You are on page 1of 1064

QUESTÕES FINAIS S

MATÉRIAS QUANTIDADE DE QUESTÕES


Direito Constitucional 216
Direito Administrativo 160
Direito Penal 297
Legislação Extravagante 193
Direito Processual Penal 511
Direito Penal Militar 302
Direito Processual Penal Militar 261
Direito Civil (Brinde) 387
Direito Processual Civil (Brinde) 126
Direitos Humanos 87
LODF 119
Legislação PMDF 157
Criminologia 120
AFO (Brinde) 200
Licitações e Contratos 64
Administração Geral (Brinde) 210
Gestão de Pessoas (Brinde) 200
TOTAL 3610
MÉDIA Questões/Matéria 210,58

DCON - DIREITO CONSTITUCIONAL

Q1 - Os oficiais somente podem perder o posto e a patente como efeito da


condenação por crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Oficial: só perde patente (posto) por decisão judicial no Tribunal Militar, por força do
art. 142, VI e VII da CF).

Art. 142, § 3º, CF:


VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou
com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido
ao julgamento previsto no inciso anterior. Questão errada.

Q2 - Diz o inciso XIII, do artigo 5°, da Constituição Federal: ―é livre o


exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer‖. Quanto à aplicabilidade, o
artigo em questão, classifica- se como norma de:

a) Eficácia limitada
b) Eficácia contida.
c) Eficácia plena.
d) Eficácia direta.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O art. 5º, XIII, é norma de eficácia contida. Isso porque,
desde a promulgação da CF/88, todos já podem exercer qualquer trabalho, ofício ou
profissão.
Entretanto, é possível que a lei estabeleça restrições ao exercício profissional. O
gabarito é a letra B.

Q3 - A tradicional classificação tricotômica das normas constitucionais


afirma que, no tocante à sua eficácia e aplicabilidade, existem normas
constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade imediata, normas
constitucionais de eficácia contida e aplicabilidade imediata, mas passiveis
de restrição e normas constituidoras de eficácia limitada ou reduzida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A classificação de José Afonso da Silva é uma classificação tricotômica. Para o autor,
existem: i) normas de eficácia plena (aplicabilidade direta, imediata e integral); ii)
normas de eficácia contida (aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não
integral) e; iii) normas de eficácia limitada (aplicabilidade indireta, mediata e
reduzida). Questão correta.

Q4 Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar que


as normas programáticas são aquelas cujo conteúdo remete-se a direitos
fundamentais de primeira dimensão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
E. As normas programáticas são aquelas que traçam diretrizes para o futuro.

Q5 - Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar que


Políticas Públicas são normatizadas por normas de eficácia contida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. As normas constitucionais que estabelecem diretrizes para as políticas
públicas são normas de eficácia limitada.

Q6 - É de eficácia limitada de princípio programático, o art. 12, I, da


Constituição Federal que qualifica como ―os nascidos na República
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço do seu país.‖

RESPOSTA DA QUESTÃO:

errada. Essa é uma norma de eficácia plena.

Q7 - Tem-se como exemplo de norma de eficácia limitada de princípio


institutivo aquela que trata da contratação excepcional do servidor (art. 37,
IX, da CF).

RESPOSTA DA QUESTÃO: correta. Era um pouco difícil acertar essa questão, pois o
candidato precisaria conhecer o que diz o art. 37, IX, o qual reproduzo abaixo:
―IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse publico.‖

Q8 - De acordo com o Princípio da Unidade, o texto da Constituição deve ser


interpretado de forma aevitar antinomias entre suas normas, procurando
harmonizar aparentes contradições entre seus princípios. Assim, pode-se
afirmar que todas as normas contidas numa Constituição formal têm igual
dignidade, não havendo hierarquia entre elas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da unidade determina que a Constituição seja interpretada como um
todo único, de modo sistemático (como um sistema). Desse princípio decorre a
noção de que não há antinomias reais entre as normas constitucionais. O que
existem são apenas antinomias aparentes. Em virtude do princípio da unidade, pode-
se afirmar que as normas constitucionais têm a mesma hierarquia e, ainda, que as
normas constitucionais originárias nãopodem ser declaradas inconstitucionais.
Questão correta.

Q9 - ―A Constituição deve ser sempre interpretada em sua globalidade como


um todo e, assim, as aparentes antinomias deverão ser afastadas‖. O
enunciado se refere ao princípio
de interpretação constitucional:

a) Da Máxima Efetividade.
b) Da Unidade da Constituição.
c) Do Efeito Integrador.
d) Da Harmonização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da unidade da Constituição, a Carta Magna deve ser interpretada
como um todo único. Assim, não há antinomias reais no texto da Constituição, mas
apenas antinomias aparentes. O gabarito é a letra B.

Q10 - Analise o fragmento a seguir.

“Sempre que uma norma jurídica comportar mais de um significado possível,


deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o espírito da
Constituição, rejeitando as exegeses contrárias aos preceitos
constitucionais.”

Assinale a opção que indica o princípio de interpretação constitucional a que


o fragmento se refere.

a) Princípio da Unidade da Constituição.


b) Princípio da Interpretação Conforme a Constituição.
c) Princípio da Supremacia da Constituição.
d) Princípio da Força Normativa da Constituição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da interpretação conforme com a Constituição deve ser aplicado diante de
normas plurissignificativas (que tenham mais de uma interpretação possível).
Segundo esse princípio, o intérprete deve optar pela interpretação que mais seja
compatível com a Constituição. Gabarito: B

Q11 - O princípio da concordância prática é um critério orientador da


atividade interpretativa, corrigindo leituras desviantes da distribuição de
competências,
seja entre os entes federados, seja entre os poderes constituídos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O princípio da concordância prática (também chamado de


princípio da harmonização) impõe ao intéprete a tarefa de harmonizar os bens
jurídicos em conflito, de modo a evitar o sacrifício total de uns em relação aos
outros. Trata-se de princípio muito utilizado para solucionar problemas referentes à
colisão de direitos fundamentais.
Gab: E

Q12 - A respeito dos métodos de aplicação e interpretação da Constituição,


assinale a afirmativa incorreta.

a) A ponderação consiste na técnica jurídica de solução de conflitos normativos


que envolvem valores ou opções políticas em tensão, insuperáveis pelas
formas hermenêuticas tradicionais.

b) A interpretação conforme a Constituição é uma técnica aplicável quando,


entre interpretações plausíveis e alternativas de certo enunciado normativo,
exista alguma que permita compatibilizá-la com a Constituição.

c) O princípio da concordância prática consiste numa recomendação para que o


aplicador das normas constitucionais, em se deparando com situações de
concorrência entre bens constitucionalmente protegidos, adote a solução que otimize
a realização de todos eles, mas ao mesmo tempo não acarrete a negação de nenhum.

d) A aplicação do princípio da proporcionalidade esgota-se em duas etapas: a


primeira, denominada "necessidade ou exigibilidade", que impõe a verificação da
inexistência do meio menos gravoso para o atingimento dos fins visados pela norma
jurídica, e a segunda, chamada "proporcionalidade em sentido estrito", que é a
ponderação entre o ônus imposto e o benefício trazido, para constatar se é justificável
a interferência na esfera dos direitos dos cidadãos.
e) O princípio da eficácia integradora orienta o intérprete a dar preferência aos
critérios e pontos de vista que favoreçam a integração social e a unidade
política, ao fundamento de que toda Constituição necessita produzir e manter a
coesão sociopolítico, pré-requisito de viabilidade de qualquer sistema jurídico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. A ponderação ou harmonização é princípio interpretativo que visa
solucionar conflitos entre bens jurídicos, evitando o sacrifício total de uns em relação
aos outros.

Letra B: correta. A interpretação conforme à Constituição é técnica de interpretação


das normas infraconstitucionais polissêmicas (ou plurissignificativas). Dentre várias
interpretações possíveis de uma norma, o intérprete deve priorizar aquela que a
compatibilize com a Constituição.
Letra C: correta. Esse é exatamente o conteúdo do princípio da concordância prática
(ou harmonização). Busca-se, por meio desse princípio, solucionar conflitos entre
bens jurídicos constitucionalmente protegidos.

Letra D: errada. Há três etapas na aplicação do princípio da proporcionalidade:


adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.

Letra E: correta. Segundo o princípio do efeito integrador (ou eficácia integradora)


deve ser dada preferência, na interpretação constitucional, às determinações que
favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política.

Q13 - O princípio da razoabilidade ou da proporcionalidade permite ao


Judiciário invalidar os atos legislativos ou administrativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, com base no princípio da razoabilidade ou da proporcionalidade, o Poder
Judiciário pode invalidar atos legislativos (pela declaração de sua
inconstitucionalidade) ou atos administrativos. Questão correta.

Q14 - (FGV / CODESP – 2010) A respeito da interpretação das normas


constitucionais, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) O princípio da eficácia integradora concretiza uma importante função de produzir e


manter a coesão sociopolítica, pelo que o intérprete da Constituição deve dar
preferência aos direitos coletivos em face dos individuais.

b) Pelo princípio da unidade da Constituição, as normas constitucionais devem ser


observadas não como normas isoladas, mas como preceitos integrados, de modo que
em nenhuma hipótese deve-se separá-las do conjunto em que se integram.

c) De acordo com o princípio da concordância prática, nas situações de concorrência


entre bens que são constitucionalmente protegidos, adota-se a solução que otimize a
realização de todos eles, sem acarretar a negação de nenhum.

d) Segundo o princípio da interpretação conforme a Constituição, entre diversas


exegeses igualmente constitucionais, deve-se optar por aquela que se orienta para a
Constituição ou pela que melhor corresponde às decisões do constituinte.

e) Infere-se do princípio da correção funcional que os intérpretes e os aplicadores da


Constituição não podem chegar a resultados que maculem o sistema organizatório-
funcional nela estabelecido, a exemplo da separação de poderes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. Pelo princípio do efeito integrador, o intérprete deve dar preferência
às determinações que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade
política. Não há que se falar em ―preferência aos direitos coletivos‖.

Letra B: correta. Segundo o princípio da unidade, a Constituição deve ser interpretada


como um todo único. Deve-se considerar que não existem contradições verdadeiras
entre os dispositivos constitucionais, mas apenas contradições aparentes.
Letra C: correta. O princípio da concordância prática (ou da harmonização) prevê que
o intérprete deverá harmonizar os bens jurídicos tutelados pela Constituição, de
forma a evitar, diante de um caso concreto, o sacrifício total de uns em detrimento
dos outros.

Letra D: correta. A interpretação conforme à Constituição consiste em atribuir a uma


norma o sentido que melhor lhe compatibilize com o texto constitucional. Vale
destacar que essa técnica de interpretação apenas se aplica àquelas normas
polissêmicas, isto é, àquelas que comportam mais de um significado.

Letra E: correta. O princípio da conformidade funcional (ou da justeza) estabelece que


o órgão encarregado de interpretar a Constituição não pode chegar a uma conclusão
que subverta o esquema organizatório-funcional estabelecido pelo constituinte.

Q15 - (FUNCAB / PC-RJ – 2012) Com base nas lições de Canotilho, os


princípios de interpretação constitucional foram desenvolvidos a partir do
método hermenêutico-concretizador e se tornaram referência obrigatória da
teoria da interpretação constitucional. Segundo a Doutrina, há um princípio
que tem por finalidade impedir que o
intérprete-concretizador da Constituição modifique aquele sistema de
repartição e divisão das funções constitucionais, para evitar que a
interpretação constitucional chegue a resultados que perturbem o esquema
organizatório-funcional nela estabelecido, como é o caso da separação dos
poderes. A definição exposta corresponde ao Princípio:

a) da Justeza ou da Conformidade Funcional.


b) da Máxima Efetividade.
c) da Harmonização.
d) da Força Normativa da Constituição.
e) do Efeito Integrador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da justeza (ou da conformidade funcional) prevê que o órgão encarregado
da interpretação constitucional não poderá chegar a uma conclusão que perturbe o
esquema organizatório-funcional nela estabelecido. Assim, o intérprete não
poderá modificar o sistema de repartição de competências e divisão das funções
constitucionais. A resposta, portanto, é a letra A.

Q16 - (IADES/ SEAP-DF – 2014) A República Federativa do Brasil buscará a


integração econômica, política, social e cultural dos povosda América Latina,
visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O enunciado reproduz a literalidade do parágrafo único do art. 4o da Constituição.
Questão correta.

Q17 – De acordo com o texto constitucional, a dignidade da pessoa humana é


princípio que rege o Brasil nas suas relações Internacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A dignidade da pessoa humana é fundamento da República Federativa do
Brasil (e não um princípio das relações internacionais!). Errada.

Q18 - (FGV / CGE-MA – 2014) A Constituição Federal estabelece que, em


determinadas situações, projetos de lei aprovados pelo legislativo devem ser
ratificados pela vontade popular. Essas normas realizam o princípio
fundamental da:

a) soberania.
b) democracia.
c) participação.
d) dignidade.
e) República.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ratificação popular de projetos de lei aprovados pelo Poder Legislativo é o que se
chama de referendo. Trata-se de um instituto da democracia semidireta ou
participativa. Busca-se, por meio do referendo, a realização do princípio fundamental
da democracia. A resposta é a letra B.

Q19 - É livre a manifestação do pensamento, bem como o anonimato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 5º, IV, CF/88, “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato”. Questão errada.

Q20 - (IADES/ CFA – 2010) A inalienabilidade dos direitos fundamentais


caracteriza-se pela impossibilidade de negociação dos mesmos, tendo em
vista não possuírem conteúdo patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a inalienabilidade dos direitos fundamentais caracteriza-se pela
impossibilidade de estes serem transferidos ou negociados, ou mesmo abolidos por
vontade de seu titular. Questão correta.

Q21 - (IADES / PGDF – 2011) Os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à


segurança e à propriedade, embora assegurados no caput do artigo 5º da
Constituição Federal de 1988 apenas aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País, interpretados teleologicamente, são direitos de todos os
brasileiros e estrangeiros, residentes ou não.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É isso mesmo. Os brasileiros e os estrangeiros (residentes ou não) são titulares de
direitos fundamentais. Questão correta.

Q22 - Compensação por erros do passado e promoção da diversidade não são


argumentos favoráveis a políticas públicas que se constituem em ações
afirmativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. A compensação por erros do passado e a promoção da diversidade são
argumentos favoráveis às ações afirmativas.
Q23 - As entidades associativas, ainda que expressamente autorizadas, não
têm legitimidade para representar seus filiados judicialmente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. Segundo o art. 5º, XXI, CF/88, as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial e extrajudicialmente.

Q24 - A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio


temporário para sua utilização.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Correta. Segundo o art. 5º, XXIX, a lei assegurará aos
autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

Q25 - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo ou,


subsidiariamente, a indenização por dano material, moral ou à imagem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. Segundo o art. 5º, V, “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”.

Q26 - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações


telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, em todos os
casos, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. Segundo o art. 5º, XII, “é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para
fins de investigação criminal ou instrução processual penal”.

Q27 - (FGV / PC-AP – 2010) É livre a expressão da atividade intelectual,


artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se da literalidade do inciso IX do art. 5º da CF/88. Por meio desse dispositivo, a
Carta Magna veda a censura. Entretanto, a liberdade de expressão, como qualquer
direito fundamental, é relativa, estando limitada por outros direitos protegidos pela
Carta Magna. É o caso da inviolabilidade da privacidade e da intimidade do indivíduo,
por exemplo. Questão correta.

Q28 - (FGV / TJ-AM – 2013) A liberdade de atividade profissional encontra-


se sob reserva legal qualificada, consoante Art. 5°, inciso XIII, da
Constituição Federal de 1988, sendo assim, as eventuais restrições criadas
pelo legislador devem estar vinculadas ao fim
estampado no texto constitucional, qual seja, as qualificações profissionais
estritamente necessárias ao exercício da profissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é uma questão muito interessante, pois o aluno deveria saber o conceito de
reserva legal qualificada e, além disso, compreender o conteúdo do dispositivo que
trata da liberdade profissional.

Segundo o art. 5º, XIII, ―é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.”

Percebe-se, ao ler esse dispositivo, que a regulamentação do exercício


profissional, quando ocorrer, será feita por lei. E essa lei deverá dispor sobre as
qualificações profissionais para o exercício de determinada profissão.

Trata-se, sem dúvida, de hipótese de reserva legal qualificada. Além de exigir lei
formal para dispor sobre a matéria, a CF já define, previamente, o conteúdo da
lei e a finalidade do ato.

Por tudo isso, a questão está correta.

Q29 - (FGV / Senado Federal - 2012) É assegurado a todos o acesso à


informação, podendo o Judiciário determinar a revelação da fonte da
informação divulgada por jornalista em imprensa escrita ou falada, quando
necessária a apuração de prática de crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso de informações divulgadas por jornalista, a Constituição resguarda o sigilo da
fonte (art. 5º, XIV, CF). Não pode o Poder Judiciário determinar que esta seja
revelada. Questão incorreta.

Q30 - A Constituição garante a plena liberdade de associação para fins


lícitos, vedada a de caráter paramilitar (art. 5°, XVII). A respeito desse
direito fundamental, é correto afirmar que a criação de uma associação não
depende de autorização do poder público, mas só pode ter suas atividades
suspensas por decisão judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. É o que dispõe o art. 5º, XVIII c/c XIX, da Constituição Federal.

Q31 - A Constituição assegura, entre os direitos e garantias individuais, a


inviolabilidade do domicílio, afirmando que "a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do
morador" (art. 5º, XI, CRFB ). A esse respeito julgue:

O conceito de "casa" é abrangente e inclui quarto de hotel.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. De fato, o conceito de casa é, segundo o STF, abrangente, estendendo-se a
qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade.
Q32 - Pertence aos autores o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei
fixar.

Trata-se da literalidade do art. 5º, XXVII, da Constituição Federal. Os autores têm o


direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras. Esse direito
é transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar. Questão correta.

Q33 - Assinale a alternativa que completa corretamente o fragmento a


seguir. A desapropriação para fins de reforma agrária ocorre mediante
prévia e justa indenização:

a) em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.


b) em dinheiro, mas as benfeitorias não são passíveis de indenização.
c) em títulos da dívida agrária, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
d) em títulos da dívida agrária, mas as benfeitorias úteis e necessárias serão
indenizadas em dinheiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A desapropriação para fins de reforma agrária obedece ao disposto no art.
184 da Carta Magna:

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei.

Note que o pagamento se dá por meio de títulos da dívida agrária. O parágrafo


primeiro do mesmo artigo, entretanto, faz uma ressalva: a de que as benfeitorias
úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. Gab: D.

Q34 - (FGV/TRE-PA - 2011) A pequena propriedade rural, desde que


trabalhada pela família, não será objeto de penhora, salvo para pagamento
de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Reza o inciso XXVI do art. 5º da Constituição Federal que a pequena propriedade
rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.
Questão incorreta.

Q35 - No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá


usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que dispõe o inciso XXV do art. 5º da Constituição, que trata darequisição
administrativa. Questão correta.

Q36 - (FEPESE / MPE-SC – 2014) Quanto aos Direitos e Garantias


Fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988, assinale a alternativa correta.

a) É livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença.
b) A autoridade competente, em caso de necessidade social, poderá usar de
propriedade particular, assegurado ao proprietário indenização ulterior, se for o
caso.

c) As entidades associativas, em situações justificadas, têm legitimidade


independentemente de autorização, para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente.

d) É inviolável o sigilo da correspondência, salvo por ordem judicial, nas


hipóteses a na forma que a lei estabelecer para fins de processo administrativo
ou judicial.

e) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por utilidade pública,


mediante justa e posterior indenização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. É o que dispõe o art. 5º, IX, CF/88. É livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença.

Letra B: errada. A requisição administrativa é cabível diante de iminente perigo


público, sendo devida indenização ulterior, se houver dano.

Letra C: errada. Segundo o art. 5º, XXI, “as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente”.

Letra D: errada. A literalidade da CF/88 não admite a violação do sigilo da


correspondência. As comunicações telefônicas, por sua vez, podem ser violadas
mediante ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal.

Letra E: errada. A desapropriação por utilidade pública deverá ocorrer mediante justa
e prévia indenização em dinheiro.

Q37 - A criação de associações e de cooperativas depende de autorização por


lei específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. A criação de associações e de cooperativas independe de autorização.

Q38 - Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está incorreta. Os legitimados à propositura da ação popular são os cidadãos, não
qualquer pessoa.

Q39 - Conceder-se-á "habeas-data" para a retificação de dados, quando não


se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que prevê o art. 5o, XXXIV, ―b‖, da Constituição. Correta.

Q40 - Os efeitos futuros de contrato celebrado sob a égide da lei anterior


devem ser regidos pela lei vigente à época em que se projetem na realidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei nova não alcança os efeitos futuros de contratos celebrados antes da sua
vigência, sob pena de violação ao ato jurídico perfeito. O STF adotou esse
entendimento no âmbito do RE nº 205.999, no qual considerou que as normas do
Código de Defesa do Consumidor não seriam aplicadas aos contratos que tivessem
sido celebrados antes da sua entrada em vigor. Errada.

Q41 - O Tribunal de Contas, no exercício de suas competências, pode


determinar a exclusão de vantagens ilegais, ainda que reconhecidas em
sentença judicial transitada em julgado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STF apreciou caso concreto em que o TCU havia considerado ilegal o pagamento de
pensão oriunda de decisão judicial transitada em julgada. A Corte entendeu que o
TCU não poderia determinar a exclusão do benefício ―ilegal‖, sob pena de violação à
coisa julgada. Errada.

Q42 - A Constituição da República, em seu Art. 5º, XXXV prevê que ―a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito‖,
consagrando o princípio da
inafastabilidade do controle jurisdicional. Nesse contexto, é correto afirmar
que o Poder Judiciário

a) só admite ações relativas à disciplina e às competições desportivas após se


esgotarem as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

b) só admite ações relativas a direitos autorais após esgotarem-se as instâncias


conciliatórias, reguladas em lei.

c) não pode extinguir um processo, sem resolução de mérito pela convenção


de arbitragem, por violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.

d) exige o prévio esgotamento da via militar, nos casos disciplinares, para


admissibilidade da demanda perante a Justiça Comum.

e) exige o prévio esgotamento da via eleitoral, nos casos excepcionais previstos em


lei, para admissibilidade da demanda perante a Justiça Comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O ordenamento jurídico brasileiro exige o esgotamento da via administrativa
como requisito para acesso ao Poder Judiciário em três situações: i) habeas data; ii)
controvérsias desportivas e; iii) reclamação contra o descumprimento de Súmula
Vinculante pela Administração Pública. A resposta, portanto, é a letra A.

Q43 - A quebra de sigilo telefônico, em qualquer hipótese, somente pode ser


deferida por ordem judicial, não se admitindo que seja feita pela
Administração Pública ou por comissão parlamentar de inquérito.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A quebra de sigilo telefônico pode ser determinada por
ordem judicial ou por Comissão Parlamentar de Inquérito. A interceptação
telefônica, por sua vez, pode ser determinada apenas pelo Poder Judiciário.

Q44 - O mandado de segurança somente pode ser impetrado quando as


questões jurídicas forem incontroversas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo a Súmula 625 do STF, ―controvérsia sobre matéria de direito não impede
concessão de mandado de segurança‖.

Q45 - Sobre o mandado de segurança, assinale a afirmativa correta.

a) Não pode ser impetrado preventivamente, uma vez que não se admite impetração
contra lei em tese, devendo haver a efetiva violação do direito.

b) Não pode ter por objeto o pagamento de remunerações atrasadas a servidor


público.

c) Deve ter por fundamento direito elencado na Constituição, não se admitindo


violação reflexa a direito constitucional.

d) Por ser garantia constitucional, dispensa formalidades na sua impetração.

e) Admite a produção de prova testemunhal, mas não pericial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. O mandado de segurança pode ser preventivo, quando visa
proteger ameaça de lesão a um direito líquido e certo.

Letra B: correta. O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados


em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor

público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente


será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data
do ajuizamento da inicial (art. 14, § 4o, da Lei nº 12.016/2009). Assim, o
mandado de segurança não pode ter por objeto o pagamento de remunerações
atrasadas a servidor público.

Letra C: errada. O direito a ser protegido por mandado de segurança não precisa,
necessariamente, estar no texto constitucional.

Letra D: errada. O habeas corpus é que dispensa formalidades para sua impetração.
Letra E: errada. Não há dilação probatória no mandado de segurança. No mandado
de segurança, as provas são pré-constituídas.

Q46 - O mandado de segurança coletivo, por ser instrumento jurídico de


defesa de direitos transindividuais, pode ser utilizado para questionar a
validade de lei em tese.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, não cabe mandado de segurança contra lei em tese. Isso só é possível
quando a referida lei produzir efeitos concretos. Errada.

Q47 - A petição inicial do mandado de segurança deve ser instruída com a


relação nominal dos associados da impetrante, mas não é necessária a
autorização dos associados para a impetração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No mandado de segurança coletivo, o impetrante atua como substituto processual.
Por esse motivo, o STF entende desnecessária a autorização expressa ou mesmo a
apresentação da relação nominal dos associados.

Q48 - (FGV/TJ-AM – 2013) O mandado de segurança, instituído no


ordenamento brasileiro pela Constituição de 1934 e hoje previsto no artigo
5º, LXIX, da Constituição da República, é importante garantia dos direitos
fundamentais. Sobre essa figura, assinale a afirmativa
correta.

a) Não será concedido mandado de segurança para proteger direito líquido e certo
amparado por habeas corpus, habeas data ou ação para a qual se preveja a
possibilidade de concessão de medida liminar.

b) Cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados pelos


administradores de empresas públicas e sociedades de economia mista
quando tais atos violarem direito subjetivo.

c) É sempre cabível a impetração de mandado de segurança ainda que haja recurso


administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução, uma vez que
não se exige o esgotamento das instâncias administrativas.

d) Se o exercício do direito alegadamente violado depender do esclarecimento de


fatos ou situações não comprovados nos autos já no momento da impetração, não se
concederá a segurança.

e) É inconstitucional a fixação, por lei ordinária, de prazo decadencial para a


impetração de mandado de segurança, uma vez que a Lei Maior não condiciona
esta garantia ao seu exercício em determinado prazo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. O mandado de segurança é concedido justamente para proteger
direito líquido e certo não amparado por habeas corpus e habeas data.
Letra B: errada. Não cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial
praticados pelos administradores de empresas públicas e sociedades de economia
mista (art. 1º, § 2º, da Lei nº 12.016/2009).

Letra C: errada. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de


ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo.

Letra D: correta. Exatamente isso! Não há dilação probatória no mandado de


segurança: as provas são pré-constituídas. Isso está diretamente ligado ao conceito
de ―direito líquido e certo‖. Se o exercício do direito depender do esclarecimento de
atos ou situações não comprovados nos autos já no momento da impetração, não
será concedido o mandado de segurança.

Letra E: errada. A fixação de prazo decadencial pode ser feita por lei ordinária.

Q49 - Não é possível a impetração de habeas corpus como substitutivo de


recurso com efeito suspensivo em matéria penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, o habeas corpus não pode ser utilizado como substitutivo de um recurso
com efeito suspensivo em matéria penal. Correto.

Q50 - É cabível habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é cabível habeas corpus em relações a punições disciplinas militares. Errada.

Q51 - Everaldo pretende obter o acesso de dados pessoais que estão sob a
guarda do Ministério da Justiça. Não possuindo haveres apresenta o seu
requerimento perante a
representação do referido órgão que é localizada no Estado onde é
domiciliado. Após os trâmites burocráticos recebe, por carta subscrita pelo
próprio Ministro da Justiça, resposta ao seu requerimento, tendo a
Administração indeferido o acesso aos dados postulados. Observada tal
narrativa, cabe a Everaldo impetrar Habeas Data de competência do Superior
Tribunal de Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 5º, LXXII, ―a‖, conceder-se-á habeas data para assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.
Cabe destacar que, para que seja impetrado o habeas data, deverá haver o prévio
esgotamento da via administrativa.

Assim, na situação apresentada, Everaldo deverá impetrar habeas data perante o


STJ. A competência será do STJ porque o habeas data está sendo impetrado contra
ato de Ministro de Estado (art. 105, I, ―b‖). Correto.

Q51 - O habeas data pode ser empregado por qualquer cidadão para a
obtenção de dados relativos à remuneração de servidores públicos,
consoante admite a Lei n. 12.527/11, que
regula o acesso a informações.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O habeas data pode ser impetrado para garantir o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante (e não informações de terceiros!). Questão
incorreta.

Q52 - O mandado de injunção viabiliza o exercício de direito ou liberdade


constitucional ou prerrogativas alusivas à nacionalidade, à soberania e à
cidadania, quando há omissão legislativa ou concretização deficiente pelo
legislador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, o mandado de injunção é concedido sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Dessa forma,
o mandado de injunção é concedido diante de omissão legislativa, não sendo
cabível quando há concretização deficiente pelo legislativa. Questão incorreta.

Q53 - A legitimação passiva do mandado de injunção é da pessoa estatal à


qual incumba o dever jurídico de editar o ato normativo, ainda que terceiras
pessoas sofram os efeitos da decisão, segundo sólida jurisprudência nesse
sentido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É isso mesmo! A legitimação passiva do mandado de injunção é da pessoa estatal que
tem o dever jurídico de editar o ato normativo. Questão correta.

Q54 - O Supremo Tribunal Federal não admite atribuir efeitos outros ao


mandado de injunção que não o reconhecimento formal da inércia legislativa
e notificação ao órgão
legislativo competente para a edição da norma.
RESPOSTA DA QUESTÃO:

Em relação aos efeitos da decisão em mandado de injunção, o STF tem adotado,


muitas vezes, a corrente concretista. Assim, a Corte não tem se limitado a reconhecer
a omissão legislativa; além disso, tem atuado no sentido de possibilitar a efetiva
concretização do direito.

Cita-se como exemplo a decisão do STF acerca da falta de regulamentação sobre o


direito de greve dos servidores públicos. Decidiu o STF que enquanto regulamentação
desse direito não for editada, será aplicada à greve dos servidores públicos a lei que
trata da greve na iniciativa privada. Assim, a questão está incorreta.

Q55 - Os tratados sobre direitos humanos que não são aprovados pelo rito de
Emenda Constitucional (rito especial) possuem status supralegal, situando-
se abaixo da Constituição e acima da legislação interna. Assim, as normas
legais com eles conflitantes sofrem um efeito paralisante quando de sua
entrada em vigor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente isso, as normas não são revogadas, mas sofrem um efeito paralisante.
Correta.
Q56 - A Constituição Federal dispõe acerca dos direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, como o direito social. A esse respeito, assinale a alternativa
que indica um direito social.

a) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 33


dias.
b) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de 180 dias.
c) Participação nos lucros, ou resultados, vinculada à remuneração.
d) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados.
e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: incorreta. O tempo mínimo de aviso prévio é de trinta dias, e não trinta e
três (art. 7o, XXI, CF).
Letra B: incorreta. A licença à gestante tem duração prevista na Constituição de 120
dias (art. 7o, XVIII, CF).

Letra C: incorreta. A participação nos lucros ou resultados é desvinculada da


remuneração (art. 7o, XI, CF).

Letra D: incorreta. O repouso semanal remunerado se dá preferencialmente aos


domingos (art. 7o, XV, CF).

Letra E: correta. É o que prevê o art. 7o, XXV, da Constituição. O gabarito é a letra E.

Q56 - A localização dos direitos sociais no título constitucional destinado aos


direitos e às garantias fundamentais não acarreta, por consequência, a
subordinação à regra da autoaplicabilidade das normas definidoras dos
direitos e das garantias fundamentais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os direitos sociais, assim como os demais direitos fundamentais, sujeita-se à regra da
autoaplicabilidade das normas definidoras dos direitos e das garantias
fundamentais (art. 5o, § 1o, CF).

Q57 - Entre os direitos sociais elencados na Constituição Federal, consta o da


eleição de um representante dos empregados com a finalidade exclusiva de
promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. Esse direito
social é previsto expressamente na Constituição Federal para o âmbito das
empresas com mais de

a) 30 empregados.
b) 50 empregados.
c) 100 empregados.
d) 200 empregados.
e) 500 empregados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão cobra o conhecimento do art. 11 da Constituição, segundo o qual ―nas
empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores‖. O gabarito é a letra D.

Q58 - São direitos sociais previstos expressamente como tais na


Constituição Federal:

A educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o


lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 6º, CF/88. Questão Correta.

Q59 - Assinale a alternativa INCORRETA com base nas regras da Constituição


Federal brasileira de 1988 sobre os direitos sociais.

a) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,


ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical.

b) É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,


representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Estado da federação.

c) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da


categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

d) Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato e o aposentado


filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.

e) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da


candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. Segundo o art. 8º, I, CF/88, a lei não pode exigir autorização estatal
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente. Além disso,
cabe destacar que é vedada a interferência e a intervenção estatal na organização
sindical.

Letra B: errada. Segundo o art. 8º, II, CF/88, “é vedada a criação de mais de uma
organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município‖.
É o princípio da unicidade sindical.
Letra C: correta. O sindicato tem competência para a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais e administrativas
(art. 8º, III, CF/88).

Letra D: correta. Segundo o art. 8º, V, CF/88, “ninguém será obrigado a filiar-se ou a
manter-se filiado”. Por sua vez, o art. 8º, VII, CF/88, prevê que “o aposentado filiado
tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais‖.

Letra E: correta. O art. 8º, VII, CF/88, prevê a estabilidade sindical.


Segundo esse dispositivo, ―é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir
do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei‖.
O gabarito é a letra B.

Q60 - Acerca dos Direitos Sociais


Constitucionais, analise as afirmativas a seguir.

I. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, e a assistência aos desamparados.

II. É assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos o direito à duração do


trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho.

III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano após a extinção do contrato de
trabalho. Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item I está correto. Ele reproduz a literalidade do art. 6o da
Constituição.

O item II está correto. Trata-se de direito assegurado aos domésticos pelo art. 7o,
XIII, c/c parágrafo único, da CF/88.

O item III está incorreto. O art. 7o, XXIX, da CF, garante aos trabalhadores rurais e
urbanos o direito à ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
O gabarito é a letra D.

Q61 - O estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela prática de


crime político poderá ser extraditado do Brasil se houver reciprocidade do
país solicitante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Incorreta. O inciso LII do art. 5o da Constituição Federal prevê que não será
concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Q62 - São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e


mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 12, I, ―b‖, são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil. Errada

Q63 - São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Q64 - Peter, cidadão sueco em viagem de férias no Brasil, manteve


relacionamento amoroso com Marie, cidadã francesa que visitava um primo
na Cidade de Florianópolis.
Desse relacionamento, nasceu Gustavisson, fato ocorrido no território
brasileiro. É possível afirmar que a nacionalidade do filho do casal é:

a) brasileira, por ter nascido na República Federativa do Brasil;


b) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade
paterna;
c) brasileira, desde que tenha sido registrado em repartição consular brasileira;
d) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade
materna;
e) necessariamente diversa da brasileira, já que seus pais eram estrangeiros e não
estavam estabelecidos no Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 12, I, ―a‖, da Constituição Federal dispõe que são brasileiros natos os
nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país.

Diante disso, uma vez que nenhum dos pais estrangeiros estava a serviço do
seu país (Peter estava de férias e Marie visitava um primo), Gustavisson é
brasileiro. O gabarito é a letra A.

Q65 - Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e registrado na República do


Paraguai, ao atingir a maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste
País, consulta um Defensor Público a respeito dos seus direitos. É correto
afirmar que Ernesto:

a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;


b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado;
c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem
brasileiros;
d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais
estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil;
e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai
oferecer reciprocidade ao Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ernesto é filho de brasileiros, embora nascido no Uruguai. A Constituição permite,
todavia, que ele obtenha a condição de brasileiro nato, desde que venha a residir na
República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira (art. 12, I, ―c‖, CF). O gabarito é a letra A.

Q66 - Peter, filho de um casal austríaco, nasceu no território brasileiro


quando seus pais aqui estavam a serviço da Embaixada da Áustria. Após o
seu nascimento, permaneceu no Brasil por cerca de dez anos, até que a
família retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços
afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio para este
País, tomou a decisão de candidatar-se a um cargo eletivo que é privativo de
brasileiro nato. É possível afirmar que Peter:

a) é brasileiro nato, já que nasceu na República Federativa do Brasil;


b) somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua família tenha providenciado
o seu registro de nascimento no Brasil, enquanto aqui residiu;
c) tem dupla nacionalidade, austríaca e brasileira, podendo praticar quaisquer atos
civis e políticos na Áustria e no Brasil;
d) não pode ser considerado brasileiro nato, já que é filho de estrangeiros que
estavam no Brasil a serviço do seu País de origem;
e) será considerado brasileiro nato tão logo promova o seu registro de nascimento em
cartório do registro civil das pessoas naturais situado no Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 12, I, CF/88, ―são brasileiros natos os nascidos na República
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seus pais‖. Peter nasceu no Brasil, mas seus pais estavam aqui a serviço
do governo austríaco. Logo, Peter não será brasileiro nato. O gabarito é a letra D.

Q67 - No caso do Brasil, são considerados brasileiros os nascidos no


estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde que qualquer um deles
estivesse a serviço da República Federativa do Brasil.
RESPOSTA DA QUESTÃO: São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil. Errada

Q68 - No caso do Brasil, são considerados brasileiros filhos de pai ou mãe


brasileiros, desde que registrados em repartição brasileira competente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente (art. 12, I, ―c‖).
Correta.

Q69 - O filho de pais alemães que estão no Brasil a serviço de empresa


privada alemã será brasileiro nato caso venha a nascer no Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço do seu país. Correto.

Q70 - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir


outra nacionalidade em decorrência de reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se houver reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira, não será
declarada a perda da nacionalidade brasileira. Errada.

Q71 - Sobre os direitos de nacionalidade, é incorreto afirmar:

a) A Constituição brasileira consagra conjuntamente os critérios jus soli e jus


sanguinis para atribuição da nacionalidade.

b) É privativo de brasileiro nato o cargo de Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de


pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

d) Para que o brasileiro naturalizado seja proprietário de empresa jornalística e de


radiodifusão sonora e de sons e imagens, a Constituição brasileira exige a aquisição
de nacionalidade brasileira há mais de dez anos.
e) São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes
na República Federativa do Brasil há mais de dez anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. De fato, a CF/88, ao atribuir nacionalidade, utilizou em conjunto os
critérios jus sanguinis e jus soli.

Letra B: correta. O cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato.


Letra C: correta. Aqueles que nascerem no Brasil são brasileiros natos, salvo os filhos
de estrangeiros que aqui estejam a serviço de seu País.
Letra D: correta. Segundo o art. 222, CF/88, somente poderão ser proprietários de
empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de imagens brasileiros natos ou
naturalizados há mais de 10 anos.
Letra E: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15 anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira. O gabarito é a letra E.
Q72 - Dispõe a Constituição Federal, que é vedada a cassação de direitos
políticos, cuja suspensão, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível, se aplica nos casos de improbidade
administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso de improbidade administrativa, haverá suspensão dos direitos políticos.
Além disso, a improbidade administrativa tem como consequência a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Erário. Questão
Correta.

Q73 - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o


período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os estrangeiros e os conscritos são inalistáveis. Correta.

Q74 - O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de


dezoito anos, sendo facultativos apenas para os maiores de setenta anos e
os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O alistamento eleitoral e o voto também são facultativos para analfabetos. Errada.

Q75 - São condições de elegibilidade, na forma da lei, a nacionalidade


brasileira; o pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o
domicílio eleitoral na circunscrição; a filiação partidária; e a idade mínima de
trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador; trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado, do
Distrito Federal e para Deputado Federal; vinte e um anos para Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; e dezoito anos
para Vereador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A idade mínima para que alguém possa ser eleito Deputado Federal é de 21 anos (e
não 30 anos!).

Q76 - Segundo a Constituição Federal, no capítulo ―Dos Direitos Políticos‖, é


condição de elegibilidade a filiação a partido político com representação no
Congresso Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A filiação partidária é uma condição de elegibilidade. No entanto, não se exige que o
partido político tenha representação no Congresso Nacional.

Q77 - Em razão da morte do governador, fato ocorrido quatro meses antes do


término do seu mandato, Eustáquio, vice-governador, terminou por sucedê-
lo. Nas eleições realizadas no mesmo ano, Eustáquio concorreu ao cargo de
governador e teve expressiva votação, iniciando o respectivo mandato no
ano seguinte.
Apesar do êxito, Eustáquio, político ambicioso, já iniciou o planejamento a
respeito do seu futuro e o do seu filho Eustaquinho, que completará vinte e
um anos exatamente no dia
da próxima eleição para cargos eletivos federais e estaduais. De acordo com
a sistemática constitucional de inelegibilidades, é correto afirmar que, na
próxima eleição, acima referida:

a) Eustaquinho não poderá concorrer a qualquer cargo eletivo no âmbito


do território de jurisdição do seu pai;

b) Eustáquio não precisará renunciar ao mandato de governador para que possa


concorrer ao mesmo cargo na próxima eleição;

c) Eustaquinho somente poderá concorrer ao cargo de Senador, no mesmo Estado,


caso seu pai renuncie ao mandato de governador até seis meses antes do pleito;

d) Eustáquio somente poderá concorrer ao cargo de governador, na próxima eleição,


caso renuncie seis meses antes do pleito;

e) Eustaquinho somente não poderá concorrer a cargos estaduais, inexistindo óbice a


que concorra para cargos federais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. De fato, Eustaquinho não poderá concorrer a qualquer cargo eletivo
no âmbito do território de jurisdição do seu pai. Isso decorre do art. 14, § 7º, CF/88,
segundo o qual ―são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.” É o que se
chama de inelegibilidade reflexa.

Letra B: errada. Eustáquio não poderá se candidatar a um novo mandato de


Governador. Isso porque ele já está no seu segundo mandato como Governador.
Sobre isso, dispõe o art. 14, § 5º, que “o Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente‖.

Letra C: errada. Eustaquinho não cumpre o requisito de idade mínima de 35 anos


para se candidatar a Senador. Mesmo que ele cumprisse esse requisito, a
inelegibilidade reflexa o impediria de se candidatar a Senador por aquele estado.

Letra D: errada. Eustáquio não poderá se candidatar para um terceiro mandato de


Governador.

Letra E: errada. Eustaquinho não poderá concorrer aos cargos de Deputado Federal e
Senador para o estado do qual seu pai é Governador. Além disso, não poderá se
candidatar para Presidente, Vice-Presidente e Senador, cargos que têm como
requisito a idade mínima de 35 anos.
Dessa forma, existem vários óbices a que ele concorra para cargos eletivos federais.
O gabarito é a letra A.

Q78 - O voto é facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos,


bem como pessoas maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q79 - José da Silva, prefeito do Município ―X‖, integrante do Estado ―Y‖,


possui familiares que pretendem concorrer a cargos elegíveis nas próximas
eleições. Sobre essa
situação, assinale a afirmativa correta.

a) José da Silva Junior, filho de José da Silva, que terá 18 anos completos na época
da eleição, poderá se candidatar ao cargo de deputado estadual de ―Y‖, desde que
José da Silva tenha se desincompatibilizado seis meses antes do pleito.

b) Maria da Silva, esposa de José da Silva, vereadora do município ―X‖, só poderá


concorrer novamente ao cargo de vereadora, se José da Silva se desincompatibilizar
seis meses antes do pleito.

c) José da Silva poderá concorrer ao cargo de governador do estado ―Z‖, não sendo
necessário que renuncie ao mandato até seis meses antes do pleito.

d) Pedro Costa, sobrinho de José da Silva, poderá concorrer ao cargo de Vereador do


Município ―X‖ mesmo que José da Silva não tenha se desincompatibilizado seis meses
antes do pleito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

letra A está incorreta. Não há qualquer óbice a que o filho do Prefeito do Município X
se candidate a Deputado Estadual, uma vez que a inelegibilidade reflexa alcança
apenas os cargos que estão no território de jurisdição do titular. Assim, o filho
do Prefeito do Município X não poderia se candidatar a vereador por esse mesmo
Município. Até aqui tudo bem! O problema é que José da Silva Junior tem apenas 18
anos, e a idade mínima para elegibilidade ao cargo de deputado estadual é de 21
anos (art. 14, § 3º, VI, ―c‖, CF).

A letra B está incorreta. Como Maria é candidata a reeleição, não é necessária a


desincompatilização de José da Silva. De acordo com o § 7º do art. 14 da
Constituição Federal, ―são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição‖.

A letra C está incorreta. É necessário que José da Silva renuncie ao mandato até seis
meses antes do pleito, por determinação do art. 14, §6º, da Constituição Federal. É
que, para concorrerem a outros cargos, os Chefes do Poder Executivo devem
renunciar aos seus mandatos até 6 meses antes do pleito.
A letra D está correta. O sobrinho é parente de 3º grau e, portanto, não é atingido
pela inelegibilidade reflexa, que alcança até o 2º grau. Logo, Pedro Costa poderá,
sim, candidtar-se a Vereador do Município X.

Q80 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no


prazo de quinze dias contados da posse, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O mandato eletivo pode ser impugnado no prazo de 15 dias contados da
diplomação (e não da posse!). Errado.

Q81 - A Emenda Constitucional n. 52/2006 estabeleceu a chamada


―verticalização‖ no âmbito das coligações partidárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Emenda Constitucional nº 52 acabou com a “verticalização” no âmbito das
coligações partidárias. Questão errada.

Q82 - Suponha que o Governo do Estado do Rio de Janeiro, visando fomentar


o turismo, resolva criar um novo Município na Região dos Lagos por
intermédio da fusão dos municípios de Saquarema, Cabo Frio, São Pedro da
Aldeia e Armação dos Búzios.

Além dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na


forma da lei, a Constituição exige para criação desse novo município lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Ordinária Federal, bem
como consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 18°, § 4º, da Constituição, a criação, a incorporação, a fusão e
o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Errada.

Q83 - A incorporação entre Estados Depende da aprovação da população


diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 18°, § 3º, da Carta Magna, os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar. Correta.

Q84 - De acordo com o art. 18 § 2º, da Constituição, os Territórios Federais


integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q85 - A respeito da organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil, é correto afirmar que ela é formada pela união
indissolúvel da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 1º, CF/88, a República Federativa do Brasil é formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Errada.

Q86 - Na medida em que a existência da lei orgânica municipal está prevista


na Constituição da República, sujeitando-se aos balizamentos ali
estabelecidos, é correto afirmar que:

a) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal


podem ser restringidas pela Constituição Estadual, que pode uniformizar,
livremente, a legislação dos Municípios situados em seu território;

b) a lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve disciplinar a


organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela Constituição da
República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça;

c) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem


ser livremente ampliadas pela Constituição Estadual, com o uso do instituto da
delegação de competências legislativas;

d) a lei orgânica municipal pode estabelecer a disciplina normativa de toda e qualquer


temática afeta à competência legislativa municipal;

e) a relação de sujeição normativa decrescente identificada entre a Constituição da


República, a Constituição Estadual e a lei orgânica municipal faz com que a última
possa ser livremente comprimida pela expansão das duas primeiras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. A Constituição Federal estabelece uma repartição de
competências entre os entes federativos. É na CF/88 que se deve buscar as
matérias passíveis de regulamentação por cada ente federativo. Assim, nas matérias
de competência dos Municípios, os Estados não deverão intervir.

Não há que se falar, portanto, que a Constituição Estadual irá uniformar a legislação
dos Municípios situados em seu território.

Letra B: correta. A Lei Orgânica é o instrumento por meio do qual o Município


manifesta o seu poder de auto-organização, sendo, portanto, projeção da
autonomia municipal. A organização municipal é matéria que cabe à Lei Orgânica,
devendo observar as regras gerais estabelecidas pela CF/88. A Constituição Estadual
não pode versar sobre a organização municipal, sob pena de violar o pacto federativo.

Letra C: errada. A Constituição Estadual não pode ampliar as matérias de


competência dos Municípios. Isso porque a repartição de competências entre os
entes federativos está prevista na Constituição Federal. É ela que define o campo de
atuação da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Letra D: errada. Essa é uma questão bastante aprofundada. A Lei Orgânica Municipal
trata das temáticas afetas à competência legislativa municipal. No entanto, não
se pode dizer que ela versa sobre ―toda e qualquer temática afeta à competência
legislativa municipal”. Isso porque existem matérias que são da iniciativa
privativa do Prefeito e, que, portanto, não podem ser exaustivamente tratadas na
Lei Orgânica Municipal, sob pena de usurpação da competência do Chefe do
Poder Executivo Municipal e de violação ao princípio da separação de
poderes.

Letra E: errada. Embora não exista hierarquia entre os entes federativos, a


Constituição Federal é hierarquicamente superior à Constituição Estadual e à Lei
Orgânica. No entanto, não é possível afirmar que a lei orgânica poderá ser
―livremente comprimida pela expansão‖ da Constituição Estadual e da Constituição
Federal.

Isso porque a Constituição Federal de 1988 estabelece uma repartição de


competências entre os entes federativos. Essa repartição de competências até pode
ser alterada por emenda constitucional. No entanto, a mudança não pode ser feita
―livremente‖, pois poderia violar o princípio federativo, que é uma cláusula pétrea do
texto constitucional.

O gabarito é a letra B.

Q87 - O número de Deputados Estaduais corresponderá ao triplo da


representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais
acima de doze.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q88 – Especificamente sobre o Município, a Constituição prevê que é regido


pela Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Município é regido por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal (art. 29,
―caput‖, CF).

Q89 - A fiscalização do Município é exercida pelo Poder Legislativo Municipal,


mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal
será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.
Q90 - Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são considerados bens
da
União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q91 – Rios provenientes do estrangeiro que banhem apenas um Estado é


considerado bem da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q92 – São consideradas bens da união as terras devolutas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nem todas as terras devolutas são bens da União. São bens da União as terras
devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental. Por outro lado, são bens dos Estados as terras devolutas que não forem
da União. A letra A é o gabarito.

Q93 - De acordo com o texto constitucional, é competência comum da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

a) Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,


especialmente as secas e as inundações.

b) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,


saneamento básico e transportes urbanos.

c) Organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

d) Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito (art. 23,
XII, CF). As alternativas A, B e C apresentam competências exclusivas da União. Gab:
D

Q93 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados e o Distrito


Federal exercerão a competência legislativa plena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 24, § 3º, CF/88. Questão Correta.

Q94 - Determinada Constituição Estadual dispôs que as famílias que


possuam terras estaduais improdutivas por mais de 40 anos ininterruptos,
sem contestação, e comprovem que mantiveram ininterrupta produção de
gêneros alimentícios durante todo esse período, adquirem o seu domínio. É
correto afirmar que essa norma é inválida, pois compete privativamente à
União legislar sobre direito civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Direito Civil é responsável por tratar da aquisição de bens imóveis. Como legislar
sobre essa matéria é de competência privativa da União, a norma da Constituição
Estadual é inválida. O gabarito é a letra A.

Q95 - Determinada Constituição Estadual, com o objetivo declarado de


preservar a simetria com a Constituição da República, definiu a tipologia de
infrações políticoa-dministrativas denominadas crimes de responsabilidade,
a que estariam sujeitos o Governador e o Vice-Governador do Estado, bem
como o Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal. No caso de condenação, a
sanção seria a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de outra
função pública por oito anos. É correto afirmar que comando dessa
natureza é:

a) totalmente inconstitucional, por violar a competência privativa da União


para legislar sobre direito penal;
b) parcialmente inconstitucional, pois a Constituição Estadual feriu a autonomia dos
Municípios ao definir os crimes de responsabilidade do Prefeito e do Vice-Prefeito
Municipal;
c) totalmente inconstitucional, por violar a competência privativa da União para
legislar sobre direito político e administrativo;
d) constitucional, pois a Constituição Estadual pode dispor livremente sobre as
matérias afetas ao Estado e aos Municípios inseridos em seu território;
e) parcialmente inconstitucional, pois a Constituição Estadual não poderia dispor
sobre a situação do Governador e do seu Vice, cuja responsabilidade é regida pela
Constituição da República.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A União tem competência privativa para legislar sobre direito penal, inclusive sobre
crimes de responsabilidade. Nesse sentido, a Súmula Vinculante nº 46 estabelece
que ―a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas
normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.”

Dessa forma, a Constituição Estadual, ao definir crimes de responsabilidade


será incompatível com a CF/88, uma vez que viola a competência privativa da
União para legislar sobre o tema. A resposta é a letra A.

Q96 - Em matéria de organização do Estado, a Constituição da República de


1988 dispõe que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:

a) elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e


de desenvolvimento econômico, social e cultural;
b) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
c) decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção municipal, estadual
ou federal quando houver grave violação a patrimônio artístico, histórico e cultural;
d) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os
serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
e) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de
programas de rádio e televisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra A está incorreta. É competência da União elaborar e executar planos
nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico,
social e cultural (art. 21, IX, CF).
A letra B está correta. É o que prevê o art. 23, III, da Constituição.
A letra C está incorreta. Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal é competência da União (art. 21, V, CF).
A letra D está incorreta. Compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão os serviços de radiodifusão sonora, e de
sons e imagens (art. 21, XII, ―a‖, CF).
A letra E está incorreta. É competência da União exercer a classificação, para efeito
indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão (art. 21, XVI,
CF).

Q97 - Os Municípios podem legislar de forma suplementar sobre matérias


elencadas pela Constituição de 1988 como sendo de competência legislativa
concorrente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 30, inciso II, da CF/88, prevê que compete aos Municípios suplementar a
legislação federal e a estadual no que couber. Essa competência se estende,
inclusive, às matérias de competência legislativa concorrente. Questão correta.

Q98 - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões


metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 25, § 3º. Questão correta.

Q99 - As alternativas a seguir apresentam algumas competências da União, à


exceção de uma. Assinale-a.

a) manter o correio aéreo nacional.

b) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os


serviços e instalações de energia elétrica.

c) organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do


Distrito Federal.

d) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

e) promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do


uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra A está correta. Compete à União manter o serviço postal e o correio aéreo
nacional (art. 21, X, CF).

A letra B está correta. Compete à União explorar, diretamente ou mediante


autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde
se situam os potenciais hidroenergéticos (art. 21, XII, ―b‖, CF).

A letra C está correta. Compete à União organizar e manter a polícia civil, a polícia
militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por
meio de fundo próprio (art. 21, XIV, CF).

A letra D está correta. Compete à União organizar, manter e executar a inspeção do


trabalho (art. 21, XXIV, CF).

A letra D está incorreta. Trata-se de competência dos Municípios (art. 30, VIII, CF).
O gabarito é a letra E.

Q99 - Nas hipóteses de competência legislativa concorrente entre a União e


os Estados, estes poderão legislar de forma plena no caso de inexistência de
normas federais sobre o tema.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Constituição prevê, em seu art. 24, § 3º, que inexistindo lei federal sobre normas
gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades.

Q100 - Lei estadual sobre política de crédito é inconstitucional, porque se


trata de matéria de competência da união.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 22, VII, compete privativamente à União legislar sobre política de
crédito.

Q101 - É vedado aos Municípios legislar sobre saúde, ainda que de forma
suplementar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os Municípios detêm a competência para suplementar a legislação federal e estadual,
no que couber. Errada

Q102 - É permitida ao servidor público civil a associação a qualquer


sindicato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 37, VI, CF/88, é garantido ao servidor público o direito à livre
associação sindical.

Q103 - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por


qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 37, § 5º, “a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento”.

Q104 - Em decorrência da ação penal cabível, os atos de improbidade


administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e na gradação previstas em lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As sanções aplicadas em decorrência da improbidade administrativa não dependem
de ação penal.

Q105 - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de


mandato
eletivo, terá o tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q106 – A CF88 permite acumular, dentre outros, dois cargos de natureza técnica
ou científica, desde que haja compatibilidade de horários e seja observado o teto
remuneratório constitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A acumulação de cargos públicos, havendo compatibilidade de horários, é
admitida nas hipóteses do art. 37, XVI, CF/88:

a) de dois cargos de professor;


b) um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;

Q107 - A aposentadoria por invalidez permanente decorrente de acidente em


serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável se
dará com proventos integrais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q108 - Nos termos da Constituição Federal, a remuneração dos servidores e


os subsídios são fixados por leis específicas, observada a iniciativa prevista
em cada caso. No que concerne à revisão anual haverá:

a) lei específica de cada poder definindo o percentual aplicável aos seus servidores.
b) lei geral determinando um único índice de reajuste para a totalidade dos
servidores.
c) lei para cada carreira do serviço público sujeito o índice à negociação livre.
d) lei para cada Poder do Estado e o índice será fixado em reunião paritária.
e) índice geral fixado em resolução do Supremo Tribunal Federal, consultados os
demais Poderes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A revisão anual da remuneração e dos subsídios dos servidores deverá ser realizada
por lei geral, sempre na mesma data e sem distinção de índices (art. 37, X, CF). O
gabarito é a letra B.

Q109 - o direito de greve é assegurado ao servidor público civil, devendo ser


exercido nos termos e nos limites definidos em lei ordinária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, trata-se de matéria a ser definida em lei ordinária. Questão Certa.

Q110 - É permitida a acumulação de dois cargos de professor, desde que


haja
compatibilidade de horários, sendo que a remuneração não pode ultrapassar,
nos Estados, o subsídio pago aos desembargadores do Tribunal de Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pode haver acumulação de dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade
de horários. No entanto, a remuneração terá como limite o subsídio pago ao
Governador.

Q111 - É permitida a acumulação de um cargo de professor com outro


técnico ou científico, desde que haja compatibilidade de horários, sendo que
a remuneração, nos Estados, não pode ultrapassar o subsídio mensal do
Governador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q112 – (SENADO – 2008) Nos termos da Constituição Federal/88, aplicam-se


aos servidores ocupantes de cargos públicos os direitos sociais enunciados
nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
horas semanais.
b) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas na
forma de lei complementar.
c) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei.
d) salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei.
e) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinqüenta
por cento) à do normal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os servidores públicos não fazem jus a adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas. Esses adicionais são aplicáveis aos trabalhadores
da iniciativa privada, com regulamentação em lei ordinária. A resposta é a letra B.
Q113 - É possível a acumulação remunerada de cargo técnico com outro
privativo de profissional de saúde.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é autorizada a acumulação de um cargo técnico com outro privativo de
profissional de saúde. Os casos em que se admite a acumulação remunerada de
cargos públicos, desde que haja compatibilidade de horários, são os seguintes: i) dois
cargos de professor; ii) um cargo de professor com outro técnico ou científico; e iii)
a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas. Errada.

Q114 - Aplica-se o regime geral de previdência social ao servidor ocupante,


exclusivamente, de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O RGPS se aplica àqueles servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em
comissão e, ainda, aos temporários e aos empregados públicos. Correta.

Q115 - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e


entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o contrato de gestão, instrumento destinado a conferir maior autonomia aos órgãos
e entidades da administração direta e indireta (art. 37, § 8o, CF).

Q116 - O Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais


comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que determina o art. 86, § 1o, I, da Constituição. Correta.

Q117 - Dentre as alternativas abaixo, que versam sobre o capítulo da


Constituição Federal denominado ―Da Responsabilidade do Presidente da
República‖, assinale afirmativa incorreta:

a) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por um terço da Câmara


dos Deputados, para apurar fato determinado e por prazo certo, será ele submetido a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
b) O Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns,
se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, e nos
crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

c) Decorrido o prazo de cento e oitenta dias e não estando o julgamento concluído,


cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.

d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o


Presidente da República não estará sujeito a prisão.

e) O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser


responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra A está incorreta. O quorum necessário para a admissão da acusação contra o
Presidente da República é de dois terços, e não de um terço da Câmara dos
Deputados (art. 86, ―caput‖, CF).
A letra B está correta. É o que prevê o § 1O do art. 86 da Constituição.
A letra C está correta. É o que dispõe o § 2O do art. 86 da Constituição.
A letra D está correta. Trata-se da literalidade do § 3O do art. 86 da Constituição.
A letra E está correta. É o que versa o § 4O do art. 86 da Constituição.
O gabarito é a letra A.

Q118 - A respeito da escolha, da substituição e da sucessão do Prefeito e do


Vice-Prefeito do Município, é correto afirmar que a respectiva lei orgânica
pode disciplinar o processo de escolha dos sucessores no caso de dupla
vacância dos cargos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STF considera que deve ser reconhecida a autonomia dos entes federativos
para disciplinar os procedimentos no caso de “dupla vacância, não se
aplicando o princípio da simetria para solucionar essa questão. Nesse sentido,
entende a Corte que ―a vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito
põem-se no âmbito da autonomia política local, em caso de dupla vacância‖. Questão
correta.

Q119 - As alternativas a seguir apresentam atribuições do Presidente da


República, à exceção de uma. Assinale-a.

a) A escolha de dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União.


b) O veto a projetos de lei de iniciativa popular.
c) Dispor, mediante decreto, sobre a extinção de cargos públicos vagos.
d) Decretar intervenção federal.
e) A celebração de tratados internacionais que disponham em sentido contrário
à legislação vigente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. O Presidente da República irá escolher 1/3 (um terço) dos
Ministros do TCU. Os outros 2/3 (dois terços) são escolhidos pelo Congresso
Nacional.
Letra B: correta. Segundo o art. 84, V, CF/88, compete ao Presidente da República
vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
Letra C: correta. É competência do Presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre a extinção de cargos públicos vagos (art. 84, VI, ―b‖). Essa é uma das situações
em que se utiliza o decreto autônomo.

Letra D: correta. O Presidente da República tem competência para decretar e


executar a intervenção federal (art. 84, X).
Letra E: correta. É competência do Presidente da República a celebração de tratados
internacionais, os quais estão sujeitos ao referendo do Congresso Nacional (art. 84,
VIII). O gabarito é a letra A.

Q120 - Assinale a alternativa que indica a função exercida pelo presidente da


República, dentre as previstas no texto constitucional federal, considerada
como inerente à função de Chefia de Governo.

a) Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional.


b) Presidir o Conselho de Defesa Nacional.
c) Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual previsto na Constituição.
d) Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos.
e) Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. Declarar a guerra e celebrar a paz são competências do Presidente
na condição de Chefe de Estado.
Letra B: errada. Presidir o Conselho de Defesa Nacional é atribuição que está
relacionada à atuação do Presidente como Chefe de Estado.
Letra C: correta. O envio ao Congresso Nacional do plano plurianual é típica função de
Chefe de Governo.
Letra D: errada. Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos é típica função de Chefe de Estado.
Letra E: errada. A celebração de tratados é atribuição típica de Chefe de Estado.
O gabarito é a letra C.

Q121 – O Presidente da República exerce a presidência do Conselho da


República e do Conselho de Defesa Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão Correta.

Q122 - O Presidente da República, durante entrevista coletiva, agrediu, com


socos e pontapés, um jornalista que fez uma pergunta relativa à ocorrência
de desvio de recursos em obras públicas federais, conduta atribuída a um
dos Ministros de Estado, filiado ao mesmo partido político do Presidente.
Nesse caso,

a) será necessário aguardar o final do mandato presidencial para dar início à


persecução penal.
b) o Presidente da República somente poderá ser submetido a julgamento após
autorização do Senado Federal.
c) o Supremo Tribunal Federal é o órgão competente para proceder ao julgamento do
Presidente.
d) a agressão ao jornalista configura crime de responsabilidade do Presidente da
República.
e) o Presidente da República tem imunidade em relação à prática dos crimes comuns.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Presidente da República, na vigência do mandato, somente poderá ser
responsabilizado por atos relacionados ao exercício da função. Na situação
apresentada pela questão, o Presidente da República praticou, inequivocamente, um
ato relacionado ao exercício da função, ao dar socos e pontapés no repórter. Por isso,
ele poderá ser responsabilizado e, considerando que trata-se de crime comum, a
competência para processar e julgar o Presidente será do STF.

Letra A: errada. Não é necessário aguardar o final do mandato para que o Presidente
possa ser processado, uma vez que se trata de ato relacionado ao exercício da
função.
Letra B: errada. O Presidente somente poderá ser processado e julgado após
autorização da Câmara dos Deputados.
Letra C: correta. Nos crimes comuns, o Presidente da República é processado e
julgado pelo STF.
Letra D: errada. Crimes de responsabilidade são uma espécie de transgressão
funcional do Presidente. No caso apresentado, trata-se de crime comum do
Presidente.
Letra E: errada. O Presidente da República tem imunidade penal relativa, uma vez
que, na vigência do mandato, somente pode ser responsabilizado por atos
relacionados ao exercício da função.

Q123 - Presidente da República, nos crimes de responsabilidade, ficará


suspenso de suas funções após a instauração do processo pelo Senado
Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos crimes de responsabilizado, o Presidente ficará suspenso da função após a
instauração do processo pelo Senado Federal. Já nos crimes comuns, o
Presidente fica suspensão desde o recebimento da denúncia ou queixa-crime
pelo STF. Em qualquer desses casos, se o julgamento não estiver concluído em 180
dias, cessará o afastamento do Presidente

Q124 - O Presidente da República, nas infrações comuns relacionadas ao


exercício da função, estará sujeito a prisão cautelar, mediante autorização
de dois terços dos membros da Câmara dos Deputados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é cabível prisão cautelar do Presidente. Ele só estará sujeito à prisão por
sentença condenatória. Questão errada.

Q125 - Em caso de vacância dos cargos de Presidente da República e Vice-


Presidente da República no penúltimo ano de mandato:

a) o Presidente da Câmara dos Deputados assume definitivamente o cargo.


b) o Presidente do Senado Federal assume definitivamente o cargo.
c) far-se-á nova eleição direta.
d) far-se-á eleição indireta, pelo Congresso Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se a vacância dos cargos de Presidente da República ocorrer nos dois primeiros
anos do mandato, serão realizadas eleições diretas 90 dias após a última vaga.
Por outro lado, caso a vacância ocorra nos dois últimos anos do mandato (como é o
caso da questão!), ocorrerão eleições indiretas, pelo Congresso Nacional, 30 dias
após a última vaga. A resposta, portanto, é a letra D.

Q126 – Compete ao Congresso Nacional autorizar operações externas de


natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Territórios e dos Municípios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de competência do SF. Questão Errada.

Q127 - Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-


se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO! essa é a literalidade do Art. 81, Caput. Questão C.

Q128 - O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência para


assegurar a fiel execução da Constituição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O poder regulamentar confere ao Chefe do Poder Executivo a competência para
assegurar a fiel execução das leis. Questão errada.

Q129 - O servidor público Pedro, em exercício na Secretaria Estadual de


Transportes do Estado X, é questionado sobre a aplicação de determinada
norma federal incidente sobre ato a ser praticado no âmbito da sua
repartição pública. Pesquisando o tema, apresenta breve nota, em que indica
a necessidade de complementação normativa sobre o tema. Observado o
enunciado, uma das competências previstas para o Presidente da República,
na Constituição Federal, aplicáveis ao caso, consiste em:

a) sancionar leis.
b) vetar projetos de lei.
c) organizar a administração.
d) celebrar convenções.
e) expedir regulamentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Compete ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos para a fiel
execução das leis. Assim, na situação mencionada, pode-se dizer que a lei depende
de regulamentação para que seja aplicada; em outras palavras, caberá ao Presidente
expedir regulamento para a sua fiel execução. A resposta é a letra E.

Q130 - Compete ao Ministro de Estado, nos termos da Constituição Federal,


entre outras, as seguintes atribuições:
I. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.
II. Referendar os atos emanados e decretos assinados pelo Presidente da República.
III. Apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério.
IV. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração federal na área de sua competência.

Assinale:
a) se somente as atribuições I e II estiverem corretas.
b) se somente as atribuições II e IV estiverem corretas.
c) se somente as atribuições III e IV estiverem corretas.
d) se somente as atribuições II, III e IV estiverem corretas.
e) se todas as atribuições estiverem corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira assertiva está correta. Trata-se de competência dos Ministros de Estado
(art. 87, II).
A segunda assertiva está correta. Trata-se de competência dos Ministros de Estado
(art. 87, I).
A terceira assertiva está correta. Mais uma competência dos Ministros (art. 87, III).
A quarta assertiva está correta. Outra competência dos Ministros (art. 87, I).

Q131 - As matérias, cuja competência é privativa da Câmara dos Deputados,


serão disciplinadas por meio de resolução, o que implica não sofrer
interferência do Senado ou da Presidência da República.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As competências privativas da Câmara dos Deputados estão relacionadas no art. 51,
CF/88. São matérias sobre as quais a Câmara dos Deputados disporá mediante
resolução, independentemente de sanção presidencial. Correta.

Q132 - Compete privativamente à Câmara dos Deputados, proceder à tomada


de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 51, II, CF/88, compete privativamente à Câmara dos Deputados
proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa. Correta.

Q133 - Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados, aprovar


previamente, por voto aberto, após arguição pública, a escolha de
Governador de Território.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É competência privativa do Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto,
após arguição pública, a escolha de Governador de Território (art. 52, III, alínea ―c‖).
Errada.

Q134 - Compete ao Congresso Nacional, aprovar previamente, por voto


aberto, a escolha de Presidente e diretores do banco central.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É competência privativa do Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto,
após arguição pública, a escolha de Presidente e diretores do banco central (art. 52,
III, alínea ―d‖). Errada.
Q135 - O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do
Distrito Federal eleitos segundo o princípio proporcional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Princípio majoritário. Errada.

Q136 - A denominada imunidade formal é aquela em que os deputados e


senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Imunidade material. Errada.

Q137 - Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, o parlamentar


que se licenciar para o exercício de outro cargo fora do Parlamento, apesar
de não perder o mandato, perderá as imunidades parlamentares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As imunidades parlamentares ficarão suspensas caso o parlamentar se licencie para o
exercício de outro cargo fora do Parlamento. Correta.

Q138 - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por


quaisquer de suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Congresso Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A imunidade material dos congressistas não se limita à circunscrição do Congresso
Nacional. Errada.

Q139 - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional


não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A CF/88 autoriza a prisão dos parlamentares somente depois de sentença penal
condenatória ou em caso de flagrante de crime inafiançável. Havendo a prisão
do parlamentar, os autos serão remetidos dentro de 24 (vinte e quatro) horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Correta.

Q140 - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime


ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político e pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O partido político, para que possa propor a sustação do andamento da ação deve ter
representação na Casa Legislativa. Portanto, não é qualquer partido político que
poderá ter a iniciativa de sustar o andamento da ação. Errada.
Q141 - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É exatamente o que prevê o art. 53, § 6º, CF/88. Correta.

Q142 - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime


ocorrido antes da diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à
Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 53, § 3o, da Constituição, recebida a denúncia contra o Senador
ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal
dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final,
sustar o andamento da ação. Errada.

Q143 - A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores que


forem militares e em tempo de guerra, independerá de prévia licença da
Casa respectiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A Carta Magna prevê, em seu art. 53, § 7o, que a
incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
Errada.

Q144 - De acordo com a CRFB/88, assinale a afirmativa INCORRETA:

a) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada


sessão legislativa, ainda que de licença, à terça parte das sessões ordinárias da Casa
a que pertencer.
b) Os Deputados e Senadores não poderão desde a expedição do diploma firmar ou
manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
c) Os Deputados e Senadores não poderão desde a posse ser proprietários,
controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
d) As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio,
só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que
sejam incompatíveis com a execução da medida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. O art. 55, III, da CF/88, prevê que perderá o mandato o Deputado
ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta
autorizada.
Letras B e C: corretas. O art. 54 da Carta Magna determina que os Deputados e
Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:


a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que
sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) ser titulares de mais de um cargo ou
mandato público eletivo.
Letra D: correta. É o que dispõe o art. 53, § 8o, da Constituição.
O gabarito é a letra A.

Q145 - É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

a) Resolver sobre todos os tratados, acordos ou atos internacionais.


b) Autorizar, independente do período, o Presidente e o Vice- Presidente da República
a se ausentarem do País.
c) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou
suspender qualquer uma dessas medidas.
d) Declarar guerra, celebrar a paz e permitir que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional (art. 49, I, CF).
Letra B: errada. Essa autorização só é necessária quando a ausência exceder a
quinze dias (art. 49, III, CF).
Letra C: correta. É o que dispõe o art. 49, IV, da Constituição.
Letra D: errada. Compete exclusivamente ao Congresso Nacional autorizar o
Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar (art. 49, II,
CF).
O gabarito é a letra C.

Q146 - A respeito da CPI, é correto afirmar que por ter poderes de


investigação próprios de autoridade judicial, pode vir a determinar, em
deliberação fundamentada, a quebra de sigilo telefônico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As CPI`s têm poderes para determinar a quebra do sigilo telefônico. O que elas
não podem determinar é a interceptação telefônica, medida reservada
exclusivamente ao Poder Judiciário.
Q147 – A CPI por tratar-se de comissão temporária, não é preciso observar-se,
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 58, § 1º, CF/88, “na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa”. Essa regra da
―representação proporcional‖ também vale para as CPI`s.

Q148 - As comissões parlamentares de inquérito dispõem de competência


Constitucional para ordenar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico
das pessoas sob investigação do Poder Legislativo, mas devem fundamentar
adequadamente a decisão de quebra.

RESPOSTA DA QUESTÃO: as CPI`s detêm competência para determinar a quebra


do sigilo bancário, fiscal e telefônico. Como são medidas restritivas de direitos, elas
devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade da decisão.

Q149 - Para apurar suposto desvio de recursos públicos na construção de


uma usina nuclear, foi instaurada Comissão Parlamentar de Inquérito pela
Câmara dos Deputados. A Comissão foi instalada após requerimento de um
terço dos Deputados, com prazo certo de duração. Uma das determinações
da Comissão foi que se transladassem cópias das provas obtidas em
processo judicial previamente instaurado, que corre sob segredo de justiça.
A criação da Comissão observou os requisitos constitucionais, mas a prova
não pode ser obtida, pois o segredo de justiça não pode ser levantado por
Comissão Parlamentar de Inquérito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A CPI não pode determinar a quebra do sigilo judicial. Correta.

Q150 - A quebra do sigilo bancário pela CPI depende, para revestir-se de


validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que
compõem o órgão de investigação legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta – princípio da colegialidade.

Q151 – Compete ao Senado Feral autorizar o Presidente da República a se


ausentar do País, quando essa ausência exceder quinze dias.

Comentárias:
Essa competência é privativa do Congresso Nacional.

Q152 - As alternativas a seguir apresentam atribuições do Congresso


Nacional, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República.


b) Decretar o estado de sítio.
c) Convocar plebiscito.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ao
patrimônio nacional.
e) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. Segundo o art. 49, IX, é competência do Congresso Nacional julgar
anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo.
Letra B: errada. É competência do Presidente da República decretar o estado de
sítio.
Letra C: correta. Segundo o art. 49, XV, é competência do Congresso Nacional
autorizar referendo e convocar plebiscito.
Letra D: correta. Segundo o art. 49, I, é competência do Congresso Nacional resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Letra E: correta. Segundo o art. 49, XIII, é competência do Congresso Nacional
escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.

Q153 - Assinale, dentre as matérias abaixo relacionadas, incluídas na


competência legislativa do Congresso Nacional, aquelas em que não se exige
a sanção do Presidente da
República.

a) organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública


da União e dos Territórios;
b) tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional;
c) matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
d) criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas;
e) concessão de anistia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As letras A, C, D e E preveem competências do Congresso Nacional a serem exercidas
mediante lei, com a sanção do Presidente da República (art. 48, CF).

Já a competência do Congresso para resolver definitivamente sobre tratados,


acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional é exercida mediante decreto legislativo, sem a
sanção do Chefe do Executivo (art. 49, I, CF). A letra B é o gabarito.

Q154 - Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto


secreto, após arguição pública, a escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na
Constituição, Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da
República, Governador de Território, Presidente e diretores do Banco Central,
Procurador Geral da República e titulares de outros cargos que a lei determinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Senado tem competência para aprovar previamente, por voto secreto, a
escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição, Ministros do
Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República, Governador de
Território, Presidente e diretores do Banco Central, Procurador Geral da República e
titulares de outros cargos que a lei determinar (art. 52, III, CF/88). Correta.
Q155 - Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois
terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q156 – Comprete privatimante ao Senado Federal aprovar, por maioria


absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República antes do término de seu mandato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q157 - O Tribunal de Contas possui competência para julgar as contas de


gestão do Chefe do Poder Executivo de qualquer ente federativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os Tribunais de Contas não julgam as contas do Chefe do Poder Executivo. Eles
apenas apreciam as contas do Chefe do Poder Executivo, mediante parecer prévio. O
julgamento dessas contas cabe ao Poder Legislativo. Errada.

Q158 - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, não pode


apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Súmula nº 347/STF dispõe que o Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público. Errada.

Q159 - Petrus é administrador público, chefe do executivo, tendo sido


comunicado pelo Congresso Nacional que deveria sustar a execução de
determinado contrato administrativo, por força da constatação de
irregularidades pelo Tribunal de Contas da
União. Nos termos da Constituição Federal, cabe ao Tribunal de Contas, ao
exercer o controle externo:

a) imputar multa, sendo a decisão título executivo extrajudicial.


b) impor sanções pessoais aos administradores relapsos, equiparadas à prisão
civil.
c) estabelecer a quebra dos sigilos bancários e telefônicos dos administradores.
d) determinar a sustação imediata de contratos, quando aferir irregularidades.
e) aguardar autorização do Ministério Público para realizar auditorias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. As decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo extrajudicial.
Letra B: errada. O TCU pode impor sanções aos responsáveis, em caso de ilegalidade
de despesa ou irregularidade de contas. Todavia, essas sanções não são equiparadas
à prisão civil.
Letra C: errada. O TCU não tem competência para determinar a quebra de sigilo
bancário e sigilo telefônico.
Letra D: errada. A sustação de contratos administrativos não é feita diretamente
pelo TCU, mas sim pelo Congresso Nacional.
Letra E: errada. O TCU não precisa de autorização do Ministério Público para realizar
auditorias.

Q160 - De acordo com a Constituição Federal de 1988, o sistema de controle


externo no âmbito federal tem a finalidade de comprovar a legalidade e
avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse finalidade é a do controle interno.

Q161 - No que diz respeito às emendas à Constituição, existem algumas


limitações materiais e circunstancias em que o texto constitucional não
poderá ser emendado. A respeito do tema, assinale a alternativa
INCORRETA:

a) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de


estado de defesa ou de estado de sítio.
b) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das
Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros.
d) É vedada a proposta de emenda tendente a abolir voto direto, secreto, obrigatório,
universal e periódico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: correta. A CF/88 não pode ser emendada na vigência de intervenção federal,
estado de defesa e estado de sítio. Essas são limitações circunstanciais ao Poder
Constituinte Derivado.
Letra B: correta. Pelo princípio da irrepetibilidade, a proposta de emenda rejeitada ou
havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa.
Letra C: correta. A CF/88 pode ser emenda mediante proposta de mais da metade
das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Letra D: errada. É possível que emenda constitucional seja tendente a abolir o voto
obrigatório. É cláusula pétrea o voto direto, secreto, universal e periódico.
O gabarito é a letra D.

Q162 - É expressamente vedada a edição de medida provisória sobre


matérias relativas a Direito penal, direito processual penal, direito civil e
direito processual civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É vedada a edição de medidas provisórias sobre direito penal, direito processual penal
e direito processual civil (art. 62, § 1º, I, ―b‖). Errada.
Q163 - O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem iniciativa privativa para
presentar projeto de lei complementar sobre o Estatuto da Magistratura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa iniciativa é do STF. Errada.

Q164 - O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à


Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos presidenciais e resoluções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se inclui decretos presidenciais. Errada.

Q165 - As emendas constitucionais podem ser apresentadas por mais da


metade das Assembleias Legislativas, manifestando-se, cada uma delas, a
maioria relativa de seus membros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q166 - É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a


nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q167 - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Senado Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As medidas provisórias devem ser submetidas pelo Presidente à Câmara dos
Deputados, que é a Casa Legislativa que irá apreciá-las em primeiro lugar. Errada.

Q168 – A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao


Congresso Nacional de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento
do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O projeto deve ser apresentado à Câmara, casa do povo.

Q169 - Determinado Deputado Estadual, sensibilizado com a situação dos


servidores públicos do Poder Executivo, que há anos não recebiam qualquer
aumento salarial,
decidiu elaborar um projeto de lei a respeito dessa temática. O projeto,
considerando a precária situação financeira do Estado, repôs as perdas
decorrentes da inflação e concedeu um aumento real de apenas 0,5% (meio
por cento). O projeto, que contou com amplo apoio da população, foi
aprovado pela Assembleia Legislativa e, ao final, sancionado pelo
Governador. A partir dessa narrativa, é correto afirmar que a lei decorrente
desse processo legislativo é:
a) constitucional, pois compete ao Estado legislar sobre os respectivos servidores
públicos;
b) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder
Executivo, não sendo o vício sanado pela sanção
c) constitucional, desde que o reajuste fornecido aos servidores estaduais não supere
aquele concedido aos servidores da União;
d) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder
Legislativo e a sanção não supriu o vício;
e) constitucional, desde que a Constituição Estadual tenha reconhecido a iniciativa
legislativa dos Deputados Estaduais nessa matéria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As leis que disponham sobre ―criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração‖ são de
iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, I, ―a‖).
Portanto, na situação apresentada, a lei é inconstitucional, uma vez que foi
usurpada a iniciativa legislativa do Governador. Cabe destacar que a sanção ao
projeto de lei não irá convalidar a nulidade ocorrida no processo legislativo.
A resposta, portanto, é a letra B.

Q170 - Lei delegada é aquela que adotada pelo Presidente da República, o


qual delega para o Congresso Nacional competência para elaboração de lei
cuja iniciativa originária era do Poder Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional (art. 68, caput, CF).

Q171 - (FGV / Senado Federal – 2008) Consoante os termos do art. 59 da


Constituição brasileira, as seguintes normas estão compreendidas no regular
processo legislativo:
a) resoluções e decretos
b) medidas provisórias e estatutos.
c) c) leis programáticas e leis delegadas
d) decretos legislativos e resoluções.
e) leis complementares e leis suplementares

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 59, CF/88, o processo legislativo compreende a elaboração de: i)
emendas à Constituição; ii) leis complementares; iii) leis ordinárias; iv) leis
delegadas; v) medidas provisórias; vi) decretos legislativos e; vii) resoluções. Não
estão compreendidos no processo legislativo a elaboração de decretos executivos. A
resposta é, portanto, a letra D.

Q172 - A Assembleia Legislativa do Estado ―M‖, verificando que o Estado


jamais regulamentou a aposentadoria especial dos servidores públicos cujas
atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física (art. 40, § 4º, III da Constituição da República), edita
lei complementar, de iniciativa do deputado ―X‖, que determina a aplicação
dos mesmos critérios aplicados aos trabalhadores da iniciativa privada
(previstos na Lei n. 8.213/91). O Governador do Estado sanciona a lei, que é
publicada dias depois. Sobre o caso concreto apresentado, há vício de
iniciativa, devendo a regulamentação do regime dos servidores públicos ser
estabelecida em lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo – no caso, o
Governador do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No âmbito da União, é do Presidente da República a iniciativa de leis que disponham
sobre o regime jurídico dos servidores públicos federais, bem como regras sobre
aposentadoria. Pelo princípio da simetria, a iniciativa de leis que tratem dessa
matéria, em âmbito estadual, será do Governador. Portanto, no caso apresentado,
em que um Deputado apresenta projeto de lei tratando sobre aposentadoria de
servidores públicos estaduais, percebe-se que houve vício de iniciativa. Destaque-
se que, mesmo que haja posterior sanção da lei pelo Governador, esse ato não irá
convalidar o vício de iniciativa. Correta.

Q173 - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma legislatura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não pode na mesma Sessão Legislativa. Errada.

Q174 - Após tramitação regular, o projeto de emenda constitucional será


encaminhado diretamente para promulgação, inexistindo sanção ou veto
presidencial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, inexiste sanção presidencial no processo de reforma à Constituição. Correta.

Q175 - A emenda à Constituição Federal será promulgada pelas mesas da


Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q176 – SENADO FEDERAL - No sistema bicameral brasileiro, tendo iniciado


projeto de lei ordinária no Senado Federal, remetido à Câmara dos
Deputados e sofrido emendas, retornando à Casa iniciadora poderá o
projeto:

a) sofrer rejeição total das emendas e ser remetido para sanção presidencial.
b) passar por novas emendas e ser devolvido à Câmara dos Deputados.
c) ser emendado, aprovado e remetido à sanção presidencial.
d) não sofrer emendas porque a Câmara dos Deputados é soberana em tema de lei
ordinária.
e) tramitar por procedimento sumário, sem ir a plenário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o projeto de lei começou a tramitar no Senado Federal, será este órgão
considerado a Casa Iniciadora. A Câmara dos Deputados será, então, a Casa
Revisora. Após o projeto ter sido aprovado com emendas na Casa Revisora, ele
retorna à Casa Iniciadora para que as emendas sejam apreciadas.
A Casa Iniciadora pode, então, aprovar as emendas ou rejeitá-las, enviando o projeto
de lei para sanção presidencial. Perceba que a Casa Iniciadora possui predominância
no processo legislativo, uma vez que terá a prerrogativa de rejeitar totalmente as
emendas feitas na Casa Revisora. A resposta é a letra A.
Q177 - O Presidente da República encaminhou ao Senado Federal projeto de
Lei Ordinária para provimento de cargos de servidores da União. Após os
debates, o projeto foi provado pelo plenário do Senado Federal e, em
seguida, encaminhado para a Câmara dos Deputados que, em apenas um
turno de discussão e votação, o aprovou e o enviou ao Presidente da
República, que o sancionou. A discussão e a votação do projeto deveriam ter
se iniciado na Câmara dos Deputados, havendo, por isso, vício formal no
processo legislativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os projetos de lei apresentados pelo Presidente da República deverão iniciar sua
tramitação pela Câmara dos Deputados, que atuará, então, como Casa Iniciadora. Por
ter começado a tramitar pelo Senado Federal, conclui-se que houve vício no processo
legislativo.

Q178 - A disciplina sobre a discussão e instrução do projeto de lei é confiada,


fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legislativas. O projeto de lei
aprovado por uma casa será revisto pela outra em um só turno de discussão
e votação. Não há tempo prefixado para deliberação das Câmaras, salvo
quando o projeto for de iniciativa do Presidente e este formular pedido de
apreciação sob regime de urgência (Constituição, art. 64, § 1º).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No processo legislativo ordinário, não há tempo prefixado para deliberação pelas
Casas Legislativas. Somente irá existir prazo para deliberação quando o Presidente da
República houver formulado pedido de apreciação sob regime de urgência. É o
processo legislativo sumário. Questão correta.

Q179 - Pode o Presidente da República editar medida provisória contrária à


súmula vinculante editada pelo STF?
a) Não, pois o STF é o guardião da Constituição.
b) Não, pois a súmula vincula todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
c) Sim, pois a súmula vincula a Administração Pública, mas não o chefe do Poder
Executivo.
d) Sim, pois o Presidente da República estaria, nesse caso, exercendo função
legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão muito interessante! As Súmulas Vinculantes, elaboradas pelo STF, vinculam
toda a Administração Pública. No entanto, elas não impedem o exercício da função
legislativa. O Presidente da República, quando edita medidas provisórias, está
exercitando função atípica legislativa e, portanto, pode contrariar Súmula Vinculante.
A resposta é a letra D.

Q180 - Suponha que, em setembro de 2010, o Presidente da República tenha


editado medida provisória majorando a alíquota de determinado imposto.
Nesse caso, é correto afirmar que a medida provisória é constitucional, mas
só produzirá efeito em 2011 se tiver sido convertida em lei em 2010.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 62, § 2º, CF/88, medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Dessa forma, para que a medida provisória produza efeitos em 2011, ela deverá ser
convertida em lei até o final de 2010. Correta.

Q181 - Assinale a alternativa que contemple matéria para cuja disciplina é


vedada a edição de medida provisória.

a) Instituição ou majoração de impostos.


b) Abertura de crédito extraordinário, ainda que para atendimento a despesas
imprevisíveis e urgentes.
c) Normas gerais de licitações e contratos administrativos
d) Partidos políticos e direito eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É vedada a edição de medida provisória sobre partidos políticos e direito eleitoral (art.
62, §1º, I, ―a‖). A resposta é a letra D.

Q182 - A edição de medida provisória para instituição de tributos só será


admitida para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É amplamente admitida a edição de medida provisória em matéria tributária.

Q183 - É vedada a edição de medidas provisórias sobre as matérias


relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos e direito eleitoral.


b) direito penal, processual penal e processual civil.
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia dos
seus membros.
d) que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro
ativo financeiro.
e) que institua ou majore tributos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Admite-se a edição de medida provisória que institua ou majore tributos. A resposta é
a letra E.

Q184 - É de competência privativa do Presidente da República a edição de lei


que concede aumento de remuneração a servidores públicos que integram os
quadros funcionais das autarquias federais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q185 - Por ―mutação constitucional‖, entende-se:


a) A inserção de emendas constitucionais no texto da Constituição.
b) A superveniência de uma nova Carta Política.
c) A nova interpretação dada à Constituição, atribuindo novos sentidos ao seu texto.
d) O exercício do Poder Derivado Decorrente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ―mutação constitucional‖ é um processo informal de mudança da Constituição. Na
mutação constitucional, não há alteração do texto da Carta Magna, mas apenas da
interpretação que se faz dele. O gabarito é a letra C.

Q186 - A respeito da atividade do denominado poder constituinte derivado,


considere C para a(s) afirmativa(s) certa(s) e E para a(s) errada(s).

( ) A alteração de redação, pelo Senado Federal, da proposta de emenda


constitucional inicialmente aprovada pela Câmara dos Deputados, sempre exige o seu
retorno à Casa Iniciadora.
( ) Os limites materiais à reforma constitucional não protegem a literalidade da
disposição constitucional, mas, sim, o núcleo essencial dos princípios e institutos a
que se referem.
( ) A iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo para a deflagração do processo
legislativo afeto a certas matérias deve ser igualmente observada em relação às
propostas de emenda constitucional.

A sequência correta é:
a) F – V – F;
b) V – F – V;
c) V – V – V;
d) F – F – F;
e) V – F – F.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira assertiva está errada. A alteração de redação, pelo Senado Federal, de
proposta de emenda constitucional aprovada na Câmara dos Deputados não
implicará, necessariamente, no seu retorno à Casa de origem.
Somente é obrigatório o retorno da proposta de emenda à Constituição à Casa
Legislativa de origem quando ocorrer modificação substancial de seu texto. Se
a modificação do texto não resultar em alteração substancial do seu sentido, a
proposta de emenda constitucional não precisa voltar à Casa iniciadora.

A segunda assertiva está correta. As limitações materiais à reforma constitucional são


as chamadas cláusulas pétreas: i) forma federativa de Estado; ii) voto direto,
secreto, universal e periódico; iii) separação de poderes e; iv) direitos e garantias
individuais.
Não há uma proteção à literalidade das disposições constitucionais, mas sim a um
núcleo essencial dos princípios e institutos a que se referem as cláusulas pétreas.
Segundo o STF, ―as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art.
60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da
respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo
essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege‖.

A terceira assertiva está errada. Ao contrário do que ocorre no processo legislativo


das leis, não há iniciativa reservada a emenda constitucional. Qualquer dos
legitimados pode apresentar proposta de emenda constitucional sobre todas as
matérias não vedadas pela Carta Magna.

Q187 - A mutação constitucional consiste em uma alteração do significado de


determinada norma da Constituição sem observância do mecanismo
constitucionalmente previsto para as emendas e sem que tenha havido
qualquer modificação de seu texto.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q188 - O Poder Constituinte dos Estados, em uma Federação, é chamado


Poder Constituinte Decorrente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Poder Constituinte Derivado Decorrente é o poder atribuído aos Estados para que
elaborem suas Constituições Estaduais.

Q189 - O Poder Constituinte Reformador encontra limites na ordem


constitucional vigente. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

a) Como limites temporais, a Constituição não pode ser emendada na vigência de


intervenção federal, estado de sítio ou durante o recesso parlamentar.
b) Todas as limitações ao Poder Constituinte Reformador encontram-se expressas no
texto constitucional.
c) A Constituição de 1988 não admitiu, em hipótese alguma, alteração constitucional
tendente a substituir o sistema presidencialista pelo parlamentarista.
d) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não pode ser objeto de nova proposta durante o mesmo mandato parlamentar.
e) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir o voto
direto, secreto, universal e periódico e os direitos e garantias individuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. A CF/88 não pode ser emendada na vigência de intervenção
federal, estado de defesa ou estado de sítio. Essas são limitações circunstanciais ao
poder de reforma (e não limitações temporais!). Cabe destacar que a CF/88 poderá
ser emenda durante o recesso parlamentar.
Letra B: errada. Também existem limitações implícitas ao poder de reforma.
Letra C: errada. O presidencialismo não é uma cláusula pétrea.
Letra D: errada. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Letra E: correta. São cláusulas pétreas: i) forma federativa de Estado; ii) voto
direto, secreto, universal e periódico; iii) separação de poderes e; iv) os direitos
e garantias individuais.
O gabarito é a letra E.

Q189 - O poder constituinte originário estabeleceu a possibilidade de


reforma da constituição estabelecendo, no entanto, limites inafastáveis. As
alternativas a seguir apresentam matérias que podem ser veiculadas por
emendas à Constituição, à exceção de uma. Assinale-a.

a) A extinção dos Tribunais de Alçada vinculados aos estados da federação.


b) O estabelecimento de mandato vitalício para o Presidente da República.
c) A aprovação da escolha dos Ministros do Supremo Tribunal Federal pelo Senado
Federal.
d) A indicação dos Ministros de Estado dentre integrantes do Congresso Nacional.
e) A reserva de cargos para integrantes de minorias étnicas ou sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para resolver essa questão, era necessário identificar, dentre as opções apresentadas,
qual delas viola cláusula pétrea. Segundo o art. 60, § 4º, CF/88, são cláusulas
pétreas: i) forma federativa de Estado; ii) voto direto, secreto, universal e periódico;
iii) separação de poderes e; iv) os direitos e garantias individuais.

Dentre todas as opções, a única que viola cláusula pétrea é ―o estabelecimento de


mandato vitalício para o Presidente da República‖. Isso porque o voto periódico é
uma cláusula pétrea; assim, não cabe falar em mandato vitalício para Presidente da
República. A resposta, portanto, é a letra B.

Q190 - As cláusulas pétreas implícitas são: as normas concernentes ao


titular do poder constituinte, as normas referentes ao titular do poder
reformador e as normas que disciplinam o próprio procedimento de emenda.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A doutrina considera que há cláusulas pétreas implícitas. São elas: i) titularidade
do Poder Constituinte Originário; ii) titularidade do Poder Constituinte Derivado e; iii)
procedimentos de reforma constitucional. A questão está correta.

Q191 - O Supremo Tribunal Federal tem posicionamento no sentido de ser


possível nova assembleia constituinte revisora, desde que editada emenda
constitucional convocando a revisão da constituição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O entendimento do STF é o de que os procedimentos de reforma constitucional são
uma cláusula pétrea implícita. Portanto, não é possível que emenda constitucional os
altere, estabelecendo, por exemplo, a convocação de uma assembleia constituinte
revisora. Questão incorreta.

Q192 - Uma proposta de emenda constitucional, cuja iniciativa foi subscrita


por 28 senadores, foi aprovada em dois turnos, nas duas casas legislativas,
com quórum nunca inferior a 3/5, mas também nunca superior a 2/3 dos
respectivos membros. A proposta, imediatamente após a aprovação, foi
promulgada pela mesa do Senado e, em seguida, publicada.

No texto acima, pode-se identificar o desrespeito aos seguintes limites ao


poder constituinte derivado reformador:
a) procedimental e circunstancial.
b) material e circunstancial.
c) formal e de iniciativa.
d) procedimental.
e) implícito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A: errada. A Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Esses são os limites
circunstanciais ao poder de reforma, os quais não foram violados na situação
apresentada.
Letra B: errada. Não houve violação aos limites materiais e circunstanciais ao poder
de reforma. A violação aos limites materiais ocorreria se a proposta de emenda
constitucional desrespeitasse cláusula pétrea.
Letra C: errada. Não houve vício de iniciativa na apresentação de proposta de
emenda constitucional. Segundo o art. 60, I, a Constituição poderá ser emendada
mediante proposta de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal. Na situação apresentada, esse quórum foi
respeitado. De um total de 81 Senadores, 28 subscreveram a proposta de emenda
constitucional.
Letra D: correta. A proposta de emenda constitucional deve ser promulgada pelas
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na situação
apresentada, a proposta de emenda constitucional foi promulgada apenas pela Mesa
do Senado Federal. Houve, portanto, violação a um limite formal (procedimental) ao
poder de reforma.
Letra E: errada. Não houve qualquer violação aos limites materiais implícitos ao
poder de reforma. Cabe destacar que a doutrina que são os seguintes os limites
implícitos:
- titularidade do Poder Constituinte Originário;
- titularidade do Poder Constituinte Derivado;
- procedimentos de reforma constitucional.
O gabarito, portanto, é a letra D.

Q193 - ―A adequação, mediante interpretação do Poder Judiciário, da própria


Constituição da República, se e quando imperioso compatibilizá-la, mediante
exegese atualizadora, com as novas exigências, necessidades e
transformações resultantes dos processos sociais, econômicos e políticos
que caracterizam, em seus múltiplos e complexos aspectos, a sociedade
contemporânea‖ configura a ocorrência de:

a) reforma constitucional judicial.


b) arguição de descumprimento de preceito fundamental.
c) usurpação judicial de competência do poder constituinte.
d) processo informal de mutação constitucional.
e) declaração de inconstitucionalidade com redução de texto.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fenômeno descrito pelo enunciado é a mutação constitucional, que consiste em um
processo informal de alteração da Constituição. Por meio desse fenômeno, a
norma constitucional é alterada, mas sem qualquer modificação no texto. O que
muda é a interpretação que se faz do texto da Constituição. O gabarito é a letra D.

Q194 - O poder constituinte derivado decorrente pode ser definido como


aquele que:
a) decorre do poder constituinte originário para modificar a Constituição Federal por
meio de procedimento específico, sem que haja uma verdadeira revolução.
b) emana diretamente da soberania popular decorrente de Emendas Constitucionais
da iniciativa popular.
c) decorre do poder constituinte originário para modificar a Constituição Federal de
forma condicionada e limitada às regras instituídas por aquele.
d) decorre da capacidade de auto-organização estabelecida aos Estados membros
pelo poder constituinte originário.
e) decorre de Emendas Constitucionais que modificam a forma de estado e sistema
de governo após consulta popular por meio de plebiscito.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O Poder Constituinte Derivado Decorrente é o poder
outorgado aos Estados membros para que estes elaborem suas Constituições
Estaduais. Esse poder decorre da capacidade de auto-organização dos Estados-
membros.
Portanto, a resposta é a letra D.
Q195 - Aos juízes federais compete processar e julgar os crimes cometidos a
bordo de navios ou aeronaves civis ou militares, estejam eles em solo, no ar
ou no mar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os juízes federais tem competência para processar e julgar os crimes cometidos a
bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar.
Questão errada.

Q196 - Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos


Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de
membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos
órgãos de representação das respectivas classes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a regra do “quinto constitucional”, que reserva 1/5 das vagas dos TJ`s,
TRF`s, TRT`s e TST a membros do Ministério Público e da advocacia.

Q196 - De acordo com a Constituição Federal, aos juizes é vedado:


a) Receber, a qualquer título ou pretexto, participação em processo, salvo custas
processuais.
b) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
dois anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) Dedicar-se à atividade político-partidária.
d) Exercer, qualquer outro cargo ou função, ainda que em disponibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra A está incorreta. O inciso II do parágrafo único do art. 95 da CF/88 veda aos
juízes receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
A letra B está incorreta. A vedação se dá até que decorram três anos do afastamento
do cargo, não dois (art. 95, parágrafo único, V, CF).
A letra C está correta. De fato, aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-
partidária (art. 95, parágrafo único, III, CF).
A letra D está incorreta. A Carta Magna faz uma ressalva: permite o exercício de uma
função de magistério (art. 95, parágrafo único, I, CF).
O gabarito é a letra C.

Q197 - Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro grau,


só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e,
nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta

Q198 – A inamovibilidade dos juízes impede que sejam removidos


Compulsoriamente do seu órgão jurisdicional, salvo por motivo de interesse
público, por decisão da maioria absoluta do tribunal ou do CNJ.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta

Q199 - A aposentadoria dos magistrados seguirá regime jurídico diverso


daquele aplicável aos servidores públicos em geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A aposentadoria dos magistrados seguirá o regime jurídico aplicável aos servidores
públicos em geral. É o que dispõe o art. 93, VI, CF/88. Errada.

Q200 - Cabe ao chefe do Poder Executivo incluir a proposta encaminhada


pelo Poder Judiciário no projeto de lei orçamentária anual, sendo-lhe vedado
promover nela qualquer
alteração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se a propostas orçamentária do Poder Judiciário for encaminhada em desacordo com
os limites estipulados na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual. Questão errada.

Q201 - É da competência do Conselho Nacional de Justiça, o controle dos


deveres funcionais dos juízes e o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CNJ é responsável pelo controle interno do Poder Judiciário. O art. 103-B, § 4o, da
CF/88, prevê que compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
Questão correta.

Q202 - No exercício do poder disciplinar, a atuação do Conselho Nacional de


Justiça tem natureza subsidiária às corregedorias locais, sendo que somente
poderá instaurar ou avocar processos nos casos em que houver
demonstração de inércia injustificada, impedimento ou suspeição das
autoridades responsáveis pela condução do procedimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há necessidade de que haja demonstração de inércia justificada, impedimento ou
suspeição das autoridades responsáveis. O CNJ poderá, independentemente disso,
avocar processos disciplinares em curso. Questão errada.

Q203 - No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a


repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A admissão de recurso extraordinário depende do


reconhecimento da repercussão geral. O recurso extraordinário somente poderá ser
reconhecido pela manifestação de 2/3 dos membros do STF. Questão Correta.
Q204 - Após os trâmites processuais regulares, o Tribunal de Justiça de
determinado Estado entendeu que a ordem jurídica não o autorizava a julgar
um processo submetido à sua apreciação, o que deveria ser feito pelo
Tribunal Regional Federal com jurisdição no mesmo território. Este último
Tribunal, por sua vez, ao receber os autos, teve entendimento
diametralmente oposto, entendendo que a causa deveria ser apreciada pelo
Tribunal de Justiça. Considerando a sistemática constitucional, é correto
afirmar que se trata de um conflito de competência, a ser dirimido pelo
Supremo Tribunal Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na situação apresentada, está ocorrendo um conflito de competência entre um
Tribunal de Justiça e um Tribunal Regional Federal. Esse conflito deverá ser
dirimido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Isso porque o art. 105, I, ―d‖,
estabelece que compete ao STJ processar e julgar, originariamente, os conflitos de
competência entre quaisquer tribunais, ressalvados os conflitos de competência
envolvendo Tribunais Superiores. O gabarito é a letra C.

Q205 - Nos termos da Constituição Federal, é competência do Superior


Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, os mandados de
segurança contra ato do Comandante da Marinha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutico é processado e julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Correta.

Q206 – Compete ao STJ Julgar, mediante recurso, as causas decididas em


única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local
contestada em face de lei federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Competência do STF, cuidado! Errada.

Q207 - O Tribunal de Justiça do Estado ―X‖ decide, mediante acórdão, que a


Lei Federal n. 10 deve ser interpretada de determinada forma. Em época
próxima, o Tribunal de Justiça do Estado ―W‖ decide, interpretando a mesma
lei, em sentido oposto. Célia, advogada, pesquisando sobre o tema para
defender os interesses de um cliente, apresenta ação em que defende que a
melhor tese é aquela defendida pelo Tribunal de Justiça do Estado ―X‖. Seu
pedido é julgado improcedente, decisão que é mantida por acórdão proferido
pelo Tribunal de Justiça do Estado ―W‖. Diante desse quadro, deverá o
cliente de Célia apresentar:

a) Recurso Extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal.


b) Recurso Ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça.
c) Recurso Especial endereçado ao Superior Tribunal de Justiça.
d) Recurso Ordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na situação apresentada pela questão, o Tribunal de Justiça do Estado W deu
interpretação uma lei federal diversa de interpretação dada pelo Tribunal de Justiça
do Estado X. Logo, caberá recurso especial para o STJ, com fundamento no art.
105, III, ―d‖.
Segundo esse dispositivo, cabe ao STJ, julgar, em recurso especial, as causas
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida
der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal. Portanto, a resposta é a letra C.

Q208 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar as causas entre


entidades da administração indireta de Estados diversos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As causas entre entidades da administração indireta de Estados diversos são
julgadas pelo STF. Destaque-se que o STF atua na resolução dos conflitos
federativos em geral. Errada.

Q209 – Ao Superior Tribunal de Justiça compete julgar os conflitos de


atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q210 - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à


proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser lei
complementar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Basta lei ordinária. Questão errada.

Q211 - A Emenda Constitucional no 82, de 16 de julho de 2014, introduziu no


Título V da Constituição (Da Defesa do Estado e das Instituições
Democráticas) disciplina específica sobre a segurança viária. Nos termos de
suas disposições, a segurança viária é exercida para a melhoria do
transporte público em perímetro urbano e a preservação da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 144, §10, I, a segurança viária ―compreende a educação, engenharia
e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem
ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente‖.

Q212 – A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não


impede o uso do mandado de segurança contra omissão de autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 429/STF. Correta.

Q213 - Em conformidade com disposição constitucional, é certo que no Brasil


são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei,
a) o registro de títulos e documentos e a certidão imobiliária.
b) a certidão de casamento e o registro civil de nascimento.
c) o registro da matrícula de imóvel e a certidão de óbito.
d) as certidões negativas forenses e a certidão de casamento.
e) a certidão de óbito e o registro civil de nascimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: E (CF, Art. 5º, LXXVI)

Q214 - A Constituição prevê que lei Complementar nacional poderá criar


outras hipóteses de inelegibilidade relativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que dispõe o §9º do art. 14 da CF/88:

Q215 - Em relação aos militares dos Estados, é possível afirmar que as


praças podem perder a graduação por força de decisão administrativa, ainda
que o fato também seja considerado crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Oficial: só perde patente (posto) por decisão judicial no Tribunal Militar, por força do
art. 142, VI e VII da CF).

Art. 142, § 3º, CF:


VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou
com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade
superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior;

Praça: pode perder patente (graduação) por mero processo administrativo. (súmula
673, stf). Súmula 673 STF - ―O art. 125, § 4º, da Constituição, não impede a perda
da graduação de militar mediante procedimento administrativo.‖

Art.125 §4, CF/88: Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares
dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.

Súmula 673 STF - ―O art. 125, § 4º, da Constituição, não impede a perda da
graduação de militar mediante procedimento administrativo.‖
Questão correta.

Q216 - A dogmática constitucional contemporânea não admite a distinção


hierárquica entre normas constitucionais, mesmo em relação aos princípios
fundamentais.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Não há hierarquia entre normas constitucionais, sejam


elas originárias ou derivadas. Todas elas estão no mesmo patamar hierárquico.
Questão correta.

DADM - DIREITO ADMINISTRATIVO

Q1 – O ato administrativo sujeita-se a exame de legitimidade por órgão


jurisdicional, por não apresentar caráter de definitividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os atos administrativos se sujeitam ao controle pelo Poder Judiciário, afinal, entre nós
vigora o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional. Correta.

Q2 - É exemplo de mecanismo de freios e contrapesos o poder de veto


conferido ao Chefe do Poder Executivo em relação a projetos de lei
aprovados pelo Congresso Nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q3 - Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a


atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela
União, da atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO: As ações da Administração Pública podem ter como
destinatários os administrados – isto é, a sociedade ou os sujeitos que não pertencem
à Administração formal – ou os próprios órgãos e entes administrativos. Quando a
Administração se relaciona com os administrados, teremos a chamada administração
extroversa, pois nela existem ações externas, isto é, que incidem para fora do núcleo
estatal. Trata-se das atividades finalísticas atribuídas pela Constituição a cada ente da
federação (União, Estados, DF e Municípios).
Por exemplo, há administração extroversa quando um órgão de fiscalização estatal
interdita um estabelecimento comercial. No caso, a relação é extroversa porque se dá
entre a Administração (órgão de fiscalização) e uma pessoa externa ao Poder Público,
o estabelecimento comercial privado. Outro exemplo de administração extroversa
seria na prestação de serviços públicos, como quando um cidadão é atendido no
posto de saúde público. No caso, a relação é entre a Administração (posto de saúde)
e uma
pessoa externa ao órgão estatal, o cidadão.

Essas relações extroversas se fundamentam nos princípios da supremacia e da


indisponibilidade do interesse público (os quais serão estudados mais adiante). Pode-
se associar esse conceito ao de administração pública em sentido material, objetivo
ou funcional, que considera a natureza das atividades levadas a efeito pela
Administração para atender as necessidades da coletividade (polícia administrativa,
serviço público, fomento e intervenção).

Por outro lado, quando a Administração se relaciona entre si, ou seja, entre os entes
políticos (União, Estados, DF e Municípios), entre esses e os órgãos da Administração
Direta ou entre os órgãos em si, teremos a chamada administração introversa, pois,
nesse caso, as ações ocorrem dentro o núcleo estatal. A administração introversa é
considerada instrumental em relação à extroversa, vale dizer, as relações internas
servem de instrumento para a efetivação das relações externas, estas, de cunho
finalístico. De fato, toda a organização administrativa interna do Estado serve para
que ele possa implementar as políticas públicas em prol da sociedade.

Há administração introversa quando, por exemplo, a União realiza transferências de


recursos federais para um Município. No caso, as duas partes da relação (União e
Município) são entes estatais, ou seja, a atividade é desenvolvida dentro do núcleo
estatal. Também é administração introversa quando um Ministério descentraliza
créditos orçamentários para outro Ministério ou quando um Ministério realiza a
supervisão finalística (tutela) de uma entidade da administração indireta a ele
vinculada, pois tais relações são travadas dentro do núcleo estatal e são
instrumentais em relação à administração extroversa, ou seja, as atividades
introversas têm como objetivo possibilitar uma posterior atividade finalística
extroversa (ex: o Ministério que recebeu os créditos vai prestar um serviço público ao
cidadão). Ressalte-se que "núcleo estatal", aqui, é entendido como todas as entidades
públicas, de qualquer ente da federação, incluindo as entidades da administração
indireta. A situação apresentada no enunciado da questão se refere a uma relação
externa finalística (regulação da atividade de aviação civil pela União). Portanto,
correto afirmar que se trata de administração pública extroversa.
Gabarito: Certo

Q4 - A administração pratica atos de governo, pois constitui todo


aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando
à satisfação das necessidades coletivas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Administração não pratica atos de governo; pratica tão-somente, atos de execução,
os chamados atos administrativos, que têm como fim a realização de serviços para
satisfazer, de forma concreta e imediata, as necessidades coletivas.
Gabarito: Errado

Q5 – Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não pode ser considerado
como de manifestação da atividade finalística da Administração Pública, em
seu sentido material.

a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo urbano.


b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar.
c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de
posturas municipais.
d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público.
e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em
determinado Estado-federado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando se refere a ―manifestação da atividade finalística da Administração Pública,
em seu sentido material‖, vê-se que a banca faz alusão ao conceito de Administração
Pública em seu sentido objetivo, material ou funcional. Ou seja, aquele que considera
a natureza das atividades
exercidas (o que), as quais podem ser atividades de: polícia administrativa, serviço
público, fomento e intervenção. Vamos ver então qual ato, dentre os mencionados
nas alternativas, não se enquadra em nenhuma dessas categorias de atividade:
(a) A concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo urbano é
atividade de serviço público, pois é ato que tem por fim satisfazer necessidades
coletivas, no caso, executado por particulares delegatários.

(b) A desapropriação para a construção de uma unidade escolar é atividade de polícia


administrativa, pois constitui ato administrativo que implica restrição a direitos
individuais (no caso, o direito de propriedade) em prol do interesse da coletividade.

(c) A interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de


posturas municipais também é atividade de polícia administrativa, pois constitui
sanção pelo descumprimento a normas de postura, as quais condicionam, isto é,
impõem regras para o exercício de direitos individuais (no caso, o direito ao livre
exercício de atividade econômica).

(d) A nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público não


se enquadra em nenhuma das atividades finalísticas próprias de administração púbica
em sentido material, eis que refere a uma atividade introversa, ou seja, que ocorre
no interior da Administração, de caráter instrumental e não finalístico, servindo como
um meio para se atingir o fim de satisfazer o interesse coletivo. Portanto, a
alternativa ―d‖ é o gabarito.

(e) A concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em


determinado Estado-federado é atividade de fomento, pois constitui atividade
administrativa de incentivo à iniciativa privada de utilidade ou interesse público.
Gabarito: alternativa ―d‖

Q6 – Na administração pública, a ação referente ao desempenho perene e


sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em
benefício da coletividade, é denominada

a) funcional.
b) institucional.
c) operacional.
d) conceitual.
e) interpessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo a doutrina de Helly Lopes Meireles, Administração Pública:

Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos


do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços
públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático,
legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da
coletividade.

Portanto, correta a opção ―c‖.

Q7 – A expressão administração pública, quando tomada em sentido amplo,


engloba as funções administrativas e as funções de governo.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q8 - O direito administrativo tem como objeto atividades de administração


pública em sentido formal e material, englobando, inclusive, atividades
exercidas por particulares, não integrantes da administração pública, no
exercício de delegação de serviços públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares
sob regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante
contratos de concessão ou de permissão.
Gabarito: Certo

Q9 - O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito


administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito
positivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O costume e a praxe administrativa, assim como a jurisprudência, são fontes
inorganizadas, vale dizer, não escritas, do Direito Administrativo. Diferem da lei e da
doutrina, que são fontes escritas. Registre-se que as fontes não escritas (costume,
praxe e jurisprudência) são também chamadas de fontes substanciais ou materiais,
uma vez que são fontes do direito por sua própria natureza, ou seja, não precisam de
nenhuma formalidade para que cumpram esse papel. Ao contrário, as fontes escritas
(lei e doutrina) são também chamadas de fontes formais, eis que precisam ser
formalizadas, publicadas para se tornarem fontes do direito.
Gabarito: Certo

Q10 – Os costumes sociais também podem ser considerados fonte do direito


administrativo, sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a
produção legislativa ou a jurisprudência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os costumes sociais de fato podem ser considerados fonte de direito administrativo.
Todavia, são classificados como fonte indireta ou secundária, da mesma forma que a
doutrina e a jurisprudência, eis que apenas interpretam ou ajudam na elaboração de
novas normas. Como fonte direta, isto é, que inova no ordenamento jurídico, criando
direito novo, considera-se apenas a lei. Alguns doutrinadores também entendem que
as decisões judiciais vinculantes e aquelas com eficácia erga omnes também seriam
fontes diretas. Gabarito: Errado

Q11 - O costume não se confunde com a chamada praxe administrativa.


Aquele exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e
subjetivo (convicção generalizada de sua obrigatoriedade), ao passo que
nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No entanto, ambos não são
reconhecidos como fontes formais do direito administrativo, conforme a
doutrina majoritária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não são fontes formais. O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas
do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito
positivo. Questão correta.

Q12 – A jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo,


sendo que a primeira ressente-se da falta de caráter vinculante, e a segunda
tem sua influência relacionada com a deficiência da legislação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A jurisprudência, ou seja, o conjunto de decisões num, mesmo sentido, proferidas
quando da aplicação de certos preceitos jurídicos na solução de casos iguais, é
importante fonte
não escrita de direito administrativo. Todavia, ao contrário do que ocorre nos Estados
Unidos ou na Inglaterra, não possui, entre nós, caráter vinculante, a exceção de
determinados institutos jurídicos específicos, tais como as decisões do STF nas ações
de controle concentrado de constitucionalidade e as súmulas vinculantes.

Em relação aos costumes, recorre-se à lição de Hely Lopes Meirelles (2008, p. 48):
―no direito administrativo brasileiro, o costume exerce ainda influência em razão da
deficiência da legislação. A prática administrativa vem suprindo o texto escrito e,
sedimentada na consciência dos administradores e administrados, a praxe burocrática
passa a suprir a lei, ou atua como elemento informativo da doutrina‖.
Gabarito: Certo

Q13 – Por decorrência do regime jurídico-administrativo não se tolera que o


Poder Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa
autorização legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ao contrário dos particulares, que podem fazer qualquer coisa desde que não haja lei
que os proíba, o Poder Público, em homenagem aos princípios da legalidade e da
indisponibilidade do interesse público, só pode fazer aquilo que a lei permite. Esse é
um dos pilares do regime jurídico-administrativo.

Portanto, ainda que o acordo judicial seja benéfico, não se tolera que o Poder Público
o celebre sem que exista expressa autorização legislativa. Questão correta.

Q14 A aprovação, pelo Poder Legislativo, de lei que conceda pensão vitalícia
à viúva de ex-combatente, embora constitua formalmente ato legislativo,
caracteriza materialmente o exercício de função administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De forma simples, a diferença entre lei e ato administrativo é que este provoca
efeitos concretos e, aquela, efeitos gerais e abstratos. Dessa distinção podemos
extrair o conceito de lei em sentido formal e lei em sentido material.
Questão correta.

Q15 – As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga omnes


são consideradas fontes secundárias de direito administrativo, e não fontes
principais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora a jurisprudência, em regra, seja considerada fonte secundária de Direito
Administrativo alguns autores entendem que as decisões judiciais com efeitos
vinculantes ou com eficácia contra todos (erga omnes) não podem ser consideradas
meras fontes secundárias, e sim fontes principais, eis que alteram diretamente o
ordenamento jurídico positivo, estabelecendo condutas de observância obrigatória
para a Administração Pública e para o próprio Poder Judiciário. Nesta questão, a
banca demonstra partilhar desse entendimento. Questão errada.

Q16 – O dispositivo da Constituição Federal pelo qual ―a lei não excluirá da


apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito‖ impede a adoção plena, no
Brasil, do seguinte instituto de Direito Administrativo:

a) controle administrativo
b) contencioso administrativo
c) jurisdição graciosa
d) recursos administrativos com efeito suspensivo
e) preclusão administrativa

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perceba que a questão, de forma muito apropriada, destaca que a CF impede a
―adoção plena‖ do contencioso administrativo no Brasil. Com efeito, nosso sistema
não afasta, de modo absoluto, a capacidade da Administração de resolver litígios de
natureza administrativa ou de controlar a legalidade e legitimidade de seus próprios
atos. A Administração pode sim resolver determinadas lides, por exemplo, quando
decide recursos administrativos.

Mas o detalhe é que, no Brasil, ao contrário do que ocorre num país de contencioso
administrativo ―pleno‖(Ex: FRANÇA – Sistema Francês), as decisões administrativas
podem ser revistas pelo Poder Judiciário. Gabarito: alternativa ―b‖

Q17 – sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle


judicial de legalidade, dos atos da Administração Pública, é o de jurisdição
única.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, vide questão Q16.

Q18 – A doutrina majoritária aponta como legítimas as autorizações


legislativas que indiquem as bases a serem obedecidas por futura
regulamentação em decretos do Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora os normativos infralegais, a exemplo dos decretos do chefe do Executivo, não
possam, eles próprios, criar direitos e obrigações para a Administração e para os
administrados, é sabido que podem regulamentar as leis, explicando-as e detalhando-
as. Assim é que, no nosso ordenamento jurídico, as leis lançam as bases, as diretrizes
sobre determinado tema, criando direitos e obrigações, e os decretos vêm
posteriormente para regulamentá-las, definindo procedimentos para a sua fiel
execução. Questão correta.

Q19 – Entre os expressos princípios constitucionais aplicáveis à


administração pública, a isonomia representa uma sólida garantia de um
Estado Democrático de Direito, a fim de não possibilitar a utilização de
critérios diferenciados para situações semelhantes entre os administrados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A isonomia não é princípio expresso. Questão errada.

Q20 – O princípio constitucional da impessoalidade tem íntima relação com o


da igualdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
o princípio da impessoalidade previsto no caput do art. 37 da CF admite seu exame
sob os seguintes aspectos: (i) dever de isonomia por parte da Administração Pública;
(ii) dever de conformidade aos interesses públicos; e (iii) vedação à promoção
pessoal dos agentes públicos. O primeiro aspecto é o que tem relação com o princípio
da igualdade, conforme afirma o quesito. Questão correta.

Q21 – Faz jus à indenização decorrente da responsabilidade civil do Estado


pelo mau funcionamento de serviço o cidadão que demonstrar a ausência do
serviço, o dano sofrido e o nexo de causalidade fático.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na hipótese de mau funcionamento do serviço público, aplica-se a teoria da culpa
administrativa. A teoria da culpa administrativa é de natureza subjetiva, logo,
compete ao prejudicado a demonstração da existência de dolo ou de culpa atribuível
ao serviço do Estado, e não apenas demonstrar objetivamente o dano sofrido e o
nexo de causalidade. Questão errada.

Q22 - Segundo o STF, é imprescindível a existência de norma legal específica


com vistas a coibir a prática do nepotismo, haja vista que a vedação a essa
prática decorre diretamente das normas constitucionais aplicáveis à
administração pública, em especial do princípio da moralidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a Suprema Corte entendeu que a prática do nepotismo no Judiciário poderia ser
combatida por meio da referida Resolução do CNJ, norma de natureza infralegal, ou
seja, a situação não reclamava a edição de lei formal, eis que as restrições ao
nepotismo impostas pela norma seriam decorrência lógica dos princípios
constitucionais da impessoalidade, eficiência, igualdade e moralidade. Errada.

Q23 - Com fundamento no princípio da moralidade e da impessoalidade, o


STF entende que, independentemente de previsão em lei formal, constitui
violação à CF a nomeação de sobrinho da autoridade nomeante para o
exercício de cargo em comissão, ainda que para cargo político, como o de
secretário estadual.

A parte final macula a questão (...ainda que para cargo político, como o de secretário
estadual), pois, na visão do STF, a vedação ao nepotismo presente na Súmula
Vinculante nº 13 não alcança os agentes políticos, como os Secretário de Estado ou
de Município, e isso em virtude da própria natureza desses cargos, eminentemente
política, diversa, portanto, da que caracteriza os cargos e funções de confiança em
geral, os quais têm feição nitidamente administrativa. Gabarito: Errado
Q24 - O princípio da Administração Pública que se fundamenta na ideia de
que as restrições à liberdade ou propriedade privadas somente são legítimas
quando forem necessárias e indispensáveis ao atendimento do interesse
público denomina-se:

a) legalidade.
b) publicidade.
c) proporcionalidade.
d) moralidade.
e) eficiência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Trata-se do princípio da proporcionalidade,


positivado na Lei 9.784/1999, a qual determina, nos processos
administrativos, que se observe o critério de ―adequação entre meios e fins,
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público‖ (art.
2º, parágrafo único,inciso VI).
Gabarito: alternativa ―c‖
Q25 - O fundamento da prescrição administrativa reside no princípio da
conservação dos valores jurídicos já concretizados, visando impedir, em
razão do decurso do prazo legalmente fixado, o exercício da autotutela por
parte da administração pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A prescrição, a semelhança da decadência, é um instituto


processual que impede a Administração de agir após o decurso do prazo legalmente
fixado. É uma forma de estabilizar as relações jurídicas. Diz-se que, quando ocorre a
prescrição, perde-se o direito de agir. Assim, ocorrida a prescrição, a Administração
não poderá mais anular um ato, ficando impedida, portanto, de exercer plenamente a
autotutela. Pelo exposto, vê-se que o quesito está correto.
Gabarito: Certo

Q26 - (ESAF – AFRB 2012) A possibilidade jurídica de submeter-se


efetivamente qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças de lesão
de direito a algum tipo de controle denomina-se.

a) Princípio da legalidade.
b) Princípio da sindicabilidade.
c) Princípio da responsividade.
d) Princípio da sancionabilidade.
e) Princípio da subsidiariedade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O enunciado refere-se ao princípio da sindicabilidade.


Segundo o dicionário Michaelis online, sindicar significa ―fazer sindicância em;
inspecionar determinados serviços públicos para verificar a maneira como eles têm
decorrido‖. Assim, pelo princípio da sindicabilidade, os atos
administrativos podem ser controlados, inspecionados, com a finalidade de verificar
se guardam consonância com a lei e com os princípios que regem a Administração
Pública.

O comando da questão reproduz parte do art. 5º, XXXV da CF, pelo qual ―a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito‖. Portanto, faz
alusão ao controle judicial dos atos administrativos.
Porém, não se pode olvidar que a Administração também se submete ao controle
externo, a cargo do Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas (CF, art.
70) e ao controle interno, realizado por órgãos especializados dentro do próprio Poder
(CF, art. 74). Além disso, a sindicabilidade também abrange a autotutela, pela qual a
Administração pode controlar seus próprios atos, anulando-os em caso de ilegalidade,
ou revogando-os por razões de conveniência e oportunidade.
Gabarito: alternativa ―b‖

Q27 - Tratando-se de poder de polícia, sabe-se que podem ocorrer excessos


na sua execução material, por meio de intensidade da medida maior que a
necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da medida ser
maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente
desejados.

Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o seguinte


princípio:

a) legalidade
b) finalidade
c) proporcionalidade
d) moralidade
e) contraditório

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio que se destina a conter o excesso de poder, isto é, os atos de agentes
públicos que ultrapassem os limites adequados ao fim a ser atingido, é o princípio da
proporcionalidade.
Gabarito: alternativa ―c‖

Q28 - Caso se verifique, durante a realização de um concurso público, a


utilização, por candidatos, de métodos fraudulentos para a obtenção das
respostas corretas das provas, a administração pública poderá anular o
concurso embasada diretamente no princípio da

a) segurança jurídica.
b) autotutela.
c) transparência.
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O poder da Administração de anular seus próprios atos


ilegais decorre do princípio da autotutela. Embora a ilegalidade apresentada na
questão tenha sido causada pelos candidatos, pode-se considerar que a
Administração também tem sua parcela de responsabilidade, no mínimo, por não
estabelecer controles adequados para coibir a fraude. Portanto, pode-se dizer que a
anulação do concurso se trata mesmo de aplicação do princípio da autotutela.
Gabarito: alternativa ―b‖

Q29 - São considerados como basilares da administração pública os


princípios da legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado
e o da continuidade do serviço público.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A indisponibilidade do interesse público e a supremacia do interesse público são os
princípios basilares da administração pública. Questão errada.

Q30 - Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotação


negativa ou restritiva; já para a administração pública ele apresenta caráter
positivo ou ampliativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ocorre exatamente o contrário do que afirma o item: para o particular, o princípio da
legalidade apresenta caráter positivo ou ampliativo, afinal ele pode fazer tudo o que a
lei não proíbe; já para a administração pública ele apresenta conotação negativa ou
restritiva, pois ela só pode agir nos limites da lei, ou seja, segundo a lei, e não contra
ou além da lei.

Q31 - As entidades que integram a administração direta e indireta do


governo detêm autonomia política, administrativa e financeira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apenas as entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios) detém autonomia
política, isto é, capacidade de legislar, de inovar no direito. As entidades
administrativas, integrantes da administração indireta, possuem apenas autonomia
administrativa, operacional e financeira, daí o
erro. Gabarito: Errado

Q32 - Quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei,
determinado serviço público, ocorre a descentralização por meio de outorga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A descentralização por meio de outorga é sinônimo de descentralização por serviços,
funcional ou técnica. Ocorre quando uma entidade política (União, Estados, DF e
Municípios), mediante lei, cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a
ela atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público. Contrapõese,
portanto, à descentralização por colaboração ou por delegação, em que, por meio de
contrato ou ato unilateral, o Estado transfere apenas a execução de determinado
serviço público a uma pessoa jurídica de direito privado, previamente existente,
conservando o Poder Público a titularidade do serviço. Gabarito: Certo

Q33 - A transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato


administrativo unilateral, apenas da execução de determinado serviço
público a pessoa jurídica de direito privado corresponde à descentralização
por serviços, também denominada descentralização técnica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão apresenta a definição correspondente à descentralização por colaboração
ou por delegação. A descentralização por serviços, também denominada
descentralização técnica ou funcional, pressupõe a criação, mediante lei, de uma
pessoa jurídica de direito público ou privado, à qual se atribui a titularidade e a
execução de determinado serviço público, e não apenas a execução.
Gabarito: Errado
Q34 – Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos
singulares, formados por um único agente, e coletivos, integrados por mais
de um agente ou órgão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está errada. Primeiro porque, quanto à estrutura, os órgãos públicos
classificam-se em simples (não possuem subdivisões) e compostos (possuem
subdivisões). Órgãos singulares e coletivos referem-se à classificação quanto à
atuação funcional. Outro erro é que órgãos singulares são aqueles cujas decisões são
tomadas por um único agente, e não necessariamente formados por um único
agente. A Presidência da República, por exemplo, é um órgão singular, porque suas
decisões são tomadas pelo Presidente da República; no entanto, a Presidência da
República possui vários servidores em seus quadros. Gabarito: Errado

Q35 – Uma das características dos órgãos públicos é a de não possuírem


patrimônio próprio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os órgãos públicos, por não possuírem personalidade jurídica, também não possuem
patrimônio próprio. Seu patrimônio pertence à entidade instituidora. Questão correta.
Q36 – Nos termos de nossa Constituição Federal e de acordo coma
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, depende de autorização em lei
específica a instituição das empresas públicas, das sociedades de economia
mista e de fundações, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q37 – De acordo com o Código Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de


direito público interno EXCETO.

a) as associações públicas.
b) o Ministério Público.
c) o Distrito Federal.
d) os Territórios.
e) as Autarquias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 41 (CC) - São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei

Q38 – Pertence à justiça federal a competência para julgar as causas de


interesse das empresas públicas, dado o fato de elas prestarem serviço
público, ainda que detenham personalidade jurídica de direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está errada. À Justiça Federal compete processar e julgar as causas de
interesse das empresas públicas federais, apenas. O que atrai o foro da Justiça
Federal é o vínculo da empresa com a União, e não o fato de serem prestadoras de
serviço público, daí o erro. Aliás, o foro é o mesmo ainda que sejam exploradoras de
atividade empresarial. Nas causas em que seja parte empresa pública estadual ou
municipal, a competência é da Justiça Estadual. Perceba que a questão dá a entender
que a Justiça Federal cuidaria das causas de qualquer empresa pública,
independentemente do vínculo federativo, o que reforça o erro do item. Gabarito:
Errado

Q39 – As agências reguladoras são autarquias com regime especial, cujos


dirigentes ocupam cargos em comissão exoneráveis pelo chefe do Poder
Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No Brasil, atualmente, os dirigentes de todas as agências federais possuem mandato
fixo. Errada.

Q40 – De acordo com a jurisprudência, compete à justiça federal processar e


julgar as ações ajuizadas contra sociedade de economia mista, quando a
referida instituição estiver sob a intervenção do BACEN.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STJ: Compete à Justiça Estadual, e não à Justiça Federal, processar e julgar ação
proposta em face de sociedade de economia mista, ainda que se trate de instituição
financeira em regime de liquidação extrajudicial, sob intervenção do Banco Central.

Q41 – O Estado pode intervir no domínio econômico mediante a criação de


empresas públicas, sociedades de economia mista.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, não pode por meio de Fundações Públicas e Autarquias.

Q42 – As sociedades de economia mista e as empresas públicas exploradoras


de atividade econômica não se sujeitam à falência nem são imunes aos
impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços vinculados às suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se de que o STF reconheceu a imunidade tributária recíproca em relação às
empresas públicas prestadoras de serviços públicos que não encontram paralelo na
iniciativa privada, a exemplo dos Correios e da INFRAERO. Gabarito: Certo

Q43 – Embora nos municípios haja apenas administração direta, nos estados, em
razão da autonomia dada pela Constituição Federal de 1988 (CF), pode haver
administração indireta.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tanto nos Estados como nos Municípios pode existir
administração indireta. Portanto, é perfeitamente possível existirem empresas
públicas e sociedades de economia mista municipais, assim como autarquias e
fundações públicas. Gabarito: Errado
Q44 – criação do IBAMA, autarquia a que a União transferiu por lei a
competência de atuar na proteção do meio ambiente, é exemplo de
descentralização por serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A criação de entidades da administração indireta por lei


caracteriza a descentralização por serviços, de que é exemplo a criação do IBAMA
(autarquia). Gabarito: Certo

Q45 – O Estado desenvolve suas atividades administrativas por si mesmo,


podendo transferi-las a particulares e também criar outras pessoas jurídicas,
com personalidade jurídica de direito público ou privado, para desempenhá-
las.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q46 – A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas


diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos
que compõem sua estrutura funcional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva apresenta a definição correta do fenômeno da centralização. Lembrando
que a criação de órgãos subordinados e despersonalizados para melhor organizar a
atividade administrativa caracteriza a desconcentração.

Q47 – A concessão de serviço público a particulares é classificada como


descentralização administrativa por delegação ou por colaboração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q48 – A administração direta do Estado abrange todos os órgãos dos


poderes políticos das pessoas federativas cuja competência seja a de exercer
a atividade administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A assertiva apresenta a definição formulada por Carvalho


Filho (2014, p. 460), segundo o qual ―a Administração Direta do Estado abrange
todos os órgãos dos Poderes políticos das pessoas federativas cuja competência seja
a de exercer a atividade administrativa‖. Gabarito: Certo

Q49 – As ações judiciais promovidas contra sociedade de economia mista


sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão está errada. A prescrição quinquenal das


dívidas, direitos e obrigações contra a Fazenda Pública, prevista no Decreto
20.910/1932, foi expressamente estendida apenas às autarquias. Significa que aquele
que tiver crédito contra autarquia deverá promover a cobrança no prazo de cinco
anos, sob pena de prescrição do seu direito de ação. Quanto às demais entidades,
valem os prazos prescricionais do Código Civil, em regra de 10 anos. Gabarito: Errado
Q50 – Consoante a doutrina, as entidades autárquicas são pessoas jurídicas
de direito público, de natureza administrativa, criadas por lei, para realizar,
de forma descentralizada, atividades, obras ou serviços.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está correto, pois apresenta os principais


aspectos que identificam o conceito de autarquia: entidade administrativa de direito
público, criada por lei para realizar, de forma descentralizada, atividades típicas de
Estado, despidas de caráter econômico. Vale destacar que, em relação ao ramo de
atuação das autarquias, a banca coloca a realização de ―atividades, obras ou
serviços‖. À primeira vista pode soar estranho a inclusão de ―obras‖ dentre as
atividades das autarquias, mas não está errado. Temos um exemplo muito claro que
afasta qualquer dúvida: o DNIT, autarquia federal, é responsável por diversas obras
de infraestrutura rodoviária do país. Gabarito: Certo

Q51 - As fundações públicas podem exercer atividades típicas da


administração, inclusive aquelas relacionadas ao exercício do poder de
polícia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O poder de polícia é a atividade do Estado de condicionar, limitar e restringir direitos,
atividades e bens em prol da proteção da sociedade ou do próprio Estado. Na visão do
STF, essa atividade é típica de Estado e deve ser exercida por pessoas jurídicas de
direito público, como é o caso das fundações públicas criadas por lei. Correta.

Q52 – Desde que presentes a relevância e urgência da matéria, a criação da


autarquia pode ser autorizada por medida provisória, devendo, nesse caso,
ser providenciado o registro do ato constitutivo na junta comercial
competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente, esclareça-se que, apesar de a CF referir-se expressamente a ―lei
específica‖, não existe vedação para se criar autarquia por medida provisória (MP),
desde que presentes a relevância e urgência da matéria e observados os requisitos
constitucionais relativos à tramitação de MPs para haver a conversão em lei (CF, art.
62). Exemplo disso é o Instituto Chico Mendes, autarquia federal criada pela Medida
Provisória 366/2007, posteriormente convertida na Lei 11.516/2007. A criação dessa
autarquia foi apreciada pelo STF na ADI 4029. O Supremo declarou a
inconstitucionalidade da referida Lei 11.516/2007, mas não por ter criado autarquia
por MP, e sim porque o Congresso não observou o rito previsto para conversão da
medida provisória em lei.

Não obstante, a questão erra ao afirmar que deve ser providenciado o registro do ato
constitutivo na junta comercial competente, uma vez que a criação de autarquia,
pessoa jurídica de direito público, prescinde desse procedimento, bastando a vigência
da lei ou, no caso, da MP.
Gabarito: Errado

Q53 – Ao secretário estadual de finanças é permitido delegar, por razões


técnicas e econômicas e com fundamento no seu poder hierárquico, parte de
sua competência a presidente de empresa pública, desde que o faça por meio
de portaria.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O item está errado. Não existe hierarquia entre a
administração direta (Secretaria de Finanças) e a indireta (empresa pública), de
modo que a referida delegação, embora seja possível e legal, não encontra amparo
no poder hierárquico, daí o erro. Gabarito: Errado

Q54 – A aplicação das penas de perda da função pública e de ressarcimento


integral do dano em virtude da prática de ato de improbidade administrativa
situa-se no âmbito do poder disciplinar da administração pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O poder disciplinar permite à Administração apurar e aplicar penalidades
administrativas a seus servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina interna do
Poder Público. Já o processamento e o julgamento das ações de improbidade
administrativa, com a consequente aplicação das penas correlatas, de natureza civil e
política, competem ao Poder Judiciário, no exercício do poder punitivo do Estado.
Gabarito: Errado

Q55 – O poder disciplinar fundamenta tanto a aplicação de sanções às


pessoas que tenham vínculo com a administração, caso dos servidores
públicos, como às que, não estando sujeitas à disciplina interna da
administração, cometam infrações que atentem contra o interesse coletivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O poder disciplinar fundamenta apenas a aplicação de sanções às pessoas que
tenham vínculo com a administração, caso dos servidores públicos e das pessoas
contratadas pelo Poder Público. Já as pessoas não sujeitas à disciplina interna da
administração, ao cometerem infrações que atentem contra o interesse coletivo, são
sancionadas com base no poder de polícia, daí o erro. Gabarito: Errado

Q56 - Segundo a jurisprudência pacífica do STF, é possível a delegação do


poder de polícia à sociedade de economia mista.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está errado. A jurisprudência atual do STF, ao contrário do que afirma o
quesito, é no sentido de que o poder de polícia, atividade típica da Administração
Pública, não pode ser delegado a particulares ou a pessoas jurídicas de direito
privado. Portanto, o quesito está errado.

Todavia, esse entendimento do Supremo pode mudar. É que o STF reconheceu


repercussão geral no tema contido no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE)
662186, interposto pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A –
(BHTRANS) contra decisão do TJ-MG, que considerou inviável a possibilidade de
aplicação de multas pela empresa de trânsito, sociedade de economia mista, e
determinou a restituição de valores assim arrecadados. O recurso encontra-se
pendente de apreciação. Assim que concluído, será um importante precedente,
inclusive para as provas.

De outra parte, vale lembrar que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça


(STJ) é diferente. Para o STJ, é possível a delegação do poder de polícia a pessoa
jurídica de direito privado integrante da Administração Pública (incluindo, portanto, as
sociedades de economia mista) no que diz respeito aos aspectos fiscalizatórios e de
consentimento, mas não quando se tratar de atividade legislativa e do poder de impor
sanções, por exemplo multas de trânsito. Gabarito: Errado

Q57 – Após ter sido submetido a processo administrativo em razão do


cometimento de infração disciplinar, determinado servidor público foi
removido de ofício por seu superior hierárquico, agente competente para
tanto, como forma de punição pela prática do ato.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.


Embora observada a regra de competência referente ao poder disciplinar,
houve desvio de poder, já que não foi atendida a finalidade prevista em lei
para a prática do ato de remoção do servidor.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está correto. A remoção de ofício como meio de


punição é exemplo clássico de desvio de poder, pois representa desvirtuamento da
finalidade do instituto da remoção, que é realocar a mão-de-obra disponível para o
melhor desempenho dos serviços, e não punir servidores.
Gabarito: Certo

Q58 – Suponha que, após uma breve discussão por questões partidárias,
determinado servidor, que sofria constantes perseguições de sua chefia por
motivos ideológicos, tenha sido removido, por seu superior hierárquico, que
desejava puni-lo, para uma localidade inóspita. Nessa situação, houve abuso
de poder, na modalidade excesso de poder.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
É certo que, no caso concreto, a remoção de ofício como forma de punição
representou abuso de poder, porém não na modalidade excesso de poder, uma vez
que a autoridade que determinou a remoção possuía competência para tanto, daí o
erro. A modalidade de abuso, na verdade, foi o desvio de poder, pois finalidade da
remoção do servidor não foi atender ao interesse público, e sim divergências
ideológicas pessoais. Gabarito: Errado

Q59 - O dever do agente público que decorre diretamente do princípio da


indisponibilidade do interesse público, sendo inerente à função daquele que
administra a coisa pública, denomina-se:

a) Dever de eficiência.
b) Dever de probidade.
c) Dever de prestar contas.
d) Poder dever de agir.
e) Poder dever de fiscalizar.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Todas as opções apresentam deveres a que os agentes


públicos se sujeitam. O enunciado, contudo, requer que apontemos o dever que
decorre diretamente do princípio da indisponibilidade do interesse público, sendo
inerente à função daquele que administra a coisa pública.

Trata-se, portanto, do dever de prestar contas que, segundo Hely Lopes Meirelles, é
―decorrência natural da administração como encargo de gestão de
bens e interesses alheios. Se o administrador corresponde ao desempenho de
um mandato de zelo e conservação de bens e interesses de outrem, manifesto
é que quem o exerce deverá prestar contas ao proprietário. No caso do administrador
público, esse dever ainda mais se alteia, porque a gestão se refere aos bens e
interesses da coletividade e assume o caráter de um múnus
público, isto é, de um encargo para com a comunidade‖. Gabarito: C

Q60 – Quando o Estado, mediante processo licitatório, contrata uma


empresa especializada para fornecer e operar aparelho eletrônico (radar
fotográfico) que servirá de suporte à lavratura de autos de infração de
trânsito, está a) agindo corretamente, pois o poder de polícia, para fins do
Código de Trânsito
Brasileiro, é delegável.

b) ferindo o ordenamento jurídico, porque o poder de polícia do Estado é


indelegável.
c) celebrando um contrato de prestação de serviço para atividade de suporte
material de fiscalização.
d) celebrando um contrato de permissão de serviço público para atividade
auxiliar da Administração.
e) celebrando uma contratação integrada, com delegação de competências
materiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO: É possível que o Poder Público atribua a pessoas


privadas, mediante contrato, a operacionalização de máquinas e equipamentos em
atividades de fiscalização, a exemplo do fornecimento e operação de radares
eletrônicos de trânsito. A celebração desse tipo de contrato de prestação de serviço
não transfere a titularidade do poder de polícia, ou seja, não se trata de delegação, e
sim de mera atribuição operacional de suporte à fiscalização.

Gabarito: alternativa ―c‖

Q61 – Para fins de formalização do Poder Regulamentar que o Ordenamento


Jurídico lhe outorga, o Chefe do Poder Executivo utiliza qual instrumento?

a) Resolução
b) Instrução Normativa
c) Lei
d) Decreto
e) Circular

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O instrumento utilizado pelo Chefe do Poder Executivo para manifestar seu poder
regulamentar é o decreto, que pode ser (i) decreto regulamentar ou de execução,
destinado a definir procedimentos para a fiel execução das leis, nos termos do art.
84, IV da CF; ou (ii) decreto autônomo, para dispor originariamente sobre as
matérias listadas no inciso VI do art. 84 da CF, relativas à organização e
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos e à extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos.

Q62 - Ao exercer o poder de polícia, o agente público percorre determinado


ciclo até a aplicação da sanção, também chamado ciclo de polícia.
Identifique, entre as opções abaixo, a fase que pode ou não estar presente
na
atuação da polícia administrativa.

a) Ordem de polícia.
b) Consentimento de polícia.
c) Sanção de polícia.
d) Fiscalização de polícia.
e) Aplicação da pena criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O ciclo de polícia compreende as seguintes fases:

(i) legislação ou ordem de polícia; (ii) consentimento de polícia; (iii) fiscalização de


polícia; (iv) sanção de polícia. As únicas fases que sempre estarão presentes em todo
e qualquer ciclo de polícia são as fases de ―legislação (ordem de polícia)‖ e de
―fiscalização‖. Afinal, qualquer obrigação atribuída a particular deve decorrer de lei e
a fiscalização do cumprimento dessa obrigação é requisito para conferir efetividade à
lei.

Por conseguinte, ―consentimento‖ e ―sanção‖ podem ou não estar presentes na


atuação da polícia administrativa. Temos, portanto, dois gabaritos (opções ―b‖ e ―c‖).
E agora José? O que fazer? A princípio, a questão deveria ser anulada, mas, como
não foi, vamos raciocinar um pouco.

O consentimento corresponde à anuência prévia da Administração, quando exigida


por lei, para a prática de determinadas atividades ou para a fruição de determinados
direitos. Ou seja, a necessidade de consentimento da Administração depende de
previsão em lei. Se não houver essa previsão, não há possibilidade alguma de a
Administração exigir consentimento prévio para a prática de determinada atividade.

Já a atividade de sanção é inerente à atuação da polícia administrativa. Em regra,


quando há ordem de polícia, também existe sanção prevista para o caso de
descumprimento dessa ordem. A sanção só não é aplicada caso, na fiscalização, não
se identifique irregularidade. Caso se identifique, a sanção correspondente deve ser
aplicada. Dizendo de outra forma, a sanção faz parte do ciclo geral e abstrato previsto
na respectiva norma, podendo, contudo, não ser aplicada no caso concreto.

Portanto, ponderando os dois raciocínios, percebe-se que ―consentimento‖ seria a


opção que melhor se enquadra na definição de ―fase que pode ou não estar presente
na atuação da polícia administrativa‖, eis que, quando não está presente, é porque a
própria lei assim dispôs, ao contrário da sanção, que faz parte do ciclo previsto em
lei, mas pode não ser aplicada nos casos concretos.

Q63 – O Poder de Polícia possui um conceito amplo e um conceito estrito,


sendo que o sentido amplo abrange inclusive atos legislativos abstratos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em sentido estrito, o poder de polícia abrange tão somente as atividades
administrativas de regulamentação e de execução das leis que estabelecem normas
primárias de polícia. Já em sentido amplo, além da atividade administrativa, o poder
de polícia também abrange a atividade do Poder Legislativo de editar leis que tenham
o objetivo de criar limitações administrativas ao exercício das atividades públicas.

Q64 – Constituem manifestação do poder disciplinar: a penalidade de


demissão (aplicada a servidores) e a declaração de inidoneidade para licitar
ou contratar com a Administração Pública

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q65 - O vício do desvio do poder ocorre quando há afronta direta ao seguinte


princípio:

a) supremacia do Interesse Público.


b) legalidade.
c) motivação.
d) eficiência.
e) autotutela.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Desvio de poder é sinônimo de desvio de finalidade, ou


seja, é uma afronta ao princípio da finalidade, segundo o qual a finalidade das ações
administrativas deve ser sempre o interesse público. Dentre as alternativas da
questão, o princípio que mais se relaciona com este é o da supremacia do interesse
público, pelo qual o interesse público se sobrepõe ao particular. Por exemplo, o
agente que aplica recursos do orçamento público em projetos particulares está agindo
com desvio de poder e, ao mesmo tempo, está desrespeitando o princípio da
supremacia do interesse público, pois coloca o interesse particular em primeiro plano.
Gabarito: alternativa ―a‖
Q66 – Suponha que, em razão de antiga inimizade política, o prefeito do
município X desaproprie área que pertencia a Cleide, alegando interesse
social na construção de uma escola de primeiro grau. Nessa situação
hipotética, a conduta do prefeito caracteriza desvio de poder.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O enunciado leva ao entendimento de que a


desapropriação ocorreu em razão da inimizade política entre o prefeito e a Cleide, e
não por eventual interesse público na construção da escola. Portanto, é correto que o
ato caracteriza abuso de poder, na modalidade desvio de poder ou desvio de
finalidade. Gabarito: Certo

Q67 - É possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma investidura normal e
regular, execute uma função pública em nome do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Em homenagem ao princípio da proteção à confiança, é


possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma investidura normal e regular, execute
uma função pública em nome do Estado. A doutrina classifica essas pessoas como
agentes de fato, pois praticam atos administrativos sem serem agentes de direito.
Como exemplo, pode-se citar o agente investido de forma irregular que recebe
tributos pagos por contribuintes. Ora, os contribuintes são terceiros de boa-fé e
fizeram os pagamentos a alguém que tinha efetivamente a aparência de servidor
legitimamente investido. Sendo assim, as quitações são consideradas válidas,
devendo a Administração convalidar os atos praticados pelo agente de fato.
Gabarito: Certo
Q68 - A criação de cargos públicos é competência do Congresso Nacional,
que a exara por meio de lei. No entanto, a iniciativa desse tipo de lei é
privativa do presidente da República.

RESPOSTA DA QUESTÃO: É certo que, em regra, a criação e a extinção de cargos


públicos deve ser feita por lei. Porém, a iniciativa privativa do Presidente da República
refere-se apenas aos cargos do Poder Executivo federal (CF, art. 61, §1º, II, ―a‖). No
Poder Judiciário, a criação e a extinção de cargos depende de lei de iniciativa privativa
do STF, dos Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça (CF, art. 96, II, ―b‖). Já
no Poder Legislativo federal, a criação ou extinção de cargos não é feita mediante lei,
e sim por resolução da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (CF, art. 51, IV e
art. 52, XIII).Gabarito: Errado

Q69 - É vedado à candidata gestante inscrita em concurso público o


requerimento de nova data para a realização de teste de aptidão física, pois,
conforme o princípio da igualdade e da isonomia, não se pode dispensar
tratamento diferenciado a candidato em razão de alterações fisiológicas
temporárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO: De fato, a jurisprudência do STF informa que não se pode


dispensar tratamento diferenciado a candidato em razão de alterações fisiológicas
temporárias, o que impede a remarcação de prova de aptidão física por essas razões.
É o caso, por exemplo, do candidato que contrai alguma doença no dia da prova.
Contudo, para fins de aplicação desse entendimento, a gestação não é considerada
uma patologia ou uma alteração fisiológica temporária, de modo que a candidata
gestante pode sim requerer nova data para a realização de teste de aptidão física, daí
o erro.
Gabarito: Errado

Q70 - Considere que Pedro, técnico judiciário de um tribunal de justiça,


tenha tomado posse no cargo de analista do ICMBio em 2011 e se
aposentado voluntariamente, aos sessenta anos de idade, em 2012. Nessa
situação hipotética, se Pedro requerer sua reversão ao instituto em 2014,
ainda que haja cargo vago e interesse da administração, sua solicitação
deverá ser indeferida.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Reversão é forma de provimento derivado que consiste


no retorno à atividade de servidor aposentado. Pode ocorrer de ofício, quando junta
médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez, ou a
pedido, que será deferida no interesse da administração, observadas as seguintes
condições:

a) o servidor tenha solicitado a reversão


b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) o servidor era estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.

Perceba que, na situação do enunciado, Pedro preenche todos os requisitos acima,


exceto ser estável quando na atividade, eis que tomou em posse em 2011 e se
aposentou em 2012, com apenas um ano de efetivo exercício. Portanto, o
requerimento de reversão deveria ser indeferido pela Administração. Gabarito: Certo

Q71 - Considerando que, no interesse da administração, um servidor efetivo


da SUFRAMA tenha sido removido de ofício para outra localidade, julgue o
item a seguir: com a remoção, o cargo que o servidor ocupava anteriormente
será considerado vago.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está errado. A remoção é o simples


deslocamento de servidor dentro do mesmo órgão ou entidade, com ou sem mudança
de sede, mas sem que isso determine qualquer alteração em seu cargo. Portanto, o
servidor removido continua a ocupar o mesmo cargo, ou seja, o cargo não será
considerado vago. Gabarito: Errado

Q72 – A redistribuição, de ofício, de servidor público promovida como


punição por algum ato por ele praticado caracteriza vício quanto ao motivo,
um dos requisitos do ato administrativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Assim como a remoção, a redistribuição também não


pode ser promovida como forma de punição do servidor. Entretanto, caso isso seja
feito, o vício no ato será quanto à finalidade, isto é, com relação ao fim perseguido,
não quanto ao motivo, daí o erro. Gabarito: Errado

Q73 – Age em consonância com a Lei n.º 8.112/1990 servidor público


brasileiro, em exercício, que recusa pensão oferecida pelos Estados Unidos
da América.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está correto. Nos termos do art. 117, XIII da
Lei 8.112/1990, é proibido ao servidor público ―aceitar comissão, emprego ou pensão
de estado estrangeiro‖. Essa infração, aliás, é punível com demissão. Gabarito: Certo

Q74 – Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo pelo


qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão está errada. Não há uniformidade na doutrina


acerca da definição de fato administrativo. Alguns autores não fazem distinção entre
fato administrativo e fato da Administração, conforme o evento produza ou não
efeitos jurídicos. Nesta questão, a banca adotou o entendimento da professora Di
Pietro, para quem fatos administrativos são eventos que produzem efeitos jurídicos,
diferentemente dos fatos da Administração, que não produzem, daí o erro do item.
Não obstante, ressalte-se que tanto fatos administrativos como fatos da
Administração não são enquadrados no conceito de ato administrativo. Gabarito:
Errado

Q75 – Pelo atributo da presunção de veracidade, presume-se que os atos


administrativos estão em conformidade com a lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A banca deu a questão como errada. A presunção de legitimidade é que pressupõe
que os atos administrativos estão em conformidade com a lei. A presunção de
veracidade, por sua vez, indica que os fatos alegados pela Administração são
verdadeiros. Errada.

Q76 – Suponha que determinada secretaria de Estado edite ato


administrativo cujo conteúdo seja manifestamente discriminatório. Nessa
situação, podem os administrados recusar-se a cumpri-lo,
independentemente de decisão judicial, dado que de ato ilegal não se
originam direitos nem se criam obrigações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está errado. Pelo atributo da presunção de legitimidade, os atos
administrativos são tidos como legais desde sua origem e, por isso, vinculam os
administrados por ele atingidos desde a edição. Por conseguinte, o particular é
obrigado a cumprir as determinações do ato ainda que, aparentemente, ele esteja
eivado de ilegalidade. É claro que o ato poderá ser questionado judicialmente ou
perante a própria Administração.

Q77 – Há presunção imediata de legalidade de todo ato administrativo


editado por autoridade pública competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q78 – A presunção de legitimidade é atributo de todos os atos da


administração, inclusive os de direito privado, dada a prerrogativa inerente
aos atos praticados pelos agentes integrantes da estrutura do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Aqui, a banca adotou a posição de Maria Sylvia Di Pietro


– autora que, aliás, é seguida por boa parte das bancas, entre elas a ESAF.

Quanto ao alcance da presunção, cabe realçar que ela existe, com as limitações já
analisadas, em todos os atos da Administração, inclusive os de direito privado, pois se
trata de prerrogativa inerente ao Poder Público, presente em todos os atos do Estado,
qualquer que seja a sua natureza. Esse atributo distingue o ato administrativo do ato
de direito privado praticado pela própria Administração.

A rigor, apenas a presunção de veracidade é atributo exclusivo do ato administrativo


propriamente dito (praticado sob regime de direito público), uma vez que os atos
jurídicos praticados pelos particulares também são considerados conformes à lei até
prova em sentido contrário. Gabarito: Certo

Q79 – O IBAMA multou e interditou uma fábrica de solventes que, apesar de


já ter sido advertida, insistia em dispensar resíduos tóxicos em um rio
próximo a suas instalações. Contra esse ato a empresa impetrou mandado de
segurança, alegando que a autoridade administrativa não dispunha de
poderes para impedir o funcionamento da fábrica, por ser esta detentora de
alvará de funcionamento, devendo a interdição ter sido requerida ao Poder
Judiciário.

Em face dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.


Um dos atributos do ato administrativo executado pelo IBAMA na situação
em
questão é o da autoexecutoriedade, que possibilita ao poder público obrigar,
direta e materialmente, terceiro a cumprir obrigação imposta por ato
administrativo, sem a necessidade de prévia intervenção judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O item está correto. Em razão do atributo da


autoexecutoriedade, o Ibama pode, independentemente de autorização judicial,
compelir materialmente o administrado a cumprir a lei (no caso, mediante a
interdição da fábrica), bem como impor multa (nesse caso, trata-se de coerção
indireta, visto que, se o particular não pagar, a cobrança deverá ser feita junto ao
Judiciário). Gabarito: Certo

Q80 – atributo da exigibilidade, presente em todos os atos administrativos,


representa a execução material que desconstitui a ilegalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A execução material que desconstitui a ilegalidade refere-


se ao atributo executoriedade (coerção direta, material), e não à exigibilidade. Por
exemplo, a executoriedade permite à Administração demolir uma obra (execução
material) para desconstituir a ilegalidade do empreendimento.

Já a exigibilidade diz respeito ao próprio dever imposto pela lei aos administrados,
cujo cumprimento é garantido pela Administração mediante meios indiretos de
coerção. Um bom exemplo é a retirada da CNH: a Administração exige a habilitação
para poder dirigir (exigibilidade); se o motorista for pego sem carteira, ele poderá ser
multado; a multa, portanto, é
um meio indireto de obrigar o motorista a tirar a habilitação. Porém, a Administração
não pode coagir materialmente o particular a obtê-la, ou seja, o ato não possui
executoriedade. Lembrando que tanto a exigibilidade como a executoriedade são
desdobramentos do atributo autoexecutoriedade.
Gabarito: Errado

Q81 – Em razão da característica da autoexecutoriedade, a cobrança de


multa aplicada pela administração não necessita da intervenção do Poder
Judiciário, mesmo no caso do seu não pagamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão está errada. A cobrança de multa inadimplida


não possui o atributo da autoexecutoriedade, vale dizer, a Administração não pode
cobrar o pagamento sem a intervenção do Poder Judiciário. Gabarito: Errado

Q82 – Um veículo da SUFRAMA, conduzido por um servidor do órgão,


derrapou, invadiu a pista contrária e colidiu com o veículo de um particular.
O acidente resultou em danos a ambos os veículos e lesões graves no
motorista do veículo particular.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.


Em caso de o servidor ser condenado administrativamente em decorrência
do
acidente, o ato de aplicação de penalidade a esse servidor será caracterizado
pelo atributo da autoexecutoriedade.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está correto. Em razão do poder disciplinar, a
Administração pode aplicar penalidades administrativas a seus servidores. E, para
tanto, não precisa de autorização judicial, pois a lei atribui esse poder à própria
Administração. Dessa forma, pode-se afirmar que o ato de aplicação de sanções
disciplinares (da advertência à demissão) é autoexecutório.

Q83 – A autoexecutoriedade dos atos administrativos ocorre nos casos em


que é prevista em lei ou, ainda, quando é necessário adotar providências
urgentes em relação a determinada questão de interesse público.

O quesito está correto. A autoexecutoriedade não existe em todos os atos


administrativos. Conforme a doutrina, só há autoexecutoriedade quando
expressamente prevista em lei ou quando tratar-se de medida urgente que, acaso
não adotada de imediato, pode ocasionar prejuízo maior para o interesse público.
Certo

Q84 – A competência para a prática dos atos administrativos depende


sempre de previsão constitucional ou legal: quando prevista na CF, é
denominada competência primária e, quando prevista em lei ordinária,
competência secundária.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tanto as competências previstas na CF quanto as


previstas nas leis são denominadas competências primárias, daí o erro. São
chamadas de competências secundárias aquelas previstas em normas infralegais.
Gabarito: Errado

Q85 – São critérios para a distribuição da competência, como requisito ou


elemento do ato administrativo, dentre outros:

(A) delegação e avocação.


(B) conteúdo e objeto.
(C) matéria, forma e sujeito.
(D) tempo, território e matéria.
(E) grau hierárquico e conteúdo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A resposta é a alternativa ―d‖, eis que apresenta,


exclusivamente, critérios de distribuição de competência. Na opção ―a‖, delegação e
avocação são características do elemento competência; na opção ―b‖, conteúdo e
objeto são sinônimos e, assim como a competência, são elementos do ato
administrativo; na opção ―c‖, matéria é critério para distribuição de competências,
mas forma e sujeito são elementos do ato; já na alternativa ―e‖, hierarquia é critério
de distribuição de competência, mas conteúdo é elemento. Alternativa D

Q86 – Assinale a opção que contemple uma espécie de ato em que é possível
identificar o atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo.

a) Atos administrativos declaratórios.


b) Atos administrativos negociais.
c) Cobrança de multas de trânsito.
d) Atos administrativos punitivos.
e) Atos administrativos enunciativos.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A autoexecutoriedade é o atributo que confere à
Administração Pública a prerrogativa de operar diretamente seus atos,
independentemente de manifestação prévia do Poder Judiciário.

A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos. Di Pietro


ensina que ela só é possível quando expressamente prevista em lei ou na adoção de
medidas urgentes para a proteção do interesse público.

A autoexecutoriedade é frequentemente utilizada no exercício do poder de polícia, em


que a Administração impõe restrições aos administrados para proteger o interesse
público, podendo, para tanto, impor sanções administrativas, daí a correção da
alternativa ―d‖. Todas as demais opções não representam exemplos típicos do
atributo da autoexecutoriedade. Na alternativa ―c‖, o detalhe é que a aplicação de
multas de trânsito é ato autoexecutório, mas a cobrança não é: se o particular não
pagar, a cobrança deve ser feita por intermédio do Judiciário. Gabarito: alternativa D

Q87 – Os atos administrativos, uma vez expedidos e independentemente de


expressa previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s):

a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.


b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade.
c) autoexecutoriedade, apenas.
d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas.
e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O ponto chave para resolver essa questão é a palavra


―sempre‖ do enunciado. Ora, sabemos que os únicos atributos que estão sempre
presentes em todos os tipos de atos administrativos são a presunção de legitimidade
(e, consequentemente, a de veracidade) e a tipicidade. Nas alternativas, não aparece
o atributo da tipicidade, portanto, correta a alternativa ―e‖. Lembre-se de que a
imperatividade está presente apenas nos atos que impõem obrigações e restrições;
por conseguinte, não está presente nos atos enunciativos, nos atos internos e nem
nos atos negociais; já a autoexecutoriedade existe apenas quando expressamente
prevista em lei e quando tratar-se de medida urgente; exemplo clássico da ausência
de autoexecutoriedade é a cobrança de multa não paga. Gabarito: E

Q88 – Incluem-se na classificação de atos administrativos discricionários os


praticados em decorrência da aplicação de norma que contenha conceitos
jurídicos indeterminados.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O item está correto. Nem sempre o mérito administrativo


é previamente definido e determinado pela lei. O legislador, por vezes, utiliza-se de
conceitos jurídicos indeterminados de valor, como ―interesse público‖, ―moralidade
administrativa‖, ―bem-estar social‖ e ―boa-fé‖. Nesses casos, a Administração pode
utilizar sua discricionariedade para definir o alcance do conceito nas situações
concretas. Gabarito: Certo

Q89 – O fator limitador do ato administrativo discricionário é o critério da


conveniência e oportunidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está errado. O fator limitador do ato


administrativo discricionário é a lei, pois é esta que define os limites para aplicação
dos critérios de conveniência e oportunidade pelo agente público. Também podem ser
considerados limitadores da discricionariedade os princípios da razoabilidade, da
proporcionalidade e da moralidade. Gabarito: Errado

Q84 - A permissão, que não se confunde com a concessão ou a autorização, é


o ato administrativo por meio do qual a administração pública consente que
o particular se utilize privativamente de um bem público ou execute um
serviço de utilidade pública. Tal ato é classificado como declaratório, na
medida em que o poder público apenas reconhece um direito do particular
previamente existente.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A permissão é o ato administrativo por meio do qual a


administração pública consente que o particular se utilize privativamente de um bem
público. Trata-se, portanto, de ato que confere um direito ao particular, ou seja, é um
ato constitutivo, e não um ato declaratório. Errado

Q85 - O ato administrativo pode ser perfeito, inválido e eficaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito está correto. Em suma, ato perfeito é aquele que já completou sua
formação; ato válido é o que não possui nenhum vício; e eficaz é o ato que já se
encontra apto a produzir efeitos. Para se falar em validade e eficácia, o ato
necessariamente deve ser perfeito. A partir daí, qualquer combinação é possível: o
ato pode ser (i) perfeito, válido e eficaz; (ii) perfeito, válido e ineficaz; (iv) perfeito,
inválido e eficaz; e (v) perfeito, inválido e ineficaz. Por outro lado, se o ato for
imperfeito, ou seja, se nem mesmo estiver formado, não há porque se falar em
validade e eficácia.

Q86 - Considera-se que o ato administrativo é válido quando se esgotam


todas as fases necessárias para a sua produção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito está errado. O ato administrativo que completou todas as fases necessárias
para a sua produção é um ato perfeito. Caso o ato perfeito não apresente nenhum
vício em seus elementos de formação, aí sim também será um ato válido. Ressalte-se
que podem existir atos perfeitos e inválidos quando, cumprido o ciclo de formação, o
ato apresente algum vício em seus elementos de formação. O contrário, porém, não é
verdadeiro, ou seja, não existem atos imperfeitos e válidos, pois a completa formação
do ato é pré-requisito para o exame da sua validade. Errado

Q87 - De acordo com a doutrina, o ato administrativo será considerado


perfeito, inválido e eficaz, quando, concluído o seu ciclo de formação, e não
se conformando às exigências normativas, ele produzir os efeitos que lhe
seriam
inerentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto. Lembre-se de que, pelo atributo da presunção da legitimidade, o
ato administrativo perfeito e eficaz produz os efeitos que lhe são inerentes ainda que
contenha algum vício em seus elementos de formação, ou seja, ainda que seja um
ato inválido. A produção de efeitos perdurará até que o ato viciado seja anulado pela
Administração ou pelo Judiciário – este, se provocado –, de tal sorte que, antes disso,
o administrado não pode se recusar a cumpri-lo. Gabarito: Certo

Q88 - Os atos administrativos regulamentares e as leis em geral têm efeitos


gerais e abstratos, ou seja, não diferem por sua natureza normativa, mas
pela originalidade com que instauram situações jurídicas novas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto. Da mesma forma que as leis, os atos administrativos
regulamentares (atos normativos) têm efeitos gerais e abstratos, isto é, não possuem
destinatários determinados e incidem sobre todos os fatos ou situações que se
enquadrem nas hipóteses neles previstas. Porém, ao contrário das leis, os atos
normativos não podem inovar o direito, vale dizer, não podem instaurar situações
jurídicas novas, criando direitos e obrigações aos administrados. Por isso, é correto
afirmar que atos normativos e leis não diferem por sua natureza normativa (afinal,
ambos têm efeitos gerais e abstratos), mas diferem pela originalidade com que
instauram situações jurídicas novas (afinal, leis podem inovar originalmente o
ordenamento jurídico, e os atos normativos não). Gabarito: Certo

Q89 - A autorização é ato administrativo discricionário mediante o qual a


administração pública outorga a alguém o direito de realizar determinada
atividade material.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito está correto. A regra é a seguinte:
- Licenças: atos vinculados e definitivos.
- Autorizações: atos discricionários e precários.

A licença é editada no exercício do poder de polícia, nas situações em que a lei exige
obtenção de anuência prévia da Administração como condição para o exercício, pelo
particular, de um direito subjetivo de que seja titular (ex: alvarás de construção). Já
a autorização, na maior parte dos casos, também configura um ato de polícia
administrativa – quando constitui uma condição para a prática de uma atividade
material privada (ex: autorização para porte de arma de fogo) ou para o uso de um
bem público (ex: autorização para utilização das vias públicas para a realização de
feiras livres) –, mas existem também autorizações que representam uma modalidade
de descentralização mediante delegação, visando à prestação indireta de
determinados serviços públicos (ex: autorização para a prestação de serviço de táxi).

Por fim, cumpre salientar que tanto licenças como autorizações nunca são conferidas
ex officio pelo Poder Público, eis que sempre dependem de pedido do interessado,
que solicita o consentimento. Certo

Q90 - O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada


funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da
situação anteriormente consentida.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A anulação, a revogação e a cassação são classificadas


como formas do chamado desfazimento volitivo, eis que são resultantes da
manifestação expressa do administrador ou do Poder Judiciário. Todas as demais
formas de extinção vistas no tópico acima, inclusive a caducidade de que trata o item
em questão, independem de qualquer manifestação ou declaração, daí o erro.
Gabarito: Errado

Q91 – A revogação do ato administrativo, quando legítima, exclui o dever da


administração pública de indenizar, mesmo que esse ato tenha afetado
direito de alguém.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está errado. A doutrina ensina que, como


regra, a revogação não gera para a Administração o dever de indenizar
prejuízos sofridos pelos beneficiários do ato, exceto se esse ato tenha
afetado direito de alguém. Exemplo clássico: se determinado indivíduo
obtém autorização de uso de área pública por prazo determinado e, antes de
expirado o prazo fixado, a Administração decide revogar a autorização. Se na
legislação aplicável ou se
no próprio ato não tiver sido expressamente afastado o dever da
Administração de indenizar, ela deverá ressarcir os prejuízos sofridos pelo
beneficiário do ato.

Q92 – Tanto o direito administrativo quanto o direito privado distinguem os


atos nulos dos atos anuláveis. Os atos e negócios jurídicos contrários ao
ordenamento jurídico poderão, no âmbito do direito privado, estar eivados
de
vícios de nulidade ou anulabilidade, já os atos administrativos praticados em
desacordo com o ordenamento jurídico serão considerados inválidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No Direito Civil, os vícios podem gerar nulidade absoluta


ou nulidade relativa, ou seja, os atos podem ser nulos e anuláveis (Código Civil, art.
166 e 171). No Direito Administrativo, a doutrina tradicional defende a teoria
monista, pela qual os vícios dos atos administrativos só podem gerar nulidade
absoluta, isto é, os atos com vício, de qualquer espécie, são necessariamente nulos.

Contudo, atualmente prevalece a teoria dualista, pela qual, à semelhança do direito


privado, os atos administrativos que contenham vício podem ser nulos ou anuláveis, e
não sumariamente considerados inválidos, como afirma. Errada.

Q93 – Quanto um ministério pratica ato administrativo de competência de


outro, fica configurado vício de incompetência em razão da matéria, que
pode ser convalidado por meio de ratificação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O vício de incompetência em razão da matéria é um vício


insanável, ou seja, não é passível de convalidação, daí o erro. Da mesma forma, o
vício também é insanável no caso de competência exclusiva. Nos demais casos, o
vício de incompetência é sanável e, por isso, admite convalidação. Gabarito: Errado

Q94 – Entre os atos da Administração, verifica-se a prática do ato


administrativo, o qual abrange somente determinada categoria de atos
praticados no exercício da função administrativa. Destarte, assinale a opção
correta.

a) A presunção de legitimidade e veracidade, a imperatividade e a


autoexecutoriedade são elementos do ato administrativo.
b) Procedimento administrativo consiste no iter legal a ser percorrido pelos agentes
públicos para a obtenção dos efeitos regulares de um ato administrativo principal.
c) Os atos de gestão são os praticados pela Administração com todas as prerrogativas
e privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular,
independentemente de autorização judicial.
d) Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles
singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único.
e) Na executoriedade, a Administração emprega meios indiretos de coerção, como a
multa ou outras penalidades administrativas impostas em caso de descumprimento
do ato, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Vamos analisar cada alternativa:


a) ERRADA. A presunção de legitimidade e veracidade, a imperatividade e a auto-
executoriedade são atributos, e não elementos do ato administrativo. Os elementos
são competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
b) CERTA. Procedimento administrativo consiste numa sucessão de atos
preparatórios, todos intermediários e autônomos, que visam ao atingimento de um
objetivo final ou à prática de um ato final que finaliza o procedimento. É, portanto, o
iter (caminho) legal a ser percorrido pelo agente público, de que são exemplos os
procedimentos de licitação, de concurso público e de desapropriação. Por curiosidade,
essa expressão ―iter legal‖ é usada por
Celso Antônio Bandeira de Mello.

c) ERRADA. Os atos de império (e não os de gestão) são praticados pela


Administração com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade e impostos
unilateral e coercitivamente ao particular, independentemente de autorização judicial,
de que são exemplo a interdição de estabelecimento comercial, a desapropriação de
imóvel, a apreensão de mercadorias, a imposição de multas administrativas etc. Por
sua vez, atos de gestão são típicos das atividades de administração de bens e
serviços em geral, que não exigem coerção sobre os interessados, assemelhando-se
aos atos praticados
pelas pessoas privadas, de que são exemplos a alienação ou aquisição de bens pela
Administração ou a contratação de pessoal mediante concurso público.

Q95 – Identifique, entre as assertivas abaixo, a que


corresponda a um ato administrativo complexo, observada a concepção
técnica usual de nossa doutrina pátria.

a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de vontade de


um órgão colegiado.
b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão, dependente da
manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído.
c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação necessária
de três órgãos.
d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por um
único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior manifestação de outro
órgão.
e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da
manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Para responder essa questão com facilidade, é preciso


interpretar corretamente o enunciado. Perceba que ele pede que identifiquemos a
alternativa que ―corresponda‖ a um ato administrativo complexo, ou seja, devemos
marcar aquela que apresenta um ―exemplo‖ de ato administrativo complexo; assim,
não devemos ficar procurando o conceito de ato complexo, e sim um exemplo, ok?
Vamos lá:

a) ERRADA. Um ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de


vontade de um órgão colegiado é um ato simples, e não um ato complexo.
b) ERRADA. Um ato que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão,
dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído é
um ato composto, e não complexo. Veja que a confirmação é um ato instrumental,
acessório em relação ao ato principal.
c) CERTA. Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação
necessária de três órgãos é um exemplo de ato complexo. Imagine, para facilitar, que
esse ―determinado ato‖ seja uma Portaria Conjunta da Receita Federal, da PGFN e do
MPOG. Ou seja, sendo um ato complexo, tal portaria só teria existência a partir da
manifestação desses três órgãos.
d) ERRADA. Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado
por um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior manifestação
de outro órgão também é um ato composto, e não complexo.
e) ERRADA. A diferenciação entre atos compostos, simples e complexos leva em
conta, precipuamente, o número de órgãos envolvidos na formação do ato. Se há a
participação de apenas um órgão, o ato é simples, não importa a quantidade de
servidores que contribuíram para sua formação dentro do órgão. Havendo dois ou
mais órgãos, o ato é composto ou complexo. Se a vontade de um órgão é
instrumental em relação à do outro, o ato é composto. Já se a vontade de cada órgão
efetivamente contribui para a formação do ato, ou seja, se a vontade de um é
autônoma em relação à do outro, então ele é complexo.

Q96 – À luz da tradicional doutrina administrativista, é possível identificar,


como espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem,
como um de seus exemplos:

a) os decretos regulamentares.
b) os alvarás.
c) as circulares.
d) as multas.
e) as homologações.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Atos ordinatórios são os atos com efeitos internos,


endereçados aos servidores públicos; possuem o objetivo de disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Das
alternativas, as circulares (opção ―c‖) constituem exemplo de atos ordinatórios;
portanto, é o gabarito. Já os decretos regulamentares (opção ―a‖) são atos
normativos; os alvarás (opção b‖) são atos negociais; as multas (opção ―d‖) são atos
punitivos; e, por fim, as homologações (opção ―e‖) também são atos negociais.
Gabarito: alternativa ―c‖

Q97 – A gradação da penalidade a ser aplicada no exercício do poder de


polícia é ato discricionário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Geralmente a lei permite aplicar pena mais severa ou mais branda dependendo da
valoração que o agente público faz acerca da gravidade da conduta do particular. Por
exemplo, a lei pode permitir aplicar multa de até tantos reais. Questão certa.

Q98 - Na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma


jurídica
superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é o atributo da caducidade

Q99 - Os atos individuais são os que se preordenam a regular situações


específicas, relativas a destinatários certos, produzindo efeitos jurídicos no
caso concreto, como acontece nos decretos expropriatórios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q101 - Os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de


caráter decisório, como acontece nos pareceres.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q102 - Certidão da dívida pública é um ato enunciativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As certidões em geral destinam-se a informar ou certificar uma situação preexistente,
portanto, são atos enunciativos.

Q103 - A concessão de uma Licença (por exemplo, Licença de Habilitação) é


um direito subjetivo do postulante desde que este tenha cumprido
rigorosamente todos os requisitos exigidos por lei. É um direito pré-
existente e sua concessão depende apenas do cumprimento das
formalidades e requisitos legais, não podendo a autoridade, na ausência de
fatores impeditivos, negá-la ao requisitante, é, portanto, um ato constitutivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Observe como é interessante comparar dois atos administrativos negociais (nos quais
a vontade do particular coincide com a manifestação de vontade da administração)
acima citados: a Licença e a Permissão. Ainda que entre ambos exista certa
semelhança por serem atos negociais, a forma como os efeitos são produzidos é
totalmente diferente.

―A concessão de uma Licença (por exemplo, Licença de Habilitação) é um direito


subjetivo do postulante desde que este tenha cumprido rigorosamente todos os
requisitos exigidos por lei. É um direito pré-existente e sua concessão depende
apenas do cumprimento das formalidades e requisitos legais, não podendo a
autoridade, na ausência de fatores impeditivos, negá-la ao requisitante. Portanto é
um ato declaratório.‖
Por sua vez, a Permissão (e também a Autorização) é um ato constitutivo, pois caso
seja concedida cria um direito ao postulante. Isso significa que enquanto a Licença é
ato vinculado; Permissão e Autorização são atos discricionários. É por isso que a
habilitação de Licença para dirigir é um ato vinculado, enquanto na Autorização para
porte de arma o Poder Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular
em face do interesse público, para outorga ou não da autorização.

Q104 - Por haver repercussão no campo de interesses individuais, a


anulação da licença deve ser precedida de procedimento em que se garanta o
contraditório àquele que terá modificada sua situação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
*Segundo a jurisprudência do STF, o desfazimento de ato administrativo, seja por
anulação seja por revogação, deve necessariamente ser precedido do contraditório e
da ampla defesa aos atingidos, sempre que possa afetar interesses individuais.

Q105 - A Administração pode desfazer seus próprios atos por considerações


de mérito e de ilegalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos casos de ilegalidade serão anulados, e revogados nos casos de análise de mérito,
quando válido e eficaz.

Q106 – No que se refere à administração pública e ao ato administrativo,


assinale a opção correta.

a) Os atos administrativos gerais, a exemplo dos atos normativos, podem ser objeto
de impugnação direta por meio de recurso administrativo.

b) Ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade


da administração pública, mas não se origina de um agente público, mantendo-se,
porém, aqueles efeitos já produzidos perante terceiros de boa-fé.

c) A multa administrativa goza de executoriedade na medida em que a administração


pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios indiretos, como o bloqueio de
documento de veículo.

d) O ato administrativo será discricionário quando a lei não estabelecer margem


alguma de liberdade para atuação do administrador, fixando uma única maneira de
agir nos termos da lei.

e) Os atos normativos editados conjuntamente por diversos órgãos da administração


federal, como as portarias conjuntas ou instruções normativas conjuntas da
Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria da Fazenda Nacional, são
exemplos de ato administrativo complexo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos analisar cada alternativa:

a) ERRADA. Os atos administrativos gerais, a exemplo dos atos normativos, não


podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos. A
rigor, para pleitear a invalidação direta de um ato normativo geral, deve ser utilizada
a ação direta de inconstitucionalidade (ADI). De outra parte, é bom saber que, ao
contrário dos atos gerais, os atos individuais podem ser atacados por recursos
administrativos.

b) ERRADA. De fato, ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de


manifestação de vontade da administração pública, mas, na verdade, possui algum
defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico, a exemplo de não
ter se originado de um agente público, como no caso do usurpador de função. O erro
é que os efeitos dos atos inexistentes não podem ser validamente mantidos, mesmo
perante terceiros de boa-fé.

c) ERRADA. Para parte da doutrina, o atributo da autoexecutoriedade dos atos


administrativos se divide em executoriedade e exigibilidade. A executoriedade se
refere aos meios diretos de coerção, inclusive mediante o uso da força. Já a
exigibilidade diz respeito aos meios indiretos de coerção. O erro do item é que a
multa administrativa não goza de executoriedade, e sim de exigibilidade, pois a
Administração não pode cobrá-la mediante coerção direta, mas apenas por meios
indiretos, como o bloqueio do documento do veículo.
d) ERRADA. O ato administrativo será vinculado, e não discricionário, quando a lei
não estabelecer margem alguma de liberdade para atuação do administrador, fixando
uma única maneira de agir nos termos da lei.

e) CERTA. Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de


vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos, que concorrem para a
formação de um único ato. Exemplo clássico são as portarias conjuntas da Receita
Federal e da PGFN. Gabarito: alternativa ―e‖

Q107 – 43. (Cespe – TJ/RR 2013) Suponha que determinado cidadão que
pretenda construir uma casa tenha sido informado pelo órgão estatal
competente de que a administração deve, por meio de ato administrativo,
consentir a construção, antes do início das obras.

Nessa situação, o ato administrativo de consentimento a ser expedido pela


administração é a:

a) permissão.
b) aprovação.
c) admissão.
d) autorização.
e) licença.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O consentimento da Administração para permitir que o


particular execute uma obra é exemplo típico de licença (opção ―e‖), ato
administrativo vinculado e definitivo. Sobre o tema, é importante recordar que,
embora a licença para construir seja um ato vinculado, a jurisprudência do STF e do
STJ admite que, em casos excepcionais, a Administração pode revogá-la por razões
de conveniência e oportunidade (além de, é claro, poder anulá-la ou cassá-la). Para o
STF, a revogação seria possível antes do início da obra.

Ressalte-se que os atos vinculados, em regra, não podem ser objeto de revogação,
pois a revogação é feita com base em critérios de conveniência e oportunidade, sendo
uma espécie de desfazimento típica dos atos discricionários. Portanto, a revogação de
licença para construir constitui hipótese excepcional. Gabarito: alternativa ―e‖.

Q108 - Ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encerrado, por
ter esgotado todas as fases necessárias à sua produção, já o ato pendente é
aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para que
comece a produzir efeitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q109 - Os serviços públicos outorgados constitucionalmente à União, como


os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros, estão enumerados taxativamente na CF.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Os serviços públicos de competência da União são


enumerados taxativamente na CF, daí a correção do item. Já a lista dos serviços de
competência dos Municípios é meramente exemplificativa (outros serviços de
interesse local, não enumerados na CF, como os funerários, também podem ser
prestados pelos Municípios). Por fim, a competência dos Estados é residual (inclui
tudo o que não for da competência da União ou dos Municípios). Certo.

Q110 – (Cespe – PC/CE 2012) A promoção da proteção do patrimônio


histórico cultural local compete aos estados.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A proteção do patrimônio histórico-cultural local é


assunto de interesse local. Logo, insere-se na competência dos Municípios como,
aliás, estabelece o art. 30, IX da CF:

Art. 30. Compete aos Municípios:


IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Gabarito: Errado

Q111 – O serviço de distribuição de gás encanado é um serviço público


privativo do estado-membro; nesse sentido, sua execução se dá de forma
exclusiva, de modo que nenhum outro ente poderá exercê-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Segundo o art. 25, §2º da CF, o serviço de gás


canalizado é da competência dos Estados-membros, de modo que nenhum outro ente
poderá executar esse serviço:

§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços


locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para
a sua regulamentação.

Detalhe interessante é que os Estados podem explorar o serviço de gás canalizado


apenas diretamente ou mediante concessão, ou seja, não cabe permissão ou
autorização. Gabarito: Certo

Q112 - De acordo com critério de classificação que considera a exclusividade


ou não do poder público na prestação do serviço, o serviço postal constitui
um exemplo de serviço público não exclusivo do Estado.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O serviço postal é um serviço exclusivo do Estado,
prestado diretamente pela União, nos termos do art. 21, X da CF:
Art. 21. Compete à União:
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional. Gabarito: Errado

Q113 - O serviço de uso de linha telefônica é um típico exemplo de serviço


singular, visto que sua utilização é mensurável por cada usuário, embora sua
prestação se destine à coletividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O serviço de uso de linha telefônica é passível de


mensuração individual (veja a sua conta telefônica); portanto, trata-se de serviço uti
singuli ou individual. Gabarito: Certo

Q114 - (Cespe – PRF 2012) O serviço de iluminação pública pode ser


considerado uti universi, assim como o serviço de policiamento público.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tanto o serviço de iluminação pública como o de


policiamento não são mensuráveis individualmente, ou seja, não é possível dizer com
certeza quanto que determinado indivíduo consome de iluminação pública ou de
policiamento. Sendo assim, tais serviços são considerados uti universi ou gerais.
Gabarito: Certo

Q115 - Os serviços de utilidade pública, a exemplo dos serviços de


transporte coletivo, visam proporcionar aos seus usuários mais conforto e
bem-estar.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Os serviços de utilidade pública são aqueles considerados


não essenciais, mas sim convenientes à coletividade, podendo ser prestados por
particulares. Portanto, são serviços delegáveis. São exemplos de serviço de utilidade
pública: transporte coletivo, energia elétrica, telefonia, etc. Certo

Q116 - A permissão de serviço público possui contornos bilaterais, mas,


diferentemente da concessão de serviço público, não pode ser caracterizada
como de natureza contratual.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Antes de qualquer coisa, cumpre enfatizar um ponto


importante: a permissão de ―uso de bem público‖ não se confunde com a permissão
de ―serviços públicos‖.

Com efeito, a permissão de uso de bem público é efetuada mediante ato


administrativo, discricionário e revogável, utilizada, por exemplo, para autorizar o uso
de espaço em praça pública para montagem de banca de revistas (em caso de
dúvida, revise a aula sobre atos administrativos). Como
se trata de um ato administrativo (e não de um contrato) a permissão de uso
de bem público não está sujeita a prévia licitação.

Já a permissão de serviços públicos é uma modalidade de delegação de serviços


públicos a particulares, prevista no art. 175 da CF (ao lado da concessão),
formalizada mediante contrato administrativo e sujeita a licitação
prévia.
Em suma:
- Permissão de serviço público
- contrato administrativo
- Permissão de uso de bem público
- ato administrativo

Vencidas essas considerações preliminares, percebe-se claramente que o quesito erra


ao afirmar que a permissão de serviço público não pode ser caracterizada como de
natureza contratual. Sobre a natureza contratual da permissão de serviços público,
está prevista no art. 40 da Lei 8.987/95:

Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de


adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do
edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do
contrato pelo poder concedente. Gabarito: Errado

Q117 - Um item que caracteriza a diferenciação entre permissão e concessão


de serviço público é a delegação de sua prestação a título precário.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 2º, IV da Lei 8.987,

IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação,


da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa
física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco.

A doutrina critica bastante esse dispositivo da lei (assim como o art. 40, transcrito no
comentário da questão anterior), por ele afirmar que a permissão
de serviço público é formalizada por contrato e, ao mesmo tempo, possui natureza
precária e pode ser revogada unilateralmente. Isso porque, segundo
a doutrina, precariedade e revogabilidade são características de atos, e não de
contratos. Tanto é verdade que o contrato de permissão, nos termos da lei,
deverá ter prazo determinado e, se rescindido antes do termo, ensejará indenização
do permissionário; portanto, não poderia ser chamado de precário. Tampouco poderia
ser revogado, pois contrato não é revogado, e sim rescindido ou extinto; revogação é
utilizada para suprimir atos administrativos, por razões de conveniência e
oportunidade. A doutrina também critica a parte que diz serem as permissões
―contratos de adesão‖, porque, afinal, qualquer contrato administrativo é um contrato
de adesão, sendo desnecessária a referência na lei.

Não obstante a crítica da doutrina, na prova devemos considerar a letra da lei (a


menos, é óbvio, se o enunciado mencionar a doutrina). Dessa forma, é correto
afirmar que as permissões são ―contratos de adesão‖, ―precários‖ e ―revogáveis‖,
como na presente questão. Certo

Q118 - Tanto a concessão quanto a permissão de serviço público serão feitas


pelo poder concedente a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade
para desempenho, por sua conta e risco.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O contrato de concessão pode ser celebrado com pessoas


jurídicas ou consórcio de empresas, mas não com pessoa física; já o contrato de
permissão pode ser celebrado com pessoas físicas ou jurídicas, mas não com
consórcios. Gabarito: Errado

Q119 - A respeito da delegação de serviço público e do instituto da licitação


para a correspondente outorga, julgue o item subsequente.

Embora o instituto da permissão exija a realização de prévio procedimento


licitatório, a legislação de regência não estabelece, nesse caso, a
concorrência
como a modalidade obrigatória, ao contrário do que prescreve para a
concessão de serviço público.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tanto as concessões como as permissões de serviços


públicos exigem a realização de prévio procedimento licitatório. A diferença é que,
nos termos da Lei 8.987/1995, as concessões são sempre realizadas na modalidade
concorrência, enquanto as permissões não requerem modalidade específica, ou seja,
outras modalidades podem ser adotadas, dependendo do valor e das características
do contrato a ser celebrado. Gabarito: Certo

Q120 – A prestação de serviços públicos deve dar-se mediante taxas ou


tarifas justas, que proporcionem a remuneração pelos serviços e garantam o
seu aperfeiçoamento, em atenção ao princípio da modicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão apresenta a definição correta do princípio da


modicidade, pelo qual os serviços públicos devem ser prestados a preços razoáveis,
ao alcance de seus destinatários. Gabarito: Certa

Q121 – As concessões e permissões de serviços públicos deverão ser


precedidas de licitação, existindo exceções a essa regra.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 175 da CF, a prestação de serviços


públicos ―incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação‖. Portanto, não existem
exceções à regra de que as concessões e permissões devem ser contratadas
mediante prévio procedimento licitatório (concessões = concorrência; permissões =
qualquer modalidade). Em outras palavras, não existem hipóteses de dispensa para a
contratação de concessões e permissões (a doutrina, contudo, admite a
inexigibilidade, quando a competição for inviável). Gabarito: Errado

Q122 – Se, na execução do serviço público, a concessionária causar prejuízo


a terceiros, o poder concedente deverá responder objetivamente pelo dano,
ressarcindo integralmente o lesado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A responsabilidade primária pelos prejuízos causados a


terceiros na execução do serviço público é da própria concessionária, e não do poder
concedente. Assim, a concessionária é que deverá responder objetivamente pelo
dano, independentemente de dolo ou culpa, ressarcindo integralmente o lesado.
Gabarito: Errado

Q123 – Para a configuração da responsabilidade civil do Estado, é irrelevante


licitude ou a ilicitude do ato lesivo.
Embora a regra seja a de que os danos indenizáveis derivam de condutas
contrárias ao ordenamento jurídico, há situações em que a administração
pública atua em conformidade com o direito e, ainda assim, produz o dever
de indenizar.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o


agente causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente
público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua
competência legal, nem mesmo se o ato foi culposo ou doloso. Não importa, portanto,
perquirir se a atuação do agente foi lícita ou ilícita, uma vez que essa atuação – legal
ou ilegal – é imputada ao órgão ou entidade cujos quadros ele integra.

Por exemplo, o agente da Administração, ao realizar a manutenção dos bueiros da


cidade, pode esquecer a tampa de um deles aberta e, com isso, provocar estragos
num veículo particular que transitar sobre o local. Nessa hipótese, mesmo que o fato
de deixar a tampa do bueiro aberta não caracterize um ato ilícito do agente público,
ainda assim a Administração deverá indenizar o particular. Gabarito: Certo

Q124 - A responsabilidade do Estado por danos causados por fenômenos da


natureza é do tipo subjetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos danos decorrentes de caso fortuito ou força maior –


como se pode classificar os fenômenos da natureza – sem que haja conduta
comissiva da Administração Pública, esta somente será responsabilizada caso se
comprove que a adequada prestação do serviço estatal obrigatório teria evitado ou
reduzido o resultado danoso. Nesses casos, a responsabilidade do Estado, se houver,
é subjetiva, baseada na teoria da culpa administrativa. Gabarito: Certo

Q125 - Um paciente internado em hospital público de determinado estado da


Federação cometeu suicídio, atirando-se de uma janela próxima a seu leito,
localizado no quinto andar do hospital. Com base nessa situação hipotética,
fica excluída a responsabilidade do Estado, por ter sido a culpa exclusiva da
vítima, sem possibilidade de interferência do referido ente público.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O entendimento acerca da responsabilidade civil pelo


suicídio de pessoas sob a guarda do Estado não é uniforme na jurisprudência. As
decisões variam a depender do caso concreto. Afinal, o suicídio é ou não é um caso
de culpa exclusiva da vítima??

No caso de suicídio envolvendo paciente internado em hospital público, o STF já se


manifestou que a responsabilidade extracontratual do Estado fica excluída pela culpa
exclusiva da vítima.

Daí, portanto, o gabarito da questão. Diversa, a meu ver, seria a situação em que a
tendência suicida do paciente pudesse ser diagnosticada a priori, caso em que caberia
ao Estado se acautelar das providências necessárias, para impedir que o internado
lograsse tirar a própria vida. Mas esse não foi o caso. Quanto ao suicídio de detento
em estabelecimento prisional, o STF possui outra posição, reconhecendo a
responsabilidade civil objetiva do Estado.
Em geral, quando se trata do suicídio de detentos, a jurisprudência tem reconhecido a
responsabilidade objetiva do Estado, não admitindo a exclusão da responsabilidade
por culpa exclusiva da vítima.

Enfim, percebe-se que existem na jurisprudência posições diversas e exatamente


opostas em relação à responsabilidade civil do Estado na hipótese de suicídio de
pessoas sujeitas à sua guarda. Por isso, considero que é possível afirmar que o
suicídio, por si só, não caracteriza culpa exclusiva da vítima; deve-se analisar as
demais circunstâncias que envolvem o caso, especialmente a previsibilidade da
conduta do suicida, para concluir se há ou não responsabilidade do Estado. A não ser
no caso dos detentos, em que a orientação jurisprudencial tende a ser pela
responsabilidade objetiva do Estado, não existe uma regra única a ser seguida na
prova. Cabe ao candidato analisar todas as informações presentes na questão –
especialmente os elementos subjacentes, e não apenas o suicídio em si – para decidir
qual a melhor resposta. Gabarito: Certo

Q126 - Aplica-se a prescrição quinquenal no caso de ação regressiva


ajuizada por autarquia estadual contra servidor público cuja conduta
comissiva tenha resultado no dever do Estado de indenizar as perdas e danos
materiais e morais sofridos por terceiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO: As ações de ressarcimento ao erário, como é o caso das


ações regressivas, são imprescritíveis. Sobre o tema, o doutrinador Carvalho Filho
ensina que a imprescritibilidade alcança apenas as pessoas jurídicas de direito
público, ou seja, as pessoas federativas, as autarquias e fundações autárquicas, não
atingindo as empresas estatais, pessoas de direito privado.

