A história começa em algum ponto da rir outros concitos de personagens, como
floresta amazônica. O IPAM (Instituto de algum indígena da região para auxiliá-los Pesquisas Ambiental da Amazônia) aliado como guia através da smatas. a organizações de todo o mundo no in- tuito de estudar as mudanças ambientais na Amazônia, enviou um grupo de pes- quisadores das mais variadas áreas para Perdidos A preocupação começa quando o grupo estudar o impacto do desmatamento e da que deveria buscar os pesquisadores não emissão de gases carbono na floresta (or- aparece. Os militares que estão com os ganizaram uma equipe, com apoio de mi- pesquisadores tentam contato via rádio litares brasileiros da região, que deveria sem sucesso – nem é preciso dizer que passar de 2 a 3 meses na floresta a fim de celulares não pegam na região. A partir estudar todos os aspectos das mudanças desse momento é necessário decidir o que que tem afetado a floresta, incluindo uma fazer. Alguns pesquisadores insistem em visita a uma aldeia indígena). esperar mais um dia pelo grupo, mas para O grupo permanece em uma base mi- os soldados é melhor começar a levantar litar improvisada na floresta, com alguns o acampamento e marchar em direção a militares revezando-se, mas sempre com Manoel Urbano para finalizar a missão. dois constantemente na base. Os pesqui- Caso resolvam não esperar mais: Não será sadores, ou pelo menos a maioria deles, necessário caminhar até a cidade, há uma permanecem por dias ou semanas dentro pequena vila nas margens da floresta que da mata, retornando a cidade de Manoel tem um telefone que pode ser usado para Urbano (220km de Rio Branco) com o contatar para a bas, mas até lá, andando, auxílio dos militares para serem trans- são pelo menos três dias dentro da mata. portados até a capital Acreana, onde há Os militardes presentes conhecem bem um pequeno avião pronto para levá-los o caminho e dizem que as provisões são para o Rio de Janeiro. mais que suficientes, mas que todos terão Protagonistas: O ideal é que os joga- que ajudar a carregar parte das coisas. Os dores interpretem pesquisadores ou al- equipamentos mais pesados são deixados gum dos militares (não é idela que o tods para trás, encaixotados e guardados, para os eprsonagens sejam membros do Exér- serem resgatados mais tarde por uma cito). Há a possibilidade também de inse- equipe maior. Caso resolvam esperar: A espera só vai que diabos é isso... todo mundo ficou louco, deixar os coadjuvantes mais preocupa- estão nos atacando e dev.... Deus me perdoe... dos, já que não importa quantos dias [silêncio]. Há um caminho e um ônibus de esperem, ninguém aparecerá e o contato transporte fora da cidade, mas não consegui- via rádio continuará impossível. Para in- mos sair daqui, nossa comida está acabando centivar os jogadores a tomar alguma de- e nossa munição não vai durar muito mais cisão, o mestre dos mortos pode adiantar tempo. Eles derrubaram o portão, colocamos um dos acontecimentos descritos abaixo. algumas tábuas e cadeiras para detê-los, A caminhada na floresta é difícil, prin- mas não está dando certo... [barulho de tiro, cipalmente para a maioria dos pesquisa- gritos]. Eles derrubaram a barricada [mais dores, o que atrasa mais ainda a cami- gritos] precisamos de ajuda urgen [gritos nhada. O que era previsto demorar três bem próximos] puta merda [tiro de pistola, dias vai acabar levando um ou dois dias gritos]... [é possível escutar um crepitar seco a mais. Essa demora acaba deixando as e úmido, um barulho horrível que logo vai pessoas apreensivas, alguns insistem em se tornando em um barulho horrível quando voltar e isso pode acabar gerando - se o começam a perceber o que ele é na verdade, mestre dos mortos assim desejar - a con- alguém sendo devorado]. dição “nervos à flor da pele” e se necessário, Estes dois eventos