma
relação inversa. Tal relação, entretanto, só é possível em razão basicamente dos dois
efeitos: efeito renda e efeito substituição.
Efeito Renda
Efeito Substituição
Exemplo: Uma empresa, após aumentar o preço de um bem em 50%, verificou que
sua quantidade demandada reduziu em 30%. Após um estudo mais aprofundado
verificou-se que 2/3 da redução deveu-se à menor quantidade demandada por aqueles
que já consumiam o bem (efeito renda) e 1/3 deveu-se à redução da quantidade
demandada em razão da substituição daquele bem por outro (efeito substituição).
Efeito Renda
Variação na
Variação de Preços Quantidade
Demandada
Efeito Substituição
Demanda individual
Para a obtenção da curva de demanda será usado o conceito de demanda individual, que
representa o preço que o consumidor está disposto a pagar para consumir uma unidade
adicional de determinado bem.
Demanda de Mercado
P1 A
P2 B
C
P3
Q
Q3 Q2 Q3
Comentários:
(i) Cada ponto da curva de demanda individual representa o preço máximo que o
consumidor estaria disposto a pagar para adquirir uma unidade adicional do
bem. Nesse sentido, a curva de demanda representa o benefício marginal
obtido pelo consumo de uma unidade adicional do bem.
(iv) A soma das curvas de demanda individual nos dá a demanda de mercado para
o bem.
P1 A
P2 B
C
P3
Q3 Q2 Q3 Q
Função de Demanda
1. Determinar:
Resolução:
Bens normais: são aqueles cuja demanda aumenta quando a renda cresce. Podem ser
subdivididos em:
Bens inferiores: são aqueles cuja demanda diminui quando a renda cresce.
Exemplo: normalmente quando os bens atingem o fim do seu ciclo de vida passam
a se comportar como bens inferiores. O televisor em preto e branco pode ser dado como
exemplo. Com o surgimento do televisor em cores, mesmo o aumento de renda não foi
capaz de aumentar a demanda por televisores em preto e branco, uma vez que ele
representava uma tecnologia ultrapassada. A carne de segunda poderia ser um outro
exemplo. Em geral, os bens de baixa qualidade possuem esse comportamento.
Bens comuns: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando os preços
diminuem. É a própria Lei da Demanda, que será
Bens de Giffen: são bens inferiores cuja quantidade demandada aumenta quando os
preços aumentam.
Comentário: Para os bens de Giffen, o efeito renda é muito superior ao efeito substituição.
5.2. Elasticidade
uma redução nos impostos, o que acarretaria um recuo nos preços, em tese. A
elasticidade-preço da demanda também seria muito útil nesse tipo de análise.
Além disso, dados dois bens, poderíamos estar interessados em saber de que forma a
variação no preço de um bem afeta o outro. Neste caso, teríamos que investigar a
elasticidade-preço cruzada da demanda ou simplesmente elasticidade cruzada da
demanda.
No lado da oferta, como veremos mais à frente, podemos também calcular a elasticidade-
preço da oferta, que representa a reposta da quantidade ofertada a uma variação de
preços.
Também veremos mais à frente que empresa pode estar interessada em conhecer o
quanto a produção responde a uma variação nos insumos. A elasticidade da produção
nos daria essa reposta.
Elasticidade-preço da demanda
∂D P
ε P ,D = ⋅
∂P D
∆D
∆D % ∆D P
ε P,D = D = = ⋅
∆P ∆P % ∆P D
P
Comentários:
Elasticidade-renda da demanda
∂D Y
ε Y ,D = ⋅
∂Y D
A elasticidade-renda da demanda num intervalo:
∆D
∆D % ∆D Y
ε Y ,D = D = = ⋅
∆Y ∆Y % ∆Y D
Y
Comentários:
∂D1 P2
ε P2 ,D1 = ⋅
∂P2 D1
∆D1
D ∆D1 % ∆D1 P2
ε P2 ,D1 = 1 = = ⋅
∆P2 ∆P2 % ∆P2 D1
P2
Comentários:
O coeficiente de elasticidade calculado por uma das equações apresentadas acima pode
apresentar valores que, em termos absolutos, variam de 0 (zero) a ∞ (infinito). A tabela
abaixo resume a nomenclatura utilizada em cada faixa de valores.
