Professional Documents
Culture Documents
PROCEDIMENTOS E ENSAIOS
2016
SUMÁRIO
Cálculo
Para cada cápsula, calcula-se o teor de umidade do solo da seguinte forma:
𝑀𝑎 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 ú𝑚𝑖𝑑𝑜 − 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑤 = × 100 = × 100 → (%)
𝑀𝑠 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜 − 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎
Exemplo:
TEOR DE UMIDADE NATURAL
n° da Massa da cápsula Massa cápsula mais Massa cápsula mais solo
w (%)
cápsula (g) solo úmido (g) seco (g)
3 7,95 29,85 25,15 27,33%
7 8,65 28,6 24,35 27,07%
12 8,76 30,21 25,66 26,92%
O teor de umidade natural é definido pela média dos valores:
∑ ℎ𝑖 27,33 + 27,07 + 26,92
𝑤= = = 27,11%
𝑖 3
Observações:
Usar pelo menos 3 determinações para a amostra de solo;
Solos orgânicos ou contendo gipsita devem ser secos em estufa com temperatura
variando de 60 °C a 65 °C. Os demais de 100 a 105 °C.
4
Equipamentos
Almofariz e mão de Grahl
Pá e escova
Espátulas
Bandejas
Pincel
Atenção:
Cada “parte” retirada da amostra total também é chamada amostra (ou amostra
parcial). Essa quantidade de material difere para cada tipo de ensaio.
5
UMIDADE HIGROSCÓPICA
Mesmo que um solo permaneça por longos períodos secando ao ar, sempre restará
certa quantidade de água residual incorporada a ele. Está parcela de umidade é
denominada de umidade higroscópica.
De modo geral, quanto mais fina a granulometria de um solo maior será o seu teor de
umidade higroscópica. Solos granulares, como areias, tem essa umidade praticamente
desprezível, enquanto solos argilosos apresentam teores mais elevados.
O procedimento para determinação do teor de umidade higroscópica também segue
a norma NBR 6457/1986.
Os ensaios e cálculos são similares aos da umidade natural.
Cálculo
Para cada cápsula, calcula-se o teor de umidade do solo da seguinte forma:
𝑀𝑎 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 ú𝑚𝑖𝑑𝑜 − 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑤 = × 100 = × 100 → (%)
𝑀𝑠 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜 − 𝑀𝑐á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎
Exemplo:
TEOR DE UMIDADE HIGROSCÓPICA
n° da Massa da cápsula Massa cápsula mais Massa cápsula mais
w (%)
cápsula (g) solo úmido (g) solo seco (g)
33 7,65 25,95 25,02 5,35%
56 8,75 28,70 27,85 4,45%
21 8,26 31,31 30,22 4,96%
Observações:
As colocações para umidade natural também são validas para umidade higroscópica.
6
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
Tem por função a obtenção das coordenadas que permitam traçar a curva
granulométrica do solo, determinando a porcentagem das partículas com dimensões entre
limites determinados.
A execução do ensaio segue as diretrizes da norma NBR 7181/1988, que prescreve
o método para análise granulométrica de solos realizada por peneiramento ou por
combinação de sedimentação e peneiramento.
Equipamentos
Estufa;
Balanças;
Dessecadores;
Aparelho de dispersão, com hélices substituíveis e copo munido de chicanas;
Proveta de vidro;
Béquer de vidro;
Densímetro de bulbo simétrico;
Termômetro graduado;
Relógio com indicação de segundos;
Aparelho de dispersão;
Dessecador;
Agitador mecânico de peneiras;
Escova de cerdas metálicas;
Baqueta (bastão) de vidro;
Peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,0 mm (peneiramento grosso), 1,2; 0,6; 0,42;
0,25; 0,15 e 0,075mm (peneiramento fino), conforme a NBR 5734.