Também não atinge as delegatárias de serviço público, pois o dispositivo


constitucional trata das ações de ressarcimento ao erário. Para essas entidades,
aplica-se o prazo prescricional de três anos do Código Civil. Gabarito: Errado

Q127 - O servidor que, por descumprimento de seus deveres funcionais,


causar dano ao erário, ficará obrigado ao ressarcimento, em ação regressiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O servidor responde civil, penal e administrativamente


pelo exercício irregular de suas atribuições. Nos termos do art. 122 da Lei
8.112/1990, ―a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros‖. Assim, na hipótese de um
ato do servidor causar dano ao erário, ele responderá na esfera civil diretamente,
ficando obrigado ao ressarcimento. A ação regressiva ocorre para os casos de danos a
terceiros, daí o erro. Gabarito: Errado

Q128 - Incidirá a responsabilidade civil objetiva do Estado quando, em


processo judicial, o juiz, dolosamente, retardar providência requerida pela
parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO: À época da prova, vigorava o CPC antigo, o qual


estabelecia que, quando o juiz, dolosamente, retardasse providência requerida pela
parte, incidiria a responsabilidade pessoal subjetiva do magistrado, ou seja, não seria
o Estado quem deveria pagar a indenização ao prejudicado, e sim o próprio juiz.
Porém, o novo CPC modificou essa regra: a partir de agora, na hipótese de conduta
dolosa do magistrado que venha a causar prejuízo à parte ou a terceiro, incide a
responsabilidade civil objetiva do Estado, assegurado o direito de regresso contra o
juiz. Assim, vamos atualizar o gabarito original da questão. Gabarito: Certo

Q129 - No caso de responsabilidade civil do Estado, por dano causado a


outrem, cabe ação regressiva, contra o agente causador, que tenha agido
culposa ou dolosamente, mas constitui requisito essencial para tanto, ter
havido

a) ajuizamento de ação pelo paciente, cobrando indenização do dano.


b) condenação do Estado a indenizar o paciente.
c) reconhecimento de culpa ou dolo, por parte do agente.
d) prova produzida pelo paciente, de culpa ou dolo do agente.
e) recusa do agente em assumir o ônus da reparação desse dano.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Para entrar com a ação de regresso contra o agente, a


pessoa jurídica (entidade pública ou delegatária de serviços públicos) deverá
comprovar que já foi condenada judicialmente a indenizar o particular que sofreu o
dano. Isso porque o direito de regresso nasce com o trânsito em julgado da decisão
condenatória prolatada na ação de indenização. Portanto, pode-se afirmar que o
requisito essencial para a ação regressiva é a condenação do Estado a indenizar o
paciente (opção ―b‖). Perceba que o ―reconhecimento de culpa ou dolo, por parte do
agente‖ (opção ―c‖) não é propriamente requisito para a propositura da ação
regressiva, e sim para a condenação do agente nessa ação. Gabarito: alternativa ―b‖

Q130 - Em relação ao tema da Responsabilidade Civil do Estado, analise as


questões a seguir, identificando se são verdadeiras (V) ou falsas (F).
Após a análise das opções, assinale aquela que apresenta a sequência
correta.

( ) Segundo a posição majoritária da doutrina administrativista, o fato de ser


atribuída responsabilidade objetiva a pessoa jurídica não significa exclusão
do direito de agir diretamente contra aquele agente do Poder Executivo que
tenha causado o dano.

( ) O cidadão prejudicado pelo evento danoso poderá mover ação contra


pessoa jurídica de direito público e contra o agente do Poder Executivo
responsável pelo fato danoso em litisconsórcio facultativo, já que são eles
ligados por responsabilidade solidária.

( ) Como a responsabilidade do agente causador do dano acompanha a


responsabilização do Estado, será cabível ação de regresso quando o Estado
houver sido responsabilizado objetivamente ainda que o agente não tenha
agido com dolo ou culpa.

( ) São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao Erário movidas pelo


Estado contra seus servidores que tenham praticado ilícitos dos quais
decorram prejuízos aos cofres públicos.

a) V, V, V, V
b) F, V, V, V
c) V, F, V, V
d) V, V, F, V
e) V, V, V, F

RESPOSTA DA QUESTÃO: Vamos analisar cada alternativa:


a) VERDADEIRA. Nessa questão, a banca pediu o posicionamento da doutrina que,
nesse tema, difere do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Com efeito,
para o STF, é apenas a pessoa jurídica quem deve figurar no polo passivo da ação
judicial de indenização movida pelo particular, e não o agente público; este somente
responderá a posteriori, na ação regressiva proposta pela própria pessoa jurídica.
Diversamente, para a doutrina, o fato de ser atribuída responsabilidade objetiva à
pessoa jurídica não significa exclusão do direito de agir diretamente contra o agente
que tenha causado o dano. Por exemplo, para o autor Celso Antônio Bandeira de
Mello, a vítima pode propor ação de indenização contra o agente, contra o Estado ou
contra ambos, como responsáveis solidários, no caso de dolo ou culpa. A mesma
posição perfilha Maria Sylvia Di Pietro. Daí, portanto, o gabarito.

b) VERDADEIRA. Trata-se do mesmo entendimento doutrinário comentado na


alternativa anterior. Lembrando que, para o STF, diversamente do que prega a
doutrina, nem mesmo o litisconsórcio é possível (ou seja, a pessoa jurídica e o agente
público não podem figurar conjuntamente no polo passivo da ação de reparação); ao
ver da Suprema Corte, quem deve responder na ação de indenização é apenas a
pessoa jurídica.

c) FALSA. O erro está na parte final. Com efeito, o agente público somente será
responsabilizado na ação de regresso caso tenha agido com dolo ou culpa.
d) VERDADEIRA. São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário movidas
pelo Estado contra seus agentes, servidores ou não, que tenham praticado atos
ilícitos. Os ilícitos prescreverão, mas não as ações de ressarcimento.

É o que prevê o art. 37, §5º da CF:


§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento. Gabarito: alternativa ―d‖

Q131 - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado


prestadoras de serviço público é objetiva em relação aos usuários, bem como
em relação a terceiros não usuários do serviço público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q133 - Em decorrência do princípio da continuidade do serviço público,


admite-se que o poder concedente tenha prerrogativas contratuais em
relação ao concessionário. Uma dessas prerrogativas é a possibilidade de
encampação do serviço, quando necessária à sua continuidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A encampação é a retomada do serviço público mediante o interesse público.

Q134 – A rescisão unilateral de concessão de serviço público por razão de


inadimplemento contratual é denominada:
a) reversão.
b) avocação.
c) encampação.
d) intervenção.
e) caducidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 8.987/95: Art.38 §2º- A declaração da caducidade da concessão deverá ser
precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. Caducidade. E.

Q135 – Encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente durante


o prazo da concessão por motivo de interesse público, mediante Decreto do
Poder Executivo e pagamento prévio de indenização.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A encampação ocorre mediante lei autorizativa específica, e não mediante Decreto do
Poder Executivo (Lei 8.987, art. 37). Errada.
Q136 – A pessoa política a quem a Constituição e a lei atribuem a
titularidade do serviço deve exercer a fiscalização das atividades
desempenhadas. A falta de fiscalização por parte do poder concedente induz
a atenuação da responsabilidade do concessionário de indenizar por
prejuízos causados aos usuários ou a terceiros.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o art. 25 da Lei 8.987, a fiscalização exercida pelo órgão competente não
exclui ou atenua a responsabilidade da concessionária pelos prejuízos causados aos
usuários ou a terceiros.
Q137 – Caso a concessionária contrate com terceiros o desenvolvimento de
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido,
fica configurada a subconcessão.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A subconcessão ocorre quando há a transferência parcial da execução do próprio
serviço público concedido, e não de meras atividades acessórias ou complementares.
Q138 – Enquanto a permissão de serviço público, diante de sua
precariedade, ocorre necessariamente por prazo determinado, a concessão
pode ocorrer por prazo indeterminado.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A concessão não pode ocorrer por prazo indeterminado;
embora a Lei 8.987/1995 não fixe prazos máximos e mínimos, ela exige que
contratos de concessão prevejam o seu prazo de duração (segundo o art. 23 da lei, o
prazo da concessão é cláusula essencial nos contratos). Errada.
Q139 – Naquilo que diz respeito à extinção do contrato de concessão de
serviço público, correlacione as colunas abaixo e assinale a opção que
contemple a correlação correta.

(1) Retomada do serviço, por motivo de interesse público.


(2) Retomada do serviço, por inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
(3) Extinção do contrato, por descumprimento de normas contratuais pelo
concedente.

( ) caducidade;
( ) encampação;
( ) rescisão.

a) 3 / 1 / 2
b) 2 / 3 / 1
c) 1 / 2 / 3
d) 2 / 1 / 3
e) 3 / 2 / 1

RESPOSTA DA QUESTÃO: A correlação correta é a seguinte:


Caducidade: retomada do serviço, por inexecução total ou parcial do
contrato por parte da concessionária.
- Encampação: retomada do serviço, por motivo de interesse público.
- Rescisão: extinção do contrato, por descumprimento de normas
contratuais pelo concedente.
Gabarito: alternativa D

Q140 - Suponha que, extinta a concessão de serviço público em razão do


advento do termo do contrato, o poder concedente tenha decidido que os
bens afetos ao serviço público, de propriedade do concessionário, seriam
incorporados ao poder público. Nessa situação, considerando-se o disposto
na Lei n.º 8.987/1995, o instituto utilizado pelo poder concedente para
incorporar os bens do concessionário ao patrimônio público denomina-se

a) apropriação.
b) reversão.
c) encampação.
d) caducidade.
e) intervenção.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O instituto utilizado pelo poder concedente para


incorporar os bens do concessionário ao patrimônio público denomina-se reversão
(opção ―b‖). Lembrando que a reversão só atinge os bens especificados no contrato
de concessão e ocorre em todas as formas de extinção do contrato, e não apenas no
advento do termo contratual.
Gabarito: alternativa ―b‖

Q141 - Com base no princípio da autotutela, e em qualquer tempo, a


administração pública tem o poder-dever de rever seus atos quando estes
estiverem eivados de vícios.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso de atos dos quais decorram efeitos favoráveis


aos administrados, o poder de autotutela da Administração se sujeita ao prazo
decadencial de cinco anos, previsto na Lei 9.784/99; nesse caso, portanto, a revisão
não poderá ocorrer a qualquer tempo, daí o erro. Gabarito: Errado

Q142 - O cidadão que denuncie ilegalidades e condutas abusivas praticadas


por determinado servidor do TJDFT no exercício da função pública, mesmo
não sendo diretamente afetado pela irregularidade perpetrada, deve fazê-lo
por meio do instituto da reclamação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O instrumento adequado para se fazer denúncias sobre


irregularidades internas ou condutas abusivas da Administração Pública é a
representação. Portanto, o quesito erra ao apontar que o instituto adequado seria a
reclamação. A reclamação, por seu turno, é utilizada quando se quer manifestar
discordância de algum ato praticado pela Administração que tenha afetado o interesse
do reclamante. Ficamos assim, então: na representação, o interesse do administrado
não necessariamente está em jogo (ele apenas denuncia alguma irregularidade de
que tem conhecimento); já na reclamação, o interesse individual do administrado
está presente. Gabarito: Errado

Q143 - O recurso hierárquico impróprio é aquele dirigido a autoridade


integrante de pessoa jurídica diversa daquele de onde se originou o ato
impugnado, a exemplo do recurso endereçado ao Ministério contra ato
praticado por uma autarquia a ele vinculada, desde que exista previsão legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Recursos hierárquicos impróprios, por sua vez, são interpostos a órgão ou autoridade
que não possui relação hierárquica com a autoridade ou órgão que editou o ato objeto
de impugnação. Por não ser decorrente de hierarquia, o recurso impróprio só é
cabível se previsto expressamente em lei. Correta a questão.

Q144 - Nos termos previstos na Constituição Federal, os responsáveis pelo


controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de

a) demissão a bem do serviço público.


b) responsabilidade subsidiária.
c) responsabilidade solidária.
d) exoneração.
e) suspensão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 74, §1º da CF, os responsáveis pelo
controle interno que não derem ciência ao Tribunal de Contas acerca de qualquer
irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento, estarão sujeitos a
responsabilidade solidária:

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.

Quer dizer que os servidores do controle interno responderão pela irregularidade ou


ilegalidade em igualdade de condições com a pessoa que a cometeu. Vale ressaltar
que a responsabilidade solidária não livra o servidor de outras punições
administrativas, inclusive as citadas no quesito (demissão, suspensão ou
exoneração), conforme venha a ser apurado em processo administrativo, se for o
caso. Todavia, o que interessa para a questão é o que está previsto no mencionado
dispositivo constitucional. Alternartiva ―c‖
Q145 - De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência desse
tribunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatório sintético a
esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro relator —
antes de se pronunciar sobre o mérito das contas — ordena a citação dos
responsáveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Por simetria com o disposto na Constituição Federal, o


julgamento das contas dos Chefes do Poder Executivo nas demais esferas de governo
compete ao Poder Legislativo local, após parecer prévio emitido pelo Tribunal de
Contas competente. No caso do Distrito Federal, de que trata o comando da questão,
o julgamento das contas do governador compete à Câmara Legislativa do DF e não ao
TCDF, daí o erro. O TCDF, a exemplo do TCU, apenas emite parecer prévio. Gabarito:
Errado

Q146 - Cabe exclusivamente ao Congresso Nacional apreciar e julgar


anualmente as contas de governo, consideradas em seu sentido mais amplo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A exclusividade conferida pela Constituição ao Congresso


Nacional refere-se apenas ao julgamento das contas do Presidente da República (CF,
art. 49, IX). Também as apreciam o TCU, que emite parecer prévio (CF, art. 71, I), e
a Comissão mista de Senadores e Deputados (CMO), que emite parecer, na forma de
projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, §1º, I). Portanto, a palavra ―apreciar‖
torna o quesito incorreto.
Gabarito: Errado

Q147 - No controle externo da administração financeira e orçamentária, os


tribunais de contas devem realizar o controle prévio dos atos ou contratos da
administração direta ou indireta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Controle pelo Poder Legislativo ( auxiliado pelo tribunal de contas)
- CONTRATOS : quem susta é o Congresso nacional
- ATOS : susta é o TCU e comunica à camara e senado.

Q148 – Funiversa Delegado 2015 - O TCU não tem competência para sustar
ou anular, por meio de decisão própria, contratos administrativos que foram
firmados com violação à CF ou à lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TCU não susta contrato, só ato.

Q149 - Se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode


causar lesão ou ameaça de lesão a alguém, que passa a ter legitimação para
se socorrer do Judiciário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em que pese "parecer" uma afronta ao princípio constitucional da inafastabilidade da
jurisdição (art. 5º, XXXV, CF), o poder judiciário não tem controle sobre o ato
administrativo, mesmo que pendente, quando este não estiver eivado de ilegalidade.
Assim, não há o que se falar em "legitimação para se socorrer ao judiciário" quando
não houver ilegalidade do ato. Errada.
Q150 - A ação de improbidade que vise ressarcir integralmente o patrimônio
público da lesão ocorrida poderá importar na indisponibilidade dos bens do
servidor que praticou o ato de forma dolosa. No entanto, caso o ato tenha
sido praticado de forma culposa, o servidor não poderá responder
patrimonialmente, uma vez que estará configurada a culpa in eligendo da
administração pública, a contratante.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso de ato de improbidade que tenha provocado


prejuízo ao erário, a responsabilização do agente pode ocorrer se ele tiver agido com
dolo ou culpa, daí o erro. Por outro lado, nas hipóteses de enriquecimento ilícito e de
violação dos princípios da Administração Pública, a responsabilização por improbidade
administrativa só existe em caso de dolo, mas não de culpa. Gabarito: Errado

Q151 - A comprovação da improbidade administrativa, que poderá ser


declarada tanto pela via judicial quanto por processo administrativo, gera a
perda dos direitos políticos, que somente poderão ser readquiridos por meio
de ação rescisória.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A comprovação da improbidade administrativa somente


ocorre com a sentença judicial que julgar procedente a respectiva ação civil pública e
aplicar as devidas penalidades. Portanto, não poderá ser declarada por processo
administrativo, daí o erro. Em especial, a suspensão (e não a perda) dos direitos
políticos só se efetiva com o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 20),
ou seja, depois de esgotadas todas as possibilidades recursais. Errado

Q151 - Em havendo fundados indícios de responsabilidade pela prática de


ato de improbidade, a comissão processante designada pela autoridade
administrativa competente pode, de ofício, decretar o sequestro dos bens do
agente público ou terceiro que tenha causado dano ao patrimônio público.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O quesito está errado, pois, nos termos do art. 16 da Lei
8.429/92, ―havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará
ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo
competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.‖ Ou seja, a comissão
não pode decretar a indisponibilidade de bens de ofício, mas deve representar ao MP
ou à procuradoria do órgão para tanto. Gabarito: Errado

Q152 - Se, após uma operação da Polícia Federal, empreendida para


desarticular uma quadrilha que agia em órgãos públicos, o Ministério Público
Federal ajuizar ação de improbidade administrativa contra determinado
servidor, devido a irregularidades cometidas no exercício da sua função,
mesmo que esse servidor colabore com as investigações, será vedado o
acordo ou a transação judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nas ações por improbidade administrativa é vedada a


transação, acordo ou conciliação (Lei 8.429/92, art. 17, §1º). Gabarito: Certo

Q153 - Maristela, Diretora de órgão público federal, frustrou a licitude de


concurso público e, em outra oportunidade, frustrou a licitude de
procedimento licitatório. Em razão do exposto, foi processada por
improbidade administrativa pelo Ministério Público Federal. A propósito dos
fatos narrados e desde que preenchidos os demais requisitos legais previstos
na Lei nº 8.429/1992:

a) o dolo é indispensável para a configuração do ato ímprobo apenas na


primeira conduta.
b) o dolo é indispensável para a configuração do ato administrativo apenas
na segunda conduta.
c) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos
atentatórios aos princípios da Administração pública.
d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que
causam
prejuízo ao erário.
e) o dolo é indispensável para a configuração dos atos ímprobos em ambas
as
condutas.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Frustrar a licitude de concurso público é uma conduta


listada na Lei 8.429/92 como ato de improbidade que atenta contra os princípios da
Administração Pública (art. 11, V). Logo, para a configuração do ato de improbidade,
é necessária a presença de dolo, e não apenas de culpa.
Por outro lado, a Lei 8.429/92 considera que frustrar a licitude de procedimento
licitatório é um ato de improbidade que causa prejuízo ao erário (art. 10, VIII). Logo,
pode ser configurado se houver dolo ou culpa. Gabarito: alternativa ―a‖.

Q154 - A decretação de indisponibilidade de bens em decorrência da


apuração de atos de improbidade administrativa deve limitar-se aos bens
necessários ao ressarcimento integral do dano, somente sendo passíveis de
constrição os bens adquiridos posteriormente ao fato ímprobo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STJ: A medida constritiva de indisponibilidade de bens recai sobre os bens
necessários ao ressarcimento integral do dano, ainda que adquiridos anteriormente
ao ato de improbidade.

Q155 - A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade


Administrativa independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, letra da lei.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo
Tribunal ou Conselho de Contas

Q156 - No caso de enriquecimento ilícito, o agente público beneficiário


somente perderá os bens adquiridos até o limite do valor do dano causado ao
patrimônio público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 6º da Lei 8.429/92, ―no caso de enriquecimento ilícito, perderá
o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio‖. Ou seja, na hipótese de enriquecimento ilícito, o limite do ressarcimento
são os bens e valores acrescidos ao patrimônio do agente ou do terceiro, e não o
valor do dano causado ao patrimônio público.

Q157 - A indisponibilidade de bens restringe-se aos adquiridos com o


produto do enriquecimento ilícito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A afirmativa se refere a esta última hipótese, qual seja, enriquecimento ilícito. Como
se percebe, a Lei determina que a indisponibilidade deve corresponder ao valor do
―acréscimo patrimonial‖ resultante do enriquecimento ilícito, e não apenas sobre os
bens adquiridos. Com efeito, o agente pode não destinar todo o produto do
enriquecimento ilícito para a aquisição de bens (ele pode, por exemplo, deixar uma
parte aplicada em investimentos financeiros ou até mesmo debaixo do colchão). No
caso, a indisponibilidade também deve recair sobre esses recursos não utilizados na
aquisição de bens. Questão Errada.

Q158 - Analise as assertivas abaixo relativas à improbidade administrativa,


nos termos da Lei n. 8.429/92, assinalando a correta.

a) O Ministério Público não é parte legítima para promover ação civil pública
visando o ressarcimento do dano ao erário público.
b) Uma sanção prevista na Lei n. 8.429/92 é a multa civil.
c) Será punido com a pena de suspensão o agente público que se recusa a
prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar
falsamente.
d) A ação de improbidade terá o rito sumário.
e) Não é possível o pedido de sequestro dos bens do agente público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA. O Ministério Público, juntamente com a pessoa jurídica interessada, é sim
parte legítima para promover ação civil pública visando ao ressarcimento do dano ao
erário. É o que prevê o art. 17 da Lei 8.429/92:
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da
medida cautelar.
b) CERTA. A multa civil, de fato, está prevista no art. 12, incisos I, II e III da Lei
8.429/92 como uma das sanções aplicáveis nas ações de improbidade administrativa.
c) ERRADA. Nos termos do art. 13, §3º da Lei 8.429/92, o agente público que se
recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a
prestar falsamente será punido com a pena de demissão, e não de suspensão.
d) ERRADA. Nos termos do art. 17 da Lei 8.429/92, a ação de improbidade terá o rito
ordinário, e não o rito sumário.
e) ERRADA. O pedido de sequestro dos bens do agente público é possível, conforme
preconiza o art. 16 da Lei 8.429/92. O sequestro de bens é uma medida cautelar,
decretada pelo juiz após requerimento do Ministério Público ou da procuradoria do
órgão ou entidade em que esteja tramitando o processo administrativo. O sequestro
visa a garantir uma futura execução dos bens do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou causado dano material ao patrimônio público.
Q159 - (Cespe – MP/ES – Promotor de Justiça 2010) Com referência à
improbidade administrativa, tendo em vista o disposto na Lei n.º
8.429/1992, assinale a opção correta.

a) A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade depende da efetiva


ocorrência de dano ao patrimônio público.
b) A ação de improbidade, quando proposta pelo MP, há que ser obrigatoriamente
precedida de inquérito civil público.
c) As ações de improbidade devem ser propostas no prazo de cinco anos, contados da
prática do ilícito que enseje sua propositura.
d) A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
e) Não sendo a ação de improbidade proposta pelo MP, terá ele a opção de atuar, ou
não, no processo, a critério de seu representante.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Vamos analisar cada alternativa, à luz da Lei 8.429/92:

(a) Errada, pois a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade independe
da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público (art. 21, I).
(b) Errada, pois a Lei de Improbidade não prevê tal obrigatoriedade. A Lei dispõe,
contudo, que o MP, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou
mediante representação formulada por qualquer pessoa, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo (art. 22).
(c) Errada, pois o prazo prescricional previsto na Lei de Improbidade é de cinco anos
contados após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de
função de confiança. Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, o prazo
prescricional é o previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público (art. 23).
(d) Certa, nos exatos termos do art. 20, parágrafo único da Lei 8.429/92. Perceba
que o afastamento cautelar pode ser determinado tanto pela autoridade
administrativa quanto pela judicial. Ademais, o afastamento ocorre sem prejuízo da
remuneração do agente.
(e) Errada, pois se ação de improbidade não for proposta pelo MP, este
obrigatoriamente terá de atuar como fiscal da lei, sob pena de nulidade (art. 17,
§4º).
Gabarito: alternativa ―d‖

Q160 - Responde subjetivamente por danos causados a terceiros:

a) a permissionária prestadora de serviço público.


b) a autarquia.
c) a concessionária prestadora de serviço público.
d) o ente da administração direta.
e) o servidor público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A responsabilidade civil do servidor público por dano causado a terceiros, no exercício
de suas funções, ou à própria administração, é subjetiva, razão pela qual se faz
necessário, em ambos os casos, comprovar que ele agiu de forma dolosa ou culposa
para que seja diretamente responsabilizado. Gab: Letra E.
DP - DIREITO PENAL

Q1 (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO)

Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente


importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal
disposição constitucional o da:

a) legalidade.
b) proporcionalidade.
c) individualização.
d) pessoalidade.
e) dignidade humana.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre os princípios elencados pela questão, apenas o


princípio da proporcionalidade não está expressamente previsto na Constituição
Federal, embora possa ser extraído de forma implícita.
Os demais encontram previsão no art. 5º, cap ut e incisos XLVI, XLV e art. 1º, III da
Constituição.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q2 - "A terrível humilhação por que passam familiares de presos ao


visitarem seus parentes encarcerados consiste na obrigação de ficarem nus,
de agacharem diante de espelhos e mostrarem seus órgãos genitais para
agentes públicos. A maioria que sofre esses procedimentos é de mães,
esposas e filhos de presos. Até mesmo idosos, crianças e bebês são
submetidos ao vexame. É princípio de direito penal que a pena não
ultrapasse a pessoa do condenado".

Além da ideia de dignidade humana, por esse trecho o inconformismo do


autor, recentemente publicado na imprensa brasileira, sustenta-se mais
diretamente também no postulado constitucional da

a) individualização.
b) fragmentariedade.
c) pessoalidade.
d) presunção de inocência.
e) legalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O texto do autor está relacionado ao princípio da


PERSONALIDADE da pena, ou da PESSOALIDADE DA PENA (Ou, ainda,
INTRANSCENDÊNCIA da pena), segundo o qual a pena não passará da pessoa do
apenado.
É claro que, pelo relato do texto, a pena em si não está sendo aplicada aos familiares.
Contudo, embora quem cumpra pena seja o infrator, é aplicada aos seus familiares
toda uma situação de flagelo e humilhação, como se o sofrimento excessivo fosse
deliberadamente imposto aos parentes do infrator.

Além disso, o texto é claro ao final ao dizer: ―É princípio de direito penal que a pena
não ultrapasse a pessoa do condenado‖, o que evidencia a relação com o princípio da
pessoalidade da pena. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
Q3 – (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO) A ideia de insignificância
penal centra-se no conceito:

a) formal de crime.
b) material de crime.
c) analítico de crime.
d) subsidiário de crime.
e) aparente de crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O princípio da insignificância afasta a configuração da


tipicidade material, ou seja, a conduta, embora FORMALMENTE seja típica (adequada
perfeitamente ao tipo penal), não é capaz de ofender minimamente o bem jurídico
que se busca tutelar.

Q4 – O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequência jurídica.


b) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do Estado.
c) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas.
d) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal.
e) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A fragmentariedade estabelece que, embora existam


diversos bens jurídicos dignos de proteção pelo Estado, nem todos serão tutelados
pelo Direito Penal, mas somente aqueles mais relevantes.

Assim, ela relativiza a função de proteção de bens jurídicos atribuída à lei


penal. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q5 – O princípio da humanidade das penas está consagrado na Constituição


Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal princípio está previsto no art. XLVII da CRFB/88, sendo também conhecido como
―princípio da limitação das penas‖:

Art. 5º (...)
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

Questão correta.

Q6 – O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único


controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja o que
disponha dos instrumentos mais enérgicos, é reconhecido pela doutrina
como princípio da
a) lesividade.
b) intervenção mínima.
c) fragmentariedade.
d) subsidiariedade.
e) proporcionalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O item correto é a letra D. O princípio da subsidiariedade


dispõe que o Direito Penal somente deverá atuar quando todos os demais ramos do
Direito forem insuficientes para salvaguardar o bem jurídico que se pretende tutelar,
exatamente por ser o mais enérgico e, portanto, o mais agressivo ao cidadão.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.


Q7 – O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão
nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q8 – De acordo com o que dispõe a Constituição Federal, é crime inafiançável


e imprescritível:

a) o estupro.
b) a tortura.
c) o terrorismo.
d) o racismo.
e) o crime hediondo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A CRFB/88 estabelece como crime inafiançável e


imprescritível o RACISMO. Letra D

Q9 – (FUNIVERSA – 2013 – PM/DF – SOLDADO COMBATENTE)


Sentença penal condenatória determinou a aplicação da sanção de pena
privativa de liberdade ao réu e a decretação do perdimento de bens que, nos
termos da lei, acabaram por afetar seus familiares, exatamente no montante
do patrimônio transferido pelo réu. Considerando essa situação hipotética e
os princípios constitucionais que regem o Direito Penal, assinale a
alternativa
correta.

(A) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu e não a seus familiares, que
não praticaram crime, corresponde à aplicação integral do princípio constitucional da
individualização da pena.
(B) A imposição do perdimento de bens aos familiares do condenado acabou por não
observar o princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal.
(C) A extensão dos efeitos da condenação, com a decretação do perdimento de bens,
afetando os familiares do condenado não poderia ocorrer, em virtude da necessidade
de se observar o princípio constitucional da legalidade estrita.
(D) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido apenas a pessoa do
condenado com extensão, aos familiares, da obrigação de reparar o dano, atende
integralmente o que prescreve o princípio constitucional da personalidade ou
responsabilidade pessoal.
(E) O princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal é um princípio
implícito na Constituição Federal vigente.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O princípio da personalidade, da responsabilidade pessoal


ou da intranscendência da pena (qualquer destes nomes serve!) está expresso na
Constituição Federal. Vejamos:

Art. 5º (...)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
ansferido aos herdeiros) para o cumprimento da decisão de perdimento
de bens ou para a reparação do dano não estão abarcados pela
personalidade da pena. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q10 – A afirmação de que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo


de proteção de bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens que
constituem o universo de bens do indivíduo, mas representa um sistema
descontínuo de seleção de ilícitos decorrentes da necessidade de criminalizá-
los ante a indispensabilidade da proteção jurídico-penal, amolda-se, mais
exatamente,

a) ao conceito estrito de reserva legal aplicado ao significado de taxatividade da


descrição dos modelos incriminadores.
b) à descrição do princípio da fragmentariedade do Direito Penal que é corolário do
princípio da intervenção mínima e da reserva legal.
c) à descrição do princípio da culpabilidade como fenômeno social.
d) ao conteúdo jurídico do princípio de humanidade relacionado ao conceito de Justiça
distributiva.
e) à descrição do princípio da insignificância em sua relativização na busca de mínima
proporcionalidade entre gravidade da conduta e cominação de sanção.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal afirmação se amolda à descrição do princípio da


fragmentariedade do Direito Penal. O princípio da fragmentariedade do Direito Penal
está relacionado à IMPORTÂNCIA do bem jurídico para a sociedade. Ou seja, o Direito
Penal só poderá tutelar aqueles bens jurídicos especialmente relevantes, cabendo aos
demais ramos do Direito a tutela daqueles bens que não sejam dotados de tamanha
importância social.

Além disso, pelo caráter SUBSIDIÁRIO do Direito Penal, ele só deve tutelar esses
bens jurídicos extremamente relevantes quando não for possível aos demais ramos
do Direito exercer esta tarefa, já que o Direito Penal é um instrumento extremamente
invasivo.

Q11 – Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola,


sua ex-namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho
e, após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa
eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e
denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de
lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado com
base no princípio da:
(A) especialidade;
(B) subsidiariedade expressa;
(C) alternatividade;
(D) subsidiariedade tácita;
(E) consunção.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela, o dolo de Henrique era de MATAR. Em


assim sendo, Henrique deverá responder por homicídio consumado. Todas as
condutas que são consideradas como ―meio‖ para alcançar esta finalidade ficam
ABSORVIDAS pelo crime de homicídio, pelo princípio da consunção. A ALTERNATIVA
CORRETA É A LETRA E.

Q12 – A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e


maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de
dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a
degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do
princípio da

a) proporcionalidade.
b) intervenção mínima do Estado.
c) fragmentariedade do Direito Penal.
d) humanidade.
e) adequação social.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tais previsões são decorrências lógicas do princípio da


humanidade, que não se restringe à vedação a determinados tipos de penas
(humanidade das penas), mas se aplica a todo o sistema penal e processual penal.
LETRA D.

Q13 – Assinale a alternativa que apresenta o princípio que deve ser atribuído
a Claus Roxin, defensor da tese de que a tipicidade penal exige uma ofensa
de gravidade aos bens jurídicos protegidos.

a) Insignificância.
b) Intervenção mínima.
c) Fragmentariedade.
d) Adequação social.
e) Humanidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O princípio que prega que o tipo penal deve exigir uma
ofenda grave ao bem jurídico, não se satisfazendo com uma ofensa irrelevante, é o
princípio da insignificância. O princípio tem origem no Direito Romano, embora tenha
sido feita uma releitura, no século XX, pelo Jurista alemão Claus Roxin. LETRA A.

Q14 – O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete


privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal,
ressaltando que, excepcionalmente, lei estadual (ou distrital) poderá tratar
sobre questões específicas de Direito Penal, desde que permitido pela União
por meio de lei complementar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Compete ao Estado (lato sensu), mais precisamente à União, mediante Lei Formal,
legislar sobre direito penal, sendo cabível, excepcionalmente, que lei estadual (ou
distrital) trate sobre questões específicas de Direito Penal, desde que permitido pela
União por meio de lei complementar, nos termos do art. 22, § único da CF/88.
Correta.

Q15 – Sobre a analogia e a interpretação da lei penal, analise as assertivas e


indique a alternativa correta:

I – A analogia consiste em aplicar-se a uma hipótese já regulada por lei uma


disposição mais benéfica relativa a um caso semelhante.
II – Entende-se por analogia o processo de averiguação do sentido da norma
jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, através de
método de semelhança.
III – Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese
expressamente, mas de forma genérica, o que torna necessário o recurso à
via interpretativa.
IV – Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma
vez que não se pode violar o princípio da reserva legal.

(A) apenas as assertivas I e II são verdadeiras.


(B) apenas as assertivas I e III são verdadeiras.
(C) apenas as assertivas II e III são verdadeiras.
(D) apenas as assertivas II e IV são verdadeiras.
(E) apenas as assertivas III e IV são verdadeiras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – ERRADA: A analogia consiste em aplicar determinada norma, prevista para uma
determinada hipótese, a um caso por ela não abrangido, mas semelhante, em relação
ao qual não há regulamentação.
II – ERRADA: Item errado, pois esta é a definição da interpretação analógica.
III – CORRETA: Item correto, pois na interpretação analógica não há lacuna na Lei.
Ocorre que, como a Lei não pode prever todas as hipóteses, o dispositivo legal traz
uma fórmula genérica, de maneira que cabe ao intérprete analisar se o caso concreto
se amolda à hipótese exemplificativa trazida pela norma penal.
IV – CORRETA: Item correto, pois é vedada a analogia in malam partem.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q16 – A norma inserida no art. 7.º, inciso II, alínea "b", do Código Penal -
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro (...) os
crimes (...) praticados por brasileiro - encerra o princípio

a) da universalidade ou da justiça mundial.


b) da territorialidade.
c) da nacionalidade ou da personalidade ativa.
d) real, de defesa ou da proteção de interesses.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal norma encerra o princípio da personalidade ativa, ou


princípio da nacionalidade, conforme definição dada pela doutrina penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
Q17 – Relativamente ao tema da territorialidade e extraterritorialidade,
analise as afirmativas a seguir.

I. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a


administração pública, por quem está a seu serviço.
II. Ficam sujeitos à lei brasileira, os crimes praticados em aeronaves ou embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro
ainda que julgados no estrangeiro.
III. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra
o patrimônio da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território ou de Município
quando não sejam julgados no estrangeiro.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 7º, I, c do CP.
II – ERRADA: Neste caso, tais embarcações não são consideradas
território nacional por extensão. Assim, somente será aplicada a lei
brasileira caso o delito não seja julgado no país em que ocorreu o crime,
nos termos do art. 7º, II, c do CP.
III – ERRADA: Item errado, pois tais crimes, ainda quando cometidos no
estrangeiro, poderão ser julgados pela lei penal brasileira, ainda que já
tenham sido julgados no estrangeiro, nos termos do art.7º, I, b e §1º do
CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q18 – Embora cometidos no estrangeiro, NÃO ficam sujeitos à lei brasileira


os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e ainda que aí
não sejam julgados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa hipótese é de extraterritorialidade CONDICIONADA, perceba que se NÃO foi
julgado no estrangeiro, sujeitar-se-á o agente à lei brasileira. Errada.

Q19 - A imunidade dos agentes diplomáticos impede o processo, a prisão ou


detenção do agente, não abrangendo o dever de depor como testemunha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A imunidade dos agentes diplomáticos abrange, inclusive, o direito de se opor a
prestar depoimento como testemunha. Errada.

Q20 – O elemento diferenciador entre o dolo eventual e a culpa consciente é


a previsão concreta e subjetiva do resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois em ambos o agente tem a previsão concreta da possibilidade de
ocorrência do resultado. Contudo, o que distingue ambos é o fato de que no dolo
eventual o agente não se importa com a ocorrência do resultado, enquanto na culpa
consciente o agente acredita piamente que irá conseguir evitar sua ocorrência.

Q21 – O elemento diferenciador entre a culpa consciente e a culpa


inconsciente é a previsibilidade objetiva do resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A previsibilidade OBJETIVA deve estar presente em qualquer delas (possibilidade de
que o resultado fosse previsto pelo agente, ou seja, deve se tratar de um resultado
PREVISÍVEL). O que as diferencia é a previsibilidade SUBJETIVA (efetiva previsão,
pelo agente, da possibilidade de ocorrência do resultado), que só está presente na
culpa consciente.

Q22 – O ordenamento jurídico brasileiro adota o princípio da


excepcionalidade do crime culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois no nosso ordenamento jurídico os crimes culposos são exceção,
somente havendo punição a título de culpa quando a Lei assim expressamente
determinar.

Q23 – IADES - De acordo com o art. 14, inciso II do Código Penal Brasileiro (CPB),
um crime é tentado quando o agente inicia a sua execução e ele só não se realiza por
circunstâncias alheias à vontade do agente.

Considere, hipoteticamente, que Mévio, querendo matar seu desafeto Tício, prostra-
se nas imediações da escola em que ele estuda, aguardando o fim do período de
aulas. Ao vê-lo, Mévio saca um revólver calibre 38 e efetua seis disparos na direção
de Tício, sem, contudo, atingi-lo.

Com base na situação apresentada, é correto afirmar que

a) Mévio não praticou crime algum, pois não atingiu o algoz.


b) conquanto não tenha acertado o desafeto, Mévio praticou o crime de homicídio
tentado, e a referida tentativa é denominada de branca ou cruenta.
c) a tentativa de Mévio pode ser vista como inidônea, posto que a conduta dele
efetivamente criou perigo para a vida de Tício.
d) o caso hipotético descreve o que a doutrina denomina de tentativa perfeita ou
acabada, uma vez que Mévio esgotou o processo de execução, descarregando o
revólver no desafeto, mas não o atingiu por circunstâncias alheias à sua vontade. A
essa tentativa perfeita ou acabada dá-se o nome de crime falho.
e) a tentativa de Mévio foi idônea, conquanto o meio utilizado na empreitada
criminosa tenha sido absolutamente ineficaz, caracterizando hipótese de crime
impossível (CP, art. 17).

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão poderia ter sido anulada. Isso porque a


resposta exige que o candidato saiba quantos projéteis havia na arma do infrator (ou
quantos projéteis uma arma deste calibre comporta). Contudo, desconsiderando tal
fato, a resposta correta é letra D.
Isso porque a questão diz que o agente disparou seis tiros (descarregando, portanto,
o revólver), e que o resultado não se consumou por circunstâncias alheias à vontade
do agente (erro na pontaria). Assim, Mévio responderá pelo crime de homicídio
tentado, sendo modalidade de tentativa PERFEITA (ou acabada), também chamada
de crime falho.

Não se trata de tentativa CRUENTA, mas INCRUENTA (OU BRANCA).


Também não se trata de crime impossível, eis que o resultado poderia, em tese, ter
ocorrido. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q24 – Segundo o previsto no Código Penal, incorrerá na excludente de


ilicitude denominada estado de necessidade aquele que pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, era razoável exigir-se.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO: Atua em estado de necessidade aquele que pratica o fato
definido como crime para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade,
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se, nos termos do art. 24 do CP. Errada.

Q25 – Nos termos do Código Penal considera-se causa do crime a ação ou


omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q26 – Quando a descrição legal do tipo penal contém o dissenso, expresso


ou implícito, como elemento específico, o consentimento do ofendido
funciona como causa de exclusão da

a) antijuridicidade formal
b) tipicidade.
c) antijuridicidade material.
d) punibilidade do fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Existem crimes cujo tipo penal prevê, expressa ou


implicitamente, a necessidade de que a conduta seja praticada ―sem autorização‖ ou
―contra a vontade‖, etc. Nestes crimes, se a conduta é praticada ―com autorização‖
ou ―de acordo com a vontade‖, ou seja, com o ―consentimento do ofendido‖, não há
crime, pois há exclusão da tipicidade, já que a ausência do consentimento do
ofendido é um elemento normativo do tipo penal.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q27 – Conforme o disposto no artigo 14, parágrafo único, do Código Penal,


―Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços‖.

O critério de diminuição da pena levará em consideração


a) a motivação do crime.
b) a intensidade do dolo.
c) o iter criminis percorrido pelo agente.
d) a periculosidade do agente.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A tentativa é punida de forma menos gravosa que o
delito consumado, uma vez que o desvalor do resultado é menor que no
crime consumado. O patamar de redução varia de um a dois terços, devendo
ser utilizado como parâmetro para uma maior ou menor redução da pena o
iter criminis percorrido pelo agente, ou seja, quanto mais próximo da
consumação, menor o patamar de redução. Quanto mais distante da
consumação, maior o patamar de redução. Gab: C

Q28 – (VUNESP – 2002 – SEFAZ-SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS)


São causas de exclusão da ilicitude:
a) a legítima defesa, o exercício regular de direito e a coação irresistível.
b) a obediência hierárquica, a coação irresistível e a desistência voluntária.
c) o arrependimento eficaz, o arrependimento posterior e o estrito cumprimento do
dever legal.
d) o estado de necessidade, a obediência hierárquica e a desistência voluntária.
e) o exercício regular de direito, o estrito cumprimento do dever legal e o estado de
necessidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: As causas de exclusão da ilicitude (ou exclusão da


antijuridicidade) estão previstas no art. 23 do CP. Letra E

Q29 – Com relação ao crime culposo, assinale a alternativa correta.

a) Imprudência é uma omissão, uma ausência de precaução em relação ao ato


realizado.
b) Na culpa consciente, o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível.
c) O resultado involuntário trata de elemento do fato típico culposo.
d) Na culpa imprópria, o resultado não é previsto, embora seja previsível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: A imprudência, embora seja uma falta de dever de cuidado, constitui-se
numa AÇÃO, ou seja, na falta de cautela quando da prática de um conduta ativa.
B) ERRADA: Na culpa consciente o resultado é previsto pelo agente.
C) CORRETA: Item correto, pois a ocorrência de um resultado não querido pelo
agente, embora previsível, é elemento indispensável de todo tipo penal culposo.
D) ERRADA: Item errado porque esta é a definição de culpa inconsciente.

A culpa imprópria é aquela na qual o agente quer o resultado e, portanto, age


dolosamente. Contudo, lhe é imputada a pena do crime culposo porque ele teve uma
representação equivocada da realidade, em razão de um descuido interpretativo seu.

Elementos do fato típico CULPOSO:


* Conduta voluntária
* Resultado naturalístico involuntário
* Nexo causal
* Tipicidade
* Previsibilidade objetiva
* Violação do dever objetivo de cuidado

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.


Q30 – O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza

a) só responde pelos atos já praticados.


b) não comete crime, pois tem afastada a ilicitude da ação.
c) beneficia-se pela causa de diminuição de pena do arrependimento posterior.
d) é punido com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.
e) terá pena reduzida de um a dois terços, mas, desde que, por ato voluntário, tenha
reparado o dano ou restituído a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal agente somente responderá pelos atos até então
praticados, eis que restou configurada a desistência voluntária ou o arrependimento
eficaz.
Vejamos:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou


impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A
LETRA A.

Q31 - Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão


previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em
virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada
por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de
sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidade de
sua conduta, estará reconhecendo

a) erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo.


b) erro de proibição.
c) descriminante putativa.
d) ignorância da lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela, o agente incorreu em erro de proibição,


pois incidiu em erro sobre a ilicitude do fato praticado. Vejamos: Art. 21 - O
desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável,
isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA
B.

Q32 - Pretendendo matá-lo, Fulano coloca veneno no café de Sicrano. Sem


saber do envenenamento, Sicrano ingere o café. Logo em seguida, Fulano,
arrependido, prescreve o antídoto a Sicrano, que sobrevive, sem qualquer
seqüela. Diante disso, é correto afirmar que se trata de hipótese de
arrependimento posterior, pois o dano foi reparado por Fulano até o
recebimento da denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso o agente será beneficiado pelo instituto do


arrependimento eficaz pois, após ter praticado a conduta, tomou as providências para
impedir a ocorrência do resultado, tendo êxito. Errado.
Q33 - É causa de exclusão da tipicidade, a insignificância do fato ou a sua
adequação social, segundo corrente doutrinária e jurisprudencial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. Isto porque a insignificância e a adequação social são fatores que
afastam a tipicidade material (necessidade de que a conduta seja uma violação a um
bem jurídica penalmente relevante) e, portanto, a tipicidade.

Q34 - Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente só


responde pelos atos já praticados, se típicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q35 - Na tentativa punível, o correspondente abatimento na pena intensifica-


se segundo

a) a aptidão para consumar.


b) a periculosidade demonstrada.
c) a lesividade já efetivada.
d) o itinerário já percorrido.
e) o exaurimento já alcançado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para a definição de qual o patamar de redução, será utilizado o critério da maior ou
menos proximidade com a consumação do delito. Quanto mais longe, maior a
redução de pena. Quanto mais próximo da consumação, menor a redução. Ou seja,
será avaliado o itinerário percorrido pela conduta criminosa. Gabarito: D

Q36 - Não há crime sem resultado naturalístico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O resultado naturalístico só se exige nos crimes materiais, bem como a lesão. Errada.

Q37 - Segundo entendimento doutrinário, o consentimento do ofendido


(quando não integra a própria descrição típica), a adequação social e a
inexigibilidade de conduta diversa constituem causas supralegais de
exclusão, respectivamente, da

a) tipicidade, da culpabilidade e da ilicitude.


b) culpabilidade, da tipicidade e da ilicitude.
c) ilicitude, da tipicidade e da culpabilidade.
d) ilicitude, da culpabilidade e da tipicidade.
e) culpabilidade, da ilicitude e da tipicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O consentimento do ofendido é causa supralegal de


exclusão ilicitude (antijuridicidade), desde que a ausência de consentimento do
ofendido não esteja expressa no tipo penal como elemento do tipo. Neste caso,
teremos exclusão da tipicidade.
A adequação social afasta a tipicidade material da conduta, por ausência de lesividade
social. Por fim, a inexigibilidade de conduta diversa é um dos elementos capazes de
afastar a culpabilidade. LETRA C.

Q38 - Fernando deu início à execução de um delito material, praticando atos


capazes de produzir o resultado lesivo. Todavia, aliou-se à sua ação uma
concausa

I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que,


por si só, produziu o resultado.
II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que,
por si só, produziu o resultado.
III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente,
situada na mesma linha de desdobramento físico da conduta do agente, concorrendo
para a produção do resultado.
IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem
guardar posição de homogeneidade em relação à conduta do agente e que, por si só,
produziu o resultado.

O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas


pelos atos praticados, nas situações indicadas em
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e III.
d) I e II.
e) II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Essa questão se resolve facilmente da seguinte forma:


As concausas ABSOLUTAMENTE independentes (I e II) que, por si sós, produziram o
resultado NUNCA geram a imputação do resultado ao agente. As concausas
RELATIVAMENTE independentes, preexistentes ou concomitantes, não excluem a
imputação do resultado ao agente, pois há uma soma de ―esforços‖ entre a concausa
e a conduta do agente. Em relação às concausas SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE
independentes, devemos dividi-las em:

a) Produziram, por si só, o resultado.


b) Agregaram-se ao nexo causal iniciado pela conduta do agente, contribuindo para a
produção do resultado.
No primeiro caso o agente NÃO responde pelo resultado, mas apenas pelos atos que
praticou. No segundo o caso o agente responde pelo resultado, pois a concausa
superveniente, a despeito de estar ligada à conduta inicial do agente, criou um novo
nexo de causalidade, vindo a produzir o resultado sem se inserir na cadeia causal da
conduta do agente. Assim, podemos verificar que somente na afirmativa III o agente
responderá pelo resultado, por se tratar de concausa superveniente, relativamente
independente que SE AGREGOU à conduta do agente para, conjuntamente,
produzirem o resultado. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q39 – (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO)

A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que


a) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência
como consequência provável da sua conduta.
b) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera
sinceramente que ele não aconteça.
c) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas
exigíveis por parte do agente.
d) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo
comportamento do homem médio.
e) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia
comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Na culpa consciente, apesar de prever o resultado, o agente acredita que
ele não vá acontecer.
B) ERRADA: Esta é a definição de culpa consciente. No dolo eventual o agente prevê
o resultado como provável, mas sem se importar com sua eventual ocorrência.
C) ERRADA: Item errado, pois esta é a definição da NEGLIGÊNCIA.
D) ERRADA: A definição corresponde à IMPRUDÊNCIA. A imperícia é a prática de uma
conduta por quem não tem os atributos exigidos para tal.
E) CORRETA: De fato, a doutrina entende que a previsibilidade objetiva deve ser
aferida com base num juízo mediano de inteligência, ou seja, será previsível o fato
que pudesse ser antevisto por uma pessoa de inteligência mediana (homem médio),
inerente à maioria das pessoas. LETRA E.

Q40 - Os crimes que resultam do não fazer o que a lei manda, sem
dependência de qualquer resultado naturalístico, são chamados de

A) comissivos por omissão.


B) formais.
C) omissivos próprios.
D) comissivos.
E) omissivos impróprios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Os crimes comissivos por omissão resultam de um ―não fazer‖ o que a lei
manda, mas dependem de um resultado naturalístico.
B) ERRADA: Os crimes formais, de fato, independem da existência do resultado
naturalístico, mas não necessariamente são omissivos.
C) CORRETA: Os crimes omissivos próprios são os únicos que reúnem ambas as
características, pois decorrem de um ―não fazer‖ o que a lei manda, e são formais, ou
seja, independem de um resultado naturalístico.
D) ERRADA: Os crimes comissivos não decorrem de ―um não fazer‖, mas de um
‖fazer‖. Portanto, a alternativa está incorreta.
E) ERRADA: Os omissivos impróprios são sinônimos de comissivos por omissão, logo,
está errada, nos termos da fundamentação da alternativa A. LETRA C.

Q41 - A disposição legal contida no art. 13, parágrafo segundo do CP,


segundo a qual a omissão apresenta valor penal quando o agente devia e
podia agir para evitar o resultado, corresponde corretamente à ideia ou ao
conceito de

A) causalidade normativa.
B) possibilidade de punição superveniente de causa independente ao delito.
C) causalidade entre a omissão e o resultado naturalístico.
D) desnecessária conjugação do dever legal e possibilidade real de agir.
E) regra aplicável somente aos crimes omissivos próprios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Pois nesses crimes atribui-se ao omitente o resultado naturalístico, sem
que de sua conduta ele tenha surgido. Nesse caso, o resultado é atribuído não por
uma causalidade natural (inexistente), mas por uma causalidade normativa (lei
estabelece). Assim, a questão está correta.
B) ERRADA: Não guarda qualquer relação com o nexo de causalidade normativa que
se aplica aos crimes comissivos por omissão.
C) ERRADA: Não há causalidade entre a omissão e o resultado pois a omissão é um
―nada‖ e do ―nada‖, nada surge.
D) ERRADA: Alternativa completamente esquizofrênica. A conjugação entre o dever
agir e o poder agir é plenamente necessária, pois não se pode atribuir a alguém uma
atitude heroica, colocando sua própria vida em risco.
E) ERRADA: Essa regra em nada se aplica aos crimes omissivos próprios, nos quais o
resultado naturalístico é completamente irrelevante, logo, não há que se falar em
nexo de causalidade. LETRA A.

Q42 - A relação de causalidade


A) não fica excluída pela superveniência de causa relativamente
independente.
B) não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos
antecedentes causais.
C) é normativa nos crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão.
D) é dispensável nos crimes materiais.
E) é imprescindível nos crimes formais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: A superveniência de causa relativamente independente exclui a relação
de causalidade, desde que a causa superveniente tenha produzido por si só o
resultado.
B) ERRADA: O nosso sistema penal adotou expressamente a teoria da equivalência
dos antecedentes como regra, art. 13 do CP, e como exceção a teoria da causalidade
adequada, art. 13, § 1° do CP.
C) CORRETA: Como vimos, os crimes omissivos impróprios são aqueles nos quais a
omissão do agente é punida com o crime decorrente do resultado naturalístico, e não
da simples omissão. Nesse caso, não há causalidade natural, pois do nada, nada pode
surgir. Entretanto, por ficção legal, a lei estabelece um vínculo entre a omissão e o
resultado naturalístico (causalidade naturalística).
D) ERRADA: Nos crimes materiais o resultado naturalístico é imprescindível, logo, o
vínculo entre esse resultado e a conduta do agente também. Portanto, a relação de
causalidade é indispensável nestes crimes. E) ERRADA: Nos crimes formais, o crime
se consuma independentemente do resultado naturalístico. Portanto, a relação de
causalidade é completamente irrelevante.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q43 - No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por


agentes penitenciários um deles saca de um instrumento perfurante e
desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram
a ação desde o início e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes
a) há amparo pela excludente de ilicitude do exercício regular do direito, deixando de
agir por exposição do risco às próprias vidas.
b) a omissão é penalmente irrelevante porque a causalidade é fática.
c) não há punição porque o Estado criou o risco da ocorrência do resultado.
d) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é normativa.
e) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é fática normativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela a omissão é penalmente relevante, pois


os policiais tinham o dever legal de evitar o resultado. Trata-se, portanto, de crime
omissivo impróprio.

Nesse caso, a causalidade não é fática (ou natural), eis que o policial não matou a
vítima (não deu causa, do ponto de vista físico, à morte). Contudo, temos o que se
chama de causalidade normativa, ou seja, o resultado é imputado ao policial não por
ter dado causa faticamente ao resultado, mas por não ter impedido o resultado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q44 - Crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão são aqueles


que decorrem do não fazer o que a lei determina, sem dependência de
resultado naturalístico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes omissivos impróprios (ou comissivos por omissão) são aqueles que o
resultado é imputado ao agente que, embora não tendo realizado a conduta descrita
no tipo penal, devia e podia agir para evitar que o resultado ocorresse (causalidade
normativa).

Q45 - Dentre os elementos do fato típico, NÃO se inclui

a) o resultado.
b) a ação ou a omissão.
c) o dolo ou a culpa.
d) a relação de causalidade.
e) a tipicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O fato típico se divide em QUATRO elementos, são eles:


· Conduta humana (alguns entendem possível a conduta de pessoa jurídica);
· Resultado naturalístico;
· Nexo de causalidade;
· Tipicidade

A conduta humana, por sua vez, nada mais é que uma ação ou omissão, a depender
do tipo penal que estamos falando.

Assim, o único dos elementos trazidos pela questão que não é um elemento do fato
típico é o dolo ou a culpa, que são o que chamamos de elemento subjetivo. Eles
fazem parte da CONDUTA, e, de certa forma integram o fato típico, mas não se pode
dizer que são um de seus elementos. LETRA C.

Q46 - Os crimes culposos

a) admitem tentativa.
b) não dispensam a previsibilidade do resultado pelo agente.
c) não admitem coautoria.
d) independem de expressa previsão legal.
e) não admitem a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Os crimes culposos, considerando que não há


direcionamento da conduta para a realização do resultado, não admitem tentativa,
embora a Doutrina mais moderna admita a coautoria.

A previsibilidade, que é a possibilidade de que o resultado fosse previsto, é SEMPRE


EXIGÍVEL, embora a efetiva previsão do resultado no caso concreto não esteja
presente em todos os crimes culposos (eis que na culpa inconsciente o agente não
prevê o resultado, que era previsível).

Os crimes somente são punidos a título de culpa quando houver expressa previsão
legal nesse sentido. Caso contrário, somente se pune a modalidade dolosa. Por fim,
tais crimes admitem a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, nos termos do art. 44, I do CP. Gab: B
―Eu, LEO, discordo desse gabarito, para mim não tem questão certa’’ A previsibilidade
do AGENTE não é elemento do fato culposo, só da culpa consciente (espécie de
culpa).

Q47 – O parágrafo único do art. 14 do Código Penal pune a tentativa,


caracterizando-se como norma de extensão da

a) tipicidade.
b) desistência voluntária.
c) culpabilidade formal.
d) culpabilidade material.
e) reprovação social.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A tentativa é norma de extensão da tipicidade, uma vez


que o tipo penal prevê (em regra) a punição pela consumação do delito, e não por
sua tentativa.
Assim, para que se possa punir aquele que não consumou o delito, é necessária uma
norma de extensão, a fim de que se possa considerar como típica sua conduta, e é o
que faz o art. 14, II e seu § único do CP. Letra A

Q48 - O arrependimento posterior não influi no cálculo da prescrição penal.


deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pegadinha recorrente, cuidado. O item está errado, pois o arrependimento posterior
deve ocorrer até o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa, conforme dispõe o art. 16
do CP. Errada.

Q49 - A legítima defesa, o estado de necessidade, a obediência hierárquica e


o exercício regular do direito são causas excludentes da ilicitude ou
antijuridicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção aqui! A obediência hierárquica é causa excludente de culpabilidade.

Q50 - José conversava com Antônio em frente a um prédio. Durante a


conversa, José percebe que João, do alto do edifício, jogara um vaso mirando
a cabeça de seu interlocutor. Assustado, e com o fim de evitar a possível
morte de Antônio, José o empurra com força.

Antônio cai e, na queda, fratura o braço. Do alto do prédio, João vê a cena e


fica irritado ao perceber que, pela atuação rápida de José, não conseguira
acertar o vaso na cabeça de Antônio.

Com base no caso apresentado, segundo os estudos acerca da teoria da


imputação objetiva, assinale a afirmativa correta.

A) José praticou lesão corporal culposa.


B) José praticou lesão corporal dolosa.
C) O resultado não pode ser imputado a José, ainda que entre a lesão e sua conduta
exista nexo de causalidade.
D) O resultado pode ser imputado a José, que agiu com excesso e sem a observância
de devido cuidado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão retrata o exemplo mais clássico sobre a Teoria


da Imputação Objetiva. Embora José tenha empurrado João, e esta conduta tenha
sido a causa das lesões sofridas por João em seu braço, certo é que José não agiu
com dolo de ferir João, tendo agido assim para evitar a ocorrência de um evento
ainda mais danoso para este, qual seja, a sua eventual morte em razão do impacto
que seria provocado pelo vaso jogado do alto do prédio por Antônio.

Assim, como José evitou a ocorrência de um resultado lesivo ainda maior, tendo sido
movido por essa intenção, pela Teoria da Imputação Objetiva, não pode responder
pelo delito de lesões corporais. LETRA C.

Q51 - Entende-se por culpabilidade o juízo de reprovabilidade que se exerce


sobre uma determinada pessoa que pratica um fato típico e antijurídico,
tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e
a exigibilidade de conduta diversa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceituação perfeita de culpabilidade. Questão correta.

Q52 - Em matéria penal, a embriaguez incompleta, resultante de caso


fortuito ou de força maior, não suprime a imputabilidade penal, mas diminui
a capacidade de entendimento gerando uma causa geral de diminuição de
pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal embriaguez NÃO exclui a imputabilidade penal, pois não é completa. Contudo, é
causa de diminuição de pena de 1/3 a 2/3. LETRA A

Q53 - Constitui causa de exclusão da culpabilidade a doença mental ou o


desenvolvimento mental incompleto ou retardado, em função de não se
poder exigir conduta diversa do agente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A simples presença da doença não exclui a culpabilidade. Como vimos, o Brasil
adotou o critério biopsicológico, sendo necessário que, além da doença, fique provado
que o agente não era capaz de entender o caráter ilícito da conduta. Errada.

Q54 - Exclui a imputabilidade penal, nos termos preconizados pelo Código


Penal, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente
capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se ele não era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, será
considerado semi-imputável, mas deverá ser condenado e sua pena ser diminuída,
em razão da menor culpabilidade em relação aos demais.

Q55 - O erro inevitável sobre a ilicitude do fato isenta o réu de pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. Exclui a culpabilidade se inevitável e atenua se evitável.

Q56 - A dispara seu revólver e mata B, acreditando tratar-se de um animal. A


respeito dessa hipótese é correto afirmar que que exclui o dolo e a culpa, se
escusável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dica importante: O erro de TIPO, relaciona-se com a IRREALIDADE FÁTICA, ele faz
algo acreditando estar fazendo outra. Questão correta.

Q57 – Constitui-se erro de tipo escusável casar-se com pessoa cujo cônjuge
foi declarado morto para os efeitos civis, mas estava vivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesse caso não há erro de tipo, mas fato atípico, pois se o cônjuge foi declarado
morto para efeitos civis, o casamento anterior não mais existia, de forma que não há
que se falar em crime de bigamia. Questão errada.

Q58 - Em Direito Penal, o erro de tipo, se for invencível, exclui a tipicidade


dolosa e a culposa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CORRETA: Esta é a previsão do art. 20 do CP. Ademais, não pode responder por culpa
por não haver previsibilidade alguma do agente e do homem médio
(INEVITABILIDADE). Se for EVITÁVEL, responderá na forma culposa, SE HOUVER
previsão culposa no tipo penal. Ex: Furto em erro de tipo evitável, não responde por
NADA, não existe furto culposo.

Q59 – A legítima defesa putativa exclui a culpabilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. A legítima defesa putativa é a conduta na qual o agente pratica o
ato acreditando que está acobertado por uma situação de legítima defesa, quando, na
verdade, não está. Vejamos o que diz o art. 20, §1º do CP:
Art. 20 - (...)

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,


supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Q60 - A legítima defesa putativa exclui a

a) punibilidade em abstrato.
b) ilicitude.
c) culpabilidade.
d) tipicidade.
e) punibilidade em concreto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gab C. A legítima defesa putativa é a conduta na qual o agente pratica o ato
acreditando que está acobertado por uma situação de legítima defesa, quando, na
verdade, não está. Vejamos o que diz o art. 20, §1º do CP:
Art. 20 - (...)

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,


supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Q61 - NÃO é causa extintiva da punibilidade:

a) prescrição, após o lançamento do tributo.


b) morte do agente, após definitiva a condenação.
c) retratação do querelado, na calúnia contra os mortos
d) perempção, na ação penal privada subsidiária da pública.
e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Cuidado! Esta é uma pegadinha clássica. A perempção é


instituto que só se aplica nas ações penais EXCLUSIVAMENTE privadas. A ação penal
privada subsidiária da pública, como o próprio nome diz, é uma exceção, já que o
processo deveria ser de ação pública. A ação privada subsidiária não admite os
benefícios próprios da ação penal privada exclusiva, como perdão do ofendido,
perempção, etc. A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q62 - Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam com


a ação penal pública condicionada

a) a perempção e o perdão do ofendido.


b) a decadência e a perempção.
c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis no juizado
especial criminal.
d) a decadência e o perdão do ofendido.
e) a composição homologada dos danos civis no juizado especial criminal e a
decadência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas apenas a letra E


corresponde a uma hipótese de extinção da punibilidade que se relaciona à ação
penal pública CONDICIONADA. Isso porque, nos Juizados Especiais, a composição
civil dos danos (acordo entre infrator e vítima) devidamente homologada acarreta a
renúncia ao direito de representação, caso seja crime de ação pública condicionada,
nos termos do art. 74, § único da Lei 9.099/95.

A decadência, o perdão do ofendido e a perempção são todos institutos que se


relacionam à ação penal PRIVADA (a decadência, porém, pode se dar também em
relação ao direito de representação na ação penal pública condicionada).

Q63 - Com relação ao concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta.

a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
b) Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um
sexto a um terço.
c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste, salvo quando previsível o resultado mais grave, caso que será
aplicada a pena do crime mais grave.
d) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime.
e) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

A) CORRETA: Item certo, na forma do art. 29 do CP.


B) CORRETA: Item correto, pois se trata de previsão contida no §1º do art. 29 do CP.
C) ERRADA: Aqui temos o que se chama de COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA.
Neste caso, o agente que quis participar do crime MENOS GRAVE responderá sempre
por ESTE CRIME. Contudo, se for previsível a ocorrência do crime mais grave, este
agente terá a sua pena (relativa ao crime MENOS GRAVE) aumentada até a metade,
nos termos do art. 29, §2º do CP:

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
(...)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, serlhe-
á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

D) CORRETA: Item correto, previsão expressa no art. 30 do CP.


E) CORRETA: Item correto, pois no Direito Penal pátrio não se pune a fase anterior à
execução do delito, chamada de cogitatio, nos termos do art.
31 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA ERRADA É A LETRA C.
Q64 – Sofia decide matar sua mãe. Para tanto, pede ajuda a Lara, amiga de
longa data, com quem debate a melhor maneira de executar o crime, o
melhor horário, local etc. Após longas discussões de como poderia executar
seu intento da forma mais eficiente possível, a fim de não deixar nenhuma
pista, Sofia pede emprestado a Lara um facão. A amiga prontamente atende
ao pedido. Sofia despede-se agradecendo a ajuda e diz que, se tudo correr
conforme o planejado, executará o homicídio naquele mesmo dia e assim o
faz. No entanto, apesar dos cuidados, tudo é descoberto pela polícia.

A respeito do caso narrado e de acordo com a teoria restritiva da autoria,


assinale a afirmativa correta.

Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante de o crime
ter sido praticado contra ascendente. Lara, por sua vez, é apenas partícipe do crime e
deve responder por homicídio, sem a presença da circunstância agravante.

Q65 – Coautores são aqueles que, atuando de forma idêntica, executam o


comportamento que a lei define como crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora seja coautor todo aquele que pratica o comportamento definido como crime,
não é necessário que a conduta seja idêntica, pois pode haver hipótese de coautoria
funcional, na qual os agentes praticam. Errada.
condutas diversas, que se complementam.

Q66 – É inadmissível a participação nos crimes omissivos próprios.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos crimes omissivos próprios se admite a participação


moral, quando, por exemplo, alguém induz outra pessoa a se omitir. Errada.

Q67 – É possível a coautoria nos crimes de mão própria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRADA (cuidado): Nos crimes de mão própria não se admite coautoria, em razão de
o crime dever ser praticado especificamente por determinada pessoas. No entanto, o
STF admite a participação, notadamente a participação moral, realizada através da
instigação ou induzimento à prática do delito. Exemplo do julgado: Advogado de
defesa que instiga/induz à prática de falso de testemunho.

Q68 - José instigou Pedro, agindo sobre a vontade deste, de forma a fazer
nascer neste a idéia da prática do crime. João prestou auxílio a Pedro,
emprestando-lhe uma arma para que pudesse executar o delito. José e João
são considerados, tecnicamente.

A) co-autores.
B) autores.
C) Partícipes.
D) partícipe e co-autor, respectivamente.
E) co-autor e partícipe, respectivamente.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Nesse caso, ambos apenas auxiliaram (moralmente e
materialmente) o autor a praticar o delito, motivo pelo qual são considerados
partícipes do crime. ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q69 – Nos chamados crimes monossubjetivos,

A) o concurso de pessoas é eventual.


B) o concurso de pessoas só ocorre no caso de autoria mediata.
C) o concurso de pessoas é necessário.
D) não há concurso de pessoas.
E) há concurso de pessoas apenas na forma de participação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos crimes monossubjetivos, em regra o delito é praticado por um único agente, não
sendo necessária a pluralidade de agentes. Portanto, nestes crimes (que são a regra),
o concurso de agentes é meramente eventual. Gab: A

Q70 – 07 - (FCC - 2011 - TRE-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)

De acordo com o Código Penal brasileiro,

A) não há distinção entre autores, co-autores e partícipes, que incidem de forma


idêntica nas penas cominadas ao delito.
B) os autores, co-autores e partícipes incidem nas penas cominadas ao delito na
medida de sua culpabilidade.
C) ao autor principal será obrigatoriamente imposta pena mais alta que a dos co-
autores e partícipes.
D) ao autor principal e aos co-autores será obrigatoriamente imposta pena mais alta
que a dos partícipes.
E) ao autor principal será imposta a pena prevista para o delito, sendo que os co-
autores e os partícipes terão obrigatoriamente a pena reduzida de um sexto a um
terço.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Com relação à punibilidade de cada um dos participantes


do evento criminoso, o CP prevê que cada um seja punido de acordo com sua
culpabilidade, não estabelecendo, em abstrato, penas mais graves para um ou para
outro, bem como não estabelecendo que as penas devam ser idênticas. Nos termos
do art. 29 do CP:

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984). LETRA B.

Q71 – Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída


de metade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é recorrente e chata! Na participação de menor importância a pena é
reduzida de 1/6 a 1/3. Errada. DICA FATAL:

Imagine que um articulado bandido resolva assaltar a um banco, seu amigo, lhe
presta auxílio emprestando-lhe UM CESTO para que ponha os pacotes de dinheiro
fruto do crime, enquanto permanece em sua casa rezando com UM TERÇO para que
tudo ocorra bem. Veja: Sua participação foi de menor importância e a pena será
reduzida de:

GAB: ERRADA.

Q72 – A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar que a) a


importância da participação não influi na pena a ser imposta.

b) não é possível participação por omissão em crime comissivo.


c) é possível a participação em crime omissivo puro.
d) não pode haver participação em contravenção.
e) é possível participação dolosa em crime culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA - A alternativa está errada, pois a participação de cada agente determina
na quantidade da pena a ser aplicada. Vejamos:

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um


sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) B) ERRADA - É
possível a participação omissiva no crime comissivo, através da omissão de quem
tenha o dever legal de evitar o resultado.
Não agindo, será considerado partícipe, nos termos do art. 13, §2º do CP.

C) CORRETA - De fato, é possível a participação em crime omissivo puro, na


modalidade de participação moral à prática da omissão. EXEMPLO:

Alguém que instiga um funcionário público a deixar de praticar um ato de ofício por
sentimento pessoal. Nesse caso estará participando do crime de prevaricação (art.
319), na modalidade de participação moral;
D) ERRADA - Não há qualquer vedação ao concurso de agentes para a prática de
contravenções.
E) ERRADA - A Doutrina majoritária não admite a participação dolosa em crime
culposo, por entender que como o crime culposo não é direcionado à prática de um
delito, impossível o liame subjetivo entre autor epartícipe, indispensável à ação
mediante concurso de agentes. ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q73 – Os requisitos para a ocorrência do concurso de pessoas no


cometimento de crime são:

a) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento do


partícipe e o resultado do crime e vínculo objetivo-subjetivo entre autor e partícipe.
b) presença física de autor e partícipe, nexo de causalidade entre o comportamento
do coautor e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre autor e partícipe e
identidade do crime.
c) presença física de autor e partícipe, pluralidade de comportamentos, nexo de
causalidade entre o comportamento do partícipe e o resultado do crime; vínculo
subjetivo entre autor e partícipe e identidade do crime.
d) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento do
partícipe e o resultado do crime; vínculo objetivo entre autor e partícipe e identidade
do crime.
e) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento do
partícipe e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre autor e partícipe e identidade
do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O concurso de pessoas pode ser conceituado como a


colaboração de dois ou mais agentes para a prática de um delito ou contravenção
penal.
O concurso de pessoas é regulado pelos arts. 29 a 31 do CP.

Cinco são os requisitos para que seja caracterizado o concurso de pessoas:

•! Pluralidade de agentes culpáveis (e, obviamente, de condutas)


•! Relevância da colaboração (nexo de causalidade)
•! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo)
•! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os agentes
•! Existência de fato punível

Vejam que a questão trata de apenas quatro, esquecendo da "existência de fato


punível", que para alguns autores não é um requisito, por ser inerente à própria
noção de delito. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q74 – 15 - (FCC – 2012 – TCE/AP – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO)


A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar:

a) Para fins de aplicação da pena no concurso de pessoas é irrelevante que a


participação tenha sido de menor importância.
b) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena do crime mais grave.
c) É possível a participação em crime comissivo puro.
d) As condições e circunstâncias pessoais comunicam-se entre os coautores e
partícipes quando não forem elementares do crime.
e) Pode ocorrer participação culposa em crime doloso ou participação dolosa em
crime culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Nos termos do art. 29, §1º, a pena poderá ser diminuída de um sexto a
um terço caso a participação seja de menor importância.
B) ERRADA: A pena a ser aplicada, neste caso, é a do crime MENOS grave, podendo
haver uma majoração caso fosse previsível a ocorrência do crime mais grave, nos
termos do art. 29, §2º do CP.
C) CORRETA: Cuidado! A Banca induz o candidato a achar que se está a tratar de
crime OMISSIVO puro, mas na verdade fala em crime COMISSIVO puro, que admite
plenamente a participação. A participação em crime OMISSIVO puro é controvertida
na Doutrina.
D) ERRADA: As circunstâncias pessoais não se comunicam, e regra, salvo se
ELEMENTARES do crime, nos termos do art. 30 do CP.
E) ERRADA: A Doutrina não admite a participação dolosa em crime culposo (e o STJ
também não), nem a participação culposa em crime doloso.

Para que haja participação, a homogeneidade subjetiva é requisito indispensável.


Assim, só há participação dolosa em crime doloso, não sendo possível cogitar da
ocorrência de participação culposa em crime doloso, ou, da participação dolosa em
crime culposo. A LETRA C.

Q75 - Se alguém instiga outrem a surrar inimigo comum, mas o instigado se


excede e mata a vítima, é correto afirmar que

a) a conduta do partícipe é atípica.


b) o partícipe poderá responder por lesão corporal, sem qualquer aumento de pena,
se não podia prever o resultado morte.
c) o partícipe poderá responder por homicídio doloso, mas fará jus, necessariamente,
ao reconhecimento da participação de menor importância.
d) o partícipe poderá responder por lesão corporal, com a pena aumentada até um
terço, se previsível o resultado letal.
e) o partícipe não poderá responder por homicídio doloso, mesmo que tenha
assumido o risco do resultado morte.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Aqui temos o que se chama de cooperação dolosamente


distinta, que ocorre quando um dos agentes quis participar de CRIME MENOS GRAVE,
mas outro dos comparsas acabou praticando CRIME MAIS GRAVE. o agente que quis
praticar o crime menos grave receberá a pena DESTE. Entretanto, se o crime mais
grave (e que efetivamente ocorreu) era previsível, a pena será aumentada até a
metade. Gab: B

Q76 – (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


No que tange ao concurso de pessoas nos crimes de corrupção ativa e
passiva, o Código Penal adotou a teoria
a) monista.
b) causal.
c) dualista.
d) pluralística.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No que tange aos crimes de corrupção ativa e passiva o


CP adotou a teoria pluralista ou pluralística (exceção à teoria monista), eis que num
mesmo contexto criminoso, em relação ao corruptor e ao corrompido, cada um
responderá por um delito diferente (o particular por corrupção ativa e o funcionário
por corrupção passiva). LETRA D.

Q77 – Agente PCDF - A pessoa que conduz um inimputável à prática de uma


conduta delituosa responde pelo resultado na condição de autor mediato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a exata definição de autoria mediata, ou seja, é a prática de um delito
mediante a utilização de um inimputável como mera ―ferramenta‖. Correta.

Q78 – Quanto à natureza jurídica do concurso de agentes, o Código Penal


adotou a teoria unitária ou monista.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois o CP, de fato, adotou a teoria monista em relação ao concurso de
agentes, ou seja, como regra, todos aqueles que participam de uma empreitada
criminosa são responsabilizados pelo mesmo tipo penal.

Q79 – Admite-se a co-autoria no crime culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Doutrina majoritária entende possível a COAUTORIA em crime culposo, embora
existam vozes em contrário. Ex: "Suponha-se o caso de dois pedreiros que, numa
construcão, tomam uma trave e a atiram à rua, alcancando um transeunte. Não há
falar em autor principal e secundário, em realizacão e instigacão, em acão e auxílio
etc. Oficiais do mesmo ofício, incumbia-lhes aquela tarefa, só realizável pela
conjugacão das suas forcas. Donde a acão única - apanhar e lancar o madeiro - e o
resultado - lesões ou morte da vítima, também uno, foram praticados por duas
pessoas, que uniram seus esforcos e vontades, resultando assim coautoria’’. Item
Correto.

Q80 – Na autoria colateral, há divisão de tarefas para a obtenção de um


resultado comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois na autoria colateral não há nenhum ajuste, nenhuma combinação
entre os agentes, de forma que não há que se falar em divisão de tarefas. Na autoria
colateral há, apenas, coincidência de execução por parte de duas pessoas distintas,
que não se encontram agindo em acordo de vontades.

Q81 – Henrique, desejando matar seu pai, equivocou-se e matou seu irmão.
Nessa situação hipotética, é correto afirmar que Henrique responderá por
fratricídio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão capciosa, o fratricídio é homicídio cometido contra irmão ou irmã. Assassinar
o pai é o que denomina a doutrina por parricídio. Errada.

Q82 – Quanto aos demais agentes do crime, o parentesco entre o autor e a


vítima; a) comunica-se, desde que elementar ao tipo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O parentesco entre um dos comparsas e a vítima, em regra, não se comunica aos
demais comparsas, ou seja, é irrelevante em relação a eles. Contudo, em
determinados casos, quando este grau de parentesco for uma das questões
elementares do tipo penal, haverá comunicação com os demais comparsas, como
ocorre no crime deinfanticídio, em que o parentesco de um dos comparsas (a mãe) e
a vítima (filho) irá se estender aos demais agentes do delito, possibilitando sua
punição pela conduta de infanticídio, nos termos do art. 123, c/c art. 30 do CP.
Correta.

Q83 – ―Haverá o _________________ quando o agente, mediante uma só


conduta dolosa, praticar dois ou mais crimes, idênticos ou não, resultantes
de desígnios autônomos.‖ Assim ale a alternativa que completa
corretamente a afirmativa anterior:
a) concurso material
b) concurso formal perfeito
c) crime continuado simples
d) concurso formal imperfeito
e) crime continuado qualificado

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Concurso formal imperfeito (impróprio) – Aqui o agente se vale de uma única conduta
para, dolosamente, produzir mais de um crime. Imaginem que Camila desejasse
matar o pedestre, antigo desafeto, bem como lesionar o outro pedestre (sua ex-
sogra). Assim,com sua única conduta, Camila objetivou praticar ambos os crimes,
respondendo por ambos em concurso formal imperfeito, e lhe será aplica a pena de
ambos cumulativamente (sistema do cúmulo material), pois esse concurso formal é
formal apenas no nome, já que deriva de intenções (desígnios) autônomas.
Observação: Não importa se os crimes são iguais ou diferentes. Ex: Morte + Morte ou
Morte + Lesão Corporal, sempre haverá o cúmulo material (soma das penas). Letra
D.

Q84 – Existe o chamado concurso formal imperfeito ou impróprio:

a) quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica crimes idênticos
e subsequentes contra a mesma vítima.
b) quando o agente, mediante uma única ação ou omissão culposa, pratica crimes
não resultantes de desígnios autônomos.
c) quando o agente, mediante uma única ação ou omissão culposa, pratica crimes
resultantes de desígnios autônomos.
d) quando o agente, mediante uma única ação ou omissão dolosa, pratica crimes não
resultantes de desígnios autônomos.
e) quando o agente, mediante uma única ação ou omissão dolosa, pratica crimes
resultantes de desígnios autônomos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Idem ao anterior. Gabarito letra E. Desígnios autônomos = Intenções distintas.

Q85 – É necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir


para a atividade delituosa de outrem, dispensada aprévia combinação entre
eles.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois a existência de vínculo subjetivo (liame subjetivo) entre os
comparsas é indispensável, embora não seja necessário o prévio ajuste entre eles,
pois um pode aderir à conduta do outro, que já se encontra em andamento. Ex: Furto
de carga de caminhão após acidente, dois amigos se deparam com a cena e resolver
em conjunto subtrais os bens.

Q86 – Em tema de concurso de pessoas, é possível afirmar que

a) o concorrente, na chamada cooperação dolosamente diversa, responderá pelo


crime menos grave que quis participar, mas sempre com aumento da pena.
b) indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro, embora desnecessária a
prévia combinação.
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio nunca são puníveis, se o crime
não chega, pelo menos, a ser tentado.
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, ainda que
elementares do crime.
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição da pena,
incidindo na segunda etapa do cálculo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Item errado, pois na cooperação dolosamente distinta (ou diversa), o
agente responde sempre pelo crime menos grave, mas o aumento de pena só é
aplicável se o crime mais grave (que efetivamente ocorreu) era previsível, nos termos
do art. 29, §2º do CP.
B) CORRETA: Item correto, pois a existência de vínculo subjetivo (liame subjetivo)
entre os comparsas é indispensável, embora não seja necessário o prévio ajuste entre
eles, pois um pode aderir à conduta do outro, que já se encontra em andamento, por
exemplo.
C) ERRADA: Item errado. Cuidado! Vejamos a redação do art. 31 do CP: Art.
31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Vejam, assim, que EM REGRA tais condutas não são puníveis, mas a Lei pode dizer o
contrário para determinadas situações, por isso o item está errado, pois diz que
NUNCA SERÃO puníveis.
D) ERRADA: Se forem elementares do delito, tais condições irão se comunicar, nos
termos do art. 30 do CP.
E) ERRADA: De fato, a participação de menor importância constitui causa geral de
diminuição de pena, prevista no art. 29, §1º do CP. Contudo, ela incidirá na
TERCEIRA FASE da aplicação da pena, e não na segunda.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q87 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será aumentada de 1/3 a 2/3, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O aumento de pena (no caso de ser previsível o crime mais grave) é de ―ATÉ A
METADE‖ e não de um a dois terços, na forma do art. 29, §2º do CP. Uma observação
a parte: A pena será aumentada de metade em RELAÇÃO AO CRIME MENOS
GRAVOSO, cuidado com pegadinhas. Errada

Q88 - Maria foi condenada pela prática do crime de estelionato cometido


contra entidade de direito público (§ 3º do Artigo 171 do CP) em concurso
material com o crime de falsidade documental (Art. 298 do CP). De acordo
com a sentença condenatória, Maria teria apresentado declaração falsa com
assinatura atribuída a determinado servidor público em que este último
reconheceria a existência de união estável entre ambos. Com isso, Maria
passou a receber pensão por morte, como dependente do aludido funcionário
público.

Exclusivamente sob o prisma do concurso de crimes, a sentença:


a) está incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existência de concurso
formal entre as condutas atribuídas a Maria, já que ela não as teria realizado com
desígnios autônomos.
b) está incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existência de crime
continuado entre as condutas atribuídas a Maria, já que ela as teria realizado nas
mesmas circunstâncias de tempo, lugar e modo de execução.
c) está correta ao condenar Maria pela prática de ambos os crimes, em concurso
material, pois a conduta realizada ofendeu dois bens jurídicos distintos.
d) está incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a absorção do crime de
falsidade documental pelo crime de estelionato, uma vez que aquele se exauriu neste
último, sem mais potencialidade lesiva.
e) está incorreta, pois o magistrado deveria ter condenado Maria apenas pela prática
do crime de falsidade documental, já que o crime de estelionato, neste caso,
configura mero exaurimento do falso.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Podemos resolver esta questão pela análise simples do


verbete nº 17 da súmula do STJ:

Súmula 17 do STJ - "Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais


potencialidade lesiva, é por este absorvido".

Assim, o Juiz deveria ter condenado Maria penas pelo crime de estelionato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q89 – POLÍCIA DO SENADO - Nos crimes cometidos sem violência ou grave


ameaça à pessoa, o agente que voluntariamente repara o dano, depois do
recebimento da denúncia ou da queixa, mas antes do julgamento,

a) ficará com sua pena inalterada.


b) terá a pena reduzida de um a dois terços
c) terá a pena atenuada.
d) ficará isento de pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se reparar APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E ANTES DA SENTENÇA, atenuante
genérica:
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
(...)
III - ter o agente:
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime,
evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o
dano;
Gab: C

Q90 - Com relação ao concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta.

a) Para a teoria da acessoriedade mínima para que haja participação punível


basta que o autor tenha praticado uma conduta típica; para a da
acessoriedade temperada, adotada pela maioria da doutrina, basta que a
conduta do autor seja típica e ilícita; para a da acessoriedade máxima se
exige que a conduta do autor seja típica, ilícita e culpável.
b) Para a doutrina majoritária, se o executor desiste voluntariamente da
consumação do crime ou impede que o resultado se produza, responderá
apenas pelos atos já praticados, beneficiando-se dessa circunstância os
vários partícipes, nos termos dos artigos 15 e 29 do Código Penal.

c) São requisitos para o concurso de pessoas: pluralidade de agentes e de


condutas; relevância causal de cada conduta; liame subjetivo entre os
agentes e identidade de infração penal.

d) É possível a participação em delitos de mão própria.

e) Demonstrado que um dos concorrentes quis participar de crime menos


grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste com o aumento de metade, se
previsível o resultado mais grave.

Gabarito:
Dada repercussão de questões anteriores, a letra E está errada, as demais corretas.

Q91 - As regras do concurso formal perfeito (em que se adota o sistema da


exasperação da pena) foram adotadas pelo Código Penal com o objetivo de
beneficiar o agente que, mediante uma só conduta, praticou dois ou mais
crimes. No entanto, quando o sistema da exasperação for prejudicial ao
acusado, deverá prevalecer o sistema do cúmulo material (em que a soma
das penas será mais vantajosa do que o aumento de uma delas com
determinado
percentual, ainda que no patamar mínimo).

A essa hipótese, a doutrina deu o nome de

a) concurso material benéfico.


b) concurso formal imperfeito.
c) concurso formal heterogêneo.
d) exasperação sui generis.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Quando a conduta, por si só, seja hipótese de concurso


formal, mas o cálculo de aplicação da pena pelo sistema da exasperação (art. 70 do
CP) se demonstrar mais prejudicial que o cálculo de aplicação pelo sistema do cúmulo
material (art. 69 do CP), o art. 70, § único do CP, determina que aplica-se o sistema
do cúmulo material. Gab: A

Q92 - 35 - (FGV - 2010 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - II -


PRIMEIRA FASE)

Com relação ao concurso de delitos, é correto afirmar que:


a) no concurso de crimes as penas de multa são aplicadas distintamente, mas de
forma reduzida.
b) o concurso material ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou
omissão, pratica dois ou mais crimes com dependência fática e jurídica entre estes.
c) o concurso formal perfeito, também conhecido como próprio, ocorre quando o
agente, por meio de uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos,
caso em que as penas serão somadas.
d) o Código Penal Brasileiro adotou o sistema de aplicação de pena do cúmulo
material para os concursos material e formal imperfeito, e da exasperação para o
concurso formal perfeito e crime continuado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A afirmativa A está errada, eis que no concurso de crimes


as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente, nos termos do art. 72. A
afirmativa B também está errada, que não há dependência jurídica entre eles. Há,
apenas, dependência fática (devem ser praticados num mesmo contexto fático). A
letra C caracteriza bem o concurso formal, no entanto, peca quanto às
consequências, já que as penas não são somadas, aplicando-se o sistema da
exasperação, nos termos do art. 70 do CP.

Já a letra D está correta, eis que o sistema do cúmulo material (soma das penas) é
aplicado ao concurso material e ao concurso formal imperfeito (agente pratica uma só
conduta, atingindo mais de um bem jurídico, só que com a intenção de lesionar os
dois), nos termos dos arts. 69 e 70, segunda parte, do CP. Já o sistema da
exasperação é previsto para o concurso formal próprio ou perfeito (com uma só
conduta atinge dois bens jurídicos, sem a intenção de lesionar ambos) e ao crime
continuado, conforme podemos extrair dos arts. 70 e 71 do CP. AFIRMATIVA
CORRETA É A LETRA D.

Q93 - Casuística 1: Amarildo, ao chegar a sua casa, constata que sua filha
foi estuprada por Terêncio. Imbuído de relevante valor moral, contrata
Ronaldo, pistoleiro profissional, para tirar a vida do estuprador. O serviço é
regularmente executado.

Casuística 2: Lucas concorre para um infanticídio auxiliando Julieta,


parturiente, a matar o nascituro – o que efetivamente acontece. Lucas sabia,
desde o início, que Julieta estava sob a influência do estado puerperal.

Levando em consideração a legislação vigente e a doutrina sobre o concurso


de pessoas (concursus delinquentium), é correto afirmar que no exemplo 1,
Amarildo responderá pelo homicídio privilegiado e Ronaldo pelo crime de
homicídio qualificado por motivo torpe. No exemplo 2, Lucas e Julieta
responderão pelo crime de infanticídio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caso 01 – Tendo Amarildo agido mediante relevante valor moral, logo após injusta
provocação da vítima, Amarildo responde por homicídio privilegiado, mas essa
circunstância, por ser de caráter pessoal, não se comunica a Ronaldo, que responde
por homicídio qualificado pelo motivo torpe (mediante paga ou promessa de
recompensa);
Caso 02 – Embora o delito de infanticídio seja crime próprio, que só pode ser
praticado pela mãe contra o próprio filho, durante o estado puerperal, é atualmente
pacífico o entendimento no sentido de que é possível concurso de agentes, desde que
o comparsa saiba da condição de sua comparsa, ou seja, saiba que ela está matando
o próprio filho sob a influência do estado puerperal. Assim, ambos responderão por
infanticídio.
Assim, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q94 - Zenão e Górgias desejam matar Tales. Ambos sabem que Tales é
pessoa bastante metódica e tem a seguinte rotina ao chegar no trabalho:
pega uma xícara de café na copa, deixa-a em cima de sua bancada particular,
vai a outra sala buscar o jornal e retorna à sua bancada para lê-lo, enquanto
degusta a bebida.

Aproveitando-se de tais dados, Zenão e Górgias resolvem que executarão o


crime de homicídio através de envenenamento. Para tanto, Zenão,
certificando-se que não havia ninguém perto da bancada de Tales, coloca na
bebida 0,1 ml de poderoso veneno. Logo em seguida chega Górgias, que
também verifica a ausência de qualquer pessoa e adiciona ao café mais 0,1
ml do mesmo veneno poderoso. Posteriormente, Tales retorna à sua mesa e
senta-se confortavelmente na cadeira para degustar o café lendo o jornal,
como fazia todos os dias. Cerca de duas horas após a ingestão da bebida,
Tales vem a falecer. Ocorre que toda a conduta de Zenão e Górgias foi
filmada pelas câmeras internas presentes na sala da vítima, as quais eram
desconhecidas de ambos, razão pela qual a autoria restou comprovada.
Também restou comprovado que Tales somente morreu em decorrência da
ação conjunta das duas doses de veneno, ou seja, somente 0,1 ml da
substância não seria capaz de provocar o resultado morte. Com base na
situação descrita, é correto afirmar que

a) caso Zenão e Górgias tivessem agido em concurso de pessoas, deveriam


responder por homicídio qualificado doloso consumado.
b) mesmo sem qualquer combinação prévia, Zenão e Górgias deveriam
responder por homicídio qualificado doloso consumado.
c) Zenão e Górgias, agindo em autoria colateral, deveriam responder por
homicídio culposo.
d) Zenão e Górgias, agindo em concurso de pessoas, deveriam responder por
homicídio culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela, Zenão e Górgias agiram em autoria


colateral, e NÃO em concurso de pessoas, pois não havia qualquer vínculo subjetivo
entre eles (um não conhecia a conduta do outro).

Em se tratando de autoria colateral, cada um dos agentes somente responde pela sua
conduta, e não pelo resultado ocorrido.

Não há que se falar em concurso de agentes, pois um desconhecia a conduta do


outro. Contudo, caso estivessem agindo em concurso, ambos responderiam pelo
resultado, ou seja, homicídio doloso qualificado consumado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
Q95 - A co-autoria é impossível nos crimes:

(A) Comissivos.
(B) Omissivos.
(C) Próprios.
(D) De mão própria.
(E) Culposos

RESPOSTA DA QUESTÃO: Entende-se que a coautoria é incabível nos crimes de


mão própria, motivo pelo qual a alternativa D está correta, e o gabarito está correto
quanto a este ponto.
Contudo, e embora não haja unanimidade doutrinária, a Doutrina majoritária não
admite a coautoria nos crimes omissivos. Um adendo, é plenamente possível a
participação em crimes omissivos próprios.
Portanto, entendo que a questão deveria ter sido ANULADA.

Q96 – Se da lesão corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias


evidenciam que o agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de
produzi-lo, configura(m)-se a) lesão corporal seguida de morte.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso o resultado morte decorreu de culpa, de


maneira que o agente responderá pelo delito de lesão corporal seguida de morte, nos
termos do art. 129, §3º do CP. Certa.

Q97 - É um resultado que caracteriza o crime de lesão corporal de natureza


grave, cuja pena é de reclusão de um a cinco anos:

a) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de dez dias.


b) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de vinte dias.
c) debilidade temporária de membro, sentido ou função
d) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de quinze dias.
e) aceleração de parto.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra E


configura um crime de lesão corporal de natureza grave, nos termos do art. 129, §1º,
IV do CP. Ressalte-se que a letra C, ainda que fale em lesão grave e não gravíssima,
exige-se, de acordo com o previsto no CP ―debilidade permanente de membro,
sentido ou função‖ não confundir com o disposto no parágrafo das lesões gravíssima,
em que faz a menção da lesão grave com consequência a ―Incapacidade permanente
para o trabalho‖ Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. Vale a pena a
leitura no inteiro teor.

Q98 - Assinale a alternativa que traz as duas hipóteses de aborto legal,


praticado por médico, expressamente previstas no art. 128 do CP.

a) Se o feto sofre de doença incurável, sendo praticado com o consentimento


da gestante; se há má-formação fetal que inviabilize a vida extrauterina.
b) Se há má-formação fetal que inviabilize a vida extrauterina; se não há
outro meio de salvar a vida da gestante.
c) Se não há outro meio de salvar a vida da gestante; se praticado com o
consentimento dela, tendo sido a gravidez resultada de estupro.
d) Se o feto sofre de doença incurável, sendo praticado com o consentimento
da gestante; se praticado com o consentimento da gestante, tendo sido a
gravidez resultada de estupro.
e) Se a gestante é menor de idade, sendo o procedimento autorizado pelos
responsáveis; se praticado com o consentimento da gestante, tendo sido a
gravidez resultada de estupro.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O aborto é permitido, quando praticado pelo médico, nas


hipóteses do art. 128 do CP:

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Aborto
necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez
resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

O STF passou a entender, ainda, que o aborto de fetos anencefálicos (sem cérebro ou
com má formação cerebral) também seria legal, por respeito à dignidade da mãe.

Assim, vemos que apenas a letra C traz duas hipóteses expressamente previstas no
CP.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q99 - ―X‖ recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso


contrário, poderia sofrer um aborto. Ocorre que ―X‖ precisa trabalhar e não
consegue fazer o repouso desejado e, por essa razão, acaba expelindo o feto,
que não sobrevive. Em tese, ―X‖

a) não praticou crime algum.


b) praticou o crime de aborto doloso.
c) praticou o crime de aborto culposo.
d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.
e) praticou o crime de desobediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O agente não praticou crime algum, pois o aborto se deu
de forma culposa. O aborto somente é punido quando ocorre de maneira DOLOSA. No
caso em tela a gestante não teve a intenção de provocar o aborto, nem agiu de forma
a ―não se importar‖ com sua ocorrência (assumir o risco). A gestante sabia do risco,
mas acreditava que conseguiria trabalhar sem prejudicar sua gestão, tendo aqui o
que se chama de CULPA CONSCIENTE.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q100 - Considere que João e José se agrediram mutuamente e que as lesões


recíprocas não são graves. Nesta hipótese, o art. 129, § 5.º do CP prescreve
que ambos podem:

a) ser beneficiados com a exclusão da ilicitude


b) ser beneficiados com o perdão judicial.
c) ter as penas de reclusão substituídas por prisão simples.
d) ser beneficiados com a exclusão da culpabilidade.
e) ter as penas de detenção substituídas por multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, nos termos do art. 129, §5º, II do CP, o Juiz
poderá substituir a pena de prisão pela pena de multa. ALTERNATIVA CORRETA É A
LETRA E.

Q101 - Para os efeitos dos crimes contra a vida, considera-se morta a pessoa
no momento em que:

a) cessar sua atividade respiratória sem auxílio externo.


b) perder sua consciência de forma irreversível.
c) cessar sua atividade encefálica.
d) perder sua capacidade psicomotora.
e) cessar sua capacidade cardiopulmonar sem auxílio externo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial,


considera-se morta a pessoa no momento em que cessa sua atividade encefálica, ou
seja, quando há a chamada ―morte cerebral‖.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q102 - Adriana, desejando a morte de sua amiga Leda, por vingança,


mediante ameaça com uma faca, obrigou-a a ingerir ―chumbinho",
substância utilizada para matar ratos, a despeito das súplicas da vítima que
sabia que a ingestão daquela substância poderia leva-la a morte. Após a
ingestão do veneno, a vítima permaneceu agonizando por duas horas, vindo
a óbito. Logo, Adriana deve responder pelo crime de homicídio doloso:

a) simples consumado.
b) qualificado por meio insidioso.
c) qualificado por meio cruel.
d) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio insidioso.
e) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio cruel.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Trata-se, aqui, de homicídio qualificado pelo meio CRUEL,


pois a vítima sabia que estava ingerindo veneno. Com relação à vingança, ela pode
ou não qualificar o delito, a depender da natureza da vingança (pode ser uma
vingança ―nobre‖, como matar o assassino do próprio, filho, por exemplo), ou seja,
não se pode afirmar que o delito seria qualificado pela vingança.
Ademais, ainda que fosse possível determinar que se tratava de vingança por motivo
fútil ou torpe, o crime não seria ―duplamente‖ qualificado, pois isso não existe. Seria
apenas qualificado, e a segunda qualificadora seria utilizada como circunstância
agravante.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q103 - Manoel estava cortando uma laranja com um canivete em seu sítio,
distraído, quando seu primo, Paulo, por mera brincadeira, veio por trás e deu
um grito. Em razão do susto, Manoel virou subitamente, ferindo Paulo no
pescoço, provocando uma lesão que o levou a óbito. Logo, Manoel:

a) não praticou crime, pois agiu por ato reflexo.


b) praticou o crime de homicídio culposo.
c) praticou o crime de homicídio doloso por dolo direto.
d) praticou crime de homicídio doloso por dolo eventual.
e) praticou crime de lesão corporal seguida de morte.
RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela Manoel agiu por ato REFLEXO, ou seja,
não teve dolo nem culpa em sua conduta, pois, como bem afirmado pela questão,
Manoel virou-se subitamente em razão do susto provocado pela própria vítima. Não
havendo dolo nem culpa, fica afastada a CONDUTA, que é um dos elementos do fato
típico.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q104 - São crimes contra a vida, assim previstos pelo Código Penal:
a) latrocínio, homicídio, extorsão mediante sequestro seguido de morte e infanticídio.
b) homicídio, aborto, infanticídio e induzimento ao suicídio.
c) homicídio, aborto, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
d) extorsão mediante sequestro seguido de morte, rixa seguida de morte, latrocínio,
infanticídio e aborto.
e) latrocínio, lesão corporal seguida de morte, difamação e periclitação da vida.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra B


traz exclusivamente crimes contra a vida, pois todos estão incluídos no Capítulo I do
Título da Parte Especial do CP, nos termos dos arts. 121, 122, 123 e 124 a 128. Como
resolver essa questão? Faça uma análise do bem jurídico tutelado! Latrocínio protege
o patrimônio e não apenas a vida, o mesmo vale pela extorão mediante sequestro
seguido de morte, rixa seguida de morte, entre outros, já no caso da lesão corporal
seguida de morte, o crime é preterdoloso, responde o agente a título de culpa pela
morte, pois não queria o resultado. ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q105 - No que toca ao delito de aborto e seus permissivos legais, é correto


afirmar que é excepcionalmente admissível na legislação pátria, no caso de
aborto terapêutico ou aborto humanitário (ou piedoso).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO: O aborto só é permitido na legislação brasileira em
hipóteses excepcionais, que são o aborto terapêutico ou aborto humanitário. O
primeiro ocorre quando há risco de vida para a mãe, e o segundo quando a gestação
deriva de estupro e a mãe consente com a realização do aborto, conforme previsto no
art. 128, I e II do CP.
Contudo, o STF passou a admitir, também, o aborto de fetos anencéfalos (fetos sem
cérebro ou com má formação cerebral), no julgamento da ADPF 54.
Porém, a questão pede que se responda com base nas exceções previstas na LEI, que
são só as duas primeiras. Questão certa.
Q106 - (FGV – 2008 – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO)
Um domingo, ao chegar em casa vindo do jogo de futebol a que fora assistir,
Tício encontra sua esposa Calpúrnia traindo-o com seu melhor amigo, Mévio.
No mesmo instante, Tício saca sua arma e dispara um tiro na cabeça de
Calpúrnia e outro na cabeça de Mévio. Embora pudesse fazer outros
disparos, Tício guarda a arma. Ato contínuo, apercebendo-se da besteira que
fizera, coloca os amantes em seu carro e parte em disparada para um
hospital.

O trabalho dos médicos é extremamente bem-sucedido, retirando a bala da


cabeça dos amantes sem que ambos tivessem qualquer espécie de seqüela.
Aliás, não fosse a imediata atuação de Tício, Calpúrnia e Mévio teriam
morrido. Com efeito, quinze dias depois, ambos já retornaram às suas
atividades profissionais habituais. A partir do texto, assinale a alternativa
que indique o crime praticado por Tício.

a) lesão corporal leve


b) lesão corporal grave
c) tentativa de homicídio
d) Tício não praticou crime
e) exercício arbitrário das próprias razões
RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela houve desistência voluntária e
arrependimento eficaz, pois o agente desistiu de prosseguir na execução do delito,
embora pudesse, e ainda procurou evitar que o resultado ocorresse. Nesse caso,
aplica-se o art. 15 do CP:

Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Assim, Tício responderá apenas pelas lesões
corporais causadas (graves, em razão do fato de resultar em perigo de vida),
nos termos do art. 129, §1º, II do CP. A questão tenta confundir o candidato pelo
fato de voltarem as atividades em apenas 15 dias, o que por sí só não configuraria a
gravidade da lesão, por isso é importante levar todo o teor do assunto para a prova.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q107 - Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca


elétrica no muro. Certo dia, Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime,
resolve pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da cerca
elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto,
não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do
mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o
referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou
constatado que a descarga elétrica não era suficiente para matar uma
pessoa em condições normais de saúde, mas suficiente para provocar o óbito
de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia.
Nessa hipótese é correto afirmar que:

a) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente.


b) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual.
c) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido.
d) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada.
RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela, Jaime se valeu do que se chama de
―legítima defesa preordenada‖, utilizando-se de uma ―ofendículas‖ (instrumento
preordenado a defender um bem jurídico, no caso, o patrimônio).
A legítima defesa preordenada é admitida pela Doutrina, que a vê como uma
modalidade válida de legítima defesa, de maneira que, também em relação a esta, o
―excesso‖ é punível, seja ele culposo ou doloso.

No caso, a questão deixa claro que não houve excesso por parte de Jaime, já que a
corrente elétrica não seria capaz de matar uma pessoa em condições normais, de
maneira que a morte de Cláudio não pode ser atribuída a Jaime.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q108 - Paula, com intenção de matar Maria, desfere contra ela quinze
facadas, todas na região do tórax. Cerca de duas horas após a ação de Paula,
Maria vem a falecer. Todavia, a causa mortis determinada pelo auto de
exame cadavérico foi envenenamento.

Posteriormente, soube-se que Maria nutria intenções suicidas e que, na


manhã dos fatos, havia ingerido veneno.
Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Paula responderá por homicídio doloso consumado.
b) Paula responderá por tentativa de homicídio.
c) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente independente
superveniente que por si só gerou o resultado.
d) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente independente
concomitante.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No presente caso temos uma causa absolutamente


independente, preexistente, que por si só produziu o resultado. Paula, desta forma,
responderá apenas pelos atos praticados (tentativa de homicídio), não podendo o
resultado ser a ela imputado, pois a ele não deu causa, pela teoria da causalidade
adequada. LETRA B.

Q109 - Sofia decide matar sua mãe. Para tanto, pede ajuda a Lara, amiga de
longa data, com quem debate a melhor maneira de executar o crime, o
melhor horário, local etc. Após longas discussões de como poderia executar
seu intento da forma mais eficiente possível, a fim de não deixar nenhuma
pista, Sofia pede emprestado a Lara um facão. A amiga prontamente atende
ao pedido. Sofia despede-se agradecendo a ajuda e diz que, se tudo correr
conforme o planejado, executará o homicídio naquele mesmo dia e assim o
faz. No entanto, apesar dos cuidados, tudo é descoberto pela polícia.

A respeito do caso narrado e de acordo com a teoria restritiva da autoria,


Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante
de o crime ter sido praticado contra ascendente. Lara, por sua vez, é apenas
partícipe do crime e deve responder por homicídio, sem a presença da
circunstância agravante.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Para esta teoria, autor é quem pratica a conduta descrita
no núcleo do tipo (o verbo). Partícipe é todo aquele que, de alguma forma, colabora
para o intento criminoso sem, contudo, praticar a conduta nuclear. No caso em tela,
Sofia é autora do delito, com a agravante de ter sido praticado o delito contra
ascendente (art. 61, II, e do CP). Lara, por sua vez, será mera partícipe, e não será
aplicada a ela a agravante, eis que não se trata de uma elementar do delito, sendo
uma circunstância periférica e de caráter pessoal (que não se comunica, portanto,
entre os comparsas).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA

Q110 - João, com intenção de matar, efetua vários disparos de arma de fogo
contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é internado em um hospital, no
qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas queimado em um
incêndio que destrói a enfermaria em que se encontrava.
Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João será
responsabilizado.

a) Homicídio consumado.
b) Homicídio tentado.
c) Lesão corporal.
d) Lesão corporal seguida de morte.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A causa da morte, neste caso, foi o incêndio. Temos,
assim, uma causa relativamente independente (pois se não fosse a conduta de
João, Antônio não estaria ali), mas que produziu por si só o resultado (foi ela,
sozinha, que causou a morte).
Neste caso, João não responde pelo resultado, mas apenas por sua conduta, de forma
que responderá por homicídio na forma tentada. LETRA B.

Q111 - José dispara cinco tiros de revólver contra Joaquim, jovem de 26


(vinte e seis) anos que acabara de estuprar sua filha. Contudo, em
decorrência de um problema na mira da arma, José erra seu alvo, vindo a
atingir Rubem, senhor de 80 (oitenta) anos, ceifando-lhe a vida. José
responderá apenas por homicídio privilegiado consumado, uma vez que
ocorreu erro na execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso em questão houve o que se chama de ―erro na execução‖, pois o agente
vislumbrou perfeitamente a vítima pretendida, mas errou na execução do delito.
Neste caso, considera-se o crime como tendo sido praticado em face da vítima
pretendida, e não da vítima efetivamente atingida. Correta.

Q112 - Roberto estava na fila de um banco, quando, por descuido, esbarrou


em Renato que estava a sua frente, fazendo com que caísse no chão a pasta
que estava na mão de Renato. Não obstante o pedido de desculpas, Renato
ficou enfurecido, saiu do banco, foi até seu veículo, pegou uma pistola e
aguardou na esquina a saída de Roberto do banco. Assim que a vítima cruzou
a esquina, Renato sacou a arma e desferiu cinco disparos pelas costas de
Roberto, levando-o a imediato óbito. Renato cometeu crime de

a) homicídio simples;
b) homicídio qualificado pelo motivo torpe;
c) homicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e com recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido
d) homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido
e) homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, emprego de arma de fogo e
com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido

RESPOSTA DA QUESTÃO: Temos aqui um homicídio QUALIFICADO, pelo motivo fútil


e por ter sido utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima, nos termos do art.
121, II e IV do CP. Contudo, a terminologia ―duplamente qualificado‖ (assim como
―triplamente qualificado‖) é absolutamente equivocada. A melhor Doutrina rejeita
essa terminologia, e a FGV jamais deveria tê-la utilizado.

Entretanto, não há como lutar contra isso. A alternativa D é a ―menos errada‖, pois
traz a solução correta, ainda que com um nome errado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q113 - Tício tentou suicidar-se e cortou os pulsos. Em seguida arrependeu-


se e chamou uma ambulância. Celsus, que sabia das intenções suicidas de
Tício, impediu dolosamente que o socorro chegasse e Tício morreu por
hemorragia. Nesse caso, Celsus responderá por
A) auxílio a suicídio.
B) homicídio doloso.
C) instigação a suicídio.
D) induzimento a suicídio.
E) homicídio culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é sensacional! Uma pegadinha e tanto!
Como Celsus impediu o socorro de Tício, que tentou se suicidar, a conduta poderia
ser classificada como auxílio ao suicídio. Porém, como a questão diz que Tício se
arrependeu, logo, NÃO QUERIA MAIS MORRER, e Celsus sabia disso, Celsus quis, ele
próprio a morte de Tício, e não ajuda-lo a se matar (pois este não mais queria isso).
Logo, o homicídio é DOLOSO.

Se Celsus não soubesse que Tício não queria mais se matar, e achasse que ele ainda
pretendia a morte, a conduta dele seria a de auxílio ao suicídio.
Assim, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q114 - Maria e seu namorado João praticaram manobras abortivas que


geraram a expulsão do feto. Todavia, em razão da chegada de terceiros ao
local e dos cuidados médicos dispensados, o neonato sobreviveu. Nesse
caso, Maria e João responderão por

A) tentativa de aborto.
B) crime de aceleração de parto.
C) tentativa de homicídio.
D) infanticídio.
E) tentativa de infanticídio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é outra pegadinha! Não há, de plano, nem infanticídio, nem tentativa de
infanticídio, tampouco homicídio, pois ainda não havia vida extrauterina.
Entretanto, o problema está na tentativa de aborto. De fato, ambos praticaram aborto
na modalidade tentada, pois tinham como finalidade (DOLO, Tudo se resolve com o
dolo!) o ABORTO, o crime praticado é o de aborto na modalidade tentada (pois o feto
sobreviveu).
A confusão poderia ocorrer porque o CP incrimina a conduta de lesão corporal grave,
sendo uma das hipóteses que qualifica a lesão corporal, a ocorrência de aceleração de
parto.

Mas como distinguir um crime do outro? Nesse caso, deve ser analisado o dolo do
agente. Se ele quis o aborto, responderá por aborto tentado. Se quis lesionar a
gestante, e, sem querer, aconteceu a aceleração do parto (crime qualificado pelo
resultado), haverá lesão corporal grave! Cuidado, meu povo!
Assim, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q115 - Antonio e sua mulher Antonia resolveram, sob juramento, morrer na


mesma ocasião. Antonio, com o propósito de livrar-se da esposa, finge que
morreu. Antonia, fiel ao juramento assumido, suicida-se. Nesse caso,
Antonio responderá por

A) auxílio ao suicídio culposo.


B) homicídio doloso.
C) homicídio culposo.
D) induzimento ao suicídio.
E) tentativa de homicídio.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A Banca adotou, seguindo tese majoritária, o fato de que


Antonia tirou a própria vida por livre e espontânea vontade, e que Antonio, seu
marido, com sua conduta anterior (pacto de morte), a induziu ou instigou a se
suicidar. Tendo Antonio sobrevivido, responderá pelo crime do art. 122 do CP.

Assim, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q116 - Segundo o entendimento jurisprudencial hoje preponderante, a lesão


corporal respectivamente simples e qualificada ocorrida no Brasil (Cód.
Penal, Art. 129 e seus parágrafos) é um crime de ação penal

a) pública incondicionada e de ação penal privada.


b) pública condicionada à representação e de ação penal privada.
c) pública condicionada à representação e incondicionada.
d) privada e de ação penal pública condicionada à representação.
e) pública e exclusivamente condicionada à representação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A lesão corporal simples é considerada crime de ação


penal pública condicionada à representação, por força do que dispõe o art. 88 da Lei
9.099/95. Já o crime de lesão corporal qualificada permanece como delito de ação
penal pública incondicionada, já que o CP é silente com relação a este delito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q117 - Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que o homicídio
simples, em determinada situação, pode ser classificado como crime
hediondo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na hipótese de ser praticado em atividade típica de grupo de extermínio, nos termos
do art. 1º, I da Lei 8.072/90. Certo.

Q118 - Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que


incompatível o homicídio privilegiado com a qualificadora do emprego de
asfixia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É possível a combinação de homicídio privilegiado qualificado, desde que a
qualificadora seja de natureza objetiva, como o meio de execução, que é a hipótese
de ser realizado mediante asfixia, por exemplo. Errada.

Q119 - O autor de homicídio praticado com a intenção de livrar um doente,


que padece de moléstia incurável, dos sofrimentos que o atormentam
(eutanásia), perante a legislação brasileira,

a) não cometeu infração penal.


b) responderá por crime de homicídio privilegiado.
c) responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe.
d) responderá por homicídio simples.
e) responderá por homicídio qualificado pelo motivo fútil.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O autor do homicídio, neste caso, responderá pelo delito


de homicídio privilegiado, na forma do art. 121, §1º do CP:

Art. 121. Matar alguem:


Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em
seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a
um terço.
Vejam que o delito foi praticado por motivo de relevante valor moral (aliviar a dor da
vítima).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q120 - Dentre as hipóteses de formas qualificadas dos crimes de injúria,


calúnia e difamação, NÃO se incluem os crimes cometidos

A) mediante promessa de recompensa.


B) contra Governador de Estado.
C) contra chefe de governo estrangeiro.
D) na presença de várias pessoas.
E) contra funcionário público, em razão de suas funções.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 141, I a IV do CP, são causas de


aumento de pena:

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se


qualquer dos crimes é cometido:

I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;


II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia,
da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto
no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)

Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,


aplica-se a pena em dobro.

Assim, a alternativa que não contempla uma hipótese de causa de aumento de pena
é a letra B.

Q121 - Admite-se a exceção da verdade no crime de A) calúnia, se do crime


imputado, embora de ação pública, o acusado for absolvido por sentença
irrecorrível.

B) injúria, se a ofensa consistir na utilização de elementos referentes a raça, cor,


etnia, religião ou origem.
C) difamação, se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de
suas funções.
D) calúnia, se o crime foi cometido contra o Presidente da República, chefe de
governo estrangeiro ou funcionário público no exercício de suas funções.
E) calúnia, se constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença recorrível.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A exceção da verdade (exceptio veritatis) é admitida


como regra na calúnia, e como exceção da difamação.

Já na difamação, a exceção da verdade não se admite, em regra, só sendo admitida


caso o fato se refira a funcionário público no exercício da função, art. 139, § único do
CP. ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q122 - 36.! (FCC – 2006 – TRF1RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
A respeito dos crimes contra a honra, é correto afirmar que

A) é punível a calúnia contra os mortos.


B) constitui difamação punível a ofensa irrogada pela parte em juízo, na defesa da
causa.
C) é isento de pena o querelado que, antes da sentença, se retratar cabalmente da
injúria.
D) a injúria só pode ser cometida por gesto e palavras, nunca pela prática de vias de
fato.
E) admite-se a exceção da verdade no crime de injúria, se a vítima for funcionário
público e a ofensa for relacionada à função.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A calúnia contra os mortos é punível, nos termos do art.


138, § 2° do CP. A difamação irrogada em Juízo não constitui crime.

A retratação da injúria não é causa de extinção da punibilidade (art. 143 do CP). A


injúria pode ser cometida por meio de vias-de-fato (INJÚRIA REAL, art. 140, §2° do
CP). No crime de injúria NUNCA SE ADMITE EXCEÇÃO DA VERDADE. Assim, a
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q123 - No tocante à exceção da verdade, INCORRETO afirmar que a)


inaplicável no crime de calúnia se o fato imputado constitui delito de ação
pública e o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

b) inaplicável no crime de calúnia se praticado contra chefe de governo


estrangeiro.
c) inaplicável no crime de calúnia se o fato imputado constitui delito de ação
privada e não houve a propositura de queixa.
d) inaplicável no crime de difamação se a ofensa a funcionário público não é
relativa ao exercício de suas funções.
e) aplicável, em qualquer circunstância, no crime de injúria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A exceção da verdade nunca é admitida na injúria, até porque se trata de uma
ofensa, não da narrativa de um fato, a letra E é a correta, portanto. Observe ainda
o item C, muito interessante para reflexão, pois se o crime é de ação penal privada,
não há que se falar em exceção da verdade enquanto a ação não for proposta
mediante queixa. A Calúnia contra o Presidente da República ou contra Chefe de
Governo Estrangeiro também não admitem a exceção da verdade.

Q124 - É admissível a exceção da verdade na injúria, se a vítima é


funcionária pública e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na injúria não se admite exceção da verdade, apenas nos casos de calúnia e
difamação, desde que respeitadas algumas condições. Errada.

Q125 - É admissível a retratação apenas nos casos de calúnia e difamação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 143 do CP: Art. 143 - O querelado que, antes da
sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Certa.

Q126 – É é admissível o perdão judicial no crime de difamação, se houver


retorsão imediata.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 140, §1º, II do CP, a retorsão imediata é causa de perdão judicial
no crime de injúria, não no crime de difamação. Errada.

Q127 - A injúria real consiste no emprego de elementos preconceituosos ou


discriminatórios relativos à raça, cor, etnia, religião, origem e condição de
idoso ou deficiente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta definição refere-se à injúria qualificada, e não à injúria real, nos termos do art.
140, §3º do CP. A injúria real consiste em violência ou vias de fato, que, por sua
natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes, nos termos do art. 140,
§2º do CP. Errada.

Q128 - Miguel cometeu crime de difamação contra Vitor e está respondendo


uma ação penal privada movida pelo ofendido (querelante), que tramita
perante uma das varas criminais da comarca de Macapá. Miguel, o querelado,
poderá se retratar cabalmente e, neste caso,

a) ficará isento da pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da


sentença e contar com a anuência expressa do querelante.
b) terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da
sentença.
c) ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da
sentença.
d) ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes da sentença.
e) terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da
sentença e contar com a anuência expressa do querelante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão capciosa que buscou exatamente os termos da lei.
Embora a lei tenha se limitado a apontar apenas "sentença" como parâmetro para a
retratação, a doutrina entende que apenas a retratação efetivada até a sentença de
primeiro grau extingue a punibilidade. Gabarito: D

Q129 - Uma empregada doméstica, percebendo que os proprietários


encontravam-se na cama, sorrateiramente, tranca a porta do quarto com
chave pelo lado de fora, impedindo-os de acessar outros co;modos da
resid<ncia. Imediatamente, permite a entrada de dois comparsas que,
durante 10 (dez) minutos, passam a recolher todos os objetos de valor que
conseguem transportar em

duas mochilas grandes de costa. Os proprietários levantam com o barulho e


ao tentarem sair do quarto percebem estar trancados naquele ambiente,
quando passam a chamar pela empregada que, todavia, ignora
deliberadamente o chamado, abandona o emprego com os demais membros
do grupo, após a empreitada criminosa.

Pela janela da casa, conseguem chamar um vizinho que, adentra ao imóvel e


destranca a porta do cômodo. Após saírem do quarto, os proprietários
percebem o desaparecimento de vários objetos de valor, bem como a
ausência da empregada. A polícia foi acionada,

sendo registrada ocorrência com codificação principal de:

a) Roubo.
b) Furto.
c) Cárcere privado.
d) Apropriação indébita.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime ocorrido foi o de roubo, previsto no art.


157 do
CP. Trata-se de roubo cometido com violência imprópria, ou seja, apesar
de o agente não empregar violência física ou grave ameaça, reduz a
vítima à impossibilidade de defesa (parte final do art. 157 do CP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q130 - Eufrosina, experiente psicóloga e conhecedora profunda das técnicas


de hipnose, propõe a sua amiga Ambrosia hipnotizá-la, sob o argumento de
curá-la de um trauma da infância.

Acreditando na cura, Ambrosia aceita a terapia. Estando sob os efeitos da


hipnose e das determinações de Eufrosina, Ambrosia entrega-lhe um colar de
brilhantes, que já era cobiçado pela psicóloga há anos. Eufrosina vai embora
surrupiando a joia.

Assim, Eufrosina praticou o crime de:

a) roubo próprio.
b) furto simples.
c) furto mediante fraude.
d) roubo impróprio.
e) estelionato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela houve a prática do delito de ROUBO


(roubo próprio, no qual a violência ou grave ameaça ocorre para possibilitar a
subtração da coisa), mediante a utilização de VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA (aquela em que
o agente não agride a vítima, não se vale de violência física propriamente dita, mas
reduz a possibilidade de defesa da vítima, como no caso da hipnose). Trata-se,
portanto, de roubo próprio, nos termos do art. 157, caput, do CP. Gab: A.

Q131 - Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida por dois homens, que
portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo.
Os marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido
sempre de Lucileide efetuar vários saques bancários em contas de sua
titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive sob a ameaça de ser
violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de:

a) cárcere privado (artigo 148 do CP).


b) roubo (artigo 157, § 2, V, do CP).
c) extorsão simples (artigo 158, caput do CP).
d) extorsão qualificada (artigo 158, § 3º do CP).
e) extorsão mediante sequestro (artigo 159 do CP).

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime praticado aqui foi o de extorsão qualificada, nos


termos do art. 158, §3º do CP, o chamado ―sequestro relâmpago‖.

Vejamos:
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


(...)
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave
ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
(Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) LETRA D.

Q132 - Sílvio e Mário, por determinação de Valmeia, prima de Sílvio,


tomaram vários eletrodomésticos da casa de Joaquina, que havia saído para
trabalhar. Após a divisão em partes iguais, Valmeia, por necessitar para
utilização em sua casa, comprou de Sílvio e Mário os eletrodomésticos que
lhes couberam na divisão. Logo, pode-se afirmar que todos praticaram o
delito de furto e que
Valmeia não responde por receptação porque participou do delito anterior, e
a receptação, aqui, é considerada como mero post factum impunível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo Rogério Sanches (CP, p. 180), o sujeito atiivo da receptação poderá ser
qualquer um, DESDE QUE não tenha concorrido para o delito anterior. Assim, nenhum
dos três poderá ser incriminado por receptação, somente por furto. Questão certa.
Q133 - Num período em que faltam corpos humanos para estudo nos
institutos de anatomia das universidades de medicina, Claudionor,
funcionário de uma universidade privada, vende um cadáver desta
universidade para outra, sem o conhecimento dos administradores da
instituição em que trabalha. Assim, Claudionor:

a) não praticou nenhum crime, haja vista o cadáver não poder ser objeto de crime.
b) praticou o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver.
c) praticou o crime de vilipêndio a cadáver.
d) praticou o crime de violação de sepultura.
e) praticou o crime de furto.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O agente, aqui, praticou o delito de FURTO, pois o


cadáver é considerado objeto e, no caso de ser pertencente a alguém (como era
pertencente à Universidade), está sujeito aos crimes patrimoniais, como o furto.

Não se trata do crime do art. 171, §2º, II do CP (disposição de coisa alheia como
própria), pois aqui o agente ENGANA o comprador (fraude).

Ou seja, a vítima neste delito seria o comprador. No caso da questão, o comprador


não teve prejuízo algum, não houve qualquer fraude. O prejuízo foi exclusivo da
Universidade, que teve seu patrimônio subtraído. Gab: E

Q134 - Vitorina, ex-funcionária da empresa de fornecimento de energia


elétrica, vestindo um uniforme antigo, foi até a casa de Pauliana dizendo que
estava ali para receber os valores da conta mensal de fornecimento de
energia elétrica. Acreditando em Vitorina, Pauliana, pagou os valores a esta,
que utilizou o dinheiro para comprar alguns vestidos. Entretanto, como
sempre, as contas dessa empresa eram e deveriam ser pagas na rede
bancária. Logo, Vitorina praticou o crime de:

a) furto.
b) roubo.
c) estelionato.
d) apropriação indébita.
e) extorsão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela houve o delito de estelionato, pois a


agente se valeu de fraude para obter para si vantagem ilícita, nos termos do art. 171
do CP. Não se trata de furto mediante fraude, pois neste a vítima é ―distraída‖ pela
fraude, que facilita a subtração da coisa. No caso da questão a própria vítima entrega
a vantagem (dinheiro) à infratora, o que configura o estelionato. LETRA C.

Q135 - Segundo o Código Penal, apropriar-se de coisa alheia móvel, de que


tem a posse ou a detenção tipifica o crime de:

a) furto.
b) roubo.
c) extorsão.
d) extorsão indireta.
e) apropriação indébita.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal conduta configura o delito de apropriação indébita,
nos termos do art. 168 do CP:

Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. LETRA E.

Q136 - Aurélio, numa tarde de domingo, percebe que havia gasto todo o seu
dinheiro. Assim, como não teria dinheiro para comprar o jantar, resolve
praticar um assalto. Para conseguir o seu desígnio, esconde-se atrás de um
matagal à espera de uma vítima. Após horas esperando, por volta das
22:00h, Patrícia, que retornava da Igreja em direção a sua casa, passa em
frente ao matagal onde estava Aurélio. Aproveitando-se da distração de
Patrícia e fingindo estar armado, coloca sua mão embaixo da camisa, salta
na frente de Patrícia e mediante uma grave ameaça subtrai-lhe a bolsa com
sua carteira, documentos, dinheiro e a Bíblia, e sai correndo levando todos
os pertences.

Analisando a história acima narrada, a conduta praticada por Aurélio se


enquadra no seguinte tipo penal:

a) roubo qualificado.
b) roubo famélico.
c) furto qualificado mediante fraude.
d) furto com aumento de pena em razão do repouso noturno.
e) roubo simples.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela o agente praticou o delito de ROUBO


SIMPLES, nos termos do art. 157 do CP. Não se trata de roubo majorado pelo
emprego de arma (art. 157, §2º, I do CP), pois o agente apenas fingiu portar uma
arma, inexistente. A grave ameaça (em razão da pretensa existência de uma arma),
por si só, não majora o delito, pois a grave ameaça é uma circunstância elementar do
tipo principal. LETRA E.

Q137 - A e B, agindo em concurso e com unidade de desígnios entre si,


mediante grave ameaça, exercida com o emprego de arma de fogo,
abordaram C, que reagiu após o anúncio de assalto. Ante a reação, B efetuou
um disparo contra C, mas por erro na execução, o projétil atingiu o
comparsa, causando-lhe a morte. Em seguida, B pôs-se em fuga, sem
realizar a subtração patrimonial visada. Esse fato configura

a) roubo tentado e homicídio consumado, em concurso material.


b) latrocínio tentado.
c) homicídio consumado.
d) latrocínio consumado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso temos o crime de roubo seguido de morte


(latrocínio), em sua forma consumada, nos termos do art. 157, §3º do CP. O STF já
consolidou entendimento no sentido de que o latrocínio se consuma com a ocorrência
do evento morte, ainda que a subtração não ocorra.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q138 - No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio previstos no


Código Penal, é correto afirmar que subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, e mantendo a
vítima em seu poder, restringindo sua liberdade, caracteriza o crime de
extorsão
mediante sequestro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal conduta configura o crime de roubo, nos termos do art. 157 do CP. A extorsão
mediante sequestro é a que o agente exige de outrem vantagem indevida como
moeda de troca. Errada.

Q139 - O crime de furto é qualificado se praticado durante o repouso


noturno.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois o crime, neste caso, não será qualificado. Haverá, porém, a
incidência de uma causa de aumento de pena, nos termos do art. 155, §1º do CP.

Q140 - Imagine que João confunda seu aparelho de telefone celular com
o de seu colega Pedro e, descuidadamente, leve para sua casa o
aparelho de Pedro. Ao perceber o equívoco, João imediatamente
comunica-se com Pedro e informa o ocorrido. No dia seguinte,
João devolve o aparelho ao colega sem qualquer dano. Analisando
a hipótese narrada, é possível afirmar que João

(A) cometeu crime de furto, mas não será punido em vista do instituto da desistência
voluntária.
(B) não cometeu crime algum.
(C) cometeu crime de apropriação indébita, mas não será punido em vista do instituto
da desistência voluntária.
(D) cometeu crime de furto, mas não será punido em vista do instituto do
arrependimento eficaz.
(E) cometeu crime de apropriação indébita, mas não será punido em vista do instituto
do arrependimento eficaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O agente, neste caso, agiu em ERRO DE TIPO, por incidir
em erro sobre um dos elementos que compõem o tipo penal (no caso, o elemento
―coisa alheia‖, já que acreditava que a coisa era sua). Neste caso, João não pode ser
responsabilizado pelo crime de furto, nos termos do art. 20 do CP. Até se poderia
cogitar a punição da conduta a título culposo, caso ficasse comprovado que o erro foi
imperdoável (erro inescusável). Contudo, o delito de furto não admite modalidade
culposa. Gab: B

Q141 - No que concerne ao crime de receptação, analise as seguintes


assertivas:

I. Não é punível se desconhecido o autor do crime de que proveio a coisa.


II. Não é punível se isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.
III. A pena para a figura simples dolosa (CP, art. 180, caput) é aplicada em
dobro caso se trate de bem da União. As assertivas estão, respectivamente:

(A) correta; correta; incorreta.


(B) incorreta; correta; incorreta.
(C) correta; correta; correta.
(D) incorreta; incorreta; incorreta.
(E) incorreta; incorreta; correta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – ERRADA: Tal fato é irrelevante para a punibilidade da receptação, nos termos do
§4º do art. 180 do CP.
II - ERRADA: Tal fato também não impede a punição pelo crime de receptação, nos
termos do §4º do art. 180 do CP.
III – CORRETA: Esta é a exata previsão do art. 180, §6º do CP. LETRA E.

Q142 - O crime de fraude no pagamento por meio de cheque (CP, art. 171, §
2.º, VI) tem expressa previsão de aumento de pena, na razão de um terço,
se

(A) cometido em detrimento de entidade de direito público.


(B) cometido por funcionário público.
(C) causa qualquer prejuízo à vítima.
(D) consumado.
(E) causa vultoso prejuízo à vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal delito tem aumento de pena, de um terço, se o crime


é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia
popular, assistência social ou beneficência, nos termos do art. 171, §3º do CP. LETRA
A.

Q143 - Estabelece o art. 155, § 2.º do CP como requisitos necessários para


que, no crime de furto, o juiz aplique somente a pena de multa, ser o
criminoso

(A) confesso e de insignificante valor a coisa subtraída.


(B) primário e de pequeno valor a coisa furtada.
(C) não reincidente e portador de condições pessoas favoráveis,
como domicílio fixo e ocupação lícita.
(D) menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 70 (setenta) anos
e que proceda à restituição voluntária da coisa subtraída.
(E) confesso e que proceda à restituição voluntária da coisa subtraída.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O §2º do art. 155 estabelece que o Juiz poderá substituir
a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa caso o criminoso seja PRIMÁRIO e seja de pequeno valor a
coisa furtada. LETRA B.

Q144 Cícero entrou no automóvel de Augustus e subtraiu-lhe um


computador portátil que estava no banco traseiro. Augustus percebeu a ação
delituosa e perseguiu Cícero, com o qual entrou em luta corporal. No
entanto, Cícero causou ferimentos leves em Augustus, e conseguiu fugir do
local, de posse do aparelho subtraído. Cícero responderá por crime de

A) roubo impróprio.
B) furto simples.
C) furto qualificado pela destreza.
D) furto e de lesões corporais.
E) apropriação indébita.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Aqui temos o que se chama de ROUBO IMPRÓPRIO, pois


o agente, embora não tenha se utilizado de violência ou grave ameaça para realizar a
subtração da coisa, o faz para garantir a impunidade ou o proveito do crime. Vejamos
o que diz o art. 157, §1° do CP:
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Letra A.

Q145 - Mara, empregada doméstica, subtraiu joias de sua empregadora


Dora, colocando-as numa caixa que enterrou no quintal da residência. No dia
seguinte, porém, Dora deu pela falta das joias e chamou a polícia que
realizou busca no imóvel e encontrou o esconderijo onde Mara as havia
guardado. Nesse caso, Mara responderá por

A) apropriação indébita.
B) furto tentado.
C) furto consumado.
D) roubo.
E) estelionato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela houve FURTO CONSUMADO, eis que a


agente (Mara) chegou a ter a posse sobre os bens, ainda que estes estivessem dentro
da propriedade da proprietária, mas já não estavam mais sob a posse dela.
O crime de furto se consuma com a posse efetiva sobre os bens furtados, pouco
importando se eles saíram ou não de perto da vítima. Letra C.

Q146 - Paulo postou-se em frente a um restaurante e apresentou- se como


manobrista a um freguês que chegou para jantar.

Entregou-lhe um papel com um número e recebeu deste as chaves o veículo,


do qual se apossou, fugindo do local. Paulo responderá por crime de

A) apropriação indébita.
B) estelionato.
C) furto qualificado pela fraude.
D) furto simples.
E) furto com abuso de confiança.
RESPOSTA DA QUESTÃO: No crime de estelionato, a fraude é o meio utilizado pelo
agente para que a vítima, enganada, LHE ENTREGUE A VANTAGEM INDEVIDA (no
caso, o veículo). Já no crime de furto qualificado pela utilização de fraude, o agente
emprega o ardil, a fraude, de forma a fazer com que a vítima diminua sua vigilância
sobre o bem, facilitando, desta forma, a conduta do larápio, que irá SUBTRAIR O
BEM. No caso em tela, como não houve subtração, mas entrega voluntária da coisa
pela vítima, em razão da fraude perpetrada pelo agente, temos ESTELIONATO. Letra
B.

Q147 - José encontrou um talonário de cheques na rua. Retirou uma das


folhas, preencheu e a utilizou para pagar R$ 200,00 de combustível num
posto de gasolina.

Tal conduta configurou o delito de

A) estelionato.
B) furto qualificado mediante fraude.
C) venda de coisa alheia como própria.
D) receptação.
E) extorsão.

COMENTÁRIO DA QUESTÃO:
No caso em tela, embora tenha havido a prática de falsificação de documento público,
essa falsificação se deu como crime-meio para a prática do crime de estelionato.
Tendo a potencialidade lesiva do documento falso se esgotado no estelionato
praticado, o estelionato absorve o crime de falso, conforme Jurisprudência do STJ, de
forma que o agente deve responder apenas por estelionato, previsto no art. 171 do
CP. Vejamos:
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez
contos de réis.

Vejamos a posição do STJ, inclusive pela súmula 17:


PENAL. HABEAS CORPUS. USO DE DOCUMENTO FALSO. ESTELIONATO TENTADO.
PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO E DA SÚMULA 17/STJ.
INVIABILIDADE. POTENCIALIDADE LESIVA DO FALSO QUE NÃO SE EXAURE
NA FRAUDE PERPETRADA. ORDEM DENEGADA.
1. Segundo dispõe o enunciado 17 da Súmula desta Corte, "quando o falso se
exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido".
Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q148 - Paulo subtraiu um toca-fitas e vendeu o referido aparelho para João.


João não sabia que se tratava de produto de furto, interessou-se pelo
negócio porque o preço do rádio correspondia a 10% do valor de mercado.

Nesse caso, João cometeu crime de


A) estelionato.
B) receptação dolosa.
C) receptação culposa.
D) furto.
E) apropriação indébita.

COMENTÁRIO DA QUESTÃO:
João praticou o crime de receptação culposa, eis que adquiriu produto de crime,
mesmo embora não sabendo que o fosse, mas em razão da desproporção do preço do
produto e seu valor real, deveria ter desconfiado. Letra C

Q149 - No tocante aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que A) a


subtração de coisa comum não constitui crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se a porção subtraída não excede à parte que cabia ao infrator não constitui crime.
CUIDADO MÁXIMO. Errado.

Q150 - O dano culposo constitui infração de menor potencial ofensivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O dano culposo não é considerado infração penal, por ausência de expressa previsão
legal nesse sentido, punindo-se apenas o dano doloso. Errada.

Q151 - Há previsão legal de escusa absolutória nos delitos patrimoniais


desde que seja cometido contra cônjuge, na constância da sociedade
conjugal, ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo ou de
extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de violência ou grave ameaça
contra a pessoa e ao estranho que participa do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aquele que comete QUALQUER DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO é isento de
pena se pratica o fato contra:

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
título, em prejuízo:

I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;


II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo,
seja civil ou natural.
A norma do inciso I se estende, também, àqueles que vivam em União Estável.

No entanto, estas escusas absolutórias não se aplicam nas hipóteses do art. 183 do
CP:
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de
grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003). Questão Correta.

Q152 – Entre os crimes em que se admite a figura privilegiada, com


substituição da pena de reclusão pela de detenção, diminuição de um a dois
terços ou aplicação somente da pena de multa, encontra-se:

a) o furto.
b) o estelionato.
c) a apropriação indébita.
d) a receptação.
e) todas estão corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A figura privilegiada consistente na possibilidade de ―substituição da pena de reclusão
pela de detenção, diminuição de um a dois terços ou aplicação somente da pena de
multa‖ está prevista para diversos crimes patrimoniais. Gab: D

Q153 - A subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para


o exterior, ocorrida mediante concurso de agentes, durante o repouso
noturno e com emprego de narcotização da vítima classifica-se precisamente
como

a) furto simples.
b) furto com causa de aumento.
c) furto qualificado.
d) roubo impróprio.
e) roubo próprio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Roubo próprio com violência imprópria. E

Q154 - Epicuro e Tales resolvem subtrair importância em dinheiro de um


veículo coletivo de passageiros, com uso de simulacro de arma de fogo, e
ameaçam o cobrador do ônibus, tomando-lhe pequena importância em
espécie. Na mesma conduta subtraem dinheiro e celulares de dois
passageiros e do próprio cobrador. Epicuro e Tales cometeram crime de

a) roubo qualificado pelo uso de arma de fogo.


b) roubo qualificado em concurso material de crimes.
c) roubo simples em concurso material de crimes.
d) furto qualificado em concurso material de crimes.
e) roubo majorado em concurso de crimes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, os agentes cometeram o delito de roubo majorado (pelo concurso de
pessoas) em concurso de crimes, pois foram praticados quatro delitos de roubo
diferentes (um contra a empresa de ônibus e outros três contra os passageiros e o
cobrador), sendo concurso formal, já que praticados mediante uma única conduta
global. Letra E

Q155 - Quatro ladrões chegaram de carro em frente a uma residência para a


prática de crime de furto. Porém, antes de descerem do veículo, foram
obstados pela polícia, que os observava, e levados para a Delegacia onde
lavrou-se o auto de prisão em flagrante. Nesse caso, os agentes praticaram
tentativa de furto qualificado pelo concurso de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os agentes tinham finalidade de praticar o crime de furto qualificado por concurso de
agentes, mas não passaram da fase de meros atos preparatórios, impunível. Errada.
Q156 - Dentre os crimes contra o patrimônio, ainda que primário o agente e
de pequeno valor a coisa ou o prejuízo, NÃO admite a imposição exclusiva de
pena de multa

a) o estelionato.
b) o furto.
c) a receptação dolosa.
d) a apropriação indébita.
e) o dano culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal circunstância não é aplicável ao crime de ―dano


culposo‖, pois tal conduta é considerada FATO ATÍPICO. Letra E.

Q157 - O segurança de um estabelecimento comercial, mediante


remuneração de R$ 10.000,00, desligou o alarme durante trinta minutos
para que seus comparsas arrombassem a porta, entrassem e subtraíssem
todo o dinheiro do cofre.

Nesse caso, o segurança responderá pelo crime de

a) furto simples, na condição de co-autor.


b) furto qualificado, na condição de partícipe.
c) favorecimento real.
d) favorecimento pessoal.
e) roubo qualificado, na condição co-autor.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O segurança responderá pelo crime de furto qualificado


pelo concurso de pessoas, na qualidade de partícipe do crime (pois auxiliou na sua
prática). Letra B

Q158 - Pedro ingressou numa joalheria e afirmou que pretendia adquirir um


anel de ouro para sua esposa. A vendedora colocou sobre a mesa diversos
anéis. Após examiná-los, Pedro disse que lhe agradou mais uma peça que
estava exposta no canto da vitrine e que queria vê-la. A vendedora voltou-
lhe as costas, abriu a vitrine e retirou o anel. Valendo-se desse momento de
descuido da vendedora, Pedro apanhou um dos anéis que estava sobre a
mesa
e colocou-o no bolso. Em seguida, examinou o anel que estava na vitrine,
disse que era bonito, mas muito caro, agradeceu e foi embora, levando no
bolso a joia que havia apanhado. Nesse caso, Pedro responderá por furto
qualificado pela fraude.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso em tela o agente se valeu de uma fraude (se fez passar por comprador
honesto) para diminuir a vigilância da vítima. Questão correta.

Q159 - O ato de receber, como garantia de dívida, abusando da situação de


alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a
vítima, constitui crime de

a) fraude na entrega de coisa.


b) estelionato.
c) fraude no comércio.
d) extorsão indireta.
e) furto qualificado pela fraude.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Esta conduta configura o delito de extorsão indireta,


previsto no art. 160 do CP:

Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de
alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou
contra terceiro:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. LETRA D.

Q160 - Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua


liberdade no crime de roubo, haverá aumento de pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que prevê o Art. 157, §2º, V do CP. Correta.

Q161 - José ingressou no escritório da empresa Alpha, sendo que o


segurança não lhe obstou o acesso porque estava vestido de faxineiro e
portando materiais de limpeza. No interior do escritório, arrombou a gaveta
e subtraiu R$ 3.000,00 do seu interior. Quando estava saindo do local, o
segurança, alertado pelo barulho, tentou detê-lo. José, no entanto, o agrediu
e o deixou desacordado e ferido no solo, fugindo, em seguida, do local de
posse do dinheiro subtraído. Nesse caso, José responderá por roubo
impróprio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Roubo impróprio com violência própria. Obs: É impossível roubo impróprio com
violência imprópria. Correta.

Q162 - No crime de apropriação indébita,

a) o dolo é antecedente à posse.


b) a ação penal é sempre pública incondicionada, independentemente da condição da
vítima.
c) o Juiz pode reduzir a pena se primário o criminoso e de pequeno valor a coisa
apropriada.
d) é possível o perdão judicial no caso de apropriação indébita culposa.
e) há aumento da pena quando o agente recebe a coisa em razão de emprego, mas
não de profissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: A posse é anterior ao dolo, que passa a existir apenas em momento
posterior.
B) ERRADA: Pois a ação será pública condicionada quando a vítima for alguma das
pessoas enumeradas no art. 182 do CP.
C) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 170 do CP, que se remete ao art. 155,
§2º do CP.
D) ERRADA: A apropriação indébita culposa é uma figura atípica, ou seja, não é
prevista como crime.
E) ERRADA: Tanto numa quanto noutra hipótese haverá aumento de pena, por força
do art. 168, §1º, III do CP.
Gab: LETRA C.

Q163 - José, réu primário, após subtrair para si, durante o repouso noturno,
mediante rompimento de obstáculo, um botijão de gás avaliado em R$ 50,00
do interior de uma residência habitada, foi preso em flagrante delito.

O crime praticado por José é atípico em razão da incidência do princípio da


insignificância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO! Para os Tribunais, não há se falar em aplicação do Princípio da
Insignificância nas hipóteses de Furto qualificado. O STF entende que as
qualificadoras do furto já denotam uma maior ofensividade da conduta dos agentes.
Logo, seria incompatível a aplicação da benesse. (STF/HC: 94765)

Entretanto, é possível que haja furto privilegiado (furto de coisa pequena rs), desde
que a qualificadora seja de ordem objetiva. É o que diz a orientação do STJ.

Súmula 511 (STJ): É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art.


155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a
primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem
objetiva. Errada.

Q164 - Praticar, na presença de alguém menor de 18 (dezoito) anos,


conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria
ou de outrem, tipifica o crime de satisfação de lascívia mediante presença de
criança ou adolescente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois tal delito só se caracteriza quando a conduta é realizada na
presença de alguém menor de 14 anos, nos termos do art. 218-A do CP.

Q165 - Constranger alguém, mediante fraude, a ter conjunção carnal ou a


praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, tipifica
crime de estupro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso teremos o delito de violência sexual mediante fraude, nos termos do art.
215 do CP. Errada.

Q166 - Atrair à prostituição alguém menor de 18 (dezoito) anos tipifica o


crime de favorecimento da prostituição, ou de outra forma de exploração
sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 218-B do CP.
Q167 - ―X‖, em um cinema, durante a exibição de um filme que continha
cenas de sexo, é flagrado por policiais expondo e manipulando sua genitália.
Tal conduta, em tese, não tipifica crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta do agente, em tese, configura o delito de ato obsceno, previsto no art. 233
do CP. Questão errada.

Q168 - Nos termos do Código Penal, assinale a alternativa que contenha


apenas crimes contra a dignidade sexual

a) Perigo de contágio venéreo; atentado ao pudor mediante fraude; assédio sexual.


b) Assédio sexual; perigo de contágio venéreo; corrupção de menores.
c) Estupro; atentado violento ao pudor; prostituição.
d) Atentado violento ao pudor; sedução; estupro.
e) Estupro; corrupção de menores; assédio sexual.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra


E traz três condutas que são crimes contra a dignidade sexual (arts. 213,
218 e 216-A do CP). LETRA E.

Q169 - Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou


favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função, caracteriza o crime de assédio sexual.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art.
216-A do CP.

Q170 - No crime de estupro,

a) não é possível a responsabilização penal por omissão.


b) há presunção de violência quando a vítima não é maior de 14 anos.
c) a tipificação não exige o contato físico entre a vítima e o agente.
d) como regra, a ação penal é privada, exigindo-se a queixa-crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA: É plenamente possível a responsabilização pela omissão, quando o
agente tinha o dever de evitar a ocorrência do resultado (ex.: mãe que deixa o
padrasto estuprar a própria filha, sem nada fazer para impedir), nos termos do art.
13, §2º do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois a presunção de violência, que caracteriza o crime de
estupro de vulnerável, só ocorre quando a vítima é MENOR de 14 anos (e não quando
a vítima ―não é maior‖ de 14 anos), nos termos do art. 217-A do CP.
c) CORRETA: Item polêmico. Há duas correntes sobre o tema. Uma sustenta que é
necessário o contato físico (prevalece no STJ), e a outra sustenta que o contato físico
é DISPENSÁVEL. A Banca adotou esta última corrente.
d) ERRADA: Item errado, pois a ação penal é, em regra, pública
condicionada, nos termos do art. 225 do CP.
Gab: D
Q171 - Os crimes contra a dignidade sexual são, como regra, processados e
julgados por ação pública condicionada à representação, mas são de ação
pública incondicionada quando se trata de vítima menor de dezoito anos ou
vulnerável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes contra a dignidade sexual são, em regra, crimes de ação penal pública
condicionada à representação, mas serão de ação pública incondicionada quando se
trata de vítima menor de dezoito anos ou vulnerável, nos termos do art. 225 e seu §
único do CP. Questão certa.

Q172 - Nos crimes de estupro (artigo 213 do Código Penal) e estupro de


vulnerável (artigo 217-A do Código Penal), a pena é aumentada pela metade
quando o

a) agente é empregador da vítima.


b) crime é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
c) agente é reincidente específico
d) agente praticou o crime em estado de embriaguez preordenada.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Em relação a tais delitos, nos termos do art. 226, II do


CP, a pena é aumentada de metade se o ―agente é ascendente, padrasto ou
madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador
da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela‖.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q173 - Para a tipificação do crime de lenocínio, exige-se que a conduta seja


dirigida a pessoa determinada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o induzimento é genérico, sem pessoa determinada como destinatária, não se
caracteriza o delito do art. 227 do CP.

Q174 - Há estupro quando alguém constranger outro alguém, mediante


violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique um
ato libidinoso qualquer ou a ter conjunção carnal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta nos termos da nova redação do art. 213 do CP.

Q175 - Calêndula vendeu sua enteada Florisbela, de dezenove anos de idade,


com a finalidade da mesma ser explorada sexualmente em Barcelona. Logo,
Calêndula praticou o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma
de exploração sexual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso o agente responderá pelo delito de tráfico internacional de pessoa para
fim de exploração sexual, previsto no art. 231 do CP. Errada.

Q176 - Maria, a pedido de sua prima Joana, por concupiscência desta,


convenceu sua vizinha Pauliana, de 12 anos de idade, a assistir Joana e seu
namorado Paulo em intimidades sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria
obrou para o delito de:

a) submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância


a vexame ou a constrangimento.
b) aliciar criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.
c) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de
vulnerável.
d) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
e) corrupção de menores.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela, Maria praticou o crime de satisfação da


lascívia mediante presença de criança ou adolescente, previsto no art. 218-A do CP:

Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (Incluído pela Lei


nº 12.015, de 2009) Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14
(catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso,
a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.‖ (Incluído pela Lei nº 12.015, de


2009)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q177 - Aquele que submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma


de exploração sexual alguém menor de dezoito anos ou que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para
a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone, comete o
crime de:

a) estupro de vulnerável.
b) corrupção de menores.
c) instigação sexual de vulnerável.
d) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de
vulnerável.
e) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta descrita no enunciado da questão se amolda


perfeitamente ao tipo penal do art. 218-B do CP, que trata do crime de
―Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável‖.
Gab: D

Q178 - Constitui crime contra a dignidade sexual praticar conjunção carnal


ou outro ato libidinoso, sem violência ou grave ameaça, com alguém não
deficiente mental ou enfermo menor de dezoito anos e maior de quatorze
anos em situação de prostituição.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso, sem violência ou grave ameaça,
com alguém não deficiente mental ou enfermo, somente poderá caracterizar o delito
de estupro de vulnerável se a vítima for menor de 14 anos, na forma do art. 217-A do
CP. Caso menor de 14 anos, temos estupro de vulnerável. Certa.
Q179 - No ano de 2011, Giovane, com a anuência de sua companheira
Fernanda, pratica com Pérola, filha desta e sua enteada, de apenas, 10 anos,
atos libidinosos diversos, o que ocorreu em três dias distintos no mesmo
mês, sempre agindo da mesma forma e nas mesmas condições. O fato foi
levado ao conhecimento da autoridade policial que instaurou o procedimento
próprio.

Diante deste quadro, Giovane deverá responder por estupro de vulnerável,


por três vezes, na forma continuada, e Fernanda pela mesma infração por
força de sua omissão, eis que tinha o dever jurídico de impedir o resultado,
com relação a ela incidindo a causa de aumento por ser a vítima sua filha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apesar de Giovane ter praticado a conduta três vezes, neste caso, considerando as
circunstâncias de tempo, lugar e modo de execução, deverá ser reconhecida a
continuidade delitiva, de forma que Giovane responderá por estupro de vulnerável
com a causa de aumento de pena por ser a vítima sua enteada, por três vezes, em
continuidade delitiva. Já Fernanda irá responder pela mesma infração por força de
sua omissão, eis que tinha o dever jurídico de impedir o resultado. Não haverá
aumento de pena, neste caso, pois teríamos bis in idem, já que a punição de
Fernanda tem como pressuposto ser mãe da vítima, de forma que a aplicação da
causa de aumento de pena seria dupla punição pelo mesmo fato. Assertiva incorreta.

Q180 - Nos crimes contra a dignidade sexual, não mais haverá ação penal
privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, não há previsão de crimes de ação penal PRIVADA em se tratando de crimes
contra a dignidade sexual. Certa.

Q181 - Se alguém der sonífero à vítima para, aproveitando-se do seu sono,


manter com ela relação sexual, ele pratica o crime de estupro com violência
presumida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O agente, aqui, estará praticando o delito de ESTUPRO DE VULNERÁVEL. Errada.

Q182 - Joaquim constrange Benedita, por meio de grave ameaça, a ter com
ele relação sexual. Após o coito Benedita falece em decorrência de ataque
cardíaco, pois padecia, desde criança, de cardiopatia grave, condição
desconhecida por Joaquim.

No caso em tela, Joaquim responderá por estupro simples.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estupro na modalidade simples, pois o resultado morte não decorreu de dolo ou culpa
do agente, de maneira que não pode a ele ser imputado. Certo.

Q183 - Bráulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em


uma casa noturna. Os dois, após conversarem um pouco, resolvem dirigir-se
a um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantém relações sexuais
com Paula. Após, Bráulio descobre que a moça, na verdade, tinha apenas 13
anos e que somente conseguira entrar no show mediante apresentação de
carteira de identidade falsa.

A partir da situação narrada, assinale a afirmativa correta.


A) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável doloso.
B) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável culposo.
C) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de tipo essencial.
D) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de proibição direto.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Em tese, Bráulio praticou o delito do art. 217-A do CP


(estupro de vulnerável), por ter mantido relação sexual com pessoa menor de 14
anos. Contudo, no caso concreto, podemos afirmar que Bráulio agiu em erro de tipo
essencial, pois representou equivocadamente a realidade (acreditava que Paula
tivesse mais de 14 anos), incorrendo em erro sobre um dos elementos que integram
o tipo penal (ser a vítima menor de 14 anos), nos termos do art. 20 do CP. LETRA C.

Q184 - Figure que em consultório odontológico exista uma pequena copa,


onde os dentistas e demais profissionais que ali trabalham realizam suas
refeições. Imagine, ainda, que por imprudência na manutenção do fogão e
respectivas mangueiras ocorra um vazamento de gás, seguido de uma
explosão. Dela decorrem danos materiais de razoável monta, mas não se
registra nenhum dano à incolumidade física. Independentemente de quem
seja (eventual) responsável, é correto afirmar que não houve ilícito algum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
houve crime de explosão (forma culposa), nos termos do art. 251, §3º do CP. Errada.

Q185 - Constitui causa de aumento de pena o fato de o crime de incêndio ser


praticado

a) mediante utilização de explosivos.


b) em situação de violência doméstica ou familiar contra a mulher
c) por motivo fútil ou torpe
d) em canteiro de obras em área de grande densidade demográfica e populacional.
e) nenhuma das alternativas está correta

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vale a leitura do art. 250, §1º, II, ―e‖ do CP, nenhum dos itens se amolda. Questão
incorreta.

Q186 - Sobre os crimes de perigo comum previstos no Código Penal, é


correto afirmar:

a) Todos os crimes de perigo comum admitem forma qualificada pelo


resultado.
b) O crime de incêndio, por ser de perigo comum, pode se consumar com a
provocação do mero perigo de incêndio, independentemente de expor
diretamente a risco à vida ou à integridade física ou patrimônio de outrem.
c) Os crimes de perigo comum não admitem forma tentada.
d) Os crimes de perigo comum não admitem forma culposa.
e) Os crimes de perigo comum exigem elemento subjetivo
específico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) CORRETA: Item correto, pois há expressa previsão nesse sentido, conforme consta
no art. 258 do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois o crime de incêndio é considerado crime de perigo
CONCRETO, exigindo-se que da conduta do agente resulte efetivo perigo à vida, à
integridade física ou ao patrimônio de terceiros.
c) ERRADA: Item errado, pois a forma tentada é admitida, exceto nas modalidades
culposas.
d) ERRADA: Item errado, pois há previsão de forma culposa nos crimes dos arts. 260,
§2º, 261, §3º e 262, §2º, todos do CP. Na forma culposa, porém, é necessário que o
desastre efetivamente ocorra (não basta mera situação de perigo).
e) ERRADA: Item errado, pois tais delitos não exigem elemento subjetivo específico
(dolo específico ou especial fim de agir), bastando o mero dolo genérico. LETRA A.

Q187 - Letícia, mediante arremesso de dinamite, expôs a perigo a vida e a


integridade física de passageiros de uma aeronave. Nessa situação, Letícia
deve responder por crime de explosão, que admite a modalidade culposa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O item está correto, pois a conduta de Letícia configura


o delito de explosão. Vejamos:

Explosão
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de
dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Lembrando que a conduta de meramente ―arremessar‖ é uma das condutas puníveis,


que somente consumará o delito com a efetiva exposição a perigo, já que se trata de
crime de perigo concreto.

Tal delito, ainda, é punível também na modalidade culposa:


§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos
análogos, a pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; nos demais casos,
é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

Q188 - Flávia arremessou projétil em ônibus destinado ao transporte


público, enquanto o ônibus estava em movimento e com passageiros em seu
interior. Nessa situação, a conduta de Flávia somente será considerada crime
se tiver resultado em lesão corporal ou morte; caso contrário, será
considerada apenas ilícito civil.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O item está errado, pois a conduta do agente, aqui, já
consumou o delito de arremesso de projétil, previsto no art. 264 do CP:

Arremesso de projétil
Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao
transporte público por terra, por água ou pelo ar:
Pena - detenção, de um a seis meses.
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de
6 (seis) meses a 2 (dois) anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º,
aumentada de um terço.

Trata-se de crime de perigo abstrato, não sendo exigível a efetiva criação do perigo
real. Além disso, a ocorrência de lesão corporal ou morte apenas qualifica o delito,
mas é irrelevante para sua consumação na forma simples.

Q189 - Mário, revoltado com os sucessivos defeitos de seu velho carro,


levou-o até um lugar ermo e desabitado e ateou fogo no veículo, destruindo-
o. Mário não cometeu crime de incêndio, porque tratando-se de local ermo e
desabitado, o fato não ocasionou perigo comum e concreto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O delito de ―incêndio‖ é crime de perigo concreto, ou seja, exige que ocorra a
situação de perigo real ao bem jurídico tutelado, de forma que o crime não se verifica
se o agente cria o incêndio em local ermo, sem expor o bem jurídico a qualquer
situação de perigo. Questão certa.

Q190 - Relativamente ao tipo objetivo, pode-se afirmar que o crime de incêndio


(―art. 250: Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o
patrimônio de outrem‖) é considerado:

a) de perigo abstrato.
b) de perigo concreto.
c) de perigo presumido.
d) de alto risco.
e) de baixo risco.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O delito de ―incêndio‖ é crime de perigo concreto, ou


seja, exige que ocorra a situação de perigo real ao bem jurídico tutelado, de forma
que o crime não se verifica se o agente cria o incêndio sem expor o bem jurídico a
qualquer situação de perigo. Gab: B

Q191 - Inserto no Título VIII, do Código Penal ―Dos crimes contra a


incolumidade pública‖, é exemplo de ―crime de perigo comum‖, previsto no
Capítulo I do mesmo código:

a) expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio
de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado;
b) obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento;
c) falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro;
d) praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público;
e) fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à
sua fabricação.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Das condutas apresentadas apenas a que consta na
alternativa E representa um crime de perigo comum, o delito de ―Fabrico,
fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou
asfixiante‖, que configura o delito do art. 253 do CP:

Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou


asfixiante

Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da


autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material
destinado à sua fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q192 – (OFICIAL PMCE) Em se tratando de crimes de incêndio e explosão,


admite-se o concurso de crimes, afastando-se a aplicação do princípio da
consunção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há que se falar em aplicação do princípio da consunção em relação a tais delitos,
eis que um não é considerado meio para a prática do outro. Correta.

Q193 - Aquele que, publicamente, zomba de alguém em virtude de sua


função religiosa como padre

a) comete crime de ultraje a culto, previsto no Código Penal entre os crimes contra o
sentimento religioso.
b) não comete crime algum, pois o fato é atípico e não está previsto no Código Penal.
c) comete crime de injúria qualificada por ofensa a credo
religioso, previsto no Código Penal entre os crimes contra a honra.
d) comete crime de vilipêndio a ministro religioso, previsto entre os crimes contra a
liberdade religiosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta do agente, no caso em tela, caracteriza o


delito de ultraje a culto, previsto no art. 208 do CP:

Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função


religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar
publicamente ato ou objeto de culto religioso:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.


Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem
prejuízo da correspondente à violência.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
Q194
Q195 - Osvaldo, desejando matar, disparou seu revólver contra Arnaldo, que,
em razão do susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando piamente que Arnaldo
estava morto, colocou-o em uma cova rasa que já havia cavado, enterrando-
o, vindo a vítima a efetivamente morrer, em face da asfixia.Assim, Osvaldo
praticou:
a) homicídio qualificado pela asfixia e homicídio culposo, bemcomo ocultação de
cadáver.
b) homicídio qualificado pela asfixia e ocultação de cadáver.
c) homicídio simples e ocultação de cadáver.
d) homicídio culposo.
e) homicídio simples.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Osvaldo teve a intenção de matar com o disparo de arma de fogo e não com a asfixia,
portanto: HOMICÍDIO SIMPLES. Osvaldo tentou ocultar o cadáver, mas como a vítima
ainda estava viva há crime impossível em relação à ocultação, portanto: NÃO HÁ
OCULTAÇÃO DE CADÁVER. Gab: E

Q196 - Na corrupção passiva, há diferenciações normativas se:

- em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa


de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringido dever funcional - o
funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração
de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.
Tem-se, nesses dois fatores de penas, respectivamente:

a) qualificadora e causa de diminuição.


b) causa de aumento e privilégio.
c) qualificadora e causa de aumento.
d) causa de aumento e qualificadora.
e) privilégio e qualificadora.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, teremos, respectivamente, uma causa de


aumento de pena e uma privilegiadora (ou privilégio), previstos nos §§1º e 2º do art.
317 do CP:

Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
10.763, de 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q197 - José foi surpreendido pelo policial João, dirigindo alcoolizado um


veículo na via pública. Nessa oportunidade, ofereceu a João a quantia de R$
100,00 para não prendê-lo, nem multá-lo. João aceitou a proposta, guardou
o dinheiro, mas multou e efetuou a prisão em flagrante de José por dirigir
alcoolizado. Nesse caso, João responderá pelo crime de:
a) condescendência criminosa.
b) corrupção ativa.
c) prevaricação
d) corrupção passiva.
e) concussão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: João, não confundam, é o policial. Assim, João, ao


receber o dinheiro, praticou o delito de corrupção passiva na forma
consumada. Vejamos:

Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
10.763, de 12.11.2003)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q198 - No que concerne ao crime de peculato doloso, é correto afirmar que

a) o ressarcimento do dano até a denúncia extingue a punibilidade do agente.


b) o particular responde pelo delito quando for coautor ou partícipe.
c) o delito só se caracteriza se o agente tiver obtido vantagem patrimonial.
d) a imputação do delito depende de prévia tomada ou prestação de contas do
responsável pelo desvio.
e) não é possível a continuidade delitiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Isto só se aplica ao peculato culposo, nos termos do art. 312, §3º do CP.
Além disso, o prazo para a extinção da punibilidade (no peculato culposo!) vai até a
sentença irrecorrível.
B) CORRETA: Embora o particular, a princípio, não possa praticar o delito, por não ser
funcionário público, caso venha a praticar a conduta em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com alguém que possua a qualidade exigida (ser
funcionário público e valer-se do cargo para o crime), responderá também o
particular pelo delito, nos termos do art. 30 do CP. É necessário, ainda, que o
particular saiba que seu comparsa possui a qualidade exigida pelo tipo penal.
C) ERRADA: Item errado, pois a obtenção da vantagem pode se dar por terceiro, e
não necessariamente em favor do agente que pratica o delito.
D) ERRADA: Item errado, pois não há qualquer exigência no CP neste sentido, sendo
as esferas (administrativa e penal) autônomas.
E) ERRADA: Não há nada que proíba a continuidade delitiva em tais crimes, ou seja, o
peculato pode ser praticado na forma do art. 71 do CP (prática reiterada de diversos
crimes de peculato em circunstâncias de tempo, lugar, modo de execução, etc.). A
CORRETA É A LETRA B.

Q199 - Um contribuinte foi até o balcão de atendimento do setor fiscal e


apresentou documento para a comprovação de quitação do tributo. Todavia,
faltou com o respeito contra o funcionário autorizado para o registro no
sistema. O funcionário, diante da ofensa, alterou os dados inseridos para que
constasse pagamento parcial e não total do tributo. Com isso, o contribuinte
foi acionado judicialmente para pagamento do tributo que já tinha quitado. A
conduta do funcionário está inserida no crime de

a) prevaricação.
b) modificação não autorizada de sistema de informações.
c) sonegação de documento
d) falsidade ideológica.
e) inserção de dados falsos em sistema de informações.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O funcionário praticou o delito de inserção de dados


falsos em sistema de informações, previsto no art. 313-A do CP.

Vejamos:
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos,
alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou
bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano:
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
O agente responde por este delito, e não por prevaricação, já que é uma forma
―especial‖ de violação aos deveres funcionais, que neste caso específico ocorreu com
o intuito de CAUSAR DANO ao contribuinte. LETRA E.

Q200 - Funcionário público, responsável pelo andamento de procedimento,


descobriu que determinado contribuinte era seu primo. Diante disso, sem
qualquer contato com o primo, decidiu colocar o procedimento em uma das
caixas que guardavam papéis destinados ao arquivo. A conduta do
funcionário caracteriza o crime de

a) supressão de documento.
b) sonegação de livro ou documento.
c) subtração de livro ou documento.
d) prevaricação.
e) advocacia administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O agente cometeu, aqui, o delito de prevaricação,


previsto no art. 319 do CP, pois praticou ato funcional em contrariedade aos deveres
do cargo, para satisfazer sentimento pessoal (ajudar o primo). LETRA D.

Q201 - O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações (art.


313-A do Código Penal) pode ser cometido pelo funcionário autorizado que
inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, alterar ou excluir
indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
dados da Administração pública, com o fim de obter vantagem indevida para
si ou para outrem ou para causar dano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal delito só pode ser cometido pelo funcionário AUTORIZADO que inserir ou facilitar
a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos
sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração pública, com o fim de
obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano, conforme
previsão contida no art. 313-A do CP. Questão Certa.

Q202 - Durante um julgamento perante o Tribunal do Júri, um jurado, que


em sua vida normal exerce a função de vendedor, solicitou R$ 10.000,00
(dez mil reais) ao advogado do réu para votar pela absolvição deste. O
jurado cometeu o crime de corrupção passiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O jurado é considerado, sim, funcionário público, pois o conceito de funcionário
público para fins penais é muito mais abrangente que no Direito Civil, de forma a
abranger aqueles que exercem mera função pública, ainda que transitoriamente e
sem remuneração. O jurado cometeu, assim, o crime previsto no art. 317 do CP, pois
solicitou vantagem indevida para si em razão da função que exercia. Nesse caso,
cometeu o crime de corrupção passiva.
ASSIM, A ALTERNATIVA ESTÁ CORRETA.

Q203 - Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário


público de ordem legal de outro funcionário público.

ERRADA: O crime de desobediência é um crime que só pode ser praticado pelo


particular. Se praticado pelo funcionário público pode, no entanto, configurar o crime
de prevaricação, nos termos dos arts. 329 e 319 do CP.

Q204 - Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao


cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória
supostamente contrária à prova dos autos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fato de a sentença judicial que embasa o mandado de prisão ser considerada
injusta não desconfigura o crime, pois o modo correto para o agente questionar a
sentença é a via recursal. Nesse caso, o ato praticado pelo funcionário público (oficial
de justiça) é plenamente legal, pois se fundamenta em decisão judicial válida, que
pode, no entanto, ser atacada pela via do recurso. Questão correta.

Q205 - Cronos é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução


de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado
judicial, atendendo a pedido de influente político da região, retardou a
prática de ato de ofício, deixando de remover bens penhorados de Zeus, cabo
eleitoral
deste. Nessa hipótese, Cronos

a) cometeu crime de prevaricação.


b) não cometeu crime contra a Administração Pública.
c) cometeu crime de corrupção passiva.
d) cometeu crime de advocacia administrativa.
e) concussão.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Muito cuidado com esta questão, povo! Esta conduta se
amolda ao tipo penal previsto no art. 317, § 2° do CP, que prevê o crime de
corrupção privilegiada. Este tipo estabelece uma penalidade diferenciada para o
funcionário que se corrompe (deixa de fazer o que deveria, ou faz o que não deveria)
não para obter uma vantagem, mas apenas para fazer um favor a alguém, para
atender a um pedido, como no caso da questão.

Muitos candidatos confundiram a conduta com o crime de prevaricação, do art. 319


do CP. Contudo, não se trata de prevaricação, pois na prevaricação o agente pratica a
conduta para satisfazer sentimento pessoal (ódio, vingança, etc.) Na corrupção
passiva privilegiada temos o famoso ―jeitinho amigo‖.

Assim, Cronos praticou o crime de corrupção passiva. LETRA C.

Q206 - O funcionário público que, se valendo dessa qualidade, patrocina


interesse privado perante a administração pública comete, em princípio, o
crime de

a) corrupção passiva.
b) condescendência criminosa.
c) advocacia administrativa.
d) excesso de exação.
e) prevaricação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O funcionário público, neste caso, pratica o delito


de advocacia administrativa, previsto no art. 321 do CP:

Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. LETRA C.

Q207 - Matias, diretor da Penitenciária XYZ, permite livremente o acesso de


aparelho telefônico celular dentro da Penitenciária que dirige, o que está
permitindo a comunicação dos presos com o ambiente externo. Neste caso,
Matias

a) está praticando o crime de peculato doloso simples.


b) está praticando o crime de concussão.
c) está praticando o crime de peculato doloso qualificado.
d) está praticando o crime de prevaricação imprópria.
e) não está praticando crime tipificado pelo Código Penal brasileiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso o funcionário público está praticando o delito


previsto no art. 319-A do CP:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Este tipo não possui um ―nome
oficial‖, mas foi batizado pela Doutrina como prevaricação imprópria, por ser uma
espécie de prevaricação. LETRA D.
Q208 - Modela-se também pelas ideias de furto e de apropriação indébita a
figura legal do crime de

a) prevaricação.
b) concussão.
c) excesso de exação.
d) favorecimento pessoal.
e) peculato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O delito, dentre os citados, que se amolda à ideia de


furto e de apropriação indébita é o delito de peculato, eis que se trata de um delito
que congrega duas condutas (subtrair e apropriar-se) também previstas nestes
delitos. Contudo, no peculato existem outras variantes que fazem com que tenhamos
este delito e não furto ou apropriação indébita (art. 155 e art. 168 do CP,
respectivamente). LETRA E.

Q209 - O peculato culposo tem a punibilidade extinta se o agente repara o


dano antes da sentença irrecorrível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O peculato culposo é fato TÍPICO, pois está previsto no art. 312, §2º do CP, com uma
pena bem inferior à do peculato doloso.
Entretanto, caso o agente repare o dano ATÉ a sentença irrecorrível, ficará extinta a
punibilidade. Vejamos:

Art. 312 (...)


Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta. Veja, essa segunda parte, que não é o caso da questão, também costuma
ser cobrada em provas, fique alerta. Gab: Certa.

Q210 - O funcionário público que tem conhecimento de infração cometida no


exercício do cargo por subordinado e que, por indulgência, não promove sua
responsabilização e também não comunica o fato ao superior competente
para tanto pratica

(A) corrupção ativa (CP, art. 333).


(B) corrupção passiva (CP, art. 317).
(C) fato atípico, pois não está descrito expressamente como crime no CP.
(D) condescendência criminosa (CP, art. 320).
(E) prevaricação (CP, art. 319).

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal funcionário público estará praticando o crime de


condescendência criminosa, previsto no art. 320 do CP. Letra D. (Indulgência = Pena)

Q211 - Marcelo é aprovado em concurso público para o cargo de Delegado de


Polícia. Sabe que seu vizinho tem expedido em seu desfavor mandado de
prisão. Mesmo antes de assumir o cargo, Marcelo procura seu vizinho, que é
proprietário de automóvel de luxo, e solicita-lhe comprar o veículo por 1/3
do preço de mercado, insinuando de modo implícito que caso a proposta não
seja aceita efetuará sua prisão tão logo assuma o cargo público. O vizinho
não cede e Marcelo, mesmo após assumir o cargo, não toma qualquer atitude
em desfavor de seu vizinho. Marcelo praticou

a) corrupção passiva.
b) estelionato, na modalidade tentada.
c) meros atos preparatórios.
d) corrupção passiva, na modalidade tentada.
e) concussão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal conduta caracteriza o delito de corrupção passiva,


previsto no art. 317 do CP. Como podemos ver, tal delito pode ser cometido mesmo
antes de a pessoa assumir a função pública, desde que a conduta tenha relação com
o futuro cargo.
Poderia ser questionado se, no caso, não houve concussão (dada a existência de uma
ameaça velada). Entendo que sim, e a questão poderia ter sido anulada. Contudo,
não podemos nos esquecer de a questão foi clara ao utilizar o verbo SOLICITAR, o
que caracterizaria a corrupçãopassiva. Letra A.

Q212 - Imagine que, por erro, um cidadão entrega a um funcionário público


determinada quantia em dinheiro. O funcionário, ciente de tal circunstância,
não devolve o dinheiro ao cidadão, não informa o ocorrido aos seus
superiores e, finalmente, apropria-se do dinheiro.

Diante disso, é correto afirmar que o funcionário


A) não comete crime, mas apenas uma infração funcional.
B) comete crime de peculato mediante erro de outrem.
C) comete crime de corrupção passiva.
D) comete crime de excesso de exação.
E) comete crime de prevaricação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta do funcionário público se amolda ao tipo penal


do crime de peculato mediante erro de outrem, previsto no art. 313 do CP:
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do
cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. LETRA B.

Q213 - A pena do crime de corrupção passiva é aumentada se o funcionário


público, em consequência da vantagem ou promessa, infringe dever
funcional

I. retardando ou deixando de praticar qualquer ato de ofício;


II. praticando qualquer ato de ofício;
III. de forma intencional ou premeditada.

É correto o que se afirma em


A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A pena do crime de corrupção passiva é aumentada, nos
termos do art. 317, §1º do CP:

Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela


Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
Assim, a pena é aumentada se o funcionário pratica o ato de ofício com infração a
dever funcional ou se retarda ou deixa de praticá-lo. LETRA D.

Q214 - Tomando como base o crime de peculato, analise as afirmações:


I. Estão previstas no crime de peculato as condutas de apropriar-se, desviar
ou subtrair dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel.
II. Especificamente quanto ao peculato culposo, é admissível a reparação do
dano antes ou depois da sentença.
III. O dinheiro proveniente da prática do crime de peculato deve ser usado
em proveito próprio. Está correto somente o contido em

A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO: As afirmativas I e II estão corretas, pois, de fato, o art.


312 e seu §1º, prevê as referidas condutas como possíveis formas de prática do
delito de peculato Por fim, a afirmativa III está errada, eis que o dinheiro proveniente
do peculato pode ser usado em proveito próprio ou alheio, sendo indiferente para a
caracterização do delito. LETRA C.

Q215 - Determinado policial militar disse de forma impositiva ao assaltante


que acabou de prender em flagrante, com o intuito de se locupletar
indevidamente, que somente muito dinheiro o faria "aliviar sua barra". Tal
conduta

A) não tipifica crime.


B) somente tipificaria algum delito caso houvesse a efetiva
entrega do dinheiro.
C) tipifica o crime de peculato.
D) tipifica o crime de concussão.
E) tipifica o crime de corrupção passiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Banca entendeu que o enunciado deixou claro tratar-se de crime de CONCUSSÃO,
já que o enunciado fala que o policial militar falou em tom impositivo. Gab: D
Q216 - O crime de falsidade ideológica, presentes os demais elementos
legais, apenas se configura se o documento é público, não havendo crime se
o documento é particular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de falsidade ideológica, previsto no art. 299 do CPP, pode ser praticado tanto
utilizando-se documento público quanto documento particular. Errada.

Q217 - A conduta do funcionário público que, antes de assumir a função, mas


em razão dela, exige para outrem, indiretamente, vantagem indevida não
configura crime algum, pois o fato ocorre antes de assumir a função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No presente caso a conduta se amolda ao tipo penal do art. 316 do CP, que define o
crime de concussão. Errada.

Q218 - O fazendeiro de uma cidade do interior de São Paulo, que solicita aos
assentados dinheiro a pretexto de influir na atuação de funcionário do ITESP
a fim de facilitar a concessão de títulos de domínio visando a regularização
fundiária, comete o crime de:

a) corrupção passiva qualificada.


b) tráfico de influência.
c) advocacia administrativa.
d) exploração de prestígio.
e) estelionato

RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta do fazendeiro, neste caso, configura o delito


de tráfico de influência. Letra B

Q219 - Policiais Militares Ambientais comparecem a um assentamento e


constatam a extração ilegal de madeira (crime ambiental).

Trabalhadores assentados pedem aos policiais que não adotem providências,


no que são prontamente atendidos e os policiais se retiram, sem que
qualquer providência fosse implementada.

Diante da afirmação anterior, e com relação aos crimes contra a


Administração Pública, os Policiais Militares cometeram o crime de corrupção
passiva privilegiada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente. A pena, neste caso, é menor que na corrupção passiva propriamente
dita, eis que aqui o funcionário público não age para obter qualquer vantagem. Certa.

Q220 - Agamenon, funcionário público, teve desavenças pessoais no trabalho


contra Pitágoras. Com o desejo de vingar-se do seu desafeto, Agamenon
retarda indevidamente um ato de ofício quedevia praticar, com o claro
objetivo de prejudicar Pitágoras.
Conforme o que dispõe o Código Penal, essa conduta de Agamenon
caracteriza o crime de
a) corrupção passiva.
b) descaminho.
c) concussão.
d) violência arbitrária.
e) prevaricação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso o funcionário público praticou o delito de


prevaricação, eis que retardou, indevidamente, ato de ofício para satisfazer
sentimento pessoal.

Q221 - Nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração


Pública em geral, conforme previsto no Código Penal, se o autor do crime for
ocupante de cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta,

a) ele apenas perderá o cargo, mas ficará isento de pena.


b) sua pena será reduzida.
c) ele não responderá criminalmente pelo fato delituoso, mas apenas civil e
administrativamente.
d) sua pena será aumentada.
e) acarretar-se-á a punição também daquele que o nomeou para o cargo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso o infrator terá sua pena aumentada em um terço, conforme prevê
o art. 327, §2º do CP:

Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos
neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº
6.799, de 1980). Gabarito: D

Observação importantíssima que vai além dessa questão, mas pode vir a ser cobrada
na sua prova: A LEI SE OMITIU QUANTO AOS CARGOS COMISSIONADOS DAS
AUTARQUIAS, E NÃO SE PERMITE ANALOGIA IN MALAM PARTEM.

Q222 - O funcionário que modifica ou altera sistema de informações ou


programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade
competente pratica o crime de inserção de dados falsos em sistemas de
informações.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O funcionário, neste caso, pratica o delito de Modificação


ou alteração não autorizada de sistema de informações, previsto no art. 313-B do CP.
AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

Q223 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei, só


tipificará o crime de abandono de função se resultar prejuízo público.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Item errado, pois a consumação do delito independe da
ocorrência de prejuízo (art. 323 do CP), mas a eventual ocorrência de prejuízo
qualifica o crime (§1º do art. 323 do CP). AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

Q224 - A lei penal admite interpretação analógica, recurso que permite a


ampliação do conteúdo da lei penal, através da indicação de fórmula
genérica pelo legislador.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
São diversos os casos que o Código Penal autoriza o emprego da interpretação
analógica: art. 28, II ("substância de efeitos análogos"); art. 71 ("e outras
semelhantes"); art. 146 ("qualquer outro meio"); art. 171 ("qualquer outro meio
fraudulento") etc.

A interpretação analógica não deve ser confundida com o emprego da analogia. A


interpretação analógica visa a alcançar a vontade da norma por meio da semelhança
com fórmulas utilizadas pelo legislador. Certa.

225 - São crimes praticados por particular contra a Administração em Geral,


exceto:

(A) Os crimes de Usurpação de Função Pública e Resistência.


(B) Os crimes de Desobediência e Desacato.
(C) Os crimes de Tráfico de Influência e Corrupção Ativa.
(D) Os crimes de Descaminho e Contrabando.
(E) Os crimes de Denunciação Caluniosa e Comunicação falsa de crime ou de
contravenção.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, todas trazem


apenas crimes praticados por particular contra a administração em geral, exceto a
letra E, pois os crimes de denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime ou
contravenção configuram crimes contra a administração da Justiça.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

226 - O crime de resistência previsto no artigo 329 do CP tem sua pena


aplicada sem prejuízo da pena correspondente à violência grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Item correto, nos termos do art. 329, §2º do CP:

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a


funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena
- detenção, de dois meses a dois anos.

(...) § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

227 - O delito de desobediência, previsto no artigo 330, CP, é crime comum,


tendo como sujeito ativo qualquer pessoa, com exceção do funcionário
público, que mesmo quando não está no exercício da função, não perde essa
condição para efeitos penais.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Item errado, pois o funcionário público pode praticar o


delito de desobediência, na qualidade de particular, quando estiver fora do exercício
das funções. Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

228 - Opor-se à execução de ato legal, ainda que sem violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio, tipifica o crime de resistência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Item errado, pois para a caracterização deste delito é


indispensável o emprego de violência ou ameaça, nos termos do art. 329 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

229 - José, policial militar, no exercício da sua função, decidiu abordar João
na via pública, pois este passou a correr quando percebeu a aproximação da
viatura policial. Durante a abordagem, João passou a desprestigiar e ofender
José, em razão do seu salário de policial militar, inclusive proferindo
palavras de baixo calão contra ele. Com relação à conduta de João, pode-se
afirmar sobre ele que

(A) ao sair correndo, quando viu a viatura policial, praticou o delito de resistência.
(B) cometeu o delito de desobediência.
(C) sua conduta é atípica.
(D) é passível de queixa-crime, ajuizada por José, no prazo de 6 meses, a contar da
data do fato, caso sinta que sua honra profissional tenha sido ofendida.
(E) praticou o crime de desacato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: João, neste caso, praticou o delito de desacato, previsto


no art. 331 do CP. Gab: E.

230 - Antônio foi abordado por Policiais Militares na via pública e, quando
informado que seria conduzido para a Delegacia de Polícia, pois era
―procurado‖ pela Justiça, passou a desferir socos e pontapés contra um dos
policiais. Sobre a conduta de Antônio, pode-se afirmar que

(A) praticou o crime de desacato, previsto no artigo 331 do Código Penal.


(B) praticou o crime de resistência, previsto no artigo 329 do Código Penal.
(C) praticou o crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.
(D) não praticou nenhum crime, pois todo cidadão tem direito à sua autodefesa.
(E) praticou o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código Penal, pois
pretendeu, com sua reação, corromper o funcionário público a não cumprir ato de
ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso o agente praticou o delito de resistência,


previsto no art. 329 do CP

231 - Sobre o delito de corrupção ativa, pode-se afirmar que

(A) é crime próprio.


(B) tem como objeto jurídico a honestidade do funcionário público.
(C) é crime formal.
(D) é crime de concurso necessário.
(E) admite forma culposa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime de corrupção ativa é COMUM (pode ser praticado


por qualquer pessoa) e tem como objeto (bem jurídico) a moralidade e a probidade
da administração pública. Além disso, é crime de concurso EVENTUAL e não admite
forma culposa. Por fim, trata-se de crime FORMAL, pois se consuma com a mera
prática da conduta, independentemente de o agente obter o resultado pretendido.
LETRA C.

232 José solicita e recebe dinheiro de um empresário que participará de uma


licitação pública a pretexto de ajudá-lo a vencer o certame, sob o argumento
de que tem muitos amigos no comando da Administração Pública. Sobre a
conduta de José, está correto afirmar que

(A) praticou o crime de usurpação da função pública (art. 328,


Código Penal).
(B) praticou o crime de corrupção ativa (art. 333, Código Penal).
(C) praticou o crime de impedimento, perturbação ou fraude concorrência (art. 335,
Código Penal).
(D) praticou o crime de tráfico de influência (art. 332, Código Penal).
(E) não praticou nenhum crime (fato atípico), pois quem decide o resultado de
licitação é o agente público e não o particular.

RESPOSTA DA QUESTÃO: José praticou o delito de tráfico de influência, previsto no


art. 332 do CP. Gab: D.

233 - A resistência qualificada consiste

A) na oposição do agente ao ato legal mediante violência.


B) na oposição do agente ao ato legal, causando considerável prejuízo à vítima.
C) na oposição do agente ao ato legal mediante o emprego da violência ou ameaça.
D) na vontade exteriorizada do agente de empregar violência ou usar de ameaça
contra o funcionário competente para executar o ato legal, ou ainda, a quem lhe
esteja prestando auxílio.
E) na não execução do ato legal diante da resistência do agente.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal delito se caracteriza, na forma qualificada, quando o


ato não é executado em razão da resistência do agente.

Vejamos:
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.


§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos. LETRA E.

234 - Assinale a alternativa que exemplifica o crime de desacato.


A) "X", de forma muito humilhante, diz a seu vizinho, funcionário público, durante um
churrasco entre amigos, que ele é a pessoa mais preguiçosa e lenta que já conheceu.
B) "X" descumpre a ordem dada pelo juiz em audiência e continua fotografando a
vítima do crime sob julgamento.
C) "X", ao deparar-se no fórum com a escrevente "Z", dirige a ela as seguintes
palavras: que coisa mais linda, até parece um anjo!
D) "X", ao ter seu veículo apreendido pelo Delegado de Polícia "Z", gesticula a ele de
forma obscena utilizando o dedo médio da mão.
E) "X", que assiste a uma partida de vôlei, zomba de um dos jogadores: Vejam como
o nosso promotor público enfeita a quadra, até parece uma borboleta!

RESPOSTA DA QUESTÃO: O delito de desacato está previsto no art. 331 do CP.


O crime de desacato deve ser praticado contra o funcionário público NO EXERCÍCIO
DA FUNÇÃO (quando estiver exercendo a função) ou EM RAZÃO DELA (mesmo fora
do local do exercício da função, mas em razão da função).
No caso em tela, somente a alternativa D traz uma hipótese de caracterização do
delito de desacato. LETRA D.

Observação (atualizando as informações):


A Quinta Turma do STJ decidiu no final de 2016 que o desacato não é crime, essa
decisão é isolada mas pode cair em prova, se a questão dizer o que diz a
jurisprudência, marque que não é crime, mas de acordo com o CP ainda é crime, já
que o legislador ainda não se manifestou. Para todos os efeitos, veja trecho do
acórdão (esse assunto é altamente relevante para o concurso de POLICIAL MILITAR):

"O afastamento da tipificação criminal do desacato não impede a responsabilidade


ulterior, civil ou até mesmo de outra figura típica penal (calúnia, injúria, difamação
etc.), pela ocorrência de abuso na expressão verbal ou gestual ofensiva, utilizada
perante o funcionário público".

Estudar os crimes cometidos por particulares contra a administração pública é


essencial para o concurso da Polícia Militar, destacando-se: Desobediência,
Resistência, Desacato e Corrupção Ativa.

235 - São pressupostos do delito de resistência que

I. o ato ao qual se opõe seja legal;


II. a violência ou ameaça seja praticada contra o policial que executar o ato;
III. a oposição seja praticada mediante violência ou ameaça.
Está correto o contido em

A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O delito de resistência está previsto no art. 329 do CP o


ato ao qual se opõe deve ser LEGAL. A violência ou ameaça deve ser praticada contra
o funcionário competente para praticar o ato, e não necessariamente um policial. Por
fim, A oposição ao ato deve ser praticada necessariamente com violência ou ameaça.
Assim, as afirmativas I e III estão corretas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
236 - A conduta de opor-se mediante violência ou ameaça à execução de
ordem legal advinda de funcionário competente tipifica o crime de

A) desobediência.
B) desacato.
C) fraude processual.
D) resistência.
E) exercício arbitrário das próprias razões.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta descrita caracteriza o delito do art. 329 do CP,


ou seja, crime de RESISTÊNCIA.

237 - Examine as afirmações sobre o crime de tráfico de influência.


I. Ocorre se o agente solicita para si ou para outrem vantagem a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
II. É praticado, ainda que sem intenção, e de forma imprudente, se o agente
exige para si ou para outrem vantagem a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função.
III. Tem a sua pena aumentada se o agente alega que a vantagem solicitada
é também destinada ao funcionário público que se deixará influenciar.

Está correto o contido em


A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - CORRETA: Esta é a redação do tipo penal previsto no art. 332 do CP,
caracterizando o delito de tráfico de influência;
II - ERRADA: O crime somente é punido a título de dolo, não havendo previsão de
forma culposa;
III - CORRETA: Esta é a causa de aumento de pena prevista no art. 332, § único do
CP, aumentando-se a pena em metade. LETRA C.

238 - A pena prevista pelo Código Penal para o crime de "resistência" (CP,
art. 329), por expressa disposição legal, é

A) de reclusão e de multa.
B) de reclusão, de seis meses a um ano.
C) maior, se o funcionário público, em razão da violência, fica afastado do cargo.
D) maior se o ato, em razão da resistência, não se executa.
E) diminuída de um a dois terços se a resistência não é praticada com violência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para resolvermos a questão é necessária a transcrição do art. 329 do CP, que define o
tipo penal do delito de resistência. Gab: D

239 - Somente comete crime de resistência aquele que age com violência ou
ameaça.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
É necessário que o agente resista à ordem legal utilizando-se de violência ou grave
ameaça, nos termos do art. 329 do CP. Correta.

240 - Quem desobedece à ordem ilegal de funcionário público não comete


crime de desobediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que tal crime se configure é necessário que a ordem do funcionário público seja
LEGAL, nos termos do art. 330 do CP. Correta.

241 - Apenas se configura o crime de desacato se a ação for praticada contra


funcionário no exercício da função ou em razão dela.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É indispensável, no delito de desacato, que o funcionário desacatado esteja no
exercício da função ou, pelo menos, que o desacato se dê em razão da função, nos
termos do art. 331 do CP. Correta.

242 - Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário


público de ordem legal de outro funcionário público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRADA: O crime de desobediência é um crime que só pode ser praticado pelo
particular. Se praticado pelo funcionário público pode, no entanto, configurar o crime
de prevaricação, nos termos dos arts. 329 e 319 do CP.

243 - Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem indevida a


funcionário público para determiná-lo a deixar de praticar medida ilegal.

ERRADA:
Cuidado com a pegadinha! Se a medida que o funcionário público ia praticar era
ilegal, não há crime de corrupção ativa, pois se exige que o ato que o funcionário
público iria praticar seja legal, nos termos do art. 333 do CP. Errada.

244 - Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o


funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a
ofensa se verifique em função dela.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRADA: É necessário que a ofensa seja proferida, em qualquer caso, em razão da
função pública, esteja ou não o funcionário público no exercício da função no
momento do crime.

245 - Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou


designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza
o crime de

a) desobediência.
b) tráfico de influência.
c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.
d) advocacia administrativa.
e) usurpação de função pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Como Túlio não possuía qualquer vínculo com a


administração pública, o exercício da função pública, neste caso, configura o crime de
usurpação de função pública, nos termos do art. 328 do CP. O crime de exercício
funcional ilegalmente antecipado só se configuraria se Túlio tivesse sido nomeado
mas ainda não empossado no cargo, o que não ocorreu. LETRA E.

246 - O crime de desobediência

A) só pode ser praticado por omissão.


B) será punido apenas com multa, se for culposo.
C) ocorre independentemente da legalidade da ordem.
D) exige violência ou grave ameaça.
E) não prescinde de dolo, ainda que eventual.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime de desobediência só é punível na modalidade


dolosa, motivo pelo qual a existência desse elemento subjetivo do tipo é
INDISPENSÁVEL. Letra E.

247 - O crime de corrupção ativa caracteriza-se mesmo que a oferta de


vantagem indevida seja feita após a prática do ato de ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está errado, pois é necessário que a oferta ou promessa de vantagem indevida
seja anterior à prática do ato, pois o tipo penal exige que ela seja feita ―para‖
ocasionar a falta funcional, e não em decorrência dela. Gab: E.

248 – O delito de corrupção ativa não se caracteriza quando o agente se


limita a pedir ao funcionário público que pratique, omita ou retarde ato de
ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, o particular que apenas solicita ao funcionário público um ―jeitinho‖ (sem
nada oferecer em troca), não pratica crime. O funcionário público, entretanto, caso
atenda ao pedido, pratica crime de corrupção passiva privilegiada, nos termos do art.
317, §2º do CP. Gab: Certa.

249 - Processado por roubo cometido contra empresa pública federal, Mélvio
teve sua prisão preventiva legalmente decretada. Ao ser regularmente
cumprido o respectivo mandado por Oficial de Justiça, Mélvio resistiu com
violência à prisão e, ao final, foi absolvido da imputação de roubo, posto que
afinal reconhecida injusta. Com base somente nesses dados,

(A) inexistiu crime de resistência, qualquer que seja o fundamento técnico da


absolvição quanto ao roubo.
(B) inexistiu crime de resistência, desde que a absolvição seja pela negativa de
autoria quanto ao roubo.
(C) inexistiu crime de resistência, mas responde Mélvio, de qualquer modo, por outro
eventual crime correspondente à violência.
(D) inexistiu o crime de resistência, desde que a absolvição quanto ao roubo tenha
afirmado a inexistência ou o atipicidade do fato respectivo.
(E) caracteriza-se o crime de resistência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso restou PLENAMENTE caracterizado o delito de


resistência, pois o agente, mediante violência, resistiu ao cumprimento de ato legal
por parte de funcionário público. Gab: E.

250 - Paulo é estudante de uma determinada faculdade do Estado de


Roraima, cursando o primeiro semestre. No início deste ano de 2015 Paulo é
submetido a um trote acadêmico violento e, amarrado, é obrigado a
consumir à força bebida alcoólica e substância entorpecente. Após o trote,
Paulo, completamente embriagado e incapacitado de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento por
conta desta embriaguez e do uso de droga, desloca-se até uma Delegacia de
Polícia da cidade de Boa Vista, onde tramita um inquérito contra ele por
crime de lesão corporal dolosa decorrente de uma briga em uma casa
noturna, e oferece R$ 10.000,00 em dinheiro ao Delegado de Polícia para que
este não dê prosseguimento às investigações. Paulo acaba preso em
flagrante pela Autoridade Policial. No caso hipotético exposto, Paulo a)
praticou crime de corrupção ativa e terá a pena reduzida de um a dois terços
no caso de condenação.

b) é isento de pena pelo crime cometido nas dependências da Delegacia de


Polícia.
c) praticou crime de corrupção ativa e não terá a pena reduzida no caso de
condenação pela embriaguez.
d) praticou crime de concussão e não terá a pena reduzida no caso de
condenação.
e) praticou crime de concussão e terá a pena reduzida de um a dois terços no
caso de condenação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Paulo praticou a conduta típica prevista no art. 333 do


CP, ou seja, em tese teria praticado o delito de corrupção ativa.
Contudo, a questão deixa claro que ele se encontrava inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este
entendimento, situação decorrente de embriaguez ocasionada por FORÇA MAIOR.
Assim, Paulo é inimputável e, segundo o CP, isento de pena (afasta a culpabilidade),
nos termos do art. 28, §1º do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

251 - O advogado de um contribuinte mencionou que seu procedimento


administrativo poderia ter o andamento mais célere, caso efetivasse o
pagamento de uma ―taxa de andamento‖ ao funcionário responsável pelo
encaminhamento processual, mediante o conhecimento e a amizade que ele
possuía com o referido funcionário. Efetivado o acordo, o cliente lhe
entregou os valores. A conduta do advogado está inserida no crime de

a) fato atípico pela cobrança de honorários.


b) advocacia administrativa.
c) corrupção ativa.
d) tráfico de influência.
e) estelionato.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A conduta do agente, aqui, configura o delito de tráfico
de influência.

252 - NÃO constitui crime praticado por particular contra a Administração


em geral

a) o tráfico de influência.
b) a desobediência.
c) a resistência.
d) a advocacia administrativa.
e) o desacato.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra D


traz um crime que não constitui ―crime praticado por particular contra a
Administração em geral‖, eis que tal delito é um crime praticado por FUNCIONÁRIO
PÚBLICO contra a administração em geral, nos termos do art. 321 do CP. LETRA D.

253 - Desacato implica aviltamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de desacato implica aviltamento ao funcionário público e à própria função
pública em si, não sendo necessário que haja resistência ao cumprimento de ordem,
tampouco coação ou desobediência. Correta.

254 – O crime de desacato pode ser cometido através de ofensa feita a


funcionário público pelo telefone.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para a caracterização do crime de desacato é necessário, conforme doutrina
majoritária, que a conduta seja praticada na presença do funcionário público. Errada.

255 – O crime de desacato só se caracteriza se o funcionário, estando no


local, ouça ou veja a ofensa que lhe é dirigida, em razão de suas funções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para a caracterização do crime de desacato é necessário, conforme doutrina
majoritária, que a conduta seja praticada NA PRESENÇA do funcionário público.
Correta.

256 – O crime de desacato caracteriza-se mesmo que a ofensa feita ao


funcionário público não diga respeito ao exercício de suas funções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As ofensas devem ter relação com as funções exercidas, não caracterizando o delito
meras críticas genéricas a uma Instituição (Ex.: A Polícia está uma droga, o Ministério
Público não faz seu trabalho, etc.). Errada.

257 – O crime de desacato pode ser cometido por escrito, através de carta
dirigida ao funcionário público.
Para a caracterização do crime de desacato é necessário, conforme doutrina
majoritária, que a conduta seja praticada NA PRESENÇA do funcionário público. Tem
que desenhar?

258 - Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça ao


funcionário competente para executá-lo, comete crime de
a) resistência.
b) desobediência.
c) desacato.
d) exercício arbitrário das próprias razões.
e) coação no curso do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal pessoa estará praticando o delito de resistência, nos


termos do art. 329 do CP. LETRA A.

