You are on page 1of 36

I Jornada Universitária da Unidade Acadêmica de Garanhuns

I JUAG
Garanhuns – Pernambuco, 29 a 31-10-2007

Ambiência e bem-estar animal em instalações


zootécnicas – aplicações práticas

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis


D.S. em Construções Rurais e Ambiência

Garanhuns – 2007
ÍNDICE

1. A atividade avícola em climas quentes............................................................................... 3


2. Termorregulação................................................................................................................. 4
2.1 Zonas de conforto térmico............................................................................................ 4
3. Mecanismos de transferência de calor................................................................................ 7
3.1 Influência das variáveis ambientais no bem-estar animal ............................................ 8
4. A concepção arquitetônica e o conformo termo-ambiental.............................................. 10
4.1 As modificações ambientais primárias ....................................................................... 10
4.1.1 Localização.......................................................................................................... 10
4.1.2 Orientação............................................................................................................ 11
4.1.3 Distância entre galpões e sua influência na ventilação natural. .......................... 12
4.1.4 Influência da radiação solar no desconforto térmico........................................... 13
4.1.5 Oitões................................................................................................................... 13
4.1.6 Coberturas............................................................................................................ 13
4.1.7 Propriedades térmicas dos materiais de cobertura............................................... 14
4.1.8 Tipos de cobertura ............................................................................................... 15
Boa isolação e barato.................................................................................................... 16
4.1.9 Inclinação do telhado........................................................................................... 17
4.1.10 Beiral ................................................................................................................. 17
4.1.11 Lanternim .......................................................................................................... 18
4.1.12 Cobertura da vizinhança .................................................................................... 19
4.1.13 Sombreiro .......................................................................................................... 19
4.2 As modificações ambientais secundárias ................................................................... 20
4.2.1 Ventilação artificial ou mecânica ........................................................................ 20
4.2.2 Ventiladores......................................................................................................... 20
4.2.3 Tipos de ventiladores........................................................................................... 21
4.2.4 Localização.......................................................................................................... 23
4.2.5 Controles Automáticos ........................................................................................ 24
4.2.6 Velocidade do Ventilador.................................................................................... 24
4.2.7 Manutenção dos Ventiladores ............................................................................. 25
4.2.8 Aquecimento........................................................................................................ 26
5. Bibliografia consultada..................................................................................................... 35

2
1. A atividade avícola em climas quentes
A avicultura tem se consolidado, ano após ano, como uma das mais importantes
fontes de proteína animal para a população mundial. No Brasil, o processo de
desenvolvimento avícola, tanto no número de frangos abatidos como no de ovos
produzidos, possibilitou à industria um notável potencial para oferecer aos consumidores,
uma fonte protéica saudável e com um custo mais baixo.
Nos países de clima tropical, um dos desafios de produção são os fatores ambientais
de alta temperatura e alta umidade dentro das instalações, as quais são limitantes para o
bem-estar e uma alta produtividade. O conceito de ambiente é amplo, uma vez que inclui
todas as condições que afetam o desenvolvimento dos animais. Hoje, ao considerar o
ambiente de produção animal leva-se em conta, o ambiente térmico (temperatura, umidade,
velocidade do vento e outros), o ambiente acústico (ruídos), o ambiente aéreo (gases e
poeiras) e o ambiente social (hierarquia do grupo, tratador).
O ambiente físico pode abranger os elementos meteorológicos que afetam os
mecanismos de transferência de calor, a regulação e o balanço térmico entre o animal e o
meio, exercendo forte influência sobre o bem-estar e desempenho do animal. Na maioria
dos sistemas de produção de aves, no Brasil, os fatores climáticos, ou seja, o ambiente
térmico são pouco gerenciados, o micro ambiente para a produção e bem-estar das aves,
nem sempre é compatível com as necessidades fisiológicas das mesmas.
O micro clima gerado dentro de uma instalação é definido pela combinação de
elementos como as variáveis psicrométricas do ar ambiente, chuva, luz, som, poluição,
densidade animal, equipamentos e manejo. Os fatores estressores do ambiente podem estar
também vinculados: velocidade do ar, temperatura radiante, disponibilidade de água e
umidade da cama.
Comparando-se a temperatura interna das aves com a dos mamíferos, observa-se
que, além de ser mais alta, é mais variável, podendo, quando adultas variar de 41oC a 42oC.
Tais variações se dão de acordo com sua idade, peso corporal, sexo, atividade física,
consumo de alimentos e o ambiente térmico do galpão.

3
Portanto, para obtermos melhor bem-estar na avicultura em climas quentes devemos
estar atentos à interação entre o animal e o ambiente, a fim de que o custo energético dos
ajustes fisiológicos sejam os menores possíveis.

2. Termorregulação
Para manter a temperatura fisiológica, as aves possuem um centro termorregulador,
localizado no sistema nervoso central. A Figura 1 mostra esquematicamente o princípio de
ação do sistema termorregulador das aves no processo de manter a homeotermia.

Figura 1 - Esquema do sistema termorregulador (ABREU, 2003)

2.1 Zonas de conforto térmico


Para determinada faixa de temperatura efetiva ambiental, a ave mantém constante a
temperatura corporal, com mínimo esforço dos mecanismos termorregulatórios. É a
chamada Zona de Conforto Térmico (ZCT) ou de termoneutralidade, em que não há
sensação de frio ou de calor e o desempenho animal em qualquer atividade é otimizado.
Na Figura 2, observa-se que a Zona de Conforto Térmico é limitada pelas
temperaturas efetivas ambientais dos pontos B e B’; a Zona de Homeotermia, pelas
temperaturas efetivas ambientais dos pontos C e C’; e a Zona de Sobrevivência, pelas
temperaturas efetivas ambientais dos pontos D e D’.

4
Figura 2 – Representação esquemática simplificada das temperaturas críticas
efetivas (ABREU, 2003)

Nas temperaturas efetivas ambientais situadas na faixa limitada pelos pontos A e D,


o animal está estressado por frio e nas de A’ a D’, por calor.
A temperatura efetiva ambiental do ponto B é a Temperatura Crítica Inferior
(TCI) e abaixo desta o animal aciona seus mecanismos termorregulatórios para incrementar
a produção e a retenção de calor corporal, compensando a perda de calor para o ambiente,
que se encontra frio. Nessa faixa, a capacidade do animal de aumentar a taxa metabólica
torna-se relevante para a manutenção do equilíbrio homeotérmico.
Para temperaturas efetivas ambientais abaixo daquela definida no ponto C, a ave
não consegue mais balancear a sua perda de calor para o ambiente e a temperatura corporal
começa a declinar rapidamente, acelerando o processo de resfriamento. Se o processo