7
1.1 PENEIRAMENTO
Anotar a massa total de solo que foi separada para o peneiramento antes de lavar o
solo. MT _______________ g
Peneiramento
Peneiras Mat. Retido % Retida %
% retida
Nº mm (g) Acumulada Passante
1" 25
3/4" 19
1/2" 12,5
3/8" 9,5
4 4,8
10 2
16 1,2
30 0,6
40 0,42
60 0,25
100 0,15
200 0,08
1.2 SEDIMENTAÇÃO
A sedimentação é feita com o material passado na peneira 2,0 mm. Deve-se utilizar
em torno de 70 a 80 g de material. O material separado deve ser colocado em um béquer de
250 cm³, adicionando-se cerca de 125 ml de defloculante. A mistura deve descansar por no
mínimo 12 horas em solução.
Depois do período emergida em solução, a mistura deve ser colocada no copo de
dispersão, retirando com água destilada o material aderido ao béquer. Posteriormente,
adiciona-se água no copo até que fique 5 cm da borda. O copo deve ser instalado no
aparelho dispersor, deixando-o agitar durante 15 min.
Após esse tempo, coloca-se a mistura em uma proveta completando com água
destilada até 1000 ml. Depois, veda-se a boca da proveta (verificar a estanqueidade) e
aplicam-se movimentos de rotação por 1 min, invertendo a proveta.
Imediatamente após a agitação, coloca-se a proveta sobre uma mesa, anotando a
hora do início da sedimentação. Coloca-se o densímetro na dispersão e realizam-se as
leituras no densímetro em: 30 s, 1 min, 2 min, 4min, 8 min, 15 min, 30 min, 1h, 2h, 4h, 8h,
24h.
9
1800 × 𝜇 𝑧
𝐷=√ ×√
𝛾𝑠 − 𝛾𝑤 𝑡
𝛾𝑠 1000(𝐿 − 𝐿𝑑)
𝑄𝑠 = 𝑁 × ×
𝛾𝑠 − 𝛾𝑤 𝑀𝑇
100 + 𝑤ℎ𝑖𝑔 × 100
Onde:
- viscosidade do meio dispersor
z – altura de queda
t – tempo em segundos
Sedimentação
Tempo Temperatura Viscosidade Densidade Correção Altura Queda Diâmetro (%) Amost.
30 seg
1 min
2 min
4 min
8 min
15 min
30 min
1 hora
2 hora
4 hora
8 hora
24 hora
11
LIMITES DE ATTERBERG
LIMITE DE PLASTICIDADE
Cálculo
Com o solo contido em cada cápsula, calcula-se o teor de umidade definido por:
LIMITE DE PLASTICIDADE
n° da Massa da cápsula Massa cápsula mais Massa cápsula mais solo seco
w (%)
cápsula (g) solo úmido (g) (g)
5 6,96 10,33 9,67 24%
8 6,64 10,59 9,74 27%
17 6,87 10,15 9,39 30%
45 6,9 11,01 10,12 28%
22 6,81 9,92 9,28 26%
Observações:
Devem ser obtidos pelo menos três valores para o cálculo do valor final do limite de
plasticidade.
13
LIMITE DE LIQUIDEZ
O Limite de Liquidez (LL) foi concebido como o menor teor de umidade com que uma
amostra de um solo pode ser capaz de fluir. Atterberg definia o limite de liquidez como
sendo a fronteira entre o “estado plástico” e o “estado líquido” de um solo.
Arthur Casagrande padronizou o ensaio mecanizando o processo, onde se utiliza o
aparelho de Casagrande (Figura 1), com o qual se aplicam golpes deixando a concha do
aparelho cair de uma altura padrão, até que a ranhura se feche em uma extensão
convencionada.
Para iniciar o ensaio, deve-se separar 100g de cada amostra passante na peneira
0,42mm.
Homogeneízam-se as amostras em uma cápsula de porcelana, adicionando água
destilada de modo que a consistência permita 35 golpes para fechar a ranhura. Essa
homogeneização deve ser feita durante um período mínimo de 15 minutos.
Depois de homogeneizada, parte da mistura é transferida para a concha. A parte
central da concha deve ficar com espessura de 10 mm.
Com o auxílio de um cinzel, deve ser feita uma ranhura na parte central da concha,
dividindo o solo em duas partes.