exigem um teste de principalmente para aqueles com Horror horror, dificultado se eles adquiram a baixo, um teste para que seu horror não característica “Medo da floresta” na cena aumente. Caso falhem, recebem a carac- anterior. Um fracasso, além de aumentar terística “Medo da Floresta”, o que pode o horror, faz com que ganhem a condição dificultar as rolagens futuras enqaunto “Em Pânico”. no ambiente. Em algum momento destes 4-5 dias no meio da mata, o mestre pode inserir dois acontecimentos na ordem que desejar: Inferno Apesar dos contratempos, o grupo - ou Ataque da onça: Ao anoitecer, uma onça parte dele - chega a pequena cidade e en- ataca o grupo. O ataque de uma onça a um contra corpos no chão, alguns cortados grupo grande já é algo fora do comum, ou baleados, outros devorados (mais um mas o que mais chama atenção é o estado teste de horror pode ser feito nesta si- do animal. A onça está com o corpo bem tuação). Ao longe o grupo vê um homem destruído, marcas de tiros, uma das patas cambaleando pela rua, ao perceber o gru- quebradas, um olho saindo da órbita, es- po, ele se vira e, lentamente, segue de en- coriações por todo o corpo. A onça está contro a eles. Quando ele está há uns 15 zumbificada, por isso mais agressiva e só metros do grupo eles notam que ele está irá parar quando for atingida na cabeça. sem a mandíbula, metade de seu pesco- SOS: durante uma hora de repouso, ço está devorado, o peito com marcas de os militares tentam de novo contato via tiros e todo manchado de sangue. Quem rádio, e escutam um pedido de socorro, estiver sobre os efeitos da falha dos tes- mas infelizmente o locutor não consegue tes de horror, não terá condições reais de escutar, provavelmente problema na re- realizar alguma ação que não seja entrar cepção do sinal: “Aqui é o Tenente Silva, em pânico. Os militares (coadjuvantes) alguém na escuta? [silêncio] Só escuto está- podem tentar atirar contra o zumbi, mas tica, alguém na escuta? Se houver alguém sem muito sucesso. escutando isso, nos ajudem. Estamos em Ma- Se nenhum dos jogadores conseguir noel Urbano, somos 10 militares e cerca de 50 fazer algo contra ele, um tiro irá estourar civis, estamos escondidos numa pequena esco- a cabeça do zumbi. O tiro vem de uma la, estamos cercados por... meu deus do céu, o janela aberta onde se vê apenas o vulto de um homem e o cano de uma escopeta, lho, e seu barulho, conseguiu chamar a agora apontando para o grupo. atenção dos zumbis nas entradas da cida- Caso os jogadores consigam liquidar de. Agora o grupo está a minutos do céu com o zumbi, eles escutam o barulho de ou do inferno. uma janela se abrindo e a mesma cena do Cabe ao mestre definir a dificuldade vulto apontando a arma. do conflito aumentando ou diminuindo Os militares mandam o estranho lar- a quantidade de zumbis e inserindo/re- gar a arma mas ele se mantém impassí- tirando os zumbis especiais do conflito. vel: Não sei quem são vocês e vocês parecem Recomendo 5 zumbis comuns para cada não saber o que aconteceu aqui, mas é melhor jogador e um zumbi especial para cada 3 irem embora antes que eles percebam vocês e jogadores. Este combate não tem o intui- voltem. to de acabar com a sessão, mas não tenha medo de frustrar os jogadores e aumen- O estranho não baixa a arma em ne- te o desafio se assim desejar. Lembre-se nhum momento, e se perguntado, res- também que estes não são os únicos zum- ponde algumas dúvidas, um pouco con- bis nos arredores, mas sim os mais pró- tra sua vontade, mais na tentativa de ximos, se o combate se prolongar demais expulsar logo os estranhos do local que faça com que mais zumbis apareçam. agora está seguro. Ele fala que de repente pessoas mortas começaram a se levantar e Os jogadores podem muito bem tentar atacar os vivos, isso pegou as pessoas des- contornar os zumbis, mas isso os