5
continua por muito tempo ou se nenhuma providência é tomada, o nível letal D, é atingido e
o animal morre por Hipotermia.
A temperatura efetiva ambiental do ponto B’ é denominada Temperatura Crítica
Superior (TCS). Acima dessa temperatura o animal aciona seus mecanismos
termorregulatórios para auxiliar a dissipação do calor corporal para o ambiente, uma vez
que, nessa faixa, a taxa de produção de calor metabólico normalmente aumenta, podendo
ocorrer, também, aumento da temperatura corporal. Nessa faixa, entram em ação
mecanismos de defesa física contra o calor, como a vasodilatação e a ofegação. Quando a
temperatura ambiental atinge o ponto C’, por mais que esses mecanismos funcionem, não
conseguem obter o resfriamento necessário para a manutenção do equilíbrio homeotérmico
e a temperatura corporal aumenta cada vez mais. Na temperatura ambiental do ponto D’, a
ave morre por Hipertermia. Na Zona de Hipertermia, os mecanismos de controle da
temperatura não são capazes de providenciar suficiente resfriamento para manter a
temperatura corporal em seu nível normal.
Para que o mecanismo de homeostase seja eficiente, é necessário que a temperatura
ambiente esteja dentro de certos limites (Tabela 1). Nesse sentido, o aperfeiçoamento das
instalações com adoção de técnicas e equipamentos de condicionamento térmico ambiental
devem atuar no sentido de superar os efeitos prejudiciais de alguns elementos climáticos,
possibilitando alcançar bom desempenho produtivo das aves.
Tabela 1 - Faixas de temperatura de conforto para aves de corte em diferentes idades
Idade Faixas de temperaturas confortáveis
1 semana 35 - 32
2 semana 32 - 29
3 semana 29 - 26
4 semana 26 - 23
5 semana 23 - 20
6 semana 20
Adaptado por VIGODERIS (2006)

6
3. Mecanismos de transferência de calor
A transferência de calor do corpo do animal para o meio pode ocorrer pelos
processos sensíveis e pelos processos latentes (Figura 3). As formas sensíveis consistem
dos processos de condução, radiação e convecção e as formas latentes, condensação e
evaporação. Só há transferência de calor sensível se houver gradiente de temperatura entre
dois corpos, e para que as formas latentes ocorram, há necessidade de existir uma diferença
de potencial de vapor entre as superfícies envolvidas. No processo de condução a
transferência de calor é realizada de molécula a molécula, por meio do contato. A troca de
calor por radiação ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. A convecção ocorre por
meio do movimento de massa de ar e a evaporação, pela mudança de estado da água, de
líquido para vapor. Ao evaporar um litro de água, são retiradas 590 kcal da superfície.

Figura 3 - Influência da temperatura efetiva ambiental (TEA) nas perdas de calor de


forma sensível e latente

A Figura 3 evidencia a influência da temperatura efetiva ambiental (TEA) nas


magnitudes de perdas de calor na forma sensível e na forma latente. Com o aumento da

7
mesma, diminui a diferença de temperatura entre a superfície do animal e o meio,
comprometendo a eficiência de dissipação de calor através formas sensíveis, aumentando a
fração do calor dissipado através das formas latentes (sudorese e trato respiratório).

3.1 Influência das variáveis ambientais no bem-estar animal

MARTRENCHAR et al 2000, em experimento avaliando comportamento de aves


adultas num lote misto, mostraram que o comportamento agressivo esteve relacionado
parcialmente a outras condições de estresse, como calor, o que indica claramente que o
ambiente térmico é um importante indicador de bem-estar.
Segundo TINOCO (2001), dentre os fatores ambientais, os fatores térmicos,
representados por temperatura do ar, umidade, radiação térmica e movimentação do ar são
aqueles que afetam mais diretamente a ave, pois comprometem sua função vital mais
importante: a manutenção da própria homeotermia.
Como dito anteriormente, as aves necessitam manter a temperatura interna do corpo
em níveis relativamente constantes, em ambientes cujas condições termohigrométricas são
as mais variáveis, através de mecanismos orgânicos de controle representados por severas
compensações fisiológicas. Esses ajustes são feitos em detrimento da produção destes
animais que, ao invés de empregar os nutrientes para a síntese, utilizam-nos para produzir
ou dissipar calor. Quando não ocorre nenhum desperdício de energia, seja para compensar
o frio ou para acionar seu sistema de refrigeração em combate ao excesso de calor do
ambiente, diz-se que a ave está em condições de conforto e, conseqüentemente, de
produtividade máxima. Fora da zona de conforto ocorre decréscimo do desempenho
produtivo, reprodutivo e resistência do organismo, sendo que extremos num e noutro
sentido podem vir a ser letais (TINOCO, 2001).
Dessa forma, se o conforto térmico não é atingido e a ave é exposta ao estresse
calórico, situação muito freqüente em boa parte do ano, especialmente no verão, ocorrerá
uma queda no consumo de ração, no ganho de peso, além de levar a piores valores de
conversão alimentar e maior mortalidade. Especificamente no caso de aves de postura e
reprodutoras, ocorrerá uma redução na espessura da casca, número, peso e volume dos
ovos. Em conseqüência, haverá uma queda na taxa de incubação, no peso dos pintos e na

8
taxa de fertilidade tanto de machos quanto de fêmeas. O problema se agrava à medida que a
ave se desenvolve, pois existe uma correlação negativa da dissipação de calor com o peso
corporal (TINOCO, 2001).
De uma maneira geral, um ambiente é tido como confortável para aves adultas
quando apresenta temperaturas de 15-18ºC a 22-25ºC e umidade relativa do ar de 50 a 70%.
Esses valores, especialmente no que tange à temperatura, dificilmente são obtidos nas
condições do clima brasileiro, sobretudo no verão. Considerando-se que o Brasil encontra-
se localizado até a latitude de 30º sul, ou seja, na faixa mais quente do planeta, com médias
de temperatura oscilando entre 20 a 25ºC ao longo do ano, verifica-se que o país inspira
uma situação de maior cuidado com o estresse por calor do que propriamente por frio,
(embora se deva também contemplar as prerrogativas necessárias ao conforto térmico no
inverno e nas fases iniciais da vida da ave). Caso não se atente para esse fato ao se planejar
uma instalação avícola, fatalmente ocorrerá uma situação de desconforto térmico por calor
que comprometerá substancialmente o desempenho das aves (TINOCO, 2001).
Ao se adequar uma edificação ao clima de um determinado local e exploração,
deve-se atentar aos espaços interior e exterior, para que proporcionem aos hospedeiros
condições mínimas de bem-estar, além de suprir suas necessidades, pois as instalações
devem agir no sentido de amenizar extremos impostos pelos climas locais, como excessivo
calor ou frio.
É necessário afirmar que não existe um tipo de instalação avícola que seja ideal no
combate ao estresse por calor ou frio que possa ser adotado em todas as regiões do mundo,
porque cada região climática impõe uma exigência própria de arranjos com vistas ao
conforto térmico.
As instalações avícolas brasileiras, na maneira com que são concebidas, se
apresentam predominantemente abertas, sem o controle do ambiente. Com isso, para se
atingir um ambiente adequado de criação, as ações devem se adequar a essa realidade, que
têm como conseqüência, priorizar o acondicionamento térmico natural, como a ventilação
natural e o paisagismo circundante e os recursos dos materiais de construção e da
concepção arquitetônica.

