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Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 do REAA

Delegacia Litúrgica de Brasília


Mui Poderoso Consistório dos Príncipes do Real Segredo nº 16

PALESTRA:

O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Data: 28 de outubro de 2011


Apresentação: Irmão Marcos A. P. Noronha

1
Como os Maçons podem
cumprir com seus misteres?

 Pelo prazer

“Escolha o trabalho de que


gostas e não terás de trabalhar
um único dia em tua vida.”
Confúcio

2
Uma reflexão interessante!

“Servir é conhecer quem a outra pessoa é e


ser capaz de tolerar e dar passagem ao seu
lixo.
O que a maioria faz é deixar passar a qualidade
da pessoa para lidar com o seu lixo. De fato,
você deveria fazer exatamente ao contrário.
Lidar com que elas são e deixar passar seu
lixo.
Interaja com elas como se fossem Deus.
E cada vez que você receber lixo delas, deixe o
lixo passar e volte a interagir com elas como
se fossem Deus.”
3 Werner Erhard
AGENDA

1) A ORIGEM DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO


2) O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO NO BRASIL
3) ALTOS CORPOS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
4) LOJAS DE PERFEIÇÃO
5) CAPÍTULOS ROSA-CRUZES
6) KADOSH
7) CONSISTÓRIO
8) CONCLUSÃO
9) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10) ENCERRAMENTO
4
A Origem do Rito Escocês [1]

SEGUNDO KURT PROBER:


 Nada tem a ver com o Estado da Escócia
 Na época do aparecimento do Rito as Lojas de lá como de toda a Grã-
Bretanha trabalhavam no Rito de York.

 O Rito Escocês surgiu na França


 A Maçonaria Inglesa já tinha sido introduzida (1ª Loja foi instalada
em junho/1726)  Rito de York
 Entre 1730/35 surgiu na França o Rito ESCOCÊS nos graus simbólicos
 Pouco tempo aparecem os graus “inefáveis”
 Em 1742 (segundo historiadores contemporâneos) estava formada a
Maçonaria ESCOCESA organizada pelo Conseil des Empereurs d'Orient et
d'Occident, Grande e Souveraine Loge Ecossaise Saint Jean de Jerusalem
(uma subsidiária surgida no seio da Grande Loja de França)
 organizou o Rito ESCOCÊS adotando o sufixo ANTIGO E ACEITO
(usado pela 1ª vez por Anderson na nova Constituição de 1738)
5
A Origem do Rito Escocês [2]

Ainda segundo Kurt Prober:


 Em 1758 fundou-se em Paris um novo Corpo Maçônico:
 Capítulo ou “Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente”
 Comissários deste Corpo elaboraram a Constituição de Bordeaux, de
21/09/1762, que introduziu um sistema de Rito Escocês com 25 Graus
 Em 1804 os grandes oficiais do Rito ESCOCÊS se reuniram, em um
Grande Consistório  formaram uma GRANDE LOJA ESCOCESA DE
FRANÇA DO RITO ANTIGO E ACEITO, elegendo o príncipe Luiz
Napoleão para Grão Mestre e para seu Representante-Presidente o
Conde Alexandre-François-August de GRASSE-TILLY, mas já em
Dezembro do mesmo ano este estabeleceu um acordo com o Grande
Oriente de França, delegando-lhe poderes para administrar, além dos
3 graus simbólicos, também os graus "inefáveis" de 4 até 18 (Rosa-
Cruz)
 Em 1805 o Grande Oriente de França resolveu também administrar os
restantes graus superiores, de 19 em diante, houve um rompimento
entre as duas jurisdições, que só pôde ser sanado em 1821, quando o
6 Rito Escocês Antigo e Aceito se reorganizou totalmente na França.
A Origem do Rito Escocês [3]

SEGUNDO JOSÉ CASTELLANI:


 O Escocesismo nasceu na França, como Maçonaria stuartista
(referente aos Stuart, da Inglaterra e da Escócia)
 Na época do aparecimento do Rito as Lojas de lá como de toda a Grã-
Bretanha trabalhavam no Rito de York.
 A primeira manifestação maçônica em território francês e, isso, muito
antes da fundação da Grande Loja de Londres (1717), remonta o ano
de 1649, após a decapitação do rei Carlos I, da família dos Stuarts,
pelos partidários de Oliver Cromwell.
 O Grande Oriente da França, no dia 13 de março de 1777, admitiu
que havia sido constituída uma Loja Maçônica em março de 1688,
sendo considerada a única Loja do século XVII cujos vestígios
chegaram até nós, apesar de se acreditar que os stuartistas teriam
criado outras Lojas em território francês.
 Chevalier descobriu, por um documento manuscrito, datado de 1735, a
confirmação dos Stuarts, em Saint-Germain-em-Laye, por volta de 1689, o que
torna plausível a existência dessa Loja.
7
A Origem do Rito Escocês [4]

Ainda, segundo José Castellani:


 Com a criação da Grande Loja de Londres, em 1717:
 França teve dois ramos distintos da Maçonaria: um inglês, dependente
da Grande Loja londrina, e outro “escocês”, livre do sistema
obediencial (de acordo com os antigos preceitos maçônicos, segundo os
quais os maçons tinham o direito de constituir Lojas livres, sem
prestar contas de seus atos a uma autoridade, ou a um poder supremo
- “o Maçom livre na Loja livre”)  procedimento alterado com a
generalização da implantação do sistema obediencial.
 Segundo Gustavo Bord, em 1771, as Lojas “escocesas” representavam
a esmagadora maioria (quase a totalidade) das Lojas da França.
 Em realidade não se podia falar em Rito Escocês em 1717:
 O Escocesismo como potência só ocorreu na metade do século XVIII,
com a criação dos Altos Graus (ou Graus Superiores)  suma
característica do escocesismo
 Esta transformação ocorre em 1758  criação dos 25 graus (do
chamado rito de Héredom)

8
A Origem do Rito Escocês [5]

Ainda, segundo José Castellani:


 O REAA se estabelece com a fundação em Charleston (EUA) do
primeiro Supremo Conselho do Mundo, em 1801.
Segundo o Irmão Assis Carvalho (Xico Trolha):
 O REAA foi trazido para a Jamaica pelo francês Etienne Morin,
com ramificação no sul dos EUA.
 Os Irmãos Delahogue, Grasse-Tilly, John Mitchel e Frederico
Dalcho compilaram mais oito Graus e os acrescentou aos 25
existentes, formando, assim, a coleção de 33 Graus que
permanecem até hoje.
 Evidências indicam que o Grau 33 tenha sido criado a partir do ano de
1806  inicialmente, Grande Inspetor Geral era um Título Administrativo,
para qual havia uma Patente (Diploma), entregue a uns pouco privilegiados
 encarregados de disseminar o Rito em suas Regiões, como foram os
casos de Etienne Morin; Henry Andrew Francken, o Conde Alexandre de
Grasse-Tilly e seu sogro, Delahogue; John Mitchel e Frederico Dalcho.
9
A Origem do Rito Escocês [6]

Concluindo José Castellani:


 Uma pergunta frequente: por que o Rito foi chamado de
Escocês, se não foi criado e nem tinha ligação direta com a
Escócia, apenas indiretamente, através dos Stuart?
 Isto ocorreu devido a uma organização eminentemente política
(jacobita ou stuartista). Na realidade, de acordo com Oswald Wirth,
existiu um quarto grau, onde os titulares nomeavam-se “mestres
escoceses”, grau que teve a ritualística e as pretensões dos que o
ostentavam revelados pela literatura maçônica e, também, pela
antimaçônica.
 Segundo Naudon, apud William Carvalho (Gênese e Expansão dos
Supremos Conselhos do REAA, Revista “O Amanhã”, junho/1998, p. 23 a
25) foram criados Supremos Conselhos pelo mundo afora,
sendo que o do Brasil foi o 9º implantado em 1832 (carta
patente outorgada em 1929).