distan- preparadas e logo a cidadezinha estava ciará ainda mais do caminho que tem de dominada pelos mortos vivos. A maioria fazer até a escola onde estão alguns so- fugiu, mas ele se escondeu ali até que as breviventes que podem ajudar o grupo, criaturas desapareceram, indo atrás dos principalmente a chegar até o transporte. fugitivos. O estranho deixa bem claro que Os militares que acompanham o grupo, não quer nenhum deles ali, mesmo após caso estejam vivos, sabem onde deve ficar choro e lamurias de alguns coadjuvantes o transporte, assim não seria necessário e pode chegar a ser hostil caso continuem passar pelo colégio e ver se há sobrevi- chamando a atenção. Ele está sozinho ventes, mas eles insistem em fazer isso, dentro de casa e pode ser facilmente sub- apesar de serem minoria. jugado, mas ele irá continuar defendendo o local até que expulse os estranhos ou morra. caminho entre os mortos A intenção dos militares é seguir ca- minho até Manoel Urbano e conseguir um transporte para sair daquele inferno. Os jogadores e os NPCs sobreviventes O grupo consegue pegar um carro velho podem tentar chegar até o local onde está abandonado que, aparentemente, tem o transporte dos militares ou passar antes gasolina suficiente para chegar à cidade, na escola para ver se ainda existe algum que fica, de carro, há três horas de via- sobrevivente. De qualquer forma o ca- gem. minho até dentro da cidade é complica- O caminho segue tranquilamente, ape- do, existem muitos errantes pela cidade sar do grupo ter que se apertar. Já é pos- e caso sejam descuidados podem acabar sível ver a cidade, bem maior que a vila chamando a atenção de vários deles. que o grupo conseguiu o carro, mas nada No pátio do colégio, é possível ver que comparado às grandes cidades, quando houve uma verdadeira batalha, muitos o carro para, por falta de gasolina. A boa corpos, alguns já em estado avançado de notícia é que a cidade está a uma curta decomposição, outros devorados. Um ou distância. A má notícia é que o carro ve- outro zumbi cambaleando pelo pátio, sem representar perigo imediato. O pe- sante aqui. Mas os tiros com certeza irão rigo maior é dentro do colégio nos cor- chamar a atenção de um grande grupo, redores e salas onde o espaço é apertado principalmente os que estão dentro do e fugir pode não se tornar uma opção - colégio, assim eles podem ter que enfren- aproveite bem esse elemento. tar zumbis ainda nos corredores da escola O grupo é chamado a atenção por baru- e/ou na saída. lho de vozes vindo de dentro do colégio, provavelmente os sobreviventes. Ao se- guir as vozes, o grupo se encaminha para estrada para o o último andar do colégio e a conversa se torna mais audível e clara, até que notam paraíso... ou não. que não é uma conversa e sim uma pessoa Após passar por inúmeras dificuldades, conversando sozinha. incluindo alguns errantes por dentro da cidade, os jogadores finalmente chegam “Eu já ouvi... Sei exatamente onde eles na pequena base militar improvisada, po- estão! CALA A PORRA DA BOCA... eu rém, o ónibus que deveria levar o grupo vou matar todos eles. Eu não matei todos? para Rio Branco não está ali. Por outro não nos deixei em segurança? Esses monstros lado, apesar da destruição e da aparen- de merda não vão mais nos atormentar. Eles te fuga em massa, a pequena base ainda querem nos matar, querem nos roubar, querem possuí algumas poucas armas, munição e, nos transformar em monstros... todos, todos principalmente transporte que pode tirar viraram monstros, mas eu vou te proteger...” os jogadores desta cidade pequena. Ao chegar ao local, um grande corredor O narrador, tem duas opções, se ainda repleto de corpos, a maioria não parece tiver tempo, coloque mais algum desafio estar zumbificada, mas estão com várias antes de deixar com que os jogadores fi- marcas de disparo. Entre eles