9
4. A concepção arquitetônica e o conformo termo-
ambiental
Segundo Curtis (1983) existem duas classes de modificações ambientais: as
primárias e as secundárias. Modificações ambientais primárias são aquelas relacionadas à
instalação animal, ou seja, aquelas relacionadas com o abrigo, com o galpão avícola
propriamente dito e que permitem proteger a ave durante períodos em que o clima se
apresenta extremamente quente ou frio, ajudando-a a aumentar ou reduzir sua perda de
calor corporal. Podem-se citar como principais as coberturas para sombra, os quebra-
ventos, os elementos que interferem na ventilação natural, os fechamentos, ou seja, as
cortinas, as alvenarias e também o paisagismo circundante. As modificações primárias
correspondem ao acondicionamento térmico natural.
Já as modificações secundárias correspondem ao manejo do microambiente interno
das instalações. Geralmente envolvem um nível mais alto de sofisticação e compreendem
processos artificiais de ventilação, aquecimento e refrigeração. Há aspectos positivos nessa
classe de modificações, tais como um melhor aproveitamento de espaço físico e de mão-de-
obra, apesar do consumo de energia e maior custo de implantação do projeto. Recomenda-
se que as modificações secundárias, contudo, devem vir apenas após esgotados todos os
recursos das modificações primárias e quando se pretende aumentar a densidade de
alojamento de animais.

4.1 As modificações ambientais primárias

4.1.1 Localização

Devem-se evitar terrenos de baixada, evitando-se problemas com alta umidade,


baixa movimentação de ar e insuficiente insolação higiênica no inverno. Recomendam-se
terrenos com boa drenagem, numa leve encosta ou superfícies com declive suave (2 a 5%),
de preferência no sentido da largura dos galpões, para facilidade de escoamento de águas
servidas e pluviais. Deve-se estar atento também à possível obstrução do ar por outras
construções e barreiras naturais e artificiais próximas aos galpões avícolas, o que
dificultaria a ventilação natural, trazendo prejuízos ao conforto térmico no verão. Essas

10
obstruções podem ser desejáveis, contudo, do ponto de vista sanitário ou no caso de regiões
com ventos dominantes muito intensos e perigosos.
Já em relação ao isolamento sanitário, na Tabela 2 são observadas distâncias
mínimas sugeridas para um melhor isolamento das instalações.

Tabela 2 - Distâncias mínimas sugeridas para um melhor isolamento das instalações

Fonte: TINOCO (2001)

O clima deverá preferencialmente seco (não inferior a 40% de UR), temperado e


sem variações extremas de temperatura. A ação de ventos indesejáveis pode ser diminuída
com a colocação de barreiras vegetais estrategicamente distribuídas. (MARTINS, 1995).

4.1.2 Orientação

Para as instalações de produção animal localizadas em regiões de clima tropical e


subtropical, recomenda-se orientar no sentido leste-oeste visando evitar incidência de
radiação solar direta no interior das instalações, pois no verão a trajetória solar coincidirá
com a direção na cumeeira, como mostra a Figura 4.

11
Figura 4 – Orientação de uma instalação no sentido leste-oeste na latitude da linha
do Equador (0o), nos equinócios

Tal recomendação também se apresenta benéfica no inverno, já que a declinação da


trajetória aparente do Sol para o Norte (para instalações locadas no hemisfério Sul) provoca
um aquecimento diferenciado das faces da cobertura, favorecendo a ventilação térmica
natural, quando não se dispõe de outros meios para ativá-la.

4.1.3 Distância entre galpões e sua influência na ventilação natural.

O afastamento entre galpões deve ser suficiente para que uns não atuem como
barreira à ventilação natural nos outros. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a
altura da construção para os primeiros galpões a barlavento, sendo que do segundo galpão
em diante o afastamento deverá ser de 20 a 25 vezes essa altura (Figura 5).

Figura 5 – Afastamento das instalações para privilegiar a ventilação

Nem sempre será possível atender a essa recomendação por razões relativas à área
disponível, topografia ou fluxograma de trabalho, mas deve-se, ao máximo, tentar se
aproximar dessa situação. Na pior das hipóteses, deve-se possibilitar afastamentos entre
galpões de no mínimo 35 a 40 metros.

12
4.1.4 Influência da radiação solar no desconforto térmico

Para atenuar o efeito da insolação, o primeiro artifício objetivando o conforto


térmico em climas quentes é o sombreamento natural ou artificial. Segundo BOND et al.
(1976), o sombreamento pode reduzir, em muitas regiões, cerca de 30% da carga térmica de
radiação (CTR) incidente sobre o animal.
O tipo de sombra ideal, segundo KELLY et al. (1950), embora seus valores
comparativos sejam de difícil mensuração, é a sombra produzida por árvores, pois a
vegetação transforma parte da energia solar, pela fotossíntese, em energia química latente,
reduzindo os efeitos da insolação durante o dia. Assim, o emprego de árvores altas pode
produzir um microclima ameno nas instalações, devendo-se evitar árvores que possam
diminuir a ventilação no interior (quebra ventos).

4.1.5 Oitões

No caso das paredes laterais (oitões) que recebem frontalmente o sol de nascente e
poente, a proteção pode ser feita pintando-as com cores claras, sombreando-as por meio de
vegetação ou beirais, adotando paredes de grande inércia térmica, como as dos tijolos
maciços de barro ou blocos furados com no mínimo 15 cm de espessura, visando o
desejável amortecimento das variações da temperatura externa.

4.1.6 Coberturas

Segundo BOND et al. (1969), da radiação térmica recebida de várias partes da


instalação que envolve um animal à sombra, 28% da carga térmica radiante provem do
céu, 21% do material de cobertura, 18% provem da área não sombreada e 33% da área
sombreada. Assim, os autores concluem que a quantidade de carga térmica de radiação
devido ao material de cobertura e sua sombra detém mais de 50% da radiação térmica total.
Como é mostrado na Figura 8, utilizando-se uma cobertura para reduzir a carga
térmica de radiação adiciona-se uma nova fonte de calor, o material de cobertura, o que
mostra a importância de se conhecer as propriedades térmicas dos mesmos.

13
4.1.7 Propriedades térmicas dos materiais de cobertura

A cobertura exposta aos raios solares sofre aumento de temperatura cuja grandeza
depende do coeficiente de absorção e da quantidade de radiação recebida. Alguns valores
de coeficiente de absorção podem ser visualizados na Tabela 3.

Tabela 3 – Coeficientes de absorção de várias superfícies

A absortância é a propriedade térmica mais importante no estudo da aplicação de


materiais opacos em construção. A alteração desse coeficiente diante da radiação por meio
de pinturas é um procedimento muito simples e econômico, além de constituir eficiente
forma de amenizar os efeitos negativos da radiação sobre uma construção, principalmente
no verão. Deste modo, fica evidente a importância do coeficiente de absorção da superfície
exterior, principalmente no verão, nos fechamentos que recebem grandes quantidades de
radiação solar. Sua influência também aumenta na medida em que o fechamento tem menor
resistência térmica e amortecimento térmico. As chapas de fibrocimento ou de metal são
termicamente muito sensíveis a sua cor externa. A redução do coeficiente de absorção por
meio de uma cor adequada é um recurso relativamente econômico, embora exija constante
cuidado de manutenção (TINOCO, 2001). Outras características devem ser cuidadosamente

14
observadas como a condutividade térmica, resistência térmica, capacidade de
amortecimento e retardo térmico.