259 - NÃO constituem crimes praticados por particular contra a


administração em geral

a) o desacato e a fraude de concorrência.


b) a condescendência criminosa e a advocacia administrativa.
c) a corrupção ativa e a sonegação de contribuição previdenciária.
d) o tráfico de influência e a resistência.
e) a desobediência e o contrabando.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra B


traz crimes que não constituem ―crimes praticado por particular contra a
Administração em geral‖, eis que tais delitos são crimes praticados por FUNCIONÁRIO
PÚBLICO contra a administração em geral, nos termos do art. 320 e do art. 321,
ambos do CP. LETRA B.

260 - A conduta de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou


imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria
tipifica o crime de

a) contrabando.
b) descaminho.
c) peculato.
d) prevaricação.
e) excesso de exação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tal conduta configura o delito de descaminho,


previsto no art. 334 do CP. LETRA B.

261 - No momento em que um policial, em cumprimento a mandado judicial,


deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus interveio e impediu a execução
do ato, agredindo o policial a socos e pontapés, causando-lhe ferimentos
leves. Paulus responderá

a) pelo crime de desobediência.


b) somente pelo crime de lesões corporais leves.
c) somente pelo crime de resistência.
d) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves.
e) pelos crimes de desobediência e resistência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Paulus praticou, neste caso, o delito de resistência, nos


termos do art. 329 do CP, pois se opôs a execução de ato legal por parte do
funcionário público. Paulus praticou, ainda, o delito de lesões corporais leves, eis que
o delito de resistência não engloba punição pela violência praticada, de maneira que o
agente responde por ambos os delitos em concurso material, nos termos do art. 329,
§2º do CP. LETRA D.
262 - O crime de falso testemunho, do art. 342 do Código Penal,

A) pode ser praticado no âmbito de inquérito policial; somente pode ser praticado por
conduta positiva.
B) pode ser praticado no âmbito de processo administrativo; somente pode ser
praticado por conduta negativa.
C) somente pode ser praticado no âmbito de processo judicial; pode ser praticado
tanto por conduta positiva como por conduta negativa.
D) somente pode ser praticado no âmbito de processo judicial; somente pode ser
praticado por conduta negativa.
E) pode ser praticado no âmbito de juízo arbitral; pode ser praticado tanto por
conduta positiva como por conduta negativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime de falso testemunho, previsto no art. 342 do CP,


pode ser praticado no âmbito de juízo arbitral, inquérito policial, processo
administrativo ou judicial, bem como ser realizado por conduta positiva (ação) ou
negativa (omissão). Gab: E

263 - O ato de fazer justiça pelas próprias mãos para satisfazer pretensão,
embora legítima, mas sem permissão legal, configura o crime de

A) fraude processual.
B) violência arbitrária.
C) condescendência criminosa.
D) coação no curso do processo.
E) exercício arbitrário das próprias razões.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Esta conduta representa o delito previsto no art. 345 do


CP, que traz o crime de exercício arbitrário das próprias razões. Gab: E

264 - O crime de exploração de prestígio está inserido no capítulo dos crimes


praticados

A) contra a moralidade pública.


B) contra a administração da justiça.
C) por particular, contra a administração em geral.
D) por funcionário público, contra a administração em geral.
E) por particular, contra a administração pública estrangeira.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Este delito está previsto no art. 357 do CP, estando
inserido, portanto, no capítulo dos crimes contra a administração da Justiça. Gab: B

265 - Quanto ao crime de denunciação caluniosa, pode-se afirmar que a


conduta típica é provocar, dar causa à ação da autoridade policial pela
comunicação de ocorrência de crime ou de contravenção que não se
verificou.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta só se caracteriza se há a instauração de algum procedimento, não sendo
suficiente a mera provocação da ação da polícia, nos termos do art. 339 do CP.

266 - O crime de denunciação caluniosa consiste na ação de A) dar causa à


instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa reflete o previsto na redação do tipo penal. Correta.

267 - X" mãe de "Z", ao descobrir que o filho praticou o furto de um veículo,
dirige-se à delegacia de polícia e se apresenta como a autora do delito. Em
tese, "X" praticou o crime de

A) condescendência criminosa.
B) falso testemunho.
C) autoacusação falsa.
D) denunciação caluniosa.
E) fato atípico

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela o agente praticou o delito de


AUTOACUSAÇÃO FALSA DE CRIME, delito previsto no art. 341 do CP. Gab: C.

268 - Segundo o entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, o


delito de corrupção de menores, previsto no artigo 244-B do Estatuto da
Criança e do Adolescente:

a) É crime material e depende de prova da efetiva corrupção do menor.


b) É crime formal e depende de prova da efetiva corrupção do menor.
c) É crime de mera conduta e independe de prova da efetiva corrupção do menor.
d) É crime formal e independe de prova da efetiva corrupção do menor.
e) É crime material e independe de prova da efetiva corrupção do menor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 500: a configuração do crime previsto no artigo 244-B do Estatuto da Criança
e do Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de
delito formal.
A súmula vem para solidificar entendimento de que a simples presença de um menor
acompanhando um adulto na hora em que este pratica uma infração penal, já é capaz
de ensejar a configuração do crime do artigo 244 do ECA que diz:

Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com


ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la.
A súmula permite ainda o entendimento de que pouco importa para a configuração do
crime de corrupção de menor, o fato deste já ter sido ―corrompido‖ em momento
anterior e que já tenha praticado inclusive ato infracional ou mesmo já ter cumprido
medida socioeducativa. Gab: D.
269 - Imagine que um advogado solicite dinheiro de seu cliente, deixando
claro que, mediante o pagamento do valor, procurará uma testemunha do
processo, a fim de influenciá-la a prestar um depoimento mais favorável à
pretensão do cliente. Além disso, o advogado insinua que a quantia será
repartida com a testemunha.

O advogado recebe o dinheiro, mas engana seu cliente e não procura a


testemunha.
Nesse caso, o advogado

A) cometeu o crime de corrupção passiva.


B) cometeu o crime de estelionato.
C) cometeu o crime de exploração de prestígio.
D) cometeu o crime de corrupção ativa.
E) não cometeu crime algum.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A resposta é letra C. Exploração de prestígio

Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto


de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito,
tradutor, intérprete ou testemunha:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.


Além disso, a pena será aumentada de 1/3, em razão do fato de o agente ter
afirmado que o dinheiro seria repartido com a testemunha supostamente corrupta.

270 - A esposa que comprovadamente ludibria autoridade policial e auxilia


marido, autor de crime de roubo, a subtrair-se à ação da autoridade pública.

A) deve cumprir pena por exercício arbitrário das próprias razões (CP, art.
345).
B) deve cumprir pena por favorecimento real (CP, art. 349).
C) fica isenta de pena.
D) deve cumprir pena por crime de favorecimento pessoal (CP, art. 348)
E) deve cumprir pena por fuga de pessoa presa (CP, art. 351).

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, a esposa pratica o delito de favorecimento


pessoal, previsto no art. 348 do CP. Contudo, por se tratar de cônjuge do infrator, a
esposa ficará isenta de pena, por força do §2º do art. 348 do CP:
Favorecimento pessoal
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a
que é cominada pena de reclusão:
(...)
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão
do criminoso, fica isento de pena.

271 - Com intuito de proteger seu filho, João comparece perante a


autoridade policial e, falsamente, diz ter praticado o crime que em verdade
fora praticado por seu filho. João

(A) comete falsa comunicação de crime.


(B) comete falso testemunho, mas não será punido por expressa disposição legal.
(C) comete falso testemunho.
(D) não comete crime algum, pois não está descrito
expressamente como crime no CP.
(E) comete autoacusação falsa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: João, neste caso, praticou o delito de autoacusação falsa


de crime, previsto no art. 341 do CP.

272 - Luiz, contando com o auxílio de Tereza, subtraiu de uma loja uma
filmadora e uma máquina digital. Sabendo que os policiais estavam em seu
encalço, foi até a casa de João e lhe pediu para guardar os bens subtraídos,
de forma a garantir o lucro de sua empreitada criminosa. João aceitou a
proposta de Luiz.

Nessa situação hipotética, João praticou o crime de

a) receptação.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal.
d) fraude processual.
e) roubo na modalidade coparticipação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Favorecimento Real - Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou
de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime.

Cuidado para não confundir com Receptação: Art. 180 - Adquirir, receber,
transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser
produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Favorecimento Real (art. 349): 1) Crime contra a Administração da Justiça. 2) O
beneficiado pela conduta é autor do crime antecedente. 3) Proveito econômico ou de
outra natureza. Gab: B

273 - Rogério, conhecido traficante do Morro do Bem-te-vi, foge da cadeia e


busca auxílio para sair do Estado com seu irmão, Rafael. Este tenta ajudá-lo
a fugir, levando-o no porta-malas do carro, mas ambos são presos na divisa
com Minas Gerais. Rafael praticou o crime de:

a) favorecimento pessoal, mas é isento de pena por ser irmão de Rogério.


b) favorecimento pessoal.
c) favorecimento real, mas é isento de pena por ser irmão de Rogério.
d) favorecimento real.
e) fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diferença entre favorecimento pessoal (art. 348CP) e favorecimento real (art.349CP)
=>favorecimento pessoal: assegura a fuga
=>favorecimento real: assegura o proveito do crime
Gab: A
274 - No crime de favorecimento pessoal, previsto no título ―Dos Crimes
contra a Administração Pública‖ do Código Penal, algumas pessoas, pela sua
qualidade pessoal, ficam isentas de pena em decorrência do auxílio prestado
ao criminoso. NÃO se inclui entre elas:

a) O irmão do autor do crime.


b) O colateral até o segundo grau do autor do crime.
c) O cônjuge do autor do crime.
d) O ascendente do autor do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São sujeitos da escusa absolutória de punibilidade no crime de Favorecimento
Pessoal: CADI.

275 - Bruno, penalmente responsável, induziu uma menina de treze anos de


idade à prática de prostituição, obtendo, com isso, vantagem econômica em
face de clientes eventualmente angariados para a menor.
Nessa situação hipotética, a conduta de Bruno caracteriza o crime de
favorecimento da prostituição e exploração sexual de vulnerável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O doutrinador GUILHERME DE SOUZA NUCCI, em sua obra Crimes contra a dignidade
sexual se referindo ao sujeitos e objetos do crime de Favorecimento da prostituição
ou outra forma de exploração sexual de vulnerável, diz: "O crime pode ser cometido
por qualquer pessoa. O sujeito passivo, entretanto, é o menor de 18 anos e o maior
de 14 anos (afinal, qualquer exploração sexual do menor de 14 anos configura o
estupro de vulnerável, ainda que na forma de participação) ou a pessoa enferma ou
deficiente mental, sem capacidade de entendimento suficiente para a prática do ato.
Errada.

276 - Josenildo constrangeu Fabrícia mediante emprego de grave ameaça,


causando-lhe grande sofrimento mental, em razão de discriminação
religiosa, pois era evangélico e Fabrícia de uma religião de matriz afro-
brasileira, o que ele não admitia. Assim, Josenildo praticou o crime:

a) de injúria racial (artigo 140, § 3º doCP).


b) de constrangimento ilegal (artigo 146 doCP).
c) de lesão corporal (artigo 129 doCP).
d) tipificado na lei que definiu crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor
(Lei nº 7.716/1989).
e) de tortura (Lei nº 9.455/1997).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de tortura, no inciso I abarca 3 fins para o cometimento do sofrimento físico
ou mental causado pela violência ou grave ameaça:
1) Obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceiro;
2) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
3) EM RAZÃO DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL OU RELIGIOSA.
Portanto, letra E.

277 - Ao realizar a manutenção da rede elétrica na casa de um cliente, o


eletricista Servílio inadvertidamente entra em um quarto que pensava ser o
banheiro. Lá encontra fotos do dono da casa fantasiado de Adolf Hitler, além
de um diário. Ao folhear o diário, Servílio descobre vários escritos nos quais
o dono da casa manifesta seu desprezo por um vizinho, por ele denominado
―judeu sujo". Servílio, então, leva o fato ao conhecimento do vizinho, que,
sentindo-se ofendido, noticia o fato em uma delegacia policial. Ouvido o
dono da casa, este revela ser simpatizante do nazismo, usando o referido
cômodo para dar secretamente vazão à sua ideologia. Outrossim, o diário
seria uma forma de extravasar suas inquietações sem ser descoberto por
terceiros. Considerando o caso concreto, é possível afirmar que a conduta do
dono da casa:

a) configura crime de difamação.


b) configura crime de injuria por preconceito.
c) configura crime de injuria.
d) configura crime previsto em lei especial.
e) é atípica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para configuração do crime previsto no § 1º é necessário a FINALIDADE ESPECÍFICA
ou seja, FINALIDADE DE DIVULGAÇÃO, o que não restou configurado no caso em
questão, pois o dono da residência disse que utilizava material com ideologia nazista
se forma secreta e pessoal. Gab: E.

278 - A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A pessoa jurídica pode ser vítima de difamação, já que o bem jurídico protegido pelo
tipo é a honra objetiva da vítima, ou seja, o que terceiros pensam dela (empresa),
ainda que a ofensa não atinja diretamente ou indiretamente as pessoas de seus
diretores. Há também uma correte, que afirma que a PJ pode ser também vítima de
calúnia nos casos específicos da lei (ambiental, economia popular...), mas não admite
em caso de injúria, pois a a honra neste caso é de natureza subjetiva.

279 - Leia as alternativas a seguir e assinale a correta.

a) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a


administração pública previsto no Código Penal.
b) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode
figurar como sujeito passivo.
c) Os inimputáveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra.
d) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais.
e) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A pessoa jurídica pode ser vítima de difamação, já que o bem jurídico protegido pelo
tipo é a honra objetiva da vítima, ou seja, o que terceiros pensam dela (empresa),
ainda que a ofensa não atinja diretamente ou indiretamente as pessoas de seus
diretores. Há também uma correte, que afirma que a PJ pode ser também vítima de
calúnia nos casos específicos da lei (ambiental, economia popular...), mas não admite
em caso de injúria, pois a a honra neste caso é de natureza subjetiva. Gab: E
280 - Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código
Penal admite a retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que
ocorra antes da sentença penal, seja cabal e abarque tudo o que o agente
imputou à vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Só é admitida a retratação nos crimes de calúnia e difamação (injúria não).
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou
da difamação, fica isento de pena.

Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a


difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim
desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. Errada.

281 - Cabelo de Anjo, no intuito de prejudicar seu desafeto, o delegado de


polícia civil da cidade, cuja atuação na repressão à criminalidade é
amplamente reconhecida, especialmente nos casos de corrupção, apresenta
representação por via postal ao Ministério Público, imputando à referida
autoridade policial a prática de vários ilícitos penais, dentre eles o de
corrupção passiva, sabendo que tais fatos não ocorreram. No intervalo entre
a remessa da correspondência e o recebimento pelo representante do
Ministério Público, o delegado toma conhecimento e consegue interceptar a
missiva, desmascarando a trama com a prova de sua inocência. Nesse caso,
Cabelo de Anjo responderá por

a) denunciação caluniosa na forma consumada


b) calúnia na forma tentada
c) denunciação caluniosa na forma tentada
d) calúnia na forma consumada

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Preposto: ambas (calúnia e denunciação caluniosa) admitem a tentativa e o exemplo
da questão serviria muito bem a uma situação fática. Sobre a questão: uma diferença
fundamental é que a calúnia é punível porque o delinquente ofende a honra da
vítima, enquanto a denunciação caluniosa é punida porque o criminoso faz com que o
aparato estatal perca tempo e recursos investigando alguém por um crime que não
ocorreu ou do qual ele é inocente. Ela cria uma distração que beneficia os verdadeiros
criminosos que deveriam estar sendo realmente investigados. A questão é um tanto
vaga, mas fica objetiva a intenção (dolo) do agente, que se abra procedimento
investigativo, não restando dúvidas quanto ao gabarito: Letra C.

282 - Marinaldo, por ser inimigo de Nando, espalhou junto à vizinhança em


que moram que Nando furta toca-fitas de veículos, o que é falso. Logo,
Marinaldo deverá responder pelo crime de:

a) calúnia (artigo 138 do CP).


b) difamação (artigo 139 do CP).
c) injúria (artigo 140 do CP).
d) denunciação caluniosa (artigo 339 do CP).
e) comunicação falsa de crime (artigo 340 do CP).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"ATENÇÃO: Imputação de fato desonroso genérico, vago, impreciso e indeterminado
caracteriza o crime de injúria (Ex: Fulana é assaltante de bancos), pois a calúnia e a
difamação pressupõem imputação de fato determinado". A meu ver, o desabono
dessa questão é que a injúria exige a ofensa à honra subjetiva, e não deixou claro
que a vítima tomou conhecimento, a injúria quer significar a ofensa à honra subjetiva
da vítima, que tem a dignidade (amor próprio ou respeitabilidade) ou o decoro
(correção moral) atingidos. Portanto, deveria ser anulada. Gab: C

283 - O termo ―decoro‖, prescrito no tipo penal do artigo 140 do CP, pode ser
classificado como elemento:
a) misto.
b) objetivo.
c) subjetivo.
d) normativo.
e) alternativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Injúria – art. 140 CP - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade e o decoro

Elemento objetivo: é o verbo - injuriar


Elemento subjetivo: é a finalidade – a vontade de injuriar (animus injuriandi)
Elemento normativo: depende de interpretação – dignidade e decoro.
(Elemento Normativo: É aquele que depende de interpretação para se extrair o
significado, ou seja, é necessário um juízo de valor sobre o elemento). Gab: D.

284 - No que respeita ao crime de injúria, verifica-se que a consumação


ocorre quando a emissão do conceito negativo chega ao conhecimento da
vítima.]

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A injúria é crime formal e consuma-se no momento em que o ofendido fica sabendo
da imputação de qualidade negativa. Certa.

285 - A retorsão imediata é causa de diminuição de pena, de observância


obrigatória pelo magistrado quando da prolação da sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A retorsão imediata, prevista no artigo 140, §1º, inciso II, do Código Penal (acima
transcrito), é hipótese de perdão judicial (e não causa de diminuição de pena).
Errada.

286 – Na injúria é admitida a exceção da verdade, quando ocorrer ofensa à


dignidade e ao decoro da vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como a injúria não contém a exposição de um fato determinado, em nenhuma
hipótese admite-se o uso da exceção da verdade. Errada.

287 - A pessoa jurídica pode ser vítima do crime de injúria, tendo em conta
gozar de reputação perante o mercado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As pessoas jurídicas, na condição de entes fictícios, não possuem honra subjetiva e
não podem ser sujeito passivo de injúria. Errada.

288 - Mirtes, a fim de se vingar de Anacleto, seu companheiro, que rompera


o relacionamento amoroso entre ambos, vai até a Delegacia Especial de
Atendimento à Mulher (DEAM) e noticia falsamente crime de violência
doméstica, imputando a ele a conduta. Dias depois do início da investigação,
arrependida, Mirtes retorna à DEAM, desta feita se desdizendo e confessando
a falsidade da imputação. Nesse contexto, Mirtes poderá ser criminalmente
responsabilizada por crime de denunciação caluniosa, não sendo extinta sua
punibilidade pela retratação, por ausência de previsão legal específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mirtes deve responder pelo delito de denunciação caluniosa, na medida em que sua
conduta se subsume de modo perfeito à norma do artigo 339, do Código Penal. A
retratação apenas é causa extintiva da punibilidade quando lei assim a admite, nos
termos do inciso VI do artigo 107 do Código Penal, como ocorre, por exemplo, nos
casos de crime contra a honra (artigo 143 do Código Penal) e de falso testemunho ou
de falsa perícia (artigo 342, §3º do Código Penal). Certa.

289 - Certo Juiz de Direito encaminha ofício à Delegacia de Polícia visando à


instauração de inquérito policial em desfavor de determinado Advogado,
porque o causídico, em uma ação penal de iniciativa privada, havia, em sede
de razões de apelação, formulado protestos e críticas contra o Magistrado,
alegando que este fundamentara sua sentença em argumentos puramente
fantasiosos. Resta comprovado na investigação que os termos usados pelo
Advogado foram duros e que tinham aptidão para ofender a honra do
Magistrado, embora empregados de forma objetiva e impessoal. Assim, o
Advogado:

a) deve responder por crime de injúria.


b) deve responder por crime de desacato.
c) deve responder por crime de difamação.
d) deve responder por crime de calúnia.
e) não responde por crime algum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
pelo princípio da imunidade judiciária, não constituem crime contra a honra as
ofensas irrogadas em juízo pela parte ou por seu procurador, desde que guardem
iniludível vinculação com o objeto da causa, seja na narrativa dos fatos, seja
igualmente no exercício do direito de defesa. Gab: E.

290 - É possível a participação de particular no delito de corrupção passiva,


já que as circunstâncias de caráter pessoal elementares ao crime se
comunicam.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam. Contudo, nos
crimes próprios de funcionários públicos, se um terceiro coautor que não seja agente
público conhece esta qualidade especial do outro indivíduo, que com ele pratica o
crime, será denunciado pelo mesmo delito que o funcionário público, mesmo que seja
tal crime próprio de agente público. Isso porque, nesse caso específico, a
circunstância de caráter pessoal (ser funcionário publico) era conhecida pelo terceiro
e motivo essencial para a prática do crime. Exceção à regra. Gab: C.

291 - O homicídio praticado com dolo eventual afasta a incidência das


circunstâncias qualificadoras, uma vez que o agente não quer diretamente o
resultado, ape- nas assume o risco de produzi-lo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O dolo eventual não impede a qualificação do crime de homicídio, desde que o crime
seja consumado por algumas das circunstâncias previstas no § 2º do art. 121. Por
exemplo, um grupo de amigos que tecem fogo sobre um mendigo, apenas por
diversão. Não agiram com dolo direto, e sim dolo eventual. Entretanto, serão
denunciados por homicidio qualificado, por emprego de fogo.
Q292 - No crime de injúria, se a ofensa à honra consiste na utilização de
elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de
pessoa idosa ou portadora de deficiência a ação penal será:

a) de iniciativa privada.
b) imprescritível.
c) pública condicionada.
d) pública incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Superior Tribunal de Justiça, recentemente, em decisão acertada, decidiu que a
alteração promovida pela Lei n. 12.033/2009 – que torna de ação penal pública
condicionada a representação o crime de injúria racial – possui natureza de norma
processual híbrida, devendo, para efeitos de aplicação da lei no tempo, seguir as
regras de direito material penal. Gab: C

Q293 - Maria, ex-namorada de Vitor, por estar com muito ciúme do mesmo,
por este ter arranjado uma nova namorada, resolve ir à Delegacia de Polícia
e inventar uma história dizendo ter sido agredida por Vitor. Maria, que em
momento algum sofreu qualquer agressão por parte de Vitor, dirige-se à
Delegacia de Polícia e comunica ao Delegado que teria sofrido agressão por
parte de Vitor e mostra algumas marcas que possuía. Essas na verdade,
foram em razão de uma queda de bicicleta. O Delegado, diante dos fatos,
toma as seguintes providências: registra o fato, encaminha Maria para
exame de corpo de delito e, logo em seguida, instaura o Inquérito Policial
para apurar melhor os fatos.

Diante do quadro acima descrito, Maria praticou a seguinte infração penal:


a) denunciação caluniosa
b) falso testemunho.
c) calúnia
d) comunicação falsa de crime.
e) injúria.

GAB: A.

Q294 - Caso um advogado, na discussão da causa durante uma audiência,


acuse o juiz de prevaricação, o crime de calúnia estará amparado pela
imunidade judiciária.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A imunidade judiciária não abrange o crime de calúnia irrogada em juízo, referindo-se
apenas aos crimes de injúria e de difamação. Errada.

Q295 - A exceção da verdade, no crime de calúnia, é admitida se,


constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o fato imputado a alguém for de ação privada e o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível, não se admite a exceção da verdade. Errada.

Q296 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que


não realize o agente a subtração dos bens da vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a (Súmula 610, STF). Questão correta.

Q297 - Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a


execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha
da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida.

Nessa situação hipotética, a atitude do agente configura tentativa perfeita ou crime


falho, pois a execução foi concluída, mas o crime não se consumou.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tentativa perfeita (crime falho) - quando o agente esgota todos os atos executórios e
não consegue consumar o seu intento por situação alheia à sua vontade.

Tentativa Imperfeita - quando posterior ao início da ação não se esgotam todos os


meios de execução, sendo interrompido por situação alheia à sua vontade.
Gab: Errada

Q298 - A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de


tentativa abandonada ou qualificada, provocam a exclusão da adequação
típica indireta, respondendo o autor pelos atos até então praticados, e não,
pela tentativa do delito que inicialmente se propôs a cometer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tentativa abandonada, também chamada de tentativa qualificada, ocorre nos crimes
em que o resultado não ocorre por circunstâncias intrínsecas à vontade do autor do
delito. Como espécies de tentativa abandonada temos o arrependimento eficaz e a
desistência voluntária. Certa.

LEXT - LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE

Q1 - A perda do cargo ou função pública pelo servidor público está prevista


como efeito da condenação por crimes resultantes de preconceito de raça ou
de cor, no entanto, para que isso ocorra, deve o juiz declará-lo
motivadamente
na sentença.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o
servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por
prazo não superior a três meses.

Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença. Certa.

Q2 – Considere a seguinte conduta descrita: Publicar ilustração de recém-


nascidos afrodescendentes em fuga de sala da parto, associado aos dizeres
de um personagem (supostamente médico) de cor branca "Segurança! É uma
fuga em massa!". Tal conduta amolda-se à seguinte tipificação legal:

a) Não se amolda a tipificação legal por se tratar de ofensa social e não de conteúdo
racial.
b) Injúria, prevista no art. 140 do Código Penal.
c) Crime de racismo, previsto na Lei no 7.716/89.
d) Difamação, prevista no art. 139 do Código Penal.
e) Não se amolda a tipificação legal por se tratar de liberdade de expressão − direito
de charge.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta (bizarra) descrita na questão deixa claro que se trata de crime de racismo,
não é mesmo!? O tipo está previsto no art. 20 da Lei nº 7.716/1989. Assertiva certa.

Q3 - Considera-se crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a


prática do racismo, por ele respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-lo, se omitirem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O racismo é crime inafiançável e imprescritível, nos termos da Constituição Federal. O
que a Constituição considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
são os crimes de tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos. Por essa razão a assertiva está
errada.

Q4 - Conforme a lei que prevê condutas discriminatórias, cometerá crime de


discriminação ou preconceito o agente que impedir o acesso de idoso a
edifício público pelas entradas sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na realidade a idade não é mencionada pelo art. 1º, que apenas trata do preconceito
de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, portanto, errada.
PEGADINHA RECORRENTE (ler a lei) – Seria analogia in malam partem.

Q5 - ―X‖ é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é


chamado pelos torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas
bananas no meio do gramado. Caso sejam identificados os torcedores, é
correto afirmar que, em tese,
a) responderão pelo crime de preconceito de raça ou de cor, nos termos da Lei n.º
7.716/89.
b) responderão pelo crime de racismo, nos termos da Lei n.º 7.716/89.
c) responderão pelo crime de difamação, nos termos do art. 139 do Código
Penal, entretanto, com o aumento de pena previsto na Lei n.º 7.716/89.
d) não responderão por crime algum, tendo em vista que esse tipo de rivalidade entre
as torcidas é própria dos jogos de futebol, restando apenas a punição na esfera
administrativa.
e) responderão pelo crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código
Penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Interessante a banca ter elaborado uma questão com uma hipótese que pouco
tempo depois veio a ocorrer de fato, não é mesmo? Neste caso estamos diante
de injúria racial, e não de racismo, pois a discriminação foi direcionada a uma
pessoa específica. Nossa resposta, portanto, é a alternativa E.

Q6 - Questão 07 – DPE-MS – Defensor Público – 2008 – VUNESP


É crime de preconceito, definido na Lei n.º 7.716/89,

a) impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso.


b) ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave.
c) reduzir alguém à condição análoga à de escravo, submetendo-lhe a trabalhos
forçados.
d) impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e
elevadores ou escada de acesso aos mesmos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Das condutas descritas na questão, a única que consta na Lei nº 7.716/1989 a
alternativa D.

Q7 - Constitui crime o fato de determinado clube social recusar a admissão


de um cidadão em razão de preconceito de raça, salvo se o respectivo
estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar propostas de admissão,
sem declinação de motivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STJ já julgou no sentido de que ―A recusa de admissão no quadro associativo de
clube social, em razão de preconceito de raça ou de cor, caracteriza o tipo inserto no
artigo 9º da Lei nº 7.716/89, enquanto modo da conduta impedir, que lhe integra o
núcleo‖. A assertiva, portanto, está errada.

Q8 - No interior de uma aeronave de uma companhia americana, quando esta


sobrevoava o estado da Bahia, Patrícia, que embarcara no aeroporto de
Vitória – ES, viajando para os Estados Unidos da América, teve um
desentendimento com uma comissária de bordo do avião, por causa do
assento em que estava posicionada. Em razão do tratamento dispensado
pela comissária de bordo, Patrícia solicitou seu nome, ocasião em que a
funcionária da companhia aérea disse que não daria, inclusive afirmou:

―Amanhã vou acordar jovem, bonita, orgulhosa, rica e sendo uma poderosa
americana, e você vai acordar como safada, depravada, repulsiva, canalha
e miserável brasileira.‖ Assim, essa aeromoça:

a) não praticou crime perante a lei brasileira, em face do princípio do pavilhão.


b) praticou o crime de injúria racial, com fulcro no artigo 140, § 3º do CP.
c) praticou o crime de tortura (Lei nº 9.455/1997), pois constrangeu a vítima,
causando-lhe sofrimento mental, em razão de discriminação racial.
d) praticou o crime de racismo, preceituado na Lei n° 7.716/1989.
e) praticou o crime de difamação, com fulcro no artigo 139 do CP.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui você poderia ficar em dúvida entre o crime de racismo previsto na Lei nº
7.716/1989 e a injúria racial do §3º do art. 140 do Código Penal. Essa questão
levantou muita polêmica na época em que foi aplicada, justamente por não deixar tão
claro se a ofensa foi dirigida apenas à passageira ou a todo o povo brasileiro.

O gabarito oficial é a alternativa D, mas vale mencionar que essa questão se baseia
num caso real, que realmente ocorreu, e no qual foi aplicada a Lei nº 7.716/1989.

Q9 - Considere que Tânia, proprietária de um salão de beleza especializado


em
penteados afros, recuse atendimento a determinada pessoa de pele branca e
cabelos ruivos, sob a justificativa de o atendimento, no salão, restringir-se a
afrodescendentes. Nessa situação, a conduta de Tânia não constitui crime,
visto que, sendo proprietária do estabelecimento, ela tem o direito de
restringir o atendimento a determinados clientes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui é importante prestar atenção à justificativa dada pela negativa do atendimento.
Se a dona do salão disse que seu atendimento se restringia a afrodescendentes,
cometeu crime de racismo, previsto no art. 10 da Lei nº 7.716/1989. Esta questão
gerou um pouco de polêmica na época, mas foi dada como errada pelo Cespe.

Q10 - Considere que Mauro, irritado com a demora no andamento da fila do


caixa de um supermercado, tenha proferido xingamentos direcionados à
atendente do caixa, atribuindo a demora no atendimento à inferioridade
intelectual que, segundo ele, era característica intrínseca da raça a que a
moça pertencia. Nessa situação, Mauro deve ser acusado de crime de
racismo, previsto na legislação específica, por ter negado à funcionária, por
motivo racial, o direito de trabalho no comércio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
À época da questão, muitos disseram que a assertiva estava errada, pois tratarse- ia
de crime de injúria qualificada. De acordo com os julgados mais recentes (a exemplo
do HC STJ 63350), a conduta praticada por Mauro pode ser considerada crime de
racismo, enquadrado no art. 20 da Lei nº 7.716/1989, pois, apesar de a conduta ter
sido dirigida a uma única pessoa, a ofensa foi proferida contra toda a raça. O assunto
ainda é polêmico, mas, de qualquer forma, a assertiva continua incorreta, pois o
enquadramento foi feito como se o agente tivesse negado o direito de trabalho à
atendente do caixa. Nossa assertiva, portanto, está errada.
Q11 - O crime de racismo praticado por meio da rede mundial de
computadores consuma-se no local onde sejam recebidas as manifestações
racistas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos na aula de hoje que nos crimes de racismo praticados pela internet, considera-
se consumado o delito no local de onde partiram as manifestações tidas por racistas.
Nossa assertiva está errada.

Q12 - Suponha que o diretor de recursos humanos de uma concessionária de


serviço público obste, por discriminação religiosa, a promoção funcional de
um subordinado seu. Nesse caso, o referido diretor não praticará conduta
penalmente típica, mas infração, a ser apurada no âmbito administrativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 3º da Lei nº 7.716/1989 faz menção expressa à inclusão das concessionárias
de serviços públicos com relação à conduta típica de ―obstar a promoção funcional‖, o
que torna a assertiva errada.

Q13 - Pedro pediu em casamento Carolina, que tem 16 anos de idade, e ela
aceitou. O pai de Carolina, porém, negou-se a autorizar o casamento da filha,
pelo fato de o noivo ser negro. Todavia, para não ofender Pedro, solicitou a
Carolina que lhe dissesse que o motivo da sua recusa era o fato de ele ser
ateu. Nessa situação, o pai de Carolina cometeu infração penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Parece que o pai de Carolina trocou seis por meia dúzia, não é mesmo? Ele praticaria
o crime de racismo por ter impedido sua filha de casar-se com Pedro em razão de sua
cor. Para não incorrer no crime, porém, mentiu dizendo que a razão era religiosa.
Vimos na aula de hoje que a discriminação fundada na raça, cor, etnia, religião ou
origem constitui crime de racismo. Certa.

Q14 - NÃO constitui crime previsto na Lei nº 7.716/1989, que tipifica os


ilícitos
resultantes de preconceito:

a) Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou


locais semelhantes abertos ao público.
b) Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e
elevadores ou escada de acesso aos mesmos.
c) Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.
d) Ofender ou ameaçar alguém, por palavra, gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave, em virtude de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O nosso erro está na alternativa D, que na realidade trata da injúria racial, e não do
crime de racismo.
Q15 - Serão punidos na forma da Lei Ordinária 7.716/1989 os crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião,
procedência nacional e sexo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está incorreta porque a lei não pune atos discriminatórios em relação a sexo.

Q16 - Os efeitos decorrentes da condenação pela prática de crimes previstos


na Lei Ordinária nº. 7.716/1989 são automáticos, dispensando a sua
fundamentação na sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está incorreta porque esses efeitos da condenação não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença, nos termos do art. 18.

Q17 - Nas infrações penais previstas na Lei de Crimes Ambientais Lei n°


9.605/98, a ação penal épública incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública
incondicionada.

Q18 - No caso de reincidência de pessoa jurídica na prática de crimes


previstos na lei que reprime condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
será efeito
automático da condenação a dissolução da pessoa jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei prevê a possibilidade de liquidação forçada da pessoa jurídica, quando esta for
utilizada preponderantemente com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de
crime ambiental. Essa liquidação, porém, precisa ser decretada, nos termos do art.
24. Não é automática! GABARITO: E

Q19 - A pena de prestação de serviços à comunidade nos crimes ambientais


inclui prestação de serviços em entidades assistenciais, hospitais, escolas e
orfanatos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! Muita calma nessa hora! Segundo o art. 9º, a ―prestação de serviços à
comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques
e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular,
pública ou tombada, na restauração desta, se possível‖. GABARITO: E.

Q20 - O valor pago a título de pena de prestação pecuniária não será


deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o
infrator.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 12 autoriza expressamente essa dedução. GABARITO: E
Q21 - A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental
será obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo
administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a regra do art. 70, §3º.

Q22 - De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais, constituem penas


restritivas de direito

a) o recolhimento domiciliar e a prisão simples.


b) a interdição definitiva de direitos e a prestação pecuniária.
c) a suspensão parcial ou total de atividades e a interdição definitiva do direito de
transitar em unidades de conservação.
d) a prestação de serviços à comunidade e a interdição temporária de direitos.
e) o recolhimento domiciliar e a obrigatoriedade de participar do curso de educação
ambiental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Isso é importante decorar!
As modalidades de penas restritivas de direitos estão elencadas no art. 8° da Lei n°
9.605/1998.

Art. 8º As penas restritivas de direito são:


I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar. (Veja que essa é restritiva de direitos e não de
liberdade)!

Gab: D

Q23 - Considere que Alzirina tenha queimado madeira imprestável em sua


chácara no Lago Norte da capital federal, o que causou um incêndio no
Parque
Nacional de Brasília. Nesse caso, de acordo com a Lei dos Crimes Ambientais,
além de outras cominações, ocorreu crime contra a flora, na modalidade
culposa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este crime está tipificado no art. 40 da Lei n° 9.605/1998.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que
trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de
sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.


§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações
Ecológicas,
as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios
de
Vida Silvestre.
[...]
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
GABARITO: C

Q24 - Constitui crime cuja pena é de seis meses a um ano e multa matar,
perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou
em rota migratória, em desacordo com as prescrições legais pertinentes.

Assim, diante de uma ocorrência policial dessa natureza e não havendo


causas de aumento de pena, a autoridade policial competente deverá lavrar
termo circunstanciado, em face da incidência de delito de menor potencial
ofensivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este crime, tipificado no art. 61 da Lei de Crimes Ambientais, pode ser considerado de
menor potencial ofensivo, em função da pena cominada, que é inferior a 2 anos. Aos
crimes ambientais se aplica, em geral, o regime da Lei n°
9.099/1995. Por essa razão deve ser lavrado o TCO (é vinculante sempre que se
admite o TCO, não cabendo IP, em qualquer crime, não apenas nos ambientais).
GAB: C

Q25 - A ação penal para todos os delitos previstos na lei que dispõe acerca
das
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente é, exclusivamente, pública incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão simples e direta. Todos os crimes previstos na Lei dos Crimes Ambientais são
de ação penal pública incondicionada. GABARITO: C

Q26 - O agente que dolosamente promova a queimada de lavouras e


pastagens
deve responder pela prática do delito de incêndio previsto na Lei dos Crimes
Ambientais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na realidade, a Lei dos Crimes Ambientais somente pune o incêndio provocado em
mata ou floresta (art. 41). O caso trazido pela assertiva deve ser punido com base no
crime de de incêndio (art. 250 do Código Penal). GABARITO: E

Q27 - Entre as circunstâncias que atenuam a pena dos delitos previstos na


Lei dos Crimes Ambientais incluem-se o baixo grau de instrução ou
escolaridade do agente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As atenuantes mencionadas pela assertiva constam no art. 14 da Lei dos Crimes
Ambientais.

Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:

I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;


II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

GABARITO: C

Q28 - O valor pago em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada


com fim social, em razão da aplicação da pena restritiva de direitos de
prestação pecuniária, prevista na Lei dos Crimes Ambientais, não poderá ser
deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o
infrator.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 12 autoriza expressamente essa dedução. GABARITO: E

Q29 - A prática de abuso e maus-tratos a animais, como feri-los ou mutilá-


los,
prevista na Lei dos Crimes Ambientais, incide somente nas hipóteses em que
o animal seja silvestre, nativo ou exótico, sendo a conduta praticada em
relação a animal doméstico configurada apenas como contravenção penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime tipificado no art. 32 alcança animais silvestres, domésticos ou domesticados,
nativos ou exóticos. GABARITO: E

Q30 - De acordo com a Lei n.º 9.605/98, nos casos de crimes praticados
contra a fauna, a pena é aumentada até o triplo, quando o crime for
praticado em decorrência do exercício

a) de caça profissional.
b) em período proibido à caça.
c) em unidade de conservação.
d) durante a noite.
e) contra espécie rara.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apenas a caça profissional aumenta a pena até o triplo. As demais hipóteses
aumentam a pena de metade. GABARITO: A

Q31 - A responsabilidade das pessoas jurídicas nos crimes ambientais não


exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quanto à possibilidade de responsabilização da pessoa jurídica nos crimes ambientais,
a Lei nº 9.605/1998 é muito calara, não havendo mais o que discutir sobre o assunto.
Não há bis in idem quando a pessoa jurídica e a pessoa física diretamente envolvida
na conduta são responsabilizadas ao mesmo tempo (art. 3º, parágrafo único). Certa.

Q32 - A regra da responsabilidade penal de pessoa jurídica no Brasil segue o


princípio societas delinquere non potest, salvo a seguinte exceção no caso de
crimes contra o meio ambiente, nos casos em que a infração seja cometida
por decisão dos representantes da pessoa jurídica, legais ou contratuais, ou
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A essa altura todos nós já temos certeza da possibilidade de responsabilização
penal das pessoas jurídicas nos crimes ambientais. Isso ocorrerá quando a infração
for cometida por decisão dos seus representantes, ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da entidade. É importante também que fique claro para você
que não há bis in idem quando é promovida ao mesmo tempo a responsabilização da
pessoa jurídica e a da pessoa física responsável pela conduta. Certa.

Q33 - A suspensão parcial ou total de atividade, exclusivamente para


pessoas jurídicas, será aplicada quando a empresa não estiver cumprindo as
normas ambientais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às
prescrições legais. O artigo abrange tanto pessoa física como jurídica. Errada.

Q34 – Em se tratando de crimes ambientais, as penas de interdição


temporária de direito incluem a proibição de o condenado participar de
licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três
anos, no de crimes culposos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 10. Correta.

Q35 - O crime de dano não admite a tentativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O dano se consuma quando o agente, efetivamente, destrói, inutiliza ou deteriora
coisa alheia, seja ela móvel ou imóvel.

Por se tratar de crime material e plurissubsistente, admite-se a possibilidade de


tentativa. Questão errada.

Q36 - Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta


consistente em, com emprego de grave ameaça, constranger outrem em
razão de discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º Constitui crime de tortura (LEI 9.455/97):

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe


sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira


pessoa ( TORTURA PROVA);
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; ( TORTURA CRIME)
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; ( TORTURA PRECONCEITO)

Q37 - Agente de Atividades Penitenciárias – 2015 – Universa.


A condenação por crime de tortura acarretará a perda do cargo, da função ou
do emprego público e a interdição, para seu exercício, pelo triplo do prazo da
pena aplicada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! Olha a pegadinha!!! Na realidade a interdição deve perdurar pelo dobro do prazo
da pena, e não pelo triplo! GABARITO: E

Q38 - O crime de tortura (Lei no 9.455/97) tem pena aumentada de um


sexto até um terço se for praticado

a) ininterruptamente, por período superior a 24 h.


b) em concurso de pessoas
c) por motivos políticos.
d) contra mulher
e) por agente público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aumenta-se a pena de um sexto até um terço nas seguintes circunstâncias:
I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
GABARITO: E

Q39 - Se a vítima da tortura for criança, a Lei nº 9.455/97 deve ser afastada
para incidência do tipo penal específico de tortura previsto no Estatuto da
Criança e do Adolescente (art. 233 do ECA), por esta ser norma especial
editada posteriormente a lei de tortura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O tipo penal do ECA que tratava de tortura contra criança ou adolescente foi revogado
pela Lei de Tortura, que é mais recente. Hoje a tortura praticada contra criança,
gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos sujeita o infrator
a aumento de pena de um sexto até um terço. Errada.

Q40 - Há previsão legal de crime por omissão na tortura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei traz a previsão da tortura por omissão em seu art. 1o, §2o. Certa.

Q41 - É inviável a suspensão condicional do processo para qualquer das


modalidades típicas previstas na lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na tortura por omissão cabe a suspensão condicional da pena, uma vez que a pena
deste delito é de 1 a 4 anos de detenção. Errada.

Q42 - Com relação à tortura, cabe afirmar:

a) Genericamente trata-se de crime próprio.


b) Não está tipificada distintamente a conduta cometida com finalidade puramente
discriminatória.
c) Na versão especificamente omissiva, trata-se de crime comum.
d) Trata-se de crime insuscetível de graça, porém não de anistia.
e) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime praticado por brasileiro no estrangeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A está incorreta porque, apesar de o crime ser considerado comum na
maior parte das suas modalidades, o art. 1o, II traz uma modalidade própria do crime
de tortura, assim como a tortura por omissão. Isso também torna a alternativa C
incorreta. A alternativa B está incorreta por causa da previsão da tortura racismo
(art. 1o, I, ―c‖). A alternativa D está incorreta porque a tortura é crime inafiançável e
insuscetível de graça e anistia, nos termos da Constituição Federal. GABARITO: E

Q43 - Joaquim, agente penitenciário federal, foi condenado, definitivamente,


a uma pena de três anos de reclusão, por crime disposto na Lei n.º
9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de exercer
a referida função pelo prazo de seis anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada, nos
termos do art. 1o, §5o da Lei no 9.455/1997. Certa.

Q44 - Um agente penitenciário federal determinou que José, preso sob sua
custódia, permanecesse de pé por dez horas ininterruptas, sem que pudesse
beber água ou alimentar-se, como forma de castigo, já que José havia
cometido, comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situação, esse
agente cometeu crime de tortura, ainda que não tenha utilizado de violência
ou grave ameaça contra José.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para responder corretamente a questão você precisa conhecer o conteúdo do §1º do
art. 1o da Lei de Tortura: ―Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal‖. GABARITO: C

Q45 - Para a comprovação da materialidade da conduta do agente que


pratica as modalidades atribuídas pela legislação como tortura, é
imprescindível a realização de exame de corpo de delito que confirme a
existência do delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Lei da Tortura não menciona em nenhum de seus dispositivos a
necessidade
de exame de corpo de delito para que se comprove que houve o crime. É
possível inclusive a tortura de natureza mental/emocional resultante de
grave ameaça. GABARITO: E

Q46 - O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


RESPOSTA DA QUESTÃO: Esta é a letra da Constituição Federal, em seu art.
5º, XLIII. O STF já decidiu que o indulto também não é aplicável no caso de
crime de tortura. Lembre-se também de que o crime de tortura não é
imprescritível!
GABARITO: C

Q47 - É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como
forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a Tortura-Castigo (a única modalidade que menciona intenso sofrimento).
Lembre-se de que esta modalidade é crime próprio, pois somente pode ser praticado
por quem tenha o dever de guarda ou exerça poder ou autoridade sobre a vítima. Ao
mesmo tempo exige-se também uma condição especial do sujeito passivo, que
precisa estar sob a autoridade do torturador. GABARITO: C
Q48 – A perda da função pública e a interdição de seu exercício pelo dobro
do prazo da condenação decorrente da prática de crime de tortura previsto
em lei especial são de imposição facultativa do julgador, tratando-se de
efeito genérico da condenação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A perda da função pública e a interdição de seu exercício são imediatas e
obrigatórias, nos termos do §5° do art. 1° da Lei n° 9.455/1997. Para efeito DESSA
lei, os efeitos são automáticos e dispensam motivação. E.

Q49 – Suponha que João, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta
Sebastião, com emprego de violência, a contínuo e intenso sofrimento físico,
provocando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa situação, João
deverá responder pelo crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a
pena em regime inicial fechado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de tortura exige um elemento subjetivo específico: ―obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa‖ (tortura prova); ―provocar
ação ou omissão de natureza criminosa‖ (tortura imprópria ou por omissão); ―por
motivo de discriminação racial ou religiosa‖ (tortura preconceito). O agente que
inflige sofrimento em outra pessoa por sadismo não comete crime de tortura, mas
sim de lesão corporal ou, a depender do caso, de homicídio tentado. GABARITO: E

Q50 - O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas
dependências do distrito policial, um acusado de tráfico de drogas a
confessar a prática do crime perderá automaticamente o seu cargo, sendo
desnecessário, nessa situação, que o juiz sentenciante motive a perda do
cargo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A perda do cargo, emprego ou função pública é efeito extrapenal administrativo da
condenação, e não precisa ser declarado pelo juiz. GABARITO: C

Q51 - Ressalvada a situação daquele que se omite, quando tinha dever de


evitar ou apurar, os condenados por crime de tortura, na forma da Lei nº
9.455/97, devem cumprir a pena em regime:
a) integralmente fechado;
b) inicialmente fechado;
c) inicialmente semiaberto;
d) inicialmente semiaberto, no caso de tortura vindicativa;
e) aberto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A posição RECENTE do 1° Turma do STF é no sentido de que o cumprimento de pena
no caso de Tortura inicial em regime fechado, contrariando a posição do Pleno acerca
da Lei dos Crimes Hediondos. Resumindo...

- Regime INTEGRALMENTE fechado: Inconstitucional (decisão do Pleno em 2007); -


Regime INICIALMENTE fechado: Inconstitucional para Hediondos e equiparados
(decisão do Pleno em 2012) - Regime INICIALMENTE fechado: Constitucional para o
crime de Tortura (decisão da 1° Turma de 2015). VAI CAIR!

Q52 - Se um membro da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do


Norte,
integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos, for passar uma
temporada de trabalho no Haiti — país que não pune o crime de tortura — e
lá for vítima de tortura, não haverá como aplicar a Lei n.º 9.455/1997.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 2° da Lei da Tortura determina que ela se aplica ainda quando o crime não
tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-
se o agente em local sob jurisdição brasileira. GABARITO: E

Q53 – Agente de Atividades Penitenciárias – Funiversa 2015


O STF afastou a previsão de obrigatoriedade de imposição de regime inicial
fechado aos condenados por crimes hediondos ou a estes equiparados,
devendo ser observadas as regras do CP no que se refere à fixação do
regime prisional inicialmente previsto para os crimes hediondos e os a estes
equiparados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ler questão Q51 – Questão certa.

Q54 - Ressalvada a situação daquele que se omite, quando tinha dever de


evitar ou apurar, os condenados por crime de tortura, na forma da Lei nº
9.455/97, devem cumprir a pena em regime:

a) integralmente fechado;
b) inicialmente fechado;
c) inicialmente semiaberto;
d) inicialmente semiaberto, no caso de tortura vindicativa;
e) aberto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ler questão Q51 e Q53 (importante) – Gab: B

Q55 - No crime de tortura em que a pessoa presa ou sujeita a medida de


segurança é submetida a sofrimento físico ou mental, por intermédio da
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal, não é
exigido, para seu aperfeiçoamento, especial fim de agir por parte do agente,
bastando, portanto, para a configuração do crime, o dolo de praticar a
conduta descrita no tipo objetivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta do §1° do art. 1° é a única que não exige dolo específico por parte do
agente do crime de tortura.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de
segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou
não
resultante de medida legal.
GABARITO: C
Q56 - Considere a seguinte situação hipotética. Rui, que é policial militar,
mediante violência e grave ameaça, infligiu intenso sofrimento físico e
mental a um civil, utilizando para isso as instalações do quartel de sua
corporação. A
intenção do policial era obter a confissão da vítima em relação a um suposto
caso extraconjugal havido com sua esposa.

Nessa situação hipotética, a conduta de Rui, independentemente de sua


condição de militar e de o fato ter ocorrido em área militar, caracteriza o
crime de tortura na forma tipificada em lei específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui estamos diante da Tortura-Prova ou Tortura Persecutória: a tortura foi
infligida com a finalidade de obter informação, declaração ou confissão da vítima.
GABARITO: C

Q57 - Daniel, delegado de polícia, estava em sua sala, quando percebeu a


chegada dos agentes de polícia Irineu e Osvaldo, acompanhados por uma
pessoa que havia sido detida, sob a acusação de porte de arma e de
entorpecentes. O delegado permaneceu em sua sala, elaborando um
relatório, antes de lavrar o auto de prisão em flagrante. Durante esse
período, ouviu ruídos de tapas, bem como de gritos, vindos da sala onde se
encontravam os agentes e a pessoa detida, percebendo que os agentes
determinavam ao detido que ele confessasse quem era o verdadeiro
proprietário da droga. Quando foi lavrar a prisão em flagrante, o delegado
notou que o detido apresentava equimoses avermelhadas no rosto, tendo
declinado que havia guardado a droga para um conhecido traficante da
região. O delegado, contudo, mesmo constatando as lesões, resolveu nada
fazer em relação aos seus agentes, uma vez que os considerava excelentes
policiais. Nessa situação, o delegado praticou o crime de tortura, de forma
que, sendo proferida sentença condenatória, ocorrerá, automaticamente, a
perda do cargo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesta hipótese foi praticada a tortura em sua modalidade omissiva. Lembre-se de que
este crime apenas pode ser praticado por aquele que tinha o dever de evitar ou
apurar o ato de tortura e não o fez. GABARITO: C
OBS: Veja que mesmo na hipótese da tortura imprópria (por omissão) a perda do
cargo é certa!

Q58 - O condenado pela prática de crime de tortura, por expressa previsão


legal, não poderá ser beneficiado por livramento condicional, se for
reincidente específico em crimes dessa natureza.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O livramento condicional não pode ser concedido nesse caso em função do art. 83 do
Código Penal:

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena


privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que
[...]
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo,
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. Não confundir com
a progressão de regime. GABARITO: C

Q59 - Em seu local de trabalho, um servidor público federal, agente de


segurança, se desentendeu com um cidadão e desferiu um soco na direção
do rosto deste, mas, por circunstâncias alheias à sua vontade, foi bloqueado
por outro colega de trabalho que segurou-lhe o braço. ASSERTIVA: Nessa
situação, o agente de segurança deverá responder pelo delito de tentativa de
abuso de autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso podemos dizer que o agente público incorreu na conduta prevista no art.
3o, ―i‖: atentado à incolumidade física do indivíduo. Perceba que a conduta típica é o
próprio atentado, e por isso não podemos falar em tentativa, mas sim em crime
consumado mesmo, pois a ―tentativa‖ já é a conduta típica. GABARITO: E
Crime de atentado (ou empreendimento): Consuma-se com a tentativa, ou seja, não
admitem tentativa.

Q60 - Conforme o entendimento do STJ, ao acusado de crime de abuso de


autoridade pode ser feita proposta de transação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É verdade. O STJ já entendeu que é possível propor a transação penal no crime de
abuso de autoridade, pois a Lei n. 10.259/2001 não exclui da competência do Juizado
Especial Criminal os crimes que possuam rito especial. Não confunda com a lei de
improbidade, é a única que não admite. GABARITO: C

Q61 - O crime de abuso de autoridade, em todas as suas modalidades, é


infração de menor potencial ofensivo, sujeitando-se seu autor às medidas
despenalizadoras previstas na lei que dispõe sobre os juizados especiais
cíveis e criminais, desde que preenchidos os demais requisitos legais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O abuso de autoridade sujeita o seu autor a sanções civis, penais e administrativas.
Dentre as sanções penais cominadas consta a detenção de 10 dias a 6 meses. Por
isso podemos dizer que se trata de uma infração penal de menor potencial ofensivo,
pois sua pena máxima cominada não é superior a 2 anos, e, portanto, podem ser
aplicadas as medidas despenalizadoras previstas na Lei no 9.099/1995. GABARITO: C

Q62 - Entre as sanções penais previstas na lei que dispõe sobre abuso de
autoridade, incluem-se a perda do cargo público e a inabilitação para o
exercício de qualquer outra função pública por prazo de até três anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Perceba que a perda do cargo aí é sanção de natureza penal, mesmo, e não
administrativa como na de tortura. Cuidado para não se confundir hein!? GABARITO:
C

Outra observação tão importante quanto e que vai ser cobrada na sua prova: Quando
o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer
categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por
prazo de um a cinco anos. Sendo exceção à regra.

Q63 - A competência para processar e julgar o crime de abuso de autoridade


praticado por policial militar em serviço é da justiça militar estadual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de abuso de autoridade não é delito militar e, portanto, é de competência da
Justiça comum. Este posicionamento já foi corroborado pela Jurisprudência do STJ.
Errada.

Q64 - Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante o Juizado


Especial Criminal da circunscrição onde os delitos ocorreram, salvo nos casos
em que tiverem sido praticados por policiais militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STJ já confirmou que o crime de abuso de autoridade não tem natureza militar e,
portanto, é de competência da Justiça comum. Como a maior pena prevista é a
detenção pelo período de 6 meses, a competência para o processamento dos crimes
é, como regra geral, dos Juizados Especiais Criminais. GABARITO: E

Q65 - Constitui abuso de autoridade qualquer atentado ao sigilo de


correspondência, ao livre exercício de culto religioso e à liberdade de
associação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A expressão ―qualquer atentado‖ pode nos deixar na dúvida, mas vamos relembrar o
teor do art. 3° da Lei n° 4.898/1965:

Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:


a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

GABARITO: C

Q66 - Com base no disposto na Lei Federal nº 4.898 de 09 de dezembro de


1965 (Abuso de Autoridade), constitui abuso de autoridade:

a) Comunicar ao Juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa.


b) Reduzir a execução da prisão temporária.
c) Qualquer atentado ao sigilo da correspondência.
d) Deixar de comunicar, imediatamente, à família, a prisão de um de seus membros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 3º. Constitui abusode autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade delocomoção;
b) à inviolabilidade dodomicílio;
c) ao sigilo dacorrespondência;
d) à liberdade deconsciência e de crença;
e) ao livre exercício doculto religioso;
f) à liberdade deassociação;
g) aos direitos egarantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito dereunião;
i) à incolumidadefísica do indivíduo;

Não confundir o art. 4, alínea d da lei lei de abuso de autoridade com o art. 306 do
CPP que é bem mais abrangente: "A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada."

Gabarito Letra C

Q67 - Constitui abuso de autoridade submeter pessoa sob sua guarda ou


custódia a vexame ou a constrangimento, mesmo que autorizado em lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(Vale muito a pena a leitura do Art. 4º da Lei 4898.

Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:


a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as
formalidades legais ou com abuso de poder;
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento
não autorizado em lei;
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção
de qualquer pessoa;
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança,
permitida em lei;
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas,
emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em
lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância
recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando
praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança,
deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de
liberdade.

Isso ocorre porque o próprio ato de prisão legal é para o delinquente um ato
vexatório e constrangedor, mas não pode constituir abuso de autoridade, exceto se o
ato não for autorizado por lei. Gab: Errada.

Q68 - O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, munição ou um


acessório de uso restrito, sem autorização, no exercício de atividade
comercial
constitui crime de comércio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada
pela metade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos relembrar o art. 17?
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.


Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste
artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercido em residência.

Em primeiro lugar vemos que montar ou desmontar a arma de fogo são condutas
previstas no crime de comércio ilegal de arma de fogo. Em segundo lugar, vemos
que, nos termos do art. 18, neste crime a pena é aumentada da metade se a arma de
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. GABARITO: C

Q69 - Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem


autorização legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38
desmuniciados e com numerações raspadas.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base na
jurisprudência dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.
O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas não tipifica o crime
de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em razão da total
ausência de potencial lesivo da conduta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Porte de arma desmuniciada é crime sim! O STJ tem entendido que a conduta não
será típica quando a arma não estiver apta a realizar disparos e essa condição seja
comprovada em laudo pericial, mas isso é diferente de uma arma em funcionamento,
mas sem munição. Ademais, é importante ressaltar que toda arma de uso permitido
que sofra qualquer tipo de adulteração (alongada, reduzida, numeração suprimida,
etc..) será considerada de uso restrito para fins de aplicação da lei já que norma
prevê diferenciação substancial entre as duas (permitido e restrito).

GABARITO: E

Q70 - O crime de omissão de cautela, previsto no Estatuto do


Desarmamento, é delito omissivo, sendo a culpa na modalidade negligência o
elemento subjetivo do tipo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Corretíssimo! O crime de omissão de cautela realmente é delito omissivo, e o
elemento subjetivo do tipo é a negligência. Vamos relembrar o art. 13?

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.


GABARITO: C

Q71 - Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da


arma é um dado dispensável para a tipificação do delito de porte ilegal de
arma de fogo, pois o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física,
mas a segurança pública e a paz social, colocados em risco com a posse ou o
portede armas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é o julgado do STJ de 2013, que caracteriza o crime como de perigo abstrato,
portanto a questão está correta, mas tenha atenção nesse tipo de questão, pois
posteriormente, o próprio STJ relativizou seu próprio entendimento, por entender que
a arma totalmente inapta a efetuar disparos (quebrada), não representa perigo
abstrato, e portanto, a capacidade lesiva deve ser verificada por perícia, ou seja é a
exceção à regra, fique atento pois pode estar certa ou errada conforme vir o
enunciado. Questão certa.

Q72 - Se for possível, mediante o uso de processos físico-químicos,


recuperar
numeração de arma de fogo de uso permitido que tenha sido raspada, estará
desconfigurado o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito,
devendo a conduta ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime se consuma com a supressão da marca, nos termos do art. 16, parágrafo
único, I. GABARITO: E

Q73 - Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada


configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de
perigo abstrato, entretanto o porte de munição desacompanhada da
respectiva arma é fato atípico, visto que não gera perigo à incolumidade
pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O entendimento tradicional do STJ é no sentido de que porte irregular de munição
também é conduta típica.
GABARITO: E

Q74 - Os crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de


arma de fogo são delitos inafiançáveis, segundo entendimento do STF.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Aprendemos na aula de hoje que o STF considerou a


classificação desses crimes como inafiançáveis desarrazoada e, portanto,
inconstitucional, já que são crimes de mera conduta. GABARITO: E

Q75 - Supondo que determinado cidadão seja responsável pela segurança de


estrangeiros em visita ao Brasil e necessite de porte de arma, a concessão da
respectiva autorização será de competência do ministro da Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão foi maldosa. Vejamos o que diz o Estatuto do Desarmamento sobre o
porte de arma para responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita
ao Brasil.

Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os


responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil
e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a
concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de
tiro realizada no território nacional.

Perceba que o dispositivo confere competência ao Ministério da Justiça (não


necessariamente ao Ministro). Pois bem, outras normas estabelecem a
responsabilidade da própria Policia Federal (órgão componente do Ministério da
Justiça) para autorizar o porte nesses casos. O Cespe pegou pesado aqui, não foi
mesmo?
GABARITO: E

Q76 - Servidor público alfandegário que, em serviço de fiscalização


fronteiriça,
permitir a determinado indivíduo penalmente imputável adentrar o território
nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o
devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira deverá
responder pela prática do crime de facilitação de contrabando, com infração
do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do Estatuto do
Desarmamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de tráfico internacional de armas de fogo prevê também a conduta de
―facilitar a entrada ou saída‖ das armas de fogo do território nacional sem
autorização. GABARITO: E
Q77 - Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte
de arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de perigo
abstrato cujo objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a
segurança pública e a paz social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Este é o entendimento do STJ e do STF ☺
GABARITO: C

Q78 - Com referência ao Estatuto do Desarmamento, julgue o item


subsecutivo.

As armas das polícias militares deverão ser registradas no Sistema Nacional


de Armas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sigma-> Forças armadas, das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, da
Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República.

Sinarm-> Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis, órgãos policiais da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, integrantes do quadro efetivo dos
agentes e guardas prisionais, integrantes das escolas de presos, das Guardas
Portuárias, das Guardas Municipais e dos órgãos públicos cujos servidores tenham
autorização legal para portar arma de fogo em serviço. Questão Errada.

Q79 - Durante uma operação policial de rotina, policiais rodoviários federais


abordam o caminhão conduzido por Teotônio. Revistado o veículo,
encontram um revólver calibre 38, contendo munições intactas em seu
tambor, escondido no porta-luvas. Os policiais constatam, ainda, que a
numeração de série do revólver não está visível, sendo certo que perícia
posterior concluiria que o desaparecimento se deu por oxidação natural,
decorrente da ação do tempo. Questionado, Teotônio revela não possuir
porte de arma e sequer tem o instrumento registrado em seu nome. Afirma,
também, que a arma fora adquirida para que pudesse se proteger, pois um
desafeto o ameaçara, prometendo-lhe agressão física futura. Nesse
contexto, é correto afirmar que Teotônio cometeu crime de porte de arma de
fogo de uso permitido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Havendo indícios de que o número de série da arma apreendida se encontrava
parcialmente ilegível em razão do adiantado estado de oxidação do artefato, impõe-se
a desclassificação para o delito previsto no art. 14 da Lei10.826/03. Questão certa.

Q80 - Lucas, delegado de polícia de determinado estado da Federação, em


dia de folga, colidiu seu veículo contra outro veículo que estava parado em
um sinal de trânsito. Sem motivo justo, o delegado sacou sua arma de fogo e
executou um disparo para o alto. Imediatamente, Lucas foi abordado por
autoridade policial que estava próxima ao local onde ocorrera o fato. Nessa
situação hipotética, a conduta de Lucas poderá ser enquadrada como crime,
com possibilidade de aumento de pena, devido ao fato de ele ser delegado de
polícia.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15 (disparo), 16, 17 e 18, a pena é
aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei. Certa.

Q81 - TITO, policial civil, está sendo ameaçado, decidiu então comprar um
revólver calibre 38, para ter uma arma extra. Vai até o centro da cidade e
compra de Antônio um revólver calibre 38, com a numeração raspada.
Antônio, o vendedor, 25 anos de idade, também, ofereceu a ele uma pistola
de uso exclusivo das forças armadas. Marque a alternativa CORRETA.

a) TITO na condição de policial pode utilizar durante as suas diligências o


revólver comprado de Antônio como uma segunda arma.

b) Caso TITO deixe a arma comprada apenas em sua casa, não há


cometimento de crime.

c) Caso TITO seja preso, poderá pagar uma fiança estabelecida pelo
delegado, e ser solto.

d) Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais têm o


porte de arma de fogo regulado em Lei, devendo realizar comprovação de
capacidade técnica e de aptidão física.

e) É possível aos residentes em áreas rurais, sendo maiores de 25 (vinte e


cinco) anos, que comprovarem depender do emprego de arma de fogo para
prover a subsistência de sua família, a concessão do porte de arma de fogo
na categoria caçador para subsistência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 5º, § 5º da lei 10826/2003. Gab: E.

Q82 - A responsabilidade da sociedade empresarial e dos sócios pelo ilícito


penal ambiental é objetiva, bastando, para que sejam devidas as sanções,
provar o dano produzido ao meio ambiente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A responsabilidade da sociedade empresarial e dos sócios pelo ilícito penal ambiental
é objetiva, bastando, para que sejam devidas as sanções, provar o dano produzido ao
meio ambiente.

1) A Responsabilidade da sociedade empresarial é OBJETIVA


2) A Responsabilidade dos sócios é SUBJETIVA

>>> Outro erro da questão é dizer " bastando, para que sejam devidas as sanções,
provar o dano produzido ao meio ambiente."
>>> Como a responsabilidade é OBJETIVA, têm que provar não só o DANO, mas
também a CONDUTA e o NEXO CAUSAL. Errada.

Q83 - A entrega de arma de fogo à criança ou adolescente caracteriza crime


previsto no ECA, e não no Estatuto do Desarmamento, pois o ECA é lei
especial que prevalece sobre a geral.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é um tema que já gerou alguma polêmica, principalmente na época da
promulgação do Estatuto do Desarmamento. O entendimento hoje é no sentido de
que o crime previsto no art. 242 do ECA foi revogado pelo Estatuto do
Desarmamento, exceto no que se refere às armas brancas. GABARITO: E

Q84 - O fornecimento de bebida alcoólica à criança ou adolescente tipifica o


crime previsto no art. 243 do ECA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Corretíssimo! Lembre-se de que esse crime envolve não apenas as substâncias
classificadas como drogas, mas também de quaisquer outras que possam causar
dependência. GABARITO: C

Q85 - Douglas adquiriu gratuitamente vídeo com cenas de sexo explícito


envolvendo menores de idade, para a satisfação de seus próprios desejos
sexuais, sem expô-lo a terceiros. Nessa situação, Douglas praticou crime
tipificado no ECA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 241-B do ECA tipifica a conduta de adquirir, possuir ou armazenar esse tipo de
material. A conduta é criminosa independentemente da forma como se deu a
aquisição ou de qual era a intenção do agente. GABARITO: C

Q86 - Para a configuração do crime de corrupção de menores, previsto no


ECA,
não se faz necessária prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se
trata de delito formal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma questão a respeito da Súmula 500 do STJ, não é? Lembre-se de que, para
esteja configurado o crime de corrupção de menores não é necessário provar a
efetiva corrupção do menor. Apenas a sua participação já é suficiente para a
consumação do crime de corrupção de menores. GABARITO: C

Q87 - De acordo com o entendimento consolidado do STJ, requer-se, para a


configuração do crime de corrupção de menores previsto no ECA, a
existência de prova a respeito da efetiva corrupção do menor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma vez está aqui a Súmula 500, não é? Fique ligado, pois é um assunto
―quente‖ que pode muito bem ser cobrado na sua prova. GABARITO: E

Q88 - O crime de corrupção de menores previsto no art. 244-B da Lei n.


8.069/90 é classificado como material, exigindo-se prova inequívoca de que
o infante, antes do crime, não era corrompido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma vez! Acredito que a Súmula 500 do STJ possa surgir na sua prova, ok?
Preste atenção! ☺ GABARITO: E
Q89 - O adolescente, nos termos da Lei n.º 8.069/90,
a) tem o direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase
do procedimento.
b) por estar em desigualdade na relação processual em razão de sua idade, não
poderá ser confrontado com a vítima, ou com as testemunhas dos fatos.
c) não poderá ser preso em flagrante, entretanto será ouvido pelo delegado de polícia
competente e indiciado pela prática do ato infracional.
d) poderá ser privado de sua liberdade, inclusive em situações de flagrante delito,
desde que seja reincidente na prática de ato infracional grave.
e) não será necessariamente representado por advogado nos processos por ato
infracional, bastando que compareça em juízo acompanhado pelos pais ou por
responsável legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A é a nossa resposta, conforme art. 111 do ECA. A alternativa B está
incorreta porque o art. 111, II do ECA autoriza expressamente que o adolescente se
confronte com vítimas e testemunhas. A alternativa C está incorreta porque o art.
106 do ECA autoriza a APREENSÃO do adolescente, desde que em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada do juiz. A alternativa D está
incorreta porque o ECA não exige que haja reincidência. A alternativa E está incorreta
porque o art. 111, III do ECA assegura ao adolescente a garantia de defesa técnica
por advogado.
GABARITO: A

Q90 - O ato de corromper menor de dezoito anos de idade ou de facilitar a


sua
corrupção para a prática de infração penal é considerado delito formal, cuja
caracterização demanda a coautoria ou participação de indivíduo maior de
idade, majorando-se a pena caso o delito perpetrado em decorrência da
corrupção seja hediondo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este crime é tipificado pelo art. 244-B do ECA, que prevê aumento da pena de um
terço caso a infração cometida ou induzida conste no rol dos crimes hediondos (Lei n°
8.072/1990). Correta.

Q91 - Se, após a regular apreensão de adolescente, a autoridade policial


responsável deixar de comunicar, imediatamente, o fato à autoridade
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada,
delegado de polícia, por ter a incumbência legal de ordenar a lavratura do
auto de apreensão e demais medidas dele decorrentes, será responsabilizado
criminalmente por delito previsto no ECA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O delito tratado pela assertiva é tipificado pelo art. 231 do ECA.
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou
adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à
família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Q92 - Felipe, com cinquenta anos de idade, diretor e produtor de agência de
filmes de conteúdo erótico para reprodução na Internet, contratou dois
atores
(homem e mulher), com dezenove e vinte anos de idade, respectivamente,
que aparentavam ser bem mais jovens, e produziu vídeo com cenas de sexo
explícito, modificando-as por meio digital, de modo a simular a participação
de adolescentes. Nessa situação, não haverá infração penal por parte de
Felipe e dos provedores de acesso à Internet porque os atores envolvidos no
vídeo são maiores de idade, sendo-lhes assegurada a liberdade de expressão
e de manifestação artística prevista constitucionalmente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está incorreta, pois o art. 241-C do ECA criminaliza a simulação da
participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica.
GABARITO: E

Q93 - Valter, ocupante de cargo cujas atribuições incluem fornecer


declaração de nascimento, não forneceu esse documento a Gabriela, quando
ela recebeu
alta médica, após dar à luz seu filho. Nessa situação hipotética, a conduta de
Valter

a) é atípica.
b) constitui crime preceituado no ECA, que pode ser punido a título de dolo ou culpa.
c) constitui crime preceituado no ECA, punido apenas na modalidade dolosa.
d) constituirá crime se ele puder ser considerado funcionário público, para fins penais.
e) constitui crime de prevaricação, previsto no CP.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma das condutas tipificadas pelo art. 228 do ECA é a daquele que deixa de fornecer
declaração de nascimento, sendo possível inclusive a punição do crime na modalidade
culposa.

Q94 - Em caso de flagrante da prática de ato infracional, o adolescente não é


prontamente liberado pela autoridade policial, apesar do comparecimento
dos pais, quando, pela gravidade do ato infracional e por sua repercussão
social, o adolescente deve permanecer sob internação para manutenção da
ordem pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 174 do ECA trata da situação mencionada na assertiva. É possível que o
adolescente seja internado mesmo com o comparecimento dos pais à delegacia,
quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o
adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou
manutenção da ordem pública. GABARITO: C

Q95 - O regime de semiliberdade possibilita ao adolescente a realização de


atividades externas, mediante expressa autorização judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 120 do ECA, o regime de semiliberdade pode ser determinado
desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a
realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial.
GABARITO: E

Q96 - Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer,


injustificadamente, à audiência de apresentação, a autoridade judiciária
deve decretar sua revelia e encaminhar os autos à defensoria pública para
apresentação de resposta escrita.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 187 do ECA determina que se o adolescente não comparecer,
injustificadamente, à audiência de apresentação, o juiz deve designar nova data,
determinando sua condução coercitiva. GABARITO: E

Q97 - Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime, sendo


indiferente, nos termos do ECA, a prática de contravenção penal pelo menor
de idade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tanto as condutas previstas como crimes quanto aquelas consideradas contravenções
penais são consideradas atos infracionais quando cometidas por menor de idade.
GABARITO: E

Q98 - O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde


logo, encaminhado à autoridade judicial competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está cobrando a letra do art. 172 do ECA. Esse dispositivo determina que
o adolescente apanhado em flagrante ato infracional deverá ser encaminhado à
autoridade policial, e não à autoridade judicial. GAB: E

Q99 - Rafael, adolescente de 16 anos, durante a prática de furto em uma loja


de departamentos, foi flagrado pelos seguranças do estabelecimento e
apresentado à delegacia de polícia competente. Lavrado o procedimento
policial, o adolescente foi encaminhado à Vara da Infância e da Juventude.

Restando demonstrado que o adolescente é estudante assíduo, integrado à


família e sem qualquer outro antecedente infracional, o representante do
Ministério Público pode, antes de iniciado o procedimento judicial, conceder
a remissão, como forma de exclusão do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 126 do ECA. Questão correta.

Q100 - De acordo com a Lei n.º 4.898/65 (Abuso de Autoridade), é correto


afirmar que o processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim
de aguardar a decisão da ação penal ou civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CERTA; Art. 7 § 3º: O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim
de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
Q101 - De acordo com as previsões dessa lei, é correto afirmar que se o
órgão do Ministério Público, por omissão, não oferecer denúncia no prazo
fixado na lei, será admitida ação penal privada subsidiária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei,
será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os termos do
processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal. Certa.

Q102 - Acerca do direito de representação e do processo de responsabilidade


administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, e das demais
disposições da Lei n.º 4.898/1965, assinale a opção correta.

a) Só se considera autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce cargo, emprego
ou função pública em caráter permanente na administração pública direta da União,
dos estados, do DF e dos municípios.
b) A representação será dirigida exclusivamente ao órgão do MP que tiver
competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada, devendo o réu
ser denunciado no prazo de cinco dias.
c) O processo administrativo instaurado concomitantemente ao criminal deverá ser
sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal, a fim de que se evitem
decisões conflitantes.
d) Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, poderá ser
cominada a pena de não poder o acusado exercer funções de natureza policial no
município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
e) Se o órgão do MP não oferecer a denúncia no prazo fixado na lei em questão, será
admitida ação privada, não podendo o parquet futuramente intervir no feito ou
retomar a ação como parte principal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo,
emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e
sem remuneração.

b)Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:


a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à
autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar
processo-crime contra a autoridade culpada.

c)art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção


administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de
inquérito para apurar o fato.
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a
decisão da ação penal ou civil.

d)art. 6º § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou
militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória,
de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município
da culpa, por prazo de um a cinco anos.
e)Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado
nesta lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém,
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os
termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do
querelante, retomar a ação como parte principal. Gab: D

Q103 - O processo administrativo para apurar a prática de ato de abuso de


autoridade deverá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação
penal ou civil, interposta concomitantemente àquele, a fim de evitar decisões
contraditórias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art . 7º § 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de
aguardar a decisão da ação penal ou civil. Errada.

Q104 - De acordo com a legislação pertinente, a ação penal por crime de


abuso de autoridade é pública incondicionada, devendo o MP apresentar a
denúncia no prazo de quarenta e oito horas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no
prazo de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua
abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação
de audiência de instrução e julgamento. Correta.

Q105 - A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial


ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a
representação da vítima do abuso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

Art. 12. Correta.

Q106 – Em se tratando de abuso de autoridade, a incolumidade pública


tutelada na referida lei não abrange o crime de lesões corporais, admitindo-
se o concurso entre os delitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STJ: caso o agente público pratique além do abuso, alguma lesão a vítima, irá
responder por ambos os crimes em concurso.

Q107 - O crime de abuso de autoridade não absorve os crimes conexos,


motivo pelo qual é possível a configuração de injúria e de abuso de
autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STF e STJ já pacificaram que o abuso de autoridade não absorve os crimes conexos.
Ou seja, é possível injúria e abuso de autoridade.O STJ reconheceu, ademais, no
REsp 6.84532, que o juiz de direito, em audiência, praticou abuso de autoridade,
difamação e injúria, nos seguintes termos:―PENAL. RECURSO ESPECIAL. DIFAMAÇÃO
E INJÚRIA. ABUSO DE AUTORIDADE. CONDUTA PRATICADA POR JUIZ EM
AUDIÊNCIA. POSSIBILIDADE DE CONCURSO DE CRIMES. Correta.

Q108 - Com base na Lei n.º 8.069/1990, assinale a opção que apresenta
medida passível de aplicação por autoridade competente tanto a criança
quanto a adolescente que cometa ato infracional.
a) prestação de serviços à comunidade
b) internação em estabelecimento educacional
c) requisição de tratamento psicológico
d) inserção em regime de semiliberdade
e) liberdade assistida

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 101, V do ECA. Gab: C

Q109 – Constitui crime perante o ECA: Deixar o médico, professor ou


responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente
os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
maus-tratos contra criança ou adolescente

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Art. 245 do ECA corresponde a uma infração administrativa. Errada.

Q110 - Leovegildo é integrante de grupo em um aplicativo de mensagens


instantâneas para telefones celulares. Nesse grupo, os participantes
corriqueiramente compartilham fotos e vídeos, por eles produzidos, de
crianças em cenas pornográficas. Embora não concorde com a prática e
sequer se manifeste no grupo, Leovegildo reluta em deixá-lo, por não querer
melindrar o amigo que lá o adicionou, mas toma o cuidado de configurar o
aplicativo para que não realize downloads automáticos dessas fotos e vídeos.
Ao trocar de aparelho de telefonia celular, todavia, Leovegildo se esquece de
repetir a configuração, de modo que, sem que Leovegildo saiba, um vídeo
contendo filmagem de criança em cena de sexo explícito resta armazenado
na memória do aparelho. Nesse mesmo dia, policiais que investigavam o
grupo cumprem mandado de busca domiciliar na casa de Leovegildo,
apreendendo seu telefone ao encontrá-lo. Perícia posterior revela a
existência do vídeo. Assim, é correto afirmar que Leovegildo não comete
crime previsto na Lei n° 8.069 1990.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime em tela exige DOLO. Vale lembrar que existem apenas dois crimes culposos
no ECA: o art. 228 e o 229. O primeiro diz respeito aos registros das atividades da
saúde da gestante e o segundo se refere à identificação do neonato. Errada.

Q111 - Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de drogas a


conduta consistente em negociar, por telefone, a aquisição de entorpecente
e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o agente não receba
a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o
auxílio de interceptação telefônica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Inicialmente, registre-se que o tipo penal em análise é de ação múltipla ou conteúdo
variado, pois apresenta várias formas de violação da mesma proibição, bastando,
para a consumação do crime, a prática de uma das ações ali previstas. Nesse sentido,
a Segunda Turma do STF (HC 71.853-RJ, DJ 19/5/1995) decidiu que a modalidade de
tráfico "adquirir" completa-se no instante em que ocorre a avença entre comprador e
vendedor. Correta.
Q112 - Analise as afirmações a seguir, identifique as que podem ser
consideradas práticas de crime contra a criança e assinale a alternativa
correta.

l Deixar a autoridade policial responsável pela sua apreensão de fazer imediata


comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à
pessoa por ele indicada.
ll Recusar fornecer autorização para viajar dentro do país, quando a criança viajar
acompanhada apenas por um dos genitores.
lll Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em
virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto.
lV Vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer
forma, à criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes
possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida.

a) Todas as afirmações estão corretas.


b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas III e IV estão corretas.
d) Apenas II e IV estão corretas.
e) Apenas I, III e IV estão corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - CORRETA - Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de
criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária
competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
II - FALSA - Não é crime e nem infração administrativa.
III - CORRETA - Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem
sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar
substituto:
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
IV - CORRETA - Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos
cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por
utilização indevida:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime
mais grave.

Alternativa Correta: Letra "E".

Q113 - Segundo a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o


Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, é crime:

a) Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a


vexame ou a constrangimento.
b) Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem
indicar os limites de idade a que não se recomendem.
c) Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde
e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade
competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou
confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente.
d) Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de
comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou
judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional.
e) Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, em
desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Somente a letra ―A‖ corresponde a crime previsto no ECA, os demais são infrações
administrativas da lei. Gab: A

Q114 – Preconiza o ECA que durante o período de internação, é vedado à


autoridade judiciária ou policial suspender temporariamente a visita dos pais
do adolescente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 124. § 2º - A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita,
inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua
prejudicialidade aos interesses do adolescente. Errada.

Q115 - Alice, de dez anos de idade, moradora de Goiânia – GO, irá viajar para
Salvador – BA e, posteriormente, para o exterior.
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 8.069/1990, se estiver
acompanhada de

a) um dos pais, Alice precisará de autorização judicial para viajar para Salvador – BA
e para o exterior.
b) tio que apresente documento comprovando o parentesco, Alice não precisará de
autorização judicial para viajar para Salvador – BA.
c) irmão maior de dezoito anos que apresente documento comprovando o parentesco,
Alice não precisará de qualquer tipo de autorização para viajar para o exterior.
d) primo adolescente, Alice poderá viajar para Salvador – BA, independentemente de
qualquer tipo de autorização.
e) dos pais, Alice não precisará de qualquer tipo de autorização para viajar para o
exterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.

§ 1º A autorização não será exigida quando:


a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder
autorização válida por dois anos.

Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a


criança ou adolescente:
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro
através de documento com firma reconhecida.
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente
nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
residente ou domiciliado no exterior.
Gab: B

Q116 - O Estatuto da Criança e do Adolescente, ocupando-se da disciplina do


tema da prática de ato infracional por adolescente, trouxe inúmeros
dispositivos legais, dentre eles os responsáveis pela delimitação das medidas
socioeducativas. No que diz respeito a essas medidas, o Estatuto determina
que:

a) em atos infracionais com reflexos patrimoniais, a autoridade competente


não poderá determinar que o adolescente restitua o objeto, promova o
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima,
pois esse dever incumbe aos seus pais.

b) a prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas


gratuitas de interesse geral, por um período de doze meses, junto a
entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos
congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.

c) em se tratando de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou


violência à pessoa e, no descumprimento reiterado e injustificável da medida
anteriormente imposta, poderá ser aplicada a medida de internação.

d) a liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de três meses,


podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por
outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) - Incorreta - Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais,
a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa,
promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da
vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída
por outra adequada.

B) - Incorreta - A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas


gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a
entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem
como em programas comunitários ou governamentais.

Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente,


devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos
sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a
freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho.

D) – Incorreta - A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida


mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual
poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.

A questão ―C‖ é a correta:


Requisito para a medida de Internação: (Art. 122- ECA)
- Violência ou grave ameaça;
- Reiteração nas infrações graves;
- Descumprimento de medida anteriormente imposta.

Q117 - Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato


infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder remissão,
como forma de exclusão do processo, entretanto, depois de iniciado o
procedimento, somente a autoridade judiciária poderá conceder a remissão,
neste caso, como forma de extinção ou de suspensão do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 126 ECA. Correto.

Q118 - O adolescente, apreendido em flagrante de ato infracional ou por


força de ordem judicial, será, desde logo, encaminhado à autoridade policial
competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Guarde ISSO, é muito importante!

Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.

Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente.

Questão errada.

Q119 - O prazo para conclusão do procedimento judicial, estando o


adolescente apreendido provisoriamente, será de quarenta e cinco dias,
podendo este prazo ser prorrogado por igual período, a pedido do Ministério
Público, em caso de justificada necessidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento,
estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
Errada.
Q120 - Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério
Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato,
exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social,
deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua
segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto – Art. 174 do ECA. Geralmente as questões mudam esse teor e confundem o
candidato.

Q121 – No que se refere à medida socioeducativa de internação, segundo o


Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o entendimento do STJ,
assinale a alternativa correta.

a) A liberação do interno será compulsória aos 21 anos de idade.


b) Pode ser aplicada mesmo que haja outra medida menos onerosa à liberdade do
adolescente.
c) Deve ser aplicada em caso de ato infracional análogo ao crime de tráfico de
drogas.
d) A internação não possui função protetiva e pedagógica, contrariamente às demais
medidas socioeducativas.
e) O prazo máximo para internação é de 4 anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Estatuto da Criança e Adolescente dispõe:
"Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios
de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade."

A letra C está errada, segundo o STJ: Súmula 492 STJ: O ato infracional análogo ao
tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida
socioeducativa de internação do adolescente.
Gabarito: A.

Q122 - O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) adota a doutrina da


situação irregular, cujos fundamentos são a situação de abandono e o desvio
de conduta da criança ou do adolescente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa doutrina (situação irregular) é defasada no ordenamento jurídico brasileiro, o
ECA adotou a doutrina da proteção integral. Errada.

Q123 - Para efeito de confrontação, mesmo que não haja dúvida fundada, o
adolescente civilmente identificado será submetido a identificação
compulsória pelos órgãos policiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme preconiza o artigo 109 do ECA (Lei 8.069/90):
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação
compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de
confrontação, havendo dúvida fundada. Errada

Q124 - Afonso, que tem mais de vinte e um anos de idade, é primo da


adolescente Z e, prevalecendo-se de sua relação de parentesco, embora não
tenha autoridade sobre Z, divulgou na Internet cenas pornográficas de que a
adolescente participou, sem que ela consentisse com a divulgação.
Nessa situação, devido à relação de parentesco existente, caso seja
condenado pelo ato praticado, Afonso deverá ter sua pena aumentada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro precípuo da questão está em "Afonso deverá ter sua pena aumentada", e no
artigo 241-A ( Divulgar cena de sexo explícito de criança ou adolescente) não tem a
previsão de causa de aumento.

A questão tentou confundir o candidato com o que prevê o artigo 240 ( Produzir
cenas de sexo explícito de Criança e Adolescente), pois neste delito há causa de
aumento para parentes até o terceiro Grau.

Com isso há dois erros na questão :


1) A tipificação errônea, pois não é pelo art. 240, mas sim pelo art. 241-A.
2) Mesmo que houvesse confusão quanto à tipificação, primo é parente de 4º grau,
não sendo abrangido pela causa de aumento do art.240. Errada

Q125 - Suponha que um cidadão tenha sido preso, mediante determinação


judicial, por supostamente ter filmado cena de sexo explícito envolvendo
adolescentes. Nessa situação, se o cidadão comprovar que tudo não passava
de simulação, não haverá crime e ele deverá ser posto em liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A simulação é crime! Errado.

Q126 - Conforme o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º


8.069/1990), o adolescente apreendido por força de ordem judicial e o
adolescente apreendido em flagrante de ato infracional serão,
respectivamente, desde logo, encaminhados

a) à Defensoria Pública e ao Ministério Público.


b) à autoridade judiciária e à autoridade policial competente.
c) à Procuradoria do Estado e à autoridade judiciária competente.
d) ao Conselho Tutelar local e à autoridade policial competente.
e) à autoridade policial competente e ao Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Guarde ISSO, é muito importante!

Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.

Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente.
Gab: B

Q127 - Com relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o


próximo item.

Aplica-se a prescrição penal às medidas socioeducativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 338 do STJ " A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas".
Correta.

Q128 - Sobre a Internação, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente


– Lei 8.069/90, como medida sócio-educativa, julgue os itens abaixo:

I - Poderá ser aplicada quando se tratar de ato infracional cometido mediante grave
ameaça ou violência à pessoa.
II - Poderá ser aplicada por reiteração no cometimento de outras infrações graves.
III - Poderá ser aplicada por descumprimento reiterado e injustificável da medida
anteriormente imposta.

a) Somente os itens I e II estão corretos.


b) Somente os itens I e III estão corretos.
c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Nenhum item está correto.
e) Todos os itens estão corretos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 122. do ECA. Gab: E.

Q129 - Antes da sentença, a internação do adolescente infrator poderá ser


determinada pelo juiz por prazo indeterminado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo máximo e improrrogável é de 45 dias. Errada.

Q130 - Não constitui crime, mas mera infração administrativa, divulgar pela
televisão, sem autorização devida, o nome de criança envolvida em
procedimento policial pela suposta prática de ato infracional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 247. Questão certa.

Q131 – Considere que uma autoridade policial de determinado município, ao


transitar em via pública, observou a presença de menores perambulando
pela rua, tendo, de pronto, determinado aos seus agentes a apreensão de
dois deles para fins de averiguação. Nessa situação, a atitude da autoridade
policial está correta por se tratar de adolescentes em situação de risco.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua
apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da
autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem
observância das formalidades legais.
Errada.

Q132 - O procedimento de apuração de ato infracional só é aplicável em se


tratando de conduta praticada por adolescente (pessoa entre 12 e 18 anos
de idade). Se o ato praticado for imputável a criança (pessoa de até 12 anos
de idade), o caso deve ser apreciado pelo conselho tutelar na respectiva
localidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O que o examinador queria era saber se o candidato sabia que criança não responde
a nenhum tipo de procedimento investigatório. Não há Inquerito Policial, não há
sequer o relatório previsto pelo ECA para os casos em que o adolescente não é preso
em flagrante, mas a Autoridade Policial deve proceder a investigações, por suspeita
de que ele esteja envolvido no ato. O candidato deve saber que a competência para
aplicar as medidas protetivas a crianças (salvo a colocação em família substituta), é
do Conselho Tutelar, enquanto que a competência para aplicar as medidas
socioeducativas a adolescentes é do Juízo da Infância e Juventude. Questão correta.

Q133 - Rodrigo compareceu ao Aeroporto Internacional de Belém com seu


filho Gustavo, de 8 anos de idade, para juntos embarcarem em um vôo com
destino à Venezuela, onde deveriam se encontrar com a mãe da criança, que
havia viajado uma semana antes e deixado com Rodrigo uma autorização por
escrito, sem firma reconhecida, para que ele levasse Gustavo à capital
venezuelana. Nessa situação, o embarque de Gustavo deve ser autorizado
porque, estando ele acompanhado de seu pai, o reconhecimento de firma na
autorização é uma formalidade dispensável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para viagens ao exterior, não há necessidade de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL nos casos
em que:
1) O menor (nos casos de viagens internacionais, valem as disposições tanto para
crianças quanto para adolescentes) viajar acompanhado de ambos os pais;
2) O menor viajar acompanhado de um dos pais, desde que autorizado
expressamente pelo outro por documento com firma reconhecida.
Isto está previsto no Art. 84 do ECA, em seus incisos I e II.
Errada.

Q134 - Carlo responderá pela prática do crime de oferecimento de substância


entorpecente, sem prejuízo da responsabilização pela posse ilegal de droga
para consumo pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta praticada por Carlo, no caso trazido pela questão, se amolda ao tipo penal
previsto no art. 33, § 3o.
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

Além disso, Carlo ainda poderá ser responsabilizado pela posse de droga para uso
pessoal, nos termos do art. 28. GABARITO: C

Q135 - Agente de Atividades Penitenciárias – 2015 – Universa.


Não há óbice legal à substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva
de direitos aos condenados por crime de tráfico de entorpecentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na aula de hoje você aprendeu que até existia uma proibição nesse sentido no texto
da lei, mas que foi declarada inconstitucional pelo STF.
GABARITO: C

Q136 - Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à


pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica

a) contravenção penal.
b) crime equiparado ao uso de drogas.
c) crime, mas que não está sujeito à pena privativa de liberdade.
d) crime de menor potencial ofensivo.
e) conduta atípica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão foi muito bem elaborada pela Vunesp! Veja bem, a lei tipifica essa
conduta como crime, e isso você já sabe, certo? Isso já é suficiente para excluir as
alternativas A e E.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
Vemos, portanto, que há previsão de pena privativa de liberdade, e por isso as
alternativas B e C também não podem ser corretas. A partir desse raciocínio você já
acertaria a questão por exclusão, mas certamente você também já estudou a Lei no
9.099/1995, que define os crimes de menor potencial ofensivo como aqueles para os
quais a lei comina pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ounão com multa.
GABARITO: D

Q137 - O comércio de substâncias entorpecentes sem autorização ou em


desacordo com determinação regulamentar, praticado por bombeiro militar
uniformizado, mediante o uso de sua viatura para o transporte das
substâncias e com uso ostensivo de arma de fogo, permite a majoração da
pena-base do delito de tráfico de um sexto a dois terços.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui estamos diante da previsão do art. 40, II. Vamos relembrar!?
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto
a dois
terços, se:
[...]
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho
de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
GABARITO: C

Q138 - Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que


oferte
drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu
relacionamento, para juntos a consumirem, não sendo estabelecida distinção
entre a oferta dirigida a pessoa imputável ou inimputável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se as drogas forem oferecidas a menores, o agente incorrerá no aumento de pena
previsto no art. 40, VI. Não se pode dizer, portanto, que é indiferente oferecer drogas
para imputável ou inimputável. O Cespe deu a assertiva como errada no gabarito
preliminar, e depois alterou o gabarito. Diversos professores entendem que foi um
erro da banca, e que a questão não pode estar correta, e por isso estou mantendo o
gabarito como errado, ok?
GABARITO: E

Q139 - O reincidente específico em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas


afins poderá pleitear o livramento condicional após cumprir dois terços da
sua
pena privativa de liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O reincidente específico no crime de tráfico de drogas não poderá ser beneficiado com
livramento condicional, conforme art. 44, parágrafo único.
GABARITO: E

Q140 - O agente primário, de bons antecedentes, que não se dedique a


atividades criminosas nem integre organização criminosa, pratica o
denominado tráfico privilegiado, o que resulta em redução da pena. Esses
requisitos são subjetivos e cumulativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No crime de tráfico (art. 33, caput) e nos delitos equiparados (§ 1º), poderá haver
redução de pena de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, tenha
bons antecedentes e não se dedique a atividades criminosas nem integre organização
criminosa. Os requisitos são subjetivos e cumulativos, isto é, se faltar qualquer um
deles, a redução da pena é inaplicável. GABARITO: C

Q141 - Suponha que Manoel, penalmente capaz, em caráter eventual e sem


fins lucrativos, forneça droga ao amigo Carlos, também imputável, e, juntos,
sejam flagrados pela polícia no momento do uso e que Manoel, de pronto,
alegue a posse da substância, afirmando tê-la fornecido ao amigo
gratuitamente. Nessa situação, a conduta de Manoel configura o tipo penal
privilegiado do tráfico ilícito de entorpecentes, que tem por finalidade
abrandar a punição daquele que compartilha substância entorpecente com
amigos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão é polêmica, pois referiu-se à possibilidade prevista no §3° do art. 33 da
Lei de Drogas, chamando-o de tráfico privilegiado, quando a maior parte da Doutrina
usa esse termo para referir-se à situação prevista no §4°. Vamos relembrar a redação
dos dois dispositivos?

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem:
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa.

Para que esteja configurado o crime de uso compartilhado, ou tráfico de menor


potencial ofensivo, chamado pelo Cespe de tráfico privilegiado, é necessária a
concomitância de alguns elementos: o oferecimento da droga de forma eventual para
pessoa do seu relacionamento, a ausência do objetivo de lucro, e o consumo
conjunto.

Lembre-se também de que a gratuidade, por si só, não é capaz de descaracterizar o


crime de tráfico de drogas. GABARITO: C

Q142 - As penas cominadas ao delito de tráfico de drogas serão aumentadas


de um sexto a dois terços se o agente tiver utilizado transporte público com
grande aglomeração de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante
se ofereceu ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os
outros
passageiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 40 prevê aumento de pena se o crime de tráfico for cometido nos seguintes
locais, independentemente de qualquer outra circunstância:

a) Estabelecimentos prisionais;
b) Estabelecimentos de ensino;
c) Estabelecimentos hospitalares;
d) Sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas ou
beneficentes;
e) Locais de trabalho coletivo;
f) Recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza;
g) Estabelecimento de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social;
h) Unidades militares ou policiais;
i) Transportes públicos.

O gabarito original da questão era correto, mas o STF hoje mudou seu entendimento
acerca da utilização de transportes públicos, considerando o aumento de pena apenas
quando houver a comercialização do droga dentro do próprio transporte.

―O ministro aplicou ao caso a jurisprudência do STF no sentido de que a causa


majorante somente incide quando demonstrada a intenção do agente em praticar a
comercialização do entorpecente no interior do veículo de transporte público. Ambas
as Turmas do STF já se pronunciaram nesse sentido, ressaltou o ministro Teori em
sua decisão.‖

GABARITO: E

Q143 - As atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção


social de usuários e dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo
SISNAD incluem a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
adequadas às especificidades socioculturais das diversas populações, como a
internação compulsória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos dispositivos que tratam dos princípios que norteiam as ações do SISNAD não se
menciona a internação compulsória. Lembre-se deste posicionamento, ok?
GABARITO: E

Q144 - As plantações ilícitas deverão ser imediatamente destruídas pelas


autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente para
exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas
necessárias para a preservação da prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão foi formulada antes da alteração do art. 32 pela Lei no 12.961/2014. A
principal mudança foi a menção ao delegado de polícia em vez das ―autoridades de
polícia judiciária‖. Acredito que isso não invalida a questão, mas fique atento a essa
alteração, ok? GABARITO: C

Q145 - QUESTÃO 20. PC-CE – Inspetor de Polícia – 2012 – Cespe.


O inquérito policial instaurado para a apuração da prática de tráfico de
drogas deverá ser concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver
preso, e de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poderão
ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da
autoridade de polícia judiciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos relembrar os prazos para conclusão do inquérito, previstos no art. 51.
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
INDICIADO PRESO 30 dias É possível prorrogar por mais 30
INDICIADO SOLTO 90 dias É possível prorrogar por mais 90
GABARITO: C

Q146 - Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a


cumprir as medidas educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poderá
submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a pagamento de
multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É estranho falar em medidas alternativas a outras medidas alternativas, mas a regra
do §6° do art. 28 é de que, se o agente se recusar a cumprir as penas previstas, o
juiz deve aplicar admoestação verbal e multa. Essas novas penas, contudo, devem
ser aplicadas sucessivamente, e não alternativamente.
GABARITO: E

Q147 - A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a


natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado
como crime
tanto do ponto de vista formal quanto material.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O posicionamento do STF é no sentido de que houve ―despenalização‖, mas a posse
de drogas para consumo pessoal não deixou de ser crime. GABARITO: E

Q148 - A respeito da Lei no 11.343/06, é correto afirmar que há previsão de


delito culposo no rol de crimes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime previsto no art. 38 é culposo (Único da lei):
―Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente,
ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar‖. Certo.

Q149 - Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico


privilegiado o praticado por agente primário, com bons antecedentes
criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra
organização criminosa, sendo lhe aplicada a redução de pena de um sexto a
dois terços, independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e
da quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena mínima
fique aquém do mínimo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 33, §4° da Lei de Drogas define o tráfico privilegiado: as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização
criminosa. Perceba que a lei não faz restrições e nem excepciona o tráfico
internacional. A Jurisprudência do STJ também é no sentido de que a natureza e
quantidade da droga apreendida não impedem a aplicação da diminuição de pena
neste caso.

GABARITO: C

Q150 - De acordo com a legislação que tipifica o tráfico ilícito e o uso


indevido de drogas, são consideradas entorpecentes aquelas capazes de
produzir dependência física ou psíquica, constantes nas relações publicadas
em conjunto com a lei específica, por esta constituir norma penal em branco.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos que o crime de tráfico de drogas é considerado normal penal em branco, pois o
conceito de drogas deve ser estabelecido por meio de lei específica ou de ato do
Poder Executivo. Atualmente este papel é desempenhado pela Portaria MS/SVS n°
344/1998. GABARITO: C
Q151 - Considerando que um usuário com 20 anos seja flagrado trazendo
consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28
da referida Lei, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis
meses a um, dois anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o usuário tem 20 anos, é penalmente imputável. Se é penalmente imputável e
estava trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de drogas,
certamente ele comete o crime de posse (ou porte) de drogas para consumo pessoal.
Se comete esse crime, incorrerá em uma das seguintes penas: advertência sobre os
efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade a medida educativa de
comparecimento a programa ou curso educativo.
Gabarito: Errado

Q152 - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer


consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às
seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de
serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa
ou curso educativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito! Veja que muda a organizadora, mas a abordagem é exatamente a mesma!!
Essas são de fato as penas previstas para quem comete o crime de posse ou porte de
drogas para consumo pessoal. Gabarito: Certo

Q153 – No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não


se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso
de a ele comparecer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão nos pede o conhecimento do processo penal para quem comete o crime de
posse de drogas para o consumo pessoal. Vimos que, em se tratando desse tipo de
crime, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente
encaminhado ao juízo competente.
Repetindo para não esquecer: a vedação da prisão em flagrante para esse crime (se
cometido sem o concurso de outros, é claro) é absoluta, não estando condicionada à
aceitação do agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em
flagrante, nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo.
Gabarito: Certo

Q154 - As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por


interesse público, mediante indenização ao proprietário por meio de títulos
da
dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantações
ilícitas foram eliminadas da propriedade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O elaborador da questão só podia estar meio doidão ao fazer a afirmação de que,
nesses casos, há indenização ao proprietário e que ela é feita por meio de títulos da
dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantações ilícitas
foram eliminadas da propriedade. Foi longe demais!! Errada.

Q155 - Se um indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a


trabalho na Argentina, for flagrado na fiscalização alfandegária trazendo
consigo 259 frascos da substância denominada lança-perfume e, indagado a
respeito do material, alegar que desconhece as propriedades toxicológicas
da substância e sua proibição no Brasil em face do uso frequente nos bailes
carnavalescos, onde pretende comercializar o produto, nessa situação, a
alegação de desconhecimento das propriedades da substância e ignorância
da lei será inescusável, não se configurando erro de proibição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caro aluno, você que estuda o Direito Penal sabe que no erro de proibição o sujeito
sabe o que faz, mas entende lícito quando, na verdade, é ilícito. O fato de um
indivíduo alegar desconhecer as propriedades toxicológicas da substância e a
proibição de sua comercialização no Brasil não é uma justificativa plausível para
trazer consigo 259 frascos de lança-perfume e ainda afirmar que irá comercializá-los!
Para esse caso, não há que se falar em erro de proibição. Gabarito: Certo

Q156 - A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente


possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja
réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique às atividades
criminosas nem integre organização criminosa, a redução de um sexto a dois
terços de sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de
direitos, desde que cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução
da pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Há de fato a possibilidade dada pela Lei de Drogas de o condenado ao tráfico ilícito de
entorpecentes ter reduzida de um sexto a dois terços sua pena desde que seja réu
primário, de bons antecedentes e que não se dedique a atividades criminosas e nem
a quadrilhas. Isso você não tem dúvidas, não é mesmo??

Quanto à afirmação de que é possível a conversão da pena em penas restritivas de


direitos, a questão está, para os dias atuais, corretíssima também! Isso porque a
publicação da Resolução do Senado Federal nº 05/12, modificou redação do § 4º, do
art. 33, da Lei de Drogas, excluindo a vedação, antes existente, às penas restritivas
de direito para aqueles que se enquadre nas condições acima.

Para sua prova, não se esqueça: vale a nova redação do referido artigo que assim
ficou:

―§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser


reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de
2012)‖ Gabarito: Certo

Q157 - A nova Lei de Tóxicos, Lei n.º 11.343/2006, não veda a conversão da
pena imposta ao condenado por tráfico ilícito de entorpecentes em pena
restritiva de direitos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para aqueles que são réus primários, de bons antecedentes e que não se dediquem a
atividades criminosas ou não integrem organização criminosa. Para esses réus, de
fato não há mais a vedação.

Agora, se esse réu não tiver tais características, a ele será terminantemente vedada a
conversão de pena de que trata a assertiva. A questão erra ao generalizar e englobar
TODOS os condenados na possibilidade de ter suas penas convertidas em penas
restritivas de direito. Gabarito: Errado

Q158 – É vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de


drogas, devendo aquele cumprir a totalidade da pena em regime fechado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se espante com essa assertiva, pois ela se reporta a mais uma novidade trazida
pela Lei 11.464/07 (aquela que modificou a Lei de Crimes Hediondos, lembra?). Você
já estudou aqui que, a partir da vigência da Lei de Drogas, o tráfico ilícito passou a
ser considerado apenas um crime equiparado ao hediondo.

Pois bem, até antes da publicação da Lei 11.464/07, os condenados a crimes


hediondos (ou equiparados) tinham que cumprir toda a pena em regime fechado sem
direito à progressão. Importante: a partir de sua vigência, os condenados a esses
crimes passaram a gozar do direito à progressão de 2/5 da pena se primários e 3/5
se reincidentes. Não se esqueça! Gabarito: Errado

Q159 - Para que se configure o crime de Associação para o Tráfico, previsto


no art. 35 da Lei 11.343/06, é necessária a associação de, no mínimo, três
pessoas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que seja caracterizado o crime de associação para o tráfico, tipificado no art. 35
da Lei 11.343/06, basta que duas pessoas se associem para a sua prática. Gabarito:
Errado

Q160 - A Lei n.º 11.343/2006 possibilita o livramento condicional ao


condenado por tráfico ilícito de entorpecente após o cumprimento de três
quintos da pena de condenação, em caso de réu primário, e dois terços, em
caso de réu reincidente, ainda que específico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estamos diante de uma afirmativa bem simples cobrada para um cargo de alto nível,
o de Juiz Substituto! Para você, meu aluno do Estratégia, tenho certeza que foi de
fácil solução. Acabamos de comentar que há sim a previsão de livramento condicional
depois de cumpridos 2/3 da pena. E só para réus primários, pois se o réu for
reincidente específico, não há o que se falar dessa possibilidade. Gabarito: Errado

Q161 - Segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, as sanções do art. 28


da Lei n. 11.343 (posse para consumo pessoal) não são consideradas de
natureza penal propriamente dita, inserindo-se no chamado direito penal
sancionador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o entendimento dos tribunais superiores, a conduta do art. 28 da Lei de
Drogas é sim considerada crime e, por isso, as sanções previstas no referido
dispositivo são sim consideradas de natureza penal. (Errado)

Q162 - Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o indiciado ou


acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e com o
processo criminal na identificação dos demais coautores e partícipes do
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/6(um sexto) a 2/6
(dois sextos).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ponte de diamante (delação premiada) permite reduzir a pena de 1/3 a 2/3. Errada.

Q163 – Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente o laudo


de constatação da natureza e quantidade da droga, o qual será
necessariamente firmado por perito oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A assertiva está toda quase certinha, mas erra ao seu
final quando afirma que o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga
será necessariamente firmado por perito oficial. O art. 50, em seu § 1º, afirma que
uma pessoa idônea também poderá firmar o referido laudo. Gabarito: Errado

Q164 - Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, não se faz


necessário
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É claro que para a lavratura do auto de prisão em flagrante é necessário laudo de
constatação da natureza (ex: cocaína pura escama de peixe) e quantidade da droga.
Errada.

Q165 - Em qualquer fase da persecução criminal, é permitida, mediante


autorização judicial e ouvido o MP, a não-atuação policial sobre os
portadores
de drogas que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de
identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de
tráfico e distribuição, ainda que não haja conhecimento sobre a identificação
dos agentes do delito ou de colaboradores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A não-atuação é permitida pela Lei, mas desde que sejam conhecidos o itinerário
provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. A questão
equivoca-se ao usar a expressão ―ainda que não haja conhecimento sobre a
identificação dos agentes do delito ou de colaboradores‖. Errada.

Q166 - Em se tratando de crime de tráfico de drogas, não se consideram,


para a fixação da pena, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
CP, a natureza e a quantidade da substância entorpecente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão recentíssima para JUIZ, pasme! A essa altura do campeonato você já está
cansado de saber que a natureza e a quantidade da substância entorpecente serão
consideradas com preponderância (princípio da preponderância) para a fixação da
pena. O item afirma o contrário.

Q167 - O juiz, na fixação das penas dos crimes previstos na Lei


11.343/2006,
considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
personalidade e a
conduta social do agente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito, esse é o princípio da preponderância. Talvez também seja relevante você
levar para sua prova que será aplicada a primeira FASE da aplicação da pena, pelo
juiz.
Certa.

Q168 - Não será preso em flagrante e tampouco estará obrigado a recolher


fiança o autor do fato que, após a lavratura do termo circunstanciado, for
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele
comparecer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a disposição literal da lei de Juizados Especiais Criminais. Correta.

Q169 - Em relação ao conceito de infração penal de menor potencial


ofensivo, é correto afirmar que são os crimes e as contravenções penais a
que a lei comina pena máxima inferior ou igual a dois anos, cumulada ou não
com multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito, essa é a definição exata dada pela Lei 9.099 em seu art. 61. Correta.

Q170 - Os atos processuais dos juizados especiais criminais poderão ser


realizados nos finais de semana, à exceção dos domingos e feriados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra da Lei nº 9.099/1995 é a seguinte: os atos processuais serão públicos e
poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária. GABARITO: E

Q171 - No tocante à transação penal, INCORRETO afirmar que

a) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado, pela


prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não definitiva a sentença.
b) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo
registro para impedir nova concessão do beneficio no prazo de cinco anos.
c) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado anteriormente nos
mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva.
d) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação
cabível no juízo cível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é interessante para que se identifique várias peculiaridades
existentes na lei, uma delas pode cair na prova.

A alternativa incorreta é a letra A, pois o art. 76, § 2º, da Lei 9.099/95 proíbe a
proposta se o autor da infração tiver sido condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva. A alternativa fala de infração e de
sentença não definitiva. GABARITO: A

Q172 - Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, não se admite prisão em flagrante
nas infrações de menor potencial ofensivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado! Só não haverá prisão em flagrante do autor do fato que, após a lavratura do
termo circunstanciado, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o
compromisso de a ele comparecer, nos termos do art. 69, parágrafo único. GAB: E

Q173 - Joana foi denunciada pelo barulho produzido no edifício onde reside,
decorrente de instrumentos sonoros e algazarra dos convidados das festas
que ela realizava todos os sábados à noite em seu apartamento, conforme
depoimento dos moradores dos quarenta apartamentos do prédio.

Considerando que essa situação descreve a ocorrência de contravenção


relativa à perturbação do trabalho ou do sossego alheio, e com base nas
regras dispostas na Lei n.º 9.099/1995, que tratam do Juizado Especial
Criminal, assinale a alternativa correta.

a) A competência legal do Juizado é fixada pela pena máxima cominada tanto para as
contravenções penais como para os crimes, a qual não pode ser superior a dois anos,
cumulada ou não com multa.

b) O benefício da suspensão condicional do processo pode ser revogado após o


período de prova, desde que os fatos que ensejaram a revogação tenham ocorrido
antes do término desse período.

c) Não comparecendo a autora do fato à audiência preliminar, marca-se nova data,


providenciando-se sua intimação na forma da lei; faltando as vítimas, o processo será
arquivado.

d) A citação da ré, para que possa exercer o direito de defesa no Juizado, far-se-á
pessoalmente no próprio Juizado, por mandado ou, ainda, por edital, caso não seja
encontrada para ser citada.

e) Havendo necessidade de intimação de algum morador em comarca distinta daquela


em que tramita o processo, o ato será necessariamente realizado por meio da
expedição de carta precatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A está incorreta porque as contravenções penais são de competência do
JECrim independentemente da pena imposta. A alternativa C está incorreta porque,
na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria deve
providenciar sua intimação. A alternativa D está incorreta porque a citação será
pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado, Art. 18,
III, § 2º Não se fará citação por edital. No Jecrim não há citação por edital. A
alternativa E está incorreta porque não será utilizada carta precatória, conforme art.
67. GABARITO: B

Q174 – JECRIM - Nos casos em que a mencionada lei exige representação


para a propositura da ação penal pública, o ofendido ou seu representante
legal será intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de
decadência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa obrigatoriedade está prevista no art. 91 da Lei n° 9.099/1995. GABARITO: C

Q175 - A Lei n.º 9.099, de 1995, instituiu, na esfera estadual, o Juizado


Especial Criminal para julgar as infrações penais de menor potencial
ofensivo. De acordo com essa Lei, a citação será pessoal e far-se-á no
próprio juizado, sempre que possível, ou por mandado. Todavia, quando o
réu encontrar- se em local incerto e não sabido,

a) será citado por edital.


b) o processo será extinto sem resolução de mérito.
c) será decretada a revelia do réu, e o processo terá seu curso normal no Juizado
Especial Criminal.
d) será excluída a competência do Juizado Especial Criminal, e o processo será
encaminhado ao juízo comum.
e) suspender-se-ão o processo e o curso da prescrição até que o réu seja encontrado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta à nossa questão está no art. 66 da Lei nº 9.099/1995. Vamos relembrar?

Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou
por mandado.

Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as
peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.
GABARITO: D

Q176 - QUESTÃO 17. PC-RN – Agente de Polícia – 2009 – Cespe (adaptada).

Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, o
MP, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois
a quatro anos, observados os demais requisitos legais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A suspensão condicional do processo é um tema muito importante para sua prova.
Esse instituto está previsto no art. 89 da Lei n° 9.099/1995.

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. GABARITO: C
Q177 - Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, o juiz não pode
oferecer a proposta de transação penal de ofício ou a requerimento da parte,
uma vez que esse ato é privativo do representante do Ministério Público
(MP),
titular da ação penal pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A transação penal é tratada pelo art. 76 da Lei nº 9.099/1995.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor
a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na
proposta.

Vemos, portanto, que a proposição da transação deve partir do membro do Ministério


Público. GABARITO: C

Q178 - Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a


apresentação de documento de identificação, a pessoa responsável pela
exigência fará extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que
interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, nos termos do art. 2º da Lei nº 5.553/1968.

Q179 - Nos termos da Lei n.º 5.553/1968, a retenção injustificada de


qualquer
documento de identificação pessoal

a) constitui contravenção penal.


b) constitui crime.
c) constitui infração administrativa, apenas.
d) constitui crime e infração administrativa.
e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia autenticada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 3º da Lei nº 5.553/1968 trata a retenção indevida de documento de
identificação como contravenção penal, inclusive se o documento for apresentado por
meio de fotocópia autenticada. GABARITO: A

Q180 - Nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de


direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de
identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar,
título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento,
certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de
identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em que
for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião em que a
pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados
que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva reproduz quase integralmente o teor dos arts. 1º e 2º da Lei nº
5.553/1968, exceto por um pequeno detalhe: o prazo para retenção do documento de
identificação para extração de dados é de no máximo 5 dias. GABARITO: E

Q181 - Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer


documento de identificação pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Cuidado, pois a banca pode tentar confundir você dizendo que se trata de um
crime. Lembre-se! Essa foi a ÚNICA contravenção penal exigida em seu edital do
CFP/PMDF 2018. GABARITO: C

Q182 - Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas.


Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo.
Nesse caso, para que possa requerer progressão de regime de pena, esse
indivíduo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for
primário, e três quintos dessa pena, se for reincidente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está de acordo com o art. 2º, §2º da Lei nº 8.072/1990:
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste
artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for
primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. GABARITO: C

Q183 - É permitida a progressão de regime em crimes hediondos, sendo


necessário, para isso, que o juízo da execução avalie se o condenado
preenche os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, ainda, a realização de exame criminológico.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Hoje a progressão de regime no cumprimento de pena para o crime hediondo é
permitida, exatamente nesses termos. GABARITO: C

Q184 - Os crimes de extorsão mediante sequestro e sequestro são


equiparados ao hediondo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Extorsão mediante sequestro é crime hediondo, e não equiparado. GABARITO: E

Q185 - Avalie os tipos de crimes listados a seguir.

I. Extorsão mediante sequestro;


II. Estupro;
III. Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
IV. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais.

De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:


a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único item errado é o III, não é mesmo? GABARITO: C

Q186 - São crimes hediondos próprios, assim definidos pela Lei no


8.072/1990, dentre outros,

a) estupro de vulnerável, epidemia com resultado morte e adulteração de produto


destinado a fim terapêutico.
b) extorsão mediante sequestro, desastre ferroviário e incêndio, desde que seguidos
de morte.
c) terrorismo, estupro, atentado violento ao pudor e racismo.
d) homicídio, latrocínio, extorsão mediante sequestro e tráfico ilícito de drogas.
e) atentado contra meio de transporte aéreo, concussão e homicídio qualificado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A única alternativa que corresponde à nossa lista é a letra A, não é mesmo?
Cuidado para não confundir os crimes hediondos com os equiparados!
GABARITO: A

Q187 - Paulo foi abordado pela polícia na via pública por estar em atitude
suspeita
e, indagado sobre sua identidade, apresentou aos policiais uma cédula de
identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Conduzido para a
Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei no
12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a seguinte conduta registrar
a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho fundamentado, a processo
datiloscópico e fotográfico, considerando a rasura do documento
apresentado por ele, com base no artigo 3º, inciso I, da Lei de Identificação
Criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A rasura no documento de identificação é uma das situações que autoriza a
identificação criminal, conforme art. 3º, I. Nessa situação, portanto, o Delegado
deverá registrar a ocorrência, submetendo Paulo à identificação criminal. GABARITO:
E

Q188 - Conforme as regras jurídicas estabelecidas na Lei n.º 12.037/09, o


civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, exceto,
entre outras situações, quando o indiciado portar documentos de identidade
distintos, com informações conflitantes entre si.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma hipótese da lei, vale a pena a leitura de inteiro teor. Certa.

Q189 - Belo Narciso foi indiciado em inquérito policial por crime contra os
costumes, tendo sido identificado criminalmente. No entanto, a respectiva
denúncia não foi aceita e o inquérito foi definitivamente arquivado. Narciso,
preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em seguida, a
retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso,
considerando o disposto na Lei n.º 12.037/09, é correto afirmar que Narciso
não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta se
constitui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do
inquérito policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou
trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do
inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil, nos
termos do art. 7º. Errada.

Q190 - Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei


n.o12.037/2009.

Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de


identificação militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão simples e direta, que cobra o teor do art. 2°, parágrafo único, da Lei
n° 12.137/2009. Esse dispositivo trata dos documentos aptos à identificação
civil. Vamos relembrar?

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes


documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos
documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.
GABARITO: E

Q191 - É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em


atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o perfeito teor do art. 6° da Lei n° 12.037/2009.
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória. GABARITO: C

Q192 - Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à


pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica

a) contravenção penal.
b) crime equiparado ao uso de drogas.
c) crime, mas que não está sujeito à pena privativa de liberdade.
d) crime de menor potencial ofensivo.
e) conduta atípica.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão parecida da banca CESPE, que julguei valer a pena ser revista:

Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal

Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira
eventual, substância entorpecente que traga consigo para uso pessoal, julgue o item
que se segue.

A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo. (Certa)


Gabarito: D

Q193 - A doutrina classifica os crimes, quanto à sua gravidade, como


sendo de menor potencial ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave
potencial ofensivo e hediondos. No tocante a estes de maior gravidade,
de acordo com a Lei nº 8.072/90 e a Constituição Federal, atentando-
se à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, assinale a
afirmativa correta.

a) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos.


b) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza
de crime de hediondo.
c) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo.
d) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o
cumprimento da pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o
fechado.
e) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da
pena para ter direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à
progressão de regime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A – Errado - Tanto a associação para o tráfico, como o "uso compartilhado" e o
"induzimento ao uso de drogas" não são equiparados a hediondos.
B – Errado - Crime de homicídio qualificado e privilegiado não permite que o crime
seja considerado hediondo.
C – Errada - O crime de homicídio simples pode ser considerado hediondo quando
praticado por grupo de extermínio.
D – Correta - De acordo com o STF não é mais obrigatório o início do cumprimento da
pena de crime hediondo em regime fechado.
E – Errada - Reincidente específico em crime hediondo não tem direito a livramento
condicional.

DPP - DIREITO PROCESSUAL PENAL

Q1 – Se o crime é de Ação Penal Pública Condicionada a Representação, não


poderá o Inquérito Policial sem ela ser iniciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos crimes de ação penal pública condicionada à
representação, o IP não poderá sem ela ser iniciado. Já nos crimes de ação penal
privada a autoridade só poderá instaurar o IP a requerimento de quem tenha
qualidade para ajuizar a ação penal. Isso é que dispõem os §§ 4º e 5º do art. 5º do
CPP:

Art. 5º (...)
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não
poderá sem ela ser iniciado.

§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a


inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

Q2 - Sobre os prazos para a conclusão do inquérito policial, é correto afirmar


que nos crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de quinze dias,
prorrogáveis por mais quinze, em regra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Regra Geral CP: 10 dias, se preso (improrrogável); 30 dias, se solto (prorrogável a
requerimento do delegado e autorizado pelo juiz, quantas vezes for preciso);

Polícia Federal: 15 dias, se preso (prorrogável uma vez por igual período (Depende
de autorização judicial); 30 dias, se solto (prorrogável a requerimento do delegado e
autorizado pelo juiz, quantas vezes for preciso);

Drogas: 30 dias, se preso; 90 dias, se solto (em ambas as situações os prazos


podem ser duplicados a pedido do delegado, com oitiva do MP e deliberação judicial);

Militar: 20 dias, se preso (improrrogável); 40 dias, se solto (prorrogável por mais 20


dias);

Economia Popular: 10 dias, preso ou solto (improrrogável).

Gabarito: Correto.

Q3 - Durante a instrução do Inquérito Policial, são vedados os requerimentos


de diligências pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em
virtude da sua natureza inquisitorial.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois o ofendido (e seu representante legal) e o indiciado podem requerer
à autoridade policial a realização de diligências, nos termos do art. 14 do CPP.

Q4 - Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade


judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial somente
poderá proceder a novas pesquisas com autorização da autoridade judiciária
que determinou o arquivamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas se
de outras provas tiver notícia. Errada.

Q5 - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de


inquérito____________; o inquérito, nos crimes em que a ação pública
depender de representação, ____________.‖

Preenchem as lacunas, completa, correta e respectivamente, as seguintes


expressões:

a) caberá recurso para o Juiz Corregedor … não poderá sem ela ser iniciado
b) caberá recurso para o Juiz Corregedor … só pode ser instaurado mediante
requisição ministerial
c) caberá recurso para o chefe de Polícia … não poderá sem ela ser iniciado
d) caberá recurso para o chefe de Polícia … só poderá ser instaurado mediante
apresentação de prova do fato
e) não caberá recurso … só poderá ser instaurado mediante apresentação de prova do
fato
RESPOSTA DA QUESTÃO: As lacunas são preenchidas facilmente com a análise dos
§§ 2º e 4º do art. 5º do CPP:

Art. 5º (...) § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não
poderá sem ela ser iniciado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q6 - Nos termos do quanto determina o § 4 do art. 5.º do CPP, o inquérito


que apura crime de ação pública condicionada depende, para instauração, da
respectiva representação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é campeã de prova, cuidado. Certa.

Q7 - Nos termos do parágrafo terceiro do art. 5.º do CPP: ―Qualquer pessoa


do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito policial‖. Assim, é correto afirmar que
a) sempre que tomar conhecimento da ocorrência de um crime, a autoridade policial
deverá, por portaria, instaurar inquérito policial.
b) por delatio criminis entende-se a autorização formal da vítima para que seja
instaurado inquérito policial.
c) o inquérito policial será instaurado pela autoridade policial apenas nas hipóteses de
ação penal pública.
d) a notícia de um crime, ainda que anônima, pode, por si só, suscitar a instauração
de inquérito policial.
e) é inadmissível o anonimato como causa suficiente para a instauração de inquérito
policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade policial poderá
investigar os fatos de ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA: Item errado, pois a autoridade deverá analisar se existem os elementos
mínimos de convicção para a instauração do IP. Além disso, em se tratando de crimes
de ação penal privada ou pública condicionada, a autoridade somente poderá
instaurar o IP se houver requerimento (da vítima ou de quem tenha qualidade para
ajuizar a ação penal) ou representação do ofendido.
b) ERRADA: Item errado, pois a delatio criminis é a notícia de crime levada por
qualquer pessoa à autoridade policial. Pode ser simples, quando se limita à
comunicação do fato delituoso, e pode ser POSTULATÓRIA, quando é realizada pela
vítima (ou quem tenha qualidade para ajuizar queixa-crime ou oferecer
representação), requerendo à autoridade a adoção de providências (instauração de
IP), servindo como representação. Assim, apenas a delatio criminis postulatória se
enquadra no conceito dado pelo enunciado.
c) ERRADA: A autoridade policial pode instaurar IP em relação a crimes de ação penal
pública ou privada, variando apenas os requisitos.
d) ERRADA: A denúncia anônima (delatio criminis inqualificada) não pode
servir, por si só, para a instauração do IP. Segundo entendimento do STF,
nestes casos, a autoridade policial deve proceder a uma ―averiguação prévia‖ da
procedência das informações (diligências preliminares) e, se for o caso, aí sim
instaurar o IP, de ofício.
e) CORRETA: Item correto, pois este é o exato entendimento do STF sobre o tema.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q8 - O inquérito policial

a) somente será instaurado por determinação do juiz competente.


b) pode ser arquivado por determinação da Autoridade Policial.
c) estando o indiciado solto, deverá ser concluído no máximo em 10 dias.
d) nos crimes de ação pública poderá ser iniciado de ofício.
e) não poderá ser iniciado por requisição do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA: O IP pode ser instaurado por diversas formas (de ofício, por requisição
do MP, etc.).
b) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderá mandar arquivar autos de IP, nos
termos do art. 17 do CPP.
c) ERRADA: Estando o indiciado solto o prazo para a conclusão do IP é de 30 dias,
prorrogáveis.
d) CORRETA: Item correto, pois nos crimes de ação penal pública o IP pode ser
instaurado de ofício, ainda que seja necessário, no caso de crime de ação penal
pública condicionada à representação, que a autoridade já disponha de manifestação
inequívoca da vítima (representação) no sentido de que deseja a persecução penal.
Cuidado com o termo ―poderá‖, pois na questão em tela, tratamos da exceção.
e) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado por requisição do MP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q9 - Da decisão judicial que determina o arquivamento de autos de inquérito


policial, a pedido do Ministério Público,

a) cabe carta testemunhável.


b) cabe recurso de apelação.
c) cabe recurso em sentido estrito.
d) não cabe recurso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RESPOSTA DA QUESTÃO: Desta decisão não cabe qualquer recurso, conforme
entendimento dos Tribunais Superiores:
―De outra parte, também não se desconhece a jurisprudência pacífica desta
Corte e do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não cabe recurso da
decisão judicial que, acolhendo manifestação do Ministério Público, ordena o
arquivamento de inquérito policial por ausência de justa causa.”

Aproveitando a oportunidade, assimile as seguintes informações:


1. Decisão que determina arquivamento do IP: Não cabe Recurso.
2. MP pede arquivamento e juiz não concorda (aplica-se o Art. 28 do CPP):
Art. 28 Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer
o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou
peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
3. Se o MP oferecer a denúncia e o juiz rejeitar (discordar da existência do
crime), cabe recurso em sentido estrito.

Gabarito: D

Q10 - Considerando o teor da Súmula vinculante n.º 14 do Supremo Tribunal


Federal, no que diz respeito ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar
que a autoridade policial.

a) não poderá, em hipótese alguma, negar vista ao advogado, com procuração com
poderes específicos, dos dados probatórios formalmente anexados nos autos.
b) não poderá negar vista dos autos de inquérito policial ao advogado, entretanto a
extração de cópias reprográficas fica vedada.
c) poderá negar vista dos autos ao advogado caso os elementos de prova do
procedimento investigatório sejam sigilosos para a defesa
d) poderá negar vista dos autos ao advogado caso haja no procedimento
investigatório quebra de sigilo bancário ou degravação de conversas decorrentes de
interceptação telefônica
e) poderá negar vista dos autos ao advogado sempre que entender pertinente para o
bom andamento das investigações.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O advogado do indiciado, nos termos da súmula
vinculante nº 14 do STF, deve ter acesso irrestrito aos elementos de prova JÁ
DOCUMENTADOS nos autos do IP. Vejamos:

―É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos


de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa‖.
Ora, se há alguma diligência a ser realizada e que não possa chegar ao conhecimento
da defesa, sob pena de ser frustrada, somente deve ser juntada aos autos após sua
realização;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q11 - Considerando-se o art. 28 do Código de Processo Penal, se o órgão do


Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa
do inquérito ou das peças de informação ao procurador-geral, e este
oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o
juiz obrigado a atender.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O chefe do MP poderá concordar ou discordar do membro do MP. Se concordar,
insistirá no pedido de arquivamento e o Juiz deverá acatar. Se discordar, deverá ele
próprio oferecer a denúncia ou designar outro membro do MP para que o faça.
Portanto, a ALTERNATIVA ESTÁ CORRETA.

Q12 - Assinale a alternativa correta no que diz respeito às disposições


relativas ao Inquérito Policial previstas no Código de Processo Penal.

a) Incumbirá à autoridade policial no curso do Inquérito Policial representar


acerca da prisão preventiva.
b) Caso vislumbre notória atipicidade da conduta investigada, a autoridade
policial poderá determinar o arquivamento dos autos do Inquérito Policial.
c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à
prova, permanecerão com a autoridade policial após o encaminhamento dos
autos do inquérito policial para análise do Ministério Público e Poder
Judiciário, e serão encaminhados, posteriormente, se o Juiz ou membro do
Ministério Público assim requisitarem.
d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado não poderão
requerer qualquer diligência durante o curso do Inquérito Policial em virtude
da natureza inquisitória deste procedimento.
e) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a
autoridade com exercício em uma delas não poderá, nos inquéritos a que
esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, sendo
obrigatória, para tanto, a existência de precatórias ou requisições à
autoridade competente daquela circunscrição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Uma das incumbências da autoridade policial, durante o IP, é
representar ao Juiz pela decretação da preventiva, caso seja necessário, nos termos
do art. 13, IV do CPP.
B) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderá mandar arquivar autos de IP, nos
termos do art. 17 do CPP.
C) ERRADA: Tais objetos serão encaminhados ao Juiz juntamente com o IP, quando
de sua conclusão. Vejamos:
D) ERRADA: Tanto o ofendido quanto o indiciado poderão requerer diligências,
cabendo à autoridade policial decidir pela sua realização, ou não, nos termos do art.
14 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois o art. 22 do CPP dispõe em sentido exatamente
oposto:

Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição
policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de
precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a
autoridade competente, sobre qualquer
fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q13 - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá


proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-
la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a exata exigência do art. 5º, §5º do CPP. Correto.

Q14 - De acordo com a regra do art. 10 do CPP, ―o inquérito deverá terminar


no prazo de _____ dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de______ dias,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.‖

Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as


lacunas do texto.

a) 5 … 15
b) 5 … 30
c) 10 … 30
d) 10 … 90
e) 30 … 90

RESPOSTA DA QUESTÃO: O item que responde corretamente a questão é a letra C,


pois o IP deve ser concluído em 30 dias, no caso de réu solto, ou 10 dias, no caso de
réu preso. Gabarito: C.

Q15 - Em relação ao exercício do direito de defesa no inquérito policial, a


autoridade policial poderá negar ao defensor, no interesse do representado,
ter acesso aos

a) elementos de prova cobertos pelo sigilo.


b) termos de depoimentos prestados pela vítimas, se entender pertinente.
c) elementos de prova que entender impertinentes.
d) elementos de prova, caso o investigado já tenha sido formalmente indiciado.
e) elementos de provas ainda não documentados em procedimento investigatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão é respondida facilmente pela análise da


Súmula Vinculante nº 24 do STF. Gab: E.

Q16 - O requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para


representá-lo só será apto para a instauração de inquérito policial se dele
constar a individualização do autor da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A vítima não necessita individualizar o autor da infração penal, bastando que narre o
fato de forma que este (o fato) possa ser minimamente individualizado e possa ser
iniciada a persecução penal.

Q17 - A requisição do Ministério Público torna obrigatória a instauração do


inquérito pela autoridade policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a Doutrina entende que a utilização do termo ―requisição‖ pelo CPP indica a
OBRIGATORIEDADE de a autoridade policial instaurar o IP nestes casos. Correta.

Q18 - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de


determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução
simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem
pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRADA: A reprodução simulada (reconstituição dos fatos) só pode ser realizada caso
não contraria a moralidade e a ordem pública, nos termos do art. 7° do CPP.

Q19 - A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos


autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a
conveniência da investigação o exigir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a redação literal do art. 21 do CPP. Desta forma, esta alternativa também
estaria correta. No entanto, o instituto da incomunicabilidade é bastante criticado,
principalmente após o advento da Constituição de 1988. Isso porque a Constituição
proíbe a incomunicabilidade até mesmo no estado de defesa, de forma que a Doutrina
entende que, se nessa época de exceção que é o estado de defesa não se admite a
incomunicabilidade, com muito mais razão não se deve admitir esse resquício da
ditadura em tempos ordinários. Errada.

Q20 - A notitia criminis implica sempre no indiciamento de quem foi indicado


como provável autor da infração penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O indiciamento é o ato mediante o qual a autoridade policial individualiza o processo
investigatório, delimitando quem efetivamente é considerado como suspeito de ter
praticado o crime. É o direcionamento da investigação, e não necessariamente tem de
ocorrer sobre a pessoa supostamente autora do delito quando da instauração do IP,
pois no curso das investigações pode-se ter conhecimento de que outra pessoa é que
é a provável autora do delito. Errada.

Q21 – O IP não é processo, mas procedimento informativo destinado a reunir


os elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e da
respectiva autoria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CORRETA - Como vimos, o IP é procedimento informativo, ou seja, não tem natureza
processual, tampouco acusatória, pois é destinado unicamente a reunir elementos
que permitam ao titular da ação penal ajuizá-la (oferecer denúncia ou queixa).

Q22 - O inquérito policial é passível de trancamento por meio de habeas


corpus quando o fato investigado for atípico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É admitido o trancamento do Inquérito Policial quando lhe faltar justa causa, esse é o
entendimento do STJ. Justa Causa ou Suporte Probatório Mínimo = Existência de
Indícios de Autoria + Materialidade do Fato (GUARDE O QUE É JUSTA CAUSA).
Correta.

Q23 - Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do


Ministério Público, a ação penal a) só poderá ser instaurada com base em
novas provas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art.18 do CPP, arquivado o IP por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial somente poderá proceder a novas pesquisas se tiver notícia de
PROVAS NOVAS. Correta.

Q24 - O inquérito policial

a) poderá ser arquivado por determinação da autoridade policial, desde que


através de despacho fundamentado.
b) pode ser presidido pelo escrivão de polícia, desde que as diligências
realizadas sejam acompanhadas pelo Ministério Público.
c) não exige forma especial, é inquisitivo e pode não ser escrito, em
decorrência do princípio da oralidade.
d) será remetido a juízo sem os instrumentos do crime, os quais serão
devolvidos ao indiciado.
e) não é obrigatório para instruir a ação penal pública que poderá ser
instaurada com base em peças de informação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O IP é um procedimento de natureza administrativa, de


forma necessariamente ESCRITA (art. 9º do CPP), presidido pela autoridade policial,
que não poderá arquivá-lo (art. 17 do CPP).

Ao final do IP, seus autos serão remetidos ao Juiz com os instrumentos do crime, nos
termos do art. 11 do CPP.
Embora seja de grande importância na maioria das vezes, o IP é um procedimento
DISPENSÁVEL, ou seja, a ação penal pode ser ajuizada com base em outros
elementos de convicção, como as peças de informação. LETRA E.

Q25 - Segundo o estabelecido no Código de Processo Penal, no curso do


inquérito policial, o ofendido e o indiciado poderão requerer diligência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tanto o ofendido quanto o indiciado poderão requerer diligências, que serão deferidas
ou não pela autoridade policial, nos termos do art. 14 do CPP. Certa.

Q26 - Se o acusado estiver preso preventivamente o inquérito policial deverá


terminar dentro do prazo de

a) 30 dias, contado o prazo a partir da data da instauração do inquérito pela


Autoridade Policial.
b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão.
c) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instauração do inquérito policial pela
Autoridade Policial.
d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão.
e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O prazo para a conclusão do IP, no caso de estar o


indiciado preso preventivamente, é de 10 dias, contado o prazo a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão. Gab: B

Q27 - Nos crimes de ação exclusivamente privada, o inquérito policial deverá


ser instaurado

a) a requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do


fato.
b) pela autoridade policial, de ofício.
c) a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) através de requisição do Ministro da Justiça.
e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O inquérito policial, neste caso, somente poderá ser
instaurado a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a ação penal
privada. Gab: C

Q28 - Instaurado o inquérito policial por crime de ação penal pública, a


autoridade policial formulou pedido de prazo para a sua conclusão. O juiz, no
entanto, entendendo que não há prova suficiente da autoria, a requerimento
do indiciado, determinou o arquivamento dos autos. Nesse caso, o juiz

a) só poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Público


nesse sentido.
b) só poderia ordenar o arquivamento antes do encerramento do inquérito se
houvesse representação da autoridade policial nesse sentido.
c) poderia mandar arquivar o inquérito independentemente do assentimento do
Ministério Público e da autoridade policial.
d) só poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de ação penal privada.
e) só poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de ação penal pública
condicionada à representação do ofendido.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, o magistrado só poderia ordenar o


arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Público nesse sentido, pois o
MP é o titular da ação penal pública.

Q29 - Na dinâmica do inquérito policial NÃO se inclui

a) o reconhecimento de pessoas e coisas.


b) as acareações.
c) o pedido de prisão temporária.
d) a apreensão dos objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais.
e) a apresentação, através de advogado, de defesa preliminar por parte do indiciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Não há que se falar, no bojo do inquérito policial, de


defesa preliminar, por ausência de previsão legal, por uma razão simples: No
inquérito não há acusação, logo, não há do que se defender. Gab: A

Q30 - O inquérito policial poderá ser instaurado mesmo se não houver


nenhuma suspeita quanto à autoria do delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é necessário qualquer indício de autoria para que o IP seja instaurado, bastando
que haja indícios da materialidade (existência) do delito. Correta.

Q31 - O inquérito policial, em regra, deverá terminar no prazo de 10 dias, se


o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O IP deverá ser encerrado em 30 dias, no caso de indiciado solto, ou em 10 dias,
caso o indiciado esteja preso. Correto.

Q32 - A representação é indispensável para a propositura da ação penal


condicionada, mas a instauração do inquérito policial dela independe.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em se tratando de ação penal pública condicionada à representação, e em não tendo
havido a prisão em flagrante do infrator, a instauração do IP dependerá,
necessariamente, de representação da vítima ou de seu representante legal, nos
termos do art. 5º, §4º do CPP. Errada.

Q33 – O arquivamento do inquérito por ausência de justa causa permite um


posterior desarquivamento pela autoridade competente, caso surjam novas
provas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O arquivamento por justa causa (ausência de elementos de prova para o ajuizamento
da ação penal) não impede o desarquivamento caso surjam NOVAS provas, nos
termos do art. 18 do CPP. Diz-se, assim, que este tipo de arquivamento não faz
―coisa julgada material‖, pois permite a reabertura do caso na hipótese do
aparecimento de provas novas. Correta.

Q34 - Glória foi vítima de um crime de estupro praticado no interior de sua


residência. Sendo a natureza da ação pública condicionada à representação,
compareceu, então, à Delegacia, narrou o ocorrido e manifestou o interesse
na apuração do fato, razão pela qual foi instaurado inquérito. Considerando a
hipótese narrada e as características do inquérito policial, é correto afirmar
que caso houvesse indícios da autoria e prova da materialidade delitiva, a
instauração de inquérito policial seria prescindível para propositura da ação
penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O IP é um procedimento DISPENSÁVEL, motivo pelo qual é possível sua dispensa caso
o titular da ação penal já disponha dos elementos de prova necessários (prova da
materialidade e indícios de autoria). Correta.

Q35 - O inquérito policial tem como algumas de suas principais


características a oralidade, a oficialidade e oficiosidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A oralidade não é uma das características do IP, que é um procedimento ESCRITO. O
IP é um documento formal (princípio da formalidade) de procedimento (condução)
informal.

Q36 - No dia 30 de março de 2014, Marta foi vítima de um crime de


homicídio, razão pela qual foi instaurado inquérito policial para identificação
do autor do delito. Após diversas diligências, não foi possível identificar a
autoria, razão pela qual foi realizado o arquivamento do procedimento, pela
falta de justa causa, de acordo com as exigências legais. Ocorre que, em
abril de 2015, a
filha de Marta localizou o aparelho celular de Marta e descobriu que seu
irmão, Lúcio, havia enviado uma mensagem de texto para sua mãe, no dia 29
de março de 2014, afirmando para a vítima ―se você não me emprestar
dinheiro novamente, arcará com as consequências‖. Diante disso, a filha de
Marta apresentou o celular de sua mãe para a autoridade policial.
Considerando a situação narrada, é correto afirmar que o arquivamento do
inquérito policial não fez coisa julgada material, mas não mais caberá
desarquivamento, pois passados mais de 06 meses desde a decisão.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em tendo sido arquivado o IP por falta de provas (falta de base para a denúncia), é
possível seu desarquivamento, caso haja notícia do surgimento de prova NOVA, nos
termos do art. 18 do CPP.

Assim, no presente caso, a decisão de arquivamento NÃO fez coisa julgada material,
pois é possível o desarquivamento dos autos do IP, a fim de que sejam retomadas as
investigações, já que há notícia de prova NOVA. Errada.

Q37 - Um Delegado de Polícia determina a instauração de inquérito policial


para apurar a prática do crime de receptação, supostamente praticado por
José. Com relação ao Inquérito Policial, assinale a afirmativa que não
constitui sua característica.
A) Escrito.
B) Inquisitório.
C) Indispensável.
D) Formal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O inquérito policial possui algumas características, dentre


elas a característica da DISPENSABILIDADE. O IP é dispensável, ou seja, não é
obrigatório para o oferecimento da ação penal. Dado seu caráter informativo (busca
reunir informações), caso o titular da ação penal já possua todos os elementos
necessários ao oferecimento da ação penal, o Inquérito será dispensável. Um dos
artigos que fundamenta isto é o art. 39, § 5° do CPP. A ALTERNATIVA CORRETA É A
LETRA C.

Q38 - O inquérito pode ser considerado indisponível para a autoridade


policial, já que, uma vez instaurado, não poderá ser por ela diretamente
arquivado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois a autoridade policial NÃO pode arquivar os autos do inquérito, nos
termos do art. 17 do CPP.

Q39 - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o tribunal competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caberá recurso para o chefe de polícia, nos termos do art. 5º, §2º do CPP.

Q40 - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de


determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, nos termos do art. 7º do CPP.

Q41 - As formas de instauração do inquérito policial variam de acordo com a


natureza do delito. Nos casos de ação penal pública incondicionada, a
instauração do inquérito policial pode se dar de ofício pela autoridade
policial; mediante requisição do Ministério Público; mediante requerimento
do ofendido; e por auto de prisão em flagrante.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está incompleta por não citar a possibilidade de instauração por requisição do Juiz.,
mas está correta. IP, nos crimes de ação penal pública incondicionada, poderá ser
instaurado de ofício, pela autoridade POLICIAL, por requisição do MP ou do Juiz, por
requerimento do ofendido ou pela lavratura do auto de prisão em flagrante (embora
esta última seja uma modalidade de instauração ex officio). Correta.

Q42 - No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vítima de um crime de


estupro simples, mas, traumatizada, não mostrou interesse em dar início a
qualquer investigacςão penal ou acςão penal em relaçaão aos fatos. Os pais
de Maria, porém, requerem a instauração de inquérito policial para apurar
autoria, entendendo que, após identificar o agente, Maria poderá decidir
melhor sobre o interesse na persecução penal. Foi proferido despacho
indeferindo o requerimento de abertura de inquérito.

Caso Maria manifeste interesse na instauracςão de inquérito policial após o


indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poderá
ter início, independentemente do surgimento de novas provas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Maria poderá requerer a instauração do IP a qualquer tempo, desde que dentro do
prazo decadencial de seis meses, que se inicia quando Maria toma conhecimento de
quem é o infrator. Correta.

Q43 - Acerca do IP, julgue:

O réu não é obrigado a participar da reconstituição do crime, pois ninguém é


obrigado a produzir prova contra si.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto, pois se trata do princípio do nemo tenetur se detegere, ou seja,
ninguém é obrigado a produzir prova contra si.

Q44 - A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação


do fato, aplicando, porém, em todas as suas manifestações, os princípios do
contraditório e da ampla defesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há contraditório e ampla defesa no IP, embora a lei assegure alguns direitos ao
indiciado, como requerer diligências, etc.

Q45 - Na cidade ―A‖, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para


averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio,
tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público
Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito
devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet,
a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa
situação, o Promotor deverá

A) arquivar os autos.
B) oferecer denúncia.
C) determinar a baixa dos autos.
D) requerer o arquivamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Considerando o membro do MP que o crime já prescreveu, ou seja, está extinta a
punibilidade, deverá requerer o arquivamento do Inquérito Policial, nos termos do art.
28 do CPP, devendo o Juiz decidir sobre o arquivamento. Caso o Juiz discorde, deverá
remeter os autos ao PGJ, que decidirá a questão. Gab: D

Q46 - Com relação ao prazo para a conclusão do inquérito policial instaurado


para apurar a prática do crime de tráfico de entorpecentes, de acordo com a
Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, excepcionalmente, quando requerido
de forma fundamentada pela autoridade de polícia judiciária, ouvido o
Ministério Público, poderá ser de 180 dias, se o indiciado estiver solto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo para o encerramento do IP, neste caso, será de 30 dias, no caso de réu
preso, e de 90 dias no caso de réu solto, nos termos do art. 51 da Lei de Drogas:
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. O Juiz poderá, excepcionalmente,
duplicar tais prazos, mediante pedido justificado da autoridade policial, ouvido
sempre o MP. Correta.

Q47 - Maria tem seu veículo furtado e comparece à Delegacia de Polícia mais
próxima para registrar a ocorrência. O Delegado de Polícia instaura inquérito
policial para apuração do fato. Esgotadas todas as diligências que estavam a
seu alcance, a Autoridade Policial não consegue identificar o autor do fato ou
recuperar a res furtiva.

Assinale a alternativa que indique a providência que o Delegado deverá


tomar.

a) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Ministério Público para que


este promova o arquivamento.
b) Promover o arquivamento do inquérito policial, podendo a vítima recorrer ao
Secretário de Segurança Pública.
c) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Secretário de Segurança
Pública para que este promova o arquivamento.
d) Manter os autos do inquérito policial com a rotina suspenso, até que surja uma
nova prova.
e) Prosseguir na investigação, pois o arquivamento só é possível quando transcorrer o
prazo prescricional.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Considerando tratar-se de crime de ação pública, deverá


a autoridade policial RELATAR o IP e encaminhá-lo ao MP, para que este, caso deseje,
promova o arquivamento do IP. A autoridade policial nunca poderá mandar arquivar
autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. LETRA A.

Q48 - Sendo o crime de ação penal privada, o arquivamento do inquérito


policial depende de decisão do juiz, após pedido do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É bom lembrar que não há de se falar em arquivamento do inquérito nos crimes de
iniciativa privada. Se a vítima não deseja oferecer a ação, basta ficar inerte, e com
isso, ultrapassado o prazo de seis meses, opera-se a decadência. Caso o ofendido,
inadvertidamente, requeira o arquivamento do inquérito, estará renunciando ao
direito de ação, e por consequência dando ensejo à extinção da punibilidade (art.
107, V, CP). Errada.

Q49 - Nos crimes de ação _________ , esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de __________ do
Ministro da Justiça, ou de __________ do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
Assinale a alternativa que, respectivamente, preenche, de modo
tecnicamente correto, as lacunas.

a) privada … autorização … requisição


b) pública … representação … requisição
c) privada … requisição … autorização
d) pública … requisição … representação
e) privada … autorização … representação

RESPOSTA DA QUESTÃO: Para responder corretamente a questão, precisamos


saber o que dispõe o art. 24 do CPP:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou
de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. A
LETRA D.

Q50 - XISTO, querelante em ação penal privada, ao término da instrução


eepresentado por advogado constituído, requereu a absolvição de
CRISTÓVÃO, querelado. Deve o juiz

a) determinar a extração de peças processuais e o encaminhamento à autoridade


policial, para apuração da prática, pelo querelante, de denunciação caluniosa.
b) designar audiência para tentativa de conciliação das partes, em homenagem ao
princípio da intervenção mínima.
c) considerar perempta a ação penal, porque o querelante deixou de formular pedido
de condenação nas alegações finais.
d) encaminhar os autos em vista ao Ministério Público, titular da ação penal, para
manifestação de interesse na produção de outras provas.
e) absolver CRISTÓVÃO, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de
Processo Penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, a ação penal deve ser considerada perempta, pois nos crimes de ação
exclusivamente privada, o querelante deve, nas alegações finais, formular pedido de
CONDENAÇÃO, sob pena de perempção, nos termos do art. 60, III, parte final, do
CPP. Assim, o Juiz deverá reconhecer a ocorrência de perempção e declarar a
extinção da punibilidade do réu.

Q51 - No caso de morte do ofendido o direito de oferecer queixa passará ao


cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; nos crimes de ação privada, o
juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, instaurará de
ofício a ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em caso de óbito da vítima, o direito de oferecer queixa passa ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão, nos termos do art. 31 do CPP. Nos crimes de
ação penal privada, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará
advogado para promover a ação penal (atualmente, em havendo sede da Defensoria
Pública no local, o Juiz remete o caso à Defensoria Pública), conforme art. 32 do CPP.
Errada.
Q52 - José, João e Luís são sócios de uma empresa. José e João redigem,
assinam e divulgam entre os clientes e fornecedores da empresa uma carta
aberta com afirmações desonrosas em desfavor de Luís. Após regular
inquérito policial em que José e João são ouvidos, Luís promove queixa-
crime unicamente contra José, uma vez que, por motivos pessoais, não quis
processar João. Considerando que o acúmulo de acusações faça com que a
demanda não seja julgada pelo rito sumaríssimo, que foi infrutífera a fase de
reconciliação – o que remete o processo ao rito comum – e que não é caso de
rejeição, deve o magistrado.

a) considerar que houve perdão com relação a João e extinguir sua punibilidade;
determinar a citação e intimação de José para apresentação de resposta escrita.
b) intimar Luís para que se manifeste expressamente acerca da ausência de João no
polo passivo; determinar a citação e intimação de José para apresentação de resposta
escrita.
c) considerar que houve renúncia com relação a João, estender tal entendimento a
José e extinguir a punibilidade de ambos.
d) considerar que houve renúncia com relação a João e extinguiu-se a punibilidade;
determinar a citação e intimação de José para apresentação de resposta escrita.
e) considerar que houve perdão com relação a João, estender tal entendimento a José
e intimá-los para que se manifestem no sentido de aceitar ou recusar a benesse
oferecida por Luís.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, o Juiz deve considerar que houve renúncia
com relação a João, estender tal entendimento a José e extinguir a punibilidade de
ambos, nos termos do art. 49 do CPP.

Importante lembrar que o STJ firmou entendimento no sentido de que a renúncia só


ocorre quando há omissão voluntária, ou seja, o querelante, propositalmente, deixa
de incluir algum dos infratores na ação penal. Se o querelante apenas se esqueceu de
incluir algum dos infratores, não há renúncia em favor deles, de forma que não há
nada a estender em favor dos demais. No caso, de fato, a omissão foi VOLUNTÁRIA,
de forma que houve renúncia tácita.

Complementando:
Houve renúncia e não perdão, visto que: a renúncia é ato unilateral, sendo cabível
antes do oferecimento da Queixa-Crime, já o perdão é ato bilateral, ocorrendo no
curso do processo.
Tanto a renúncia quanto o perdão se concedido a um dos autores a todos se
estenderá (art.49 e 51 CPP), em razão do Princípio da Indivisibilidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q53 – A ação penal somente pode ser proposta contra quem se imputa a
prática da infração penal. Outra pessoa, ainda que tenha obrigações de
caráter civil decorrentes do delito, não pode ser incluída na ação, isto em
função do princípio da

a) obrigatoriedade.
b) indisponibilidade.
c) intranscendência.
d) oficialidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Quem não praticou a infração penal não pode ser incluído
como réu na ação penal, por absoluta ausência de legitimidade PASSIVA. Isso decorre
da adoção do princípio da intranscendência (ou responsabilidade penal, ou ainda
pessoalidade) da pena, segundo o qual a pena não poderá passar da pessoa do
condenado, de maneira que ninguém pode responder por crime alheio. LETRA C.

Q54 - O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos,


independentemente da aceitação ou recusa dos demais querelados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O perdão deve ser aceito pelo perdoado, já que possui a característica da
bilateralidade, nos termos do art. 51 do CPP: Art. 51. O perdão concedido a um dos
querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o
recusar. Errada.

Q55 - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal,


decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que o crime foi praticado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O início do prazo decadencial de seis meses se dá no momento em que o ofendido
passa a ter conhecimento de quem foi o autor do fato, nos termos do art. 38 do CPP.
Errada.

Q56 - A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a exata previsão do art. 49 do CPP. Correta.

Q57 - Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-


se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 15 (quinze) dias seguidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a
ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 DIAS SEGUIDOS, nos termos do art. 60, I do CPP. Errada.

Q58 - A ação penal de iniciativa pública é promovida

a) pelo Ministério Público ou ofendido, mediante denúncia.


b) pela vítima ou seu representante legal.
c) pelo Ministério Público, mediante queixa-crime.
d) exclusivamente pelo Ministério Público, mediante denúncia.
e) pelo ofendido, representado por advogado com poderes especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A ação penal pública é promovida pelo MP, por expressa
previsão constitucional e por força do art. 257, I do CPP:

Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste
Código; e (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). LETRA D.

Q59 - Quando o querelante deixa de comparecer, sem motivo justificado, a


qualquer ato do processo a que deva estar presente, dá-se a

a) absolvição.
b) perempção.
c) remissão.
d) remição.
e) revelia.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso ocorrerá o fenômeno da perempção, por força


do art. 60, III do CPP:

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se- á
perempta a ação penal:
(...)
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado,
a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular
o pedido de condenação nas alegações finais;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q60 - Nos crimes de ação privada, se comparecer mais de uma pessoa com
direito de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida pelo
artigo 31 do Código de Processo Penal, o parente mais próximo na ordem de
vocação sucessória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para resolver a questão precisamos conhecer os arts. 31 e 36 do CPP:

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
(...)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o
cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante
do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o
querelante desista da instância ou a abandone.

Vejam, assim, que em havendo interesse de mais de um dos sucessores,


prevalecerá o cônjuge. Ordem: C A D I. Errada.

Q61 - O Código de Processo Penal não disciplina expressamente sobre o


prazo para o ofendido ou o seu representante legal requerer a instauração
de inquérito policial, quando o crime for de alçada privada. , assim, entende-
se que o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve
ser exercido no mesmo prazo do direito de queixa, ou seja, 6 meses,
contados da data em que se souber quem foi o autor do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPP não trata expressamente disto, mas por uma interpretação sistemática se
chega à conclusão de que o prazo deve ser o mesmo previsto para o exercício do
direito de queixa, ou seja, seis meses a contar da data em que a vítima tomou
conhecimento de quem foi o autor do fato, já que, após este prazo, estará extinta a
punibilidade e, portanto, seria impossível instaurar IP, já que o infrator não mais
poderia ser punido. Correta.

Q62 - A ação de iniciativa privada não poderá ser intentada nos crimes de
ação pública, mesmo que o Ministério Público deixe de oferecer denúncia no
prazo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 29 do CPP isso será possível, e esta ação penal privada oferecida
recebe o nome de ação penal privada subsidiária da pública ou Ação Penal Indireta.
Errada.

Q63 – Por se tratar de benefício para o réu, o perdão do ofendido é


admissível após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O perdão do ofendido só é admissível durante o processo, ou seja, uma vez ocorrido
o trânsito em julgado, não é mais possível o perdão, eis que não há mais processo.
Errada.

Q64 - Nas ações penais privadas, a perda do direito de ação, pelo decurso de
um determinado lapso temporal estabelecido em lei, provocando a extinção
da punibilidade do agente, denomina-se perempção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal fenômeno recebe o nome de decadência, previsto no art. 38 do CPP. Errada.

Q65 - Na ação penal pública condicionada à representação, o ofendido


poderá retratá-la a qualquer tempo, desde que antes da sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A representação é irretratável após o oferecimento da denúncia, nos termos do art.
25 do CPP. Errada.

Q66 - Na ação penal privada, o ofendido apresentará queixa-crime ao


Ministério Público, a quem caberá apresentar a denúncia em Juízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A queixa-crime (ação penal privada) é ajuizada diretamente perante o Juiz, sem a
participação do MP no seu oferecimento. Errada.
Q67 - O direito de representação, titularizado pelo ofendido nas ações penais
públicas condicionadas, é personalíssimo, portanto impassível de
transmissão causa mortis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito de representação, assim como o de queixa, se transmite aos herdeiros
estabelecidos no CPP, conforme consta em seu art. 24, §1º. Errada.
Q68 - A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá
ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os
termos subsequentes do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O MP, nas ações penais privadas, age como custos legis (fiscal da lei), de forma que
pode aditar a denúncia e intervir nos atos do processo, conforme prevê o art. 45 do
CPP. Certa.

Q69 - A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, deve ser interpretada restritivamente, não se estendendo,
portanto, aos demais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A renúncia ao direito de queixa realizada em relação a um dos infratores se estende
aos demais, nos termos do art. 49 do CPP. Errada.

Q70 - Antonio, empresário do ramo de construção civil, foi difamado e


injuriado por José, seu vizinho. Antonio faleceu quinze dias depois do
ocorrido. Para que José seja processado criminalmente pelas ofensas, a
esposa de Antonio, ou seu filho, poderá oferecer queixa contra José.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, temos dois crimes de ação penal privada (art. 145 do CP). A legitimidade,
neste caso, pertence a ofendido ou, em caso de já falecido, aos seus sucessores.
Neste caso, portanto, a esposa ou o filho poderão ajuizar a queixa-crime em face do
infrator. Certa.

Q71 - Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,


requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação, o ofendido poderá promover ação penal de iniciativa privada
subsidiária da pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso não houve inércia do MP, de forma que não caberá ação penal privada
subsidiária da pública, nos termos do art. 29 do CPP. Errada.

Q72 - O direito de representação somente poderá ser exercido pessoalmente,


mediante declaração escrita.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito de representação poderá ser exercido por procurador com poderes especiais,
bem como poderá ser feito oralmente, nos termos do art. 39 do CPP.

Q73 - O Ministério Público não pode retomar, como parte principal, a ação
penal de iniciativa privada subsidiária da pública em caso de negligência do
querelante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, nos termos do art. 29 do CPP (parte final).

Q74 - NÃO ocorre perempção da ação penal de iniciativa privada


a) quando o querelado aceitar o perdão.
b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo.
c) quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo
durante 30 (trinta) dias seguidos.
d) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato
do processo a que deva estar presente.
e) quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A perempção é um fenômeno que só ocorre na ação


penal exclusivamente privada, e constitui-se numa espécie de penalidade aplicada ao
querelante em razão de sua negligência na condução da causa. As hipóteses estão
previstas no art. 60 do CPP Vemos, portanto, que a aceitação do perdão pelo
querelado não importa em perempção. Nesse caso, ocorrerá a extinção do processo
em razão da extinção da punibilidade (pela aceitação do perdão). Gab: A

Q75 - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio


ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será

a) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.


b) privada subsidiária da pública.
c) pública condicionada à representação da pessoa jurídica de direito público.
d) privada.
e) pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Em se tratando de crime desta natureza, segundo prevê


o art. 24, §2º do CPP, a ação penal será sempre pública:

Art. 24. (...)


§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio
ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
(Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q76 - A renúncia da ação penal privada ocorre após o oferecimento da


queixa e o perdão antes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A renúncia só pode ocorrer antes de oferecida a queixa, e o perdão após o
oferecimento da queixa, nos termos dos arts. 49 e 51 do CPP. Errada.
Q77 - No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
colateral até terceiro grau.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito de oferecer a queixa se estende ao cônjuge, ao ascendente, descendente ou
irmão, e não até o colateral de terceiro grau, nos termos do art. 24, § 1° do CPP.
Errada.
Q78 - As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas
poderão exercer a ação penal privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 37 do CPP: Art. 37. As fundações, associações ou
sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. Certa.

Q79 - No caso de ação penal privada exclusiva, dado o interesse meramente


privado, não cabe ao MP recorrer se o acusado for absolvido, pois essa
função é de atribuição do querelante, que é o titular da ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa regra vale para a Ação Penal Priva Exclusiva, que é a Ação Penal Privada
propriamente dita, e para a Ação Penal Personalíssima. No caso em tela, o MP só
poderia recorrer em se tratando de Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.
Correta.

Q80 - Dispõe o Código de Processo Penal que será admitida ação privada nos
crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. Essa regra
constitui exceção ao princípio da

A) indisponibilidade
B) legalidade
C) intranscendência
D) obrigatoriedade
E) oficialidade

RESPOSTA DA QUESTÃO: A ação penal privada subsidiária da pública é modalidade


de ação penal na qual, embora originariamente pública, submetida ao oferecimento
pelo órgão oficial do Estado (MP), a ação penal passa a poder ser ajuizada pelo
ofendido, em razão da inércia do órgão oficial do Estado. Desta forma, constitui-se
em exceção ao princípio da oficialidade. LETRA E.

Q81 - A ação penal que só pode ser proposta pelo ofendido, não se
estendendo esse direito ao cônjuge ou aos sucessores em caso de morte ou
ausência, denomina-se ação penal

A) privada subsidiária da ação pública.


B) pública incondicionada.
C) privada exclusiva.
D) privada personalíssima.
E) pública condicionada.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Esta é a definição de ação penal personalíssima. Trata-se
de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta
hipótese, somente o ofendido (mais ninguém, em hipótese nenhuma!) poderá ajuizar
ação. Assim, se o ofendido falecer, nada mais haverá a ser feito, estando extinta a
punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como acontece nos
demais crimes de ação privada. LETRA D.
Q82 - A ação penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condições de
representá-lo, nos crimes de ação pública, quando não for intentada pelo
Ministério Público no prazo legal, denomina-se ação penal

A) privada exclusiva.
B) pública incondicionada.
C) privada subsidiária da pública.
D) pública condicionada.
E) privada personalíssima.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Conforme estudamos, a ação penal privada promovida


pelo ofendido nos casos em que originariamente se trata de ação penal pública, é a
ação penal privada subsidiária da pública, que só é admitida no caso de inércia do
órgão oficial do Estado (MP) em oferecer a denúncia, quando este não o faz no prazo
legal. Está prevista no art. 29 do CPP. LETRA C.

Q83 - Não se admite renúncia tácita, no caso de ação penal de iniciativa


privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É plenamente admissível a renúncia tácita, que ocorre quando a vítima, mesmo não
declarando expressamente que renuncia ao direito de queixa, pratica ato incompatível
com o exercício do direito de queixa, como, por exemplo, se casa com o infrator.
Errada.

Q84 - O prazo para oferecimento da denúncia será de 10 (dez) dias, estando


o réu preso, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo para oferecimento da denúncia é, em regra, de 05 dias para o caso de o
indiciado estar preso e de 15 dias no caso de indiciado solto, nos termos do art. 46 do
CPP. Cuidado para não confundirem com o prazo do IP! O prazo para conclusão do IP
é de 10 dias para o caso de réu preso e de 30 dias para o caso de réu solto. É só
lembrarem que os prazos para oferecimento da denúncia pelo MP são a metade dos
prazos para conclusão do IP. Errada

Q85 - A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do


decurso do prazo fixado para o seu exercício, e o de continuar a movimentar
a ação penal privada, causada pela inércia rocessual do querelante,
configuram, respectivamente,

A) prescrição e perempção.
B) perempção e decadência.
C) prescrição e decadência.
D) decadência e perempção.
E) decadência e prescrição.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A perda do direito de representar ou oferecer a queixa
ocorre pelo fenômeno da decadência, que ocorre quando o ofendido não pratica o ato
no prazo de seis meses a contar do dia em que teve ciência da autoria do delito, nos
termos do art. 38 do CPP. Por sua vez, a perda do direito de prosseguir na ação penal
em razão da inércia do querelante traduz o fenômeno da perempção, nos termos do
art. 60 do CPP. LETRA D.
Q86 - Nos crimes de ação penal pública condicionada, a representação do
ofendido é

a) retratável até o trânsito em julgado da sentença condenatória.


b) irretratável.
c) irretratável após o oferecimento da denúncia.
d) retratável desde que haja concordância do réu.
e) irretratável após o recebimento da denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A representação do ofendido é a manifestação da vítima


no sentido de que deseja ver o infrator ser processado e punido. É indispensável nos
crimes de ação penal pública condicionada, sendo considerada CONDIÇÃO DE
PROCEDIBILIDADE DA AÇÃO PENAL. É retratável até o oferecimento da denúncia, ou
seja, após esse momento, impossível será a retratação. Vejamos o art. 25 do CPP:
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. LETRA C.

Q87 - As fundações, associações e sociedades legalmente constituídas


poderão exercer ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja que vez e outra isso cai. Correta.

Q88 - A respeito da denúncia e da queixa, é correto afirmar:


a) A renúncia ao exercício do direito de queixa a um dos autores do crime não
impedirá a propositura da ação penal privada contra os demais.
b) Na ação penal privada, oferecida a queixa, o querelado pode apresentar
reconvenção.
c) A queixa em ação penal privativa do ofendido não poderá ser aditada pelo
Ministério Público.
d) A exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias é um dos
elementos tanto da denúncia, como da queixa.
e) A queixa é ato personalíssimo do ofendido, não podendo ser dada por procurador
com poderes gerais, nem especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: O item está errado, pois a renúncia em relação a um dos autores a todos
se estenderá, nos termos do art. 49 do CPP:
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do
crime, a todos se estenderá.
B) ERRADA: O item está errado. Não há que se falar em reconvenção em ação penal.
C) ERRADA: O item está errado. Mesmo nas ações penais privadas exclusivas, ou
seja, aquelas que somente podem ser ajuizadas pelo ofendido (não se incluindo a
ação penal privada subsidiária), o MP pode aditar a denúncia, notadamente para fazer
valer sua indivisibilidade.
Vejamos:
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser
aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos
subseqüentes do processo.
D) CORRETA: O item está correto, pois esta é a previsão do art. 41 do CPP:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
E) ERRADA: O item está errado, pois além de poder ser ajuizada por procurador com
poderes especiais, pode ser ajuizada pelos sucessores do ofendido. Vejamos:
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo
constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato
criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem
ser previamente requeridas no juízo criminal.
(...)
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão. LETRA D.

Q89 – A representação não pode ser ampliada pelo Ministério Público para
alcançar fatos novos nela não mencionados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto, pois não se admite o aditamento objetivo da representação pelo
MP, de forma a abranger fatos não previstos na representação do ofendido e que,
portanto, não representam sua vontade.

Q90 - Da aplicação do princípio da indisponibilidade da ação penal decorre


que o Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da indisponibilidade de ação penal pública prega que o MP não pode dispor
da ação penal, ou seja, deixar de ajuizá-la (quando presentes os elementos
necessários), em razão do fato de que está a tutelar direito alheio (de toda a
sociedade).
Dele decorre a regra segundo a qual o MP também não pode desistir dos recursos que
tenha interposto, conforme art. 576 do CPP:
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

Q91 - Renato ajuizou ação penal privada contra Renê, imputando-lhe crimes
de difamação e injúria. Recebida a queixa e designada audiência de
instrução, Renato vem a óbito após um acidente de trânsito fatal em rodovia.
Com o óbito do querelante,

a) caberá ao Ministério Público prosseguir na ação penal, assumindo a posição do


querelante.
b) o direito de prosseguir na ação penal passará ao descendente, cônjuge,
ascendente, irmão, nessa ordem.
c) o direito de prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão, nesta ordem.
d) a ação penal privada será arquivada diante do caráter personalíssimo desta, com a
extinção da punibilidade do agente.
e) o direito de prosseguir na ação penal passará, exclusivamente, aos descendentes
ou ascendentes do ofendido.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, o direito de prosseguir na ação penal passará


ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nesta ordem, conforme art. 31 e art.
36 do CPP. Gab: C.
Q92 - Considera-se, dentre outras, condição de procedibilidade da ação penal
pública:

a) o interrogatório e as informações sobre a vida pregressa do autor do fato


delituoso.
b) a existência de inquérito policial concluído e relatado.
c) o prévio indiciamento do autor do fato delituoso.
d) a existência de pelo menos duas testemunhas presenciais.
e) a representação do ofendido, quando necessária.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A ação penal pública poderá ter, como condição de


procedibilidade, a representação do ofendido. Diz-se que ―poderá‖ porque a
representação somente é exigida na ação penal pública condicionada à
representação, nos termos do art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou
de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. LETRA
E.

Q93 - Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da ação penal


cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é

a) pública condicionada à representação do ofendido.


b) privada exclusiva.
c) pública incondicionada.
d) privada personalíssima.
e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Quando a Lei nada diz a respeito da ação penal cabível
para determinado delito, aplica-se a regra geral, ou seja, será cabível a ação penal
pública incondicionada. A Ação Penal Pública Incondicionada é A REGRA. LETRA C.

Q94 - Nos crimes de ação pública, a ação penal será promovida através de

a) denúncia do Ministério Público.


b) queixa-crime formulada pelo ofendido ou por quem tenha
qualidade para representá-lo.
c) portaria da autoridade policial.
d) requisição do Ministro da Justiça.
e) requerimento de qualquer pessoa maior e capaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos crimes de ação penal pública esta será promovida
pelo MP, mediante denúncia. Vejamos:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou
de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. GAB: A.

Q95 –

Na ação penal privada exclusiva, o perdão do ofendido


a) depende da aceitação do Ministério Público.
b) só pode ocorrer após o recebimento da queixa.
c) não pode ser tácito, exigindo-se que seja sempre formulado de forma expressa.
d) implica redução da pena, mas não acarreta a extinção da punibilidade.
e) concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo em relação aquele que
o recusar.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O perdão é causa de extinção da punibilidade, admitido


apenas nos crimes de ação penal privada, e pode ser tácito ou expresso. Depende da
aceitação do querelado (infrator) e se for mais de um querelado, uma vez oferecido a
um deles, se estende a todos, mas não produz efeitos em face daquele que o recusar.
Como a lei fala em ―querelado‖, somente se pode falar em perdão quando já ajuizada
a queixa. Vejamos:
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. LETRA B.

Q96 - A representação do ofendido ou de quem tenha qualidade para


representá-lo, nos casos previstos em lei, é

a) causa de extinção da punibilidade.


b) pressuposto processual de toda ação penal.
c) condição de procedibilidade da ação penal privada.
d) pressuposto processual da ação penal privada.
e) condição de procedibilidade da ação penal pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A representação do ofendido, ou de seu representante, é


condição de procedibilidade da ação penal pública, nos casos previstos em lei, por
força do art. 24 do CPP:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou
de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. LETRA
E.

Q97 - Se ―X" foi vítima do crime de difamação praticado por ―Y" e ―Z", não se
admite que o ofendido, por razões de foro íntimo, ofereça queixa-crime
apenas contra ―Z", haja vista o reconhecimento do caráter indivisível da
Ação Penal Privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na ação penal privada vigora o princípio da INDIVISIBILIDADE, de maneira que o
ofendido não pode ―fracionar‖ a queixa-crime, incluindo apenas um ou alguns dos
infratores, e deixando outros de fora. Certa.

Q98 - Na ação penal pública, o Ministério Público não está obrigado a


denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, diante da incidência
do princípio da autonomia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio que autoriza o MP a não denunciar todos os envolvidos é o princípio da
DIVISIBILIDADE. O MP pode escolher denunciar apenas parte dos infratores, se
entender que não existem elementos suficientes para o ajuizamento da ação penal
em face dos demais. Não vigora, aqui, a princípio da indivisibilidade, que só tem
cabimento nas ações penais exclusivamente privadas. Errada.

Q99 - A queixa-crime pode ser recebida quando for ofertada por advogado
substabelecido com reserva de direitos, por procurador que recebera do
querelante os poderes para o foro em geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPP não veda o oferecimento da queixa pelo procurador que recebera de outro
procurador substabelecimento, desde que a procuração original, conferida pelo titular
da ação penal, contenha poderes especiais, na forma do art. 44 do CPP. Errada.

Q100 - Constituem elementos autenticativos da denúncia:

(A) qualificação do acusado;


(B) data e assinatura do Promotor de Justiça;
(C) qualificação das partes;
(D) exposição do fato com todas as circunstâncias;
(E) classificação do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 41 do CPP a denúncia ou queixa


deverá conter a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais seja possível sua identificação
(marcas no corpo, etc.), a classificação do delito e, quando necessário, o rol de
testemunhas.
Contudo, a Doutrina aponta, ainda, elementos considerados autenticativos, que são
aqueles destinados a conferir autenticidade, veracidade à ação penal. Dentre os
citados pela questão, podem ser considerados elementos autenticativos da ação
penal, são a data e a assinatura do membro do MP.
GAB: B.

Q101 - Ilídio e Ortega ofenderam a honra de Luana, praticando um crime


único, em concurso de agentes, de injúria. Luana procura um advogado na
intenção de propor queixa-crime contra Ilídio, explicando que, por ter
sentimentos por Ortega, não deseja contra ele iniciar uma ação. Diante
disso, vai à Delegacia, antes de adotar qualquer medida judicial, e
expressamente renuncia ao direito de propor queixa contra Ortega por esses
fatos. Nesse caso, é correto afirmar que a queixa-crime posteriormente
proposta em face de Ilídio:
(A) deverá ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado apresente
procuração com poderes especiais;
(B) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois o perdão do ofendido a
um dos autores do crime aos demais se estende;
(C) deverá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido é ato
individual, não se estendendo aos demais agentes;
(D) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido a
um dos autores do crime aos demais se estende;
(E) deverá ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao
advogado procuração com poderes gerais.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Por se tratar de crime de ação penal PRIVADA, a renúncia
manifestada em face de um dos infratores e estende aos demais, na forma do art. 49
do CPP. Assim, se a vítima posteriormente pretender ajuizar a queixa-crime em face
do outro infrator (Ilídio), deverá ter sua pretensão rejeitada, ou seja, a queixa-crime
não deverá ser recebida, pois a renúncia oferecida a Ortega se estendeu a Ilídio,
acarretando a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, V do CP. LETRA D.

Q102 - No dia 24 de julho de 2014, Márcio e Emerson, em uma discussão do


trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime de injúria,
delito este de ação penal privada, Frederico propôs queixa-crime em
desfavor de ambos os colegas de trabalho, em 25.10.2014. A inicial foi
recebida pelo magistrado em 28.10.2014.

Após as partes conversarem sobre os fatos, a vítima resolveu perdoar Márcio


mediante declaração expressa nos autos, sendo por este aceito. Por sua vez,
Emerson mostrou-se inconformado e afirmou que não aceitaria o perdão de
maneira alguma. Diante disso:

(A) Emerson e Márcio terão suas punibilidades extintas, pois o perdão concedido a um
dos querelados aproveita aos demais;
(B) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois a extinção da
punibilidade pelo perdão do ofendido depende de aceitação;
(C) Emerson terá sua punibilidade extinta, pois o perdão independe de aceitação dos
querelados;
(D) o processo prosseguirá em relação a ambos os querelados, pois o perdão
somente pode ser concedido até o oferecimento da denúncia;
(E) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois o perdão concedido a
um dos querelados nunca aproveita aos demais agentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, o perdão oferecido a Márcio se estende a


Emerson, por força do art. 51 do CPP. Contudo, com base no mesmo art. 51 do CPP,
caso algum dos querelados não aceite o perdão, em relação a este não produzirá
efeitos. Vejamos:

Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. Assim, somente Márcio, que
aceitou o perdão, terá sua punibilidade extinta. LETRA B.

Q103 - A ação penal pública incondicionada e a ação penal pública


condicionada à representação são de titularidade do Ministério Público,
diferente do que ocorre com a privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O MP é o titular da ação penal pública, enquanto cabe ao ofendido a titularidade da
ação penal privada, nos termos dos arts. 24 e 30 do CPP. Certa.

Q104 - A ação penal pública condicionada à representação admite a figura do


perdão do ofendido após o oferecimento da denúncia, diferente da pública
incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O perdão do ofendido só é cabível na ação penal privada, nos termos do art. 51 do
CPP. Errada.

Q105 – A perempção poderá ocorrer na ação penal privada e na pública


condicionada à representação, mas não na pública incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A perempção somente pode ocorrer na ação penal privada, nos termos do art. 60 do
CPP. Errada.

Q106 - O princípio da indivisibilidade é aplicável às ações penais públicas,


mas não às ações penais privadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da indivisibilidade somente é aplicável à ação penal privada, não à ação
penal pública.

Q107 - Tanto a representação quanto o direito de queixa poderão ser


exercidos no prazo de seis meses, a contar da data em que a vítima passa a
ter conhecimento de quem é o autor do fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, nos termos do Art. 38 do CP.

Q108 - NÃO é aplicável às ações penais privadas o seguinte princípio:

(A) indivisibilidade;
(B) oportunidade;
(C) disponibilidade;
(D) intranscendência;
(E) obrigatoriedade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se aplica à ação penal privada o princípio da obrigatoriedade, pois este é um
princípio aplicável exclusivamente às ações penais públicas, já que o titular da ação
penal (MP) não tem o direito de escolher se vai ou não ajuizar a ação penal. Havendo
os requisitos, ele deve ajuizar a ação penal. Nas ações penais privadas cabe ao
ofendido escolher se quer ou não ajuizar a ação penal, no que se chama de princípio
da oportunidade. Gab: E

Q109 - Em determinada ação penal privada, na qual se apura a prática dos


delitos de calúnia e difamação, a parte não apresenta, em alegações finais,
pedido de condenação em relação ao delito de calúnia, fazendo-o tão
somente em relação ao delito de difamação.

Com relação ao caso apresentado ocorreu a renúncia tácita em relação ao


delito de calúnia.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
No presente caso, ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia, pois o
querelante não formulou o pedido de condenação em relação ao mesmo quando das
alegações finais, nos termos do art. 60, III do CPP. Errada.
Q110 - João e José, músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por
causa de uma namorada. João se descontrolou e partiu para cima de José,
agredindo-o com socos e pontapés, vindo a ser separado de sua vítima por
policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de prisão em
flagrante. O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da mão
esquerda do guitarrista José foram quebrados e o braço direito, luxado,
ficando impossibilitado de tocar seu instrumento por 40 dias.
Na hipótese, trata-se de crime de ação penal

a) privada propriamente dita.


b) pública condicionada à representação.
c) privada subsidiária da pública.
d) pública incondicionada.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Temos, aqui, o crime de lesão corporal grave. Vejamos:


Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
Tal delito é de ação penal pública incondicionada, pois o CP não especifica qual é a
ação penal para este caso. Lembrando que no caso de lesões leves e culposas a ação
depende de representação, por força do art. 88 da Lei 9.099/95.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q111 - O Supremo Tribunal Federal entende que a representação é peça sem


rigor formal, que pode ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na
delegacia, quanto perante o magistrado ou membro do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o entendimento já consolidado do STF. Correto.

Q112 - A Lei Processual não admite a ação penal privada subsidiária da


pública nos casos em que o Ministério Público não se mantém inerte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato não cabe ação penal privada subsidiária da pública por outro motivo, pois
esta pressupõe a INÉRCIA do MP, nos termos do art. 29 do CPP. Certa.

Q113 - Se o ofendido for retardado mental e colidirem os interesses dele com


os de seu representante legal, o direito de queixa poderá ser exercido por
curador especial, nomeado pelo juiz competente para o processo penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto, nos termos do art. 33 do CPP.

Q114 - Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade ou


conveniência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade ou conveniência,
segundo o qual o ofendido, que é o titular da ação penal, é quem decide se quer ou
não a ajuizar, podendo deixar de fazê-lo, caso queira. Certa.

Q115 - Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o


Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir
dela, conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava
explicando ao aluno o princípio da

A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscendência.

RESPOSTA DA QUESTÃO: De fato o art. 42 do CPP assim dispõe. Vejamos:


Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. Este artigo traduz o
que a Doutrina entende como princípio da INDISPONIBILIDADE da ação penal
pública. LETRA C.

Q116 - Em relação às ações penais públicas condicionadas, o Código de


Processo Penal prevê a possibilidade de retratação da

a) representação do ofendido até o oferecimento da denúncia.


b) representação do ofendido até o recebimento da denúncia.
c) requisição do Ministro da Justiça até o oferecimento da denúncia.
d) requisição do Ministro da Justiça até o recebimento da denúncia.
e) representação do ofendido e da requisição do Ministro da Justiça até o
recebimento da denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão fácil, mas serve para lembrarmos outro assunto: que embora a ―requisição‖
do Ministro da Justiça receba essa definição legal, nesse caso a Ação é Pública
CONDICIONADA, outrora Segundo o professor Nestór Távora, o entendimento
prevalente nas provas objetivas, mesmo que a questão não mencione o CPP, é que o
ministro da justiça não pode se retratar por ausência de legislação penal que
regulamente. Afirmou ainda, que o STF e o STJ nunca julgaram nada nesse sentido
por ser uma matéria muita rara. Gab: A

Q117 - No que diz respeito à ação penal pública condicionada à requisição do


ministro da Justiça, assinale a opção correta.

a) A requisição ministerial, para propositura de ação penal pública condicionada, está


sujeita ao prazo decadencial de seis meses, contado do dia em que o ministro da
Justiça vier a saber quem é o autor do crime.
b) A requisição do ministro da Justiça impõe ao MP o dever de ofertar denúncia.
c) A definição jurídica do fato delituoso feita pelo ministro da Justiça, na requisição,
vincula o juiz criminal que irá julgar a causa.
d) Nos crimes contra o patrimônio da União, é indispensável a requisição do ministro
da Justiça.
e) A requisição do ministro da justiça, na ação penal pública condicionada, é condição
de procedibilidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) FALSA: Prevalece na doutrina que o Ministro da Justiça não tem o prazo de 6
meses para oferecer a requisição, mas apenas o ofendido.
b) FALSO: A requisição do Ministro da Justiça não vincula o PArquet;
c) FALSO: Também não vincula o Juiz;
d) FALSO: As hipóteses de requisição do Ministro da Justiça são:
Crimes praticados contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro;
Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro no exterior.

Q118 - Não é condição geral ou especial da ação penal:

a) O pedido.
b) A legitimidade das partes.
c) A entrada do agente no território nacional em caso de extraterritorialidade da lei
penal.
d) A requisição do Ministro da Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De forma geral o pedido não é condição da ação e sim elemento. São condições da
ação: PLI (possibilidade jurídica do pedido, legitimidade de parte e interesse de agir)
São elementos da ação: o pedido, a causa de pedir e a parte. Gab: A

Q119 - A ação penal, como regra, é

a) pública condicionada à representação.


b) pública incondicionada.
c) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
d) privada.
e) personalíssima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Texto literal do Art. 27, CPP + Obs.: Quando o CPP só trouxer "Ação Pública",
entende-se que se trata da Incondicionada. Gab: B

Q120 - São formas de instauração de IP: de ofício, pela autoridade policial;


mediante representação do ofendido ou representante legal; por meio de
requisição do Ministério Público ou do ministro da Justiça; por intermédio do
auto de prisão em flagrante e em virtude de delatio criminis anônima, após
apuração preliminar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Formas de instauração do I.P:
De oficio pela autoridade policial;
Mediante representação do ofendido ou seu representante legal;
Requisição do MP ou do Ministro da Justiça;
Auto de prisão em flagrante;
Após a apuração preliminar, pode-se instaurar I.P em virtude de Delatio Criminis
Anônima. RESPOSTA DA QUESTÃO: C
Q121 - Na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, exige-se a requisição do ministro da Justiça,
como condição de procedibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 7, § 2º CF - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Correta.

Q122 - A representação do ofendido e a requisição do Ministro da Justiça,


nas ações penais públicas condicionadas, não estão sujeitas a causas legais
de suspensão ou interrupção do prazo para o seu oferecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Prazo decadencial, sua natureza é peremptória (art. 182 CPC), ou seja, é fatal e
improrrogável e não está sujeito a interrupção ou suspensão. Assim, esse lapso
temporal não pode ser dilatado (a pedido do ofendido ou do Ministério Público) e não
prorroga para dia útil (caso termine em final de semana ou feriado). Certa.

Q123 - De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal, nos


processos conexos, será facultativa a separação quando as infrações tiverem
sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 80 do CPP, no caso de crimes conexos, será facultativa a
separação quando ―as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo
ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não
lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar
conveniente a separação‖. Correta.

Q124 - Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou


foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código de Processo Penal,

a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente,


praticada em território de duas ou mais jurisdições.
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave.
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal.
d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da
consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de
execução.
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da
consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de
execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 72 do CPP, o foro subsidiário (ou


supletivo) será o foro do domicílio ou residência do réu, quando desconhecido o lugar
da infração:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q125 - A competência para a ação penal, caso


a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da
infração.
b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou
domicílio do réu.
c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher
entre o local da infração e o da sua própria residência.
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se
consumado a infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A competência, caso desconhecido o lugar da INFRAÇÃO


(que é a regra), será fixada tendo em conta o local do domicílio ou residência do réu,
nos termos do art. 72 do CPP. No caso de ação exclusivamente privada o querelante
poderá escolher entre o local da infração ou o local do domicílio do RÉU, nos termos
do art. 73 do CPP.

Por fim, em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do


lugar em que for praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP.
LETRA B.

Q126 - Determina o caput do art. 70 do CPP que nos crimes consumados,


como regra, a competência para julgamento será determinada pelo lugar
onde deveria ter se consumado a infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do lugar em
que for praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP. Errada.

Q127 - De acordo com entendimento sumulado pelo STF, é de competência


da Justiça Federal processar e julgar crimes de tráfico de drogas, desde que
haja remessa do entorpecente para o

a) exterior.
b) exterior, ou entre Estados dentro do país.
c) exterior, ou entre Estados dentro do país, ou entre Municípios.
d) exterior, e desde que seja praticado por associação transnacional.
RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do enunciado nº 522 da súmula de
jurisprudência do STF, haverá competência da Justiça Federal para processar e julgar
o delito de tráfico de drogas quando se tratar de remessa da droga para o exterior:

SÚMULA 522 (IMPORTANTE PARA CPP E LEI DE DROGAS)


Salvo ocorrência de tráfico para o Exterior, quando, então, a competência será
da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos
crimes relativos a entorpecentes. LETRA A.

Q128 - A competência processual penal é definida, em regra, pelo lugar em


que se consumar a infração. Contudo, nos termos do Código de Processo
Penal, é correto afirmar que se tratando de infração continuada ou
permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa cai bastante! Nesse caso a competência se firmará pela prevenção, conforme
art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Gab: E

Q129 - Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e


julgar os seus ministros nos crimes de responsabilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os Ministros do STF são processados e julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo
SENADO FEDERAL, nos termos do art. 52, II da Constituição Federal. Errada.

Q130 - Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á


pelo domicílio ou residência do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa vale até a pena repetir, vai cair na sua prova. Correta.

Q131 - A inobservância da competência penal por


prevenção___________________ .

a) constitui nulidade relativa


b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais

RESPOSTA DA QUESTÃO: A inobservância da competência em razão da prevenção


é causa de nulidade relativa, conforme entendimento do STF, sumulado através do
verbete de nº 706: ―É relativa a nulidade decorrente da inobservância da
competência penal por prevenção‖. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA
A.

Q132 - No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência


bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de
dinheiro do caixa, a competência para a ação penal é da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção.
d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido
conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, como a Caixa Econômica Federal é uma


empresa pública federal, a competência será da JF, por força do art. 109, IV da
Constituição. Gab: A

Q133 - Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em


território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo(a)

a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso a competência se firmará pela prevenção, por


força do art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. LETRA A.

Q134 - A exceção de incompetência constitui meio processual assecuratório


da observância do princípio do(a)

a) oficialidade.
b) juiz natural.
c) publicidade.
d) persuasão racional.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A exceção de incompetência é uma forma de defesa que


visa à garantia da observância do princípio do Juiz Natural, pois tem como objetivo o
reconhecimento da incompetência do Juízo e a remessa dos autos ao Juízo
competente, ou seja, a remessa dos autos ao Juiz Natural da causa. Tal princípio está
previsto no art. 5º, LIII da Constituição. Gab: B

Q135 - Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional Eleitoral,


durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos
divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu colega. A competência
para julgamento é do:

a) Tribunal do Júri.
b) Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Tribunal Superior Eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela o agente possui foro por prerrogativa de


função para ser julgado, nos crimes comuns, pelo STJ. Além disso, a competência de
foro por prerrogativa de função irá prevalecer em relação à competência do Júri, pois
se trata de prerrogativa de foro prevista na própria Constituição FEDERAL. LETRA D.

Q136 - Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo comete


um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, é
competente para o julgamento da causa o;

a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco


b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido crime
figura como Prefeito Municipal

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela será competente o TJ do estado de São


Paulo. Isto porque os prefeitos possuem a prerrogativa CONSTITUCIONAL (prevista
na Constituição FEDERAL) de serem processados e julgados, nos crimes comuns, pelo
TJ local:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,
na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII,
pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) No caso, o TJ competente é o da Unidade
da Federação em que está situado o município a que pertence o Prefeito, e não o TJ
do local do fato. Assim, competente será o TJ-SP (CC 120848/PE, Rel. Ministra
LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 27/03/2012). LETRA
C.

Q137 - A competência será determinada pela conexão quando duas ou mais


pessoas forem acusadas pela mesma infração ou se, ocorrendo duas ou mais
infrações praticadas ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por
várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias
pessoas, umas contra as outras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração teremos
continência, e não conexão, nos termos do art. 77, I do CPP:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.

Assertiva errada.

Q138 - Após a condenação em primeira instância por um crime de


competência federal, o réu de uma ação penal é diplomado como deputado
federal. Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação, interposta
antes da diplomação, deverá ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com razões e
contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Considerando-se a superveniência da diplomação


do acusado, que passou a ocupar o cargo de deputado federal, a competência
se desloca para o STF, que passa a ser o órgão jurisdicional competente para
processar e julgar a demanda. A competência só permaneceria no TRF se já
tivesse se iniciado o julgamento do recurso. LETRA C.

Q139 - Analise a seguinte situação hipotética: Agapito é funcionário público


do Estado de Roraima, exercendo suas atividades na Secretaria da Saúde,
com sede na cidade de Boa Vista. No exercíciodo seu cargo, Agapito, agindo
em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi, durante
aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto
Alegre e Caracaí, todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e
de sua esposa, diversos bens de que tinha a posse em razão do cargo que
ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de Boa Vista e
praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia, pouco tempo
depois da prática do último ato criminoso, Agapito foi preso em flagrante por
crime de peculato, quando retornava para a cidade de Boa Vista, em uma
Rodovia, na cidade de Mucajaí.
No caso proposto, a competência para julgamento da ação penal

a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em diversas
comarcas do Estado de Roraima.
b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do réu.
c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público praticou o
primeiro ato criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas de Boa
Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos criminosos, são
competentes para julgamento da ação penal.
e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou o último
ato criminoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso, nós temos diversos crimes de peculato


praticados em continuidade delitiva. Assim, por uma ficção jurídica serão
considerados como crime único. Desta forma, em se tratando de crime continuado
praticado no território de duas ou mais jurisdições, e considerando que não há uma
infração penal mais grave que as demais, a competência será do Juízo criminal de
qualquer uma das comarcas, e firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do
CPP. LETRA D.

Q140 - O Código de Processo Penal brasileiro, ao tratar da competência


jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da
seguinte regra:

a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum,


prevalecerá esta última.
b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da
infração à qual for cominada a pena mais grave, exceto
no caso de crimes conexos de competência federal e estadual, em que a competência
será sempre da Justiça Federal.
c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá aquela.
d) a conexão e continência importam unidade de processo e julgamento, sem
exceção.
e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No que tange à conexão, aplica-se, em regra, a reunião


dos processos, mas há exceções. No caso de haver reunião, prevalece a competência
da jurisdição especial em relação à comum. Vejamos:

!! Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão


observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum,
prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263,
de 23.2.1948)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela
Lei nº 263, de 23.2.1948)
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior
graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
A Justiça Federal é especial em relação à Justiça Estadual, prevalecendo sobre esta.
Vejam que o fato de a infração da Justiça Federal possuir pena menos grave, neste
caso, é irrelevante. LETRA B.

Q141 - A competência será determinada pela continência

a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo


tempo, por várias pessoas reunidas.
b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra as outras.
d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A competência será determinada pela continência quando


duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração, nos termos do art. 77, I
do CPP:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q142 - Antonio é prefeito municipal que exerce mandato desde 2013. Ante
a notícia de que teria, em 2011, praticado delito de apropriação indébita
previdenciária, previsto no artigo 168-A, do Código Penal, enquanto sócio
gerente de uma metalúrgica, a competência para processá-lo e julgá-lo
agora por tal crime é do:

a) juiz de primeiro grau da respectiva seção judiciária onde teria ocorrido o delito.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal do local onde teria ocorrido o delito.
e) Tribunal de Justiça do Estado onde teria ocorrido o delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Os prefeitos possuem foro por prerrogativa de função, de


forma que são julgados pelo Tribunal de Justiça local. Contudo, em se tratando de
crime de competência da Justiça Federal, o competente será o respectivo TRF, e não
o TJ, que não tem competência para processar e julgar crimes federais, como é de
apropriação indébita previdenciária, eis que praticado em detrimento do patrimônio
de autarquia federal (INSS). LETRA D.

Q143 - Pedro foi denunciado porque guarda, na cidade A, moeda falsa e


porque, na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa,
desacatou e desobedeceu a ordem policial. O foro competente para processar
e julgar Pedro por tais fatos é

(A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime de moeda falsa,


mais grave, ocorreu em ambas as localidades.
(B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução.
(C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações.
(D) o do foro da residência de Pedro.
(E) o da cidade B, porque onde foi praticado o último ato de execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso temos uma hipótese de continência, por


concurso MATERIAL. vejamos:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
(...)
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53,
segunda parte, e 54 do Código Penal.
Neste caso, em se tratando de jurisdições da mesma categoria, e como as penas são
idênticas em relação ao crime de maior pena (moeda falsa), aplica-se a regra do
maior número de infrações:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão
observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263,
de 23.2.1948)
(...)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948). LETRA C.

Q144 - O Supremo Tribunal Federal é competente para processar e julgar,


originariamente,

(A) os membros dos Tribunais Superiores, apenas nos crimes de


responsabilidade.
(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas infrações penais
comuns.
(E) o Procurador-Geral da República, nos crimes de responsabilidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO: A competência criminal originária do STF está prevista no
art. 102 da Constituição. O STF tem competência originária para julgar, nos crimes
comuns, os seus Ministros, por força do art. 102, I, b da CRFB/88. LETRA C.