10
A Origem do Rito Escocês [7]

Considerações de outros autores:


 O Irmão Valfredo Melo e Souza, na obra “Frederico II –
Um breve ensaio”, com base em pesquisas afirma que
Frederico II da Prússia, o rei Maçom, promoveu a
alteração da Constituição do Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo e Aceito (matéria que causa controvérsia), ele
sustenta, ainda que:
 “O mito ou a lenda são, de certa forma, mais tenazes do que a
história, mormente, quando as fontes são suspeitas de já terem sido
fabuladas. Frederico II, da Prússia, é uma lenda viva na história do
Rito Escocês Antigo e Aceito”.
 Frederico da Prússia participou da evolução da maçonaria escocesa,
calcando sua afirmação nas “Constituições Escocesas, com suas
explicações detalhadas, consideradas profundamente instrutivas,
interessantes, normativas, mesmo que divirjam alguns autores, de sua
autenticidade, quanto a assinatura e participação de Frederico II”.
11
A Origem do Rito Escocês [8]

Concluindo, esta síntese sobre a Origem do REAA:


 Deve ser ressaltado, conforme nos diz o Irmão William
Almeida de Carvalho como a maçonaria simbólica é regida
pelas Constituições de Anderson, os Supremos Conselhos o
são pelas Grandes Constituições de 1786.

 Estas Constituições de 1786 constituem o corpo de leis que


regem o REAA, e ao longo de mais de 200 anos, esta Lei
ficou corroborada pelo costume gerando uma permanente
luta em defesa da liberdade e do bem-estar social e do
desenvolvimento moral, espiritual e intelectual da
humanidade.

12
O REAA no Brasil [1]

 Durante 95 anos havia, no Brasil, somente um


Supremo Conselho do Grau 33.
 A história do Supremo Conselho, fundado por
Francisco Gê Acayaba de Montezuma, confunde-
se com a do GOB:
 as duas instituições fundiram-se em 1854;
 o Grão-Mestre era ao mesmo tempo o Soberano Grande
Comendador do Supremo Conselho.

 A cisma ocorrida na Maçonaria brasileira, em


1927, se constituiu o divisor de águas entre
ambas:
 as divergências que originaram a cisão ocorreram no Supremo
Conselho, com repercussão direta no Simbolismo, com a criação
das Grandes Lojas nos Estados, autônomas.
13
O REAA no Brasil [2]

 No Supremo Conselho a defecção não foi unânime 


permitiu ao GOB a sua recomposição:
 os dois Supremos Conselhos passaram a co-existir no Brasil;
 início à disputa de reconhecimento e regularidade junto às demais
Oficinas Chefes em outros países, principalmente junto à Loja Mãe
(Inglaterra).

 O Supremo Conselho do Grau 33 do REAA para a República


Federativa do Brasil devido sua atuação junto à Convenção
de Supremos Conselhos, ocorrida em Paris, em 1929, fez
com que o Supremo Conselho, então ligado ao GOB, fosse
impedido de participar do conclave:
 a facção dissidente, de acordo com os historiadores maçônicos, por
discordar da orientação existente até 1927, contou com as graças do
organizador, recebendo, naquela ocasião, os foros de legitimidade e
regularidade, sem que fosse dada a oportunidade ao Supremo Conselho
ligado ao GOB de apresentar a sua versão dos fatos.
14
O REAA no Brasil [3]

 Em 1951, o Supremo Conselho remanescente, ligado ao


GOB, tornou-se autônomo, separando sua administração da
Obediência Simbólica, de forma pacífica:
 Desde então, o hoje denominado Supremo Conselho do Brasil do Grau
33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito tem atuação independente;
 Em que pese tal divisão, verifica-se cooperação mútua entre este
Supremo Conselho e o GOB  Tratado de Amizade e Aliança
Maçônicas, renovado em 15/11/1965 (preâmbulo: “... hão por bem
renovar, por este instrumento, a Amizade e a Aliança, que há mais de um século
existem entre as referidas Potências”);
 O tratado estabelece que o Maçom para frequentar e galgar Graus
neste Supremo Conselho deve pertencer e estar regular em uma Loja
Simbólica federada ao GOB e vice-versa.
 Art. 8º do Tratado: “O Grande Oriente do Brasil excluirá de sua jurisdição
todo maçom que se filiar ou ingressar em qualquer Oficina escocesa dos
Altos Graus, estranha à jurisdição do Supremo Conselho. Por sua vez, o
Supremo Conselho procederá de igual modo em relação a qualquer Irmão que
se filiar ou ingressar em Loja Simbólica fora da jurisdição do Grande
Oriente do Brasil, no território nacional.”
15
O REAA no Brasil [4]

 Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o REAA


possui:
 como Órgãos subordinados as Delegacias Litúrgicas e o Colégio dos
Grandes Inspetores Gerais; e
 como Corpos subordinados as Augustas Lojas de Perfeição, os Sublimes
Capítulos Rosa-Cruzes, os Ilustres Conselhos Filosóficos de Kadosh e
os Mui Poderosos Consistórios de Príncipes do Real Segredo.
 Delegacias Litúrgicas:
 Representação local do Supremo Conselho;
 Área de atuação delimitada pelo Supremo;
 Composição: Delegado, que a dirige, um Secretário e um Tesoureiro que os
auxilia (devem ser Grandes Inspetores Gerais: escolhidos e designados pelo Delegado);
 Delegado:
 membro nato das Oficinas Litúrgicas em sua área de atuação;
 deve orientar e fiscalizar as Oficinas no campo litúrgico e doutrinário, sem intervir em
sua economia interna;
 preside o Colégio dos Inspetores Gerais;
 enviar nomes escolhidos pelas Oficinas Litúrgicas para presidir Corpos Subordinados.
16
O REAA no Brasil [5]

 Colégio dos Inspetores Gerais:


 Integrado os obreiros REGULARES do Grau 33;
 Promover estudos, pesquisar e palestras preferencialmente sobre
assuntos maçônicos (voltados prioritariamente para o REAA);
 Criado pelo Supremo Conselho e funciona na área de atuação regional
da Delegacia Litúrgica;
 Tem um Coordenador, que dirige as atividades administrativas, e um
Coordenador-Adjunto: ambos nomeado pelo Supremo Conselho,
indicados pelo Delegado Litúrgico;
 Na ausência do Delegado, o Coordenador preside a Sessão do Colégio;
 Deve se reunir pelo menos uma vez por ano;
 Na reunião que tratar apenas de assuntos comemorativos de efemérides, de
temas culturais ou de cunho social, dela podem participar maçons de
quaisquer Graus e Ritos.

17
ALTOS CORPOS DO REAA [1]

 Um Maçom de uma Loja Simbólica do REAA ao chegar ao


3º Grau (Mestre) passa a ter o direito de “cursar” os
Graus Superiores do Rito
 Se assim proceder  ingresso em uma Loja de Perfeição
 Muitos dizem: “ah! Agora você está a freqüentar os graus
filosóficos!” ou, ainda: “você está no filosofismo!”
 Cometem impropriedade:
 (1) os Graus de uma Loja de Perfeição são denominados Graus
Inefáveis (Graus Filosóficos  KADOSH);
 (2) filosofismo (segundo o Aurélio)  falsa filosofia (o que jamais
deve ser utilizado em Maçonaria)
 Rizzardo da Camino diz que ao atingir o Mestrado, o Maçom
Simbólico crê-se possuidor da totalidade dos conhecimentos,
porém ao ingressar nos Graus Superiores, o Mestre Simbólico
descobre quanto mais existe para o seu aperfeiçoamento e, então,
busca avançar mais para os Graus posteriores.
18
ALTOS CORPOS DO REAA [2]