4.1.8 Tipos de cobertura

Como mostrado anteriormente, a principal proteção contra a radiação solar é obtida


por meio da cobertura, e de acordo com RIVERO (1994), a cobertura ideal de instalações
para animais nas condições brasileiras deve apresentar grande capacidade para refletir a
radiação solar, ter considerável capacidade de isolamento térmico e capacidade de retardo
térmico em torno de 12 horas. Com essas características, a pequena quantidade de radiação
solar absorvida pela telha terá dificuldade em atravessar o material e, ao fazê-lo, atingirá
seu interior com defasagem em torno de 12 horas, aquecendo o ambiente interior quando a
temperatura deste estiver mais baixa.
O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima, como para o interior
do aviário. Nas regiões tropicais a intensidade de radiação é alta em quase todo o ano, e é
comum verificar desconforto das aves devido ao calor mesmo durante épocas mais frescas
do ano devido a grande emissão de radiação dos telhados para o interior do aviário. O mais
recomendável é escolher para o telhado, material com grande resistência térmica, como o
sapé ou a telha cerâmica. Contudo, por comodidade e economia é comum o emprego de
telhas de cimento amianto, que é material de baixo conforto para as aves, mas são de fácil
colocação e necessitam de menor madeiramento, desde que recebam material para melhorar
a sua eficiência térmica como: isolantes, pinturas refletoras, aspersão no telhado. Em
termos de conforto térmico a telha de barro ainda é a indicada.
Devem ser evitadas as telhas de alumínio ou zinco, devido ao barulho provocado
durante o período chuvoso e também as telhas de cimento amianto com 4 mm de espessura,
pois fornecem menor conforto para as aves.
O material ideal para a cobertura deve ter alta refletividade solar e alta emissividade
térmica na superfície superior e baixa refletividade solar e baixa emissividade térmica na
superfície inferior.
Na Tabela 4 é apresentada lista de telhados na seqüência de sua qualidade térmica, e
os motivos pelos quais não devem ser utilizados.

15
Os valores de eficiência relativa, em termos de redução de calor radiante nos
animais, para os materiais utilizados na cobertura, são apresentados na Tabela 5.

Tabela 4 – Lista de Telhados na seqüência de sua qualidade térmica e os motivos pelos


quais não são utilizados
Tipo Vantagens Desvantagens
Sanduíche Em duas lâminas de alumínio. É o mais O mais caro
de isopor perfeito telhado.
Sapé Boa isolação e barato Risco de incêndio e abrigo
de insetos
Maderit Material resistente Custo elevado
Alumínio Boa isolação térmica Sujeita a danos por granizo
simples e ventos
Telha de Quando novas são lisas, com boa isolação Frestas dificultam a limpeza
barro térmica
Telhas de Praticidade: podem ser pintadas para Esquentam muito nas horas
cimento reduzir a temperatura interna do aviário de maior insolação
amianto
Telhas de Não quebram, têm boa durabilidade e Pouco isolamento térmico
chapa baixo custo
zincada
Fonte: TINOCO, 2001.

Tabela 5 - Eficiência relativa de alguns materiais utilizados na cobertura


Material Eficiência Relativa
Sapé (15 cm) 1,20
Alumínio (branco topo, peto dentro) 1,10
Alumínio novo 1,00
Alumínio (10 anos de uso) 0,97
Aço galvanizado (topo branco, preto dentro) 1,07
Aço galvanizado (novo) 0,99
Aço galvanizado (1 ano de uso) 0,99
Madeira (sem pintura) 1,06
Madeira (preto embaixo) 1,04
Madeira (preto topo e embaixo) 0,97
Madeira compensada (6 cm sem pintura) 1,03
Fonte: CURTIS, 1983.

16
Pode-se melhorar a eficiência relativa de alguns materiais utilizados na cobertura
com o emprego de pintura sobre o telhado (principalmente fibro-cimento). A cobertura
deve ser pintada, de branca na face superior e de preta na face inferior. Antes da pintura
deve ser feita lavagem do telhado para retirar o limo ou crostas que estiverem aderidos à
telha e facilitar assim, a fixação da tinta.
A proteção contra a radiação recebida e emitida pela cobertura ao interior do
aviário, pode ser feita com uso de forro. Este atua como segunda barreira física, a qual
permite formação de camada de ar junto à cobertura, que contribui na redução da
transferência de calor para o interior da construção. Há referências de que esta redução é de
62%, ao se passar de abrigo sem forro para abrigo com forro simples de Duratex de 6 mm
não ventilado, e de 90% no caso de forro com ventilação.

4.1.9 Inclinação do telhado

A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interior do


aviário, através da mudança do coeficiente de forma correspondente às trocas de calor por
radiação entre o animal e o telhado e modificando a altura entre as aberturas de entrada e
saída de ar (lanternim). Quanto maior a inclinação do telhado, maior será a ventilação
natural devido ao termossifão. Inclinações entre 20 e 30o têm sido consideradas adequadas,
para atender as condições estruturais e térmicas ambientais.

4.1.10 Beiral

O beiral tem a função de sombrear e proteger da água de chuva, as paredes e o


ambiente próximo ao aviário. Para regiões quentes, os beirais devem ser projetados de
forma a evitar a penetração dos raios solares ou de chuva. Para evitar a penetração dos raios
solares, pode-se determinar o tamanho do beiral através das equações:
Face norte = 23o 27’ + latitude do local
Face sul = 23o 27’ - latitude do local

17
Por exemplo, para região que possui latitude de 21o 30’ Sul, o aviário deve ter na
face norte, beiral que cubra as inclinações dos raios solares, de 44o 57’ e, na face sul, beiral
que cubra os raios solares com inclinação de 1o 57’ (Figura 6). No hemisfério sul, à medida
que se desloca para maiores latitudes maior será o beiral na face norte. O material para o
beiral da face norte pode ser o mesmo da cobertura, porém tem-se utilizado sombrites que
são mais econômicos, leves e permitem boa ventilação.

Figura 6 – Esquema para determinação do comprimento do beiral para regiões quentes.

Para regiões chuvosas, recomenda-se que o tamanho do beiral seja determinado a


partir da inclinação de 45o em relação ao piso do aviário, para as faces norte e sul (Figura
7).

Figura 7 – Esquema para determinação do comprimento do beiral para regiões chuvosas

4.1.11 Lanternim

O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é indispensável para se conseguir


adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão

18
resultando em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente
na cobertura. Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura do aviário, com
sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura do aviário ou 40 cm no
mínimo (Figura 8). Deve ser equipado, com sistema que permita fácil fechamento e com
tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros.

Figura 8 – Esquema para determinação das dimensões do lanternim

4.1.12 Cobertura da vizinhança

A qualidade das vizinhanças afeta a radiosidade (quantidade de energia radiante


levada pela superfície por unidade de tempo e por unidade de área - emitida, refletida,
transmitida e combinada). É comum instalarmos gramados em toda a área delimitada aos
aviários pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos. Este
gramado deverá ser de crescimento rápido que feche bem o solo não permitindo a
propagação de plantas invasoras. Deverá ser constantemente aparado para evitar a
proliferação de insetos.