Intervalo Nomenclatura
ε =0 Perfeitamente inelástica
0 < ε <1 Inelástica
ε =1 Elasticidade unitária
1< ε < ∞ Elástica
ε =∞ Perfeitamente elástica
6. Oferta
Produção
Entende-se por produção a criação de um bem ou serviço que possua valor para o
consumidor. Assim sendo, a empresa deve se ocupar em produzir bens e serviços que
sejam demandados pelos consumidores.
Fatores de Produção
Devemos diferenciar, contudo, o capital físico, também conhecido como bem de capital,
do capital financeiro. O primeiro é um insumo para a produção, enquanto o segundo é a
quantia expressa em unidades monetárias necessária para se realizar uma determinada
atividade.
O máximo que uma empresa consegue produzir com os insumos que possui é chamado
de fronteira de produção. E a função que descreve essa fronteira de produção é a função
de produção.
A função de produção define o máximo que pode ser produzido a partir de uma certa
quantidade de insumos e de uma dada tecnologia. A tecnologia representa a forma como
são utilizados os insumos, isto é, diz respeito à qualidade da mão de obra, equipamentos
utilizados e processos de produção. É a função de produção que define a tecnologia
empregada pela empresa.
PRODUÇÃO
Exemplo: a função de produção de uma empresa é dada por Q = L0,5 K 0,5 . Determinar:
Resolução:
(a) α = 0,5
(b) β = 0,5
(c) um aumento de 25% na mão-de-obra aumenta em aproximadamente 11,80% a
produção, já que a elasticidade é 0,5. O mesmo acontece com o capital. Os dois
efeitos combinados resultam num aumento de 25% na produção.
Produto Marginal
∆Q
PM I = ∆Q é a variação da produção e ∆I é a variação na quantidade de
∆I , onde
insumos.
Produto Médio
Q
PI = , onde Q é o nível de produção e I é o nível de insumos empregados
I
Elasticidade da Produção
∆Q
Q ∆Q% ∆Q I PM I
ε I ,Q = = = × =
∆I ∆I % ∆I Q PI
I
Produto Produto
Insumo Produção Elasticidade
Marginal Médio
0 0 - - -
1 5 5 5,00 1,00
2 15 10 7,50 1,33
3 28 13 9,33 1,39
4 45 17 11,25 1,51
5 59 14 11,80 1,19
6 68 9 11,33 0,79
7 73 5 10,43 0,48
8 73 0 9,13 0,00
9 71 -2 7,89 -0,25
10 67 -4 6,70 -0,60
Produção 60
50
Elasticidade
40
Máxima
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Insumos
A tabela acima nos permite elaborar uma Curva de Possibilidade de Produção para
os bens 1 e 2.
A
100
B
80
C
Bem 1
60
D
40
E
20
F
0
0 5 10 15 20 25
Bem 2
Cabe destacar que a curva apresentada acima também permite também o cálculo
do custo de oportunidade. Se a empresa se encontra na situação B e deseja ir para
a C, o custo de se produzir 5 unidades a mais do bem 2 é 20 unidades do bem 1.
6. Custo
O custo de algo pode ser entendido como uma medida do sacrifício ocorrido para se fazer
algo. Podemos classificá-lo segundo a finalidade para a qual as informações são usadas
(contábil e econômico) e a possibilidade de alteração do curto prazo (fixo e variável).
Custo Contábil
Entende-se por custo contábil a quantia desembolsada pela empresa para produzir. O
custo contábil é apurado para fins de relatórios financeiros.
Resolução:
Custo Econômico
O custo econômico é avaliado para fins de tomada de decisão. Inclui, além do custo
contábil (custo explícito), os custos implícitos, que compreendem os custos de
oportunidade do tempo e do capital investido na produção.