Q145 - Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional n° 45, nas


hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o

A) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de


Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça.
B) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de
Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal.
C) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o Tribunal
Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Supremo Tribunal Federal.
D) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal,
em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para o Tribunal Regional Federal.
E) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de
Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso de grave violação dos direitos humanos, poderá


o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA suscitar, perante o STJ, O
DESLOCAMENTO DA COMPETÊNCIA para a Justiça Federal, a qualquer momento do
Inquérito ou Processo. Nos termos do §5° do art. 108 da Constituição: § 5º Nas
hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República,
com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar,
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº45, de 2004). LETRA B.

Q146 - Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar,


originariamente, nos crimes comuns, os

A) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.


B) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.
C) Governadores dos Estados.
D) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
E) membros dos Tribunais de Contas do Município.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns,


está definida no art. 108, I da Constituição. Vejamos:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da
Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral; PORTANTO, FICA CLARO QUE A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q147 - A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se


consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a redação literal do art. 70 do CPP, que adotou a teoria do resultado para
definir o local do crime para fins de definição da competência.

Q148 - Quando o último ato de execução for praticado fora do território


nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a redação do § 2° do art. 70 do CP, que trata da hipótese de fixação da
competência nos casos em que a conduta se inicia no Brasil mas só se encerra fora do
país.

Q149 - A competência será determinada pela continência quando a prova de


uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso teremos uma hipótese de conexão, e não de continência. Trata-se da
hipótese de conexão instrumental ou probatória, nos termos do art. 76, III do CPP.
DICA: Crimes CONEXOS = conexão. Errada.

Q150 - Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o


lugar da infração,

A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio.


B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.
C) poderá preferir o foro da sua própria residência.
D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração.
E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese


de crime de ação penal exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de domicílio
do réu, ainda que conhecido o lugar da infração. No entanto, o art. 73 fala em ―casos
de exclusiva ação privada‖. Assim, no caso de ação penal privada subsidiária da
pública, não pode o querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento
da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é
exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública. LETRA E.

Q151 - A competência será determinada pela continência quando


A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir
na prova de outra infração.
B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as
outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas, umas contra as outras.
E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
lugar.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A alternativa A traz uma hipótese de conexão, não de


continência. Trata-se, nesse caso, de conexão instrumental ou probatória, prevista no
art. 76, III do CPP. Já a alternativa B, traz outra hipótese de conexão, desta vez,
conexão objetiva teleológica e consequencial, nos termos do art. 76, II do CPP. A
alternativa C, esta sim, está correta, pois traz a hipótese de continência por
cumulação subjetiva, ou seja, a que ocorre no caso de concurso de agentes. A
alternativa D traz a conexão intersubjetiva recíproca e a alternativa E traz a hipótese
de conexão intersubjetiva por concurso de pessoas. LETRA C.

Q152 - Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no território


nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a competência será
determinada

A) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
B) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de execução.
C) pela prevenção.
D) pela residência ou domicílio do réu.
E) pelo lugar onde ocorreu a consumação.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tendo a prática do crime se iniciado no Brasil, mas


terminado fora do nosso território, nos termos do art. 70, § 1° do CPP, a competência
para julgamento será a do local em que ocorreu, no Brasil, o último ato de execução:

§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele,


a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o
último ato de execução. LETRA A.

Q153 – Em se tratando de infração permanente, praticada em território de


duas ou mais jurisdições, a competência será do lugar no qual teve início a
infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesta hipótese, a competência é de ambas as localidades, sendo consolidada através
do critério da prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. Errada.

Q154 - Nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar


em que foi praticado o primeiro ato de execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a competência será a do local
onde ocorreu o último ato executório. Questão Errada.

Q155 - Nos casos de ação privada subsidiária da pública, o querelante pode


preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido o
lugar da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de crime de ação penal
exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de domicílio do réu, ainda que
conhecido o lugar da infração. No entanto, o art. 73 fala em ―casos de exclusiva ação
privada‖. Assim, no caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o
querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca do local
da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é exclusivamente
privada, mas, na verdade, é pública. Errada.

Q156 - Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á


pelo domicílio ou residência da vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 72 do CPP, não sendo conhecido o lugar da infração, a
competência será determinada com base no local do domicílio do réu, não do
ofendido. Errada.

Q157 - Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante ajuizará a


ação no foro do domicílio ou residência do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O art. 73 permite ao querelante, mas não o obriga a


fazer isto, ajuizar a ação penal no foro de domicílio ou residência do réu, ainda que
conhecido o local da infração. Errada.

Q158 - Na competência por conexão ou continência, no concurso de


jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual
for cominada pena mais grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando concorrerem na competência dois Juízos por conexão ou continência, será
considerado preponderante o Juízo do local onde for cometida a infração cuja pena é
mais grave, nos termos do art. 78, II, a do CPP. Correta.

Q159 - No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a


comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se eu tenho um jumento e um burro. Seria plenamente aceitável dizer que tenho um
jumento, ou por outro lado dizer que tenho um burro. Em nenhum ponto a questão
suscitou a exclusão da jurisdição por prerrogativa.

O CESPE por outro lado tem VÁRIOS burros, e ao que parece todos muito ocupados.
Questão errada, o que vale é o PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE no concurso de
jurisdição. Errada.
Q160 - No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de
maior graduação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 78, III do CPP, que determina a preponderância da
Jurisdição de maior graduação (ex: Um Tribunal e um Juiz singular). Correta.

Q161 – A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas


serem acusadas pela mesma infração é determinada

A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A competência, neste caso, é a chamada competência


por continência em razão da cumulação subjetiva (concurso de agentes). Gab: D

Q162 - Conexão instrumental é aquela que decorre da pluralidade de sujeitos


do crime e de uma única conduta, com vários resultados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é fácil resolver pois se há uma única conduta não pode ser conexão, de toda
forma, nesse caso não há conexão instrumental, mas hipótese de continência por
cumulação subjetiva. Errada.

Q163 - Ocorre a prevenção, quando anteriormente à propositura da ação ou


no concurso dela, um juiz, dentre diversos outros da mesma forma
competentes, pratica algum ato processual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes para apreciar
determinada demanda, a competência será fixada naquele que primeiro atuar no
caso. Certa.

Q164 - Foro subsidiário é aquele fixado na hipótese em que não for


conhecido o lugar da infração, passando o foro a ser o do domicílio ou
residência do réu.

Via de regra, o foro é determinado pelo local onde ocorre a infração. No entanto, não
sendo conhecido este local, será considerado como competente o foro do local onde o
réu possui domicílio ou residência, nos termos do art. 72 do CPP. Correta.

Q165 - Em regra a competência deve ser fixada pelo lugar onde se consumou
o delito ou, no caso de tentativa, onde foi praticado o último ato executório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a competência será a do local
onde ocorreu o último ato executório. Certa.
Q166 - A competência do tribunal do júri atrai os processos conexos e
prevalece inclusive sobre o foro por prerrogativa de função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora a competência do Júri possua uma vis atractiva sobre as demais
competências, o STF entende que a competência do júri não prevalece sobre a
competência por prerrogativa de função quando esta é estabelecida na Constituição
FEDERAL. Errada.

Q167 - Na sessão plenária do procedimento do júri popular, quando


desclassificado o delito pelo conselho de sentença para outro de
competência do juiz singular, é o próprio juiz presidente do tribunal do júri
aquele que deverá proferir a sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CORRETA: De fato, esta é a previsão contida no art.492, §1º do CPP.

Q168 - Não se aplicam as regras de conexão de natureza objetiva ao tribunal


do júri, em razão de expressa previsão constitucional de sua competência
para o julgamento de crimes dolosos contra a vida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Havendo conexão entre crimes dolosos contra a vida e outros delitos, estes também
serão julgados pelo Tribunal do Júri, em razão da força atrativa de sua competência,
nos termos do art. 78, I do CPP. Errada.

Q169 - O princípio do juiz natural, instituído ratione personae e ratione


materiae, configura hipótese de competência absoluta, inafastável por
vontade das partes processuais, somente se admitindo a sua flexibilização
por oportunidade da aplicação de norma constitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio do juiz natural, instituído ratione personae e ratione materiae, configura
hipótese de competência absoluta, inafastável por vontade das partes processuais,
somente se admitindo a sua flexibilização por oportunidade da aplicação de norma
constitucional. Correta.

Q170 - A expedição de mandado de busca e apreensão não configura ato de


prevenção do juízo, tendo em vista a ausência de conteúdo decisório deste
ato judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A simples expedição de mandado de busca e apreensão gera a prevenção do Juízo
que a determinou, nos termos do art. 83 do CPP. Errada.

Q171 - Viola as garantias fundamentais do juiz natural e do devido processo


legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados, por tratar-se de regra de
prorrogação de competência de natureza infraconstitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STJ entende que não há qualquer violação neste caso, devendo o corréu não
detentor de prerrogativa de foro ser julgado juntamente com o corréu que a possui,
em razão da conexão. Errado.

Q172 - Os crimes de responsabilidade praticados pelos ministros de Estado,


sem qualquer conexão com o presidente da República, serão processados e
julgados pelo STJ.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ÔPA! Questão importantíssima e o item está errado. Os Ministros do Presidente da
República – Ministros de Estado – são processados por crimes comuns ou crimes de
responsabilidade sempre no STF. Vou repetir! Tenha o Ministro de Estado cometido
crime comum (ligado ou não a sua função) ou crime de responsabilidade, o tribunal
competente será o Supremo Tribunal Federal.

O Art. 52, I, com redação dada pela EC 23/99, traz uma grande exceção. Quando o
Ministro de Estado comete crime de responsabilidade conexo com o Presidente da
República ou o Vice, o julgamento desse Ministro não vai para o STF, como ocorre
normalmente, mas sim acompanha o Presidente ou Vice deslocando o julgamanto
para o Senado Federal.

Resumindo, Ministros de Estado são processados no STF, seja crime comum ou crime
de responsabilidade, salvo nos casos de crime de responsabilidade conexos com o
Presidente ou o Vice-Presidente, em que todos são processados no Senado Federal.
São os chamados crimes de responsabilidade conexos com o Presidente da República
(ou o Vice, não esqueça).

A mesma regra se aplica aos comandantes do EMA – Forças Armadas.

Se estas autoridades forem COATORES em MS – HD e HC o processo é de


competência originária do STJ

Questão errada.

Q173 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, nas


infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça. Correta.

Q174 – Via de regra, a competência será definida pelo local em que foi
praticada a infração, ainda que seja outro o local da consumação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como regra a competência será regulada em razão do local em que se consumar a
infração, nos termos do art. 70 do CPP. Errada.

Q175 - No caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de


sua residência, ainda que conhecido o local da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O querelante (nas ações penais exclusivamente privadas) poderá preferir o foro de
domicílio ou residência do RÉU (e não o dele próprio), ainda que conhecido o lugar da
infração, nos termos do art. 73 do CPP.

Q176 - Estando preso e cumprindo pena na cidade de Campos, interior do


estado do Rio de Janeiro, Paulo efetua ligação telefônica para a casa de
Maria, localizada na cidade de Niterói, no mesmo Estado, anunciando o falso
sequestro do filho desta e exigindo o depósito da quantia de R$ 2.000,00
(dois mil reais), a ser efetuado em conta bancária na cidade do Rio de
Janeiro. Maria, atemorizada, efetua a transferência do respectivo valor, no
mesmo dia, de sua conta corrente de uma agência bancária situada em São
Gonçalo.

Descoberto o fato e denunciado pelo crime de extorsão, assinale a opção que


indica o juízo competente para o julgamento.

A) Vara Criminal de Campos.


B) Vara Criminal de Niterói.
C) Vara Criminal de São Gonçalo.
D) Vara Criminal do Rio de Janeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O crime de extorsão é considerado formal, ou seja,


consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.

Assim, a consumação de tal delito ocorre no momento e no local em que a violência


ou grave ameaça é exercida contra a vítima. Neste caso, a grave ameaça ocorreu em
Niterói (local em que a vítima recebeu a ligação). Neste momento o delito do art. 158
do CP restou consumado.

A competência, portanto, será da Vara Criminal de Niterói, nos termos do art. 70 do


CPP. LETRA B.

Q177 - A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se


consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território
nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a redação do art. 70, caput, e seu § 1°, do CPP. Correta.

Q178 - Quando o último ato de execução for praticado fora do território


nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando o último ato de execução não for praticado no Brasil, mas fora do país, a
competência, no Brasil, será do Juízo do local em que o crime tenha produzido o
resultado, ou deveria produzir. Nos termos do art. 70, § 2° do CPP. Correta.

Q179 - A conexão importará em unidade de processos e julgamento no


concurso entre jurisdição comum e militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesse caso não haverá unidade de processo e julgamento, nos termos do art. 79, I
do CPP. Errada.

Q180 - Quando a prova de uma infração influir na prova de outra infração, a


competência será determinada pela continência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Crimes CONEXOS, não dá pra ser continência. Errada.
Q181 - A teoria adotada para definição da competência territorial é a da
Atividade, ou seja, relevante será o local da ação/omissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nítido que o CPP adotou a teoria do RESULTADO para definir a competência de
jurisdição. Errada.

Q182 – POLICIA LEGISLATIVA FEDERAL – SENADO FEDERAL – FGV – 2008

Caio, deputado federal, contrata Semprônio, matador profissional, para


liquidar seu desafeto Tício, também deputado federal. O pistoleiro executa o
crime. Posteriormente, o matador é preso e confessa o crime, indicando
ainda a participação de Caio como mandante do crime doloso contra a vida.
Assinale a alternativa correta.

(A) Caio e Semprônio deverão ser julgados pelo Tribunal do Júri.


(B) Caio e Semprônio deverão ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.
(C) Caio deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal e Semprônio pelo
Tribunal do Júri.
(D) Caio deverá ser julgado pelo Superior Tribunal Eleitoral e Semprônio pelo
Superior Tribunal de Justiça.
(E) Caio e Semprônio deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Trata-se, neste caso, de hipótese de crime doloso contra


a vida, praticado em concurso de pessoas entre Caio (autor intelectual ou mandante)
e Semprônio (autor direto ou executor). A princípio, a competência para julgamento
de Semprônio e Caio seria do Tribunal do Júri, por se tratar de crime doloso contra a
vida, nos termos do art. 5°, XXXVIII, d da Constituição. No entanto, Caio, por ser
Deputado Federal, possui foro especial por prerrogativa de função, devendo ser
julgado, nos crimes comuns (inclusive os dolosos contra vida) perante o STF, nos
termos do art. 53, § 1° e art. 102, I, b da Constituição.

Entretanto, por se tratar de hipótese em que a infração penal fora cometida em


concurso de pessoas, há o fenômeno da continência por cumulação subjetiva (uma
única infração e concurso de pessoas), nos termos do art. 77, I do CPP, o que importa
em reunião dos processos para julgamento perante um único Juízo. O que fazer?

O STF chegou a firmar entendimento no sentido de que ambos deveriam ser julgados
pelo STF. Contudo, posteriormente a jurisprudência se consolidou no sentido de que
deverá haver a separação de processos, pois caso contrário a competência do júri
estaria sendo afastado em razão de meras normas infraconstitucionais do CPP (sobre
conexão e continência).
Assim, o entendimento é no sentido de que Caio será julgado pelo STF e Semprônio
pelo Tribunal do Júri.
Gabarito: Letra C.

Q183 - POLICIA LEGISLATIVA FEDERAL – SENADO FEDERAL – FGV – 2008

I. Na determinação da competência por conexão, em caso de concurso de


jurisdições da mesma categoria, observa-se a regra da preponderância da
jurisdição em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade.
II. A competência prevista na Constituição Estadual de foro por prerrogativa
de função para procurador do estado não prevalece sobre a competência
prevista na Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para
crimes dolosos contra a vida.
III. É possível a separação de processos em razão do número excessivo de
acusados.
IV. A competência prevista na Constituição Federal de foro por prerrogativa
de função para juiz de direito prevalece sobre a competência prevista na
Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para crimes dolosos
contra a vida.

Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.

I - CORRETA: Esta é a previsão expressa do art. 78, II, a e b do CPP, que estabelece
como regra, a competência do foro do local onde fora praticada a infração mais grave
e, no caso de infrações da mesma gravidade, onde houver ocorrido o maior número
de infrações.
II - CORRETA: Se a competência por prerrogativa de função não está prevista na CF,
mas na Constituição Estadual, prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, nos
termos da SÚMULA VINCULANTE 45.
III - CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 80 do CPP:
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo
excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por
outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.
IV - CORRETA: Item correto, pois havendo concorrência entre a competência do
Tribunal do Júri e outra competência por prerrogativa de função prevista na
Constituição FEDERAL, prevalecerá esta última. LETRA D.

Q184 - O foro por prerrogativa de função somente tem cabimento enquanto


o agente público se encontra no exercício da função pública que lhe confere
tal prerrogativa, ainda que haja processo em curso, pendente de despacho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o STF, a desvinculação do cargo gera a remessa dos autos ao Juízo que
seria competente em caso de ausência do foro por prerrogativa de função, no caso, o
Juízo de Direito de primeira instância. Certa.

Q185 - Paulo reside na cidade ―Y‖ e lá resolveu falsificar seu passaporte.


Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade ―Z‖, com o intuito
de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade ―W‖ e pela cidade ―K‖, onde foi
parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o
documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à
delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de
documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para
julgamento.

A) Justiça Estadual da cidade ―Y‖.


B) Justiça Federal da cidade ―K‖.
C) Justiça Federal da cidade ―Y‖.
D) Justiça Estadual da cidade ―K‖.
RESPOSTA DA QUESTÃO: O delito em questão é o delito de uso de documento
falso, previsto no art. 304 do CP. Quanto à base territorial, a jurisprudência entende
que é competente o Juízo do local em que ocorreu a utilização do documento falso, no
caso, a cidade ―K‖.

Como o documento falsificado é o passaporte, que é um documento relacionado à


fiscalização de fronteiras, há o interesse da União na causa, de forma que a
competência ratione materiae será da Justiça Federal. Não se trata, apenas de
―documento emitido por órgão federal‖ (Polícia Federal), pois o STJ entende que
importa a autoridade perante quem é apresentado o documento, e não o órgão que
emitiu o documento falsificado. No caso em tela, temos todo um contexto de
interesse da União, que envolve a fiscalização das fronteiras nacionais, por isso,
embora apresentado o documento perante a autoridade estadual (PM), teremos
competência da Justiça Federal. Logo, teremos que o Juízo competente será a Justiça
Federal da cidade K. LETRA B.

Q186 - Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum.


Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de
função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Governador de estado possui foro especial por prerrogativa de função, devendo ser
julgado, nos crimes comuns, perante o STJ, nos termos do art. 105, I, a da
Constituição. Certa.

Q187 - A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de


função aos prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que ―os
prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça‖. José, Prefeito do
Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de
corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal.

Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José


é

a) a Justiça Estadual de 1ª Instância.


b) o Tribunal de Justiça.
c) o Tribunal Regional Federal.
d) a Justiça Federal de 1ª Instância.

RESPOSTA DA QUESTÃO: No caso em tela a competência para o processo e


julgamento do delito será da Justiça Federal de segunda instância, ou seja, o TRF.
Isso porque, embora a prerrogativa de foro esteja prevista apenas na Constituição
estadual, não há choque com a competência do Júri.
Quando se diz que o TJ tem competência para julgar os Prefeitos, isso se restringe
aos crimes comuns, não abrange os crimes federais e eleitorais, que serão da
competência do TRF e do TRE, respectivamente. Vejamos a súmula 702 do STF:
SÚMULA 702, STF: A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA JULGAR
PREFEITOS RESTRINGE-SE AOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM
ESTADUAL; NOS DEMAIS CASOS, A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA CABERÁ AO
RESPECTIVO TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU. LETRA C.

Q188 - Juan da Silva foi autor de uma contravenção penal, em detrimento


dos interesses da Caixa Econômica Federal, empresa pública.
Praticou, ainda, outra contravenção em conexão, dessa vez em detrimento
dos bens do Banco do Brasil, sociedade de economia mista. Dessa forma,
para julgá-lo será competente a Justiça Estadual, pelas duas infrações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em ambos os casos será competente a Justiça Estadual. Isto porque a Justiça Federal
não tem competência para o julgamento de contravenções penais, nos termos do art.
109, IV da Constituição Federal. Certa.

Q189 - Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao


Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se
aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia
22/01/2015, travou uma discussão com seu vizinho e acabou por ser autor
de um crime de lesão corporal seguida de morte, consumado na cidade em
que reside.

Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos


Tribunais Superiores, será competente para julgar Ricardo

a) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.


b) uma das Varas Criminais de Florianópolis.
c) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
d) o Tribunal do Júri de Florianópolis.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O foro por prerrogativa de função dos Juízes só vigora


quando os magistrados estão em atividade. Uma vez aposentados não há que se falar
em foro por prerrogativa de função. Assim, e considerando-se que a lesão corporal
seguida de morte não é um crime doloso contra a vida (o resultado morte ocorre por
culpa, não por dolo), Ricardo será julgado por uma das Varas Criminais de
Florianópolis. LETRA B.

Q190 - A Justiça Brasileira recebeu Carta Rogatória encaminhada pelo


Ministério das Relações Exteriores a pedido da Embaixada da Romênia, com
o fim de verificar a possível ocorrência de crime de lavagem de dinheiro do
empresário brasileiro Z. A quem compete a execução da Carta Rogatória?

a) Aos Juízes Federais.


b) Ao Superior Tribunal de Justiça.
c) Aos Juízes Estaduais.
d) Ao Supremo Tribunal Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Embora quem conceda o ―exequatur‖ à carta rogatória


seja o STJ, a execução da carta compete aos Juízes Federais de primeira instância,
nos termos do art. 109, X da Constituição Federal.

Q191 - Ricardo é denunciado pelo Ministério Público por um crime de roubo


cometido na cidade de Rio Doce no ano de 2013. Recebida a denúncia é
expedido mandado de citação, mas Ricardo não é encontrado no endereço
fornecido durante o curso do Inquérito Policial. O Magistrado determina,
então, a citação do réu por edital. Encerrado o prazo do edital, o réu não
comparece nem constitui advogado. Neste caso, o Magistrado deverá
suspender o processo e poderá determinar a produção antecipada das provas
consideras urgentes e, se o caso, decretar a prisão preventiva de Ricardo,
não havendo suspensão ou interrupção do prazo prescricional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, em cumprimento ao que dispõe o art. 366 do CPP, o Juiz deverá
suspender o processo e o curso do prazo prescricional. Poderá, ainda, determinar a
produção antecipada de provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a
prisão preventiva do acusado. Portanto, a questão está errada.

Q192 - Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo Código


de Processo Penal, é INCORRETO afirmar:

a) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado


pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no
caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
b) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por
edital, com o prazo de 5 dias.
c) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta
rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.
d) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal.
e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar
prisão preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Esta é a exata previsão contida no art. 367 do CPP.
B) ERRADA: Neste caso não é cabível a citação por edital, devendo ser realizada a
citação por hora certa, nos termos do art. 362 do CPP.
C) CORRETA: Item correto, nos exatos termos do art. 368 do CPP.
D) CORRETA: Item corretos, nos termos do art. 370, §4º do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois isto é o que prevê o art. 366 do CPP. Portanto, a
ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA B.
Q193 - A intimação do defensor constituído feita por publicação no órgão
incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca deve,
necessariamente, conter o nome do acusado, sob pena de nulidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a previsão do §1° do art. 370 do CPP:
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente
far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da
comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. (Redação dada pela
Lei nº 9.271, de 17.4.1996). Correta.

Q194 - A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será


pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A intimação do MP e do defensor nomeado sempre será


realizada pessoalmente, e não por publicação no órgão oficial, nos termos do art.
370, §4° do CPP:
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996). Correta.

Q195 - No processo penal, contam-se os prazos da juntada aos autos do


mandado ou da carta precatória ou de ordem, e não da data da intimação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

Nos termos do art. 798, §5°, a do CPP, os prazos no processo penal, em


regra, contam-se da data da intimação, e não da data da juntada aos autos
do mandado:
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão: a) da intimação. Errada.

Q196 - Na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por


mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer
outro meio idôneo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 370, §2° do CPP. Correta.

Q197 - No processo penal o réu que se oculta para não ser citado poderá ser
citado por hora certa na forma estabelecida no Código de Processo Civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 362 do CPP não só autoriza a citação por hora certa neste caso, como também
determina que se apliquem as regras utilizadas no processo civil.

Q198 - Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á


por carta ou qualquer meio hábil de comunicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A carta rogatória é obrigatória. Errada.
Q199 - Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q200 - O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou


intimado para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o acusado foi citado ou intimado PESSOALMENTE e não compareceu ao ato, sem
motivo justo, o processo correrá sem a necessidade de sua intimação para os atos
futuros, por força do que dispõe o art. 367 do CPP. Errada

Q201 - A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no


território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado; por carta
precatória quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz
processante; e por carta rogatória se estiver no estrangeiro. Em nenhum
caso a prescrição será suspensa.

ERRADA: Embora a citação inicial se faça por mandado quando o réu estiver na
comarca do Juízo processante, por carta precatória quando em outra comarca, e por
carta rogatória quando fora do país (arts. 351, 353 e 368 do CPP), no caso de o réu
ser citado mediante carta rogatória, o prazo prescricional se suspende até o
cumprimento desta, nos termos do art. 368 do CPP.

Q202 - O réu poderá ser citado com hora certa, aplicando-se ao processo
penal as regras estabelecidas no Código de Processo Civil, no caso em que o
réu se oculta para não ser citado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q203 - Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir


advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, respeitado o disposto
no art. 312.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Reprodução literal. Questão certa.

Q204 - O processo não seguirá sem a presença do acusado que, citado ou


intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao juízo, suspendendo-se o processo e a prescrição até que o réu
seja encontrado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o acusado foi citado ou intimado PESSOALMENTE e não compareceu ao ato, sem
motivo justo, o processo correrá sem a necessidade de sua intimação para os atos
futuros, por força do que dispõe o art. 367 do CPP. Errada.
Q205 - No que se refere a citações e intimações, assinale a opção correta.

A) Tratando-se de processo penal, não se admite a citação de acusado por


edital.
B) O réu preso deve ser citado pessoalmente.
C) É inadmissível no processo penal a citação por hora certa.
D) Tratando-se de processo penal, a citação inicial deve ser feita pelo
correio.

RESPOSTA DA QUESTÃO: É plenamente admissível a citação por edital, nos termos


do art. 361 do CPP, bem como a citação por hora certa (art. 362 do CPP).
O réu preso, de fato, deve ser citado pessoalmente, por força do que dispõe o art.
360 do CPP. A citação inicial, em regra, deve ser feita por mandado, seja mediante o
próprio Juízo processante ou por cumprimento de carta precatória, arts. 351 e 353 do
CPP. Letra B.

Q206 - A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo


serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A citação (cuidado pra banca não trocar por intimação) do militar se faz na pessoa do
chefe de serviço (art. 358 do CPP). Certa.

Q207 - Deve ser pessoal a intimação do

A) advogado do querelante e do defensor nomeado.


B) assistente de acusação e do defensor constituído.
C) defensor nomeado e do Ministério Público.
D) advogado ad hoc e do defensor do querelante.
E) Ministério Público e do defensor constituído.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 370, §4° do CPP, o MP e o defensor


nomeado (defensor dativo) devem ser intimados pessoalmente, e não mediante
publicação no órgão oficial:
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996). Letra C.

Q208 - Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-
se-á por edital, com o prazo de 5 (cinco) dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso não é cabível a citação por edital, devendo ser realizada a citação por hora
certa, nos termos do art. 362 do CPP. Outrora, quando houver citação por edital, o
prazo é de 15 dias. Errada.

Q209 - A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do


assistente far-se-á, em regra, pessoalmente, mas poderá ser feita por
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca,
se assim for requerido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra a intimação destes sujeitos processuais será realizada mediante publicação
no órgão oficial, nos termos do art. 370, §1° do CPP. Errada.

Q210 - Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará


desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando for iniciada a instrução criminal, mas por qualquer motivo tiver que ser
adiada, o Juiz desde logo marcará dia e hora para seu prosseguimento, saindo as
partes e testemunhas devidamente intimadas, nos termos do art. 372 do CPP.
Correta.

Q211 - A intimação do defensor nomeado, para qualquer ato do processo,


será preferencialmente por publicação em órgão oficial ou, por qualquer
meio idôneo, se na comarca não existir órgão incumbido de publicação
oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A intimação do defensor nomeado e do MP será realizada pessoalmente, por força do
que dispõe o art. 370, §4° do CPP, e não por publicação no órgão oficial. Errada.

Q212 - Expedida carta precatória para citação do réu, se ele estiver em


território sujeito a outro juiz que não o deprecado, este expedirá ofício ao
juízo deprecante solicitando aditamento da precatória com o novo endereço
do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caso o réu não se encontre em localidade sob a Jurisdição do Juiz processante, este
expedirá carta precatória ao Juízo do local onde o réu reside (art. 353 do CPP). No
entanto, caso o Juízo deprecado (o que recebeu a carta) verifique que o réu também
não reside naquela localidade, deverá encaminhar os autos da carta precatória ao
Juízo do local onde efetivamente o réu reside, para que lá seja cumprida a diligência,
nos termos do art. 355, §1° do CPP:
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a
este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja
tempo para fazer-se a citação.

Q213 - Tício está residindo na França, mas em endereço desconhecido.

Nesse caso, a sua citação far-se-á por


A) edital.
B) carta rogatória.
C) carta precatória.
D) carta com aviso de recebimento.
E) hora certa no respectivo consulado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A citação do réu que se encontra fora do país deve ser
realizada, em regra, mediante a expedição de carta rogatória. No entanto, a carta
rogatória só será expedida se o réu possuir endereço conhecido no exterior. Caso
contrário, a citação será realizada por edital. E o prazo, lembre-se: 15 dias. Gab: A.
Q214 - Em relação à citação, segundo a legislação processual penal em vigor
analise as seguintes assertivas:

I. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante


carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu
cumprimento.
II. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 30
(trinta) dias.
III. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida pelo Código de Processo Civil.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 368 do CPP;
II - ERRADA: A afirmativa está errada, pois se o réu não for encontrado será citado
por edital, que terá prazo de 15 dias, nos termos do art. 361 do CPP;
III - CORRETA: A citação por hora, certa, de fato, tem lugar quando o réu se encontra
em lugar sabido, mas se furta à citação, ou seja, está evitando contato com o oficial
de justiça, para não ser citado, nos termos do art. 362 do CPP. LETRA D.

Q215 - Considere as seguintes situações com relação à citação: réu militar;


réu que não é encontrado; réu que se oculta para não ser citado.

Assinale a alternativa que traz, correta e respectivamente, as modalidades


de citação que estão adequadas às três situações mencionadas, nos termos
dos arts. 351 a 369 do Código de Processo Penal.

a) Por correio; por hora certa; por edital.


b) Por carta de ordem; por edital; por rogatória.
c) Pessoal, por mandado; por hora certa; por hora certa.
d) Por intermédio do chefe de serviço; por edital; por hora certa.
e) Por intermédio do chefe de serviço; por hora certa; por correio.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O militar deve ser citado por intermédio do chefe de


serviço, nos termos do art. 358 do CPP; O réu que não é encontrado deverá ser
citado por edital, nos termos do art. 361 do CPP; Já o réu que se oculta para não ser
citado deverá ser citado por hora certa, nos termos do art. 362 do CPP. Gab: D

Q216 - Estabelece o art. 366 do CPP que o acusado citado por edital que não
comparece nem nomeia defensor

a) será declarado revel, com consequente nomeação de defensor dativo, o qual


acompanhará o procedimento até seu final.
b) será declarado revel, admitindo-se verdadeiros os fatos articulados na denúncia ou
queixa.
c) terá, obrigatoriamente, decretada prisão preventiva em seu desfavor.
d) terá o processo e o curso do prazo prescricional suspensos.
e) será intimado por hora certa.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 366 do CPP, se o acusado for citado
por edital e não comparecer nem constituir defensor, o processo ficará suspenso, bem
como ficará suspenso o curso do prazo prescricional.

Q217 - Todo mandado de citação necessariamente contém, dentre outros, o


nome completo do réu; a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz;
finalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São requisitos indispensáveis de todo mandado de citação os previstos no art. 352 do
CPP:

Art. 352. O mandado de citação indicará:


I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida;
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

Q218 - Ao efetuar uma citação por mandado, o oficial de justiça deverá

a) tão somente entregar o mandado ao réu, pessoalmente.


b) após citar pessoalmente o réu, adverti-lo de que caso deixe de
comparecer ao ato sem motivo justificado, ser-lhe-á nomeado um defensor,
e o processo seguirá sem a sua presença.
c) entregar o mandado ao réu pessoalmente e lavrar certidão de sua
aceitação ou recusa.
d) proceder à leitura do mandado ao réu e entregar-lhe a contrafé, e ainda,
certificar a entrega da contrafé e de sua aceitação ou recusa.
e) fazer com que o réu faça aposição de ciente no original do mandado.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 357 do CPP são requisitos da


CITAÇÃO POR MANDADO a leitura do mandado pelo oficial de justiça, bem como a
entrega da contrafé ao réu, certificando-se a entrega e sua aceitação ou recusa.
Vejamos:

Art. 357. São requisitos da citação por mandado:


I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se
mencionarão dia e hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação
ou recusa. LETRA D.

Q219 - Quando não houver órgão de publicação dos atos judiciais no distrito
da culpa, a intimação do MP e do defensor constituído será pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A intimação do MP e defensor nomeado (dativo) é sempre pessoal, nos termos do
art. 370, §4º do CPP. Não confunda: No caso de não haver órgão de publicação na
Comarca, a intimação do defensor constituído será feita pelo escrivão, por
mandado ou via postal, nos termos do art. 370, §2º do CPP

Q220 - Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o entendimento sumulado do STF, por meio do verbete de nº 366:
Súmula 366 do STF
NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI PENAL,
EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO RESUMA OS FATOS
EM QUE SE BASEIA. Certa.

Q221 - Em que momento a lei processual penal (CPP, art. 363) considera
que o processo completa sua formação?
(A) Constituição de defensor após a citação.
(B) Citação do acusado.
(C) Recebimento da denúncia.
(D) Apresentação de resposta escrita.
(E) Juntada do mandado de citação aos autos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O processo completa sua formação com a CITAÇÃO do


acusado, nos termos do art. 363 do CPP:
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do
acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). LETRA B.

Q222 - Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença


condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição,
bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão literal do art. 385 do CPP:
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória,
ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer
agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. Decorre do princípio do Livre
convencimento do Juiz.

Q223 - O juiz, ao proferir a sentença condenatória, não poderá fixar em favor


do ofendido valor mínimo para reparação cível dos danos causados pela
infração, devendo a discussão ser dirimida no juízo cível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Isso é possível, conforme expressa previsão do art. 387, IV do CPP. Errada.

Q224 - "A" foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado
que ele abordou a vítima e, após desferir-lhe socos e pontapés, subtraiu para
si a bolsa que ela carregava. Nesse caso o Juiz poderá dar aos fatos
classificação jurídica diversa, condenando o réu pela prática de roubo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesse caso, não há alteração do fato descrito na denúncia (eis que a denúncia narrou
a violência praticada), mas somente redefinição da capitulação legal do fato. Estamos
diante, portanto, de emendatio libelli, de forma que o Juiz pode dar ao fato
classificação jurídica diversa, AINDA QUE ISSO RESULTE EM APLICAÇÃO DE PENA
MAIS GRAVE. Nos termos do art. 383 do CPP. Certa.

Q225 - O réu foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155, "caput",
do Código Penal, porém a prova colhida na fase de instrução demonstra que
ele não subtraiu a coisa alheia mas, sim, apropriou-se de coisa de que tinha
a posse. Nesse caso, o Juiz deverá julgar o processo, atribuindo ao fato
definição jurídica diversa, ainda que tenha que aplicar pena mais grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Percebam que, neste caso, não estamos diante de mera alteração na classificação do
fato, mas de alteração dos fatos descritos na denúncia, pois a denúncia não narrou
este fato (apropriação da coisa alheia da qual estava na posse), mas narrou um furto
(narrou fatos distintos). Assim sendo, estamos diante do fenômeno da MUTATIO
LIBELLI. Sendo MUTATIO LIBELLI, o Juiz deverá abrir vista ao MP para que este faça
o aditamento da denúncia, caso entenda cabível.

Resumo esperto (e é o máximo que pode cair em sua prova, ainda assim a
possibilidade é ínfima, quase remota):

1. Os fatos narrados remetem a um tipo penal previsto mas a classificação do crime


foi dada erroneamente, como exemplo, José praticou furto, mas o MP o denunciou
por roubo: Trata-se de um mero erro formal, estamos diante de uma situação na qual
o Juiz pode aditar (emendar) de ofício permitindo a correta classificação do crime,
ainda que isso resulte em pena mais gravosa, portanto: Emendatio Libelli.

2. O fato narrado na denúncia remete a um crime, mas a verificação posterior


identifica fatos capitulados em tipo penal diverso, nesta situação há maior rigor, pois
estamos diante da necessidade da aditação da denúncia, e só quem pode promove-la
é o membro do MP, portanto, o Juiz deverá abrir vista ao MP para que este faça o
aditamento da denúncia, caso entenda cabível. Temos, então: Mutatio Libelli.

Questão Errada.

Q226 - Sentença absolutória imprópria é a que

A) concede ao acusado a suspensão condicional da pena.


B) impõe ao acusado somente medida de segurança.
C) substitui a pena privativa da liberdade por multa.
D) substitui a pena privativa da liberdade por pena restritiva de direitos.
E) estabelece o regime prisional aberto para o cumprimento da pena

RESPOSTA DA QUESTÃO: A sentença que absolve o réu tem como conseqüência a


ausência de reflexos penais negativos. A essa sentença (normal) se dá o nome de
sentença absolutória própria. Pode ocorrer, no entanto, de o réu ser absolvido mas
lhe ser imposta medida de segurança, em razão de sua periculosidade. Essa medida
de segurança é aplicada quando o réu é absolvido por ser inimputável à época do
fato, em razão de doença mental ou desenvolvimento mental retardado ou
incompleto.
Havendo a absolvição do réu em razão de sua inimputabilidade, e sendo-lhe aplicada
medida de segurança, estaremos diante de uma sentença absolutória imprópria.
LETRA B.

Q227 - No tocante à sentença, é INCORRETO afirmar que

a) qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que esclareça
a sentença, se houver obscuridade.
b) na sentença absolutória, o juiz aplicará medida de segurança, se cabível.
c) o juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, poderá atribuir-lhe
definição jurídica diversa, ordenando, neste caso, que o Ministério Público adite a
denúncia.
d) na sentença condenatória, o juiz fixará o valor mínimo para reparação dos danos.
e) a sentença conterá a exposição sucinta da defesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Este é o prazo previsto no art. 382 do CPP.
B) CORRETA: Esta previsão está contida no art. 386, § único, III do CPP.
C) ERRADA: Não tendo que se modificar a descrição dos fatos, estamos diante do que
se chama de emendatio libelli, podendo o Juiz alterar a definição jurídica atribuída ao
fato sem que haja necessidade de aditamento da denúncia pelo MP, conforme se pode
extrair do disposto no art. 383 do CPP, ainda que tenha de aplicar pena mais grave.
D) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 387, IV do CPP.
E) CORRETA: Isto encontra-se previsto no art. 381, II do CPP.
LETRA C.

Q228 - Especificamente em relação ao direito brasileiro, é correto afirmar


que o Código de Processo Penal adotou, como regra, quanto aos sistemas de
apreciação das provas

a) O sistema do livre convencimento motivado ou persuasão racional.


b) O sistema da íntima convicção.
c) O sistema da prova tarifada ou certeza moral do legislador.
d) O sistema religioso ou ordálio.
e) Nenhuma das alternativas anteriores, já que o Juiz, sendo o destinatário das
provas, está sujeito tão somente ao princípio da legalidade. Em razão disso, ao
valorar as provas, poderá seguir quaisquer dos sistemas acima, inclusive mesclando-
os.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O CPP adotou, como regra, o sistema do livre


convencimento motivado (ou baseado em provas), também chamado de persuasão
racional, pois o Juiz é livre para formar seu convencimento, mas deve fundamentar
sua decisão nas provas existentes nos autos, nos termos do art. 155 do CPP. LETRA
A.

Q229 - Para prolação de sentença condenatória o juiz formará sua convicção,


de acordo com o teor de nova regra processual penal trazida pela Lei no
11.719, de 20/06/2008, segundo livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Brasil adotou o sistema da livre apreciação da prova, ou do livre convencimento
fundamentado em provas, conforme se extrai do art. 155 do CPP. Certa.

Q230 - No processo penal, é inadmissível uma condenação quando a prova


da autoria é feita exclusivamente por indícios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É possível a condenação baseada apenas em indícios, desde que estes indícios sejam
capazes de formar o convencimento do Juiz, no que se denominou de "prova
indiciária", embora isso não seja unânime na Doutrina. Errada.

Q231 - A reforma parcial do código de processo penal permitiu que a prova


ilícita por derivação seja considerada válida para a condenação quando
obtida através de fonte independente ou quando, por raciocínio hipotético,
sua descoberta teria sido inevitável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta previsão está, de fato, contida no CPP, com a nova redação dada ao art.
157, §1º:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Certa.

Q232 - Considerando a repartição do ônus da prova, para que se alcance uma


absolvição, à defesa incumbe a prova da alegação de ter agido o réu em
situação que exclua a ilicitude da conduta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente cabe à acusação a prova de que o réu praticou o fato típico, ou seja, o
fato definido como crime. Não provado isto, a absolvição se impõe,
independentemente de qualquer prova produzida pela defesa. Errada.

Q233 - As provas ilícitas, obtidas em violação a normas legais, são


inadmissíveis, sendo facultado seu desentranhamento dos autos do
processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O desentranhamento é obrigatório, nos termos do art. 157 do CPP. Errada.

Q234 - O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida
em contraditório judicial, sendo-lhe vedado utilizar os elementos
informativos colhidos na investigação para fundamentar a sua decisão,
mesmo tratando-se de provas cautelares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, as bancas gostam de brincar com isso, guarde para sí essas duas
importantes informações:
1- O juiz não pode fundamentar sua decisão utilizando-se UNICAMENTE de
elementos colhidos na investigação (Inquérito).
2 – (STF) Em exceção à regra, o juiz pode fundamentar sua decisão unicamente em
elementos colhidos na investigação se for para ABSOLVER o réu.
3 – (CPP) Se as provas forem cautelares e não repetíveis (Ex: Exame de corpo de
delito, perícia...) não há óbice para que o juiz fundamente sua decisão. Vide: 155 do
CPP.
Questão errada.

Q235 – É possível provar o estado das pessoas por qualquer meio de prova
admissível no processo penal, independentemente das restrições
estabelecidas na lei civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso a prova deverá obedecer às restrições previstas na Lei Civil, nos termos
do art. 155, § único do CPP. Errada.

Q236 - A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,


facultado ao juiz, de ofício, determinar, no curso da instrução, ou antes de
proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto
relevante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a representação correta da distribuição do ônus da prova, bem como está
correta também com relação à atividade probante do Juiz (Art. 156 CPP).

Q237 - Quando a infração deixar vestígio, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, salvo se já houver confissão do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira parte do item está correto, mas peca ao afirmar que a confissão pode
suprir o exame de corpo de delito, pois isto não é possível, nos termos do art. 158 do
CPP. Errada.

Q238 - A circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,


autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias, no âmbito do processo penal, não tem qualquer valor legal
por vedar a Constituição Federal qualquer espécie de presunção por ofensa
ao princípio do contraditório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Considera-se indício e é um dos meios de prova. Temos, no enunciado, a
definição perfeita de indício, nos termos do art. 239 do CPP:

Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo


relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.
Os indícios estão topograficamente inseridos dentro das ―provas‖ no CPP, ainda que
não ―provem‖ nada (apenas autorização presumir algo). Errada.

Q239 - No tocante à prova, o juiz


a) formará sua convicção pela livre apreciação da produzida nos autos, sem qualquer
restrição.
b) poderá, de ofício, ordenar a produção antecipada de provas consideradas urgentes
e relevantes, mas apenas depois de iniciada a ação penal.
c) formará sua convicção pela livre apreciação da produzida em contraditório judicial,
não podendo fundamentar sua decisão em provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
d) observará a necessidade, adequação e proporcionalidade da produção antecipada
de provas, mesmo antes de iniciada a ação penal.
e) não poderá determinar, de ofício, no curso da instrução, a realização de diligências
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O Juiz formará sua convicção pela livre apreciação da


prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Poderá, ainda, ordenar, mesmo
antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da
medida, bem como determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença,
a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Vale a pena
uma olhada nos art. 155 e o art. 156 do CPP. Gabarito: D.

Q240 - A vedação da utilização de provas ilícitas pode ser excepcionalmente


afastada em favor do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Doutrina vem entendendo que se a prova ilícita é o ÚNICO meio de provar a
inocência do acusado, deve ser admitida no processo penal. Correta.

Q241 - A doutrina processual penal faz uma distinção conceitual entre a


prova ilícita e a prova ilegítima, sendo aquela a obtida com violação ao
direito substantivo e esta a obtida com violação ao direito adjetivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a exata diferenciação realizada pela Doutrina. Lembrando que ―direito
substantivo‖ é sinônimo de direito material (violação de um direito) e ―direito
adjetivo‖ é sinônimo de direito processual (violação de uma norma, vício na forma).
Correta.

Q242 - As provas derivadas das ilícitas não se considerarão contaminadas


quando puderem ser obtidas de uma fonte independente destas, ou quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, segundo o
disposto na norma processual penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, nos termos do art. 157, § 1º do CPP.

Q243 - Consoante previsto no Código de Processo Penal, preclusa a decisão


de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada
por decisão judicial.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, nos termos do art. 157, §3º do CPP:
Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.

Q244 - Em relação às provas ilícitas, é correto afirmar que

a) não precisam, necessariamente, ser desentranhadas dos autos.


b) não se permite a presença das partes no incidente de inutilização, por se
tratar de ato sigiloso.
c) são aquelas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
d) são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo, apenas
e tão somente, quando as derivadas puderem ser obtidas por fonte
independente das primeiras.
e) considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo trâmites
atípicos, da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao
fato objeto da prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Devem, necessariamente, ser desentranhadas dos autos, nos termos do
art. 157, §3º do CPP.
B) ERRADA: A participação das partes é possível, nos termos do art. 157, §3º do CPP.
C) CORRETA: Item correto, pois esta é a definição de provas ilícitas.
Lembrando que a Doutrina ainda elenca outra espécie de provas ilegais, que são as
provas ILEGÍTIMAS. Estas últimas são aquelas obtidas mediante violação a normas de
direito processual.
D) ERRADA: O item está errado porque existe outra ressalva de possibilidade de
utilização da prova derivada da ilícita, que ocorre quando não restar evidenciado o
nexo de causalidade entre a prova originalmente ilícita e a supostamente derivada,
nos termos do art. 157, §1º do CPP:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)
E) ERRADA: Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites TÍPICOS e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova, nos termos do art. 157, §2º do CPP.
LETRA C.

Q245 - Se considera fonte independente aquela que por si só, seguindo os


trâmites normais da investigação ou da instrução criminal, seria capaz de
conduzir ao fato objeto da prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 157. § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
Correta.
Q246 - No processo penal, a prova

a) deverá ser produzida pelas partes, vedado ao juiz determinar, de ofício, a


produção de qualquer outra prova.
b) quanto ao estado das pessoas, assim como todas as provas no processo penal,
observarão as restrições estabelecidas na lei civil.
c) da alegação incumbirá a quem a fizer.
d) ilícita deve ser analisada em conjunto com as lícitas, podendo servir de base para a
condenação se estiver em consonância com estas.
e) pericial consistente no exame de corpo de delito e outras perícias, será realizada
por perito oficial, portador de curso superior, ou, na sua falta, por três pessoas
idôneas, portadoras de curso médio completo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: O Juiz pode determinar a produção de provas, nos termos do
art. 156 do CPP.
B) ERRADA: De fato, quanto à prova do estado das pessoas serão obedecidas as
restrições da Lei Civil, nos termos do art. 155, § único do CPP, mas esta é uma
exceção, não sendo aplicável no que tange à prova dos demais fatos.
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 156 do CPP:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao
juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
D) ERRADA: As provas ilícitas devem ser desentranhadas do processo, pois são
inadmissíveis, nos termos do art. 157 do CPP.
E) ERRADA: Na falta de perito oficial, a prova pericial será realizada por duas pessoas
idôneas, e não três. Estas duas pessoas idôneas, portadoras de nível superior, são
chamadas de peritos não oficiais, nos termos do art. 159, §2º do CPP. LETRA C.

Q247 - Segundo a doutrina, independem de prova os fatos

a) induvidosos e inúteis.
b) admitidos ou aceitos e incontroversos.
c) ilegítimos e ilícitos.
d) intuitivos, notórios e inúteis.
e) reconhecidos pelo acusado e legítimos.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Segundo definição doutrinária, não dependem de prova


os fatos intuitivos (também chamados de AXIOMÁTICOS), os fatos notórios e os fatos
inúteis. LETRA D.

Q248 - O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros


elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com
as demais provas do processo, estabelecendo escala de preponderância para
as provas periciais e verificando se entre ela e estas existe compatibilidade
ou concordância, sendo que o silêncio do acusado não importará confissão e
nem poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Considerando-se o sistema da livre apreciação da prova, adotado pelo nosso
ordenamento jurídico, afastando-se a prova tarifada, não há que se falar em
preponderância de prova. Questão errada.
Q249 - O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa, sendo ao juiz vedada qualquer alusão ao
silêncio do acusado na sentença que venha a proferir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito. Art. 186 Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não
poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. Correta.

Q250 - Não se admite prova emprestada quando transplantada de inquérito


policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prova emprestada é a prova que fora produzida em outro processo judicial mas
que, por uma questão de economia processual, será admitida em outro processo. Não
é cabível a prova emprestada oriunda de IP, eis que as provas produzidas no bojo do
Inquérito não foram colhidas sob o pálio do contraditório. Correta.

Q251 - A prova emprestada, no momento em que é transportada para o novo


processo, passa a constituir mera prova documental, embora
originariamente possa ser testemunhal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prova emprestada, ainda quando originalmente seja oral (testemunhal, por
exemplo), será transportada na forma de um documento (declarações escritas, já
realizadas no passado), sendo, portanto, prova documental, sujeita ao regramento
estabelecido para este tipo de prova. Correta.

Q252 - A Constituição da República atribui ao Ministério Público, com


exclusividade, a propositura da ação penal pública, seja ela incondicionada
ou condicionada, não prevendo exceção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A CRFB/88 confere ao MP a titularidade privativa da ação penal, mas admite a
regulamentação na forma da Lei, que é o que ocorre com a previsão da ação privada
subsidiária da pública, prevista no CPP. Errada.

Q253 - O inquérito policial, procedimento persecutório de caráter


administrativo instaurado pela autoridade policial, tem como único
destinatário imediato o Ministério Público, titular da ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O inquérito policial apresenta como destinatário imediato o titular da ação a que
preceda, a saber:

a) nas ações penais públicas: o Ministério Público, seu titular exclusivo;


b) nas ações privadas: o ofendido, titular de tais ações.
Logo, o MP não pode ser o titular único e exclusivo da ação penal.
O destinatário mediato do inquérito policial é o juiz, uma vez que o inquérito fornece
subsídios para que ele receba a peça inicial e decida quanto à necessidade de
decretar medidas cautelares.
Destinatário Imediato = MP (Titular da Ação Penal Pública) ou Ofendido (AP Privada)
Destinatário Mediato = Juiz

Questão errada.

Q254 - O direito processual regula os meios de prova, que são os


instrumentos que trazem os elementos de convicção aos autos. A finalidade
da prova é o convencimento do juiz, que é seu destinatário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a prova é o elemento que tem a finalidade de formar o convencimento do
Juiz, e os meios de prova são regulamentados pelo CPP, conforme podemos extrair
dos arts. 155 e seguintes do CPP, que compõem o título VII - DA PROVA. Correta.

Q255 - A materialidade da prova pode ser direta ou indireta, sendo a


primeira colhida na flagrância da conduta delituosa, enquanto a última
deriva do testemunho e da perícia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A materialidade da prova, de fato, pode ser direta ou indireta. Será direta, contudo,
quando for colhida diretamente sobre o objeto que deva ser examinado. Será indireta
quando decorrer de testemunhos ou de qualquer outro meio indireto, que não
permita contato direto de quem produz a prova com o seu objeto. Ex: Paulo foi
acusado do delito de roubo cometido no centro de Belo Horizonte; em sua defesa,
Paulo provou incontroversamente que no dia do fato estava em Lisboa, portanto,
seria impossível sua autoria no crime. Trata-se, portanto, de prova indireta.
Questão errada.

Q256 - Na instrução processual, todos os fatos relevantes devem ser


submetidos à atividade probatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os fatos notórios, que são aqueles que são do conhecimento geral, bem como as
presunções legais, são fatos relevantes que não dependem de prova. Errada.

Q257 - O direito também é objeto de prova, pois os juízes estaduais não são
obrigados a conhecer o direito federal em caráter absoluto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora os meios de prova tenham como finalidade provar FATOS, é possível a
utilização de meio de prova com a finalidade de provar direito. Contudo, o direito
federal se presume conhecido. Só se deve provar direito municipal, estadual ou
estrangeiro. Errado.

Q258 - A regulamentação dos meios de prova feita pelo Código de Processo


Penal é taxativa, não sendo admitidas provas atípicas ou inominadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São admitidos quaisquer meios de prova, ainda que não expressamente previstos no
CPP, pelo princípio da busca da verdade real.

Q259 - O Código de Processo Penal não admite, nem mesmo


excepcionalmente, a ―prova tarifada‖ como sistema de apreciação da prova.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora este sistema não seja adotado, como regra, a Doutrina entende que há
passagens no CPP que indicam a adoção excepcional de tal sistema, nos termos do
art. 62, por exemplo:
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e
depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a
punibilidade.

Q260 - A teoria dos ―frutos da árvore envenenada‖ está positivada em nossa


legislação infraconstitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, nos termos do art. 157, §1º do CPP.

Q261 - Fatos axiomáticos são os que dependem de prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os fatos axiomáticos (ou intuitivos ou evidentes) são espécie de fatos que não
dependem de prova, conforme entendimento doutrinário. Errada.

Q262 - Determina o art. 155 do CPP que o juiz formará sua convicção pela
livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação,

a) ressalvadas as provas cautelares e não repetíveis, apenas.


b) sem qualquer exceção.
c) ressalvadas as provas cautelares e antecipadas, apenas.
d) ressalvadas as provas não repetíveis e antecipadas, apenas.
e) ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O Juiz formará sua convicção pela livre apreciação da


prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
EXCLUSIVAMENTE em elementos de convicção obtidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Esta é a definição contida no art.
155 do CPP. Gab: E

Q263 - As provas cautelares antecipadas podem ser consideradas pelo juiz


na formação da sua convicção, ainda que não reproduzidas perante o
contraditório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a ressalva contida no art. 155 do CPP. Correta.

Q264 - O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida
em juízo, mas também pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, o Juiz não pode fundamentar sua decisão com base exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares,
não repetíveis e antecipadas, nos termos do art. 155 do CPP. Errada.

Q265 - O ônus da prova cabe a quem fizer a alegação, sendo vedado ao juiz
determinar a produção de provas de ofício, diante do princípio da inércia da
jurisdição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da inércia sofre mitigação, no processo penal, pelo princípio da busca da
verdade real, motivo pelo qual se faculta ao Juiz a atividade probante, nos termos do
art. 156 do CPP.

Q266 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 158 do CPP. Correto.

Q267 - Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-
lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia
contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave
contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato.

A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também
presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa
afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que,
por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo
em poder de Pedro.

Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu,


sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada.

A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima


defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia
fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima
defesa.

Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.

a) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz
não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o
réu.
b) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o
juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve
condenar o réu.
c) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz
ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
d) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a
sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu
alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser
prolatada.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Questão interessante. O ônus da prova incumbe a quem


alega, nos termos do art. 156 do CPP. Assim, a acusação se desincumbiu de seu
ônus, pois alegou a agressão e esta restou provada. A defesa, por sua vez, alegou a
legítima defesa, não tendo conseguido fazer prova disso.

Contudo, como o Juiz ficou em DÚVIDA acerca da existência ou não da legítima


defesa, isso significa que o Juiz NÃO TEM CERTEZA sobre a culpa do agente, de forma
que, pelo princípio do in dubio pro reo, o Juiz deve absolve-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q268 - X, funcionário público, foi denunciado por prevaricação. Durante o


curso da instrução processual, recebe uma carta confidencial de Y, suposta
vítima do crime, que comprova sua inocência. X junta aos autos o referido
documento, que deverá ser considerado:

a) prova ilícita, tendo em vista que o sigilo de correspondência é inviolável


nos termos da Constituição Federal.
b) prova ilícita, porque fere o princípio do contraditório.
c) prova lícita, apesar de violar o princípio do contraditório.
d) prova lícita, tendo em vista que não viola normas constitucionais ou
legais.
e) prova ilícita porque sua utilização fere o princípio constitucional que
garante privacidade à vida privada da vítima do crime de prevaricação

RESPOSTA DA QUESTÃO: Neste caso não há que se falar em ilicitude da prova,


uma vez que a carta era dirigida a X, não tendo havido violação ao sigilo das
correspondências. LETRA D.

Q269 - A estrita disciplina do art. 157 do CPP, no que concerne às provas


ilícitas, determina que elas são:

a) aceitas de acordo com critérios de razoabilidade e proporcionalidade.


b) inadmissíveis para condenação, mas podem motivar eventual absolvição.
c) consideradas inadmissíveis se ofenderem disposições constitucionais, e admissíveis
se ofenderem meras disposições legais
d) inadmissíveis, mas devem permanecer no processo para fins de análise e eventual
validação pelo segundo grau de jurisdição.
e) inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O art. 157 do CPP determina que as provas ilícitas são
inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo. GAB: E

Q270 - São sistemas de apreciação de prova vigentes na legislação


brasileira:

a) Íntima convicção e Livre convencimento.


b) Livre convencimento e Verdade legal ou formal.
c) Verdade legal ou formal e Étnico.
d) Íntima convicção e Verdade legal ou formal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
No Brasil vigora, como regra, o sistema do livre convencimento motivado (ou
fundamentado, ou baseado em provas), ou seja, o Juiz é livre para apreciar a prova
produzida no processo. Contudo, vigora também, de forma excepcional, o princípio da
íntima convicção, no qual o julgador não precisa fundamentar sua decisão. Tal
sistema somente se aplica nas decisões tomadas pelos jurados, nos processos da
competência do Tribunal do Júri.

A verdade formal não vigora no processo penal brasileiro, que exige sempre a busca
pela verdade material ou real (aquilo que de fato ocorreu).
A questão poderia ser mais técnica, pois ―livre convencimento‖ é um termo não tão
correto quanto ―livre convencimento motivado‖. Contudo, entendo que esse pequeno
deslize não seja suficiente para anular a questão. LETRA A.

Q271 - No processo penal, a prova produzida durante o inquérito policial


pode ser utilizada por qualquer das partes, bem como pelo juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prova produzida durante o IP pode ser utilizada por qualquer das partes, pelo
princípio da COMUNHÃO DA PROVA uma vez produzida, passa a pertencer ao
processo, e não àquele que a produziu). Não possui o mesmo valor da prova
produzida em Juízo porque no IP não há contraditório nem ampla defesa, mas ainda
assim possui algum valor. Por fim, em regra a prova produzida nestas circunstâncias
deve ser repetida em Juízo, sob o crivo do contraditório. Contudo, isso nem sempre
será necessário (ou possível), como é o caso das provas antecipadas, cautelares e
não repetíveis, que não podem ser renovadas em Juízo. Art. 155 do CPP. Questão
correta.

Q272 - O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que não é


lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizando como justificativa o
fato do réu ter mentido em juízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O réu tem o direito de se defender em Juízo, utilizando-se, dentre outras, da
autodefesa, o que inclui o direito de mentir, que não pode ser utilizado como causa de
aumento da pena-base. Este é o entendimento do STF. Certa.

Q273 - O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado,


testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de
cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito ao silêncio, corolário do princípio da vedação da auto-incriminação, é
aplicável em qualquer seara, CUIDADO, desde que a resposta à indagação possa
prejudicar o silenciante. A testemunha, por exemplo, não pode permanecer em
silêncio, em regra, sob pena de responder por falso testemunho. Certa.

Q274 - A prova objetiva demonstra a existência/inexistência de um


determinado fato ou a veracidade/falsidade de uma determinada alegação.
Todos os fatos, em sede de processo penal, devem ser provados.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existem fatos que não dependem de prova, como os fatos inúteis, os axiomáticos, os
notórios, etc. Errada.

Q275 - São consideradas provas ilícitas aquelas obtidas com a violação do


direito processual. Por outro lado, são consideradas provas ilegítimas as
obtidas com a violação das regras de direito material.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O examinador inverte o conceito de provas ilícitas e ilegítimas. Errada.

Q276 – As leis em geral e os costumes não precisam ser comprovados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os costumes são nada mais que fatos sociais, e precisam ser provados quando não
forem notórios. As leis, em regra, não precisam ser provadas, salvo em casos
excepcionais (Direito estrangeiro, etc.).

Q277 - A lei processual pátria prevê expressamente a inadmissibilidade da


prova ilícita por derivação, perfilhando-se à ―teoria dos frutos da árvore
envenenada‖ (―fruits of poisonous tree‖).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
esta é a previsão do art. 157, §1º do CPP. Correta.

Q278 - O princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo


admissível que uma prova ilícita seja utilizada quando é a única disponível
para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. A Doutrina só vem admitindo a possibilidade de utilização de tais provas
quando for a única forma disponível para que acusado demonstre cabalmente sua
inocência. Não écabível a prova ilícita em favor da acusação.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

Q279 - Em regra vigora o sistema da íntima convicção, pelo qual o juiz


formará sua convicção pela livre apreciação da prova, estando dispensado de
motivá-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois no processo penal brasileiro vigora, COMO REGRA, o princípio do
livre convencimento regrado (ou motivado, fundamentado ou baseado em provas),
segundo o qual o Juiz é livre para apreciar e dar valor a cada prova, devendo, porém,
fundamentar sua decisão. ERRADA.

Q280 - Conferindo efetividade ao princípio de que ninguém é obrigado a


produzir prova contra si e ao direito ao silêncio, o Superior Tribunal de
Justiça decidiu que o condutor de veículo automotor não é obrigado a se
submeter ao teste do bafômetro e que tal recusa não pode implicar
consequências penais.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois este é o entendimento do STJ e do STF, que entendem que o
direito à não auto-incriminação pressupõe a impossibilidade de se obrigar o acusado a
realizar o teste do bafômetro, já que isso constituiria obrigação de produção de prova
contra si próprio. Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

Q281 - São princípios que informam a prova penal: verdade material,


vedação da prova ilícita, aquisição ou comunhão da prova, audiência
contraditória, concentração e imediação, auto responsabilidade das partes,
identidade física do juiz, publicidade e livre convencimento motivado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todos estes princípios se aplicam ao sistema probatório no direito processual penal
brasileiro, havendo apenas uma ressalva em relação ao princípio da identidade física
do Juiz, que não é propriamente um princípio relacionado à prova em si, mas guarda
relação com o sistema probatório (Tal princípio prega que o Juiz que presidiu a
audiência de instrução e julgamento deverá proferir a sentença). Correto.

Q282 - Como formas de avaliação da prova no direito processual penal


brasileiro são admitidos os seguintes sistemas: tarifada ou legal, íntima
convicção e persuasão racional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O sistema da persuasão racional (mais um sinônimo de livre convencimento
motivado) é o sistema adotado como regra, nos termos do art. 155 do CPP. O
sistema da íntima convicção (que independe de fundamentação) só vigora,
atualmente, no procedimento do Júri, em que os jurados não precisam fundamentar
sua decisão. Por fim, o sistema da prova tarifada é, também, excepcional, mas
admitido em certos casos, como na hipótese de prova sobre o estado das pessoas
(nascimento, óbito...), em que só se admite a prova pelos meios estabelecidos
expressamente na lei civil (não se pode provar por outros meios). Correta.

Q283 - A confissão do réu no processo penal é de valor relativo e deve ser


cotejada com as demais provas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a confissão tem valor relativo. Na verdade, ela é uma prova como outra
qualquer, e deve ser analisada tendo em conta as demais provas existentes,
conforme se extrai dos arts. 197 e 200 do CPP. Correta.

Q284 - A formação da convicção do magistrado no processo penal tem por


base inúmeros elementos. Assinale a alternativa que contenha elementos
que vão ao encontro da sistemática do Código de Processo Penal como um
todo.

a) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade


formal.
b) Livre convencimento e verdade formal.
c) Livre convencimento e motivação da decisão.
d) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos
constatados nos autos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
No processo penal brasileiro, como regra geral, vigora o princípio do livre
convencimento motivado, ou livre convencimento baseado em provas, segundo o qual
o Juiz é livre para valorar os elementos de prova constantes dos autos. Contudo, ao
decidir, deverá fundamentar sua decisão nas provas que estejam presentes nos
autos. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q285 - Considere o tratamento atual dado pelo CPP ao registro audiovisual


dos depoimentos realizados em audiência.

Trata-se de
A) modalidade expressamente vetada.
B) inovação desejável, mas que ainda não é expressamente
autorizada.
C) providência obrigatória para todos os juízos de primeiro grau.
D) possibilidade prevista legalmente, a fim de obter maior fidelidade das
informações.
E) salutar medida de economia processual, mas que só tem validade se
realizada a posterior e integral transcrição por escrito
das gravações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O registro audiovisual é, atualmente, uma possibilidade prevista no art. 405, §1º do
CPP, para obter maior fidelidade nas informações. Vejamos:
Art. 405.(...)
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado,
ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética,
estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior
fidelidade das informações. (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008). LETRA D.

Q286 - Com relação ao tratamento que o Código de Processo Penal dispensa


às provas, considere as seguintes assertivas, indicando, a seguir, a
alternativa adequada.

I. Ao acusado em ação penal é facultado indicar assistente técnico e formular


quesitos, no que concerne à prova pericial.
II. O surdo-mudo não será interrogado, mas lhe será obrigatoriamente nomeado
defensor.
III. Quando da oitiva de testemunhas, as partes deverão formular a pergunta ao juiz
que, em seguida, irá direcioná-la à testemunha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correto apenas o contido em
A) III.
B) II.
C) I.
D) I e II.
E) I e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: Trata-se de previsão contida no art. 159, §5º do CPP.
II – ERRADA: O surdo-mudo será interrogado de acordo com as regas do art. 192 do
CPP.
III – ERRADA: Tal sistema, chamado de presidencialista, não mais vigora com relação
à inquirição das testemunhas pelas partes, que poderão se dirigir diretamente às
testemunhas, nos termos do art. 212 do CPP. LETRA C.

Q287 - De acordo com o preceituado no art. 225 do CPP, o juiz poderá tomar
antecipadamente o depoimento da testemunha que A) requerer, por escrito,
que seu depoimento seja feito antecipadamente.

B) manifestar em audiência o desejo de ser ouvida antecipadamente.


C) decidir fixar residência fora do estado.
D) necessitar de intérprete.
E) estiver acometida de um mal incurável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz poderá tomar o depoimento, de forma antecipada, da testemunha que tiver de
se ausentar ou por velhice ou enfermidade haja suspeita de não aguentar até a data
própria para a oitiva de testemunhas. Vejamos:
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por
velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz
poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento. Assim, a letra E é a que melhor responde a questão.
LETRA E.

Q288 - Analise as seguintes assertivas, no que concerne ao tratamento que o


Código de Processo Penal dispensa ao exame de corpo de delito.

I. Será indispensável, quando a infração deixar vestígios, mas a confissão do


acusado poderá supri-lo.

II. Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao


ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e a indicação
de assistente técnico.

III. Deve ser realizado, exclusivamente, por perito portador de diploma de


curso superior.

É correto o que se afirma em


a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) todas as assertivas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – ERRADA: De fato, o exame de corpo de delito é indispensável quando a infração
deixa vestígios, mas a CONFISSÃO do acusado, por si só, não pode suprir o exame.
Vejamos:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
II – CORRETA: É a redação exata do §3º do art. 159 do CPP:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei
nº 11.690, de 2008)
(...)
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido,
ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente
técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

III – CORRETA: O exame de corpo de delito, em regra, deve ser realizado por PERITO
OFICIAL (portador de diploma de curso superior). Na sua falta, poderá ser realizado
por DUAS PESSOAS IDÔNEAS (PERITOS NÃO OFICIAIS), mas desde que sejam
portadoras de diploma de nível superior. Ou seja, o requisito do diploma de nível
superior nunca pode ser afastado. Letra D

Q289 - A confissão do réu

a) é a rainha das provas e dispensa o exame de corpo de delito.


b) supre somente o exame de corpo de delito indireto.
c) somente se obtida durante a fase judicial dispensa o exame de corpo de delito.
d) não pode suprir o exame de corpo de delito, direto ou indireto.
e) deixou de ser rainha das provas no processo penal, tendo em vista que inúmeras
razões podem levar a uma confissão, todavia, o exame de corpo de delito, caso a
confissão seja considerada válida, torna-se dispensável.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Como o Brasil adota o sistema do livre convencimento do


Juiz, não há tarifação das provas, ou seja, as provas não possuem pesos pré-
determinados. Desta forma, é um equívoco dizer que a confissão é a rainha das
provas, eis que pode ser confrontada com as demais provas dos autos. De qualquer
forma, a confissão não pode suprir o exame de corpo de delito, conforme consta no
art. 158 do CPP. GAB: D
Q290 - Nos termos do art. 184 do CPP, o juiz ou a autoridade policial negará
a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade, salvo quando se tratar de

a) pedido do acusado.
b) vistoria judicial.
c) pedido do Ministério Público.
d) exame de corpo de delito.
e) perícia contábil.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O exame de corpo de delito é a única perícia que não


pode ser negada pela autoridade policial, na forma do art. 184 do CPP:
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento
da verdade. LETRA D.

Q291 - Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de


conhecimento especializado, impor-se-á a atuação de mais de dois peritos
oficiais, sendo vedado à parte indicar mais de um assistente técnico.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A parte pode, neste caso, indicar mais de um assistente técnico, na forma do art.
159, §7º do CPP:
Art. 159 (...)
§7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico. Gab: Errada.

Q292 - Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)


pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, necessariamente
na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada
com a natureza do exame.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os peritos não oficiais deverão, necessariamente, ser portadores de diploma de curso
superior, mas não necessariamente na área específica, e sim PREFERENCIALMENTE
nesta área, na forma do art. 159, 1§º do CPP. Errada.

Q293 - Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao


ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação
de assistente técnico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a estes sujeitos processuais é conferido o direito de formular
quesitos e indicar assistentes técnicos, na forma do art. 159,
§3º do CPP:
Art. 159 (...)
§3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
Correta.

Q294 - Quando a infração deixar vestígios, será facultada ao juiz a


determinação da realização do exame de corpo de delito, direto ou indireto,
podendo tal exame ser suprido pela confissão do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 158, quando a infração deixar vestígios (chamadas infrações ―não
transeuntes‖ ou permanentes), o exame de corpo de delito é obrigatório, e a
confissão do acusado não pode supri-lo. Errada.

Q295 - Tendo em vista o que dispõe o Código de Processo Penal no tocante


ao exame de corpo de delito e das perícias em geral, é correto afirmar que

a) o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo esse prazo
ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
b) o exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, portador de diploma de
curso de medicina ou, na falta deste, por um médico de confiança da autoridade
policial.
c) todos os peritos, oficiais e não oficiais, prestarão o compromisso de bem e
fielmente desempenhar o encargo assim que forem nomeados para realizar a perícia.
d) serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos, sendo, porém, vedada às partes a
indicação de assistente técnico.
e) os cadáveres não poderão ser fotografados no local em que forem encontrados,
devendo ser levados imediatamente ao Instituto Médico Legal para o exame pericial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 160, § único do CPP.
B) ERRADA: O perito deve possuir curso superior em qualquer área, ou na falta deste,
por dois peritos não oficiais, conforme art. 159, §1º do CPP.
C) ERRADA: Os peritos oficiais não prestam compromisso, somente os peritos não
oficiais o prestam, nos termos do art. 159, §2º do CPP.
D) ERRADA: As partes poderão indicar assistentes técnicos, nos termos do art. 159,
§3º do CPP.
E) ERRADA: Os cadáveres deverão ser fotografados na posição em que se
encontrarem, nos termos do art. 164 do CPP.

Q296 - No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de


letra, quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes
os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for
ditado, não podendo o indiciado recusar-se sob pena de crime de
desobediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira parte está correta, nos termos do art. 174, IV do CPP. Contudo, a segunda
parte está errada, eis que o réu pode se negar a fornecer os elementos gráficos para
a realização do exame, em homenagem ao princípio de que ninguém será obrigado a
produzir prova contra si. Errada.

Q297 - O juiz ficará adstrito ao laudo, não podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo


apenas em parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz pode rejeitar o laudo, no todo ou em parte, nos termos do art. 182 do CPP.
Errada.
Q298 - Para um adequado exercício da jurisdição pelo Estado, os auxiliares
da Justiça têm papel de fundamental relevo. Sobre esse tema, o Código de
Processo Penal prevê que:

(A) as partes não intervirão na nomeação do perito;


(B) somente o perito oficial está sujeito à disciplina judiciária;
(C) não cabe condução coercitiva do perito que deixar de comparecer sem
justa causa;
(D) as causas de suspeição dos magistrados não são aplicáveis aos peritos;
(E) não podem ser peritos os menores de 16 anos e os maiores de 70 anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: A nomeação do perito é atribuição do Juiz, que deverá escolher um
profissional de sua confiança, não havendo participação das partes, nos termos do
art. 276 do CPP.
B) ERRADA: Tanto o perito oficial quanto o não oficial estão sujeitos à disciplina
judiciária, nos termos do art. 275 do CPP.
C) ERRADA: O Juiz poderá determinar a condução coercitiva do perito, nos termos do
art. 278 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois o art. 280 é explícito ao estender aos peritos as causas
de suspeição dos Juízes.
E) ERRADA: Não há idade máxima para o desempenho do encargo, mas não poderão
ser peritos os menores de 21 anos, nos termos do art. 279 do CPP.
Gabarito: A

Q299 - O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Cristiano, Luiz e


Leonel pela prática do crime de associaç_o para o tráfico. Na audiência
designada para realizaç_o dos interrogatórios, Cristiano, preso em outra
unidade da Federação, foi interrogado através de videoconferência. Luiz foi
interrogado na presença física do magistrado e respondeu às perguntas
realizadas. Já Leonel optou por permanecer em silêncio.

Sobre o interrogatório, considerando as informacαões narradas, assinale a


afirmativa correta.

A) O interrogatório judicial, notadamente após o advento da Lei no 10.792/2003,


deve ser interpretado apenas como meio de prova e não também como ato de defesa
dos acusados.

B) Luiz, ainda que não impute crime a terceiro, não poderá mentir sobre os fatos a
ele imputados, apesar de poder permanecer em silêncio.

C) A defesa técnica de Cristiano não poderá, em hipótese alguma, formular perguntas


para o corréu Luiz.

D) O interrogatório por vídeoconfereβncia de Cristiano pode ser considerado válido se


fundamentado, pelo magistrado, no risco concreto de fuga durante o deslocamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Segundo a Doutrina majoritária, o interrogatório é meio de prova e meio
de defesa.
B) ERRADA: O réu não está obrigado a falar a verdade em seu interrogatório, como
corolário do princípio do nemo tenetur se detegere.
C) ERRADA: Item errado, pois nada a impede que a defesa de um dos acusados
formule perguntas ao corréu. Aliás, o entendimento jurisprudencial é no sentido de
que deve ser facultado à defesa de cada réu a formulação de perguntas aos demais
corréus, de forma a garantir o pleno exercício do direito de defesa.
D) CORRETA: Item correto. O interrogatório por videoconferência deve ser
considerado medida de exceção, somente autorizado em hipóteses restritas, nos
termos do art. 185, §2º do CPP. Dentre estas hipóteses está a possibilidade de fuga
do acusado durante o deslocamento, nos termosdo art. 185, §2º, I do CPP. LETRA D.

Q300 - Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas
(Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35,
caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização
da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o
réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de
defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com
redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa.
O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que
a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu
Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso, o juiz
agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da
especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais
instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso o juiz agiu corretamente, pois o interrogatório, nas ações penais
instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas, deve ser o
primeiro ato da instrução, em razão do princípio da especialidade, nos termos do art.
57 da Lei de Drogas. Isso, inclusive, não ofende o princípio da ampla defesa e do
contraditório, segundo entendimento do STJ e do STF. LETRA B.

Q301 – Julgue:

I. Desde a reforma do Código de Processo Penal realizada pela Lei 11.690 de


2008, as perguntas às testemunhas devem ser formuladas diretamente pelas
partes. Contudo, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais
Superiores, se o magistrado iniciar as perguntas haverá apenas nulidade
relativa.

II. Conferindo efetividade ao princípio de que ninguém é obrigado a produzir


prova contra si e ao direito ao silêncio, o Superior Tribunal de Justiça decidiu
que o condutor de veículo automotor não é obrigado a se submeter ao teste
do bafômetro e que tal recusa não pode implicar consequências penais.

III. De acordo com o Código de Processo Penal, entendendo conveniente, o


juiz poderá ouvir as pessoas referidas pelas testemunhas, ainda que não
constassem originalmente do rol indicado pelas partes.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: De fato, esta é a regra, nos termos do art. 212 do CPP. Os Tribunais
superiores possuem entendimento solidificado no sentido de que nulidades desta
natureza somente serão reconhecidas se forem arguidas e gerarem prejuízo para a
parte (pas de nullité sans grief), sendo, portanto, nulidades relativas.
II – CORRETA: Trata-se de entendimento que materializa o princípio do
nemo tenetur se detegere, não havendo possibilidade de prejuízo ao réu
por se negar a produzir prova contra si.
III – CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 209 e seu §1º do CPP:
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além
das indicadas pelas partes.
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas
se referirem. A doutrina as denominam de Testemunhas Referidas. LETRA E.
Q302 - Admite-se a prova pericial, apesar de o juiz não ficar adstrito ao
laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Previsão do art. 182 do CPP. Correta.

Q303 - De acordo com o Art. 212, do CPP, as perguntas serão formuladas


pelas partes diretamente às testemunhas, podendo o juiz complementar a
inquirição formulando perguntas sobre pontos não esclarecidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estas são as previsões dos arts. 188 e 191 do CPP. Correta.

Q304 - Por força do princípio constitucional da ampla defesa, a testemunha


deverá ser ouvida em juízo na presença do acusado e da defesa técnica, não
se admitindo exceção a esta regra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É possível que o Juiz determine a retirada do acusado da sala de audiências, para não
prejudicar o depoimento da testemunha, nos termos do art. 217 do CPP. Errada.

Q305 - Após a reforma de 2008, a falta de qualquer das testemunhas não


será motivo para o adiamento da sessão do Tribunal do Júri, ainda que haja a
cláusula de imprescindibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sendo considerada imprescindível a testemunha faltosa, o ato deverá ser adiado, nos
termos do art. 411, §7º do CPP. Errada.

Q306 - O não comparecimento ou a não indicação de dia, hora e localpara


inquirição pela autoridade que goza de tal prerrogativa não acarreta a perda
da prerrogativa, impondo-se a renovação do ato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STF já entendeu que, neste caso, deve ser considerada como ―perdida‖ a
prerrogativa. Informativo 614 do STF. Errada.

Q307 - Diante do envolvimento com o fato apurado, os policiais que


participaram das diligências ou da prisão em flagrante devem ser ouvidos
como informantes, dispensado o compromisso legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O depoimento dos policiais, neste caso, é prova IDÔNEA, como a de qualquer outra
testemunha, pois não se pode presumir que tenham se tornado ―inimigos‖ do
acusado, conforme entendimento do STJ. Errada.

Q308 - Nos delitos materiais, de conduta e resultado, desde que


desaparecidos os vestígios, a prova testemunhal pode suprir o auto de corpo
de delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 167 do CPP:
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido
os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

Q309 – As testemunhas:

A) responderão às perguntas formuladas diretamente pelas partes e admitidas pelo


juiz.
B) poderão trazer seu depoimento por escrito.
C) serão inquiridas juntamente com outras arroladas pelas partes.
D) não poderão ser contraditadas pelas partes.
E) não poderão fazer breve consulta a apontamentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O depoimento das testemunhas será oral (e não escrito), sendo possível a consulta a
breves apontamentos. São inquiridas individualmente, não podendo umas ouvir o
depoimento das outras, e podem ser contraditadas por qualquer das partes. Além
disso, respondem às perguntas diretamente formuladas pelas partes, quando não
inadmitidas pelo Juiz (diferentemente do interrogatório do réu, no qual se adota o
sistema presidencialista). LETRA A.

Q310 - Quanto ao exame de corpo de delito e às perícias em geral, de acordo


com o Código de Processo Penal:

A) Os exames de corpo de delito serão feitos por dois peritos oficiais.


B) Se a infração deixar vestígios, a ausência do exame de corpo de delito pode ser
suprida pela confissão do acusado.
C) Ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado é facultada a
indicação de assistente técnico.
D) Os peritos não oficiais ficarão dispensados de compromisso se forem especialistas
na matéria objeto da perícia e tiverem
prestado compromisso em entidade de classe.
E) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de cinco dias, podendo este
prazo ser prorrogado por igual período, a requerimento do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O exame pericial deve ser feito por apenas um perito oficial e, na falta deste, dois
peritos não-oficiais. De fato, pelo CPP, não é possível o suprimento do exame pericial
pela confissão (mas a Doutrina a admite, quando não for possível realizar a perícia!).
Os peritos não oficiais não estão dispensados de prestar o compromisso, em
nenhuma hipótese (art. 159, § 2° do CPP). O prazo para elaboração do laudo pericial
é de 10 dias, prorrogáveis. Por fim, acusado, assistente de acusação, ofendido e
querelante podem indicar assistentes técnicos, nos termos do art. 159, § 3° do CPP.
LETRA C.

Q311 - Ninguém poderá eximir-se da obrigação de depor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a regra do art. 206, embora o próprio artigo traga algumas exceções, vale a
pena uma lida: A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o
cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Errada.

Q312 - O depoimento será prestado oralmente, sendo permitida consulta a


apontamentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPP determina o princípio da oralidade, devendo as testemunhas prestarem
depoimento oralmente, sendo facultada, entretanto a consulta a breves
apontamentos, nos termos do art. 204, § único do CPP. Certa.

Q313 - O filho adotivo do acusado poderá eximir-se da obrigação de depor,


salvo quando não for possível obter a prova do fato por outro meio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 206 do CPP. Certa.

Q314 - Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem


desaparecido os vestígios, a prova testemunhal não poderá suprir-lhe a falta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STJ entende que, não sendo mais possível a realização do exame pericial, a prova
testemunhal pode suprir a sua ausência. Errada.

Q315 – O interrogatório do réu preso será realizado obrigatoriamente em


sala própria no estabelecimento em que estiver recolhido ou por sistema de
videoconferência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O interrogatório do réu preso será realizado, em regra, em sala própria no
estabelecimento em que estiver preso, conforme §1º do art. 185 do CPP.
EXCEPCIONALMENTE poderá ser feito por meio de videoconferência, quando a
situação assim exigir, nos termos do §2º do mesmo artigo. Errada.

Q316 - A confissão é divisível e retratável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, o réu pode confessar apenas parte do que lhe é imputado (divisibilidade),
bem como pode se retratar da confissão realizada, nos termos do art. 200 do CPP.
Correta.

Q317 - Havendo mais de um acusado, serão interrogados conjuntamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Havendo mais de um acusado, serão interrogados SEPARADAMENTE, conforme art.
191 do CPP.

Q318 - Tício está preso na Penitenciária de Presidente Venceslau, cumprindo


pena por crimes de homicídio e sequestro, e responde a outro processo por
crime de latrocínio na comarca de São Paulo, Capital. Há prova, nos autos, de
que o agente integra uma facção criminosa e notícia de uma tentativa de
resgate do detento durante o seu deslocamento até a cidade de São Paulo
para
participar de um determinado ato processual. Designada audiência de
instrução, interrogatório, debates e julgamento, o Juiz que preside o
processo que tramita contra Tício pelo delito de latrocínio, em decisão
fundamentada, poderá, em caráter excepcional, realizar o interrogatório de
Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partes com dez dias de
antecedência, assegurando ao preso o acompanhamento de todos os atos da
audiência única de instrução e julgamento, bem como entrevista prévia e
reservada com seu defensor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesse caso, o CPP determina que o Juiz poderá realizar o ato (interrogatório do
acusado) mediante videoconferência, nos termos do art. 185, §§ 2º e 3º, devendo as
partes serem intimadas com antecedência mínima de 10 dias. Certo.

Q319 - I. Tício, padre de uma paróquia na cidade de São Paulo, mantém


contato, no exercício de sua atividade religiosa, com uma determinada
pessoa que lhe conta com detalhes, em função da fé no confessionário, que
presenciou um delito de homicídio na porta da sua casa, praticado contra um
vizinho. Tício poderá figurar como testemunha, mas está proibido de prestar
depoimento em juízo, salvo se quiser e for desobrigado pela parte
interessada.

II. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça é arrolado como testemunha


em um processo crime que tramita em uma das Varas Criminais da Comarca
de São Paulo. Neste caso, ele será inquirido em local, dia e hora previamente
ajustados com o juiz do processo, podendo optar, também, pela prestação de
depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes,
lhes serão transmitidas por ofício.

III. Em regular audiência de instrução e julgamento está sendo ouvida


testemunha arrolada pela acusação. O juiz não poderá indeferir perguntas
formuladas pelo advogado do réu, mesmo se não tiverem relação com o
processo.

Está correto o que consta SOMENTE em


a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - CORRETA: Como Tício deve guardar sigilo profissional (em razão do seu ministério
religioso), poderá figurar como testemunha, mas não poderá relatar os fatos
conhecidos em razão do ministério, salvo se a parte interessada permitir que o faça,
nos termos do art. 207 do CPP;
II - ERRADA: Embora os Ministros do STJ tenham a prerrogativa de ser ouvidos em
dia e hora previamente agendados, não possuem a prerrogativa (de acordo com o
CPP) de apresentarem o depoimento por escrito, nos termos do art. 221 e §1º do
CPP;
III - ERRADA: O Juiz poderá indeferir as perguntas que reputar impertinentes ao
processo, nos termos do art. 212 do CPP. LETRA A.

Q320 - Em relação às testemunhas, é correto afirmar que

a) as pessoas impossibilitadas por enfermidade ou velhice serão dispensadas de


depor.
b) será permitida à testemunha breve consulta a apontamentos.
c) as pessoas com dever de sigilo são proibidas de depor mesmo se desobrigadas
pela parte interessada.
d) as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, exceto se
não tiverem relação com a causa.
e) se o juiz reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, remeterá cópia
do depoimento para o Ministério Público, para instauração de inquérito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Estas pessoas serão inquiridas onde estiverem, nos termos do art. 220
do CPP.
B) CORRETA: Esta é a previsão do art. 204, § único do CPP:
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha
trazê-lo por escrito.
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a
apontamentos.
C) ERRADA: Estas pessoas, neste caso, PODEM depor, nos termos do art. 207 do
CPP.
D) ERRADA: Em qualquer caso as perguntas serão formuladas diretamente às
testemunhas, podendo o Juiz inadmitir aquelas que sejam repetição de outra,
puderem induzir resposta ou não tiverem relação com
a causa, nos termos do art. 212 do CPP.
E) ERRADA: Nos termos do art. 211 do CPP, neste caso, o Juiz remeterá cópias à
autoridade policial para instauração de Inquérito. LETRA B.

Q321 - O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas,


além das indicadas pelas partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz, no processo penal, possui uma atuação mais proativa que no processo civil,
pois no processo penal vigora o princípio da verdade real, de forma que o Juiz deve,
sempre, buscar aquilo que defato ocorreu (verdade material). Certa.

Q322 - O exame de corpo de delito

a) é dispensável e pode ser suprido pela confissão do acusado.


b) não pode ser feito entre 22:00 e 6:00 horas.
c) não pode ser feito aos domingos e feriados.
d) pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
e) deve ser sempre direto, não podendo jamais ser indireto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: O exame de corpo de delito é indispensável nos delitos que deixam
vestígios, e não pode ser suprido pela confissão do acusado, nos termos do art. 158
do CPP.
B) ERRADA: O exame de corpo de delito poderá ser feito a qualquer dia e hora, nos
termos do art. 161 do CPP.
C) ERRADA: O exame de corpo de delito poderá ser feito a qualquer dia e hora, nos
termos do art. 161 do CPP.
D) CORRETA: Esta é a exata previsão do art. 161 do CPP:
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer
hora.
E) ERRADA: O exame de corpo de delito poderá ser indireto, ou seja, realizado com
base em outras provas que indiquem a situação a ser periciada (exemplo: fotos,
documentos, etc.).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q323 - A doutrina aponta como característica do depoimento prestado pela


testemunha:

a) ser referida ou numerária.


b) a veracidade, a independência, a insuspeição.
c) ser compromissada ou não compromissada.
d) ser instrumentária, visual e informante.
e) a judicialidade, a oralidade, a objetividade e a retrospectividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A Doutrina aponta, dentre outras, as características da


judicialidade (pois é realizada em juízo), da oralidade (pois é vedado testemunho
escrito, em regra), a objetividade (pois a testemunha depõe sobre fatos, ou seja,
questões objetivas, não devendo fazer juízo de valor) e a retrospectividade (pois o
depoimento se refere a fatos passados, não havendo que se falar em juízo de
prognóstico). LETRA E.

Q324 - Sobre o depoimento judicial de ascendente ou descendente do


acusado, é correto afirmar:

a) como testemunha, não poderá se eximir da obrigação de depor.


b) uma vez prestado o compromisso, pratica crime de falso testemunho se
faltar com a verdade.
c) são proibidos de depor como testemunha.
d) não se deferirá o compromisso de dizer a verdade do que souber.
e) poderão se recusar a depor em qualquer caso.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Tais pessoas NUNCA prestam compromisso. Em regra,


podem se recusar a depor, mas não poderão fazê-lo quando o conhecimento dos
fatos somente puder ser alcançado por meio de seus depoimentos. Gab: D

Q325 - Em relação à busca e apreensão no processo penal, as buscas


domiciliares com ordem judicial serão executadas de dia, salvo se o morador
consentir que se realizem à noite.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, nos termos do art. 245 do CPP.

Q326 - A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Preconiza o Art. 244 do CPP: A busca pessoal independerá de mandado, no caso de
prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma
proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida
for determinada no curso de busca domiciliar. Correta.

Q327 - Sabe-se que o mandado de busca e apreensão deverá mencionar o


motivo e os fins da diligência. Em situação de busca e apreensão, não sendo
encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência serão
comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois é a exata redação do art. 247 do CPP.

Q328 - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão


comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DESPENCA! É a exata previsão do art. 306 do CPP. Correta.

Q329 - Após a realização da prisão, será encaminhado imediatamente ao juiz


competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o
nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO BACANA! O APF (Auto de Prisão em Flagrante) deve ser enviado em até 24
horas ao juiz, nos termos do art. 306, §1º do CPP. Errado.

Q330 - A falta de testemunhas da infração impedirá o auto de prisão em


flagrante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A falta de testemunhas não impedirá a lavratura do auto, nos termos do art. 304, §2º
do CPP. Errada.

Q331 - Não se considera em flagrante delito aquele que é encontrado, logo


depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser
ele o autor da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de situação de flagrante presumido, nos termos do art. 302, IV do CPP.
Errado.

Q332 - Altair foi detido e conduzido à delegacia de polícia da circunscrição,


em face de estar portando uma pistola, calibre 45, com numeração raspada.
Como se tratava de uma cidade do interior, que não tinha autoridade policial
todos os dias para apreciar as ocorrências policiais, Vanessa, Escrivã de
Polícia, por
ser altamente competente e diligente, lavrou um auto de flagrante delito e
deu nota de culpa a Altair, por crime previsto no Estatuto do Desarmamento.
Assim, pode-se afirmar que auto de prisão em flagrante lavrado pela Escrivã
de Polícia Vanessa é nulo, mas a ação penal e futura condenação decorrentes
desse auto de prisão em flagrante não serão nulas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O auto de prisão em flagrante lavrado pela escrivã é NULO, pois deveria o preso ter
sido apresentado à autoridade policial da localidade mais próxima, nos termos do que
determina o art. 308 do CPP. Contudo, a nulidade do APF não contamina,
necessariamente, a ação penal e eventual condenação do infrator. Isso porque as
irregularidades ocorridas na fase pré-processual não maculam a ação penal, em
regra. Correta.

Q333 - De acordo com a Lei nº 7.960/1989, é INCORRETO afirmar que cabe


prisão temporária:

a) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3° do CP).


b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2° do CP).
c) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1° do CP).
d) Crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de
1986).
e) Estelionato (artigo 171, e seus §§ 1º, 2º e 3º do CP).

RESPOSTA DA QUESTÃO: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra E


está incorreta, pois o estelionato não é um crime que autoriza a decretação da prisão
temporária, nos termos do art. 1º, III da Lei 7.960/89. LETRA E.

Q334 - Nos termos do art. 313 do Código Processual Penal, será admitida
a decretação da prisão preventiva:

I. Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 5
(cinco) anos.
II. Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.
III. Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar
a manutenção da medida.
IV. Nos crimes culposos punidos com pena superior a 8 (oito) anos.

Assinale a opção que contempla apenas as assertivas verdadeiras.


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO: A questão deveria ter sido anulada. A Banca considerou


como corretas apenas as afirmativas II e III (alternativa B). De fato, tais afirmativas
estão corretas, nos termos dos art. 313, III e § único do CPP.
Contudo, a afirmativa I também não pode ser considerada errada, pois o art.
313, I do CP assim determina:
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Ora, se o art. 313, I admite a decretação da preventiva em relação aos delitos cuja
pena máxima seja superior a quatro anos, é óbvio que é admissível para os crimes
cuja pena máxima seja superior a 05 anos. É claro que a Banca queria que ver se o
candidato sabia qual era o patamar limite (pena máxima de 04 ou 05 anos), mas se
equivocou na redação da afirmativa, o que acabou complicar a questão. Portanto, a
questão deveria ter sido ANULADA.

(Eu, Leo, discordo do posicionamento do Professor Renan, pois o enunciado foi claro
em pedir o que se cobra nos termos da lei, portanto, mantive a questão aqui): Gab:B

Q335 O prazo da prisão temporária será de:

a) 5 (cinco) dias, prorrogáveis por igual período.


b) 5 (cinco) dias, improrrogáveis.
c) 10 (dez) dias, prorrogáveis por igual período.
d) 10 (dez) dias, improrrogáveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO: O prazo da temporária, como regra, será de 05 dias,


prorrogáveis por mais 05 dias, nos termos do art. 2º da Lei 7.960/89. LETRA A.

Q336 - segundo a doutrina, quando o agente é encontrado, logo depois, com


instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração, estamos diante de um:

a) flagrante próprio.
b) flagrante presumido.
c) flagrante impróprio.
d) quase flagrante.
e) flagrante retardado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo entendimento doutrinário, na hipótese de o agente ser encontrado logo
depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor
da infração, teremos a modalidade de flagrante denominada de flagrante presumido,
previsto no art. 302, IV do CPP. LETRA B.

Q337 - É(São) hipótese(s) de prisão em flagrante admitida(s) no


ordenamento jurídico brasileiro:

I. flagrante presumido.
II. flagrante esperado.
III. flagrante provocado.
IV. flagrante próprio.
V. flagrante forjado.

Estão corretas as seguintes assertivas:


a) quatro alternativas estão corretas.
b) todas as alternativas estão corretas.
c) apenas uma alternativa está correta.
d) duas alternativas estão corretas.
e) três alternativas estão corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dentre as alternativas apresentadas, apenas o flagrante forjado e o flagrante
provocado não são hipóteses legítimas de flagrante delito no nosso ordenamento
jurídico.

O flagrante forjado é um CRIME praticado pelos agentes policias, que SIMULAM a


ocorrência de uma situação de flagrante, que não existe.
O flagrante provocado, por sua vez, ocorre quando os agentes policiais provocam a
ocorrência da situação de flagrante para que, no momento da prática delituosa,
efetuem a prisão. Contudo, a preparação do flagrante torna impossível a consumação
do delito e, por consequência, impossível a concretização da situação de flagrância.
Inclusive, o STF editou o verbete de súmula nº 145 a respeito do tema.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q338 - A prisão temporária é cabível (I) quando imprescindível para as


investigações do inquérito policial; (II) quando o indiciado não tiver
residência fixa ou não fornecer ele- mentos necessários ao esclarecimento
de sua identidade e (III) quando houver fundadas razões, de acordo com
qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado em alguns crimes expressamente citados no texto da Lei no
7.960/90, entre eles

a) a corrupção passiva (CP, art. 317).


b) a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (CP, art. 273).
c) a concussão (CP, art. 316).
d) o contrabando (CP, art. 334).
e) os contra o sistema financeiro (Lei no 7.492/86).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dentre as alternativas apresentadas, a única que traz um crime expressamente citado
na Lei 7.960/89 como um crime em que se admite a prisão temporária é a letra E,
que fala dos crimes contra o sistema financeiro nacional. Vejamos:

Art. 1° Caberá prisão temporária:


(...)
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
(...)
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
Assim, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Entretanto, vale ressaltar duas coisas:


1 – A questão pede o texto expresso da Lei 7.960/89, por isso está correta. Se não
fosse isso, deveria ser anulada, pois o crime de a falsificação, corrupção, adulteração
ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais é crime
HEDIONDO, admitindo, portanto, a prisão temporária (segundo doutrina majoritária).
Entretanto, não está expresso na Lei 7.960/89.
2 – A questão FOI anulada porque cometeu um pequeno erro ao citar o ano da Lei.
Colocou Lei 7.960/90 ao invés de Lei 7.960/89. Não interfere em nada, mas a Banca
decidiu anular. Portanto, a QUESTÃO FOI ANULADA.

(essas questões perguntando sobre rol de crimes da prisão temporária são mais
comuns para Delegado e Escrivão de Polícia, portanto, acho pouco provável cair para
o CFP-PMDF, mas vale uma lida breve na letra da lei, lembrando que todos os
hediondos, por sí só admitem a prisão temporária).

Q339 – Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão,


qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
prestado o compromisso legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se na localidade em que foi realizada a prisão não houver autoridade policial, o preso
será apresentado à autoridade do lugar mais próximo, nos termos do art. 308 do CPP.
Errada.

Q340 - A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em


flagrante, mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
uma pessoa que haja testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, deverão assinar o auto pelo menos DUAS pessoas que tenham
presenciado a apresentação do preso à autoridade, nos termos do art. 304, §2º do
CPP. Errada.

Q341 - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre deverão ser


comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público, à
família do preso ou à pessoa por ele indicada e à Defensoria Pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois à comunicação à Defensoria Pública deve ocorrer em 24h, e apenas
no caso de o preso não indicar advogado, nos termos do art. 306, §1º do CPP (leia e
releia quantas vezes for possível):

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada.

§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado


ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o
nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.

Q342 - Dentro de 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será


encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante
acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o
nome de seu advogado, cópia integral para

(A) a Defensoria Pública.


(B) o Ministério Público.
(C) a Procuradoria Geral do Estado.
(D) a Ordem dos Advogados do Brasil.
(E) a Procuradoria Geral da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, os autos deverão ser encaminhados à Defensoria Pública, por força do
art. 306, §1º do CPP. Gabarito: A.

Q343 - Assinale a alternativa correta.

(A) A prisão temporária poderá ser executada antes da expedição do mandado de


prisão.
(B) O prazo para recebimento da nota de culpa pelo indiciado é de até 24 horas após
a lavratura do auto de prisão em flagrante.
(C) Os deputados e senadores podem ser presos em flagrante por crimes afiançáveis
e inafiançáveis.
(D) Quando se tratar de infração inafiançável, a falta de exibição do mandado não
obstará a prisão, desde que o preso seja imediatamente apresentado ao Juiz que
expediu a ordem de prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: A prisão temporária somente poderá ser executada após a expedição do
mandado, nos termos do art. 2º, §5º da Lei 7.960/89.
B) ERRADA: Item errado, pois, nos termos do art. 306, §2º do CPP, o prazo de 24h
se inicia no momento da prisão, e não da lavratura do auto.
C) ERRADA: Os deputados e senadores não podem ser presos em flagrante por crime
AFIANÇÁVEL, nos termos do art. 53, §2º da CF/88.
D) CORRETA: Item correto, pois é a exata previsão do art. 287 do CPP:
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à
prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver
expedido o mandado. LETRA D.

Q344 - LUCIANO deduziu, por seu defensor, um pedido de relaxamento de


flagrante reputado irregular. Diz que foi encontrado, logo depois da prática
de um crime de roubo perpetrado com emprego de ameaça, sem que
houvesse perseguição ao agente, com uma faca e vários objetos similares
àqueles subtraídos, sendo preso apenas em razão dessa circunstância. O Juiz
negou o relaxamento da prisão, entendendo tratar-se de caso de

(A) flagrante próprio.


(B) flagrante presumido.
(C) quase-flagrante.
(D) flagrante preparado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso, Luciano encontrava-se em situação de flagrante, na modalidade de flagrante
presumido. Gab: B

Q345 - Apresentado o preso, a autoridade competente deverá interrogá-lo e


entregar-lhe a nota de culpa, e em seguida proceder à ouvidas do condutor e
das testemunhas que o acompanham, colhendo, no final, as assinaturas de
todos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O condutor será ouvido primeiramente, sendo colhida sua assinatura. Após, serão
ouvidas as testemunhas e será realizado o interrogatório do preso:

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e


colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto.

Q346 - Na falta ou impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela


autoridade policial lavrará o auto de prisão em flagrante, depois de prestado
o compromisso legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É comum o Delegado solicitar que o Policial Militar condutor da ocorrência preste
compromisso legal e lavre o auto de prisão em flagrante. Certa.

Q347 - Qualquer do povo deverá prender quem quer que seja encontrado em
flagrante delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Qualquer do povo PODERÁ prender quem esteja nesta situação, na forma do art. 301
do CPP. Errada.

Q348 - Quem, logo após o cometimento de furto, é encontrado na posse do


bem subtraído, pode ser preso em flagrante delito, ainda que inexistam
testemunhas da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de flagrante presumido, nos termos do art. 302, IV do CPP. Correta.

Q349 - No que concerne à prisão preventiva e às autoridades encarregadas


de funcionar em procedimentos criminais, o Juiz, o Promotor de Justiça
(órgão do Ministério Público) e o Delegado de Polícia (autoridade policial)
podem, respectivamente, de acordo com os poderes distribuídos pelo art.
311 do CPP,
decretar de ofício ou mediante representação; apenas requerer a decretação;
apenas representar pela decretação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz é a autoridade legalmente habilitada a decretar a preventiva, de ofício, a
requerimento do MP ou representação da autoridade policial. O MP apenas pode
requerer sua decretação. A autoridade policial, por sua vez, somente pode
representar pela decretação da preventiva. Correta.

Q350 - A prisão preventiva

(A) é decretada pelo juiz.


(B) somente poderá ser decretada como garantia da ordem pública.
(C) não poderá ser revogada pelo juiz.
(D) poderá ser decretada pelo delegado de polícia.
(E) é admitida para qualquer crime ou contravenção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão preventiva é decretada SEMPRE pelo Juiz, para garantia da ordem pública,
da ordem econômica, da aplicação da lei penal ou da instrução processual. Poderá ser
revogada pelo Juiz, caso não mais subsistam os motivos que a determinaram, bem
como ser novamente decretada. Não se admite, contudo, para crimes culposos (em
regra) nem contravenções. LETRA A.

Q351 - Denomina-se flagrante impróprio ou quase-flagrante a prisão de


quem
é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por outra pessoa,
em situação que faça presumir ser autor da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com o termos ―faça presumir‖, vamos a um breve resumo:

Flagrante próprio ou propriamente dito: art. 302, I e II, CPP:


O indivíduo é surpreendido cometento a infração; é preso praticandos atos
executórios no momento em que é suspreendido; ou quado o indivíduo é preso ao
acabar de cometer o delito (já encerrou os atos executórios, mas ainda é
surpreendido no local do delito.

Flagrante impróprio ou quase flagrante: III, art.302, CPP


Quando o agente é perseguido, logo após o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.

Flagrante Presumido ou ficto: IV, art.302, CPP


O indivíduo é encontrado logo depois do crime - não havendo perseguição - portando
armas, objetos ou papéis que façam presumir que é criminoso.

Questão correta.

Q352 - Considera-se em flagrante delito o agente que é surpreendido com


instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração, em qualquer momento da investigação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Deve haver o fator temporal, que no caso do flagrante presumido, é o ―logo depois‖
(embora não haja definição do que seja ―logo depois‖). Errada.

Q353 - No tocante à prisão preventiva, é correto afirmar que poderá ser


decretada quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou
quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 313, § único do CPP. Correta.

Q354 - Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher,


criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, a Prisão
Preventiva só poderá ser decretada em substituição das medidas protetivas
de urgência.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 313, III, nesse caso, a preventiva poderá ser decretada não em
substituição, mas para GARANTIR as medidas protetivas de urgência. Errada.

Q355 – A prisão preventiva poderá ser decretada em caso de


descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É cabível a preventiva, neste caso, por força do art. 282, §4º do CPP. Correta.

Q356 – Sendo a Prisão Temporária instrumento adequado de garantia da


ordem no curso do Inquérito Policial, não pode ser decretada a Prisão
Preventiva durante a fase inquisitorial, mas apenas durante o processo penal
após o recebimento da denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A preventiva pode ser decretada durante o IP, por força do art. 311 do CPP. Neste
momento, contudo, não será possível sua decretação ex officio pelo juiz (ISSO CAI
HEIN), mas somente a requerimento do MP ou por representação da autoridade
policial. Errrada.

Q357 – A Prisão Preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem


pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou
para
assegurar a aplicação da lei penal, sendo, em tais casos, irrelevante haver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A existência de prova da materialidade e indícios de autoria (JUSTA CAUSA) é
indispensável para a decretação da preventiva, nos termos do art. 312 do CPP. Em
sentido contrário é cabível HC trancativo como vistas a trancar a ação penal ou
mesmo o inquérito policial, se for o caso. Errada.

Q358 - Quando presentes prova do crime e indícios de autoria, a prisão


preventiva pode ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares,

a) como garantia da ordem pública, da ordem econômica ou por


conveniência da instrução criminal, apenas.
b) como garantia da ordem pública, da ordem econômica ou para assegurar
a aplicação da lei penal, apenas.
c) como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal
ou para assegurar a aplicação da lei penal, apenas.
d) como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência
da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão preventiva poderá ser decretada, neste caso, para garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, nos termos do art. 312 do CPP. Letra D.
Q359 - José, mediante grave ameaça, subtraiu de João uma carteira,
contendo dinheiro, cartões de crédito e diversos papéis, tendo, em seguida,
fugido do local. João avisou a polícia, que, logo depois, encontrou José de
posse de um recibo de depósito bancário realizado na conta de João, que
estava dentro da
carteira subtraída. Ao ser abordado, José não resistiu e se entregou,
confessando a autoria do crime de roubo. Nesse caso, José não pode ser
preso em flagrante, porque não foi perseguido pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer outra pessoa, em situação que faça presumir ser o
autor da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso, temos o chamado ―flagrante presumido‖, de forma que José poderá ser
preso em flagrante. Errada.

Q360 - Presentes os demais pressupostos legais caberá prisão temporária


quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado, dentre outros, no
crime de

a) explosão.
b) incêndio.
c) extorsão.
d) aborto.
e) concussão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão temporária é modalidade de prisão cautelar somente admitida em
determinadas hipóteses. Dentre as hipóteses admitidas pela Lei 7.960/89, encontra-
se a fundada suspeita de participação em determinados delitos graves, dentre eles o
de extorsão.
Vejamos o art. 1º, III, d da Lei:
Art. 1° Caberá prisão temporária:
(...)
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes
crimes:
(...)
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q361 - A prisão temporária pode ser decretada pelo juiz de ofício,


independentemente de representação da autoridade policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja só! Nem a prisão temporária (que é própria da fase inquisitorial) tampouco a
prisão preventiva (NO CURSO do IP) podem ser decretadas de ofício pelo Juiz,
somente é possível a prisão preventiva ser declarada de ofício pelo magistrado na
persecução penal.
Nos termos do art. 2º da Lei 7.960/89, a prisão temporária somente poderá ser
decretada pelo Juiz se houver requerimento do MP ou representação da autoridade
policial nesse sentido. Errada.
Q362 – A prisão temporária não possibilita a liberação do agente pela
autoridade policial sem alvará de soltura expedido pelo juiz que a decretou,
ainda que tenha terminado o prazo de sua duração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 2º, §7º da Lei 7.960/89, decorrido o prazo da prisão temporária, o
preso deverá ser posto em liberdade, imediatamente, sem necessidade de despacho
do Juiz nesse sentido. Errada.

Q363 - A prisão preventiva poderá ser decretada pelo juiz de ofício, mesmo
que não haja requerimento a respeito do Ministério Público ou do querelante,
nem representação da autoridade policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Com a ressalva de que a decretação, ex officio, somente se admite durante o
processo, nunca durante a investigação, nos termos do art. 311 do CPP. Correta.

Q364 – A prisão preventiva não poderá ser decretada, nos casos em que a lei
a autoriza, se o acusado se apresentar espontaneamente à autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A apresentação espontânea do acusado não impede a decretação da preventiva, só
da prisão em flagrante. Errada.

Q365 – A prisão preventiva poderá ser decretava excepcionalmente nos


crimes culposos, quando o juiz se convencer da periculosidade do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
não se admite a decretação da preventiva em crimes culposos. Há quem defenda ser
possível no caso do § único do art. 313 do CPP:
Art. 313 (...)
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado. Errada.

Q366 – A prisão preventiva decretada pelo juiz só pode ser revogada na


sentença ou pela superior instância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A preventiva, uma vez decretada, pode ser revogada a qualquer momento, desde que
desapareçam os motivos que fundamentaram a decretação da preventiva. Errada.

Q367 - Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito


mesmo após a cessação da permanência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nas infrações permanentes, por haver prolongamento da consumação, o agente
considera-se em flagrante enquanto durar a permanência, nos termos do art. 303 do
CPP. Errada.
Q368 - Apresentado o preso à autoridade competente, será desde logo
interrogado, ouvindo-se, na sequência, o condutor e as testemunhas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é importante para PMDF! Apresentado preso, primeiro será ouvido o condutor,
após, as testemunhas e, somente ao final, será interrogado o preso, nos termos do
art. 304 do CPP.

Q369 - A gravidade em abstrato do delito capitulado na denúncia, quando


significativa, é fundamento que pode ser suficiente para fundamentar a
prisão preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A gravidade abstrata do delito não é fundamento para a decretação da preventiva,
que deve se basear num dos requisitos do art. 312 do CPP (HC 150.123/SP). Errada.

Q370 - A primariedade e os bons antecedentes do acusado são elementos


que impedem a decretação da prisão preventiva porque demonstram a baixa
periculosidade do réu e afastam o risco à ordem pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A decretação da prisão preventiva somente pode estar fundamentada na existência
de um dos requisitos previstos no art. 312 do CPP, não havendo possibilidade de
decretação automática da medida, mas também não há hipótese de vedação
automática de sua aplicação apenas em razão do fato de se tratar o réu de pessoa
primária e de bons antecedentes. Errada.

Q371 - A credibilidade da justiça afetada pela demora na solução das causas


penais não pode ser elemento de fundamentação para a prisão preventiva
decretada para a garantia da ordem pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a demora da Justiça não pode servir como elemento de fundamentação da
prisão preventiva, a uma porque não se trata de conduta que possa ser imputada ao
acusado, e a duas porque a Justiça estaria se "beneficiado de sua própria
ineficiência", transportando ao acusado o prejuízo de sua morosidade. Certa.

Q372 - No procedimento do júri, tendo o acusado respondido preso ao


sumário da culpa, a manutenção de sua prisão provisória, quando o
magistrado decide levar o réu a julgamento popular, é medida que não exige
nova fundamentação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando da sentença de pronúncia o Juiz deve decidir, fundamentadamente, sobre a
necessidade de decretação, modificação ou revogação de qualquer medida cautelar,
nos termos do art. 413, §3º do CPP:
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido
da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou
de participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
(...)
§ 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou
substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e,
tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou
imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.
Errada.

Q373 - Ausentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva poderá


o juiz, no curso do processo, decretar a prisão domiciliar caso o réu esteja
extremamente debilitado por motivo de doença grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ausentes os requisitos da preventiva o Juiz não poderá decretar a prisão domiciliar,
pois esta somente pode ser decretada para substituir eventual prisão preventiva, de
forma que, não sendo caso de decretação da preventiva, descabe falar em prisão
domiciliar, nos termos do art. 318 do CPP. Errada.

Q374 - A publicação de sentença condenatória, que impõe regime


inicialmente fechado para o cumprimento da pena privativa de liberdade,
constitui marco impeditivo para a concessão da liberdade provisória ao
condenado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A concessão ou não de liberdade provisória não está relacionada à existência ou não
de sentença condenatória, mas apenas à existência, ou não, dos requisitos que
autorizam a decretação da preventiva, nos termos do art. 321 do CPP. Errada.

Q375 - A partir da entrada em vigor da Lei federal no 12.403/11, que


reformou parcialmente o Código de Processo Penal, não mais se admite a
decretação da prisão preventiva de acusado pela prática de crime doloso
cuja sanção máxima em abstrato não ultrapasse quatro anos de reclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 313, II e III prevê a possibilidade de decretação da preventiva em outras
hipóteses, mesmo que a pena máxima cominada não ultrapasse quatro anos de
privação da liberdade. Errada.

Q376 - Ticio está cometendo a infração penal; Tércio acabou de cometê-la;


Cícero foi encontrado, logo depois, com instrumentos, armas e objetos que
fazem presumir ser ele o autor da infração; Augusto foi localizado alguns
dias depois do delito, em razão de investigações da polícia que o indicavam
como seu autor. Podem ser presos em flagrante:

a) somente Cícero e Augusto.


b) somente Tício e Tércio.
c) somente Cícero e Tércio.
d) somente Tício, Tércio e Cícero.
e) Tício, Tércio, Cícero e Augusto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso, apenas Augusto NÃO se encontra em situação de flagrante delito. Tício e
Tércio encontram-se em situação de flagrante próprio, e Cícero em situação de
flagrante presumido (pois não houve perseguição). Portanto, a ALTERNATIVA
CORRETA É A LETRA D.
Q377 - Segundo a lei processual penal, são consideradas espécies de prisão
em flagrante:

a) preparado, putativo e próprio.


b) forjado, presumido e especial.
c) próprio, forjado e presumido.
d) esperado, presumido e preparado.
e) próprio, impróprio e presumido.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Segundo a doutrina processual penal, as modalidades de


flagrante previstas no art. 302 do CPP são o flagrante próprio (art. 302, I e II),
impróprio (art. 302, III) e presumido (art. 302, IV).
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q378 - Se a prisão em flagrante feita por agente policial não contar com
testemunhas da infração, apresentado o preso à Autoridade Policial esta
lavrará o auto de prisão em flagrante que será assinado apenas pela própria
autoridade, pelo autuado e pelo condutor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, prevê o CPP que a autoridade lavrará o auto de prisão, ouvindo o
condutor, e colherá as assinaturas de DUAS pessoas que tenham testemunhado a
apresentação do preso à autoridade. Errada.

Q379 - Incabível a prisão temporária em caso de

A) roubo simples.
B) quadrilha ou bando.
C) homicídio simples.
D) cárcere privado.
E) furto qualificado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão temporária somente é cabível nas taxativas hipóteses do art. 1º da Lei
7.960/89. Dentre estas hipóteses não se encontra o crime de furto, ainda que
qualificado. LETRA E.

Q380 - A prisão temporária requerida em inquérito policial que apura crime


de tortura, pode ser decretada por até

A) cinco dias, prorrogáveis por igual período.


B) dez dias, prorrogáveis por igual período.
C) quinze dias, vedada a prorrogação.
D) trinta dias, vedada a prorrogação.
E) trinta dias, prorrogáveis por igual período.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão temporária pode ser decretada por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco
dias.

Vejamos:
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Contudo, o crime de tortura é equiparado a hediondo, de forma que o prazo para a


prisão temporária será, neste caso, de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
Vejamos:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
(...)
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de
1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. LETRA E.

Q381 - Numa ação penal, a prisão preventiva do acusado foi decretada para
garantia da ordem pública. Posteriormente, verificando que o réu tinha
residência e emprego certos e bons antecedentes, o juiz revogou a prisão.
No curso da instrução, testemunhas arroladas pela acusação passaram a
receber ameaças do acusado. Nesse caso, o juiz poderá, de novo, decretar a
prisão preventiva deste por conveniência da instrução criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz, neste caso, poderá decretar novamente a prisão preventiva, por conveniência
da instrução criminal, sem problema algum. Correta.

Q382 - O juiz de Direito de uma Vara Criminal recebeu cinco inquéritos


policiais, nos quais as autoridades policiais representaram pedindo a
decretação da prisão temporária, por considerá-la imprescindível para as
investigações dos inquéritos policiais instaurados por crimes de roubo, furto
qualificado, extorsão, extorsão mediante sequestro e homicídio doloso. A
prisão temporária, preenchidos os demais requisitos legais, poderá vir a ser
decretada nos inquéritos referentes APENAS aos crimes de

a) roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro e homicídio doloso.


b) homicídio doloso e extorsão mediante sequestro.
c) roubo, furto qualificado e extorsão.
d) extorsão mediante sequestro, homicídio doloso e furto qualificado.
e) extorsão, extorsão mediante sequestro e homicídio doloso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, a temporária somente poderá ser decretada em relação aos crimes de
roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro e homicídio doloso, eis que o crime de
furto não admite prisão temporária, nos termos do art. 1º, III da Lei 7.960/89. LETRA
A.

Q383 - Considera-se em flagrante delito quem é encontrado, em qualquer


fase do inquérito policial, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que
façam presumir ser ele autor da infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta hipótese de flagrante, que seria o flagrante presumido, exige que o agente seja
encontrado LOGO DEPOIS, ou seja, há um requisito temporal, nos termos do art.
302, IV do CPP. Errada.

Q384 - O juiz não pode decretar novamente prisão preventiva contra o


mesmo investigado, caso já tenha revogado prisão preventiva anterior, ainda
que sobrevenha razão que eventualmente a justifique.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz pode novamente decretar a preventiva, não há problema algum, por força do
art. 316 do CPP. Errada.

Q385 - A prisão temporária, em caso de crime não hediondo nem a ele


equiparado, terá o prazo de

a) dez dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada


necessidade.
b) cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
c) trinta dias, improrrogáveis.
d) oitenta e um dias, improrrogáveis.
e) sessenta dias, prorrogável por trinta dias em caso de extrema e comprovada
necessidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A temporária, neste caso, terá o prazo de cinco dias, prorrogáveis por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade, nos termos do art. 2º da Lei
7.960/89:
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. LETRA B.

Q386 - É inadmissível a prisão preventiva, decretada de ofício pelo juiz, em


qualquer fase da investigação policial, como garantia da ordem pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato, a preventiva é inadmissível neste caso, pois durante a investigação não se
admite a preventiva decretada de ofício pelo Juiz, nos termos do art. 311 do CPP.
Certa

Q387 - Em até vinte e quatro horas após a realização da prisão será


encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a
Defensoria Pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 306, §1º do CPP. Correta.

Q388 - Amanda foi presa em flagrante delito pela prática de concussão. A


defesa ingressou com pedido de liberdade provisória e de conversão da
prisão preventiva em domiciliar, porque Amanda tem filho de sete anos de
idade. Ao analisar tais pedidos e diante do que consta dos autos, NÃO
poderia ser utilizado, pelo juízo, para indeferi-los, o argumento:
a) a prisão é necessária por conveniência da instrução processual, porque
Amanda exigia das vítimas vantagem ilícita mediante grave ameaça,
havendo, portanto, temor de que a sua liberdade possa intimidar as
testemunhas.

b) possuir ocupação lícita e residência fixa não são suficientes para garantir
a liberdade provisória.
c) incabível o pedido de conversão em prisão domiciliar porque o caso não se
enquadra na hipótese prevista em lei.

d) incabível a concessão judicial de liberdade provisória, porque a pena


privativa de liberdade máxima cominada ao delito é superior a 4 (quatro)
anos.

e) incabível a concessão judicial de liberdade provisória, porque presentes


os requisitos que autorizam a prisão preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz não poderia utilizar como argumento o fato de ser ―incabível a concessão
judicial de liberdade provisória, porque a pena privativa de liberdade máxima
cominada ao delito é superior a 4 (quatro) anos‖, pois nada impede a concessão da
liberdade provisória pelo simples fato de a pena ser superior a quatro anos, pois a
simples quantidade da pena máxima não é capaz de impedir a liberdade provisória.

Novamente:
A alternativa D é o gabarito porque não existe vedação legal geral à concessão de
liberdade provisória para os crimes com pena superior a 4 anos... Na verdade, o que
a lei prevê é a POSSIBILIDADE de prisão preventiva para os crimes com estas penas,
atendidos alguns requisitos.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos. Portanto, não é requisito para se vedar a liberdade provisória, mas
para se decretar a prisão preventiva. LETRA D.

Q389 - Mévio anuncia um roubo dentro de um ônibus em que há dez


passageiros, dentre eles um delegado de polícia, um policial militar, um juiz
de direito, um bacharel em direito e seis pessoas do povo, sem atividades
relacionadas à área jurídica. Dessas dez pessoas, as que têm o dever de
prender Mévio em flagrante são:

A) o policial militar e o bacharel em direito.


B) as pessoas sem vinculação com a área jurídica.
C) o policial militar, o juiz de direito, o bacharel em direito e o delegado de polícia.
D) o policial militar, o juiz de direito e o delegado de polícia.
E) o policial militar e o delegado de polícia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quanto ao sujeito ativo, o flagrante pode ser facultativo ou obrigatório. Qualquer
pessoa do povo pode efetuar uma prisão em flagrante, logo, nesse caso temos um
sujeito ativo facultativo (PODE). Entretanto, a autoridade policial e seus agentes
DEVEM realizar a prisão em flagrante, por isso aqui temos o que se chama de sujeito
ativo obrigatório (DEVE).
Nos termos do art. 301 do
CPP:
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Portanto, no caso em tela, possuíam a obrigação de efetuar a prisão em
flagrante o policial militar e o delegado de polícia. LETRA E.
Q390 - Assinale a alternativa que contenha um princípio que não se aplica à
prisão preventiva.

A) Taxatividade das hipóteses de aplicação.


B) Admissibilidade de aplicação automática.
C) Adequação e proporcionalidade.
D) Jurisdicionariedade das medidas cautelares.
E) Demonstração do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão preventiva pode ser decretada somente nas hipóteses previstas em Lei
(princípio da taxatividade), bem como devem ser adequadas e proporcionais ao delito
praticado, às circunstâncias do fato, condições do agente, etc.
Além disso, só pode ser decretada pelo Juiz, ou seja, pela autoridade Jurisdicional,
diferentemente da prisão em flagrante, que é prisão cautelar de natureza
administrativa. Em qualquer caso, todavia, deverá haver prova da materialidade e
indícios de autoria (fumus comissi delicti), além do perigo de dano em razão da
liberdade do acusado (periculum libertatis).

Porém, a decretação da preventiva não é automática, devendo ser decretada


mediante decisão fundamentada do Juiz, na qual ele esclareça os motivos de fato que
o levaram a tomar a decisão de decretar a prisão preventiva do indivíduo. LETRA B.

Q391 – É admitida a Prisão Preventiva assecuratória quando imprescindível


para apaziguar o clamor público, garantindo a integridade física do agente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Parte da doutrina entende que o clamor público está compreendido na Ordem Pública,
mas leve o entendimento de que NÃO SE ADMITE para sua prova, pois este é o que
prevalece. Errada.

Q392 - O Código de Processo Penal pátrio menciona que também se


considera em flagrante delito quem é perseguido, logo após o delito, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser o perseguido autor da infração.

A essa modalidade dá-se o nome de flagrante


A) impróprio.
B) ficto.
C) diferido ou retardado.
D) esperado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 302 do CPP nos diz quem se encontra em situação de flagrante delito. Na
hipótese em tela, temos o flagrante delito impróprio.

Q393 - A gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade,


é capaz, por si só, de levar à prisão provisória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão provisória somente poderá ser decretada se presentes os requisitos de
natureza cautelar exigidos pela Lei (seja para a prisão preventiva, seja para a prisão
temporária). A mera gravidade abstrata do delito não é capaz de fundamentar a
segregação cautelar, conforme entendimento pacífico do STF e do STJ

Q394 - A alegação de excesso de prazo da prisão preventiva não fica


superada pela superveniência da sentença condenatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Jurisprudência recente! A superveniência de sentença condenatória torna superada a
alegação de excesso de prazo na prisão preventiva, conforme entendimento do STJ:
(...) 1. Proferida sentença, resta prejudicada a alegação de excesso de prazo na
formação da culpa, pois entregue a prestação jurisdicional. Errada.

Q395 - O modus operandi da prática delitiva, a revelar a periculosidade in


concreto do réu, constitui justificativa idônea da prisão preventiva para
garantia da ordem pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STJ entende que a gravidade EM CONCRETO do crime, como decorrência de seu
modus operandi, é fundamento idôneo para a decretação da segregação cautelar,
como garantia da ordem pública. Certa.

Q396 – A possibilidade de reiteração criminosa e a participação em


organização criminosa não são motivos idôneos para a manutenção da
custódia cautelar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STJ entende que tais motivos são fundamentos idôneos à decretação da prisão
cautelar. Errada.

Q397 - A falta de exibição do mandado pelos agentes policiais obstará a


prisão se a infração for inafiançável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A despeito da constitucionalidade duvidosa, a previsão contida no art. 287 do CPP é
no sentido de que tal fato NÃO OBSTARÁ a prisão. Errada.

Q398 - Não se admite a prisão em flagrante nos crimes sujeitos à ação penal
privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É permitida a prisão em flagrante na prática de QUALQUER delito, ocorre que nos
casos em que se exija a representação da vítima, não poderá ser sem ela instaurada
a ação penal. Errada.
Q399 - Em caso de extrema e comprovada necessidade, a prisão temporária
poderá ser executada antes da expedição do mandado judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado, pois o §5º do art. 2º da Lei é claro ao determinar que somente depois
de expedido o mandado é que poderá ser executada a prisão temporária.

Q400 - O deputado ―M‖ é um famoso político do Estado ―Y‖, e tem grande


influência no governo estadual, em virtude das posições que já ocupou, como
a de Presidente da Assembleia Legislativa.

Atualmente, exerce a função de Presidente da Comissão de Finanças e


Contratos. Durante a reunião semestral com as empresas interessadas em
participar das inúmeras contratações que a Câmara fará até o final do ano, o
deputado ―M‖ exigiu do presidente da empresa ―Z‖ R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) para que esta pudesse participar da concorrência para
a realização das obras na sede da Câmara dos Deputados. O presidente da
empresa ―Z‖, assustado com tal exigência, visto que sua empresa preenchia
todos os requisitos legais para participar das obras, compareceu à Delegacia
de Polícia e informou ao Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a
combinar a
entrega da qua ntia para daqui a uma semana, oportunidade em que uma
equipe de policiais estaria presente para efetuar a prisão em flagrante do
deputado. No dia e hora aprazados para a entrega da quantia indevida, os
policiais prenderam em flagrante o deputado ―M‖ quando este conferia o
valor entregue pelo presidente da empresa ―Z‖. Na qualidade de advogado
contratado pelo Deputado, assinale a alternativa que indica a peça
processual
ou pretensão processual, exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima.

A) Liberdade Provisória.
B) Habeas Corpus.
C) Relaxamento de Prisão.
D) Revisão Criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é sensacional! Para desvendá-la, precisamos saber, primeiro, de qual
delito se trata. O Deputado M, no caso concreto, praticou o delito de concussão,
previsto no art. 316 do CP.
Vejamos:
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.


Este delito é considerado formal, ou seja, consuma-se no momento em que o agente
pratica a conduta, independentemente da ocorrência do resultado. Assim, o delito se
consumou no momento em que o Deputado exigiu do presidente da empresa a
vantagem indevida. Desta forma, o momento do recebimento da vantagem indevida
NÃO É CONSIDERADO FLAGRANTE, eis que o delito não estava sendo praticado, pois
já havia se consumado, sendo meramente um exaurimento do crime.
Assim, não se tratando de momento da consumação do crime, nem logo depois desta
consumação, não é possível a prisão em flagrante, sendo, portanto, uma PRISÃO
ILEGAL.
Ora, a prisão ilegal deve ser relaxada pelo Juiz, de modo que a peça cabível é o
pedido de RELAXAMENTO DE PRISÃO.
Caso o crime estivesse se consumando naquele momento, de fato, a prisão seria
legal, eis que haveria flagrante, e a peça cabível seria o pedido de liberdade
provisória. LETRA C.

Q401 - Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser


imediatamente solto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a exata previsão contida no art. 2º, §7º da Lei 7.960/89. Certa.

Q402 - Considera-se flagrante diferido modalidade de flagrante proibida pela


legislação processual penal brasileira, em que a autoridade policial, tendo
notícia da prática de futura infração, coloca-se estrategicamente de modo a
impedir a consumação do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está errada, a situação narrada remete ao flagrante esperado. No caso em tela temos
a ação policial de monitoramento e controle das ações criminosas desenvolvidas,
transferindo-se o flagrante para momento de maior visibilidade das responsabilidades
penais. São sinônimos: Flagrante retardado, postergado, prorrogado, protelado ou
ainda AÇÃO CONTROLADA, existem apenas nos crimes de Tráfico de Drogas e
Organização Criminosa. No caso do Tráfico de Drogas (matéria do edital) exige-se a
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PRÉVIA, já no caso de Organização Criminosa, basta a
COMUNICAÇÃO AO JUIZ. Errada.

Q403 - O indivíduo ―A‖, que coloca dolosamente sua carteira na mochila de


―B‖, para logo em seguida acionar a polícia, sob a alegação de haver sido
furtado por ―B‖; tendo os policiais encontrado a carteira de ―A‖ no interior da
mochila de ―B‖, ―B‖ é preso em flagrante pela prática de crime. A hipótese
ora narrada é, pela doutrina, denominada flagrante

a) esperado.
b) provocado ou preparado.
c) retardado ou diferido.
d) presumido ou ficto.
e) forjado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Consiste em uma situação falsa de flagrante criada para incriminar alguém. Gabarito:
E.

Q404 - O flagrante protelado ou diferido é aquele em que a prisão em


flagrante é retardada para um momento posterior ao cometimento do crime,
mais adequado do ponto de vista da persecução penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.
Q405 - Tanto o flagrante esperado quanto o flagrante provocado são
considerados ilegais pela doutrina amplamente majoritária, tendo em vista
que configuram hipótese de crime impossível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, o flagrante esperado ocorre quando a polícia, recebendo uma denúncia,
aguarda o exato momento para efetuar a prisão. Desse modo, não é ilegal. Já o
flagrante provocado, conforme reza a questão, é ilegal, pois aqui sim há o crime
impossível (guarde que flagrante provocado é tem natureza jurídica de crime
impossível).

Flagrante esperado = LEGAL


Flagrante provocado ou preparado = CRIME IMPOSSÍVEL
Flagrante forjado = ILEGAL

A Jurisprudência do STJ, contudo, admitiu a prisão em flagrante de um traficante


numa situação em que o policial civil havia provocado uma situação de flagrante no
suposto interesse de comprar droga. No caso em tela, o STJ decretou ilegal o
flagrante provocado quanto ao verbo ―VENDER‖ mas o admitei na modalidade ―trazer
consigo‖ ou ―manter em depósito‖.

Gabarito: Errada.

Q406 - O policial Fernando recebe determinação para investigar a venda de


drogas em uma determinada localidade, próximo a uma reconhecida
Faculdade de Direito. A autoridade judiciária autoriza que o policial, nesse
primeiro momento, não atue sobre os portadores e vendedores de
entorpecentes, com a finalidade de identificar e responsabilizar um maior
número de integrantes na operacionalização do tráfico e de sua distribuição.
A figura do flagrante diferido é prevista em quais legislações brasileiras?

a) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei do Crime Organizado (9.034/95).


b) Somente na Lei de Drogas (11.343/06).
c) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei de Crimes Hediondos (8.072/90).
d) Na Lei do Crime Organizado (9.034/95) e na Lei de Crimes Hediondos
(8.072/90).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O caso em questão trata do chamado ―flagrante diferido‖, que ocorre quando a
autoridade policial retarda a realização do flagrante para realiza-lo em momento
futuro, no qual poderá alcançar resultados melhores. Tal modalidade de flagrante está
prevista expressamente na Lei de Drogas (art. 53, II) e na Lei de organização
criminosa (art. 3º, III e art. 8º da Lei 12.850/13). LETRA A.

Q407 - Tomando-se em conta o tema da prisão e da liberdade provisória, é


INCORRETO afirmar:

a) O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de


residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais
de oito dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será
encontrado.
b) A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória.
c) Julgar-se-á quebrada a fiança quando o réu praticar nova infração penal, dolosa ou
culposa.
d) Não será concedida fiança nos crimes de racismo.
e) Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza
da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável
das custas do processo até final julgamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 328 do CPP.
B) CORRETA: É a exata disposição do art. 324 do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois, nos termos do art. 341, V do CPP, a fiança somente
será considerada quebrada se o réu praticar nova infração penal dolosa.
D) CORRETA: Item correto, por força do art. 5º, XLII da CRFB/88 e art.
323, I do CPP.
E) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 326 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA C.

Q408 - O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o


agente for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 7
(sete) anos de idade ou com deficiência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão domiciliar, no caso de o preso ser indispensável à criança, somente se aplica
nos casos de criança menor de 06 anos. Errada.

Q409 - O pedido de medida cautelar deverá, sempre, ser analisado pelo juiz
sem a prévia intimação da parte contrária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, a parte contrária deverá ser previamente intimada, salvo no caso de
urgência ou possibilidade de ineficácia da medida, nos termos do art. 282, §3º do
CPP. Errada.

Q410 - A autoridade policial, em caso de prisão em flagrante, somente


poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 2 (dois) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A autoridade policial poderá conceder fiança nos casos de infração penal cuja pena
máxima não seja superior a 04 anos, na forma do art. 322 do CPP. Errada.

Q411 - As medidas cautelares poderão ser aplicadas isoladas ou


cumulativamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto, pois é a exata previsão do art. 282,
§1º do CPP:
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(...)
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Correta.

Q412 – Julgue os itens que se seguem:

a) julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado praticar nova infração penal,


ainda que culposa.
b) se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser
aumentada, pelo juiz, até, no máximo, o décuplo.
c) a proibição de ausentar-se do país será comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do território
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas.
d) o juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for
maior de 75 (setenta e cinco) anos.
e) a autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja
pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Somente a prática de nova infração penal DOLOSA gera o quebramento
da fiança, não a prática de infração penal culposa, nos termos do art. 341, V do CPP.
B) ERRADA: Item errado, pois a fiança poderá ser elevada em até 1000 vezes, na
forma do art. 325, §1º, III do CPP.
C) ERRADA: Pois o acusado será intimado a entregar o passaporte no prazo de 24h:

Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou
acusado para entregar o passaporte, no prazo de
24 (vinte e quatro) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
D) ERRADA: Nos termos do art. 318, I do CPP, tal substituição (em razão do caráter
etário) somente poderá ocorrer quando o agente tiver mais de 80 anos.
E) CORRETA: Item correto, na forma do art. 322 do CPP.
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). LETRA E.

Q413 - As medidas cautelares relativas à prisão deverão ser aplicadas


observando-se a necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação
ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a
prática de infrações penais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 282 do CPP. Questão certa.

Q414 - No que concerne à prisão e à liberdade provisória, é correto afirmar:

a) Para a garantia da ordem pública, é possível a decretação de prisão preventiva de


ofício, no curso do inquérito policial, mas não da ação penal.
b) Será exigido reforço da fiança quando a autoridade tomar, por engano, fiança
insuficiente.
c) Constitui medida cautelar diversa da prisão a suspensão do exercício da função
pública, quando o indiciado ou acusado já tiver sido condenado por outro crime
doloso.
d) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida
com detenção.
e) É admitida prisão preventiva nos crimes culposos punidos com pena privativa de
liberdade superior a 3 (três) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: No curso do IP não é possível a decretação da preventiva de OFÍCIO, ou
seja, sem requerimento do MP ou representação da autoridade policial, na forma do
art. 311 do CPP.
B) CORRETA: Item correto, na forma do art. 340, I do CPP:
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
C) ERRADA: Tal medida (suspensão do exercício de função pública) somente será
cabível ―quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações
penais‖, na forma do art. 319, VI do CPP.
D) ERRADA: A autoridade policial poderá conceder fiança em qualquer infração penal,
seja ela punida com detenção ou reclusão, mas desde que a pena máxima prevista
não seja superior a 04 anos, na forma do art. 322 do CPP.
E) ERRADA: Não cabe prisão preventiva em caso de delito culposo, na forma do art.
313 do CPP. LETRA B.

Q415 - De acordo com o Código de Processo Penal, serão recolhidos a


quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente,
quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva, dentre outros,

A) os estudantes universitários.
B) os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito".
C) os vereadores, exceto os de cidade com menos de cem mil habitantes.
D) os estrangeiros.
E) os filhos de magistrados.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Nos termos do art. 295, IV do CPP:


Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
(...)
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
Portanto, a alternativa correta é a letra B.

Q416 - No que diz respeito a prisão e a liberdade provisória, assinale a


opção correta.
A) O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva pela
domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos de idade.
B) De acordo com o que dispõe o CPP, ocorrendo o quebramento
injustificado da fiança, entende-se perdido, na integralidade, o seu valor.
C) A despeito da relevância da atuação do MP na persecução penal, a
concessão de fiança independe de manifestação ministerial.
D) Nos termos da lei, a prisão temporária do agente que adultera produto
destinado a fins terapêuticos será de cinco dias, prorrogável por igual
período.
E) Presentes os requisitos legais, o juiz decretará, de ofício, a prisão
preventiva na fase investigativa ou no curso do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: Essa substituição, baseada no critério etário, poderá ocorrer se o
acusado for maior de 80 anos, nos termos do art. 318, I do CPP:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
B) ERRADA: Ocorrendo o quebramento injustificado da fiança, será considerado
perdido apenas metade de seu valor, nos termos do art. 343
do CPP;
C) CORRETA: De fato, a concessão de fiança não depende da manifestação do MP,
nos termos do art. 333 do CPP.
D) ERRADA: Este delito é considerado hediondo, nos termos do art. 1º, VII-B da Lei
8.072/90. Nesse caso, o prazo de prisão temporária será de
30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, nos termos do art. 2º, §4º da Lei
8.072/90;
E) ERRADA: Embora o Juiz possa decretar a prisão preventiva de ofício, durante a
fase investigativa a prisão somente pode ser decretada se houver requerimento do
MP ou da autoridade policial, nos termos do art.
311 do CPP. LETRA C.

Q417 - De acordo com o posicionamento pacífico da jurisprudência do STJ, o


caráter hediondo da infração penal impede, por si só, a concessão da
liberdade provisória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O caráter hediondo da infração penal, por si só, NÃO impede a concessão de
liberdade provisória, conforme entendimento pacificado no STJ. Errada.

Q418 - Por se tratar de institutos com requisitos distintos, não é vedada a


concessão de liberdade provisória mediante fiança, ainda que presentes os
pressupostos da prisão preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se presentes os requisitos para a decretação da preventiva, não é lícita a concessão
de liberdade provisória, ainda que com pagamento de fiança. Errada.

Q419 - A prisão cautelar é medida de caráter excepcional, devendo ser


imposta apenas quando atendidas, mediante decisão judicial fundamentada,
as exigências do art. 312 do CPP, cujos requisitos, no entanto, serão
dispensados na hipótese de mera manutenção da prisão já decretada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A MANUTENÇÃO da prisão preventiva já decretada TAMBÉM exige que estejam
presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP, conforme se extrai do art. 313,
§ único e art. 316 do CPP. Errada.

Q420 - A periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi da


prática, em tese, criminosa, pode configurar legitimamente fator concreto
que obsta a revogação da segregação cautelar para a garantia da ordem
pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é o entendimento esposado pelo STJ. Correta.

Q421 - NÃO poderá ser cumulada com outra medida cautelar

A) a monitoração eletrônica.
B) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega do passaporte.
C) a fiança.
D) a prisão domiciliar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prisão domiciliar não pode ser cumulada com outra medida cautelar, pois ela é uma
medida aplicada em SUBSTITUIÇÃO À PRISÃO PREVENTIVA, de forma que ela será
aplicada nas hipóteses em que a preventiva é NECESSÁRIA. Sendo assim (necessária
a preventiva), não cabe aplicar qualquer outra medida cautelar diversa da prisão.
A redação do art. 318 do CPP não deixa margem para dúvidas quanto à
substitutividade da prisão domiciliar em relação à preventiva:

Art. 318. ―Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente
for...‖

A prisão preventiva não pode ser cumulada com outra medida cautelar, podendo, no
entanto, ser aplicada caso esta (medida cautelar) não seja suficiente, por
consequência, não cabe cumulação da prisão domiciliar com medida cautelar diversa
da prisão.

Q422 - Segundo o Código de Processo Penal, a fiança não será concedida


nos crimes de racismo e nos definidos como hediondos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q423 - A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de


dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública,
federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto, pois corresponde à dicção literal do art. 330 do CPP. Certa.

Q424 - É medida cautelar diversa da prisão, expressamente prevista no art.


319 do CPP, a

a) imediata reparação dos prejuízos sofridos pela vítima.


b) multa.
c) monitoração eletrônica.
d) prestação de serviços à comunidade.
e) imediata reparação dos prejuízos sofridos pelo erário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Das alternativas apresentadas, a que traz uma modalidade de medida cautelar
diversa da prisão é a letra C, que trata da monitoração eletrônica:
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).
(...)
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

Q425 - A fiança somente será concedida aos que, no mesmo processo, não
tiverem quebrado fiança anterior ou infringido as obrigações de
comparecimento perante a autoridade, de não mudar de residência sem
prévia permissão e de não se ausentar por mais de oito dias sem prévia
comunicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 324, I do CPP. Correta.

Q426 - A prisão domiciliar consiste no recolhimento da pessoa em sua


residência, só podendo dela se ausentar com prévia autorização judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 317 CPP. Questão certa.

Q427 - O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva pela


domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos de idade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A idade nessa hipótese é de OITENTA ANOS. Errada.

Q428 - As alternativas a seguir apresentam medidas cautelares diversas da


prisão, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Monitoramento eletrônico.
b) Limitação de final de semana, devendo o acusado permanecer, aos sábados e
domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento
adequado.
c) Fiança nos crimes que a admitem.
d) Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições
fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.
e) Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas as alternativas apresentadas trazem medidas cautelares diversas da prisão, à
exceção da letra B, que não traz uma medida cautelar diversa da prisão, mas uma
modalidade de pena RESTRITIVA de direitos, nos termos do art. 43, VI c/c art. 48 do
CP.

Todas as demais são hipóteses de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos
do art. 319 do CPP. LETRA B.

Q429 - A respeito do procedimento comum, atribua V (verdadeira) ou F


(falso) às afirmativas a seguir.
( ) Será sumaríssimo para as infracões penais de menor potencial ofensivo, na forma
da Lei no 9.099/1995.
( ) Será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for
inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade.
( ) Será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
igual ou superior a quatro anos.
( ) Aplica-se a todos os processos, salvo disposicões em contrário do Código de
Processo Penal ou de lei especial.
( ) Aplicam-se as disposicões do procedimento ordinário subsidiariamente aos
procedimentos especial, sumário e sumaríssimo.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V,F,V,F,F.
b) V,F,F,V,V.
c) F,V,V,F,V.
d) F,V,F,V,F.
e) F,F,V,F,V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – VERDADEIRO: Item correto, nos termos do art. 394, §1º, III do CPP.
II – FALSO: Item errado, pois o rito será ordinário quando tiver por objeto crime cuja
pena máxima cominada seja igual ou superior a quatro anos de
pena privativa de liberdade, nos termos do art. 394, §1º, I do CPP.
III – FALSO: Item errado, pois o rito será sumário quando tiver por objeto crime cuja
pena máxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade,
nos termos do art. 394, §1º, II do CPP.
IV – VERDADEIRO: Item correto, nos termos do art. 394, §2º do CPP.
V – VERDADEIRO: Item correto, nos termos do art. 394, §5º do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q430 - Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de


Processo Penal, é CORRETO afirmar que

A) o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias.


B) produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas
alegações finais escritas, pela acusação e pela defesa.
C) depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver
sumariamente o acusado, se verificadas as hipóteses previstas na lei.
D) na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela
acusação e oito pela defesa.
E) tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a dois
anos de pena privativa de liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta à acusação deverá ser oferecida em 10 dias (art. 396 do CPP). O
oferecimento de alegações finais escritas não é mais a regra, sendo a regra o
oferecimento de razões orais (alegações finais orais, nos termos do art. 403 do CPP).
Caso o Juiz verifique a presença de alguma das hipóteses legais, após o oferecimento
da resposta à acusação, deverá absolver sumariamente o réu, não havendo
necessidade de se prosseguir com o processo, nos termos do art. 397 do CPP e o
número de te stemunha a serem arroladas é de OITO, NO MÁXIMO, não no mínimo,
nos termos do art. 401 do CPP.
O procedimento comum ordinário é aplicável aos crimes cuja pena cominada seja
igual ou superior a 04 anos, nos termos do art. 394, §1°, I do CPP. Gabarito: C.

Q431 - No processo ordinário, depois da resposta do réu, o juiz só absolverá


sumariamente se presente um dos motivos para o julgamento antecipado,
nos quais NÃO se inclui:

A) estar extinta a punibilidade do agente.


B) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato.
C) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade.
D) o fato narrado evidentemente não constitui crime.
E) denúncia assinada por Promotor de Justiça incompetente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os motivos que podem conduzir à absolvição sumária do réu estão no art. 397 do
CPP. A que não se inclui no rol está na LETRA E.

Q432 - A respeito do procedimento ordinário, é correto afirmar que

A) terá início com o interrogatório do réu.


B) a defesa prévia será apresentada até três dias após o interrogatório.
C) serão ouvidas, na instrução, até cinco testemunhas.
D) as alegações finais orais serão oferecidas no prazo de duas horas.
E) o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O procedimento ordinário tem início com o recebimento da denúncia ou queixa, nos
termos do art. 396 do CPP. A defesa prévia (resposta à acusação) deverá ser
oferecida em até 10 dias, a contar da CITAÇÃO, nos termos do art. 396 do CPP.
Podem ser ouvidas até 08 testemunhas (art. 401 do CPP). As alegações finais,
quando orais (a regra), serão oferecidas por apenas 20 minutos (art. 403 do CPP). De
fato, o Juiz que preside a instrução criminal deve ser o que profere a sentença, sendo
este o princípio da IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ, nos termos do art. 399, §2° do
CPP. LETRA E.

Q433 - o procedimento comum será sumário quando tiver por objeto crime
cuja sanção máxima cominada seja igual ou inferior a quatro anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O procedimento sumário só é aplicável quando a pena cominada ao crime for
INFERIOR a quatro anos, E NÃO QUANDO FOR IGUAL A QUATRO ANOS (art. 394,
§1°, II do CPP). Errada.

Q434 - A expedição de carta precatória suspenderá a instrução criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Somente a carta rogatória suspende a prescrição e o processo. Errada.
Q435 - As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à
testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta,
não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já
respondida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q436 - O procedimento comum ordinário será concluído no prazo máximo de


oitenta dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPP não estabelece um prazo máximo para conclusão. Por analogia ao art. 412 do
CPP, parte da Doutrina entende que o prazo máximo para conclusão do procedimento
comum ordinário seria de 90 dias. Errada.

Q437 - Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou


algum fato para ser esclarecido, permitindo que formulem diretamente ao
acusado as perguntas correspondentes.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é interessante e pode confundir o candidato afobado. O CPP adotou o
sistema PRESIDENCIALISTA em relação à inquirição do réu, portanto, NÃO É
PERMITIDO ÀS PARTES formularem perguntas diretamente ao acusado, no
interrogatório, devendo as perguntas serem dirigidas ao Juiz, que as remeterá ao
acusado. No caso das testemunhas, as perguntas serão feitas pelas partes e
respectivas defesas, afasta-se, neste caso, o sistema presidencialista de
interrogatório. Errada.

Q438 - Após oferecida resposta pela defesa, havendo prova inequívoca de


que a pessoa denunciada cometeu o crime em legítima defesa putativa, o
Juiz deverá

A) abrir vista dos autos ao Ministério Público para aditar a inicial.


B) rejeitar a denúncia ou a queixa.
C) julgar extinta a punibilidade do agente.
D) declará-la inimputável.
E) absolvê-la sumariamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sendo a legítima defesa putativa uma causa de exclusão da culpabilidade da conduta
(doutrina majoritária), após a resposta do réu, havendo prova inequívoca de sua
ocorrência, o Juiz deverá ABSOLVER SUMARIAMENTE O RÉU, nos termos do art. 397,
II do CPP. LETRA E.

Q439 - Na resposta à acusação, o réu

A) pode arrolar testemunhas e oferecer documentos, mas não arguir prescrição.


B) pode suscitar nulidade e excludente da ilicitude.
C) não pode suscitar a atipicidade do fato, embora possa especificar as provas
pretendidas.
D) pode arguir preliminares, mas não causa de extinção da punibilidade.
E) não pode suscitar decadência ou abolitio criminis.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O réu, em sua resposta à acusação, poderá alegar tudo que for favorável à sua
defesa, podendo arrolar testemunhas e juntar documentos, bem como especificar
quaisquer provas quer pretenda produzir, nos termos do art. 396-A do CPP:
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). LETRA B.

Q440 - Adão ofereceu uma queixa!crime contra Eva por crime de dano
qualificado (art. 163, parágrafo único, IV). A queixa preenche todos os
requisitos legais e foi oferecida antes do fim do prazo decadencial. Apesar
disso, há a rejeição da inicial pelo juízo competente, que refere,
equivocadamente, que a inicial é intempestiva, pois já teria transcorrido o
prazo decadencial.

Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o recurso cabível.

A) Recurso em sentido estrito.


B) Apelação.
C) Embargos infringentes.
D) Carta testemunhável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Carabina, você está atenta? Se você errar (ou acertar), volte à questão Q9 e faça
uma revisão pela parte dos RESPOSTA DA QUESTÃO:. BORA QUE BORA.

A decisão que não recebe a denúncia ou queixa é considerada uma decisão


interlocutória mista terminativa, sendo atacável mediante RESE (Recurso em sentido
estrito), nos termos do art. 581, I do CPP. Vejamos:
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q441 - A lei processual não prevê recurso na hipótese de decisão


interlocutória que recebe a denúncia, salvo se tal decisão ferir direito
fundamental do denunciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos isso, da decisão que recebe a denúncia, embora seja interlocutória, não
cabe recurso. Contudo, caso o acusado entenda que está sendo ilegalmente
processado, e que este processo se configura como uma ameaça ilegal à sua
liberdade de locomoção, poderá impetrar habeas corpus, que, contudo, não é
modalidade recursal. A banca deu o gabarito como CORRETA, embora essa questão, a
meu ver, esteja ERRADA, mas o importante é que se leve o entendimento de que não
há recurso em caso de recebimento da denúncia.

Q442 Xisto é denunciado pelo Ministério Público por crimes de peculato e


prevaricação. Após a autuação, o Magistrado competente, em decisão
fundamentada, recebe parcialmente a denúncia. Contra esta decisão caberá
Recurso em Sentido Estrito, no prazo de cinco dias.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ora, se há recebimento parcial da denúncia, por sequência lógica há sua rejeição
parcial, de modo que cabe RESE pela rejeição da denúncia, ainda que parcial, (e o
prazo é de cinco dias). Correta.

Q443 - No procedimento comum poderão ser ouvidas mais de 8 testemunhas


de acusação e mais de 8 testemunhas de defesa, se nesse número estiverem
compreendidas as testemunhas referidas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As testemunhas referidas não estão abrangidas pela contagem do CPP. Certa.

Q444 - Assinale a alternativa correta com relação à regra instituída pelo


Código de Processo Penal no que concerne aos procedimentos
comuns.
a) O sumaríssimo é adotado para os réus maiores de 70 (setenta) anos.
b) O sumário é adotado para as infrações penais de menor potencial
ofensivo.
c) O sumário é adotado quando o réu estiver preso, ou quando estiver
presente outro motivo que justifique o desenvolvimento célere dos atos
processuais.
d) O sumaríssimo é adotado quando o crime objeto da ação penal tiver
sanção máxima cominada igual ou inferior a 4 (quatro) anos de pena
privativa de liberdade.
e) O ordinário é adotado quando o crime objeto da ação penal tiver sanção
máxima cominada igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de
liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: O procedimento sumaríssimo é adotado para as IMPO - Infrações penais
de Menor Potencial Ofensivo, assim consideradas as contravenções penais e os crimes
aos quais a pena máxima cominada não seja superior a dois anos, nos termos do art.
61 da Lei 9.099/95;
B) ERRADA: O procedimento para as infrações de menor potencial ofensivo é o
sumaríssimo, nos termos dos arts. 60 e 61 da Lei 9.099/95;
C) ERRADA: O procedimento sumário é adotado para os crimes aos quais a lei comine
pena máxima seja INFERIOR A 04 ANOS DE PRISÃO (reclusão ou detenção), nos
termos do art. 394, §1º, II do CP;
D) ERRADA: O procedimento sumaríssimo é adotado para as IMPO - Infrações penais
de Menor Potencial Ofensivo, assim consideradas as contravenções penais e os crimes
aos quais a pena máxima cominada não seja superior a dois anos, nos termos do art.
61 da Lei 9.099/95;
E) CORRETA: De fato, esta é a hipótese de aplicação do rito ordinário, nos termos do
art. 394, §1º, I do CPP:
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for
igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008). LETRA E.
Q445 - Assinale a alternativa em que consta aspecto que diferencia o
procedimento comum ordinário do procedimento comum sumário.
a) A ordem de inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e defesa.
b) O período de tempo que é concedido para acusação e defesa falarem em
alegações finais orais.
c) O número máximo de testemunhas a serem ouvidas a requerimento da
acusação e da defesa.
d) A possibilidade de oitiva do perito, unicamente prevista para o
procedimento comum ordinário.
e) A possibilidade de absolvição sumária, unicamente prevista para o
procedimento comum sumário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: A ordem é a mesma em ambos os ritos (ordinário e sumário), ouvindo-se
primeiro as testemunhas da acusação e depois as da defesa.
B) ERRADA: O prazo é o mesmo, nos termos dos arts. 403 e 534 do CPP.
C) CORRETA: O número máximo de testemunhas será de 08 no rito
ORDINÁRIO e de 05 no rito SUMÁRIO, nos termos dos arts. 406, §§2º e 3º do CPP e
art. 532 do CPP.
D) ERRADA: A possibilidade de oitiva do perito se aplica a ambos os procedimentos,
nos termos dos arts. 400 e 531 do CPP.
E) ERRADA: A absolvição sumária está prevista originalmente para o rito ordinário, no
art. 397 do CPP. Nos termos do art. 394, §4º do CPP, as disposições dos arts. 395 a
398 do CPP se aplicam a todos os procedimentos
de 1º grau, aplicando-se, assim, ao procedimento sumário. LETRA C.

Q446 - Assinale a alternativa que apresenta o prazo correto para o


oferecimento da resposta à acusação nos procedimentos ordinário e
sumário.

a) 15 dias em ambos os procedimentos.


b) 10 dias em ambos os procedimentos.
c) 15 dias no procedimento ordinário e 10 dias no procedimento sumário.
d) 20 dias no procedimento sumário e 10 dias no procedimento
ordinário.
e) 10 dias no procedimento ordinário e 5 dias no procedimento
sumário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo para o oferecimento da resposta à acusação será de 10 dias, em ambos os
casos, nos termos do art. 396 do CPP:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o
juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei
nº 11.719, de 2008). LETRA B.

Q447 - Em relação à instrução criminal no Código de Processo Penal, há os


seguintes procedimentos os procedimentos são comum e especial, sendo que
o comum se classifica em ordinário, sumário e sumaríssimo, sendo este
último
aplicado para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da
lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No processo penal temos os procedimentos os procedimentos são comum e especial,
sendo que o comum se classifica em ordinário, sumário e sumaríssimo, sendo este
último aplicado para as infrações penais de menor potencial ofensivo, nos termos do
art. 394, §1º do CPP. Já o procedimento especial é todo aquele previsto, tanto no CPP
quanto em leis extravagantes, para hipóteses legais específicas, que, pela natureza
ou gravidade, merecem diversa tramitação processual. É utilizado para determinados
tipos penais:

- Crimes dolosos contra a vida (procedimento do júri);


- Crimes contra a honra;
- Crimes praticados pelo funcionalismo público;
- Crimes falimentares;
- Crimes contra a Propriedade Imaterial.
Correta.

Q448 - No processo Penal adota-se o procedimento comum sumário quando


tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a quatro
anos de pena privativa de liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. Tem que ser INFERIOR, não pode ser ―igual ou inferior‖.
Q449 - No procedimento comum sumário a defesa poderá arrolar até

a) três testemunhas.
b) seis testemunhas.
c) quatro testemunhas.
d) cinco testemunhas.
e) oito testemunhas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No procedimento comum pelo rito sumário a defesa poderá arrolar até cinco
testemunhas, nos termos do art. 532 do CPP:
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas
pela acusação e 5 (cinco) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
LETRA D.

Q450 - O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se do princípio da identidade física do juiz. Correta.

Q451 - Sobre a absolvição sumária, analise os itens a seguir:


I – existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – fato narrado evidentemente não constituir crime;
III – extinção da punibilidade do agente.

Trata-se de causa(s) de absolvição sumária do procedimento comum


ordinário:
(A) somente I e II;
(B) somente I e III;
(C) somente II;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 397, I do CPP.
II – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 397, III do CPP.
III – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 397, IV do CPP.
Gab: E.

Q452 - Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado


especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a
adoção de outro procedimento, de acordo com o art. 538 do CPP, o rito
adotado será

(A) o ordinário.
(B) o sumário.
(C) livremente estabelecido pelo juiz.
(D) o sumaríssimo.
(E) o especial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em alguns casos, a despeito de se tratar de caso de competência dos Juizados
especiais criminais, é possível que o processo não possa ser julgado pelos Juizados,
por alguma razão (necessidade de citação por edital, por exemplo). Neste caso, os
autos serão remetidos ao Juízo comum, e lá será adotado o rito sumário, nos termos
do art. 538 do CPP. Gab: B

Q453 - Após surpreender Manoel Cunha mantendo relações sexuais com sua
esposa, o deputado federal Paulo Soares persegue Manoel até uma cidade
vizinha. Nessa cidade, dá três tiros em Manoel, que vem a falecer em
decorrência das lesões provocadas pela ação de Paulo.

No curso do inquérito policial instaurado para apurar os fatos, o mandato de


Paulo chega ao fim e o mesmo não consegue se reeleger.

Considerada tal narrativa, assinale a alternativa que indique quem tem


competência para processar e julgar Paulo por homicídio.

a) o Supremo Tribunal Federal, já que na época dos fatos o mesmo era


deputado federal.
b) o tribunal de júri da comarca em que a vítima faleceu.
c) o tribunal de júri federal com jurisdição na comarca em que a vítima
faleceu.
d) o Superior Tribunal de Justiça, já que na época dos fatos o mesmo era
deputado federal.
e) o tribunal de júri da comarca em que a vítima residia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como o agente não mais é Deputado Federal, não subsiste a competência do STF
para processá-lo e julgá-lo. Neste caso, ele será julgado como um particular
qualquer. Resta, agora, definir a competência territorial.

Em se tratando de delito cuja ação e o resultado ocorreram no mesmo local, e sendo


este conhecido, não há dúvidas de que a competência territorial será do Tribunal do
Júri do local em que a vítima faleceu, por força do art. 70 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q454 – (Repetida, mas vale a pena)


Um magistrado de primeiro grau que exerce sua jurisdição junto ao Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro passava suas férias em Salvador, na
Bahia, quando, durante um evento festivo, acabou por entrar em confronto
corporal com outro indivíduo, vindo a causar a morte deste dolosamente.
Será competente para julgar o magistrado pelo homicídio doloso praticado:

(A) o Tribunal do Júri de Salvador;


(B) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro;
(C) o Superior Tribunal de Justiça;
(D) o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro;
(E) o Tribunal de Justiça da Bahia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesse caso será competente o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pois os Juízes
possuem prerrogativa de foro, devendo ser julgados, nos crimes comuns, pelo
Tribunal de Justiça a que estão vinculados, nos termos do art. 96, III da Constituição.
Gab: B
Q455 - Ao final da primeira fase do processo dos crimes de competência do
júri, quais as diferentes decisões que o juiz presidente do Tribunal do Júri
poderá tomar?

a) Pronúncia, impronúncia, despronúncia e desclassificação.


b) Pronúncia, impronúncia, despronúncia, desclassificação e absolvição
sumária.
c) Pronúncia, despronúncia, desclassificação e arquivamento.
d) Pronúncia, impronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
e) Pronúncia, impronúncia, desclassificação, absolvição sumária e
condenação sumária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz-presidente, neste momento, poderá absolver sumariamente o réu, pronunciá-
lo, impronunciá-lo ou desclassificar o delito para outro, nos termos dos arts. 413,
414, 415 e 419 do CPP. LETRA D.

Q456 - João está sendo processado por um crime doloso contra a vida e,
após o oferecimento das alegações finais, o magistrado impronuncia o réu.
Assinale a alternativa que apresenta a situação em que seria possível
processar João novamente pelo mesmo fato delituoso.

A) Desde que haja novas provas e não tenha ocorrido qualquer causa extintiva de
punibilidade, pois a decisão de impronúncia não transita em julgado.
B) A justiça já se manifestou em relação ao processo de João, tendo a decisão do
magistrado transitado em julgado.
C) Ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato (non bis in idem).
D) A sentença de impronúncia é uma decisão interlocutória mista não terminativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A sentença de impronúncia não produz coisa julgada material, pois o Juiz não avalia o
mérito da questão, mas apenas chega à conclusão de que não há provas suficientes
para levar o acusado à Júri popular, nos termos do art. 414 do CPP. Assim, surgindo
novas provas, poderá ser formulada nova denúncia, desde que não extinta a
punibilidade Gabarito: A

Q457 - Nos processos da competência do júri, o Juiz, encerrada a primeira


fase, poderá desclassificar o crime para outro da competência do Juiz
singular, pronunciar o réu, absolvê-lo desde já ou impronunciá-lo.
Da decisão que impronunciar o réu caberá o seguinte recurso:

a) apelação no prazo de 08 dias.


b) recurso em Sentido Estrito no prazo de 05 dias.
c) apelação no prazo de 15 dias.
d) recurso em Sentido Estrito no prazo de 02 dias.
e) apelação no prazo de 05 dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Da decisão de impronúncia cabe apelação, pois estamos diante de decisão que põe
fim ao procedimento. Tal previsão está contida no art. 416 do CPP:
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá
apelação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) O prazo de interposição será
de 05 dias, nos termos do art. 593 do CPP.

Dica:
Pronúncia ou Habeas Corpus = Rese (consoantes)
Impronúncia ou Absolvição sumária = Apelação (vogais)

Gabarito: LETRA E.

Q458 - Em caso de impronúncia do réu, enquanto não extinta a punibilidade,


poderá ser formulada nova denúncia, se houver prova nova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A decisão de impronúncia faz coisa julgada secundum eventum probationis, ou seja,
não impede o ajuizamento de nova denúncia, se surgirem novas provas, nos termos
do art. 414, § único do CPP. Correta.

Q459 - Não caberá intimação por edital da decisão de pronúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caberá intimação por edital da decisão de pronúncia ao acusado solto que não for
encontrado, nos termos do art. 420, § único do CPP.
DICA: Só não cabe citação por edital ou carta rogatória nos CRIMES DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO (Sumarísismo – JECRIM), aproveitando o assunto, a citação
por hora certa é válida em TODO E QUALQUER procedimento. Errada.

Q460 - São princípios que informam o Tribunal do Júri: a plenitude de


defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência
exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Tribunal do Júri pode julgar outros crimes, que não sejam dolosos contra a vida,
desde que conexos com aqueles. A LEI pode prever outros crimes a serem julgados
pelo Juri. Errada.

Q461 - A natureza jurídica da sentença de pronúncia (em que o magistrado


se convence da existência material do fato criminoso e de indícios suficientes
de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A decisão de pronúncia não analisa o mérito da causa, motivo pelo qual não é
sentença. A decisão de pronúncia, portanto, é considerada uma decisão interlocutória
mista, mas não terminativa, pois não põe fim ao procedimento (que continua para o
judicium causae). Certa.

Q462 - O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em


duas fases: judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis
se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que
pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do
Tribunal do Júri.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A fase judicium accusationis termina com a decisão do Juiz ao final da instrução
inicial, quando o magistrado pode pronunciar ou impronunciar o réu, absolve-lo
sumariamente ou desclassificar a infração penal. Errada.

Q463 - Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar


quatro espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição
sumária e condenação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz não pode CONDENAR o réu. Só quem pode condenar o réu, nos crimes dolosos
contra a vida, é o Júri. O Juiz, neste momento, pode absolver sumariamente o réu,
pronunciá-lo ou impronunciá-lo, ou ainda desclassificar a infração penal. Errada.

Q464 - Pedro foi denunciado pela prática de homicídio triplamente


qualificado. Como se trata de um crime doloso contra a vida, será julgado
pelo Tribunal do Júri. O processo seguiu seu curso normal, tendo Pedro sido
pronunciado. Acerca da 2ª fase do procedimento, assinale a afirmativa que
não corresponde à realidade.

A) Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que


fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que
julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de
circunstância agravante.

B) À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente


as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os
jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.

C) Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária


quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o
defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do
ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação.

D) Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a


exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência
mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte, salvo jornais
ou revistas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) CORRETA: Esta é a previsão do art. 476 do CPP. Vejamos:
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que
fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram
admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância
agravante. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

b) CORRETA: Esta previsão está contida no art. 468 do CPP. Vejamos:


Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as
lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados
sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
c) CORRETA: Previsão do art. 473 do CPP, vejamos:
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária
quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor
do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se
possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada pela
Lei nº 11.689, de 2008)

d) ERRADA: A afirmativa está errada, eis que traz a restrição de maneira correta
(exibição de documento não juntado aos autos com antecedência mínima de três
dias), mas prevê uma exceção não prevista no art. 479 do CP. Vejamos:
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima
de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008) LETRA D.

Q465 - João da Silva foi denunciado por homicídio qualificado por motivo
fútil. Nos debates orais ocorridos na primeira fase do procedimento de júri, a
Defesa alegou que João agira em estrito cumprimento de dever legal,
postulando sua absolvição sumária. Ao proferir sua decisão, o juiz rejeitou a
tese de estrito cumprimento de dever legal e o pedido de absolvição sumária,
e pronunciou João por homicídio simples, afastando a qualificadora contida
na denúncia. A decisão de pronúncia foi confirmada pelo Tribunal de Justiça,
operando-se
a preclusão.

Considerando tal narrativa, nos debates orais perante os jurados, o promotor


de justiça não poderá sustentar a qualificadora de motivo fútil, mas a defesa
poderá alegar a tese de estrito cumprimento de dever legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Promotor não poderá sustentar a qualificadora pois ela não fora reconhecida na
pronúncia, nos termos do art. 413, §1º e art. 483, V do CPP.
A defesa, contudo, poderá alegar sua tese, pois não há vedação à sustentação de
tese de excludente de ilicitude não reconhecida na pronúncia, até porque se tivesse
sido reconhecida não teria sido pronunciado o acusado, e sim absolvido
sumariamente, nos termos do art. 415, IV do CPP.

Dica: Na primeira fase do Juri, Judicium Accusationis, o juiz deve verificar todas as
qualificadoras e causas de aumento possíveis para pronunciar o réu, não observando
as causas de diminuição, que serão verificadas na segunda fase, Judicium Causae.
Correta.

Q466 - Durante Plenário do Tribunal do Júri, nos debates orais, o Promotor


de Justiça requereu ao juiz a leitura de reportagem jornalística publicada no
dia do julgamento tratando dos fatos que estavam sendo julgados. A defesa
manifestou-se contrariamente. Sobre essa situação hipotética, é correto
afirmar que o juiz-presidente deve:

(A) deferir o pedido, pois o promotor só teve acesso ao documento no dia do


julgamento;
(B) indeferir o pedido, pois os documentos devem ser juntados aos autos
com antecedência de 03 (três) dias úteis ao julgamento;
(C) deferir o pedido, pois o princípio da busca da verdade real permite que a
acusação produza todas as provas a que tiver acesso,
desde que lícitas;
(D) indeferir o pedido, pois a reportagem jornalística, em hipótese alguma,
poderá ser considerada meio de prova;
(E) indeferir o pedido, pois todos os documentos devem ser juntados aos
autos até o dia anterior ao julgamento em Plenário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Juiz deverá indeferir o pedido, pois o CPP, em seu art. 479, exige que o documento
tenha sido juntado com antecedência mínima de 03 dias úteis. Gab: B

Q467 - Durante os debates orais no Tribunal do Júri, o assistente de


acusação também deve ser consultado se deseja ou não fazer uso da réplica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois o assistente de acusação tem o direito de falar após o MP, na
forma do art. 476, §1º do CPP, logo, deve também ser consultado sobre o desejo de
fazer uso da tréplica.

Q468 - Se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o


julgamento da causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz-
presidente determinará que o Conselho de Sentença se recolha à sala
secreta, ordenando a realização das diligências entendidas necessárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso o Juiz deverá dissolver o Conselho de Sentença e determinar a realização
das diligências, nos termos do art. 481 do CPP. Errada.

Q469 - As partes não poderão fazer referência, em plenário, à decisão de


pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à
determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que
beneficiem ou prejudiquem o acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão contida no art. 478, I do CPP. Certa.

Q470 - Os jurados sorteados, preferencialmente, serão convocados para


comparecerem ao Tribunal do Júri

a) pessoalmente.
b) por meio do oficial de justiça.
c) pelo correio ou qualquer outro meio hábil.
d) por telefone.
e) por e-mail.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os jurados serão convocados por correio ou qualquer outro meio hábil, nos termos do
art. 434 do CPP:
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por qualquer outro
meio hábil para comparecer no dia e hora designados para a reunião, sob as penas da
lei. LETRA C.

Q471 - Após respectivo trânsito em julgado, a impronúncia do acusado, no


rito do Tribunal do Júri, acarreta, diretamente, a

a) absolvição.
b) exclusão da ilicitude.
c) extinção da punibilidade.
d) impossibilidade de o réu ser novamente processado pelo mesmo fato, a
menos que surja prova nova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A sentença de impronúncia não faz coisa julgada material, pois o acusado poderá ser
processado novamente pelo mesmo fato, desde que surjam provas novas (e ainda
não tenha sido extinta a punibilidade). Alguns denominam este fenômeno como coisa
julgada secundum eventum probationis (coisa julgada segundo as provas produzidas,
pois sem novas provas não há possibilidade de novo processo). Portanto, a
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q472 - Por força de previsão expressa no Código de Processo Penal (CPP), o


serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos
maiores de 18 anos de notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma
legal, a seu turno, estabelece que ―a recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar
serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto
não prestar o serviço imposto‖.
A previsão contida no artigo 438 do CPP é

A) compatível com a Constituição da República.


B) parcialmente compatível com a Constituição da República, no que se
refere à possibilidade de exercício de objeção de
consciência, que somente se admite por motivo de convicção filosófica ou
política.
C) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri um
órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa
ao serviço.
D) incompatível com a Constituição da República, que não admite a
suspensão de direitos políticos nessa hipótese.
E) incompatível com a Constituição da República, que não admite a
possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A previsão contida no art. 438 do CPP é compatível com a Constituição da República,
pois a CRFB/88, em seu art. 5°, VIII, permite a restrição de direitos às pessoas que
se eximirem do cumprimento de obrigação legal por motivo de convicção filosófica,
política ou religiosa.
Vejamos:
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q473 - Na fundamentação da decisão de pronúncia, o juiz deve indicar as


razões de sua certeza em relação à materialidade e à autoria delitivas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para a sentença de pronúncia, basta a prova da materialidade e a presença de
indícios de autoria, não sendo necessária a certeza quanto à autoria do delito,
vigorando, neste momento, o princípio do in dubio pro societate, nos termos do art.
413 do CPP. Errada.

Q474 - O procedimento de instrução preliminar em caso de competência do


Tribunal do Júri deverá ser concluído em até

A) cento e vinte dias.


B) trinta dias.
C) sessenta dias.
D) oitenta e um dias.
E) noventa dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do que dispõe o art. 412 do CPP, o procedimento de instrução preliminar
nos processos da competência do Júri deverá ser concluído em até 90 dias. Vejamos:
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008). LETRA E.
Q475 - O juiz, fundamentadamente, impronunciará desde logo o acusado
quando provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso o Juiz deve absolver sumariamente o acusado, nos termos do art. 415, II
do CPP. Errada.

Q476 – Acerca dos CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO FUNCIONÁRIO


PÚBLICO, julgue:

Caso o acusado esteja fora da jurisdição do juiz, a apresentação da resposta


preliminar poderá ser feita por defensor nomeado, no prazo de 15 dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a previsão do art. 514, § único do CPP:
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora
da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a
resposta preliminar.
Boa parte da Doutrina critica isto, ao argumento de que esse dispositivo viola o
princípio da ampla defesa, pois não há nenhum obstáculo para que seja notificado o
acusado mediante carta precatória. CORRETA.

Q477 – O procedimento especial nos crimes de responsabilidade dos


funcionários públicos previsto no CPP não se aplica a todos os crimes
funcionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O rito especial previsto para os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos
deve ser analisado sob dois prismas. Com relação aos crimes inafiançáveis, a
diferença é praticamente nula, exigindo a Lei, tão-somente, a juntada de determinado
documento quando da propositura da ação penal. No entanto, quando estivermos
diante de crimes funcionais afiançáveis, a diferença é substancial.
O CPP estabelece, em seu art. 514, que nesses casos (AFIANÇÁVEIS), haverá um
momento, anterior à análise do recebimento da denúncia ou queixa, no qual o
acusado poderá se defender, apresentando, no prazo de 15 DIAS, defesa preliminar.

Guarde com carinho as seguintes informações:

DEFESA PRELIMINAR – ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA:


1. Nos crimes previstos na lei de tóxicos (11.343/2006) = 10 dias.
2. Nos crimes AFIANÇÁVEIS de responsabilidade do funcionário público = 15 dias.

Gabarito: Correta.

Q478 - O procedimento especial dos crimes de responsabilidade dos


funcionários públicos prevê que, após o recebimento da denúncia, o juiz
determinará a notificação do réu para responder por escrito a acusação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O procedimento especial previsto para os crimes funcionais afiançáveis prevê que a
notificação para apresentação de defesa preliminar escrita será anterior ao
recebimento da denúncia ou queixa, e não após esse momento. Nos termos dos arts.
514 e 516 do CPP. Errada.

Q479 - Caso o juiz, diante dos argumentos apresentados na resposta


Preliminar do funcionário público, se convença da inexistência do crime ou
da
improcedência da ação, deverá absolver sumariamente o acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A afirmativa é tentadora, mas está errada. Quando, após a apresentação da resposta
preliminar, o Juiz se convencer da inexistência do crime ou da improcedência da ação,
deverá REJEITAR a denúncia, nos termos do art. 516 do CPP. Errada.

Q480 - No processo dos crimes de responsabilidade dos funcionários


públicos, no caso de infração afiançável, o juiz deve mandar autuar a
denúncia e ordenar a notificação do acusado para responder por escrito à
acusação no prazo de 15 dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O procedimento especial previsto para os crimes funcionais afiançáveis prevê que a
notificação para apresentação de defesa preliminar escrita será anterior ao
recebimento da denúncia ou queixa, e não após esse momento. Correta.

Q481 - Com base em inquérito policial, o Ministério Público ofertou denúncia


em desfavor de um funcionário público pela prática do crime de peculato-
furto.

Nessa situação, o juiz, antes de receber a denúncia, deverá ordenar a


notificação do acusado para, dentro do prazo de quinze dias, responder por
escrito, sob pena de nulidade absoluta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este procedimento de notificação prévia do acusado para apresentar resposta escrita
(no prazo de 15 dias) somente se dá nos processos de responsabilidade dos
funcionários públicos por crimes
afiançáveis, nos termos do art. 514 do CPP:
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o
juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por
escrito, dentro do prazo de quinze dias.

O crime de peculato-furto é crime afiançável.


Contudo, a Jurisprudência entende que não se trata de causa de nulidade absoluta a
não observância deste procedimento, devendo haver prova do efetivo prejuízo ao
acusado. AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

Q482 - Ao julgar processos que discutam crimes de responsabilidade dos


funcionários públicos, o juiz deverá rejeitar a denúncia, em despacho
fundamentado, se estiver convencido, pela resposta do acusado ou do seu
defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se após o oferecimento da defesa prévia pelo acusado (ou seu defensor), o Juiz se
convencer da inexistência do delito ou da improcedência da ação, deverá rejeitar a
denúncia, nos termos do art. 516 do CPP, que trata do procedimento especial de
julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. Correta.

Q483 - Segundo orientação jurisprudencial, causa nulidade absoluta, nos


procedimentos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, a
falta de oportunidade de defesa antes do recebimento da representação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está errado. O STF entende que a oportunização da apresentação da defesa
preliminar é obrigatória, mas sua ausência não é causa de nulidade absoluta, e sim
causa de nulidade relativa, sendo necessária a demonstração do prejuízo advindo
para a defesa. ERRADA.

Q484 - Nos processos referentes a crimes afiançáveis de responsabilidade


dos servidores públicos, o juiz, antes de receber a denúncia ou queixa,
deverá notificar o acusado para apresentação de defesa preliminar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito está correto, pois esta é a exata previsão do art. 514 do CPP.

Q485 - Nos casos de crimes afiançáveis de responsabilidade do funcionário


público, a legislação processual antecipa o contraditório antes de inaugurada
a ação penal, com a apresentação da defesa preliminar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item está correto, pois em tal procedimento existem dois momentos para a
apresentação de defesa pelo acusado, um antes do recebimento da denúncia e outro
depois, nos termos do art. 514 do CPP.

Q486 - Considerando que um servidor público tenha sido preso em flagrante


pela prática de peculato cometido em desfavor da Caixa Econômica Federal,
tendo sido o crime facilitado em razão da função exercida pelo referido
servidor.

Julgue os itens a seguir, com base na legislação processual penal.

Por se tratar de crime afiançável, ao servidor é garantido o direito de


apresentar resposta preliminar no prazo de quinze dias, logo após a
notificação pelo juízo processante, quando, então, o juiz decidirá pelo
recebimento ou rejeição da denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto, pois retrata a exata previsão contida no art. 514 do CPP, e que é o
grande diferencial deste procedimento especial.

Q487 - O Código de Processo Penal prevê rito especial para o processo e o


julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. Esse
rito especial impede que o acusado possa ser preso antes de recebida a
denúncia, ainda que o crime seja inafiançável.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O rito especial permite ao acusado se defender antes de ser recebida a denúncia, se o
crime for afiançável. Errada.

Q488 - Nos crimes afiançáveis de responsabilidade dos funcionários


públicos, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito,
dentro do prazo de

A) cinco dias.
B) dez dias.
C) quinze dias.
D) trinta dias.
E) vinte dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme vimos, a diferença deste procedimento em relação ao rito comum ordinário
reside, basicamente, na existência de um momento anterior ao recebimento da
denúncia ou queixa, no qual se oportuniza a apresentação de defesa ao acusado.
Este prazo para apresentação de defesa é, nos termos do art. 514 do
CPP, de 15 dias. LETRA C.

Q489 - (FUNIVERSA – 2015 – SEAP /DF – AGENTE PENITENCIÁRIO)


Segundo o entendimento do STF, nos crimes afiançáveis de responsabilidade
dos funcionários públicos, sejam eles funcionais típicos ou não, estando a
denúncia em devida forma, o juiz deve mandar autuá-la e ordenar a
notificação do acusado para responder à acusação por escrito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STF firmou entendimento no sentido de que tal procedimento (notificação para
apresentação de defesa preliminar) só se aplica se aplica aos crimes funcionais
típicos, ou seja, aqueles que exigem a condição de funcionário público do agente. Se
o crime praticado pelo funcionário público não é um crime ―próprio‖ de funcionário
público, ou seja, pode ser praticado isoladamente por um particular, não teremos a
aplicação do regramento do art. 514 do CPP. Errada.

Q490 – O rito especial nos crimes de responsabilidade do funcionário público


é prerrogativa exclusiva do funcionário público, não se aplicando ao co-réu
que não exerça função pública. Ainda, o STJ entende que, se a peça
acusatória estiver lastreada por I.P., a notificação para apresentação de
defesa preliminar é dispensável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O partícipe ou coautor do delito funcional é assim reconhecido pela teoria da
acessoriedade limitada, desde que conheça a condição de funcionário público daquele
que concorreu para o crime, esse instituto, porém, não é garantia processual,
portanto, a questão está correta. Quanto a segunda parte do item, trata-se da
reprodução exata da súmula 303 do STJ. Correta.

Q491 - O habeas corpus é uma medida judicial que pode ser postulada pela
pessoa para:
I. Afastar ameac;a de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
II. Regular o exercício de direitos e liberdades constitucionais.
III. Anular ato lesivo ao patrimônio público.
IV. Afastar violência ou coação que estiver sofrendo em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas:

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: Item correto, nos termos do art. 647 do CPP.
II – ERRADA: Item errado, pois a finalidade do HC é proteger a liberdade de
locomoção, exclusivamente.
III – ERRADA: Item errado, pois a finalidade do HC é proteger a liberdade de
locomoção, exclusivamente.
IV – CORRETA: Item correto, pois a finalidade do HC é proteger a
liberdade de locomoção, nos termos do art. 647 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q492 - O habeas corpus não

A) poderá ser impetrado por uma pessoa em favor de outrem.


B) poderá ser impetrado em defesa da sociedade, para rever decisão injusta.
C) poderá ser impetrado pelo Ministério Público.
D) comporta pedido de liminar.
E) poderá ser impetrado preventivamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O HC é um remédio constitucional que pode ser impetrado por uma pessoa em favor
de outra (o paciente só pode ser pessoa física), inclusive pelo MP. Comporta pedido
de liminar, embora não esteja expressamente previsto em lei, e pode ser impetrado
para PREVENIR coação ilegal, quando haja fundada ameaça de que esta coação venha
a ocorrer (HC preventivo). Entretanto, EM NENHUMA HIPÓTESE PODE SER USADO
CONTRA O RÉU, principalmente para rever decisão tida como injusta. LETRA B.

Q493 - Não será dado habeas corpus no caso de punição disciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão cobrou a regra, pois não caberia HC no caso de punição disciplinar, por
força do art. 647 do CPP (lembrando que a Doutrina admite, no caso de ilegalidade da
punição, não podendo se adentrar ao mérito da punição). LETRA B.

Q494 - O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, em seu
favor ou de outrem, desde que devidamente representada por advogado,
bem como pelo Ministério Público.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é necessário que a pessoa (impetrante) esteja representada por advogado, pois
a impetração de HC não depende de capacidade postulatória.
Errada.

Q495 – A competência do Juiz cessará sempre que a violência ou coação


provier de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caso a coação ilegal, no curso do processo do HC, passe a ser realizada por
autoridade de hierarquia igual ou superior à do Juiz ou Tribunal, a competência deste
cessará, nos termos do art. 650, §1° do CPP. Correta.

Q496 - A concessão de habeas corpus não obstará, nem porá termo ao


processo, desde que este não esteja em conflito com os fundamentos
daquela.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A concessão do HC, por si só, não interfere no processo, salvo se o HC impugna o
próprio processo (por exemplo: Alega nulidade do processo, ou ausência de justa
causa na ação penal, etc). Nos termos do art. 651 do CPP:
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo,
desde que este não esteja em conflito com os fundamentos daquela. Correta.

Q497 - O juiz não terá competência para conhecer do pedido de HC quando a


coação provier de autoridade judiciária de igual jurisdição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O HC poderá ser impetrado por qualquer pessoa, não só pelo advogado, e também
pelo MP. O Juiz, de fato, não possui competência para julgá-lo, quando a coação
provém de autoridade de igual ou superior hierarquia (art. 650, §1° do CPP).

Q498 - Da decisão final do juízo de primeira instância que denega ordem


de habeas corpus cabe
A) apelação.
B) recurso em sentido estrito.
C) recurso ordinário.
D) carta testemunhável.
E) agravo de instrumento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Da decisão que concede ou denega a ordem de HC, cabe RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO, nos termos do art. 581, X do
CPP. Vejamos:
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
(...)
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

Q499 - Sobre o habeas corpus e seu processo, de acordo com o Código de


Processo Penal, considere:
I. A competência para processar e julgar, originalmente, o habeas corpus, cuja
autoridade coatora for um Secretário de Estado, é do Tribunal de Justiça do
respectivo Estado.
II. A utilização do habeas corpus é assegurada ao agente que responde processo por
infração penal, a que a pena pecuniária seja a única cominada ou contra decisão
condenatória a pena de multa.
III. José, Juiz de Direito de uma determinada comarca do Estado de São Paulo,
recebeu, após regular distribuição, um habeas corpus questionando uma ordem dada
por um Delegado de Polícia da cidade. Após requisitar informações, tomou
conhecimento de que a ordem foi ratificada por Pedro, outro Juiz de Direito da mesma
comarca, para o qual o Inquérito Policial foi distribuído. Neste caso, cessa de imediato
a competência do Magistrado José,
para quem foi distribuído o habeas corpus, conhecer do writ.

Está correto o que consta APENAS em


a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - CORRETA: A afirmativa está correta, nos termos do art. 650, II do CPP(embora
fale em Tribunal de Apelação, hoje leia-se Tribunal de Justiça):
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus:
(...)
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coaçãoforem
atribuídos aos governadores ou interventores dos Estados ouTerritórios e ao prefeito
do Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aoschefes de Polícia.
II - ERRADA: Nesse caso o STJ e o STF entendem que não cabe HC, poisnão sendo
possível aplicação de pena privativa de liberdade, não háqualquer risco à liberdade de
locomoção do indivíduo;
III - CORRETA: Aqui a competência será do Tribunal de Justiça, nos termos do art.
650, §1º do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q500 - Sobre o habeas corpus é correto afirmar:


a) Caberá mesmo contra punição disciplinar, se houver violação do devido processo
legal.
b) A competência do juiz não cessará mesmo que a violência ou coação provenha de
autoridade judiciária de igual jurisdição.
c) Não prevê em nenhuma hipótese a condenação nas custas da autoridade que tiver
determinado a coação.
d) O Ministério Público não poderá impetrá-lo, mas apenas opinar favoravelmente à
concessão da ordem.
e) O juiz pode determinar que o paciente, se estiver preso, lhe seja apresentado
imediatamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) ERRADA: O art. 647 do CPP diz que o HC é incabível para prisões administrativas.
Vejamos:
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência
de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de
punição disciplinar.
Contudo, o STF entende que se a prisão for manifestamente ilegal, será possível o
manejo do HC.
Vemos, assim, que pela literalidade da Lei o item está errado, mas há a hipótese de
manifesta ilegalidade da prisão administrativa, hipótese na qual o STF admite o HC.
B) ERRADA: Item errado, pois a competência do Juiz cessará neste caso, conforme
art. 650, §1º do CPP.
C) ERRADA: Se a autoridade coatora tiver agido por má-fé ou abuso de poder, será
condenada nas custas do processo, conforme art. 653 do CPP.
D) ERRADA: O MP também poderá impetrar o HC, conforme art. 654 do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão do art. 656 do CPP. GAB: E

Q501 - A concessão da ordem para trancar a ação penal por falta de justa
causa acarreta a soltura do paciente, mas não impede o prosseguimento do
processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A concessão do HC, neste caso, acarreta a impossibilidade de prosseguimento do
processo, exatamente pela falta de justa causa, nos termos do art. 648, I e 651 do
CPP. Se faltar justa causa no IP ou na AP, cabe HC trancativo. Errada.

Q502 - O fato de, no momento do julgamento, já ter cessado a violência ou


coação não impede a concessão da ordem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este fato impede a concessão da ordem, nos termos do art. 659 do CPP. Errada.

Q503 – O HC não pode ser impetrado pelo Ministério Público por falta de
interesse de agir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dãããã. Errada.

Q504 – O HC não será conhecido se a petição não estiver assinada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A petição sem assinatura é considerada uma petição inexistente, logo, incabível o
conhecimento do HC, pois a assinatura é um requisito de existência da petição inicial
do HC, conforme art. 654, §1º, c do CPP. Nada impede, contudo, que o Juiz conceda
o HC EX OFFICIO. Correta.

Q505 - O habeas corpus é cabível para trancamento de ação penal, mas não
de inquérito policial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É cabível tanto para o trancamento de ação penal quanto para o trancamento de IP,
conforme entendimento jurisprudencial (STF e STJ). Errada.

Q506 – O HC não comporta a concessão de liminar, segundo pacífica


jurisprudência.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A jurisprudência é pacífica no sentido de ser possível a concessão de liminar em HC.
Errada.

Q507 – O HC constitui meio hábil para o reconhecimento da decadência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A decadência é uma das formas de extinção da punibilidade, logo, é cabível o HC
neste caso, conforme art. 648, VII do CPP. Correta.

Q508 - Considere as situações abaixo.


I. Ordem de prisão determinada pelo Ministério Público, fora das hipóteses
de flagrante.
II. Proibição de frequentar determinados lugares como condição imposta na
concessão da suspensão condicional da pena ou do processo.
III. Não conclusão de inquérito policial até o sexto dia após a prisão em
razão de flagrante.
IV. Recebimento, pelo Juiz, de denúncia ou queixa-crime por fato atípico.
São hipóteses de cabimento de Habeas Corpus APENAS

a) I e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I e II.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – CORRETA: Temos aqui uma prisão ilegal, já que o MP não pode determinar a
prisão de ninguém, salvo em flagrante. Logo, cabe HC, nos termos do art. 648, III do
CPP.
II – ERRADA: Isto porque tal proibição é prevista em lei como possível condição para
a concessão destes benefícios, logo, não há ilegalidade.
III – ERRADA: Isto porque o prazo para a conclusão do IP, neste caso, é de 10 dias,
logo, não há ilegalidade.
IV – CORRETA: O recebimento da denúncia, aqui, enseja a concessão de HC, pois o
fato é atípico, logo, é cabível o HC para determinar o trancamento da ação penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

Q509 - Em qual das hipóteses mencionadas seria possível, em tese, a


concessão de habeas corpus, inclusive, se o caso, consoante jurisprudência
sumulada dos Tribunais Superiores (STJ e STF)?

a) No caso de decisão condenatória a pena de multa.


b) No caso de processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária
seja a única cominada.
c) Para alegar nulidade de processo no qual foi extinta a pena privativa de
liberdade.
d) Quando o réu não foi admitido a prestar fiança, nos casos em
que a lei a autoriza.
e) No caso de punição disciplinar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Das hipóteses trazidas, caberá HC quando o réu não foi admitido a prestar fiança, nos
casos em que a lei a autoriza. Vejamos:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
(...)
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei
a autoriza;
Nos três primeiros casos, temos entendimento sumulado em sentido contrário, já que
não há ameaça à liberdade de locomoção. No caso da letra E, não cabe HC por força
do que expressamente dispõe o art. 647 do
CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

Q510 - Consistem em hipóteses de coação ilegal da liberdade de ir e vir


passíveis de habeas corpus, EXCETO:

a) a ausência de justa causa para a prisão.


b) a prisão por tempo superior ao que a lei determina.
c) a não admissão de prestação de fiança, nos casos em que a lei a autoriza.
d) a manifesta nulidade do processo penal.
e) a pronúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dentre as hipóteses apresentadas, apenas a decisão de pronúncia não é uma causa
que autoriza o manejo do HC, por não se tratar de violação ilegal à liberdade de
locomoção, inclusive não estando prevista no art. 648 do CPP. Portanto, a
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

Q511 – TJDFT 2015


Da sentença condenatória devem ser obrigatoriamente intimados o réu e o
seu defensor, seja ele público, dativo ou constituído; todavia, o prazo para
eventual recurso fluirá a partir da intimação do réu, quando se dá por
aperfeiçoado o procedimento de cientificação da decisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em se tratando de réu solto, basta a intimação do defensor constituído (STJ, AgRg no
AREsp 743310/PR). Em se tratando de réu solto, mas que foi defendido por defensor
nomeado (dativo ou defensor público), é necessária a intimação de ambos.

Em caso de réu preso, devem ambos ser intimados (o defensor, seja ele de que
natureza for) e o próprio réu, pessoalmente.

Neste caso e na hipótese de réu solto que teve sua defesa patrocinada por defensor
nomeado, nos quais é necessária a intimação de ambos (réu e seu defensor), o prazo
para a interposição do recurso começa a fluir da data em que realizada a segunda
intimação – no caso a última. Errada.

DPM - DIREITO PENAL MILITAR

Q1 – Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da


atividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos que o art. 5° traz disposição idêntica ao que determina o Código Penal quanto
ao tempo do crime. O CPM adota a teoria da atividade, assim como o CP. É
importante que você lembre, porém, que quanto ao lugar do crime, o CPM adota
disposições diferentes do CP. Correta.

Q2 – A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento


diverso do contido no Código Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de
forma expressa, a ultratividade da norma e impõe a incidência da
retroatividade da lei penal mais benigna.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O regramento quanto à lei excepcional ou temporária em ambos os códigos é o
mesmo. O art. 3° do CP é reproduzido integralmente no art. 4° do CPM. GAB: E

Q3 - Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por


período superior a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no
decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de
deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao
momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM
determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando estivermos diante de crime permanente ou crime continuado, a
retroatividade da lei penal mais benigna é mitigada, nos termos da Súmula n° 711 do
STF. Nestes casos, aplica-se a lei em vigor na cessação da permanência ou da
continuidade, ainda que seja mais severa. Existe alguma controvérsia na
jurisprudência sobre o fato de o crime de deserção ser permanente, mas estes
detalhes nós veremos mais adiante no nosso curso. Errada.

