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Potencial Evocado Miogênico Vestibular

Disciplina: Tópicos avançados de histologia, anatomia e fisiologia


aplicados à audição

Fga. Ma. Bianca Nunes Pimentel


Orelha

2
Orelha interna

3 Inervação do sáculo divide autores sobre a origem do oVEMP


Orelha interna

4
Fisiologia dos Canais Semicirculares

5
Sáculo e Utrículo

6
Mácula

7
Fisiologia dos órgãos otolíticos

Estríola

8
Fisiologia dos órgãos otolíticos

9
Fisiologia dos órgãos otolíticos

Utrículos → partem informações capazes de


estimular os seis músculos oculares.
Mácula → dividida funcionalmente em diferentes
regiões, gerando estímulos para um músculo
ocular específico.
A cada movimento ou nova posição da cabeça
uma das porções da mácula utricular é excitada
levando então a um movimento dos olhos na
direção oposta.

10 Sharpe, Barber, 1993


Fisiologia dos órgãos otolíticos

Em conjunto com os CSC, auxiliam nos


reflexos de ajuste do olhar e posturais

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Sistemas Oculomotores

IMAGEM ESTÁVEL REDIRECIONAR A VISÃO

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Reflexo Vestíbulo-ocular

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Órgãos otolíticos e RVO

Contribuições:


Translação ou mov. linear com aceleração;

Influência na velocidade da fase lenta do nistagmo vestibular
(modulação do NE e supressão no Ny pós-rotatório);

Mudanças compensatórias na posição dos olhos em resposta à
inclinação estática da cabeça.

RVO dinâmico → CSC + órgãos otolíticos , enquanto o

RVO estático → mediado pp. por mudanças na atividade otolítica.

14 Sharpe, Barber, 1993


Potencial Evocado Miogênico Vestibular

VEMP → teste objetivo, não invasivo*, rápido, fácil realização, decorrente de


estímulos auditivos de alta intensidade
Finalidade: Determinar o funcionamento do sáculo e porção inferior do nervo
vestibular; do utrículo e porção superior do nervo vestibular

Alta reprodutibilidade

*Intensidade do equipamento vs particularidades do


paciente

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Potencial Evocado Miogênico Vestibular

Principais indicações:


Diagnóstico diferencial das desordens vestibulares;

Diagnóstico de desordens periféricas da orelha interna
(neurite, Schwannoma, herpes zoster oticus, Menière,
síndrome da deiscência do canal semicircular superior);

Lesões vestibulares centrais, como enxaqueca basilar, esclerose
múltipla, degeneração espinocerebelar, acidente vascular
encefálico e tumor do ângulo pontocerebelar.
Queixas: Sensação de estar em um barco ou elevador, sensação de flutuação
ou de movimento, não caracterizados como vertigem.

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Potencial Evocado Miogênico Vestibular

VEMP cervical
VEMP ocular

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cVEMP

Via ipsilateral descendente

Potencial bifásico P13-N23 (ms) → curta/média latência


Reflexo sáculo-cólico:

A amplitude do VEMP → intensidade do estímulo e


a ativação do esternocleidomastoideo
<50uV: pode representar uma PA condutiva
ou inadequada contração do músculo

18 (Papathanasiou, Murofushi, Akin, Colebatch, 2014)


cVEMP

Posição: sentado, cabeça virada 90°


para o lado contralateral ao estímulo
sonoro
*Outras posições padronizadas

19 (Papathanasiou, Murofushi, Akin, Colebatch, 2014)


VEMP cervical (cVEMP)
Estímulo Sonoro
Mácula sacular
Potencial elétrico
Nervo vestibular inferior
Núcleo vestibular lateral
Trato vestíbulo-espinal medial
Sinapse com motoneurônio
ipsilateral
Estímulo no m.
esternocleidomastoideo

20 (Sun-Young, Hyo-Jeong, Ji-Soo, 2016)