Resolução:
Custos Fixos (CF): são aqueles que não se alteram no curto prazo. Ou seja, não variam
quando se aumenta ou reduz a produção.
Custos Variáveis (CV): alteram-se no curto prazo e, portanto, variam à medida que a
produção da empresa aumenta ou diminui.
Comentário: O Custo Total (CT), no curto prazo, é a soma dos custos fixos com os custos
variáveis.
Resolução:
Comentário: No longo prazo todos os custos são variáveis. Então, o custo total pode ser
escrito como: Custo Total = Custos Variáveis.
Função de Custo Médio: Define o custo por unidade de produto. Em outras palavras, é a
razão do custo pela quantidade produzida.
C
C = Custo Médio
Q
No horizonte de curto prazo, o custo médio por ser dividido em Custo Fixo Médio C F e
Custo Variável Médio CV . A soma de C F com CV resulta no Custo Total Médio CT , isto
é,
C T = C F + CV
CF
Custo Fixo Médio: CF =
Q
CV
Custo Variável Médio: CV =
Q
CT CF + CV
Custo Total Médio: CT = ou CT =
Q Q
Resolução:
C F = 100
CV = 2Q − Q 2 + 0,5Q 3
100 + 2Q − Q 2 + 0,5Q 3 100
CT = = + 2 − Q + 0,5Q 2
Q Q
100
CF =
Q
2Q − Q 2 + 0,5Q 3
CV = = 2 − Q + 0,5Q 2
Q
Função de Custo Marginal: Define o quanto se adiciona ao custo quando se produz uma
unidade adicional de um bem ou serviço.
dC ∆C
Cm = Cm =
dQ ou
∆Q Custo Marginal
dC
Cm = = 2 − 2Q + 1,5Q 2
dQ
A partir das funções de custo, no curto prazo, pode-se elaborar tabelas e gráficos que
descrevem a evolução do custo à medida que se varia a quantidade produzida.
A tabela abaixo ilustra a evolução dos custos médio e marginal à medida que se aumenta
a produção.
R$1.000,00
Produção Custo Custo Custo Custo Total Custo Variável Custo Fixo Custo
(x100) Total Fixo Variável Médio Médio Médio Marginal
0,0 30,0 30,0 0,0 - - - -
1,7 42,0 30,0 12,0 25,1 7,2 18,0 5,2
2,7 46,7 30,0 16,7 17,5 6,3 11,2 4,7
3,7 51,9 30,0 21,9 14,1 6,0 8,2 6,0
4,1 55,0 30,0 25,0 13,3 6,0 7,2 7,2
4,7 59,3 30,0 29,3 12,7 6,3 6,4 9,1
5,4 66,9 30,0 36,9 12,4 6,9 5,6 12,4
6,4 82,5 30,0 52,5 12,9 8,2 4,7 18,7
7,4 105,1 30,0 75,1 14,2 10,1 4,1 26,7
8,4 136,6 30,0 106,6 16,3 12,7 3,6 36,5
9,4 178,8 30,0 148,8 19,0 15,8 3,2 48,2
O gráfico abaixo representa as curvas de Custo Total Médio, Custo Variável Médio, Custo
Fixo Médio e Custo Marginal, no curto prazo.
60
50
40
30
C
20
10
0
1,7 2,7 3,7 4,1 4,7 5,4 6,4 7,4 8,4 9,4
Q
Custo Total Médio Custo Variável Médio
Custo Fixo Médio Custo Marginal
Se a empresa produzir menos que 370 unidades, ela não cobrirá os custos fixos, por isso,
torna-se mais interessante abandonar as atividades, já que, se continuar produzindo,
deverá arcar com os custos fixos e parte dos custos variáveis.
Se a empresa produzir 370 unidades, ela ainda não conseguirá cobrir os custos fixos.
Nessa situação, ainda é mais interessante para a empresa abandonar as atividades.