Q4 - O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente


a instituição militar comete, de acordo com a legislação penal militar, crime
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É uma das hipóteses de definição de competência, prevista no art. 9°, III do CPM. A
alínea a define como crime militar aquele praticado contra o patrimônio sob a
administração militar, ou contra a ordem administrativa militar, ainda que o agente
seja militar da reserva, reformado, ou mesmo civil. Chamo sua atenção para o art.
9°, talvez ele seja o dispositivo mais importante de toda a aula de hoje. GABARITO: C

Q5 - De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são


considerados crimes comuns e são julgados pelo tribunal do júri os crimes
dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a exceção prevista no parágrafo único do art. 9°. A regra geral, porém, é de
que o crime praticado por militar de ativa contra militar da reserva, reformado, ou
contra civil, seja considerado crime militar, de acordo com a alínea b do inciso II do
art. 9°. Lembre-se de que a intenção do legislador com esta exceção foi retirar
dacompetência da Justiça Militar os homicídios praticados por milícias e grupos de
extermínio. Existe ainda a exceção da exceção: o ―tiro de destruição‖, que pode ser
praticado pela Aeronáutica. GABARITO: C
Q6 - De acordo com a legislação penal militar, os crimes culposos contra a
vida, em tempo de paz, praticados por militar em serviço são considerados
crimes militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes culposos contra a vida não são contemplados para exceção trazida pelo
parágrafo único do art. 9° do CPM. Falei também que os crimes praticados por civil
com culpa também não são considerados crimes militares. Como você pode ver, a
assertiva menciona crime culposo contra a vida, cometido por militar em serviço.
Neste caso, estaremos diante de um crime tipicamente militar. GABARITO: C

Q7 - Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado nas forças


armadas e um militar em serviço tenham se recusado a obedecer a ordem do
superior sobre assunto ou matéria de serviço. Nessa situação, somente o
militar é sujeito ativo do delito de insubordinação, que é considerado crime
propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo na qualidade de coautor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente, quero deixar bem claro para você que não existe mais a figura do
assemelhado, que era o servidor civil que se subordinava aos princípios da hierarquia
e da disciplina, típicos das forças armadas. Hoje os servidores civis lotados em órgãos
das forças armadas são perfeitamente iguais a quaisquer outros servidores
estatutários, e não considerados militares de forma alguma. A Doutrina e a
Jurisprudência mais recentes entendem que o civil não pode cometer crime
propriamente militar, ainda que em conluio com o militar. Cuidado com isso, pois no
passado já houve julgados tanto do STM quanto do STF em sentido diverso. De toda
forma, esta questão é bem recente, e serve para que você veja o posicionamento
adotado pelo Cespe quanto ao assunto. Correto.

Q8 - Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou


a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento
da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o
resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em relação ao tempo do crime, tanto o Código Penal quanto o Código Penal Militar
adotam a teoria da atividade. A teoria da ubiquidade é adotada parcialmente quando
tratamos do lugar do crime, como vimos na aula de hoje. GABARITO: E

Q9 - Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidade


militar, tenha praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um
civil. Nessa situação, classifica-se a sua conduta como crime propriamente
militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida em recinto
sob administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente, o crime de abuso de autoridade é tipificado numa lei específica, e não
está previsto no CPM. Já houve muita discussão a respeito da competência para
julgar este tipo de crime, quando praticado por militar. Hoje o STJ já pacificou a
discussão por meio da Súmula n° 172: ―Compete à Justiça Comum processar e julgar
militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço‖.
GABARITO: E

Q10 – Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios,


ou seja, não são perpetrados por civis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes contra a administração militar são crimes militares impróprios, ou seja,
podem ser também praticados por civis, nas circunstâncias previstas no art. 9°, III.
GABARITO: E

Q11 – No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para


os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos relembrar o que aprendemos sobre o lugar do crime de acordo com o CPM. De
acordo com o art. 6°, deve-se aplicar a teoria da ubiquidade, por meio da qual se
reconhece como lugar do crime tanto aquele onde a conduta foi praticada quanto o
local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. A teoria da ubiquidade
também é adotada pelo Código Penal. Todavia, o CPM traz uma ressalva, quando diz
que nos crimes omissivos deve-se considerar como lugar do crime aquele onde
deveria realizar-se a ação omitida. Esta exceção trazida pelo COM aplica também a
teoria da atividade ao Direito Penal Militar. Podemos dizer, portanto, que o CPM adota
um sistema misto: teoria da ubiquidade para os crimes comissivos, e teoria da
atividade para os crimes omissivos. GABARITO: E

Q12 – O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma
penal posterior que favorecer, de qualquer outro modo, o agente deve ser
aplicada retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença
condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, para se
reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser
consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas
aplicáveis ao fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos que, assim como o Código Penal, o CPM adota o princípio da retroatividade da
lei penal mais benigna. Sabemos também pelos nossos estudos de Direito Penal que a
coisa julgada neste ramo jurídico é mitigada, devendo a lei mais branda ser aplicada
inclusive aos réus cuja condenação já transitou em julgado. Por muito tempo houve
discussão sobre a possibilidade de o juiz fazer um cotejo entre a lei mais antiga e a
mais nova, conjugando os fatores mais benéficos para o réu nas duas leis. O STF já
se pronunciou pela ilicitude deste procedimento, e hoje o entendimento
jurisprudencial é pacífico neste sentido. Perceba, porém, que o CPM já há muito trazia
este dispositivo específico determinando que as duas leis deveriam ser consideradas
separadamente. GABARITO: C

Q13 - O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade


no crime, adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da
conditio sine qua non, o qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo
mesmo código quanto ao concurso de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos na aula de hoje que o CPM, assim como o CP, adota a teoria monista
temperada no que tange ao concurso de pessoas: haverá apenas um crime, ainda
que haja vários coautores e partícipes, mas a pena será aplicada individualmente.
Também é verdade que o CPM adota a teoria dos equivalentes causais, ainda que
haja também algumas manifestações da teoria da causalidade adequada (concausa
relativamente independente). O erro da questão está em dizer que uma teoria se
contrapõe à outra, pois cada uma trata de um assunto diferente. GABARITO: E

Q14 - A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios


violentos por parte do comandante para compelir os subalternos a executar
serviços e manobras urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o
saque.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é exatamente a causa excludente de antijuridicidade inominada, prevista no
parágrafo único do art. 42 do CPM, chamada por alguns de excludente do
comandante. GABARITO: C

Q15 - Um adolescente com dezessete anos de idade que, convocado ao


serviço militar, após ser incorporado, praticar conduta definida no CPM como
crime de
insubordinação praticado contra superior será alcançável pela lei penal
militar, a qual adotou, para os menores de dezoito e maiores de dezesseis
anos de idade, o sistema biopsicológico, em que o reconhecimento da
imputabilidade fica condicionado ao seu desenvolvimento psíquico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É verdade que o CPM adotou o critério biopsicológico no art. 51, mas vimos também
que este dispositivo não foi recepcionado pela Constituição de 1988. Qualquer menor
de dezoito anos, independentemente de ter sido incorporado ao serviço militar,
responde por infrações nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
GABARITO: E

Q16 - É inimputável o agente que pratica o fato criminoso sem capacidade de


entendimento e sem determinação, em razão de doença mental,
desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estes são exatamente os termos do art. 48 do CPM. Lembre-se das regras que vimos
a respeito do procedimento para declaração de inimputabilidade, previstos no art. 159
do CPPM. Além disso, é possível também que a pessoa seja considerada semi-
imputável, devendo a pena ser aplicada de forma atenuada. GABARITO: C

Q17 - Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM


possui disciplinamento singular, entendendo o ―cabeça‖ como o líder na
prática de determinados crimes, é correto afirmar que, havendo participação
de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os
efeitos penais, eles devem ser considerados como ―cabeças‖.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se! O oficial que participar em crime de concurso de pessoas necessário junto
com praças será considerado cabeça em razão de sua posição de comando, ainda que
tenha contribuído pouco para a consecução do crime, nos termos do art. 53, §5° do
CPM. GABARITO: C

Q18 - O CPM, ao adotar o princípio da participação de menor importância,


estabeleceu uma exceção à teoria monista do concurso de agentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é um pouco polêmica, mas é verdadeira. O princípio da participação de
menor importância determina que a individualização da pena leve em consideração a
medida em que cada agente participou da conduta típica. Por essa razão dizemos que
o COM adota a teoria monista temperada. GABARITO: C

(Não concordo, para mim a alternativa está errada, pois nesse caso é ATENUAÇÃO e
não exceção a teoria monista.)

Q19 - O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer


para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em matéria de
concurso de agentes, a teoria monista.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Monista (unitária, igualitária): considera que no concurso de pessoas há um só crime
que permanece único e indivisível. Pluralista: há vários crimes, praticando cada uma
das pessoas um crime próprio, autônomo.
Dualista: há um crime para os autores e outro para os partícipes.
O Código Penal Militar adotou a teoria monista com atenuação.
Gabarito: Correta.

Q20 – O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou


circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o
que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que,
juntamente com um militar, cometa, por exemplo, crime de peculato
tipificado no CPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É justamente o contrário, não é mesmo? O civil que comete crime propriamente
militar juntamente com o militar responde por crime militar. A circunstância especial
(ser militar) é elementar do tipo e, por isso, comunica-se ao civil. Lembre-se de que,
como falamos na aula passada, esta regra apenas se aplica desta maneira à Justiça
Militar da União, uma vez que a competência estabelecida pela Constituição para a
Justiça Militar Estadual não abrange o julgamento de civis. GABARITO: E

Q21 - No CPM, as circunstâncias que atenuam a pena incluem a prática de


crime sob coação a que poderia ter resistido ou em cumprimento de ordem
de autoridade superior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Haverá atenuação de pena, nos termos do art. 41, se a ordem emitida pelo superior
hierárquico não era manifestamente ilegal, ou se houve coação à qual era possível
resistir. A estrita obediência a ordem de superior hierárquico, bem como a coação
irresistível, isentam o agente de pena, de acordo com o art. 38. A banca tentou
confundir o candidato misturando o conteúdo dos dois dispositivos. GABARITO: E
Q22 - A posse, por militar, de substância entorpecente, independentemente
da quantidade e do tipo, em lugar sujeito à administração castrense, não
autoriza a aplicação do princípio da insignificância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se da nossa discussão sobre a inaplicabilidade do princípio da bagatela no
Direito Penal Militar. O entendimento mais recente do STF é no sentido da
inaplicabilidade do princípio, ainda que ele já tenha sido aceito no passado.
GABARITO: C

Q23 - Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos


antecedentes causais (conditio sine qua non), consideram-se cabeça, nos
crimes de autoria coletiva necessária, os oficiais ou inferiores que exercem
função de oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os oficiais que cometerem crime juntamente com praças serão considerados cabeças
juntamente com os praças que tiverem efetivamente exercido o comando da ação
criminosa. GABARITO: C

Q24 – No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria


diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e
interesses em conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante ou
justificante. O primeiro é causa de exclusão da culpabilidade e o segundo, de
exclusão de ilicitude.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diferentemente do Direito Penal comum, o Direito Penal Militar adotou a teoria
diferenciadora alemã no que tange ao estado de necessidade.

Aplica-se a teoria JUSTIFICANTE:


- Direito próprio ou alheio
- Direito alheio é inferior ao direito defendido

Aplica-se a teoria EXCULPANTE:


- Direito próprio ou de pessoa ligada por laços de parentesco ou afeição.
- Direito alheio igual ou superior ao direito defendido.

Correta.

Q25 - Considere que João, dentista civil, tenha sido condenado pela justiça
militar da União à pena de quatro anos de reclusão, pelo crime de violência
contra militar em serviço.

Nessa situação, o condenado deve cumprir a pena em penitenciária militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do art. 62 do CPM, o civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar em
estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a legislação
penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar. GABARITO:
E
Q26 - As medidas de segurança pessoal são não-detentivas e detentivas,
sendo estas fixadas na mesma quantidade das penas privativas de liberdade
cominadas abstratamente nos tipos penais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A previsão do CPM é de aplicação das medidas de segurança detentivas entre 1 e 3
anos, e não no tempo abstratamente cominado para as penas. GABARITO: E

Q27 - A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é executada


por fuzilamento e que, nessa situação, o condenado militar deverá deixar a
prisão com o uniforme sem as insígnias, e o condenado civil deverá estar
vestido decentemente, devendo ambos os condenados estar de olhos
vendados no momento da execução, salvo se o recusarem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão mescla o conhecimento do conteúdo do CPM e o do CPPM acerca da
pena de morte. Justamente por isso essa questão foi anulada pela banca, pois o
programa da matéria de Direito Penal Militar não incluía esta parte do CPPM.
Entretanto, todas as informações estão corretas. GABARITO: C

Q28 - A pena acessória de exclusão das Forças Armadas prevista no CPM


será obrigatoriamente aplicada à praça cuja condenação à pena privativa de
liberdade for superior a dois anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A pena acessória de exclusão das Forças Armadas decorre da sentença condenatória
a pena privativa de liberdade por período superior a dois anos, nos termos do art.
102 do CPM. GABARITO: C

Q29 – A indignidade para o oficialato é sanção administrativa disciplinar e


sua
aplicação ocorre no âmbito administrativo disciplinar. A incompatibilidade
para o oficialato é sanção penal acessória e somente poderá ser aplicada
pelo Poder Judiciário, mediante procedimento próprio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Você não precisa saber de muitos detalhes acerca das penas acessórias. Esta questão
pode ser facilmente respondida por você, pois tanto a indignidade para o oficialato
quanto a incompatibilidade para o oficialato são penas acessórias, previstas no art. 98
do CPM. GABARITO: E

Q30 – A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a qualquer crime


militar, próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa pena
obsta o exercício das funções policiais e militares pelo prazo mínimo de dois
anos, submetendo o apenado, quando se tratar de oficial , à pena acessória
de perda do posto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O impedimento é pena principal, prevista apenas para o crime de insubmissão. Além
disso, a descrição feita pela assertiva nada tem a ver com esta pena. O impedido fica
restrito às dependências da unidade militar em que serve, participando normalmente
da instrução militar. A Doutrina diz que essa pena tem nítido caráter educativo e
ressocializador. GABARITO: E

Q31 - De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do


civil a pena privativa de liberdade superior a dois anos implicam,
respectivamente, a exclusão do militar das Forças Armadas e a perda da
função pública do civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 102 do CPM determina que a praça que for condenada a pena privativa de
liberdade superior a dois anos será excluída das Forças Armadas. Já o art. 103
determina que o civil que for condenado a pena privativa de liberdade por crime
cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública, ou que
for condenado por qualquer crime a pena privativa de liberdade superior a dois anos,
perderá a função pública. GABARITO: C

Q32 - O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e


impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as sanções
penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos casos
de delitos de
natureza patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos financeiros à
administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Entre as penas previstas pelo CPM não há pena de multa. GABARITO: E

Q33 - No direito penal militar, as penas principais são: morte, reclusão,


detenção, prisão, impedimento, reforma e suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão está perfeitamente de acordo com o art. 55 do CPM, apesar de a
Doutrina indicar que a pena de reforma não foi recepcionada pela Constituição.
Correta.

Q34 - Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes
militares a cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de
direitos e de multa, conforme também prevê o Código Penal comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma questão dizendo que o CPM prevê pena de multa. Essa você não erra na
prova, hein? GABARITO: E

Q35 - O CPM
prevê, entre outras, as seguintes penas acessórias:
a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão dos
Direitos Políticos.
b) Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o Oficialato e
Inabilitação para o exercício de função pública.
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para o
exercício de função pública.
d) Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da Função
Pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A única que traz apenas penas acessórias previstas no art. 98 do CPM é a alternativa
B. Não existem as penas de transferência compulsória, reforma administrativa, e nem
exação. GABARITO: B

Q36 - Se, no distrito da culpa de militar condenado, por crime militar, ao


cumprimento de pena privativa de liberdade de oito anos de reclusão, não
houver penitenciária militar, a execução da pena deverá ocorrer em
estabelecimento civil comum, ficando a sua execução a cargo do juízo de
execuções penais, sob a égide da legislação penal comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o conteúdo do art. 61 do CPM. GABARITO: C

Q37 – A extinção da punibilidade dá-se, entre outras causas, pela prescrição,


a qual, no curso da ação penal, é interrompida pela instauração do processo,
pela sentença condenatória recorrível e pela prática de outro crime pelo
acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os casos de interrupção da prescrição estão previstos no art. 125, §5°, do CPM: I -
pela instauração do processo; II – pela sentença condenatória recorrível. A prática de
outro crime pelo acusado não é causa interruptiva da contagem do prazo
prescricional. GABARITO: E

Q38 - A prescrição da ação


penal militar, de regra, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade
cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de causa extintiva da
punibilidade. Entretanto, no crime de deserção, o sistema do CPM configura
duas hipóteses para a questão da prescrição, ora aplicando a norma geral,
ora estabelecendo norma especial, previstas igualmente no estatuto
castrense.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de deserção tem norma especial quanto à prescrição, prevista no art. 132.
Este dispositivo determina que deve ser aplicado o prazo prescricional comum, mas a
extinção da punibilidade somente ocorre quando o desertor atinge a idade de 45 anos
(se praça) ou de 60 anos (se oficial). GABARITO: C

Q39 - As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM,


incluem a reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o
perdão judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se de que o CPM não prevê como causas de extinção da punibilidade o
perdão judicial, e nem a graça. GABARITO: E

Q40 - No CPM, há crimes em que se procede somente mediante


representação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão trata da ação penal pública condicionada.
Entretanto, no CPM a condição exigida não é a representação do ofendido, e sim
requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. GABARITO: E

Q41 - No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só


extinguirá a punibilidade quando o desertor atingir a idade de quarenta e
cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. Essa regra aplica-se apenas aos
desertores
foragidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O texto do art. 132 trata da prescrição para o crime de deserção, determinando os
desertores foragidos. A Jurisprudência, entretanto, entende que esta regra especial
de prescrição só é aplicável aos foragidos. GABARITO: C

Q42 - No sistema penal militar, a ação penal deve ser, via de regra, pública
incondicionada, salvo em relação a determinados crimes, previstos de forma
expressa e excepcional, que impõem a observância da requisição ministerial;
admitese, ainda, a ação penal privada subsidiária da pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, a ação penal é pública incondicionada. Em algumas situações, porém, é
necessária a requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Se, em
qualquer dessas situações, o Ministério Público for omisso no oferecimento da
denúncia, surge o direito de o particular (a vítima ou seu representante legal)
interpor a ação penal. Neste caso pode haver ação penal privada subsidiária da
pública. GABARITO: C

Q43 - O Motim se caracteriza quando reunirem-se militares ou


assemelhados:

I. Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la.


II. Recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou
praticando violência.
III. Assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou
violência, em comum, contra superior.
IV. Ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar,
hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de
qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou
prática de violência, em desobediência a ordem superior.

a) Todas estão corretas.


b) Apenas II e IV estão incorretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Todas estão incorretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão traz quatro assertivas, que correspondem quase perfeitamente aos quatro
incisos do art. 149 do CPM. Minha única observação diz respeito à redação da
assertiva IV: a conduta tipificada é ocupar estes locais ou bens e utilizá-los para meio
de transporte para ação militar ou prática de violência em desobediência a ordem
superior, ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar. A assertiva não
mencionou a última frase do inciso, e isso não a torna incorreta, mas quero chamar
sua atenção para este caso, em que é possível que haja o crime de motim mesmo
sem a desobediência de uma ordem superior direta.

Q44 - Considere as seguintes situações hipotéticas.

I. Um agrupamento de militares armados, em concurso com civis, ocupou


estabelecimento militar em desobediência a ordem superior.
II. Reunidos, militares agiram contra ordem recebida de superior, negando-
se a cumpri-la, todavia, sem a utilização de armamento.

Nesse caso, a situação I configura crime de revolta, sendo que os civis não
ingressam na relação jurídico-penal castrense, nem mesmo como coautores,
e a situação II tipifica o crime de motim, sendo elemento diferenciador entre
as duas situações a existência de armas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembra de quando eu disse a você que o Cespe segue a doutrina de Célio Lobão e
não considera possível a coautoria entre civis e militares no crime de motim? Pois
bem, aí está a questão na qual me baseei. Lembre-se de que motim é crime cometido
sem armas, e revolta com armas. GABARITO: C

Q45 - Juca, sargento da polícia militar, presidente da associação dos


sargentos da polícia militar de um dos estados da Federação, adentrou as
dependências de um dos batalhões de polícia da capital desse estado, local
diverso daquele em que exerce suas funções policiais, e distribuiu aos
colegas texto associativo, firmado por ele, em que tecia duras e infundadas
críticas de cunho
depreciativo a algumas decisões do comandante do batalhão, atinentes à
disciplina militar e ao rigoroso serviço daquela unidade policial militar. Além
disso, ocupou, sem a devida autorização, por mais de dois minutos, o
sistema de comunicação do referido batalhão com a leitura do texto
associativo, convocando os colegas para reunião preparatória de campanha
remuneratória, com indicativo de greve e discussão dos atos disciplinares
apontados como ilegais e abusivos.

Com base no direito penal militar e considerando a situação hipotética


acima, assinale a opção correta.

a) O comparecimento de policiais armados à reunião convocada pela associação, nos


termos da situação hipotética em tela, será suficiente para caracterizar a conduta
como crime militar de revolta, por ser delito formal.
b) A única infração penal militar cometida pelo sargento Juca na situação em apreço
foi a conduta de convocar reunião ilícita, cuja sanção penal poderá ser desclassificada
para transgressão disciplinar.
c) Na situação descrita, Juca não praticou crime militar, uma vez que o livre exercício
da atividade associativa encontra-se assegurado na CF, bem como a garantia da
manifestação do pensamento e a liberdade de expressão, sendo vedado, apenas, o
anonimato.
d) As condutas praticadas pelo sargento Juca amoldam-se aos tipos penais militares
de reunião ilícita, crítica indevida, aliciação para motim ou revolta e incitamento à
desobediência, à indisciplina e à prática de crime.
e) Os militares que atenderem à convocação do sargento Juca cometerão crime
militar pela participação em reunião ilícita. Na assembleia, caso haja deliberação pela
greve, com prática de atos que se ajustem à figura típica de motim, a norma penal
militar exige, para caracterização desse tipo de infração, que haja participação de,
pelo menos, quatro militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão é um pouco mais complexa, não é mesmo? Vamos fazer nossa análise
com calma e por partes. Juca praticou as seguintes condutas:
I. Distribuiu aos colegas texto criticando as decisões do comandante atinentes à
disciplina militar;
II. Leu texto associativo no sistema de comunicação do batalhão, por meio do qual
convocou os colegas para reunião em que se discutiria campanha salarial e seriam
discutidos atos apontados como ilegais e abusivos.

Pois bem, vamos agora verificar em que crimes essas condutas se


encaixam: A crítica às decisões do comandante, por si só, já configura a prática de
crítica indevida.

PUBLICAÇÃO OU CRÍTICA INDEVIDA


Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou
criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a
qualquer resolução do Governo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

A convocação para reunião em que seria discutido ato de superior configura o


cometimento do crime de reunião ilícita.

REUNIÃO ILÍCITA
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato
de superior ou assunto atinente à disciplina militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis
meses a quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave.

A distribuição de impressos, em local sujeito à administração militar, contendo


incitamento à desobediência, indisciplina ou à prática de crime militar é prevista
especificamente no parágrafo único do art. 155. No caso em questão, Juca incitou os
colegas à prática da reunião ilícita e, portanto, praticou o incitamento.

INCITAMENTO
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar
sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado,
fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos
no artigo.
Este último crime não está expresso tão claramente na questão, mas acredito que
também podemos dizer que Juca aliciou os colegas para que cometessem os crimes
de motim e revolta, e, portanto, praticou também o aliciamento.

ALICIAÇÃO PARA MOTIM OU REVOLTA


Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes
previstos no capítulo anterior:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
GABARITO: D

Q46 - Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina


militar, é irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da condição
de superior do outro militar atingido e consciência de que está infringindo as
regras de disciplina e a hierarquia militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Falamos por diversas vezes que os crimes em que a ascendência hierárquica faz parte
do tipo somente podem ser cometidos se o criminoso tiver conhecimento da relação
hierárquica. GABARITO: E

Q47 - Os crimes de Motim e Revolta se diferenciam se diferenciam em dois


aspectos. No Motim os militares que se reúnem decididamente não portam
armas, enquanto na Revolta, por serem utilizadas armas de fogo, a pena é
aumentada em até um terço para os ―cabeças‖ ou líderes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correta no que tange à utilização de armas. Por outro lado, tanto no motim
quanto na revolta a pena dos cabeças é aumentada em um terço. Errada.

Q48 – A disciplina militar determina que a violência praticada contra o


Comandante é considerada mais grave do que praticada contra outro
superior qualquer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está correta em face da qualificadora prevista no §1º do art. 157 do CPM.
O referido dispositivo trata do crime de violência contra superior, e qualificadora
determina pena mais grave se o superior agredido for comandante ou oficial general.
Correta.

Q49 - O crime de recusa de obediência (art. 163 do CPM) é espécie do gênero


insubordinação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de recurso de obediência faz parte do capítulo V, intitulado ―Da
insubordinação‖. É importante que, além de compreender os crimes, você também
tenha uma boa ideia de como a parte especial do CPM está estruturada. GABARITO: C

Q50 - O crime de violência contra superior somente se caracteriza como


delito material com a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do agente,
tendo como bem jurídico tutelado a integridade física do militar que exerce
as funções de comando. Somente o militar em atividade poderá ser autor
desse delito.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos que, não só no delito de violência contra superior, mas em qualquer dos crimes
tipificados no CPM que envolvam violência, é necessário que haja contato físico, mas
não é necessário que haja lesão decorrente da violência. GABARITO: E

Q51 - O comandante de um batalhão do Exército, após a prisão de um


suboficial por policiais civis, determinou a invasão da delegacia de polícia, a
fim de livrar o suboficial da custódia, considerada, por esse, como irregular.

Apesar da determinação do superior, não houve aquiescência da tropa, que


permaneceu aquartelada sem sujeição às ordens do comandante.

Nessa situação hipotética, a conduta do comandante caracteriza a figura


típica de movimentação ilegal de tropa e ação militar, sendo indiferente o
cumprimento ou não da ordem emanada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão é imprecisa quanto ao nome do crime, mas isto não faria com que você
errasse a questão, não é mesmo? Na realidade, o crime previsto no art. 169 é
chamado de operação militar sem ordem superior. Vimos na aula de hoje que
movimento de tropa é o seu deslocamento de um lugar a outro, enquanto ação
militar é o emprego da tropa em finalidades planejadas. Também vimos que o crime
está consumado quando o comandante emite a ordem irregular, não sendo
necessário que a tropa a dê cumprimento. GABARITO: C

Q52 - Pedro e Paulo, tenentes da Polícia Militar, reuniram-se para espancar


antigo desafeto. Durante a agressão, os dois militares estavam de posse de
pistolas de propriedade da Polícia. Não se pode dizer, entretanto, que os dois
tenentes praticaram crime de organização de grupo para a prática de
violência, pois para tal seria necessário que houvesse pelo menos três
militares reunidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O tipo penal previsto no art. 150 do CPM é expresso quanto à quantidade de pessoas
necessárias para que o crime seja praticado: dois ou mais militares. Além disso, eles
precisam portar armamento ou material bélico no momento em que praticam a
violência. GABARITO: E

Q53 - Juliano, Capitão do Exército Brasileiro, tem forte admiração pelo Major
Cláudio, em razão de ocasião em que este, demonstrando grande bravura,
reuniu outros militares para questionar os desmandos de um antigo
comandante de sua unidade. Em razão da convocação da reunião, o Major
Cláudio foi peso, e, em solidariedade, o Capitão Juliano pronunciou-se
publicamente no quartel em sua defesa, enaltecendo seus feitos. O Capitão
Juliano, na situação em questão, praticou o crime de apologia de fato
criminoso ou do seu autor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta do Major Cláudio é tipificada no art. 165 (Reunião Ilícita). Quanto à
conduta do Capitão Juliano, o militar que faz apologia a fato criminoso ou a seu autor
incorre no crime de apologia, mencionado na questão. Lembre-se, porém, que a
apologia só é crime quando praticada em local sob administração militar. GABARITO:
C
Q54 - No crime de violência contra superior, a utilização de arma é causa de
aumento de pena. Não é necessário, porém, que a arma seja efetivamente
utilizada, mas apenas que o agente esteja de posse dela.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na realidade a majorante aqui é a utilização de arma na prática de violência. Se o
ofensor apenas está de posse da arma mas não a utiliza, portanto, não há que se
falar em aumento de pena. GABARITO: E

Q55 - Mariano, sargento da Polícia Militar da Paraíba, em momento de


revolta motivado pelo fracasso da campanha salarial dos policiais, rasgou e
pisou na bandeira da Paraíba diante da tropa. A conduta do Sargento
Mariano constitui crime militar, a saber, o desrespeito a símbolo nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apenas a bandeira do Brasil é símbolo nacional, e não as bandeiras dos estados.
Lembre-se de que o tipo penal não pode ser aplicado ao caso em questão porque a
analogia não é permitida na lei penal militar. GABARITO: E

Q56 - O subordinado que se recusa a cumprir ordem emitida por superior


hierárquico incorre no crime de recusa de obediência, exceto se a ordem for
ilegal, caso em que seu descumprimento é justificável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Direito Penal Militar rejeita o princípio da obediência cega. Se a ordem for ilegal,
não é necessário cumpri-la. GABARITO: C

Q57 - Considere que militares do Exército brasileiro, reunidos em alojamento


militar, tenham criado uma coreografia ao som de uma versão funk do Hino
Nacional, além de terem filmado a dança e divulgado o vídeo na Internet.
Nessa situação, segundo entendimento do Superior Tribunal Militar, a
conduta dos militares não constitui crime de desrespeito a símbolo nacional,
devendo ser tratada, na esfera disciplinar, como brincadeira desrespeitosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse foi um caso real, julgado pelo STM em 2013. O crime aqui cometido é o
tipificado no art. 161. Perceba que a conduta oi praticada dentro da organização
militar, o que nesse caso é elemento do tipo. GABARITO: E

Q58 - No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença


irrecorrível, acarreta a extinção da punibilidade do agente, tanto no CP como
no CPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A extinção da punibilidade neste caso está prevista tanto no art. 303, §4º, quanto no
art. 123, VI. Lembre-se, porém, de que esta hipótese apenas é aplicável ao de
peculato culposo. GABARITO: C

Q59 - O crime militar de corrupção passiva não tipifica a conduta de solicitar


para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função,
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, nem a
conduta de
aceitar promessa de tal vantagem.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 308 do CPM não tipifica a conduta de ―solicitar‖, mas a conduta de ―aceitar
promessa‖ está prevista no tipo penal militar. GABARITO: E

Q60 - É considerado insubmisso o brasileiro, do sexo masculino que, tendo


sido convocado para prestar serviço militar, não comparece ao local
designado para a incorporação. Aquele que comparece e ausenta-se antes do
ato oficial pratica a forma qualificada do crime de insubmissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tanto o que não comparece ao local designado quanto aquele que comparece e
ausenta-se antes do ato oficial de incorporação incorrem no crime de insubmissão.
Este crime não tem forma qualificada, mas apenas um caso assimilado, previsto no
§1º do art. 183.

CASO ASSIMILADO
§ 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporação,
deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.
Adicionalmente, chamo sua atenção para duas hipóteses de diminuição de pena,
aplicáveis quando o insubmisso não tinha perfeita compreensão acerca dos atos de
incorporação, ou quando o criminoso se apresenta voluntariamente. GABARITO: E

Q61 - O jovem do sexo masculino que, no ano em que completa dezoito anos
de idade, deixa de apresentar-se para seleção do contingente das forças
armadas, não comete crime militar, mas apenas irregularidade
administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este jovem é chamado de refratário. Também comete ilícito administrativo aquele
que se apresenta mas não completa o processo de seleção. GABARITO: C

Q62 - Aquele que simula incapacidade física para ser dispensado


fraudulentamente do serviço militar obrigatório comete crime capitulado no
Código Penal Militar. Todavia, se o agente sofre lesão real, ainda que por ele
provocada, não haverá crime, uma vez que o Direito Penal não pune a
autolesão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nesta hipótese estamos diante do crime de criação ou simulação de incapacidade
física. Perceba que a criação da incapacidade também faz parte do tipo, sendo
possível neste caso, a título de exceção, a punição da autolesão. GABARITO: E

Q63 - A pessoa que concede abrigo ou emprega insubmisso comete crime o


crime militar de favorecimento a convocado. Todavia, se esta pessoa for
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, ficará isento de
punição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o teor do art. 186 do CPM. Chamo sua atenção para o fato de que a assertiva
menciona o insubmisso, mas na realidade o tipo menciona todos os crimes previstos
no Capítulo I:

• Insubmissão;
• Criação ou simulação de incapacidade física; e
• Substituição de convocado.
GABARITO: C

Q64 - A deserção é crime permanente, crime praticado pelo militar que se


afasta sem licença do local em que desempenha suas atividades. Este crime,
entretanto, apenas se consuma com a decorrência de pelo menos oito dias
contados da primeira ausência, sendo este prazo conhecido como período de
graça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Por meio desta assertiva podemos relembrar vários aspectos do crime de deserção: é
um crime permanente, a conduta tipificada é o afastamento sem licença do militar do
serviço por pelo menos oito dias, sendo este ínterim conhecido como período de
graça. GABARITO: C

Q65 - Ao militar que é transferido é normalmente concedido período de


trânsito, ao fim do qual deve apresentar-se na unidade militar de destino. Se
o militar não se apresenta na data determinada, estará
configurado o crime de deserção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Preste bastante atenção aos detalhes. É verdade que pode haver deserção nesta
situação. Entretanto, neste caso também haverá período de graça. Apenas haverá
deserção após a decorrência do prazo de oito dias contados da data em que o militar
deveria ter se apresentado na unidade de destino. O período de graça apenas não
existe no caso da deserção especial (art. 190). Gostaria também que você
relembrasse as demais hipóteses de casos assimilados à deserção.

CASOS ASSIMILADOS
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito
ou férias;
II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias,
contados daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é
declarado o estado de sítio ou de guerra;
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou
simulando incapacidade. GABARITO: E

Q66 - Jurandir é policial militar designado para realizar patrulha em


determinado bairro. Caso Jurandir se ausente sem autorização antes de
concluir o serviço, terá cometido o crime de abandono de posto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é um dos exemplos citados pela Doutrina quando trata do crime de abandono de
posto. Chamo sua atenção para o fato de que neste crime não é necessário que haja
um local físico determinado em que o militar esteja desempenhando suas funções.
Neste caso a conduta se enquadra na hipótese de abandono de serviço, também
prevista no art. 195 do CPM. GABARITO: C

Q67 - O militar que se apresenta embriagado para o serviço comete o crime


capitulado no art. 202 do CPM, independentemente do tipo de droga
utilizada, e ainda que sua embriaguez seja decorrente de caso fortuito ou
força maior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A embriaguez pode resultar da utilização de várias drogas diferentes. Para a
configuração do delito, é irrelevante o tipo de entorpecente utilizado. Entretanto, se a
embriaguez resultar de caso fortuito ou força maior, estaremos diante da chamada
―embriaguez involuntária‖, que é excludente de culpabilidade. GABARITO: E

Q68 - O oficial que adquire ações de sociedade empresarial comete crime,


pois o exercício de comércio por oficial é vedado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O exercício de comércio por oficial é, em regra, proibido. O mesmo se aplica ao oficial
que toma parte na administração ou gerência de sociedade comercial ou dela
participa. Há, entretanto uma exceção: a aquisição de cotas ou ações de sociedade
anônima ou cotas de responsabilidade limitada. GABARITO: E

Q69 - Pedro, tenente da Polícia Militar, profere palavras desrespeitosas,


questionando a autoridade do Tenente-Coronel Márcio, comandante de sua
unidade militar. Neste caso haverá crime de desacato a superior, ainda que
Márcio não esteja presente na ocasião.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Doutrina majoritária entende que apenas há crime de desacato quando o superior
está presente. Não é necessário, entretanto, que o desrespeito ocorra ―face a face‖,
mas somente que o superior perceba a ofensa. É possível que haja, por exemplo,
desacato quando a atitude desrespeitosa ocorrer por meio de videoconferência.
Lembre-se também de que a pena por desacato a superior é agravada se o superior é
oficial general ou o comandante da unidade. GABARITO: E

Q70 - Comete crime o militar que emite cheque sem suficiente provisão de
fundos em favor de outro militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A emissão de cheque sem fundos é crime nas seguintes circunstâncias: quando o
cheque for emitido por um militar em favor de outro militar, ou quando o fato atentar
contra a administração militar, nos termos do art. 313 do CPM. GABARITO: C

Q71 - O responsável por procedimentos relacionados ao alistamento militar e


convocação que, por negligência, deixa de incluir qualquer nome em lista,
comete crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é um exemplo do tipo penal de não inclusão de nome em lista.
NÃO INCLUSÃO DE NOME EM LISTA
Art. 323. Deixar, no exercício de função, de incluir, por negligência, qualquer nome
em relação ou lista para o efeito de alistamento ou de convocação militar: Pena -
detenção, até seis meses.
GABARITO: C

Q72 - Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares
dos Estados e do Distrito Federal, mas não dos Territórios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 42 CPM ...e dos territórios. Errada.

Q73 - Diferentemente da Justiça Militar da União, a Justiça Militar Estadual


não processa e nem julga civis, mas apenas os militares estaduais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q74 – O papel de órgão superior no processo militar estadual é exercido pelo


pelo STM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É importante também que você saiba que o órgão superior no julgamento de recursos
advindos da Justiça Militar Estadual é o Superior Tribunal de Justiça, e não o Superior
Tribunal Militar. Errada.

Q75 - O civil comete crime militar contra instituição militar estadual, salvo se
estiverem trabalhando em força conjunta com as forças armadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diferentemente da Justiça Militar da União, a Justiça Militar Estadual não processa e
nem julga civis, mas apenas os militares estaduais. Errada.

Q76 - Aplica-se, no CPM, a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime,


seja ela comissivo ou omissivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que quando se tratar de crime omissivo, o CPM adota a teoria da atividade.

Q77 – Em se tratando de crimes cometidos no estrangeiro, a teoria adequada


a ser aplicada pelo CPM em relação ao território é a extraterritorialidade
incondicionada. Pode-se dizer também que se aplica a territorialidade
temperada, pois a lei penal militar é aplicada aos crimes cometidos no Brasil,
sem prejuízo das regras estabelecidas em convenções e tratados
internacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPM, diferentemente do CP, aplica a extraterritorialidade incondicionada, como
podemos deduzir da expressão ―ainda que, neste caso, o agente esteja sendo
processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira‖.
Q78 - A definição de crime militar, no ordenamento jurídico brasileiro, é
estabelecida de modo exclusivo em razão

a) da lei (ratione legis).


b) do lugar em que a conduta foi praticada (ratione loci).
c) da pessoa que praticou a conduta (ratione personae).
d) da pessoa contra a qual a conduta foi praticada (ratione personae).
e) do tempo em que a conduta foi praticada (ratione temporis).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gab: A (ratione legis)

Q79 - Entre os critérios utilizados para se classificar o crime militar, o


critério processualista (ratione materiae, ratione personal, ratione loci,
ratione temporis e ratione legis) se impôs, com preferência pelo critério
ratione materiae, sendo crime militar aquele definido no CPM.

Comentarios:
Incorreta, o critério adotado é o ratione legis, oriundo DA LEI. Errada.

Q80 - Os militares da reserva ou reformados equiparam-se a militares em


atividades para fins de aplicação da lei penal militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO MASTER! Os militares da reserva ou reformados somente se equiparam aos
militares da ativa quando continuam trabalhando para a administração militar, nos
termos do art. 3°, §1°, a, III do Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/1980). Errada.

Q81 - O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e


prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal
militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se de que o militar da reserva ou reformado só pratica crime militar nas
hipóteses do art. 9°, III, e não nas situações previstas no inciso II.

As prerrogativas que são mantidas por força do art. 13 na maior parte das vezes
estão relacionadas ao foro de julgamento e a outros aspectos processuais. Correta.

Q82 - O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e


impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as sanções
penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos casos
de delitos de natureza patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos
financeiros à administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já estamos calejados de saber que não se aplica pena de multa pelo CPM. Ainda há
outro erro: Não existe infração disciplinar regulada pelo código, ah e para que fique
registrando, nem contravenção penal. Errada.
Q83 - Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial,
aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um
terço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 20 do CPM. Correta.

Q84 - De acordo com o CPM, julgue:

I. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda


autoridade com função de direção.
II. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto
ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.
III. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois
terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime
consumado, permitindo o orgão julgador de aplicar a teoria objetiva ou a subjetiva, a
depender do caso.
IV. Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem jurídico diverso do
visado pelo agente, responde este por culpa, se o fato é previsto como crime culposo.
V. O Código Penal adota a teoria unitária, encarando o estado de necessidade apenas
como uma excludente de antijuridicidade. O CPM,
por outro lado, adota a teoria diferenciadora alemã, com o estado de necessidade
justificante, exclui a antijuridicidade, e o estado de necessidade exculpante, exclui a
culpabilidade.

É correto o que se afirma em:


A) 1 afirmativa
B) 2 afirmativas
C) 3 afirmativas
D) 4 afirmativas
E) 5 afirmativas

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas essas disposiçãos estão corretas e presentes no CPM, guarde-as, pois alguns
aspectos chocam-se com os do CP. Gab: E.

Q85 - O CPM adota a teorial causal do crime, verificando o dolo e a culpa no


elemento ''culpabilidade''.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O dolo e a culpa, no CPM, são tratadas sob os termos da culpabilidade. Correta.

Q86 - Não há óbice de o agente alegar erro de direito quando cometer crimes
contra o dever militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRO DE DIREITO (Seria o erro de proibição do CP)
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o
agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito
o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis. Errada.
Q87 – O CPM protege o excesso como excludente de ilícito no caso de
legítima defesa nos casos em que houver escusável surpresa ou perturbação
de ânimo, em face da situação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra do parágrafo único do Art. 45 permite que o agente cometa um excesso sem
que o fato seja punível, quando o agente foi ―pego de surpresa‖. Correta.

Q88 - O Código Penal Militar, ao tratar da obediência hierárquica (CPM, art.


38, letra 'b' e §§ 1º e 2º), acolheu um sistema intermediário ou sincrético
entre as teorias conhecidas, em direito penal militar, como o das baionetas
inteligentes e o da obediência cega.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A diferença entre esse instituto no CP e no CPM é sutil, mas faz toda diferença:

No CP a ordem não pode ser manifestamente ilegal, ou seja, se uma ordem estiver
com vícios de competência, legalidade, finalidade, motivo e em alguns casos objeto, o
agente não é obrigado a cumpri-la. Logo, se por exemplo, um agente público receber
uma ordem de quem não tiver competência para dar aquela ordem, o mesmo não é
obrigado a cumpri-la.
Porém no mundo militar, a ordem não pode ser manifestamente criminosa (Opor-se
ao CPM). Utilizando a mesma lógica descrita acima, se por exemplo, um general der
uma ordem a um sargento, pouco importa se ele tem competência ou não para dar
aquela ordem. O sargento terá que cumprir, mesmo se a ordem padecer de um vício
de competência (Obediência cega). Essa ordem não deverá ser cumprida se atentar
contra o que está previsto no CPM, ou seja, se se tratar de um crime (Baionetas
inteligentes), veja que há no CPM um sistema sincrético entre as teorias. Correta.

Q89 - São requisitos da coação moral que exclui a culpabilidade: 1º)


irresistibilidade da coação; 2º) presença indispensável das figuras do coator,
coacto e vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q90 - Quanto à excludente de culpabilidade da obediência hierárquica, o CPM


de 1969 descreve um conceito idêntico ao do Código Penal comum, em uma
intenção do legislador de manter similaridade entre os dois códigos, que só
devem se diferenciar naqueles princípios específicos da vida castrense.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se pode dizer que o CP e o CPM adotam conceitos idênticos, pois como vimos, no
caso da obediência hierárquica, exige-se que o fato seja CRIMINOSO (crime pelo
CPM) e não ―meramente’’ ilegal. Errada.

Q91 - Se o bem jurídico sacrificado for de igual valor ou superior ao


protegido, tem-se, pela teoria diferenciadora alemã, a exclusão da
culpabilidade, de natureza exculpante, por outro lado, para que fosse
possível a natureza justificante - exclusão do crime, seria necessário que o
bem jurídico sacrificado fosse de menor valor.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeita definição, item correto.

Q92 - Pelo CPM, será considerado justificante o bem jurídico sacrificado de


igual valor ao tutelado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No CPM, por adotar a teoria diferenciadora alemã, o bem jurídico tutelado deve ser de
maior valor, ou o bem jurídico sacrificado de valor inferior para que possa ser
justificante, do contrário ou de igual valor será exculpante. Errada.

Q93 – No Código Penal Militar existe uma causa de justificação especial que
é a discriminante do comandante de navio, aeronave ou praça de guerra,
concedendo autoridade ao comandante para compelir seus subordinados a
realizarem manobras e serviços urgentes, com a finalidade de salvaguardar
quer vidas humanas, quer a própria unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão trouxe a excludente da antijuridicidade presente no parágrafo único do art.
42: a excludente do comandante.

Q94 - A causa exculpante – excludente de culpabilidade, permite que o


agente aja em defesa própria ou alheia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato é excludente de culpabilidade, porém, o direito deve ser próprio ou de pessoa
ligada por laços de parentesco ou afeição (ex: amigo de infância). Direito
Próprio ou ALHEIO só na JUSTIFICANTE (excludente de ilicitude).

Q95 - Preconiza o CPM que o juiz pode atenuar a pena ainda quando punível
o fato por excesso doloso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existe essa previsão no Art. 46 do COM. Ainda quando o sujeito pratica o excesso de
forma dolosa, o juiz pode atenuar a pena. A Doutrina entende que essa situação
somente poderia ser aplicada em caso de erro de direito, quando a pessoa acreditava
que seu excesso não era conduta criminosa. É o caso de alguém que sofre agressão,
reage em legítima defesa, mas intencionalmente se excede na defesa e atinge o
agressor de maneira desarrazoada. Correta.

Q96 - Considere um motim envolvendo vários praças e um só tenente, tendo


sido a ação promovida e organizada por um sargento. Este sargento e o
tenente serão considerados cabeças, ainda que o tenente tenha participado
apenas minimamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os oficiais sempre serão considerados cabeças nestas situações criminosas. Correta.

Q97 - Ainda que o crime não adentre a fase executória, pune-se o militar
pelo ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio para prática criminosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Casos de impunibilidade
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em
contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. Errada.

Q98 – A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que


passe em julgado, ao Presidente da República, e não pode ser executada
senão depois de cinco dias após a comunicação. Este período é concedido ao
Presidente para decidir acerca da concessão de indulto ou da comutação da
pena, nos termos da Constituição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este período é concedido ao Presidente para decidir acerca da concessão de indulto
ou da comutação da pena, nos termos da Constituição (art. 21, XII). Há exceção,
entretanto, quando a condenação ocorrer em zona de operações de guerra. Neste
caso, a pena pode ser executada de imediato, se a ordem e a disciplina militares
assim o exigirem. Mas há um erro na questão, o perído é de SETE dias e não cinco.
Errada.

Q99 - Quando for aplicada pena de reclusão ou detenção de até 2 anos, pode
haver suspensão condicional da pena (sursis). Apenas quando não for
possível esta alternativa a pena pode ser convertida em prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato, guarde com carinho essa informação, pode estar na sua prova e lembre-se
―DOIS ANOS‖ e não quatro como no código comum. Correta.

Q100 – A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a


militar, é cumprida em estabelecimento penal militar e, na falta dessa, em
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao
regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e
concessões, também, poderá gozar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apenas alguns estados têm penitenciárias militares, e por isso é muito comum que o
militar condenado cumpra a pena em estabelecimento civil. Neste caso o
cumprimento da pena é regulado pela Lei de Execução Penal (Juizo da VEP). Correta.

Q101 - Ainda que o crime seja praticado em tempo de guerra e ainda que em
benefício da segurança nacional, é vedada a prisão do civil em penitenciária
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diz o Artigo 62 - Parágrafo único que: Por crime militar praticado em tempo de
guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo ou em parte em
penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o determinar a
sentença. Errada.

Q102 - A pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou


função consiste na agregação, no afastamento, no licenciamento ou na
disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na sentença, sem prejuízo
do seu comparecimento regular à sede do serviço, sendo que não será
contado como tempo de serviço, para qualquer efeito, o do cumprimento da
pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos exatos termos do Art. 64. Correta.

Q103 - O Sursis - Suspensão Condicional da Pena, aplicar-se-á somente


quando a pena for privativa de liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja quando é cabível o SURSIS processual no COM:

PENA DE ATÉ DOIS ANOS IMPOSTA A MILITAR


Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é
convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão
condicional.
CUIDADO MASTER, a questão pode trazer um crime com pena de até dois anos, mas
que não seja privativa de liberdade e afirmar que cabe SURSIS, ela estaria
sumariamente incorreta, fique ligado. Correta.

Q104 - Preconiza o CPM que é vedada a concessão de SURSIS processual


durante o período de guerra declarada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui você precisa ter mais um pouco de cuidado aqui: não pode haver LIVRAMENTO
CONDICIONAL (sursis pode) nos casos de condenação por crime cometido em tempo
de guerra. O livramento condicional está regulamentado no Art. 89 (LEIA) e é
importante, além de saber que não pode ser concedido em período de guerra
declarada, o Livramento Condicionado é para crimes cuja pena (privativa de
liberdade) seja SUPERIOR A DOIS ANOS, mediante os requisitos do Art. 89. Período
do Livramento 1/2 primário e 2/3 reincidente. Errada.

Q105 - A condenação que resulta na perda do posto e da patente só pode


decorrer de decisão de Tribunal Militar ou Civil, além disso, a perda do posto
e patente não é autônoma, mas acessória, decorrendo da declaração de
indignidade ou incompatibilidade para o oficialato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

PERDA DE POSTO E PATENTE


Está correta (mesmo na parte de ser por decisão de Tribunal Civil, ex: estados), mas
chamo atenção para os seguintes artigos:

Art. 98. São penas acessórias:


I - a perda de posto e patente;
II - a indignidade para o oficialato;
III - a incompatibilidade com o oficialato;
IV - a exclusão das forças armadas;
V - a perda da função pública, ainda que eletiva;
VI - a inabilitação para o exercício de função pública;
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
VIII - a suspensão dos direitos políticos.
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de
liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.

INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO


Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o
militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição,
espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161,
235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.

INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO


Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o
oficialato o militar condenado nos crimes dos arts. 141 e 142.

Correta.
Q106 - A Lei da Ficha Limpa tornou inelegível pelo período de dez anos
aquele que for declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O período correto é de OITO ANOS. Errada.

Q107 - A condenação da praça a pena privativa de liberdade, ainda que por


tempo inferior a dois anos, importa sua exclusão das forças armadas. A
Jurisprudência entende que se aplica o dispositivo às Policias Militares e
Bombeiros Militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tem de ser superior a 2 anos, o resto está certo.

Q108 - Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo


de dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de
quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação
do dever militar ou inerente à função pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Temos aqui outra pena acessória regulamento pelo CPM, veja:
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois
até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de
crime praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à função
pública.

TERMO INICIAL
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao
termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança
imposta em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena. Correta.

Q109 - Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o tempo de


liberdade resultante da suspensão condicional da pena ou do livramento
condicional, ainda que sobrevenha revogação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pegadinha MALDOSA. Condição: NÃO SOBREVIR REVOGAÇÃO

Q110 – A ação penal militar condicionada ocorre por requerimento do


Comando Militar ou do Ministro da Justiça, ainda assim, o Ministério Público
Militar não depende unicamente do pedido desses órgãos, por se tratar de
requerimento, podendo suprí-lo de ofício e oferecer a denúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Há duas modalidades de ação penal militar. A primeira é a pública incondicionada,
que pode ser oferecida pelo Ministério Público sem a necessidade de intervenção de
qualquer outra parte. Há, por outro lado, a ação penal militar condicionada à
requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Neste caso, o Ministério
Público depende de requisição desses órgãos, não sendo permitido que ofereça
denúncia de ofício. Errada.

Q111 - Não figura entre as formas previstas no CPM de extinção de


punibilidade: a reabilitação e o ressarcimento do dano no peculato culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos em outras questões (cai bastante), que pelo o contrários, são formas de
extinção da punibilidade. Errada.

Q112 - O CPM traz um rol com diversas causas de extinção da punibilidade,


dentre elas, a ANISTIA e o INDULTO mas não menciona a GRAÇA e nem o
PERDÃO JUDICIAL.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Importantíssimo saber que não se admite GRAÇA ou PERDÃO JUDICIAL pelo CPM.
Dica: As com vogais Admitem (Anistia e Indulto) as com consoantes Não admitem
(Graça e Perdão Judicial). Correta.

Q113 - As penas acessórias sujeitam-se a prazos prescricionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
IMPRESCRITIBILIDADE DAS PENAS ACESSÓRIAS
Art. 130. É imprescritível a execução das penas acessórias. Errada.

Q114 - No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta


só extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e
cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é recorrente. Certa.

Q115 - A declarada de reabilitação importa em cancelamento dos


antecedentes criminais. Apenas poderão ter acesso a esses registros a
autoridade policial ou judiciária ou o representante do Ministério Público,
para instrução de processo penal que venha a ser instaurado contra o
reabilitado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O principal objetivo da reabilitação é permitir que o ex condenado seja reinserido na
sociedade, poupando-lhe das eventuais dificuldades desse retorno e preconceito que
pode ser gerado caso as informações acerca de sua vida pregressa sejam de
conhecimento geral. A declarada de reabilitação importa em cancelamento dos
antecedentes criminais. Correta.

Q116 - Se a reabilitação for negada, apenas será possível requerê-la


novamente após o período de três anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A medida pode ser requerida quando decorrerem 5 anos desde a extinção da pena ou
medida de segurança, ou ainda desde a data em que se concluir o prazo de
suspensão condicional da pena ou de livramento condicional. Se a reabilitação for
negada, apenas será possível requerê-la novamente após o período de dois anos.

Q117 - É plenamente possível que um grupo de militares da reserva, em


conluio com um oficial da ativa pratiquem o crime de motim, sendo este,
apenado com maior gravidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Civis, reserva e reformados não cometem este crime ou de revolta, exceto se
ocuparem emprego regular na administração militar. Alguns doutrinadores entendem
que o civil e o militar inativo podem cometer o delito na condição de coautores ou
partícipes, mas somente se houver pelos menos dois militares da ativa envolvidos.
Errada.

Q118 - Caso um grupo de militares na prática do crime de motim empregue


violência contra superior, por ser este crime mais grave, absorverá aquele.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é entendimento majoritário. Correta.

Q119 – Se houver pelo menos dois militares armados no crime de Motim, a


qualificadora de Revolta já se torna aplicável e comunica-se aos demais,
mesmo que não estejam utilizando armas, mas apenas se tiverem
conhecimento da circunstância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A revolta, na realidade, é um motim qualificado pela presença de armas. Nas polícias
militares, as condutas que estudamos quase sempre incorrerão em crime de revolta,
pois os policiais, salvo raras exceções, exercem suas atribuições armados.
Se houver pelo menos dois militares armados, a qualificadora já se torna aplicável e
comunica-se aos demais, mesmo que não estejam utilizando armas, mas apenas se
tiverem conhecimento da circunstância. Correta.

Q120 - Aos cabeças que praticam o crime de motim ou revolta (forma


qualificada de motim - pelo uso de armas), é aumentada de metade em
relação aos cabeças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assim como no motim, a pena dos cabeças do crime de revolta também é majorada
de um terço. Errada.
Q121 - O crime de organização de grupo para a prática de violência, previsto
no Art. 150 do CPM, é crime propriamente militar e exige concurso
necessário - nesta modalidade não se exige que a violência seja empregada
por meio de armamento ou material bélico e pode ser praticado contra a
coisa pública ou particular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O porte de armamento ou material bélico é elemento do tipo, sendo necessário para
que o crime se configure. Não é necessário, entretanto, que as armas estejam sendo
utilizadas na prática da violência. Para Célio Lobão, a expressão ―armamento‖
também inclui as armas impróprias: paus, facas, revólver de uso pessoal do militar,
etc. Não há nenhum requisito acerca do local onde se dá a ação, podendo ocorrer em
dependências sob administração militar ou não. Errada.

Q122 - O crime de Organização de Grupo Para a Prática de Violência, dada a


sua alta reprovabilidade em razão de ser militar próprio, consuma-se com a
mera formação para a prática criminosa, tendo a violência praticada como
mero exaurimento, ou seja, trata-se de crime formal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora o próprio texto do tipo induza ao engano, exige que a violência ocorra. CRIME
MATERIAL. Errada.

Q123 - Aquele que, na condição de militar da ativa ou assemelhado, deixar


de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja preparação
teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo comete o crime de Omissão de Lealdade
Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O sujeito ativo apenas pode ser o militar da ativa (ou equiparado) e agora estamos
diante de um crime que pode perfeitamente ser perpetrado por apenas uma pessoa.

Este crime é constituído de duas condutas omissivas: na primeira o militar fica


sabendo que está sendo planejado o motim ou revolta e omite-se de denunciar essa
intenção. Os doutrinadores dizem ainda que mesmo que ele comunique, se o fizer
tarde demais, não dando ao seu superior a oportunidade de tomar as medidas
necessárias, o crime estará configurado. Na segunda, o militar não tem conhecimento
prévio, mas está presente quando o motim ou a revolta são deflagrados. Nesta
situação, se ele não cumprir seus deveres militares, tentando impedir os atos,
incorrerá no crime em estudo. Alguns doutrinadores falam em omissão indireta,
quando o sujeito ativo do crime apenas finge que tenta adotar medidas. Isso ocorre,
por exemplo, quando ele telefona para o número de seu superior sabendo que ele não
está disponível no local. Certa.

Q124 - No crime de Conspiração, quando os agentes se reúnem, conscientes


da finalidade do encontro, o crime está consumado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A palavra ―concertar‖ (elementar do tipo penal) significa entrar em acordo, pactuar.
Assim, o núcleo do tipo está nos atos preparatórios para o motim ou revolta. Não se
trata da mera conversa sobre o assunto nem a manifestação de insatisfação, mas sim
o planejamento, reuniões, etc. Certa.

Q125 - Haverá isenção de pena, no crime de Organização de Grupo Para a


Prática de Violência, daquele que denuncia o esquema, mesmo tendo
participado dele, desde que o faça enquanto ainda era possível evitar suas
consequências.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O parágrafo único do Art. 152 (Conspiração) determina a isenção de pena daquele
que denuncia o esquema, mesmo tendo participado dele, desde que o faça enquanto
ainda era possível evitar suas consequências. Este é um exemplo de escusa
absolutória: condição estabelecida pela lei para que o ato, mesmo sendo típico,
antijurídico e culpável, não seja punível. A Isenção de Pena é prevista para o crime de
CONSPIRAÇÃO. É importante que você não confunda esse crime o de Organização de
Grupo para a Prática de Violência.

Preste atenção:
Conspiração = Concertarem-se... / Crime formal / Admite isenção de pena
Errada.

Q126 - No crime de aliciação para a prática de motim, o sujeito ativo não


precisa ser militar, confronta-se, portanto, num crime impropriamente
militar, pois nada impede que o civil alicie um militar para o cometimento de
crimes contra a disciplina ou a autoridade militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está certa, mas MUITO CUIDADO com outra possível pegadinha que pode cair em sua
prova, o crime apenas se consuma quando o militar efetivamente se deixa seduzir
pelo aliciador e com ele concorda. Se a vítima não concordar, poderá haver a
aliciação para motim ou revolta em sua forma tentada. Correta.

Q127 - O crime de aliciação para a prática de motim e o de incitamento


apenas se consumam quando o militar efetivamente se deixa seduzir pelo
aliciador ou incitador e com ele concorda. Se a vítima não concordar, poderá
haver a aliciação para motim ou revolta ou o incitamento em sua forma
tentada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos por partes:

Aliciamento - Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos
crimes previstos no capítulo anterior (motim, revolta, omissão de lealdade etc...).

Incitamento – Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime


Militar.

O incitamento apenas pode ser perpetrado por meio de conduta dolosa. Assim como a
aliciação para motim ou revolta, o incitamento também só se consuma com a
concordância do militar que é vítima do crime, mas não é necessário que ele pratique
nenhuma das ações sugeridas.

Se o militar não concordar com o aliciador ou incitador, estaremos diante da tentativa


de incitamento, portanto, SÃO CRIMES MATERIAS. Correta.

Q128 - O crime de apologia de fato criminoso ou do seu autor pode ser


praticado ainda que fora da administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O sujeito ativo deste crime pode ser qualquer pessoa, civil ou militar. Trata-se de
crime impropriamente militar.
Fazer apologia significa elogiar, exaltar, engrandecer o fato tipificado como crime
militar. Este tipo de atitude pode levar alguém a decidir cometer o crime. FIQUE
ATENTO: A apologia a crime militar ou seu autor somente será considerada crime
militar se ocorrer em local sob administração militar.

Q129 - Configurará o crime de violência contra o superior, ainda que seja


praticado em detrimento de seu patrimônio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A violência consiste no emprego de força física. O delito não se configura se a
violência for praticada contra coisa, a exemplo do veículo ou dos pertences do
superior. Não é necessário que haja lesão corporal, mas é indispensável o contato
físico. Errada.

Q130 - No crime de violência contra o superior na forma qualificada


praticada com arma, não basta que se exige o efetivo emprego da violência
com arma, é suficiente que o inferior hierarquico porte-a.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Além de errado, é bom ressaltar que pode ser qualquer tipo de arma.

Q131 - Em certas circunstâncias a função de Oficial de Dia pode ser


desempenhada também por Praça, a exemplo do Sentinela, e neste caso ele
exercerá todas as atribuições inerentes à função; a violência contra ele
praticada também configurará o crime de violência contra militar de serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
VIOLÊNCIA CONTRA MILITAR DE SERVIÇO
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra
sentinela, vigia ou plantão. Correta.

Q132 - O Crime de Violência contra Militar de Serviço é propriamente militar,


a conduta violenta é direcionada a oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou
contra sentinela, vigia ou plantão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este crime é IMPROPRIAMENTE MILITAR, pode ser praticado por militar ou civil.
Errada.
Q133 - O desrespeito a superior somente configurará crime quando o ato de
desrespeito ocorrer diante de outro militar ou civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Que questão sacana! O desrespeito somente configurará crime quando o ato ocorrer
diante de OUTRO MILITAR.

Q134 - No crime de Oposição a Ordem de Sentinela o sujeito ativo poderá ser


militar ou civil, uma vez que não há exigência específica no tipo. O crime é
impropriamente militar. O sujeito ativo pode ser inclusive militar superior
hierárquico da sentinela.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correta. E serve para reforçarmos que esse crime é IMPROPRIAMENTE militar.

Q135 - Para que ocorra o crime de operação militar sem ordem superior é
necessário que a tropa efetivamente obedeça a ordem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para praticar este delito não basta ser militar, mas é necessário ocupar a função de
comandante. A determinação feita pelo comandante pode ser feita por meio verbal ou
escrito, de forma direta ou por meio de terceiro. Perceba que o desempenho da
função de comando aqui é legítimo. A ilegalidade está na ordem emitida, cujo objeto
é o movimento de tropa ou ação militar não autorizados. Guarde: Para que ocorra o
crime de operação militar sem ordem superior, não é necessário que a tropa
efetivamente obedeça a ordem. Errada.

Q136 - Determinado Oficial resolveu pregar uma brincadeira com seus


colegas de expediente, vestindo-se com o uniforme, insignias e distintivos de
um Sargento. Neste contexto, o Oficial:

A. Não comenteu crime


B. Cometeu o crime de ''Uso Indevido de Uniforme, Distintivo ou Insignia
Militar por Qualquer Pessoa''
C. Cometeu o crime de ''Uso Indevido de Uniforme, Distintivo ou Insignia
Militar''
D. Cometeu o crime de ''Despojamento Desprezível''

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A (errada) – pois não está certa.
B (Certa) – É a forma mais genérica de se cometer o crime de Uso Indevido de
Uniforme ou Despojamento Desprezível, dada as justificativas das letras C e D.
C (Errada) – O Uso indevido exige como elemento normativo que o uniforme seja DE
SUPERIOR, o que não se aplica ao caso. Ex: Quando em seu casamento, a praça usa
indevidamente a farda emprestada por um oficial.
E (Errada) – O elemento normativo desse crime exige que seja do PRÓPRIO
UNIFORME, o que também não pode ser aplicar no caso, já que o uniforme pertencia
ao Sargento.

Gabarito: B.
Q137 - Pratica o crime de Violência Contra Inferior o Oficial que prejudica a
integridade física, moral ou psicológica de seu inferior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que violência significa agressão necessariamente física. Para fins penais
militares, não se considera a chamada violência psicológica ou moral. Caso da
violência resulte lesão corporal ou mesmo morte do ofendido, haverá o cúmulo
material das penas. Atenção para não confundir com o que ocorre no crime de
violência contra superior, em que a morte do ofendido é qualificadora do delito,
impondo por si só pena
mais gravosa. Errada.

Q138 - Haverá a exclusão do crime de Violência Contra Inferior quando o


comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo
ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a
executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou
evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos questões parecidas. Item correto.

Q139 - Para que se configure o crime de Ofensa Aviltante a Inferior, como


elemento subjetivo, é necessária a intenção de humilhar moralmente o
ofendido, utilizando-se de meio violento. Caso não haja esse desejo de
humilhar, estará, o superior, diante do crime de violência contra inferior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
OFENSA AVILTANTE A INFERIOR
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio
empregado, se considere aviltante. Perceba que se trata de uma OFENSA FÍSICA.
Esta conduta é idêntica à do tipo anterior, exceto porque agride a honra e a dignidade
do ofendido, além, é claro, da integridade física.

A Doutrina cita como exemplos a agressão ao inferior com sandálias de borracha,


tapas no rosto usando luvas, tapas nas nádegas do inferior como se fosse uma
criança, puxões de orelha no subordinado, etc. Como elemento subjetivo, é
importante notar a necessidade de que o ofensor tenha a intenção de humilhar
moralmente o ofendido, utilizando-se de meio violento. Caso não haja esse desejo de
humilhar, estaremos diante da violência contra inferior. Correta.

Q140 - ''Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do


prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato
oficial de incorporação'' remete ao delito de insubordinação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se da INSUBMISSÃO. O sujeito ativo deste crime é o civil convocado para
prestar o serviço militar obrigatório. Na maior parte das vezes esse convocado é o
brasileiro do sexo masculino de 17 ou 18 anos de idade que se alistou
obrigatoriamente. Errada.
Q141 - Não é possível que o sujeito ativo do crime de insubmissão seja
militar, uma vez que a conduta típica é necessariamente anterior à
incorporação do agente nas forças armadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q142 - Se o desertor apresenta-se voluntariamente no décimo dia de sua


ausência injustificada, por exemplo, não importa se o Termo de Deserção foi
lavrado ou não, o crime já se consumou no oitavo dia de ausência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Hoje a jurisprudência dominante, já manifestada em vários julgados, é no sentido de
que o Termo de Deserção apenas formaliza os fatos, e que, adotada a conduta típica
(ausência injustificada por mais de 8 dias), estará configurado o crime. Correta.

Q143 - O STM decidiu que o período de graça se interrompe por telefonema


do desertor, ou com sua presença em outra Organização Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STM se manifestou exatamente pelo contrário do que se afirma. Errada.

Q144 - No crime de deserção, se o agente se apresenta voluntariamente


dentro em oito dias após a consumação do crime, a pena é diminuída de
metade; e de um terço, se de mais de oito dias e até trinta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A parte final está incorreta. Sessenta.

Q145 - Na deserção especial não há período de graça. Basta que o militar


deixe de se apresentar para embarcar em navio ou aeronave ou para
deslocar-se com sua tropa para que o crime esteja consumado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DESERÇÃO ESPECIAL
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou
aeronave, de que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que
serve.

Na deserção especial não há período de graça. Basta que o militar deixe de se


apresentar para embarcar em navio ou aeronave ou para deslocar-se com sua tropa
para que o crime esteja consumado. Correta.

Q146 - No crime de desacato a assemelhado ou funcionário exige-se como


elemento normativo que ocorra em local sujeito a administração militar, não
se estendendo esta regra ao crime de Desacato ao Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma especificidade deste tipo é o lugar como elementar. Apenas ocorrerá o crime se
o ato desrespeitoso ocorrer em lugar sujeito à administração militar. Correta.
Q147 - Assinale a alternativa que indica um crime propriamente militar, de
acordo com a denominada Teoria Clássica.

a) Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar (art. 263 do


Código Penal Militar).
b) Ingresso clandestino (art. 302 do Código Penal Militar)
c) Favorecimento a desertor (art. 193 do Código Penal Militar).
d) Omissão de socorro (art. 201 do Código Penal Militar).
e) Ofensa às Forças Armadas (art. 219 do Código Penal Militar).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Art 201 é crime Propriamente Militar , pois, além das característica de seu tipo
penal estar previsto somente no Cod. Penal Militar, o sujeito ativo é tão somente o
COMANDANTE. Vejamos:

Art. 201, CPM. Deixar O COMANDANTE de socorrer, sem justa causa, navio de guerra
ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que
hajam pedido socorro.
No codigo penal comum qualquer um pode cometer, aqui não, somente o
COMANDANTE, logo crime proprimante militar.
Crime PROPRIAMENTE MILITAR: está previsto só no CPM e só MILITAR pode
cometer. Atente para o binomio. Gabarito: D

Q148 - O autor que, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente


escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui:

a) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos
termos do Código Penal Militar, e terá sua conduta considerada como atípica,
nos termos do Código Penal Comum.

b) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos
termos do Código Penal Comum, e terá sua conduta considerada como
atípica, nos termos do Código Penal Militar.

c) será isento de pena, nos termos do Código Penal Militar, e terá excluído o
dolo, nos termos do Código Penal Comum.

d) será isento de pena, nos termos do Código Penal Comum, e terá excluído o
dolo, nos termos do Código Penal Militar.

e) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, salvo
em se tratando de crime que atente contra o dever militar, nos termos do
Código Penal Militar, e será isento de pena, nos termos do Código Penal
Comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

CP CPM CP CPM
| ERRO DE TIPO | ERRO DE FATO | ERRO DE PROIBIÇÃO | ERRO DE
DIREITO
| Exclui o dolo | Isenta de pena | Isenta de pena | Pena Atenuada
ou substituída

Gab: C

Q149 - Agente cuja participação no crime seja de menor importância deve


ser apenado na mesma proporção que os demais agentes envolvidos no
delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime
é de somenos importância. Errada.

Q150 - Francisco, Pedro e Fábio, todos policiais militares, estavam de serviço


em uma mesma guarnição comandada por Pedro, até as seis horas da
manhã, quando, por volta das quatro horas da manhã, em via pública, se
depararam com Abel, de vinte e três anos de idade, capaz, caminhando.
Todos os policiais militares desceram da viatura, momento em que Francisco,
já com um cassetete na mão, passou a perguntar a Abel o que ele estava
fazendo na rua naquele horário, enquanto lhe golpeava os braços com o
cassetete. Abel, que estava desarmado e não esboçou nenhuma reação, após
a agressão, foi para casa ferido. A ação de Francisco foi presenciada por
Pedro e Fábio, que nada fizeram para impedi-lo e não comunicaram o fato ao
oficial de dia. Em decorrência das lesões sofridas, Abel ficou quarenta e cinco
dias afastado de suas ocupações habituais, conforme laudo pericial juntado
aos autos da ação penal ajuizada.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Pedro, Fábio e Francisco devem responder por lesões corporais graves na forma
comissiva, uma vez que todas as circunstâncias do crime, nesse caso, se comunicam.
b) As lesões corporais sofridas por Abel não são de natureza grave, uma vez que não
resultaram em incapacidade permanente para o trabalho.
c) Francisco cometeu crime de lesões corporais graves tipificado no CPM, mas Pedro e
Fábio não devem responder por referido crime, uma vez que não participaram das
agressões.
d) Não se trata de crime militar, uma vez que Abel é civil e não se encontrava em
ambiente militar.
e) Pedro e Fábio devem responder por lesões corporais graves por omissão em
concurso de agentes com Francisco, que responderá na forma comissiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Relação de causalidade
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado
não teria ocorrido.

§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade
de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de
sua superveniência.

Lesão grave
§ 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro,
sentido ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta
dias.

Gabarito: E.

Q151 - O civil que cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, ainda que
recolhido a estabelecimento penal militar, ficará sujeito ao regime conforme
a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões também poderá
gozar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 611
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a
aplicação de lei mais benigna. Correta.

Q152 – No Código Penal Militar, a perda da função pública, ainda que eletiva,
é uma pena acessória, enquanto que no Código Penal comum passou a ser
um dos efeitos da condenação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 98. São penas acessórias:
V - a perda da função pública, ainda que eletiva;
CP Comum
Art. 92. São também efeitos da condenação:
I- a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.

Correta.

Q153 - Em tempo de paz, o livramento condicional especial (por crime contra


a segurança externa do país), só será concedido após o cumprimento de
metade da pena, se primário, observada ainda a reparação do dano, salvo
impossibilidade de fazê-lo e, a boa conduta do condenado durante a
execução da pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Casos especiais do livramento condicional
Art. 97. Em tempo de paz, o livramento condicional por crime contra a segurança
externa do país, ou de revolta, motim, aliciação e incitamento, violência contra
superior ou militar de serviço, só será concedido após o cumprimento de dois terços
da pena, observado ainda o disposto no art. 89, preâmbulo, seus números II e III e
§§ 1º e 2º. Errada.

Q154 - Considere que João, dentista civil, tenha sido condenado pela justiça
militar da União à pena de quatro anos de reclusão, pelo crime de violência
contra militar em serviço. Nessa situação, o condenado deve cumprir a pena
em penitenciária militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, em estabelecimento
prisional civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de
cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar. Errada.

Q155 - Para fins do Código Penal Militar, considera-se criminoso por


tendência aquele que comete homicídio, tentativa de homicídio ou lesão
corporal grave, e, pelos motivos determinantes e meios ou modo de
execução, revela extraordinária torpeza, perversão ou malvadez.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está correta somente por trazer a expressão ―Para fins do Código Penal
Militar.‖ O art. 78 do CPM não foi recepcionado pela CF/88.

Q156 - Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se navio, toda


embarcação sob comando militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(CERTA: Art. 6º, §3º, CPM - Para efeito deste código, considera-se navio toda
embarcação sob comando militar).

Q157 - Sobre os crimes militares em tempo de paz é correto afirmar que os


crimes dolosos contra a vida, cometidos contra civil, serão da competência
da justiça comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9. Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a
vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum. Está correta, é
a literalidade da lei, mas há uma exceção: Caso um civil, pilotando um avião
particular adentre esse espaço aéreo, os militares poderão, por questões de
segurança abater essa aeronave. É um crime doloso contra a vida, cometido contra
civil por militar, mas que não será julgado pela justiça comum. Correta.

Q158 - O Código Penal Militar prevê o delito de dano culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 383. e o 262 Prevê a forma culposa - Dano especial e Dano em material ou
aparelhamento de guerra. Não prevê, como no CP, no Dano Simples. Certa.

Q159 - O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem idêntico


disciplinamento no direito penal militar e no direito penal comum, sendo o
excesso intensivo, em qualquer caso, excludente de culpabilidade do agente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os excessos são tratados de maneira igual no CP (art.23), enquanto o CPM (art.45 e
46) diferencia o culposo do doloso. Errada.

Q160 - No sistema penal castrense, o agente poderá ter atenuada a pena


quando, iniciada a conduta conforme o direito, por exemplo, em estrito
cumprimento do dever legal, ultrapassar os limites da atuação legal e
cometer excesso doloso.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 46. Correto.

Q161 - O CPM, igualmente à legislação penal comum, tipifica os crimes


contra a paz pública, especialmente o crime de quadrilha ou bando.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Algumas bancas insistem em perguntar isso, então leve para sua prova que NÃO.
Errada.

Q162 - O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou


circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o
que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que,
juntamente com um militar, cometa, por exemplo, crime de peculato
tipificado no CPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão se encontra errada em razão da parte final, pois o particular que cometa,
juntamente com um militar, o crime de peculato previsto no CPM, não responderá por
crime comum, mas por crime militar, impropriamente militar, é verdade, mas crime
militar, somente se exigindo que tal condição pessoal (militar) seja conhecida pelo
particular. Errada.

Q163 - No direito penal militar, as penas principais são: morte, reclusão,


detenção, prisão, impedimento, reforma e suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em que pese a Reforma não ter sido recepcionado, segue o teor previsto pelo CPM:
Art. 55 do CPM
As penas principais são:
a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função (se for PERDA
do posto ou graduação = Pena acessória);
g) reforma.

Correta.

Q164 - De acordo com as regras sobre ação penal e demais condições


objetivas de punibilidade, constantes do Código Penal Militar, é correto
afirmar que

a) havendo requisição do Ministro da Justiça, nos casos em que a lei o exige, o


Ministério Público Militar deve denunciar o acusado, porque a ação penal militar é
obrigatória.

b) em relação a crimes militares, não existe ação penal de iniciativa privada


subsidiária da pública, porque o Código Penal Militar desconhece essa figura.
c) é vedado denunciar, pelo crime de favorecimento a desertor, o agente que
pretendia beneficiar o próprio filho, em face de exclusão da punibilidade.

d) policiais militares envolvidos em greves, que tenham sido anistiados, ficam isentos
do cumprimento das penas, porém serão reincidentes caso sofram nova imputação
penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) A requisição é requisito de procedibilidade, o que não vincula o profissional do MP
a denunciar, isso posto se dá em razão da liberdade que ele goz de analisar os outros
elementos da Ação.
B) Sim o Código não preve mas CRFB/88 prevê, aplica-se a interpretação sistêmica.
C) GAB, mal elaborado, posto que não há vedação coisa nenhuma! Existe sim causa
de isenção de pena, se o MP denunciar a Defesa irá alegar ausência de crime por
expressa previsão legal. Corrijam-me, mas a banca quis dificultar e cometeu
imperícia técnico-jurídica.
D) A reincidência é afastada coma a plicação da Anistia, uma vez que se perdoa a
conduta exclui a ilicitude da ação na minha opnião, ou eventualmente aos
discordantes, a culpabilidade, se não há crime não há efeitos. Gab: C

Q164 - Oficial conhecido por seus métodos abusivos nos treinamentos da


Academia de Polícia Militar é informado de que um recruta não está
suportando a pressão e dá sinais de desequilíbrio emocional. Ao saber disso,
o oficial aumenta o rigor do treinamento e passa a provocar pessoalmente o
recruta, que acaba por atentar contra a própria vida. Nesse caso, é correto
afirmar que

a) O oficial pode responder por crime de provocação indireta ao suicídio, pois


excesso de rigor contra pessoa mentalmente instável sugere dolo eventual em
relação ao resultado morte.
b) O oficial pode responder por homicídio culposo, com pena agravada pela
inobservância de regras próprias de seu dever funcional, haja vista que sua conduta
expressa imprudência e produziu o resultado.
c) A conduta do oficial é atípica, porque não existe auxílio ao suicídio por omissão e o
recruta era pessoa dotada de discernimento.
d) Se o recruta efetuar disparo contra a própria cabeça, não conseguindo acertar pela
intervenção de terceiros, o oficial responderá por tentativa de provocação ao suicídio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Provocação direta ou auxílio a suicídio
Art. 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para
que o faça, vindo o suicídio consumar-se:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Agravação de pena
§ 1º Se o crime é praticado por motivo egoístico, ou a vítima é menor ou tem
diminuída, por qualquer motivo, a resistência moral, a pena é agravada.
Provocação indireta ao suicídio
§ 2º Com detenção de um a três anos, será punido quem, desumana e
reiteradamente, inflige maus tratos a alguém, sob sua autoridade ou dependência,
levando-o, em razão disso, à prática de suicídio.
Gabarito: A.

Q164 – O Código Penal Castrense estabelece como penas principais: a morte;


a reclusão; a detenção; a prisão; impedimento; suspensão do exercício do
posto, graduação, cargo ou função e reforma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa cai bastante, memorize o rol, são SETE os crimes. Questão correta.

Q165 - O crime de violência contra inferior é classificado como crime contra


honra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Da usurpação e do excesso ou abuso de autoridade. Errado.

Q166 - Constitui medida de segurança em espécie tida por não detentiva e


própria da legislação castrense o(a)

a) inabilitação para o exercício de função pública.


b) perda de posto e patente.
c) exílio local.
d) reforma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exílio local
Art. 116. O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como
medida preventiva, a bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na
proibição de que êste resida ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na
localidade, município ou comarca em que o crime foi praticado.
Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa
condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade. Gab: C

Q167 - O militar da reserva não remunerada possui as responsabilidades e


prerrogativas do posto e da graduação, para efeito da aplicação da lei penal
militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, por estar
desobrigado de forma permanente do serviço ativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Somente o militar da reserva remunerada ou reformado conserva essas
responsabilidades. O militar da reserva não remunerada volta a ser CIVIL. Errada.

Q168 - Um militar de folga que se opõe à determinação de uma ordem da


sentinela do quartel, comete o crime do art. 162 (despojamento
desprezível).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se do crime de oposição à ordem de sentinela, capitulado no art. 164 do CPM.
Crime impropriamente militar, pois pode ser cometido tanto por civil, como por
militar. Errada.
Q169 - Equipara-se a Comandante, para efeito de aplicação do Código Penal
Militar, toda a autoridade com função de direção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Equiparação a comandante (Art. 23.). Correta.

Q170 - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A composição do dano cível permanece, tal como no código penal. Certa.

Q171 - O crime de desrespeito a superior previsto no art. 160 do Código


Penal Militar, somente restará caracterizado se ocorrer diante de outro
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CORRETA - (Desrespeito a superior) - Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro
militar.

Q172 - No crime de deserção, previsto no art. 187 do Código Penal Militar, a


deserção consuma-se no sexto dia de ausência do militar no lugar onde
deveria prestar serviço ou permanecer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais de oito dias. Errada.

Q173 - O crime de revolta (art. 149), ocorre quando militares desarmados


reúnem-se recusando obediência ao superior, agindo contra ordem recebida
ou negando-se a cumpri-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A revolta é uma forma qualificado do Motim, a diferença está no fato de que na
Revolta o agente usa armas (qualquer tipo). Errada.
Q174 - Marque a alternativa CORRETA. Em relação ao disposto no Código
Penal Militar são considerados crimes militares em tempo de paz:

a) Os crimes praticados por militares fora do horário do serviço operacional


em quaisquer situações.

b) Os crimes previstos no Código Penal Militar, quando praticados por militar


em serviço, contra militar na mesma situação.

c) Todos os crimes praticados por militares no exercício do serviço, sem


exceção.

d) Os crimes previstos no Código Penal Militar, quando praticados por militar


da reserva (inativo) contra civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição
especial;
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma
situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil;
c) por militar em serviço, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda
que fora do lugar sujeito a administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil... Gab: B

Q175 - Marque a alternativa CORRETA. De acordo com o disposto no Código


Penal Militar, recusar a obedecer a ordem do superior sobre assunto ou
matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou
instrução, configura:

a) Desrespeito a superior.
b) Descumprimento de missão.
c) Omissão de oficial.
d) Recusa de obediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Desrespeito a superior
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais
grave
Letra B:
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais
grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um têrço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Letra C:
Omissão de oficial
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo
saber encontrar-se entre os seus comandados:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Letra D:
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sôbre assunto ou matéria de
serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.

GAB: D

Q176 - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,


ainda que outro seja o do resultado.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a regra para o MOMENTO/TEMPO do crime. Cuidado. Certa.

Q177 - A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil


pelo mesmo crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 8º do CPM - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Q178 - Não há crime sem lei ou resolução anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Somente lei – princípio da reserva legal (lei em sentido formal). Errada.

Q179 - Caso o militar se ausente, sem licença, da unidade em que serve, ou


do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, este incorrerá na
prática do crime de:

a) omissão de oficial.
b) abandono de posto.
c) omissão de socorro.
d) deserção.
e) descumprimento de missão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
LETRA D.

Q180 - Caso o oficial deixe de restituir, por ocasião da passagem de função,


ou quando lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que
lhe haja sido confiado, incorrerá na prática do crime de:

a) omissão de eficiência da força.


b) omissão de providências para evitar danos.
c) descumprimento de missão.
d) omissão de oficial.
e) retenção indevida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Retenção indevida
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando
lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido
confiado. Letra E.

Q181 - Qual o crime impropriamente militar que, comum em sua natureza,


pode ser praticado por qualquer cidadão, civil ou militar, mas que, quando
praticado por militar em certas condições, a lei considera militar?

a) Abandono de posto.
b) Deserção.
c) Peculato.
d) Violência contra inferior.
e) Recusa de obediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apesar da pequena diferença de redação, dispõe exatamente a mesma coisa. Pode
ser praticado por funcionário civil (crime de mão própria) ou militar (crime
impropriamente militar), nas condições do art. 9º, II, "e", e III, "a" do COM.
Alternativa C correta.

Q182 - A reabilitação criminal, conforme Código Penal Militar (Decreto-Lei n°


1.001/1969) caso seja negada, não pode ser novamente requerida senão
após o decurso de cinco anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos por partes, pois há aqui dois prazos distintos:
- Art 134 § 1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em
que for extinta, de qualquer modo, a pena principal.
- Art 134 § 3º Negada a reabilitação, não pode ser novamente requerida senão
após o decurso de dois anos. Errada.

Q183 – A reabilitação deverá ser revogada se o reabilitado for condenado ,


por decisão definitiva , ao cumprimento de pena privativa da liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Revogação
§ 5º A reabilitação será revogada de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público, se a pessoa reabilitada fôr condenada, por decisão definitiva, ao
cumprimento de pena privativa da liberdade. Correta.

Q184 - Constitui medida de segurança patrimonial no âmbito do Direito


Penal Militar:
a) internação em manicômio judiciário.
b) cassação de licença para direção de veículos motorizados.
c) interdição de estabelecimento ou sede de associação.
d) cassação de direitos políticos.
e) proibição de frequentar determinados lugares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Espécies de medidas de segurança
Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira
espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a
internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico
anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de
um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença para direção de veículos
motorizados, o exílio local e a proibição de frequentar determinados lugares. As
patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou
associação, e o confisco. Gab: C

Q185 - Segundo as prescrições do Código Penal Militar (Decreto-lei n.


1.001/69), marque a alternativa que corresponde a um crime que admite
tentativa:
a) Criar ou simular incapacidade (art. 188, inciso IV: ―consegue exclusão do serviço
ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade‖).
b) Descumprimento da missão (art. 196: ―deixar o militar de desempenhar a missão
que lhe foi confiada‖)
c) Abandono de posto (art. 195: ―abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar
de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de
terminá-lo‖).
d) Dormir em serviço (art. 203: ―dormir o militar, quando em serviço, como oficial de
quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de
natureza semelhante‖).

RESPOSTA DA QUESTÃO:

A) Crime material – lembrando que se for formal ou mera conduta também se admite
tentativa.
B) Crime omissivo – não admite tentativa
C) Crime unissubsistente – de conduta única – não admite tentativa.
D) Crime unissubsistente – de conduta única – não admite tentativa.

Os crimes de mera conduta e unissubsistentes possuem natureza muito


semelhante, mas não se confundem. Gab: A.

Q186 - À luz do Código Penal Militar (Decreto-lei n. 1.001/69), pode-se


afirmar que crime tentado ocorre quando o crime é falho, ou seja, quando o
agente termina todo o processo executório e o resultado pretendido não é
alcançado por circunstâncias alheias a sua vontade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal definição (crime falho) remete à tentativa perfeita ou acabada, aplica-se em
ambos códigos (CP e CPM). Correta.

Q187 - O crime de despojamento a símbolo nacional ocorre quando o militar


pratica diante da tropa, ou lugar sujeito à administração militar, ato que se
traduza em ultraje a símbolo nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão sacana – misturou o conceito de dois crimes!
Despojamento desprezível: Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração
militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio: Pena - detenção, de seis
meses a um ano.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da
tropa, ou em público.

Desrespeito a símbolo nacional: Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em


lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo
nacional:Pena - detenção, de um a dois anos.

Q188 – Preconiza o COM que o crime de estupro somente se consuma


quando se constrange alguém à conjunção carnal, mediante violência ou
grave ameaça ou a praticar ou a permitir que se pratique outro ato
libidinoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É sabido que o CP foi alterado quando o crime de atentado violento ao pudor
e o estupro passou a pertencer um só tipo penal, o mesmo não aconteceu
com o CPM, vejamos:

Estupro: Art. 232. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou


grave ameaça: Pena - reclusão, de três a oito anos, sem prejuízo da correspondente
à violência.
Atentado violento ao pudor: Art. 233. Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a presenciar, a praticar ou permitir que com êle pratique ato libidinoso
diverso da conjunção carnal: Pena - reclusão, de dois a seis anos, sem prejuízo da
correspondente à violência.

Questão ERRADA.

Q189 - No crime de incitamento previsto no artigo 155 da lei penal militar há


a consumação quando o militar, nos termos do art. 9º, incita a prática de
indisciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fizemos aqui uma questão em que se afirmava que o momento de consumação do
incitamento era no momento em que a pessoa se deixava seduzir pela conduta de
incitar pelo agente, e não com a mera incitação, essa questão aqui foi cobrada
recentemente (2015) e de forma diversa do que havíamos visto, o gabarito está
correta, penso que não deveria. Assim sendo, pesquisei outras questões e ficou
esclarecido o momento de consumação do incitamento, vejamos:

CESPE – JUIZ
Para sua consumação o incitamento — que é o chamamento de militares para a
prática de crimes diversos do motim e da revolta, não compreendendo ato de
indisciplina —, são necessários o assentimento e a prática das infrações pelo incitado.

Embora esteja errada, o erro não se refere ao tempo de consumação, mas no fato de
o crime de incitamento poder ser referente a desobediencia, indisciplina ou crime
militar. Portanto, mantemos o momento de consumação de acordo com a explicação
da questão Q127.

Q190 - Para a tipificação dos crimes de violência contra superior e contra


militar de serviço, exige-se a condição de militar do sujeito ativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A tipificação de crime de violência contra militar de serviço não exige a condição
de militar como sujeito ativo. É crime impropriamente militar. Errada.

Q191 - No que se refere ao crime de revolta — que consiste na prática dos


atos que caracterizam o motim, acrescido do uso de armas pelos agentes —,
o CPM prevê agravamento de pena para os cabeças e atribui essa condição
de proeminência aos oficiais que participarem do movimento.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão recorrente em provas de concurso. Correta.

Q192 - Para a configuração do crime militar de motim, exige-se a reunião de


mais de três militares com o objetivo específico de subverter a ordem, de
ofender a hierarquia e a disciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei não especifica quantidade, referindo-se apenas a "militares", ou seja, basta que
haja mais de um militar para a configuração do crime especificado. Errada.

Q193 - Em consonância com a parte geral e especial do Código Penal Militar


(Decreto-lei n. 1.001/69), em especial o artigo 9º que regula os crimes
militares em tempo de paz, e, ainda, em face do previsto na Constituição
Federal, analise as assertivas abaixo:

I - Conforme Constituição Federal, o militar condenado na justiça comum ou militar à


pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado,
será considerado indigno com a carreira, sendo julgado para tanto, por tribunal
militar de caráter permanente, em tempo de paz.

II - Um soldado da Polícia Militar, estando de folga e a paisana, ao intervir em uma


ocorrência policial em razão de sua função pública, se acaso venha a cometer um
delito, este será de competência da justiça comum.

III - O militar da reserva remunerada, nos termos da lei penal militar, comete crime
de natureza militar, ao lesionar outro militar reformado, durante uma parada cívico-
militar.

IV - Nos termos da Constituição Federal, compete à Justiça Militar estadual processar


e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri, no
tempo de paz, quando a vítima for civil.

São INCORRETAS as assertivas:

a) I, III e IV, apenas.


b) Todas estão incorretas.
c) I e III, apenas.
d) I e IV, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - Art. 142... VI - O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter
permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; O oficial
condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
inciso anterior. Errada.

II - CPM. Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:


II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na
lei penal comum, quando praticados:
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil

III - A hipótese não se amolda em nenhum termo do Art. 9º.

IV – Nos termos da Constituição Federal, compete à Justiça Militar estadual processar


e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri, no
tempo de paz (ERRO), quando a vítima for civil.

Gabarito: B.

Q194 - O Código Penal Militar adota a teoria da atividade ou da ação em


relação à definição de lugar de crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada. Nos crimes omissivos adota-se a teoria da atividade, nos crimes
comissivos a teoria da ubiquidade.

Q195 - O furto de uso definido no art. 241, exige que o infrator não tenha por
objetivo ter a posse de forma definitiva e o objeto seja restituído
imediatamente após o uso, ou reposto no lugar onde se achava.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, admite-se a figura do furto de uso também no CPM.

Q196 - Nos termos da Lei Penal Militar, o militar que exerce função, a qual
exerça autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, é considerado
superior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q197 - Configura o delito do sono, o militar que, sendo negligente no


plantão, deixa-se vencer pelo sono, vindo a cochilar durante o serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPM: O delito é Dormir em serviço Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço,
como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não sendo oficial,
em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em
qualquer serviço de natureza semelhante (...). Errada.

Q198 - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz, os crimes


previstos no Código Penal Militar, embora também o sejam com igual
definição na lei penal comum, quando praticados por militar em situação de
atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar,
ou a ordem administrativa militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, literalidade do texto da lei.

Q199 - O 1° Tenente Star, da 1ª Companhia de Fuzileiros de um Batalhão do


EB, irritado com uma missão recebida, e no pátio interno do Batalhão, tenta
atingir o Io Tenente George com um soco, com nítida intenção de provocar
lesões. George foi promovido na mesma data que Star, mas é comandante da
Ia Companhia de Fuzileiros. Caso erre o Tenente George e acabe atingindo o
Cb Lennon, da mesma companhia, que ali passava por acaso, provocando
lesões leves. Responderá pelo crime de lesão corporal leve, independente de
representação, e pelo crime de violência contra superior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, pois mesmo sendo do mesmo posto, o fato de estar na função do cmt cia
torna o Ten Star superior ao Ten George. Ademais, trata-se de erro sobre a pessoa,
(ABERRATIO ICTUS), igualmente previsto no CP Comum. Certa.

Q200 - Segundo o Código Penal Militar, são penas acessórias a

a) perda do posto e da patente e a morte.


b) exclusão das Forças Armadas e a reforma.
c) suspensão do exercício do posto e a indignidade para o oficialato.
d) inabilitação para o exercício de função pública e a incompatibilidade com o
oficialato.
e) reforma e a suspensão dos direitos políticos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Penas principais
a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função;
g) reforma.

são penas acessorias:


I - a perda de pôsto e patente;
II - a indignidade para o oficialato;
III - a incompatibilidade com o oficialato;
IV - a exclusão das fôrças armadas;
V - a perda da função pública, ainda que eletiva;
VI - a inabilitação para o exercício de função pública;
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
VIII - a suspensão dos direitos políticos.

Gabarito: D

Q201 - Considere as seguintes afirmativas sobre o Código Penal Militar:

I. 0 defeito do ato de incorporação exclui a aplicação da lei penal militar.


II. 0 militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas
do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando prática
ou contra ele é praticado crime militar.

III. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do começo.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Apenas a 2 e 3 estão corretas, vamos reforçar o assunto, já estudamos questões
parecidas aqui. Gab: D.

Q202 - Em relação ao crime militar e o lugar do crime, considera-se


praticado o fato:

a) Onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.


b) No lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa.
c) No lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
d) No momento da ação ou omissão, no lugar em que se desenvolveu a ação
criminosa, independentemente de onde deveria produzir-se o resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra é a letra C, a exceção vem com os crimes omissivos.

Q203 - A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave
quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever
militar, supõe licito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se
escusáveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se do erro de direito (seria o de proibição no CP). Correta.

Q204 - É considerado crime contra autoridade ou disciplina militar:

a) o desacato a superior.
b) o ingresso clandestino.
c) a conspiração.
d) o excesso de exação.
e) a desobediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADEOU DISCIPLINA MILITAR
CAPÍTULO I
Conspiração
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime
previsto no artigo 149:
Pena - reclusão, de três a cinco anos.

Q205 - O Código Penal Militar estabelece critérios para que um ilícito seja
crime militar em tempo de paz, conforme previsão legal do Artigo 9o do
referido Codex. Considerando as regras previstas, ocorrerá o crime militar
quando praticado por militar em serviço ou atuando em razão da função, em
comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar
sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou
civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados:

c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza


militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil. Correta.

Q206 - De acordo com o Código Penal Militar, não se admite expressamente


a prática desse ilícito na forma culposa:

a) Descumprimento de missão.
b) Omissão de providências para evitar danos.
c) Omissão de providências para salvar comandados
d) Omissão de socorro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão interessante! A única dentre as opções que não tem previsão de forma
culposa é a Omissão de socorro. Gab: D.

Q207 - Os crimes impropriamente militares são aqueles crimes tipificados


como militares por força de lei, em razão de determinadas circunstâncias.
Esse tipo de crime também encontra previsão na legislação penal comum,
como o homicídio, a lesão corporal, o peculato, a concussão, entre outros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Definição e exemplificação perfeita. Correta.

Q208 - Segundo a doutrina predominante, deserção e abandono de posto são


crimes propriamente militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exige-se a condição pessoal de ser militar nos referidos crimes. Correta.

Q209 - Sobre o Código Penal Militar, se um civil invade com o seu carro um
quartel militar sem autorização, ele comete crime previsto no Código Penal
Comum e não, no Código Penal Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso em tela, comete crime de ingresso clandestino previsto no Código Penal
Militar. Errada.

Q210 - De acordo com o Código Penal Militar, se dois soldados em atividade


estão com suas armas no treinamento e um acaba disparando a arma e
matando o outro, sendo considerado homicídio culposo, nesse caso se trata
de crime militar, porque foi praticado entre militares da ativa, mesmo que o
crime de homicídio culposo esteja igualmente definido tanto no Código Penal
quanto no Código Penal Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Considera-se crime militar, já que foi praticado entre militares da ativa,
conforme previsto no art 9º CPM:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma
situação ou assemelhado;
Homicídio culposo no CPM:
Art. 206. Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a quatro anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q211 - Sobre a aplicação da Lei Penal Militar, analise os itens a seguir:

I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda


que outro seja o do resultado.

II. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a


atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de
participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

III. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar onde


deveria realizar-se a ação omitida.

IV. No cômputo dos prazos, exclui-se o dia do começo e inclui-se o último


dia.

Está CORRETO o que se afirma em


a) I e IV, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A única que não corresponde a uma previsão expressa do CPM é a IV, pois, por se
tratar de matéria penal, ainda que militar, inclui-se o dia do começo e exclui-se o
último no computo. Gab: C.
Q212 - No Código Penal Militar, extingue-se a punibilidade, EXCETO

a) pela anistia ou indulto.


b) pela decadência.
c) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como crimino.
d) pela reabilitação.
e) pelo ressarcimento do dano no peculato culposo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPM:
Art. 123. Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição;
V - pela reabilitação;
VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).

Veja que não aparece decadência ou perempção.


Gab: B

Q213 - Sobre o crime de violência contra superior previsto no Código Penal


Militar: ―Praticar violência contra superior‖, analise as afirmativas a seguir:

I. O crime se qualifica se o superior é comandante da unidade a que pertence o


agente.
II. A consumação do crime exige a ocorrência de lesão corporal.
III. Para configurar o tipo penal, o crime deve ser praticado em serviço.
IV. Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada.

Está CORRETO o que se afirma em

a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I. Correto: Art. 157. Praticar violência contra superior...
Formas qualificadas: § 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o
agente, ou oficial general.
II. A consumação do crime não exige a ocorrência lesão corporal, mas se resultar em
lesão corporal: art 157 § 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da
pena da violência, a do crime contra a pessoa.
III. Para configurar o tipo penal não é necessário que o crime seja praticado em
serviço, mas se for temos aumento de pena: Art 157§ 5º A pena é aumentada da
sexta parte, se o crime ocorre em serviço.
IV. Correto: art 157 § 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada
de um terço.
Gab: A.
Q214 - ―Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou
comissão, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio‖ constitui o seguinte
crime previsto no Código Penal Militar:

a) Peculato-furto.
b) Desvio.
c) Corrupção passiva.
d) Corrupção ativa.
e) Peculato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A diferença do peculato para o peculato furto:
No peculato o agente encontra-se em posse do objeto alvo, já o peculato furto o
agente não detém tal posse, mas coloca-se em situação de facilitação para a
subtração do objeto. Gabarito: E.

Q215 - De acordo com o Código Penal Militar, no tocante ao Título "Dos


Crimes Contra o Patrimônio", assinale a opção que apresenta o tipo penal
que admite a modalidade culposa.

a) Furto de uso.
b) Roubo simples.
c) Chantagem.
d) Dano simples.
e) Dano em material ou aparelhamento de guerra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como já vimos, é prevista a forma culposa no dano, mas não no dano simples.
Gabarito: D

Q216 - O tráfico e a posse de entorpecentes, por militar estadual, dentro de


Unidade Militar Estadual, embora haja previsão em legislação especial penal
comum, pode se constituir em crime militar impróprio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q217 - Mediante a análise comparativa dos conceitos doutrinários, infere-se


que a definição clássica romana de crime militar próprio continua sendo o
fato praticado pelo militar, infringindo deveres militares resultantes de sua
função ou profissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existe muita divergência na doutrina sobre a classificação dos crimes militares. Para
sua prova leve como regra a classificação tricotômica abaixo:

Propriamente Militar: Cometido por militar. Ex: Deserção, abandono de posto...


Impropriamente Militar: Está no CPM e no CP. Ex: Homicídio, Lesão corporal...
Tipicamente Militar: Está regulado unicamente pelo CPM, mas aplica-se
exclusivamente ao Civil. Ex: Insubmissão.
Embora a questão pergunte sobre a doutrina clássica, ela se aplica perfeitamente a
classificação mais aceita em concursos públicos. Questão correta.

Q218 - O crime de homicídio culposo contra civil, praticado por militar


estadual em serviço, será considerado crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se for culposo é crime militar, se for doloso é crime comum (Juri). Correta.

Q219 - O crime de homicídio doloso contra militar estadual, praticado por


militar estadual em serviço, será considerado crime comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É crime militar, porque somente quando a vítima é civil é que o crime é de
competência do Tribunal do Júri. Errada.

Q220 - O crime de homicídio culposo contra militar estadual, praticado por


militar estadual em seu período de folga, descanso ou repouso, será
considerado crime comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É crime militar, porque praticado por militar contra militar, independe de descanso,
repouso , folga, férias...

Q221 - Reputam-se cabeças os agentes que na pratica de qualquer crime


cometido por subordinados provocam, instigam ou excitam a ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53. 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças
os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. Errada.

Q222 - O CPM prevê a pena de impedimento, aplicável apenas ao crime de


insubmissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no
recinto da unidade, sem prejuízo da instrução militar.

Q223 - O Código Penal Militar prevê o tipo penal de furto de uso que não
possui previsão no CP comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O furto de uso no CP foi adotado pela jurisprudência.

Q224 - O Código Penal Militar tem o Princípio da Insignificância positivado


em seu texto, previsto para crimes como furto, roubo e peculato, ao
contrário do Código Penal comum onde a aplicação de tal princípio se dá de
forma supralegal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há insignificância para crime com violência à pessoa. Errada.
Q225 - O tratamento dispensado ao concurso de pessoas no CPM é idêntico
ao dado pelo Código Penal comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No CPM há a figura do "Cabeça":

Art. 53: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a êste
cominadas. (MAIS GRAVOSO)
§4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os
que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação.
§5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são êstes
considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial.

No CP, no entanto, há a colaboração dolosamente distinta, que ocorre quando


um dos agentes quis participar de crime menos grave, sem saber que seu parceiro
praticaria outro mais grave, respondendo apenas naquele
Art. 29: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (MENOS GRAVOSO)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
sido previsível o resultado mais grave. Errada.

Q226 - Segundo positivado no Código Penal Militar, a lesão corporal


levíssima pode ser considerada infração disciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É sabido que o CPM não regula as infrações disciplinares, mas elas existem! E a
questão está correta. Art. 209, §6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode
considerar a infração como disciplinar. Certa.

Q227 - Assinale a alternativa correta. Segundo o artigo 157 do código penal


militar, quem praticar violência contra superior terá imposta a pena de:
a) Reclusão, de três meses a dois anos.
b) Detenção, de três meses a dois anos.
c) Reclusão, de três meses a um ano.
d) Detenção, de três meses a um ano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão absurda cobrar o tempo de pena, trouxe aqui apenas pela dica, quando
precisar usar do método de eliminação: Eliminar a alternativa A e C, pois Reclusão o
minimo é 1 ano. Gab: C

Q228 - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz os Crimes


Previstos no Código Militar, embora também o sejam com igual definição na
lei penal comum, quando praticados_____________________. Assinale a
alternativa que completa corretamente a lacuna.

a) Por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na


mesma situação ou assemelhado.
b) Por militar em situação de inatividade ou assemelhado, em lugar sujeito a
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil.
c) Por militar em folga ou atuando em razão da função, em comissão de
natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito a
administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil.
d) Por civil durante o período de manobras ou exercício, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: A.

Q229 - É considerado crime contra a Administração Militar

a) Motim, art. 149 do CPM.


b) Insubmissão, art. 183 do CPM.
c) Exercício de comércio por oficial, art. 204 do CPM.
d) Desobediência, art. 301 do CPM.
e) Autoacusação falsa, art. 345 do CPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Simples de se resolver, use a correspondente ao CP comum (Crimes contra a
administração pública.

a) motim: crime contra a autoridade ou disciplina militar.


b) insubmissão: crime contra o serviço militar ou dever militar.
c) exercício de comércio por oficial: crime contra o serviço militar ou dever militar.
d) desobediência: crime contra a administração militar.
e) autoacusação falsa: crime contra a administração da justiça militar.

Gabarito: D.

Q230 - Um crime contra a vida de um civil praticado por policial militar de


serviço, dentro de uma Base de Policiamento da Polícia Militar, é uma
conduta classificada como Crime Militar, porém será de competência da
justiça comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão não mencionou se foi doloso ou culposo. Foi uma pegadinha! O
correto seria dizer (destacando os pontos importantes):

Um crime doloso contra a vida de um civil praticado por policial militar de serviço,
dentro de uma Base de Policiamento da Polícia Militar, é uma conduta classificada
como Crime Militar, porém será de competência da justiça comum. Se o crime for
culposo será crime militar de competência da justiça limitar. Errada.

Q231 - O defeito do ato de incorporação exclui a aplicação da lei penal


militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar,
salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. Errada.

Q232 - O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e


prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal
militar, apenas quando pratica crime militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:.
O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou
contra ele é praticado crime militar. Errada.

Q233 - Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças


armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto
em tratados ou convenções internacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tem-se aqui a disposição literal do CPM. Correta.

Q234 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a


militar, é cumprida em penitenciária militar e, na falta dessa, em
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao
regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e
concessões, também, poderá gozar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fundamental aqui é você guardar o tempo de pena. DOIS ANOS.

Q235 - A perda de posto e patente é uma ―Pena Acessória‖ prevista no


Código Penal Militar e resulta da condenação a pena privativa de liberdade
por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q236 - Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar


condenado, qualquer que seja a pena, pelos crimes de:

a) traição, espionagem ou recusa de obediência.


b) traição, recusa de obediência ou covardia.
c) recusa de obediência, espionagem ou covardia.
d) oposição à ordem de sentinela, traição e espionagem.
e) traição, espionagem ou covardia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Indignidade para o oficialato
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar
condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia
(covardia), ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244,
245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.

- Art. 161 – Desrespeito símbolo nacional;


- Art. 235 – Pederastia ou Outro Ato de Libidinagem;
- Art. 240 – Furto;
- Art. 242 – Roubo;
- Art. 243 – Extorsão;
- Art. 244 – Extorsão Mediante Sequestro;
- Art. 245 – Chantagem;
- Art. 251 – Estelionato;
- Art. 252 – Abuso de Pessoa;
- Art. 303 – Peculato;
- Art. 304 – Peculato Mediante Aproveitamento do Erro de Outrem;
- Art. 311 – Falsificação de Documento;
- Art. 312 – Falsidade Ideológica.

Gabarito: E

Q237 - Marque a alternativa CORRETA. Um Cabo da Polícia Militar, que na


presença de 03 (três) civis, no interior do Quartel, joga o livro contendo sua
escala de serviço em cima da mesa onde se encontrava sentado o Oficial, que
elaborara a referida escala, por não estar satisfeito com o seu empenho
mensal, à luz do Código Penal Militar, comete:

a) Conduta atípica.
b) Desacato a superior.
c) Desrespeito.
d) Recusa de obediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A conduta é atípica apenas por ter sido realizada na presença de civis, caso estivesse
presente outro militar seria Desrespeito. Gabarito: A

Q238 - O Código Penal Militar estabelece o crime de praticar violência contra


superior. Sobre o tema, marque a alternativa INCORRETA.

a) Se o crime é praticado em unidade militar, será qualificado.


b) Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço.
c) Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do
crime contra a pessoa.
d) Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial
general, o crime será qualificado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A única opção que não coaduna com o disposto no CPM é a letra A. Esse crime é um
dos mais comuns em ser cobrado em prova, a leitura e compreensão da literalidade é
fundamental. Gab: A.

Q239 - Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via pública


quando se deparou com pessoa que parecia portar drogas. Ao aproximar-se
para efetuar busca pessoal, o abordado correu para evitar a prisão, momento
em que o soldado efetuou disparos com a arma de fogo da corporação para
impedir a fuga, com isso provocando a morte do civil.

Com base na situação descrita e considerando que o Código Penal Militar


prevê que a conduta de matar alguém corresponde ao crime de homicídio
simples, assinale a alternativa correta.

a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será julgado pela Justiça Militar
do Distrito Federal.
b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime militar, o julgamento será
realizado perante a Justiça Militar.
c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu em exercício
regular de direito.
d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de civil, a conduta do soldado
não caracteriza crime militar, razão pela qual o julgamento ocorrerá na Justiça
Comum.
e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu no estrito
cumprimento do dever legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Memorize:
Crime doloso contra a vida – Militar x Militar = Crime Militar – Justiça Comum (Juri)
Crime doloso contra a vida – Militar x Civil = Crime Comum – Justiça Comum

De toda maneira, essa questão deveria ser anulada, o dolo do agente era impedir a
fulga, entretanto, a funiversa entendeu tratar-se de crime doloso contra a vida,
paciência, podemos utilizá-la para fixar os estudos.

Gabarito: D

Q240 – Acerca dos crimes militares em tempo de paz, assinale a alternativa


correta.

a) A prática de ato de violência contra superior hierárquico é crime militar, enquanto


praticar violência contra inferior consiste apenas em falta disciplinar.
b) Os policiais militares que recebem pagamento de comerciante para concentrarem a
sua patrulha na região do estabelecimento comercial dele não praticam corrupção
passiva, pois o mencionado crime só ocorre quando o recebimento de vantagem
indevida tiver como finalidade a prática de ato ilícito.
c) O policial militar que, ao atender ocorrência de trânsito, se apropria de arma que
recolhera do interior de um dos veículos envolvidos na ocorrência não pratica
peculato.
d) Embriagar-se o militar, quando em serviço, caracteriza crime militar, mas
apresentar-se embriagado para prestá-lo caracteriza apenas infração disciplinar.
e) O militar que se ausentar, sem licença, da unidade em que serve, pelo período de
cinco dias, não pratica crime de deserção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A deserção se consuma com oito dias de ausência. Gabarito: E

Q241 - A participação de somenos importância é causa de diminuição da


pena de um sexto a um terço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa regra é perfeita para aplicação do CP, mas para o CPM, embora haja a previsão,
o legislador não definiu um quórum. Errada.

Q242 - O agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga ou


promessa de recompensa, não tem a sua pena agravada no âmbito do Direito
Penal Militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Hipótese de majorante genérica (Art. 70). Errada.

Q243 - O soldado da polícia militar não é culpado se comete crime em estrita


obediência à ordem direta de superior hierárquico em matéria de serviços,
ainda que manifestamente criminosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos a uma breve revisão:

Obediência hierárquica (excludente de culpabilidade)


Art. 38, b, 2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente
criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o
inferior.

Atenuação de pena
Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b , se era possível resistir à coação, ou se
a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoàvelmente
exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições pessoais
do réu, pode atenuar a pena.

Q244 - Extingue-se a punibilidade, segundo o Código Penal Militar,

a) pela morte do ofendido.


b) pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo.
c) pelo perdão aceito, nos crimes de ação pública.
d) pela decadência, nos crimes de ação pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: B

Q245 - Segundo o Código Penal Militar, tem-se o seguinte:

a) a perda de posto e patente e a indignidade para o oficialato são penas acessórias.


b) o arrependimento posterior é causa obrigatória de redução da pena.
c) não há previsão de medidas de segurança patrimoniais.
d) a ação penal militar será condicionada à representação ou requisição da vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: A

Q246 - É considerada pena acessória:

a) a inclusão nas forças armadas


b) a reversão dos direitos políticos
c) a indignidade para o oficialato
d) a perda da função pública, exceto a eletiva

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: C.
A – Exclusão das forças armadas.
B – Suspensão dos Direitos Políticos.
D – Ainda que eletiva.

Q247 - Consideram-se crimes militares em tempo de paz os praticados por


militar

a) durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou


reformado, ou assemelhado ou civil.
b) em lugar onde não haja administração militar, contra militar em situação diferente,
na mesma situação ou assemelhado.
c) em situação de atividade ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração
civil, ou a ordem administrativa militar.
d) em situação de atividade, atuando em razão da função, ainda que fora do lugar
sujeito à administração militar, contra militar da reserva ou civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9º, d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil. Gabarito: A

Q248 - Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são


estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função
de oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53 § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são
êstes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial.
Correta.

Q249 - A pena pode ser atenuada em relação ao agente que executa o crime,
ou nele participa, se o crime for cometido mediante paga ou promessa de
recompensa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A pena será majorada. Errada.

Q250 - A existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa; e


considera-se causa a ação ou omissão, sem a qual o resultado teria ocorrido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sem a qual o resultado NÃO teria ocorrido. Errada.

Q251 - A pena de morte pela prática de crime militar é considerada pena


principal, mas só poderá ser aplicada em caso de guerra declarada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, e é aplicada por fuzilamento.

Q252 - A sentença definitiva de condenação à morte somente será


comunicada ao presidente da República quando ela for imposta em zona de
operações de guerra, pois ele poderá conceder indulto ou comutar a pena.
Nos demais casos, como a pena é executada imediatamente, não há utilidade
na notificação do presidente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Funiversa invertou a regra. Errada.

Q253 - Segundo o Código Penal Militar, em relação ao tempo do crime foi


adotada a teoria

a) do resultado
b) da ubiquidade
c) da atividade
d) mista

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tempo = Atividade. GAB: C.

Q254 - No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Código Penal
Militar, tem-se que

a) o militar da reserva ou reformado, mesmo não empregado na administração


militar, equipara-se ao militar em situação de atividade.
b) o Código Penal Militar trabalha apenas com o conceito de superior hierárquico,
para fins de aplicação da lei militar.
c) é considerado superior toda autoridade que exerce função de direção.
d) os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas,
ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou
convenções internacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: D

Q255 - A pena mínima de reclusão é de um ano, e a máxima é de trinta anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pode cair na sua prova: Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o
máximo de trinta anos; o mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo
de dez anos. Correta.

Q256 - No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta


só extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e
cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q257 - As causas de extinção da punibilidade, previstas na parte geral do


Código Penal Militar, são taxativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Além do rol do Art. 123, existem outras duas possibilidades:
- Art. 255, P único, CPM;
- Art. 346, § 2, CPM;
Gabarito: Errada.

Q258 - Para o fim da aplicação da lei penal militar, nos termos do artigo 9.º
do Código Penal Militar, a expressão ―militar em situação de atividade‖
refere-se a

a) militar atuando em razão da função.


b) militar em serviço.
c) militar da ativa.
d) militar da reserva.
e) militar reformado.

Gabarito: Letra C.

Q259 - Dos crimes a seguir relacionados, marque a alternativa CORRETA que


descreve os crimes existentes somente no Código Penal Militar:

a) reunião ilícita, desobediência, desacato, motim e deserção.


b) reunião ilícita, recusa de obediência, insubmissão e estupro de vulnerável.
c) reunião ilícita, recusa de obediência, rigor excessivo e atentado violento ao pudor.
d) atentado violento ao pudor, violência contra inferior, furto de uso e supressão de
documento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: C

Q260 - Como o Código Penal Militar proíbe a crítica indevida de ato de


superior ou de assunto atinente à disciplina militar, impede a liberdade de
expressão e livre manifestação do pensamento dos militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se pode dizer que impede a liberdade de expressão, ela apenas a regula em
favor da disciplina militar. Errada.

Q261 - Um grupo de militares federais, todos da ativa, desarmados,


resolveram paralisar os serviços administrativos de uma determinada
Unidade, praticando desobediência contra ordem de superiores. O mentor
dessa empreitada criminosa, conforme ficou comprovado nos autos da
investigação policial militar, foi um Cabo. Do grupo, ainda faziam parte 01
(um) Tenente, 06 (seis) Subtenentes e 05 (cinco) Sargentos. Considerando a
dosimetria da pena que os juízes de direito militares devem observar em
relação à participação de cada militar na conduta infracional, certo é que a
maior pena seria aplicada ao Tenente, por ser considerado cabeça no crime
de motim, que é de autoria coletiva necessária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como pode ser visto, nos crimes de concurso necessário, ―cabeça‖ é quem lidera,
dirige ou provoca a prática delitiva. A questão, maliciosamente, deixa claro que
mentor da atividade criminosa foi o Cabo, porém, o §5º estabelece que quando o
crime for cometido por inferiores e um ou mais oficiais, SÃO ESTES CONSIDERADOS
CABEÇAS. Logo, tendo em vista que o crime envolveu um oficial (Tenente), em que
pese o mesmo não ter sido o incentivador da conduta criminosa, este deverá ser
considerado como o ―cabeça‖. Necessariamente o oficial (tenente) é o cabeça, mesmo
não sendo autor intelectual do fato, caso não houvesse a figura do tenente mas um
subtenente (praça) exercesse a função de oficial este seria considerado cabeça.
Lembrando que a figura do cabeça só existe nos crimes de autoria coletiva
necessária. Correta.

Q262 - Em relação às penas principais previstas no Código Penal Militar,


marque a alternativa CORRETA.

a) O mínimo da pena de reclusão é de 02 (dois) anos, e o máximo de 30


(trinta) anos.
b) A pena de morte é aplicada por fuzilamento em zonas de guerra e por
enforcamento em tempo de paz.
c) O condenado militar a que sobrevier doença mental permanecerá
recolhido em penitenciária militar.
d) A pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos, aplicada a militar,
é cumprida em penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento
prisional civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: D

Q263 - Marque a alternativa CORRETA. De acordo com o Código Penal Militar,


extingue-se a punibilidade do autor do fato pela:

a) anistia, graça ou indulto.


b) reabilitação e pela transação.
c) morte do agente e pela prescrição.
d) retroatividade de lei mais benéfica e pelo ressarcimento do dano no crime de
peculato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: C. Lembrando que o rol não é exaustivo.

Q264 - Na condescendência criminosa, o autor do delito retarda ou deixa de


praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estamos diante de uma prevaricação. Por outro lado, vejamos como o CPM
regula a Condescendência Criminosa:

Condescendência criminosa
Art. 322. Deixar de responsabilizar subordinado que comete infração no
exercício do cargo, ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:
Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis meses; se por
negligência, detenção até três meses. Errada.

Q265 - São crimes propriamente militares, previstos no Código Penal Militar


Motim, desacato a superior, desacato, deserção, abandono de posto.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único delito que, embora previsto no COM, não é propriamente militar é o desacato.
Errada.

Q266 - Dentre os crimes militares, temos o crime de motim, previsto no art.


149 do Código Penal Militar. Sobre este tipo delituoso podemos afirmar,
EXCETO.

a) É um crime propriamente militar, previsto apenas no Código Penal Militar, que


tem, dentre outras características, a reunião de militares em ação contra a ordem
recebida de superior, ou negando-a cumpri-la.
b) É um crime propriamente militar, previsto apenas no Código Penal Militar, que
tem, dentre outras características, a recusa conjunta de obediência, ou em resistência
ou violência, em comum, contra superior.
c) É um crime propriamente militar, previsto apenas no Código Penal Militar,
praticado contra a autoridade e a disciplina militar.
d) É um crime propriamente militar, previsto apenas no Código Penal Militar, que
tem, dentre outras características, a reunião de militares em ação contra a ordem
recebida de superior, ou negando-a cumpri-la, praticado contra a administração
militar.
e) É um crime propriamente militar previsto apenas no Código Penal Militar, que tem,
dentre outras características, a reunião de militares em ação contra a ordem recebida
de superior, ou negando-a cumpri-la, praticado contra a autoridade e disciplina
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão difícil, mas lendo atenção, é possível verificar na letra D o erro, não se trata
de crime contra a administração militar. Letra D.

Q267 – A deserção é um crime propriamente militar, se tratando de delito


formal, por se constituir pelo simples decurso do prazo, que é de oito dias de
ausência do militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em
que deva permanecer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é a primeira vez que banca de concurso afirma que a deserção se consuma com
oito dias ou dizer mesmo, oitavo dia, isso não é verdade!! É necessário que seja MAIS
DE oito dias. As demais informações estão corretas. Errada.

Q268 - Na mesma pena pelo crime de deserção, incorre o militar que


consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou
simulando incapacidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q269 - ―Num final de semana, um Coronel da Ativa Y viaja de férias para


Poços de Caldas/MG e encontra o Tenente da Reserva PMMG X, que fora seu
subordinado e desafeto. Inesperadamente, o Tenente X agride o Coronel Y
na saída do hotel em que estavam hospedados.‖
Assinale a alternativa CORRETA:
a) A atitude do Tenente X configura crime militar, mas por se tratar de oficial da
reserva o autor, o processo tramitará na Justiça Comum.
b) A atitude do Tenente X configura crime militar, por se tratar de crime de militar
para militar e o processo tramitará na Justiça Militar
c) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas o processo tramitará na
Justiça Militar por se tratar de crime de militar para militar.
d) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas sim crime comum, e o
processo tramitará na Justiça Comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso em questão sabemos que o militar da reserva pratica crime impróprio, ou
seja, ele se classifica como cidadão, pois somente o militar da ativa, em exercicio
pode cometer crime próprio

Mas o que diferencia o crime militar do crime comum?

Para configure crime militar os crimes praticados por militar da reserva, ou


reformado, ou por civil, contra militar exige-se dois requisitos

- Que o militar esteja em situação de serviço


- Que o fato ocorra em local da administração militar

Como o Coronel não se encontrava em nenhuma das situações, portanto, a


alternativa correta é letra D, trata-se de crime impróprio e será processado na justiça
comum. Letra D.

Q270 - Compete à justiça comum processar e julgar crime praticado por


militar contra militar quando ambos estiverem em momento de folga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é informativo 655 do STF, que poderia, inclusive, responder a questão anterior.
Certa.

Q271 - Pode-se afirmar que caracteriza o crime de motim, reunirem-se


militares ou assemelhados:

a) agindo em conjunto ou separadamente, em favor da ordem recebida de superior e


negando a cumpri-la de imediato.
b) assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em
comum, contra superior.
c) ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica, aeronave, viatura militar ou qualquer
local para a prática de violência militar ou concertarem-se com armamento ou
material bélico, a fim da prática de violência.
d) com o intuito de patrocinar a clandestinagem de informações a países
estrangeiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou
praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou
violência, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou
dependência de qualquer dêles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura
militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para
ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em
detrimento da ordem ou da disciplina militar: Pena - reclusão, de quatro a oito anos,
com aumento de um têrço para os cabeças. Gabarito: B

Q272 - Bombeiros, Militares do Estado, armados, reúnem-se e invadem


instalações militares do Corpo de Bombeiros, pleiteando aumento salarial
por meio da prática de violência, em desobediência a ordem superior. Tal
conduta caracterizará os crimes de revolta e recusa de obediência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se unicamente de crime de revolta, pois recursa-se a obediência já é elemento
normativo do tipo. Errada.

Q273 - Os crimes dolosos contra a vida, na esfera penal militar, quando


qualificados, são considerados como crime hediondo, nos termos da Lei
Federal n.º 8.072/1990.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há qualquer relação do fato do crime ser doloso contra a vida e qualificado ele
ser hediondo. Lembre-se que não apenas o homicídio é crime doloso contra a vida.
Errada.

Q274 - Para que o militar em situação de atividade pratique um crime


militar, é necessário que se encontre em serviço, atuando em razão da
função, ou esteja em lugar sujeito à administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ERRADA. Existem mais situações que ser caracterizará o crime militar, vejamos:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
II -- os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma
situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva,
ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a
administração militar, ou a ordem administrativa militar.

Q275 - Na hipótese de crimes com igual definição na lei penal comum, deve
ser aplicado o Código Penal comum.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
II -- os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados... Errada.

Q276 - Para que o militar da reserva ou reformado pratique um crime militar,


é necessário que se encontre em lugar sujeito à administração militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro está na palavra ―necessário‖, pois existem outras hipóteses:

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:


II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na
lei penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma
situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva,
ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a
administração militar, ou a ordem administrativa militar. Errada.

Q277 - São considerados crimes militares os crimes previstos na parte


especial do Código Penal Militar, quando definidos de modo diverso na lei
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo
disposição especial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Literalidade. Correta.

Q278 - Caracteriza o crime de incitamento a conduta de incitar à indisciplina


militar ainda que esta não se caracterize como crime militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar
sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado,
fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos
no artigo. Correta

Q279 - Para a caracterização do crime militar de violência contra superior,


não é necessário que o autor conheça a qualidade de superior hierárquico
daquele contra quem é praticada a violência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada, é NECESSÁRIO que o inferior conheça dessa qualidade.

Q280 - Para a caracterização do crime de desrespeito a superior, não é


necessário que o ato seja praticado diante de outro militar diverso do
superior hierárquico desrespeitado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que é elemento normativo do tipo que seja diante de outro militar. Errada.

Q281 - No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta


só extinguirá a punibilidade quando o desertor atingir a idade de quarenta e
cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. Essa regra aplica-se apenas aos
desertores foragidos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É óbvio que tal regra dirige-se àqueles desertores que estão foragidos – os
trânsfugas. Correta.
Q282 - NÃO se considera crime militar, em tempo de paz, o crime praticado:

a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar namesma


situação ou assemelhado.
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da reserva
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função contra civil
d) por militar em situação de atividade contra o patrimônio sob a administração ou a
ordem administrativa militar.
e) por militar em território nacional ou estrangeiro, militarmente ocupado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra é traz hipótese de crime militar em tempo de guerra. Gabarito: E.

Q283 - O militar que, em razão da função, exerce autoridade sobre outro de


posto ou graduação superior, é considerado comandante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Olha olha hein!!! É considerado SUPERIOR e não comandante. Errada.

Q284 - O militar da reserva ou reformado não se equipara ao militar em


situação de atividade para o efeito de aplicação da lei penal militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Só se equiparam aqueles que trabalham na administração militar. Certa.

Q285 – Oficial PMDF 2010


As leis excepcionais e temporárias, mesmo depois de revogadas, continuam
sendo aplicadas aos fatos praticados durante sua vigência, o que não se
contrapõe às regras constitucionais que norteiam o direito penal militar, a
exemplo da irretroatividade da lei penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.
Q286 – Oficial PMDF 2010
O CPM adotou para o local e o tempo do crime, entre outras correntes
teóricas, a teoria da ubiquidade, que considera como local e tempo do crime
tanto aqueles em que foi desenvolvida a ação ou omissão, como aqueles nos
quais foi produzido o resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos crimes omissivos, adota-se a teoria da atividade. Errada.

Q287 – Oficial PMDF 2010


Ao contrário da lei penal comum, o CPM em vigor considera imputável o
maior de 16 anos, a exemplo de alunos de colégios ou outros
estabelecimentos de ensino sob direção e disciplina militares. Diante da
prática de um ilícito penal militar, esses alunos ficam sujeitos às sanções
penais e disciplinares previstas no CPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada.

Q288 - Oficial PMDF 2010 - Em eventual conflito aparente de normas, tanto o


CPM quanto a lei ordinária que estabeleça tipos penais militares devem
prevalecer sobre a legislação comum, em decorrência do princípio da
especialidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q289 – Oficial PMDF 2010 - Se três indivíduos, todos imputáveis, buscando


um resultado comum, praticarem crime de concurso eventual, cada um dos
concorrentes deverá responder por um delito próprio, com elemento
subjetivo próprio e produção de resultado próprio. Nesse caso, configura-se
a pluralidade de agentes e de crimes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aplica-se a teoria MONISTA ou unitária de participação. Errada.

Q290 – Oficial PMDF 2010 - A ação penal militar, no caso de o MP não


oferecer a denúncia no prazo legal, poderá ser intentada mediante queixa do
particular ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q291 – Oficial PMDF 2010 - No que se refere aos prazos prescricionais, o


CPM estabeleceu, para cada crime, os limites temporais da prescrição
punitiva tendo como referência principal o máximo da pena prevista em
abstrato, com lastro na expectativa de apenamento máximo para toda e
qualquer hipótese infracional nele tipificada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É importante saber essa regra, pois ela pode vir a ser cobrada, tanto em questões de
Direito Penal, quanto em Direito Penal Militar. Funciona assim, basicamente:

O crime ―X‖ tem pena abstrata de 2 a 6 anos de reclusão, a prescrição nesse caso
regula-se pelo máximo em abstrato da pena cominada, ou seja, 6 anos. Lembrando
que essa é a regra, o que responde a questão. Correta.

Q292 – Oficial PMDF 2010 - Um militar, em dias determinados, alegando


imperativo de consciência decorrente de crença religiosa, se recusou a
obedecer ordem emanada de superior hierárquico que determinava o serviço
de limpeza das dependências do quartel. Nessa situação, a recusa do militar
caracterizou crime de insubordinação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime de Recusa de Obediência (capítulo da INSUBORDINAÇÃO), trata-se da forma
singular do crime de motim, ou seja, recusar a obedecer a ordem de superior, relativo
a assunto ou materia de serviço. Limpeza das dependências do quartel, em nenhum
momento pode ser considerado assunto ou matéria de serviço. Errada.

Q293 – Oficial PMDF 2010 - A distinção entre a conduta de desrespeito e o


desacato ao superior consiste em que, na primeira situação, o subordinado
falta com o respeito e a consideração devida ao superior — o que se resolve
apenas no âmbito disciplinar, sem tipicidade penal —, ao passo que, na
situação de desacato prevista como crime militar, o agente ofende
moralmente o superior, com o livre propósito de diminuir a sua autoridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ambos são crimes previstos. Errada.

Q294 – Oficial PMDF 2010 - Mesmo sendo crimes propriamente militares, a


revolta e o motim podem ter um civil como coautor, visto que a descrição
típica dos delitos exige, para a sua configuração, a participação de dois ou
mais agentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ocorrência do crime exige AO MESMO DOIS MILITARES OU ASSEMALHADOS.
Errada.

Q295 – Oficial PMDF 2010 - A insubmissão é o único crime militar cujo


agente do delito é exclusivamente o civil, sendo que tal qualidade integra o
tipo penal. Todavia, a incorporação do insubmisso é condição objetiva de
procedibilidade da ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão mais que perfeita! Trata-se de um crime TIPICAMENTE militar que alcança o
Civil, mas é condição de procedibilidade da ação penal a sua incorporação, do
contrário, não será possível a instauração do processo penal militar. Correta.

Q296 – Soldado PMDF - Se um soldado da PMDF, dentro do batalhão a que


pertence, pratica, habitualmente, apontamentos do jogo do bicho, nesse
caso, a conduta do soldado encontra tipicidade na parte especial do Código
Penal Militar, caracterizando delito propriamente militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Contravenções penais só estão definidas na Leis de Contravenções Penais, assim, o
militar que faz apontamentos do jogo do bicho dentro do quartel, não será crime
militar. Errada.

Q297 – Soldado PMDF - Os crimes militares, em tempo de paz, somente


podem ter como sujeito ativo um militar, não compreendendo, em tais
situações, o civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada. Os impropriamente militares não exigem que sejam militares.

Q298 – Soldado PMDF - Considere que um oficial da PMDF, utilizando-se de


arma de fogo da corporação e em serviço de guarda na guarita de entrada do
batalhão, tenha efetuado um disparo contra um desafeto, civil, que
transitava em frente ao quartel, ceifando-lhe a vida. Nessa situação, mesmo
que praticado em lugar sujeito à administração militar e com arma da
corporação, exclui-se a competência da justiça militar para o processo e o
julgamento da conduta, visto que o delito é doloso contra a vida e cometido
contra civil.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q299 – Soldado PMDF - Considere que um funcionário civil, designado para


prestar serviço em local de administração disciplinar e submetido a preceito
militar, tenha empurrado, propositalmente, seu chefe imediato, um oficial
militar, arrancado com violência sua cobertura e rasgado seu fardamento,
sem, no entanto, ocasionar-lhe lesão de qualquer natureza. Nessa situação, a
violência contra o chefe, um oficial, caracteriza violência contra superior,
crime propriamente militar, respondendo o seu autor como se militar fosse.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Devemos observar que não há relação de hierarquia, e, se não há essa relação,
impossível dizer que houve violência contra superior.
O CPM estatui ser superior aquele que dentro da mesma função exerce autoridade
sobre outro de igual posto ou graduação (art. 23). Errada.

Q300 – Soldado PMDF - Considere que um policial militar, no exercício de


suas funções e com emprego de violência, tenha submetido um cidadão civil,
o qual se encontrava sob a sua guarda em destacamento militar, a intenso
sofrimento físico, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal, provocando-lhe
lesões corporais graves que evoluíram para o óbito. Nessa situação,
considerando que o policial se encontrava em serviço, que o fato ocorreu em
área de administração militar e que a custódia do cidadão era de
responsabilidade militar, o policial responde por crime militar, ficando
excluída a aplicação da Lei de Tortura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Princípio da Especialidade (Lei extravagante).
Complemento:
Não serão CM em tempo de paz
· Abuso de autoridade ( STJ )
· Disparo de arma de fogo (STJ )
· Tortura (STF)
· Atentado contra a segurança do transp. Aéreo (STJ)
· Tráfico de drogas praticados por militares em lugares não sujeitos a adm militar
(STJ)
· Posse ou porte de arma de fogo (STJ)
· Aborto STJ

Questão errada.

Q301 – Soldado PMDF - Em regra, tratando-se de crimes militares, a ação


penal é pública incondicionada e deve ser promovida por denúncia do
Ministério Público Militar, todavia, tratando-se de crime militar contra a
honra de oficial superior, a ação penal, em qualquer hipótese, passa a exigir
requerimento do ofendido, sendo de natureza privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que a regra é ação penal pública incondicionada, e que no caso de ação
pública condicionada (exceção), estra se procedimento mediante requisição do
Ministro da Justiça ou do Comando (ação penal pública condicionada à requisição
Ministerial). Já Ação Penal Privada Exclusiva ela não existe, somente existe a privada
subsidiária, que mantém a titularidade do MP. Gabarido: Errada.

Q302 – A perda de posto e patente e de condecorações decorre da


condenação do militar à pena privativa de liberdade com tempo de
cumprimento superior a quatro anos, o que resulta, também, na declaração
de indignidade para o oficialato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 99, CPM, a perda de posto e patente resulta da condenação a pena
privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das
condecorações.
Já a indignidade para o oficialato está prevista no art. 100, CPM: "Fica sujeito à
declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a
pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos
nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312". Errada

DPPM – DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

Q1 – Sobre o Inquérito Policial Militar – IPM, é correto afirmar que o posto


do indiciado induz a competência para instauração do procedimento, mas
não a delegação de instrução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão diz que o posto do indiciado influencia apenas a instauração do
procedimento, mas não a delegação da instrução. Isso não é verdade, pois o
delegado (chamado pelo CPPM de encarregado) também precisa ocupar posto
superior ao do indiciado, nos termos do art. 7°, §§1° e 2°. Além disso, lembre-se de
que o art. 15 determina que o encarregado deve ocupar, sempre que possível, posto
não inferior ao de capitão. Errada.
Q2 – Quanto ao IPM, em regra, o Poder de Polícia Judiciária Militar é
exercido pelos Oficiais e eventualmente pode ser delegado às praças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na realidade, o art. 7°, §1° é bem claro no sentido de que a delegação só pode ser
feita em favor de oficiais da ativa. Adicionalmente, o art. 15 determina que o
encarregado deve ocupar, preferencialmente, posto não inferior ao de capitão.
Errada.

Q3 - Ainda que a delegação para a instrução do IPM não tenha ocorrido, os


Oficiais responsáveis pelo Comando quando da incidência de crime militar
devem proceder de ofício as providências preliminares de investigação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As providências preliminares da instrução são aquelas previstas no art. 12, e estão
relacionadas à preservação do local do crime, apreensão de objetos, colheita de
provas e prisão do infrator. Esses procedimentos devem ser adotados pelo oficial
responsável por comando, direção ou chefia, mesmo que a delegação ainda não
tenha sido formalizada. Correta.

Q4 - A solução do Inquérito é providência essencial para que a autoridade


instauradora possa prolatar o Relatório do IPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão menciona a solução do inquérito, que é de responsabilidade da
autoridade que delegou as atribuições investigativas. O relatório, por outro
lado, é preparado pelo encarregado. A questão inverte essas atribuições.

Solução do IPM = Responsabilidade da autoridade que o instaurou.


Prolação do Relatório do IPM = Do Delegado (ou melhor, encarregado). Errada.
Q5 - O magistrado da justiça militar da União, com lastro no CPPM, poderá
requerer diretamente à autoridade policial judiciária militar a instauração de
inquérito policial militar, em analogia à requisição prevista no CPP.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alínea D do art. 10 menciona a possibilidade de instauração de IPM em virtude de
decisão do STM, mas essa hipótese não é mais aplicável, pois a Constituição de 1988
conferiu independência ao Ministério Público, e hoje não há mais como o Poder
Judiciário determinar, por si só, investigações, ou dar início à persecução penal sem a
atuação do MPM. GABARITO: E

No CPP, por outro lado, é possível a instauração a requisição do juiz nos crimes de
ação penal pública incondicionada. Vejamos:

Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Lembrando que quando o CPP menciona simplesmente ―Ação Pública‖ é o mesmo de


dizer ―Ação Pública Incondicionada‖. Questão errada.

Q6 - O inquérito policial militar (IPM) caracteriza-se por exigir sigilo


absoluto, previsto de forma expressa no CPPM, de modo que, veda-se ao
advogado e ao investigado o acesso aos autos do procedimento
investigatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos na nossa aula que o IPM, em regra, é sigiloso, mas que esta regra comporta
exceções, a exemplo dos pedidos de vista do advogado do indiciado, nos termos do
art. 16. Lembre, porém, que o advogado somente poderá ter acesso às informações
acerca das ações investigativas já realizadas. Não faria sentido, por exemplo, o
advogadoser informado de que o encarregado do IPM solicitou ao Poder Judiciário a
concessão de mandado de busca e apreensão. Lembre-se também de que o assunto é
tratado pela Súmula Vinculante n° 14. Errada.

Q7 - Um oficial-general da ativa, do último posto e mais antigo da


corporação, praticou crime definido como militar, gerando dúvidas sobre
quem presidirá o inquérito policial militar para a completa apuração dos
fatos, em face da inexistência de outro oficial da ativa de maior antiguidade.
Nessa situação, deve ser convocado oficial-general da reserva do último
posto, pois prevalece a relação de antiguidade entre militares no serviço
ativo e na inatividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra do art. 7°, §5° determina exatamente o trazido pela assertiva. Todavia, hoje
o dispositivo não é mais aplicável, pois o Estatuto dos Militares determina que não há
hierarquia entre militares da ativa e da reserva de mesmo posto. Por outro lado, o
art. 10, §4° determina que, caso o infrator seja oficial general, o fato deve ser
comunicado ao ministro e ao chefe de estado-maior competentes. Hoje seria o caso
de comunicar o Ministro da Defesa e o comandante da respectiva força. GABARITO: E

Q8 - O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, em tese,


criminoso e de sua autoria, não tendo, no entanto, valor jurídico os exames e
as perícias realizados que não forem repetidos em juízo, durante o processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 9° determina que o IPM é a apuração sumária de fato que configure crime
militar e de sua autoria. Em regra, os atos praticados em sede de IPM são repetidos
na fase penal, a exemplo da oitiva de testemunhas. Todavia, o parágrafo único
determina que alguns atos devem ser considerados como efetivamente instrutórios da
ação penal: os exames, perícias e avaliações realizadas por peritos idôneos e com
obediência às formalidades do CPPM. GABARITO: E
Q9 – As medidas preliminares previstas para o IPM são taxativas e devem
ser todas cumpridas, em qualquer caso e circunstância, na sua integralidade,
sob pena de ofensa ao princípio constitucional do devido processo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O caput do art. 12 tem sua redação concluída com a expressão ―se possível‖, pois em
algumas ocasiões não será possível que o oficial investido em função de comando
adote as providências previstas. GABARITO: E

Q10 – Na tramitação de IPM, assegura a norma de regência, de forma


peculiar e garantidora, o direito do investigado de ser ouvido apenas na
presença do advogado por ele próprio indicado ou de ser assistido por
defensor público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja bem, não há dispositivo no CPPM que assegure esse direito ao indiciado, em que
pesem as posições jurisprudenciais no sentido de que a assistência de advogado na
oitiva é um direito do indiciado, assegurado pela Constituição.
GABARITO: E

Q11 – No sistema processual castrense, não há previsão para o juiz


requisitar a instauração de IPM, entendendo a doutrina e a jurisprudência
ser vedado ao juiz requisitar ou ordenar a instauração de procedimento
investigativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CPPM traz no art. 10, alínea D, a possibilidade de instauração do IPM por força de
decisão do STM, mas não há previsão de instauração por ordem de juiz. Mesmo essa
possibilidade, entretanto, é entendida pela Doutrina e Jurisprudência como
inaplicável, como vimos na aula de hoje. GABARITO: C

Q12 – O CPPM e o procedimento investigativo pré-processual comum tratam


do arquivamento de IPM de forma distinta, uma vez que o CPPM prescreve
hipóteses taxativas de arquivamento e disciplina expressamente as
possibilidades de arquivamento implícito e de ofício de autoridade judiciária
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A redação dessa questão ficou bem confusa. Ela dá a entender que há uma norma
além do CPPM que trata do inquérito policial militar, e isso não é verdade. Errada.

Q13 – No âmbito do IPM, em face da especialidade do sistema investigativo


castrense, é assegurada a possibilidade de se manter incomunicável o
investigado, por ato devidamente fundamentado do encarregado do IPM,
pelo prazo máximo de três dias. Essa possibilidade vem sendo corroborada
pela jurisprudência pátria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Constituição de 1988 proibiu expressamente a incomunicabilidade do preso, nos
termos do art. 136, §3°, IV. O art. 17 do CPPM, portanto, não foi recepcionado.
GABARITO: E

Q14 - Nos crimes militares, a ação penal é, em regra, pública, condicionada


ou incondicionada e promovida pelo Ministério Público Militar;
excepcionalmente, é privada, promovida pelo ofendido, quando a lei assim
dispuser.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ação penal nos crimes militares é sempre pública.
Para alguns crimes, porém, ela é condicionada à requisição do Comando Militar do
acusado ou do Ministério da Justiça, caso o acusado seja civil. O caso excepcional em
que é possível a ação privada não é previsto em lei, pois a única situação em que isso
é possível é diante da desídia do membro do MPM, caso em que a própria
Constituição assegura à vítima do crime o direito de utilizar-se da ação penal privada
subsidiária da pública. GABARITO: E

Q15 - Considere que, diante


de crime impropriamente militar, cuja ação é pública e incondicionada, o
Ministério Público, mesmo dispondo de todos os elementos necessários à
propositura da ação, tenha deixado, por inércia, de oferecer a denúncia no
prazo legal. Nessa situação, não obstante se tratar de delito previsto em
legislação especial castrense, o ofendido ou quem o represente legalmente
encontra-se legitimado para intentar ação penal de iniciativa privada
subsidiária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ação penal privada subsidiária da pública é assegurada pela própria Constituição, e
por isso a falta de previsão na legislação penal militar não pode impedir o ofendido de
exercer esse direito. GABARITO: C

Q16 - Associação Nacional de Sargentos do Exército (ANSAREX), em nome


próprio e na defesa estatutária de seus associados, ofertou representação ao
Ministério Público Militar (MPM) em face da conduta de um oficial que era
comandante de batalhão de infantaria motorizada, superior hierárquico de
20 sargentos desse batalhão, todos associados à ANSAREX, uma vez que ele,
diuturnamente, tratava seus subordinados com rigor excessivo; punira
alguns militares com rigor não permitido por lei; ordenara que dois militares
em prisão disciplinar ficassem sem alimentação por um dia; e ofendia os
subordinados, constantemente, com palavras. Decorridos dois meses da
representação, sem que tivesse havido manifestação do MPM, a associação
promoveu ação penal privada subsidiária da pública perante a Justiça Militar
da União, pedindo conhecimento da demanda e, ao final, a total procedência
dos pedidos, com consequente aplicação da pena correspondente pelos
delitos, além da anulação das sanções disciplinares injustamente aplicadas,
com a respectiva baixa nos assentamentos funcionais. Considerando essa
situação, é correto afirmar que é da Justiça Militar da União a competência
para julgar ações judiciais contra atos disciplinares militares e que, mesmo
sem previsão no CPM e CPPM, se admite a ação penal privada subsidiária da
pública no processo penal militar, bem como seu exercício pela pessoa
jurídica, no interesse dos associados, com legitimação concorrente nos
crimes contra a honra de servidor militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O STF não reconhece legitimação ativa a entidades civis e sindicais para, em sede de
substituição processual ou em representação de seus associados, ajuizarem ação
penal privada subsidiária da pública.
Além disso, a Justiça Militar da União apenas é competente para julgar os crimes
militares definidos em lei, nos termos do art. 124 da Constituição.
É interessante que você lembre, entretanto, que o §4º do art. 125 da Constituição
autoriza a Justiça Militar dos estados a julgar ações judiciais contra atos disciplinares
militares. GABARITO: E

Q17 – A ação penal privada subsidiária poderá ser intentada, ainda que não
prevista no sistema processual castrense, desde que preenchidas as
condições de admissibilidade, entre elas a inércia do titular da persecução
penal em juízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perceba que o Cespe gosta muito deste tema, não é mesmo? Fique esperto! O Direito
Processual Penal Militar admite a ação penal privada subsidiária da pública, pois o
direito de ajuizá-la é do ofendido, e é assegurado pela Constituição Federal. Certa.

Q18 - Dispõe o Código de Processo Penal Militar no Capítulo da Ação Penal a


possibilidade de ação privada subsidiária da pública em caso de desídia do
Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma! Questão errada.

Q19 – A propositura de ações penais, no âmbito do processo penal militar,


deve lastrear-se em IPM, cuja investigação deve encontrar-se encerrada, por
força de imperativo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 77, que trata dos requisitos formais da denúncia, não faz qualquer menção à
necessidade de que tenha havido IPM. A Constituição confere independência ao
Ministério Público para, inclusive, investigar a ocorrência de crimes de forma
autônoma. GABARITO: E

Q20 - Qualquer pessoa pode provocar a iniciativa do Ministério Público


Militar de investigar a ocorrência de crime militar. É indispensável, todavia,
que seja indicado não só o fato, mas também o seu autor, acompanhados dos
elementos de convicção.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Qualquer pessoa pode apresentar notitia criminis diretamente ao Ministério Público,
pois este goza de poderes próprios de investigação, e não depende da instauração de
IPM. Da notitia criminis, entretanto, precisa constar não só a notícia da ocorrência do
fato, mas também a indicação de sua autoria e dos elementos de convicção, nos
termos do art. 33. Certa.

Q21 - No processo penal militar, a acusação cabe ao Ministério Público


Militar, que a exerce por intermédio dos procuradores e promotores de
justiça militar, sendo-lhe vedado desistir da ação penal e pedir absolvição do
acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É correto dizer que a acusação no Processo Penal Militar cabe ao MPM, que a exerce
por meio dos promotores e procuradores da justiça militar. É certo também que, uma
vez oferecida a denúncia, não cabe ao MPM desistir da ação, mas nada impede que,
em suas alegações finais, o membro do MPM pugne pela absolvição do réu.
GABARITO: E

Q22 - A denúncia no processo penal militar difere da denúncia no processo


penal comum, primordialmente, por exigir que o Ministério Público explicite
as razões de convicção ou presunção de delinquência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dos requisitos do art. 77 é de que a denúncia contenha as razões de convicção ou
presunção da delinquência. O CPP que, em seu art. 41 trata dos requisitos da
denúncia, não menciona este especificamente. GABARITO: C

Q23 - A relação processual penal militar é iniciada e torna-se efetiva com o


recebimento da denúncia por parte do órgão julgador. Sua extinção ocorre
apenas com o trânsito em julgado da sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 35 do CPPM traz como marco inicial da relação processual o recebimento da
denúncia, e como marco final a irrecorribilidade da sentença definitiva. Entretanto, a
relação processual somente se efetiva com a citação do acusado. GABARITO: E
Q24 - O rol de testemunhas é um dos requisitos da denúncia. Se não estiver
presente, portanto, a denúncia deve ser rejeitada, ainda que não haja
necessidade da produção de prova testemunhal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O rol de testemunhas é um dos requisitos da denúncia, mas o parágrafo único do art.
77 autoriza sua dispensa quando o MPM dispuser de prova documental suficiente.
GABARITO: E

Q25 - Caso falte algum dos requisitos da denúncia, deve o magistrado, antes
de rejeitá-la, remeter o processo ao órgão do Ministério Público para que
sane as impropriedades no prazo de 3 dias.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A denúncia não pode ser rejeitada de plano pelo Poder Judiciário. O §1º do art. 78 do
CPPM determina que o juiz deve conceder ao MPM a oportunidade de completar os
requisitos faltantes. GABARITO: C

Q26 - O prazo legal para oferecimento da denúncia no Processo Penal Militar


é, quando o acusado estiver preso, de 5 dias contados do recebimento dos
autos do Inquérito Policial Militar. Caso o acusado esteja solto, este prazo
será de 15 dias, sendo possível sua prorrogação, excepcionalmente, por no
máximo o dobro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está quase correta, exceto pela possibilidade de prorrogação do prazo,
possível apenas quando o acusado está solto. Esta prorrogação pode ser
realizada ao dobro ou ao triplo do prazo inicial. GABARITO: E

Q27 - As partes, os funcionários e os serventuários da justiça militar são


auxiliares do juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 42 do CPPM determina que os funcionários e serventuários (hoje chamados de
servidores) da Justiça Militar são, nos processos em que atuam, auxiliares do juiz. A
Doutrina adiciona a esse rol também os peritos e intérpretes. As partes, entretanto,
não são auxiliares. GABARITO: E

Q28 - No processo penal militar, o termo juiz denomina somente o juiz


togado e não, os militares, os quais são chamados membros do conselho de
justiça, como os jurados nos processos do tribunal do júri.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta para nossa questão está no art. 36, §1° do CPPM. O termo ―juiz‖ abrange
quaisquer autoridades judiciárias, sejam órgãos singulares ou colegiados, no exercício
das respectivas competências atributivas ou processuais. O termo, portanto, pode ser
aplicado tanto ao juiz togado (Juiz-Auditor) quando aos juízes militares, componentes
do Conselho de Justiça. Errada.
GABARITO: E

Q29 – Assinale a alternativa correta:

a) O Código de Processo Penal Militar utiliza a denominação "juiz" apenas para


autoridades judiciárias colegiadas, dentro e fora do exercício das respectivas
competências atributivas ou processuais.
b) A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o
juiz ou, de propósito, der motivo para criá-la.
c) O oficial de justiça providenciará para que estejam em ordem e em dia as peças e
termos dos processos.
d) As diligências serão feitas durante o dia ou à noite, em período que medeie entre
as seis e as vinte e duas horas e sempre na presença de duas testemunhas.
e) O escrivão realizará as diligências que lhe atribuir a lei de organização judiciária
militar e as que lhe forem ordenadas por despacho do juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A erra ao relacionar o termo ―juiz‖ apenas aos órgãos julgadores
colegiados. Para fins de interpretação do CPPM, juiz é qualquer autoridade judiciária,
seja singular ou colegiada, no exercício das respectivas competências atributivas ou
processuais.
A alternativa B é a nossa resposta correta. Ela faz menção à suspeição
provocada, que não pode ser arguida, nos termos do art. 41 do CPPM.
As alternativas C e E invertem as funções do escrivão e do oficial de justiça.
A alternativa D tenta enganar você trocando o horário para a realização das
diligências, que é das 6h às 18h, e não das 6h às 22h.
Guarde:
Realização de diligências CPPM: 6h às 18h
Inquirição de testemunhas CPPM (regra): 7h às 18h
Atos processuais CPC (regra): 6h às 20h
GABARITO: B

Q30 - Se o juiz tiver atuado como testemunha no processo, estará impedido


de exercer a jurisdição. Entretanto, se a esposa do magistrado foi ouvida na
mesma condição, não haverá impedimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A função de testemunha no processo somente é causa de impedimento se a
atribuição tiver sido exercida pelo próprio juiz. Nada obsta que o magistrado atue em
processo no qual serviu como testemunha seu cônjuge ou parente. GABARITO: C

Q31 - Luiz é Juiz-Auditor da Justiça Militar da União, e tem um neto chamado


Abranavílson. Este, por sua vez, está movendo ação cível de indenização por
perdas e danos contra Ibraim, militar da ativa. Caso Ibraim seja
formalmente acusado de crime militar, é correto dizer que Luiz deve
declarar-se suspeito e afastar-se do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é uma das hipóteses de suspeição, prevista na alínea D do art. 38. O parentesco
entre avô e neto é de segundo grau.

É fundamental a leitura dos artigos 37 e 38 do CPPM, pois são várias as hipóteses de


suspeição e impedimento, mas fica a dica pra não confundir o grau de parentesco em
caso nas exceções. (vale para o CPPM, CPC, CPP e Processo Civil):

SuSpeição = 2 S (pra lembrar de ―segundo‖) = Segundo grau.


ImpedimenTo = T = tente associar com a letra T de Terceiro grau ou se lembrar que
não tem os dois ―S‖ e não pode ser Segundo grau. Questão Certa.
Q32 - Os peritos e intérpretes serão nomeados livremente pelo juiz, sem
intervenção das partes, preferencialmente entre oficiais da ativa,
independentemente da especialidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é uma questão bem possível de aparecer na sua prova, hein!? Os peritos são
nomeados livremente pelo juiz, sem intervenção das partes, e o encargo deve recair
preferencialmente sobre oficiais da ativa. O erro da assertiva está em dizer que os
oficiais podem ser nomeados independentemente de especialidade. Isso não faz o
menor sentido, não é mesmo? Imagine que é necessário fazer uma tradução e o juiz
nomeie um oficial da ativa que não conheça a língua estrangeira... GABARITO: E

Q33 - É possível que o juiz aplique penalidade de multa ao perito ou


intérprete, caso um destes auxiliares se recuse a atuar no processo sem
apresentar justificativa relevante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta possibilidade está descrita no art. 50 do CPPM. A penalidade de multa pode ser
aplicada também ao perito ou intérprete que deixa de acudir ao chamado da
autoridade, não comparece no dia e local designado para o exame, não apresenta o
laudo, ou concorre para que a perícia não seja realizada nos prazos estabelecidos.
GABARITO: C

Q34 - O ato praticado por juiz em condição de impedimento é anulável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os atos praticados por juiz impedido serão considerados inexistentes, nos temos do
parágrafo único do art. 37 do CPPM. GABARITO: E

Q35 – Assinale a alternativa correta.

a) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
b) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça comum
encaminhará os autos do inquérito policial à justiça militar.
c) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Autoridade de Polícia
Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
d) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a justiça militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
e) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a Autoridade de Polícia
Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra acerca do crime doloso contra a vida praticado contra civil é de que a Justiça
Militar encaminhe os autos do inquérito policial militar para a Justiça comum, pois
esta é competente para julgar este tipo de crime, mesmo quando praticado por
militar.
Art. 82 § 2° Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. GABARITO: A

Q36 - A competência, de modo geral, é determinada pelo local da infração.


Contudo, em crimes em que haja mais de um local de consumação, a
competência é exercida pela sede do lugar de exercício funcional do policial
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está correta quando diz que a competência é determinada, em regra, pelo
local da infração. A atribuição de competência em razão do local de serviço do militar,
entretanto, não ocorre quando o crime se consuma em mais de um local, mas sim
quando o lugar da infração não pode ser determinado, nos termos do art. 96. Errada.

Q37 - Na ocorrência de continência ou conexão, o princípio da unidade do


processo é regra, exceto quando há cumulação de competências da Justiça
Comum e Justiça Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correta, as competências da JC e JM não se mistura, devendo ser apartadas.
Correta.

Q38 – Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso


contra a vida, praticado por militar do Exército Brasileiro contra civil,
estando aquele em atividade inerente às funções institucionais das Forças
Armadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a
vida, praticado por militar do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele
em atividade inerente às funções institucionais das Forças Armadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O gabarito oficial desta questão é CERTO. Parece um absurdo, não é mesmo? Mas é
interessante que você saiba que até 2011 havia controvérsia sobre a
constitucionalidade das alterações introduzidas no CPPM pela Lei n° 9.299/1996. Em
2011 o STM se julgou incompetente para conhecer de um crime praticado por militar
contra a vida de civil, e a controvérsia foi solucionada. Por esta razão, estou dando o
gabarito da questão como ERRADA, ok? GABARITO: E.

Q39 - Falece competência à justiça militar da união para processar e julgar


civis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é bem batida, não é mesmo? A Justiça Militar da União julga tanto civis quanto
militares que praticarem crimes militares, definidos em lei. Já a Justiça Militar dos
Estados não tem competência para julgar civis. GABARITO: E
Q40 - Um processo foi instaurado perante a Circunscrição Judiciária Militar
de Curitiba, contra várias pessoas, entre elas um coronel da Aeronáutica da
ativa. Diante da impossibilidade de compor o conselho especial, devido à
inexistência de oficiais em número suficiente, foi concedido pelo STM o
desaforamento do processo para circunscrição judiciária militar de outro
estado. Todavia, no decorrer da instrução, o coronel foi excluído do processo
por força de habeas corpus e outro corréu excepcionou a competência da
circunscrição judiciária, sob o argumento de haver cessado o motivo do
Desaforamento. Nessa situação, continua competente o juízo que recebeu o
processo desaforado, mesmo que a exclusão de um dos acusados possibilite
a
composição do conselho de justiça no juízo militar de origem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos que o posicionamento da Doutrina e do Cespe é no sentido de que, uma vez
concedido o desaforamento, não é possível haver a devolução do processo, mesmo
que a razão do desaforamento deixe de existir. GABARITO: C

Q41 - Com relação à competência, a conexão e a continência impõem a


unidade de processo, salvo no concurso entre a jurisdição militar e a comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se que para o Cespe uma assertiva incompleta não está necessariamente
errada. O art. 102 do CPPM traz duas hipóteses de separação obrigatória dos
processos em que há conexão ou continência: concurso entre a jurisdição militar e a
comum; e concurso entre a jurisdição militar e o Juízo de Menores. Apesar de a
assertiva não mencionar a hipótese do Juízo de Menores, deve ser marcada como
correta. GABARITO: C

Q42 - Considere a situação hipotética em que um grupo de 20 militares


integrantes das forças armadas brasileiras, em missão junto às forças de paz
da ONU, no Haiti, em concurso de pessoas com diversos outros militares
pertencentes às forças armadas da Itália e da França, tenha cometido
diversos crimes militares no Haiti. Nessa situação, a competência para
conhecer, processar e julgar os militares brasileiros pelas infrações penais
militares é da Justiça Militar da União, cujo exercício jurisdicional é o da
auditoria da capital da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Direito Penal Militar adota a territorialidade e a extraterritorialidade. Dessa forma,
mesmo os crimes praticados no exterior são de competência da Justiça Militar. Neste
caso, o art. 91 do CPPM determina que a Auditoria competente será uma das
localizadas em Brasília. GABARITO: C

Q43 - Celso, soldado da polícia militar do estado do Espírito Santo, foi preso
em flagrante delito pelos crimes de peculato e falsidade de documento
público, praticados contra a administração militar. Oferecida denúncia
perante a auditoria militar do estado, Celso será processado e julgado. Caso
os crimes
descritos fossem praticados contra civil, estando o agente no exercício da
função policial, a competência para processar e julgar seria do Conselho
Permanente de Justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos e revimos na aula de hoje que os crimes dolosos contra a vida praticados
contra civil são de competência da Justiça comum, ainda que praticados por militar.
Acontece que os crimes mencionados não são dolosos contra a vida, e por isso a
competência é da Justiça Militar, e em que pese a justiça militar não ter competência
para julgar Civil, nada impede sua presença no processo como ofendido. GABARITO:
C

Q44 – A competência para a apuração de crime militar será determinada, em


regra, pelo local da infração e, no caso de tentativa de crime, pelo local de
residência ou domicílio do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão nos exige o conhecimento do art. 88, segundo o qual competência será, de
regra, determinada pelo lugar da infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que
for praticado o último ato de execução. GABARITO: E

Q45 – Situação hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade


sediada em Porto Alegre praticou crime militar na Argentina, durante
exercício militar. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o CPPM, o crime
deverá ser processado na Auditoria da capital federal, sediada em Brasília –
DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 91 do CPPM, os crimes militares cometidos fora do território nacional
serão, em regra, processados em Auditoria da capital federal. GABARITO: C

Q46 - Considere que, em processo no qual se apura delito de insubmissão, o


réu tenha alegado não possuir idade para o serviço militar, pois seu registro
de nascimento é ideologicamente falso. Nessa situação, a questão prejudicial
arguida deverá ser decidida no próprio processo, porquanto está ligada ao
mérito da causa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão prejudicial aqui é a falsidade ideológica da certidão de nascimento.
Podemos concluir, portanto, que a questão diz respeito ao estado civil da pessoa, e
por isso, entendendo que a alegação é séria e fundada em lei, o juiz colherá as
provas inadiáveis e suspenderá o andamento do processo para aguardar a decisão do
juízo cível. GABARITO: E

Q47 - Dentre as exceções opostas, a solução da exceção de incompetência do


juízo deve preceder às demais.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A arguição de suspeição ou impedimento precederá a qualquer outra, salvo
quando fundada em motivo superveniente, nos termos do art. 129 do CPPM.
GABARITO: E

Q48 - Aceitando a arguição de sua suspeição, o juiz autuará em separado o


requerimento e, havendo recurso da parte contrária, remeterá os autos ao
STM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 132 do CPPM, uma vez tendo reconhecido a suspeição ou
impedimento, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos autos o
requerimento do recusante com os documentos que o instruam e, por despacho, se
declarará suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto. GABARITO: E

Q49 – A exceção de suspeição ou impedimento do promotor será decidida em


última instância pelo Procurador-Geral de Justiça Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não faz sentido o próprio MPM decidir se o Promotor é suspeito ou impedido, não é
mesmo? O MPM não é órgão decisório! Essa decisão cabe ao próprio juiz, sem
possibilidade de recurso, nos termos do art. 138 do CPPM. GABARITO: E

Q50 – A exceção de incompetência poderá ser oposta oralmente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 143 do CPPM determina que a exceção de incompetência pode ser oposta
verbalmente ou por escrito, logo após a qualificação do acusado. Correta.

Q51 - Incidente de insanidade mental poderá ter por base exame de


insanidade mental determinado na fase do inquérito pelo seu Encarregado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É verdade! A perícia pode ser determinada pelo juiz ou pelo encarregado do IPM, nos
termos do art. 156, §2º do CPPM. GABARITO: C

Q52 - Durante a realização do exame de insanidade mental, o processo ficará


sustado para todos os efeitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 158 do CPPM deixa bem claro que a determinação da perícia não tem o condão
de sustar a prática de diligências que possam ficar prejudicadas com o adiamento,
sustando o processo apenas no que se refere à produção de prova em que seja
necessária a presença do acusado. GABARITO: E

Q53 - Arguida a falsidade de documento, o juiz determinará seu


desentranhamento dos autos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não faz sentido o juiz determinar o desentranhamento apenas porque a falsidade do
documento foi arguida, não é mesmo? O desentranhamento obviamente só será
determinado depois da decisão que reconhecer a falsidade, nos termos do art. 163 do
CPPM. GABARITO: E

Q54 - Reconhecida a falsidade, o recurso inominado, se houver, subirá ao


STM
em autos apartados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A decisão que reconhece a falsidade do documento é irrecorrível, de acordo com o
art. 163, ―d‖, do CPPM. GABARITO: E

Q55 - Na esfera do direito processual penal militar, acolhida a arguição de


coisa julgada, deverá o magistrado recorrer de ofício para o Superior
Tribunal Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que haja o recurso de ofício ao STM é necessária a conjugação de dois fatores: a
exceção deve ter sido oposta pelo acusado, e a decisão do juiz deve ser no sentido de
acolhê-la. Aí então haverá recurso de ofício, ou remessa necessária, nos termos do
art. 154, parágrafo único, do CPPM. GABARITO: E

Q56 - Em se tratando de exceções interpostas no curso do processo penal


militar, é CORRETO inferir que:

a) a exceção de coisa julgada não atinge o fato, sendo limitada às pessoas envolvidas
na demanda.
b) a decretação do incidente de sanidade mental sustará o processo durante seu
processamento, bem como o IPM, se ocorrida na fase inquisitorial, e a juntada do
laudo determinará seu recomeço imediato, do ponto em que parou.
c) a incompetência deve ser alegada pela parte, ainda quando o juiz a conheça, pois é
possível sua prorrogação, para que não haja prejuízo à instrução processual.
d) o Juiz sobre o qual foi alegada a suspeição, não a aceitando, de ofício reterá a
exceção junto aos autos, em procedi- mento apartado, visando análise em recurso
pela instância superior, caso ele seja suscitado pela parte condenada ou pelo
Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A nossa resposta é a alternativa A, que invoca a regra do art. 155 do CPPM, segundo
a qual a coisa julgada opera somente emrelação às partes, não alcançando quem não
foi parte no processo. A alternativa B está incorreta porque o incidente de insanidade
mental não é suficiente para suspender o processo. Na realidade a decretação da
perícia suspende o andamento do feito, mas apenas em relação à produção de prova
em que seja indispensável a presença do acusado (art. 158). A alternativa C está
incorreta porque quando o juiz reconhece sua incompetência ele deve declarar essa
condição nos autos e remetê-los ao juízo competente, não sendo necessário que a
incompetência seja arguida pela parte (art. 147). A alternativa D está incorreta
porque, quando o juiz não reconhece a suspeição ou incompetência, continua
julgando o feito. Acontece que nesse caso cabe recurso em autos apartados ao STM,
TJM ou TJ, a depender do caso (art. 145). GABARITO: A

Q57 - A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho
de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante
representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em
qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos de prova do
fato delituoso; indícios suficientes de autoria. Além destes requisitos, a
prisão
preventiva, de acordo com o artigo 255 do Código de Processo Penal Militar,
deverá fundar-se, dentre outros, em um dos seguintes casos, exceto:

a) Garantia da ordem pública.


b) Segurança da aplicação da lei penal militar.
c) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado.
d) Quando necessária e imprescindível para apaziguar o clamor público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os possíveis fundamentos da prisão preventiva encontram-se no art. 255 do CPPM.
Vamos relembrar!?

Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se
em um dos seguintes casos:
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado.

Você deve ter percebido que o apaziguamento do clamor público não aparece como
fundamento da prisão preventiva, não é mesmo!? Imagine se o clamor popular fosse
suficiente para que alguém fosse preso...!
GABARITO: D

Q58 - Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese,


de ilícito penal militar. Dada a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é
CORRETO afirmar que:

a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por


ele, ouvidos o acusado, o condutor e as testemunhas que o acompanharem,
nesta ordem, sob pena de nulidade.
b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à
administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela
autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão.
c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que
será assinado por três pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a
apresentação do preso.
d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou
judiciária verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não
participação da pessoa conduzida, revogará a prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A está incorreta porque não há necessidade de ouvir o acusado, o
condutor e as testemunhas nesta ordem. Como regra geral, no processo penal, o
acusado fala por último...
A alternativa C está incorreta porque diante da falta de testemunhas o auto de prisão
em flagrante será assinado por duas (e não três) pessoas que tenham testemunhado
a apresentação do presdo. A alternativa D está incorreta porque o ato aqui é
chamado de relaxamento da prisão, e não de revogação. GABARITO: B

Q59 - Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da


prisão
preventiva previstos no art. 255 do Código de Processo Penal Militar.

a) garantia da ordem econômica.


b) conveniência da instrução criminal.
c) periculosidade do indiciado.
d) segurança da aplicação da lei penal militar.
e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da
disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade
do indiciado ou acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO MASTER: A garantia da ordem econômica só aparece no CPP, por vez, a
periculosidade do acusado só aparece no CPPM.

Mais uma questão com foco nos fundamentos para prisão preventiva! Dessa vez o
fundamento que não aparece no art. 255 é a garantia da ordem econômica! Na
realidade o que aparece lá é a garantia da ordem pública! ☺
GABARITO: A

Q60 - Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA.

a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios suficientes


de autoria.
b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação
criminosa, de quadrilha ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão
preventiva visando à proteção do policial militar que praticou o fato amparado por
excludente de ilicitude.
c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva anteriormente
decretada, deverá o Juiz revogar a medida, bem como, se for o caso, de novo
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Entre os possíveis fundamentos para decretação da prisão preventiva não aparece
nada especificamente relacionado à Direito Processual Penal Militar a proteção do
policial militar diante da possibilidade de vingança. Por essa razão nosso erro está na
alternativa B. GABARITO: B

Q61 - Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida


preventiva e assecuratória não prevista no Código de Processo Penal Militar.

a) Menagem.
b) Prisão preventiva.
c) Prisão temporária.
d) Prisão em flagrante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Entre as medidas preventivas e assecuratórias que estudamos não se encontra a
prisão temporária. Esta figura ainda existe no Direito Processual Penal comum, mas
não no CPPM. GABARITO: C

Q62 – A menagem será concedida ao reincidente, mas a ela não terá direito o
insubmisso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O reincidente não pode ser beneficiado com a menagem, ao tempo em que a
menagem do insubmisso é obrigatória. Errada.

Q63 – Dispõe o CPPM que menagem a militar não poderá ser concedida em
navio e nem em acampamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 264 prevê expressamente a possibilidade de menagem ocorrendo em navio e
em acampamento, bem como no quartel ou em estabelecimento ou sede de órgão
militar.

Q64 – A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha
passado em julgado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assim dispõe o CPPM, guarde essa informação, ela é muito cobrada e pode cair em
sua prova. Correta.

Q65 – A concessão da menagem pelo juiz independe de ser ouvido,


previamente, o Ministério Público.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está incorreta porque o CPPM determina que o juiz deve ouvir o Ministério Público
previamente, devendo emitir parecer no prazo de 3 dias. Errada.

Q66 – A menagem concedida em residência ou cidade será levada em conta


no cumprimento da pena.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está incorreta porque o art. 268 determina claramente que a menagem
concedida em residência ou cidade não será levada em conta no cumprimento da
pena.

Q67 - A prisão em flagrante delito por crime militar está tipificada no artigo
243 e seguintes do CPM. Sobre tal instituto, é importante salientar:

a) Em regra, qualquer um do povo pode prender o militar que esteja na prática de


crime militar, exceto no que condiz ao crime de Deserção, que é propriamente militar,
situação em que apenas um militar pode prender outro militar.
b) Qualquer um do povo pode prender um militar que esteja na prática de crime
militar e o superior hierárquico deve prender seu subordinado, nessa condição. No
caso do autor do crime ser o superior hierárquico, o subordinado deve comunicar
imediatamente a autoridade superior a ambos para que as providências legais sejam
adotadas imediatamente.
c) O estado de flagrância é prorrogado, no caso de crimes propriamente militares,
que por definição sempre são permanentes.
d) O preso em flagrante delito por crime militar deverá ser apresentado perante o
Comandante ou Oficial de Dia/de Serviço para autuação, respeitando os preceitos
hierárquicos para a elaboração do feito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro da alternativa A está em tratar a deserção como um caso diferente, quando o
art. 243 do CPPM deixa claro que qualquer pessoa poderá e os militares deverão
prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito. A
alternativa B está incorreta porque, diante do flagrante delito, qualquer pessoa pode
e
qualquer militar deve efetuar a prisão, independentemente de grau hierárquico. A
alternativa C está incorreta porque, em regra, os crimes propriamente militares não
são permanentes. GABARITO: D

Q68 - Analisando o instituto da MENAGEM, é importante saber que

a) é um instituto aplicado ao policial militar que tenha mais de 20 anos de serviço e


que praticou delito sem violência, mas incompatível com a função, e que, por seus
bons antecedentes, merece ser reformado proporcionalmente ao tempo de serviço.
b) é aplicável para policiais militares que possuem bons antecedentes, para crimes
cuja pena aplicável não seja privativa de liberdade, permitindo que possam manter a
função pública, ainda que condenados judicialmente.
c) é um instituto que permite ao juiz a concessão do cumprimento da pena privativa
de liberdade que não exceda quatro anos, para acusados que tenham bons
antecedentes, no lugar de sua residência.
d) é um instituto privativo do militar da ativa que permite a permuta do tempo de
cumprimento da pena privativa de liberdade por serviço público regular, além das
atividades ordinárias da rotina do profissional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A faz uma enorme confusão ao misturar menagem com reforma. Na
realidade a menagem poderá ser concedida nos crimes cujo máximo da pena
privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção
a natureza do crime e os antecedentes do acusado. Além disso, o reincidente não
pode ser beneficiado com a menagem. A alternativa B está incorreta porque,
mais uma vez, a menagem se aplica quando o crime é punível com pena privativa de
liberdade de até quatro anos. A alternativa D está incorreta porque a menagem não
está relacionada à permuta do tempo de pena por serviço público, e sim ao
cumprimento da pena de forma alternativa ao encarceramento. GABARITO: C

Q69 - Para a concessão da menagem é necessário que o acusado tenha bons


antecedentes, que seja levado em consideração a natureza do crime e que a
pena em abstrato (em seu grau máximo) não ultrapasse:

a) 1 ano.
b) 2 anos.
c) 3 anos.
d) 4 anos.
e) 5 anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: D. Isso cai DEMAIS!

Q70 - Conforme o Código de Processo

Penal Militar, analise as assertivas abaixo, marque ‗V‘ se for verdadeira ou


‗F‘ se for falsa. A seguir, marque a alternativa que contém a sequência de
respostas CORRETA:

( ) Na audiência de instrução e julgamento de crime propriamente militar, estando


presente o Conselho de Justiça, sob a presidência do Juiz de Direito, proceder- se-á à
tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas de acusação e de
defesa, interrogando-se em seguida o acusado.
( ) No processo penal militar são admitidas todos os tipos de provas, contudo, de
forma taxativa, não são permitidas, somente, as que atentem contra a moral, a
saúde ou a segurança individual ou coletiva.
( ) A confissão é retratável e divisível, sem prejuízo do livre convencimento do juiz,
fundado no exame das provas em conjunto.
( ) A perícia pode ser determinada pela autoridade policial militar, pela autoridade
judiciária, pelo representante do Ministério Público, ou requerida pela defesa do
acusado.

a) F, V, V, V.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, V.
d) F, F, F, V.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira assertiva está incorreta porque a ordem estabelecida pelo art. 455 do
CPPM prevê o interrogatório do acusado logo após a leitura da denúncia. Lembre-se
de que há polêmica a respeito disso, mas a questão cobra expressamente as
disposições do CPPM. A segunda assertiva também está incorreta, pois, além das
provas que atentem contra a moral, a saúde e a segurança individual ou coletiva, o
art. 295 do CPPM também inadmite as provas que atentem contra a hierarquia ou a
disciplina militares. A terceira assertiva está correta, trazendo aspectos importantes
acerca da confissão. A quarta assertiva está incorreta porque a perícia pode ser
determinada pela autoridade policial militar ou pela judiciária, ou requerida por
qualquer das partes, mas não pode ser determinada pelo representante do Ministério
Público, nos termos do art. 315. GABARITO: B

Q71 – De acordo com preceito expresso do CPPM, o fato de o juiz ter sido
declarado suspeito ou impedido não anula o processo, salvo no caso de seu
voto ter sido seguido pela maioria ou no caso de absolvição do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na aula de hoje você aprendeu que, de acordo com o art. 207 do CPPM, os atos da
instrução criminal processados perante juízo incompetente, serão revalidados no juízo
competente. GABARITO: E

Q72 - Sobre as nulidades no processo penal militar, assinale a alternativa


correta.

a) A decisão que declarar a nulidade não indicará os atos a que ela se estende.
b) A nulidade de um ato, uma vez declarada, envolverá a dos atos subsequentes.
c) Os atos, cuja nulidade houver sido sanada, serão renovados ou retificados.
d) Será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração
da verdade substancial ou na decisão da causa.
e) As partes podem arguir a nulidade de atos a que tenham dado causa ou para que
tenham concorrido, desde que provada a ausência de dolo ou fraude.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A está incorreta porque a decisão que declara uma nulidade
obviamente precisa determinar a quais atos ela se estende (art. 506, §2o), por uma
questão de segurança jurídica, não é mesmo?
A alternativa B está correta. Esta é a chamada teoria dos frutos da árvore
envenenada, segundo a qual os atos que foram praticados em consequência do ato
nulo ficam por ele contaminados e, portanto, também devem ser considerados nulos
(art. 506, §1o).
A alternativa C está incorreta porque a renovação e a retificação devem atingir os
atos cuja nulidade não houver sido sanada (art. 506). Se ela houver sido sanada já
estará tudo em ordem, não é mesmo?
A alternativa D está incorreta porque esses são os casos em que não haverá
declaração de nulidade, pois os atos que poderiam ser anulados não influenciaram a
decisão e, portanto, não causaram prejuízo às partes (art. 502).
A alternativa E está incorreta porque ninguém pode arguir a nulidade à qual se
deu causa. Isso poderia gerar situações em que as pessoas praticariam um ato nulo
só ―por garantia‖, para anular uma eventual decisão desfavorável (art. 501).
GABARITO: B

Q73 - Para a declaração de nulidade de um ato judicial, é necessário que a


parte alegue prejuízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é um dos princípios básicos da disciplina das nulidades. Se não houver prejuízo,
não haverá declaração de nulidade. GABARITO: C

Q74 - CPPM contempla tanto o procedimento padrão, chamado ordinário,


quanto procedimentos especiais, como os de deserção e os de insubmissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Isso foi justamente o que estudamos na aula de hoje, não é mesmo? Além do
procedimento ordinário, o CPPM prevê procedimentos especiais, a exemplo dos
crimes de deserção e insubmissão. GABARITO: C

Q75 - O processo de rito ordinário aplica-se a todos os crimes militares,


inclusive aos de deserção, insubmissão, correição, restauração de autos e
aos de competência originária do STM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes de deserção e insubmissão, além da correição parcial, da restauração de
autos e dos processos de competência originária do STM são justamente exemplos de
procedimentos especiais, que estudamos na aula de hoje. GABARITO: E

Q76 - De acordo com o Código de Processo Penal Militar, no processo


especial de deserção há a previsão de lavratura do termo de deserção, que
tem caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer os elementos
necessários à propositura da ação penal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! A responsabilidade pela lavratura do termo de deserção é do comandante da
unidade, da autoridade correspondente, ou ainda da autoridade superior, nos termos
do art. 451. GABARITO: C
Q77 - No caso de deserção especial, prevista no art. 190 do Código Penal
Militar, deve ser lavrado termo de deserção após a decorrência do praz de
oito dias de ausência do militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra é esperar os 8 dias para que se configure a deserção, mas no caso da
deserção especial o termo deve ser lavrado imediatamente. Você lembra o que é a
deserção especial? Segundo o art. 190 do CPM, também é considerado desertor o
militar que deixa de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de
que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve. GABARITO:
E

Q78 - No caso de deserção de oficial, o desertor será agregado,


permanecendo nessa situação ao apresentar-se ou ser capturado, até
decisão transitada em julgado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Lembre-se de que essa regra se aplica apenas aos oficiais, e não às praças.
GABARITO: C

Q79 – No processo especial de deserção, havendo a parte de ausência


informado que foi verificada a ausência do militar da om desde zero hora do
dia 05 de janeiro, sexta-feira, é correto afirmar que:

a) A contagem dos dias de ausência começa no mesmo dia 5 e termina no dia 12,
estando consumada a deserção no dia 13;
b) A contagem dos dias de ausência começará no primeiro dia útil seguinte (8) e
terminará no dia 15, estando consumada a deserção no dia 16;
c) A contagem dos dias de ausência começará no primeiro dia útil seguinte (8) e
terminará no dia 15, estando consumada a deserção no dia 16;
d) A contagem dos dias de ausência começará no dia seguinte (6) e terminará no dia
13, estando consumada a deserção no dia 14.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A contagem do prazo se inicia às 0h do dia seguinte àquele em que foi verificada a
ausência, contando-se a partir daí o prazo de 8 dias. Lembre-se disso, ok!?
GABARITO: D

Q80 – Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade,


este deve ser imediatamente excluído do serviço ativo. No caso de deserção
de praça estável, deve ser ele agregado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é uma das principais diferenças no procedimento entre a deserção de praças e a
de oficiais. GABARITO: C
Q81 - No processo de deserção de oficial, o oficial desertor deve ser
agregado ao apresentar-se ou ser capturado, permanecendo nessa situação
até decisão transitada em julgado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente! Lembre-se de que a agregação significa que o militar fica excluído da
hierarquia, mas permanece fazendo parte da força. GABARITO: C

Q82 - No crime de deserção praticado por Oficial, a ação penal militar é


pública e será promovida por denúncia do Ministério Público, oferecida após
a captura ou apresentação voluntária do desertor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro está em afirmar que a denúncia só pode ser oferecida após a captura ou
apresentação do desertor. Ela pode ser oferecida e recebida pelo Juiz-Auditor antes,
mas a convocação do Conselho Especial e o julgamento dependem da presença do
desertor. GABARITO: E

Q83 – O Ministério Público poderá oferecer denúncia contra o oficial


desertor, mas o recebimento da inicial com a instauração do processo e
sorteio do Conselho Especial dependerá da apresentação ou da captura do
desertor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A banca tenta pegar você no detalhe... a denúncia pode ser oferecida e RECEBIDA
pelo Juiz-Auditor, mas a convocação do Conselho Especial somente pode ocorrer após
a apresentação ou captura do oficial desertor. GABARITO: E

Q84 - Uma vez consumado o crime de insubmissão, o comandante ou


autoridade correspondente da unidade para a qual tenha sido designado o
insubmisso deverá providenciar a lavratura do termo de insubmissão.

Este documento tem caráter de instrução provisória, destinando-se a


fornecer os elementos necessários à propositura da ação penal, além de ser
o instrumento legal que autoriza a captura do insubmisso para efeito de
incorporação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Acredito que a sua grande missão seja não confundir a deserção com a
insubmissão. Lembre-se de que o insubmisso é aquele que, tendo sido convocado a
prestar o serviço militar, não se apresenta na data devida. GABARITO: C

Q85 - O insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao


quartel por menagem e será submetido à inspeção de saúde. Se incapaz,
ficará isento do processo e da inclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quartel por menagem significa que o insubmisso não será exatamente preso, mas
não poderá sair das dependências da organização militar à qual está designado. Se
após a inspeção de saúde ele for considerado incapaz, não haverá processo de
insubmissão. GABARITO: C

Q86 - Não se exige a citação do investigado para a lavratura do termo de


deserção, mas apenas a publicação do termo em boletim ou documento
equivalente. Isso decorre da natureza inquisitorial do procedimento, cuja
finalidade é instruir eventual ação penal que venha a ser oferecida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É isso mesmo! Seria meio complicado se fosse necessário primeiro citar o desertor
para depois lavrar o termo, não é mesmo? Como o procedimento ainda está na fase
inquisitorial, não se exige o contraditório antes de o termo ser lavrado. GABARITO: C

Q87 - Sobre os processos de deserção de oficial, de praça e de crime de


insubmissão, assinale a alternativa correta.

a) Quarenta e oito quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de


ausência de um oficial, o comandante da respectiva subunidade, ou
autoridade competente, encaminhará parte de ausência ao Ministério Público
que mandará inventariar o material permanente da Fazenda Nacional,
deixado ou extraviado pelo ausente, com a assistência de duas testemunhas
idôneas.
b) Recebido o termo de deserção de oficial e demais peças, o Juiz-Auditor
mandará autuá-los e dar vista do processo por cinco dias, ao Procurador,
podendo este arquivar o processo, oferecer denúncia ou requerer outras
diligências.
c) Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, será
ela imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável, será
agregada, fazendo-se, em ambos os casos, publicação, em boletim ou
documento equivalente, do termo de deserção e remetendo-se, em seguida,
os autos à auditoria competente.
d) O insubmisso que não for julgado no prazo de quarenta e cinco dias, a
contar do dia de sua apresentação voluntária ou captura, sem que para isso
tenha dado causa, será posto em liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa A está incorreta porque o prazo previsto no art. 456 neste caso é de
24h, e não de 48. A alternativa B está incorreta porque neste caso não há hipótese de
arquivamento, devendo o procurador requerer o que for de direito, aguardando-se a
captura ou apresentação voluntária do desertor. A alternativa D está incorreta porque
esse prazo é de 60 dias, e não de 45. GABARITO: C

Q88 - Quanto a delegação do exercício de autoridade militar para a condução


de IPM - Inquérito Policial Militar, não sendo possível a designação de oficial
de posto superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial do mesmo
posto, desde que mais antigo, exceto, neste caso, se o indiciado é oficial da
reserva ou reformado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para fins do CPM e CPPM, o oficial do mesmo posto desde que mais antigo é
considerado superior. Certa.

Q89 – O exercício das funções de Polícia Judiciária Militar pode ser delegado
a oficial da ativa em caráter pemanente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A delegação será temporária e restrita a CADA IPM instaurado. Errada.

Q90 - Dentre as competências da Polícia Judiciária Militar, encontra-se a de


requerer da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e
exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, isso é importante! A Polícia Judiciária Militar pode REQUISITAR da PC e das
repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários à instrução do IPM.
Sendo obrigatório o seu atendimento. Errada.

Q91 - As Auditorias Militares não têm competência para julgar oficiais


generais, pois estes gozam de prerrogativa de foro em razão da função, e
são julgados perante o STM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São julgados pelo STM. Questão certa.

Q92 - Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de


indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, não há óbice
legal de que se dê continuidade na apuração por parte daquele.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPPM: "tomará as providências necessárias para que as suas funções sejam
delegadas a outro oficial, nos termos do § 2° do art. 7º." Errada.

Q93 - Situação hipotética: Diante de indícios do cometimento de crime por


um tenente, um capitão é designado para conduzir as investigações, mas no
curso das diligências ele conclui que também houve a participação de um
major.

Neste caso o capitão deve suspender o curso do inquérito e comunicar à autoridade


que delegou a atribuição, para que esta determine novo encarregado, de posto
superior ao do major envolvido. Nada impede, porém, que, no decorrer de IPM
conduzido pelo capitão, um major seja ouvido na qualidade de testemunha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há óbice em que superior seja inquirido como testemunha, não faça confusão.
Questão certa.

Q94 - Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar


detido, durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a
detenção à autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser
prorrogado, por mais vinte dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejamos o que diz o CPPM:
DETENÇÃO DE INDICIADO
Art. 18. Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar detido,
durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a detenção à
autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser prorrogado, por mais vinte
dias, pelo comandante da Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação
fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica.

Esta é a famosa ―prisão para averiguações‖, e permite que o indiciado fosse detido
independentemente de flagrante delito apenas para fins de investigação.

O prazo que inicialmente é de até trinta dias ainda pode ser prorrogado por mais
vinte por ato do comandante da Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea (hoje se
chama Comando Aéreo). Num primeiro momento pode parecer que este dispositivo
não
foi recepcionado pela Constituição, mas o art. 5º, LXI, determina que ―ninguém
será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar
ou crime propriamente militar, definidos em lei‖. Perceba, porém, que a prisão
para investigação somente é aplicável no caso de crimes propriamente militares.
CUIDADO, essa é muito fácil marcar como errada na prova, mas está CORRETA.

Q95 - As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que


constará da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em
período que medeie entre as seis e as dezoito horas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
INQUIRIÇÃO DURANTE O DIA
Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que
constará da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que
medeie entre as sete e as dezoito horas.

Recapitulando:
Realização de diligências CPPM: 6h às 18h
Inquirição de testemunhas CPPM (regra): 7h às 18h
Atos processuais CPC (regra): 6h às 20h.
Errada.
Q96 - As testemunhas não podem ser ouvidas por mais de 4h consecutivas.
Se for necessário mais tempo, deve ser concedido à testemunha o período de
60min de descanso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questões chatas e que não medem conhecimento, mas é necessário que você não se
atrapalhe com esse números:

As testemunhas também não podem ser ouvidas por mais de 4h consecutivas.


Se for necessário mais tempo, deve ser concedido à testemunha o período de 30min
de descanso. Se ainda assim não for possível concluir a oitiva até às 18h, o
procedimento deve continuar no dia útil seguinte. É possível também a oitiva em dia
não útil em caso de urgência. Errada.

Q97 - O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se


novas provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira
pessoa, ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
INSTAURAÇÃO DE NOVO INQUÉRITO
Art. 25. O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas
provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados
o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade. Correta.

Q98 - A denúncia apresentada pelo MPM deve conter as razões de convicção


ou presunção da delinquência. Este requisito se aplica apenas ao Processo
Penal Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos isso, veja que é uma questão que está se repetindo, essa informação é
importante. Certa.

Q99 – O prazo de conclusão do IPM é de 20 dias se o réu estiver preso, ou 40


dias se estiver solto, podendo este último ser prorrogado, por até 20 dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PRAZOS PARA TERMINAÇÃO DO INQUÉRITO
Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver preso,
contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em
que se instaurar o inquérito.

PRORROGAÇÃO DE PRAZO
§1º Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade
militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados,
ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato.

SOLTO 20 improrrogáveís
PRESO 40+20
Correta.

Q100 - A denúncia deve ser oferecida em até 5 dias, se o réu estiver preso, e
10 se estiver solto, podendo este último ser duplicado ou triplicado pelo juiz,
em hipóteses específicas na lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os examinadores adoram esse assunto e já vimos isso aqui, vejamos o CPPM:
PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
Art. 79. A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver preso, dentro do
prazo de cinco dias, contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; e,
dentro do prazo de quinze dias, se o acusado estiver solto. O auditor deverá
manifestar-se sobre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias.

PRORROGAÇÃO DE PRAZO
§1º O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser
prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver
preso.

A questão está quase certa, exceto pelo fato de que se o réu estiver solto, o prazo é
de 15 dias.

Questão errada.

Q101 - Estará impedido o juiz de atuar no feito quando tiver promovido a


notitia criminis relativa ao fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejamos o que diz o CPPM

CASOS DE SUSPEIÇÃO DO JUIZ


Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes:
a) se for amigo íntimo ou inimigo de qualquer delas;
b) se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, de um ou de outro, estiver
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja
controvérsia;
c) se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim até o segundo grau
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;
d) se ele, seu cônjuge, ou parente, a que alude a alínea anterior, sustentar demanda
contra qualquer das partes ou tiver sido procurador de qualquer delas;
e) se tiver dado parte oficial do crime;
f) se tiver aconselhado qualquer das partes;
g) se ele ou seu cônjuge for herdeiro presuntivo, donatário ou usufrutuário de bens
ou empregador de qualquer das partes;
h) se for presidente, diretor ou administrador de sociedade interessada no processo;
i) se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.

Questão errada, é caso de suspeição.

Q102 - Os Procuradores não são subordinados ao Procurador Geral da


República, pois a estes são atribuídos pela constituição a independência
funcional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora exista a independência, a subordinação é administrativa e não funcional.
Errada.

Q103 - Considerando que o CPPM não admite a ação penal privada exclusiva,
o ofendido pode, no Processo Penal Militar, propor a ação penal privada
subsidiária da pública, ou atuar, quando desejar, como auxiliar do Ministério
Público Militar quando se tratar de ação penal pública incondicionada, na
qualidade de assistente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
HABILITAÇÃO DO OFENDIDO COMO ASSISTENTE
Art. 60. O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-se a
intervir no processo como assistentes do Ministério Público. Correta.

Q104 - Poderá, o assistente de acusação, dentre outras, requerer o


arrolamento de testemunhas e impetrar recursos no processo em que
funciona.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos ao CPPM
INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE NO PROCESSO
Art. 65. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério
Público:
a) propor meios de prova;
b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador;
c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo Ministério
Público;
d) juntar documentos;
e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público;
f) participar do debate oral.

ARROLAMENTO DE TESTEMUNHAS E INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS


§1º Não poderá arrolar testemunhas, exceto requerer o depoimento das que
forem referidas, nem requerer a expedição de precatória ou rogatória, ou diligência
que retarde o curso do processo, salvo, a critério do juiz e com audiência do
Ministério Público, em se tratando de apuração de fato do qual dependa o
esclarecimento do
crime. Não poderá, igualmente, impetrar recursos, salvo de despacho que
indeferir o pedido de assistência.
Errada.

Q105 - É possível que o assistente de acusação solicite diligências quando o


estado do processo se encontrar nas alegações finais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Processo é uma ''marcha para frente'' - tornou-se precluso o direito (material).
Errada.

Q106 – QUESTÃO CPP (explico nos RESPOSTA DA QUESTÃO:)

Um importante papel do assistente de acusação é a possibilidade de interpor


recurso de algumas decisões específicas. O assistente de acusação pode
interpor apelação:

a) de sentença penal condenatória, para majorar a pena;


b) da sentença de pronúncia;
c) de sentença penal condenatória, para alterar regime de cumprimento de pena;
d) de sentença que rejeite causas extintivas da punibilidade;
e) da sentença que absolve sumariamente o réu ou de impronúncia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ao contrário do previsto na legislação processual comum, no Processo Penal Militar o
assistente de acusação não tem legitimidade para impetrar apelação substitutiva
quando o MPM não interpõe apelação em caso de absolvição. Gabarito: E.

Q107 - A Justiça Militar da União tem competência para julgar civis que
cometam crime militar, mas a Justiça Militar dos estados apenas julga
policiais militares e bombeiros militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos isso várias vezes no estudo do CPM. Questão certa.

Q108 - A Justiça Militar da União julga apenas crimes militares, mas a Justiça
Militar dos Estados julga também ações civis contra atos disciplinares
militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PRESTE ATENÇÃO!
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição.
[...]
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos
Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.
Está correta! Recapitulando:
Justiça Militar da União: Militares e Civis = CRIMES militares
Justiça Estadual: PM e BM = Crimes militares e Ações civis disciplinares.

Q109 - Os crimes dolosos contra a vida cuja vítima é civil são de competência
da Justiça comum, mesmo quando o criminoso é militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa!
Q110 - De modo geral, a competência da justiça militar é determinada pela
sede do lugar de serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão bobinha, não vá errar.

DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Art. 85. A competência do foro militar será determinada:
I – de modo geral:
a) pelo lugar da infração;
b) pela residência ou domicílio do acusado;
c) pela prevenção;
II – de modo especial, pela sede do lugar de serviço.

Q111 - Imagine que uma aeronave saia da base aérea localizada no Recife,
com destino a Porto Alegre. Ocorrido crime a bordo da aeronave, durante o
vôo, o comandante decide pousar em São Paulo. Neste caso, a Auditoria
Militar competente será a de São Paulo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Você já deve ter visto em algum noticiário sobre crimes ou confusões cometidos à
bordo de aeronave durante o voo, e o comandante da aeronave decide pousar no
aeroporto mais próximo para que seja acionada a autoridade policial para que autue
os bagunceiros. Portanto, serão processados pela Auditoria da Circunscrição em cujo
território se verificar o pouso após o crime. Correta.

Q112 - Se, iniciada a execução de um crime no território nacional e o crime


se consumar fora dele, será competente a Auditoria da Circunscrição da
Capital da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A circunscrição do último ato de execução, lembra do CPP? Praticamente as mesmas
regras. Será em BRASÍLIA somente quando o crime ocorrer completamente no
estrangeiro. Errada.

Q113 - Se não for conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á


pela residência ou domicílio do acusado
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vale a pena repetir:
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Art. 85. A competência do foro militar será determinada:
I – de modo geral:
a) pelo lugar da infração;
b) pela residência ou domicílio do acusado;
c) pela prevenção;
II – de modo especial, pela sede do lugar de serviço.