VEMP cervical

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VEMP ocular (oVEMP)

Via contralateral ascendente

Potencial bifásico N10-P15 (ms) → curta/média latência


Reflexo utrículo-ocular (NV superior): via vestibular superior
e contralateral ascendente
Resposta excitatória gerada no músculo ocular oblíquo
inferior contralateral à orelha estimulada em resposta a sons
de elevada intensidade
Avalia a função utricular por meio do Reflexo vestíbulo-
ocular
Posição: cabeça na linha média e olhar para cima

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oVEMP

Estímulo Sonoro
Mácula utricular
Potencial elétrico
Nervo vestibular superior
Núcleo vestibular superior/
medial
Cerebelo: úvula e nódulo
III par (oculomotor)
Estímulo no m. oblíquo inferior

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oVEMP

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Respostas do VEMP em diferentes patologias

Doença de Menière (hidropsia endolinfática)


Segue o período evolutivo da patologia:
Início: dilatação do sáculo (hipersensibilidade) → > amplitude de
resposta no cVEMP
Posteriormente: dilatação do sáculo → atrofia do epitélio macular →
< do potencial → ausência de resposta

25 (Egami, Ushio, Yamasoba, Yamaguchi, Murofushi, Iwasaki, 2013)


Respostas do VEMP em diferentes patologias

Deiscência do CSC Superior


Alteração da terceira janela → alteração cVEMP e oVEMP
> amplitude e baixo limiar de respostas
oVEMP é mais sensível e útil no diagnóstico
*Hiperacusia vs estímulo intenso

26 (Navarro e Alvear, 2011; Zuniga et al, 2013)


Respostas do VEMP em diferentes patologias

Neurite Vestibular

A alteração/ausência da resposta dependerá do


local afetado: ramo superior (principalmente) ou
Inferior

VEMP normal na maioria dos casos (após crise)

27 (Caly Badmad, 2009)


Respostas do VEMP em diferentes patologias

Neurinoma do Acústico

Pode afetar tanto a o ramo superior como


inferior (pp.)
Raro na porção coclear
CVEMP e oVEMP → baixa amplitude/ausentes → afeta principalmente o
ramo inferior do NV (inervação tanto do sáculo quanto do utrículo*)
*Autores

28 (Navarro e Alvear, 2011)


Respostas do VEMP em diferentes patologias

Vertigem Posicional Paroxística Benigna


Deslocamento das otocônias (canalitíase ou
cupulolitíase)

Anatomia: cVEMP x oVEMP (67% alterados)


(Nakahara, Yoshimura, Tsuda, Murofushi, 2013)

Normais
(Navarro e Alvear, 2011)

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Resumindo:

Teste promissor na avaliação da função otolítica


Rápido e fácil

Atenção:

Condicionamento do paciente (contração dos músculos)

Desconforto auditivo

Presença de cerúmen ou perda auditiva condutiva de outra
natureza

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Referências bibliográficas

Egami N, Ushio M, Yamasoba T, Yamaguchi T, Murofushi T, Iwasaki S. The diagnostic value of vestibular
evoked myogenic potentials in patients with Meniere’s disease. J Vestib Res 2013;23:249–57.

Toshihisa Murofushi. Clinical application of vestibular evoked myogenic potential (VEMP). Auris Nasus
Larynx 43 (2016) 367–376.

Nakahara H, Yoshimura E, Tsuda Y, Murofushi T. The damaged utricular function clarified by oVEMP in
patients with benign paroxysmal positional vertigo. Acta Otolaryngol 2013;133:144–9.

Papathanasiou E, Murofushi T, Akin FW, Colebatch JG. International guidelines for the clinical application
of cervical vestibular evoked myogenic potentials: an expert consensus report. Clin Neurophysiol.
2014;125:658---66.

Sharpe JA, Barber HO. The Vestibular Ocular-Reflex and Vertigo. New York: Raven Press, 1993.

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