 O Rito Escocês Antigo e Aceito é composto de 33 Graus,


sendo dividido em duas partes:
 Graus Simbólicos que compreendem os três primeiros: Aprendiz,
Companheiro e Mestre; e
 Graus Superiores  constituídos de quatro séries, a saber:
 PRIMEIRA SÉRIE – Graus Inefáveis: do 4° ao 14°;
 SEGUNDA SÉRIE – Graus Capitulares: do 15° ao 18°;
 TERCEIRA SÉRIE – Graus Filosóficos: do 19° ao 30°; e
 QUARTA SÉRIE – Graus Administrativos:do 31° ao 33°.
 Maçom que “cursa” os Graus Superiores do REAA:
 passa por cada um dos Corpos citados;
 se é cumpridor de seus deveres para com a Ordem e para com os
Irmãos, procura exercitar na plenitude, apesar das limitações
inerentes ao homem, a trilogia Maçônica: FRATERNIDADE,
LIBERDADE e IGUALDADE (a ordem foi alterada):
 somente sendo verdadeiramente fraterno, buscador da liberdade (de
pensamento) é que poderemos chegar a uma relativa igualdade.
19
ALTOS CORPOS DO REAA [3]

 Informações e Normas Gerais:


 As Sessões ocorrem em uma Câmara (e não no Templo);
 Os presidentes são nomeados pelo Soberano Grande Comendador e
demissível ad nutum, após escolha pelo Corpo de nome do obreiro de
Grau mais elevado, integrante do quadro, encaminhada ao Delegado
Litúrgico;
 Os cargos administrativos (Presidente, 1º e 2º Vigilantes, Orador,
Secretário, Tesoureiro e Chanceler) são preenchidos por membros do
quadro, nomeados pelo Presidente, observando o Grau mais elevado do
Corpo;
 Duas Comissões obrigatórias: de Elevação de Grau e de Finanças;
 As Oficinas podem criar outros cargos e comissões, assim como
adjuntos
 As Oficinas devem ter:
 Regimento Interno  conforme modelo apresentado pelo Supremo;
 Estandarte; e
 Timbre.

20
LOJAS DE PERFEIÇÃO [1]

 O nome Loja é derivado do sânscrito (Loka) que significa


Mundo;
 maçonicamente o significado é amplo e múltiplo;
 Loja de Perfeição: também conhecida como Loja de Aperfeiçoamento
 tem o significado histórico do local onde se reuniam os artífices sob
o comando de Adoniram para concluir ou aperfeiçoar a ornamentação
do Grande Templo.
 A Loja de Perfeição (Loja Inefável)  seus Graus são
denominados Inefáveis (o que não se pode exprimir através de palavras).
 Loja de Perfeição  local místico de ações que não podem ser
expressas por meio de palavras, mas com a linguagem do silêncio
 Parece um contra-senso, pois como se comunicar sem a emissão e
recepção de sons?
 Há sons que não são ouvidos:
 (1) a linguagem espiritual é inefável por natureza  comunicação com a
Divindade
 (2) pensamento emana sons que o vulgo não percebe  vibrações atingem a
21 quem são destinadas
LOJAS DE PERFEIÇÃO [2]

 As Lojas de Perfeição possuem o título de Augustas


Lojas de Perfeição (Regulamento Geral do Supremo Conselho):
 Estabelecidas em REGIÃO onde funcione Loja Simbólica do
Rito;
 Fundação: autorizada pelo Supremo; necessita mínimo de nove
obreiros do Grau 14 ou superior; para funcionar regularmente
necessita de no mínimo sete membros;
 O Presidente tem o título de Três Vezes Poderoso Mestre e
deve ser um obreiro portador, no mínimo, do Grau 14;
 São cinco os Graus Iniciáticos: 4, 7, 9, 10 e 14. Os demais
Graus (5, 6, 8, 11, 12 e 13) denominados intermediários são
transmitidos por comunicação.
 As Augustas Lojas de Perfeição têm por objetivo o
estudo aprofundado dos Graus Inefáveis
 aprimorar o desenvolvimento dos princípios iniciáticos da
Maçonaria, em nível superior.
22
LOJAS DE PERFEIÇÃO [3]

 As Augustas Lojas de Perfeição  aprofundamento dos


conceitos da Lenda de Hiram, trazendo cada Grau uma
mensagem Iniciática
 propicia ao obreiro, como seu próprio Mestre, o crescimento em
sentido lato.
 Os Graus das Augustas Lojas de Perfeição possuem os seguintes
títulos:
4 – Mestre Secreto;
5 – Mestre Perfeito;
6 – Secretário Íntimo;
7 – Preboste e Juiz;
8 – Intendente dos Edifícios;
9 – Mestre Eleito dos Nove;
10 – Mestre Eleito dos Quinze;
11 – Cavaleiro Eleito;
12 – Grão-Mestre Arquiteto;
13 – Cavaleiro do Real Arco; e
23 14 – Grande Eleito, Perfeito e Sublime Maçom.
CAPÍTULOS ROSA-CRUZES [1]