4.1.13 Sombreiro

O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido a
projeção de sombra sobre o telhado. Para as regiões onde o inverno é mais intenso as
árvores devem ser caducifólias. Assim, durante o inverno as folhas caem permitindo o
aquecimento da cobertura e no verão a copa das árvores torna-se compacta sombreando a
cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior do aviário. Para regiões
onde a amplitude térmica entre as estações do ano não é acentuada e a radiação solar
constitui em elevado incremento de calor para o interior do galpão o ano todo, as árvores

19
não precisam ser necessariamente caducifólias. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste
do aviário e mantidas desgalhadas na região do tronco, preservando a copa superior. Dessa
forma a ventilação natural não fica prejudicada. Fazer verificação constante das calhas para
evitar entupimento com folhas

4.2 As modificações ambientais secundárias

4.2.1 Ventilação artificial ou mecânica

A ventilação artificial é produzida por equipamentos especiais como exaustores e


ventiladores. É utilizada sempre que as condições naturais de ventilação não proporcionam
adequada movimentação do ar ou abaixamento de temperatura. Tem a vantagem de
permitir filtragem, distribuição uniforme e suficiente do ar no aviário e ser independente
das condições atmosféricas. Permite fácil controle da taxa de ventilação através do
dimensionamento dos ventiladores, das entradas e saídas de ar.
Existem duas formas de se promover artificialmente a movimentação do ar através
de:
* sistema de pressão negativa ou exaustão;
* sistema de pressão positiva ou pressurização.
Tanto no sistema de ventilação, por pressão negativa quanto por pressão positiva,
atenção deve ser dada à pressão, que poderá determinar o sucesso ou o insucesso do
sistema. A pressão está relacionada diretamente com a vazão e não com a velocidade.
Dessa forma, é importante o conhecimento de quanto de ar realmente se precisa. É comum
encontrar em um aviário zonas de pressão de baixa movimentação de ar, seja por pressão
negativa ou positiva. Um dos fatores mais freqüentes para essa ocorrência é o mau
dimensionamento e posicionamento dos equipamentos de ventilação.

4.2.2 Ventiladores

São usados para promover diferenças de pressão entre o interior e o exterior do


aviário. Quando instalados estão sujeitos à corrosão e ao pó da atmosfera. Geralmente são

20
utilizados ventiladores de hélice de polietileno. Os ventiladores podem ser combinados de
acordo com a capacidade e número:
- um ou mais ventiladores pequenos são operados durante períodos frios e esses são
suplementados durante períodos quentes por grandes ventiladores;
- outra alternativa para modificar a taxa de ventilação é o uso de duas velocidades.
É importante que eles sejam capazes de movimentar certa quantidade de ar ao nível
das aves, entretanto, a localização e o espaçamento dos ventiladores mostram ser
determinantes para o bom desempenho do sistema.

4.2.3 Tipos de ventiladores

Existem no mercado diversos tipos de ventiladores com capacidade variada.


Normalmente são classificados em termos de fluxo de ar (em cfm ou m3/h, onde 1 cfm =
1,7 m3/h) e eficiência energética (em m3/h/ watt ou cfm/watt). É muito comum a utilização
de ventiladores do tipo axial em aviários. Mais freqüente ainda a instalação desses
equipamentos sem a observação dos conceitos básicos técnicos, sendo, cada vez mais,
necessário a complementação com maior número de equipamentos para se tentar chegar a
resultados mais satisfatórios.
Os produtores devem perceber que quando compram um ventilador estão, na
verdade, comprando um índice de ventilação e não, apenas, um ventilador de um tamanho
ou marca particular. Ventiladores de tração direta são, normalmente, menos eficientes do
que ventiladores tracionados por correia, mas por outro lado não exigem correias. A
eficiência energética é importante, já que afeta o custo elétrico da operação dos
ventiladores. Embora, os ventiladores com maior eficiência energética custem mais
inicialmente, sua eficiência maior proporciona um retorno de valor por toda sua vida. O
custo reduzido de energia de um ventilador eficiente com um ineficiente pode pagar a
diferença do custo inicial em dois anos ou menos.
Para selecionar um ventilador que atenda às especificações de projeto, normalmente
são utilizadas tabelas dos fabricantes, elaboradas geralmente para o padrão 1,2 kg/m3 a 21,1
o
C e ao nível do mar. A Tabela 6, sobre desempenho de ventiladores simples, serve para

21
exemplificar esse processo de seleção. De preferência deve-se conhecer a curva de
rendimento do ventilador.

Tabela 6 - Desempenho típico de ventiladores com pressão estática da ordem de 25 mmca


(adaptado de CURTIS, 1983)
Velocidade Diâmetro Potência do motor Capacidade do
(rpm) (cm) (Hp) Ventilador (m3/min)
1725 35 1/6 39
1140 46 1/6 55
1140 60 1/4 120
794 76 1/3 163
613 90 1/3 211
695 90 1/2 252
538 105 1/2 296
Fonte: CURTIS, 1983.
Para a escolha do tipo de ventilador, o primeiro passo é verificar o mais econômico.
Mas, em termos gerais, o ventilador deve possibilitar a retirada de 300 m3/min e a
renovação completa do ar deve processar-se a cada minuto. Quanto às pás, atualmente, tem-
se adotado os ventiladores de 3 a 6 pás com tamanho de 45 a 60 cm.
Certamente a eficiência do ventilador deve ser considerada, mas deve ser realizada
com consciência para o total de ventiladores a ser utilizado no aviário. Na tabela 7 estão
representados dados de ventiladores com 61 cm de diâmetro.

Tabela 7 – Características de ventiladores com 61 cm de diâmetro


Modelo Capacidade de fluxo Consumo de energia Eficiência energética
de ar (m3/min) (kW) (m3/min/Watt)
A 146 0,416 0,35
B 137 0,417 0,33
C 119 0,374 0,32
D 177 0,663 0,27
Comparando o custo de operação do ventilador A com o D, verifica-se que o
ventilador A tem eficiência energética maior, mesmo tendo 20% a menos de capacidade de

22
fluxo de ar que o ventilador D. Nunca assuma que dois ventiladores de igual tamanho terão
o mesmo desempenho. Ventiladores de diferentes fabricantes podem ter desempenhos
diferentes. Boa qualidade dos ventiladores é essencial para propiciar bom desempenho da
ventilação mecânica nos aviários. Ventiladores que são ineficientes podem adicionar ao
custo de produção. O mais comum é o gasto com energia elétrica que é maior com a
utilização de um ventilador de baixo desempenho. O outro custo está associado à baixa
qualidade de ar nas instalações. Ventiladores que não movimentam o ar eficientemente
predispõem as aves ao estresse. O estresse pode conduzir ao aparecimento de doenças bem
como ao menor desempenho animal.
Se não forem utilizados ventiladores suficientes no interior do aviário para dar uma
cobertura de ar de alta velocidade na maior parte do piso, as aves se agruparão em áreas
perto dos ventiladores. Alternando-se ventiladores direcionados horizontalmente, ou em
ângulo levemente inclinado para baixo, criam-se áreas de formato oval de 12-21 m de
comprimento e 6-9 m de largura, próximas ao piso, nas quais as velocidades do ar são de 1
m/s ou mais. Desse modo, na maioria dos aviários, seria necessário um grande número de
ventiladores para cobrir completamente o piso com velocidades de ar elevadas.
A capacidade dos ventiladores pode variar amplamente (<10-30% de suas
especificações), de acordo com o estado em que se encontram e das condições em que
operam.