Conjugado com o Art. 93


RESIDÊNCIA OU DOMICÍLIO DO ACUSADO
Art. 93. Se não for conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela
residência ou domicílio do acusado, salvo o disposto no art. 96.

Correta.

Q114 - 26. Na hipótese de infração continuada ou permanente, praticada em


território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela

a) distribuição.
b) conexão.
c) continência.
d) prevenção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vale a pena a leitura dos Art. 94 e 95. Gabarito: D.

Q115 - Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela prática da mesma
infração penal e quando a prova de uma infração penal ou de qualquer de
suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração penal,
justifica-se a fusão dos processos pela

a) continência e conexão, respectivamente.


b) conexão e continência, respectivamente.
c) continência.
d) conexão intersubjetiva.
e) conexão instrumental

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Hipótese de continência e conexão. Breve dica do básico:
Conexão: 2 ou mais pessoas praticando dois o mais crimes.
Continência: 1 pessoa praticando dois ou mais crimes OU 2 ou mais pessoas
praticando o mesmo crime.
Gabarito: A.
Q116 - Se BRAVIUS entra num bar e, com intenção de lesionar, desfere dois
tiros de revólver na direção da perna de SERENUS, acerta um dos disparos
que produz lesão grave, mas o outro, por erro de pontaria, vem a produzir
lesão, também de natureza grave, em ASTÚRIAS, dono da bodega, o
julgamento de ambos os fatos deve ocorrer, num mesmo processo, em razão
da:

a) Conexão objetiva ou material;


b) Conexão subjetiva por simultaneidade;
c) Continência por cumulação objetiva;
d) Conexão subjetiva por concurso;
e) Continência subjetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja, uma pessoa praticando dois ou mais crimes, temos a continência, no caso,
como foi um único sujeito, não se pode dizer que é subjetiva, exclui-se a alternativa
―E‖ e sobre o nosso gabarito: LETRA C. A conexão objetiva é hipóteses em que o
vínculo entre as infrações está na motivação de uma delas em relação à outra.

Q117 - Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar policial militar


pela prática de crime militar, e à Comum pela prática do crime comum
simultâneo àquele, pelo mesmo policial militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, os autos deverão ser apartados e instaurados em processos distintos.

Q118 - Uma vez concedido o desaforamento, não é mais possível que o


processo retorne ao juízo de origem, ainda que a razão do desaforamento
deixe de existir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Bem comum essa questão, e está correta, decorre do princípio da economia
processual e da celeridade.

Q119 - Na hipótese de crime cometido por duas ou mais pessoas, em


concurso, a competência será determinada pela

a) natureza da infração.
b) conexão.
c) distribuição.
d) continência.
e) prevenção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Agora ficou fácil, hipótese de continência subjetiva. Letra D.

Q120 - Ocorrendo duas ou mais infrações, se houverem sido praticadas, ao


mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em
concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas
contra as outras, dar-se-á a competência pela

a) distribuição.
b) prevenção.
c) continência.
d) conexão.
e) prerrogativa de função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão trouxe o conceito completo de CONEXÃO. Letra: D.

Q121 - O acusado será qualificado e interrogado num só ato, no lugar, dia e


hora designados pelo juiz, após o recebimento da denúncia, em que pese o
interrogatório no CPP o interrogatório do acusado situar-se como o último de
uma série de atos probatórios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vemos aqui uma diferença substancial entre os dois códigos (já fizemos questão
sobre isso), a banca vai tentar de confundir na sua prova. Está correta.

Q122 - O interrogatório, no CPPM, é ato privativo do juiz, não sendo, durante


o ato, oportunizadas às partes perguntas complementares às formuladas
pelo magistrado, enquanto no processo penal comum, após proceder ao
interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender
pertinente e relevante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está certa, é isso mesmo. Veja que o CPPM também adota o sistema presidencialista
no interrogatório do réu, mas aqui pode se dizer que há maior rigidez, pois não
permite às partes indagar fatos não esclarecidos, oportunidade essa que é prevista no
código comum. Correta.

Q123 - O juiz poderá suspender o processo e aguardar a solução, pelo juízo


cível, de questão prejudicial que se não relacione com o estado civil das
pessoas, desde que:

a) tenha sido proposta ação civil para dirimi-la.


b) seja ela de difícil solução.
c) não envolva direito ou fato cuja prova a lei civil limite.
d) a, b e c estão incorretas.
e) a, b e c estão corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos por partes:
Decisão prejudicial
Art 122. Sempre que o julgamento da questão de mérito depender de decisão
anterior de questão de direito material, a segunda será prejudicial da primeira.

Questão prejudicial, como você já deve saber, é aquela que precisa ser decidida antes
da principal, pois esta depende daquela. Na verdade a palavra ―prejudicial‖
significa apenas ―antes do juízo‖, ou seja, essa questão deve ser resolvida
antes de ser proferida a decisão principal. Por essa razão, é necessário que o juiz
promova a suspensão do processo até que se resolva a questão prejudicial.

Estado civil da pessoa


Art. 123. Se a questão prejudicial versar sobre estado civil de pessoa envolvida no
processo, o juiz:

a) decidirá se a arguição é séria e se está fundada em lei; Alegação irrelevante


b) se entender que a alegação é irrelevante ou que não tem fundamento legal,
prosseguirá no feito;
Alegação séria e fundada
c) se reputar a alegação séria e fundada, colherá as provas inadiáveis e, em seguida,
suspenderá o processo, até que, no juízo cível, seja a questão prejudicial dirimida por
sentença transitada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição de
testemunhas e de outras provas que independam da solução no outro juízo.

A primeira hipótese trazida pelo CPPM diz respeito à questão preliminar relacionada
ao estado civil da pessoa. Em primeiro lugar o juiz decidirá se a questão é séria (se
não
é irrelevante, ou seja, se realmente não pode ser desconsiderada), e se está fundada
em lei (a questão prejudicial diz respeito ao direito material. Se o juiz entender que a
questão levantada é irrelevante ou que não tem fundamento, não haverá suspensão.
Se considerar que os fundamentos estão presentes, colherá as provas inadiáveis e
suspenderá o processo até que a questão prejudicial seja definitivamente resolvida
pelo juízo cível. Perceba que a suspensão é obrigatória nesse caso, e que não há
prazo específico fixado pelo CPPM.

Agora, vamos a parte que traz a questão, que é uma exceção, pois a questão
prejudicial, em regra, trata do Estado Civil da pessoa.

Suspensão do processo. Condições


Art. 124. O juiz poderá suspender o processo e aguardar a solução, pelo juízo cível,
de questão prejudicial que se não relacione com o estado civil das pessoas, desde
que:

a) tenha sido proposta ação civil para dirimi-la;


b) seja ela de difícil solução;
c) não envolva direito ou fato cuja prova a lei civil limite.

Prazo da suspensão
Parágrafo único. O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente
prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo sem que o juiz
do cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo,
retomando sua competência para resolver de fato e de direito toda a matéria da
acusação ou da defesa.

Veja ainda, que nesse caso da exceção à regra, não é necessário o transito em
julgado, e também é uma faculdade do juiz. Gabarito: LETRA E.

Q124 - O CPPM permite que haja oposição da exceção de suspeição contra o


encarregado do inquérito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assim que não há como opor exceção (suspeição, impedimento, etc...) ao Delegado
no IP (CPP), a mesma regra é aplicada aqui. Errada.

Q125 - Da decisão da exceção de litispendência não cabe recurso.


RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, a jurisprudência já se manifestou no sentido de que não é possível
interpor recurso quando o juiz deferir a exceção de litispendência.

Q126 - Caso o juiz tome conhecimento da existência de coisa julgada, oposta


pelo acusado, ouvirá o membro do MP e decidirá de plano, caso dê a
procedência, haverá remessa necessária ao Tribunal Militar, Tribunal de
Justiça ou Superior Tribunal Militar, a depender da esfera de julgamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente, é um caso de duplo grau de jurisdição obrigatório. Correta.

Q127 - Caso conclua pela inimputabilidade penal do acusado, concordando


com a conclusão do laudo, o juiz declarará essa condição e nomeará um
curador, aplicando a medida de segurança adequada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 160, segundo Célio Lobão, não foi inteiramente recepcionado pela Constituição
Federal de 1988, pois, se o juiz aplicar a medida de segurança imediatamente, estará
negando ao acusado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Essa visão também
já foi corroborada pelo próprio Superior Tribunal Militar, que já determinou por mais
de uma vez a aplicação do contraditório nesses casos. Errada, mas pode estar
correta se o comando da questão pedir a literalidade do CPPM (Art. 160).

Q128 - Somente é possível o sequestro sobre os bens adquiridos com os


proventos do crime, e não ao produto do crime em si, pois este será objeto
de busca e apreensão, medida assecuratória específica, já o arresto pode
recair sobre o patrimônio geral do acusado (não apenas aquele obtido
ilicitamente), não sendo necessária a especialização de determinado bem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Guarde isso que não tem erro:
Sequestro de bens: Bens adquiridos com proventos do crime. Ex: carro comprado
com dinheiro de peculato furto.
Busca e apreensão: Recai sobre os instrumentos do crime. Arma utilizada.
Arresto: Recai sobre bens em GERAL (não apenas aquele obtido ilicitamente), não
sendo necessária a especialização de determinado bem.

Q129 - O arresto recairá de preferência sobre móvel, e somente se estenderá


a bem imóvel se aquele não tiver valor suficiente para assegurar a satisfação
do dano; em qualquer caso, o arresto somente será decretado quando
houver certeza da infração e fundada suspeita da sua autoria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 216. O arresto recairá de preferência sobre imóvel, e somente se estenderá a
bem móvel se aquele não tiver valor suficiente para assegurar a satisfação do dano;
em qualquer caso, o arresto somente será decretado quando houver certeza da
infração e fundada suspeita da sua autoria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está invertido. Errada.

Q130 - Preconiza o CPM que ninguém será preso senão em flagrante delito
ou por ordem escrita de autoridade judiciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como já vimos, é possível a detenção ordenada pelo encarregado do inquérito policial
militar. Essa previsão se amolda à garantia estabelecida pelo art. 5o, LXI da
Constituição Federal, que já prevê exceção para os crimes propriamente militares.

Q131 - A menagem de civil ocorrerá na sede do juízo ou em lugar sujeito à


administração militar, se assim entender necessário a autoridade que
conceder a medida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A menagem do militar poderá ser efetuada no lugar em que ele residia quando
ocorreu o crime, ou seja, na sede do juízo que o estiver apurando. Nem sempre,
porém, o local onde o crime ocorreu será o mesmo onde está havendo, já que no
Brasil a Justiça Militar (em especial na esfera federal) não está presente em muitas
cidades. Neste caso o local da menagem deve ser o mais conveniente para o acusado
(lembre-se de que estamos falando de uma ―homenagem‖). É possível ainda que a
menagem de militar seja cumprida em quartel, navio, acampamento ou em
estabelecimento ou sede de órgão militar. A menagem de civil, por sua vez, ocorrerá
na sede do juízo ou em lugar sujeito à administração militar, se assim entender
necessário a autoridade que conceder a medida. Correta.

Q132 - O Ministério Público deverá ser sempre ouvido previamente sobre a


concessão da menagem, devendo emitir parecer no prazo de 3 dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Audiência do Ministério Público
Art.263, § 1º O Ministério Público será ouvido, previamente, sôbre a concessão
da menagem, devendo emitir parecer dentro do prazo de três dias. Questão certa.

Q133 - O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de


decisão judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar,
por conveniência de disciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:.
A leitura do CPPM resolve 90% de suas questões.
Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão
judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência
de disciplina.

Q134 - Pelo CPPM há a possibilidade de decretação de medidas de segurança


já no curso do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público,
não sendo possível, porém, durante o curso do IPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é muito boa de vir em prova. É possível também no IPM, vejamos:
Art. 272. No curso do inquérito, mediante representação do encarregado, ou no curso
do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, enquanto não for
proferida sentença irrecorrível, o juiz poderá, observado o disposto no art. 111, do
Código Penal Militar, submeter às medidas de segurança que lhes forem aplicáveis.

Veja que o art. 272 nos traz a possibilidade de decretação de medidas de segurança
ainda durante o inquérito, mediante representação do encarregado, ou no
curso do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público. Errada.

Q135 - A contagem do prazo de 8 dias para fins de verificação da deserção se


inicia a partir da 0h do dia seguinte àquele em que for verificada a falta
injustificada do militar. O STF entende que esse prazo deve ser contado em
horas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse é o entendimento do STF. Correta.

Q136 - O prazo para julgamento na deserção e na insubmissão é de 90 dias,


contados da apresentação voluntária do desertor ou da sua captura. Se ele
não for julgado nesse prazo, deve ser posto em liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Calma! Primeiro que o prazo é de 60 dias, e ele só deve ser posto em liberdade se
estiver preso, obviamente, ou seja, a prisão NÃO é obrigatória (sua prova pode
perguntar isso).
Q137 - Uma vez consumada a deserção de praça especial ou praça sem
estabilidade, ela será imediatamente excluída do serviço ativo. Se o desertor
for praça estável, será agregado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos em outra questão, essa cai bastante. Correta.

Q138 - Acerca da ação penal militar, marque a alternativa CORRETA.

a) A instauração de inquérito, por parte da autoridade policial militar,


ocorrerá todas as vezes que o Ministério Público requisitar que se proceda
diligências para esclarecimento do fato narrado por pessoa que esteja no
exercício do direito de representação.

b) No crime de ―Hostilidade contra país estrangeiro‖ previsto no art. 136 do


Código Penal Militar, a ação penal; sendo o agente militar, dependerá de
requisição, que será feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo
Ministério a que o agente estiver subordinado.

c) O Ministério Público, após a apresentação da denúncia, poderá desistir da


ação penal, se entender que não existe prova de ter o acusado concorrido
para a infração penal.

d) A ação penal privada subsidiária da pública não é aplicável às infrações


penais militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) A Ação Penal no Direito P. Penal Militar é Incondicionada via de regra, portanto
não observo a possibilidade de direito a representação, igualmente a lei dispõe ao MP
requisição de abertura de inquérito e não de diligência.
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria: c) em virtude de requisição do
Ministério Público;
B) Art. 31. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do Código Penal Militar, a ação
penal; quando o agente for militar ou assemelhado, depende de requisição, que será
feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo Ministério a que o agente estiver
subordinado;
C) Um princípio regente do DPPM é a da Indisponibilidade, o MP não goza da
liberdade de desistir da ação.
D) Está expreso O artigo 5 º, inciso LIX, da CF, não há distinção entre direitos na
carta magna.

Q139 - A denúncia que não preencher os requisitos previstos na lei, o juiz


antes de rejeitá-la, mandará em despacho, remeter o processo ao órgão do
Ministério Público para que, dentro do prazo de cinco dias, contados da data
do recebimento dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o
tenham sido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A denúncia que não preencher os requisitos previstos na lei, o juiz antes de rejeitá-la,
mandará em despacho fundamentado, remeter o processo ao órgão do Ministério
Público para que, dentro do prazo de três dias, contados da data do
recebimento dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o tenham sido.
Errada.

Q140 - A extinção da punibilidade poderá ser reconhecida em qualquer fase


do processo, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o
Ministério Público, mesmo sendo este o autor do pedido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A extinção da punibilidade poderá ser reconhecida em qualquer fase do processo, de
ofício ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o Ministério Público, se dêste
não fôr o pedido. Errada.

Q141 - A rejeição da denúncia pelo juiz de direito do juízo militar é um ato


vinculado às hipóteses previstas na legislação processual penal militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, no mais é importante destacar que:

Art. 682. Se o procurador não oferecer denúncia, ou se esta fôr rejeitada, os


autos serão remetidos ao Conselho Superior de Justiça Militar, que decidirá de
forma definitiva a respeito do oferecimento. Correta.

Q142 - Ocorrendo a morte do acusado, se declarará a extinção da


punibilidade sem a certidão de óbito do acusado, bastando o relatório e
solução do procedimento investigatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Extinção da punibilidade. Declaração
Art. 81. A extinção da punibilidade poderá ser reconhecida e declarada em
qualquer fase do processo, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
ouvido o Ministério Público, se deste não for o pedido.
Morte do acusado
Parágrafo único. No caso de morte, não se declarará a extinção sem a certidão
de óbito do acusado. Errada.

Q143 - Em relação a ―CONFISSÃO‖, prevista no Código de Processo Penal


Militar (Decreto-lei n. 1.002, de 21/10/1969), marque a alternativa
CORRETA.

a) Vige no processo brasileiro o princípio da persuasão racional.


b) A confissão é retratável e indivisível.
c) A confissão é cabível até o momento do interrogatório do acusado.
d) A confissão para ser válida tem que ser feita perante o Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"Art. 307. Para que tenha valor de prova, a confissão deve: a) ser feita perante
autoridade competente;"
"Art. 309. A confissão é retratável e divisível, sem prejuízo do livre convencimento do
juiz, fundado no exame das provas em conjunto."
Persuação Racional equivale a livre convencimento motivado. Gabarito: A.

Q144 - Sobre os sujeitos processuais é correto afirmar que


a) a magistratura militar é também exercida por militares que não integram a carreira
da magistratura nacional, os quais, todavia, quando em exercício no Conselho de
Justiça, gozam dos mesmos poderes processuais do juiz de carreira.
b) como o Código de Processo Penal Militar define o Ministério Público como ―órgão de
acusação‖, são-lhe vedadas atribuições incompatíveis com essa condição, tal como
impetrar habeas corpus ou recorrer da decisão que o tenha denegado.
c) como consequência da regra do escabinato, que caracteriza a Justiça Militar,
assegura-se ao militar a prerrogativa de defender a si mesmo em juízo, sem
assistência de advogado, que é obrigatória caso o acusado a requeira.
d) os danos causados pelo crime não se restringem ao âmbito das instituições
militares, por isso se admite a figura do assistente de acusação, a quem a lei confere
prerrogativas, tais como o direito de participar dos debates orais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Juízes Militares, portanto, são os oficiais militares que integram o Conselho de
Justiça. Os juízes militares investem-se na função após terem sido sorteados dentre a
lista de oficiais apresentados, nos termos dos arts.19 a 23 da Lei 8.457/92. São
juízes de fato, não gozando das prerrogativas afetas aos magistrados de carreira.
http://jorgecesarassis.jusbrasil.com.br/artigos/121940530/direito-militar-e-
magistratura
B) Ministério Público Art. 54. O Ministério Público é o órgão de acusação no
processo penal militar, cabendo ao procurador-geral exercê-la nas ações de
competência originária no Superior Tribunal Militar e aos procuradores nas ações
perante os órgãos judiciários de primeira instância.
Pedido de absolvição
Parágrafo único. A função de órgão de acusação não impede o Ministério Público de
opinar pela absolvição do acusado, quando entender que, para aquêle efeito, existem
fundadas razões de fato ou de direito.
C) Escabinato é a mistura de juizes togados e juizes militares de carreira.
D) Intervenção do assistente no processo
Art. 65. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o
Ministério Público:
a) propor meios de prova;
b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador;
c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo
Ministério Público;
d) juntar documentos;
e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público;
f) participar do debate oral.

Gabarito: D
Q145 - Sobre as medidas preventivas e assecuratórias, incidentes sobre
coisas ou pessoas, é correto afirmar que

a) como regra, ao juiz é vedado determinar a restituição de arma de uso restrito das
Forças Armadas, empregada na prática de crime militar, mesmo que a apreensão não
interesse mais ao processo.
b) o arresto de bens, inclusive imóveis, é a medida processual adequada para
acautelar o juízo em relação aos bens adquiridos com dinheiro oriundo da prática de
crime militar, ainda que já tenham sido transferidos a terceiros.
c) o relaxamento de prisão havida por ilegal, realizada por militar de posto ou
graduação superior, ou de maior antiguidade, decorre da Constituição de 1988,
porque o processo penal militar o proíbe expressamente.
d) no processo penal militar, a prisão provisória não se confunde com a preventiva,
embora as duas espécies tenham em comum a possibilidade de aplicação tanto no
inquérito quanto na ação penal e a inexistência de prazo máximo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A – Correta
Restituição de coisas
Art. 190. As coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto
interessarem ao processo.
§ 1º As coisas a que se referem o art. 109, nº II, letra a, e o art. 119, nºs I e
II, do Código Penal Militar, não poderão ser restituídas em tempo algum.
CPM
Confisco
Art. 119. O juiz, embora não apurada a autoria, ou ainda quando o agente é
inimputável, ou não punível, deve ordenar o confisco dos instrumentos e produtos do
crime, desde que consistam em coisas:
I - cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitui fato ilícito;
II - que, pertencendo às fôrças armadas ou sendo de uso exclusivo de
militares, estejam em poder ou em uso do agente, ou de pessoa não
devidamente autorizada;

B – Estamos diante de um sequestro de bens


C – Só quem relaxa a prisão é a autoridade judiciária
D – Está errada. A prisão Provisória é gênero e a preventiva é uma de suas espécies,
seja no CPP ou no CPPM.
CPP: Prisão Provisória = Flagrante, temporária ou preventiva
CPPM: Prisão Provisória = Flagrante, Detenção (IP) ou preventiva.

Gabarito: A.

Q146 - A Constituição de 1988 provocou profundas mudanças na


interpretação das leis processuais penais militares. A partir desta premissa,
e considerando-se apenas crimes militares próprios, atribuídos a militares, é
CORRETO afirmar que
a) o encarregado do inquérito policial militar (IPM) precisa ser um oficial de posto
superior ao do indiciado e deve ter formação jurídica, assim como delegados de
polícia são necessariamente bacharéis em direito.
b) a incomunicabilidade do indiciado preso, embora expressamente prevista em lei,
não foi recepcionada pela Constituição de 1988, que assegura ao acusado o direito de
contato com familiares e com advogado.
c) o oficial responsável pelo comando da unidade militar não pode mais determinar a
prisão do suposto infrator, na fase preliminar ao inquérito, pois esta medida passou a
ser competência do encarregado do IPM.
d) o sigilo do inquérito policial militar ficou restrito às informações que atinjam a
pessoa do investigado, não sendo mais admitida a instauração do procedimento a
partir de denúncia anônima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Superioridade ou igualdade de pôsto do infrator
§ 1º Tendo o infrator pôsto superior ou igual ao do comandante, diretor ou chefe de
órgão ou serviço, em cujo âmbito de jurisdição militar haja ocorrido a infração penal,
será feita a comunicação do fato à autoridade superior competente, para que esta
torne efetiva a delegação, nos têrmos do § 2° do art. 7º. Não se menciona formação
jurídica.
B) Incomunicabilidade do indiciado. Prazo. Art. 17. O encarregado do inquérito poderá
manter incomunicável o indiciado, que estiver legalmente prêso, por três dias no
máximo. Na interpretação sistemática, a CRFB previu a proibição na
incomunicabilidade no Estado de Sítio, art. 136, assim, se nessa gravidade é vedado,
no todo restante igualmente.
C) Art. 18. Prisão preventiva e menagem.
Solicitação Parágrafo único. Se entender necessário, o encarregado do inquérito
solicitará, dentro do mesmo prazo ou sua prorrogação, justificando-a, a decretação
da prisão preventiva ou de menagem, do indiciado.
D) Duas partes, primeiro, o sigilo é regra sobre tudo do IPM, segundo, não encontrei
restrição para abertura do IPM no código em relação a denúncia apócrifa. Então se a
CFRB veda o anonimato, aplica-se por analogia o que se aplicaria no CPP comum, ou
seja, não se instaura nada com base em "X-9".
Até uma experiência, a maioria das denuncias anonimas são assim: Fulano é
traficante, anda na rua X de bone e calção azul. A polícia chega, faz a abordagem não
encontra nada. Fica aquela dúvida, é ou não é? Se ele guarda em baixo de uma pedra
a droga e a polícia não achou, não leva para a delegacia, porque denúncia anônima
assim é imprestável e imoral. Gabarito: B

Q147 - O art. 12 do Código de Processo Penal Militar (CPPM) enumera as


providências preliminares a serem tomadas pela Autoridade competente,
logo que tiver conhecimento da prática de uma infração penal militar. Não
obstante, a Autoridade militar deve efetuar a prisão do infrator ou instaurar
um Inquérito Penal Militar (IPM), conforme o caso. Nesse contexto, de
acordo com as prescrições legais contidas no CPPM, assinale a opção correta.

a) A policia judiciária militar, que é exercida pelas autoridades militares,


cabe auxiliar as policias civil e federal na apuração de infrações penais
militares, dado que são estas que detêm a exclusividade na apuração de
quaisquer infrações penais.
b) As testemunhas e o indiciado devem ser ouvidos durante o dia, em
período que medeie entre as seis e as vinte horas.
c) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à
administração militar, a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante pode ser
feita por Autoridade Civil.
d) O inquérito deverá terminar em vinte dias, se o indiciado estiver preso,
contado esse prazo a partir do dia em que for expedida a ordem de prisão;
ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a
partir da data em que se instaurar o inquérito.
e) Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou
poderá avocá-lo e indicar outro encarregado que ficará obrigado a dar
solução diferente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) incorreta - Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:a) apurar os crimes militares,
bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria;
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério Público
as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem como
realizar as diligências que por êles lhe forem requisitadas; c) cumprir os mandados de
prisão expedidos pela Justiça Militar; d) representar a autoridades judiciárias militares
acêrca da prisão preventiva e da insanidade mental do indiciado; e) cumprir as
determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua guarda e
responsabilidade, bem como as demais prescrições dêste Código, nesse sentido; f)
solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à elucidação
das infrações penais, que esteja a seu cargo; g) requisitar da polícia civil e das
repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários ao complemento e
subsídio de inquérito policial militar; h) atender, com observância dos regulamentos
militares, a pedido de apresentação de militar ou funcionário de repartição militar à
autoridade civil competente, desde que legal e fundamentado o pedido.
b) incorreta - Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência
inadiável, que constará da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia,
em período que medeie entre as sete e as dezoito horas.
c) correta - Art. 250. Quando a prisão em flagrante fôr efetuada em lugar não sujeito
à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela
autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão.
d) incorreta - Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado
estiver prêso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão (MALDADE); ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto,
contados a partir da data em que se instaurar o inquérito.
e) incorreta - Art. 22, § 2º Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade
que o delegou poderá avocá-lo e dar solução diferente.
Gabarito: C

Q148 - Com relação ao Código de Processo Penal Militar, assinale a


alternativa correta:
a) Em beneficio da segurança pessoal do acusado, não é possível o desaforamento do
processo penal militar.
b) A ação penal é sempre pública incondicionada, em caso de crime militar.
c) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, mesmo se for desobrigada pela parte interessada
.
d) Os institutos da lei n.° 9.099/95 podem ser aplicados no âmbito da justiça militar.
e) É possível a habilitação do ofendido como assistente de acusação no processo
penal militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A - Art. 109. O desaforamento do processo poderá ocorrer:
a) no interêsse da ordem pública, da Justiça ou da disciplina militar;
b) em benefício da segurança pessoal do acusado;
c) pela impossibilidade de se constituir o Conselho de Justiça ou quando a
dificuldade de constituí-lo ou mantê-lo retarde demasiadamente o curso do processo.

B - Nem sempre a Ação Penal militar será incondicionada, alguns casos ela depende
de REQUISIÇÃO (embora o nome seja requisição, neste caso NÃO vincula o parquet)
Dependência de requisição do Govêrno
Art. 31. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do Código Penal Militar, a ação
penal; quando o agente fôr militar ou assemelhado, depende de requisição, que será
feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo Ministério a que o agente estiver
subordinado; no caso do art. 141 do mesmo Código, quando o agente fôr civil e não
houver co-autor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.
C - Art. 355. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, devam guardar segrêdo, salvo se, desobrigadas pela parte
interessada, quiserem dar o seu testemunho
D - Lei n 9.099/95
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar.
E - Art. 60. O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-se a
intervir no processo como assistentes do Ministério Público.
Gabarito: E.

Q149 - Assinale a opção correta de acordo com o Código de Processo Penal


Militar:

a) As alegações escritas no processo penal militar deverão ser ofertadas no prazo


máximo de cinco dias.
b) O Superior Tribunal Militar pode conceder hábeas corpus de ofício, se, no curso do
processo submetido à sua apreciação, verificar que o processo esta evidentemente
nulo.
c) Não cabe recurso em sentido estrito da decisão ou sentença que julgar
improcedente o corpo de delito ou outros exames.
d) A prova no juízo penal militar não está sujeita às restrições estabelecidas na lei
civil.
e) A prisão preventiva no processo penal militar não pode ser decretada de ofício.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) INCORRETA.
Art. 428. Findo o prazo aludido no artigo 427 e se não tiver havido requerimento ou
despacho para os fins nêle previstos, o auditor determinará ao escrivão abertura de
vista dos autos para alegações escritas, sucessivamente, por oito dias, ao
representante do Ministério Público e ao advogado do acusado. Se houver
assistente, constituído até o encerramento da instrução criminal, ser-lhe-á
dada vista dos autos, se o requerer, por cinco dias, imediatamente após as
alegações apresentadas pelo representante do Ministério Público.

B) CORRETA.
Art. 470. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa em seu favor ou
de outrem, bem como pelo Ministério Público. O Superior Tribunal Militar pode
concedê-lo de ofício, se, no curso do processo submetido à sua apreciação, verificar a
existência de qualquer dos motivos previstos no art. 467

C) INCORRETA.
Art. 516. Caberá recurso em sentido estrito da decisão ou sentença que:
g) julgar improcedente o corpo de delito ou outros exames;

D) INCORRETA
Irrestrição da prova
Art. 294. A prova no juízo penal militar, salvo quanto ao estado das pessoas, não
está sujeita às restrições estabelecidas na lei civil.

E) INCORRETA
Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de
Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da
autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase dêste ou do
processo, concorrendo os requisitos seguintes:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria.

Q150 - No que se refere ao Código de Processo Penal Militar, assinale a


opção INCORRETA.

a) A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena
privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a
natureza do crime e os antecedentes do acusado.
b) No caso da parte requerer exame de corpo de delito, o juiz poderá negar a perícia,
se a reputar desnecessária ao esclarecimento da verdade.
c) Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, será ela
imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável, será agregada.
d) O insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao quartel por
menagem e será submetido à inspeção de saúde. Se incapaz, ficará isento do
processo e da inclusão.
e) O juiz não ficará adstrito ao laudo pericial, podendo aceita-lo ou rejeitá-lo, no todo
ou em parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO MASTER. ART. 315, parágrafo único, do CPPM:
"SALVO NO CASO DE EXAME DE CORPO DE DELITO, o juiz poderá negar a
perícia, se a reputar desnecessária ao esclarecimento da verdade". Ou seja, no caso
da parte requerer exame de corpo de delito, o juiz NÃO poderá negá-la.
LETRA A: Art. 263.
LETRA C: Art. 456, § 4º
LETRA D: Art. 464.
LETRA E: Art. 326.
Gabarito: B

Q151 - Nos conformes do Código de Processo Penal Militar vigente, qual o


prazo estipulado para conclusão de um Inquérito Policial Militar?

a) 45 (quarenta e cinco) dias, se o indiciado estiver solto, sendo permitidas até 03


(três) prorrogações.
b) 20 (vinte) dias, se o indiciado estiver preso, contados a partir da execução da
ordem de prisão.
c) 15 (quinze) dias, se o indiciado estiver preso, contados da data de instauração do
inquérito.
d) 01 (um) ano, se o indiciado estiver solto, contados da data de instauração do
inquérito.

Gabarito: B.

Q152 - No tangente aos atos probatórios no Processo Penal Militar, tem-se


que

a) a desobrigação quanto à produção de provas que incriminem a si mesmo não é


recepcionada no Processo Penal Militar.
b) o rol de atos probatórios é taxativo, sendo vedados quaisquer outros tipos de
prova não elencados.
c) o ônus da prova compete a quem alegar o fato, constando prevista possibilidade de
inversão.
d) são aplicáveis as mesmas restrições probatórias dispostas na legislação civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) INCORRETA - art. 296, §2º do CPPM --> Ninguém está obrigado a produzir prova
que o incrimine, ou ao seu cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.
B) INCORRETA - art. 295 do CPPM --> É admissível, nos têrmos dêste Código,
qualquer espécie de prova, desde que não atente contra a moral, a saúde ou a
segurança individual ou coletiva, ou contra a hierarquia ou a disciplina militares.
C) CORRETA - art. 296, § 1º do CPPM --> Inverte-se o ônus de provar se a lei
presume o fato até prova em contrário.
D) INCORRETA - art. 294 do CPPM --> A prova no juízo penal militar, salvo quanto ao
estado das pessoas, não está sujeita às restrições estabelecidas na lei civil.

Gabarito: C.

Q153 - Quanto ao procedimento de integração quando da constatação de


omissões oriundas da aplicação da Lei de Processo Penal Militar, é possível
afirmar que

a) o suprimento pode se dar por meio dos usos e costumes militares.


b) fica vedado o uso de jurisprudência gerais e particulares.
c) é aplicável o Código de Processo Civil.
d) fica vedado o uso de analogia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Suprimento dos casos omissos
Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:
a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem
prejuízo da índole do processo penal militar;
b) pela jurisprudência;
c) pelos usos e costumes militares;
d) pelos princípios gerais de Direito;
e) pela analogia.

Gabarito: A.

Q154 - Quanto à finalidade do inquérito policial-militar, assinale a


alternativa correta.

a) A finalidade precípua do inquérito policial-militar é a de ministrar elementos


necessários à propositura da ação penal, sendo efetivamente instrutórios da ação
penal os exames, as perícias e as avaliações realizados regularmente no curso do
inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades.
b)
A única medida preliminar ao inquérito que deve ser tomada é a de dirigir-se ao local,
providenciando para que não se alterem o estado e a situação das coisas, enquanto
necessário.
c) O inquérito, por expressa disposição constitucional, é público.
d) De acordo com o disposto no Código de Processo Penal, o inquérito deverá
terminar dentro do prazo de cinco dias se o indiciado estiver preso, contado esse
prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou dentro do prazo de
quinze dias quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se
instaurar o inquérito.
e) No âmbito de polícia judiciária militar, é prescindível que o inquérito seja encerrado
com minucioso relatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão mal elaborada, pois a letra C não está incorreta, claro que o IP é público,
mas é possível deduzir que a menção refere-se a sigilosidade.

Sigilo do inquérito
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dêle tome
conhecimento o advogado do indiciado.

Gabarito: A, mas penso que deveria ser anulada.

Q155 - Em relação ao sequestro, previsto no Código de Processo Penal


Militar, é correto afirmar que
a) por se tratar de competência da Justiça Militar, quaisquer bens podem ser
suscetíveis de sequestro.
b) para a decretação do sequestro, é necessário somente a existência de
indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
c) todo dinheiro apurado será recolhido ao Tesouro Nacional.
d) se a autoridade judiciária militar entender que se trata de matéria de alta
indagação, remeterá o embargante para o juízo cível e não manterá o
sequestro.
e) transitada em julgado a sentença condenatória, a autoridade judiciária
militar, sempre de ofício, determinará a avaliação e a venda dos bens em
leilão público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão difícil, mas dela podemos extrair uma importante lição. Primeiramente o
gabarito é a letra B, isso porque assim dispõe o código, uma medida assecuratória
emergencial. Agora, em se tratando de arresto, que pode recair sobre qualquer bem
(fruto do ilícito ou não; e preferencialmente imóvel), é necessário fundado indício de
autoria e da materialidade.

As demais alternativas:
A) Bens insusceptíveis de seqüestro
§ 2º Não poderão ser seqüestrados bens, a respeito dos quais haja decreto de
desapropriação da União, do Estado ou do Município, se anterior à data em que foi
praticada a infração penal.
C) Sentença condenatória. Avaliação da venda
Art. 205. Transitada em julgado a sentença condenatória, a autoridade judiciária
militar, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, determinará a avaliação e a
venda dos bens em leilão público.
Recolhimento de dinheiro
§ 1º Do dinheiro apurado, recolher-se-á ao Tesouro Nacional o que se
destinar a ressarcir prejuízo ao patrimônio sob administração militar.
§ 2º O que não se destinar a êsse fim será restituído a quem de direito, se não
houver controvérsia; se esta existir, os autos de seqüestro serão remetidos ao juízo
cível, a cuja disposição passará o saldo apurado.
D) Se a autoridade judiciária militar entender que se trata de matéria de alta
indagação, remeterá o embargante para o juízo cível e manterá o sequestro.
E) Transitada em julgado a sentença condenatória, a autoridade judiciária militar, de
ofício, OU A REQUERIMENTO DO MP, determinará a avaliação e a venda dos bens em
leilão público.

Q156 - A autoridade militar somente poderá mandar arquivar autos de IPM


quando verificar que o fato que está sendo apurado não se trata de crime
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fala sério, até aqui filho do cabrunco. Errada.

Q157 – O IPM poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada


pelo Ministério Público, quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos
por documentos ou outras provas materiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Batida, mas pra mostrar que se aplica a mesma regra (princípio da dispensabilidade)
do CPP. Correta.

Q158 - o arquivamento de IPM obsta a instauração de outro, mesmo se


novas provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira
pessoa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Idem a anterior. Questão errada.

Q159 - Discordando da solução dada ao IPM, a autoridade que o delegou não


poderá avocá-lo, devendo encaminhar, de imediato, para deliberação, à
Justiça Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art.22 § 2º Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou
poderá avocá-lo e dar solução diferente. Errada.

Q160 - Tratando-se de inquérito penal militar:


a) o encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado que
estiver legalmente preso por cinco dias no máximo.
b) a testemunha não será inquirida por mais de três horas consecutivas,
sendo-lhe facultado o descanso de meia hora durante esse período.
c) o indiciado poderá ficar detido, durante as investigações policiais até o
prazo improrrogável de trinta dias.
d) o procedimento deverá terminar em vinte dias, se o indiciado estiver
preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão.
e) as testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, devem
ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as oito e as
dezessete horas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado que estiver
legalmente preso por cinco dias no máximo.
Art. 17. O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado, que
estiver legalmente prêso, por três dias no máximo.
ATENÇÃO: Dispositivo do texto legal, evidentemente, não recepcionado pelo nosso
ordenamento jurídico atual, PÉ NO FREIO COM O ENUNCIADO HEIN.
B) Art. 18, § 2º A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas
consecutivas, sendo-lhe facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de
prestar declarações além daquele têrmo. O depoimento que não ficar concluído às
dezoito horas será encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada
pelo encarregado do inquérito.
C) Art. 18. Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar
detido, durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a detenção
à autoridade judiciária competente. Êsse prazo poderá ser prorrogado, por mais vinte
dias, pelo comandante da Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação
fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica.
D) Correta, mas sempre atente-se para o início da contagem do prazo.
E) Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que
constará da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que
medeie entre as sete e as dezoito horas.

Q161 - A respeito das partes do processo penal militar e de acordo com o


que estabelece o Código de Processo Penal Militar (CPPM), marque a
alternativa CORRETA:

a) São partes do processo: o Ministério Público, como órgão acusador; o ofendido,


seu representante legal ou seu sucessor, como assistentes do Ministério Público; o
acusado, seu defensor e curador; os auxiliares do juiz.
b) A função de órgão de acusação do Ministério Público é incompatível com a emissão
de parecer pela absolvição do acusado.
c) O militar compelido a apresentar-se em juízo, por ordem da autoridade judiciária,
será acompanhado por militar de hierarquia igual ou superior a sua.
d) Considera-se acusado aquele a quem é imputada a prática de infração penal em
denúncia recebida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A - ERRADA - OS AUXILIARES DO JUIZ NÃO SÃO PARTE DO PROCESSO (ART. 60,
CPPM)
B – ERRADA- O MP PODE OPINAR PELA ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO (ART.54,
P.ÚNICO, CPPM)
C - ERRADA - HIERARQUIA SUPERIOR A SUA (letra da lei) - (ART.73,CPPM)
D – CORRETA - Art. 69. Considera-se acusado aquele a quem é imputada a prática de
infração penal em denúncia recebida.

Q162 - Se das respostas das pessoas inquiridas durante a lavratura do auto


resultarem fundadas suspeitas contra o militar conduzido, a autoridade
militar mandará recolhê-lo à prisão e adotará as providências legais
subsequentes. Caso contrário, se a autoridade militar ou a autoridade
judiciária verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não
participação da pessoa conduzida, relaxará a prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
art. 247, Relaxamento da prisão
§ 2º Se, ao contrário da hipótese prevista no art. 246, a autoridade militar ou
judiciária verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não
participação da pessoa conduzida, relaxará a prisão. Em se tratando de infração
penal comum, remeterá o prêso à autoridade civil competente (essa última parte
também é importante e pode cair!). Correta.

Q163 - Apresentado o preso ao comandante ou ao oficial de dia, de serviço


ou de quarto, ou autoridade correspondente, ou à autoridade judiciária, será,
por qualquer deles, ouvido o conduzido sobre a imputação que lhe é feita, e
especialmente sobre o lugar e hora em que o fato aconteceu, em seguida as
testemunhas que o acompanharem, bem como inquirido o condutor,
lavrando-se de tudo auto, que será por todos assinado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lavratura do auto
Art. 245. Apresentado o prêso ao comandante ou ao oficial de dia, de serviço ou
de quarto, ou autoridade correspondente, ou à autoridade judiciária, será, por
qualquer dêles, ouvido o condutor (1) e as testemunhas que o acompanharem
(2), bem como inquirido o indiciado sôbre a imputação que lhe é feita (3), e
especialmente sôbre o lugar e hora em que o fato aconteceu, lavrando-se de tudo
auto, que será por todos assinado. Errada.

Q164 - No prazo de vinte e quatro horas após a apresentação do preso à


autoridade militar, ser-lhe-á dada a nota de culpa assinada pela autoridade,
constando o motivo da prisão e o nome do condutor, preservando o nome
das testemunhas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 247 - Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, será dada ao preso nota de
culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas. Errada.

Q165 - Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou o fato agindo em erro de direito, erro de fato ou sob coação
irresistível, entre outras circunstâncias previstas no Código de Processo
Penal Militar, poderá conceder ao indiciado, liberdade provisória, mediante
termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogar
a concessão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A redação original do Art. 253 do CPPM é:
Concessão de liberdade provisória
Art. 253. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou o fato nas condições dos arts. 35, 38, observado o disposto no art. 40, e dos
arts. 39 e 42, do Código Penal Militar, poderá conceder ao indiciado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena
de revogar a concessão.

Art. 35 = Erro de direito


Art. 38 = Coação irresistível
Art. 39 = Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade
Art. 40 = Coação física ou material
Art. 42 = I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito
cumprimento do dever legal; IV - em exercício regular de direito.

Logo, está errado afirmar que o ERRO DE FATO é condição para concessão de
liberdade provisória. QUESTÃO QUE MERECE DESTAQUE! Errada.

Q166 - A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes,


pastas, malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada e,
quando necessário, no próprio corpo, sendo que a revista pessoal
independerá de mandado quando houver fundada suspeita de que o
revistando traz consigo objetos ou papéis que constituam corpo de delito.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceituação precisa da busca PESSOAL. Vamos trazer aqui a fundamentação exata,
pois essa guarda relação direta com o cargo:

Busca pessoal
Art. 180. A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes,
pastas, malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada e, quando
necessário, no próprio corpo.
Revista independentemente de mandado
Art. 182. A revista independe de mandado:
a) quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser prêsa;
b) quando determinada no curso da busca domiciliar;
c) quando ocorrer o caso previsto na alínea a do artigo anterior;
d) quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo objetos ou
papéis que constituam corpo de delito;
e) quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente
do inquérito.
Questão correta.

Q167 - O mandado judicial que determinar a busca domiciliar deverá, dentre


outros requisitos, indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será
realizada a diligência e o nome do seu morador ou proprietário, bem como
mencionar o motivo e os fins da diligência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conteúdo do mandado
Art. 178. O mandado de busca deverá:
a) indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a
diligência e o nome do seu morador ou proprietário; ou, no caso de busca pessoal, o
nome da pessoa que a sofrerá ou os sinais que a identifiquem;
b) mencionar o motivo e os fins da diligência;
c) ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
Parágrafo único. Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do
mandado.
Questão correta.

Q168 - Se o executor da busca domiciliar encontrar correspondência aberta


ou não, destinada ao indiciado, ou em seu poder, essa não poderá ser
apreendida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correspondência aberta não goza de proteção de inviolabilidade. Além do mais, é
importante destacar o que diz o CPPM:

Correspondência aberta
ART. 185 § 1º A correspondência aberta ou não, destinada ao indiciado ou ao
acusado, ou em seu poder, será apreendida se houver fundadas razões para suspeitar
que pode ser útil à elucidação do fato. Errada.
Q169 - A autoridade policial militar poderá ordenar a restituição do produto
do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a sua prática somente ao lesado ou a terceiro de boa-fé e desde
que não interesse mais ao processo e não exista dúvida quanto ao direito do
reclamante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ordem de restituição
Art. 191. A restituição poderá ser ordenada pela autoridade policial militar ou
pelo juiz, mediante têrmo nos autos, desde que:
a) a coisa apreendida não seja irrestituível, na conformidade do artigo anterior;
b) não interesse mais ao processo;
c) não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
Questão certa.

Q170 - Com relação ao inquérito penal militar, assinale a opção correta .

a) Pode ser iniciado mediante portaria, por decisão do Superior Tribunal Militar.
b) Se o indiciado for oficial, a designação de escrivão recairá em sargento, subtenente
ou suboficial.
c) Podem-se colher todas as provas que sirvam para esclarecimento do fato e suas
circunstâncias, com exceção da acareação.
d) Deve terminar no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver preso.
e) A autoridade militar poderá arquivar autos de inquérito quando concluir pela
inexistência do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Modos por que pode ser iniciado
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja
ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de
urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada,
posteriormente, por ofício;
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos têrmos do art. 25;
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em
virtude de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de
infração penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da
existência de infração penal militar. LETRA A - CORRETA

Q171 - Com relação às providências que recaem sobre pessoas, previstas no


Código de Processo Penal Militar, assinale a opção correta.
a) Prisão temporária é a que ocorre durante o inquérito, ou no curso do processo,
antes da condenação definitiva.
b) A captura na prisão em flagrante ocorrerá somente mediante a apresentação de
ordem escrita da autoridade militar.
c) A recaptura de acusado evadido depende de prévia ordem da autoridade.
d) A Nota de Culpa também é necessária na prisão em flagrante de militar estável.
e) A falta de testemunha obsta a prisão em flagrante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) errada - Art. 220. Prisão provisória é a que ocorre durante o inquérito, ou no
curso do processo, antes da condenação definitiva. Não existe prisão temporária no
CPPM.
b) errada - Art. 230. A captura se fará: Caso de flagrante a) em caso de flagrante,
pela simples voz de prisão;
c) errada - Art. 230, Parágrafo único. A recaptura de indiciado ou acusado evadido
independe de prévia ordem da autoridade, e poderá ser feita por qualquer pessoa.
d) correta - Art. 247. Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, será dada ao
prêso nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do
condutor e os das testemunhas.
e) errada - Art. 245, § 2º A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em
flagrante, que será assinado por duas pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado
a apresentação do preso. Gabarito: D.

Q172 - Militares da reserva e reformados não estão sujeitos à pena


disciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STF SÚMULA 55
Militar da reserva está sujeito à pena disciplinar.
STF SÚMULA 56
Militar reformado não está sujeito à pena disciplinar.
Questão errada.

Q173 - O legislador ordinário só pode sujeitar civis à Justiça Militar, em


tempo de paz, nos crimes contra a segurança externa do pais ou as
instituições militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 298 do STF - O legislador ordinário só pode sujeitar civis à justiça militar, em
tempo de paz, nos crimes contra a segurança externa do país ou as instituições
militares. Questão certa.

Q174 - O artigo 125, parágrafo 4°, da Constituição Federal não impede a


perda da graduação de militar mediante procedimento administrativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 125 § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos
Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.
Conselho de Justificação para Oficiais
Conselho de Disciplina para as Praças
Questão certa.
Q175 - Não cabe habeas corpus contra imposição da pena de exclusão de
militar ou de perda de patente ou de função pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula 694 STF: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de
militar ou de perda de patente ou de função pública. Certa.

Q176 - Estabelece o Código de Processo Penal Militar que a lei de processo


penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. No
entanto, ele ressalva a admissão da interpretação extensiva, que poderá se
dar quando for manifesto que a expressão da lei e mais estrita do que sua
intenção e não houver vedação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Interpretação extensiva ou restritiva
§ 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva,
quando fôr manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita
e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal


§ 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando:
a) cercear a defesa pessoal do acusado;
b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza;
c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.
Questão certa.
Q177 - O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele
tome conhecimento o advogado do indiciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dêle tome
conhecimento o advogado do indiciado. Correta.

Q178 - Nos termos do Código de Processo Penal Militar, considera-se em


flagrante delito quem

a) é perseguido até 72 horas logo após o fato delituoso, em situação que faça
acreditar ser ele o seu autor.
b) praticar infrações permanentes enquanto não cessar a permanência.
c) acaba de cometer o crime, até o prazo de 48 horas.
d) está cometendo o crime, até o prazo de 48 horas.
e) é encontrado, independentemente de prazo, com instrumentos, objetos, material
ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dica: mesma aplicação do CPP. Gabarito: B

Q179 - Embora sigiloso, o seu encarregado pode permitir que dele tome
conhecimento o advogado do indiciado e a imprensa, em obediência ao
princípio da transparência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 16, CPPM. Somente o advogado tem acesso. Há um entendimento pacificado no
STM e STF de que o advogado não pode ter acesso às diligências
indiscriminadamente. Há decisão do STF no sentido de que o sigilo do IPM é relativo
por ser restrito à prática das investigações, logo deverá o encarregado do IPM
permitir o acesso do advogado do indiciado legalmente constituído aos autos do
procedimento. Errada.

Q180 - Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de posto


não inferior ao de primeiro-tenente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Encarregado de inquérito. Requisitos
Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de pôsto
não inferior ao de capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de infração penal
contra a segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, oficial superior, atendida,
em cada caso, a sua hierarquia, se oficial o indiciado.

Aproveitando, vejamos o que diz o Art. 11 sobre o escrivão:


Escrivão do inquérito
Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo
encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para
aquêle fim, recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado fôr oficial, e em
sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos.

Q181 - Assinale a opção correta de acordo com a lei de processo penal


militar e sua aplicação

a) Se houver divergência entre a legislação especial militar e as convenções ou


tratados de que o Brasil seja signatário, deverão ser utilizadas as normas do código
de processo penal comum.
b) Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for
manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais ampla e, no segundo, que
é mais estrita, do que sua intenção.
c) As normas do Código de Processo Penal Militar terão validade a partir da sua
vigência, exceto nos processos pendentes, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.
d) Os casos omissos no Código de Processo Penal Militar serão supridos: pela
legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem
prejuízo da índole do processo penal militar; pela jurisprudência; pelos usos e
costumes militares; pelos princípios gerais de Direito; pela analogia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão muito boa para revisarmos questões que já fizemos.

a) Art. 1º (...)
1º Nos casos concretos, se houver divergência entre essas normas e as de convenção
ou tratado de que o Brasil seja signatário, prevalecerão as últimas.
b) Art. 2º (...)
1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando
fôr manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no
segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.
c) Art. 5º As normas dêste Código aplicar-se-ão a partir da sua vigência, inclusive
nos processos pendentes, ressalvados os casos previstos no art. 711, e sem prejuízo
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
d) (CORRETA) Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:
a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e
sem prejuízo da índole do processo penal militar;
b) pela jurisprudência;
c) pelos usos e costumes militares;
d) pelos princípios gerais de Direito;
e) pela analogia.
Gabarito: D.

Q182 - De conformidade com a disciplina do Código de Processo Penal Militar


quanto ao inquérito policial militar, assinale a alternativa incorreta:

a) A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora


conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
b) O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado, que estiver
legalmente preso, por três dias no máximo.
c) A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-lhe
obrigatório o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além
daquele termo. O depoimento que não ficar concluído às dezenove horas será
encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado
do inquérito.
d) O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver preso,
contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em
que se instaurar o inquérito. Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte
dias pela autoridade militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou
perícias já iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do
fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A incorreta é a letra C, mais uma vez perguntando o horário e tempo de inquirição
das testemunhas. Quanto a letra B, já vimos isso antes, trata-se da letra do CPPM,
então, cuidado! Gabarito: C

Q183 - Sobre os processos de deserção de oficial, de praça e de crime de


insubmissão, assinale a alternativa correta.

a) Quarenta e oito quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de ausência
de um oficial, o comandante da respectiva subunidade, ou autoridade competente,
encaminhará parte de ausência ao Ministério Público que mandará inventariar o
material permanente da Fazenda Nacional, deixado ou extraviado pelo ausente, com
a assistência de duas testemunhas idôneas.
b) Recebido o termo de deserção de oficial e demais peças, o Juiz-Auditor mandará
autuá-los e dar vista do processo por cinco dias, ao Procurador, podendo este
arquivar o processo, oferecer denúncia ou requerer outras diligências
c) Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, será ela
imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável, será agregada, fazendo-
se, em ambos os casos, publicação, em boletim ou documento equivalente, do termo
de deserção e remetendo-se, em seguida, os autos à auditoria competente.
d) O insubmisso que não for julgado no prazo de quarenta e cinco dias, a contar do
dia de sua apresentação voluntária ou captura, sem que para isso tenha dado causa,
será posto em liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Art. 456. Vinte e quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de ausência
de uma praça, o comandante da respectiva subunidade, ou autoridade competente,
encaminhará parte de ausência ao comandante ou chefe da respectiva organização,
que mandará (...).
b) Art. 457. Recebidos do comandante da unidade, (...), o Juiz-Auditor mandará
autuá-los e dar vista do processo, por cinco dias, ao procurador, que requererá o que
for de direito, aguardando-se a captura ou apresentação voluntária do desertor, se
nenhuma formalidade tiver sido omitida, ou após o cumprimento das diligências
requeridas. (Não há a hipótese de arquivamento, sendo que o processo fica suspenso
enquanto o desertor não se apresenta voluntariamente ou é capiturado.)
c) (CORRETA) Art. 456. (...)§ 4º Consumada a deserção de praça especial ou praça
sem estabilidade, será ela imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável,
será agregada, fazendo-se, em ambos os casos, publicação, em boletim ou
documento equivalente, do termo de deserção e remetendo-se, em seguida, os autos
à auditoria competente.
d) Art. 464.§ 3º O insubmisso que não for julgado no prazo de sessenta dias, a contar
do dia de sua apresentação voluntária ou captura, sem que para isso tenha dado
causa, será posto em liberdade. Gabarito: C.

Q184 - É competência da polícia judiciária militar, EXCETO


a) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua
guarda e responsabilidade.
b) solicitar que a polícia civil cumpra os mandados de prisão expedidos pela
Justiça Militar.
c) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão
sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria.
d) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à
elucidação das infrações penais, que esteja a seu cargo.
e) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério
Público as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos
processos, bem como realizar as diligências que por eles lhe forem
requisitadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva B está errada, ART.8, CPPM,
c) cumprir os mandados expedidos pela justiça militar Ou seja, a PJM não deve
delegar a PC para cumprir os mandados expedidos pela justiça militar! Gab: B.

Q185 - Sobre a competência prevista no Código de Processo Penal Militar,


analise as afirmativas a seguir:

I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar da infração.

II. Se não for conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela


residência ou domicílio do acusado.

III. Para o militar em situação de atividade ou para o funcionário lotado em repartição


militar, o lugar da infração, quando este não puder ser determinado, será o da
unidade, navio, força ou órgão onde estiver servindo, não lhe sendo aplicável o
critério da prevenção, salvo entre auditorias da mesma sede e atendida a respectiva
especialização.

IV. No caso de tentativa, a competência será pelo lugar em que for praticado o último
ato de execução.

Está CORRETO o que se afirma em


a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas
e) I, II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas estão corretas, gabarito: E.

Q186 - Sobre a prisão preventiva prevista no Código de Processo Penal


Militar, assinale a alternativa que NÃO constitui fundamento para a sua
decretação.

a) Periculosidade do indiciado ou acusado


b) Conveniência da instrução criminal
c) Conveniência da autoridade judiciária
d) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado
e) Garantia da ordem pública

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se
em um dos seguintes casos:
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado. Gabarito: C

Q187 - O acusado que for oficial ou graduado perderá, embora sujeito à


disciplina judiciária, as prerrogativas do posto ou graduação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 73, CPPM - O acusado que fôr oficial ou graduado não perderá, embora sujeito à
disciplina judiciária, as prerrogativas do pôsto ou graduação. Se prêso ou compelido a
apresentar-se em juízo, por ordem da autoridade judiciária, será acompanhado por
militar de hierarquia superior a sua. Errada.

Q188 - O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-


se a intervir no processo como assistentes do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 60, CPPM - O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-
se a intervir no processo como assistentes do Ministério Público. Correta.
Q189 - O juiz estará impedido e não poderá exercer jurisdição no processo
em que tiver dado parte oficial do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão igualzinha a outra que já fizemos. Não é caso de impedimento e sim de
suspeição, conforme anota o art. 38, inc. "e", do CPPM
Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes:
e) se tiver dado parte oficial do crime;
Errada.

Q190 - Em relação ao tema Processos Especiais, de acordo com o Decreto-Lei


n° 1.002/69, Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que:

a) a contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do termo de deserção,


iniciar-se-á no dia em que for verificada a falta injustificada do militar.
b) o insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao quartel por
menagem e será submetido a inspeção de saúde. Se incapaz, ficará isento do
processo e da inclusão.
c) o desertor que não for julgado dentro de 30 (trinta) dias, a contar do dia de sua
apresentação voluntária ou captura, será posto em liberdade, salvo se tiver dado
causa ao retardamento do processo.
d) consumada a deserção de oficial e de praça especial, eles serão agregados,
permanecendo nessa situação ao apresentarem-se ou serem capturados.
e) o insubmisso que não for julgado no prazo de 45 dias, a contar do dia de sua
apresentação voluntária ou captura, sem que para isso tenha dado causa, será posto
em liberdade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) art. 451, § 1º A contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do termo
de deserção, iniciar-se-á a zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada a
falta injustificada do militar.
b) Art. 464. O insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao quartel
por menagem e será submetido à inspeção de saúde. Se incapaz, ficará isento do
processo e da inclusão.
c) Art. 453. O desertor que não for julgado dentro de sessenta dias, a contar do
dia de sua apresentação voluntária ou captura, será posto em liberdade, salvo se
tiver dado causa ao retardamento do processo.
d) art. 454, § 1º O oficial desertor será agregado, permanecendo nessa situação ao
apresentar-se ou ser capturado, até decisão transitada em julgado.
e) art. 464, § 3º O insubmisso que não for julgado no prazo de sessenta dias,
a contar do dia de sua apresentação voluntária ou captura, sem que para isso tenha
dado causa, será posto em liberdade. Gabarito: B

Q191 - Em relação ao tema Inquérito Policial Militar, de acordo com o


Decreto-Lei n° 1.002/69, Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar
que:
a) o inquérito deverá terminar dentro em 40 (quarenta) dias, se o indiciado estiver
solto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito, sendo este prazo
improrrogável.
b) não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas deverá este
declarar-se suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.
c) será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de posto não inferior ao
de Capitão-Tenente, em se tratando de infração penal contra a segurança nacional.
d) a autoridade militar poderá mandar arquivar autos de inquérito conclusivo da
inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
e) o inquérito policial militar não poderá ser iniciado por portaria feita por via
telegráfica ou radiotelefônica, mesmo que seja confirmada posteriormente por ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver
prêso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou
no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data
em que se instaurar o inquérito.
Prorrogação de prazo
§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela
autoridade militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já
iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O
pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido
antes da terminação do prazo.

b) Art. 142. Não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas deverá
êste declarar-se suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.

c) Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de pôsto não
inferior ao de capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de infração penal
contra a segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, oficial superior,
atendida, em cada caso, a sua hierarquia, se oficial o indiciado.

d) Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito,
embora conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.

e) Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria: b) por determinação ou


delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita
por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício
Gabarito: B

Q192 - Qualquer pessoa, no exercício do direito de representação, poderá


provocar a iniciativa do Ministério Público, dando-lhe informações sobre fato
que constitua crime militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de
convicção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 33 – Correta.
Q193 - Apresentada a denúncia, o Ministério Público poderá desistir da ação
penal vez que o direito de ação é exercido pelo próprio órgão como
representante da lei e fiscal da sua execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não pode o MP desistir da Ação Penal, princípio da indisponibilidade. Errada.

Q194 - O processo inicia-se com a instauração do inquérito, efetiva-se com o


recebimento da denúncia pelo juiz e a consequente citação do acusado, e
extingue-se no momento em que a sentença definitiva se torna irrecorrível,
quer resolva o mérito, quer não.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O processo inicia-se com o recebimento da denúncia pelo juiz, efetiva-se com a
citação do acusado e extingue-se no momento em que a sentença definitiva se torna
irrecorrível, quer resolva o mérito, quer não. Errada.

Q195 - Em conformidade com as disposições do Código de Processo Penal


Militar (CPPM), marque a alternativa CORRETA:

a) Considera-se representante legal o ascendente ou descendente, tutor ou curador


do ofendido, se menor de dezoito anos ou incapaz; e sucessor, o seu ascendente,
descendente ou irmão, podendo qualquer deles, sem exclusão dos demais, exercer o
encargo, ou constituir advogado para esse fim, cabendo ao juiz a designação ainda
que entre eles houver acordo.

b) Não poderá atuar como assistente o advogado da Justiça Militar, ainda que não
funcione no processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado.

c) O recurso do despacho que indeferir a assistência não terá efeito suspensivo,


processando-se em autos apartados. Se provido, o assistente será admitido ao
processo no estado em que este se encontrar

d) O ofendido que for também acusado no mesmo processo poderá intervir como
assistente, mesmo se ainda não absolvido por sentença passada em julgado, e lhe
será permitido, na qualidade de assistente, com aquiescência do juiz e, ouvido o
Ministério Público, propor meios de prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Art. 60 - Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo, considera-se representante
legal o ascendente ou descendente, tutor ou curador do ofendido, se menor de
dezoito anos ou incapaz; e sucessor, o seu ascendente, descendente ou irmão,
podendo qualquer dêles, com exclusão dos demais, exercer o encargo, ou
constituir advogado para êsse fim, em atenção à ordem estabelecida neste
parágrafo, cabendo ao juiz a designação se entre êles não houver acôrdo.
B) Art. 63 - Pode ser assistente o advogado da Justiça Militar, desde que não
funcione no processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado.
C) Art. 65 , § 2º - O recurso do despacho que indeferir a assistência não terá efeito
suspensivo, processando-se em autos apartados. Se provido, o assistente será
admitido ao processo no estado em que êste se encontrar.
D) Art. 64 - O ofendido que for também acusado no mesmo processo não poderá
intervir como assistente, salvo se absolvido por sentença passada em julgado, e
daí em diante.
Gabarito: C

Q196 - Conforme o Código de Processo Penal Militar, analise as assertivas


abaixo, marque ‗V‘ se for verdadeira ou ‗F‘ se for falsa. A seguir, marque a
alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA:

( ) Na audiência de instrução e julgamento de crime propriamente militar, estando


presente o Conselho de Justiça, sob a presidência do Juiz de Direito, proceder- se-á à
tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas de acusação e de
defesa, interrogando-se em seguida o acusado.
( ) No processo penal militar são admitidas todos os tipos de provas, contudo, de
forma taxativa, não são permitidas, somente, as que atentem contra a moral, a
saúde ou a segurança individual ou coletiva.
( ) A confissão é retratável e divisível, sem prejuízo do livre convencimento do juiz,
fundado no exame das provas em conjunto.
( ) A perícia pode ser determinada pela autoridade policial militar, pela autoridade
judiciária, pelo representante do Ministério Público, ou requerida pela defesa do
acusado.
a) F, V, V, V.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, V.
d) F, F, F, V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I – FALSA - Art. 455, § 1º Reunido o Conselho Especial de Justiça, presentes o
procurador, o defensor e o acusado, o presidente ordenará a leitura da denúncia,
seguindo-se o interrogatório do acusado (1) [Já vimos que no CPPM, na ação penal,
o interrogatório do acusado ocorre primeiro], embora na prisão em flagrante a ordem
é igual a do CPP (condutor, testemunha e conduzido), ouvindo-se, na ocasião, as
testemunhas arroladas pelo Ministério Público. A defesa poderá oferecer prova
documental e requerer a inquirição de testemunhas, até o número de três, que
serão arroladas dentro do prazo de três dias e ouvidas dentro do prazo de cinco
dias, prorrogável até o dobro pelo conselho, ouvido o Ministério Público. DICA para
lembrar da quantidade e prazo, a soma da palavra: testemunhas 3(TES)-3(TEM)-
5(UNHAS)
II – FALSA - Art 295. É admissível, nos têrmos dêste Código, qualquer espécie de
prova, desde que não atente contra a moral, a saúde ou a segurança individual ou
coletiva, ou contra a hierarquia ou a disciplina militares.
III – CORRETA - Art. 309.
IV – FALSA – Não é incomum a banca fazer essa pegadinha incluindo o MP. Art 315. A
perícia pode ser determinada pela autoridade policial militar ou pela judiciária, ou
requerida por qualquer das partes.
Gabarito: B

Q197 - Um Aspirante a Oficial, com menos de três anos de efetivo serviço,


consumou o crime de deserção, após ausentar-se, sem licença da autoridade
competente, por mais de oito dias do quartel no qual estava servindo.
Considerando a situação hipotética acima descrita e as disposições do Código
de Processo Penal Militar, marque a alternativa CORRETA:

a) Sendo capturado, deverá ser submetido à inspeção de saúde e, verificando a


incapacidade definitiva, será isento da reinclusão e do processo, sendo os autos
arquivados, após pronunciamento do representante do Ministério Público.
b) Consumada a deserção, o Aspirante a Oficial será agregado, fazendo-se
publicação, em boletim ou documento equivalente, do termo de deserção e
remetendo-se, em seguida, os autos à Auditoria competente. Apresentando-se
voluntariamente, ou sendo capturado, permanecerá agregado até o trânsito em
julgado.
c) A contagem dos dias de ausência, para o efeito da lavratura do termo de deserção,
iniciar-se-á a zero hora do dia em que for verificada a falta injustificada do militar.
d) Sendo o Aspirante a Oficial capturado ou se apresentado voluntariamente,
independentemente de inspeção de saúde, serão encaminhados os autos, em cinco
dias, para oferecimento da denúncia, arquivo ou solicitação de diligências por parte
do representante do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente, é importante saber que o aspirante a oficial NÃO é oficial. Ele é praça
especial. O procedimento é diferente. As assertivas "b" e "d" dizem respeito ao
procedimento de deserção do Oficial, sendo que para a praça especial estas duas
situações são diferentes. A alternativa "c" diz respeito a uma norma aplicada aos dois
procedimentos, pois é uma norma geral, para qualquer processo de deserção, com
um erro, demonstrado abaixo. A alternativa "a" é a correta. Vejamos as justificativas,
no CPPM:
a) Art. 457.
§ 1º O desertor sem estabilidade que se apresentar ou for capturado deverá ser
submetido à inspeção de saúde e, quando julgado apto para o serviço militar, será
reincluído.
§ 2º (...) em caso de incapacidade definitiva, seja o desertor sem estabilidade isento
da reinclusão e do processo, sendo os autos arquivados, após o pronunciamento do
representante do Ministério Público Militar.
b) Art. 456.
§ 4º Consumada a deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, será
ela imediatamente excluída do serviço ativo. Se praça estável, será agregada,
fazendo-se, em ambos os casos, publicação, em boletim ou documento equivalente,
do termo de deserção e remetendo-se, em seguida, os autos à auditoria competente.
c) Art. 451.
§ 1º A contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do termo de deserção,
iniciar-se-á a zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada a falta
injustificada do militar.
d) A inspeção de saúde para praça especial ou sem estabilidade é
obrigatória, conforme Art. 457, §1º, retro. E a alternativa erra em dizer
"independentemente de inspeção de saúde".

Q198 - Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V,


quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F, quando se tratar de
afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta.

( ) O Cabo Ringo sofreu lesões corporais praticadas pelo Sargento Paul, no


pátio interno do batalhão do Exército em que servem. Foi instaurado o IPM
pois não houve situação de flagrante. De imediato, o Capitão George,
encarregado, determinou que Ringo fosse submetido a exame de corpo de
delito. No entanto, deixou de encaminhá-lo ao exame complementar, 30 dias
depois, determinante para classificar a lesão como grave pela incapacidade
para as funções habituais por mais de trinta dias. Quando o IPM chegou às
mãos do MPM, 65 dias após o crime, Ringo já estava trabalhando havia 10
dias. Segundo o Código de Processo Penal Militar (CPPM) prova testemunhal
poderá suprir a falta desse exame complementar.

( ) Segundo positivado no CPPM, a fotocópia de um ofício tem o mesmo valor


probante que seu original. Mas sua autenticidade pode ser contestada.

( ) Segundo o CPPM, se um indício tem relação de causalidade remota com o


fato indicado e este fato coincide com a prova resultante de outros indícios,
preenche as condições para constituir prova.

( ) Segundo o CPPM, a busca domiciliar poderá ser executada à noite, se for


para acudir vítimas de crime ou desastre.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A afirmativa 2 é sacana, mas está errada mesmo...
Art. 373. Fazem a mesma prova que os respectivos originais:
c) as fotocópias de documentos, desde que autenticadas por oficial público;
As alternativas A e C seguem o mesmo objeto do CPP, permitindo que a prova
testemunhal supra a perícia (a confissão não, ok?), e de que indício, a depender do
caso, pode constituir prova. Já a D é a literalidade do Art. 175 do CPPM.
Gabarito: B

Q199 - O Tenente Lennon, oficial da ativa do Exército, está sendo


processado, na Auditoria da 6ª CJM, por peculato-furto. É o único réu do
processo. Durante a instrução processual, foram ouvidos: o Sargento Pepper,
o Tenente Ringo e o Cabo Harrison, que comprovadamente só o conheciam
de vista; os civis Lucy (filha do réu) e Sky (pai do réu). Além deles, o
Sargento Paul, o Cabo Mcartney e o Sub Ten John, que serviram com ele,
mas comprovadamente só tinham relacionamento profissional, porém
amistoso.
Com base no texto-base acima e considerando a paridade de armas entre
Ministério Público e defesa no processo e o positivado no CPM e CPPM,
analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando
se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa
falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) O Sargento Pepper, o Tenente Ringo e o Cabo Harrison prestam o


compromisso de dizer a verdade, ao serem ouvidos em juízo, mas não são
obrigados a produzir prova que os incrimine.

( ) Caso se constate, ao ser qualificado antes da oitiva, que o Subtenente


John era primo do réu, ele deve ser ouvido como testemunha informante,
sem prestar compromisso de dizer a verdade.

( ) Após a oitiva das testemunhas citadas no texto-base acima, se a defesa


requerer, em petição, a oitiva dos Soldados Michael, Lionel e Prince, que
foram mencionados no depoimento do Sargento Pepper, o pedido deve ser
deferido.

( ) se o réu for condenado a 3 anos de reclusão, a sentença do Conselho


Especial de Justiça poderá impor a pena acessória de perda do posto e
patente.

a) V – F – F – F
b) V – F – F – V
c) V – F – V – F
d) V – F – V – V
e) F – V – V – F

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão cobrou o conhecimento acerca dos tipos de testemunha do CPPM. Segue
um sucinto resume para ajudar no entendimento da questão.

Tipos de testemunhas:
a) numerárias: arroladas pelas partes (há compromisso de dizer a verdade)
b) informantes: são as que não estão incluídas dentre as dispensadas para depor
(não há o compromisso)
c) referidas: são as mencionadas no depoimento de outra testemunha. (há
compromisso de dizer a verdade)

( ) O Sargento Pepper, o Tenente Ringo e o Cabo Harrison prestam o compromisso de


dizer a verdade, ao serem ouvidos em juízo, mas não são obrigados a produzir prova
que os incrimine. VERDADEIRO, pois não estão no rol de testemunhas
desobrigadas a dizer a verdade.

Art. 352. A testemunha deve declarar seu nome, idade, estado civil, residência,
profissão e lugar onde exerce atividade, se é parente, e em que grau, do acusado e
do ofendido, quais as suas relações com qualquer deles, e relatar o que sabe ou tem
razão de saber, a respeito do fato delituoso narrado na denúncia e circunstâncias que
com o mesmo tenham pertinência, não podendo limitar o seu depoimento à simples
declaração de que confirma o que prestou no inquérito. Sendo numerária ou
referida, prestará o compromisso de dizer a verdade sobre o que souber e
lhe for perguntado.

( ) Caso se constate, ao ser qualificado antes da oitiva, que o Subtenente John era
primo do réu, ele deve ser ouvido como testemunha informante, sem prestar
compromisso de dizer a verdade. FALSO
O primo não está no rol de testemunhas que estão desobrigadas de depor.

Art. 354. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Excetuam-se o


ascendente, o descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, e
o irmão de acusado, bem como pessoa que, com ele, tenha vínculo de adoção, salvo
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
suas circunstâncias. (CADI) + PVA = Pessoa com vínculo de adoção

( ) Após a oitiva das testemunhas citadas no texto-base acima, se a defesa requerer,


em petição, a oitiva dos Soldados Michael, Lionel e Prince, que foram mencionados no
depoimento do Sargento Pepper, o pedido deve ser deferido. VERDADEIRO. Art.
417, § 2º e 3º, do CPPM

2º As testemunhas de defesa poderão ser indicadas em qualquer fase da


instrução criminal, desde que não seja excedido o prazo de cinco dias, após a
inquirição da última testemunha de acusação. Cada acusado poderá indicar até
três testemunhas, podendo ainda requerer sejam ouvidas testemunhas
referidas ou informantes, nos termos do § 3º.

Testemunhas referidas e informantes


3º As testemunhas referidas, assim como as informantes, não poderão exceder a
três.

( ) se o réu for condenado a 3 anos de reclusão, a sentença do Conselho Especial de


Justiça poderá impor a pena acessória de perda do posto e patente. FALSO
Se for considerado indigno ou incompatível com o oficialato, perderá o posto
e a patente por decisão do STM e não do Conselho de Justiça (art. 142, § 3º,
VI, da CF)

VI - O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou


com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade
superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18,
de 1998)
Q200 - Uma vez admitido o assistente do Ministério Público, o processo
prosseguirá independentemente de qualquer aviso a ele, salvo notificação
para assistir ao julgamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 66. O processo prosseguirá independentemente de qualquer aviso ao assistente,
salvo notificação para assistir ao julgamento. Correta.

Q201 - O juiz não poderá cassar a admissão do assistente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 67. O juiz poderá cassar a admissão do assistente, desde que êste tumultue o
processo ou infrinja a disciplina judiciária. Errada.

Q202 - No Processo Penal Militar a denúncia deverá ser oferecida, se o


acusado estiver preso, dentro do prazo de _ dias, contados da data do
recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do prazo de _ dias, se o
acusado estiver solto. O auditor deverá manifestar-se sobre a denúncia,
dentro do prazo de _ dias.

a) 5/10/5
b) 5/15/15
c) 10/10/15
d) 10/15/10

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Prazo para oferecimento da denúncia
Art. 79. A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver prêso, dentro do prazo
de cinco dias, contados da data do recebimento dos autos para aquêle fim; e, dentro
do prazo de quinze dias, se o acusado estiver sôlto. O auditor deverá manifestar-se
sôbre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias. Gab: B

Q203 - Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA.

a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios


suficientes de autoria.
b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação
criminosa, de quadrilha ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão
preventiva visando à proteção do policial militar que praticou o fato
amparado por excludente de ilicitude.
c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva
anteriormente decretada, deverá o Juiz revogar a medida, bem como, se for
o caso, de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão
preventiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPPM:
Competência e requisitos para a decretação
Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho
de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação
da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase dêste ou do
processo, concorrendo os requisitos seguintes:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria.
No Superior Tribunal Militar
Parágrafo único. Durante a instrução de processo originário do Superior Tribunal
Militar, a decretação compete ao relator.
Casos de decretação
Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá
fundar-se em um dos seguintes casos:
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado
ou acusado.
Fundamentação do despacho
Art. 256. O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre
fundamentado; e, da mesma forma, o seu pedido ou requisição, que deverá
preencher as condições previstas nas letras a e b , do art. 254.
Alternativa: letra B.

Q204 - Marque a alternativa INCORRETA. Compete à Polícia Judiciária


Militar:

a) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis os exames


periciais necessários à elucidação do fato que se apura no IPM.
b) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar.
c) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua
guarda e responsabilidade.
d) requisitar da autoridade judiciária militar a prisão preventiva do indiciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:
c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar;
*d) representar a autoridades judiciárias militares acerca da prisão preventiva e
da insanidade mental do indiciado;
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua
guarda e responsabilidade, bem como as demais prescrições deste Código, nesse
sentido;
*g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e
exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar;
Gabarito: Letra D.
Q205 - O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se
novas provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou à terceira
pessoa, ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Literalidade do Art 25. Certa.

Q206 - Os autos de inquérito poderão ser devolvidos à autoridade policial em


hipóteses expressamente previstas na lei, sendo que, em qualquer dos
casos, o juiz marcará prazo, não excedente de 20 dias, para a restituição dos
autos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejamos:
Art. 26. Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a autoridade policial militar,
a não ser:
I — mediante requisição do Ministério Público, para diligências por ele consideradas
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
II — por determinação do juiz, antes da denúncia, para o preenchimento de
formalidades previstas neste Código, ou para complemento de prova que julgue
necessária.
Parágrafo único. Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não
excedente de vinte dias, para a restituição dos autos.
Gabarito: Correta.

Q207 - Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida


preventiva e assecuratória não prevista no Código de Processo Penal Militar.
a) Menagem.
b) Prisão preventiva.
c) Prisão temporária.
d) Prisão em flagrante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dessa questão tiramos duas lições:
1 – Prisão temporária não se aplica ao CPPM, embora exista a Detenção, instituto
levemente semelhante (aquele que independe da prisão em flagrante, até 30D+20.
2 – Menagem é também uma medida assecuratória
Gabarito: C

Q208 - Um Soldado, praça sem estabilidade, desertou em fevereiro de 2012 e


foram tomadas as providências legais. Em maio de 2012, foi capturado e
submetido a inspeção de saúde e julgado apto para o serviço militar. Deverá,
em seguida, ser procedida sua reversão ao serviço ativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pegadinha forte está na última assertiva, pois quando há deserção de praça
estável e está é considerada apta ao serviço militar em inspeção de saúde será
procedida à reversão. A praça sem estabilidade que for considerada apta ao
serviço militar em inspeção de saúde será REINCLUÍDA. (art. 457, §1º e §3º,
CPPM). Erraa.

Q209 - Analise os casos abaixo, colocando entre parênteses a letra V,


quando se tratar de afirmativa verdadeira e a letra F, quando se tratar de
afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta:
( ) De acordo com o CPPM, se o Comandante de uma Organização Militar
toma conhecimento de um fato que, segundo o Código Penal Militar,
configura crime militar, pode, instaurar uma sindicância para fazer,
inicialmente, uma apuração sumária.
( ) Verificando que um relatório de um Inquérito Policial Militar (IPM) afasta
a hipótese de existência de crime, a autoridade policial judiciária militar
mandará arquivá-lo.
( ) O encarregado de IPM deve declarar-se suspeito quando ocorrer motivo
legal que lhe seja aplicável

a) V –V – V
b) V – F – V
c) F – F – V
d) F – V – F
e) F – F – F

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(F) Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria: f) quando, de sindicância feita
em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração penal militar.

(F) Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito,
embora conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
(V) Suspeição do encarregado de inquérito
Art. 142. Não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas
deverá êste declarar-se suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.
Gabarito: Letra C.

Q210 - Um Segundo-Tenente consumou o crime de deserção previsto no art.


187 do Código Penal Militar, ausentando-se, sem licença, por mais de oito
dias, de determinada organização militar na qual estava servindo.

De acordo com as disposições do Código de Processo Penal Militar acerca do


"Processo de Deserção de Oficial", é correto afirmar que:

a) consumada a deserção, o Segundo-Tenente será imediata-mente excluído


do serviço ativo, fazendo-se publicação, em boletim ou documento
equivalente, do termo de deser-ção e remetendo-se, em seguida, os autos à
Auditoria competente. Apresentando-se voluntariamente ou sendo
capturado, deverá ser submetido à inspeção de saúde e, quando julgado apto
para o serviço militar, será reincluído.
b) recebido o termo de deserção do Segundo-Tenente e demais peças, o juiz
auditor mandará autuá-los e dar vista do processo, por 5 (cinco) dias, ao
procurador, podendo este requerer o arquivamento, ou o que for de direito,
ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade tiver sido omitida, ou após o
cumprimento das diligências requeri-das .
c) consumada a deserção, o Segundo-Tenente será agregado, fazendo-se
publicação, em boletim ou documento equiva-lente, do termo de deserção e
remetendo-se, em segui-da, os autos à Auditoria competente. Apresentando-
se voluntariamente, ou sendo capturado, será revertido, não sendo realizada
inspeção de saúde.
d) consumada a deserção, o Segundo-Tenente será imediata-mente demitido
do serviço ativo, fazendo-se publicação, em boletim ou documento
equivalente, do termo de deser-ção e remetendo-se, em seguida, os autos à
Auditoria competente. Apresentando-se voluntariamente ou sendo
capturado, deverá ser submetido à inspeção de saúde e, quando julgado apto
para o serviço militar, será reincluído
e) a denúncia oferecida pelo procurador contra o Segundo- Tenente só será
recebida pelo juiz auditor após a captu-ra ou apresentação voluntária desse
oficial,
independen-temente de inspeção de saúde, sendo a decisão de recebi-mento
da denúncia comunicada à autoridade à qual o mili-tar estiver subordinado,
no prazo de 5 (cinco) dias, para as providências administrativas decorrentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPPM:
Art. 454. Transcorrido o prazo para consumar-se o crime de deserção, o comandante
da unidade, ou autoridade correspondente ou ainda a autoridade superior, fará lavrar
o termo de deserção circunstanciadamente, inclusive com a qualificação do desertor,
assinando-o com duas testemunhas idôneas, publicando-se em boletim ou documento
equivalente, o termo de deserção, acompanhado da parte de ausência. (Redação
dada pela Lei nº 8.236, de 20.9.1991)

§ 3º Recebido o termo de deserção e demais peças, o Juiz-Auditor mandará autuá-los


e dar vista do processo por cinco dias, ao Procurador, podendo este requerer o
arquivamento, ou que for de direito, ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade
tiver sido omitida, ou após o cumprimento das diligências requeridas. (Parágrafo
incluído pela Lei nº 8.236, de 20.9.1991)
Gabarito: B

Q211 - Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar


detido, durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a
detenção à autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser
prorrogado, por mais quinze dias, pelo comandante da Região, Distrito Naval
ou Zona Aérea, mediante solicitação fundamentada do encarregado do
inquérito e por via hierárquica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo é 30 + 20. Errada.
Q212 - O inquérito deverá terminar em vinte dias, se o indiciado estiver
preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto,
contados a partir da data em que se instaurar o inquérito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q213 - Com relação à ―Deserção de Oficial‖, prevista no Código de Processo


Penal Militar, assinale a alternativa correta.

a) O oficial desertor será reformado, permanecendo nessa situação ao apresentar-se


ou ser capturado, até decisão transitada em julgado.
b) Recebido o termo de deserção e demais peças, o Juiz-Auditor mandará autuá-los e
dar vista do processo por três dias, ao Procurador, podendo este requerer o
arquivamento, ou que for de direito, ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade
tiver sido omitida, ou após o cumprimento das diligências requeridas.
c) Recebido o termo de deserção e demais peças, o Juiz-Auditor mandará autuá-los e
dar vista do processo por dois dias, ao Procurador, podendo este requerer o
arquivamento, ou que for de direito, ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade
tiver sido omitida, ou após o cumprimento das diligências requeridas.
d) Transcorrido o prazo para consumar-se o crime de deserção, o comandante da
unidade, ou autoridade correspondente ou ainda a autoridade superior, fará lavrar o
termo de deserção circunstanciadamente, inclusive com a qualificação do desertor,
assinando-o com duas testemunhas idôneas, publicando-se em boletim ou documento
equivalente, o termo de deserção, acompanhado da parte de ausência.
e) Recebido o termo de deserção e demais peças, o Juiz-Auditor mandará autuá-los e
dar vista do processo por sete dias, ao Procurador, podendo este requerer o
arquivamento, ou que for de direito, ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade
tiver sido omitida, ou após o cumprimento das diligências requeridas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
É chato, mas as bancas adoram prazos, e as questões B, D e E, o erro está
exatamente relacionados a eles, pois aqui se aplica o prazo de CINCO DIAS. A letra A
está errada, pois o Oficial desertor ficará AGREGADO. Gabarito: D.
Q214 - Ingressando na Polícia Militar de Minas Gerais em 15 de julho de
2013, após sua regular matrícula no Curso de Formação de Oficiais, um
cadete pratica, em tese, o ilícito penal militar de deserção. Em 02 de janeiro
de 2014, o mesmo foi recapturado, ficando, a partir daquela data, a
disposição da autoridade competente.

Considerando a situação hipotética descrita acima e as disposições contidas


no Código de Processo Penal Militar, marque a alternativa CORRETA:

a) Uma vez consumada a deserção, ficará agregado ao respectivo quadro e somente


será excluído do serviço ativo após processo em que lhe seja assegurada ampla
defesa e contraditório.
b) Se não for julgado dentro de 60 (sessenta) dias, a contar do dia de sua captura,
será posto em liberdade, salvo se tiver dado causa ao retardamento do processo.
c) Dada a natureza e o autor do delito, o Inquérito Policial Militar deverá ter oficial
como escrivão e o encarregado terá o prazo de 40 (quarenta) dias para concluir as
investigações, prorrogáveis por mais 20 (vinte) dias.
d) O termo de deserção tem o caráter de instrução definitiva e destina-se a fornecer
os elementos necessários à propositura da ação penal, ainda que não sujeite, desde
logo, o desertor à prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso de Aluno do curso de formação, bem como o Aspirante, são praças especiais,
não confundam ele com oficial que é só de 2 tenente até coronel. Vejamos
A. Art. 456, §4º CPPM - será excluído do serviço
B. correta - art. 453 CPPM
C. art. 11 CPPM parte final, pelo fatos explicados acima. Cai a incumbência em em
praça não oficial.
D. caráter provisório. Art. 452 CPPM.
Gabarito: B

Q215 - Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese,


de ilícito penal militar. Dada a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é
CORRETO afirmar que:
a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por ele,
ouvidos o acusado, o condutor e as testemunhas que o acompanharem, nesta ordem,
sob pena de nulidade.
b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração
militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do
lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão.
c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será
assinado por três pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do
preso.
d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou judiciária
verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não participação da
pessoa conduzida, revogará a prisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão pra revisar. Gabarito: B

Q216 - Após regular instrução processual, Conselho de Justiça profere


sentença, condenando, por maioria de votos, o réu às penas previstas em lei.
Conforme prova dos autos, o acusado não foi citado e a defesa se quedou
silente sobre tal situação, ficando, contudo, cabalmente, demonstrado que
um dos integrantes do Conselho era inimigo do réu.

Considerando a situação hipotética descrita acima e as disposições sobre


nulidades contidas no Código de Processo Penal Militar, assinale a afirmativa
CORRETA:
a) Será declarada a nulidade de todo ato processual praticado pelo juiz inimigo do
réu, ainda que não tenha influído na apuração da verdade substancial ou na decisão
da causa.
b) O silêncio das partes não sana os atos nulos, ainda que se trate de formalidade de
seu exclusivo interesse, devendo o juiz, mediante representação da outra parte, ou,
de ofício, declarar toda e qualquer nulidade.
c) A falta da citação não é sanável em hipótese alguma, devendo o processo ser
considerado nulo a partir de então, sendo determinada pelo juiz, nova citação válida
para o regular trâmite do processo.
d) A sentença proferida pelo Conselho de Justiça com juiz irregularmente investido,
impedido ou suspeito, não anula o processo, salvo se a maioria se constituir com o
seu voto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A - Art. 502. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver
influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
B - Art. 505. O silêncio das partes sana os atos nulos, se se tratar de
formalidade de seu exclusivo interêsse.
C - Art. 503. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação ficará
sanada com o comparecimento do interessado antes de o ato consumar-se, embora
declare que o faz com o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão
ou adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar o
direito da parte.
D - Art. 509. A sentença proferida pelo Conselho de Justiça com juiz irregularmente
investido, impedido ou suspeito, não anula o processo, salvo se a maioria se
constituir com o seu voto.
Gabarito: D

Q217 - Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da


prisão preventiva previstos no art. 255 do Código de Processo Penal Militar.

a) garantia da ordem econômica.


b) conveniência da instrução criminal.
c) periculosidade do indiciado.
d) segurança da aplicação da lei penal militar.
e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da disciplina
militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: A. Essa hipótese está presente somente no CPP.

Q218 - Os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do


inquérito servirão apenas para a propositura da ação penal, devendo ser
desentranhados dos autos após o recebimento da denúncia, ainda que
tenham sido realizados por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas no Código Penal Militar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 9º, Parágrafo único: São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os
exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por
peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código. Errada.

Q219 - O inquérito é iniciado mediante portaria quando, de sindicância feita


em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração
penal comum, seja da competência da Justiça Estadual ou Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 10, "f", O inquérito é iniciado mediante portaria quando, de sindicância feita em
âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração penal militar.
Errada.

Q220 - No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura do


inquérito, o seu encarregado enviá-lo-á à autoridade de que recebeu a
delegação, para que lhe homologue ou não a solução, aplique penalidade, no
caso de ter sido apurada infração disciplinar, ou determine novas diligências,
se as julgar necessárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CORRETO. Art 22, § 1º.

Q221 - Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de


indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, deverá
requerer ao Juiz Auditor a sua substituição por outro oficial de posto
superior ou mais antigo que o investigado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
§ 5º Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de indícios
contra oficial de pôsto superior ao seu, ou mais antigo, tomará as providências
necessárias para que as suas funções sejam delegadas a outro oficial, nos têrmos do
§ 2° do art. 7º. Basta lembrar que normalmente o juiz não interfere no IPM, que é
responsável é o CMT da unidade. Questão braba. Errada.

Q222 - Com base nas normas positivadas no Código de Processo Penal Militar
(CPPM), Decreto Lei 1002/69, analise as afirmativas abaixo, colocando entre
parênteses a letra V, se a afirmativa for verdadeira, e a letra F se a
afirmativa for falsa. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a
seqüência correta.

I - ( ) Em tempo de paz, as normas do Código de Processo Penal Militar não


se aplicam fora do território nacional.
II- ( ) Jurisprudência e usos e costumes militares podem suprir casos
omissos do CPPM.
II- ( ) Quando militares estaduais responderem na justiça militar estadual
por crimes previstos na lei penal militar, os recursos, a execução da sentença
e a organização da justiça serão regulados pelo CPPM.

a) F-F-F.
b) F-V-F.
c) V - F - V .
d) V-V-F.
e) F-V-V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I - Art. 4º. (Falsa)
II - Art. 3º (Verdadeira)
III – Art 6º (Falsa) - Obedecerão às normas processuais previstas neste Código, no
que forem aplicáveis, salvo quanto à organização de Justiça, aos recursos e à
execução de sentença, os processos da Justiça Militar Estadual, nos crimes
previstos na Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e praças das Polícias e dos
Corpos de Bombeiros, Militares. Gabarito: E

Q223 - Um IPM que tramita no MPM e na JMU versa sobre um furto de armas
em que houve um arrombamento de uma porta e cadeados da reserva de
armamento. Ao receber os autos, o MPM requisitou o laudo pericial do local
do crime, com os quesitos relativos ao arrombamento. No entanto o local do
crime não foi preservado nem periciado, embora dezenas de pessoas tenham
visto em detalhes as marcas de arrombamento. No entanto, pode haver
denúncia e até condenação pela qualificadora relativa ao arrombamento
(com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa) com base
na prova testemunhai que caracteriza corpo de delito indireto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Corpo de delito indireto
Parágrafo único. Não sendo possível o exame de corpo de delito direto, por
haverem desaparecido os vestígios da infração, supri-lo-á a prova testemunhal.
Gabarito: Correta.

Q224 - O Sargento Jack, processado na Justiça Militar da União (JMU), por


homicídio doloso praticado contra o Cabo Jones, foi ouvido em interrogatório
onde afirmou que o fez em legítima defesa da própria vítima, pois, na
verdade, teria atirado contra um bandido armado que ia matar a vítima,
errando a atingindo o Cabo Jones. Não há, até o momento, qualquer
testemunho ou outra prova que comprove tal relato. O ônus de provar que
não houve tal situação de legítima defesa é do Ministério público Militar
(MPM).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ônus da prova. Determinação de diligência
Art. 296. O ônus da prova compete a quem alegar o fato, mas o juiz poderá, no curso
da instrução criminal ou antes de proferir sentença, determinar, de ofício, diligências
para dirimir dúvida sôbre ponto relevante. Realizada a diligência, sôbre ela serão
ouvidas as partes, para dizerem nos autos, dentro em quarenta e oito horas,
contadas da intimação, por despacho do juiz. Errada.

Q225 - No início do depoimento do Capitão Jack, testemunha arrolada na


denúncia, em processo submetido a um Conselho Especial de Justiça na 6a
CJM, a defesa constatou e questionou o fato de se tratar do encarregado do
IPM que deu origem ao processo, suscitando o impedimento e requerendo a
exclusão da testemunha. O Conselho Especial de Justiça deve deferir o
pedido e excluir a testemunha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção, essa é uma pegadinha clássica do CPPM. Primeiro, que se trata de uma
causa de suspeição (Art. 38), pois o encarregado deu causa ao processo, e não
impedimento, e segundo que a suspeição da autoridade militar só ocorrerá se ELA
MESMA se declarar impedida, logo, não cabe a parte alegar.

Suspeição do encarregado de inquérito


Art. 142. Não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas deverá êste
declarar-se suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.

Q226 - A denúncia, segundo o Código de Processo Penal Militar:


a) conterá a exposição do fato criminoso, com todas as circunstâncias, bem
como a classificação do crime.
b) conterá o rol de testemunhas, que não poderá ser dispensado mesmo se o
Ministério Público dispuser de prova documental suficiente.
c) deverá ser oferecida, se o imputado estiver preso, no prazo improrrogável
de 10 (dez) dias.
d) em caso de rejeição decorrente da ilegitimidade do acusador, será
obstado o exercício da ação penal, mesmo se, depois, vier a ser promovida
por acusador legítimo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: A.

Q227 - No que se refere às medidas assecuratórias, segundo o Código de


Processo Penal Militar:

a) a busca domiciliar será executada sempre durante o dia,


independentemente do consentimento expresso do morador para realizá-la à
noite ou de ter como escopo acudir a vítima do crime.
b) a revista pessoal será realizada quando houver suspeitas, mesmo
superficiais, de que alguém oculte consigo objetos que constituam corpo de
delito.
c) proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem,
para descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do
acusado.
d) a autoridade militar não poderá requisitar à autoridade policial civil a
realização da busca, devendo esta ser executada, no curso do inquérito ou
do processo penal, por oficial de justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Incorreta: Art. 175. A busca domiciliar será executada de dia, salvo para acudir
vítimas de crime ou desastre.
Parágrafo único. Se houver consentimento expresso do morador, poderá ser realizada
à noite
B) Incorreta: Exige-se ―a fundada suspeita‖.
C) Certa.
D) Busca no curso do processo ou do inquérito
Art. 184. A busca domiciliar ou pessoal por mandado será, no curso do
processo, executada por oficial de justiça; e, no curso do inquérito, por oficial,
designado pelo encarregado do inquérito, atendida a hierarquia do pôsto ou
graduação de quem a sofrer, se militar.
Requisição a autoridade civil
Parágrafo único. A autoridade militar poderá requisitar da autoridade
policial civil a realização da busca.
Gabarito: Letra C.

Q228 - Admite-se a delegação do exercício da atividade da polícia judiciária


militar a oficiais da ativa, para fins especificados e por tempo limitado,
atendidos hierarquia e comando, entre outras normas; em se tratando de
delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá a referida
delegação recair em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial
da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme dispõe o artigo 7º do CPPM, a polícia judiciária militar é exercida pelas
seguintes autoridades: Obedecidas as normas regulamentares de jurisdição,
hierarquia e comando, as atribuições enumeradas neste artigo poderão ser delegadas
a oficiais da ativa, para fins especificados e por tempo limitado. E, em se tratando de
delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela em oficial de
pôsto superior ao do indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva,
remunerada ou não, ou reformado. Correta.
Q229 - É atribuição da polícia judiciária militar a investigação de crimes
comuns ocorridos no interior das vilas militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Justiça militar NUNCA julga crime comum. Art. 10, 3º Se a infração penal não fôr,
evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à autoridade policial
competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de
dezoito anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores. Errada.
Q230 - O CPPM prevê a possibilidade de afastamento do encarregado do IPM
sob o fundamento de suspeição, de modo que se preservem a hierarquia e a
disciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que está errada.

Q231 - A lei processual penal militar pode ser interpretada extensiva ou


restritivamente, e, ainda, ser suprida pela legislação de processo penal
comum, sem prejuízo da índole do processo penal militar, mesmo que resulte
em situação mais gravosa ao acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPPM, Art. 2º [...]
Interpretação extensiva ou restritiva
1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando fôr
manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que
é mais ampla, do que sua intenção.
Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal
2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando:
a) cercear a defesa pessoal do acusado;
b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza;
c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.
Errada.

Q232 - Em relação ao foro militar, à jurisdição e à competência, julgue

A perpetuatio fori, uma das consequências da conexão ou da continência,


ocorre com a reunião dos processos, o juiz ou tribunal da sua competência
original, venha a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a
infração para outra que não se inclua na esfera de sua competência,
continuando o juiz ou tribunal competente em relação às demais infrações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A – Correta - Verificada a reunião dos processos, em virtude de conexão ou
continência, ainda que no processo da sua competência própria venha a proferir
sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na
esfera de sua competência, continuando o juiz ou tribunal competente em relação às
demais infrações de acordo com o artigo 104 do CPPM. É a chamada perpetuatio
jurisditiones ou perpetuatio fori. Já falamos disso, economia processual, razoável
duração do processo e não ofende o devido processo legal.

Q233 - O CPPM prevê a possibilidade da separação de julgamento no caso


de, havendo vários acusados, algum estar foragido e não poder ser julgado à
revelia ou no caso de os defensores de dois ou mais acusados não acordarem
na suspeição de juiz do Conselho de Justiça, hipóteses que implicam quebra
da unidade processual exigida pela conexão ou continência.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão maliciosa (mas caiu pra juiz, ok?) não é POSSIBILIDADE, é obrigação
(questão contestável, pois penso que mesmo sendo uma obrigação, continua sendo
uma possibilidade de ocorrer num processo, e está prevista, enfim...). Haverá a
separação OBRIGATÓRIA nesses casos de acordo com o artigo 105 do CPPM. Errada.

Q234 - Em se tratando de crimes praticados por militar fora do território


nacional, o CPPM firma a competência pela sede do lugar em que serve o
agente no território nacional ou, não sendo isso possível, pela distribuição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os crimes militares cometidos fora do território nacional serão, de regra, processados
em Auditoria da Capital da União de acordo com o artigo 91 do CPPM. Errada.

Q235 - De acordo com o CPPM, a conexão ocorre quando duas ou mais


pessoas são acusadas da mesma infração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o artigo 100 do CPPM esse é caso de continência e não de conexão. Errada.

Q236 - De acordo com preceito expresso do CPPM, o fato de o juiz ter sido
declarado suspeito ou impedido não anula o processo, salvo no caso de seu
voto ter sido seguido pela maioria ou no caso de absolvição do acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 509. A sentença proferida pelo Conselho de Justiça com juiz irregularmente
investido, impedido ou suspeito, não anula o processo, salvo se a maioria se
constituir com o seu voto. Errada.

Q237 - Segundo o Código de Processo Penal Militar, ocorrerá nulidade no


seguinte caso:

a) Se não forem observadas quaisquer formalidades processuais, independentemente


da análise da existência de prejuízo para as partes.
b) Quando as testemunhas ou advogados do réu forem declarados impedidos.
c) Se não for realizado o exame de corpo de delito, independentemente de o crime
deixar vestígios.
d) Incompetência, impedimento, suspeição ou suborno do juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 500. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I — por incompetência, impedimento, suspeição ou suborno do juiz;
II — por ilegitimidade de parte;
III — por preterição das fórmulas ou termos seguintes:
b) o exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o
disposto no parágrafo único do art. 328;
IV — por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do processo.
Art. 328. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Corpo de delito indireto
Parágrafo único. Não sendo possível o exame de corpo de delito direto, por
haverem desaparecido os vestígios da infração, supri-lo-á a prova testemunhal.
Gabarito: D

Q238 – O IPM será encerrado com minucioso relatório, em que o


encarregado mencionará as diligências feitas e se há indícios de crime
militar, não podendo se manifestar quanto à existência de transgressão
disciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 22. O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu
encarregado mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados
obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em
conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se,
neste último caso, justificadamente, sôbre a conveniência da prisão preventiva do
indiciado, nos têrmos legais. Errada.

Q239 – O Código de Processo Penal Militar prevê que a ação penal militar é
pública e somente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPPM
Promoção da ação penal
Art. 29. A ação penal é pública e somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público Militar. Correta.

Q240 - No crime de deserção praticado por Oficial, a ação penal militar é


pública e será promovida por denúncia do Ministério Público, oferecida após
a captura ou apresentação voluntária do desertor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Epa! Já vimos isso lá nas primeiras questões, não vá erra.
§ 3º Recebido o termo de deserção e demais peças, o JuizAuditor mandará autuálos
e dar vista do processo por cinco dias, ao Procurador, podendo este requerer o
arquivamento, ou que for de direito, ou oferecer
denúncia, se nenhuma formalidade tiver sido omitida, ou após o cumprimento das
diligências requeridas.
§ 4º Recebida a denúncia, o JuizAuditor determinará seja aguardada a captura ou
apresentação voluntária do desertor. Não se impede que o oferecimento da denúncia
e seu recebimento ocorra. Errada.

Q241 - Considerando as funções de escrivão nas atividades de polícia


judiciária militar, assinale a alternativa correta.
a) No Auto de Prisão em Flagrante Delito, a designação para escrivão do
feito poderá recair sobre qualquer pessoa idônea, caso não existam ou
estejam impedidos os militares com posto ou graduação previstos no Código
de Processo Penal Militar.
b) A designação do escrivão do Inquérito Policial Militar deverá recair, no
mínimo, em primeiro-tenente, se o indiciado for oficial.
c) A designação do escrivão do Inquérito Policial Militar deverá recair, no
mínimo, em segundo-sargento, se o indiciado for praça.
d) Somente deverão ser rubricadas e assinadas pelo escrivão as peças do
Inquérito Policial Militar que não estiverem em ordem cronológica.
e) A autoridade originária que delegar as atribuições de polícia judiciária
militar não poderá designar o escrivão do feito pois esta designação é de
responsabilidade do Encarregado do Inquérito Policial Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letras B e C - Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo
encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para
aquêle fim, recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado fôr oficial, e em
sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos.
Letra D - Art. 21. Tôdas as peças do inquérito serão, por ordem cronológica,
reunidas num só processado e dactilografadas, em espaço dois, com as fôlhas
numeradas e rubricadas, pelo escrivão.
Falta ou impedimento de escrivão
§ 5º Na falta ou impedimento de escrivão ou das pessoas referidas no parágrafo
anterior, a autoridade designará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que,
para êsse fim, prestará o compromisso legal. Gabarito: Letra A.

Q242 - Para a decretação da prisão preventiva, são necessários como


requisitos e fundamentos, respectivamente, indícios do fato delituoso e
indícios suficientes de autoria. Fundamentos: garantia da ordem pública,
conveniência da instrução criminal, periculosidade do indiciado ou do
acusado, segurança da aplicação da lei penal militar, exigência da
manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares,
quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou do
acusado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão capciosa, o erro está bem no começo. Não é indício do fato delituoso, mas
PROVA do fato delituoso. Errada.

Q243 – 2º Tenente PMDF – Direito – CESPE 2011.

Não se exige a citação do investigado para a lavratura do termo de deserção,


mas apenas a publicação do termo em boletim ou documento equivalente.
Isso decorre da natureza inquisitorial do procedimento, cuja finalidade é
instruir eventual ação penal que venha a ser oferecida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STF: Não se exige a citação do investigado para a lavratura do termo de deserção,
mas apenas a publicação do termo em boletim ou documento equivalente (art. 454
do Código de Processo Penal Militar). Isso decorre da natureza inquisitorial do
procedimento, cuja finalidade é instruir eventual ação penal que venha a ser
oferecida. Correta.

Q244 - O Comandante de uma Organização Militar da Marinha (OM)


instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apuração de fato que possa
constituir crime militar.O prazo inicial foi de 40 dias, entretanto,existiu a
necessidade de diligências indispensáveis à elucidação do fato.De acordo
com o Código de Processo Penal Militar, quem poderá prorrogar o prazo do
IPM?

a) Autoridade Militar Superior.


b) Ministério Público Militar.
c) Comandante da OM.
d) Juiz-Auditor Militar
e) Encarregado do IPM.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já dissemos que normalmente no Juiz não interfere no IPM, portanto,
cuidado com a regra do CPP, aqui a coisa funciona de forma diferente,
vejamos:

Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver prêso,
contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em
que se instaurar o inquérito.
Prorrogação de prazo
§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela
AUTORIDADE MILITAR SUPERIOR, desde que não estejam concluídos exames ou
perícias já iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do
fato. O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser
atendido antes da terminação do prazo.

Q245 - De acordo com o Código de Processo Penal Militar,em relação ao


processo de crime de insubmissão assinale a opção INCORRETA.

a) Consumado o crime de insubmissão, o comandante, ou autoridade correspondente


da unidade para que fora designado o insubmisso, fará lavrar o termo de
insubmissão, circunstanciadamente, com indicação de nome, filiação, naturalidade e
classe a que pertencer o insubmisso e a data em que este deveria apresentar-se,
sendo o termo assinado pelo referido comandante, ou autoridade correspondente, e
por duas testemunhas idôneas, podendo ser impresso ou datilografado.
b) O termo, juntamente com os demais documentos relativos à insubmissão, tem o
caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer os elementos necessários à
propositura da ação penal, sendo o instrumento legal autorizador da captura do
insubmisso, para efeito da incorporação.
c) O insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao quartel por
menagem e será submetido à inspeção de saúde. Se incapaz, ficará isento do
processo e da inclusão.
d) Recebido o termo de insubmissão e os documentos que o acompanham, o Juiz-
Auditor determinará sua atuação e dará vista do processo, por dez dias, ao
procurador, que requererá o que for de direito, aguardando-se a captura ou
apresentação voluntária do insubmisso, se nenhuma formalidade tiver sido omitida ou
após cumprimento das diligências requeridas.
e) Aplica-se ao processo de insubmissão, para sua instrução e julgamento, o disposto
para o processo de deserção de praça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há muito o que falar já que vimos tudo isso várias vezes, mas perceba o quanto
as bancas gostam de cobrar o prazo de vista do processo ao procurador. E
geralmente colocam errado, o certo é CINCO. As demais são a literalidade do CPPM.
Gabarito: D

Q246 - Em relação ao Inquérito Policial Militar é correto afirmar que:

a) são definitivas as provas periciais nele produzidas.


b) deverá terminar dentro de vinte dias, se o indiciado estiver solto.
c) possui caráter sigiloso, sendo vedado o acesso do advogado do indiciado.
d) o encarregado poderá ter assistência de um membro do Ministério
Público.
e) ao encarregado é vedada a representação a fim de que seja decretada a
prisão preventiva do indiciado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assistência de procurador
Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância ou
de difícil elucidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral a
indicação de procurador que lhe dê assistência.
Gabarito: D.

Q247 - Compete à Polícia Judiciária Militar requisitar da Polícia Civil ou


Federal a realização de exames periciais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:
requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis (PF inclui-se aqui) as
pesquisas e exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial
militar.

Q248 - Nos casos em que a PM e o corpo de bombeiros militar sejam


subordinados ao comando do secretário de segurança pública, este, como
servidor civil, não exerce a função de polícia judiciária militar, atividade
exclusiva de autoridade castrense.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q249 - No caso de crime contra a segurança externa do país, a requisição ao


procurador-geral da justiça militar para a instauração de ação penal não
vincula o MP, que somente proporá ação penal se preenchidos os requisitos
legais pertinentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o houver requisição, mas os requisitos estiverem ausentes, o MP não vai oferecer
a denúncia. Questão lógica. Uma das atribuições do MP é fiscalizar a lei. Sendo assim,
se não houver motivo legal para propositura da ação penal, logicamente, não irá
propor a mesma. Outrora, decorre do princípio da independência funcional do órgão
do MP, que é o titular da ação penal. Certa.

Q250 - O interrogatório do acusado será realizado em dia, lugar e hora


designados pelo juiz, após o recebimento da denúncia, devendo a autoridade
judiciária, antes de iniciar o ato, advertir o acusado de que o seu silêncio
poderá ser interpretado em prejuízo de sua defesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A jurisprudência já é pacífica no sentido de que não pode o silêncio ser interpretado
em prejuízo da defesa, em se tratando de ação penal. Ainda assim o Art. 305 do
CPPM não foi recepcionado pela CF. Errada.

Q251 - A classificação do crime contida na denúncia ou queixa, consistente


na indicação dos dispositivos da lei penal militar violada, não vincula o juízo,
uma vez que poderá ser alterada, quando do julgamento, com observância
das normas processuais pertinentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 687. Os órgãos da Justiça Militar, tanto em primeira como em segunda instância,
poderão alterar a classificação do crime, sem todavia inovar a acusação.
Parágrafo único. Havendo impossibilidade de alterar a classificação do crime, o
processo será anulado, devendo ser oferecida nova denúncia. Correta.

Q252 - Suponha que um militar, em situação de atividade, tenha praticado


crime tipificado como violência contra superior, cuja pena prevista é de 3
meses a 2 anos de detenção. No caso de ter sido autuado em flagrante delito
pela autoridade competente, o acusado poderá livrar-se solto. Nessa
situação, será obrigatória a concessão da liberdade provisória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não cabe liberdade provisória no crime de violência contra superior.

Casos de liberdade provisória


Art. 270. Parágrafo único.
Poderá livrar-se sôlto:
a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre as previstas no Livro I,
Título I, da Parte Especial, do Código Penal Militar;
b) no caso de infração punida com pena de detenção não superior a dois anos,
salvo as previstas nos arts. 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178,
187, 192, 235,299 e 302, do Código Penal Militar.

Violência contra superior


Art. 157. Praticar violência contra superior:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.

Q253 - Em relação à menagem, é correto afirmar que

a) somente poderá ser aplicada ao militar, ativo ou inativo, sendo vedada a


sua aplicação aos civis.
b) a sua concessão deve observar como requisito subjetivo, que o crime seja
apenado com pena privativa de liberdade de reclusão ou detenção.
c) a sua concessão deve observar como requisito objetivo, que o acusado
não seja reincidente.
d) haverá detração na pena do período, salvo se concedida em residência ou
cidade.
e) poderá ser concedida pela autoridade de polícia judiciária militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) A menagem se aplica a militares da ativa, da reserva, reformados e civis;
B) A menagem somente se aplica a crimes cuja pena máxima não seja superior a 4
anos, restritiva de liberdade. Requisito OBJETIVO. (art. 263 CPPM);
C) A reincidência diz caráter subjetivo do indivíduo. Ao reincidente não se aplica a
menagem (art. 269 CPPM);
D) CORRETA. Somente se conta para detração da pena se a menagem ocorrer no
interior de quartel (art. 268 CPPM);
E) A menagem poderá ser concedida pelo juiz (art. 263 CPPM). A autoridade policial
militar poderá requerer a menagem e não decretá-la. (art. 18, parágrafo único
CPPM).

Q254 - É CORRETO o que se afirma em:

a) O juiz de Direito do Juízo Militar não pode determinar a abertura de IPM,


sendo esta atribuição exclusiva de outras autoridades elencadas no Código
de Processo Penal Militar, tais como o Comandante ou o Ministério Público,
devendo a autoridade judicial encaminhar a notícia crime ao Ministério
Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não existe, no CPPM, requisição judicial para abertura de IPM, sendo, nesse ponto,
mais avançado que o CPP comum. Este possui previsão de requisição judicial que, na
visão da doutrina, não foi recepcionada pela CRFB/88, uma vez que o juiz inquisidor
ofende o sistema acusatório. As hipóteses estão no art. 10 do CPPM.
Já o CPP Comum possui esta previsão no art. 5º
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Gabarito: Correta.

Q255 - Qual o prazo para julgamento do desertor, estando este preso?


a) Sessenta dias, a contar do dia de sua apresentação voluntária ou
captura.
b) Sessenta dias, a contar do dia da consumação do crime de deserção.
c) Seis meses, a contar do dia de sua apresentação voluntária ou captura.
d) Seis meses, a contar do dia da consumação do crime de deserção.
e) Trinta dias, a contar do dia de sua apresentação voluntária ou captura.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não faria o menor sentido se a contagem se desse pela consumação. Gabarito: A.

Q256 - Situação hipotética: Militares do Exército, em concurso, praticaram


quatro crimes: um na Circunscrição Judiciária Militar (CJM) em Brasília – DF,
dois na CJM em São Paulo – SP, e um na CJM em Belém – PA. A pena prevista
para um dos crimes praticados na CJM paulista é a grave. Durante a
instrução, foi concedido habeas corpus que trancou a ação penal relativa a
esse crime. Assertiva: Nessa situação, a competência do juízo da CJM de São
Paulo – SP continua inalterada para o julgamento dos demais ilícitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ante a aplicação do Art. 101, II, a conjuga-se, na situação em tela o Art. 104.
Verificada a reunião dos processos, em virtude de conexão ou continência, ainda que
no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença
absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua
competência, continuará êle competente em relação às demais infrações. Correta.

Q257 - Em se tratando de processo penal militar, o prazo para oferecimento


da denúncia é improrrogável se o denunciado estiver solto, podendo ser
triplicado, se estiver preso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
05 DIAS --> Réu preso (contados da data de recebimento dos autos p/ aquele fim) /
PRAZO IMPROROGÁVEL!
15 DIAS --> Réu solto
O prazo para o oferecimento da denúncia poderá ser prorrogado ao dobro ou ao
triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver preso. Errada.

Q258 - O Código de Processo Penal Militar rege o processo penal militar em


tempo de paz, o que não ocorre em tempo de guerra, quando o processo
deve ser regido por legislação específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas normas contidas neste Código,
assim em tempo de paz como em tempo de guerra, salvo legislação especial que lhe
fôr estritamente aplicável. Errada.

Q259 - O ministro da Defesa, dada a sua condição de ministro de Estado civil,


não exerce função de polícia judiciária militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Ministro da Defesa, na condição de Ministro de Estado civil, não exerce função de
polícia judiciária militar. Exercem a polícia judiciária militar, nas respectivas Armas:
os Comandantes (antigos Ministros) da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em
todo território nacional ou fora dele, em relação a militares integrantes das
respectivas Armas... Certa.

Q260 - Considere que determinado militar tenha sido vítima de crime de


lesão corporal e que a correspondente ação penal militar contra o autor do
ilícito esteja em curso. Nessa situação, somente o militar ofendido, seu
representante legal ou seu sucessor podem habilitar-se a intervir no
processo como assistentes do MP.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Interessante que essa questão, primeiramente, tinha como gabarito "certo". Depois o
CESPE trocou a resposta justamente levando em consideração o entendimento de que
o advogado de Ofício (Advogado da Justiça Militar) pode também ser assistente de
acusação. (Art. 63 CPPM)

Advogado de ofício como assistente


Art. 63. Pode ser assistente o advogado da Justiça Militar, desde que não funcione no
processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado.
Saliente-se que o advogado de Ofício somente pode atuar como advogado de
militar. Sendo assim, a questão fala que um militar foi vítima de lesões corporais,
sendo que, portanto, o agente tanto poderia ser um militar, quanto um civil. Desta
forma, o erro da questão esta em afirmar que 'somente' aqueles mencionados
poderiam ser assistentes, quando, na verdade, o advogado de ofício também poderia.
Errada.

Q261 - A polícia judiciária militar exerce funções idênticas à polícia


judiciária, e ambas têm como uma de suas finalidades o colhimento de
elementos que indiquem a autoria e comprovem a materialidade do delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

DC – DIREITO CIVIL

Q1 - Acerca da Lei de Introdução ao Código Civil nº 4.657/1942, assinale a


alternativa correta.
a) A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que nasceu o
indivíduo falecido ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos
bens.
b) As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, terão eficácia no Brasil, mesmo quando ofenderem os bons costumes.
c) Os governos estrangeiros não podem adquirir a propriedade dos prédios
necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
d) Os governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que
eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, poderão
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
e) No caso de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para
lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive
o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no
país da sede do Consulado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila! A banca cobrou a literalidade da lei. Fique ligado!

A alternativa ―a‖ está errada.


De acordo com o Código Civil:
Art.10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens.
A alternativa ―b‖ está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a
ordem pública e os bons costumes.
A alternativa ―c‖ está errada.
De acordo com o Código Civil:
§ 3º. Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários
à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
A alternativa ―d‖ está errada.
De acordo com o Código Civil:
§ 2º. Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza,
que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não
poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação.
A alternativa ―e‖ está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de
tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou
brasileira nascido no país da sede do Consulado.
Gabarito letra E

Q2 - A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico


perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Correta.
Q3 - Se, antes de entrar a Lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada à correção, o prazo para vigência começará a correr:

a) A partir da nova publicação;


b) 03 (três) meses após a primeira publicação oficial;
c) A partir da primeira publicação oficial o marco inicial para contagem do
prazo não se altera;
d) 01 (um) ano após a primeira publicação;
e) 45 (quarenta e cinco) após a primeira publicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação.
Gabarito: A.

Q4 - Sobre o conflito de leis no tempo, é correto afirmar que:

a) A revogação tácita equivale à repristinação;


b) A lei especial não revoga a lei geral anterior;
c) Não é admitida a derrogação expressa;
d) O efeito repristinatório é admitido em todas as leis;
e) A ab-rogação das leis é defesa pelo ordenamento jurídico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―a‖ – errada.
Vamos ao art.2º:
Art. 2º Não se destinando a vigência temporária, a Lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.

Na realidade, a regra da continuidade é a seguinte:


―a Lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue‖
Acontece que a LEI TEMPORÁRIA já nasce com ―prazo de validade‖, ou seja, por ser
temporária, não é preciso que outra lei a modifique ou revogue para que ela perca
sua vigência. Ela terá vigor apenas no tempo previsto.
Concluindo, estamos diante de uma exceção ao princípio da continuidade das leis.
As leis temporárias são aquelas com prazo de vigência determinado.
Normalmente são criadas para um fim específico e, diferentemente das demais, terão
uma data de extinção, de certa forma, predeterminada.
Assim, a lei temporária extingue-se ¹terminado o prazo que consta de seu texto ou
²quando cumpre com seu objetivo. Mas, especificamente no que diz respeito à sua
dúvida, as leis temporárias não são ―imunes‖ não. Teoricamente nada impede que
uma lei ―nova‖ venha a revogar a lei temporária, ou então parte dela, antes mesmo
que ela atinja o seu ―prazo de validade‖.
Também é muito importante que você saiba que não há a chamada repristinação
tácita. Repristinação tácita é a volta de vigência de lei revogada, por ter a lei
revogadora temporária perdido a sua vigência. A repristinação não é a regra, mas sim
a exceção:
Art. 2º. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a
lei revogadora perdido a vigência.
Alternativa ―b‖ – correta.
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
§ 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

Alternativa ―c‖ – errada.


A REVOGAÇÃO de uma lei só poderá ser feita por outra lei da mesma hierarquia ou de
hierarquia superior. E quanto a sua extensão poderá ser de duas espécies: total (ab-
rogação) ou parcial (derrogação); quanto a sua forma de execução pode ser:
expressa ou tácita.
Alternativa ―d‖ – errada.
O termo repristinação até pode ser usado no caso acima (alguns autores o utilizam –
denominam efeito repristinatório decorrente da declaração de inconstitucionalidade de
lei, e não todas.
Alternativa ―e‖ – errada.
Ab-rogação é admitida, como colocamos acima.
Gabarito letra B.

Q5 - Com o advento de uma lei nova que regule inteiramente a matéria de


que tratava a lei anterior, é correto afirmar que:

a) a lei nova não tem valor;


b) a lei nova revoga a lei anterior;
c) a lei nova coexistirá com a anterior, devendo o juiz escolher qual lei haverá
de aplicar;
d) a lei anterior prevalecerá por um ano, momento a partir do qual a lei nova
passará a vigorar;
e) a lei anterior prevalecerá por dois anos, momento a partir do qual a lei nova
passará a vigorar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de ab-rogação.
Art. 2º. § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
Gabarito letra B.

Q6 - Ao aplicar a lei, o juiz deverá verificar se as pessoas envolvidas a


conheciam, isentando-os de responsabilidade em caso negativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum. Errada.

Q7 - Com relação às previsões estabelecidas em tal diploma legal, analise as


afirmativas a seguir.

I. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando ela seja
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
II. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum.
III. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.

Assinale:

a) Se somente a afirmativa I estiver correta.


b) Se somente a afirmativa II estiver correta.
c) Se somente a afirmativa III estiver correta.
d) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) Se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Afirmativa I – correta.
Art. 2º. § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
Afirmativa II – correta.
Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum.
Afirmativa III – correta.
Art. 2º. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Gabarito letra E.

Q8 - O fenômeno da repristinação consiste na restauração da vigência de


uma lei revogada, por ter a lei revogadora perdido a vigência, e ocorre
independentemente de disposição expressa que a preveja.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A repristinação não é a regra, só ocorre a repristinação expressa.
Art. 2º § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
a lei revogadora perdido a vigência. Errada.

Q9 - A LINDB (LICC) estabelece uma ordem preferencial e taxativa de


métodos de integração das normas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os meios de integração estão expressos no artigo 4º da LINDB. Estes meios deverão
ser utilizados na ordem prevista na norma – ordem hierárquica – qual seja:
¹Analogia, ²Costumes e ³Princípios Gerais do Direito. (ACP). Correta.

Q10 - Apenas a analogia legal poderá ser utilizada como método de


integração,
não se admitindo o uso da analogia jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Analogia Legal - aplicação de uma norma já existente;
Analogia Jurídica (ou Analogia juris) – quando será utilizado um conjunto de normas
para se extrair elementos que possibilitem a sua aplicabilidade ao caso concreto não
previsto, mas similar.
E ambas as formas podem ser utilizadas como método de integração. Errada.

Q11 - De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a


lei nova possui efeito imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas
devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito
adquirido, incluindo o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição
suspensiva.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 6°, §2° da LINDB:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito,
o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele,
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Correta.

Q12 - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,


quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria
de que tratava a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que assim dispõe o CC. Correta.

Q13 - José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na


época, tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A
referida norma passa a ter nova redação, após a concessão da
aposentadoria,
sendo assim lícito ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao
beneficiário após nova regulamentação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Estado não poderá promover a revisão dos valores concedidos ao José, com
fundamento no direito adquirido previsto no o art. 6º, § 2º da LINDB. Errada.

Q14 - Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante


estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a
escusa por desconhecimento legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 3° da LINDB:
Art. 3°. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Vale ressaltar que não se trata de uma presunção absoluta e sim relativa, já que nem
todos conhecem as leis em sua integralidade. Fato que justifica a existência da
vacatio legis para divulgação do texto normativo. Na verdade, o artigo pretende vedar
a possibilidade de escusa da norma por alegação do seu desconhecimento, o que
poderia gerar uma completa ineficácia da ordem jurídica. Errada.

Q15 - Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua
publicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o art. 1° da LINDB:
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada.

Q16 - A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser


descontinuada
pela revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em
decorrência do princípio da continuidade das leis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, veda-se a repristinação, mas é possível se FOR EXPRESSA. Errada.
Q17 - Janete é filha de Gildete, que possui muitos bens. Considerar-se-á, em
caso de conflito de leis no tempo, que Janete possui, em relação à futura
herança de Gildete, que ainda está viva,

a) direito sob condição suspensiva, que se equipara a direito adquirido.


b) mera expectativa de direito.
c) direito adquirido.
d) direito sob condição suspensiva, que não se equipara a direito adquirido.
e) direito a termo, inalterável ao arbítrio de Gildete, que se equipara a direito
adquirido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há que se falar em termo ou condição suspensiva, muito menos direito adquirido.
Gabarito: B.

Q18 - Objetivando construir uma casa, Cássio adquiriu terreno no qual existe
um pequeno riacho. Depois da aquisição, entrou em vigor lei proibindo a
construção em terrenos urbanos nos quais haja qualquer tipo de curso
d'água. Referida lei possui efeito.

a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito


adquirido.
b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de
ordem pública não se sobrepõe ao direito adquirido.
c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido.
d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem
pública se sobrepõe ao direito adquirido.
e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe
ao direito adquirido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei tem efeito imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido,
pois a casa ainda não havia sido construída. Gabarito: C.

Q19 - A contagem do prazo de vacância para entrada em vigor das leis farse-
á com a exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo,
entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei complementar 95\1998 Art. 8o § 1º ―A contagem do prazo para entrada em vigor
das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, ENTRANDO EM VIGOR NO DIA SUBSEQUENTE A
SUA CONSUMAÇÃO INTEGRAL‖.

Dica: Quando se tratar de matéria própria de direito (ex: Penal, Civil, Comercial,
Penal Militar)... inclui-se o primeiro dia no cômputo e exclui-se o último. Quando se
tratar de matéria processual e procedimento processual (exclui-se o primeiro dia no
cômputo e inclui o último). Errada.

Q20 - Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga parcial ou totalmente a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais do mesmo. Não revoga, nem modifica. Errada.

Q21 – A jurisdição é obrigatória e deverá ser prestada, pelo juiz, mesmo que
não haja lei expressa sobre determinada matéria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito. Correta.

Q22 - Lei em vigor terá efeito imediato e geral, significando que, em regra,
retroage para alcançar os fatos pretéritos e os efeitos produzidos desses
fatos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito,
o direito adquirido e a coisa julgada. Errada.

Q23 - Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora
perdido a vigência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como exceção, e se EXPRESSA. Errada.

Q24 - Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país


imediatamente
após sua publicação oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como regra, 45 dias, salvo disposição ―expressa‖ em contrário. Errada.

Q25 – É incorreto afirmar que as correções a texto de lei já em vigor


consideram-se lei nova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º. § 4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Se a lei
já está em vigor não é errado dizer que se trata de lei nova quanto às correções.
Errada.

Q26 - Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se
seis meses depois de oficialmente publicada.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º. § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Errada.

Q27 - Considere a seguinte afirmação: ―a lei que permite o mais, permite o


menos; a que proíbe o menos proíbe o mais". São elas exemplos de
interpretação legal

a) Doutrinária.
b) Lógico-sistemática.
c) Autêntica ou legislativa.
d) Sociológica ou teleológica
e) Gramatical ou literal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lógica – nesta técnica o interprete irá estudar a norma através de raciocínios lógicos;
Gabarito letra B.

Q28 - Quando, não havendo norma prevista para a solução do caso concreto,
o juiz decide utilizando um conjunto de normas próximas do próprio
ordenamento jurídico.

Neste caso, está aplicando

a) Os costumes.
b) A analogia.
c) Os princípios gerais de Direito.
d) A equidade legal.
e) A equidade judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para suprir a lacuna que se apresenta, o juiz utilizará uma norma aplicada a um caso
semelhante. Por exemplo: existe uma situação ―A‖ para a qual não existe norma
objetiva e direta, mas existe uma situação ―B‖ – que é muito semelhante à situação
―A‖, para a qual existe uma regra objetiva. Neste caso, através da integração por
analogia, será permitida a aplicação da regra que cabe ao caso ―B‖ para a resolução
do caso ―A‖, respeitando as suas individualidades e de acordo com a lei. Gabarito: B.

Q29 - Telma comprou bilhete da loteria federal e foi contemplada com um


prêmio de muitos milhões de reais. No entanto, antes de receber o prêmio,
sobreveio lei proibindo todo e qualquer tipo de jogo, incluindo os da loteria
federal, que eram permitidos à época em que Telma realizou a aposta. Neste
caso, Telma poderá exigir o recebimento do prêmio, em razão da proteção
conferida ao direito adquirido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Telma poderá exigir o recebimento do prêmio em razão da proteção conferida ao
direito adquirido, uma vez que Telma ganhou o prêmio antes da lei proibindo todo e
qualquer tipo de jogo. Correta.
Q30 - Em termos de eficácia legislativa, entende-se que a lei é o parâmetro
maior para o juiz. Este, porém, na omissão da lei, deverá decidir o caso de
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Este
enunciado concerne ao princípio.

a) Da eventualidade processual.
b) Da obrigatoriedade da lei.
c) Da obrigatoriedade da jurisdição.
d) Do devido processo legal.
e) Do livre convencimento e o da persuasão racional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais do direito. Gabarito: C.

Q31 - No caso de publicação para corrigir texto de lei publicado com


incorreção, não haverá novo prazo de vacatio legis depois da nova
publicação, se ocorrer antes de a lei ter entrado em vigor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Neste caso, será necessária nova publicação e o prazo passa a correr novamente a
partir desta data. Obs.: É a mesma lei.
―§ 3o. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação‖. Se por outro lado, tratar-se de lei já em vigor, as
correções consideram-se lei nova. Errada.

Q32 - Ryan, inglês, em uma de suas viagens a lazer pelo Brasil e pelo Estado
do Espírito Santo, conheceu Perla, brasileira nata, e ambos iniciaram
relacionamento amoroso e casaram-se na cidade de Vitória, onde residiram
por cerca de dez anos e adquiriram um imóvel residencial de alto padrão e
dois conjuntos comerciais. Do relacionamento entre Ryan e Perla nasceram
Pedro e Mariana, também na cidade de Vitória. No mês de Janeiro de 2012
Ryan e Perla mudaram-se definitivamente para a Inglaterra e, no mês de
Julho, Ryan faleceu em decorrência de um infarto fulminante.

Neste caso, em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que estão
no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, independentemente de eventual conteúdo favorável aos
herdeiros da lei inglesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens.
§ 1º. A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Errada.

Q33 - NÃO se destinando a vigência temporária, a lei somente vigorará, até


que outra lei expressamente a revogue.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se destinando a vigência temporária, a Lei terá vigor até que outra a modifique
ou revogue. Errada.

Q34 - De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, é correto


afirmar que

a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
revoga ou modifica a lei anterior.
b) A lei começa a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário, na data da
sua publicação.
c) Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se
inicia três meses depois de oficialmente publicada.
d) A lei revogada sempre se restaura quando a lei revogadora tiver perdido a
vigência.
e) As correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova.
Quanto a C, cuidado para o examinador não tentar te confundir dizendo que são 90
dias. Pois neste caso, são TRÊS MESES.
GABARITO: C.

Q35 - Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conversinha cansativa. Errada.

Q36 - Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente


ao
tempo em que se efetuou.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 6º. § 1º. Correta.

Q37 - A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para


suceder.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1. § 2º. Correta.

Q38 - No Direito brasileiro vigora a seguinte regra sobre a repristinação da


lei:

a) Não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que outra a modifique
ou revogue.
b) Se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei, destinada a correção,
o prazo para entrar em vigor começará a correr da nova
publicação.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão bastante simples se o candidato prestasse atenção ao que diz o enunciado
da questão. Todas as afirmações são verdadeiras, no entanto, a única que faz
referência à regra da repristinação (respondendo ao questionamento) é a afirmação
da alternativa ―d‖.

Q39 - O conhecimento da lei estrangeira é dever do magistrado sendo defeso


ao juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca
prova do texto e da vigência. Errada.

Q40 - A lei do país em que a pessoa tiver nascido determina as regras sobre
os direitos de família.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ATENÇÃO! A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Errada.

Q41 - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso com o emprego da
analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ACP (Nessa ordem, taxativamente). Questão certa.

Q42 - A Lei nº AA/09 foi revogada pela Lei nº BB/10. Posteriormente, a Lei
nº CC/11 revogou a Lei nº BB/10. Nesse caso, salvo disposição em contrário,
a Lei no AA/09 se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como estudamos em aula, trata-se de repristinação. E vimos que a repristinação só
acontecerá se a lei revogadora determinar de maneira expressa. Errada.

Q43 - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45


(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada. Errada.

Q44 - Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 90 ( noventa ) dias depois de oficialmente promulgada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art.1º, § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Errada.
Q45 - Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
texto,
destinada a correção, o prazo de início de sua vigência começará a correr
da data da primeira publicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art.1º, 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação. Errada.

Q46 - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra
a modifique ou a revogue, ou venha a cair em desuso devidamente
reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em ação específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
Além disso, não há de se falar em revogação por desuso. Errada

Q47 - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º, § 2º. Correta.

Q48 - lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes,

a) modifica a lei anterior, apenas.


b) revoga a lei anterior, apenas.
c) não revoga nem modifica a lei anterior.
d) derroga a lei anterior.
e) revoga ou modifica a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tá bom, parei. Letra C.

Q49 - Sobre a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.
b) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.
c) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
d) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.
e) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As informações não estão erradas, mas a única que responde ao pedido no enunciado
da questão é a alternativa A. Tome cuidado com este tipo de questão! Gabarito: A.
Q50 - De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, o divórcio
realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só
será reconhecido no Brasil, obedecidas as condições estabelecidas para a
eficácia das sentenças estrangeiras no país,

a) Depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de


separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito
imediato.
b) Com a prolação da sentença, momento em que seus efeitos ocorrerão de imediato,
independentemente de anterior separação judicial.
c) Depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de
separação judicial por no mínimo seis meses, caso em que a homologação produzirá
efeito imediato.
d) Depois de dois anos da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de
separação judicial pelo prazo de um ano, caso em que a homologação produzirá efeito
imediato.
e) Depois de seis meses da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de
separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito
imediato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 7º. § 6º. ―O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data
da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual
prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as
condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país...‖
Gabarito: LETRA A.

Q51 - De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar


que:

a) A sucessão por morte obedece à lei do país em que estiverem situados os bens
deixados pelo falecido.
b) Regerá os casos de invalidade do matrimônio, tendo os nubentes domicílios
diversos, a lei do domicílio do marido.
c) Chama-se coisa julgada o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou.
d) A lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária, na data de sua
publicação.
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens. Já capacidade de suceder é regulada pela lei do domicílio do herdeiro ou
legatário.
Art. 7º. § 3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
Ato consumado segundo a lei vigente ao tempo que se efetuou é a definição de ato
jurídico perfeito. Coisa julgada é a decisão judicial de que já não caiba recurso. Gab
E.
Q52 - Nos Estados, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se três meses
depois
de oficialmente publicada, salvo disposição contrária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
―Salvo disposição contrária‖ torna a assertiva errada, neste caso.

Q53 – Dispõe a LINDB que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de
acordo com a analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de
direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A equidade, embora possa ser considerada uma das formas de integração, não está
expressa no art. 4 da LINDB. Se a questão falar em doutrina, torna-se correta, mas
pediu a disposição da lei. Errada.

Q54 - Peter era inglês e residia em Londres, tendo falecido quando estava
em viagem de turismo em Lisboa, Portugal. Seus bens imóveis situam-se em
Paris, França, e sua empresa tinha sede em Madri, Espanha. Seus filhos são
domiciliados no Brasil, na cidade de Santos. De acordo com a Lei de
Introdução ao Código Civil brasileiro, a sucessão pela morte de Peter
obedecerá à lei

a) Da Inglaterra.
b) Do Brasil.
c) De Portugal.
d) Da França.
e) Da Espanha.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nenhum dos bens estava localizado no Brasil, portanto segue-se apenas o
determinado no caput do art. 10 da LINDB ―A sucessão por morte ou por ausência
obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que
seja a natureza e a situação dos bens.‖ O disposto no §1º do Art. 10 da LINDB é a
exceção, vejamos:

―A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei


brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus‖.
Gabarito: A.

Q55 - A revogação de uma lei opera efeito repristinatório automático em


caso de lacuna normativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não existe no direito brasileiro a repristinação automática. Errada.

Q56 - A ab-rogação é a supressão parcial da norma anterior, enquanto a


derrogação vem a ser a supressão total da norma anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ab-rogação é a revogação integral da norma. Dica: AB pra lembrar de ABolir. Errada.

Q57 - os efeitos da lei revogada poderão ser restaurados se houver previsão


expressa na lei revogadora.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q58 - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,


quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria
de que tratava a lei anterior. Entretanto, caso estabeleça disposições gerais
ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certinha.

Q59 - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e
às exigências do bem comum, sendo certo que, ao interpretá-la, o juiz
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito. Errada.

Q60 - Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da


territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira
seja aplicada dentro de território brasileiro.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o fundamento do art. 7º e seguintes da LINDB.
Quanto à eficácia da lei no espaço, o Brasil adotou o princípio da territorialidade
moderada (Temperada ou Mitigada), que permite, em alguns casos, que lei
estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. Em regra, aplica-se a lei
brasileira, sob o fundamento da soberania, e, excepcionalmente, a norma
estrangeira. Correta.

Q61 - Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da
autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo,
afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De fato o Direito Civil é ramo do Direito Privado, entretanto, as normas cogentes (ou
impositivas) estão acima da vontade privada, que não as pode modificar. Como por
exemplo: as leis de ordem pública. No direito civil impera o princípio da autonomia da
vontade, todavia, a imperatividade das leis cogentes (ou impositivas) não podem ser
afastadas pelas partes. Guarde esse termo, pois pode vir a ser cobrado nas questões
de DIREITOS HUMANOS (normas cogentes ou Jus Cogens). Errada.

Q62 - A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio


legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco
dias depois de oficialmente publicada.
§1° A lei entra em vigor após transcorrido o prazo da vacatio legis, se houver, e
somente depois de oficialmente publicada. Errada.

Q63 - Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra


não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação,
que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é
apenas parcial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceitos invertidos. AB-rogação = ABolir (revogação integral). Errada.

Q64 - Para ser aplicada, a norma deverá estar vigente e, por isso, uma vez
que
ela seja revogada, não será permitida a sua ultratividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para ser aplicada, a norma deverá estar vigente e, por isso, uma vez que ela seja
revogada, SERÁ permitida a sua ultratividade, aplicando-se aos fatos durante sua
vigência. Ex: A e B realizam um negócio jurídico em 2010 com base em lei vigente à
naquele ano, o NJ se exaure completamente no mesmo ano. Em 2011 lei nova altera
a lei modificando formas de realização do NJ, dessa forma, não pode as partes alegar
a revogação da lei anterior, que vigia à época do fato, devendo o juiz aplicar a norma
vigente à época (2010), pela ultratividade, em respeito ao ato jurídico perfeito.
Errada.

Q65 - Quando a republicação de lei que ainda não entrou em vigor ocorrer
tão
somente para correção de falhas de grafia constantes de seu texto, o prazo
da vacatio legis não sofrerá interrupção e deverá ser contado da data da
primeira publicação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não caia no argumento do examinador.
De acordo com o art. 1°,§ 3° da LINDB:
§ 3°. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação. Errada.

Q66 - O aplicador do direito, ao estender o preceito legal aos casos não


compreendidos em seu dispositivo, vale-se da

a) interpretação teleológica.
b) socialidade da lei.
c) interpretação extensiva.
d) analogia.
e) interpretação sistemática.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
―Não compreendidos em seu dispositivo‖ = LACUNA. Aplica-se a analogia. Letra: D.
Q67 - A aplicação do princípio da especialidade, em conflito aparente de
normas, afeta a validade ou a vigência da lei geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior. Errada.

Q68 - Celebrado contrato no período de vigência de determinada lei,


qualquer
dos contratantes poderá invocar a aplicação de lei posterior que lhes for
mais benéfica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme já vimos, aplica-se aqui a ultratividade (Q64). Errada.

Q69 - A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação


inclui o direito ao esquecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está correta.
Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça
Federal (CJF):
Enunciado 531 diz que: ―A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da
informação inclui o direito ao esquecimento‖.
De acordo com o Código Civil:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Combinado com o art. 5º, inciso X da CF/88:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.

Q70 - A interdição do pródigo refere-se à prática de atos pessoais.


RESPOSTA DA QUESTÃO:
A interdição do pródigo refere-se à prática de atos PATRIMÔNIAS.
Embora o código civil não defina exatamente o que seja o pródigo, ele é aquela
pessoa que desordenadamente gasta, acaba com seu patrimônio, ficando na miséria.
Cabe ressaltar que enquanto não houver uma sentença declarando o estado de
prodigalidade (e tornando-o relativamente incapaz) o pródigo é capaz de todos os
atos da vida civil. Com a sua interdição, o pródigo será privado, exclusivamente, dos
atos que possam comprometer seu patrimônio, não podendo, sem a assistência de
seu curador (artigo 1.767, V do CC), alienar, emprestar, dar quitação, transigir,
hipotecar, agir em juízo e praticar, em geral, atos que não sejam de mera
administração (artigo 1.782 do CC). Errada.

Q71 - Em se tratando de morto, não terá legitimação para demandar perdas


e
danos, bem como outras medidas, visando fazer cessar ameaça ou lesão a
direitos da personalidade, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, TERÁ legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau. Importante também lembra-se que neste caso, é até o
QUARTO grau, pois a banca pode tentar te confundir. Dica... Em se tratando de
morTO, quarTO grau, talvez ajude. Questão errada.

Q72 - São considerados absolutamente incapazes os maiores de 16 anos e os


menores de 18 anos de idade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil
os menores de 16 (dezesseis) anos. Errado.

Q73 - Os absolutamente incapazes podem agir em conjunto com os


respectivos pais ou tutores, ou seja, assistidos por eles.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Absolutamente incapazes são Representados (AR)
Relativamente capazes são Assistidos (RA)
Errada.

Q74 - Os pródigos são considerados absolutamente incapazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
IV - os pródigos. Errada.

Q75 - O maior de 16 anos de idade poderá ser emancipado pelo casamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 5°. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
II - pelo casamento;
Correta.

Q76 - Os menores de 16 anos de idade são relativamente incapazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil
os menores de 16 (dezesseis) anos. Errada.

Q77 - São absolutamente incapazes a todo ato da vida civil os ébrios


habituais e os viciados em tóxicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico. Errada.
Q78 - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, com a redação nova dada ao código civil em 2015, estes são os únicos
considerados absolutamente incapazes.

Q79 - São relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida


civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade. Correta.

Q80 - São relativamente incapazes os pródigos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos isso, questão correta.

Q81 - Em se tratando de morto, para exigir que cesse a ameaça ou a lesão a


direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,

a) Terão legitimação o cônjuge sobrevivente, os parentes afins na linha reta e os


parentes na linha colateral sem limitação de grau.
b) Não há legitimado, porque essa ação é personalíssima.
c) Somente o Ministério Público terá legitimação, porque a morte extingue os vínculos
de afinidade e de parentesco.
d) Terá legitimação o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta ou
colateral até o quarto grau.
e) Terão legitimação somente o cônjuge ou companheiro sobrevivente e os
parentes em linha reta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:

A banca exigiu o conhecimento literal do art. 12, parágrafo único do CC:


Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo O CÔNJUGE SOBREVIVENTE, OU QUALQUER PARENTE
EM LINHA RETA, OU COLATERAL ATÉ O QUARTO GRAU. CUIDADO... se for DIREITO
DE IMAGEM, em se tratando de morto, é apenas CADI (Art. 20), não os confundam.
Gabarito: D.

Q82 - O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O incapaz responde pelos prejuízos, de forma equitativa, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes e desde que a indenização não prive do necessário o próprio incapaz e as
pessoas que dele dependem. A questão cobrou a literalidade do Art. 928. Correta.

Q83 - Considere a seguinte situação


hipotética: O candidato X faleceu em acidente terrestre quando estava em
campanha eleitoral no percurso da cidade Z para a cidade V. De acordo com o
Código Civil brasileiro, terá legitimação para exigir que cesse eventual
ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade do candidato falecido

a) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral,


independente do grau.
b) o cônjuge sobrevivente, apenas.
c) qualquer parente em linha reta até o terceiro grau, apenas.
d) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o
quarto grau.
e) qualquer parente em linha reta ou colateral até o terceiro grau, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em se tratando de morTO, quarTO grau. *Nos direitos de personalidade. Gab: D.

Q84 - No tocante aos direitos da personalidade, considere:

I. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são


intransmissíveis e irrenunciáveis.
II. Em regra, o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação
voluntária.
III. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento
médico ou a intervenção cirúrgica.
IV. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, exceto quando não haja
intenção difamatória.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa ―I‖ está correta
De acordo com o art. 11 do CC:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis.

A alternativa ―II‖ está errada


De acordo com o art. 11 do CC:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
O exercício dos direitos da personalidade NÃO pode sofrer limitação voluntária.

A alternativa ―III‖ está correta


De acordo com o art. 15 do CC:
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

A alternativa ―IV‖ está errada


De acordo com o art. 17 do CC:
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
AINDA quando não haja intenção difamatória.
Gabarito letra E

Q85 - Uma pessoa com dezesseis anos pode ser interditada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 9º Serão registrados em registro público:
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa.
Correta.

Q86 - Os atos jurídicos praticados por absolutamente incapaz são anuláveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz.
Errada.

Q87 - A emancipação acarreta a antecipação da maioridade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não antecipa a maioridade, CESSA A INCAPACIDADE.
Art. 5°. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.

A emancipação vai acarretar a antecipação da aquisição da capacidade plena e


não a maioridade, que é atingida quando o menor completa 18 (dezoito) anos.
Errada.
Q88 - Pela teoria concepcionista, o nascituro já tem personalidade jurídica
antes do nascimento com vida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o art.2° do CC:
Art. 2°. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

A teoria concepcionista afirma que o nascituro teria personalidade jurídica, uma


vez que é esta teoria que entende que o nascituro teria a personalidade formal,
relacionada aos direitos da personalidade.
A conclusão pela corrente concepcionista consta do Enunciado n. I da I JORNADA de
Direito Civil: ―A PROTEÇÃO que o código confere ao nascituro ALCANÇA o natimorto,
no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e
sepultura‖. Correta.

Q89 - Os pródigos são relativamente incapazes, de modo que podem


praticar,
validamente e sem assistência, atos que não envolvam a administração
direta
de seus bens.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Com a sua interdição, o pródigo será privado, exclusivamente, dos atos que possam
comprometer seu patrimônio, não podendo, sem a assistência de seu curador (artigo
1.767, V do CC), alienar, emprestar, dar quitação, transigir, hipotecar, agir em juízo e
praticar, em geral, atos que não sejam de mera administração (artigo 1.782 do CC).
Correta.

Q90 - Aqueles que, por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade,
são considerados relativamente incapazes, para os quais será nomeado
curador que os assistirá, após sofrerem interdição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

Q91 - Personalidade é
a) A capacidade de exercer os atos da vida civil.
b) A legitimidade processual de estar em juízo.
c) A capacidade especial para determinado negócio jurídico.
d) O conjunto dos caracteres da pessoa humana.
e) A legitimidade para exercer alguns direitos previstos na lei civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa ―a‖ esta errada
A capacidade de exercer os atos da vida civil é a capacidade de fato.
A personalidade tem sua medida na capacidade e para termos esta medida será
necessário diferenciarmos a capacidade de direito (de gozo) da capacidade de fato
(de exercício):
Capacidade de direito (de gozo) = é a capacidade de adquirir direitos e contrair
obrigações na vida civil.
Capacidade de fato (de exercício) = é a capacidade de exercer por si mesmo os atos
da vida civil.

A alternativa ―b‖ esta errada


Trata-se da legitimidade processual de estar em juízo (capacidade processual).
É a aptidão para a prática dos atos processuais, independentemente de assistência ou
representação.

A alternativa ―c‖ esta errada


Trata-se da legitimação que é a capacidade especial para determinado ato ou negócio
jurídico.

A alternativa ―d‖ esta correta


A personalidade é o conjunto dos caracteres da pessoa humana.

A alternativa ―e‖ esta errada


Trata-se da legitimidade que é a autorização para a prática de alguns direitos
previstos na lei.

Um ―parênteses‖ para uma revisão:

Personalidade X Capacidade X Legitimação


Personalidade: é a qualidade de quem é sujeito de direitos, é adquirida no exato
momento do nascimento com vida e se encerra com a morte da pessoa.
Capacidade: é a aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos
da vida civil.
Legitimação: é a aptidão que está ligada a pessoa para praticar atos e negócios
jurídicos previstos na lei.

Gabarito: D.

Q92 - Considere que determinada pessoa pratique diversos atos de


dilapidação de seu patrimônio, colocando em risco sua subsistência e de
seus dependentes. De acordo com o Código Civil, referida pessoa

a) deverá ser mantida sob tutela, que recairá, preferencialmente, na pessoa do


cônjuge
b) será considerada incapaz de direitos e deveres na ordem civil, sendo representado,
em todos os atos, pelo curador nomeado pelo Ministério Público.
c) não será considerada incapaz, até a declaração de interdição, após o que deverá
ser nomeado tutor para a prática de atos que impliquem disposição patrimonial.
d) somente será interditada se constatada enfermidade ou deficiência mental que
comprometa o necessário discernimento para os atos da vida civil.
e) está sujeita a curatela, decorrente de interdição que poderá ser promovida
inclusive pelo cônjuge.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - os pródigos.
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
V - os pródigos.

De acordo com o Código Civil, o pródigo está sujeito a curatela, decorrente de


interdição patrimonial que poderá ser promovida inclusive pelo cônjuge de acordo
com o Art. 747 do NCPC e por força do Artigo 1775: Art. 1.775. O cônjuge ou
companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro,
quando interdito. Gabarido: E.

Q93 - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil, cessando a incapacidade
para os menores:

I. pelo casamento.
II. pelo exercício de emprego público efetivo.
III. pela colação de grau em curso de ensino médio.
De acordo com o ordenamento jurídico vigente, está correto o que se afirma
APENAS em

a) II.
b) I.
c) I e II.
d) III
e) I e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: C (Art. 5º do CC).

Q94 - A lei brasileira não prevê hipótese de pessoa natural sem domicílio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o artigo 73 do CC:
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual,
o lugar onde for encontrada. Correta.

Q95 - A lei brasileira não permite aos diplomatas alegar extraterritorialidade


sem designar onde tem, no país, o seu domicílio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Errada.

Q96 - De acordo com o Código Civil, os menores de dezesseis anos possuem


personalidade desde o nascimento com vida, mas são absolutamente
incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil, os menores de 16 anos possuem personalidade desde
o nascimento com vida, mas são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente
os atos da vida civil.
De acordo com os artigos 2º e 3º do CC:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Questão certa.

Q97 - O Código Civil brasileiro determina que toda a pessoa é capaz de


direitos e deveres na ordem civil. Não obstante, de acordo com a mesma
legislação, são tidos como absolutamente incapazes os

a) Pródigos.
b) Que não puderem exprimir sua vontade, mesmo por causa transitória.
c) Ébrios habituais.
d) Que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido.
e) Índios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão desatualizada, pois todas as alternativas estão erradas, mas serve para
relembrarmos que desde 2015 somente menores de 18 anos são absolutamente
incapazes. SEM GABARITO.

Q98 - Segundo a legislação civil vigente,

a) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as


pessoas jurídicas.
b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
c) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a
proteção dos direitos da personalidade.
d) Para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que
também ocorra dano patrimonial.
e) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade. Gabarito letra B.

Q99 - Prevê o Código Civil brasileiro a possibilidade de se exigir que cesse a


ameaça, ou a lesão, a direito dapersonalidade. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer esta medida o cônjuge sobrevivente ou qualquer
parente em linha reta

a) Ou colateral até o quarto grau.


b) Independentemente do grau.
c) Ou colateral até o terceiro grau.
d) Ou colateral até o segundo grau.
e) Ou colateral independentemente do grau.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.

Q100 - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas


a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e permite que,
por testamento, seja chamada a suceder prole eventual de pessoas indicadas
pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a cessão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que
vivas estas ao abrir-se a sucessão. Questão certa.

Q101 - Os direitos da personalidade.


a) Por serem personalíssimos, em nenhum caso haverá a transmissão por herança de
seus efeitos patrimoniais.
b) Quando lesados, são passíveis de perdas e danos somente por parte do
ofendido, em caso de morte não se transmitindo essa legitimidade a nenhum
herdeiro.
c) Como regra, são suscetíveis de expropriação, podendo ser penhorados e adquiridos
pela usucapião.
d) São intransmissíveis e irrenunciáveis, bem como em regra ilimitados por ato
voluntário.
e) São sempre inatos, isto é, inerentes à natureza humana e nascidos com seu titular,
não podendo sofrer limitação quanto a seu exercício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária. Gabarito letra D.

Q102 - Quanto aos direitos da personalidade, embora sejam eles, em regra,


personalíssimos, e portanto intransmissíveis, tem-se que a pretensão ou
direito de exigir a sua reparação pecuniária, em caso de ofensa, quando já
ajuizada ação, transmite-se aos sucessores do ofendido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único.
Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o
quarto grau. Correta.

Q103 - A incapacidade relativa é suprida pelo instituto da assistência,


devendo
tais incapazes serem assistidos, sob pena de nulidade do ato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o relativamente capaz praticar um ato sem a devida assistência, o ato será
considerado anulável, e não nulo como afirma a alternativa, por força do art. 171, I
do CC22:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico: I - por incapacidade relativa do agente;

Q104 - Quem possui somente a capacidade de direito, já a tem plena; quem


possui a de fato, possui capacidade em regra limitada e necessita sempre ser
representado nos atos jurídicos em geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se da fórmula: capacidade de direito (gozo) + capacidade de fato (exercício)
= capacidade plena. A capacidade de direito precede a capacidade de fato e esta
última, sim, não pode subsistir sem aquela.

Q105 - A incapacidade absoluta ou relativa em nosso direito pode ser de


direito ou de fato, pois os portadores de deficiência mental não possuem
nem a capacidade de direito nem a de fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os portadores de deficiência mental possuem a capacidade de direito que é inerente a
todos os seres humanos. Fora que não existe incapacidade de direito. Apenas a
incapacidade de fato será relativa ou absoluta. Errada.

Q106 - A incapacidade absoluta é suprida pelo instituto da representação,


devendo tais incapazes serem representados, sob pena de anulabilidade do
ato jurídico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os absolutamente incapazes serão representados sob pena de nulidade, por força
do art. 166, I do CC:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz.
Errada.

Q107 - Joana, com dezesseis anos de idade, obtém o consentimento de seus


pais e se casa, sob o regime da comunhão parcial de bens, com Vinicius.

Um ano após o casamento, o casal se divorcia.


Decidida a vender o imóvel recebido de seus pais por doação antes do
casamento, Joana tem o registro da venda do imóvel obstado, ao argumento
de que, sendo menor de dezoito anos, somente pode praticar os atos da vida
civil devidamente assistida por seus responsáveis legais.

Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que:

a) Os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos


atos, ou à maneira de exercê-los;
b) A incapacidade para os menores cessa pelo casamento;
c) A incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela
emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de
ensino superior;
d) A alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de
assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído
matrimônio;
e) A menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática
pessoal de todos os atos da vida civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―b‖ – correta. Mesmo com o divórcio Joana não retorna a condição de
incapaz.
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
II - pelo casamento

Q108 – A personalidade civil da pessoa física começa:

a) Do nascimento com vida;


b) Do registro civil;
c) Do casamento;
d) Da concepção;
e) Aos dezoito anos de idade

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Gabarito letra A.

Q109 - Indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento


reduzido é considerado relativamente incapaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido é
considerado capaz, de acordo com as alterações trazidas pela Lei 13.146 de 2015 no
Código Civil. Conforme a referida lei, a deficiência não afeta a plena capacidade civil
da pessoa. Errada.

Q110 - Indivíduos que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o


necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil são
considerados absolutamente incapazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido é
considerado capaz, de acordo com as alterações trazidas pela Lei 13.146 de 2015 no
Código Civil. Conforme a referida lei, a deficiência não afeta a plena capacidade civil
da pessoa. Será, portanto, considerado relativamente incapaz (não absolutamente), o
indivíduo que não consegue exprimir sua vontade, transitória ou permanentemente.
Errada.

Q111 - Por se tratar de direito da personalidade, o ato de disposição gratuita


de parte do próprio corpo após a morte, para fins altruísticos, é
intransmissível e irrevogável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DE MANEIRA ALGUMA SE PODE AFIRMAR QUE o ato disposição do próprio corpo é
irrevogável (como a questão o fez). POIS ESTE ATO É REVOGAVEL A
QUALQUER TEMPO.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do


próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ATO DE DISPOSIÇÃO PODE SER LIVREMENTE REVOGADO A
QUALQUER TEMPO. Gabarito errado.

Q112 - O início da personalidade civil das pessoas físicas ocorre com a


concepção, e o das associações de direito privado, com a inscrição de seus
atos constitutivos no registro peculiar, desde que tenham sido previamente
aprovados pelo Poder Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro.

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Não esqueça esta informação! A existência legal da pessoa jurídica de direito privado
começa com o registro do ato constitutivo. Não é quando as pessoas celebram o
contrato e não é quando elaboram o estatuto. Ela começa quando ocorre o registro.
Questão errada.

Q113 - Determinada associação civil ajuizou ação indenizatória em face de


uma sociedade empresária jornalística, com o intuito de receber indenização
por danos materiais e morais decorrentes de publicação de reportagem com
informações falsas, cujo único objetivo era macular a imagem e a
credibilidade da associação civil, conforme ficou provado no processo.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

A proteção dos direitos da personalidade positivada no Código Civil é


aplicável,
na medida do possível, à associação civil autora, que sofre dano moral em
caso
de grave violação a sua imagem e honra objetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula n° 227 do STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Ao adquirir personalidade, a pessoa jurídica faz jus à proteção legal à sua honra
objetiva. Portanto, a pessoa jurídica é passível de sofrer dano moral porque possui
honra objetiva. A honra objetiva da pessoa jurídica diz respeito à imagem e ao
prestígio perante seus clientes, fornecedores e terceiros. O dano moral decorre do
fato em si, ou seja, do protesto indevido. Desta forma, presente a prova de ofensa à
honra objetiva da pessoa jurídica, cabe o reconhecimento do dano moral. Correta.
Q114 - Será considerada absolutamente incapaz a pessoa que, por causa
permanente, não puder exprimir sua vontade, caso em que necessitará de
representante legal para exercer os atos da vida civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Incapacidade relativa. Errada.

Q115 - Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já


separados do bem principal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os frutos e produtos não precisam estar separados do bem principal para que sejam
objeto de negócio jurídico.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem
ser objeto de negócio jurídico. Errada.

Q116 - A pessoa maior de dezoito anos que, em decorrência de lesão


causada em acidente, entre em estado de coma e, por isso, fique
transitoriamente impedida de exprimir sua vontade será considerada
absolutamente incapaz de exercer os atos da vida civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Relativamente incapaz. Errada.

Q117 - No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é


correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio
jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Preste atenção na distinção dos conceitos de capacidade e de legitimação. Uma
pessoa que possui capacidade de fato pode por vezes não ter legitimidade para
praticar um negócio jurídico, p.ex.: a proibição de um pai vender um bem para um
filho sem a autorização dos demais filhos, se os tiver, e da sua esposa. Perceba que,
no exemplo dado, o pai é uma pessoa natural, com plena capacidade, como veremos
melhor mais adiante, entretanto, o ato de venda é ilegítimo, falta legitimidade.

Veja alguns exemplos de falta de legitimidade encontrados no código civil:


Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios
não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua
guarda.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis.

A legitimação acaba por ser uma forma específica de incapacidade para determinados
atos da vida civil. Está legitimado para agir em determinada situação jurídica quem a
lei determinar. Questão certa.

Q118 - Será tido como inexistente o ato praticado por pessoa absolutamente
incapaz sem a devida representação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A incapacidade será absoluta quando uma pessoa ficar totalmente proibida de exercer
por si só o direito. Se esta proibição não for respeitada será nulo qualquer ato
praticado pelo incapaz. Gabarito errado.

Q119 – Para se adquirir a capacidade civil plena, é necessário alcançar a


maioridade civil, mas é possível que, ainda que maior de dezoito anos, a
pessoa natural seja incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro está logo na primeira parte. Há uma forma de antecipação da capacidade
plena, a qual ocorre de forma irrevogável e irretratável. É o que se denomina de
emancipação. Errada.

Q120 - O reconhecimento da morte presumida, quando for extremamente


provável a morte de quem estava com a vida sob risco, independe da
declaração da ausência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 7º. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
Gabarito correto

Q121 - O uso do nome em propaganda comercial, sem autorização, não


constituirá ilícito se esse fato não expuser a pessoa ao desprezo público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CC
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ouvrepresentações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

CF
Art. 5º, inciso X da CF/88: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.

Jurisprudência
Súmula nº 403 do STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação
não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. Errada

Q122 - A declaração de ausência é a condição eficiente ao recebimento da


indenização do seguro de vida da pessoa desaparecida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 6º do CC:
Art. 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
Para o recebimento da indenização do seguro de vida da pessoa desaparecida é
necessário aguardar a abertura da sucessão definitiva, quando será presumida a
morte da pessoa natural. Gabarito errado

Q123 - Está consolidado o entendimento, na doutrina e na jurisprudência,


que a oposição de consciência ou de crença pode ser exercida por
representante legal de adolescente para impedir transfusão de sangue, ainda
que urgente e
necessária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Enunciado 403 da V Jornada de Direito Civil:

A oposição de consciência ou de crença NÃO pode ser exercida por representante


legal de adolescente para impedir transfusão de sangue, ainda que urgente e
necessária.

403 - Art. 15. O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art.


5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento
médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do
tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a)
capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou
assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c)
oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.
Gabarito: Errada.

Q124 - A emancipação voluntária dos pais é ato revogável, com efeitos a


partir do ato de revogação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o disposto no art. 5º do CC:
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Ainda, de acordo com o Enunciado 397 da V Jornada de Direito Civil:
397- Art. 5º. A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está
sujeita a desconstituição por vício de vontade.

Portanto, como regra geral, a emancipação é definitiva, irretratável e irrevogável.


Todavia, pode ser desconstituída por vício de vontade, segundo o Enunciado 397 da V
Jornada de Direito Civil. Gabarito errado

Q125 - A emancipação voluntária depende de decisão judicial e de averbação


no cartório do registro civil do lugar onde estiver registrada a pessoa
emancipada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Gabarito errado.

Q126 - A comoriência é a presunção de simultaneidade de óbitos e o seu


reconhecimento depende da demonstração de que os comorientes faleceram
nas mesmas condições de tempo e local, não se podendo comprovar qual
morte precedeu às demais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O artigo 8º expressa a ideia de que na dúvida presume-se o falecimento conjunto. Na
comoriência ocorre a ¹morte de duas ou mais pessoas ²na mesma ocasião e ³por
força do mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras umas das outras. É
importante destacar que não há necessidade (nem a citação no CC) da morte ocorrer
no mesmo lugar. Ex: Um casal sofreu um acidente de carro, ocorreu a morte de
ambos, na mesma ocasião e por força do mesmo evento. Mas considerando que o
socorro prestado levou cada um a um hospital diferente, não podendo presumir qual
morreu primeiro, ainda assim ocorre a comoriência. Gabarito errado.

Q127 - O registro civil das pessoas naturais é obrigatório e tem natureza


constitutiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ao contrário do que aduz a assertiva, o registro das pessoas naturais tem natureza
declaratória. (Obs.: No caso das pessoas jurídicas, o aludido registro terá natureza
constitutiva).

Q128 - A legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte sem a


existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se da morte presumida.
Art. 7º. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado
até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a
data provável do falecimento. Gabarito correto.

Q129 - Tércio, síndico do Condomínio São Luís, promoveu ação contra


Cipriano por falta de pagamento de despesas condominiais. A ação foi
promovida, não em nome de Tércio, mas em nome do Condomínio. O polo
ativo da relação jurídica processual foi assim estabelecido porque o
condomínio edilício constitui exemplo de

a) ente despersonalizado.
b) sociedade em conta de participação.
c) pessoa física.
d) sociedade em comum.
e) associação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção!! Essa questão foi cobrada pela FCC na prova de Procurador como
conhecimento em direito civil e não como direito processual civil, ok!?

Vamos ao comentário,
O condomínio edilício constitui exemplo de ente despersonalizado.
Sendo, portanto, o polo ativo da relação jurídica processual.
Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso
são:

A massa falida
A herança jacente ou vacante
O espólio
O condomínio
Também se destaca a família como uma entidade não personificada, pois, apesar de
seus laços de sangue, cada membro preserva sua individualidade e é responsável por
suas obrigações.

Ainda, de acordo com o CPC:


Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
(...)
V - a massa falida, pelo administrador judicial;
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII - o espólio, pelo inventariante;
(...)
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
(...)
Gabarito letra A

Q130 - As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas


jurídicas de direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Correta a afirmativa.

Q131 - O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas


de direito privado, por defeito do ato respectivo, é de dois anos a contar da
publicação de sua inscrição no registro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único.
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro. Errada.

Q132 - Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos


da personalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade. Certa.

Q133 – As Fundações constituem elas um acervo de bens, que recebe


personalidade jurídica para a realização de fins determinados, de interesse
público, de modo permanente e estável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fundação é o patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe dá unidade. São
as fundações (públicas e privadas). Correta.

Q134 - Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de


promoção do meio ambiente, mesmo que com fins lucrativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:

I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização
de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos
técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas; e
X – (VETADO).

A fundação em hipótese alguma pode ter fins lucrativas, esse é o erro da assertiva.
Errada.

Q135 – Julgue o item que se segue sobre as fundações de acordo com as


disposições do Código Civil.

Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de outro


modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a
fim igual ou semelhante.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação
que se proponha a fim igual ou semelhante. Correta.

Q136 - Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser


modificados, a não ser pela vontade unânime de seus dirigentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. Guarde esse artigo. Errada.
Q137 - Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins
lucrativos, que decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante
em sua sede, aberto aos associados e familiares, bem como uma loja para
vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos
troféus conquistados.

E ssa conduta não é possível, pois associações não podem ter fins
econômicos, o que se caracterizaria em ambas as situações, só podendo a
imagem da associação ser cedida onerosamente a terceiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As associações não estão impedidas de gerar renda para manter sua existência ou
aumentar suas atividades. O que não pode acontecer é esta renda ser distribuída
entre os associados. Desta forma, uma associação pode possuir determinado
patrimônio e realizar negócios para aumentar esse patrimônio. Isso não irá
descaracteriza-la, uma vez que não irá proporcionar ganhos pessoais aos associados.
Gabarito: Errada.

Q138 - Carlos emprestou R$ 1.000,00 a Pedro, sócio da "Construtora Bertolai


Ltda.", empresa de grande porte. O contrato foi formalizado em instrumento
subscrito por duas testemunhas. Na data em que o dinheiro deveria ser
devolvido, Pedro negou-se ao pagamento, afirmando insuficiência de
recursos. Diante do inadimplemento, Carlos ajuizou execução de título
executivo extrajudicial, contra a qual não foram opostos embargos. Na fase
de indicação de bens à penhora, constatou-se somente que Pedro não
possuía bens penhoráveis. Por esta razão, Carlos requereu desconsideração
inversa da personalidade jurídica, a qual deverá ser deferida, pois a empresa
de que Pedro é sócio possui condições suficientes para pagar o débito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Julgado: ―AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS EM NOME DO DEVEDOR, POR SI SÓ,
NÃO ENSEJA SUA IMEDIATA APLICAÇÃO. INEXISTINDO ELEMENTOS INDICATIVOS
DE QUE HOUVE AÇÃO FRAUDULENTA OU ABUSIVA DO DEVEDOR, COM DESVIO DE
FINALIDADE OU CONFUSÃO PATRIMONIAL ENTRE SEUS BENS E O DA PESSOA
JURÍDICA, NÃO TEM LUGAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DAQUELE.‖ Errada.
Q139 - A empresa individual de responsabilidade limitada é Pessoa jurídica
de direito privado e será constituída por uma única pessoa titular da
totalidade do capital social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por
uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado,
que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Certa.

Q140 - São pessoas jurídicas de direito privado, segundo o Código Civil,

a) As associações, inclusive as associações públicas, em razão da atividade


que exercerem.
b) As organizações religiosas e as autarquias.
c) Os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada.
d) As fundações e os condomínios em edificação.
e) As pessoas jurídicas que forem regidas pelo direito internacional público, quando
as respectivas sedes se acharem em países estrangeiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra C.

Q141 - Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I. A denominação, os fins e a sede da associação, bem como os requisitos para a


admissão, demissão e exclusão dos associados.
II. Os direitos e deveres dos associados, bem como as fontes de recursos para
manutenção das associações.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos, bem como
a forma de gestão administrativa e de aprovação das contas associativas.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Gabarito letra A.

Q142 – As fundações só podem elas ser constituídas para fins religiosos,


econômicos, morais, culturais, assistenciais ou esportivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62. Errada.

Q143 - Quando os bens destinados a constituir uma fundação forem


insuficientes, em regra voltarão ao instituidor, se vivo, ou serão transferidos
aos herdeiros deste, se falecido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação
que se proponha a fim igual ou semelhante. Errada.

Q144 – Sobre as fundações é correto afirmar

Para serem criadas, seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento,
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destinam e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Questão certa.

Q145 – No caso da fundação tornada ilícita, impossível ou inútil sua


finalidade, serão extintas e, em regra, seu patrimônio será incorporado ao
Estado-membro em que sediadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido
o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz,
que se proponha a fim igual ou semelhante. Errada.

Q146 - A exclusão do associado depende unicamente das disposições


estatutárias, podendo ocorrer por ato imotivado dos órgãos deliberativos, se
assim dispuser o estatuto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso, nos
termos previstos no estatuto. Errada.
Q147 - Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é vedado
que se estabeleçam no estatuto categorias com vantagens especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais. Errada.

Q148 - Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Parágrafo único:
Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a
transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Questão errada.

Q149 - Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações


recíprocos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos.
Parágrafo único.
Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Q150 – No caso das associações, de acordo com o código civil, é correto


dizer que compete privativamente à assembleia geral, especialmente
convocada para esses fins, destituir os administradores e alterar o estatuto
associativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo
quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores. Correta.

Q151 - Para que se possa alterar o estatuto de uma fundação é mister que a
reforma:

I. seja deliberada por metade mais um dos membros competentes para gerir
e representar a fundação.
II. não contrarie ou desvirtue sua finalidade.
III. seja aprovada pelo órgão do Ministério Público e, caso este a denegue,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta
e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz
supri-la, a requerimento do interessado.
Gabarito: A.

Q152 - Fundação Juju foi regularmente criada para atuar no benefício de


crianças carentes e está em plena atividade na cidade do Rio de Janeiro.
Uma das pessoas competentes para gerir e representar a Fundação Juju
pretende alterar o seu estatuto. Para tanto, a alteração não pode contrariar o
fim da Fundação e, além disso, deverá ser deliberada por dois terços dos
competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do
Ministério Público, com possibilidade de suprimento judicial caso este
denegue a aprovação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 67. (Questão recorrente). Correta.

Q153 - Sobre as associações, de acordo com o Código Civil brasileiro, é


correto afirmar que compete privativamente à assembleia geral
especialmente convocada alterar o estatuto de uma associação, cujo quórum
para aprovação será sempre de, no mínimo, dois terços dos associados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo
quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores.
Errada.

Q154 – Sobre a associação, julgue:

Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da


associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição
da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição
diversa do estatuto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto. Correta.

Q155 – O código civil determina que a convocação dos órgãos deliberativos


far-se-á na forma do estatuto da associação, garantido a um sexto dos
associados o direito de promovê-la.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão sacana!
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. Errada.

Resumo:
Para convocar órgão deliberativo = Mínimo 1/5
Para decisão do órgão deliberativo = Estatuto deve prever

Q156 - Constituem-se as associações pela união de pessoas que se


organizem para fins não econômicos, havendo entre os associados direitos e
obrigações recíprocos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Errada.

Q157 - O estatuto da associação não será nulo se não contiver a forma de


gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, que será
decidida em assembleia geral especialmente convocada para este fim.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Errada.

Q158 - Rodrigo e Manuela decidem desenvolver conjuntamente a atividade


empresarial de fornecimento de materiais médico-hospitalares. Para tanto,
realizam contrato válido com a finalidade de constituir a sociedade
empresarial. Ocorre que o contrato social não foi levado à inscrição no
respectivo registro.
Considerando a situação descrita, a pessoa jurídica já possui existência
legal, sendo certo que com a assinatura do contrato social haverá a
separação patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo. Errada.

Q159 - Todas as entidades de caráter público criadas por lei são pessoas
jurídicas de direito público interno.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. Errada.

Q160 - Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De direito privado! Errada.
Q161 - A diretoria executiva da empresa TADV encaminha consulta ao setor
jurídico sobre a possibilidade de o patrimônio particular dos seus sócios e
administradores ser atingido pelos efeitos de certas e determinadas
obrigações assumidas pela sociedade.

O patrimônio particular dos sócios da TADV poderá ser atingido em caso de


abuso da personalidade, que ocorre quando há desvio de finalidade ou
confusão patrimonial, se o juiz decidir pela desconsideração a requerimento
da parte ou do Ministério Público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está correta. Em casos específicos e determinados, poderá desconsiderá-la
temporariamente. O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre
em dois casos:
- Desvio de finalidade.
- Confusão patrimonial.

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de


finalidade, ou pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos
de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. Correta.

Q162 - Se os bens destinados à constituição da fundação não forem


suficientes
para a finalidade pretendida, na ausência de disposição do instituidor, os
bens serão incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou
semelhante.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação
que se proponha a fim igual ou semelhante. Correta.

Q163 - Vencido o prazo de existência de uma fundação, o órgão do Ministério


Público lhe promoverá a extinção, com a devida incorporação do patrimônio
a outra fundação de fim igual ou semelhante, mas o mesmo não poderá
ocorrer caso sua finalidade tenha se tornado ilícita.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. Errada.

Q164 - É nulo o estatuto de associação que estabeleça vantagens especiais


para algumas categorias de associados, em afronta ao princípio da igualdade
de direitos entre os associados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais. Errada.
Q165 - As associações são caracterizadas pela união de pessoas com
finalidade não lucrativa, regidas por um estatuto social, cujos termos devem
fixar as diretrizes básicas para o respeito aos direitos e às obrigações
recíprocas existentes entre os associados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Errada.

Q166 - A desconsideração da personalidade jurídica importará na extinção


da
pessoa jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos
específicos e determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está
regulado pelo artigo 50 do CC. Errada.

Q167 - O Ministério Público está legitimado a requerer a desconsideração da


personalidade, quando lhe couber intervir no processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O MP está legitimado a requerer a desconsideração da personalidade, quando lhe
couber intervir no processo, nos termos do Art. 50 do CC. Correta.

Q168 - O desvio de finalidade é a única causa de desconsideração da


personalidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Desviou de finalidade OU confusão patrimonial. Errada.

Q169 - A parte somente poderá requerer a desconsideração da personalidade


se ocorrer confusão patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Desviou de finalidade OU confusão patrimonial. Errada.

Q170 - Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público externo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De direito privado! Errada (como sempre).

Q171 - As sociedades de fato e o espólio são pessoas jurídicas de direito


público interno.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São entes DESPERSONALIZADOS. Errada.

Q172 - José constituiu uma fundação, por escritura pública, realizando a


dotação de determinados bens livres e especificando que a fundação se
destinaria a atividades religiosas.

Considerando a disciplina jurídica das fundações e o contexto fático descrito


acima, analise a afirmativa a seguir.

O registro civil da fundação tem natureza constitutiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em nosso direito, são duas as fases para a concretização da pessoa jurídica: o ¹ato
constitutivo e a formalidade do ²registro. Afirmativa correta.

Q173 - A pessoa jurídica, assim como a física, é capaz de direitos e deveres


na ordem civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As pessoas jurídicas são entidades as quais a lei confere personalidade. Uma vez
tendo personalidade jurídica, estas pessoas podem ser sujeitos de direitos e
obrigações.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Certa.

Q174 - São considerados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas


jurídicas de direito público interno às quais se tenha dado estrutura de
direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São considerados bens públicos, mais precisamente, bens dominicais.
Art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada
uma dessas entidades.
Parágrafo único.
Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Gabarito errado.

Q175 - De acordo com o Código Civil, o encerramento irregular de


determinada sociedade empresária é, por si só, causa suficiente para a
desconsideração da personalidade jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A dissolução irregular não é suficiente para desconsideração de personalidade
jurídica. Portanto, a mera demonstração de insolvência da pessoa jurídica ou de
dissolução irregular de empresa sem a devida baixa na junta comercial, por si sós,
não ensejam a desconsideração da personalidade jurídica. Nos termos da teoria
adotada pelo CC, é a intenção ilícita e fraudulenta que autoriza a aplicação do
instituto. Errada.

Q176 - Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já


separados do bem principal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os frutos e produtos não precisam estar separados do bem principal para que sejam
objeto de negócio jurídico. Errada.

Q177 – A transferência de quota de associação de um associado para seu


filho não importará na atribuição da qualidade de associado ao filho, salvo se
houver disposição estatutária nesse sentido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 56 do CC:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.

Parágrafo único.
Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a
transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Gabarito correto.

Q178 - As fundações são entidades de direito privado e se caracterizam pela


união de pessoas com o escopo de alcançarem fins não econômicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 53. Constituem-se as associações (não fundações) pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Gabarito errado.

Q179 - Dentre as pessoas jurídicas de direito público interno, estão as


autarquias, as associações públicas, as entidades de caráter privado que se
tenha dado estrutura de direito público.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 41 – parágrafo único:
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber,
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Aproveitando o tema, saiba que mesmo as empresas públicas ou sociedade de


economia mista prestadoras de serviço público, são entidades de direito privado.
Errada.

Q180 - A existência das pessoas jurídicas de direito privado tem início com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando se
fizer necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo. Gabarito correto.

Q181 - Para criar uma fundação, o seu instituidor deve fazer, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, sendo imprescindível
que indique a finalidade a que se destina a fundação, pois, se insuficientes os
referidos bens para constituí-la, estes serão obrigatoriamente incorporados
em outra que se proponha ao mesmo fim.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação
que se proponha a fim igual ou semelhante. Gabarito errado.

Q182 - A fiscalização das fundações é realizada pelo Ministério Público


estadual, ainda que as referidas fundações tenham abrangência nacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º. Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao
Ministério Público Federal.
§ 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada
um deles, ao respectivo Ministério Público. Gabarito correto.

Q183 - O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas


de direito privado é de três anos, no caso de defeito do ato constitutivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 45 – Correta.

Q184 - Os estados e os territórios têm por domicílio as suas respectivas


capitais.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: II - dos Estados e Territórios, as
respectivas capitais;
Gabarito correto.

Q185 - A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado se inicia


com o exercício da atividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
―com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro‖ Errada.

Q186 - Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado


com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, sendo
desnecessária, em qualquer caso, a autorização do poder público; todas as
alterações por que
passar o ato constitutivo devem ser averbadas no registro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo. Gabarito errado.

Q187 - Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo


desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz determinar
que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos sócios da pessoa jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 50. Correta.

Q188 - São livres a criação, a organização e a estruturação interna das


organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes
reconhecimento, que pode, entretanto, negar os atos necessários ao
funcionamento regular de suas atividades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 44. § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento. Gabarito errado.

Q189 - As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente


responsáveis pelos atos dos seus agentes que, nessa qualidade, causem
danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os causadores do
dano, independentemente de ter havido, por parte destes, culpa ou dolo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado
direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa
ou dolo.
Gabarito errado.

Q190 - Os atos dos administradores, exercidos nos limites dos seus poderes,
o que é definido no ato constitutivo, obrigam a pessoa jurídica. Se a pessoa
jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de
votos dos presentes, não podendo o ato constitutivo dispor de modo diverso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Gabarito errado.

Q191 - Constituída a fundação por qualquer modalidade de negócio jurídico,


ao instituidor é facultado transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados,
e, se não o fizer, esses bens serão registrados, em nome da fundação, por
ato
unilateral dos fundadores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados,
e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. Gabarito
errado.

Q192 - Para que se possa alterar o estatuto da fundação é necessário que a


reforma seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e
representar a fundação, independentemente de manifestação do Ministério
Público (MP).
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o
juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser,
em dez dias.

Ora, se o MP vela pelas fundações, de forma alguma ele pode ser preterido. Gabarito:
Errada.

Q193 - Constituem-se as associações pela união de pessoas que se


organizem para fins econômicos, havendo entre os associados direitos e
obrigações recíprocos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Totalmente o inverso, pois se assim fosse, seria uma empresa que explora atividades
econômicas por meio de sociedade, como uma PJ ―qualquer‖. Errada.
Q194 - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso,
nos termos previstos no estatuto da associação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos temos do Art. 57. Correta.

Q195 - Para criar uma fundação, entidade de fins exclusivamente religiosos


ou culturais, o seu instituidor fará dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destinam, e declarando, obrigatoriamente, a
maneira de administrá-los.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Gabarito errado.

Q196 - As associações, PJ de direito privado, exercem atividades não


econômicas, ou seja, ela não tem interesse em repartir o lucro, porém, não
está impedida de gerar renda com o objetivo de manter suas atividades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A associação até pode obter lucro, no entanto, este lucro deverá ser reinvestido na
própria entidade. A associação não pode ter o lucro como finalidade essencial e nem
distribuí-lo entre seus associados. Gabarito correto.

Q197 - Consideram-se de uso especial os bens pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 99. São bens públicos:
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive
os de suas autarquias;
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se DOMINICAIS os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado. Errada.

Q198 - São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem. Correta.

Q199 - Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que,


pertinentes à diversas pessoas, tenham destinação unitária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diz-se da universalidade de fato o conjunto de coisas materiais singulares, simples ou
compostas reunidas em coletividade pela vontade da pessoa, tendo distinção comum,
ou seja, objetos iguais, de mesma natureza, como, por exemplo, um rebanho, uma
biblioteca, uma frota de automóveis.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que,


pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Errada.

Q200 - Não podem ser objeto de relações jurídicas próprias os bens que
formam a universalidade de fato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 90. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto
de relações jurídicas próprias. Errada.

Q201 - São úteis as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar
que ele se deteriore.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 3° São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore. Errada.

Q202 - Não são singulares os bens que, reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais. Errada.

Q203 - São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se


destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Correta.

Q204 - Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem


as pertenças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso. Errada.

Q205 - São úteis as benfeitorias de mero deleite ou recreio, que não


aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou
sejam de elevado valor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
Errada.

Q206 - A respeito da disciplina dos bens no Código Civil e na jurisprudência


do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta.

a) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são considerados pertenças.


b) O direito à sucessão aberta é considerado bem móvel.
c) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado, são classificados, em regra, como bens de uso especial.
d) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
e) A vaga de garagem, ainda que possua matrícula própria no registro de imóveis,
constitui bem de família para efeito de penhora.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A alternativa ―a‖ está errada
Os Bens dividem-se em principais e acessórios.
Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente, de forma
autônoma, como uma árvore em relação ao fruto, um carro em relação ao seu som,
etc.
Acessório é o bem cuja existência supõe a do principal, havendo relação de
dependência, como o fruto em relação à árvore.

Os bens acessórios se dividem-em:


Frutos; Produtos e Pertenças.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no
entanto, ser parte integrante deste.
Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer
alteração em sua substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma
árvore dá. Para se reconhecer um fruto devemos observar três elementos:
periodicidade; inalterabilidade da substância da coisa principal e a separabilidade
desta.

A alternativa ―b‖ está errada De acordo com o Código Civil:


Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa ―c‖ está errada De acordo com o Código Civil:


Art. 99. São bens públicos:
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.

A alternativa ―d‖ está correta De acordo com o Código Civil:


Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.

SÚMULA N. 449-STJ. A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de


imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora.

Q207 - os bens públicos são


I. inalienáveis, os dominicais.
II. alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder
Legislativo.
III. inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua
qualificação; e inalienáveis os bens dominicais, observadas as determinações
legais.
IV. alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.
V. inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei
determinar.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e V.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) IV e V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As Alternativas ―IV‖ e ―V‖ estão corretas
Conforme o disposto nos arts. 100 e 101 do CC:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências
da lei. Gabarito letra E

Q208 - São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se


destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Correta.

Q209 - Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem


as pertenças de acordo com as circunstâncias do caso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso. Errada.

Q210 - As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Errada.
Q211 - Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos
ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Certa.

Q212 - São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente. Correta.

Q213 - Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à


sucessão aberta, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Correta.

Q214 - Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que


tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes, bem como os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Gabarito letra E. Correta.

Q215 - Quanto aos bens

a) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,


conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.
b) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da
lei.
c) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os
efeitos legais.
d) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.
e) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, forem removidas para outro local.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―a‖ – correta.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os
provenientes da demolição de algum prédio.

Alternativa ―b‖ – errada.


Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação
da lei ou por vontade das partes.

Alternativa ―c‖ – errada.


Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
Alternativa ―d‖ – errada.

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
Alternativa ―e‖ – errada.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:


I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local;
Gabarito letra A.

Q216 - Considere:

I. Dinheiro.
II. Sacos de Arroz.
III. Dois kilos de banana prata.
IV. Quadro do Pintor ―X‖ já falecido.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os


indicados APENAS em
a) I, II e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
Desta forma são bens fungíveis: dinheiro, sacos de arroz, dois kilos de banana prata.
Gabarito letra D.

Q217 - Por ocasião da morte de Benedita, um de seus herdeiros, Bento,


propõe que seu anel de noivado, que compõe um dos bens da herança, seja
dividido entre ele e o irmão, Sebastião, com o derretimento do ouro e o
fracionamento de um grande diamante que o ornamenta. Sebastião se opõe,
no que
a) Não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza.
b) Está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados.
c) Não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode
ser dividido em partes iguais.
d) Está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento
causaria diminuição considerável de seu valor.
e) Não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um
bem fungível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Ora, estamos diante de um anel de noivado de diamantes que guarda uma valoração
financeira bem peculiar, portanto, derrete-lo torná-lo-á depreciável.

Bens Indivisíveis
Indivisíveis são os bens que se opõe a definição de bens divisíveis.
Portanto, ao dividir o anel, como foi proposto por Bento, este perderia o uso a que se
destina (deixaria de ser um anel). Além do que, a divisão do diamante, acarretaria a
perda de seu valor. Assim, temos que o anel é um bem indivisível, vez que o
fracionamento causaria diminuição considerável de seu valor. Gabarito letra D.

Gabarito D.

Q218 - Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai.
Posteriormente, empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim
de pintá-las e reempregá-las na construção. No terreno, incorporou-se,
naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis

a) A casa e a goiabeira.
b) O terreno, a casa e a goiabeira.
c) O terreno, apenas.
d) O terreno e a casa.
e) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem. Gabarito letra E.

Q219 - Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por


vontade das partes, não podendo exceder de cinco anos a indivisão
estabelecida pelo doador ou pelo testador.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por
determinação da lei ou ²por vontade das partes.
Art. 1.320. § 2º. Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo
doador ou pelo testador. Correta.

Q220 - Em relação aos bens, é correto afirmar:


a) Os melhoramentos sobrevindos ao bem consideram-se benfeitorias, mesmo que
sem a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.
b) Os negócios atinentes ao principal sempre abrangem as pertenças.
c) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, atendidas as exigências
da lei.
d) Os bens públicos estão sujeitos à usucapião.
e) As energias que tiverem valor econômico consideram- se imóveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―a‖ errada.
Lembrem-se que as benfeitorias são aqueles melhoramentos acrescidos à coisa com a
¹finalidade de evitar que se deteriore, ou ²para aumentar seu valor ou com a
finalidade de ³torná-la mais vistosa ou agradável. Deste modo, as benfeitorias são
obras ou despesas que se faz em bem, móvel ou imóvel, para ¹conservá-lo,
²melhorá-lo ou ³embelezá-lo. E são construídas pelo homem.

Alternativa ―b‖ errada.


Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da ¹lei, da ²manifestação de vontade, ou das
³circunstâncias do caso.

Alternativa ―c‖ correta.


Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências
da lei.

Alternativa ―d‖ errada.


Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (NEM OS DOMINICAIS).
Alternativa ―e‖ errada.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Gabarito letra C.

Q221 - Perdem o caráter de imóveis as edificações separadas do solo e


removidas para outro local, ainda que conservando sua unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:.
Art. 81 – Errada.

Q222 - Consideram-se imóveis, para efeitos legais, os direitos reais sobre


imóveis e as ações que os asseguram, bem como o direito à sucessão aberta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 80 – Correta.

Q223 - Tornam-se móveis os materiais provisoriamente separados de um


prédio, para nele se reempregarem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 81 – Errada.

Q224 - São bens consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata
da
própria substância, salvo se destinados à alienação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 86. São consumíveis ¹os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da
própria substância, ²sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Errada.

Q225 - Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares


que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO. Não confunda Universalidade de fato com Universalidade de direito.
Vejamos:

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que,


pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de
relações jurídicas próprias.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma


pessoa, dotadas de valor econômico.

A universalidade de direito, é composta por um complexo de bens cuja finalidade é


determinada por lei. Os exemplos mais comum são a massa falida e a herança.
Errada.

Q226 - Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de


demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina.

Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:


a) Imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;
b) Móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o
prédio;
c) Fora do comércio por falta de valor econômico;
d) Coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;
e) Imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os
provenientes da demolição de algum prédio. Gabarito letra B.
Q227 - Segundo o Código Civil, os bens móveis que podem ser substituídos
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados

a) Bens consumíveis.
b) Bens fungíveis.
c) Bens reciprocamente considerados.
d) Bens singulares.
e) Bens públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da
mesma
espécie, qualidade e quantidade. Gabarito letra B.

Q228 - É uma hipótese de imóvel para os efeitos legais:

a) O veículo automotor de porte médio;


b) O veículo automotor de porte grande;
c) O direito à sucessão aberta;
d) As pessoas interditadas;
e) O direito autoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Gabarito letra C.

Q229 - Considera-se, dentre outros, bem imóvel:

a) a energia térmica.
b) a energia elétrica.
c) o direito autoral.
d) o direito hereditário.
e) o direito de patente

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Gabarito: Letra D.

Q230 - Maria foi buscar seu filho na Escola Estadual Pereira Flores, passando
pela Avenida das Rosas. No caminho, passou pelo prédio do Tribunal
Regional Eleitoral e pela Praça das Árvores Frondosas, que fica em frente a
um terreno desocupado de propriedade do Estado do Pará. De acordo com o
Código Civil, a escola, a avenida, o prédio do TRE, a praça e o terreno são
bens públicos, respectivamente classificados como

a) Especial, especial, especial, de uso comum do povo, dominical.


b) De uso comum do povo, especial, dominical, de uso comum do povo, dominical.
c) Dominical, de uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso
comum do povo.
d) De uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo,
dominical.
e) Especial, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo, dominical.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Levando em consideração as definições dos bens dada pelo próprio CC/2002, temos:
a escola como um bem de uso especial, a avenida como um bem de uso
comum do povo, o prédio do TRE como um bem de uso especial, a praça um bem de
uso comum do povo e o terreno um bem dominical. Gabarito letra E.

Q231 - Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens


acessórios
segue a sorte do bem principal, podendo, entretanto, haver disposição em
contrário pela vontade da lei ou das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A natureza do acessório é a mesma natureza do principal, princípio da gravitação
jurídica, onde, um bem atrai o outro para sua órbita
estabelecendo o mesmo regime jurídico (bonito isso, né? ). Assim, se o solo é
imóvel a casa que está ligada a ele também o é.

No entanto, pode ser convencionado pela vontade das partes que isso não ocorra.
Gabarito correto.

Q232 - O atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de


sua
natureza.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção: para saber se um bem possui a característica da fungibilidade, devemos
comparar com outro que seja equivalente. Pois a fungibilidade deriva da própria
natureza do bem. No entanto, pode acontecer de um bem, que por sua natureza seja
fungível, tornar-se infungível por vontade das partes.
Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas que para um
colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é coisa
fungível, mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para
ornamentação, transformar-se-á em coisa infungível. Gabarito errado.

Q233 - A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de


vontade da parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pode acontecer de um bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-se infungível
por vontade das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível,
mas que para um colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta
de frutas é coisa fungível, mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja,
para ornamentação, transformar-seiá em coisa infungível. Gabarito correto.

Q234 - Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua


retirada não prejudica a substância da coisa principal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal
diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente.
Como os metais, por exemplo. Gabarito errado.

Q235 - Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.


RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes. Gabarito errado.

Q236 - É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos


bens públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Gabarito
correto.

Q237 - São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter


patrimonial e as respectivas ações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Gabarito errado.

Q238 - Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se


submetem primordialmente às regras do direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem.

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito


público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Gabarito errado.

Q239 - A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a


infungibilidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
No geral, temos que os bens consumíveis são também fungíveis, tendo em vista os
alimentos. No entanto, podemos ter bens consumíveis e infungíveis como uma obra
de arte que foi posta à venda. Gabarito errado.

Q240 - Os bens acessórios são aqueles que, não sendo partes integrantes do
bem principal, se destinam de modo duradouro ao uso de outro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Gabarito
errado.
Q241 - O uso comum dos bens públicos é sempre gratuito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Gabarito
errado.

Q242 - Consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas


dedireito público a que se tenha dado estrutura de direito privado, sendo
vedadaqualquer disposição legal em sentido contrário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 99 – Errada.

Q243 - O uso comum do bem público deve ser necessariamente gratuito e


depende de autorização da entidade que o administre.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Gabarito
errado.

Q244 - O prédio de propriedade do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas,


onde funciona a sede do tribunal, é um bem público de uso especial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial
ou municipal, inclusive os de suas autarquias; Gabarito correto.

Q245 - À exceção dos bens dominicais e dos de uso comum do povo, os bens
públicos não estão sujeitos a usucapião.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Gabarito errado.

Q246 - São bens públicos de uso comum do povo os que constituem o


patrimônio
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares,
estradas, ruas e praças; Gabarito errado.

Q247 - A universalidade de fato refere-se ao conjunto de bens singulares


corpóreos ou incorpóreos, aos quais a norma jurídica confere unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que,
pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Gabarito errado.
Q248 - A indivisibilidade dos bens somente ocorre por sua natureza ou por
determinação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes. Gabarito errado.

Q249 - Aquilo que poderia ser mantido intencionalmente no imóvel, para sua
exploração, aformoseamento ou comodidade, como, por exemplo, o trator, é
considerado pelo Código Civil bem imóvel por acessão intelectual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Gabarito
errado.

Q250 - Por constituir bem de uso comum do povo, o jardim de uma praça
pública pode servir ao lazer da população em geral, sem necessidade de
permissão especial de uso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
Gabarito correto.

Q251 - Caso uma pessoa adquira um trator para melhor explorar sua
propriedade rural, esse bem, de acordo com o Código Civil brasileiro,
caracteriza-se como pertença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perceba que a banca utilizou o mesmo exemplo de pertença de outra questão
comentada logo acima. E este exemplo foi citado na parte teórica da aula.
Realmente trata-se de uma pertença por se encaixar na definição do art.93: Art. 93.
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Gabarito
correto.

Q252 - De acordo com a sistemática adotada pelo direito civil, constitui


objeto da relação jurídica todo bem que puder ser submetido ao poder dos
sujeitos de direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como vimos no começo desta aula: As nossas primeiras aulas versaram sobre
as pessoas. As pessoas naturais e as pessoas jurídicas – que são os sujeitos de
direito. Pois bem, a partir de agora vamos estudar o objeto do direito. Pois, todo
direito pressupõe a existência de um objeto, que vem a ser justamente aquilo que
pode se submeter ao poder dos sujeitos de direito e, desta forma, instrumentaliza a
realização de suas pretensões jurídicas. Gabarito correto.