 Os Capítulos possuem o título de Sublime Capítulo


(Regulamento Geral do Supremo Conselho):
 Estabelecidos em VALE onde funcione Loja de Perfeição;
 Fundação: autorizada pelo Supremo; necessita mínimo de nove obreiros do
Grau 18 ou superior; para funcionar regularmente necessita de no mínimo
sete membros;
 O Presidente tem o título de Aterzata e deve ser um obreiro portador, no
mínimo, do Grau 18;
 São quatro os Graus Iniciáticos: 15, 16, 17 e 18.
 Os Capítulos Rosa-Cruzes têm por objetivo o estudo
aprofundado dos Graus Capitulares.
 “O binômio Rosa-Cruz indica o Amor pelo Auto-sacrifício, o Segredo da
Imortalidade e a doce Fragrância de uma vida santa”. (J. G. de Figueiredo)
 A rosa colocada na intercessão dos dois braços da cruz é um dos mais
graciosos emblemas do “Mistério da Iniciação”.
 A Rosa-Cruz é uma etapa do despertar do Cristo dentro do coração,
do amor oculto que é o âmago da rosa mística.
24
CAPÍTULOS ROSA-CRUZES [2]

 Os Graus dos Capítulos Rosa-Cruzes  aprofundamento dos


conceitos dos Graus Cavaleirescos, trazendo cada Grau uma
mensagem Iniciática, voltadas para o entendimento e o
exercício da liberdade
 Deve fazer com que o Irmão busque crescimento e profunda reflexão
se é verdadeiramente livre.

 Os Graus dos Capítulos Rosa-Cruzes possuem os seguintes


títulos:
15 – Cavaleiro do Oriente;
16 – Príncipe de Jerusalém (classificado como grau bíblico, mas é um Grau
Cavaleiresco);
17 – Cavaleiro do Oriente e do Ocidente;
18 – Cavaleiro Rosa-Cruz ou Cavaleiro da Águia Branca e do Pelicano.

25
KADOSH [1]

 Um Kadosh possui o título de Ilustre Conselho Filosófico de


Kadosh (Regulamento Geral do Supremo Conselho):
 Criado e estabelecido em local que o Supremo julgue necessário;
 Constituição: necessita mínimo de nove obreiros do Grau 30 ou superior;
 O quórum para funcionamento é de no mínimo nove membros efetivos;
 Estabelecidos em CLIMA onde funcione Capítulo Rosa-Cruz;
 O título distintivo é formado pela designação do Corpo seguido do número
correspondente à quantidade de Oficinas Litúrgica já criadas do Corpo;
 O Presidente tem o título de Sábio Mestre ou Grande Venerável e deve ser
um obreiro portador, no mínimo, do Grau 30;
 São quatro os Graus Iniciáticos: 19, 22, 29 e 30. Os demais Graus (20,
21 e de 23 a 28) são transmitidos por comunicação.
 Os Conselhos Filosóficos de Kadosh têm por objetivo o
estudo aprofundado dos Graus Filosóficos.
 Implica em conhecer profundamente os mistérios e ensinamentos
maçônicos, ou seja, é a parte filosófica por excelência da Maçonaria
26
KADOSH [2]

 Os Graus dos Conselhos Filosóficos de Kadosh



 Kadosh quer dizer: consagrado, santo.
 Em linguagem bíblica, Kadosh significa em última análise, “sancionado”, ou seja,
aquele que atingiu tanta plenitude a ponto de ser “escolhido” e consagrado.
 Os Graus dos Capítulos Rosa-Cruzes possuem os seguintes
títulos:
19 – Grande Pontífice;
20 – Mestre Ad Vitam;
21 – Patriarca Noaquita ou Cavaleiro Prussiano;
22 – Príncipe do Líbano;
23 – Chefe do Tabernáculo;
24 – Príncipe do Tabernáculo;
25 – Cavaleiro da Serpente de Bronze;
26 – Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário;
27 – Grande Comendador do Templo ou Soberano Comendador do T. de Jerusalém
28 – Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto;
29 – Grande Escocês de Santo André;
27 30 – Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Águia Branca e Negra.
CONSISTÓRIO [1]