4.2.4 Localização

É bastante comum as dúvidas quanto à melhor posição de instalação dos


ventiladores e, por desconhecimento dos princípios de ambiência, quando instalados, não
conseguem atingir sua eficiência. Porém, a localização dos ventiladores é menos importante
do que o projeto e localização das entradas e saídas de ar na instalação. Devem estar bem
localizados para que a eficiência do sistema seja maior. Quando possível, os ventiladores
devem ser posicionados no aviário, no sentido do vento dominante para que não tenham sua
eficiência reduzida.
Devem estar à altura correspondente a metade do pé direito do aviário, ligeiramente
direcionados para baixo, sem incidir sobre as aves.

23
4.2.5 Controles Automáticos

Para manter o ambiente interno adequado, um aviário deve ter controles adequados.
Isso é conseguido pela mudança na capacidade do ventilador e área de entrada e saída de ar.
Pode-se também conseguir o controle do sistema de ventilação por meio:
- de termostatos, que captam a temperatura do ar em determinado ponto e ativam ou
desativam os ventiladores;
- de umidostatos, que fazem o controle dos ventiladores por meio da umidade do ambiente;
- de timer, que permitem a marcação do tempo de ação do sistema;
- da conexão paralela termostato/cronômetro;
- de pressóstatos ou manóstatos que permitem o controle dos ventiladores em função da
pressão. Esses evitam que os ventiladores trabalhem forçados. O desempenho do ventilador
diminui quando a pressão estática através do ventilador é grande. Se as aberturas de entrada
do ar são pequenas (para o número de exaustores em uso) a pressão estática subirá
excessivamente, e como conseqüência, os ventiladores promoverão menos ar que sua
capacidade nominal e o ritmo de renovações será insuficiente. Por outro lado, se as
aberturas de entrada são demasiadamente grandes para o número de exaustores em uso, a
pressão estática cairá e, como conseqüência, o ar exterior tenderá a entrar somente pelas
aberturas mais próximas dos exaustores, criando um fluxo de ar não uniforme.
O controle automático, quando utilizado, elimina trabalhos monótonos, como
monitoramento das condições psicrométricas do ar, elimina erro de leitura, diminui o
número de horas com mão-de-obra para a mesma produção e melhor uso da energia
elétrica.

4.2.6 Velocidade do Ventilador

A velocidade de deslocamento do ar em um aviário deve ser considerada, já que


erros de concepção das taxas ideais poderão trazer problemas ao plantel. Velocidade muito
baixa pode dificultar a troca térmica do meio ambiente interno e externo trazendo assim um
desconforto térmico às aves. Velocidade muito alta, porém, poderá afetar a ave nos limites
de estresse ambiental e dependendo das condições psicrométricas externas e idade das aves,
ocasionar até mesmo hipotermia.

24
A forma de se chegar à melhor condição, sem dúvida, é tratar cada caso, macro-
clima, micro-clima e ático de forma bastante diferenciada (Tabela 8).
Tabela 8 – Velocidades do ar para a ave, macroclima e microclima
Local Velocidade (m/s)
Ideal para a ave ≈ 0,7*
Macroclima 1,5 à 2,3
Ático Convecção natural + vazão e velocidade artificial
*Varia de acordo com a quantidade de calor que se deseja trocar e com as perdas existentes
no aviário.

Em aviários, o fluxo de ar deve ser manejado para fornecer adequada velocidade do


ar à altura das aves. Ventiladores de velocidade simples possuem somente uma velocidade.
Ventiladores de duas velocidades possuem uma velocidade elevada para períodos quentes e
uma velocidade baixa para períodos frios. Ventiladores com velocidades múltiplas são
indicados para locais onde a temperatura externa varia muito durante o dia.
O número de ventiladores a ser utilizado no aviário vai depender de sua vazão, do
volume do aviário, da época do ano e idade das aves.

4.2.7 Manutenção dos Ventiladores

A manutenção (ou falta dela) afeta o desempenho tanto quanto a seleção inicial do
ventilador. O acúmulo de poeira e o afrouxamento das correias (para um ventilador
tracionado por correias) podem reduzir o fornecimento do fluxo de ar do ventilador em
mais de 40%. Também, o desgaste das correias faz com que percorram menos o ventilador
e as roldanas do motor, reduzindo a velocidade dos ventiladores e o fluxo de ar (cfm). A
medida da velocidade do ventilador, usando-se tacômetros, pode prontamente diagnosticar
problemas de ventilação, devido à operação lenta do ventilador. A manutenção do
ventilador, incluindo a substituição periódica das correias, manutenção da tensão da correia,
e limpeza da poeira acumulada nas diversas partes do ventilador são cruciais.

25
4.2.8 Aquecimento

4.2.8.1 Formas de aquecimento

Basicamente existem dois grupos de aquecimento para manter a temperatura


ambiente dentro da região de conforto térmico das aves: aquecimento central e aquecimento
local.

Aquecimento central
O primeiro grupo é do aquecimento central, que, para alcançar temperaturas
adequadas nos aviários, se baseia no aquecimento relativamente homogêneo de todo o
volume dos mesmos. Esse processo é bastante utilizado em aviários climatizados e em
regiões muito frias. Para reduzir o volume de ar a ser aquecido é providenciado o
alojamento das aves em 2/3 do aviário por meio de divisórias de lona plástica e de forro
facilitando o manejo das aves e diminuindo o consumo de energia ou de gás.
Nesse sistema é comum suplementar o aquecimento das campânulas com fontes de
aquecimento à carvão. Dessa forma, o ambiente dentro do aviário é aquecido.

Aquecimento local
O segundo grupo é o de aquecimento local, que se baseia no aquecimento somente
da superfície do local onde se alojam os pintos, em relação ao ambiente do aviário. É um
processo bastante eficiente em termos de economia de energia ou de gás, uma vez que o
aquecimento é fornecido somente no local onde ficam as aves. Para melhorar a eficiência
do sistema, são utilizados estufas ou forros com uso de círculos de proteção, que têm a
finalidade de proteger as aves de correntes de ar e demarcar a área de aquecimento. Essa
prática é muito comum em aviários convencionais, sem muita tecnologia empregada para o
condicionamento ambiental e em regiões onde as condições climáticas não são rigorosas no
período de inverno.
Nos dois sistemas pode se adotar sobrecortinas fixadas na parte interna do aviário
para auxiliar à cortina propriamente dita.