Q253 - Fungibilidade não é sinônimo de consuntibilidade, visto que pode


haver bem consumível que seja infungível.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
As questões estão aos poucos explorando e repetindo esse assunto, como já vimos
um bem pode ser infungível e consumível (alienável – exposto à venda). Certo.

Q254 - No que se refere aos fatos jurídicos, de acordo com o Código Civil,
assinale a alternativa correta

a) A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela
outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo
se, nesse caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
b) A validade do negócio jurídico requer apenas agente capaz e objeto lícito,
possível, determinado ou determinável.
c) Nas declarações de vontade, se atenderá o sentido literal da linguagem.
d) Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os
usos do lugar da respectiva execução, não de sua celebração.
e) Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se de forma
abrangente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste
caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Gabarito letra A

Q255 - No que se refere aos negócios jurídicos, de acordo com o Código Civil,
assinale a alternativa correta.

a) A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus


poderes, produz efeitos em relação ao representado.
b) Em qualquer hipótese, é anulável o negócio jurídico que o representante,
no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
c) O representante não é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em
nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes.
d) É válido e não anulável o negócio concluído pelo representante em
conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou.
e) Nas declarações de vontade, será atendido mais o sentido literal da
linguagem do que a intenção nelas consubstanciada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado. Gabarito letra A

Q256 - Acerca do negócio jurídico, à luz do Código Civil, assinale a


alternativa correta.

a) Em regra, a validade da declaração de vontade dependerá de forma especial.


b) Nas declarações de vontade, será atendida mais a intenção nelas consubstanciada
que o sentido literal da linguagem.
c) Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua execução.
d) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico, mesmo sendo
relativa.
e) A escritura pública é essencial á validade dos negócios jurídicos que visem á
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de
valor superior a 20 vezes o maior salário mínimo vigente no País.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A banca cobrou o conhecimento literal do art. 112 do CC.
A alternativa ―b‖ está correta
De acordo com o Código Civil:
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Gabarito letra B

Q257 - A respeito dos negócios jurídicos, assinale a alternativa correta.

a) O silêncio não tem consequência concreta a favor das partes.


b) Uma vez demonstrada a simulação do negócio jurídico, seja ela absoluta
ou relativa, será ele anulado na sua inteireza.
c) Os menores de 18 anos de idade não podem ser admitidos como
testemunhas.
d) A venda de imóvel no valor de 100 mil, sem escritura pública, é nula e
insuscetível de conversão em outro negócio por afrontar formalidade
prevista em lei.
e) A manifestação de vontade subsiste, ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário
tinha conhecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento. Gabarito letra E

Q258 - A prescrição
e a decadência são institutos que estabelecem uma perda ao titular do
direito
em virtude de sua inércia. A lei prevê os casos em que ocorrerá uma ou outra
situação. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a) Na decadência, ocorre a perda da pretensão.
b) Na prescrição, ocorre a perda do direito material.
c) Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
d) A decadência, quando estabelecida por lei, não pode ser conhecida de ofício pelo
juiz.
e) Não cabe a renúncia expressa ou tácita da prescrição, após a sua consumação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A banca cobrou o conhecimento literal do art. 192 do CC.
A alternativa ―c‖ está correta
De acordo com o Código Civil:
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Gabarito letra C

Q259 - José fez um testamento e deixou alguns de seus bens para Maria
(nomes fictícios). Nesta situação hipotética, que tipo de ato jurídico foi
realizado?

a) Ato jurídico ilícito.


b) Negócio jurídico unilateral.
c) Fato jurídico.
d) Negócio jurídico bilateral.
e) Contrato bilateral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O ato jurídico foi realizado foi o Negócio jurídico unilateral.
A declaração de vontade unilateral ocorre quando somente se constata a presença de
uma única declaração de vontade fundamental para o negócio jurídico. Neles, não há
necessidade de recepção da vontade por parte de outrem para a produção de efeitos
no mundo jurídico. Trata-se de ato não receptício de vontade (independe da aceitação
para se aperfeiçoar). A simples emanação da vontade do agente já o vincula. O
testamento é um exemplo do negócio jurídico unilateral não condicionado a qualquer
tipo de aceite para a sua existência e validade. Gabarito letra B

Q260 - João (nome fictício) manifestou a vontade de comprar um quadro, de


pintor famoso, mas colocou no contrato de compra e venda, uma cláusula
acessória: só o compraria, se o referido artista ganhasse o prêmio da
Exposição de Artes de Nova York. Que tipo de cláusula acessória foi
estabelecida neste contrato?

a) Condição resolutiva.
b) Encargo.
c) Termo.
d) Condição potestativa.
e) Condição suspensiva.

Comentário
A alternativa ―e‖ está correta
Condição suspensiva é quando as partes protelam a eficácia do negócio jurídico. Este
só terá sua eficácia após o implemento de uma condição, um acontecimento futuro e
incerto (ex: um pai estabelece uma condição ao filho, ―eu te darei meu carro quando
passares no vestibular‖). Não se adquire o direito enquanto nos se verificar a
condição (art. 125). Embora não se adquira o direito, a pessoa que estabeleceu a
condição não pode mais dispor livremente do objeto, realizando operações
incompatíveis com a condição estabelecida - art. 126 (trata-se de uma limitação ao
direito do titular que queira alienar o objeto do contrato com condição suspensiva). A
condição suspensiva deverá atender ao art. 123, inciso I, ou seja, ela não pode ser
fisicamente ou juridicamente impossível, porque se o for o negócio será nulo.

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva,


enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente
esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a
condição, se com ela forem incompatíveis.
Gabarito: B

Q261 - Perda do direito pelo transcurso de tempo, estabelecida por lei, deve
ser conhecida de ofício, pelo Juiz e não é passível de renúncia. O conceito
refere-se à(ao)

a) encargo.
b) coisa julgada.
c) efcácia
d) prescrição.
e) decadência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Decadência é o instituto que ataca o direito potestativo (cujo implemento depende da
vontade) de uma das partes não exercido em um dado lapso de tempo.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Gabarito letra E

Q262 – Assinale a alternativa incorreta sobre o tema negócio jurídico.

a) Condição é a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e


incerto.
b) A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão
quando a lei expressamente a exigir.
c) Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração.
d) O silêncio não importa anuência mesmo quando as circunstâncias ou os usos o
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
e) Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Gabarito letra D

Q263 - Segundo a doutrina tradicional, negócio jurídico bilateral


sinalagmático é aquele em que não existe reciprocidade de direitos e
obrigações entre os pactuantes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente o contrário: são os contratos bilaterais em que existe uma reciprocidade
entre as obrigações das partes. Errada.

Q264 - Os negócios chamados bifrontes poderão ser onerosos ou gratuitos


dependendo da intenção perseguida pelas partes contratantes, por exemplo,
um contrato de depósito que é, em princípio, gratuito, embora nada obste
seja convencionada pelas partes a remuneração do depositário. Porém, nem
todos os contratos gratuitos podem ser convertidos em onerosos por
convenção das partes.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Bifrontes são os negócios jurídicos que podem ser onerosos ou gratuitos a critério das
partes, como o mútuo, o mandato e o depósito (que são espécies de contratos
previstos no Código Civil). Só existe se o contrato está previsto na lei como gratuito,
de contrário a conversão não é possível, pelo fato de subverter a sua causa negocial.
No entanto, nem todos os contratos gratuitos poderão ser convertidos. A doação e o
comodato ainda que gratuitos na sua essência não podem ser transformados em
contratos onerosos, pois ficariam desfigurados, transformando-se em venda e
locação. Letra B.

Q265 - Marcos, pai de Fernando, foi condenado, por decisão transitada em


julgado, a pagar alimentos ao filho. Quando da condenação, Fernando tinha 2
anos de idade. Passados 3 anos do trânsito em julgado, Fernando,
representado por sua mãe, requereu o cumprimento da sentença. Marcos
alegou prescrição. A pretensão para cumprimento da sentença

a) Prescreveu em parte, porque a prescrição atinge apenas os alimentos


vencidos antes de 2 anos do pedido de cumprimento.
b) Não prescreveu, porque a prescrição não atinge direito da personalidade.
c) Não prescreveu, porque não corre a prescrição contra os absolutamente
incapazes.
d) Prescreveu, porque a pretensão para haver prestações alimentares se
extingue depois de 2 anos.
e) Não prescreveu, porque não corre a prescrição contra os relativamente
incapazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (absolutamente incapazes)
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Desta forma, até Fernando completar 16 anos não correrá a prescrição. Letra C.

Q266 - Carlos abalroou veículo em ambulância que conduzia Paulo, pessoa


relativamente incapaz, causando-lhe lesões corporais. Passados 4 anos,
Paulo
ajuizou ação de indenização contra Carlos. A pretensão

a) Prescreveu depois de 3 anos, pois corre a prescrição contra o


relativamente incapaz, o qual tem ação contra o assistente, se este houver
dado causa à prescrição.
b) Não prescreveu, pois prescreve em 5 anos a pretensão à reparação civil.
c) Prescreveu depois de 3 anos, pois corre a prescrição contra o
relativamente incapaz, o qual não tem ação contra o assistente, ainda que
este tenha dado causa à prescrição.
d) Não prescreveu, pois prescreve em 10 anos a pretensão à reparação civil.
e) Não prescreveu, pois não corre a prescrição contra o relativamente
incapaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (absolutamente incapazes)
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Se afirmássemos que não corre a prescrição contra os menores. Isto estaria correto?
Não. Isto estaria errado, porque o inciso I faz referência somente aqueles que forem
absolutamente incapazes (lembre-se deles).

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus
assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a
alegarem oportunamente.
Art. 206. Prescreve:
§ 3º. Em três anos:
V - a pretensão de reparação civil;
Gabarito letra A.

Q267 - O negócio jurídico praticado sob coação

a) É nulo, não se convalidando com o decurso do tempo nem podendo ser confirmado
pela vontade das partes.
b) Equipara-se aos praticados sob temor reverencial.
c) É nulo, podendo ser invalidado, a pedido da parte prejudicada, no prazo
decadencial de 4 anos, contado da celebração do negócio.
d) Deve ser interpretado tendo em conta o que, na mesma circunstância, teria feito o
homem médio.
e) É anulável, convalidando-se com o decurso do tempo e podendo ser confirmado
pela vontade das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude
contra credores.
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do
negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
Gabarito letra E.

Q268 - Aos 20 anos de idade, Cássio ajuizou ação de reparação de dano,


fundada na responsabilidade civil, contra Roberto, seu pai, em razão de fato
ocorrido quando tinha 9 anos. A pretensão

a) Não está prescrita, pois não corre prescrição entre pai e filho, ainda que
cessado o poder familiar.
b) Não está prescrita, pois não corre a prescrição contra os relativa e
absolutamente incapazes.
c) Está prescrita, pois o prazo de 10 anos, iniciado quando Cássio tinha 9
anos de idade, já se consumou.
d) Está prescrita, pois o prazo de 3 anos, iniciado quando Cássio tinha 16
anos de idade, já se consumou.
e) Não está prescrita, pois não corre a prescrição durante o poder familiar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 197. Não corre a prescrição:
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
Gabarito letra E.

Q269 - A costureira Antonieta confeccionou cinquenta vestidos para Fábrica


de Roupas Última Moda, durante o ano de 2014, sem vínculo empregatício e
em intervalos irregulares de tempo. As partes acordaram a respeito do preço
e do prazo de entrega, mas não acerca do prazo de pagamento. Em
30/12/2014, Antonieta foi avisada de que não mais seriam necessários os
seus serviços, porém não recebeu seu crédito que atinge R$ 1.000,00.
Considerando o disposto no artigo 134 do Código Civil, segundo o qual os
negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo
se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo, e
que todo o serviço contratado já havia sido prestado, Antonieta poderá
cobrar imediatamente seu crédito em Juízo, independentemente de qualquer
interpelação ou notificação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o
pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo,
salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui
de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação
judicial ou extrajudicial.
Questão errada.

Q270 - Tício, diretor de uma construtora, celebrou com Mévio, funcionário


público, contrato por meio do qual este lhe garantiria privilégios em
licitações públicas em troca de pagamento mensal de R$ 5.000,00. Trata-se
de negócio nulo, devendo ser invalidado de ofício e não convalescendo pelo
decurso do tempo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este contrato será ilícito, portanto, nulo de pleno direito.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II – for ilícito, impossível ou indeterminável seu objeto;
III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV – não revestir a forma prescrita em lei;
V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce
pelo decurso do tempo. Correta.
Q271 - Por meio de contrato escrito, Henrique prometeu dar ao filho Pedro,
então com 18 anos, um veículo no dia de seu casamento, que ocorreu 12
anos depois. No entanto, Henrique negou-se a entregar o veículo, alegando
prescrição. Pedro poderá exigir cumprimento do contrato, pois não corre a
prescrição pendendo condição resolutiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este negócio tem uma condição suspensiva:
Condição suspensiva é quando as partes protelam a eficácia do negócio jurídico. Este
só terá sua eficácia após o implemento de uma condição, um acontecimento futuro e
incerto (ex: um pai estabelece uma condição ao filho,
―eu te darei meu carro quando passares no vestibular‖).
Não se adquire o direito enquanto nos se verificar a condição (art. 125).
Embora não se adquira o direito, a pessoa que estabeleceu a condição não pode mais
dispor livremente do objeto, realizando operações incompatíveis com a condição
estabelecida - art. 126 (trata-se de uma limitação ao direito do titular que queira
alienar o objeto do contrato com condição suspensiva). A condição suspensiva deverá
atender ao art. 123, inciso I, ou seja, ela não pode ser fisicamente ou juridicamente
impossível, porque se o for o negócio será nulo. Art. 199. Não corre igualmente a
prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
Questão errada.

Q272 - É de quatro anos o prazo de prescrição para pleitear- se a anulação,


no
caso de coação contado do dia em que ela cessar, ou da prática do ato nos
casos de erro, dolo e fraude contra credores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do
negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em
que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Questão errada.

Q273 - É anulável o negócio jurídico simulado, mas válido o que se


dissimulou se regular for na substância e na forma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou,
se válido for na substância e na forma. Errada.

Q274 - É nulo o ato praticado em estado de perigo ou lesão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do
negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em
que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Questão errada.

Q275 - A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, aproveitando
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou
indivisibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente
aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. Errada.

Q276 - Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de


terceiro, não haverá sua validação em nenhum caso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro,
será validado se este a der posteriormente. Errada.

Q277 - João José, indivíduo excepcional, sem desenvolvimento mental


completo, celebra com terceiro maior e capaz contrato de venda de imóvel,
sem ter tido qualquer pessoa a assisti-lo. Em princípio, esse negócio jurídico
será

a) Inexistente, em face do desenvolvimento mental incompleto de João José.


b) Válido, se João José não houver sido interditado, ou nulo, se a interdição já houver
ocorrido, pois precisaria então de um curador.
c) Ineficaz, porque seus atos não podem gerar nenhum efeito sem que tenha sido
representado juridicamente.
d) Nulo, pois João José é absolutamente incapaz.
e) Anulável, pois João José é relativamente incapaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
Gabarito letra E.

Q278 – O negócio jurídico simulado é

a) Válido se posteriormente ratificado pelas partes interessadas.


b) Nulo, sendo igualmente nulo o negócio dissimulado, pelo vício de origem
c) Nulo, mas é válido o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
d) Anulável, mas válido o que se procurou dissimular, se válido for na essência e na
forma.
e) Ineficaz, por não ter potencial para gerar quaisquer consequências jurídicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma. Gabarito letra C.

Q279 – No tocante à interrupção da prescrição,

a) Pode ser interrompida por despacho do juiz, desde que competente para o feito,
que ordenar a citação, se o interessado a promover nos termos da lei processual.
b) Havendo solidariedade entre devedores, atinge a todos, devedor principal e fiador
c) Operada contra um dos herdeiros do devedor solidário, não prejudica os outros
herdeiros ou devedores, em nenhuma hipótese.
d) Só pode ser interrompida pelo credor.
e) Quando operada por um dos credores solidários, não aproveita aos demais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―a‖ – errada.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-
á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

Alternativa ―b‖ – correta.


Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não
prejudica aos demais coobrigados.
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não
prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e
direitos indivisíveis.
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

Alternativa ―c‖ – errada.


Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não
prejudica aos demais coobrigados.
§ 2º. A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não
prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e
direitos indivisíveis.

Alternativa ―d‖ – errada.


Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Alternativa ―e‖ – errada.


Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não
prejudica aos demais coobrigados.
§ 1º. A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como
a
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
Gabarito letra B.

Q280 - A interrupção da prescrição só se dará em benefício do credor e só


por ele poderá ser requerida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 203 e 204 (veja questão anterior). Errada.

Q281 - Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem


estabelecer
prazo para pleitear-se a anulação, será este de quatro anos, a contar sempre
da data da conclusão do ato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer
prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da
conclusão do ato. Errada.

Q282 - A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela
outra em beneficio próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo
se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste
caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Correta.

Q283 - Não ocorrendo a condição objetiva do negócio jurídico, ou seja,


objeto
lícito, possível, determinado ou determinável, a consequência jurídica será
sua anulabilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto. Errada.

Q284 - Por ocasião de forte seca na região centro-oeste, Manoel passou a


vender água potável a preço cinco vezes superior ao que praticava
anteriormente. Temendo perder produção de soja, Jair celebrou vultoso
contrato, adquirindo grande quantidade de água pelo preço cobrado por
Manoel. O negócio celebrado entre Manoel e Jair é

a) Válido, pois a Constituição Federal garante o direito de propriedade e estimula a


livre iniciativa.
b) Anulável, em razão de vício denominado lesão.
c) Nulo, em razão de vício denominado lesão.
d) Anulável, em razão de vício denominado estado de perigo.
e) Nulo, em razão de vício denominado coação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
I – por incapacidade relativa do agente;
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude
contra credores.
Gabarito letra B.

Q285 - Se um dos declarantes ocultar sua verdadeira intenção quanto aos


efeitos jurídicos do negócio, este será inexistente por ausência de
manifestação qualificada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento. Errada.

Q286 – Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo entre as


partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo de prescrição não pode ser alterado pelas partes. Está expresso no art. 192
do CC: Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das
partes. Gabarito errado.

Q287 - Não se aplicam à decadência as normas que interrompem a


prescrição, salvo disposição legal em contrário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as
normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Correta.

Q288 - Por ser matéria de ordem pública, a renúncia à decadência fixada em


lei é anulável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão literal do art. 209 do CC/2002:
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Gabarito errado.

Q289 - Corre normalmente a prescrição contra os ausentes do país a serviço


público dos municípios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (absolutamente incapazes)
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Gabarito errado.
Q290 - As partes contratantes podem, de comum acordo, alterar os prazos
prescricionais referentes a pretensões de direitos disponíveis e, nessa
hipótese, a prescrição terá natureza convencional.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os prazos prescricionais são fixados por lei para o exercício da pretensão, fazendo-a
valer em juízo, assim sendo não poderá ser alterado por acordo das partes. Portanto,
não tem natureza convencional e não podem ser alterados, nem reduzidos, nem
aumentados pelos particulares por simples acordo volitivo.

Vale lembrar que a natureza convencional diz respeito à decadência e não a


prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Gabarito errado.

Q291 - Em observância ao princípio da conservação contratual, caso ocorra o


vício do consentimento denominado lesão, a parte lesionada pode optar pela
revisão judicial do negócio jurídico, ao invés de pleitear sua anulação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ENUNCIADO CJF:
Art. 157. Em atenção ao princípio da conservação dos contratos, a verificação da
lesão deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial do negócio jurídico e
não à sua anulação, sendo dever do magistrado incitar os contratantes a seguir as
regras do art. 157, § 2º, do Código Civil de 2002.
§ 2°. Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente,
ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Gabarito correto.

Q292 - Situação hipotética: Maria celebrou contrato de doação de bem


imóvel a João. Na negociação, ficou estipulado que a transferência do bem
somente se aperfeiçoará quando da morte da doadora. Assertiva:
Nessasituação, o evento morte funciona como condição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A morte trata-se de evento futuro e certo, portanto, é termo. Errada.

Q293 - O encargo é elemento acidental característico dos negócios jurídicos


que envolvam liberalidade. Em caso de inexecução do encargo pelo
beneficiado, não há previsão de mecanismos de coerção direta ou indireta
por parte do disponente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Código Civil prevê mecanismos de coerção. Por exemplo:
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por
inexecução do encargo. É o caso da cessão de um terreno para a execução de uma
obra específica (encargo), caso a obra (que é o encargo) não seja cumprida, haverá a
revogação da cessão. Errada.

Q294 - O termo não essencial é aquele que não admite o cumprimento do


objeto do negócio jurídico após o seu vencimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de termo essencial.
O termo essencial é aquele que não admite o cumprimento do objeto do negócio
jurídico após o seu vencimento.
O termo pode ser essencial e não-essencial. Diz-se que é essencial quando o efeito
pretendido deva ocorrer em momento bem preciso, sob pena de, verificado depois,
não ter mais valor. Exemplo: em um contrato que determine a entrega de um vestido
para uma cerimônia, se o vestido for entregue depois, não tem mais a utilidade
visada pelo credor. Já o termo não essencial é aquele cujo efeito pretendido não
precisa ocorrer em momento preciso, pois continuará tendo valor se verificado
depois.

Q295 - Denomina-se condição a cláusula acessória pela qual as partes


subordinam a eficácia do negócio a acontecimento futuro e incerto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade
das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Certa.

Q296 - Em caso de nulidade do negócio jurídico, a condição voluntariamente


declarada pelas partes não será alcançada, permanecendo válida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se o negócio jurídico for considerado nulo, a nulidade também atingirá à condição.
Pois, a condição é um elemento acidental do negócio jurídico.

Lembrete: O acessório segue o principal. A condição é uma cláusula acessória.


Errada.

Q297 - Os negócios jurídicos eivados pelo dolo são nulos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude
contra credores. Errada.

Q298 - Age em estado de perigo o indivíduo que toma parte de um negócio


jurídico sob premente necessidade ou por inexperiência, assumindo
obrigação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta
ferindo o caráter sinalagmático do contrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se da lesão e não do estado de perigo!
Na lesão, o indivíduo que toma parte de um negócio jurídico sob premente
necessidade ou por inexperiência, assumindo obrigação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta ferindo o caráter sinalagmático do
contrato.

De acordo com o Código Civil:


Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o
juiz decidirá segundo as circunstâncias.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta. Errada.

Q299 - Se em um negócio jurídico, ambas as partes agem com dolo, ainda


assim podem invocar o dolo da outra parte para pleitear a anulação da
avença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para
anular o negócio, ou reclamar indenização. Errada.

Q300 - Desde que haja consenso entre os envolvidos, é possível a renúncia


prévia da decadência determinada por lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 209 do CC:
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Seria possível no caso da
decadência convencionada pelas partes. Errada.

Q301 - A prescrição não corre na pendência de condição suspensiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 199, inciso I do CC:
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva. Correta.

Q302 - Ao celebrarem negócio jurídico, as partes, em livre manifestação de


vontade, podem alterar a prescrição prevista em lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 192 do CC:
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Q303 - É válida a renúncia da prescrição, desde que determinada


expressamente antes da sua consumação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 191 do CC:
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo
feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a
renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Q304 - A reserva mental de não querer o que manifestou torna anulável o


negócio jurídico firmado, ainda que seja de conhecimento do destinatário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento. Errada.

Q305 - Ainda que estabelecida a denominada cláusula de não valer sem


instrumento público, se o bem for móvel, a transferência poderá ser
realizada por cessão de direitos particular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Código Civil:
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento
público, este é da substância do ato. Errada.

Q306 - O motivo ilícito de uma das partes torna o negócio jurídico nulo se for
determinante para sua realização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. Errada.

Q307 - Sendo o objeto do direito indivisível, a incapacidade relativa de uma


das partes não aproveita aos cointeressados capazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste
caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Errada.

Q308 - A reserva mental de não querer o que manifestou torna anulável o


negócio jurídico firmado, ainda que seja de conhecimento do destinatário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Reserva mental é uma declaração não querida em seu conteúdo, tendo por objetivo
enganar o destinatário, sendo que a vontade declarada não coincide com a vontade
real do declarante. O declarante oculta a sua verdadeira intenção. Digamos, por
exemplo, que José, por brincadeira, estipulou determinado valor para um contrato
com Pedro (declaratário), se Pedro não tinha conhecimento da brincadeira, José
(declarante) não poderá invocar a reserva mental para anular negócio jurídico que
realizou.

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento.
Gabarito errado

Q309 - Tratando-se de negócio jurídico anulável, dispensa-se a confirmação


expressa das partes se o devedor tiver cumprido parte de sua obrigação
ciente do vício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A confirmação tácita é permitida quando o negócio já foi cumprido em parte e o
devedor estava ciente do vício, isto conforme art.174 do CC:
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em
parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava. Gabarito correto

Q310 - Relativamente à prescrição e decadência, assinale a opção correta.

a) A renúncia da prescrição só valerá quando expressa e feita sem prejuízo de


terceiro, antes de ela se consumar.
b) A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; da mesma
forma, quando operada contra o codevedor ou seu herdeiro, não prejudica aos
demais coobrigados.
c) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, por qualquer
interessado, e seus prazos podem ser alterados por acordo entre as partes.
d) A interrupção da prescrição só poderá ocorrer uma vez, por despacho do juiz
competente, no prazo e na forma da lei processual. Uma vez interrompida, recomeça
a correr da data do ato que suspendeu a interrupção.
e) Aplicam-se à decadência as mesmas normas que impedem, suspendem ou
interrompem a prescrição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa ―a‖ – errada.
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo
feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a
renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Alternativa ―b‖ – correta.


Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não
prejudica aos demais coobrigados.

Alternativa ―c‖ – errada.


Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a
quem aproveita.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Alternativa ―d‖ – errada.


Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-
á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a
interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

Alternativa ―e‖ – errada.


Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas
que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Gabarito letra B.

Q311 - Subordinar a eficácia de um negócio jurídico a uma condição


suspensiva significa afirmar que, enquanto esta não se realizar, não se terá
adquirido o direito a que visa o negócio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta definição. Certa.

Q312 - Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e,


pendente
esta condição, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor,
realizada a condição, se com ela forem incompatíveis. Todavia, se for
resolutiva a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o negócio
jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão do negócio o direito por ele
estabelecido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente
esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a
condição, se com ela forem incompatíveis.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o
negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele
estabelecido. Correta.

Q313 - A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de oficio; só os interessados a podem alegar, e aproveita
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou
indivisibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente
aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. Correta.

Q314 - Se o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, não


subsistirá mesmo quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o
teriam querido, se houvessem previsto a nulidade, porquanto o negócio
jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso
do tempo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá
este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se
houvessem previsto a nulidade.

Q315 - Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito,


nem o simples temor reverencial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. Art. 153.

Q316 - Ocorre a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se,


ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que essa classificação é a do estado de perigo. Errada.
Q317 - A coação, para viciar a declaração de vontade, há de ser tal que
incuta
ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à
sua família, ou aos seus bens.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família,
ou aos seus bens. Correta.

Q318 - Poderá ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro se a parte
a
quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso
contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por
todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte
a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda
que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da
parte a quem ludibriou.
(Veja que, quando falamos em terceiro – há, por exemplo: a ―vítima‖; o beneficiado;
e, também, ―o terceiro‖).

Ocorrem as seguintes situações:


1. Se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento (foram
duas hipótese) ato anulável.
2. O dolo de terceiro é totalmente ignorado pela parte que se beneficiou mantém-se o
negócio, mas o terceiro deverá indenizar aquele que foi enganado.
Correta.

Q319 - A respeito dos defeitos que, segundo o Código Civil, tornam anuláveis
os negócios jurídicos, analise os itens abaixo.

I. Erro substancial.
II. Dolo de ambas as partes.
III. Dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse conhecimento.
IV. O simples temor reverencial.

Pode-se afirmar que são corretos os itens:


a) I e II.
b) III e IV.
c) II e IV.
d) II e III.
e) I e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item I correto.
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio.
Item II errado.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para
anular o negócio, ou reclamar indenização.

Item III correto.


Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte
a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso
contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as
perdas e danos da parte a quem ludibriou.

Item IV errado. O temor referencial é aquele relacionado ao não querer fazer


algo que cause desgosto à pessoa a quem se deve respeito como, por exemplo, aos
pais ou aos superiores hierárquicos. Não se esqueça, entretanto, que se a pessoa
agiu sob ameaça ou violência o ato estará viciado e deverá ser anulado. Você
encontra algo a respeito no art. 153 do código civil:

Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o
simples temor reverencial.
Gabarito E.

Q320 - É nulo o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente


incapaz; o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; não
revestir a forma prescrita em lei; a lei taxativamente o declarar nulo, ou
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q321 - O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro, devendo o ato de confirmação conter a substância do negócio
celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q322 - A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou
indivisibilidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q323 - As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do


negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo
permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q324 - O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro, sendo que a confirmação expressa, ou a execução voluntária do
negócio anulável, não extingue as ações, ou exceções, de que contra ele
dispusesse o devedor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a
vontade expressa de mantê-lo.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos
termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de
que contra ele dispusesse o devedor. Errada.

Q325 - A condição suspensiva suspende a aquisição e o exercício do direito,


enquanto o termo inicial suspende o exercício, mas não suspende a aquisição
do direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Condição Suspensiva: suspende AQUISIÇAO e EXERCÍCIO
Termo: suspende EXERCÍCIO
Encargo: suspende NADA
Correta.

Q326 - Os negócios sob condição suspensiva são protegidos contra o


advento de lei nova, em caso de conflito de leis no tempo, mesmo que ainda
não tenha havido o implemento da condição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
LINDB Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada § 2º Consideram-se adquiridos assim os
direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo
comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

A condição suspensiva é um direito adquirido com a aquisição e exercício suspenso.


Correta.

Q327 - Quando há uma manifestação de vontade submetida a uma condição


suspensiva, essa vontade só produz os seus efeitos com o implemento da
condição suspensiva. Todavia, legítimos são apenas os atos que não se
revelarem incompatíveis com a realização da condição suspensiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q328 - Difere a condição suspensiva do termo inicial porque aquela


suspende a aquisição e o exercício do direito enquanto este suspende apenas
o seu exercício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.
Q329 - Acerca da responsabilidade civil, assinale a alternativa correta.

a) No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das


despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, tão
somente.
b) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos
à reparação do dano causado e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
responderão subsidiariamente pela reparação.
c) Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a
indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de
lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao
prejudicado.
d) Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á
pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, mesmo que esse se avantaje àquele.
e) Mesmo se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização não será fixada, tendo-se em conta a sua culpa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção! A banca IADES adora cobrar a literalidade da lei. Fiquem ligados!

A alternativa ―a‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença,
além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

A alternativa ―b‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as
pessoas designadas no art. 932.

A alternativa ―c‖ está correta


De acordo com o Código Civil:
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a
indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de
lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao
prejudicado.

A alternativa ―d‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 952. Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria
coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este
não se avantaje àquele.

A alternativa ―e‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano. Gabarito letra C
Q330 - São responsáveis pela reparação civil os donos de hotéis,
hospedarias,
casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, exceto os com fins
de educação, pelos seus hóspedes e moradores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e
educandos. Errada.

Q331 - Os empresários individuais e as empresas respondem,


independentemente de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos
em circulação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos
causados pelos produtos postos em circulação.

Q332 - Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, em todos os casos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver
pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu,
absoluta ou relativamente incapaz.

Q333 - O dono de edifício ou construção responde pelos danos que


resultarem de sua ruína, mesmo se não provier de falta de reparos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de
sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Errada.

Q334 - A construtora responde pelo dano proveniente das coisas que caírem
do prédio que lhe coube a construção, ou que forem lançadas em lugar
indevido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

Q335 - No que se refere aos atos ilícitos, preconizados no Código Civil,


assinale a alternativa correta.

a) O ato praticado em legítima defesa, em regra, constitui ato ilícito.


b) A deterioração de coisa alheia a fim de remover perigo iminente é ato
ilícito, mesmo que absolutamente necessário.
c) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, exceto se exclusivamente moral,
comete ato ilícito.
d) Comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede,
manifestamente, os limites impostos pelo seu fim econômico ou social pela
boa- fé ou pelos bons costumes.
e) O ato praticado no exercício regular de um direito, por regra, é ilícito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção! A banca IADES adora cobrar a literalidade da lei. Fiquem ligados!
A alternativa ―d‖ está correta
De acordo com o Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes. Gabarito letra D

Q336
Segundo o Código Civil, acerca dos atos jurídicos, assinale a alternativa
correta.

a) Mesmo a fim de remover perigo iminente, a deterioração ou destruição da coisa


alheia, ou a lesão a pessoa, constituem atos ilícitos, em regra.
b) Não comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social.
c) Não comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pela boa-fé ou pelos bons costumes.
d) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, exceto se exclusivamente moral, comete ato ilícito.
e) Não constituem atos ilícitos os praticados em legítima defesa ou no exercício
regular de um direito reconhecido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção! A banca IADS adora cobrar a literalidade da lei. Fiquem ligados!
A alternativa ―e‖ está correta
De acordo com o Código Civil:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
Gabarito letra E

Q337 - Por se tratar de violação de regras de direito privado, a obrigação de


reparar o dano é uma sanção civil, cujo objetivo é o interesse particular, que
é por natureza compensatória, abrangendo relações contratuais ou
extracontratuais, lícitas ou ilícitas. Considerando essa informação sobre a
responsabilidade civil no que tange às normas do Código Civil, assinale a
alternativa correta.

a) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar


mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal.
b) O dono de edifício ou construção responde, em qualquer hipótese, pelos danos que
resultarem de sua ruína.
c) O dono do edifício responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou
forem lançadas em lugar indevido.
d) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos
à reparação do dano causado; no caso de um conselho, o presidente, exclusivamente,
responde pela reparação.
e) O valor da indenização decorrente do evento danoso independe da concorrência
culposa da vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção! A banca IADES adora cobrar a literalidade da lei. Fiquem ligados!

A alternativa ―a‖ está correta


De acordo com o Código Civil:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

A alternativa ―b‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de
sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

A alternativa ―c‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

A alternativa ―d‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as
pessoas designadas no art. 932.

A alternativa ―e‖ está errada


De acordo com o Código Civil:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano.
Gabarito letra A

Q338 - O ato jurídico é marcado pela participação da vontade do agente.


Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.

a) Apenas não constituem atos ilícitos aqueles praticados em legítima defesa ou no


exercício regular de um direito reconhecido.
b) Não comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.
c) A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente, constitui ato ilícito em qualquer hipótese.
d) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, necessariamente material, comete ato ilícito.
e) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção! A banca IADES adora cobrar a literalidade da lei. Fiquem ligados!
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito. Gabarito letra E

Q339 - A respeito da responsabilidade civil, considere:

I. Não são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do
mesmo fato.
II. A desproporção excessiva entre a gravidade da culpa e o dano permite ao juiz
reduzir equitativamente a indenização.
III. A responsabilidade decorrente de abuso de direito é objetiva.
Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I.
e) II.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item ―I‖ está errado
De acordo com a súmula 37 do STJ: São cumulaveis as indenizações por dano
material e dano moral oriundos do mesmo fato.

O item ―II‖ está correto


Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.

O item ―III‖ está correto


De acordo com O Enunciado 37 da Jornada de Direito Civil: a responsabilidade civil
decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no
critério objetivo-finalístico.
Gabarito letra B

Q340 - João e Rodrigo entraram em luta corporal depois de uma discussão


no trânsito. Sem que Rodrigo pudesse se defender, João desferiu-lhe socos e
pontapés, causando lesões corporais. Muito machucado, Rodrigo representou
pela persecução criminal e ajuizou ação de indenização.

a) Independe da criminal, podendo ser rediscutida no juízo civil qualquer questão já


decidida no juízo criminal.
b) Independe da criminal, mas, se João for absolvido, na ação penal, por falta de
provas, Rodrigo não poderá pleitear indenização na esfera civil.
c) Depende da criminal, devendo o juiz extinguir a ação de indenização, sem
resolução de mérito, se ainda não tiver havido trânsito em julgado da decisão
proferida na ação penal.
d) Depende da criminal, devendo sempre o juiz suspender a ação de indenização até
o julgamento definitivo da ação penal.
e) Independe da criminal, mas, se a existência do fato for decidida, em definitivo, no
juízo criminal, não poderá ser discutida novamente no juízo civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

Trata-se do princípio da independência relativa da responsabilidade civil em relação à


criminal. O indivíduo poderá não ser penalmente responsabilizado e, no entanto, ser
obrigado a reparar o dano civil ou, vendo por outra ótica, a pessoa poderá ser
civilmente responsável, sem ter que prestar contas de seu ato na esfera criminal.

No entanto, ainda conforme art. 935, no que diz respeito à existência do fato ou de
quem seja o seu autor, se estas questões já estiverem decididas na esfera criminal,
não se pode mais questioná-las na esfera civil. Gabarito: E.

Q341 - Marcelo praticou crime de roubo contra um supermercado, subtraindo


R$ 10.000,00, dos quais doou R$ 2.000,00 a seu irmão José. Descoberta a
autoria do crime, bem como a ocorrência da doação, o supermercado ajuizou
ação de indenização contra Marcelo e contra José, visando à reparação do
dano. José

a) Responderá apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 2.000,00.


b) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 2.000,00.
c) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 10.000,00.
d) Não responderá por nenhuma quantia, ainda que proveniente de ilícito.
e) Responderá, apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 10.000,00.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas
condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e
educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia. Gabarito letra B.

Q342 - Caso o ato ilícito seja causado por agente incapaz, este poderá
responder com o seu próprio patrimônio pelos danos que causou, de forma
subsidiária em relação aos seus pais, tutores ou curadores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não
terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Correta.

Q343 - O dano moral tem natureza personalíssima, de modo que a


legitimidade
para pleitear a sua reparação é exclusivamente daquele diretamente
ofendido pelo ato ilícito, vedado no ordenamento jurídico brasileiro o dano
moral por ricochete.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dano em ricochete ou dano moral reflexo é aquele que mira em uma pessoa mas
acaba acertando em outra. Como no caso de difamação de uma pessoa morta, onde o
morto não será atingido em sua personalidade, tendo em vista que esta surge com o
nascimento e se extingue com a morte, mas as outras pessoas da família podem vir a
sofrer, por reflexo, a dor e o sofrimento. Por este motivo, é aceita a legitimidade de
irmãos, pais, filhos, dentre outros, para requerer a indenização por tal dano. Errada.

Q344 - A jurisprudência predominante no Superior Tribunal de Justiça


sustenta que a quebra de um contrato gera dano moral presumido (in re
ipsa).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
STJ: ―A jurisprudência desta Corte entende que, quando a situação experimentada
não tem o condão de expor a parte a dor, vexame, sofrimento ou constrangimento
perante terceiros, não há falar em dano moral, uma vez que se trata de circunstância
a ensejar mero aborrecimento ou dissabor, mormente quando mero descumprimento
contratual, embora tenha acarretado aborrecimentos, não gerou maiores danos ao
recorrente‖. Errada.

Q345 - Na responsabilidade civil subjetiva, o valor da indenização deve se


medir pela extensão do dano causado, de modo que é irrelevante o grau de
culpa para fins de fixação do montante da indenização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa
e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. Errada.

Q346 - O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade


civil subjetiva, pois afastam a culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se
aplicam às hipóteses em que a lei impõe a responsabilidade civil objetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto, eis que se admite a
exclusão do nexo causal nas hipóteses de caso fortuito, força maior, fato exclusivo da
vítima ou de terceiro. Errada.

Q347 - Marcelo exerce, com


habitualidade, atividade que, por sua natureza, implica risco para os direitos
de outrem. Se desta atividade advier dano, Marcelo responderá de maneira

a) Subjetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se


exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade.
b) Subjetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa.
c) Objetiva, não sendo necessária, em regra, a comprovação dos elementos culpa ou
nexo de causalidade.
d) Objetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se
exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade.
e) Objetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos ¹casos especificados em lei, ou ²quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Gabarito: D.

Q348 - Marcel abalroou o veículo de Henrique, que sofreu danos materiais.


Visando à reparação do dano, Henrique acionou direta e exclusivamente a
seguradora de Marcel.

De acordo com o Código Civil e com jurisprudência consolidada do Superior


Tribunal de Justiça, não pode Henrique acionar direta e exclusivamente a
seguradora.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão que exigia o conhecimento de súmula do STJ, mais especificamente da
súmula nº 529: ―No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o
ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da
seguradora do apontado causador do dano‖. Correta.

Q349 - O sistema civil em vigor não contempla hipóteses de responsabilidade


objetiva, somente subjetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada, Art. 927.

Q350 - O dano moral abrange a indenização pelo mero desgosto ou


frustração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A jurisprudência afirma que ―os meros dissabores normais e próprios do convívio
social, não são suficientes para originar danos morais indenizáveis‖. Errada.

Q351 - O Código Civil de 2002 adotou a gradação da culpa como critério de


redução da indenização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano. Correta.

Q352 - O titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os


limites impostos pelo seu fim econômico ou social comete ato ilícito,
consubstanciado em abuso do direito, sujeitando-se à responsabilidade civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo. Correta.

Q353 - Analise as proposições abaixo, a respeito da responsabilidade civil:

I. O médico, em regra, responde civilmente somente se o autor da ação fizer


prova de dolo ou culpa.
II. O pai é objetivamente responsável pelos danos decorrentes de culpa do
filho menor que estiver sob sua autoridade e companhia.
III. Não se responsabiliza o incapaz se os seus responsáveis tiverem
obrigação de fazê-lo e dispuserem de meios suficientes para tanto.

Está correto o que se afirma em

a) I e III, somente.
b) III, somente.
c) I, II e III.
d) I e II, somente.
e) II e III, somente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Afirmativa I – correta.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe
lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

Afirmativa II – correta.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
referidos.

Afirmativa III – correta.


Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes. Gabarito letra C.

Q354 - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,


Quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Correta.

Q355 - Durante as eleições para Governador do Estado realizadas no ano de


2014, Simone, de 16 anos de idade, pegou escondido da família o carro de
seu pai, João, para fazer propaganda com seus amigos de seu candidato
preferido. Durante o percurso, Simone atropelou uma família matando um
homem de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja de alimentos. Neste
caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, João

a) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de
Simone o valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado.
b) Não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha uma vez que ela é
relativamente incapaz.
c) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha mas não poderá reaver
de Simone o que pagar pelo ressarcimento do dano causado.
d) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver
de Simone somente 50% do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano
causado.
e) Só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha se esta não possuir
patrimônio pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver
pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu,
absoluta ou relativamente incapaz.
Gabarito letra C.

Q356 - No direito brasileiro, a responsabilidade civil é

a) Tanto subjetiva como objetiva, nesse último caso enquadrando-se a


responsabilidade do profissional liberal e dos fornecedores de produtos e serviços.
b) Sempre subjetiva, com a necessidade de comprovação de imprudência, negligência
ou imperícia, além do nexo causal e dano.
c) Objetiva, em regra, na modalidade de risco atividade, configurando-se
independentemente de culpa.
d) Subjetiva, em regra, implicando a necessidade de prova da ação ou omissão
voluntária, nexo causal, culpa e dano.
e) É sempre objetiva, na modalidade de risco criado ou risco atividade, sem
necessidade de demonstração de imprudência, negligência ou imperícia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Responsabilidade subjetiva que é a teoria clássica e pressupõe a culpa em sentido
amplo como elemento necessário, como fundamento, para a responsabilização civil.
Gabarito letra D.

Q357 - A fim de justificar o alto preço de imóvel, João afirma a José que o
terreno possui linda vista para o mar. Convencido por tal argumento, José
compra o imóvel, pagando o preço pedido por João. Cerca de ano e meio
depois, embora sem o objetivo de prejudicar José, e não obstante não
tivesse tal intenção quando realizou a venda, João adquire o terreno da
frente e edifica prédio que retira de José a vista para o mar. João cometeu
ato ilícito, pois, ao quebrar a expectativa que havia incutido em José,
ofendeu os limites impostos pela boa-fé objetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O abuso de direito consiste em um ato jurídico de objeto lícito, mas cujo exercício não
observa os limites que são impostos. Desta forma, o agente exercita um direito seu,
mas exorbita seus limites e acaba por desviar-se dos
fins sociais para os quais estava voltado este direito. O ato em si é lícito, mas perderá
esta licitude (tornando-se ilícito) na medida de sua execução.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes. Correta.

Q358 - Entre os poderes do juiz, ao fixar a indenização por responsabilidade


civil extracontratual, acha-se o de

a) Impor a pessoa incapaz, qualquer que seja a sua situação econômica ou financeira,
condenação a indenizar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
b) Desconsiderar, em qualquer hipótese, a sentença absolutória proferida no Juízo
criminal.
c) Desconsiderar a circunstância de a vítima ter concorrido culposamente para o
evento danoso.
d) Reduzir, equitativamente, a indenização, se houver excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano produzido.
e) Reconhecer a responsabilidade objetiva do causador do dano discricionariamente,
segundo as circunstâncias do evento danoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. Gabarito: D

Q359 - O empregador responde civilmente pelos atos praticados por seus


empregados no exercício dos trabalhos que lhes competir,
a) Mesmo que o empregado tenha sido absolvido em processo criminal, no qual tenha
ficado provado não ser ele o autor do ato ilícito.
b) Apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou sobre ele não exerceu
vigilância.
c) Ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância do empregado.
d) Em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do patrão é sempre
objetiva.
e) Somente se o empregado for condenado em processo criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
referidos.
Desta forma, o empregador responde civilmente pelos atos praticados por seus
empregados no exercício dos trabalhos que lhes competir, ainda que não tenha agido
com culpa, na escolha ou na vigilância do empregado.
Gabarito letra C.

Q360 - No jornal da Capital "Semanário da Zona Leste‖, foram publicadas em


editorial denúncias graves contra o restaurante "Alho e Óleo‖, afirmando sua
falta de condições sanitárias, em razão das quais seu movimento de clientes
caiu por volta de 50%. Meses mais tarde, prova-se que as denúncias eram
falsas, mas parte da clientela jamais retornou.

Nessas circunstâncias, poderá o advogado do restaurante, ao acionar o


jornal,
pleitear tanto danos materiais, pelo que o restaurante deixou de lucrar,
como danos morais, pois pessoas jurídicas também possuem atributos da
personalidade e, no caso, foi lesada sua honra objetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se da Súmula 227, que diz: ―a pessoa jurídica pode sofrer dano moral‖
Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos sujeitos à
valoração extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, por exemplo. Correta.

Q361 - Embora preso em canil que respeitou todas as normas técnicas de


construção, Átila, cão da raça pastor alemão, pertencente a Cássio, consegue
pulá-lo e morde gravemente o vizinho, Fábio, que na ocasião conversava com
Cássio no quintal do imóvel, ao lado do canil. Nessas circunstâncias,
nenhuma responsabilidade cabe a Cássio, que agiu diligentemente, sem
culpa, ao construir o canil de acordo com as normas técnicas pertinentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
E também o enunciado nº 452 da V Jornada de Direito Civil:
452 – Art. 936: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva,
admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro. Não houve culpa da vítima.
Errada.

Q362 - Carlinhos, de quatorze anos de idade, para vingar-se de uma surra


que levou do irmão de Caio, de apenas seis anos, bate neste até machucá-lo
gravemente. Caio é hospitalizado e, ao fim da internação, os gastos montam
R$ 10.000,00, suportados por seus pais, que querem agora ser indenizados
do que despenderam. Considerando que Carlinhos vive com seus pais, o
advogado dos pais de Caio poderá propor ação tanto contra os pais de
Carlinhos como contra o próprio Carlinhos, que apesar de ser absolutamente
incapaz responderá equitativamente com seu próprio patrimônio se os
recursos de seus pais não forem suficientes, só não podendo ser privado do
necessário, a si ou às pessoas que dele dependem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis ¹não tiverem obrigação de fazê-lo ou ²não dispuserem de meios
suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não
terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Correta.

Q363 - Responde objetivamente, em regra,

a) O partido político, por quaisquer atos de seus agentes ou representantes.


b) O prestador de serviços, independentemente da natureza do serviço prestado.
c) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
d) O Município, pelos danos que seus agentes causarem a terceiros no exercício da
respectiva função pública.
e) O agente público que, em serviço ou fora dele, causar dano a particulares, mesmo
que o dano não tenha ocorrido no exercício de sua função.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A responsabilidade do Estado é OBJETIVA fundada na Teoria do Risco, assim, em
regra, o Município responderá objetivamente, pelos danos que seus agentes
causarem a terceiros no exercício da respectiva função pública. Letra D.

Q364 - Aracy hospedou-se no Hotel Bela Vista e levou consigo um poodle


aparentemente inofensivo. Este, porém, fugiu do quarto de Aracy, por
descuido dela, e atacou os pés de Ana Tereza, causando-lhe rompimento de
tendão. Ana Tereza poderá pedir indenização contra Aracy, que responde
objetivamente pelos danos causados pelo animal, e contra o Hotel Bela Vista,
que responde objetivamente por seus hóspedes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tanto a responsabilidade de Aracy quanto a do Hotel será objetiva, de acordo com o
arts. 932, IV; 933 e 936 do CC/2002. Questão certa.
Q365 - Considere as seguintes situações hipotéticas:

I. Mario, dezessete anos de idade, escondido de seu pai, Golias, pegou a chave do
carro da família e atropelou Xisto.
II. Fabiana, dezesseis anos de idade, com a permissão de sua mãe, Maria, que lhe
entregou as chaves do veículo da família, dirigiu alcoolizada e colidiu o referido
veículo com a moto de Fabrício.
III. Carlos é dono do restaurante ―CC‖. Seu empregado, Matias, derrubou um prato
na cliente, Fátima, ferindo-a.
IV. Diogo é dono do hotel ―AA‖. Nesta madrugada um hóspede enfurecido atirou pela
janela do quarto, no qual estava hospedado, vasos, um abajur e um lustre, ferindo
Simone, uma transeunte.

De acordo com o Código Civil brasileiro, responderão pelos atos praticados


pelos terceiros mencionados nas situações hipotéticas,

a) Golias, Maria e Carlos, apenas.


b) Maria, Carlos e Diogo, apenas.
c) Maria e Diogo, apenas.
d) Golias, Maria, Carlos e Diogo.
e) Carlos e Diogo, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todos os casos descritos na questão se enquadram no art. 932:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas
condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e
educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
referidos.
Gabarito letra D.

Q366 - Girvane, completamente embriagado, ao atravessar a Avenida


Roberto Silveira, em Niterói, correu na frente de um caminhão pertencente a
uma entidade empresária do setor de construção civil, a qual estava
prestando serviço para a Municipalidade. Consequentemente, Girvane foi
atropelado e morreu. Considerando que o motorista não tinha como desviar
de Girvane e que os sinais estavam abertos para os veículos e fechados para
os pedestres, no momento do acidente, é correto afirmar que não há
responsabilidade civil, já que houve um caso de fato exclusivo da vítima que
excluiu o nexo causal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão interpretativa. Girvane estava COMPLETAMENTE embriagado. Questão certa.

Q367 - A indenização é mensurada pela extensão do dano, de modo que


aquele
que sofrer dano deverá ser indenizado pela integralidade do prejuízo, não se
admitindo qualquer redução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano. Errada.

Q368 - Admitida a responsabilidade civil do incapaz que tiver causado


prejuízos a terceiros, a indenização deverá ser fixada de forma equitativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.

Parágrafo único.
A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Gabarito correto.

Q369 - Não tendo culpa em relação ao fato ocorrido, o pai não é responsável
pela reparação civil dos danos causados por filhos menores de idade que
estejam sob sua guarda.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia; Gabarito errado.

Q370 - A responsabilidade civil será objetiva sempre que a lei não dispuser
ser ela subjetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, a responsabilidade civil será subjetiva. Será ela objetiva quando a lei assim
dispuser. Assim, a responsabilidade civil será subjetiva sempre que a lei não dispuser
ser ela objetiva. Gabarito errado.

Q371 - Sempre que o empregado, no exercício de suas funções, causar


prejuízos a terceiros, o empregador será responsável pela reparação civil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; Gabarito errado.

Q372 - Em uma ação de indenização, o juiz pode, ao fixar o montante a ser


pago pelo autor do dano, levar em consideração eventual conduta culposa da
vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano. Gabarito correto.

Q373 - As pessoas responsáveis pelo incapaz respondem pelos prejuízos por


ele causados, salvo quando não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes para tal, situação em que o incapaz deverá
responder pelos prejuízos causados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.

Parágrafo único.
A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Gabarito correto.

Q374 - 39. O incapaz responde pelos prejuízos que causar quando as pessoas
por ele responsáveis não tenham obrigação de fazê-lo ou não disponham de
meios suficientes para tanto, sendo irrelevante nesses casos a situação
econômica do incapaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não
terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Gabarito errado.

Q375 - A deterioração ou destruição da coisa alheia a fim de remover perigo


iminente não constitui ato ilícito quando as circunstâncias tornarem o ato
absolutamente necessário e não houver excesso aos limites do indispensável
para a remoção do perigo, razão por que ao dono da coisa deteriorada ou
destruída não assistirá direito à indenização do eventual prejuízo que sofra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover
perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188,
não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que
sofreram. CUIDADO MASTER! Gabarito errado.

Q376 - No caso de lesão à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das


despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença,
além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença,
além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. Gabarito correto.

Q377 - Se uma criança com onze anos de idade for vítima de atropelamento
com resultado morte, seus pais poderão ingressar com ação de indenização
por danos morais sob o argumento da configuração de hipótese de dano em
ricochete.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O dano em ricochete é aquele dano que irá atingir outras pessoas além da que
sofreu o dano.
Para exemplificar, vamos pensar em uma situação em que um filho único – que
sustentava seus pais já idosos, é atropelado e morto. Neste caso caberá a seus pais
intentar uma ação de indenização por danos morais sob o argumento de dano em
ricochete, uma vez que não foi só o filho que morreu que sofreu o dano. Gabarito
correto.

Q378 - O Código Civil brasileiro não aborda a responsabilidade civil por


danos provenientes das coisas que caírem ou forem lançadas da janela de
um apartamento e caírem em lugar indevido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Gabarito errado.

Q379 - O grau de culpa do ofensor não constitui critério para se fixar a


indenização patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano. Gabarito errado.

Q380 - Considere que Pedro tenha sido emancipado por seus pais logo após
ter atropelado Joana, que faleceu em decorrência do atropelamento. Nessa
situação, os pais de Pedro não respondem solidariamente pelos atos por ele
praticados.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atentem para o Enunciado nº 41 da I Jornada de Direito Civil:
41 – Art. 928: a única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do
menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º,
parágrafo único, inc. I, do novo Código Civil. Gabarito errado.

Q381 - A indenização mede-se sempre pela extensão do dano causado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. Gabarito errado.

Q382 - Luana, menor púbere, resolve pedir aos seus tutores que a emancipe.
Querendo os tutores emancipá-la, nos termos do Código Civil, é correto
afirmar que a emancipação será por via judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:


I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. Correta.

Q383 - A emancipação voluntária dos menores púberes sob poder familiar

a) depende de homologação judicial, se decorrente da manifestação de apenas um


dos pais, que então a concedeu na falta do outro.
b) é revogável e pode ser formalizada por instrumento particular.
c) exige instrumento público e independe de homologação judicial.
d) é vedada pelo ordenamento jurídico, que autoriza apenas a dos menores
impúberes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Note que se trata de emancipação VOLUNTÁRIA (sem contencioso).
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. Gab: C.

Q384 - A investidura em cargo comissionado é um exemplo de emancipação


legal por exercício em cargo público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Deve ser em ―emprego público EFETIVO‖. Errada.

Q385 – Pode o juiz, de ofício, reconhecer a ocorrência da prescrição e da


decadência legal ou convencional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segue o Esquema:
Prescrição = de ofício
Decadência legal = de ofício
Decadência convencional = juiz não pode declarar de ofício

CC
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

Q386 - Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os bens de uso comum do povo, que está previsto no inciso I, do Art. 99, CC, são
bens como rios, mares, estradas, ruas e praças. Possuem utilização geral pelos
cidadãos, com uma destinação dada por lei ou natureza para o uso coletivo. Correta.

Q387 - Não corre o prazo prescricional nem o decadencial contra os absolutamente


incapazes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Consoante ao CC:
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

Art. 198. Também não corre a prescrição:I - contra os incapazes de que trata o art.
3o; (Absolutamente incapazes).

DPC – DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Q1 - Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso


de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação
ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser
citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Previsão do caput do artigo 334: Se a petição inicial preencher os requisitos
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará
audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta)
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
Correta.

Q2 - A petição inicial deverá indicar o juízo a que é dirigida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida [...]. Correta.

Q3 - É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo


em qualquer juízo ou tribunal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em
qualquer juízo ou tribunal. Correta.

Q4 - Ao receber a petição inicial de processo, o juiz a autuará, mencionando


o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das
partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos
volumes em formação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O examinador trocou ―escrivão ou chefe de secretaria‖ pelo ―juiz‖ na redação do
dispositivo do CPC, tornando a informação do item Incorreta. Art. 206. Ao receber a
petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará,
mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes
das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos
volumes em formação. Errada.

Q5 - (TJMG) Segundo o Código de Processo Civil, no procedimento comum,


são
requisitos da petição inicial, EXCETO

a) valor da causa e juízo ou tribunal a que é dirigida e pedido.


b) requerimento de citação, fato e fundamentos jurídicos do pedido e provas que se
pretende produzir.
c) nomes, prenomes, estado civil, profissão e domicílio das partes.
d) rol de testemunhas, quesitos e assistente técnico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os requisitos da Petição Inicial são apontados nos artigos 319 e 320 do CPC/2015:

Art. 319. A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão,
o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
[valida a letra c]
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa; [valida a letra a]
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação. [valida a Letra b]
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na
petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que
se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso
II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
A letra ―d‖ é a opção a ser marcada porque não encontra correspondência no
CPC/2015. Gabarito: D
Q6 - Caso o juiz verifique que a petição inicial apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,

a) declarará a ação perempta e extinguirá o processo sem julgamento de mérito.


b) determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 15 (dez) dias.
c) extinguirá o processo com julgamento do mérito.
d) a indeferirá desde logo, condenando o autor nas custas e honorários advocatícios.
e) suspenderá o processo por 60 dias, após o que fará ele próprio as correções
cabíveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta está no art. 321 do CPC/2015: O juiz, ao verificar que a petição inicial não
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão
o que deve ser corrigido ou completado. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial. Gabarito: B

Q7 - "Meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve e termina o


processo" é conceito doutrinário de

a) ação.
b) jurisdição.
c) procedimento.
d) lide.
e) relação processual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O procedimento é a exteriorização da relação processual que pode assumir várias
feições. Procedimento é sinônimo de rito do processo: formas externas diferentes de
movimentação do processo. Nas palavras de Cândido Rangel Dinamarco:
―procedimento é o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o
processo; é a manifestação extrínseca deste, a sua realidade fenomenológica
perceptível". Gabarito: C.

Q8 - O princípio da proporcionalidade é corolário do princípio do devido


processo legal em sentido substancial (substantive due process clause).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembrem-se que o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade são levados em
conta no processo legislativo e na interpretação das leis, de modo que são elementos
centrais do devido processo legal em sentido substancial. Corolário significa
consequência. Gabarito: Certo

Q9 - (SERPRO/Adaptada) O devido processo legal, no sentido unicamente


processual, assegura o direito ao procedimento contraditório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No sentido processual, o devido processo legal visa ao atendimento de garantias
constitucionais, entre elas a do contraditório – conforme inciso LV (art. 5° da CF/88):
aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
O contraditório é corolário do devido processo legal. Gabarito: Certo

Q10 - (TJ MA /Adaptada) O devido processo legal, como princípio


constitucional, significa o conjunto de garantias de ordem constitucional,
que de um lado asseguram às partes o exercício de suas faculdades e
poderes de natureza processual e, de outro, legitimam a própria função
jurisdicional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceito que diz bem, sem ser exaustivo, o que é o devido processo legal. Gabarito:
Certo

Q11 - (TRT 23ª Região) É totalmente correto afirmar que o direito de ação é
um direito

a) subjetivo, privado, autônomo e concreto.


b) subjetivo, público, autônomo e abstrato.
c) objetivo, público e vinculado ao resultado do processo.
d) objetivo, privado e vinculado ao resultado do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito de ação é subjetivo porque depende de provocação para concretizar-se. Está
relacionado com o princípio da inércia de jurisdição, ou seja, o indivíduo deve
provocar o judiciário para que seu direito torne-se efetivado; 2) É público porque o
direito de ação é exigido contra o Estado para que a justiça seja prestada; 3) Abstrato
porque independe da razão das partes e do resultado final; 4) O direito de ação é
autônomo porque difere do direito material. Gabarito: B

Q12 - São condições da ação:

a) citação do réu, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir.


b) competência do juiz, interesse de agir e legitimidade das partes.
c) interesse de agir e legitimidade das partes.
d) pagamento das custas iniciais do processo, achar-se a parte representada por
advogado e competência do juiz.
e) não achar-se prescrita a pretensão, existência do direito pleiteado e legitimidade
das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A opção que traz a resposta correta é a de letra ―c‖. São condições da ação: interesse
de agir (ou interesse processual) e legitimidade das partes. Gabarito: C

Q13 - São requisitos de validade da ação:

a) capacidade postulatória, legitimidade das partes e interesse processual.


b) competência do juiz, inocorrência da prescrição e não terem as partes celebrado
convenção de arbitragem.
c) interesse de agir, inocorrência da prescrição ou de decadência e capacidade de ser
parte.
d) Legitimidade das partes e interesse processual.
e) possibilidade jurídica do pedido, não se achar perempta a ação e citação válida do
réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A opção que traz a resposta correta é a de letra ―d‖. São condições da ação: interesse
de agir (ou interesse processual) e legitimidade das partes. Gabarito: D

Q14 - Se alguns dos requisitos de validade da ação – NCPC 2015 (condições


da ação – CPC 1973) não for atendida, o processo

a) é nulo, não havendo formação de coisa julgada de nenhuma espécie.


b) será julgado com resolução do mérito, formando coisa julgada material.
c) será julgado com resolução do mérito, acarretando coisa julgada formal.
d) será julgado extinto sem resolução do mérito, formando coisa julgada
material.
e) será julgado extinto sem resolução do mérito, acarretando coisa julgada
formal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejam o que dispõe o artigo 485 do CPC:
―Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: [...] VI – verificar ausência de
legitimidade ou de interesse processual‖ Portanto, letra "e" tem a resposta à questão.
Gabarito: E

Q15 - Se, no curso do processo, o juiz verificar a ausência de uma das


condições da ação, o processo deverá ser suspenso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a legitimidade das
partes e o interesse processual, o processo será tido por extinto. Gabarito: Errado

Q16 - Ao longo de toda a fase instrutória de uma complexa ação envolvendo


apropriação indevida de direitos autorais, o juiz deferiu todos os
requerimentos que lhe foram dirigidos para juntada de documentos e outros
elementos probantes aos autos, sempre concedendo vista às partes para sua
manifestação nos termos da lei processual vigente. Nessa situação, ao
oportunizar aos litigantes o pleno exercício do contraditório, o magistrado,
simultaneamente, também deu efetividade concreta ao princípio
constitucional da ampla defesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Audiatur altera et pars, termo latino que significa: ouça-se também a outra parte,
resume bem a ideia de que para satisfazer o princípio do contraditório e da ampla
defesa não é suficiente comunicar a cada uma das partes sobre a participação da
outra, é preciso que se oportunize a cada uma a condição de manifestar-se nos autos.
Não podemos confundir a expressão citada com o brocardo: inaudita altera parte, que
diz respeito ao oposto, situações excepcionais em que o juiz toma decisões sem ouvir
a outra parte. Gabarito: Certo

Q17 - Aponte, dentre os princípios processuais abaixo, aquele que não tem
previsão explícita na Constituição Federal:
a) Juiz natural.
b) Duplo grau de jurisdição.
c) Devido processo legal.
d) Acesso à justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No art. 5° da CF/88 encontramos a resposta a essa questão:
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção – princípio do juiz natural. Também
relaciona-se a esse princípio o inciso LIII do mesmo artigo:
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. LIV -
ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Quanto ao acesso à justiça:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos Entre os princípios elencados na questão, só
não há expressa menção ao princípio do duplo grau de jurisdição na CF/88. Gabarito:
B

Q18 - O princípio do Juiz Natural pode ser encontrado na Constituição federal


no artigo onde expressa que ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente ou por juízo ou tribunal de exceção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O problema da afirmativa está na parte final, porque contradiz o inciso XXXVII (art.
5° da Carta Magna), que dispõe: não haverá juízo ou tribunal de exceção. O tribunal
de exceção está em posição antagônica ao juiz natural. A afirmação de um é a
negação dou outro. Gabarito: Errado

Q19 - A concessão de providência jurisdicional cautelar sem a ouvida prévia


da parte contrária implica violação ao contraditório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa situação configura o contraditório diferido, plenamente possível, sem que se fira
qualquer garantia constitucional, visto que concedida a providência em situação
emergencial e mediante preenchimento de requisitos de concessão. Errada.

Q20 - O princípio do contraditório garante às partes a ciência dos atos e


termos do processo, com a consequente obrigação de impugná-los.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As partes ao terem ciência dos atos podem impugná-los. A impugnação não se
constitui em dever. Gabarito: Errado

Q21 - São manifestações do princípio processual do devido processo legal as


seguintes garantias: acesso à justiça, igualdade de tratamento, publicidade
dos atos processuais, contraditório, ampla defesa, julgamento por juiz
natural e competente, de acordo com provas obtidas licitamente por decisão
fundamentada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas essas garantias visam a assegurar o devido processo legal, que é
umsupraprincípio, tendo como corolários vários outros previstos constitucionalmente.
A lista da questão é exemplificativa, de modo que, se houvesse termos como
―somente‖ ou ―exclusivamente‖ tornariam a questão errada. Gabarito: Certo

Q22 - Relativamente aos princípios constitucionais do processo civil, é


correto afirmar-se que: O princípio do juiz natural consiste exclusivamente
na proibição de tribunais de exceção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
- O princípio do juiz natural apresenta duas facetas: a primeira relacionada ao órgão
jurisdicional e a segunda com a pessoa do juiz – a imparcialidade do magistrado. O
juiz natural possui competência constitucional e foi investido de maneira regular na
jurisdição.

Vejamos:
Juiz Natural em sentido Formal:
1) Garantia da proibição da existência de Tribunais de exceção.
2) Respeito às regras de competência: (...) LIII - ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente (art. 5°, CF).
Juiz Natural em sentido Material
Imparcialidade do juiz – ver RESPOSTA DA QUESTÃO: da pág. 18 dessa aula.
Pois bem, como exposto o princípio do juiz natural não consiste exclusivamente na
proibição de tribunais de exceção. Engloba nesse princípio a imparcialidade, o
respeito às regras de competência e a garantia da proibição de Tribunais de exceção.
Gabarito: Errado

Q23 - O Estado democrático de direito e o juiz natural:

a) Não exigem necessariamente a imparcialidade do juiz para proferir decisões nos


procedimentos de jurisdição voluntária.
b) Não exigem necessariamente a imparcialidade do juiz para proferir decisões nos
processos
contenciosos.
c) Exigem a imparcialidade do juiz para proferir decisões somente nos processos
contenciosos
(objetivos e subjetivos).
d) Exigem a imparcialidade do juiz para proferir decisões tanto nos processos
contenciosos
como nos procedimentos de jurisdição voluntária.
e) Permitem a parcialidade do juiz destinada a realizar os objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio do juiz natural apresenta duplo significado: 1) consagra regra de que só é
juiz quem investido de jurisdição; 2) impede criação de tribunais de exceção.
Modernamente, tem-se admitido terceiro conceito, referente à competência
constitucional do juiz, a qual não pode ser subtraída.

O domínio do conceito de juiz natural já seria suficiente para resolver a questão, mas
vejamos, de modo breve, distinção entre a jurisdição contenciosa e a voluntária.
A contenciosa é a comum, em que as partes de uma lide buscam tutela judicial para
resolver a pendenga. A jurisdição voluntária é mera administração pública de
interesses privados, não há, em regra, conflito (ex: alienação judicial de bens de
incapazes). Gabarito: D

Q24 - O ato do presidente de um tribunal que designa um juiz substituto


para atuar em determinado feito, após o juiz titular e seu substituto legal
terem afirmado sua suspeição para atuar na ação, não viola o princípio do
juiz natural, já que o afastamento daqueles originalmente competentes para
o julgamento se deu com base em motivo legal, e não, por ato de exceção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q25 - Pelo princípio do contraditório, o autor pode deduzir a ação em juízo,


alegar e provar os fatos constitutivos de seu direito, e ao réu é assegurado o
direito de contestar todos os fatos alegados pelo autor, como também o de
fazer a prova contrária, salvo em caso de revelia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A revelia não afasta posterior atuação do réu no processo. O STF já se posicionou no
sentido de que o revel poderá produzir provas e atuar no processo, mas no estágio
em que ele se encontra (nesse sentido: enunciado n° 231 da Súmula
STF e precedentes).
Súmula 231: O revel, em processo cível, pode produzir provas, desde que compareça
em tempo oportuno. Gabarito: Errado

Q26 - garantia do juiz natural admite a pré-constituição, por lei, de critérios


objetivos de determinação da competência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A legislação processual dispõe sobre a competência de juízos, seja em razão da
matéria, do valor da causa, do território. A previsão em lei de critérios de definição de
competência, por ser anterior à formação e distribuição do processo e respeitar
critérios objetivos, não fere o princípio do juiz natural. Gabarito: Certo

Q27 - São elementos identificadores da ação:

a) juízo, partes e pedido;


b) juízo competente, causa de pedir e demanda;
c) partes, causa de pedir e pedido;
d) partes, interesse processual e pedido;
e) causa de pedir, legitimidade e demanda.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.

Q28 - No que se refere à aferição da presença, ou não, das condições para o


regular exercício da ação, a teoria aplicável é:

a) a asserção;
b) a substanciação;
c) a individuação;
d) a causa madura;
e) a concreta do direito de ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com a teoria da asserção, o juiz deve verificar a existência das condições
da ação analisando apenas a narrativa trazida pelo autor em sua petição inicial. Essa
narrativa deve ser clara e coerente o suficiente para que a ação se apresente como
juridicamente possível (possibilidade jurídica do pedido), necessária (interesse
processual) e instaurada entre as partes legítimas (legitimidade das partes).
Resposta: Letra A.

Q29 - O Direito Processual Civil brasileiro não admite procedimentos ou


provimentos específicos fundados em técnicas de contraditório diferido, de
reação aos atos processuais já praticados, pois o contraditório é elemento
inerente ao devido processo legal, alçado a nível constitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O contraditório diferido (postecipado ou postergado) é concedido inaudita altera parte
(sem ser ouvida a outra parte), de modo que se reveste de caráter excepcional,
sendo cabível nas tutelas de evidência, que são aquelas com forte indício de que a
parte tem o direito que alega ter. Nesses casos, concede-se a tutela com posterior
comunicação ao réu para que possa reagir, se for o caso. Contrapõe-se ao
contraditório antecipado, que é o mais comum, a regra. Gabarito: Errado

Q30 - Considere que A proponha contra B ação para reparação de dano


causado em acidente de veículo ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Em
face dessa consideração, julgue o item a seguir, relativo à competência.
As partes podem, desde que estejam de comum acordo, estabelecer o foro
competente para a causa, elegendo, por exemplo, o juízo da 1.ª Vara Cível
para processar o feito, sendo previsto no Código de Processo Civil o foro de
eleição quando se tratar de competência territorial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é excelente para entender o princípio do Juiz Natural, que é um dos
princípios garantidores da imparcialidade judiciária, por meio dele se invoca o total
respeito às regras de competência.
Está previsto no inciso LIII do art. 5º da CF:
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
Pelas regras gerais de competência, a escolha do juiz deve ser aleatória. A proibição
de escolha do juízo refere-se a todos, incluindo partes e juízes. Portanto, não seria
possível eleger, como menciona a questão, a 1ª Vara Cível, mas somente eleger o
local, a comarca. Gabarito: Errado

Q31 - Em relação à ação, é correto afirmar que


a) se considera ter sido ela proposta a partir do momento em que o réu é
citado.
b) o juiz deve extinguir o processo, com resolução do mérito, quando não
concorrer qualquer de
suas condições.
c) há litispendência, quando se repete a ação que está em curso, com
mesmas partes, pedido e
causa de pedir.
d) se a inicial contiver irregularidades formais, deve o processo ser
imediatamente extinto, sem resolução do mérito.
e) a legitimidade para agir diz respeito à utilidade e necessidade da ação a
ser proposta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra ―a‖: errada. Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for
protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos
mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Letra ―b‖: errada. Trata-se de uma hipótese de extinção do processo sem resolução
de mérito. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: [...] VI – verificar ausência
de legitimidade ou de interesse processual.
Letra ―c‖: correta. Art. 337. [...] § 3° Há litispendência, quando se repete ação, que
está em curso; §4º Há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por
decisão transitada em julgado.
Letra ―d‖: errada. Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze)
dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Letra ―e‖: errada. O interesse de agir constitui-se no binômio: adequação,
necessidade. Fala-se em adequação relativamente à opção pelo meio processual que
possa vir a produzir resultado útil. De modo que, se alguém tem consigo título
executivo, não terá interesse em processo de conhecimento, porque não há pendenga
a ser resolvida. Nesse caso, deve o interessado perseguir a imediata execução do
título.
Fala-se em necessidade do provimento judicial quando, somente por meio dele, o
sujeito poderá obter o bem almejado. Uma vez que possa ser alcançado o resultado
sem a prestação judicial, não existirá interesse de agir (exemplo: a cobrança de
dívida que sequer tenha vencido). Não se trata, portanto, de legitimidade, mas de
interesse para agir. Gabarito: C

Q32 - São condições da ação:


a) citação do réu, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir.
b) competência do juiz, interesse de agir e legitimidade das partes.
c) interesse de agir e legitimidade das partes.
d) pagamento das custas iniciais do processo, achar-se a parte representada por
advogado e competência do juiz.
e) não achar-se prescrita a pretensão, existência do direito pleiteado e legitimidade
das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A opção que traz a resposta correta é a de letra ―c‖. São condições da ação:
interesse de agir (ou interesse processual) e legitimidade das partes. Gabarito: C

Q33 - O réu de ação de cobrança alegou que não era devedor, pois não tinha
com o autor relação de cunho negocial capaz de justificar a demanda. Ao
analisar a defesa, o juiz afastou a preliminar sob o argumento de que,
conforme narrativa do autor, era possível entender que o réu fosse, em tese,
devedor. Além disso, o juiz considerou que o exame detido do tema
demandava dilação probatória e que, portanto, seria atinente ao mérito.
Com base na situação descrita, é correto afirmar que o juiz aplicou a teoria

a) abstrata da ação.
b) do direito potestativo de agir.
c) concreta da ação.
d) imanentista.
e) da asserção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teoria da Asserção: por essa teoria, se o juiz perceber por uma análise sumária, com
base nos elementos oferecidos pelo próprio autor, a ausência de alguma condição da
ação, deve extinguir o processo sem julgamento de mérito. O juiz utilizou essa última
teoria, uma vez que analisou as condições da ação. Gabarito: E.

Q34 - Considera-se proposta a ação quando

a) o réu for validamente citado.


b) o juiz ordenar, por despacho, a citação do réu.
c) ocorrer a citação do réu, ainda que inválida.
d) a petição inicial for despachada pelo juiz ou simplesmente distribuída, onde houver
mais de uma vara.
e) o réu contestar a ação ou deixar de fazê-lo no prazo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para responder a questão vejamos o art. 312, com a seguinte redação:
Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a
propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240
depois que for validamente citado. Gabarito: D
Q35 - No que concerne à jurisdição e à ação, é INCORRETO afirmar:

a) ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado
por lei.
b) o interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência ou da inexistência
de relação jurídica.
c) ocorrendo violação do direito não é admissível a ação declaratória.
d) para propor ou contestar a ação é necessário ter legitimidade e interesse.
e) nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado
a requerer, nos casos e forma legais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Percebam que o examinador recorreu novamente à redação de artigos do CPC para
elaborar a questão. O item c está errado porque é admissível a ação declaratória,
ainda que tenha ocorrido a violação do direito (art. 20). Gabarito: C

Q36 - Para propor determinada ação judicial, é necessário que a parte autora
detenha legitimidade e interesse de agir e que o pedido deduzido seja
juridicamente possível.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A possibilidade jurídica do pedido não é condição da ação pela nova sistemática do
CPC, de maneira que, sendo o pedido juridicamente impossível, a ação poderá ser
considerada proposta e, depois, ser julgada improcedente. Gabarito: Errado
Q37 - A respeito da forma dos atos processuais, considere:

I. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.


II. Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve
questão incidente.
III. Os atos ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de
despacho do juiz, não
podendo ser praticados de ofício pelo servidor.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I
b) III
c) I e II
d) I e III
e) II e III

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira afirmativa está em conformidade com o parágrafo único do art. 200 do
CPC/2015:
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de
vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos
processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação
judicial.
A segunda afirmativa expressa a definição legal da decisão interlocutória:
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que
não se enquadre no § 1º [relativo a sentença].
A terceira afirmativa é a única errada porque segundo o § 4º do art. 203: os atos
meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando
necessário. Gabarito: C

Q38 - Sobre a comunicação dos atos processuais, analise:

I. Quando a citação for feita por meio de oficial de justiça, o prazo começa a correr da
data da juntada aos autos do mandado cumprido.
II. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, aos noivos, nos
dez primeiros dias de bodas.
III. Em regra, a citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País.
IV. A carta precatória tem caráter itinerante e somente depois de ordenado o
cumprimento poderá ser apresentada a juízo diverso que dela consta, a fim de se
praticar o ato.

De acordo com o Código de Processo Civil, é correto o que consta APENAS


em:

a) I, II e III
b) I, III e IV
c) I e III
d) II, III e IV
e) II e III

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Afirmativa I – correta, de acordo com o CPC/2015:
Art. 231. Começa a correr o prazo:
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
Afirmativa II – errada, porque não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o
perecimento do direito (Art. 244, CPC):
(...)III - aos noivos, nos 3 primeiros dias de bodas.
Afirmativa III – correta: a citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do
País (art. 247, CPC).
Atentem-se para as seguintes exceções:
a) quando o citado for incapaz;
b) quando o citado for pessoa de direito público;
c) nos processos de execução;
d) quando o citado residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência;
f) quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Afirmativa IV – errada, porque:
A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o
cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se
praticar o ato. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente
comunicado ao órgão expedidor, que intimará as partes. (Art. 262, CPC)
Gabarito: I e III corretas – Letra C.

Q39 - Com relação à citação é correto afirmar que a interrupção da


prescrição pela citação retroagirá à data
da propositura da ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cobrou-se a letra da Lei e essa questão é um exemplo disso.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação,
ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
Gabarito: Certo

Q40 - Correm em segredo de justiça os processos

a) qualquer que seja a matéria neles tratada, se as partes, de comum acordo,


requererem a manutenção do sigilo.
b) sempre que houver intervenção do Ministério Público, salvo nas ações coletivas.
c) somente quando o exigir o interesse público.
d) que versem sobre casamento, filiação, alimentos e guarda de crianças e
adolescentes.
e) apenas quando se tratar de ação de estado.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A publicidade dos atos processuais se constitui numa garantia para o cidadão,
prevista constitucional e processualmente no ordenamento jurídico pátrio. Mas,
existem situações em que o sigilo interessa ao próprio cidadão, já que a publicidade
poderia expor de modo indevido sua intimidade.

Assim, correm em segredo de justiça os processos:


I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união
estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral,
desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o
juízo.
Vejam que a letra ―d‖ encontra fundamento no art.189 do CPC/2015. Gabarito: D

Q41 - No que concerne aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil,
é certo que decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de
declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte
provar que o não realizou por justa causa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Afirmativa A: Art. 223 do CPC:
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato
processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à
parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de
praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que
lhe assinar. Gabarito: Certo

Q42 - Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual,


cuja execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve
ser
requisitado através de carta de rogatória.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A carta é modalidade de comunicação instituída pelo CPC. São as seguintes:
Precatória: a diligência requisitada deve ser cumprida por juiz da mesma hierarquia.
O juiz deprecante a expede e o juiz deprecado cumpre a carta;
De ordem: juiz de hierarquia superior expede a carta para que outro de hierarquia
inferior pratique o ato;
Rogatória: são atos realizados em juízos de jurisdição diferentes (países diferentes)
Ex.: réu domiciliado no exterior.
O correto no enunciado seria considerar a carta de ordem.
Vale mencionar que o STF e o STJ não emitem carta precatória, já que todos os
outros órgãos judiciários são a eles subordinados. Gabarito: Errado

Q43 - Mauro, advogado, tem domicílio em Brasília e exerce suas atividades


de advocacia em seu único escritório, situado em Taguatinga. Trata-se de
causídico que ostenta procuração por instrumento público com poderes
especiais para receber citações em nome de François, seu cliente estrangeiro
domiciliado em Paris.

A partir da situação hipotética acima, julgue o seguinte item.


Eventual citação de François feita na pessoa de Mauro no seu domicílio em
Brasília seria nula, pois, por se tratar de relações concernentes à sua
profissão, deveria ser realizada em Taguatinga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão interessante essa. Ela suscita dúvida sobre a citação do procurador. Se o
advogado tem com seu cliente relação profissional, deve ele ser citado
exclusivamente em seu escritório?
Mas o CPC, de modo inteligente e prático, não impõe essa restrição. Dispõe, sim,
que: Art. 242 A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do
representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário,
administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles
praticados. Gabarito: Errado

Q44 - A procuração geral para o foro, assinada pelo réu, habilita o seu
advogado a ser intimado dos atos do processo, bem como a receber a citação
inicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Reparem o que diz o art. 105 do CPC, sobre a procuração para o foro:
A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular
assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto
receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir,
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar
compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar
de cláusula específica (poderes especiais). Gabarito: Errado

Q45 - Nas ações de estado, a citação deve ser feita pelo correio, para
qualquer comarca do país.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De modo geral a citação ocorre pelo correio. O CPC elenca as exceções à regra,
entre as quais as ações de estado.
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Gabarito: Errado

Q46 - Julgue certo ou errado: Considerando que, após instrução processual,


tenha sido proferida decisão judicial que acatou preliminar de ilegitimidade
da parte e extinguiu o processo sem resolução de mérito, podemos
considerar que este ato configure sentença.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Despacho é ato do juiz que não seja sentença nem decisão interlocutória, praticado
no processo, de ofício ou a requerimento da parte. A decisão interlocutória é ato
pelo qual o juiz decide questão no curso do processo (incidental). Não dão fim ao
processo. A sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento
nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum. Acórdão é o
julgamento colegiado proferido pelos tribunais. Ato ordinatório é aquele que dá
impulso ao processo, não tem conteúdo decisório. Portanto, é caso de sentença.
Gabarito: Certo

Q47 - Em determinado processo, no qual uma das partes apresente petição


na qual renuncie ao prazo que lhe foi conferido para ter vista da última
documentação lançada nos autos, a eficácia desse ato da parte

a) surtirá efeito sempre após o quinto dia contado da juntada aos autos.
b) dependerá de homologação judicial.
c) dependerá do conhecimento da parte adversa.
d) será imediata.
e) não será imediata porque unilateral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 200 do CPC: Os atos das partes consistentes em declarações
unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais. Assim, a letra ―d‖ é a correta.
Gabarito: D

Q48 - situação que, por si só, excepciona a regra de que os atos processuais
devem ser realizados na sede do juízo,

a) a inspeção judicial in loco.


b) o feriado forense.
c) o ato que ultrapasse o horário normal de funcionamento do fórum.
d) o interesse das partes.
e) a oitiva de menor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 217 do CPC, os atos processuais realizam-se, geralmente, na sede do
juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de
interesse da justiça, da natureza do ato, ou de obstáculo arguido pelo interessado e
acolhido pelo juiz.
Assim, entre os casos previstos pelo CPC, está o da alternativa ―a‖: O juiz, de ofício
ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa
(art. 481).
Ademais, a realização dos atos pode ser deslocada da sede do juízo quando a parte,
ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo relevante, estiver
impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento.
Além do deslocamento de caráter subjetivo, relativo à pessoa, previsto no art. 454 do
CPC:
Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional
de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar,
do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de
Contas da União;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do
Ministério Público;
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do
Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os
conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a
agente diplomático do Brasil. Gabarito: A

Q49 - No que diz respeito à invalidade dos atos, o juiz deve tentar aproveitar
o ato processual defeituoso, independentemente do grau do defeito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão importante para memorizarmos que o erro de forma do processo acarreta
unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-
se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições
legais (art. 278 do CPC). Gabarito: Certo

Q50 - Quanto aos atos processuais, assinale a alternativa correta.


a) Os atos e termos processuais dependem de forma determinada, reputando-se
inválidos ou nulos aqueles que forem realizados de outra forma.
b) Os atos processuais são públicos. Assim, qualquer pessoa tem o direito irrestrito
de consultar autos e pedir certidões de processos em trâmite.
c) Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
Denomina-se sentença o ato do juiz que implica uma das hipóteses dos artigos 485 e
487 do Código de Processo Civil (CPC).
d) São considerados feriados os sábados, domingos e dias declarados por lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejam que o conteúdo das questões se repete mesmo entre bancas diferentes. A
resposta correta é a letra ―c‖ que tem a exata definição de sentença trazida no art.
203, §
1º: Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe
fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Gabarito: C

Q51 - A requisição feita por Membro de Tribunal (Desembargador) de ato


processual a ser praticado em outro Estado da Federação deve ser dirigida a
órgão da Primeira Instância (Juiz de Direito) por meio de Carta de Ordem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro está em considerar o cabimento, para a hipótese descrita, de carta de ordem,
quando o cabível é a carta precatória. A requisição feita por Membro de Tribunal
(Desembargador) de ato processual a ser praticado em outro Estado da Federação
deve ser dirigida a órgão da Primeira Instância (Juiz de Direito) por meio de Carta
Precatória. Será expedida carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que
ela originar. Errada.

Q52 - processo civil, as despesas dos atos processuais efetuados a


requerimento do Ministério Público interveniente serão a) pagas a final pelas
partes, proporcionalmente.

b) pagas pelo Ministério Público antes da realização do ato.


c) suportadas pela Fazenda Pública.
d) pagas a final pelo vencido.
e) dispensadas de pagamento porque o Ministério Público é órgão do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 91 do CPC: As despesas dos atos processuais praticados a
requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública
serão pagas ao final pelo vencido. Reparem como a banca utiliza o texto da lei em
suas questões. Fiquem atendo aos artigos mencionados nas aulas e os leiam com
bastante atenção. Gabarito: D

Q53 - Se, na primeira tentativa de cumprir mandado de citação na residência


do réu, o oficial de justiça constatar que, embora presente, o réu esteja se
ocultando para não receber o mandado, ele deve, diante da fé pública que
recai sobre si, considerar o réu citado, lavrando a respectiva certidão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta questão trata de citação realizada por oficial de justiça, quando ele suspeita de
ocultação do réu. Citação com hora certa: Quando, por 2 vezes, o oficial de justiça
houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá,
havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta,
qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na
hora que designar. (Art. 252) É citação ficta, presumida. Gabarito: Errado

Q54 - Antes da citação da parte ré, é defeso ao autor modificar a causa de


pedir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 329 responde essa questão: o autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente
de consentimento do réu.

São três os momentos para a estabilidade objetiva do processo:


1. Antes da citação: o autor tem plena liberdade para alterar o pedido ou a causa de
pedir.
2. Até o saneamento do processo: estabilidade condicionada. Havendo concordância
do
réu, o autor pode alterar pedido e causa de pedir.
3. Após o saneamento do processo: não podem ser alterados pedido nem causa de
pedir.
Errada.

Q55 - Com relação aos atos processuais no âmbito do processo civil, julgue o
item subsequente.

A citação daquele cujo primo faleceu só pode ser realizada dez dias após o
falecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão erra ao considerar que há impossibilidade de citar-se alguém cujo primo
faleceu em data recente. O que a lei prevê no art. 244 inciso II, é que não se fará a
citação do réu quando houver falecido seu cônjuge, de companheiro ou de qualquer
parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes. Gabarito: Errado

Q56 – Sobre a nulidade dos atos processuais é correto afirmar que sua
decretação pode ser requerida pela parte que lhe der causa, quando a lei
prescrever determinada forma para o ato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a
decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Errada.

Q57 – A nulidade se verifica independentemente da existência de prejuízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se não houver prejuízo, podem ser aproveitados. Art. 283. Parágrafo
único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo
à defesa de qualquer parte. Errada.

Q58 - O juiz não pronunciará a nulidade quando puder decidir o mérito a


favor da parte a quem aproveite.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Resposta à questão. Art. 282. § 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a
quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará
repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Correta.

Q59 – A nulidade pode ser alegada, em regra, em qualquer momento, não


estando sujeita a preclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à
parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Errada.

Q60 – O erro de forma invalida o ato ainda que possa ser aproveitado sem
prejuízo à defesa das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à
defesa de qualquer parte. Errada.

Q61 - Quanto ao objeto, o ato processual se classifica em postulatório,


probatório, decisório e negocial; quanto ao sujeito, o ato processual pode ser
das partes, do juiz ou dos auxiliares do Juízo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o critério objetivo os atos processuais se agrupam pelo seu conteúdo e a
natureza da modificação causada na relação processual. Atos postulatórios, as partes
provocam o juiz por uma decisão; atos negociais, a transação das partes perante o
juiz, atingindo o mérito da demanda; atos probatórios, relativos à produção de prova;
atos decisórios, do juiz, resolvendo questões relativas ao processo, ao procedimento
ou ao mérito. Correta.

Q62 - Como regra geral, os atos processuais não dependem de forma


determinada, configurando-se como válidos os que, realizados de outro
modo, preencham sua finalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 188 do CPC/15 prevê que os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se
válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Correta.

Q63 - Para ser anexado aos autos, o documento redigido em língua


estrangeira deverá ser acompanhado de versão em vernáculo, firmada por
tradutor juramentado ou cuja autenticação da tradução, se realizada sem
tradutor oficial, seja assegurada pelo advogado da parte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 192 § único do CPC/15 prevê que o documento redigido em língua estrangeira
somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua
portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou
firmada por tradutor juramentado. Errada.

Q64 - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou


bilaterais de vontade, produzem desde logo a constituição, a modificação ou
a extinção de direitos processuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 200 do CPC/15 prevê que os atos das partes consistentes em declarações
unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais. Correta.

Q65 - Quanto ao instituto da confissão, assinale a alternativa correta.


a) A confissão judicial faz prova contra o confitente obrigando os litisconsortes.
b) A confissão espontânea não pode ser feita por mandatário com poderes especiais.
c) A confissão não é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.
d) Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra ―a‖. Errada. ―Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não
prejudicando, todavia, os litisconsortes.‖ Examinador trocou o termo prejudicando por
obrigando.
Letra ―b‖. Errada. ―Art. 390. [...] Parágrafo 1º: A confissão espontânea pode ser feita
pela própria parte ou por mandatário com poder especial.‖
Letra ―c‖. Errada. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de
erro de fato ou de coação. Ao contrário do que expresso no enunciado, a confissão é
irrevogável, via de regra.
Letra ―d‖. Correta. Resposta à questão. Conforme CPC: ―Art. 392. Não vale como
confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis‖. Gabarito:
D

Q66 - A ausência de contestação por parte do réu em relação a ação


proposta em face configura revelia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-
se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Gabarito: Certo

Q67 - A respeito da revelia, considere:

I. Se houver pluralidade de réus e algum deles contestar a ação, não serão reputados
verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.
II. Ocorrendo a revelia, o autor poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir,
independentemente de
promover nova citação do réu.
III. Contra o revel que não tenha patrono nos autos correrão os prazos a partir da
publicação do ato
decisório.
IV. Decretada a revelia, não poderá o revel intervir no processo, devendo aguardar a
prolação da sentença.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS
em

a) III e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos ver porque os itens I e III estão corretos:
I: Correto: De acordo com o art. 344, CPC: Se o réu não contestar a ação, será
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor. No entanto, o art. 345 do CPC afirma que a revelia não induz, contudo, o efeito
mencionado no artigo antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação.
III: Cópia do art. 346 do CPC: Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos
autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. Gabarito: E
Q68 - O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com
resolução de mérito, quando não houver necessidade de produção de outras
provas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão cobra o conhecimento do artigo 355. Vejamos:
O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:
I) Não houver necessidade de produção de outras provas.
II) O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de
prova, na forma do art 349. Gabarito: Certo

Q69 - Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos


afirmados pelo autor. O réu revel

a) não poderá, em qualquer fase, intervir no processo, sendo este um dos efeitos da
revelia.
b) poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se
encontrar.
c) só poderá intervir no processo antes da realização de qualquer espécie de prova,
por expressa determinação legal.
d) só poderá intervir no processo após a prolação de sentença, podendo interpor o
recurso cabível da decisão.
e) só poderá intervir no processo após a realização de todas as provas requeridas
pelo autor e desde que não tenha sido proferida sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Novamente a banca cobrou o parágrafo único do art. 346 do CPC: O revel poderá
intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
Gabarito: B
Q70 - Tendo sido reconhecida a revelia do réu, que deixou de contestar a
ação no prazo legal, assinale a alternativa correta.

a) Contra o revel que não tenha patrono nos autos, correrão os prazos a partir da
publicação de cada ato decisório.
b) Ocorrendo a revelia, o autor poderá modificar o pedido ou a causa de pedir, até
antes da prolação da sentença.
c) O revel não poderá intervir no feito nas demais fases do processo, como um dos
efeitos da revelia.
d) Se a contestação não estiver acompanhada de instrumento público que a lei
considere indispensável à prova do fato, sofrerá o réu os efeitos da revelia.
e) Na pluralidade de réus, havendo contestação de um deles, os demais, se não
responderem o feito, sofrerão os efeitos da revelia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra ―a‖. É a resposta à questão. ―Art. 346 Os prazos contra o revel que não tenha
patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.‖
Gabarito: A

Q71 - Com relação à suspensão do processo, julgue os itens


I A morte do representante legal da pessoa jurídica não acarreta a
suspensão do processo.
II A morte do único advogado constituído acarreta a suspensão imediata do
processo.
III Falecido o único advogado do réu, a inércia em nomear outro patrono no
prazo estabelecido acarreta a extinção do processo.
IV Por convenção das partes, o processo pode ser suspenso por qualquer
prazo, desde que não exceda um ano.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejamos porque o item III e IV estão incorretos.

III- De acordo com o art. 313, § 3º: Suspende-se o processo: no caso de morte do
procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e
julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de
15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o
autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à
revelia do réu, se falecido o procurador deste.

Dessa forma, percebemos que ocorre a extinção do processo quando houver


a inércia do autor em nomear outro advogado. Na hipótese do réu, será
determinada a revelia.

IV: O prazo não poderá exceder de seis meses, conforme art. 313, § 4º:
O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses
do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II (convenção das partes).
Gab: A

Q72 - Extingue-se o processo sem julgamento de mérito pela convenção de


arbitragem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme o art.485, o juiz não resolverá o mérito quando:
(...) VII- pela convenção de arbitragem.
Além disso, não confundam desistência da ação pelo autor (não há resolução de
mérito) com renúncia ao direito em que se funda a ação (há resolução de mérito).
Gabarito: Certo

Q73 - Extingue-se o processo sem julgamento do mérito quando o juiz


acolher alegação de perempção, litispendência ou coisa julgada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Entre as hipóteses previstas no art. 485, de extinção do processo sem resolução de
mérito, constam, no inciso V, as alegações de perempção, litispendência ou coisa
julgada: (...) V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de
coisa julgada. Gabarito: Certo

Q74 - Caso o juiz verifique que a petição inicial apresenta defeitos e


irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, a) declarará a
ação perempta e extinguirá o processo sem julgamento de mérito.

b) determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 15 (dez) dias.


c) extinguirá o processo com julgamento do mérito.
d) a indeferirá desde logo, condenando o autor nas custas e honorários advocatícios.
e) suspenderá o processo por 60 dias, após o que fará ele próprio as correções
cabíveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta está no art. 321 do CPC/2015: O juiz, ao verificar que a petição inicial não
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão
o que deve ser corrigido ou completado. Se
o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Gabarito: B

Q75 - Caso Matilde ajuíze ação idêntica, o processo deverá ser extinto sem
resolução de mérito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos recorrer ao disposto no CPC/2015:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
(...)
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada.
Gabarito: Certo

Q76 - O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com


resolução de mérito, quando não houver necessidade de produção de outras
provas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão cobra o conhecimento do artigo 355. Vejamos:
O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:
I) Não houver necessidade de produção de outras provas.
II) O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de
prova, na forma do art 349. Gabarito: Certo

Q77 - No procedimento comum, sobre a ordem em que as provas


serão produzidas em audiência, aplica-se a seguinte regra:
a) o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu,
serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo réu e pelo autor, finalmente
o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de
esclarecimentos.
b) o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de
esclarecimentos, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e
depois do réu, finalmente serão
inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
c) o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu,
serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, finalmente
o perito e os
assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos.
d) o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;
o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de
esclarecimentos, finalmente serão
inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
e) o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do réu e depois do autor;
o perito e os
assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos,
finalmente serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo réu e pelo autor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 361 do CPC as provas serão produzidas na audiência nesta ordem:
As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de


esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos
anteriormente por escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Gabarito: B

Q78 - No que se refere ao pedido no procedimento comum, de acordo com o


Código de Processo Civil, é certo que na obrigação indivisível com
pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá a
sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do
processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
(art. 328, CPC). Gabarito: Certo

Q79 - Em uma ação ordinária de cobrança, o juiz verificou que a ré, pessoa
jurídica de direito privado, apresentou contestação desacompanhada dos
respectivos estatutos, impossibilitando a verificação de quem tinha
legitimidade para representá-la. Em vista disso, o juiz marcou o prazo de dez
dias para ser sanado o defeito. Caso o despacho não seja cumprido dentro do
prazo estabelecido, o juiz

a) extinguirá o processo sem julgamento do mérito.


b) nomeará curador à lide.
c) decretará a revelia da ré.
d) destituirá o advogado da ré.
e) reconhecerá a nulidade do processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 76, II, CPC: Verificada a incapacidade processual ou a
irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará
prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo
em que se encontre.
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça,
tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II - determinará
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
Gabarito: C

Q80 - Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da
defesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na reconvenção o réu mais do que resiste à pretensão do autor, como ocorre com a
contestação. Conforme art. 343, caput, do CPC/2015: ―na contestação, é lícito ao réu
propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal
ou com o fundamento da defesa.‖ Correta.

Q81 - O réu não pode propor reconvenção se não oferecer contestação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O § 6º do art. 343 expressamente prevê que o réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação. Errado.

Q82 – As provas podem ser produzidas as previstas em lei e todas as demais


que não firam o ordenamento jurídico pátrio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em
que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz (art.
369).
Gabarito: Certo
Q83 - Dentre outros, está impedido de depor como testemunha, o advogado
que assistiu as partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos ver o art. 447 do CPC/2015: Podem depor como testemunhas todas as
pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
(...) § 2° São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o
colateral, até o terceiro grau (lembra, impedimento?), de alguma das partes, por
consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de
causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o
juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da
pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as
partes. Gabarito: Certo
Q84 - INCORRETO afirmar:
a) A existência e vigência das leis federais não precisam ser provadas pela parte,
cabendo ao juiz conhecê-las.
b) Os fatos notórios não dependem de prova.
c) Fatos incontroversos não precisam ser provados.
d) Podem ser aplicadas máximas de experiência à falta de normas jurídicas
particulares.
e) A ocorrência de presunção da existência de um fato não interfere na produção de
sua prova.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejam o art. 374 do CPC/2015: Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos, no processo, como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

De modo que a presunção legal de um fato irá interferir na produção de sua prova. O
artigo que lemos demonstra que, nesse caso, tais fatos independem de prova. Gab:
E.

Q85 - No que concerne à prova testemunhal, são impedidos de depor, dentre


outros, os

a) condenados por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a


sentença.
b) que tiverem interesse no litígio.
c) amigos íntimos da parte.
d) descendentes de alguma das partes em qualquer grau.
e) que, por seus costumes, não forem dignos de fé.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 447 do CPC/2015:
(...) § 2° São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e
o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade
ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao
estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute
necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - o que intervém
em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o
juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. Gabarito: D

Q86 - O ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu


direito; ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor. Todavia, ainda que se trate de direito
indisponível, as partes poderão convencionar a distribuição do ônus
probatório de maneira diversa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ótima oportunidade para lembrarmos as disposições do art. 373. A questão traz
conteúdo bem semelhante ao texto do referido artigo. Vejamos:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
do autor.
[...] § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o
processo.
Reparem que o inciso I do parágrafo 3º traz exatamente a exceção de que trata a
questão; mas, de modo diverso. Não se pode convencionar sobre a distribuição do
ônus da prova quando recair sobre direito indisponível. Gabarito: Errado

Q87 - É ônus do réu a prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou


extintivo do direito alegado pelo autor; portanto, o autor, caso alegue a
existência de negócio jurídico entre as partes e o réu a negue e aponte a
falsidade do documento que materializaria o negócio, estará exercendo sua
defesa de forma distinta daquela que lhe é atribuída como ônus.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão interessante! Na defesa indireta de mérito, o réu alega fato novo de caráter
impeditivo, modificativo ou extintivo, mas não contesta os já apresentados pelo
autor. Percebam que o artigo 373 do CPC/2015 atribui ao réu, justamente, o ônus de
provar a defesa indireta de mérito: art. 373. O ônus da prova incumbe: [...] II - ao
réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor.

No caso apresentado no enunciado, contudo, o réu chamará para si a prova a ser


constituída da defesa direta de mérito, na qual enfrentará os fatos e fundamentos
narrados pelo autor na petição inicial, na tentativa de demonstrar que os fatos não
ocorreram como foram apresentados pelo autor, porque sustentados em documento
falso. A defesa direta ocorre quanto aos fatos e fundamentos jurídicos da causa de
pedir, incluídos na petição inicial.
Gabarito: Certo

Q88

Q89
Q90 - Julgue os itens subsequentes, a respeito da prova, do ônus da prova,
do
tempo dos atos processuais, dos recursos e suas espécies, da competência e
da ação rescisória.

Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo


do seu direito, e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Texto da Lei.
Art. 373, CPC/2015: O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
do autor. Gabarito: Certo

Q91 - Considere as seguintes provas:

I. Depoimento pessoal do autor.


II. Inquirição de testemunhas arroladas pelo autor.
III. Depoimento pessoal do réu.
IV. Inquirição de testemunhas arroladas pelo réu.
V. Esclarecimentos do perito e dos assistentes técnicos.
Serão produzidas na audiência na ordem indicada em

a) II, V, I, III e IV.


b) V, I, III, II e IV.
c) I, III, II, IV e V.
d) I, II, III, IV e V.
e) II, IV, I, III e V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra ―b‖ é a correta. Vejamos o art. 361 do CPC/2015:

As provas orais serão produzidas na audiência, ouvindo-se nesta ordem,


preferencialmente:
I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos,
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Mnemónico: PEPA PRETA TRE
PE = Peritos / PA = Parte Autora / PRE = Parte Re / TA = Testemunha autor / = TER
Testemunha réu.
IMPORTANTE: não confundir o interrogatório entre os procedimentos: Inquérito
policial, juizado especial, CPP, CPPM, CPC, lei de drogas, abuso de autoridade e
crimes de responsabilidade do funcionário público.

Gabarito: B

Q92 - As testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu serão inquiridas antes
do juiz tomar os depoimentos pessoais das partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PEPA PRETA TRE. Errada.

Q93 - O Juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro


as do réu e depois as do autor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PEPA PRETA TER. Errada.

Q94 - O Juiz exercerá o poder de polícia, ordenando que se retirem da sala


os que se comportarem inconvenientemente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 360 - O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:
A - manter a ordem e o decoro na audiência;
B - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem
inconvenientemente;
C - requisitar, quando necessário, a força policial.
Questão certa.

Q95 - O depoimento pessoal do autor será tomado antes do depoimento


pessoal do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PEPA PRETA TER. Correta.

Q96 - Em relação à audiência de instrução e julgamento, nos termos do


Código de Processo Civil, é correto afirmar:

a) A audiência é una e contínua e deve obrigatoriamente ser concluída num único dia.
b) A audiência pode ser adiada por convenção das partes, o que só será admitido
duas vezes.
c) O Juiz deverá obrigatoriamente dispensar a produção das provas requeridas pela
parte cujo
advogado ou defensor público não compareceu à audiência, aplicando-se a mesma
regra ao
Ministério Público.
d) Incumbe ao advogado provar o impedimento de comparecimento até 24 horas
antes da
abertura da audiência.
e) Os peritos e assistentes técnicos prestarão os esclarecimentos necessários
solicitados pelas partes antes dos depoimentos pessoais e da inquirição de
testemunhas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada: Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e
justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja
concordância das partes. Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da
instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu
prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta preferencial.
b) Errada: A audiência poderá ser adiada (art.362, I, CPC/2015): I – por convenção
das partes, mas o CPC/2015 não menciona o número de vezes.
c) Errada: Art. 362: [...] § 2° O juiz poderá dispensar a produção das provas
requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha comparecido à
audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.
Atenção! O §2° deixa claro que é uma faculdade e não uma obrigação como traz a
questão.
d) Errada: A audiência poderá ser adiada (art. 362, §1°, CPC):
§ 1° O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o
sendo, o juiz procederá à instrução.
e) A alternativa ―e‖ é a correta. Vejamos o art. 361, CPC/2015:
As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de
esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos
anteriormente por escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Gabarito: E

Q97 - Em relação à prova, é correto afirmar que o juiz pode mesmo que de
ofício, determinar as provas que entender necessárias à instrução do
processo, indeferindo diligências inúteis ou meramente protelatórias e
apreciando livremente a prova produzida, com atendimento aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
nos termos do art. 370 c/c o art. 371 do CPC/15 em que caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Sendo que o juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias. O juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões
da formação de seu convencimento. Errada.

Q98 - Sobre a prova testemunhal, é correto afirmar que

A) o juiz deve ouvir primeiro as testemunhas do autor e depois as do réu,


não podendo inverter a ordem das oitivas ainda que as partes concordem.
B) esta é inadmissível quando a lei exigir prova escrita da obrigação, ainda
que haja começo de prova escrita emanada da parte contra a qual se
pretende produzir a prova.
C) a parte pode se comprometer a levar a testemunha à audiência
independentemente de intimação, que, em regra, deve ser realizada por
carta com aviso de recebimento.
D) é defeso à parte, nos contratos simulados, provar com testemunhas a
divergência entre a vontade real e a vontade declarada, ou, nos contratos em
geral, os vícios de consentimento.
E) pode o juiz, se necessário, admitir o depoimento de testemunhas
menores, impedidas ou suspeitas, devendo tomar-lhes compromisso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A. Segundo o art. 361 do CPC/15 a alternativa mais próxima da letra da
lei é essa, pois a ordem de depoimentos a serem ouvidos em audiência são o perito e
os assistentes técnicos; o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos
pessoais e por fim as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.

Q99 - Distribuída a ação, Antônia (autora) é intimada para a audiência de


conciliação na pessoa de seu advogado. Explicado o objetivo desse ato pelo
advogado, Antônia informa que se recusa a participar da audiência porque
não tem qualquer possibilidade de conciliação com Romero (réu). Acerca da
audiência de conciliação ou de mediação, com base no CPC/15, assinale a
afirmativa correta.

A) Romero deverá ser citado para apresentar defesa com, pelo menos, 15
(quinze) dias de antecedência.
B) A audiência não será realizada, uma vez que Antônia manifestou
expressamente seu desinteresse pela conciliação.
C) Ainda que ambas as partes manifestem desinteresse na conciliação,
quando a matéria não admitir autocomposição, a audiência de conciliação
ocorrerá normalmente.
D) Antônia deve ser informada que o seu não comparecimento é considerado
ato atentatório à dignidade da justiça, sob pena de multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teor do artigo 334 do CPC/2015:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com
pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. [O prazo de antecedência para a citação
do réu é de, no mínimo, 20 dias. Este inciso invalida a letra ―a‖.]
§1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de
conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as
disposições da lei de organização judiciária.
§2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não
podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde
que necessárias à composição das partes.
§3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§4o A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição
consensual; [Vejam só, para que a audiência não se realize, ambas as partes deverão
manifestar-se expressamente. Invalida a letra ―b‖.]
II – quando não se admitir a autocomposição. [Invalida a letra ―c‖. A audiência não
será realizada se a matéria não admitir autocomposição.]
[…]
§8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de
conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou
do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. [Este parágrafo valida a
letra ―d‖. Resposta à questão]. Gabarito: D

Q100 - Julgue os seguintes itens, relativos aos princípios gerais e normas


processuais civis. O princípio da isonomia garante às partes o direito de
produzir as provas, de interpor recursos contra decisões judiciais e de se
manifestar sobre documentos juntados aos autos do processo judicial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão trás o conceito do princípio do contraditório e não da isonomia. Errada.

Q101 - Intervindo no processo como fiscal da lei, o Ministério Público

a) não poderá requerer medidas processuais pertinentes nem recorrer.


b) não poderá produzir prova.
c) terá vista dos autos antes das partes.
d) poderá requerer medidas processuais pertinentes e recorrer.
e) será intimado dos principais atos processuais, a critério do juiz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para responder a essa questão devemos verificar o conteúdo do artigo 179 do CPC:
intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

Desse modo:
Alternativa A. Errada. poderá produzir provas, requerer as medidas processuais
pertinentes e recorrer. (inciso II, art. 179),
Alternativa B. Errada. Poderá produzir prova (também inciso II, art. 83),
Alternativa C. Errada. Terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de
todos os atos do processo (inciso I, art. 179),
Alternativa D. Correta. Poderá juntar documentos e certidões (inciso II),
Alternativa E. Errada. Será intimado de todos os atos do processo (inciso I).
Gabarito: D

Q102 - Sobre a atuação do Ministério Público no Processo Civil, é correto


afirmar:

a) Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público,


caberá ao juiz promover a sua intimação.
b) Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público não poderá juntar
documentos nem produzir prova em audiência.
c) Compete ao Ministério Público intervir, dentre outros casos, nas ações que
envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural.
d) Em hipótese alguma o órgão do Ministério Público será responsabilizado
civilmente pela sua atuação no processo.
e) Intervindo como fiscal da Lei, o Ministério Público terá vista dos autos
depois do autor e antes do réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir
como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição
Federal e nos processos que envolvam:

I - interesse público ou social;


II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese
de intervenção do Ministério Público.
Gabarito: C

Q103 - defensoria pública, na atual CF, é considerada como instituição


permanente e essencial à função jurisdicional do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão redonda, relacionada ao caput do art. 134 da CF/88, e ao art. 1º da Lcp nº
80/94. Correta.

Q104 - Sobre a unidade e a indivisibilidade, princípios institucionais da


Defensoria Pública do Estado, é correto afirmar:
a) conferem ao Defensor Público a garantia de agir segundo suas próprias convicções
e a partir de seus conhecimentos técnicos.
b) asseguram aos destinatários do serviço a impossibilidade de alteração do Defensor
Público no curso do processo.
c) fixam as atribuições do Defensor Público, que não podem ser alteradas
posteriormente.
d) impedem a criação de Defensorias Públicas Municipais.
e) permitem aos Defensores Públicos substituírem-se uns aos outros, sem prejuízo
para a atuação institucional ou para a regularidade processual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra ‖a‖ insere ideia ligada ao princípio da independência funcional, que iremos
trabalhar à frente. A letra ―b‖ contraria o princípio da indivisibilidade, já que
por este princípio há exatamente a previsão de substituição de defensores visando a
evitar rupturas. As letra ―c‖ e ―d‖ impõem limites que não encontram respaldo nas
previsões legais de auto-organização da Defensoria Pública. A letra ―e‖ tem a redação
correta e adequada ao princípio da indivisibilidade. Gabarito: E

Q105 - A autonomia funcional e administrativa e a iniciativa da própria


proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias são asseguradas às defensorias públicas estaduais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pela Emenda Constitucional 45/04, conferiu-se à Defensoria autonomia funcional,
administrativa e orçamentária. Correta.

Q106 - A atuação da jurisdição depende da constatação de lesão a direito,


sem se cogitar sobre uma atuação preventiva em casos de ameaças a
direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada, a jurisdição ataca ameaça a direitos.

Q107 - De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, postular em juízo


requer interesse de agir, legitimidade de parte e possibilidade jurídica do
pedido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Errada.

Q108 - O interesse do autor pode ser limitar à declaração do modo de ser


relação jurídica, ainda que não exista pedido de condenação ou de reparação
de dano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É totalmente possível uma ação declaratória que demonstre a existência de um
direito. Correta.

Q109 - A parte complexa, que é o conjunto formado pelo incapaz e seu


representante ou pessoa jurídica e o seu órgão presente. Em suma,
constitui-se pela comunhão entre parte ilegítima e seu representante.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito trouxe a definição correta de parte complexa.

Q110 - São condições para o regular exercício da ação:

a) legitimidade ad causam e demanda regularmente formulada;


b) interesse de agir e competência do juízo;
c) legitimidade ad processum e possibilidade jurídica do pedido;
d) possibilidade jurídica do pedido e competência do juízo;
e) legitimidade ad causam e interesse de agir.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No novo CPC, apenas a legitimidade ad causam e o interesse de agir serão analisadas
no primeiro momento da propositura da ação ("condições da ação"). A possibilidade
jurídica do pedido não mais se aplica a esse momento, mas sim ao da análise do
mérito da ação. Gabarito: E.

Q111 - A teoria consagrada no direito processual civil brasileiro que norteia


a identificação da causa de pedir é a da:

a) asserção;
b) substanciação;
c) individuação;
d) tríplice identidade;
e) concreta da ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é momento de entrarmos em discussões teóricas adotas pelo NCPC, mas guarde
as duas teorias mais cobradas relacionadas ao assunto e não erre na prova:

Requisitos de validade da ação (condição da ação): Asserção.


Causa de pedir: Substanciação.
Gabarito: B.

Q112 - O Brasil adota para a causa de pedir a teoria da individuação, criada


pelo Direito alemão, na qual a causa de pedir independe da natureza da ação,
sendo criada somente pelos fatos jurídicos descritos pela autoria.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Causa de pedir: substanciação. Faça um esforço pra lembrar, ex: ―Pedir substância‖
Q113 - Uma vez produzidas as provas, enseja-se a apresentação das razões
finais, na forma escrita, unicamente, para que seja dada a sentença.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As razões finais do NCPC podem ser de forma oral ou escrita. (No CPP = ORAIS).
Questão errada.

Q114 - Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá


sentença em audiência ou no prazo de 10 (dez) dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
MUDOU, agora são 30 no NCPC. (CPP = 10 dias hein!)
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença
em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias. Errada.

Alegações finais (CPP) x Razões finais (NCPC)

1. Não ocorrendo a sentença em audiência devido complexidade...


- (CPP) Senteça em até 10 dias = mais célere, exige mais responsabilidade, em razão
de ser matéria penal.
- (NCPC) Sentença em até 30 dias.

2. Tempo (critérios básicos, existem outros)


(CPP) 20 minutos + 10 minutos.
(NCPC) 20 minutos + 10 minutos.

3. Forma
(CPP) Orais (por ser penal, de formal oral é mais fácil analisar as características
pessoais e psicológicas)
(NCPC) Orais ou escritas.

Q115 - O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15


(quinze) dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quesito correto, esse é o prazo do CPC. Art. 335. O réu poderá oferecer contestação,
por petição, no prazo de 15 (quinze) dias.

Q116 – Dispõe o novo CPC que o juiz só decidirá por equidade nos casos
previstos em lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.

Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

Q117 - Na concepção formal ''procedural due process of law'', o devido


processo legal corresponde à exigência e garantia de que as normas sejam
razoáveis, adequadas, proporcionais e equilibradas; sob a perspectiva
substancial, é o direito de processar e ser processado, de acordo com as
normas preestabelecidas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O devido processo legal formal é composto pelas garantias constitucionais: juiz
natural, contraditório, duração razoável do processo, entre outras. É entendido como
a garantia do pleno acesso à justiça, ou seja, um acesso à ordem jurídica justa. A
questão se refere ao DPL material (substantive due process of law). Errada.

Q118 - Não é da ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pelo
adversário que, no processo, pode-se efetivar o contraditório, de modo a se
ter informação e reação.
a) esgota-se no direito de informação e no direito de reação a respeito das alegações
de fato e das provas produzidas pelas partes.
b) também chamado de bilateralidade da instância, é um princípio que tem por
titulares e destinatários apenas as partes no processo.
c) é o direito de ser informado, de reagir e de influenciar, tendo como titulares e
destinatários apenas as partes no processo.
d) é o direito de ser informado, de reagir e de influenciar, tendo como titulares as
partes e como destinatário o juiz no processo.
e) nenhuma das afirmações é totalmente correta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito D.

Q119 - Em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, deve-


se assegurar às partes a efetiva participação no processo, de forma que
possam influenciar na formação do convencimento do julgador.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na
sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. Correta.

Q120 - Nas ações com incidente é reconhecida o que se entende por exceção
da regra em relação ao princípio do contraditório - que deve ser
antecicipado, ou seja, nessas ações o contraditório é diferido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos questões parecidas. Diferido = retardado, posterior... Correta.

Q121 - É conforme a Constituição Federal oferecer tratamento diferenciado


para mulheres, idosos e crianças sempre que houver finalidade razoável e
proporcionalidade em relação ao objetivo visado. Em tais situações de
diferenciação, é possível constatar a noção de:

a) liberdade vinculante
b) reserva legal
c) igualdade formal
d) igualdade material

RESPOSTA DA QUESTÃO:
IGUALDADE FORMAL X IGUALDADE MATERIAL

"Nascida com a Revolução Francesa e desenvolvida ao longo dos séculos XVIII e XIX,
a igualdade formal consiste no aforismo todos são iguais perante a lei. Almeja
submeter todas as pessoas ao império da lei e do direito, sem discriminação quanto a
credos, raças, ideologias e características socioeconômicas".

Igualdade perante a lei = Forma / Igualdade na lei = Material


Gabarito: D
Q122 - Na função de fiscal da lei, é garantido ao Ministério Público ser
intimado de todos atos processuais, bem como ter vista dos autos em
concomitância com o réu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 83 do CPC - Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo; II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e
requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade. Errada.

Q123 - Para garantir o cumprimento dos atos processuais, o Código de


Processo Civil permite, no caso de haver possibilidade de o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano, que os atos já iniciados sejam
concluídos após as 20 h.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CPC Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20
(vinte) horas.
§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes,
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. Correta.

Q124 - Nas ações em que a defensoria pública atue representando


hipossuficiente contra a fazenda pública, não cabe condenação em
honorários sucumbenciais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Súmula nº 421 do STJ: ―Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria
Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual pertença‖.

Questão capciosa. O que quer dizer a súmula nº 421? Que não haverá honorários
advocatícios decorrentes da sucumbência (parte vencida) contra o ENTE a que
pertence a defensoria, de modo que se a Defensoria do DF, por exemplo, mova ação
contra a União, haverá normalmente os ônus processuais decorrentes da ação.
Questão errada.

Q125 - A defensoria pública possui legitimidade para instauração de


inquérito civil público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DP Pode: Ação Civil Pública
Não pode: Inquérito Civil Público. Errada.

Q126 - É correto afirmar sobre o Código de Processo Civil de 2015 que a


exceção de incompetência relativa foi extinta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Grandes chances de cair em sua prova. A exceção de incompetência relativa foi
extinta do NCPC, devendo a incompetência relativa ser alegada como preliminar na
CONTESTAÇÃO. Grave isso!

DH – DIREITOS HUMANOS
Q1 - A pretensão indenizatória decorrente de violação da determinado direito
humano está sujeita à prescrição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A doutrina faz um alerta importante: não podemos confundir a imprescritibilidade dos
Direitos Humanos com reparação civil desses direitos. A intimidade é um direito de
todo ser humano durante toda a sua existência, inclusive para depois da morte (post
mortem). Contudo, violado esse direito, nasce a pretensão do prejudicado buscar
reparação civil, para indenização material e moral. Essa pretensão, em que pese
decorrente de violação de um Direito Humano, está sujeita a prazos prescricionais,
que deverão ser observados nos termos da legislação civil. Questão errada.

Q2 - Regras e princípios que disciplinam os direitos humanos possuem


aplicabilidade imediata e direta, não precisam de outras normas para
disciplinar como será aplicação desses direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que enuncia o art. 5º, §1º, da Constituição Federal: As normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Correta.

Q3 - Os direitos fundamentais estão necessariamente expressos no texto


constitucional, como o direito ao nome.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito ao nome é um direito fundamental previsto no código civil, não se exige que
sejam previstos necessariamente no texto constitucional, mas em qualquer norma.
Errada.

Q4 - Os direitos de terceira dimensão são direitos transindividuais que


extrapolam os interesses do indivíduo, focados na proteção do gênero
humano. Evidencia-se nesse contexto a ideia de humanismo e
universalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceito correto. Ex: Direito ao meio ambiente, conservação do patrimônio
histórico...

Q5 - Não existe diferença substancial entre Direitos Humanos e Direitos


Fundamentais, pois ambos visam à proteção da pessoa, estes na órbita
interna do Estado, aqueles na seara internacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Classificação correta.

Q6 - Conforme a teoria positivista, os direitos humanos fundamentam-se em


uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a classificação da teoria jusnaturalista. Teoria positivistas (positivada –
codificada): Os Direitos Humanos constituem criação normativa, sendo
reconhecidos à medida que positivados nos documentos legislativos do Estado. Ex:
CF88. Errada.
Q7 - Em relação aos fundamentos dos Direitos Humanos, predomina a teoria
da fundamentação moral, segundo o qual os direitos humanos são direitos
morais que não aferem validade em normas positivas, mas diretamente de
valores morais da coletividade humana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é uma questão bastante difícil e que está incorreta. A doutrina contemporânea
afirma que não é possível falar em uma única fundamentação dos Direitos Humanos.
Entendem os doutrinadores que cada um dos fundamentos (jusnaturalista, postitivista
e moral) dos Direitos Humanos tiveram sua contribuição para lançar as bases da
nossa disciplina. Prova disso são os julgados citados em aula do STF que se
reportaram à origem jusnaturalista dos Direitos Humanos. Portanto, a assertiva está
incorreta.

Q8 - A universalidade dos direitos humanos, necessariamente, impõe a visão


de mundo ocidental plasmada na Declaração Universal de Direitos Humanos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A universalidade conforme estudamos, contrapondo com a ideia de relatividade, nos
afirmou que os Direitos Humanos tendem a serem aplicados para todas as pessoas e
para todos os territórios, sempre respeitando as diferenças, de forma que não é
possível pensar em imposição da visão de mundo ocidental. Errada.

Q9 - O princípio da universalidade impede que determinados valores sejam


protegidos em documentos internacionais dirigidos a todos os países.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão de análise interpretativa. A universalidade objetiva exatamente o contrário
do afirmado: estabelecer determinados valores protegidos em documentos
internacionais dirigidos a todos os países.

Q10 - A expressão direitos humanos de primeira geração refere-se aos


direitos sociais, culturais e econômicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Seria: Civis e Políticos. Aqueles são de segunda geração. Errada.

Q11 - Na evolução histórica dos direitos humanos, surgem o que se


convencionou denominar de ―gerações dos direitos‖, que representam a
valorização de determinados direitos em momentos históricos distintos.
Assim sendo, assinale a alternativa que contempla direitos pertencentes à
primeira geração dos direitos humanos.

a) Direitos econômicos e de igualdade


b) Vida e liberdade.
c) Direitos trabalhistas e previdenciários.
d) Direitos civis e direito à paz.
e) Fraternidade e direitos sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para responder à questão, vejamos o quadro abaixo:
1ª Dimensão: direitos civis e políticos
2ª Dimensão: direitos sociais, econômicos e culturais
3ª Dimensão: direitos de solidariedade ou de fraternidade
4ª Dimensão: direito à democracia, à informação e ao pluralismo
5ª Dimensão: direito à identidade individual, ao patrimônio genérico e à proteção
contra o abuso das técnicas de clonagem e à paz

O item B é nosso gabarito.

Q12 - Os direitos de quarto dimensão, defendidos por Paulo Bonavides, são


integrados pelo direito à democracia, à informação e ao pluralismo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Q13 – Analise os seguintes itens:

I- Na Constituição Alemã de 1919, um dos marcos na tutela dos direitos sociais,


destacam-se a sujeição da propriedade à função social, a possibilidade de socialização
das empresas, a proteção ao trabalho e o direito de sindicalização.
II- A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, sintetiza a evolução que
vinha ocorrendo de direitos humanos, inscrevendo os direitos de primeira geração, as
liberdades públicas, e os de segunda geração, os direitos sociais.
III- O direito ao desenvolvimento integra a terceira geração de direitos humanos, a
dos direitos de solidariedade, estando previsto na Declaração sobre o Direito ao
Desenvolvimento da ONU, como um direito individual e dos povos.
IV- O Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos institui
para os indivíduos particulares dos Estados que o ratificaram o direito de
comunicarem ao Comitê dos Direitos do Homem da ONU, que foram vítima de
violação, mas disso resulta apenas uma proteção política, com um parecer do Comitê.

Marque a alternativa CORRETA:


a) Apenas as assertivas I e II estão corretas;
b) apenas as assertivas II, III e IV estão corretas;
c) apenas as assertivas I, II e IV estão corretas;
d) todas as assertivas estão corretas;
e) Não respondida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas as afirmativas estão corretas. Letra D.

Q14 - São exemplos de direitos econômicos

a) Direito ambiental e Direitos do trabalhador.


b) Segurança individual e Direito do consumidor.
c) Transporte integrado à produção e Pleno emprego.
d) Meio ambiente sadio e Assistência e Previdência Social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila. A que se enquadra no que se pede é a LETRA C.
Q15 - A noção de direitos humanos foi-se expandindo no decorrer da
história, de forma que se passou a falar em diferentes ―gerações‖ ou
―dimensões‖ de
direitos. As chamadas primeira, segunda e terceira gerações de direitos
compreendem alguns direitos assegurados de forma pioneira em relação à
fase histórica anterior, dentre os quais podem ser citados, na ordem
cronológica de cada geração, os direitos.

a) sociais, à autodeterminação dos povos e econômico.


b) econômico, políticos e ao desenvolvimento.
c) civis, ao desenvolvimento e políticos
d) políticos, ao meio ambiente sadio e sociais.
e) civis, sociais e à paz

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As classificações de direitos de terceira, quarta e quinta geração se divergem pela
doutrina, podendo a paz, por exemplo, encontrar-se inserta como direito de terceira
geração (em regra), ou na quinta. Através de uma análise das assertivas você não
terá dificuldade em responder. Gabarito: E.

Q16 - Os direitos de propriedade representam uma esfera clássica dos


direitos de primeira dimensão, enquanto os direitos sociais, característicos
do Estado de Bem-Estar Social, representam a segunda dimensão dos
direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. São exemplos de direitos fundamentais de primeira geração o direito à vida,
à liberdade, à propriedade, à liberdade de expressão, à participação política e
religiosa, à inviolabilidade de domicílio, à liberdade de reunião, entre outros. Uma
classificação histórica para os direitos fundamentais encontra-se marcada pela
revolução francesa, dessa forma: Primeira geração (Liberdade), Segunda geração
(Igualdade), Terceira geração (Fraternidade. Questão certa.

Q17 - Os direitos de coletividade são direitos de terceira dimensão. Embora


não haja unanimidade na doutrina, fala-se, ainda, em direitos de quarta e
quinta dimensão, respectivamente, os direitos relativos ao material genético
e direito à paz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quanto às quarta e quinta dimensões referidas na assertiva, podemos afirmar que as
os direitos referidos estão em conformidade com o posicionamento de Norberto
Bobbio. Logo, ainda mais considerando que a questão alertou haver divergências, a
assertiva está correta.

Q18 - Os direitos de natureza trabalhistas atrelam-se especialmente à


segunda dimensão dos direitos humanos, exigindo do Estado uma posição
não interventiva nos contratos de trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Direitos SOCIAIS de segunda geração: e COM intervenção do estado (prestação
positiva). Errada.
Q19 - No âmbito dos Direitos Humanos observa-se que, historicamente, há
um
movimento de dividir a sociedade de forma dicotômica caracterizando os
seres humanos em normais e anormais, iguais e diferentes entre outras
nomenclaturas estigmatizantes. Nessa lógica,

a) as diferenças sociais não podem ser caracterizadas como elementos


estigmatizantes.
b) esta caracterização por oposto representa de forma natural as diferenças na
sociedade.
c) por se tratar de uma construção histórica, não há mecanismos que possam mudá-
la.
d) os estigmas são parte constitutivas das sociedades contemporâneas.
e) ao dividir a sociedade de forma dicotômica, reforça os processos de exclusão e
segregação social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dos efeitos causados pela pretensão de se universalizar os Direitos Humanos é
tornar homogêneos concepções muito distintas, hábitos e culturas totalmente
opostas.
Em face disso, o efeito gerado é inverso. Ao invés de se conseguir a proteção dos
Direitos Humanos, há uma cisão na sociedade, com a discriminação de minorias.
Formam-se as dicotomias, que podem levar à formação de estigmas. Assim, ao
analisarmos as alternativas concluímos que essa dicotomização estigmatizante leva à
exclusão e segregação sociais. Gabarito: E.

Q20 - O historicismo é característica inerente aos direitos humanos, o qual


determina a possibilidade de que tais direitos sejam reconhecidos e,
posteriormente, suprimidos, conforme a evolução do pensamento humano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A historicidade (ou historicismo para a banca) não pressupõe a supressão de Direitos.
Como vimos e isso se justifica no estudo das dimensões dos Direitos Humanos, a
cada evolução experimentada pela sociedade há um número maior de direitos
assegurados. Errada.

Q21 - A defesa da característica da universalidade dos direitos humanos


contempla a proibição de tratamento diferenciado a determinados grupos
sociais ou culturais, em qualquer circunstância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Igualdade positiva... Tratar desigual para igualar. Errada.

Q22 - A irrenunciabilidade reconhecida aos direitos humanos significa a


impossibilidade de que o seu titular abra mão de direitos previstos em
tratados internacionais, os quais, entretanto, podem sofrer restrições por lei
ordinária, conforme o ordenamento jurídico de cada país.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em face da irrenunciabilidade, os Direitos Humanos não podem ser restringidos pelas
leis internas do pais, muito embora possam ser flexibilizados em razão de outros
valores ou direitos assegurados (como ocorre com relação à prisão). Errada.
Q23 - Os direitos humanos são caracterizados pela indivisibilidade e
complementariedade, de forma que compõem um único conjunto de direitos,
cuja observância deve ser sistêmica e lastreada no princípio da dignidade da
pessoa humana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma vez que os direitos a indivisibilidade é característica dos Direitos Humanos ao
lado da complementariedade. Ao tratarmos da interdependência afirmamos que há
uma relação mútua entre os direitos humanos, considerados um corpo único de
direitos. Correta.

Q24 - A imprescritibilidade dos direitos humanos determina a inexistência de


prazo para ajuizamento de ações em face do Estado a respeito de eventuais
violações desses direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assunto já abordado na primeira questão. A imprescritibilidade é do direito humano e
não em relação a eventuais reparações por violações a esse direito. Desse modo, se o
sujeito pretende uma reparação contra o Estado ante a violação de algum direito,
deverá observar os prazos previstos na legislação para que possa exigi-lo
judicialmente. Errada.

Q25 - Na luta pelos direitos humanos, há avanços e retrocessos, decorrendo


disso a necessidade de o Estado e a sociedade civil se engajarem para que se
realizem ações e políticas públicas que sejam efetivamente de Estado e não
de governo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão ―opinativa‖. Correta.

Q26 - Assinale a alternativa que corretamente disserta sobre aspectos


conceituais dos direitos humanos em sua evolução histórica.

a) Os direitos fundamentais da primeira dimensão são marcados pela alteração da


sociedade por profundas mudanças na comunidade internacional, identificando-se
consequentes alterações nas relações econômico-sociais, sobretudo na sociedade de
massa, fruto do desenvolvimento tecnológico e científico.

b) Os direitos da quinta dimensão são direitos transindividuais que transcendem os


interesses do indivíduo e passam a se preocupar com o gênero humano, com
altíssimo teor de humanismo e universalidade, inserindo-se o ser humano em uma
coletividade que passa a ter direitos de solidariedade ou de fraternidade.

c) A evidenciação de direitos sociais, culturais e econômicos, correspondendo aos


direitos de igualdade, sob o prisma substancial, real e material, e não meramente
formal, mostra-se marcante nos documentos pertencentes ao que se convencionou
classificar como segunda dimensão dos direitos humanos.

d) Os direitos humanos da terceira dimensão marcam a passagem de um Estado


autoritário para um Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito às liberdades
individuais, em uma perspectiva de absenteísmo estatal, fruto do pensamento liberal-
burguês do século XVIII.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C corresponde ao gabarito do que se pede.

Q27 - Considerando a evolução histórica e cronológica dos direitos humanos


em âmbito internacional, pode-se afirmar que existiram três marcos
históricos
fundamentais. São eles:

a) o jusnaturalismo, a promulgação da Constituição dos Estados Unidos da América e


a independência do Brasil.
b) a queda do Império Romano, a queda da Bastilha, na França, e a criação da
Organização das Nações Unidas.
c) o Iluminismo, a Revolução Francesa e o término da Segunda Guerra Mundial.
d) o totalitarismo, a queda de Hitler e a Promulgação da Constituição Brasileira de
1988.
e) a criação da Igreja Católica, o constitucionalismo e o fim da Primeira Guerra
Mundial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C corresponde ao gabarito do que se pede.
Q28 - A globalização traz diversas implicações aos Direitos Humanos. Essas
implicações podem ser negativas, notadamente, quando se refere ao poderio
econômico das grandes empresas multinacionais. Em outro sentido, poderá
ser positivo na medida em que será instrumento para a disseminação de
condutas e políticas protetivas dos direitos da dignidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
GLOBALIZAÇÃO E DIREITOS HUMANOS

GLOBALIZAÇÃO EM SENTIDO ESTRITO


- globalização econômica;
- prejudicial à proteção almejada pelos Direitos Humanos; e
- a globalização enquanto um processo econômico trouxe mais malefícios que
benefícios aos direitos humanos, especialmente violações dos direitos sociais,
econômicos e culturais (direitos de segunda dimensão).

GLOBALIZAÇÃO EM SENTIDO AMPLO


- globalização civilizatória;
- favorável à expansão dos Direitos Humanos; e
- em outro turno a globalização considerada em sentido amplo favoreceu à
disseminação de políticas e condutas protetivas dos direitos humanos e age como
mecanismo inibidor de violações a esses direitos pela exposição internacional.

Questão certa.

Q29 - A OIT é um organismo internacional criado com o intuito de promover


a cooperação, paz e segurança internacional. Historicamente, a OIT revela-
se como ''o embrião da ONU''.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a definição da Liga das Nações. OIT é a Organização Internacional do
Trabalho, que teve por objetivo instituir e promover normas de condições mínimas e
digna de trabalho. Errada.

Q30 - Com relação ao direito humanitário, assinale a opção correta.

a) O direito humanitário, a criação da Liga das Nações e a criação da Organização


Internacional do Trabalho são apontados pela doutrina como antecedentes históricos
do moderno direito internacional dos direitos humanos.
b) A afirmação histórica dos direitos humanos não representou mudança na
perspectiva da doutrina clássica sobre o objeto de regulação do direito internacional,
tendo as prescrições internacionais de proteção à pessoa humana sido plenamente
inseridas no âmbito da normatização das relações entre Estados soberanos.
c) O direito internacional humanitário, como conceito abrangente, abarca, ao mesmo
tempo, a proteção dos direitos humanos dos refugiados e os direitos humanos em
tempos de paz, não alcançando, porém, as disposições de proteção aos combatentes
postos fora de combate por captura ou ferimento durante a guerra, por serem tais
prescrições típicas matérias de jus in bello.
d) O direito humanitário não abrange as prescrições ligadas à proteção dos civis
durante a guerra.
e) A doutrina não estabelece qualquer diferença substancial entre as expressões
direitos humanos e direito humanitário, servindo ambas à designação do mesmo
conjunto de regras voltadas à proteção da pessoa humana, tanto no plano nacional
quanto no internacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O processo de internacionalização dos direitos humanos tem diversas fontes
históricas, SENDO QUE AS PRINCIPAIS SÃO ORIUNDAS DO DIREITO HUMANITÁRIO,
BEM COMO OS TRATADOS CELEBRADOS DURANTE A LIGA DAS NAÇÕES (embrião da
ONU) E AINDA AS CONVENÇÕES E TRATADOS DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL
DO TRABALHO. Na sua prova, a banca deve tentar te confundir trocando os conceitos
de cada uma.

DIREITO HUMANITÁRIO: conjunto de normas e de medidas que objetivam


proteger direitos humanos dos envolvidos em períodos de guerra. Ex: Movimento da
Cruz Vermelha ou o Tribunal Penal Internacional.

LIGA DAS NAÇÕES: Organismo internacional criado com o intuito de promover a


cooperação, paz e segurança internacional. "embrião da ONU" Dica: Associe
―Embrião‖ com ―Liga‖.

OIT: Organismo internacional que teve por objetivo instituir e promover normas
internacionais de condições mínimas e digna de trabalho.

Q31 - A internacionalização dos Direitos Humanos, Constitui a expansão,


para além das fronteiras nacionais, dos direitos fundamentais da pessoa
humana, bem como a consagração das normas ―jus cogens‖.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Jus Cogens (normas cogentes) são normas de direitos humanos que supremaciam a
matéria, não podendo ser derrogadas pelas partes, é o direito humano material.
Correta.

Q32 - Os sistemas internacionais de proteção aos Direitos Humanos (globais


ou regionais) não são subsidiários ao dever interno de atuação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São subsidiários, devendo esgotar a matéria internamente, para só a posteriori
invocar o poder externo. No que atine à relação entre o sistema nacional e
internacional devemos observar previamente a regra de que o sistema internacional é
subsidiário, atuando apenas na omissão das normas de direito interno. O que quer
dizer? Que para que se provoque a atuação dos sistemas (regionais ou global) de
direitos humanos, as vias possíveis do país deverão ser atacadas precipuamente.
Errada.

Q33 - Nas relações jurídicas em que as organizações internacionais devam


atuar, em razão da violação de direitos humanos, é correto afirmar que o
indivíduo pode ser sujeito passivo ou sujeito ativo em se tratando de direitos
humanos em sentido strictu ou também em relação aos direitos
humanitários.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pode ser em DH (strictu), mas em Direito Humanitário (tempo de guerra), só pode
ser sujeito passivo e não ativo (não é possível busca de proteção individual, mas pode
ser responsabilizado individualmente por violação aos DHs - Estado responde
indiretamente)
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos por partes, primeiramente não se confunde direitos humanos com direitos
humanitários.

DIREITOS HUMANOS (EM CASO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS):


LEGITIMIDADE ATIVA
A possibilidade de um Estado denunciar outro Estado por violação a direito humano e
possibilidade de o cidadão, cujos direitos foram violados, recorrer aos órgãos
internacionais para verem suas direitos assegurados
LEGITIMIDADE PASSIVA
A possibilidade de o Estado signatário violador de direitos humanos ser
responsabilizado.

DIREITOS HUMANITÁRIOS
A proteção internacional humanitária objetiva criar condições de paz e de segurança
às pessoas que se encontram em condições de vulnerabilidade em razão de
conflitos militares e bélicos.

Em termos gerais o Direito Humanitário faz a regulamentação jurídica da violência no


âmbito internacional e do modo com que é empregada nos períodos de guerra e
combates armados.

Ao contrário dos Direitos Humanos propriamente dito, no direito humanitário não é


possível o recurso individual, no qual a vítima da violação dos Direitos Humanos
aciona
pessoalmente os órgãos de proteção. Não obstante, as pessoas individualmente
consideradas poderão ser tuteladas pelos os órgãos de proteção, em decorrência, por
exemplo, da prática de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de agressão,
crimes de guerra (tal como ocorreu com os julgamentos dos integrantes do partido
nazista). Em razão disso, menciona a doutrina que essa vertente consolida a posição
do indivíduo como sujeito passivo de direito internacional. A ideia aqui é a de
sujeito tutelado, de sujeito protegido. Na acepção anterior, a pessoa que tivesse
seus direitos violados atuaria ativamente para perquirir a reparação aos seus direitos.
Aqui em relação ao direito humanitário, o sujeito é considerado passivo, porque
recebe proteção. Em linhas gerais, nos Direitos Humanos em sentido estrito
(propriamente dito), admite-se a legitimidade ativa ou passiva (como numa relação
processual). Já nos Direitos Humanitários, o sujeito tem legitimidade passiva, mas
num conceito diferente, no sentido de estar protegido. Questão errada.

Q34 - O Direito Internacional Humanitário é responsável por disciplinar os


conflitos armados, a evolução do DIH teve quatro pontos: Genebra, Haia,
Nova York e Paris.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pode vir uma questão parecida em sua prova e você só precisa memorizar as quatro
cidades, quais sejam: Genebra - Haia - Nova York e Roma. Errada.

Q35 - As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana, a


saber, os direitos humanos, o direito humanitário e o direito dos refugiados,
foram consagradas nas conferências mundiais da última década de 90. Não
obstante, a implementação dessas vertentes deve atender às demandas de
cada região, mesmo que não haja sistemas regionais de proteção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em que pese a ONU surgir em 1945, foi em 1993 na Convenção de Viena que esses
eixos foram consagrados internacionalmente. (Direitos Humanos, Direitos
Humanitários e Direitos dos Refugiados).

Q36 - A tortura é um crime que viola o direito internacional, porém, em


circunstâncias excepcionais, como em casos de segurança nacional, se
comprovada grave ameaça à segurança pública, pode ser exercida com
limites.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vedação absoluta "Tortura e Escravidão"
Art. 5 -C.F
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Questão errada.

Q37 - Em situações emergenciais que possam implicar ameaça a existência


da nação, admite-se a derrogação de normas internacionais do Pacto
Internacional dos Direito Civis e Políticos. Ainda assim, alguns direitos são
inderrogáveis: o direito à vida, ao reconhecimento de sua personalidade
jurídica e à liberdade de pensamento, bem como à proibição da tortura, da
retroatividade da legislação criminal, da escravidão e servidão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q38 - Não é legítimo o uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite
bloqueio policial em via pública, ainda que o ato represente um risco
imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou
terceiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
―Desde que o ato não represente‖.... e não ―ainda que‖... Errada.

Q39 - A igualdade material preconiza que todos são iguais perante a lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Igualdade formal = Perante a lei / Igualdade material = NA lei. Errada.

Q40 - No que tange aos mecanismos de fiscalização, a Convenção sobre a


Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher prevê tão
somente o mecanismo de relatórios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existem diversas formas de mecanismos de fiscalização previstos pelo Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos que previu a criação do Comitê dos Direitos
Humanos, o órgão responsável pela fiscalização do cumprimento do instrumento
internacional por meio de relatórios e comunicações interestatais, os mecanimos são:
Relatórios, comunicações interestatais e petições. Em relação ao disposto na questão,
é importante que você guarde que a questão está CORRETA. O único mecanismo
possível de fiscalização neste caso (mulheres) e no de crianças e adolescentes
são os relatórios.

Q41 - Para que o refúgio seja tutelado e garantido pelo Estado, é necessário
haver bilateralidade política, ou seja, reciprocidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O refúgio é APOLÍTICO e não exige reciprocidade (ex: raça, opinião política, etc...) o
Asilo sim, tem finalidade política (perseguição política ou ideológica). Essa é a
distinção básica. Errada.

Q42 - O estatuto pessoal do refugiado será regido pela lei do país de seu
domicílio ou, na falta de domicílio, pela lei do país de sua residência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q43 - A renúncia do refugiado pela proteção não implicará a perda da


condição de refugiado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 39. Implicará PERDA da condição de refugiado:
I - a renúncia;
II - a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da
condição de refugiado ou a existência de fatos que, se fossem conhecidos quando do
reconhecimento, teriam ensejado uma decisão negativa;
III - o exercício de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública;
IV - a saída do território nacional sem prévia autorização do Governo brasileiro.
Parágrafo único.
Os refugiados que perderem essa condição com fundamento nos incisos I e IV deste
artigo serão enquadrados no regime geral de permanência de estrangeiros no
território nacional, e os que a perderem com fundamento nos incisos II e III estarão
sujeitos às medidas compulsórias previstas na Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980.
Errada.

Q44 - Assinale a opção que, conforme a lei mencionada, define a condição


jurídica do refugiado no Brasil.

a) Possui os direitos e deveres dos estrangeiros no Brasil, bem como direito a cédula
de identidade comprobatória de sua condição jurídica, carteira de trabalho e
documento de viagem.
b) Está sujeito aos deveres dos estrangeiros no Brasil e tem direito a documento de
viagem para deixar o país quando for de sua vontade.
c) Sendo acolhido como refugiado, tem todos os direitos previstos no seu país de
origem, mas deve acatar os deveres impostos a todos os brasileiros. Também tem
direito à cédula de identidade.
d) Possui os direitos e deveres dos estrangeiros no Brasil, bem como direito a cédula
de identidade comprobatória de sua condição jurídica, carteira de trabalho,
documento de viagem e título de eleitor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão cobrou vários aspectos referentes ao estudo da Lei nº 9.474/1997.
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o
art. 6º da Lei nº 9.474/1997 são três as espécies de documentos assegurados:
- cédula de identidade comprobatória da condição de refugiado;
- carteira de trabalho;
- documento de viagem.
Sabe-se que outros documentos também poderão ser fornecidos, como o CPF.
Contudo, como o enunciado da questão se restringiu à Lei nº 9.474/1997, está
perfeita a alternativa A.

Q45 - A Convenção de que trata a vulnerabilidade das crianças e


adolescentes, indica que criança é todo aquele que possui até 12 anos de
idade, sendo adolescente o que possui até 18.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há distinção como no ECA, ou seja. ATÉ 18 anos = Criança. Errada.

Q46 - O ensino primário deverá ser obrigatório e gratuito, já o secundário


deverá ser estimulado, em modalidades gerais e estimulantes e o ensino
superior acessível a todos imediatamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único erro é que não é IMEDIATAMENTE e sim progressivamente. Errada.
Q47 - Quanto a fiscalização da preservação dos direitos humanos da criança
e do adolescente, a Convenção sobre as Crianças prevê apenas o mecanismo
de relatórios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Crianças e Adolescentes e o de mulheres, ao contrário dos demais, prevê apenas
relatórios. Correta.

Q48 - Ao contrário do que usualmente são estabelecidos nos Protocolos


Facultativos, os protocolos da criança e do adolescente não ampliaram os
mecanismos de implementação dos direitos.

Q49 - Atualmente, os direitos e garantias fundamentais estão inseridos em


distintos textos constitucionais de diferentes países. Tal presença é uma
conquista histórica ocorrida por ações concretas realizadas no passado. A
Carta das Nações Unidas de 1945, exemplo de uma dessas ações concretas,
consolidou, junto com a UDHR, o movimento de internacionalização dos
direitos humanos. Tendo em vista essa institucionalização, assinale a opção:

a) A estrutura de proteção do direito internacional é concentrada na ONU.


b) A proteção internacional pode ser vista, entre outros, em dois planos: sistema
global (ONU) e sistema regional (OEA).
c) A UDHR pertence ao sistema regional de proteção dos direitos humanos.
d) O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos pertence ao sistema regional de
proteção dos direitos humanos.
e) O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais pertence ao
sistema regional de proteção dos direitos humanos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q50
O Pacto San José da Costa Rica precípua que aos países que não adotam em
seu ordenamento interno a pena de morte, não poderão decidir instituí-la
após a internalização da Convenção Interamericana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pena de Morte.
•Não foi abolida no Pacto de San José da Costa Rica, uma vez que é admitida nos
países já a prevejam para os crimes mais graves.
•Em nenhua hipótese será aceita para: delitos políticos ou conexos, para menores de
18 anos quando da práticamdo ato infracional, para maiores de setenta anos e para
mulheres grávidas.
•Países que tenham abolido a pena de morte não poderão restabelecê-la.
Já em relação aos países que não adotam em seu ordenamento interno a pena de
morte, não poderão decidir instituí-la após a internalização da Convenção
Interamericana. Correta.

Q51 - Notadamente o Pacto San José da Costa Rica estabeleceu


extensivamente em seu texto a proteção dos direitos de segunda dimensão,
por outro lado, o Pacto de San Salvador foi estabelecido com bojo na
proteção dos direitos de primeira dimensão.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
San Salvador – Segunda Dimensão (2S pra lembrar de Segunda)
San José – Primeira Dimensão.

Q52 - Dentre os propósitos expressos da OEA, alberga-se: ''promover o


desenvolvimento dos direitos de primeira dimensão (civis e políticos)''.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A OEA prevê tanto os direitos de primeira, quanto de segunda dimensão! Entretanto,
nos propósitos aparece apenas os de SEGUNDA dimensão (Sociais, econômicos e
culturais). Errada.

Q53 - O texto do Pacto San José da Costa Rica veda a pena de morte aos que
cometam qualquer forma de crime político ou conexo, aos menores de 18
anos quando da práticado ato infracional, aos maiores de setenta anos e às
mulheres grávidas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Literalidade do Pacto. Correta.

Q54 - A Convenção Americana sobre Direitos Humanos proíbe a pena de


trabalhos forçados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão está incorreta pelo exposto no item 2 do Artigo 6º: Ninguém deve ser
constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se
prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos
forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de proibir o
cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente. O trabalho
forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do recluso.
Assim, é permitido o trabalho forçado nos casos de pena privativa de liberdade, desde
que não afete a dignidade ou a capacidade física e intelectual do recluso. Errada.

Q55 - Considera-se, pelo Pacto San José da Costa Rica, trabalho forçado:

a) Trabalhos normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença.


b) Serviço Militar.
c) Serviços exigidos em caso de perigo ou de calamidade.
d) Obrigações cívicas normais.
e) Nenhuma das alternativas

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O PSJCR declara que tais formas não são consideradas trabalhos forçados. Gab: E.

Q56 - Acerca do pacto de São José da Costa Rica, assinale a alternativa


correta.

a) Os menores de 18 anos não podem ser processados.


b) São vedados os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em
cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária
competente.
c) As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a
readaptação social dos condenados.
d) Considera-se como trabalho forçado o serviço exigido em casos de perigo ou de
calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da comunidade.
e) São proibidas as penas privativas de liberdade acompanhadas de trabalhos
forçados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A OEA é o órgão central do sistema interamericano de Direitos Humanos, cujo
principal instrumento é o Pacto de San José da Costa Rica, editado em 1969,
ratificado e promulgado pelo Brasil somente em 1992. A questão exigiu o
conhecimento de regras expressamente previstas neste documento internacionais.
Vejamos cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta, pois os menores de 18 anos poderão ser processados,


embora o Pacto preveja a adoção de tribunal e rito especializados. É o que se extrai
do art. 5º, 5:
5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e
conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu
tratamento.
A alternativa B está incorreta, pois o trabalho exigido dos presos está entre as
exceções ao trabalho forçado, segundo a dicção do Pacto. Segundo o art. 6º, 3:
3. NÃO constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:
a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento
de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais
trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das
autoridades
públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à disposição de
particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado;
b) serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de
consciência,
qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;
c) o serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência
ou o bem-estar da comunidade;
d) o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais (destacamos).
Está correta a alternativa C, pois reproduz exatamente o que prevê o art. 5º,
6. As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a
reforma e a readaptação social dos condenados.
A alternativa D está incorreta, pois ao contrário do afirmado, o trabalho exigido em
casos de perigo ou calamidade pública constituem exceções ao trabalho forçado.
A alternativa E está incorreta, pois retrata exatamente o contrário do que dispõe o
art. 6º, 2, acima citado.

Q57 - Embora a CF88 expressamente permita a prisão civil por dívida no caso
de depositário infiel, tornou-se vedada após a recepção da norma contrária
estabelecida pelo Pacto San José da Costa Rica, que possui hierarquia
constitucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não pelo fato de ter hierarquia de norma constitucional, pois não o tem, na realidade
é norma supralegal, mas por foça da decisão do STF e a sumula vinculante nº25.
Q58 - Os Estados poderão pedir suspensão por tempo indeterminado das
normas previstas no documento internacional da OEA em caso de guerra, de
perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou
segurança do Estado-parte, entretanto, não podem decorrer de práticas
discriminatórias. Preconiza ainda que o Estado que exercer o direito de
suspensão deverá informar os demais Estados-partes por meio do
Secretário-Geral da OEA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CUIDADO! Tempo DETERMINADO, é temporário!! Errada, as demais informações do
item estão corretas.

Q59 - No Pacto de San José da Costa Rica se o Estado-parte aderir ao seu


texto se submeterá ao mecanismo de petições individuais automaticamente
(compulsoriamente).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Petições Individuais
•A mera assinatura do Pacto de San José da Costa rica já gera a submissão ao
sistema de peticionamento individual.
•Não há necessidade, portanto, de declaração expressa do Estado-parte aceitando
esse mecanismo de implementação. Correta.

Q60 - Para o uso das comunicações interestatais, é dispensável a declaração


expressa do Estado-parte reconhecendo a competência da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos para recebimento e exame de tais
comunicações, quando um Estado alega que outro violou as disposições
constantes dos Pacto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sobre as comunicações interestatais, leciona Flávia Piovesan:
Os Estados-parte podem declarar que reconhecem a competência da Comissão para
receber e examinar comunicações em que um alegue que outro tenha cometido
violação a direito previsto na Convenção.

Guarde:
Petições Iniciais (Adesão automática, compulsória, obrigatória).
Comunicações interestatais (Adesão facultativa)

Q61 - A provocação da Corte Intramericana se dá tão somente pela


Comissão ou pelos Estados-partes, vedando-se à pessoa litigar diretamente
na Corte Internacional. Embora a Corte seja orgão jurisidicional da OEA, cabe
à Comissão, orgão executivo, reconhecer a procedência da petição e, se
cabível, promovê-la à Corte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Por partes.
Orgão Executivo da OEA: Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Orgão Judiciário da OEA: Corte Interamericana de Direitos Humanos

POSSUI PODER DE PROVOCAR A CORTE


Os Estados-parte da OEA; e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Por fim, vale a pena destacar esse ponto da questão: Embora a Corte seja orgão
jurisidicional da OEA, cabe à Comissão, orgão executivo, reconhecer a procedência da
petição e, se cabível, promovê-la à Corte. Gabarito: Correta.

Q62 - A Corte é composta por 7 juízes, nacionais dos Estados que compõem a
OEA, sendo possível que haja no máximo dois juízes de mesma
nacionalidade. Os julgadores são eleitos através da Assembleia-Geral da
OEA, pelo voto da maioria absoluta dos membros, entre pessoas de alta
autoridade moral e reconhecida competência em matéria de Direitos
Humanos, para mandato 6 anos, admitindo-se uma reeleição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único erro é sobre até 2 juízes da mesma nacionalidade, na verdade é vedado que
haja 2 ou mais juízes da mesma nacionalidade, CUIDADO, não pode! Errada.

Q63 - Consagrou-se o direito de o país que está sendo julgado possuir um


juiz de sua nacionalidade dentro da Corte, de modo que se entre os 7 juízes
regulares não houver nenhum nacional do Estado acusado, será possível a
nomeação de um juiz ad hoc.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, veja só, no caso em tela, é possível JUIZ AD HOC.

Q64 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma instituição judicial


autônoma cujo objetivo é aplicar e interpretar a Convenção Americana,
exercendo, dentre outras, a função contenciosa, na qual se encontra a
resolução de casos contenciosos e o mecanismo de supervisão de sentenças.
Para que um caso possa ser submetido à decisão da Corte, é necessário que
ele seja apresentado

a) pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou por entidade de direitos


humanos sediada no país onde o caso ocorreu.
b) por um dos Estados-Parte ou pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
c) pelo próprio interessado ou por uma entidade internacional de direitos humanos
devidamente reconhecida como tal pela Corte.
d) por um dos Estados-Parte, pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ou
pelo
interessado ou seus sucessores.
e) por um Estado-Nação, integrante ou não do Sistema Internacional de Proteção aos
Direitos Humanos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nos termos do artigo 61 do Pacto de San José da Costa Rica, somente os
Estadosparte e a Comissão Interamericana poderão submeter um caso à decisão da
Corte. Não se confere, portanto, legitimidade às pessoas, grupos ou entidades.
Vejamos: Artigo 61 - 1. Somente os Estados-partes e a Comissão têm direito de
submeter um caso à decisão da Corte. Dessa forma, a alternativa B é a correta e
gabarito da questão.
Q65 - São legitimados para ingressar na Corte Interameticana de Direitos
Humanos: Os Estados-parte, a Comissão Intramericana de Direitos Humanos
e a pessoa ou grupo que tiver seu direito humano violado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja questão 64. Somente Estado-parte e a Comissão... Errada.

Q66 - Uma pessoa poderá peticionar diretamente à Corte nos casos graves e
urgentes para evitar danos irreparáveis para que sejam tomadas medidas
acautelatórias, desde que, nos procedimentos já em andamento na Corte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja que se trata de uma exceção, e que para tanto permite que o particular só pode
peticionar naqueles processos que já estão em andamento, sob as condições
específicos de urgência e gravidade. Correta.

Q67 - A Corte possui competência para resolver os litígios que lhes são
submetidos (competência contenciosa), bem como para responder
questionamentos sobre a interpretação de determinada regra do Sistema
Interamericano e sobre a compatibilidade das leis internas com o Pacto de
San José da Costa Rica (competência consultiva). Essas consultas poderão
ser realizadas pelos membros da OEA, bem como pelos demais órgãos que
compõem a estrutura da Organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeita a questão, note que a corte tem competência CONSULTIVA, além de
contenciosa. Correta.

Q68 - Para a atuação da Corte Interamericana faz-se necessária declaração


expressa do Estado-parte reconhecendo a competência desse órgão como
obrigatória para os casos envolvendo a aplicação do sistema interamericano.
Essa declaração poderá ser feita para situações específicas ou por prazo
indeterminado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Artigo 62 - 1. Todo Estado-parte pode, no momento do depósito do seu instrumento
de ratificação desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento
posterior, declarar que reconhece como obrigatória, de pleno direito e sem convenção
especial, a competência da Corte em todos os casos relativos à interpretação ou
aplicação desta Convenção.

Embora a Corte precise reconhecimento de sua competência pelo Estado para aplicar
sua jurisdição, compete à própria Corte delimitar o alcance de sua competência.
Certa.

Q69 - Sem prejuízo do direito de os Estados-partes da Convenção Americana


sobre Direitos Humanos submeterem-se voluntariamente à Corte
Interamericana de Direitos Humanos, nos termos da cláusula facultativa de
jurisdição obrigatória constante do Pacto de San José da Costa Rica, o
referido tribunal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Idêntica na matéria da questão anterior. Correta.

Q70 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma instituição judicial


autônoma cujo objetivo é aplicar e interpretar a Convenção Americana,
exercendo exclusivamente funções contenciosas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Contenciosas E CONSULTIVAS. Errada.

Q71 - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos tem apenas


competências políticas, entre as quais se destacam a realização de visitas in
loco e a preparação de relatórios sobre a situação dos direitos humanos nos
Estados membros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São três as competências abstratas da COMISSÃO. Políticas, Consultivas e
Fiscalizatórias (FISCAL DA LEI).

Revisão de competências genéricas


Corte (Judiciário): Contenciosas e Consultivas
Comissão (Executiva): Políticas, Contenciosas e Fiscalizatórias.

Q72 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos, no exercício de seu


poder de resolução de casos contenciosos, atende petições formuladas pelos
Estados Partes, por indivíduos ou organizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma dessa. As bancas adoram. Errada, pois apenas são legítimos: Estados-Parte
ou pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Q73 - O mecanismo de supervisão de sentenças condenatórias é da


competência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de uma atividade reservada ao judiciário, portanto é da corte. Errada.

Q74 - As sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos são


vinculantes, definitivas e inapeláveis.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não cabe qualquer tipo de recurso. Artigo 67 - A sentença da Corte será definitiva e
inapelável. Em caso de divergência sobre o sentido ou alcance da sentença, a Corte
interpretá-la-á, a pedido de qualquer das partes, desde que o pedido seja
apresentado dentro de noventa dias a partir da data da notificação da sentença.
Correta.

Q75 - Após decisão pela Corte no processo, a indenização à vítima será


executada internamente no Estado, pelo procedimento interno vigente para
a execução de sentenças contra o Estado, razão pela qual, no Brasil, será
observado o regime de precatórios e as sentenças serão executadas perante
a Justiça Federal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, é importante que você saiba que a execução da sentença se dá no âmbito do
Estado membro responsável. Correta.

Q76 - As sentenças prolatadas pela Corte Interamericana de Direitos


Humanos devem passar pelo crivo de homologação pelo STJ para que sejam
regularmente executadas do Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A sentença prolatada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma sentença
INTERNACIONAL e NÃO uma sentença de Estado estrangeiro que irá ser aplicada no
Brasil. Apenas a sentença estrangeira precisa de homologação pelo STJ. Sentença
internacional independe de homologação. Errada.

Q77 - Nos casos sob sua análise, a Corte Interamericana pode tomar
medidas provisórias para evitar danos irreparáveis agindo de ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Corte não pode agir Ex Officio. Errada.

Q78 - O Protocolo de San Salvador é responsável por acrescentar a proteção


aos direitos sociais, econômicos e culturais no âmbito do Sistema
Interamericano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O PSS trouxe os Direitos de Segunda Dimensão no plano interamericano. Correta.

Q79 - O Protocolo de San Salvador prevê somente dois mecanismos de


implementação dos direitos: o sistema de relatórios e as petições
individuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. Sobre a assunto, diferencia-se o PSS e o PSCR nesse sentido também:
Protoco de San Salvador: Relatórios e Petições Individuais
Pacto San José da Costa Rica: Relatórios, Comunicações Interestatais e Petições
Iniciais.

Q80 - As petições individuais no Protocolo de San Salvador devem ser


apresentadas ao Secretário-Geral da OEA e são restritas aos casos de
violação de direito de liberdade sindical, de saúde e de educação, nos termos
do artigo 19, 6, do Protocolo. Essas petições serão recebidas e processadas
pela Comissão Interamericana de Direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dois erros, guarde: Sindicais e Educação, somente, aparecer qualquer outro =
errado. Por outro lado, quando for mencionado RELATÓRIOS devem ser
apresentados ao Sec. Geral da OEA, se for petição SEMPRE à Comissão
Intramericana de Direitos Humanos.

Q81 - Dentre as sanções aplicáveis pelo CNDH – Conselho Nacional de


Direitos Humanos, é correto afirmar que possuem natureza administrativa, e
entre elas encontram-se a advertência, a censura pública e a aplicação de
multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Multa não!
SANÇÕES
-advertência
-censura pública
-recomendação de afastamento de servidor
-recomendação para não concessão de benefícios

Q82 - Lei nº 12.986/14 transformou o antigo Conselho de Defesa dos


Direitos da Pessoa Humana – CDDPH – em Conselho Nacional dos Direitos
Humanos –
CNDH.

A respeito da finalidade desse Conselho, de acordo com a lei mencionada,


assinale a afirmativa correta.

a) Deve apresentar as demandas brasileiras relativas aos direitos humanos junto aos
organismos internacionais e multilaterais de proteção dos Direitos Humanos.
b) Deve representar o Estado brasileiro em todas as notificações que este venha a
receber em função de procedimentos, como parte da Comissão Interamericana de
Direitos Humanos, ou de processos movidos contra o Brasil na Corte Interamericana
de Direitos Humanos.
c) Deve elaborar um projeto nacional de Educação para os Direitos Humanos.
d) Deve promover e defender os direitos humanos mediante ações preventivas,
protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou da
violação desses direitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com a Lei nº 12.986/2014, o CNDH tem por finalidade:
―a promoção e a defesa dos direitos humanos, mediante ações preventivas,
protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou
violação desses direitos‖
Analisando as alternativas concluímos que a alternativa B é a correta e, portanto,
gabarito da questão. Em relação às demais alternativas nota-se que o examinador
trouxe competências do órgão, e não finalidade.

Q83 - De acordo com os Princípios de Paris, as Instituições Nacionais de


Direitos Humanos devem atender a cinco características. São elas:

1) Autonomia para monitorar qualquer violação de Direitos Humanos; 2) Autoridade


para assessorar o Executivo, o Legislativo e qualquer outra instância sobre temas
relacionados aos Direitos Humanos; 3) Capacidade de se relacionar com instituições
regionais e internacionais; 4) Legitimidade para educar e informar sobre Direito
Humanos; e 5) Competência para atuar em temas jurídicos (quase judicial).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para se constituir como uma INDH, a instituição deve observar os princípios de Paris,
que se caracterizam fundamentalmente pela:
1. Autonomia para monitorar qualquer violação de Direitos humanos;
2. Autoridade para assessorar o Executivo, o Legislativo e qualquer outra instância
sobre temas relacionados aos Direitos Humanos;
3. Capacidade de se relacionar com instituições regionais e internacionais;
4. Legitimidade para educar e informar sobre direitos humanos; e
5. Competência para atuar em temas jurídicos
Questão certa.

Q84 - Entre as competências do CNDH está a recomendação para inclusão de


matéria específica de direitos humanos nos currículos escolares,
especialmente nos cursos de formação das polícias e dos órgão de defesa do
Estado e das instituições democráticas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correta a assertiva, do que se extrai do art. 4º, XI, da Lei 12.986/2014:
Art. 4o O CNDH é o órgão incumbido de velar pelo efetivo respeito aos direitos
humanos por parte dos poderes públicos, dos serviços de relevância pública e dos
particulares, competindo-lhe:
XI - recomendar a inclusão de matéria específica de direitos humanos nos currículos
escolares, ESPECIALMENTE nos cursos de formação das polícias e dos órgãos de
defesa do Estado e das instituições democráticas;
Esse inciso é importante, pois destaca a necessidade da disciplina de Direitos
Humanos para servidores de carreiras policiais. Correta.

Q85 - Entre as penas disciplinares que podem ser aplicadas pela CNDH no
caso de descumprimento das normas de Direitos Humanos não consta:

a) recomendação de que não sejam concedidos verbas, auxílios ou subvenções a


entidades comprovadamente responsáveis por condutas ou situações contrárias aos
direitos humanos.
b) advertência.
c) recomendação de aplicação de penalidade de suspensão.
d) recomendação de afastamento de cargo, função ou emprego na
Administração Pública direta, indireta ou fundacional.
e) censura pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dentre as penalidades passíveis de serem aplicadas pela CNDH não consta a
recomendação para aplicação de suspensão, pelo que a alternativa C é a incorreta e
gabarito da questão.

Q86 - São órgãos do CNDH:


a) Plenário, Comissão Especial e Secretariado.
b) Plenário, Comissões, Subcomissões e Secretaria Executiva.
c) Plenário, Subcomissões e Secretaria Jurídica.
d) Pleno, Seção Especializada, Comissões, Subcomissões e Secretaria Executiva.
e) Plenário, Secretaria Executiva, Distribuição, Setor Pericial

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para responder à questão, lembre-se do art. 7º:
Art. 7o São órgãos do CNDH:
I - o Plenário;
II - as Comissões;
III - as Subcomissões;
IV - a Secretaria Executiva.
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

Q87 – São vertentes da proteção internacional dos Direitos Humanos: Os


direitos Humanos, o direito humanitário e o direito dos refugiados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vertentes dos DH: Direito Humanitário – Liga das Nações – OIT
Vertentes da proteção da pessoa humana: – Direitos Humanitários – Direitos
Humanos e Direito dos Refugiados.
Questão errada.

OBS: Muitos dos aspectos cobrados em DH em concursos são as literalidades dos


textos, protocolos, pactos... É importante ao menos uma lida.

LODF – LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

Q1 - Segundo o disposto no art. 5º da LODF, a Ação Popular é uma das forma


de exercício, por parte do povo, da soberania.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A soberania popular é exercida mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Errada.

Q2 - O exercício do poder, que emana do povo, é feito também através de


representantes eleitos, os quais detém a titularidade enquanto no exercício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todo o poder emana do povo, sendo ele o titular desse poder, inclusive quando do
exercício por meio dos representantes. Errada.

Q3 - Está no rol de objetivos prioritários do Distrito Federal assegurar a toda


pessoa o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao
controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia
dos serviços públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tal objetivo é assegurado ao cidadão, e não a toda pessoa. Lembrando que cidadão é
quem possui direitos políticos. Errada.

Q4 - De acordo com a LODF, a soberania popular é exercida por sufrágio


universal, voto direto e secreto, com valor igual para todos, mediante,
exceto:

a) iniciativa popular
b) plebiscito
c) júri popular
d) referendo

RESPOSTA DA QUESTÃO:
letra C. O júri popular não consta no art. 5º da LODF como uma das formas mediante
a qual o povo exerce a sua soberania.

Q5 - Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
errado! Segundo o art. 6º da LODF, Brasília é a capital e sede do governo do DF.

Q6 - Uma lei distrital, apreciada em tramitação normal pela Câmara


Legislativa do DF, poderá criar novos símbolos para o Distrito Federal, bem
como dispor sobre o seu uso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que dispõe o parágrafo único do art. 7º.
Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.
Parágrafo único. A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no
território do Distrito Federal. Correta.

Q7 - O Distrito Federal possui uma autonomia relativa, haja vista que recebe
recursos da União para o custeio de alguns serviços públicos essenciais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado! O DF possui uma autonomia plena, em nada impactando nisso o recebimento
de recursos por parte da União.

Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia política, administrativa


e financeira, observados os princípios constitucionais, reger-se-á por esta Lei
Orgânica.

Q8 - A preservação de sua autonomia como unidade federativa é um objetivo


prioritário do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. Trata-se de um valor fundamental, veja:
Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do
Brasil e tem como valores fundamentais:
I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;

Q9 - Conforme
previsão na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a plena cidadania.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. A plena cidadania é um valor fundamental do DF, conforme o art. 2º,
vejamos:

Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do


Brasil e tem como valores fundamentais:

I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;


II – a plena cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Q10 - Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político constituem valores
fundamentais do DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
errado. Percebemos que a questão criou o valor fundamental ―soberania‖. Os entes
federativos não possuem soberania, mas sim autonomia. Fique atento a isso!

Q11 - A preservação da autonomia do DF como unidade federativa e a


garantia da prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos figuram entre os objetivos
prioritários do DF constantes de sua Lei Orgânica (LODF).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. Vimos acima que a preservação da autonomia do DF é um valor fundamental,
não objetivo prioritário. Já o segundo item está correto, vejamos:
Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal: [...]
VII – garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;

Q12 - A LODF prevê expressamente que o Distrito Federal (DF) é a capital da


República Federativa do Brasil.

Resposta:
Errado. Brasília, que é sede do DF, é a capital federal.
Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do
Distrito Federal.

Q13 - Previsto na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a proteção


individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e das
testemunhas de infrações penais e de seus respectivos familiares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal:
X – assegurar, por parte do Poder Público, a proteção individualizada à vida e à
integridade física e psicológica das vítimas e das testemunhas de infrações penais e
de seus respectivos familiares. Correta.

Q14 - É objetivo prioritário do DF garantir a prestação de assistência jurídica


integral e gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto.
Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal:
VII – garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.

Q15 - Caso o DF edite norma geral de regulamentação orçamentária, à falta


de lei federal acerca da matéria, e, posteriormente, entre em vigor lei federal
a respeito do mesmo tema, contrariando algumas das determinações da lei
distrital, essa lei distrital deverá ser inteiramente revogada, haja vista o seu
caráter suplementar e a superveniência de lei federal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. Vejamos o que diz o §3º do art. 17:
§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei
local no que lhe for contrário. Ora, a lei federal só suspenderá a eficácia da lei local
naquilo que lhe for contrário, não a norma inteira.

Q16 – A participação popular no processo de escolha de administrador


regional deve ser regulada por lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certo. Essa é a integralidade do art. 10, §1º da LODF:
§ 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do
Administrador Regional.

Q17 - Considere que determinado secretário de Estado do DF tenha nomeado


um primo, que não tem qualquer tipo de vínculo com a administração
pública, para o exercício de cargo em comissão na secretaria em que seja
titular. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo
com a Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF).

a) A nomeação de primo de secretário é vedada tanto na administração pública direta


quanto na indireta.
b) A referida nomeação contraria a LODF, que só admite nomeação de parente que
ocupe cargo efetivo na administração pública.
c) Não há qualquer impedimento legal para a nomeação realizada pelo secretário.
d) O primo do secretário não poderia ser nomeado para nenhuma secretaria do DF.
e) A nomeação do referido primo somente poderia ter ocorrido nos Poderes
Legislativo e Judiciário.

Resposta:
Pessoal, não há impedimento nenhum para tanto por um simples motivo: primo é
parente de 4º grau e a vedação trazida pelo §9º do art. 19 da LODF é para parentes
até o 3º grau. Gabarito: Letra C.

Q18 - Se o governo do DF normatizar a exibição de cartazes em logradouros


públicos e em locais de acesso livre, ele estará exercendo uma competência
que compartilha à União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. A competência é privativa do DF, de acordo com o art. 15,
XXVII: Art. 15. Compete PRIVATIVAMENTE ao Distrito Federal:
XXVII – dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes,
anúncios e quaisquer outros meios de publicidade ou propaganda, em logradouros
públicos, em locais de acesso público ou destes visíveis. Errada.

Q19 – Os conselheiros e os auditores do TCDF são obrigados pela LODF a


fazer declaração pública anual de seus bens.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. O artigo 19, §3º define os cargos que devem apresentar ANUALMENTE essa
declaração, mas entre eles não está o de auditor do TCDF.

Vejamos:
Art. 19. [...]
§ 3º São obrigados a fazer declaração pública anual de seus bens, sem prejuízo do
disposto no art. 97, os seguintes agentes públicos: (Parágrafo acrescido pela Emenda
à Lei Orgânica nº 4, de 1996.)
I – Governador;
II – Vice-Governador;
III – Secretários de Estado do Distrito Federal; (Inciso com a redação da Emenda à
Lei Orgânica nº 44, de 2005.)
IV – diretores de empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e
fundações; (Inciso com a redação da Emenda à Lei Orgânica nº 80, de 2014.)
V – Administradores Regionais;
VI – Procurador-Geral do Distrito Federal;
VII – Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
VIII – Deputados Distritais;
IX – Defensor Público-Geral do Distrito Federal.

Q20 – A substituição de um administrador regional destituído do cargo, cuja


remuneração pode ser igual à de um secretário de Estado do DF, deverá ser
feita mediante um processo de escolha com participação popular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão é um pouco polêmica, pois a LODF define que deve haver participação
popular, mas que a lei disporá sobre isso. Ou seja, apenas por essa leitura, não é
possível concluir que deverá ser feita mediante um processo de escolha com
participação popular. No entanto, isso o que foi considerado. Sobre a remuneração,
de fato não poderá ser superior à dos Secretários. Com base nisso pode,
tranquilamente, ser igual!!
Art. 10. [...]
§ 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do
Administrador Regional.
§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada
para os Secretários de Estado do Distrito Federal. Correta.

Q21 - O DF possui a competência privativa de adquirir bens por interesse


social, necessidade ou utilidade pública, até mesmo mediante
desapropriação, observada a legislação em vigor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que prevê o art. 15, XXIV:
Art. 15. Compete Privativamente ao Distrito Federal:
XXIV – adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade,
utilidade pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor.

Q22 - O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à


descentralização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante
decreto, a criação ou extinção de novas regiões administrativas, conforme a
conveniência e o interesse de ordem pública.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada, veja que a criação ou extinção de novas regiões administrativas é feita pela
CLDF através de lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Errada.

Q23 - A criação ou extinção de regiões administrativas no DF somente ocorre


por lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais, devendo
cada região ter um conselho de representantes com funções tanto
consultivas, quanto fiscalizadoras, na forma da lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Isso é o previsto nos arts. 12 e 13 da LODF:
Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de
Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da
lei.
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.
Parágrafo único. Com a criação de nova Região Administrativa, fica criado,
automaticamente, Conselho Tutelar para a respectiva região. Correta.

Q24 - A Lei Orgânica do DF veda expressamente a designação para função de


confiança e a nomeação para emprego ou cargo em comissão, incluídos os de
natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa
de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É exatamente isso que prevê o art. 19, §8º:
Art. 19. [...]
§ 8º É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para emprego
ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha
praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.
Correta.

Q25 – A criação de regiões administrativas no DF depende da edição de lei


aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais, ao passo que a
extinção dessas regiões pode ocorrer mediante decreto do chefe do Poder
Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. O art. 13 define que a criação e extinção de regiões depende dos mesmos
requisitos. Vejamos:
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.

Q26 - O DF está organizado em regiões administrativas, cada qual dotada de


um conselho de representantes comunitários, com funções consultivas e
deliberativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. As funções do conselho de representantes são consultivas e fiscalizatórias.
Q27 – É indispensável autorização legislativa para que empresa pública ou
sociedade de economia mista do DF participe de empresa privada.

Resposta:
A resposta está no art. 19, XIX, vamos conferir:
Art. 19. [...]
XIX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada. Correta.

Q28 - Compete ao DF, concorrentemente com a União, legislar sobre


orçamento e direito financeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
Correta.

Q29 - O DF organiza-se em regiões administrativas, que não são dotadas de


autonomia política.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Só quem possui autonomia política é o DF, não as RA´s. vejamos o caput do art. 1º:
Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia política, administrativa
e financeira, observados os princípios constitucionais, reger-se-á por esta Lei
Orgânica. Correta.

Q30 - Compete privativamente ao DF desapropriar bens para fins de reforma


agrária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão foi capciosa, pois lendo o art. 15, XXIV, podemos concluir que estaria
certa. No entanto, é preciso se atentar que o referido instituto não fala em
desapropriação para fins de reforma agrária, ou seja, não delimita o tipo de
desapropriação. Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal:
XXIV – adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade,
utilidade pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor. Errada.

Q31 - LODF veda discriminar ou prejudicar qualquer pessoa pelo fato de


haver litigado contra órgãos públicos do DF, nas esferas administrativa ou
judicial. Referida vedação, porém, só se aplica à discriminação de pessoas
físicas, não se estendendo a pessoas jurídicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. A vedação se aplica tanto a pessoas jurídicas quanto físicas. Vejamos:
Art. 21. É vedado discriminar ou prejudicar qualquer pessoa pelo fato de haver
litigado ou estar litigando contra os órgãos públicos do Distrito Federal, nas esferas
administrativa ou judicial.
Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas que se considerarem prejudicadas
poderão requerer revisão dos atos que derem causa a eventuais prejuízos.
Q32 - Um administrado recorreu a um órgão público do Distrito Federal a fim
de ver respeitados os seus direitos. Acerca desse tema, assinale a alternativa
correta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) O administrado exerceu seu direito por meio de iniciativa popular.
b) Para o exercício do direito de petição no Distrito Federal, é indispensável o
pagamento de emolumentos.
c) Para o exercício do direito de petição no Distrito Federal, é indispensável a garantia
de instância.
d) Não há lei no Distrito Federal que assegure o direito de representação.
e) A Lei Orgânica do Distrito Federal assegura o direito de petição independentemente
do pagamento de emolumentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa E (correta, responde também as alternativas A, B, C e D) :Art. 4º É
assegurado o exercício do direito de petição ou representação, independentemente de
pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de instância.

Q33 - A edição, pelo governador do DF, de ato normativo com o fim de


melhorar as condições de moradia e transporte está em consonância com os
objetivos prioritários do DF, conforme estabelecido na LODF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto.
Art. 3º
VI – dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de
educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento
básico, lazer e assistência social

Q34 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) processar e julgar


originariamente, nos crimes comuns, os membros dos tribunais de contas
dos estados e do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,


nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. Correta.

Q35 - Caso o governo do DF pretenda executar determinado projeto e realize


uma audiência pública sobre o tema, essa audiência caracterizará o exercício
da soberania popular.

Resposta:
Errado. Audiência pública não está no rol do exercício da soberania popular. Taxativo:
Plebiscito, Referendo e Iniciativa popular.
Q36 - É
objetivo prioritário do Distrito Federal (DF) garantir a prestação de
assistência
jurídica integral e gratuita àqueles que se declararem pobres.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. Veja que a assertiva pegou a literalidade da norma. A assistência jurídica
integral e gratuita é para aqueles que comprovarem insuficiência de recursos, o que é
diferente de ser pobre. Alguém pode receber, por exemplo, R$ 20 mil por mês, mas
ter que arcar com os custos de um alto tratamento médico que consome 80% do
valor. Essa pessoa possui nitidamente insuficiência de recursos e pode ser assistida
pela DPDF.
Art.3 º.
VII – garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;

Q37 – O exercício do direito de recorrer na instância administrativa do DF


pode ser condicionado à garantia de instância.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão está bem delicada. Diria que ela é nível avançando.
O art. 4º da LODF garante o direito de petição ou representação independentemente
de pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia
de instância.
A garantia de instância é justamente você que necessita de recorrer de uma decisão
administrativa e, para isso, precisa garantir através de depósito ou caução a
instância. É como se fosse dito: "ok, recorre, mas primeiro garante que vai pagar o
valor, caso perca". No entanto, essa prática é vedada pela LODF. Não há garantia de
instância. Errada.

Q38 - Dentre as demandas prioritárias da sociedade do Distrito Federal, a Lei


Orgânica do Distrito Federal NÃO prevê a:

a) Saúde.
b) Alimentação.
c) Moradia.
d) Assistência social.

Resposta:
Estamos falando de um objetivo prioritário presente no inciso VI do art. 3º, vejamos:
VI – dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de
educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento
básico, lazer e assistência social. CUIDADO para não confundir com o Art. 6º da CF:
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Gabarito:
Letra B

Q39 - Indique a alternativa que NÃO representa objetivo prioritário do


Distrito Federal, previsto na sua Lei Orgânica:

a) Preservar os interesses gerais e coletivos.


b) Promover o bem de todos.
c) A saúde pública e o saneamento básico
d) Garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão cobra do candidato o conhecimento de todo o art. 3º. Vejamos onde se
encontra cada assertiva nos incisos:

a - III – preservar os interesses gerais e coletivos;


b - IV – promover o bem de todos;
d - VII – garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;

A dica que já dei na aula e serve aqui é que os objetivos prioritários apresentam
verbos. Logo, a letra C é o único que não se inicia com um verbo e poderia ser esse o
seu pulo do gato.

(Que questão mais mal feita! Já que a saúde e o saneamente básico também estão
no Art 6, a diferença é só a falta do verbo).

Q40 - São valores fundamentais do Distrito Federal, expressamente


previstos na Lei Orgânica do Distrito Federal, EXCETO:

a) A plena cidadania.
b) A dignidade da pessoa humana.
c) O pluralismo político
d) O respeito aos princípios fundamentais estabelecidos na Constituição Federal

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra D não é um valor fundamental. Vejamos:
Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do
Brasil e tem como valores fundamentais:
I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;
II – a plena cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Letra D.

Q41 - A respeito dos


fundamentos da organização dos poderes e do Distrito Federal (DF)
previstos na Lei Orgânica do DF, assinale a alternativa correta.

a) Um dos valores fundamentais do DF é assegurar ao cidadão o exercício dos direitos


de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da legitimidade
dos atos do poder público e da eficácia dos serviços públicos.
b) Um dos objetivos prioritários do DF é dar primazia ao atendimento das demandas
da sociedade na área de transporte.
c) O exercício do direito de petição ou representação é assegurado, desde que haja
pagamento de taxa correspondente.
d) O pluralismo político e o atendimento prioritário da demanda da sociedade na área
de educação são valores fundamentais do DF.
e) A valorização e o desenvolvimento da cultura local, apesar de ser uma
preocupação de qualquer governo, não se encontra entre os objetivos prioritários do
DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B corresponde ao gabarito.

Q42 - A respeito dos fundamentos da organização dos poderes e do Distrito


Federal previstos na Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF), assinale a
alternativa correta.

a) O Distrito Federal, por ser unidade federativa integrante da União, possui


autonomia administrativa e financeira, mas não política.
b) O valor fundamental primário do Distrito Federal é a preservação de sua soberania.
c) O Distrito Federal tem como objetivo assegurar a proteção individualizada à vida e
à integridade física e psicológica das testemunhas de infrações penais.
d) A LODF assegura o exercício do direito de petição, podendo, eventualmente e
desde que devidamente fundamentado, exigir o pagamento de taxas.
e) A soberania popular somente será exercida pelo voto direto e secreto e por
iniciativa popular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta está no art. 3º:
X – assegurar, por parte do Poder Público, a proteção individualizada à vida e à
integridade física e psicológica das vítimas e das testemunhas de infrações penais e
de seus respectivos familiares;
Algumas observações:
Letra a - o art. 1º prevê autonomia política do DF. Nós escolhemos nossos
governantes, lembram?
Letra b - olha a palavra-chave: soberania. Lembrando que o DF possui autonomia,
não soberania.
Letra d - já batemos nessa tecla: direito de petição = GRATUITO.
Letra e - claro que não. Faltam elementos do exercício da soberania popular: Art. 5º
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Gabarito: Letra C.

Q43 - A LODF veda a discriminação do indivíduo que sofre de deficiência


física,
sensorial, imunológica ou mental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 2º:
Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento,
idade, etnia, raça, cor, sexo, características genéticas, estado civil, trabalho rural ou
urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência
física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer
particularidade ou condição, observada a Constituição Federal. Correta.

Q44 - Os valores fundamentais do Distrito Federal compreendem o


pluripartidarismo, que garante a pluralidade de ideias em um mesmo
território.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pluralismo político não é sinônimo de pluripartidarismo. Fique atento a este ponto!
A pluralidade de ideias e opiniões sim, é sinônimo de pluralismo político. Isso leva
em conta a existência de diversos grupos na sociedade, incluindo as minorias.
Pluripartidarismo = vários partidos políticos, o que não quer dizer que, por si só,
teremos várias ideias e opiniões. Errada.

Q45 - Na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, o


DF deve buscar a integração com a região do seu entorno, um de seus
objetivos prioritários expressos na LODF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja que casca de banana: é verdade que o DF deve buscar essa integração, mas
falso que seja um objetivo prioritário, os quais estão previstos no art. 3º.
Art. 9º O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento
econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal.
Errada.

Q46 - Assinale a alternativa que não indica objetivo prioritário do Distrito


Federal, de acordo com a Lei Orgânica.

a) garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na


Declaração Universal dos Direitos Humanos.
b) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade
humana, a justiça social e o bem comum.
c) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.
d) garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.
e) valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura
brasileira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C. Veja a dica do verbo, ela funciona na maioria dos casos. Preservação de sua
autonomia administrativa está entre os valores fundamentais do DF.

Q47 - De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF), é objetivo


prioritário do Distrito Federal

a) dar precedência ao atendimento das demandas da sociedade na área da


saúde.
b) garantir a prestação de assistência jurídica a todos os cidadãos,
independentemente de sua condição financeira.
c) preservar a sua autonomia como unidade federativa.
d) zelar pelo pluralismo político.
e) assegurar o exercício de petição ou representação, independentemente do
pagamento de taxa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Resposta: letra A. Veja o porquê de eu ter dito que a dica do verbo funciona na
maioria dos casos. Nesse ela não vai funcionar, pois a banca pede qual é o objetivo
prioritário, mas transforma tudo em verbo.

A letra A está no inciso VI do art. 3º:


VI – dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de
educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento
básico, lazer e assistência social;
Letra b - "independentemente de sua condição financeira" é o erro da questão.
Letra c - trata-se de um valor fundamental.
Letra d - idem, valor fundamental.
Letra e - está muito louca essa assertiva, não é?! Veja que não se fala em direito de
petição, mas sim o "exercício de petição". Bem, fato é que não está no rol dos
objetivos prioritários, a despeito de ser algo que deva ser assegurado
independentemente do pagamento de taxas ou emolumentos. (BIZARRA, PRA MIM
CABERIA ANULAÇÃO, POIS NÃO DEIXA DE ESTAR CORRETA)
Art. 4º É assegurado o exercício do direito de petição ou representação,
independentemente de pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de
instância.

Q48 - Assinale a alternativa que apresenta objetivo prioritário do Distrito


Federal.

a) Garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição


Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
b) Promover o bem de todos, em especial o dos eleitores.
c) Valorizar e desenvolver a cultura local, independentemente de contribuir
para a cultura brasileira.
d) Assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e
à integridade física e psicológica dos autores e das testemunhas de infrações
penais e de seus respectivos familiares.
e) Assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe
couberem, relativos ao controle da legalidade e da legitimidade dos atos do
poder público, cabendo exclusivamente ao Ministério Público o controle da
eficácia dos serviços essenciais à população.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A correta. Trata-se do primeiro objetivo prioritário.

I – garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e


na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Letra b - existe o objetivo "promover o bem de todos", ponto. Não existe esse
complemento - "em especial dos eleitores"-, obviamente, por ser algo absurdo.
Letra c - o correto é:
IX – valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura
brasileira;
Letra d - capciosa essa assertiva. Muita gente deve ter marcado letra D na prova.
O erro está em falar que deve-se assegurar aos "autores" essa proteção.
X – assegurar, por parte do Poder Público, a proteção individualizada à vida e à
integridade física e psicológica das vítimas e das testemunhas de infrações penais e
de seus respectivos familiares;
Letra e - errado. Não compete exclusivamente ao MP o controle da eficácia, pois é
algo que está no rol de garantia ao cidadão:
II – assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem,
relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da
eficácia dos serviços públicos.

Q49 - No exercício de sua autonomia política, o Distrito Federal criou uma lei
que promove os direitos humanos assegurados na Constituição Federal.
Acerca desse ato legislativo, assinale a alternativa correta, à luz da Lei
Orgânica do Distrito Federal (LODF).
a) Ao se promulgar a lei, foi atendido um dos objetivos prioritários do
Distrito
Federal.
b) O Distrito Federal só pode promover os direitos humanos por meio de lei.
c) A lei visa atender à exigência presente na Constituição Federal do Brasil,
mas não na LODF.
d) Segundo a LODF, a dignidade da pessoa humana é um objetivo prioritário.
e) A referida lei é manifestação da autonomia administrativa da Câmara
Legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A. Lembra que o primeiro objetivo prioritário é garantir e PROMOVER os direitos
humanos? Logo, ao criar uma lei que promova os direitos humanos, o DF está
cumprindo com seu objetivo prioritário.
I – garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e
na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Gabarito: A.

Q50 - O DF é a capital do Brasil e a sede do governo do DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado.
Art. 6º BRASÍLIA, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do
Distrito Federal.

Q51 - Assinale a alternativa incorreta no tocante à organização do Distrito


Federal (DF).

a) A criação ou extinção de regiões administrativas ocorrerá mediante lei aprovada


por dois terços dos deputados distritais.
b) Cada região administrativa terá um conselho de representantes.
c) Compete privativamente ao DF organizar seu governo e administração.
d) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à descentralização
administrativa.
e) A competência do DF para legislar sobre junta comercial não é privativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A. Está incorreta porque o quorum para criação ou extinção de RA´s é de
maioria absoluta, não 2/3.
Letra b - art. 12.
Letra c - art. 15, I.
Letra d - art. 10, caput.
Letra e - correto, trata-se de competência concorrente. Art. 17, III.

Q52 - O DF é organizado em regiões administrativas, com vistas à


descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida da
população.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto.
Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à
descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.

Q53 - Para a extinção de uma região administrativa, é necessária a


aprovação de lei pela maioria absoluta dos deputados distritais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. (caput)

Q54 – (ATRS – Funiversa 2015) Por deliberação da maioria absoluta da


Câmara Legislativa do Distrito Federal, foi instituída uma nova região
administrativa no Distrito Federal. Com
base nessa situação hipotética, é correto afirmar que a decisão da Câmara
tem
como objetivo

a) favorecer a descentralização administrativa.


b) criar uma nova sede do governo.
c) assegurar o cumprimento dos objetivos prioritários.
d) aumentar a participação popular na administração.
e) diminuir as desigualdades sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q55 - A respeito da organização do Distrito Federal, assinale a alternativa


correta.

a) Brasília é a capital da República Federativa do Brasil, e a sede do governo do DF é


a cidade de Taguatinga.
b) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento
socioeconômico, buscará a integração com a região do entorno do DF, que se
encontra em Goiás.
c) A remuneração dos administradores regionais não poderá ser inferior à fixada para
os secretários de Estado do DF.
d) O território do Distrito Federal compreende o espaço físico-geográfico que se
encontra sob seu domínio e jurisdição, incluindo o seu entorno.
e) A criação e a extinção de regiões administrativas ocorrerão mediante lei aprovada
pela maioria absoluta dos deputados distritais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei


aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.
Letra a - a sede do governo do DF é Brasília, também.
Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo
do Distrito Federal.
Letra b - o entorno do DF também compreende Minas Gerais, não apenas Goiás.
Letra c - a remuneração dos administradores não poderá ser superior à dos
Secretários.
Art. 10
§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à
fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal
Letra d - o erro está em falar do entorno como território do DF.
Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço físico-geográfico que se
encontra sob seu domínio e jurisdição.

Q56 - A respeito da organização do Distrito Federal e do que dispõe a Lei


Orgânica do Distrito Federal, assinale a alternativa correta.

a) A bandeira, o hino e as armas são os símbolos do Distrito Federal, que


poderá vir a ter outros símbolos, desde que estabelecidos em lei.
b) A organização do Distrito Federal dá-se em regiões administrativas, cujo
comando supremo compete ao governador do Distrito Federal.
c) Os administradores regionais percebem remuneração equivalente à dos
secretários de Estado do Distrito Federal, não podendo exceder o subsídio
mensal pago aos desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios.
d) A criação, a fusão ou a extinção de regiões administrativas dar-se-á por
meio de lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.
e) Não obstante a figura do administrador regional, cada região
administrativa
disporá de um conselho composto por representantes comunitários, cujas
atribuições consultivas e fiscalizadoras são devidamente fixadas em lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E é o nosso gabarito.
Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de
Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da
lei.
Letra a - não existe "armas" entre os símbolos do DF.
Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.
Letra b - não existe essa figura de "comando supremo". As RA´s são administradas
por administradores regionais, os quais são escolhidos pelo governador.
Letra c - a remuneração dos administradores não pode exceder à dos Secretários do
DF.
Art. 10.
§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada
para os Secretários de Estado do Distrito Federal.
Letra d - não existe a possibilidade de "fusão" de regiões, apenas criação e extinção.
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.

Q57 - Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de


Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na
forma da lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q58 – A região administrativa do DF, que somente pode ser criada ou extinta
mediante
emenda à LODF, terá um conselho de representantes comunitários com
funções consultivas e fiscalizadoras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. É verdade que terá um conselho de representantes comunitários com funções
consultivas e fiscalizadoras. No entanto, falso no restante, pois não é por emenda à
LODF:
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.

Q59 - Suponha-se que Pedro tenha praticado um ato tipificado como causa
de
inelegibilidade na legislação eleitoral. Nesse caso, ele não poderá ser
nomeado para exercer cargo de administrador regional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 10.
§ 3º A proibição de que trata o art. 19, § 8º, aplica-se à nomeação de Administrador
Regional.
Art. 19.
§ 8º É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para emprego
ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha
praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.

Q60 - Os símbolos do DF são a bandeira, o hino e o brasão, sendo que, para


que sejam estabelecidos novos símbolos, é necessário emenda à LODF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. Para o estabelecimento de novos símbolos basta uma lei distrital:
Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.
Parágrafo único. A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no
território do Distrito Federal.