 Um Consistório possui o título de Mui Poderoso


Consistório de Príncipes do Real Segredo (Regulamento
Geral do Supremo Conselho):
 Criado e estabelecido em local que o Supremo julgue necessário;
 O quórum para funcionamento é de no mínimo onze membros efetivos;
 Local da sede: ACAMPAMENTO onde funcione Conselho de Kadosh;
 O título distintivo é formado pela designação do Corpo seguido do
número correspondente à quantidade de Oficinas Litúrgica já criadas
do Corpo;
 O Presidente tem o título de Comandante-em-Chefe e deve ser um
Grande Inspetor Geral;
 Todos os obreiros dos Graus 31 a 33 devem estar filiados a um
Consistório.
 Os Mui Poderosos Consistórios de Príncipes do Real
Segredo têm por objetivo o estudo aprofundado dos
28 denominados Graus Administrativos.
CONSISTÓRIO [2]

 Os Graus dos Mui Poderosos Consistórios de Príncipes do


Real Segredo
 Consistório é o nome dado a reunião dos prelados de maior grau da Igreja
(Assembléia de Cardeias, presidida pelo Papa).
 Na Maçonaria: Assembléia do mais alto Corpo, onde estão congregados os
Irmãos dos mais altos Graus.
 “Ápice da Pirâmide”, o “coroamento da obra” (por isso deve ser percorrido grau
a grau ou degrau a degrau, não se deve utilizar elevadores ou “foguetes” para
subir).
 É quando o Maçom recebe, não uma coroa de metal precioso cravejada de
pedrarias raras, mas a “Coroa de Espinhos” que é a maior glorificação que se
possa receber.
 O Consistório toma ou deveria tomar as decisões finais no que diz respeito aos
Graus anteriores, por isso os Graus do Consistório são denominados
“Administrativos”.
 Os Graus dos Consistórios possuem os seguintes títulos:
31 – Grande Inspetor Inquisidor Comendador;
32 – Sublime Príncipe do Real Segredo;
33 – Grande Inspetor Geral.
29
CONCLUSÃO [1]

 O trabalho em qualquer um Corpo Superior do


REAA, exigirá esforço, dedicação e um estudo
aprofundado da mensagem Iniciática de cada
Grau.
 Recompensa  crescimento, sobretudo, espiritual do
obreiro.

 O método de aprendizado nos Altos Corpos do


REAA consiste na interpretação esotérica dos
símbolos oferecidos ao estudo de seus adeptos.
 É o método iniciático, sistema tradicional, que se tornou
o sistema maçônico, que dispensa magistérios, sendo
eminentemente autodidático.
30
CONCLUSÃO [2]

 O Maçom, dentro do livre arbítrio que possui, que não


continua a escalada Maçônica nos Graus Superiores, em
regra, deixa de estudar, o que o leva ao esquecimento dos
principais objetivos e princípios de nossa Augusta Ordem.
 Não devemos ficar limitados às matérias contidas nos Rituais,
Constituições, Regulamentos e outras publicações oficiais de
fundo administrativo (o que, nem estes instrumentos, por vezes, são
objetos de leituras).
 Repetindo Nicola Aslan, na obra “Instruções para Lojas
de Perfeição para o 4º Grau”:
 “Irmãos, as atividades sociais, filantrópicas, administrativas,
litúrgicas, ritualísticas e outras não passam de meros
instrumentos utilizados pela Maçonaria para motivar e vitalizar
as Lojas, mas, de modo algum, porém, representam os
objetivos da instituição maçônica”.
31
CONCLUSÃO [3]