há alguns nalmente saiam de Manoel Urbano. Caso militares, mas nenhuma arma com eles. já esteja com pouco tempo, ou seja bonzi- No final do corredor, existe uma porta nho demais, permita que eles fujam, para, bem danificada, quase caindo. Pelas fres- quem sabe, continuar e fazer com que os tas é possível ver que há uma barricada jogadores descobram o que realmente mantendo-a fechada e que há movimento aconteceu. no interior desta sala. Na sala há apenas um homem, um cabo do exército que estava na cidade e que iria garantir o transporte dos pesquisado- res. Ele se refugiou na escola com alguns sobreviventes, mas no último ataque ele aparentemente enlouqueceu, começou a falar sozinho e atacou todos, incluindo os vivos que estavam com ele, dizendo que eram todos monstros. Ele pegou o maior número de armas que pode e ago- ra quer defender esta sala a todo o custo. Assim que perceber que tem pessoas no corredor ele começa a atirar que nem um maluco, achando que são zumbis e não importa o que digam, ele irá defender o corredor e sua sala. Os jogadores podem muito bem ir em- bora e deixá-lo lá, não há nada de interes- antagonistas Zumbis Especiais Os zumbis especiais nada mais são do Onça Zumbi que zumbis com algumas características De alguma forma, este animal foi afeta- que os destacam dos zumbis comuns e, do pela epidemia zumbi (diferentemente algumas vezes, até mesmo dos huma- do que é visto na maioria dos títulos do nos. Não é nossa intenção colocar fichas gênero e do próprio Terra Devastada). A de vários zumbis diferentes, mas apoiar manifestação do vírus zumbi preservou a criação de novas criaturas. Para isso muitas das características naturais do segue uma lista com algumas caracterís- predador, e a fome insaciável que acom- ticas para zumbis especiais que podem panha esta condição o torna ainda mais simplesmente ser adicionadas à ficha aci- perigoso. ma. Acrescente quantas achar necessário ou simplesmente role um dado para defi- Características: nir qual usar • Reflexos felinos • Capa de correr • Sentidos aguçados • Sentidos aguçados • Instintos animais • Caçador Nato • Furtivo • Força descomunal • Fedor pútrido • Capaz de usar armas • Garras e presas afiadas • Garras • Corpo em decomposição • Gás pútrido paralisante • Sempre com fome • Saltador
Andarilho Trôpego Maluco da Vila
(Terra Devastada, pg. 98) “Sempre me virei bem sozinho!” Após a zumbificação, esta criatura, en- Ao chegar à uma pequena cidade o gru- quanto emite gemidos de extrema agonia, po se depara com este homem sozinho e passou a caminhar de forma lenta e desa- defendendo seu terreno a todo custo. Ele jeitada, sempre à procura de presas. se trancou dentro de casa quando come- Características: çou a infestação e só saiu de lá quando • Andar trôpego; se certificou que a cidade já estava mais tranquila. Sua ideia é manter-se na ci- • Gemido agonizante; dade e a inicio viver de assaltos as casas • Aparentemente inofensivo; abandonadas. • Desajeitado; • Lobo solitário • Mordida feroz; • Seringueiro • Lerdo; • Sabe atirar • Sem nenhuma habilidade; • Sempre me virei sozinho • Aspecto constante de sofrimento; • Semi analfabeto • Péssima coordenação motora; • Teimoso • Ótimo faro; • Com uma escopeta nas mãos • Agarrão poderoso. • Apesar de pouco tempo sozinho, isso já afetou sua mente Último Soldado de Manoel Urbano “Senhor, sim, Senhor!” Este soldado está na escola é acredita estar protegendo ele e mais um último so- brevivente, porém, sua mente não aguen- tou o que aconteceu e acabou matando todos os vivos, inclusive os personagens que tentarem o salvar. • Soldado • Acostumado a missões na floresta • Bom atirador • Medo de altura • Ordens foram feitas para serem cumpridas • Filho de Militar • Rato de academia • Não come há dias • Portando Fuzis e Pistolas • Deve proteger uma criança imagi- nária