26
4.2.8.2 Tipos de aquecimento
Vários tipos de aquecedores foram desenvolvidos, buscando melhor forma de
fornecer calor e proporcionar conforto térmico às aves com menor consumo de energia.
Esses equipamentos estão cada vez mais aperfeiçoados, funcionais e eficientes. O
esquema abaixo representa as diferentes categorias de aquecedores:

Aquecedores a lenha
Esses foram uns dos primeiros métodos utilizados para o aquecimento de aves e
caracterizam-se por utilizar a lenha como combustível. O calor é transmitido às aves
principalmente por meio da condução, através do ar. O uso de lenha, como fonte de calor
em uma campânula ou fornalha, no interior de aviários, não produz temperatura constante e

27
que muitas vezes excede ao necessário, requer maior mão-de-obra e é de difícil controle da
temperatura. Como a combustão geralmente não é completa, devem ser providos de filtros
nas entradas de ar com o objetivo de minimizar a passagem de gases tóxicos,
principalmente o CO2, para o interior do aviário. É prática comum no sul do Brasil,
principalmente no inverno, o uso de queimadores a lenha para suplementar o aquecimento
proporcionado pelas campânulas a gás (Figura 9). Esse sistema consiste de tanques de óleo
vazios produzidos artesanalmente. As funilarias normalmente fornecem esses
equipamentos. Tem a função de amenizar as condições ambientais não propriamente
atender as exigências das aves. Os tanques têm capacidade de 200 litros podendo ser
soldados de acordo com o pedido do produtor. Consistem de chaminé, suporte e tanques.

Figura 9 — Queimadores a lenha para suplementar o aquecimento proporcionado


pelas campânulas a gás

O aumento do preço do gás fez com que as indústrias de equipamentos procurassem


novas alternativas para fornecer calor às aves propondo um novo sistema de aquecimento à
carvão (Figura 10). Esse sistema trabalha com energia renovável, podendo o produtor gerar
o próprio combustível, bastando para isso possuir programa de reflorestamento. O sistema

28
consiste de fornalha, chaminé, ventilador, termostato, alarme e tubos distribuidores de ar
quente. Os queimadores podem estar localizados externamente ou internamente ao aviário.
O ar quente é impulsionado da câmara de ar quente por meio de exaustores de 2 CV, aos
tubos perfurados, distribuídos no comprimento do aviário. Essa alternativa diminui os gases
tóxicos com melhor controle da temperatura. O consumo de lenha é de aproximadamente 1
m3 para um aviário de 100 m de comprimento, dependendo das condições climáticas.

Figura 10 — Novos sistemas de aquecimento a lenha.

Aquecedores elétricos

Esses aquecedores tiveram grande difusão no passado, quando se criavam aves em


grupos reduzidos, decaindo, posteriormente, nas granjas industriais, caracterizadas por
criação de milhares de aves. São constituídos de resistências elétricas, blindadas ou não e
lâmpadas infravermelhas que são colocadas embaixo de uma campânula (refletor) a fim de
projetar o calor de cima para baixo ou resistências embutidas no piso a fim de projetar o
calor de baixo para cima. O sistema em si é o mais limpo e fácil de manutenção existente,
devendo-se adequar a potência do elemento aquecedor ao número de aves a ser criado. São
caracterizados por transmitirem o calor por meio da condução e da radiação, ser de fácil
manuseio, possuírem produção de calor constante e não geração de gases tóxicos (CO e
CO2).
A grande desvantagem desse tipo de aquecedor é o custo da energia elétrica. O uso
de lâmpadas infravermelhas apresenta consumo excessivo de energia, a menos que as
lâmpadas sejam controladas termostaticamente (Figura 11).

29
Figura 11 — Sistema de aquecimento por meio de lâmpadas infravermelhas

Nesse sistema, o canibalismo constitui sério problema. Adicionalmente, as


interrupções de energia, por mais curtas que sejam, representam sério problema, caso esses
sistemas não possuam campânula sobre as lâmpadas.

Aquecedores a gás
São os mais utilizados e que apresentam o menor custo com a geração da energia
térmica, pois utilizam tanto o gás natural quanto o gás liqüefeito de petróleo (GLP).
Existem no mercado vários tipos desses aquecedores, com diversas concepções quanto a
forma de transmitir calor, maneiras de instalação e meios de controle da temperatura de
operação.
Os aquecedores chamados comumente de campânulas a gás possuem um queimador
de gás convencional, onde o calor é transmitido às aves por condução e convecção. São
instalados a pouca altura do chão e, conseqüentemente, das aves, o que ocasiona uma
distribuição não uniforme da temperatura em seu raio de ação.
Com a baixa altura de instalação, os gases provenientes da combustão se alojam
abaixo da campânula, podendo atingir os pintos, prejudicando o aparelho respiratório.
Possuem duas regulagens de temperatura, alta e baixa, feitas manualmente e uma
capacidade reduzida de aquecimento, sendo recomendados para, no máximo, 500 pintos.
São bastante funcionais devido a sua resistência, baixo índice de manutenção e mobilidade,
podendo ser reinstalados com facilidade e rapidez.

30
Os aquecedores a gás com placa cerâmica são uma evolução dos aquecedores de
campânula, onde se adicionou uma placa de cerâmica refratária para que se pudesse fazer
uso do efeito da radiação. A chama do queimador incidente na placa de cerâmica faz com
que a mesma se torne incandescente e, dessa forma, transfira calor por meio da radiação.
Devido à utilização relativa do efeito de radiação esses aquecedores podem ser
instalados a uma altura um pouco superior aos anteriores, sendo que a distribuição da
temperatura é relativamente melhorada. Apresentam como desvantagem a fragilidade da
placa cerâmica, que pode quebrar-se no manuseio do aquecedor. Possuem uma capacidade
mediana de aquecimento, sendo recomendados para aquecer entre 700 a 800 pintos. Os
aquecedores a gás tipo infravermelhos foram desenvolvidos para utilizar plenamente o
princípio de transmissão de calor por meio da radiação.
A combustão do gás se dá diretamente em queimadores metálicos de alta
capacidade de suportar o calor, tornando sua superfície totalmente incandescente e desta
forma transferindo o calor principalmente pela radiação. No aquecimento por radiação,
a temperatura mais elevada se situa na zona de "habitat" do animal, enquanto no
aquecimento por convecção o ar quente de menor densidade escapa para as zonas mais altas
do aviário, produzindo mais estratificações ou camadas de ar de diferentes temperaturas. O
objetivo dos sistemas de aquecimento radiante é manter a ave aquecida e o piso seco,
contudo os sistemas primeiro aquecem o ar que depois é repassado aos animais e à cama.
Esses equipamentos produzem radiação concêntrica desde o eixo da campânula,
perdendo eficiência com a distância do mesmo. A eficiência também varia em função da
altura de trabalho da campânula em relação ao piso. Assim, a temperatura de radiação não é
uniforme, pois descreve círculos de maior e menor temperatura, permitindo que o animal se
situe segundo suas necessidades em uma zona mais próxima ou mais afastada do eixo da
campânula.
VIGODERIS (2006), em experimento com fêmeas leves realizado em Videira (SC)
no período de inverno, verificou que em condições de temperatura ambiente abaixo de
18oC, o calor gerado por esses sistemas foi insuficiente, havendo necessidade de se
providenciar calor suplementar para manter a temperatura ambiente em torno de 32oC, nos
primeiros dias de idade dos pintos. Sua instalação se dá geralmente a uma altura
considerável do chão, podendo variar entre 0,90 a 1,20 m. Essas características, aliadas ao

31
fato de que todo o ar necessário para a combustão provém de um filtro ou tomada de ar
localizados na parte superior traseira do aquecedor, fazem com que os gases provenientes
da combustão não atinjam as aves, sendo rapidamente retirados do ambiente pelo efeito da
convecção. A área atingida também é bastante grande, chegando de 3,60 a 4,00 m de
diâmetro. Isso faz com que a capacidade de aquecimento atinja 1.000 pintinhos, ou mais,
por aquecedor. Atualmente, há grande variedade de modelos com regulação termostática,
individual ou centralizada, providos de campânula maior ou menor, entre outros. O
importante é dispor de potência calorífica adequada. A razão da popularidade do sistema
vem da comodidade de sua regulação termostática, porém é um dos sistemas mais caros em
consumo (Figura 12).