O dever do Maçom passa pelo seu crescimento moral e


elevação espiritual em busca da possível perfeição (que neste
plano está longe de ser alcançada, mas como seres
perfectíveis temos que buscá-la permanentemente), irradiando
seus reflexos salutares nos planos materiais e mentais, para
metamorfoseá-los em jóias de valor incalculável, quando
radiosos e fulgurantes irmanam os homens dentro dos
princípios da Fraternidade Universal, requerida de todos nós,
para possibilitar almejar os planos elevados do GADU.
Isso não é apenas abstração filosófica, mas
objetivo, meta que necessita ação e dinamismo e
que pode, de fato, alterar o rumo da Maçonaria
resgatando os princípios iniciáticos que a
diferenciam (ou deveriam diferenciar) de outras
organizações.
32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ASLAN, Nicola. Instruções para Lojas de Perfeição para o 4º Grau. 3ª Edição. Londrina: Editora Maçônica “A Trolha”
Ltda, 2004.
 ASLAN, Nicola. O Livro do Cavaleiro Rosa-Cruz. 1ª Edição. Londrina: Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 1997.
 CAMINO, Rizzardo da. Os Graus Inefáveis – Loja de Perfeição. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Aurora.
 CARVALHO, Francisco de Assis (Xico Trolha). 1º Ritual do Grau 33. 1ª Edição. Londrina: Encima Editora Ltda, 2001.
 CARVALHO, William Almeida de. Gênese e Expansão dos Supremos Conselhos do REAA. Brasília: Revista “O
Amanhã”, Ano I, n° 1, junho/1998.
 CASTELLANI, José. Cadernos Estudos Maçônicos Vol. Nº 2 – Consultório Maçônico. 1ª Edição. Londrina: Editora
Maçônica “A Trolha” Ltda, 1987.
 CASTELLANI, José. O Supremo Conselho no Brasil – Síntese de sua história. 1ª Edição. Londrina: Editora Maçônica
“A Trolha” Ltda, 2000.
 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. 2ª Edição (revista e ampliada). São Paulo: Editora
Pensamento.
 NORONHA, Marcos Antônio Pereira. O Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o REAA e o GOB. Brasília, 2005.
(Trabalho para Elevação para o Grau 33).
 NORONHA, Marcos Antônio Pereira. Lojas de Perfeição. Revista “A Trolha” Nº 297 – Julho/2011.
 Prober, Kurt. A Origem do Rito Escocês. http://www.culturabrasil.org/ritoescoces_origem.htm
Consulta em julho.2011.
 SOUZA, Valfredo Melo e. Frederico II - um Breve Ensaio. Coleção “Cadernos Dirceu Torres” nº 10. Brasília: Editora
Santa Terezinha, 1999.
 SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 PARA O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO – RITUAIS de Diversos
Graus.
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Encaminhando para o encerramento
...palavras de Paulo sobre a Caridade

“Ainda quando eu tivesse a linguagem dos


anjos; quando eu tivesse o dom da
profecia, ...quando eu tivesse toda a
fé possível, até transportar as
montanhas, se não tivesse caridade, eu
nada seria. Entre estas três virtudes:
a fé, a esperança e a caridade, a mais
excelente é a caridade.”
São Paulo, 1a. Epístola aos Coríntios,
cap. XIII, v. de 1 a 7 e 13.
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Destaco as seguintes palavras de Goethe:

“Trate as pessoas como se elas fossem o que


deveriam ser e você as ajudará a se tornarem
o que são capazes de ser.”
 Agindo assim estaremos sendo verdadeiramente
fraternos, lembrando que a fraternidade
começa dentro do lar, fazer beneficência, dar
uma esmola, dar um bem, é relativamente fácil,
temos que antes de tudo amar nosso próximo,
de forma incondicional e quem é ele?

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É difícil agir assim?
Então, recordemos...

“Temos aprendido a voar


como os pássaros, a nadar
como os peixes, mas ainda
não aprendemos a sensível
arte de viver como irmãos.”
Martin Luther King
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FIM

OBRIGADO!
Fraternalmente,

Marcos A. P. Noronha
Consistorio16.pres@gmail.com (assuntos - Altos Corpos)
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