Se a empresa produzir entre 370 e 410 unidades, ela continuará não conseguindo os
custos fixos e terá lucro negativo. Nessa situação, é economicamente mais interessante
parar de produzir.
Se a empresa produzir 410 unidades, ela conseguirá cobrir todos os custos fixos mas
nenhuma parte dos custos variáveis. Continuará, nesse caso, com lucros negativos.
Nessa situação, a empresa é indiferente a continuar produzindo ou interromper suas
atividades.
Se a empresa produzir entre 410 e 540 unidades, ela cobrirá todo custo fixo e parte dos
custos variáveis e terá lucro negativo. Nessa situação, continua economicamente mais
interessante para a empresa continuar produzindo, já que, se parar, deverá arcar com os
todos os custos fixos.
Se a empresa produzir 540 unidades, ela conseguirá cobrir todos os custos (fixos e
variáveis) e terá lucro igual a zero ( L = 0) . Isto é, R = CT . Essa situação e conhecida como
ponto de break even (ou break even point).
Produzindo mais de 540 unidades, a empresa auferirá lucro positivo, já que a receita será
superior ao custo total da empresa.
Graficamente,
Oferta da Empresa
60
50
40
30
P
20
10
0
4,1 4,7 5,4 6,4 7,4 8,4 9,4
Cabe destacar que a possibilidade de lucro zero (lucro econômico igual a zero) no longo
prazo não significa que as empresas não terão interesse em permanecer no mercado,
uma vez que o custo marginal já incorpora a taxa de retorno esperada do capital (custo de
oportunidade da economia). Dessa forma, o lucro econômico positivo significa estar acima
do custo de oportunidade da economia, o que atrai novos concorrentes no mercado.
No longo prazo, como todos os custos são variáveis, para a empresa, valerá a pena
produzir se R ≥ CT .
A Curva de Oferta no longo prazo será equivalente à Curva de Custo Marginal acima do
ponto onde (C m = CT ) .
7. Equilíbrio de Mercado
Entende-se por equilíbrio de mercado a situação em que a demanda por bens ou serviços
se iguala à oferta. O equilíbrio reflete a situação em que o preço é determinado pelas
forças de mercado e não se altera a menos que haja mudança na curva de demanda ou
oferta.
Graficamente,
55
Equilíbrio de Mercado Oferta
50
45
Preço em R$
40
35
30
25 Dem anda
20
0 1 2 3 4 5 6
Quantidade (em mil unidades)
Comentário: o gráfico acima ilustra uma situação em que o equilíbrio de mercado se daria
ao preço de R$ 35. A quantidade de equilíbrio seria 3 mil unidades.
Em um mercado suficientemente
55
competitivo, se o preço estiver Equilíbrio de Mercado Oferta
acima do preço de equilíbrio, 50
haverá excesso de mercadorias 45
Preço em R$
2 – ao preço de R$ 35, haverá falta de 2 mil unidades, pois a quantidade demandada será
de 4 mil unidades e a quantidade ofertada 2 mil.
Determinar:
Resolução:
Oferta = Demanda
100 + 2Q = 200 – 2Q
4Q = 100
Q* = 25 (quantidade de equilíbrio)
P = 100 + 2 x 25
P* = 150
160 = 200 – 2Q
QD = 20
Nesse caso, a oferta será maior que a demanda (30>20) e haverá excesso de
mercadorias.
140 = 200 – 2Q
QD = 30
Nesse caso, a demanda será maior que a oferta e haverá falta de mercadorias.
Excedente do Consumidor
Preço em R$
que passa pelo preço de equilíbrio. 40
35
Se a função de demanda for linear,
30
pode-se calcular o excedente pela
Dem anda
equação: 25
20
EC = (Pmáx – P*) x Q*/2 0 1 2 3 4 5 6
Quantidade (em mil unidades)
Excedente do Produtor
O excedente do produtor pode ser definido como a diferença entre o preço que o produtor
estaria disposto a vender (preço de reserva) e o preço de venda (preço de mercado). O
excedente do produtor representa o benefício que o produtor obtém por vender seu
produto a um preço superior ao que estaria disposto a vender. Quanto maior o excedente
do produtor, maior o seu bem-estar.