Figura 12 — Tipos de aquecedores a gás

Na Figura 13 encontra-se a representação da distribuição da temperatura de diversos


tipos de aquecedores em relação ao eixo central das campânulas.

32
Figura 13 — Representação da distribuição da temperatura de diversos tipos de
aquecedores em relação ao eixo central das campânulas

O consumo médio de gás é de 3 botijões de 13 kg para 1000 aves, no inverno. Esse


valor varia em função das condições climáticas e do modelo adotado de campânula.
Existem vários tipos e modelos de campânula a gás. Os preços variam entre empresas, de
acordo com a capacidade do equipamento. Para a escolha da campânula é necessário saber
a capacidade calorífica e a área de abrangência da mesma. Observa-se na Figura 14, que o
uso de aquecedores com menor potência calorífica implica em maior número de
equipamentos dentro do aviário e maior uniformidade da temperatura. Na Figura 15 apesar
do menor número de equipamentos há maior estratificação da temperatura com maior área
de zonas mortas. É necessário que se faça a avaliação do custo de investimento inicial entre
um sistema e outro.

Figura 14 — Distribuição de aquecedores com menor capacidade calorífica

33
Figura 15 — Distribuição de aquecedores com maior capacidade calorífica

Atualmente é preconizado o uso de turbo aquecedores para aquecimento de


ambientes como um todo, que usa um gerador de ar quente. Esses geradores de ar quente
são bastante desenvolvidos, fazendo com que a emissão de gases nocivos seja bastante
reduzida. São aquecedores de grande capacidade e sua operação pode ser completamente
automatizada, por meio de reguladores de quantidade de gás, comandados eletronicamente
por meio de sensores instalados no ambiente.
Existem outros sistemas de aquecimento como os que procuram aproveitar os
resíduos da produção avícola. Dentre esses sistemas, destacam-se os fornos de resíduos de
aves para aquecimento das aves, que apesar de apresentarem menor custo estão em desuso
pelo considerável trabalho que acarretam e pelos odores que produzem ao redor da granja.
Esses fornos são de material refratário, construídos in situ, e situam-se no exterior
do aviário no centro de uma das fachadas. Podem funcionar com outros materiais sólidos
combustíveis, mas o material prioritário é o resíduo de aves, geralmente da cria anterior e
quanto mais seco, melhor. Outro sistema que vem merecendo destaque é o uso de
biodigestores. São reaproveitados os resíduos da produção avícola ou suinícola para a
produção de biogás. As campânulas, nesses sistemas, devem ser adaptadas para queimarem
o biogás. Para se converter campânulas a GLP para biogás deve ser considerado o menor
poder calorífico do biogás, a baixa pressão de serviço dos biodigestores e a baixa
velocidade de combustão.
Outra forma de aquecimento pode ser fornecendo calor às aves, no piso, por meio
de canalizações que levam o calor por intermédio de um fluido térmico. Esse sistema
caracteriza-se pela passagem de água quente em tubos de polietileno inseridos no piso. O
sistema permite controle eficiente da temperatura do ambiente próximo das aves, a cama
permanece mais seca e o teor de amônia do ar fica em níveis inferiores ao usual, porém tem
custo elevado de instalação e não permite limpeza fácil do local após cada cria. Também se

34
preconiza a utilização da energia solar para aquecimento de aviários por meio de fluxo de
ar quente, ou água quente em tubos instalados no piso. No entanto, essa tecnologia e a
eólica ainda não estão disponibilizadas para o avicultor.
Dentre as formas de aquecimento, o aquecimento central é recomendado para as
regiões em que ocorrem invernos rigorosos e em instalações climatizadas. Em aviários
convencionais e em regiões de temperaturas amenas deve ser adotado o aquecimento local.
Quanto aos tipos de aquecedores recomenda-se preferencialmente a adoção de aquecedores
a gás e a lenha.

5. Bibliografia consultada
ABREU, P. G.; ABREU, V. M. N.; PERDOMO, C. C.; BAÊTA, F. C. Sistemas de
aquecimento para criação de aves. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, 1998. 35p.
(EMBRAPA-CNPSA. Circular Técnica, 20).

ABREU, P. G. Sistema de Produção de Frangos de Corte. ISSN 1678-8850. Versão


Eletrônica, Jan/2003.
Disponível em:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/ProducaodeFrangodeCort
e/Aquecimento.html. Acesso em 15 de novembro de 2004.

BOND, T.E.; MORRISON, S.R.; GIVENS, R.L.; Influence of surrounding on radiant heat
load of animals. Transactions of the ASAE 1969; 12(2):46-248.

CURTIS, S. E. Environmental management in animal agriculture. Ames: Iowa


State University Press, 1983. 409p.

KELLY, C.F.; BOND, T.E.; ITTNER, N.R. Cold spots in the skay help cool livestock
shades. Agricultural Engineering 1950; 31(12): 606-606.

MARTRENCHAR, A.D; HUONNIC, J.P.; COTTE, E.; BOILLETOT, A.; And


MORISSSE, J.P. Influence of stocking density, artificial dusk and group size on the
perching behaviour of broilers. Br. Poult. Sci. 41 (2000), pp. 125-130

MORO, D. Sistemas de aquecimento para aves. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL


SOBRE AMBIÊNCIA E SISTEMAS DE PRODUÇÃO AVÍCOLA. 1998, Concórdia, SC.
Anais... Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, 1998. 193p. (EMBRAPA-CNPSA. Documentos,
53).

RIVERO, R. Condicionamento Térmico Natural: Arquitetura e Clima. Porto Alegre: D.C.


Luzzatto Editores, 1986. 240p.

35
TINOCO, I.F.F. Avicultura industrial: Novos conceitos de materiais, concepções,
técnicas construtivas disponíveis para galpões avícolas brasileiros. Revista brasileira de
ciência avícola, Campinas, v3, n1, 2001, disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
635X2001000100001&lng=en&nrm=iso Acesso em: 15 de Outubro de 2007

VIGODERIS, R. B. Sistemas de aquecimento de aviários e seus efeitos no conforto


térmico ambiental, qualidade do ar e performance animal, em condições de inverno,
na região sul do país. 2006. 106 f. Dissertação (Doutorado em engenharia agrícola) –
Universidade Federal de Viçosa.

36

You might also like