Depois deste processo, aplicam-se golpes para o fechamento da ranhura (as partes
devem se unir ao longo de 13 mm de comprimento, Figura 3). Quando a ranhura fecha,
retira-se uma amostra do ponto em que ocorreu o fechamento da mesma para verificação
da umidade.
O número de golpes que foi preciso para fechar a ranhura deve ser anotado, para
posteriores cálculos.
Assim, a amostra que restou na concha deve retornar para a cápsula de porcelana,
adicionando água à mistura, de modo a obter outra quantidade de golpes para fechar a
ranhura. O ensaio é repetido por pelo menos mais quatro pontos, cobrindo o intervalo de 35
a 15 golpes.
Cálculo
Com o solo contido em cada cápsula, calcula-se o teor de umidade definido por:
Construir um gráfico onde: no eixo das abcissas (escala linear) estão os teores de
umidade, e no eixo das ordenadas (escala logarítmica) o número de golpes. Aos pontos
inseridos é ajustada uma reta.
15
100
Número de Golpes
25
10
Teor de Umidade
LL = 59 %
Figura 2 – Gráfico para determinação do Limite de Liquidez
Observações:
A cada determinação é necessária a limpeza da concha e a homogeneização da
mistura.
O peso específico real dos grãos é a relação entre o peso e o volume de uma
partícula individual de solo, ou seja, no cálculo são desconsiderados todos os vazios
existentes no solo.
𝑃𝑆
𝛾𝑠 =
𝑉𝑆
Para que tal cálculo seja possível, toma-se por base o princípio de que certo corpo,
quando imerso em água, irá deslocar um determinado volume do líquido. Então, o volume
do corpo é obtido indiretamente pela relação do peso de água deslocada.
O procedimento de ensaio é determinado pela NBR 6508:1984, ou pela forma mais
simplificada regida pela DNER ME 093/94.
Cálculo
O peso específico real dos grãos é calculado pela equação:
(𝑃2 − 𝑃1)
𝛾𝑠 = × 𝛾Á𝑔𝑢𝑎
(𝑃2 − 𝑃1) + (𝑃4 − 𝑃3)
COMPACTAÇÃO
PRÓCTOR
Cálculo:
Alguns dados devem ser observados inicialmente no ensaio de compactação.
Volume do cilindro
Massa do cilindro.
19
Com os dados das cápsulas, pode-se calcular o teor de umidade associado a cada
moldagem dos corpos de prova:
abcissas, e o peso específico aparente seco d no eixo das ordenadas. Plota-se, então, os
dados de cada ensaio e ajusta-se uma curva aos mesmos, desprezando-se os pontos mais
afastados.
O ponto de máximo da curva ajustada corresponderá ao peso específico aparente
seco máximo do solo (d máx.). O teor de umidade associado a esse valor é denominado
“umidade ótima”. Uma curva de compactação para o exemplo em questão está
representada a seguir.
20
1,90
1,88
Do gráfico retiram-se:
Peso Especifico Aparente Seco (g/cm³)
1,80
1,75
13,5
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Teor de Umidade (%)
21
CBR
Equipamentos
Cilindros grandes
Base
Colarinho
Disco espaçador
Soquete grande
Papel filtro grande
Régua biselada
Béquer
Capsulas metálicas grandes
Concha
Espátula
Tripé para extensômetro
Extensômetro
Pisets
Pratos perfurados
Pesos
Extrator de amostras
Fôrma
Prensa
Cronômetro
22
Exemplo: CBR
24
ANEXOS
N° da cápsula
w médio (%)
N° da cápsula
w médio (%)
27
N° da cápsula
Massa da
cápsula (g)
Massa cápsula
mais solo
úmido (g)
Massa cápsula
mais solo seco
(g)
w (%)
w médio (%)
N° da cápsula
Massa da
cápsula (g)
Massa cápsula
mais solo
úmido (g)
Massa cápsula
mais solo seco
(g)
w (%)
Golpes
w médio (%)
28
Ensaio de Proctor
29
30
31
32
33