Excedente do Governo
Preço em R$
Governo. Note que diferente da 40
seção anterior (economia sem
35
Governo), o preço pago pelo
consumidor é superior ao preço de 30
equilíbrio (PC>P*), já que ele 25 Dem anda
deverá pagar tributos.
20
0 1 2 3 4 5 6
O produtor recebe pela mercadoria Quantidade (em mil unidades)
um preço inferior ao preço de
equilíbrio, uma vez que também deverá pagar tributos (PV<P*).
O triângulo em preto representa a perda de peso morto, que é o excedente perdido pela
sociedade com a entrada do Governo.
Oferta: P = 100 + 2Q
Demanda: P = 200 – 2Q
Suponha que os consumidores tenham que pagar tributos cuja alíquota seja de 14,29% e
que as empresas paguem 16,67%, determine:
(a) o preço efetivamente pago pelo consumidor, o preço efetivamente recebido pelo
produtor;
(b) os excedentes do consumidor, do produtor, do Governo e total.
Resolução:
PC = 35 x 1,1429 = 40 (aproximadamente)
PV = 35/(1,1667) = 30 (aproximadamente)
ET = EC + EP + EG = 40 (R$ 40.000)
ET = EC + EP = 45 (R$ 45.000)
8. Estruturas de Mercado
A Curva de Demanda
A curva de demanda com a qual cada firma se defronta, em concorrência perfeita, é uma
reta horizontal, já que, para qualquer quantidade demandada, o preço deverá ser sempre
o mesmo. Isto é, ela deverá vender ao mesmo preço, independente, da quantidade
demandada. A curva de demanda do mercado permanece a mesma já estudada:
decrescente.
Q Q
Como já foi visto, em Mercados de Concorrência Perfeita, no curto prazo, a empresa deve
produzir quando C mCP ≥ CVCP , ou seja, quando o custo marginal for maior ou igual ao custo
variável médio. No longo prazo, a condição de permanência da empresa é C mLP ≥ CTLP , isto
é, o custo marginal deve ser maior ou igual ao custo total. Em outras palavras, a empresa
deverá cobrir todos os seus custos no longo prazo. Entretanto, assume-se que, no longo
prazo, C mLP = CTLP , já que se o lucro fosse positivo, outras empresas entrariam no setor,
fazendo com que aquela igualdade fosse satisfeita. Graficamente.
Produção: Curto Prazo Produção: Longo Prazo
P P C mLP
CP
C CP
m
C T CTLP
CVCP
Q Q
Maximização do Lucro:
Curto Prazo
Produzir até Rm = C m = P
Maximização de
que Rm = Cm
Lucro
(Lm = 0)
Longo Prazo
Rm = C m = P = CT e L = 0
10.1 Monopólio
O Monopólio pode ser definido como a estrutura de mercado caracterizada pela existência
de uma única empresa e barreiras significativas à entrada. Além disso, pressupõe-se a
inexistência de substitutos próximos para os bens que ele produz.
Diferentemente das empresas em um mercado perfeitamente competitivo, o monopolista
se defronta com uma curva de demanda decrescente e pode escolher o preço (price
searchers) ou a quantidade que será ofertada do seu produto. Por isso, se quiser
aumentar a quantidade vendida, deverá abaixar o preço.
Curva de Demanda
No curto prazo, o monopolista produzirá uma quantia tal que Rm = C m se P > CVCP e, no
longo prazo, produzirá uma quantia tal que Rm = C m se P > CTCP .
Q Q
Rm D Rm D
Maximização do Lucro:
Da mesma forma que foi visto para o caso da empresa em um mercado de concorrência
perfeita, o monopolista maximiza o lucro quando Rm = C m . A diferença é que, como o
monopolista se depara com uma curva de demanda decrescente, P > Rm = C m . No longo
prazo, a mesma condição deve ser satisfeita.
Curto Prazo
Produzir até P > Rm = Cm
Maximização de
que Rm = Cm
Lucro
(Lm = 0)
Longo Prazo
P > Rm = Cm
Como para o monopolista, o preço não é fixo e dado pelo mercado, a receita marginal não
é o preço. Um incremento na quantidade produzida ∆y produz dois efeitos na receita:
primeiro, quando se produz mais, aumenta-se a receita de pi ⋅ ∆y . Entretanto, ocorre
também uma variação da receita devido à redução do preço, y f ⋅ ∆p . Somando os dois
efeitos, temos:
∆R = p i ⋅ ∆y + y f ⋅ ∆p
1
Rm = p ⋅ 1 +
ε P ,D
1
C m = p ⋅ 1 +
ε P , D
1
markup =
1 − 1 ε P,D
p
Exemplo: A função de demanda de um determinado produto é Q = 40 − . Sabendo que o
2
custo marginal é igual a 10, determinar:
Resolução:
10.2 Oligopólio:
Existe uma grande variedade de resultados possíveis para um oligopólio. Se houver uma
grande competição entre as empresas, o resultado pode se aproximar daquele que se
obtém em concorrência perfeita (preços baixos e grande quantidade vendida). Por outro
lado, as empresas podem optar pela cooperação e fixarem preços (cartel). Nesse caso, o
oligopólio se aproximaria de um monopólio.
10.3 Duopólio
No curto prazo, cada empresa atua como um pequeno monopólio, devido à diferenciação
(daí o nome concorrência monopolística) e produz até que Rm = C m , mas com p > C m .
Q Q
Rm D Rm D
n
H = ∑ si2
i =1
Valor de H Interpretação
Abaixo de 1.000 Mercado pouco concentrado
Entre 1.000 e 1.800 Mercado moderadamente concentrado
Acima de 1.800 Mercado muito concentrado
O cálculo desse índice pode ser utilizado pelo governo para fins de regulação de
mercado. Se um determinado mercado, com o passar do tempo, torna-se mais
concentrado, pode significar perda de eficiência e competição e aumentam as chances de
colusão e monopólio.
Exemplo: Em 1990 havia dez firmas atuando no mercado. Cada uma participava com
10% do total vendido. Em 2007, verificou-se que uma participava com 82% do mercado e
as outras nove com 2% cada uma. Calcule o índice de Herfindahl-Hirschman e interprete
o resultado.
Resolução:
Falha de mercado é o termo utilizado para designar situações em que o mercado não é
capaz de alocar recursos de forma eficiente, dando espaço a ações de Governo. Além
dos mercados de concorrência imperfeita, outros exemplos de falhas de mercado são:
assimetria de informações (seleção adversa e risco moral) e externalidades.
Os dois casos mais comuns de assimetria de informação são seleção adversa e risco
moral.
Seleção Adversa: é quando uma parte na transação não pode observar a qualidade dos
bens e serviços da outra parte (informação oculta). Um exemplo seria o já mencionado
mercado de carros usados.
Risco Moral: ocorre quando uma parte não pode observar as ações do outro. Exemplo:
quando uma empresa vende um seguro de um automóvel, ela não poderá observar de
que forma o segurado irá conduzi-lo (ação oculta).
13.2 Externalidades
Dizemos que ocorre uma externalidade quando a ação de um agente altera o bem-estar
de outros. Se a ação de um agente aumentar o bem-estar de outros (benefício social >
benefício privado), dizemos que a externalidade é positiva. Por outro lado, se a ação de
um agente diminuir o bem-estar de outros (custo social > custo privado), dizemos que a
externalidade é negativa.
Exemplos:
(a) Uma empresa que despeja seu lixo em um lago gera uma externalidade negativa
aos usuários do lago.
(b) Você fez um lindo jardim em sua casa e gerou uma externalidade positiva a todos
os seus vizinhos do bairro que passam em frente a sua casa frequentemente.