Q61 - No âmbito da competência concorrente, a ausência de lei federal que


disponha sobre normas gerais permite que o DF legisle de forma plena sobre
a matéria. No entanto, o advento da citada lei geral federal revogaria a lei
distrital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado. A primeira parte está correto, apenas o final está equivocado.
O advento de uma lei geral federal suspende a eficácia da lei local no que lhe for
contrário.
Art. 17.
§ 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as
normas gerais estabelecidas pela União.
§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá
competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei
local no que lhe for contrário.

Q62 - Compete ao DF e à União, de forma concorrente, legislar sobre direito


urbanístico e proteção dos patrimônios histórico, cultural, artístico,
paisagístico e turístico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
[...]
VII – proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico;

Q63 - É competência do DF, em comum com a União, dispor acerca da


limpeza de logradouros públicos, remoção e destinação do lixo domiciliar e
de outros resíduos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: [...]
XVII – dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos;

Q64 - A organização e a prestação, diretamente ou sob regime de concessão


ou permissão, dos serviços de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial, são da competência privativa do DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: [...]
VI – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;

Q65 – IADES - Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que não


corresponde a uma competência privativa do Distrito Federal.

a) Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento


alimentar.
b) Dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas.
c) Exercer o poder de polícia administrativa.
d) Licenciar a construção de qualquer obra.
e) Dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens
públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: letra A. veja que se trata de uma ação programática, que visa a estabelecer
um incentivo. Logo, é competência comum com a União, art. 16, IX.
Letra B - privativa - Art. 15, XII
Letra C - privativa - Art. 15, XIV
Letra D - privativa - Art. 15, XXV
Letra E - privativa - Art. 15, VI

Q66 – IADES - Considerando que a competência


do Distrito Federal (DF) é assunto tratado na respectiva Lei Orgânica,
assinale a alternativa correta no que se refere às competências concorrentes
do DF com a União.
a) São competências arroladas visando à competência para legislar
concorrentemente com a União.
b) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar,
observará
as normas complementares estabelecidas pela União.
c) Existindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá
competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
d) A organização, as garantias, os direitos e os deveres das polícias civil e
militar são competências do Distrito Federal, concorrentemente com a União.
e) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei local, no
que lhe for contrário.

RESPOSTA DA QUESTÃO: Letra A está correta.


Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre
[...]
Letra b - o DF observará as normas gerais, não complementares.
Art. 17
§ 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as
normas gerais estabelecidas pela União.
Letra c - apenas se inexistir lei federal sobre normas gerais é que o DF exercerá
competência plena.
Art. 17
§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá
competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
Letra d - errado. O inciso XVI do art. 17 prevê apenas para a Polícia Civil a
concorrência na competência:
Art. 17
XVI – organização, garantias, direitos e deveres da Polícia Civil.
Letra e - errado, suspende a eficácia naquilo que lhe for contrário.
Art. 17
§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei
local no que lhe for contrário.
Q67 – É competência comum do DF e da União licenciar a construção de
qualquer obra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. É competência privativa do DF, contida no art. 15, XXV. DICA BOA: Veja
que não é um ato de legislar, criar norma, tampouco é uma ação programática, mas
sim algo concreto. Logo, descartaríamos a competência concorrente e a comum.
Errada.

Q68 - Trata-se de competência concorrente entre o Distrito Federal (DF) e a


União manter programas de educação, prioritariamente pré-escolar e de
ensino fundamental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. Trata-se de uma competência privativa do DF a qual, contudo, deve ser
exercida com a cooperação técnica e financeira da União.
Art. 15
VII – manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de
educação, prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar;

Q69 - Compete privativamente ao DF interditar edificações em ruína, em


condições de insalubridade e que apresentem as irregularidades previstas na
legislação específica, bem como demolir construções que ameacem a
segurança individual ou coletiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto. É o que dispõe o art. 15, XXVI.

Q70 – A regulação, o licenciamento e a fiscalização dos serviços de veículos


de aluguéis competirão privativamente ao DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 15
XI – autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os
serviços de veículos de aluguéis;

Q71 - A administração pública é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, no


prazo máximo de quinze dias úteis, independentemente de pagamento de
taxas ou emolumentos, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres
para defesa de seus direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal ou coletivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo é de 10 dias:
Art. 23. [...]
II – fornecer a qualquer cidadão, no prazo máximo de dez dias úteis,
independentemente de pagamento de taxas ou emolumentos, certidão de atos,
contratos, decisões ou pareceres, para defesa de seus direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal ou coletivo. Errado.
Q72 - Ressalvada a legislação distrital aplicável, ao servidor público do
Distrito
Federal é proibido substituir, sob qualquer pretexto, trabalhadores de
empresas privadas em greve.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pegadinha. Está errado no que diz respeito à legislação, pois a ressalva é ao que já
está definido em legislação federal, e não distrital:
Art. 19
XX – ressalvada a legislação federal aplicável, ao servidor público do Distrito
Federal é proibido substituir, sob qualquer pretexto, trabalhadores de empresas
privadas em greve. Errada.

Q73 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo poderão ser idênticos


aos pagos pelo Poder Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19, XI – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Correta.
Q74 - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos 50% dos cargos em comissão, que
devem ser preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Art. 19
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Q75 - João, oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi aprovado
em concurso público para cargo efetivo de professor da Secretaria de Estado
da Educação. Nessa situação, João poderá ocupar ambos os cargos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. [...]
XV – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários e observado, em qualquer caso, o disposto no inciso X:
(Caput com a redação da Emenda à Lei Orgânica nº 80, de 2014.)
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas. Errada.

Q76 - A direção superior de empresas públicas, autarquias, fundações e


sociedades de economia mista deve ter representantes dos servidores do
quadro funcional para exercer funções definidas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 24. A direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações e
sociedades de economia mista terá representantes dos servidores, escolhidos do
quadro funcional, para exercer funções definidas, na forma da lei. Questão correta

Q77 - Considere-se que o governo do DF pretenda divulgar suas ações de


governo, como obras, projetos etc. Nesse caso, esse tipo de publicidade deve
ser suspensa noventa dias antes das eleições.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta
Art. 22. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal, além de obedecer aos princípios constitucionais aplicados à administração
pública, devem observar também o seguinte:
V – a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e
entidades da administração pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário,
obedecerá ao seguinte: b) ser suspensa noventa dias antes das eleições,
ressalvadas aquelas essenciais ao interesse público.

Q78 - A administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia autenticada


de atos, contratos e convênios administrativos a qualquer interessado, no
prazo máximo de trinta dias, sob pena de responsabilidade de autoridade
competente ou servidor que negar ou retardar a expedição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 22. [...]
II – a administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia autenticada de atos,
contratos e convênios administrativos a qualquer interessado, no prazo máximo de
trinta dias, sob pena de responsabilidade de autoridade competente ou servidor que
negar ou retardar a expedição. Questão correta.

Q79 - Considere a seguinte situação hipotética.


Paulo irá tomar posse em cargo efetivo federal, razão pela qual requereu sua
exoneração do cargo de servidor público distrital, que ocupa atualmente.
Nessa hipótese, Paulo não é obrigado a apresentar declaração de bens ao DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19.[...]
XXI – todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego, função, é obrigado a declarar seus bens na posse, exoneração ou
aposentadoria. Item errado.

Q80 - Uma lei distrital que autorize servidores públicos do DF a substituírem


trabalhadores de empresas privadas em greve não contraria a LODF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19, XX – ressalvada a legislação federal aplicável, ao servidor público do Distrito
Federal é proibido substituir, sob qualquer pretexto, trabalhadores de empresas
privadas em greve. Errada.

Q81 - A LODF não aborda expressamente o princípio da motivação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, razoabilidade, motivação, transparência, eficiência e interesse público, e
também ao seguinte... Errada.

Q82 - Segundo expressamente previsto na LODF, os cargos em comissão e as


funções de confiança serão exercidos preferencialmente por servidores
ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. [...]
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Questão
errada.

Q83 - Tendo em vista o disposto na Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF),


assinale a alternativa correta.

a) É possível imprimir publicidade de instituição financeira no contracheque do


servidor público.
b) Na publicidade de atos, programas, obras, serviços e nas campanhas de órgãos e
entidades da administração pública, poderão constar símbolos,
expressões, nomes ou imagens, ainda que isso caracterize promoção pessoal de
autoridades ou de servidores públicos.
c) A publicidade de atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e
entidades da administração pública deverão ser suspensas noventa dias antes das
eleições, mesmo aquelas essenciais ao interesse público.
d) Na expedição da primeira via da cédula de identidade pessoal, deverá ser cobrada
metade do preço normal.
e) Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da
Administração, impuser sigilo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa E.

Q84 - A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de


órgãos e entidades da administração pública, ainda que não custeadas
diretamente pelo erário, devem ser suspensas quatro meses antes das
eleições, ressalvadas aquelas essenciais ao interesse público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo é de 90 dias. Errada.

Q85 - administração fazendária e seus agentes fiscais têm, em suas áreas de


competência e jurisdição, tratamento igualitário aos demais setores
administrativos, na forma da lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. [...]
XVII – a administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer
privativamente a fiscalização de tributos do Distrito Federal, terão, em suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na
forma da lei. Errada.

Q86 – IADES - No que diz respeito aos preceitos contidos na aludida Lei
Orgânica, em relação à Administração Pública do Distrito Federal, assinale a
alternativa correta.

a) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, é vedada a


abertura de novo concurso para cargo ou emprego público.
b) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função estão obrigados, anualmente, a fazer declaração pública de seus
bens.
c) Todos os poderes do Distrito Federal devem publicar, trimestralmente, no Diário
Oficial, demonstrativo de despesas com publicidade e propaganda, devendo ser
suspensa, a qualquer título, sua veiculação no período de 90 dias que antecedem as
eleições.
d) Privilegiando o princípio da administração pública profissional, é prevista
expressamente na referida Lei Orgânica que a direção superior das entidades da
Administração Indireta terá representantes dos servidores e, ainda, que sejam
escolhidos do quadro funcional próprio.
e) O prazo máximo para que a Administração Pública do Distrito Federal providencie a
emissão de quaisquer certidões solicitadas pelos cidadãos é de 10 dias, excetuados os
casos de comprovada impossibilidade e dos assuntos que a lei, no interesse da
administração, impuser sigilo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A (incorreta): Art. 19.[...]
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados, para assumir cargo ou emprego na carreira;
Alternativa B (incorreta): Art. 19.[...]
XXI – todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego, função, é obrigado a declarar seus bens na posse, exoneração ou
aposentadoria;
Alternativa C (incorreta): Art.22.[...]
V – a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e
entidades da administração pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário,
obedecerá ao seguinte:
b) ser suspensa noventa dias antes das eleições, ressalvadas aquelas essenciais ao
interesse público;
§ 2º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, trimestralmente, no Diário
Oficial do Distrito Federal demonstrativo das despesas realizadas com
propaganda e publicidade de todos os seus órgãos, inclusive os da administração
indireta, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas
pelo Poder Público, com a discriminação do beneficiário, valor e finalidade, conforme
dispuser a lei.
Alternativa D (correta): Art. 24. A direção superior das empresas públicas,
autarquias, fundações e sociedades de economia mista terá representantes dos
servidores, escolhidos do quadro funcional, para exercer funções definidas, na forma
da lei. Alternativa E (incorreta). Gabarito: Letra D.
Q87 - Representando um avanço em relação à Constituição Federal, a LODF,
em relação a todos os poderes, passou a estabelecer que as funções de
confiança serão ocupadas por servidores ocupantes de cargo efetivo, e,
ainda, pelo menos metade dos cargos em comissão serão preenchidos por
servidores de carreira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art.19.[...]
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Errada.

Q88 - O teto remuneratório adotado na LODF, incluindo as empresas públicas


e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, que receberem
recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral, é o subsídio do Desembargador do Tribunal de Justiça para
todos os cargos, empregos e funções de quaisquer dos poderes no Distrito
Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. [...]
X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do
Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais
agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e
pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se
aplicando o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais. Errada.

Q89 - A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou


extinção de sociedades de economia mista, autarquias, fundações e
empresas públicas depende de lei específica, sendo, para a extinção de
empresa pública ou sociedade de economia mista, necessário, para
aprovação, maioria absoluta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19.[...]
§ 7º Para a privatização ou extinção de empresa pública ou sociedade de economia
mista a que se refere o inciso XVIII deste artigo, a lei específica dependerá de
aprovação por dois terços dos membros da Câmara Legislativa. Errada.

Q90 - Com previsão expressa na LODF, a lei disporá sobre os exames


psicotécnicos para o ingresso e, também, sobre o acompanhamento
psicológico para progressão funcional na carreira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. [...]
XXII – lei disporá sobre cargos que exijam exame psicotécnico para ingresso e
acompanhamento psicológico para progressão funcional. Correta.
Q91 - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por até mais dois anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período. Errada.

Q92 - A fiscalização tributária é de competência privativa dos auditores e


procuradores fiscais, os quais terão precedência sobre os demais servidores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, razoabilidade, motivação, transparência, eficiência e interesse público, e
também ao seguinte:
XVII – a administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer
privativamente a fiscalização de tributos do Distrito Federal, terão, em suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na
forma da lei. Errada.

Q93 – IADES - De acordo com disposição expressa da Lei Orgânica do


Distrito Federal, assinale a alternativa que contempla as pessoas jurídicas
que responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.

a) Os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.


b) As pessoas jurídicas de direito público e privado.
c) As pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, desde que sejam
prestadoras de serviços públicos.
d) As pessoas jurídicas de direito privado. As pessoas jurídicas de direito privado.
e) As pessoas jurídicas de direito público, bem como as de direito privado prestadoras
de serviços públicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 20. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de
serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa. Alternativa E.

Q94 - De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal, marque a alternativa


INCORRETA:

a) Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da


administração, impuser sigilo.
b) É garantida a gratuidade da expedição da primeira via da cédula de identidade
pessoal.
c) A administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia autenticada de atos,
contratos e convênios administrativos a qualquer interessado, no prazo máximo de
cinco dias, sob pena de responsabilidade de autoridade competente ou servidor que
negar ou retardar a expedição.
d) No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou procedimento,
observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, o contraditório, a ampla defesa e
o despacho ou decisão motivados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa C, pois o prazo máximo neste caso é de 30 dias.

Q95 - João é do quadro funcional de uma empresa pública do governo do


Distrito Federal. Pedro é do quadro funcional de sociedade de economia
mista do governo do Distrito Federal. Maria é do quadro funcional de
autarquia do governo do Distrito Federal. Sara é do quadro funcional da
Secretaria de Estado do Distrito Federal.

Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) João, Pedro, Maria e Sara têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para
terem representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção
superior de suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.
b) João e Pedro têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para terem
representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção superior de
suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.
c) João, Pedro e Maria têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para terem
representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção superior de
suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.
d) Nenhum deles tem previsão expressa, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para ter
representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção superior de
suas entidades/órgãos públicos.
e) Somente Pedro tem previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para ter
representante dos seus quadros funcionais para participar da direção superior da
própria entidade pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa C (correta, respondem também as alternativas A, B, D e E): Art. 24. A
direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações e sociedades de
economia mista terá representantes dos servidores, escolhidos do quadro funcional,
para exercer funções definidas, na forma da lei.

Q96 - A Lei Orgânica do Distrito Federal dispõe que a remuneração e o


subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos
membros de qualquer dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito
Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos desembargadores do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei. Acerca desse
assunto, assinale a alternativa correta.

a) Não existem exceções à sua aplicação.


b) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador e dos
deputados distritais.
c) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios dos deputados distritais.
d) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador, dos
deputados distritais e dos conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
e) É previsto que, se atingido o limite referido, é vedada a redução de salários que
implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de
tempo de serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa C (correta, responde também as alternativas A, B, D e E): Art 19, X para
fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do Brasil, fica
estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais agentes
políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões,
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se aplicando
o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais.

Q97 - Viola a LODF lei que preveja participação de representantes dos


servidores na direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações
e sociedades de economia mista do DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 24. A direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações e
sociedades de economia mista terá representantes dos servidores, escolhidos do
quadro funcional, para exercer funções definidas, na forma da lei. Errada.

Q98 - Em caso de greve, para garantir a prestação dos serviços públicos, é


autorizado expressamente que os servidores públicos substituam, em
qualquer hipótese, os trabalhadores privados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão errada. Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes do Distrito Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, razoabilidade, motivação, transparência, eficiência e
interesse público, e também ao seguinte:
XX – ressalvada a legislação federal aplicável, ao servidor público do Distrito Federal
é proibido substituir, sob qualquer pretexto, trabalhadores de empresas privadas em
greve.

Q99 - Aos integrantes da carreira de fiscalização e inspeção é garantida a


independência funcional no exercício de suas atribuições, exigindo-se nível
superior ou médio para o ingresso na carreira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, razoabilidade, motivação, transparência, eficiência e interesse público, e
também ao seguinte:
XXIII – aos integrantes da carreira Fiscalização e Inspeção é garantida a
independência funcional no exercício de suas atribuições, exigido nível superior de
escolaridade para ingresso na carreira. Errada.

Q100 - O DF, ao instituir planos de carreira para os seus servidores, deverá


ouvir as entidades representativas dos servidores abrangidos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 33. O Distrito Federal instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, nos
termos do art. 39 da Constituição Federal.
§ 1º No exercício da competência estabelecida no caput, serão ouvidas as entidades
representativas dos servidores públicos por ela abrangidos. Correta.

Q101 - A LODF assegura aos servidores da administração direta isonomia de


vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo
poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas
as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 34. A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou
entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas a natureza ou local de trabalho. Questão certa.

Q102 - Considere que Joana tenha sido notificada para pagar taxa cobrada
em decorrência do poder de polícia, que tenha apresentado recurso
administrativo e que tal recurso fora julgado por pessoas que não integram a
carreira de auditoria tributária.
Nessa situação, não há qualquer irregularidade no julgamento do recurso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está tudo certo na assertiva. O art. 31, §1º, define que o julgamento dos processos
fiscais em segunda instância (ou seja, em grau de recursos), deve ser feito por
servidores da carreira de auditoria tributária. Contudo, ele traz justamente essa
exceção, qual seja, quando for fiscalização e arrecadação de taxas que tenham como
fato gerador o exercício do poder de polícia. Vejamos:
Art. 31. À administração tributária incumbem as funções de lançamento, fiscalização
e arrecadação dos tributos de competência do Distrito Federal e o julgamento
administrativo dos processos fiscais, os quais serão exercidos, privativamente, por
integrantes da carreira de auditoria tributária.
§ 1º O julgamento de processos fiscais em segunda instância será de competência de
órgão colegiado, integrado por servidores da carreira de auditoria tributária e
representantes dos contribuintes.
§ 2º Excetuam-se da competência privativa referida no caput o lançamento, a
fiscalização e a arrecadação das taxas que tenham como fato gerador o exercício do
poder de polícia, bem como o julgamento de processos administrativos decorrentes
dessas funções, na forma da lei. Correta.

Q103 – De acordo com a LODF, os servidores distritais serão estáveis após


três anos da aprovação no concurso público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 40. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Errada.

Q104 - Os servidores públicos distritais possuem direito à greve, a ser


exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito de greve é exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
CUIDADO MASTER:
CF88, Art. 37, VII = Lei específica (ou seja, lei ordinária) – ―SERÁ exercido.‖
LODF, Art. 39 = Lei complementar. ―É exercido.‖
Questão certa.

Q105 – IADES – LODF - O direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos na lei complementar distrital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 39. O direito de greve é exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar. ―será‖ corresponde ao texto da CF. Errada.

Q106 - O servidor que for reconduzido ao cargo de origem em virtude de


reintegração de outro servidor não terá direito a indenização.

Q107 - No âmbito do DF, a lei deve assegurar a isonomia de vencimentos


para cargos de mesma atribuição ou de atribuições assemelhadas do mesmo
poder ou entre servidores dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 34. A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou
entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas a natureza ou local de trabalho.
Errada.

Q108 - A relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores


públicos deve ser estabelecida por meio de lei ordinária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 33. O Distrito Federal instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, nos
termos do art. 39 da Constituição Federal.
§ 7º Lei complementar pode estabelecer a relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 19, X. Errada.

Q109 - O Governador do DF pode, no uso de suas atribuições, adquirir bens


imóveis, bem como aliená-los, sendo, apenas para esta última exigida prévia
avaliação e autorização da Câmara Legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. Para aquisição de bens também é exigida a avaliação e autorização da
CLDF.
Art. 49. A aquisição por compra ou permuta, bem como a alienação dos bens imóveis
do Distrito Federal, dependerá de prévia avaliação e autorização da Câmara
Legislativa, subordinada à comprovação da existência de interesse público e à
observância da legislação pertinente à licitação.
Q110 - Para a desafetação de bem público do DF, deve haver comprovado
interesse público, ampla audiência da população interessada e concluída
através de lei geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item errado. A desafetação pede lei específica, não geral.

Q111 - Não perderá o mandato o deputado distrital que aceite convite para
ocupar função de gerenciamento em empresa pública do Distrito Federal.

Resposta:
Apenas se for o cargo de dirigente máximo da entidade, situação que não restou
demonstrada pela assertiva.

Art. 64. Não perderá o mandato o Deputado Distrital:


I – investido na função de Ministro de Estado, Secretário-Executivo de Ministério ou
equivalente, Secretário de Estado do Distrito Federal, Administrador Regional, chefe
de missão diplomática temporária ou dirigente máximo de autarquia, fundação
pública, agência, empresa pública ou sociedade de economia mista pertencentes à
administração pública federal e distrital. Errada.

Q112 - Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa


somente poderá deliberar sobre matérias para as quais tenha sido
convocada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 67. [...]
Parágrafo único. Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente
deliberará sobre a matéria para a qual tiver sido convocada. Correta.

Q113 - O DF pode doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre


eles ônus real, desde que mediante autorização expressa da Câmara
Legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 18. É vedado ao Distrito Federal: [...]
IV – doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem
como conceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa autorização da
Câmara Legislativa, sob pena de nulidade do ato. Item correto.

Q114 - Não compete à CLDF apreciar e julgar as contas do Tribunal de Contas


do DF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 60. Compete, privativamente, à Câmara Legislativa do Distrito Federal:
XXIX – apreciar e julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Distrito
Federal. Errada.

Q115 - A sede do governo do DF pode ser alterada por meio de lei ordinária
distrital.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se: só pode haver reunião temporária, não mudança de sede.
Art. 55. A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem sede em Brasília, Capital da
República Federativa do Brasil.
Parágrafo único. Poderá a Câmara Legislativa reunir-se temporariamente, em
qualquer local do Distrito Federal, por deliberação da maioria absoluta de seus
membros, sempre que houver motivo relevante e de conveniência pública ou em
virtude de acontecimento que impossibilite seu funcionamento na sede. Errada.

Q116 - Conforme consta na Lei Orgânica do Distrito Federal, o Tribunal de


Contas é integrado por

a) sete conselheiros.
b) nove conselheiros.
c) sete desembargadores.
d) nove ministros.
e) onze ministros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A (correta, responde também as alternativas B,C,D e E): Art. 82. O
Tribunal de Contas do Distrito Federal, integrado por sete Conselheiros, tem sedena
cidade de Brasília, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o territóriodo
Distrito Federal, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da
Constituição Federal. Obs: TCU (CF88) = 9 membros.

Q117 - A LODF não pode ser emendada por meio de iniciativa popular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 70. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:
III – de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento
dos eleitores do Distrito Federal distribuídos em, pelo menos, três zonas eleitorais,
com não menos de três décimos por cento do eleitorado de cada uma delas. OBS: A
CF não pode ser emendada por iniciativa popular.

Q118 - O Tribunal de Contas do DF não dispõe de competência para apreciar,


para fins de registro, a legalidade das nomeações para cargo de provimento
em comissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 78. [...]
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório; Veja que, de fato, constitui competência do TCDF, exceto quando for
nomeação para cargo em comissão, que é o nosso caso especificamente (dentre
outros). Correta.
Q119 – De acordo com a LODF compete privativamente ao Governador do
Distrito Federal exercer o comando superior da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal, bem como promover seus oficiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que nos diz o Art. 100, V da LODF. Questão certa.

LPMDF – LEGISLAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO DF

 LEI 6.450/1977

Q1 - O Comandante da Polícia Militar do Distrito Federal é o responsável pela


administração, comando e emprego da Corporação, de acordo com as
diretrizes do Secretário de Segurança Pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com esse item, pois ele está desatualizado! Atualmente não há mais a
necessidade de que sejam dadas pelo Secretário de Segurança Pública diretrizes para
que o Comandante da Polícia Militar do Distrito Federal exerça sua responsabilidade
pela administração, comando e emprego da Corporação (art. 4º). Redação correta:
Art. 4º O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal é o responsável pela
administração, comando e emprego da Corporação. Errada.

Q2 - O Chefe do Estado-Maior acumula as funções de Subcomandante da


Corporação, substituindo o Comandante-Geral, em seus impedimentos
eventuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De jeito nenhum! Mais um Alternativa Desatualizado! De acordo com a redação atual
do art. 16 da Lei nº 6.450/77, é o Subcomandante-Geral quem substitui o
Comandante-Geral em seus impedimentos eventuais. O Chefe do Estado-Maior não
mais acumula as funções de Subcomandante da Corporação. Art. 16. O
Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus
impedimentos eventuais. Errada.

Q3 - Os cargos de Subcomandante-Geral e de Chefe do Estado-Maior da


Corporação serão exercidos por Oficiais do posto de Coronel PM do Quadro
de Oficiais Policiais Militares, indicados pelo Governador do Distrito Federal e
nomeados pelo Comandante-Geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui a banca trocou as bolas. Veja: os cargos de Subcomandante- Geral e de Chefe
do Estado-Maior da Corporação serão exercidos por Oficiais do posto de Coronel PM
do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicados pelo Comandante-Geral e
nomeados pelo Governador do Distrito Federal (art. 17). Errada.

Q4 - O pessoal civil da Polícia Militar compõe-se de pessoal civil, contratado


em regime de CLT e de funcionário público civil, lotado na Corporação ou
eventualmente colocado à disposição da Polícia Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito! É exatamente o que nos ensina o art. 38 da lei em comento. Correta.
Q5 - Por ser organizada e mantida pela União, a Polícia Militar do Distrito
Federal é subordinada ao Presidente da República.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tenho certeza de que você não teve dúvidas desse item. De fato a Polícia Militar do
Distrito Federal é organizada e mantida pela União, mas sua subordinação é ao
governador do Distrito Federal e não ao Presidente da República (art. 1º). Errada.

Q6 - Incumbe aos órgãos de execução da PMDF atender às necessidades de


pessoal e de material da Corporação, em cumprimento às diretrizes do
Comando-Geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa função não é a dos órgãos de execução e sim a dos órgãos de apoio da PMDF.
Aos órgãos de execução, constituídos pelas Unidades Operacionais da Corporação,
incumbe a execução das atividades-fim da Corporação (art. 7º e 8º).
Art. 7º Incumbe aos órgãos de apoio atender às necessidades de pessoal e de
material da Corporação, em cumprimento às diretrizes do Comando-Geral.
Art. 8° Aos órgãos de execução, constituídos pelas Unidades Operacionais da
Corporação, incumbe a execução das atividades-fim da Corporação. Errada.

Q7 - A Ajudância-Geral, órgão da PMDF, tem a seu cargo o serviço de


embarque da Corporação e as funções administrativas do Comando-Geral,
considerado como Unidade Administrativa como um todo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caro aluno, a Ajudância-Geral não é mais um órgão da PMDF e, por isso, essa sua
função não existe mais! Essa era a redação do já revogado art. 23 da Lei nº
6.450/77. Fique atento, ok? Errada.
Q8 - O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral
em seus impedimentos eventuais e o substituto eventual do Chefe do
Estado-Maior será o Subchefe do Estado-Maior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente e essas são informações que você não pode delas se esquecer para a sua
prova. Repetindo: o Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-
Geral em seus impedimentos eventuais e o substituto eventual do Chefe do Estado-
Maior será o Subchefe do Estado-Maior (art. 16 c/c art. 17 §2º). Correta.

Q9 - Há previsão legal para que o Comandante-Geral da Polícia Militar do


Distrito Federal contrate pessoal civil para a prestação de serviços de
natureza técnica ou especializada, bem como de natureza geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Corretíssimo! De fato há mesmo essa previsão legal e ela consta no art. 47 da Lei
6.450/77.

Q10 - É competência da Polícia Militar do Distrito Federal, dentre outras,


atuar
de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É muito importante que você estude as competências da PMDF, trazidas no art. 2º da
Lei nº 6.450/77. Se eu fosse o examinador, cobraria isso de um candidato a um cargo
da PMDF! Leia-o e releia-o sempre várias vezes. Quanto ao item, ele traz de forma
correta a competência da PMDF elencada no inciso II do referido artigo. Correta.

Q11 - O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar


de ofício comandos de policiamento, sempre que houver necessidade de
agrupar unidades de execução, em razão da missão e objetivando a
coordenação dessas unidades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é bem assim! É verdade que o Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito
Federal poderá criar comandos de policiamento, sempre que houver necessidade de
agrupar unidades de execução, em razão da missão e objetivando a coordenação
dessas unidades. Mas não de ofício! Para criar tais comandos de policiamento, é
necessária aprovação do Governador do Distrito Federal. Art. 31. O Comandante-
Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do
Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento, sempre que houver
necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da missão e objetivando a
coordenação dessas unidades. Errada.

Q12 - O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será


exercido por coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo
Governador do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Verdade e é o que regulamenta o art. 11 da Lei nº 6.450/77. Correta.

Q13 - A Polícia Militar do Distrito Federal será estruturada em Comando-


Geral,
Órgãos de Apoio e Órgãos de Execução e o Comando-Geral realiza o comando
e administração da Corporação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não esqueça: a PMDF será estruturada em Comando-Geral, Órgãos de Apoio e
Órgãos de Execução e é mesmo o Comando-Geral quem realiza o comando e
administração da Corporação (arts. 5º e 6º). Art. 5º A Polícia Militar do Distrito
Federal será estruturada em Comando-Geral, Órgãos de Apoio e Órgãos de Execução.
Art. 6º O Comando-Geral realiza o comando e administração da Corporação (...).
Correta.

Q14 - Os órgãos de execução da Polícia Militar do Distrito Federal são as


Unidades de Polícia Militar, têm a seu cargo a execução das diferentes
missões policiais-militares e poderão ser de natureza operacional ou de
apoio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certo! Você encontra essas regras nos arts. 30 e 32.

Q15 - Segundo o que dispõe a Lei nº 6.450/77, o Comando-Geral da PMDF


compreende:

I. O Estado-Maior, órgão de direção-geral.


II. O Subcomandante-Geral.
III. As diretorias, órgãos de planejamento estratégico.
IV. O Comandante-Geral.
V. As comissões e assessorias.
VI. Os departamentos e as seções.

Estão corretos os itens:


a) I, apenas
d) I, III e VI
c) II, IV e V
d) III e VI
e) Todos os itens estão corretos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos revisar o importante art. 9º da Lei nº 6.450/77? A estrutura Comando-Geral
da Corporação compreende:

O Comandante-Geral;
O Subcomandante-Geral;
O Estado-Maior, órgão de planejamento estratégico;
Os departamentos, órgãos de direção-geral;
As diretorias, órgãos de direção setorial;
As comissões; e
As assessorias.

Agora vamos ao cara-crachá nos itens da questão:


Item I – O Estado-Maior, órgão de direção-geral - errado - O Estado-Maior é órgão de
planejamento estratégico.
Item II - O Subcomandante-Geral - certo
Item III - As diretorias, órgãos de planejamento estratégico - errado – as diretorias
são órgãos de direção setorial.
Item IV - O Comandante-Geral - certo
Item V - As comissões e assessorias - certo
Item VI - Os departamentos e as seções - errado - o Comando-Geral não é composto
por seções.

Comando de Estado-Maior = Planejamento Estratégico


Departamentos = Direção Geral
Diretorias = Direção Setorial

Logo, estão corretos os itens II, IV e V. GABARITO: E

Q16 - O Subcomandante-Geral, principal assessor do Comandante-Geral,


dirige, orienta, coordena e fiscaliza os trabalhos do Estado-Maior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essas não são atribuições do Subcomandante-Geral e, sim, do Chefe do Estado-Maior.
E é ele o principal assessor do Comandante-Geral art. 15. Art. 15. O Chefe do Estado-
Maior, principal assessor do Comandante-Geral, dirige, orienta, coordena e fiscaliza
os trabalhos do Estado-Maior. Errado

Q17 - As Diretorias constituem os órgãos de direção setorial para as


atividades
de pessoal, de administração financeira, contabilidade e auditoria, e de
logística, compreendendo a Diretoria de Pessoal, a Diretoria de Finanças e a
Diretoria de Apoio Logístico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse item é outro que nos traz disposições já completamente revogadas e que não
têm mais nenhuma validade na redação atual da Lei nº 6.450/77. O intuito é o de
chamar a sua atenção e protegê-lo contra possíveis pegadinhas da banca! Elas eram
a letra dos arts. 20 a 22 que, repito, estão revogados. Errada
(Acho desnecessário colocar questão de dispositivo revogado, acho pouco provável,
ao contrário do professor, que isso será cobrado, mas...)
Q18 - As Comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-
Geral, podendo ser constituídas de membros natos e de membros escolhidos
pelo Comandante-Geral e, por sua natureza, terão caráter estritamente
temporário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quase todo certinho não fosse por afirmar que as Comissões terão caráter
estritamente temporário. Vamos rever o que vimos sobre o art. 24 da lei em análise:
Art. 24 As Comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-Geral,
podendo ser constituídas de membros natos e de membros escolhidos pelo
Comandante-Geral e terão caráter permanente e temporário. Errada.

Q19 - Os departamentos, em número mínimo de 06 (seis) e organizados sob


a forma de sistema, exercerão suas competências por meio de órgãos de
direção estratégica que lhes sejam diretamente subordinados, criados
mediante ato do Governo do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Três erros que vamos corrigi-los agora mesmo: os departamentos, em número
máximo de 06 (seis) e organizados sob a forma de sistema, exercerão suas
competências por meio de órgãos de direção setorial (que são as diretorias
setoriais) que lhes sejam diretamente subordinados, criados mediante ato do Poder
Executivo Federal (art. 19). Errada.

Q20 - As Assessorias, constituídas, eventualmente, para estudo de


determinadas matérias que escapem às atribuições normais e específicas
dos órgãos de direção, destinam-se a dar flexibilidade à estrutura do
Comando da Corporação, particularmente em assuntos especializados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trouxe-lhe aqui a literalidade do art. 25 da Lei nº 6.450/77. Correta.

Q21 - Sobre as características do Estado-Maior da Polícia Militar do Distrito


Federal, marque a opção incorreta.
a) o Estado-Maior compreende o Chefe do Estado-Maior, o Subchefe do Estado-Maior
e no máximo 10 seções, que serão criadas de acordo com a natureza dos assuntos
afetos à Corporação.
b) É órgão de direção geral da PMDF.
c) É o órgão encarregado da elaboração de diretrizes e ordens do comando, que
acionam os órgãos de direção setorial e os de execução no cumprimento de suas
atividades.
d) Constitui o órgão central do sistema de planejamento administrativo, programação
e orçamento.
e) É órgão responsável, perante o Comandante-Geral, pelo estudo, planejamento,
coordenação, fiscalização e controle de todas as atividades da Corporação, inclusive
dos órgãos de direção setorial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A – Cuidado que isso não é mais assim não! O art. 14 da Lei nº 6.450/77
estabelece que o Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 seções, de
acordo com a natureza dos assuntos afetos à Corporação. Nada mais do que isso!
Alternativas B, C, D e E – Corretos! Vamos rever o art. 13 da nossa Lei nº 6.450/77:
Art. 13. O Estado-Maior, órgão de direção geral, responsável, perante o Comandante-
Geral, pelo estudo, planejamento, coordenação, fiscalização e controle de todas as
atividades da Corporação, inclusive dos órgãos de direção setorial, constitui o órgão
central do sistema de planejamento administrativo, programação e orçamento e
encarregado da elaboração de diretrizes e ordens do comando, que acionam os
órgãos de direção setorial e os de execução no cumprimento de suas atividades.
Gabarito: A.

 LEI 7.289/1984

Q22 - A carreira policial-militar é caracterizada pela atividade continuada e


inteiramente devotada às finalidades precípuas da Polícia Militar,
denominada atividade policial-militar, e é privativa de brasileiros natos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item vem caminhando bem até escorregar na sua parte final. De fato, a carreira
policial-militar é caracterizada pela atividade continuada e inteiramente devotada às
finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada atividade policial-militar, mas
somente a carreira de Oficial da Polícia Militar que é privativa de brasileiros natos
(art. 5º §§1º e 2º). Errada.

Q23 – Cargo policial-militar é um conjunto de deveres e responsabilidades


cometidos ao policial-militar em serviço ativo e o seu provimento se faz
exclusivamente por ato de nomeação realizado pela autoridade competente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Outro que também erra em usa parte final. A primeira informação está correta: cargo
policial-militar é um conjunto de deveres e responsabilidades cometidos ao policial-
militar em serviço ativo (art. 21). Agora, o provimento de cargo policial-militar não se
faz exclusivamente por ato de nomeação. Por ser também por designação ou por
determinação expressa da autoridade competente (art. 22 parágrafo único). Errada.
Q24 - Ao policial-militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar,
exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! Esse é um dos preceitos da ética policial militar e está regido pelo caput do
art. 30 da Lei nº 7.289/84.

Q25 - Após ingressar na Polícia Militar, mediante inclusão, matrícula, ou


nomeação, o policial-militar prestará compromisso de honra. Esse
compromisso terá os seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela
minha honra, prometo cumprir os deveres de Policial Militar do Distrito
Federal e dedicar-me inteiramente ao seu serviço".

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Realmente, após ingressar na Polícia Militar, mediante inclusão, matrícula, ou
nomeação, o policial-militar prestará compromisso de honra. Mas os dizeres trazidos
pelo item são apenas para o compromisso dos Oficiais PM. Para os demais cargos o
compromisso é o seguinte:
"Ao ingressar na Polícia Militar do Distrito Federal, prometo regular minha conduta
pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que
estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial-militar, à
manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da
própria vida". Errada.

Q26 - A antiguidade em cada posto ou graduação é sempre contada a partir


da data da assinatura do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração
ou inclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura
do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando
estiver taxativamente fixada outra data (art. 16, §1º). O erro a questão está no
―sempre‖. Errada.

Q27 - Em conformidade com a Lei nº 7.289/84, que dispõe sobre o Estatuto


dos Policiais Militares do Distrito Federal, são policiais militares na ativa os
seguintes, exceto:

a) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se


obriguem a servir.
b) os da reserva remunerada, percebendo remuneração do Distrito Federal e sujeitos
à prestação de serviço na ativa, mediante convocação.
c) os alunos de órgãos de formação de policiais-militares.
d) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, convocados ou
designados para o serviço ativo.
e) os de carreira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos responder revisando com o art. 3º, §1º. Os policiais-militares na ativa são os
seguintes:
a) os de carreira;
b) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se
obriguem a servir;
c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, convocados ou
designados para o serviço ativo; e
d) os alunos de órgãos de formação de policiais-militares (você daqui a alguns dias já
será considerado policial-militar da ativa);
Já os policiais militares na inatividade são:
a) os da reserva remunerada, percebendo remuneração do Distrito Federal e sujeitos
à prestação de serviço na ativa, mediante convocação; e
b) os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores (na ativa
ou reserva remuneradas), estiverem dispensados, definitivamente da prestação de
serviço na ativa, continuando, entretanto, a perceber remuneração do Distrito
Federal.
Assim, o único item que não traz uma característica de um policial-militar na ativa é o
item ―B‖, pois ele refere-se a um policial-militar na inatividade. GABARITO: B

Q28 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar,


crescendo a autoridade e a responsabilidade com a elevação do grau
hierárquico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certíssimo! É o que regulamenta o art. 13 da Lei nº 7.289/84.

Q29 - Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta possa ser


considerada como ofensiva à dignidade da classe, poderão ser
definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Comandante-
Geral da Polícia Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei traz possibilidades para que um policial militar da inatividade use o uniforme
policial. Entretanto, se sua conduta puder ser considerada como ofensiva à dignidade
da classe, ele poderá ser definitivamente proibido de usar uniformes por decisão do
Comandante-Geral da Polícia Militar (art. 74, §1º, inciso III c/c art. 74, §2º). Errada.

Q30 - O Aluno-Oficial PM, por conclusão do curso, será declarado Aspirante-


a-
Oficial PM por ato do Governador do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com a pegadinha: o Aluno-Oficial PM, por conclusão do curso, será declarado
Aspirante-a-Oficial PM por ato do Comandante-Geral, e não do Governador do Distrito
Federal (art. 19). Errada.

Q31 - Será suspenso do cargo, o policial-militar que, por sua atuação, se


tornar incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de
funções policiais-militares a ele inerentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Será afastado do cargo e não suspenso), o policial-militar que, por sua atuação, se
tornar incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções
policiais-militares a ele inerentes (art. 44). Errada.
Q32 - Os Cabos e Soldados auxiliam ou complementam as atividades dos
Oficiais, quer no adestramento e emprego de meios, quer na instrução e
administração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa função não é dos Cabos e Soldados e, sim, dos Subtenentes e Sargentos. Os
Cabos e Soldados são essencialmente elementos de execução. (arts. 38 e 29).
Errada.

Q33 - Uma das prerrogativas dos policiais militares é o cumprimento de pena


de prisão ou detenção somente em Organização Policial Militar da
Corporação cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência
hierárquica sobre o preso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é mesmo uma das prerrogativas dos policiais militares e vem regulamentada no
art. 70, parágrafo único, inciso III da Lei 7.289/84. Vamos revisar essas importantes
e ―boas de prova‖ prerrogativas. São elas:
a) o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas da Polícia Militar, do
Distrito Federal, correspondentes ao posto ou graduação;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam asseguradas em leis e
regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em Organização Policial
Militar da Corporação cujo Comandante, Chefe ou Diretor
tenha precedência hierárquica sobre o preso; e d) julgamento, em foro especial, dos
crimes militares. Correta.

Q34 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais


militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de
camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito
mútuo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caro aluno, o Capítulo III, do Título I, do Estudo dos Policiais Militares do DF traz
regras sobre hierarquia e disciplina e é o que mais tem sido cobrado em provas. Leia-
o várias vezes, ok?! Sobre o Item, é isso mesmo! Esse é o conceito correto de
círculos hierárquicos trazido pelo art. 14 do Estatuto. Correta.

Q35 - Os Alunos do Curso de Formação de Sargentos têm precedência sobre


os Cabos PM, que a eles são equiparados, respeitada a antiguidade relativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! É exatamente o contrário. Os Cabos PM é quem têm precedência sobre os
Alunos do Curso de Formação de Sargentos, que a eles são equiparados, respeitada a
antiguidade relativa (art. 17, inciso III). Errada.

Q36 - A hierarquia é a rigorosa observância e acatamento integral da


legislação que fundamenta o organismo policial-militar e coordena seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo, perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes
desse organismo.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, pois o conceito do item é o de disciplina e não o de hierarquia. A hierarquia
é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia
Militar, por postos e graduações (art. 13, §§1º e 2º). Errada.

Q37 - Assim como o Capitão PM, o Major PM é posto que compõe o círculo de
oficiais intermediários.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não, não! O Major PM é posto que compõe o círculo de oficiais superiores enquanto
apenas o Capitão PM é posto do círculo de oficiais intermediários. Errada.

Q38 - O Círculo de Oficiais Subalternos podem ser frequentados pelos


Aspirantes-a-Oficial PM e eles são hierarquicamente superiores às demais
Praças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É o que versa o art. 17, inciso I do Estatuto. Repetindo para não esquecer: os
Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamente superiores às demais Praças e eles
frequentam o Círculo de Oficiais Subalternos. Item Correto.

Q39 - Em igualdade de Posto ou graduação, a precedência entre


policiaismilitares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, quando
estiverem convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pela
idade de ingresso no posto ou graduação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Muita atenção: em igualdade de Posto ou graduação, a precedência entre policiais-
militares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, quando estiverem
convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pelo tempo de serviço no
posto ou graduação (art. 16, § 4º). Errada.

Q40 - Segundo a Lei nº 7.289/84, são manifestações essenciais do valor


policial militar, exceto:

a) A fé na missão elevada da Polícia Militar, o espírito de corpo e o orgulho pela


Corporação.
b) O aprimoramento técnico-profissional e a dedicação na defesa da sociedade.
c) O amor à profissão e o entusiasmo com que a exerce.
d) O patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial-militar
e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria, até com o sacrifício da própria vida, o
civismo e o culto das tradições históricas.
e) A disciplina e o respeito à hierarquia e a obrigação de tratar o subordinado
dignamente e com urbanidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos revisar quais são as manifestações essenciais do valor policial militar art. 28:
o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial-militar e
pelo solene juramento de fidelidade à Pátria, até com o sacrifício da própria vida;
o civismo e o culto das tradições históricas;
a fé na missão elevada da Polícia Militar;
o amor à profissão e o entusiasmo com que a exerce;
o aprimoramento técnico-profissional;
o espírito de corpo e o orgulho pela Corporação;
e a dedicação na defesa da sociedade.

Vamos checar os itens agora:


Alternativa A - A fé na missão elevada da Polícia Militar (Ok), o espírito de corpo e o
orgulho pela Corporação (Ok) certo.
Alternativa B - O aprimoramento técnico-profissional (Ok) e a dedicação na defesa da
sociedade (Ok) certo.
Alternativa C - O amor à profissão (Ok) e o entusiasmo com que a exerce (Ok).
certo.
Alternativa D - O patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever
policial-militar e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria, até com o sacrifício da
própria vida (Ok), o civismo e o culto das tradições históricas (Ok) certo.
Alternativa E - A disciplina e o respeito à hierarquia e a obrigação de tratar o
subordinado dignamente e com urbanidade (Não) essas condutas constam do rol de
obrigações e deveres dos policiais-militares - art. 32, incisos IV e VI - e não dos
preceitos da ética militar espalhados pelo art. 28 errado. GABARITO: E

Q41 - Constitui contravenção penal o desrespeito aos uniformes, distintivos,


insígnias e emblemas policiais militares, bem como, seu uso por parte de
quem a eles não tiver direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção, muita atenção! Constitui crime previsto e legislação específica e não
contravenção penal) o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
policiais militares, bem como, seu uso por parte de quem a eles não tiver direito (art.
73, parágrafo único). Errada.

Q42 - É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar


uniformes
ou ostentar distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos
com os adotados na Policia Militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É mesmo e essa vedação é absoluta! É o que determina o art. 76 do nosso querido
Estatuto. Correta.

Q43 - É proibido ao policial-militar, desde que previamente autorizado pela


autoridade competente, o uso dos uniformes em manifestação de caráter
político-partidário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! Não há essa história de previa autorização da autoridade competente. É proibido
ao policial-militar o uso dos uniformes em manifestação de caráter político-partidário,
sem qualquer exceção (art. 74, §1º, inciso I). Errada.

Q44 - Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias e


emblemas, são privativos dos policiais-militares na ativa e representam o
símbolo da autoridade policial-militar, com as prerrogativas a ela inerentes.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com a pegadinha maldosa da banca! Os uniformes da Polícia Militar com seus
distintivos, insígnias e emblemas, são privativos de qualquer policial-militar e não só
os da ativa (art. 73). Art. 73 - Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos,
insígnias e emblemas, são privativos dos policiais-militares e representam o símbolo
da autoridade policial-militar, com as prerrogativas a ela inerentes. Errada.

Q45 - É absolutamente proibido ao policial-militar o uso dos uniformes no


estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a missão do policial-
militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui cabe sim uma ressalva. É proibido ao policial-militar o uso dos uniformes no
estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a missão do policial-militar,
salvo quando expressamente determinado ou autorizado (art. 74, §1º, inciso I).
Errada.

Q46 - Os preceitos da ética policial militar vêm disciplinados no Estatuto dos


Policiais Militares do Distrito Federal. Aponte o item que traz erro em um
desses preceitos.

a) Exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em


decorrência do cargo.
b) Ser discreto em suas atitudes e maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
amar a verdade e a responsabilidade, como fundamentos da dignidade pessoal.
c) Comportar-se quando em serviço, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-militar.
d) Respeitar a dignidade da pessoa humana; ser justo e imparcial nos julgamentos
dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.
e) Acatar as autoridades civis e cumprir seus deveres de cidadão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os preceitos da ética policial-militar estão elencados no art. 29 do Estatuto. Eles são
importantes para a sua prova! Leia-os algumas vezes. Aos itens:

Alternativa A – Certinho! (art. 29, inciso II)


Alternativa B – Certo. É o que diz o art. 29, incisos I e IX.
Alternativa C – Aqui tem erro! Corrigindo: comportar-se mesmo fora de serviço ou na
inatividade e não apenas quando em serviço), de modo que não sejam prejudicados
os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial militar (art. 29, inciso XV).
Alternativa D – Correto também (art. 29, incisos III e V).
Alternativa E - Certo. Esse são os princípios elencados no art. 29, incisos XI e
XII. GABARITO: E

Q47 - Em conformidade com o Estatuto dos Policiais Militares do DF, assinale


o item incorreto.

a) Os limites mínimos de altura para a posse como policial militar são, com os pés
nus e a cabeça descoberta, de um metro e sessenta e cinco centímetros para homens
e um metro e sessenta centímetros para mulheres.
b) Os policiais-militares de carreira são os que, no desempenho voluntário e
permanente do serviço policial-militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida.
c) Os integrantes da reserva remunerada poderão ser designados para o serviço
ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, desde
que excepcionalmente.
d) O Aluno-oficial PM e o Aspirante-a-Oficial PM são denominados Praças Especiais.
e) As atribuições e obrigações inerente ao cargo policial-militar devem ser
compatíveis com o correspondente grau hierárquico e, no caso da policial militar, com
as restrições fisiológicas próprias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A – O Alternativa Estava quase todo certinho não fosse por afirmar
equivocadamente que as exigências neles contidas são para a posse, quando, na
verdade, elas são exigidas para a matrícula no curso de formação (art. 11, § 2º).
Alternativa B – Certíssimo! Essa é uma importante regra trazida pelo art. caput
do art. 5º do Estatuto dos Policiais Militares do DF.
Alternativa C – Também correto. Essa convocação deve ser de fato excepcional, não
esqueça! (art. 9º, caput)
Alternativa D – Perfeito! É o que estabelece o art. 15, §3º, do Estatuto. Vamos rever
a parte da tabela de postos e graduações da PMDF que ser refere às Praças Especiais.
Alternativa E – Certinho, em conformidade com a art. 21, §23º do Estatuto.
Gab: Letra A.

Q48 - Somente o Governador do Distrito Federal é competente para


determinar o imediato afastamento do cargo de policial militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é bem verdade isso! São competentes para determinar o imediato afastamento
do cargo ou o impedimento do exercício da função art. 44, §1º):
- o Governador do Distrito Federal;
- o Comandante-Geral; e
- os Comandantes, os Chefes e os Diretores de Organização Policial-Militar, na
conformidade da legislação ou regulamentação específica ou peculiar sobre a matéria.
Errada.

Q49 - Em relação às transgressões disciplinares dos policiais militares, a


pena
disciplinar de detenção ou prisão não pode ultrapassar de sessenta dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Muito cuidado com o prazo da pena de detenção por transgressão disciplinar. O
Estatuto, em seu art. 47, §1º, estabelece que a pena disciplinar de detenção ou
prisão não pode ultrapassar de 30 dias. Errado

Q50 - Será submetido a Conselho de Disciplina o Oficial, presumivelmente


incapaz de permanecer como policial-militar da ativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Será submetido a Conselho de Justificação o Oficial, presumivelmente incapaz de
permanecer como policial-militar da ativa. Vamos revisar a diferença entre os dois
Conselhos:
O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como policial-militar da ativa será,
na forma da legislação específica, submetido a Conselho de Justificação. O
Aspirante-a-Oficial PM, bem como as Praças com estabilidade assegurada,
presumivelmente incapazes de permanecer como policiais militares da ativa, serão
submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que estiverem
exercendo, na forma da legislação específica arts. 48 e 49).

Q51 - Os policiais-militares são dispensados do serviço na instituição do júri


e
do serviço na Justiça Eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atenção: essa regra é para os policiais-militares da ativa. Eles é que são dispensados
do serviço na instituição do júri e do serviço na Justiça Eleitoral (art. 72). Art 72 - Os
policiais-militares da ativa, no exercício de funções policiais-militares, são
dispensados do serviço na instituição do júri e do serviço na Justiça Eleitoral. Errado.

Q52 - Não há precedência entre os policiais militares em atividade e os da


inatividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É claro que há, não é verdade? Em igualdade de posto ou graduação, os policiais
militares em atividade têm precedência sobre os da inatividade art. 16, §3º). Errada.

Q53 - A PMDF é uma força auxiliar reserva do Exército.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente! Essa informação deve estar no seu sangue: a Polícia Militar do Distrito
Federal, organizada com base na hierarquia e disciplina, considerada força auxiliar
reserva do Exército, é destinada à manutenção da ordem pública e segurança interna
do Distrito Federal (art. 2º). GABARITO: C

Q54 - Os alunos de órgãos de formação de policiais-militares são


considerados
policiais-militares em serviço ativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certíssimo. E você será logo em breve um deles! Vamos rever mais uma vez quem
são considerados policiais-militares na ativa art. 3º, § 1º, inciso I:

a) os de carreira;
b) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se
obriguem a servir
c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, convocados ou
designados para o serviço ativo; e
d) os alunos de órgãos de formação de policiais-militares;

Vale ressaltar que são equivalentes as expressões "na ativa", "da ativa", "em serviço
ativo", "em serviço na ativa", "em serviço", "em atividade", e "em atividade policial-
militar", conferidas aos policiais-militares no desempenho de cargo, comissão,
encargo, incumbência ou missão, serviço ou exercício de função policial-militar ou
consideradas de natureza policial-militar, nas Organizações Policiais-Militares da
Polícia Militar do Distrito Federal, bem como em outros órgãos do Governo do Distrito
Federal ou da União, quando previstos em lei ou regulamento art. 6º). GABARITO:
Certa.

Q55 - Uma vez reformado, um policial-militar não pode ser convocado


compulsoriamente para o exercício de atividade policial-militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Verdade. Dos que estão na inatividade, só quem está sujeito à convocação
compulsória para o exercício de atividade policial-militar é aquele que está em
reserva remunerada. Cabe destacar que eles poderão, ainda, ser excepcionalmente
designados para o serviço ativo, em caráter transitório e mediante aceitação
voluntária (art. 3º, inciso II, ―a‖ c/c art. 9º). GABARITO: C

Q56 - Considerando que o acesso à carreira de oficial da Polícia Militar é


privativo de brasileiro nato, é correto afirmar que um brasileiro naturalizado
não pode ser cabo da PMDF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um brasileiro naturalizado pode sim ser Cabo PM, pois a obrigação de ser brasileiro
nato somente é aplicável para Oficiais PM (art. 5º, §2º). GABARITO: E

Q57 – CFO-PMDF 2009 (adaptada) - Dentro de uma mesma graduação,


considera-se hierarquicamente superior o policial militar mais antigo na
graduação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão capciosa! Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre
policiais-militares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, quando estiverem
convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pelo tempo de serviço no
posto ou graduação art. 16, § 4º). A alternativa se equivoca ao falar em policial
militar mais antigo, pois é possível que um policial inativo tenha maior tempo na
graduação e menor tempo em serviço ativo, não seria legítimo, por isso, promove-lo
primeiro. GABARITO: E

Q58 - Chama-se posto o grau hierárquico dos oficiais, e chama-se graduação


o grau hierárquico das praças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito! Dois conceitos importantíssimos que você não deve levar para a sua
prova art. 15, §§ 1º e 2º):
"POSTO é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do
Distrito Federal e confirmado em Carta Patente.
"GRADUAÇÃO é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo Comandante-Geral da
Corporação. GABARITO: C

Q59 - Um major que se utiliza de seu posto para obter facilidades pessoais
de
qualquer natureza viola um dos princípios da ética policial-militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certo o item! Ao utilizar de seu posto para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza o major viola o disposto no art. 29, inciso XVII do Estatuto dos Policiais
Militares do DF. Confira:
Art 29 - O sentimento do dever, o pundonor policial-militar e o decoro da classe
impõem, a cada um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional
irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos da ética policial-militar:
[...]
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduação para obter facilidades pessoais
de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.
GABARITO: C

Q60 - Compete aos sargentos e aos subtenentes da PMDF auxiliar e


complementar as atividades dos oficiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Também correto. Revisando o que estabelece o art. 38 do Estatuto:
Art. 38. Os Subtenentes e Sargento auxiliam ou complementam as atividades dos
Oficiais, quer no adestramento e emprego de meios, quer na instrução e
administração. Correto.

Q61 - Considera-se a violação dos preceitos da ética policial-militar tão mais


grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é uma regra basilar do Estatuto dos Policias Militares do DF: a violação dos
preceitos da ética policial-militar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer art. 42, §1º). GABARITO: Certa.

Q62 - Em situações excepcionais, como reuniões sociais, os aspirantes-a-


oficial PM têm acesso ao círculo de oficiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado, pois essa regra vem expressamente direcionada ao Aluno-Oficial PM e não
aos Aspirantes-a-Oficial PM. Errada.

Q63 - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido pelo comandante-geral


da corporação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quase certa, mas escorregou no seu final! Vamos insistir na repetição, pois suspeito
que esses conceitos lhe serão cobrados em sua prova. Posto é o grau hierárquico do
Oficial, conferido por ato do Governador do Distrito Federal e confirmado em Carta
Patente. Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo Comandante-Geral
da Corporação. Errada.

Q64 - círculo de oficiais subalternos é composto apenas pelo posto de


primeiro
e segundo-tenente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item correto.
Q65 - Graduação exprime o grau hierárquico da praça, conferido pelo
comandante geral da corporação, enquanto posto é o grau hierárquico do
oficial, conferido por ato do governador do DF e confirmado em carta
patente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Viu só como esses conceitos são cobrados! E o Alternativa Está certinha.

Q66 - Os PMs de carreira têm vitaliciedade assegurada ou presumida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correto o item. É o que nos informa art. 3º, §2º do Estatuto: os policiais
militares de carreira são os que, no desempenho voluntário e permanente do serviço
policial-militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida. GABARITO: C

Q67 - O aspirante a oficial PM e o subtenente são considerados praças


especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errado! O Aspirante-a-Oficial PM é sim considerado Praça Especial, mas o subtenente
é considerado apenas Praça. Errada.

Q68 - A praça na reserva remunerada pode ser submetida a conselho de


disciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para não esquecer: O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como
policial-militar da ativa será, na forma da legislação específica, submetido a Conselho
de Justificação.

O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as Praças com estabilidade assegurada,


presumivelmente incapazes de permanecer como policiais militares da ativa, serão
submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que estiverem
exercendo, na forma da legislação específica.

Assim, podemos concluir que de fato a Praça na reserva remunerada pode ser
submetida a Conselho de Disciplina. GABARITO: C

Q69 - É permitido o acesso de brasileiro naturalizado à carreira de oficial da


Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tenho certeza que você resolveu essa questão num piscar de olhos! Não é permitido
o acesso de brasileiro naturalizado à carreira de oficial da Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF). Você já está cansado de saber que a carreira de Oficial da Polícia
Militar é privativa de brasileiro nato. GABARITO: E

Q70 - A agregação é a situação na qual o Policial Militar da ativa deixa de


ocupar a vaga na escala hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem
número.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Várias são as situações trazidas pelo Estatuto que, caso ocorram, provocam a
agregação do Policial Militar e uma delas vem elencada no art. 77, §1º, alínea ―d‖ e é
a seguinte:
§ 1º - O policial militar deve ser agregado quando:
[...]
d) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse
particular;
Ora, se um cabo PM encontra-se afastado temporariamente do serviço ativo por ter
permanecido, por mais de nove meses contínuos, em licença para tratar de interesse
particular, então, pela regra acima, ele deverá sim ser agregado. E detalhe: como se
trata de uma praça, o seu ato de agregação será efetuado por ato do Comandante-
Geral (art. 79). GABARITO: C

Q71 - Um soldado PM deixou de comparecer por 48 horas consecutivas à


Organização Policial Militar (OPM) onde servia, sem comunicar nenhum
motivo de impedimento. Nessa situação, o soldado será considerado
desertor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos revisar: desertor é aquele que pratica o crime de deserção, tipificado no art.
187 do Código Penal Militar Brasileiro.

Art 115 da lei 7289 - A deserção do policial-militar acarreta uma interrupção do


serviço policial-militar, com a conseqüente demissão ex officio , para o Oficial, ou
exclusão do serviço ativo para o Aspirante-a-Oficial PM ou Praça.

§ 1º - A demissão do Oficial ou a exclusão do Aspirante-a-Oficial PM ou da Praça com


estabilidade assegurada processar-se-á após 1 (um) ano de agregação, se não
houver captura ou apresentação voluntária antes desse prazo.

§ 2º - A Praça sem estabilidade assegurada será automaticamente excluída, após


oficialmente declarada desertora.
§ 3º - O policial-militar desertor que foi capturado ou que se apresentar
voluntariamente, depois de ter sido demitido ou excluído será reincluído no serviço
ativo e a seguir agregado para se ver processar.
§ 4º - A reinclusão em definitivo do policial-militar de que trata o parágrafo anterior,
dependerá de sentença do conselho de Justiça.

Logo, se o soldado PM citado no enunciado deixou de comparecer apenas por 48


horas consecutivas à Organização Policial Militar (OPM) onde servia, ele não será
considerado desertor. A assertiva nos traz um caso de ausência e não de deserção. É
o que estabelece o art. 83, inciso I do Estatuto. Veja:

Art. 83. Ausente é o policial militar que, por mais de 24 horas consecutivas:
I - deixar de comparecer à sua Organização Policial Militar sem comunicar qualquer
motivo de impedimento. GABARITO: E

Q72 - Um policial militar na inatividade encontra-se em viagem com


paradeiro
ignorado por mais de oito dias. Nessa situação, ele será considerado
desaparecido.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Muito cuidado com essa pegadinha fantástica da assertiva: é considerado
desaparecido, o Policial Militar da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em
viagem, em operações policiais-militares ou em casos de calamidade pública, tiver
paradeiro ignorado por mais de 8 dias. O Policial Militar do enunciado está na
inatividade e, portanto, não se enquadra nessa regra, que é a do art. 85 do Estatuto.
E saiba diferenciar o desaparecido do extraviado: se o Policial Militar, nas condições
acima citadas, permanecer desaparecido por mais de 30 dias, será oficialmente
considerado extraviado (art. 88). GABARITO: E

Q73 - Um cabo PM da ativa desapareceu durante uma operação policial


militar,
permanecendo com o paradeiro ignorado há mais de trinta e nove dias.

Nessa situação, ele será oficialmente considerado extraviado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Foi o que acabamos de destacar no comentário da questão anterior! Se o Policial
Militar, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em operações
policiaismilitares ou em casos de calamidade pública permanecer desaparecido por
mais de 30 dias, será oficialmente considerado extraviado (art. 88). O cabo PM do
enunciado é da ativa e desapareceu durante uma operação policial militar,
permanecendo com o paradeiro ignorado há mais de trinta e nove dias. Logo, ele será
de fato considerado extraviado. GABARITO: C

Q74 - Um cabo PM encontra-se afastado temporariamente do serviço ativo


por
haver sido considerado oficialmente extraviado. Nessa situação, o cabo
deverá ser agregado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos lá! A agregação é a situação na qual o Policial Militar da ativa deixa de ocupar
a vaga na escala hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número. Várias
são as situações trazidas pelo Estatuto que, caso ocorram, provocam a agregação do
Policial Militar e uma delas vem elencada no art. 77,
§1º, alínea ―f‖ e é a seguinte:
§ 1º - O policial militar deve ser agregado quando:
[...]
f) ter sido considerado oficialmente extraviado;
GABARITO: C

Q75 - Considere a seguinte situação hipotética. Um primeiro-tenente PM foi


agregado por ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal
(DF) para exercer função de natureza civil, afastando-se temporariamente
do serviço ativo. Nessa situação, exonerado da função de natureza civil, o
oficial retornará ao respectivo quadro por meio da reversão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O enunciado nos traz mais uma das situações ensejadoras de agregação (art. 77,
§1º, inciso III, alínea ―l‖):
§ 1º - O policial militar deve ser agregado quando:
[...]
III - for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
[...]
l) ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal, da União, dos Estados
ou Territórios para exercer função de natureza civil;

Pois bem, a reversão é o ato pelo qual o Policial Militar agregado retorna ao
respectivo Quadro, tão logo cesse o motivo que determinou a sua agregação,
voltando a ocupar o lugar que lhe competir no respectivo Almanaque ou Escala
Numérica, na primeira vaga que ocorrer. Muita atenção: em qualquer tempo, poderá
ser determinada a reversão do Policial Militar agregado, exceto quando a agregação
tiver sido motivada pelos seguintes casos:

● quando for nomeado para cargo considerado no exercício de função de natureza


policial militar ou de interesse policial militar estabelecido em Lei ou Decreto-lei, ou
Decreto, não previsto nos Quadros de Organização da Polícia Militar;
● quando aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado
em quaisquer dos requisitos que a motivaram;
● quando afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
● haver ultrapassado 06 meses contínuos em licença para tratar de interesse
particular;
● haver ultrapassado 06 meses contínuos em licença para tratar de saúde de pessoa
da família;
● se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da Justiça Comum;
● ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal, da União, dos Estados
ou Territórios para exercer função de natureza civil;
● ter sido nomeado para qualquer cargo Público civil temporário, não eletivo, inclusive
da administração indireta.

Logo, podemos concluir que a questão erra ao afirmar que o Primeiro-Tenente PM,
exonerado da função de natureza civil, poderá retornará ao respectivo quadro por
meio da reversão. Nesse caso não! GABARITO: E

Q76 - Considere a seguinte situação hipotética. Roberto foi promovido, por


bravura, a capitão PM. Verificou-se posteriormente que não havia vaga,
ficando Roberto na situação de excedente. Nessa situação, a primeira vaga
de capitão aberta será ocupada por Roberto, deslocando o critério da
promoção a ser seguido para a vaga seguinte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito o item! Ele nos traz direitinho uma das regras aqui estudadas sobre os
excedentes e é a que vem estabelecida no art. 82, §2º, do Estatuto: o Policial Militar
promovido por bravura, sem haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando
o critério da promoção a ser seguido para a vaga seguinte. GABARITO: C

Q77 - Considere a seguinte situação hipotética. Rejane é solteira, tem 27


anos de idade e é filha de um cabo da PMDF. Nessa situação, Rejane deve ser
considerada dependente de seu pai, mesmo se ela exercer atividade
profissional remunerada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em nosso estudo, dividimos os dependentes em dependentes natos, dependente,
desde que não receba remuneração e dependentes, desde que vivam sob a sua
dependência econômica, sob o mesmo teto. Se o policial está vivo, seus dependentes
natos são os seguintes (art. 50, §2º, inciso III):

a) a esposa;
b) o filho legítimo, o filho adotivo, o enteado ou o tutelado que seja menor de 21
anos ou inválido ou interdito;
c) a filha legítima, a filha adotiva, a enteada ou a tutelada que seja solteira, desde
que não perceba remuneração;
d) o filho legítimo, o filho adotivo, o enteado ou o tutelado que seja estudante e
menor de 24 anos;
e) a mãe viúva, desde que não perceba remuneração;
Pois bem, na situação hipotética da questão, Rejane é solteira, tem 27 anos de idade
e é filha de um cabo da PMDF. Até aí, ela seria considerada dependente, mas o
problema é que o enunciado diz também que ela exerce atividade profissional
remunerada. Nesse caso, segundo o que destacamos acima, ela perde a condição de
dependente do seu pai, cabo da PM. GABARITO: E

Q78 - O Policial Militar extraviado por mais de trinta dias é considerado


ausente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nada disso! A banca trocou as bolas aqui. A regra é a seguinte: É considerado
desaparecido, o Policial Militar da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em
viagem, em operações policiais militares ou em casos de calamidade pública, tiver
paradeiro ignorado por mais de 08 dias. A situação de desaparecimento só será
considerada quando não houver indício de deserção. Se o Policial Militar, nas
condições acima citadas, permanecer desaparecido por mais de 30 dias, será
oficialmente considerado extraviado (arts. 85 e 86). Ausente é o Policial Militar que,
por mais de 24 horas consecutivas:
a) deixar de comparecer à sua Organização Policial Militar sem comunicar qualquer
motivo de impedimento; e
b) ausentar-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou local onde
deve permanecer. GABARITO: E

Q79 - Um primeiro-tenente que pede demissão durante o terceiro ano de


oficialato não precisa indenizar o Estado pelas despesas relativas à sua
preparação e formação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É claro que precisa sim! A demissão a pedido será concedida mediante requerimento
do interessado:
a) sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de 05 anos de oficialato
na Policia Militar;
b) com indenização das despesas relativas à sua preparação e formação, quando
contar menos de 05 anos de oficialato.
Ora, se o primeiro-tenente do enunciado pede sua demissão durante o terceiro ano
de oficialato, precisará sim, pela regra destacada acima, indenizar o Estado pelas
despesas relativas à sua preparação e formação. GABARITO: E

Q80 - É vedado aos sargentos o alistamento eleitoral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De jeito nenhum! Vimos que os policiais-militares são alistáveis como eleitores, desde
que:

a) Oficiais;
b) Aspirantes-a-Oficial;
c) Subtenentes;
d) Sargentos ou;
e) Alunos de curso de nível superior para a Formação de Oficiais.

GABARITO: E

Q81 - Um sargento da PMDF que se casa tem direito a afastar-se do serviço


pelo período de oito dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos aproveitar a questão para revisarmos o art. 64 do Estatuto que nos traz os
períodos de afastamento total do serviço. Os policiais-militares têm direito aos
seguintes períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as disposições legais
e regulamentares, por motivo de:

a) núpcias: 08 dias;
b) luto: 08 dias;
c) instalação: 48 horas; e
d) trânsito: até 30 dias, quando designado para cursos ou outras missões fora do
Distrito Federal.

A questão acerta, portanto, ao afirmar que um sargento da PMDF que se casa tem
direito a afastar-se do serviço pelo período de oito dias. GABARITO: C

Q82 - Um segundo-tenente da PMDF pode receber condecorações, mas não


dispensas de serviço, como recompensa decorrente do reconhecimento de
bons serviços prestados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Por que não? É claro que o segundo-tenente pode sim receber dispensas de
serviço como recompensa! As recompensas constituem reconhecimentos dos
bons serviços prestados pelos policiais-militares e serão as seguintes (art.
132, §1º):

a) prêmios de Honra ao Mérito;


b) condecorações;
c) elogios; e
d) dispensa do serviço.

Não se esqueça de que as dispensas de serviço serão concedidas com a remuneração


integral e computadas como tempo de efetivo serviço (art. 134, parágrafo único).
GABARITO: E

Q83 - Luiz prestou serviço como tenente à Força Aérea Brasileira por 6 anos.
Aprovado no concurso público de admissão, ingressou no quadro de oficiais
policiais-militares da PMDF em setembro de 2006. Nessa situação, Luiz
poderá computar como tempo efetivo de serviço aquele prestado à Força
Aérea Brasileira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia-a-dia entre a data de
inclusão e a data-limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento em
consequência da exclusão do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja
parcelado. Será computado como tempo de efetivo serviço:

● o tempo de serviço prestado nas Forças Armadas ou em outras Policias Militares


e;
● o tempo passado dia-a-dia, nas Organizações Policiais-Militares, pelo Policial Militar
da reserva da Corporação, convocados para o exercício de funções Policiais-Militares.

Diante do exposto, a assertiva acerta ao afirmar que Luiz poderá computar como
tempo efetivo de serviço aquele prestado à Força Aérea Brasileira.
GABARITO: C

Q84 - Vítor é policial militar da ativa do DF há 12 anos. Em fevereiro de 2006,


conheceu Júlia, cidadã norte-americana, com quem pretende se casar. Nessa
situação, Vítor não poderá se casar com Júlia, pois o estatuto da PMDF veda
o casamento de PMs com estrangeiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é bem isso que nos ensina o art. 13, §2º. Segundo ele, o casamento de policiais-
militares com estrangeiros não é vedado, mas somente poderá ser realizado após
autorização do Comando-Geral. GABARITO: E

Q85 - Cinco PMs do DF realizaram uma operação especial em conjunto com a


Polícia Civil do DF para cumprirem determinação judicial de crime de roubo
de cargas e tráfico de drogas. Dois PMs cometeram sérias transgressões
disciplinares na operação, recebendo pena disciplinar de prisão por 16 dias.
Nessa situação, não é permitida a interposição de recurso administrativo
contra as penas disciplinares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é isso que estabelece o art. 52, caput! O Policial Militar, que se julgar prejudicado
ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior hierárquico,
poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação,
segundo o regulamento específico ou peculiar. Importante ressaltar que o Policial
Militar só poderá recorrer ao judiciário após esgotados todos os recursos
administrativos (curso forçado) e deverá participar esta providência,
antecipadamente, à autoridade a qual estiver subordinado (art. 51, §3º). GAB: E

Q86 - César é segundo-sargento da PMDF e está na inatividade há mais de 2


anos. Destacou-se no quadro da corporação como instrutor de tiro na
academia de polícia por 12 anos. Nessa situação, César, embora instrutor de
tiro, ao entrar na inatividade, perdeu automaticamente o porte de arma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O porte de arma é um dos diretos assegurados aos policiais-militares. O porte de
arma é garantido da seguinte forma:
a) ao oficial em serviço ativo ou na inatividade, salvo aqueles na inatividade por
alienação mental ou condenação por crimes contra a segurança do Estado ou por
atividade que desaconselhe aquele porte;
b) pelas Praças, com as restrições reguladas pelo Comandante-Geral.

Então não podemos afirmar que, ao entrar na atividade, o segundo-sargento de nosso


caso hipotético perderá automaticamente o seu porte de arma. Isso vai depender de
como o comandante-geral da PM/DF vai regulamentar esse porte. GABARITO: E

Q87 - Maria é mãe de Pedro, adolescente de 15 anos de idade, e casou com


Carlos em maio de 2004. Carlos ingressou no quadro de oficiais da PMDF em
2005.

Nessa situação, Pedro, enteado de Carlos, pode ser considerado como seu
dependente pela PMDF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Verdade! Vamos relembrar aqueles que chamamos de dependentes natos? Se o
policial está vivo, seus dependentes natos são os seguintes (art. 50, §2º, inciso
III):
a) a esposa;
b) o filho legítimo, o filho adotivo, o enteado ou o tutelado que seja menor de 21
anos ou inválido ou interdito;
c) a filha legítima, a filha adotiva, a enteada ou a tutelada que seja solteira, desde
que não perceba remuneração;
d) o filho legítimo, o filho adotivo, o enteado ou o tutelado que seja estudante e
menor de 24 anos;
e) a mãe viúva, desde que não perceba remuneração;
GABARITO: C

Q88 - Joana casou-se com Júnior, policial da ativa da PMDF, em maio de


2003. O casal se separou 2 anos após o casamento. A sentença da 5ª Vara de
Família
de Brasília – DF que homologou a separação judicial transitou em julgado em
outubro de 2006, estabelecendo pensão alimentícia para Joana no valor de
15% do salário de Júnior. Nessa situação, Joana perderá o direito à pensão
alimentícia se contrair novo matrimônio, mas continuará como dependente
de Júnior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não, não! Em seu art. 50, §2º, inciso VIII, o Estatuto determina que para policiais
militares que tenham ex-esposa ou ex-esposo com direito a pensão alimentícia
estabelecida por sentença transitada em julgado, estes também serão considerados
seus dependentes, enquanto não contrair novo matrimônio. Bom, se Joana
contrair novo matrimônio, perderá o direito à pensão alimentícia e não mais
continuará como dependente de Júnior. GABARITO: E

Q89 - Comandante-geral da PMDF editou portaria, designando dois PMs para


fazerem curso de aperfeiçoamento de prevenção de seqüestro relâmpago em
São Paulo. A duração prevista para o curso é de 5 meses. Um dos policiais
sentiu-se prejudicado com a designação por cursar pós-graduação em
Brasília, pois perderia muitas aulas e não concluiria a especialização já
iniciada. Assim, contratou um advogado e ingressou com uma ação judicial
no TJDFT. Nessa situação, o soldado que se sentiu prejudicado violou o
estatuto da PMDF, que prevê, antes do ingresso no Poder Judiciário, o
esgotamento dos recursos na esfera administrativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certíssimo! A regra é clara. Vamos relembrá-la: o Policial Militar só poderá recorrer
ao judiciário após esgotados todos os recursos administrativos e deverá participar
esta providência, antecipadamente, à autoridade a qual estiver subordinado (art. 51,
§3º).
Assim, o soldado citado na questão, ao contratar um advogado e ingressar direto com
uma ação judicial no TJDFT violou, de fato, o estatuto da PMDF. GABARITO: C

Q90 - O soldado, aos 51 anos de idade, deve ser transferido para reserva
remunerada, de ofício, enquanto o coronel da PMDF pode permanecer no
posto até os 59 anos de idade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Confesso, caro aluno, que essa foi de matar qualquer candidato, pois a banca
resolveu cobrar os limites de idade para a transferência remunerada! Mas fique
tranquilo que essa foi a única questão já elaborada sobre o Estatuto em que a banca
fez tal maldade.

Sinceramente, não acredito que chegaremos a esse ponto, mas não daremos chance
ao acaso e seremos prudentes. Para não dizer que não falei de flores, segue abaixo
(segundo o regrado pelo art. 92, inciso I, do Estatuto), os limites de idade
ensejadores de transferência de ofício para a reserva renumerada:

PARA OS QUADROS DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES


POSTOS IDADES
Coronel 62 anos
Tenente-Coronel 59 anos
Major e Capitão 55 anos
Oficiais Subalternos 48 anos

PARA OS QUADROS DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES DE SAÚDE:


POSTOS IDADES
Coronel 63 anos
Tenente-Coronel 59 anos
Major 57 anos
Capitão e Oficiais Subalternos 48 anos

PARA OS QUADROS DE OFICIAIS POLICIAIS-MILITARES CAPELÃES


POSTOS IDADES
Tenente-Coronel 63 anos
Major 59 anos
Capitão 57 anos
Oficiais Subalternos 48 anos

PARA OS QUADROS DE POLICIAIS MILITARES DE ADMINISTRAÇÃO E DE


OFICIAIS POLICIAIS-MILITARES ESPECIALISTAS:
POSTOS IDADES
Major 61 anos
Capitão 59 anos
Primeiro-Tenente 57 anos
Segundo-Tenente 55 anos

PARA AS PRAÇAS POLICIAIS MILITARES


POSTOS IDADES
Subtenente 59 anos
Primeiro-Sargento 58 anos
Segundo-Sargento 57 anos
Terceiro-Sargento 56 anos
Cabos e Soldados 54 anos

―Professor, tenho mesmo que memorizar cada uma dessas idades?‖ Não faça isso,
pois será muito desgastante! Você tem muita coisa a se preocupar, e a probabilidade
é pequena disso ser cobrado em prova. Mas, como eu já disse, não poderíamos
passar batido. Questão errada.

Q91 - O oficial que perder o posto e a patente deve ser demitido de ofício,
com
direito à remuneração equivalente aos anos de serviços prestados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa tá bem simples e trata de uma regra que você não pode esquecer: O Oficial PM
perderá o posto e a patente se for declarado indigno do oficialato, ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), em
ocorrência de julgamento a que foi submetido.

O Oficial PM declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível, condenado à


perda de posto e patente, só poderá readquirir a situação policial militar anterior
através de outra sentença do TJDFT e nas condições nela estabelecidas.
O Oficial PM que houver perdido o posto e a patente será demitido ex officio (de
ofício), sem direito a qualquer remuneração ou indenização e terá sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar (arts. 106 e 107). GABARITO: E

Q92 - Se determinado PM se candidatar a cargo eletivo quando tiver 7 anos


de
efetivo serviço, ele deve ser excluído do serviço ativo, mediante
licenciamento de ofício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Oportunidade boa para revisarmos importantes sobre elegibilidade dos
policiaismilitares do DF! Segundo o art. 53, parágrafo único, do Estatuto, os policiais
militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:

- o Policial Militar, que tiver menos de 05 anos de efetivo serviço, será ao se


candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo, mediante demissão ou
licenciamento ex officio ; e
- o Policial Militar em atividade, com 5 anos ou mais de efetivo serviço, duas
situações:
1. ao se candidatar a cargo eletivo, será afastado, temporariamente do serviço ativo,
agregado e considerado em licença para tratar de interesse particular;
2. se eleito, será no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada,
percebendo a remuneração a que fizer jus em função de seu tempo de serviço.

O PM da nossa questão tem 7 anos de serviço. Nesse caso então, ao se candidatar a


cargo eletivo, será afastado, temporariamente do serviço ativo (e não excluído, como
afirma a assertiva!), agregado e considerado em licença para tratar de interesse
particular. GABARITO: E

Q93 - Licenciamentos são afastamentos totais do serviço, anual e


obrigatoriamente concedidos aos policiais-militares para descanso, a partir
do último mês do ano a que se referem, e durante todo o ano seguinte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O item fez uma pegadinha básica, mas que para muitos de seus concorrentes pode
ser uma pedra no sapato! Não vamos confundir férias com licenciamentos
temporários para afastamento de serviço, beleza? Férias são afastamentos totais do
serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos policiais-militares para descanso, a
partir do último mês do ano a que se referem, e durante todo o ano seguinte (art.
63). Quanto aos licenciamentos, já vimos (art. 64): os policiais militares têm direito
aos seguintes períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as disposições
legais e regulamentares, por motivo de:

a) núpcias: 08 dias;
b) luto: 08 dias;
c) instalação: 48 horas; e
d) trânsito: até 30 dias, quando designado para cursos ou outras missões fora do
Distrito Federal.

A assertiva está incorreta.

Q94 - Se o Policial Militar tiver gozado anteriormente licença para


tratamento
de saúde ou licença especial, a concessão e o gozo de suas férias poderão
ser prejudicados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma regra importante e que você não pode dela se esquecer: A concessão e o gozo
de férias não são prejudicados pelo gozo anterior de licença para tratamento de
saúde, licença especial, nem pelo cumprimento de sanção disciplinar, pelo estado de
guerra ou para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como não é anulável o
direito a essa licença (art. 63, §2º). Errada.

Q95 - As dispensas de serviço podem ser concedidas aos policiais-militares


como recompensa e em decorrência de prescrição médica, mas não para
desconto em férias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o que estabelece o art. 132, §1º, do Estatuto: As recompensas constituem
reconhecimentos dos bons serviços prestados pelos policiais-militares e serão as
seguintes:
a) prêmios de Honra ao Mérito;
b) condecorações;
c) elogios; e
d) dispensa do serviço.

As dispensas do serviço são autorizações concedidas aos policiais-militares para


afastamento total do serviço, em caráter temporário. Além de servirem como
recompensa, as dispensas de serviço também podem ser concedidas aos policiais-
militares para desconto em férias e em decorrência de prescrição médica. Eis o
erro do item!

Q96 - Certo soldado PM da ativa, acometido por uma doença grave, entrou
em
óbito depois de vários dias internado em hospital. O falecimento desse
Policial Militar acarretou, automaticamente, a sua exclusão do serviço ativo e
o desligamento da Organização Policial Militar a que estava vinculado, na
data da ocorrência do óbito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa é a informação que estudamos em aula e que é regulamentada pelo art. 116 do
Estatuto: o falecimento do Policial Militar acarreta, automaticamente, a sua exclusão
do serviço ativo e o desligamento da Organização Policial Militar a que está vinculado,
na data da ocorrência do óbito. Correta.

Q97 - A demissão da Polícia Militar é uma das modalidades de exclusão do


serviço, aplicada a todos os policiais-militares e poderá ser efetuada a
pedido
e ex officio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A demissão da Polícia Militar é de fato uma das modalidades de exclusão do serviço, e
poderá sim ser efetuada a pedido e ex officio, mas ela só é aplicada aos Oficiais e não
a todos os policiais-militares, com afirma o item. Errada.

Q98 - A licença para interesse particular é a autorização para afastamento


total do serviço, relativa a cada decênio de tempo de efetivo serviço
prestado,
concedida ao Policial Militar que a requerer, sem que implique em qualquer
restrição para a sua carreira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Infelizmente, caro aluno, esse não é o conceito de licença para interesse particular e,
sim, o de licença especial. A licença para tratar de interesse particular é a
autorização para afastamento total do serviço, concedida ao Policial Militar que contar
mais de 10 anos de efetivo serviço e que requerer com aquela finalidade (arts. 67 e
68). Errada.

Q99 - A reversão dos policiais-militares do DF será efetuada mediante ato do


Governador do Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A reversão é o ato pelo qual o Policial Militar agregado retorna ao respectivo Quadro,
tão logo cesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar
que lhe competir no respectivo Almanaque ou Escala Numérica, na primeira vaga que
ocorrer (art. 80).

Atenção: a reversão será efetuada mediante do Governador do Distrito Federal, para


Oficiais e pelo Comandante-Geral, para Praças (art. 81). O item erra, portanto, que a
reversão dos policiais-militares do DF (generalização) será efetuada mediante ato do
Governador do Distrito Federal. Errada.

Q100 - Será feita a distinção entre tempo de efetivo serviço e anos de


serviço na apuração de tempo de serviço do Policial Militar. Tempo de efetivo
serviço é o espaço de tempo computado dia-a-dia entre a data de inclusão e
a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento em
consequência da exclusão do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo
seja parcelado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certíssimo o item e traz de forma literal o que vimos em aula que é o estabelecido
pelos arts. 120 e 121 do Estatuto.

Q101 – Um coronel PM que tenha mais de 30 anos de serviço poderá, a


qualquer tempo, pedir sua transferência para a reserva remunerada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é essa a regra que aqui estudamos. Um coronel PM que tenha mais de 30 anos
de serviço poderá sim pedir sua transferência para a reserva remunerada, mas não a
qualquer tempo. Ele precisará também comprovar que tem 06 anos de permanência
no posto (art. 92, inciso II). Errada.

Q102 – Paulo, Major PM da reserva remunerada completou 65 anos de idade.


É correto afirmar que Paulo atingiu a idade limite para passar à situação de
inatividade mediante reforma e que esse ato será ex officio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Corretíssimo! A passagem do Policial Militar à situação de inatividade, mediante
reforma ,será sempre ex officio e aplicada ao mesmo, desde que, entre outras
situações, atinja as seguintes idades-limites de permanência na reserva remunerada:

a) para Oficiais - 65 anos;


b) para Praças - 63 anos;

Q103 – O policial militar em atividade pode exercer diretamente a gestão de


seus bens, participando de uma sociedade por cotas de responsabilidade
limitada na qualidade de sócio-gerente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos revisar: ao Policial Militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como
acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada. Os policiais-militares, em atividade, até podem exercer diretamente a
gestão de seus bens, mas não na qualidade sócio-gerente (art. 30, caput e §2º).
GAB: E

Q104 – Considere a seguinte situação hipotética. Um soldado PM da ativa, no


desempenho de uma operação policial militar, praticou um ato configurador
de crime militar de transgressão disciplinar. Nessa situação,
independentemente da reprimenda relativa ao crime, o soldado receberá a
pena disciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Revisão do quadro destaque constante na aula anterior: no concurso de crime militar
de transgressão disciplinar, será aplicada somente a pena relativa ao crime (art. 43,
§2º). GABARITO: E

Q105 – Será submetido a conselho de disciplina, na forma da legislação


específica, o capitão PM presumivelmente incapaz de permanecer como
policial militar da ativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Caro aluno, a banca também pode tentar fazer essa confusão, mas tenho certeza de
que nessa você não cai mais! Mesmo assim vamos revisar o que nos diz os arts. 48 e
49 do Estatuto: O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como Policial
Militar da ativa será, na forma da legislação específica, submetido a Conselho de
Justificação. Já o Aspirante-a-Oficial, bem como as Praças com estabilidade
assegurada, presumivelmente incapazes de permanecer como policiais militares da
ativa, serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que
estiverem exercendo, na forma da legislação específica. A banca trocou as bolas
usando o Conselho de Disciplina ao invés do Conselho de Justificação. GABARITO: E

Q106 – Um cabo da PMDF não pode ser condenado a pena disciplinar de


detenção superior a trinta dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certíssimo! Outra questão boba para você, meu aluno do Estratégia! Você não pode
se esquecer: a pena disciplinar de detenção ou prisão não pode ultrapassar de 30 dias
(art. 47, §2º). GABARITO: C

Q107 – Fábio é oficial do quadro de saúde da PMDF. Desenvolve suas


atividades na corporação como veterinário no período vespertino, por
determinação do comando-geral. Nas manhãs livres, presta serviços e
consultoria a uma clínica de animais, registrada como sociedade por quotas
de responsabilidade limitada. Fábio é sócio da empresa, com 30% de seu
capital. Nessa situação, não existe ilegalidade na situação de Fábio, uma vez
que ele pode ser sócio de empresa e seus serviços na clínica não prejudicam
as atividades de oficial do quadro de saúde, visto que não há superposição
de horários das suas atividades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Muito cuidado com as informações da assertiva acima! Vimos na aula passada que ao
Policial Militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou
gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou
quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Entretanto, no intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos Oficiais
titulados no Quadro de Saúde o exercício de atividade técnico-profissional, no meio
civil. Só que o Estatuto é bem claro: tal prática não pode prejudicar o serviço e não
infrinja as condutas éticas acima citadas (art. 30, caput, §3º). Na situação hipotética
acima, mesmo que Fábio exerça suas atividades na veterinária em um período que
não prejudica seu serviço na corporação, a questão diz que ele é sócio da empresa,
com 30% de seu capital. Aí não pode, não é mesmo?? GABARITO: E

 Decreto nº 88.777/1983

Q108 – De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o Ministério do Exército


poderá convocar a Polícia Militar em caso de Guerra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sim, a ocorrência de guerra é uma das situações que autoriza o Exército a convocar
os policiais militares. Lembre-se de que as PMs são força reserva auxiliar do Exército!
GABARITO: C

Q109 – De acordo com o Decreto no 88.777/1983, os policiais-militares na


reserva não poderão ser designados para o serviço ativo, mesmo que
mediante aceitação voluntária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! A esta altura você já aprendeu que os policiais militares da reserva remunerada
poderão ser designados para o serviço ativo, mediante aceitação voluntária, por ato
do Governador, não é mesmo!? ☺ GABARITO: E

Q110 – Conforme o Decreto no 88.777/1983, orientação é a capacidade de


uma organização policial-militar para cumprir as missões a que se destina e
operacionalidade é o ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes,
normas, manuais e outros documentos, com vistas à sua destinação legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o Decreto, orientação é o ato de estabelecer para as Polícias Militares
diretrizes, normas, manuais e outros documentos, com vistas à sua destinação legal.
A capacidade para cumprir missões é chamada de operacionalidade. GABARITO: E

Q111 – O ensino nas Polícias Militares orientar-se-á no sentido da destinação


funcional de seus integrantes, por meio da formação, especialização e
aperfeiçoamento técnico-profissional, com vistas, prioritariamente, à
Segurança Pública. O ensino e a instrução serão orientados, coordenados e
controlados pelo Ministério da Educação, por intermédio das Forças
Armadas, mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos
normativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Decreto fala um pouco a respeito do ensino nas polícias militares, determinando
que essa atividade deve estar relacionada à destinação funcional do Policial Militar. O
erro da questão está em afirmar que o ensino e a instrução serão coordenados e
controlados pelo Ministério da Educação, quando na realidade o Decreto nos diz que
esta atividade compete ao Ministro do Exército, por intermédio do Estado-Maior do
Exército, mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos normativos.
GABARITO: E

Q112 – De acordo com o Decreto no 88.777/1983, controle operacional é o


ato ou efeito de harmonizar as atividades e conjugar os esforços das Polícias
Militares para a consecução de suas finalidades comuns estabelecidas pela
legislação, bem como de conciliar as atividades das mesmas com as do
Exército, com vistas ao desempenho de suas missões.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O ato de harmonizar as atividades e conjugar os esforços não corresponde ao
conceito de controle operacional, mas sim ao de coordenação. O controle operacional,
na realidade, é o grau de autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela
Segurança Pública para acompanhar a execução das ações de manutenção da ordem
pública pelas Polícias Militares, por forma a não permitir desvios do planejamento e
da orientação pré-estabelecidos, possibilitando o máximo de integração dos serviços
policiais das Unidades Federativas. GABARITO: E

Q113 – De acordo com o Decreto no 88.777/1983, a exoneração de um


Comandante-Geral de PM deve ser feita simultaneamente com a nomeação
de um novo Oficial para ocupar o cargo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exato! O art. 8o do Decreto deixa bem claro que a exoneração e a nomeação do novo
Comandante-Geral devem ser feitas simultaneamente. GABARITO: C

Q114 – De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o acesso na escala


hierárquica, tanto de oficiais como de praças, será gradual e sucessivo, por
promoção, de acordo com a legislação peculiar de cada Unidade da
Federação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lembre-se dessas palavras: gradual e sucessivo! A banca pode muito bem tentar
enganar você trocando-a por outras! ☺ GABARITO: C

 Lei nº 12.086/2009

Q115 – Os alunos dos cursos de ingresso na carreira policial militar não são
considerados integrantes do efetivo legal da PMDF.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na aula de hoje você aprendeu que, de acordo com o parágrafo único do art. 2º da
Lei nº 12.086/2009, os alunos dos cursos de ingresso na carreira policial militar não
são levados em consideração nos limites de efetivo da PMDF. GABARITO: C

Q116 – As promoções, como atos de ascensão seletiva aos postos e


graduações superiores no âmbito da PMDF, poderão dar-se pelos critérios de
antiguidade, merecimento, ato de bravura e post mortem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 6o estabelece os critérios aplicados para a promoção: antiguidade;
merecimento; ato de bravura; e post mortem. O candidato precisa conhecer esses
critérios e saber como cada um deles é aplicado, ok!? Não vacile aqui! ☺ GABARITO:
C

Q117 – O PM poderá ser ressarcido de preterição em ato de promoção aos


postos e graus superiores no âmbito da PMDF quando cessar sua situação de
desaparecido ou extraviado, mesmo que tal situação tenha sido provocada
por culpa ou dolo do próprio militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se a preterição ocorreu porque o Bombeiro Militar estava desaparecido, extraviado ou
desertor e essa situação foi provocada por culpa ou dolo do próprio militar, não faria
nenhum sentida ressarci-lo, não é mesmo? Essa regra está no art. 15, parágrafo
único, II. GABARITO: E

Q118 – A promoção por bravura somente será processada após apuração do


mérito do ato praticado em investigação sumária determinada pelo
comandante geral da corporação e desenvolvida pelas comissões de
promoção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É verdade. Lembre-se de que proceder à investigação sumária dos atos motivadores
de promoção por ato de bravura e post morte é atribuição da Comissão de Promoção
de Oficiais ou da Comissão de Promoção de Praças, a depender do caso. GABARITO:
C

Q119 – Considera-se promoção por antiguidade aquela que se baseia na


precedência hierárquica de um militar sobre os demais de igual grau
hierárquico, dentro do mesmo quadro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito! Esta é a definição da promoção por antiguidade. Entre aqueles de mesmo
grau hierárquico, a promoção cabe ao mais antigo neste caso. GABARITO: C

Q120 – Os alunos dos cursos de ingresso na Carreira policial militar não são
considerados no limite de efetivo fixado pela Lei nº 12.086/2009, mas os
aspirantes-a-oficial são considerados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na verdade nem os alunos e nem os aspirantes são considerados no limite de efetivo.
O mesmo ocorre com aqueles que estão na reserva remunerada ou reformados e que
foram designados para o serviço ativo, bem como os agregados que permanecem
sem remuneração nos quadros de origem. GABARITO: E

Q121 – Promoção por ato de bravura é aquela que visa a expressar o


reconhecimento ao militar morto no cumprimento do dever ou em
consequência disso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! Lembre-se sempre de que a promoção por ato de bravura é concedida ao
Bombeiro Militar em vida. A promoção conferida ao Bombeiro Militar morto é a
promoção post mortem. GABARITO: E
Q122 – Para o ingresso no Quadro de Oficiais da Polícia Militar, no posto de
Segundo- Tenente, o policial militar deverá concluir com aproveitamento o
Curso de Formação de Oficiais, ser declarado Aspirante-a-Oficial e ser
aprovado no estágio probatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Excelente! Esse é o caminho que precisa ser percorrido por quem pretende ingressar
no QOPM. Não é nada fácil, não é!? ☺ GABARITO: C

Q123 – Para ingresso no Quadro de Oficiais Policiais Militares


Administrativos, o candidato precisa ser aprovado em concurso público, e
concluir com aproveitamento o Curso Preparatório de Oficiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O QOPMA é acessado por praças, e por isso não se fala em concurso público neste
caso. As praças que pretendem ocupar postos de oficiais precisam ser selecionado
dentro do número de vagas disponíveis em cada Quadro ou Especialidade, mediante
aprovação em processo seletivo destinado a aferir o mérito intelectual dos
candidatos, além de cumprir os demais requisitos do art. 32. GABARITO: E

Q124 – O Aspirante-a-Oficial será promovido ao posto de Segundo-Tenente


após o cumprimento dos requisitos na graduação, na primeira data de
promoção que vier a ocorrer, independentemente da existência de vaga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esta é a regra do art. 35, parágrafo único. Perceba que essa promoção ocorre
independentemente da existência de vaga, ok!? Muito cuidado com essa regra!
GABARITO: C

Q125 – A Comissão de Promoção de Oficiais é composta, entre outros, pelo


Comandante-Geral, que a presidirá, pelo Subcomandante-Geral, pelo
Corregedor-Geral e pelo titular do órgão de direção-geral de pessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estes são os membros natos da Comissão de Promoção de Oficiais. Além deles, a
comissão é composta por três coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo
prazo de um ano, admitindo-se a recondução, como membros efetivos. GABARITO: C

Q126 – A Comissão de Promoção de Praças é composta, entre outros, por


dois
coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de um ano,
admitindo-se a recondução, como membros efetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeito! Esses são os membros efetivos da Comissão de Promoção de Praças. Os
outros são o Subcomandante-Geral (que preside a comissão), o titular do órgão de
direção-geral de pessoal e o Corregedor Adjunto, na condição de membros natos.
GAB: Certa

Q127 – As Praças da Polícia Militar do Distrito Federal podem alcançar a


estabilidade após o efetivo serviço pelo período de:
a) dez (10) ou mais anos;
b) cinco (5) ou mais anos;
c) três (3) ou mais anos;
d) dois (2) ou mais anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A – 10 anos!

Q128 – Nos termos do Decreto no 88.777/83, com alterações do Decreto no


8.377/2014, são considerados no exercício de função de natureza policial-
militar ou de interesse policial-militar ou de bombeiro-militar, os militares
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios, da ativa, colocados à
disposição do Governo Federal para exercerem cargo ou função, entre
outros, no seguinte órgão:

a) Agência Brasileira de Inteligência.


b) Conselho Nacional do Ministério Público.
c) Advocacia Geral da União.
d) Ministério do Exército.
e) Ministério dos Transportes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Decreto 88.777/83:
Art. 21. São considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de
interesse policial-militar ou de bombeiro-militar, os militares dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Territórios, da ativa, colocados à disposição do Governo Federal para
exercerem cargo ou função nos seguintes órgãos:

I - da Presidência e da Vice-Presidência da República


II - Ministério ou órgão equivalente;
III - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de
Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Secretaria
Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e Conselho Nacional de
Segurança Pública, do Ministério da Justiça;
IV - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da
Integração Nacional;
V - Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Conselho Nacional de
Justiça;
VI - Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público.

Gabarito: Letra B.

Q129 – Julgue o item seguinte, que tratam das relações entre as Forças
Armadas e as forças auxiliares.

As forças auxiliares, poderão ser comandadas por oficial do Exército


brasileiro, que ficará à disposição do respectivo governo do estado, do
Distrito Federal ou do território, se for o caso, pelo prazo de dois anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo 144, § 6º da CF/88 ―As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias
civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios‖. Ademais,
nas regulamentações infraconstitucionais temos que:

Conforme Art. 8º, §1º do Decreto 88.777/83 ‖O policial do serviço ativo do Exército,
nomeado para comandar Polícia Militar ou Corpo de Bombeiro Militar, passará à
disposição do respectivo Governo do Estado, Território ou Distrito Federal, pelo prazo
de 2 (dois) anos‖. Correta.

Q130 – Conforme estabelece o Decreto n. 88.777, de 30 de setembro de


1983, aponte a única afirmativa falsa:

a) O Ministério do Exército poderá convocar a Polícia Militar em caso de Guerra.


b) A convocação da Polícia Militar dependerá de critérios do Exército e Comandos
Militares de Área, para participar de exercícios, manobras e outras atividades.
c) Os policiais-militares na reserva não poderão ser designados para o serviço ativo,
mesmo que mediante aceitação voluntária.
d) De acordo com diretrizes especiais baixadas pelo Presidente da República, a Polícia
Militar poderá ser convocada para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem
ou ameaça de sua irrupção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Incorreta a LETRA C, já vimos que os policiais da reserva remunerada podem, de
maneira facultativa, serem designados a atividades do serviço ativo, por tempo
temporário.

Q131 – A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de


Praças, na qualidade de órgãos de caráter permanente que processam as
promoções, são constituídas por membros natos e efetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 12.086/2009
Art. 94. A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de Praças, de
caráter permanente, são órgãos de processamento das promoções, sendo
constituídas por membros natos e efetivos. Correta.

Q132 – A promoção post mortem visa a expressar o reconhecimento ao


militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disso, ou a
reconhecer direito que lhe cabia, não efetivado por motivo de óbito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ART 73. A promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento ao
militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disso, ou a reconhecer
direito que lhe cabia, não efetivado por motivo de óbito, podendo ocorrer a qualquer
tempo, independentemente da existência de vaga e com efeitos retroativos á data da
ocorrência do aludido ato. Correta.
 Legislação em geral

Q133 - O Comandante-Geral poderá criar, mediante aprovação do


Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento, sempre que
houver necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da missão e
objetivando a coordenação dessas unidades.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 12.086 - Art. 31. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal
poderá criar, mediante aprovação do Governador do Distrito Federal, comandos de
policiamento, sempre que houver necessidade de agrupar unidades de execução, em
razão da missão e objetivando a coordenação dessas unidades. Correta.

Q134 - A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição


de competências de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo
com a organização básica e os limites de do Poder Executivo federal,
mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos
da organização básica, que compreende o Comando-Geral e os órgãos de
direção-geral e direção setorial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ITEM muito importante, são dois incisos, então grave a substância de cada
um deles:

Art. 48. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de


competências de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a
organização básica e os limites de efetivos definidos em lei, ficarão a cargo:

I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito


Federal, em relação aos órgãos da organização básica, que compreende o
Comando-Geral e os órgãos de direção-geral e direção setorial; e
II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-
Geral, em relação aos órgãos de apoio e de execução, não considerados no inciso
I.
Correta.

Q135 - É dever ético do Policial Militar, de acordo com o Estatuto de


Organização Básica da PMDF, acatar as autoridades militares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 29 da lei 7.289, inciso XI. Acatar autoridades CIVIS. Gabarito Errado.

Q136 - O Aspirante-A-Oficial incapaz de permanecer como Policial Militar


da ativa poderá ser submetido ao Conselho de Justificação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que neste caso, será submetido ao Conselho de Disciplina (praças e praças
especiais). O Conselho de Justificação é exclusivo dos OFICIAIS.

Q137 - Cabe ao Governador do Distrito Federal, em última instância, julgar


os recursos que forem interpostos nos processos oriundos de Conselhos de
Disciplina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 7.829, Art 49 - O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as Praças com estabilidade
assegurada, presumivelmente incapazes de permanecer como policiais-militares da
ativa, serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que
estiverem exercendo, na forma da legislação específica.
§ 1º - Cabe ao Governador do Distrito Federal, em última instância, julgar os
recursos que forem interpostos nos processos oriundos de Conselho de
Disciplina.
§ 2º - A Conselho de Disciplina poderá, também, ser submetido a Praça na reserva
remunerada ou reformada, presumivelmente incapaz de permanecer na situação de
inatividade em que se encontra. Correta.

Q138 - O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano (ano ou


anos-base) para determinado posto ou graduação será fixado até o dia 20 de
janeiro do ano seguinte ao ano-base considerado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
§ 2º O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano (ano ou anos-base),
para determinado posto ou graduação, será fixado até o dia 15 (quinze) de
janeiro do ano seguinte ao ano-base considerado (ano anterior, por ato do
Comandante-Geral. Errado.

Q139 - Não haverá promoção de Policial Militar por ocasião de sua


transferência para a reserva remunerada ou reforma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 62 - Não haverá promoção de policial-militar por ocasião de sua transferência
para a reserva remunerada ou reforma. Correta.

Q140 - As férias poderão ser interrompidas para cumprimento de punição


decorrente de transgressão disciplinar de natureza grave.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É importante saber as razões que levam ou não à interrupção de férias:
Art 63 - Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente
concedidos aos policiais-militares para descanso, a partir do último mês do ano a que
se referem, e durante todo o ano seguinte.

§ 2º A concessão e o gozo de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença


para tratamento de saúde, licença especial, nem pelo cumprimento de sanção
disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos de serviço,
bem como não é anulável o direito a essa licença.

PODE-SE INTERROMPER AS FÉRIAS


§ 3º - Somente em casos de interesse da Segurança Nacional, da manutenção da
ordem, de extrema necessidade do serviço ou de transferência para a
inatividade, para cumprimento de punição decorrente de transgressão disciplinar
de natureza grave e em caso de baixa a hospital, os policiais-militares terão
interrompido ou deixado de gozar, na época prevista, o período de férias a que
tiverem direito, registrando-se, então, o fato em seus assentamentos.

Q141 - Marque a questão incorreta quanto aos períodos de afastamento total


do serviço dos policiais militares:

a) núpcias: 08 dias.
b) luto: 08 dias.
c) instalação: 72 horas.
d) trânsito: até 30 dias, quando designado para cursos ou outras missões fora do
Distrito Federal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C (48h)

Q142 - As licenças poderão ser interrompidas em caso de denúncia ou


pronúncia em processo criminal, mas não no caso de mero indiciamento em
inquérito policial militar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 69 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições
estabelecidas neste artigo.

§ 1º - A interrupção da licença especial e da licença para tratar de interesse particular


poderá ocorrer:
I - em caso de mobilização e estado de guerra;
Il - em casos de decretação de estado de emergência ou de sítio;
III - para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;
IV - para cumprimento de punição disciplinar, conforme o regulado pelo Comandante-
Geral da Policia Militar; e
V - em caso de denúncia, pronúncia em processo criminal ou indiciação em
inquérito policial-militar, a juízo da autoridade que efetivou a denúncia, a
pronúncia ou a indiciação. Questão errada.

Q143 - O Policial Militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer


ato administrativo ou disciplinar de superior hierárquico poderá recorrer ou
interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação.

O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:

Em 10 dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto


a ato que decorra de inclusão em quota compulsória ou de composição de
Quadro de Acesso; nas questões disciplinares, como dispuser o regulamento
específico ou peculiar; e em 120 dias corridos, nos demais casos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único erro, é que o primeiro prazo mencionado é de 15 dias. Errada.

Q144 - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação podem ser


feitos coletivamente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 45 - São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de
superiores quanto as de caracter reivindicatório ou político.
Art 51, § 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser
feitos coletivamente.
SEMPRE individualmente. Errada.
Q145 - O Policial Militar que tiver menos de 5 anos de efetivo serviço, será
excluído do serviço ativo ao se candidatar a cargo eletivo, mediante
demissão ou licenciamento ex officio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, já vimos esse tema.

Q146 - O Policial Militar em atividade que tenha 5 anos ou mais de efetivo


serviço se eleito, será no ato da posse, transferido para a reserva
remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus em função de seu
tempo de serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
MALDADE!! É no ato da diplomação.

Q147 - É considerado dependente do Policial Militar a pessoa que viva, no


mínimo há 5 anos, sob a sua exclusiva dependência econômica, desde que
não receba remuneração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
MALDADE PIORADA! Art. 50, VIII - a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco) anos,
sob a sua exclusiva dependência econômica, comprovada mediante justificação
judicial.

Q148 - O casamento de policiais militares com estrangeiros somente poderá


ser realizado após autorização do Comando-Geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já tratamos desse assunto, está correta.

Q149 - Além de servirem como recompensa, as dispensas de serviço também


podem ser concedidas aos policiais militares para desconto em férias e em
decorrência de prescrição médica, além disso, as dispensas do serviço serão
concedidas com a remuneração integral e computadas como tempo de
efetivo serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q150 - É considerado ausente o Policial Militar que, por mais de 48 horas


consecutivas, dentre outras hipóteses, deixar de comparecer à sua
Organização Policial Militar sem comunicar qualquer motivo de impedimento;
e ausentar-se, sem licença, da Organização Policial Militar onde serve ou
local onde deve permanecer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Olha a pegadinha!!! A ausência é verificada no decurso de 24 HORAS. Errada.

Q151 - É considerado desaparecido o Policial Militar da ativa que, no


desempenho de qualquer serviço, em viagem, em operações policiais
militares ou em casos de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por
mais de 8 dias. Se o Policial Militar, nas condições acima citadas, permanecer
desaparecido por mais de 15 dias, será oficialmente considerado extraviado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O único erro está no prazo relativo ao extraviado, que são de mais de 30 DIAS.
Errada.

Q152 - A deserção é a situação na qual o Policial Militar da ativa deixa de


ocupar a vaga na escala hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem
número.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila, aqui temos situação de agregação. Nada a ver com deserção.
Errada.

Q153 - O Policial Militar agregado em razão de ocupar cargo de natureza


policial militar não previsto nos quadros da PMDF ou aquele que aguarda
transferência para a reserva remunerada considerar-se-ão, para todos os
efeitos, como ativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A agregação é a situação na qual o Policial Militar da ativa deixa de ocupar a
vaga na escala hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número.
Vamos conhecer a duas primeiras situações justificam a situação de agregado do
Policial Militar:

a) quando for nomeado para cargo considerado no exercício de função de natureza


policial militar ou de interesse policial militar estabelecido em Lei ou Decreto-lei, ou
Decreto, não previsto nos Quadros de Organização da Polícia Militar; Obs:
nessa situação, a agregação é contada a partir da data de posse do novo cargo até o
regresso à Corporação ou transferência ex officio para a reserva remunerada.
Caracteriza a posse no novo cargo a entrada em exercício no cargo ou respectiva
função.
b) quando aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido
enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivaram;
Nos casos do quadro acima, e somente neles, o Policial Militar agregado continua
a ser considerado, para todos os efeitos, como em serviço ativo. Correta.

Q154 - A agregação, bem como a reversão se dará por ato do Comandante-


Geral da PMDF, seja no caso de Oficiais ou Praças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A agregação ou reversão será efetuada mediante ato:
a) do Governador do Distrito Federal, para Oficiais e;
b) do Comandante-Geral, para Praças. Errada.

Q155 - Uma das hipóteses de o Policial Militar ser classificado como


excedente, é aquele em que é promovido indevidamente, mesmo havendo
vaga.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, o Estatuto nos diz que excedente é a situação transitória à qual o Policial
Militar passa automaticamente nas seguintes circunstâncias:

a) tendo cessado o motivo que determinou sua agregação, reverte ao respectivo


Quadro, estando este com o efetivo completo;
b) aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido
transferido do Quadro, estando o mesmo com seu efetivo completo;
c) é promovido por bravura, sem haver vaga;
d) é promovido indevidamente, mesmo havendo vaga;
e) sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo de
seu Quadro, em virtude de promoção de outro Policial
Militar em ressarcimento de preterição; e
f) tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva,
retorne ao respectivo Quadro, estando este com seu efetivo completo.

O Policial Militar cuja situação é a de excedente, salvo o indevidamente promovido,


ocupa a mesma posição relativa, em antiguidade, que lhe cabe na escala hierárquica,
com a abreviatura "EXCD", e receberá o número que lhe competir em consequência
da primeira vaga que se verificar. Certa.

Q156 - A demissão é ato de exclusão do serviço aplicado exclusivamente aos


Oficiais e às Praças Especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Se tem uma regra que você não pode deixar de levar para a sua prova é que a
demissão é aplicada exclusivamente aos Oficiais. Portanto, nem as Praças e nem as
Praças Especiais têm o direito a essa forma de exclusão do serviço. Errada.

Q157 - É da competência do Governador do Distrito Federal o ato de exclusão


a bem da disciplina do Aspirante-a-Oficial, bem como das Praças com
estabilidade assegurada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art 113 - É da competência do Comando-Geral o ato de exclusão a bem da disciplina
do Aspirante-a-Oficial PM, bem como das Praças com estabilidade assegurada.
Errada.

CRI – CRIMINOLOGIA

Q1 - Contemporaneamente, a criminologia é conceituada como

A) uma ciência empírica e social que estuda o criminoso, a pena e o controle social.
B) uma ciência empírica e multidisciplinar que estuda as formas como os crimes são
cometidos.
C) uma ciência empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o criminoso, a vítima e
o controle social.
D) uma ciência jurídica e interdisciplinar que estuda as formas como os crimes são
cometidos.
E) uma ciência jurídica e multidisciplinar que estuda o crime, o criminoso, a pena e a
vítima.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para a Criminologia Científica Moderna, a Criminologia é ciência empírica e
interdisciplinar, com informação válida e segura, relacionada ao fenômeno delitivo,
entendido sob o prisma individual e de problema social, como também formas de
preveni-lo. Portanto, o crime é fenômeno humano, cultural e complexo. Gab: Letra C.

Q2 - Os métodos científicos utilizados pela criminologia são

A) métodos experimental e dedutível, como ciência jurídica que são.


B) métodos psicológico e sociológico, como ciências empírica e exata que são.
C) métodos físico e individual, como ciências social e dedutível que são.
D) métodos físico e biológico, como ciência jurídica que são.
E) métodos biológico e sociológico, como ciências empírica e experimental que são.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A criminologia se utiliza dos métodos biológico e sociológico. Como ciência
empírica e experimental que é, a criminologia utiliza-se da metodologia
experimental, naturalística e indutiva para estudar o delinquente, não sendo
suficiente, no entanto, para delimitar as causadas da criminalidade. Gabarito: E.

Q3 - Para
aproximação e verificação de seu objeto de estudo, a Criminologia dos dias
atuais vale-se de um conceito:

A) empírico e interdisciplinar.
B) dedutivo e dogmático.
C) dedutivo e interdisciplinar.
D) dogmático e lógico-abstrato.
E) empírico e lógico-abstrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O estudo criminológico como ciência é pautado na metodologia empírica que analisa
de maneira indutiva-experimental o comportamento delinquente. Considerando seu
caráter interativo e interdisciplinar, socorre-se de outras ciências e disciplinas, tais
como a sociologia, a psiquiatria, a política criminal, etc. Gabarito: A.

Q4 - É correto afirmar que a Criminologia

A) é uma ciência do dever-ser.


B) não é uma ciência interdisciplinar.
C) não é uma ciência multidisciplinar.
D) é uma ciência normativa.
E) é uma ciência empírica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da pessoa
do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo. Conhecimento
empírico é uma expressão cujo significado reporta ao conhecimento adquirido através
da observação. É uma forma de conhecimento resultante do senso comum, por vezes
baseado na experiência, sem necessidade de comprovação científica.

Com base no conhecimento empírico pode-se saber que uma determinada ação
provoca uma reação, sem que, contudo, se saiba qual o mecanismo que leva da ação
à reação. Exemplo disso foi, durante séculos, o conhecimento de que largado um
objeto, ele entra em queda livre até que encontre algo que o sustenha, mesmo antes
de ser conhecida a teoria da gravitação.

Sendo o conhecimento empírico adquirido de forma ingênua, através da mera


observação e com base em deduções simples, é por vezes passível de erro. Por
exemplo, durante muito séculos, aceitou-se como fruto do conhecimento empírico
que o Sol girava em torno da Terra, tendo a ciência mais tarde vindo a demostrar
que, contrariamente ao que possa indicar a nossa percepção é, na realidade, a Terra
que gira em torno do Sol. Gabarito: E.

Q5 - É correto afirmar que a Criminologia contemporânea tem por objetos

A) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social.


B) a tipificação do delito e a cominação da pena.
C) apenas o delito, o delinquente e o controle social.
D) apenas o delito e o delinquente.
E) apenas a vítima e o controle social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É uma ciência empírica e interdisciplinar, tem por objetos: o delito, o delinquente, a
vítima e o controle social. Gabarito: A.

Q6 - ___________é considerado pai da criminologia, por ter utilizado o


método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos
da criminalidade. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

A) Adolphe Quetelet
B) Cesare Bonesana
C) Emile Durkheim
D) Enrico Ferri
E) Cesare Lombroso

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A notoriedade adquirida por Cesare Lombroso consagrando-o ―Pai da criminologia‖
deve-se à utilização do método indutivo-experimental no estudo da criminalidade,
não na tese do delinquente nato, teoria fracassada desde sua criação. Gabarito: E.

Q7 – Os objetos de estudo da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima


e ______________________. Assinale a alternativa que preenche
corretamente a lacuna do texto.

A) a participação da vítima no crime


B) as classes sociais
C) as leis
D) o controle social
E) o Poder Público

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os objetos de estudos de interesse da Criminologia Contemporânea, surgidos
gradativamente em conformidade com a evolução do estudo da criminalidade, são: o
crime, o criminoso, a vítima e o controle social. Gabarito: D.
Q8 – A criminologia é conceituada como uma ciência

A) jurídica (baseada nos estudos dos crimes e nas leis) e monodisciplinar.


B) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar.
C) social (baseada somente nos estudos do comportamento social do criminoso) e
unidisciplinar.
D) exata (baseada nas estatísticas da criminalidade) e multidisciplinar.
E) humana (baseada na observação do criminoso e da vítima e unidisciplinar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O estudo criminológico como ciência é pautado na metodologia empírica que analisa
de maneira indutiva-experimental o comportamento delinquente. Gabarito: B.

Q9 - Sobre o objeto de estudo da Criminologia dos dias atuais, assinale a


alternativa correta.

a) O ramo da Criminologia que estuda a vítima é denominado Frenologia Criminal.


b) O estudo de desvios de conduta que atentam contra a moral e os bons costumes
não é assunto da Criminologia, por não configurarem crime, na acepção jurídica da
palavra.
c) A Escatologia Criminal estuda os atos pecaminosos praticados por quem escolhe a
vereda do mal.
d) A Criminologia ocupa-se do estudo do crime, caracterizando-o como simples fato
típico e antijurídico, da mesma forma que o Direito Penal.
e) A Criminologia tem por objeto de estudo o delinquente, o delito, a vítima e o
controle social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Desde o período positivista, os objetos de estudos de interesse da Criminologia
Contemporânea, surgidos gradativamente em conformidade com a evolução do
estudo da criminalidade, são: o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
Gabarito: E.

Q10 - O objeto da criminologia que analisa a conduta antissocial, as causas


geradoras e vê a criminologia como um problema social e comunitário, é:

a) a psicologia.
b) a ciência humana.
c) o delito.
d) a sociologia.
e) o direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O delito, primeiro objeto de estudo da criminologia dada sua relevância para a
etiologia criminal. Gabarito: C.

Q11 - Assinale a alternativa que indica um dos objetos de estudo da


criminologia moderna.

a) O controle social.
b) A justiça.
c) O direito penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A criminologia moderna (período positivista) possui quatro objetos de estudo, sendo:
o crime, o criminoso, a vítima e o controle social surgidos de acordo com a evolução
da ciência, respectivamente, nesta ordem. Gabarito: A.

Q12 – A criminologia pode ser conceituada como uma ciência


________________ baseada na observação e na experiência, e que tem por
objeto de análise o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.

a) exata … multidisciplinar
b) objetiva … monodisciplinar
c) humana … unidisciplinar
d) biológica … transdisciplinar
e) empírica … interdisciplinar

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dentre as características da criminologia. Afora seu caráter científico interposto pela
metodologia empírica, está a interdisciplinaridade que mantém com outras ciências e
disciplinas visando compreender e explicar as causas geradoras da delinquência
através da etiologia criminal. Gabarito: E.

Q13 - O método de estudo da Criminologia reúne as seguintes


características:

a) silogismo; vedação de interdisciplinariedade; visão indutiva da realidade.


b) empirismo; vedação de interdisciplinariedade; visão indutiva da realidade.
c) racionalismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
d) empirismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
e) racionalismo; interdisciplinaridade; visão dedutiva da realidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A criminologia enquanto ciência é pautada na metodologia empírica que analisa de
maneira indutiva experimental o comportamento delinquente, buscando a
comprovação científica de suas causas. Considerando seu caráter interativo e
interdisciplinar, socorre-se de outras ciências e disciplinas, tais como a sociologia, a
psiquiatria, etc. Gabarito: D.

Q14 - Um dos primeiros autores a classificar as vítimas de um crime foi


Benjamin Mendelsohn, que levou em conta a participação das vítimas no
delito. Segundo esse autor, as vítimas classificam-se em __________;
vítimas menos culpadas que os criminosos; __________; vítimas mais
culpadas que os criminosos e __________.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas


do texto.

a) vítimas inocentes … vítimas inimputáveis … vítimas culpadas


b) vítimas primárias … vítimas secundárias … vítimas terciárias
c) vítimas ideais … vítimas tão culpadas quanto os criminosos … vítimas como únicas
culpadas
d) vítimas tão participativas quanto os criminosos … vítimas passivas … vítimas
colaborativas quanto aos criminosos
e) vítimas passivas em relação ao criminoso … vítimas prestativas … vítimas ativas
em relação aos criminosos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fazendo uma pequena revisão! Vimos que as classificações de Benjamín Mendelsohn
(Tipologias, Centro de Difusion de la Victímologia, 2002). O vitimólogo israelita
fundamenta sua classificação na correlação da culpabilidade entre a vítima e o
infrator. E o único que chega a relacionar a pena com a atitude vitimal. Sustenta que
há uma relação inversa entre a culpabilidade do agressor e a do ofendido, a maior
culpabilidade de uma é menor que a culpabilidade do outro:

● Vítima de culpabilidade menor ou vítima por Ignorância: neste caso se dá um certo


impulso involuntário ao delito. O sujeito por certo grau de culpa ou por meio de um
ato pouco reflexivo causa sua própria vitimização. Ex.: Mulher que provoca um aborto
por meios impróprios pagando com sua vida, sua ignorância;
● Vítima completamente inocente ou vítima ideal: é a vítima inconsciente que se
colocaria em 0% absoluto da escala de Mendelsohn. E a que nada fez ou nada
provocou para desencadear a situação criminal, pela qual se vê danificada. Ex.:
incêndio;
● Vítima tão culpável como o infrator ou vítima voluntária: aquelas que cometem
suicídio jogando com a sorte. Ex. roleta russa, suicídio por adesão vítima que sofre de
enfermidade incurável e que pede que a matem, não podendo mais suportar a dor
(eutanásia) a companheira (o) que pactua um suicídio; os amantes desesperados; o
esposo que mata a mulher doente e se suicida;
● Vítima mais culpável que o infrator:
- Vítima provocadora: aquela que por sua própria conduta incita o infrator a cometer
a infração. Tal incitação cria e favorece a explosão prévia á descarga que significa o
crime;
- Vítima por imprudência: é a que determina o acidente por falta de cuidados. Ex.
quem deixa o automóvel mal fechado ou com as chaves no contato.
●Vítima mais culpável ou unicamente culpável:
- Vítima infratora: cometendo uma infração o agressor cai vítima exclusivamente
culpável ou ideal, se trata do caso de legitima defesa, em que o acusado deve ser
absolvido;
- Vítima simuladora: o acusador que premedita e irresponsavelmente joga a culpa ao
acusado, recorrendo a qualquer manobra com a intenção de fazer justiça num erro.
Gabarito: C.

Q15 - O comportamento inadequado da vítima que de certo modo facilita,


instiga ou provoca a ação de seu verdugo é denominado

a) vitimização terciária.
b) vitimização secundária.
c) periculosidade vitimal.
d) vitimização primária.
e) vitimologia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pessoal, verdugo é aquela pessoa cruel. Quanto ao comportamento da vítima, é
relevante saber um pouco sobre a perigosidade vitimal, que é a etapa inicial da
vitimização. Perigosidade ou periculosidade vitimal é um estado psíquico e
comportamental em que a vítima se coloca estimulando a sua vitimização, ex., a
mulher que usa roupas provocantes, estimulando a libido do estuprador no crime de
estupro. Gabarito: C.

Q16 - O comportamento da vítima em nada contribui para a ocorrência do


crime contra si praticado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quanto ao comportamento da vítima, é relevante saber um pouco sobre a
perigosidade vitimal, que é a etapa inicial da vitimização. Perigosidade ou
periculosidade vitimal é um estado psíquico e comportamental em que a vítima se
coloca estimulando a sua vitimização. Gabarito: E.

Q17 - A Vitimologia estuda o papel da vítima no episódio danoso, o modo


pelo
qual participa, bem como sua contribuição na ocorrência do delito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Vitimologia pode ser definida como o estudo científico da extensão, natureza e
causas da vitimização criminal, suas consequências para as pessoas envolvidas e as
reações àquela pela sociedade, em particular pela polícia e pelo sistema de justiça
criminal, assim como pelos trabalhadores voluntários e colaboradores profissionais. A
definição abrange tanto a vitimologia penal quanto a geral ou vitimologia orientada
para a assistência. A vitimologia é hoje um campo de estudo orientado para a ação ou
formulação de políticas públicas. A vitimologia não deve ser definida em termos de
direito penal, mas de direitos humanos. Assim, a vitimologia deveria ser o estudo das
consequências dos abusos contra os direitos humanos, cometidos por cidadãos ou
agentes do governo. Gabarito: C.

Q18 - A Vitimologia nasceu como ramo das ciências jurídicas, por conta das
observações feitas pelos estudiosos a respeito do comportamento da vítima
perante o ordenamento jurídico em vigor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vitimologia é uma ciência que nasceu a princípio incorporada à criminologia e tem
como sua principal meta estudar a vítima, seu comportamento, sua participação no
delito sofrido, suas tipologias, bem como a possível reparação de danos por elas
sofridos. Gabarito: E.

Q19 - Vitimologia surgiu, como ramo da Criminologia, em 1876, por meio da


obra ―O Homem Delinquente‖, de Cesare Lombroso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A vitimologia com a finalidade de estudar a relação vítima-criminoso no fenômeno da
criminalidade, surgiu à partir de 1947. Benjamim Mendelsohn, advogado israelense, e
Hans Von Hentig, professor alemão, quando exilado nos Estados Unidos são
considerados os pioneiros da Vitimologia. Assim, O termo ―vitimologia‖ foi criado por
Benjamin Mendelsohn, em 1945, em seus primeiros estudos feitos sobre a matéria.
Benjamim Mendelsohn, realizou uma palestra com o título: "Um horizonte novo na
ciência biopsicosocial: a Vitimologia". Seu primeiro livro foi publicado em 1956,
sustentando a autonomia científica da Vitimologia em relação à Criminologia. Gab: E.

Q20 - O comportamento da vítima sempre contribui para a ocorrência do


crime contra si praticado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pessoal, sempre não. Pode contribuir! Gabarito: E.

Q21 - Assinale a alternativa que contém os nomes dos precursores da


vitimologia do século XX.

a) Hans von Heting e Benjamin Mendelsohn.


b) Cesare Bonesana e Raffaele Garofalo.
c) Émile Durkheim e Cesare Lombroso.
d) Francesco Carrara e Enrico Ferri.
e) Michel Foucault e John Locke.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Benjamin Mendelsohn, advogado israelense e professor emérito de criminologia da
Universidade Hebraica de Jerusalém, foi pioneiro no estudo da Vitimologia juntamente
com Hans Von Heting. Em conferência realizada em Bucareste em meados da
década de 1950, consagrou-se patrono da vitimologia ao exaltar a indispensabilidade
do estudo do comportamento consciente e inconsciente do sujeito passivo do crime
(vítima), não devendo ser considerado tão somente um simples coadjuvante do
delito, dentre outras sistematizações, classificações e propostas correlatas aos fatores
de vulnerabilidade e vitimização. Gabarito: A.

Q22 - Do ponto de vista vitimológico, vítima falsa é aquela que:

a) consente com a prática do delito.


b) tolera a lesão sofrida pelo temor de perseguição por seu algoz.
c) se autovitimiza para obter benefícios para si.
d) detém predisposição permanente e inconsciente para se tornar vítima.
e) deixa de comunicar o crime sofrido às autoridades competentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É aquela que se autovitimiza para obter benefícios. Exemplo: fraude contra o seguro.
Gabarito: C.

Q23 - Os primeiros estudos sobre a vitimologia datam de 1901, tendo como,


estudioso do assunto:

a) Hans Gross.
b) Enrico Ferri.
c) Francesco Carrara.
d) Adolphe Quetelet.
e) Cesare Bonesana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Juntamente com outros pesquisadores como Hans Heting e Lola Anyar de Castro,
Hans Gross colaborou, indubitavelmente, para o reconhecimento da vitimologia como
uma nova fonte de pesquisa criminológica. Contudo, não foi consagrado patrono da
disciplina mister que foi designado a Benjamin Mendelsohn. Letra A. Gabarito: A.

Q24 - Os estudos de vitimologia são relativamente recentes em matéria


criminológica. Embora seja possível citar referências históricas, tiveram
grande impulso e ganharam corpo somente após:

a) o extermínio de judeus na Segunda Grande Guerra.


b) a abolição da escravatura na América do Sul.
c) a independência tardia dos países africanos, ex-colônias europeias.
d) a grande depressão iniciada nos Estados Unidos da América após a crise de 1929.
e) a exposição das fragilidades humanitárias da Europa Oriental após a queda do
Muro de Berlim.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Por mais de três séculos vivenciou-se um período de neutralização! A vítima era
encarada como mero objeto, servindo apenas como testemunha do Estado na punição
do infrator. Somente na década de 1950 foi redescoberta com o surgimento da
vitimologia fundada por Benjamin Mendelsohn, após duas grandes guerras
mundiais e o extermínio dos judeus no famigerado holocausto. Gabarito: A.

Q25 - Para a Vitimologia, a vítima agressora, simuladora ou imaginária


também é conhecida por

a) vítima inocente.
b) vítima menos culpada que o criminoso.
c) vítima tão culpada quanto o criminoso.
d) pseudovítima ou vítima totalmente culpada.
e) vítima ideal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo a doutrina, vítima simuladora ou mais culpada que o criminoso é aquela
consciente de que não foi vítima de delito algum tampouco do indivíduo a quem
acusa, porém age dolosamente e com má-fé, geralmente por razões de vingança ou
buscando obter alguma vantagem. Gabarito: D.

Q26 - A prevenção criminal secundária é aquela que atua

A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e


estudo, evitando sua reincidência.
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação
policial, programas de apoio e controle das comunicações.
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos
individuais e sociais.
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e
segurança.
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com
programas psicológicos e de assistência social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejamos as três:
Prevenção primária:
● Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra;
● Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos;
● Reclama prestações sociais e intervenção comunitária;
● Limitações práticas: falta de vontade política e de conscientização da sociedade.

Prevenção secundária:
● Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança pública;
● Atua na exteriorização do conflito;
● Opera a curto e médio prazo;
● Dirige-se a setores específicos da sociedade.

Prevenção terciária:
● Destinatário: população carcerária;
● Caráter punitivo;
● Objetivo: evitar a reincidência;
● Intervenção tardia, parcial e insuficiente.
Gabarito: B.

Q27 - Entende(m)-se por prevenção primária

A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis.


B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco.
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou
social.
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua
etiologia.
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu
acontecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com a explicação da questão anterior. Gabarito: D.

Q28 - Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à


chamada prevenção primária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
NÃO SE CONFUNDEM!
O processo seletivo de criminalização acontece em duas etapas: a criminalização
primária e a criminalização secundária. A primária compreende a definição das
normas e a secundária consiste na imposição das normas. Em regra geral, são as
autoridades políticas (parlamentares e executivos) que exercem a criminalização
primária, enquanto que as autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados,
juízes) realizam a criminalização secundária.

Quanto à de prevenção, há três tipos, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou
menor relevância etiológica dos programas, seja quanto aos destinatários aos quais
se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que utilizam. A prevenção primária
procura agir a raiz do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se
manifeste. (através de uma socialização proveitosa de acordo com os objetivos
sociais).
Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de política cultural,
econômica e social, que capacitem os cidadãos de condições sociais que os ajudem a
superar de forma produtiva eventuais conflitos.
Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, respeito e seriedade ao
assunto, poderia também ser cobrado da sociedade a sua efetiva parcela de
contribuição. O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é que
não há cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento dessa cicatriz que
de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao País. A chamada prevenção
secundária opera onde e quando o conflito acontece, nem antes nem depois. E se
caracteriza pelas ações policiais, pelo controle dos meios de comunicação, da
implantação da ordem social e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que
apresentam maior risco de protagonizarem algum problema criminal. A prevenção
terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, (população), o condenado. A
terciária é a aplicação de reclusão sobre o indivíduo criminoso. Nesse caso a
―ressocialização‖ é voltada apenas para o infrator, no ambiente prisional. Gabarito: E.

Q29 - São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância,


intervenção mínima, proporcionalidade, individualização da pena e
humanidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Princípios informadores do direito penal mínimo:

- Insignificância: somente os bens jurídicos mais relevantes é que devem ser


tutelados pelo Direito Penal;
- Intervenção Mínima: o Estado, por meio do Direito Penal, só deve interferir na
vida do indivíduo quando efetivamente necessário.
- Fragmentariedade: pode ser entendido em dois sentidos: somente os bens
jurídicos mais relevantes merecem tutela penal; exclusivamente os ataques mais
intoleráveis devem ser punidos com sanção penal;
- Adequação Social: preconiza de idéia de que, apesar de uma conduta se subsumir
ao tipo penal, é possível deixar de considerá-la típica quando socialmente adequada,
isto é, quando estiver de acordo com a ordem social. Gabarito: E.

Q30 - O modelo ressocializador baseia-se na repressão por meio da punição


ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime não
compensa e que gera sanção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Este é o modelo dissuasório que se baseia na repressão por meio da punição ao
agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime não compensa e que
gera sanção. Por esse modelo, aplica-se a pena somente aos imputáveis e semi-
imputáveis, cabendo aos inimputáveis o tratamento psiquiátrico. Gabarito: E.

Q31 - Em um estado democrático de direito, o castigo do infrator não esgota


as expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se
apontar, como os objetivos científicos mais satisfatórios e adequados na
criminologia moderna, a ressocialização do delinquente, a (o)
____________________________e a prevenção do crime. Assinale a
alternativa que preenche corretamente a lacuna.

A) reparação dos danos à vítima


B) informação ao cidadão
C) ressarcimento ao Estado
D) especialização profissional do delinquente
E) formação espiritual e religiosa do delinquente

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A finalidade precípua do estudo criminológico é a prevenção do delito, entretanto,
subsidiariamente, almeja a criminologia a ressocialização do delinquente e a
reparação do dano à vítima. Gabarito: A.

Q32 - conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático de Direito, e as


medidas adotadas para alcançá-la são:

a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e


indiretamente o delito
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o
criminoso
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o
delinquente direta e indiretamente
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta
e indiretamente
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso
direta e indiretamente

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Falamos que a prevenção do delito é a finalidade precípua da criminologia, como
manobra de evitar a delinquência e o aumento da criminalidade. Assim, objetivando
evitar que o crime ocorra, o estudo das modalidades de prevenção delitiva, da
etiologia criminal, dos modelos de justiça criminal e da vitimologia ganham espaço na
ciência biopsicossocial. Gabarito: A.

Q33 - A atuação das polícias, do Ministério Público e da justiça criminal,


quando focada em determinados grupos ou setores da sociedade, por
possuírem maior risco de praticar o crime ou de ser vitimados por este,
constitui programa de prevenção

A) secundária
B) quaternária
C) primária
D) quinária
E) terciária

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diferindo da prevenção primária que objetiva neutralizar o delito evitando que ele
ocorra, a prevenção secundária é mais tardia em termos etiológicos, atuando
somente após a ocorrência do crime, vindo a atuar em setores particulares da
sociedade denominados vulneráveis por ostentar maior risco de protagonizar o crime,
exigindo ferrenha atuação dos órgãos formais de controle social por parte do Estado.
GAB: A.
Q34 - As melhoras da educação, do processo de socialização, da habitação,
do trabalho, do bem-estar social e da qualidade de vida das pessoas de uma
determinada comunidade são os elementos essenciais de um programa de
Prevenção

A) terciária.
B) quinária.
C) secundária.
D) primária.
E) quaternária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prevenção primária do delito visa neutralizar o delito através de medidas
profiláticas que atuem diretamente nas situações favoráveis ao crime fazendo dela o
modelo mais eficaz de resposta ao crime, dotando o indivíduo de capacidade para
superar eventual assédio do crime organizado ou ainda de ações voltadas a dificultar
o acesso do criminoso aos alvos (vítimas) para assim reduzir as oportunidades, pela
promoção do bem-estar e combate das formas de privação social e mediante a
promoção de valores comuns e respeito aos direitos fundamentais. Gabarito: D.

Q35 - A prevenção criminal, que consiste na conscientização social, atingindo


o problema criminal em sua etiologia, sendo operacionalizada a longo prazo,
manifestando-se por meio de estratégias políticas, culturais e sociais,
proporcionando qualidade de vida ao indivíduo, é chamada de prevenção

A) primária.
B) quaternária.
C) secundária.
D) quintenária.
E) terciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Considere a modalidade mais eficaz de prevenção delitiva, a prevenção primária é
aquela decorrente da conscientização social, a qual atinge o problema criminal em
sua etiologia, isto é, em sua raiz e essência. Manifesta-se por meio de estratégias
políticas, culturais e sociais, proporcionando qualidade de vida ao indivíduo. Gabarito:
A.

Q36 - A moderna criminologia exige do Estado Democrático de Direito um


controle razoável da criminalidade que, no Brasil, apresenta como sugestão
metodo-lógica e eficaz para a pequena e média criminalidade o modelo

A) de justiça consensual como, por exemplo, a lei dos Juizados Especiais Criminais.
B) da ―tolerância zero‖, criminalizando toda e qualquer conduta antissocial.
C) do ―Direito Penal do Inimigo‖, desenvolvido pelo alemão Günther Jakobs.
D) da utilização do Direito Penal como ―prima ratio‖, evitando desdobramentos mais
graves.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O direito brasileiro é adepto da teoria mista ou unificada de pena cuja sistemática é
basicamente pautada no modelo punitivo, contudo, após a reforma da parte geral do
código penal, passou a admitir parcialmente o sistema ressocializador, visando a
composição e pacificação dos conflitos, como nos casos de infração de menor
potencial ofensivo criadas a partir da Lei 9.099, que instituiu os juizados especiais
cíveis e criminais em 1995.
Gabarito: A.

Q37 - sistema de justiça criminal se organiza em três frentes principais de


atuação:

A) segurança pública, justiça criminal e execução penal.


B) segurança pública, justiça criminal e juri popular.
C) justiça criminal, segurança jurídica e execução penal.
D) justiça criminal, segurança jurídica e juri popular.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O sistema de justiça criminal abrange órgãos dos Poderes Executivo e Judiciário em
todos os níveis da Federação. O sistema se organiza em três frentes principais de
atuação: segurança pública, justiça criminal e execução penal. Gabarito: A.

Q38 - Dentre os modelos sociológicos, as teorias da criminologia crítica,


rotulação e da criminologia radical são exemplos da teoria

A) do consenso
B) da aparência
C) do descaso
D) da falsidade
E) do conflito

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme já estudamos em outras aulas, dentre as teorias macrossociológicas da
criminalidade temos as teorias consensuais e conflitivas, estas últimas, dotadas de
caráter crítico com relação ao sistema penal de punição adotado (Teoria do
Etiquetamento ou Rotulação) ou com o sistema econômico capitalista (Teoria Marxista
ou Radical). Gabarito: E.

Q39 – O neorretribucionismo, com origem nos Estados Unidos, também


conhecida por "lei e ordem" ou "tolerância zero" se refere a teoria:

A) ―positiva‖
B) ―janelas quebradas‖
C) ―clássica‖
D) ―cidade limpa‖
E) ―diferencial‖

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Movimento lei de ordem desenvolvido em 1990 pelo prefeito nova iorquino, Rudolph
Giuliani, em combate à criminalidade agravada pelas gangues do Bronx. Teoria das
janelas quebradas (caso do carro abandonado e sede empresa depredada) inspirando
a política da tolerância Zero, a qual punia a menor infração praticada visando a
intimidar os delinquentes. Gabarito: B.

Q40 - Analise o enunciado da questão abaixo e assinale "certo" (c) ou


"errado" (e). Em sede de Política Criminal, o Direito Penal de segunda
velocidade, identificado, por exemplo, quando da edição das Leis dos Crimes
Hediondos e do Crime Organizado, compreende a utilização da pena privativa
de liberdade e a permissão de uma flexibilização de garantias materiais e
processuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conforme estudamos, Jésus-Maria Silva Sánchez, visualiza o Direito Penal diferentes
velocidades. A primeira velocidade seria aquela tradicional do Direito Penal, que tem
por fim último a aplicação de uma pena privativa de liberdade. Nessa hipótese, como
está em jogo a liberdade do cidadão, devem ser observadas todas as regras
garantistas, sejam elas penais ou processuais penais. Numa segunda velocidade,
temos o Direito Penal à aplicação de penas não privativas de liberdade, a exemplo do
que ocorre no Brasil com os Juizados Especiais Criminais, cuja finalidade, de acordo
com o art. 62 da Lei no 9.099/95, é, precipuamente, a aplicação de penas que não
importem na privação da liberdade do cidadão, devendo, pois, ser priorizadas as
penas restritivas de direitos e a pena de multa. Nessa segunda velocidade do Direito
Penal poderiam ser
afastadas algumas garantias, com o escopo de agilizar a aplicação da lei penal.
Embora ainda com certa resistência, tem-se procurado entender o Direito Penal do
Inimigo como uma terceira velocidade. Seria, portanto, uma velocidade híbrida, ou
seja, com a finalidade de aplicar penas privativas de liberdade (primeira velocidade),
com uma minimização das garantias necessárias a esse fim (segunda velocidade).
Gabarito: E.

Q41 - A criminologia moderna estuda o fenômeno da criminalidade por meio


da estatística criminal. Nessa seara, a expressão ―cifra dourada‖ designa:

A) o total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são


elucidados.
B) as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou apuradas; trata-se de
um subtipo de "cifra negra", a exemplo do crime de sonegação fiscal.
C) as infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o homicídio, que, ao
ser elucidado, permite ao poder público planejar melhor suas ações e alterar a
legislação.
D) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por enquadrar-se na Lei n.º
9.099/95, a exemplo do delito de perturbação do sossego alheio.
E) o percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa renda que não chega ao
conhecimento do poder público por falta de registro e, portanto, não são elucidados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fenômeno das cifras da criminalidade é definido como o processo de distanciamento
progressivo entre o fato ocorrido e o fato registrado, desequilibrando as estatísticas
criminais, através da distorção entre a criminalidade real e aparente. Uma de suas
modalidades, as cifras douradas, consiste em crimes praticados por pessoas do alto
escalão da sociedade que, através de um processo de aprendizagem, utilizam o
próprio conhecimento profissional em crimes específicos que requerem habilidade e
técnica. Gabarito: B.

Q42 - Os elementos do fato típico são conduta (ação e omissão), resultado,


relação da causalidade e tipicidade. Diante dessa constatação, o que se
entende por iter criminis:
A) é a trajetória do crime, dividida em cogitação, atos preparatórios, atos de
execução e consumação.
B) é a conseqüência da ecloção do dolo, que não permite punição.
C) é a descriminante putativa aliada a coação irresistível.
D) é a trajetória do delito, dividida em atos preparatórios e consumação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aquele corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato
previsto em lei como ilícito penal. Segundo a doutrina possui duas fases: uma interna
e outra externa. A primeira é representada pela cogitação. Já a segunda se divide em
outras três: preparação, execução e consumação. Fiquem atentos pois o exaurimento
não integra o iter criminis. Gabarito: A.

Q43 – A criminologia moderna ocupa-se com a pesquisa científica do


fenômeno criminal — suas causas, características, sua prevenção e o
controle de sua incidência —, sendo uma ciência causal-explicativa do delito
como fenômeno social e individual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vale a pena reforçar que a criminologia é uma ciência empírica, interdisciplinar e
indutiva, qualquer questão que afirme que se trata de uma ciência jurídica/ normativa
(como o Direito Penal, por exemplo) estará errada, assim como dizer se tratar de
ciência exata. Questão certa.

Q44 - O objeto de estudo da criminologia é a culpabilidade, considerada em


sentido amplo; já o direito penal se importa com a periculosidade na
pesquisa etiológica do crime.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A criminologia tem 4 objetos, que são: o criminoso, a vítima, o crime e o controle
social. Errada.

Q45 - Entre os modelos teóricos explicativos da criminologia, o conceito


definitorial de delito afirma que, segundo a teoria do labeling approach, o
delito carece de consistência material, sendo um processo de reação social,
arbitrário e discriminatório de seleção do comportamento desviado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ocorre uma atração entre indivíduos e o crime com base na rotulação (palavra
chave) de determinados comportamentos e culturas associados ao crime. Correta.

Q46 - Os objetos de investigação da criminologia incluem o delito, o infrator,


a vítima e o controle social. Acerca do delito e do delinquente, assinale a
opção correta.

a) Para a criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema


econômico; culpável é a sociedade capitalista.
b) Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora
pudesse escolher pela observância e pelo respeito à lei.
c) Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremente
os seus atos: ele necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medidas
educativas.
d) Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga
hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
e) A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos para conceituar
crime: ação típica, ilícita e culpável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA. Esse é o pensamento da teoria do conflito, mais precisamente na teoria
crítica, onde a sociedade não é harmônica, existindo os opressores e oprimidos. Em
suma, é o bla bla bla eterno da esquerda. Lembrar que o positivismo criminológico
trabalha com a idéia do determinismo biológico, que as cargas genéticas
influenciavam o modo de agir de uma pessoa.

b) ERRADA. Esse é o pensamento da escola clássica. Falou em livre arbítrio, pense


em escola clássica. Para Marx, a criminalidade só existia por conta da desigualdade
social e em razão da opressão causada pela classe dominante em relação a classe
dominada. Resumindo, pensou em mimimi pensou em Marx

c) CORRETA.

d) ERRADA. A questão trata da escola positivista, mais especificamente da biologia


criminal de Lombroso, através de seu livro "o homem delinquente". O atavismo são
as cargas genéticas passadas de geração por geração que são determinantes para
que o indivíduo cometa um crime. Atavismo deve remeter sempre ao Lombroso e,
consequentemente, a criminologia positiva

e) ERRADA. A abordagem é completamente diferente, a criminologia se preocupa,


basicamente, com a etiologia do crime (as causas que levam um criminoso a
delinquir), enquanto o direito penal tem uma abordagem focada na resposta do
problema, é a ciência do "dever ser".
Gabarito: "C"

Q47 - O modelo positivista analisa os fatores criminológicos sob a concepção


do delinquente como indivíduo racional e livre, que opta pelo crime em
virtude de decisão baseada em critérios subjetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A escola positiva não considera o indivíduo racional e livre, mas sim preso ao que
foi determinado por sua genética – o atavismo. Dica maluca do aidético:
Lembra do SORO POSITIVO – Ele foi determinado preso por sua genética. Errada.

Q48 - A Escola de Chicago, ao atentar para a mutação social das grandes


cidades na análise empírica do delito, interessa-se em conhecer os
mecanismos de aprendizagem e transmissão das culturas consideradas
desviadas, por reconhecê-las como fatores de criminalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta. Dica para associar palavras:
Escola de Chicago (teoria de consenso ou consensual):
- Teoria ecológica = Cidade grande (cidade cresce, aumenta criminalidade)
- Teoria Espacial = Arquitetura e urbanismo influenciam no crime.
Q49 - A teoria estrutural-funcionalista da sociologia criminal sustenta que o
delito é produto da desorganização da cidade grande, que debilita o controle
social e deteriora as relações humanas, propagando-se, consequentemente,
o vício e a corrupção, que são considerados anormais e nocivos à
coletividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pela palavra chave ―cidade grande‖ sabemos que se trata da teoria ecológica da
Escola de Chicago. Errada.

Q50 - O italiano Cesare Lombroso, autor da obra ―L‘Uomo delinquente‖, foi


um dos precursores da Escola Clássica de Criminologia, a qual admitia a ideia
de que o crime é um ente jurídico - infração - e não ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Inevitavelmente, nesse tipo de matéria vamos ter que usar muitos ―memorex‖ para
chegar na prova e marcar a questão correta mesmo sem entender completamente o
enunciado. Vamos nessa questão guardar a seguinte informação: Nomes do
Positivismo (e não escola clássica).

Lembre-se do professor LFG e suas aulas muito boas e POSITIVAS.


Cesare Lombroso
Enrico Ferri
Rafalle Garófalo

Q51 - Enquanto a criminologia pode ser identificada como a ciência que se


dedica ao estudo do crime, do criminoso e dos fatores da criminalidade, a
vitimologia tem por objeto o estudo da vítima e de suas peculiaridades,
sendo considerada por alguns autores como ciência autônoma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para muitos autores é considerado uma ciência autônoma. Lembre-se que o fundador
da vitimologia é Benjamin Mendelsohn (questão muito recorrente nas provas,).
Item correto 

Q52 - Segundo o princípio da parcialidade positiva do juiz, diferenças sociais,


culturais, econômicas, étnicas, raciais e de outras naturezas devem ser
reconhecidas pelo julgador para que este possa chegar a decisões
verdadeiramente justas no âmbito criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da parcialidade positiva do juiz prescreve que o magistrado, na solução do
caso concreto, reconheça as diferenças sociais, econômicas, culturais etc das partes
que compõem a relação jurídica processual e aja de acordo com essas diferenças.
Correta.

Q53 - Quando a vítima, em decorrência do crime sofrido, não encontra


amparo adequado por parte dos órgãos oficiais do Estado, durante o
processo de registro e apuração do crime, como, por exemplo, o mau
atendimento por um policial, levando a vítima a se sentir como um ―objeto‖
do direito e não como sujeito de direitos, caracteriza
a) vitimização estatal ou oficial.
b) vitimização secundária.
c) vitimização terciária.
d) vitimização quaternária.
e) vitimização primária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
VÍTIMA - Etapas de Enfoque:
No 1º modelo a vítima era muito valorizada. A Justiça era vindicativa: a vítima ou
seus familiares aplicavam a punição. Era a vingança privada.
No 2º modelo o Estado assume o monopólio da pretensão punitiva. Neutraliza-se a
importância do papel da vítima.

Atualmente, no Direito Brasileiro, assistimos às tendências da vitimologia: Leis


9.099/95 e 11.340/06. Nos JECs, o papel da vítima foi resgatado e se criou um
espaço dialógico, de consenso.

Tipos de Vitimização:
Vitimização Primária - Refere-se ao prejuízo derivado do crime praticado, aos
danos físicos, sociais e econômicos. Aqui o indivíduo sofre diretamente a ação, os
danos.

Vitimização Secundária - É sobrevitimização do processo penal. Consiste no


sofrimento adicional imputado pela prática da justiça criminal, o sofrimento de reviver
os danos durante a ação penal. Decorre da relação entre a vítima primária e o
Estado; (por exemplo, constrangimento, exposição, falta de informação,
insensibilidade e burocracia).

Vitimização Terciária - É ligada à cifra negra, também chamada de cifra oculta da


criminalidade, pela considerável quantidade de crimes que não chegam ao Sistema
Penal, quando a vítima experimenta abandono e não dá publicidade ao ocorrido.

Q54 - A ―síndrome de Londres‖ se evidencia quando a vítima, como instinto


defensivo, passa a apresentar um comportamento excessivamente
lamurioso, demasiadamente submisso e com pedido contínuo de
misericórdia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"Síndrome de Londres" o fenômeno é justamente o contrário, isto é, OS REFÉNS
PASSAM A DISCUTIR, DISCORDAR DO COMPORTAMENTO DOS SEQUESTRADORES,
GERANDO UMA ANTIPATIA QUE, MUITAS VEZES, PODERÁ SER FATAL. É quase que o
inverso da ―Síndrome de Estocolmo", a qual se caracteriza pela afinidade que os
reféns passam a ter em relação aos seus sequestradores. Errada.

Q55 - O afeiçoamento da vítima em relação ao criminoso seques-trador,


interagindo com ele pelo próprio instinto de sobrevivência, é chamado, pela
Criminologia, de síndrome de Estocolmo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Síndrome de Estocolmo: Afeiçoamento da vítima em relação ao criminoso, com
instinto de sobrevivência. Dica: Estocolmo = ―Estoucalmo‖.
Q56 - Stalking é um termo que designa a forma de violência na qual o sujeito
ativo invade repetidamente a esfera de privacidade da vítima, empregando
táticas de perseguição e meios diversos de atuação, resultando dano à sua
integridade psicológica e emocional, restrição à sua liberdade de locomoção
ou lesão à sua reputação, configurando, deste modo, uma modalidade de
assédio moral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Stalking é perseguição, coloquei essa questão aqui (embora fosse de membro do MP),
pois esse termo tem sido muito usado na internet em geral para se referir a uma
situação de perseguição cibernética, ex: Ser stalkeado, alguém está me stalkeando,
stalker (perseguidor).
Q57 - A sobrevitimização, ou revitimização, também é conhecida na doutrina
por vitimização

a) secundária.
b) primária.
c) quaternária.
d) quintenária.
e) terciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o que já vimos, a letra A responde o enunciado da questão.

Q58 - São fins básicos da Criminologia, dentre outros,

a) os valores do ressarcimento e da indenização da vítima pelos danos sofridos.


b) a prevenção e o controle do fenômeno criminal.
c) o processo e o julgamento judicial do criminoso.
d) o diagnóstico e a profilaxia das enfermidades mentais, mediante tratamento
ambulatorial e internação hospitalar.
e) a vingança e o castigo públicos do criminoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Desponta como função primordial da criminologia a junção de múltiplos
conhecimentos mais seguros e estáveis relacionados ao crime, ao criminoso, à vítima
e ao controle social. Esse núcleo de saber permite compreender cientificamente o
problema criminal, visando sua prevenção e interferência no homem
delinquente. Gabarito: Letra B.

Q59 - Assinale a alternativa que contém o ente que exerce ou fomenta os


controles sociais informais sobre a vida dos indivíduos.

a) Poder Judiciário.
b) Polícia.
c) Sistema Penitenciário.
d) Ministério Público.
e) Escola.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dos objetos de estudo da moderna criminologia são as instâncias de controle
social, que atuam como entes importantes da problemática criminal. São divididas em
formais e informais:
Controles Sociais Formais: instituições oficiais como Polícia, Ministério Público, Poder
Judiciário, Delegacias.
Controles Sociais Informais: família, igreja, escolas, agremiações, associações de
moradores.

Observação: Observa-se o papel da Polícia comunitária como ente Formal e Informal


simultaneamente. (ALFACON)

Q60 - O método de análise utilizado pelos psicólogos para entender a


vivência do paciente criminoso no mundo em que ele se encontra, bem como
analisar seu modo de perceber os acontecimentos ao seu redor, é chamado
de

a) etiologia criminal.
b) criminogênese.
c) criminologia.
d) fenomenologia criminal.
e) sociologia criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) etiologia criminal: estudo das causas delito.
B) Criminogênese: é a ciência que tenta explicar as manifestações criminosas
humanas através de Teorias.
C) criminologia: ciência empirica e interdisciplinar que tem por objetivo o crime, o
criminoso, a vítima e o controle social do comportamento delitivo e que provê uma
informação válida, contrastada e confiável sobre a gênese.
E) A sociologia criminal: é um ramo da sociologia que estuda a motivação e a
perpetuação do crime na sociedade.
Gabarito: Letra D.

Q61 - Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, pertenceu à seguinte escola


dos estudos da criminologia:

a) Clássica.
b) Moderna.
c) Positiva.
d) Política criminal ou moderna alemã.
e) Terza scuola italiana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os dois períodos mais comuns da criminologia (e mais bons de provas) são o período
clássico e o positivista (que já vimos um pouco). Já sabemos que LFG (Lombroso,
Ferri e Garófallo) corresponde aos nomes voltados a este período (positivista), e
como é a minoria, vamos por eliminação em caso desse tipo de questão. Nomes da
escola clássica (em ordem de importância para provas):

- John Locke (precursor do livre arbítrio, iluminismo – filosofia das luzes)


- Césare Bonesane (Marques de Beccaria) – Dos delitos e das penas
- Francesco Carrara – Princípio da anterioridade da lei penal
- Franz Jozeph Gell – Frenologia (determina o caráter pela anatomia)
- Montesquieu
- Voltaire

Observação: A Escola Clássica é representada por Césare Bonesana / Período Jurídico


por Francesco Carrara.

Gabarito: Letra A.

Q62 - Dos autores a seguir, o que pertenceu à Escola Positiva da criminologia


e foi chamado de ―discípulo de Lombroso‖ foi

a) Enrico Ferri.
b) Francesco Carrara.
c) Giovanni Carmignani.
d) James Wilson.
e) Hans Gross.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
ENRICO FERRI (1856-1929): advogado e professor; sua obra foi "Sociologia
Criminal-1884"; seu legado foi "Menos justiça penal e mais justiça social"; aluno de
Césare Lombroso (discípulo) e possível genro. Importante também saber que
Ferri trouxe o conceito SOCIOLÓGICO de criminologia, e Lombroso o conceito
ANTROPOLÓGICO.

POSITIVISMO
Lombroso = Antropológico.
Ferri = Sociológico
Garófallo = Criminologia como ciência

Gabarito: Letra A.

Q63 - Buscam incansavelmente a reparação judicial pelos danos sofridos ou


a punição dos autores, comunicando o fato criminoso às autoridades
públicas. Trata-se de vítimas

a) incansáveis.
b) desatentas.
c) conscientes.
d) persistentes.
e) atuantes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vítimas inconformadas ou atuantes. Ao contrário do que ocorre com as vítimas
omissas, que não buscam relatar às autoridades competentes seus direitos violados,
estas cumprem de forma ativa seus papéis de cidadãos, pois sempre que são violadas
em seus direitos, buscam a efetiva reparação judicial. Gabarito: E.

Q64 - Contrariamente ao classicismo, que não visualizou no criminoso


nenhuma anormalidade - e dele não se ocupou - o positivismo reconduziu-o
para o centro de suas análises, apreendendo nele estigmas decisivos da
criminalidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Escola Positiva surge, então, em meados do Século XIX, como uma alternativa
crítica à Filosofia Clássica do Século XVIII. Ao contrário da Escola Clássica, centra
suas ideologias na figura do criminoso. Desloca o objeto de estudo para o desviante,
tendo por objetivo precípuo descobrir as motivações do crime, com a finalidade última
de atuar sobre elas na busca da diminuição da criminalidade. O primeiro que tenta
identificar o criminoso é Lombroso, em sua obra ―O Homem Delinquente‖, na qual
sustenta a tese do criminoso nato, baseando suas teorias no estereótipo do
criminoso. Para esse autor, o criminoso já nasce com essa característica. Nesse
momento, há o surgimento da Criminologia como ciência, que nasce como
antropologia criminal. Nasce aqui, também, o Paradigma Etiológico, que domina o
pensamento criminológico até da primeira metade do Século XX, o qual aduz a
divisão dos indivíduos em normais e anormais: Contrariamente, pois ao classicismo,
que não visualizou no criminoso nenhuma anormalidade – e dele não se ocupou – o
positivismo reconduziu-o para o centro de suas análises, apreendendo nele, estigmas
decisivos da criminalidade.

Resumo dos períodos:


- Clássico (escola clássica) – foco no CRIME
- Positivista (escola positiva) – foco no CRIMINOSO
- Escola crítica – O vínculo do fenômeno criminoso em face das relações sociais.

Q65 - Para a criminologia, o crime é um fenômeno

a) científico.
b) ideológico.
c) regionalizado.
d) político.
e) social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Criminologia estuda o crime enquanto fenômeno social e individual e inclui,
basicamente, o estudo das suas causas e a aferição da sua extensão. Ao mesmo
tempo, contribui de modo decisivo para as formas de controlo e prevenção do crime,
ou seja, para a Política Criminal. Este propósito é atingido, em grande medida, pelo
recurso ao método científico, estratégia que já proporcionou decisivos avanços neste
campo que, por conseguinte, se revela altamente prometedor. Gabarito: Letra E.

Q66 - O objeto da criminologia que analisa a conduta antissocial, as causas


geradoras e vê a criminologia como um problema social e comunitário,

a) a psicologia.
b) a ciência humana.
c) o delito.
d) a sociologia.
e) o direito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com o enunciado da questão, que pede o OBJETO, e a única opção que
possui um dos objetos de estudo da criminologia (delito, delinquente, vítima e
controle social) é o item C, qual seja, o delito. Mas vamos além, atualmente o objeto
da criminologia está dividido em quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e
controle social. No que se refere ao delito, a criminologia tem toda uma atividade
verificativa, que analisa a conduta antissocial, suas causas geradoras, o efetivo
tratamento dado ao delinquente visando sua não reincidência, bem assim as falhas de
sua profilaxia preventiva. Gab: C

Q67 - A criminologia geral consiste ______________ ; e a criminologia


clínica consiste na _____________.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.


a) no estudo do crime e do criminoso, mas não serve para subsidiar a elaboração das
leis penais ... análise da vítima e da conduta social para subsidiar no planejamento
das políticas criminais
b) no estudo da vítima e da conduta social, subsidiando a elaboração dos tipos penais
... análise do crime e do criminoso para servir no planejamento das políticas criminais
c) no estudo do comportamento da vítima e do delinquente, traçando uma relação de
causalidade sem que, contudo, influencie na elaboração de legislação correlata ...
análise dos crimes, tanto em quantidade como em qualidade para servir no
planejamento das políticas criminais
d) na relação sistemática do poder público quanto à elaboração de leis que procuram
evitar o crime e sua reincidência ... análise e estudos da vítima e sua participação no
delito
e) na sistematização, comparação e classificação dos resultados obtidos no âmbito
das ciências criminais acerca de seus objetos ... aplicação dos conhecimentos teóricos
daquela para o tratamento dos criminosos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Modalidades/Vertentes da Criminologia:

● Criminologia Geral: Consiste no estudo sistemático da criminologia, isto é, uma


visão ampla, abordando seus principais aspectos.

● Criminologia Clínica: Também conhecida como microcriminologia é o estudo


criminológico direcionado ao preso durante o cumprimento da pena. É realizado por
meio da laborterapia prisional, consistindo numa modalidade de prevenção terciária
(a única que tem destinatário certo - o preso / objetivando sua ressocialização e
com a finalidade de evitar a reincidência).

● Criminologia Acadêmica: Consiste no estudo criminológico com fins pedagógicos e


didáticos, fins de ensino (Estudo da criminologia para o concurso / Faculdade /
Palestra sobre violência doméstica etc).

● Criminologia Radical: É o trabalho criminológico desempenhado pela escola crítica


ou radical (teoria do conflito), a qual atribui ao capitalismo o fator gerador da
delinquência (inspiração em Karl Marx).

● Criminalística: É uma disciplina auxiliar das ciências criminais que estuda os


vestígios deixados pelo crime através de exames periciais (é o trabalho feito pela
polícia científica) - Possui relação indireta com a criminologia.

Q68 - Os métodos científicos utilizados pela criminologia, como ciência


empírica e experimental que é, são, dentre outros:
a) jurídicos e escritos.
b) físicos e naturais.
c) biológicos e sociológicos.
d) costumes e experiências.
e) documentados e teses.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos esse tema na Q2. Para agregar conhecimento: A criminologia se utiliza dos
métodos biológico e sociológico. Como ciência empírica e experimental que é, a
criminologia utiliza-se da metodologia experimental, naturalística e indutiva para
estudar o delinquente, não sendo suficiente, no entanto, para delimitar as causas da
criminalidade. Por consequência disso, busca auxílio dos métodos estatísticos,
históricos e sociológicos, além do biológico. Gabarito: C.

Q69 - Assinale a alternativa que indica um dos objetos de estudo da


criminologia moderna.

a) O controle social.
b) A justiça.
c) O direito penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja só, mais uma questão cobrando um dos OBJETOS da criminologia. Gabarito: A.

Q70 - Ao longo dos anos, verificou-se, por meio dos estudos da criminologia,
que a vítima sempre foi deixada em um segundo plano; a contar do momento
em que o Estado monopolizou a distribuição da justiça, a vítima foi
esquecida. Como contraponto desses estudos, o Brasil elaborou algumas leis
que priorizam a vítima, dentre elas, pode-se citar:

a) a Lei n.º 11.923/09, que criou a figura do sequestro relâmpago (§ 3.º do art. 158
do CP).
b) a Lei n.º 11.690/08, que vedou a utilização de provas ilícitas no processo penal
(art. 157 do CPP).
c) a Lei n.º 11.343/06, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
Drogas.
d) a Lei n.º 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.
e) a Lei n.º 9.099/95, que instituiu os juizados especiais civis e criminais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
JUSTIÇA RESTAURATIVA
A justiça restaurativa, por exemplo, que ainda é muito pouco aplicada no Brasil, mas
é mais utilizada em outros países, coloca o agressor e a vítima para conversarem e a
torna protagonista no processo – há uma revalorização da importância da vítima. Os
Juizados Especiais Criminais, criados pela Lei 9.099/95, se inspira no modelo
consesuado de política criminal. Por exemplo, é possível a Composição civil dos
danos, prevendo uma etapa de composição civil entre os envolvidos no crime, acordo
que, uma vez homologado, conduz à renúncia do direito de queixa ou representação
– art. 74 da Lei 9.099/95.
Outras legislações em que se inserem a Vitimização:
Lei 9.807/1999- Lei de Promoção à vítima e testemunhas de crime;
Lei 9.605/98- Lei de Crimes ambientais- pag. imediato de indenização;
Lei 8.078/90- CDC - Troca de produtos, inversão do ônus da prova;
Lei 11.340/2006- Lei Maria da Penha- Medidas Protetivas;
Lei 10.741/2003- Estatuto do Idoso;
ei 8069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (...)

Q71 - Aqueles que atribuem à pena privativa de liberdade função de prevenir


a infração penal unicamente através da segregação do delinquente são
adeptos da teoria que defende a função ________ da pena.

Completa corretamente a lacuna:

a) retributiva
b) preventiva especial positiva
c) preventiva geral negativa
d) preventiva geral positiva
e) preventiva especial negativa
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teoria Preventiva Geral:
Direciona-se a coletividade, à generalidade de cidadãos. Subdivide-se em:
Prevenção Geral Positiva: Envolve a consciência, o conhecimento da população
acerca dos tipos penais, de modo que, desta forma, não se pratique as condutas
tipificadas.
Prevenção Geral Negativa: A pena é concebida como forma de intimidação através
da demonstração do sofrimento alheio.

Teoria Preventiva Especial:


Direciona-se ao recluso durante o cumprimento da pena. Divide-se em:
Prevenção Especial Positiva: É a pena com uma finalidade preventiva, voltada para
o criminoso, buscando a sua ressocialização de modo a prevenir a reincidência.
Prevenção Especial Negativa: Busca a intimidação mediante a privação da
liberdade, neutralizando a reincidência delitiva.

Q72 - A criminologia pode ser conceituada como uma ciência ______,


baseada na observação e na experiência, e ________ que tem por objeto de
análise o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.

a) exata … multidisciplinar
b) objetiva … monodisciplinar
c) humana … unidisciplinar
d) biológica … transdisciplinar
e) empírica … interdisciplinar

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra E.

Q73 - Sobre a Criminologia, é correto afirmar que

a) ela não é considerada uma ciência para a maior parte dos autores.
b) tal conhecimento encontra-se inteiramente subordinado ao Direito Penal.
c) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se ocupa do estudo da
vítima e do controle social, uma vez que tal assunto constitui objeto de interesse da
Sociologia.
d) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não se ocupa do estudo
do delinquente e da vítima, uma vez que tal assunto constitui objeto de estudo da
Psicologia.
(e) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras, psicólogos,
sociólogos, antropólogos e juristas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: E.

Q74 - Entende-se por vitimização secundária ou sobrevitimização aquela

a) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta violadora dos direitos da


vítima, proporcionando danos materiais e morais, por ocasião do delito.
b) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do crime.
c) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo criminoso do
agente.
d) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada pela família, por grupo
de amigos etc.
e) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do processo de registro e
apuração do delito, mediante o sofrimento adicional gerado pelo funcionamento do
sistema de persecução criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos essa classificação. Gabarito: Letra E.

Q75 - No tocante à temática da prevenção da infração à lei penal, é correto


afirmar que a prevenção

a) secundária consiste em, dentre outras, políticas criminais voltadas


exclusivamente à reintegração do preso na sociedade.
b) terciária consiste em políticas públicas de conscientização de todos os
cidadãos quanto à importância de se cumprirem as leis, mediante o
fornecimento de serviços públicos de qualidade, tais como saúde, educação e
segurança.
c) geral busca, por meio da pena, intimidar os indivíduos propensos a
delinquir, inibindo-os de transgredir a lei penal.
d) geral negativa busca, por meio da pena, a reeducação e a ressocialização
do criminoso.
e) primária consiste em, dentre outras, ações policiais de repressão às
práticas delituosas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão excelente para uma revisão daquilo que vimos em outras questões. A
PREVENÇÃO, enquanto finalidade da pena, pode ser GERAL ou ESPECIAL.
Será GERAL quando tiver por finalidade desestimular os demais membros da
sociedade, a fim de que não pratiquem crimes, utilizando-se da ideia de ―exemplo‖.
A PREVENÇÃO ESPECIAL, por sua vez, se destina ao próprio infrator, ou seja, a
pena tem a finalidade de evitar que aquele infrator volte a delinquir.
OUTRA CLASSIFICAÇÃO, é a que divide a prevenção em primária, secundária e
terciária:
A PREVENÇÃO PRIMÁRIA é a verdadeira prevenção, pois ela ataca a raiz do mal,
ou seja, as causas sociais do problema (desemprego, educação, etc.) Ela atua no
longo prazo e requer forte investimento estatal.
A PREVENÇÃO SECUNDÁRIA, por sua vez, não quer saber onde e quando conflito
criminal ocorre ou é gestado, mas onde se manifesta. Opera a curto e médio prazos e
se destina seletivamente a determinados grupos sociais, notadamente aqueles grupos
e subgrupos que possuem maior risco de serem os protagonistas no cenário criminal,
até pela própria seletividade do sistema, que convenientemente escolhe os
destinatários da norma penal. Aqui, entram em cena o legislador (para tipificar
condutas), o sistema repressivo policial e judiciário, bem como, inclusive, os meios de
comunicação.
A PREVENÇÃO TERCIÁRIA, por fim, tem como objeto o preso, ou o condenado,
melhor dizendo, com o objetivo de evitar a reincidência, possuindo nítido caráter
punitivo, utilizando-se da pena como forma de prevenção. Aqui surge a ideia de
prevenção especial e prevenção geral. Gabarito: C.

Q76 – DELEGADO - O surgimento das teorias sociológicas em criminologia


marca o fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo
positivista.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Etiologia = Estudo da causa e origem de um determinado fenômeno = Amplamente
utilizado pela Criminologia e teorias sociológicas. A questão diz o contrário, então,
está ERRADA.

Q77 - O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela


negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também apresentado
como indutivo-quantitativo, embasado na observação dos fatos e dos dados..

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Excelente questão, o período positivista marcou o fim do período clássico, sendo que
este último era mais liberal, defendia o livre arbítrio, no positivismo a análise do
crime é indutiva (análise comportamental, antropológico, psicológica, sociológica...).
Correta.

Q78 - As modalidades preventivas nas quais se inserem os programas de


policiamento orientado à solução de problemas e de policiamento
comunitário, assim como outros programas de aproximação entre polícia e
comunidade, podem ser incluídas na categoria de prevenção primária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O caso em tela remete a um modelo de prevenção secundária. Errada.

Q79 - Este autor foi o criador da chamada ―sociologia criminal‖. Para ele, a
criminalidade derivava de fenômenos antropológicos, físicos e culturais.
Trata-se de

a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Noções da Criminologia Positivista (Ferri) => Mais tarde, com Ferri (obra:
―Sociologia Criminal,‖de 1884), o Atavismo foi amenizado. Ferri conteve idéias de
Lombroso, corrigiu suas teses do criminoso nato, apoiou-se nos fatores exógenos,
sócio-econômicos e culturais. - O delinquente era influenciado por fatores físicos,
telúricos e sociais. Gabarito: Letra D.

Q80 - Pode-se afirmar que estão entre os princípios fundamentais da escola


clássica da criminologia o crime, na escola clássica, é um ente jurídico, não é
uma ação, mas sim uma infração; a punibilidade deve ser baseada no livre-
arbítrio; adota-se o método e raciocínio lógico-dedutivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Escola Clássica, também chamada primeira escola, que surgiu inspirada pelo
Iluminismo italiano do século XVIII, se apoiava em determinados princípios, os quais,
Álvaro Mayrink da Costa condensa:
a) O delito é um ente jurídico;
b) A ciência do Direito Penal é uma ordem de razões emanadas da lei moral e
jurídica;
c) A tutela jurídica é o fundamento legítimo de repressão e seu fim;
d)A qualidade e quantidade de pena, que é repressiva, devem ser proporcionadas
ao dano que se ocasionou com o delito ou perigo ao direito (método e raciocínio
lógico-dedutivo);
e) A responsabilidade criminal se baseia na imputabilidade moral, desde que não
exista agressão ao direito, se não procede de vontade livre e consciente;
f) O livre arbítrio não se discute, é aceito como dogma, pois ele a ciência penal
careceria de base. Questão correta.

Q81 - A história da Criminologia conta com grandes autores que, com suas
obras, contribuíram significativamente na construção desse ramo do
conhecimento. É correto afirmar que Cesare Bonesana (1738~1794), o
marquês de Beccaria, foi autor da obra

a) O Homem Delinquente.
b) Dos Delitos e das Penas.
c) Antropologia Criminal.
d) O Ambiente Criminal.
e) Sociologia Criminal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos isso na Q61, fica agora fácil de responder. Gabarito: Letra B

Q82 - Cesare Lombroso (1835~1909), médico e cientista italiano, foi


considerado um dos expoentes da corrente de pensamento denominada

a) Escola Positiva.
b) Escola Clássica.
c) Escola Jusnaturalista.
d) Terza Scuola.
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A. LFG é um professor positivo!

Q83 - A microcriminologia, também conhecida por criminologia

a) do desenvolvimento, dedica-se ao estudo, centrado no comportamento criminoso


do indivíduo, ao longo de sua vida.
b) geral, dedica-se ao estudo sociológico do crime.
c) aplicada, dedica-se às pesquisas de cunho acadêmico.
d) clínica, estuda a pessoa do criminoso, em busca de sua ressocialização.
e) analítica, estuda as relações entre as ciências sociais e as políticas de segurança
pública

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A microcriminologia ou criminologia clínica consiste no trabalho de prevenção
TERCIÁRIA é feito através de laboraterapia prisional, que é o ensinamento de um
ofício durante o cumprimento da pena, voltado à ressocialização do preso. Gabarito:
Letra D.

Q84 - A Criminologia dos dias atuais

a) é uma ciência empírica, interdisciplinar, multidisciplinar e integrada.


b) é uma ciência jurídica, autônoma, não controlável e sistematizada.
c) não é considerada uma ciência, mas parte do Direito Penal.
d) não é considerada uma ciência, mas parte da Sociologia.
e) não é considerada uma ciência, mas parte da Antropologia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A criminologia é:
-ciência empírica (baseada na observação e na experiência)
-multidisciplinar pois tem influência profunda em outras ciências como a sociologia, a
psicologia, o direito, a medicina lega, etc..
-interdisciplinar pois não se limita a um só domínio ciêntifico, mas também com a
realidade fática
integrada pois abrange sinteticamente diversas disciplinas criminais como a
antropologia criminal, a biologia criminal, a sociologia criminal, a política criminal.
Gabarito: Letra A

Q85 - Assinale a alternativa correta, a respeito da Criminologia.

a) Constitui seu objeto a análise apenas do delito e do delinquente, ficando o


estudo da vítima sob a alçada da psicologia social.
b) São características fundamentais de seu método o dogmatismo e a
intervencionalidade.
c) É uma técnica de investigação policial, que faz parte das Ciências
Jurídicas.
d) São suas finalidades a explicação e a prevenção do crime bem como a
intervenção na pessoa do infrator e avaliação dos diferentes modelos de
resposta ao crime.
e) É uma ciência dogmática e normativista, que se ocupa do estudo do crime
e da pena oriunda do comportamento delitivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Embora a questão já esteja fácil de resolver, é bom reforçar que se mencionar
―ciência jurídica ou normativa‖ já descarta de cara. Gabarito: Letra D.

Q86 - O comportamento abusivo, praticado com gestos, palavras e atos que,


praticados de forma reiterada, levam á debilidade física ou psíquica de uma
pessoa

a) define reação ao crime.


b) define assédio moral.
c) é um mecanismo intimidatóno, mas não criminoso.
d) é a despersonalização do eu, que aflige grande número de detentos.
e) define efetividade do impacto dissuasório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assédio Moral

É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras,


repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas
funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em
que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa
duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s),
desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização,
forçando-o a desistir do emprego.

Um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:


- repetição sistemática;
- intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego);
- direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório);
- temporalidade (durante a jornada, por dias e meses);
- degradação deliberada das condições de trabalho.

Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, constitui uma violência
psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é
excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos. Gabarito: Letra B

Q87 - A prevenção terciária da infração penal, no Estado Democrático de


Direito, está relacionada

a) ao controle dos meios de comunicação.


b) aos programas policiais de prevenção.
c) à ordenação urbana.
d) à população carcerária.
e) ao surgimento de conflito.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q88 - A Escola Clássica


a) Tem em Garófalo um dos seus precursores.
b) baseia-se no método empírico-indutivo.
c) crê no livre arbítrio.
d) surge na etapa científica da Criminologia.
e) criou a figura do criminoso nato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fé e coragem! Letra C.

Q89 ____________ é considerado pai da criminologia, por ter utilizado o


método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos
da criminalidade.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

a) Enrico Ferri
b) Cesare Lombroso
c) Adolphe Quetelet
d) Emile Durkheim
e) Cesare Bonesana

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pai da CRIMINOLOGIA (Césare Lombroso) Pai da VITIMOLOGIA (Benjamin)
Gabarito: Letra. B.

Q90 - O italiano Cesare Lombroso, autor da obra ―L‘Uomo delinquente‖, foi


um dos precursores da Escola Clássica de Criminologia, a qual admitia a ideia
de que o crime é um ente jurídico - infração - e não ação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já pode parar em ―Escola Clássica‖. LFG = Escola Positivista. Errada.

Q91 - O período antropológico de estudo da criminalidade foi iniciado pelo


médico

a) Enrico Ferri.
b) Cesare Lombroso.
c) Cesare Bonesana.
d) Emile Durkheim.
e) Hans von Hentig.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Antropológico = Césare Lombroso. Sociológico (pós antropológico) = Enrico Ferri.
Gabarito: Letra B.

Q92 - Considerado o principal idealizador da Sociologia Criminal ............ tem


como obra principal ................

a) Lombroso – ―O Homem Delinquente‖


b) Garofalo – ―O Ambiente Criminal‖
c) Ferri – ―Sociologia Criminal‖
d) Carrara – ―Sociedade e Crime‖
e) Lacassagne – ―Sociedade e Miséria‖

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sociologia Criminal (Sociológico) = Ferri.

Q93 - Assinale a afirmativa correta.

a) A Escola de Chicago faz parte da Teoria Crítica.


b) 0 delito não é considerado objeto da Criminologia.
c) A Criminologia não é uma ciência empírica.
d) A Teoria do Criminoso Nato é de Merton.
e) Cesare Lombroso e Raffaelle Garofalo pertencem à Escola Positiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A essa altura já está fácil saber que o gabarito é a letra E. Porém, gostaria de chamar
sua atenção sobre a letra ―A‖, é importante saber que a Escola Sociológica é marcada
por duas importantes teorias e gostaria de sintetiza-las de forma que fique bem fácil
para leva para sua prova.

ESCOLA SOCIOLÓGICA

 Teoria consensual (da integração ou do consenso)


Objetivo da sociedade ocorre quando existe concordância com as regras de
convívio – Escola de Chicago; Teoria da Associação Diferencial e Teoria da
Anomia.

Escola de Chicago: enfocaram estudos relacionados ao surgimento de favelas,


a proliferação do crime, da violência e ao aumento populacional.
Associação diferencial: defendia que ser criminoso era uma escolha, não
uma herança.
Anomia: Ausência de leis, regras e limites. É caracterizada também como a
motivação para a delinqüência decorrente da impossibilidade de o indivíduo
atingir metas desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social.

 Teoria do conflito
Sustentam que o entendimento social decorre de imposição – Labelling
approuch e Teoria Crítica ou Radical.

Labelling approuch: teoria do etiquetamento/rotulação – a criminalidade


não existe na natureza, não é um dado, mas uma construção da sociedade,
uma realidade que decorre de processos de definição e de interação social.
Teoria crítica: sustenta que a criminalidade da classe pobre são
questionadas/investigadas, no entanto, na classe alta não acontece.

Portanto, se a questão relacionar a Escola de Chicago com a Teoria do Conflito, estará


incorreta. Gabarito: Letra E.

Q94 - Atua como agente informal de controle social

a) a Polícia Civil.
b) a opinião pública.
c) o Ministério Público.
d) o Juiz de Direito.
e) o Sistema Prisional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já tratamos desse assunto – Q59. Gabarito: Letra B.

Q95 - No âmbito da criminologia da reação social, o trabalho da Polícia Civil


pode ser considerado como a

a) expressão do controle social informal.


b) contribuição de uma agência do controle social formal.
c) manifestação do controle social difuso.
d) manifestação do controle empresarial.
e) expressão particular de uma visão de justiça.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Polícia é uma instituição de controle FORMAL. Q59. Gabarito: Letra B.

Q96 - Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani foram


autores da corrente doutrinária da história da Crimino- logia denominada.

a) Escola Clássica.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola Moderna Alemã.
d) Escola Positiva.
e) Escola de Chicago.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão que era complicada, agora está tranquila. Gabarito: Letra a.

Q97 - Assinale a alternativa correta.

a) De acordo com entendimento do STF, o indígena é, em princípio, inimputável.


b) De acordo com entendimento do STF, o indígena é, em princípio, semi-imputável.
c) De acordo com entendimento do STF, o indígena é, em princípio, imputável,
sujeitando-se às normas do art. 26 do CP, que regulam a responsabilidade penal, em
geral.
d) De acordo com entendimento do STF, o indígena é, em princípio, detentor de
retardo mental.
e) De acordo com entendimento do STF, o indígena é, em princípio, oligofrênico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não estranhe essa questão de Direito Penal neste tópico de Criminologia, afinal o
edital trouxe-o como subitem. De acordo com o entendimento do STF, em regra o
indígena é como qualquer outro imputável. Gabarito: Letra C.

Q98 - No crime preterdoloso a culpa pode ser reconhecida por presunção

a) Sim. No crime preterdoloso a culpa pode ser reconhecida por presunção;


b) Não, porque no crime preterdoloso a conduta do agente é sempre preordenada;
c) A culpa no crime preterdoloso não pode ser presumida, deve ser provada;
d) Não, porque no crime preterdoloso o resultado é sempre almejado pelo agente;
e) Sim, desde que o agente tenha almejado o resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crime pretersoloso é uma figura híbrida. Há dolo no antecedente e culpa no
consequente. Ambos apresentam-se sucessivamente no decurso do fato delituoso: a
conduta inicial é dolosa, enquanto o resultado final dela advindo é culposo. A culpa
que agrava especialmente o resultado deve ser provada. Não se presume, seja de
forma absoluta, seja de forma relativa, cabendo o ônus da prova a quem alega sua
ocorrência. Ex: na lesão corporal seguida de morte, não é porque o agente desejou
produzir ferimentos na vítima que, automaticamente, deve responder pela sua morte.
O resultado mais grave precisa ser derivado de culpa, a ser demonstrada no caso
concreto. Gabarito: Letra C.

Q99 - Sobre a teoria da ―anomia‖, é correto afirmar:

a) é classificada como uma das ―teorias de conflito‖ e teve, como autores, Erving
Goffman e Howard Becker.
b) foi desenvolvida pelo sociólogo americano Edwin Sutherland e deu origem à
expressão white collar crimes.
c) surgiu em 1890 com a escola de Chicago e teve o apoio de John Rockefeller.
d) iniciou-se com as obras de Émile Durkheim e Robert King Merton, e significa
ausência de lei.
e) foi desenvolvida por Rudolph Giuliani, também conhecida como ―Teoria da
Tolerância Zero‖.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila depois da nossa revisão. Letra D.

Q100 - Entende-se por cifras negras

a) as ocorrências criminais não registradas nos órgãos policiais responsáveis, em


prejuízo do interesse da sociedade.
b) somente os delitos praticados pelos criminosos de colarinho branco, em prejuízo da
coletividade.
c) os crimes hediondos praticados com violência ou grave ameaça.
d) os crimes de menor potencial ofensivo praticados sem violência ou grave ameaça.
e) apenas os crimes praticados por policiais, que não são apurados, por temor de
represália.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.
Cifra cinza = Crimes que não procedem por desistência da vítima= Ação penal pública
condicionada à representação. (Falta de representação).
Cifra amarela = Crimes de abuso de poder que não são denunciados;
Cifra dourada =Crimes praticados por criminosos diferenciados = " colarinho
branco"= Conexão com a teoria consensual de Associação Diferencial.
Cifra Verde= Crimes ambientais cuja autoria não é identificada.

Q101 - Os ―crimes de colarinho branco‖ são delitos conhecidos na


Criminologia por

a) crimes contra a dignidade social.


b) crimes de menor potencial ofensivo.
c) cifras cinza.
d) cifras brancas.
e) cifras douradas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D corresponde ao gabarito.

Q102 - A Teoria do labelling approach, a qual explica que a criminalidade não


é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo
em que se atribui tal estigmatização, também é denominada teoria

a) da desorganização social.
b) da rotulação ou do etiquetamento.
c) da neutralização.
d) da identificação diferencial.
e) da anomia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teoria da Rotulação, também denominada de ―teoria do labelling approach‖, ―teoria
do etiquetamento‖, ―teoria da reação social‖ ou ―teoria interracionalista‖. É uma
teoria nascida em 1960, nos Estados Unidos. Seu foco está na reação social frente ao
delito. Gabarito: Letra B.

Q103 - O efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de


desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos, é
explicado pela:

a) Teoria do Criminoso Nato.


b) Teoria da Associação Diferencial
c) Teoria da Anomia.
d) Teoria do Labelling Aproach.
e) Teoria Ecológica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teoria Ecológica, da Escola de Chicago. Letra E.

Q104 - Paulo, executivo do mercado financeiro, após um dia estressante de


trabalho, foi demitido. O mundo desabara sobre sua cabeça. Pegou seu carro
e o que mais queria era chegar em casa. Mas o horário era de rush e o
trânsito estava caótico, ainda chovia. No interior de seu carro sentiu o
trauma da demissão e só pensava nas dívidas que já estavam para vencer,
quando fora acometido de uma sensação terrível: uma mistura de fracasso,
com frustração, impotência, medo e etc. Neste instante, sem quê nem
porque, apenas querendo chegar em casa, jogou seu carro para o
acostamento, onde atropelou um ciclista que por ali trafegava, subiu no
passeio onde atropelou um casal que ali se encontrava, andou por mais de
200 metros até bater num poste, desceu do carro meio tonto e não hesitou,
agrediu um motoqueiro e subtraiu a motocicleta, evadindo- se em
desabalada carreira, rumo à sua casa. Naquele dia, Paulo, um pacato
cidadão, pagador de impostos, bom pai de família, representante da classe
média-alta daquela metrópole, transformou-se num criminoso perigoso, uma
fera que ocupara as notícias dos principais telejornais. Diante do caso
narrado, identifique dentre as Teorias abaixo, a que melhor analisa
(estuda/explica) o caso.

a) Escola de Chicago.
b) Teoria da associação diferencial.
c) Teoria da anomia.
d) Teoria do labeling approach.
e) Teoria crítica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma das mais tradicionais explicações de cunho sociológico acerca da criminalidade é
a teoria da Anomia, de Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a
delinqüência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por
ele, como sucesso econômico ou status social. Gabarito: LETRA C.

Q105 - Consolidada na década de 70 e inspirada nas idéias marxistas, alçou


a sociedade capitalista a categoria de principal desencadeador da
criminalidade. O texto se refere à

a) Teoria Ecológica.
b) Teoria da Associação Diferencial.
c) Teoria da Anomia.
d) Teoria da Subcultura.
e) Teoria Crítica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A teoria crítica é a resposta, relaciona a ideia do crime ao disparate social. Defendida
pelos comunistas, marxistas, socialistas. Marcada pelo período Clássico. Letra E.

Q106 - Em relação às distintas teorias criminológicas, a ideia de que o


―desviante‖ é, na verdade, alguém a quem o rótulo social de criminoso foi
aplicado com sucesso foi desenvolvida pela Teoria

a) da anomia.
b) da associação diferencial.
c) da subcultura delinquente.
d) da ecologia criminal.
e) da reação social ou Labelling Approach.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Rotulação social = Labelling Approach.

Q107 - A teoria de anomia, a teoria da associação diferencial e a escola de


Chicago são consideras teorias de consenso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa questão ratifica nosso breve resumo. Corretíssima.

Q108 - No âmbito das teorias criminológicas, a teoria da subcultura


delinquente, originariamente conhecida como ―Escola de Chicago‖, assevera
que a delinquência surge como resultado da estrutura das classes sociais,
que faz com que alguns grupos aceitem a violência como forma de resolver
os conflitos sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Que salada de frutas!
O erro está em associar a teoria da subcultra deliquente de Albert Cohen com a
Escola de chicago. A Escola de Chicago é composta pela Teoria Ecológica e pela Teoria
Espacial. A teoria da subcultura delinquente é tida como teoria de consenso, criada
pelo sociólogo Albert Cohen (Delinquent boys, 1955). Três ideias básicas sustentam a
subcultura: 1) o caráter pluralista e atomizado da ordem social; 2) a cobertura
normativa da conduta desviada; 3) as semelhanças estruturais, na gênese, dos
comportamentos regulares e irregulares. Essa teoria é contrária à noção de uma
ordem social, ofertada pela criminologia tradicional. Identificam-se como exemplos as
gangues de jovens delinquentes, em que o garoto passa a aceitar os valores daquele
grupo, admitindo-os para si mesmo, mais que os valores sociais dominantes. Questão
errada.

Q109 - Veículos de comunicação em massa de todo o país noticia- ram, em


12 de junho de 2012, que a região dorsal da estátua do Cristo Redentor de
Belo Horizonte foi pichado naquela madrugada por dois homens, com a
inscrição ―...... RONADINHO 49‖ (sic), em homenagem ao novo craque do
Clube Atlético Mineiro. O comportamento desses indivíduos é re- lacionado à
teoria sociológica

a) da cifra dourada.
b) do conflito cultural.
c) das áreas criminais.
d) da subcultura delinquente.
e) do ―labelling approach‖.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Subcultura é uma cultura associada aos subgrupos, tais como os bairros étinicos
urbanos como chineses em Nova York, muçulmanos em Paris, indianos em Londres,
os quais compartilham frequentemente de ideias ou práticas comuns, exatamente
como ocorre com as torcidas organizas de futebol no Brasil, exemplo da questão.
Gabarito: Letra D.

Q110 - Os estudos de Sociologia Criminal de Sutherland (Teoria da


Associação Diferencial) estão principalmente ligados aos crimes de
________e tiveram como foco ________ .

a) genocídio ... a Alemanha


b) organizações criminosas ... a Itália
c) jogo ilegal ... a atual Rússia (ex-URSS)
d) discriminação de gênero ... países do Oriente Médio
e) colarinho branco ... os Estados Unidos da América

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Guarde isso, Associação Diferencial tem relação direta com os crimes cometidos
por aqueles que tem poder, alto poder aquisitivo, influência. Crimes de Colarinho
Branco/ Cifra Dourada. Dica: ―Crimes dos DIFERENCIADOS.‖
Q111 - As pessoas que apresentam predisposição permanente e inconsciente
para se tornarem vítimas, atraindo os criminosos, como por exemplo
prostitutas e usuários de drogas, são chamadas de

a) vítimas omissas.
b) vítimas falsas.
c) pseudovítimas.
d) vítimas latentes.
e) vítimas atuantes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa classificação de vítima leva ao gabarito: letra D.

Q112 - Os estudos vitimológicos permitem estudar a criminalidade real, por


meio dos registros efetuados pela própria vítima. A falta desses registros
gera a(o) chamada(o)

a) gráfico incompleto.
b) estatística branca.
c) cifra negra.
d) ponto obscuro.
e) incongruência estatística.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cifra Negra, Cifra Oculta ou Zona Obscura.

Q113 - Vitimização Indireta é aquela provocada pela mídia, um estigma


social que permanece com a vítima provocada pela opinião pública, pela
rotulação de terceiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PEGADINHA. Essa também é uma forma de vitimização terciária. A indireta é o caso
de uma outra pessoa, que não sofre a direta agressão, acabar se tornando vítima de
um fato. Errada.

Q114 - Quando ocorre a falta de amparo da família, dos colegas de trabalho e


dos amigos, e a própria sociedade não acolhe a vítima, incentivando-a a não
denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra,
está-se diante da vitimização

a) caracterizada.
b) secundária.
c) descaracterizada.
d) primária.
e) terciária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa limitação ou constrangimento externo é chamado de vitimização terciária. Letra
E.
Q115 - O indivíduo que é lesado por um estelionatário, o qual aplica-lhe o
clássico golpe do ―bilhete premiado‖, é considerado, de acordo com a
classificação proposta por Mendelsohn, vítima.

a) exclusivamente culpada.
b) inocente.
c) tão culpada quanto o criminoso.
d) menos culpada do que o criminoso.
e) mais culpada do que o criminoso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No caso da vítima de estelionato que sofre o golpe do ―bilhete premiado", a vítima é
gananciosa e busca se aproveitar de uma situação aparentemente desfavorável –
inexistente, pois tudo não passa de um fraude do ―ganhador" - que acomete o
suposto ganhador do prêmio (agente do estelionato) e acaba sendo penalizada pela
sua ganância. Gabarito: Letra C.

Q116 - Uma das formas que o Estado Brasileiro adota como controle e
inibição criminal é a pena prevista para cada crime, cuja teoria adotada pelo
Código Penal Brasileiro é a mista, de acordo com o artigo 59 do Código
Penal, que tem como finalidade a:

a) prevenção e a retribuição
b) indenização e a repreensão.
c) punição e a reparação.
d) inibição e a reeducação.
e) conciliação e o exemplo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Teorias sobre a FINALIDADE DAS PENAS:
a) Retributiva: Parte do princípio autoritário de que a pena é sempre merecida pelo
infrator. A sanção penal é essencialmente retributiva porque opera causando um mal
ao transgressor. Destina-se à reposição do status quo ante através da reposição,
indenização ou da restituição. Tem caráter punitivo. tem como ponto de partida a
noção de que a pena é fim em si mesma, esgotando-se na tarefa de punir o autor do
fato criminoso por sua ação. À vista disso, sua única tarefa é retribuir o mal do crime
com o mal eminentemente simbólico da pena. A tarefa da pena retributiva não é dar
satisfação à vítima, O Estado toma para si o monopólio do uso da força e a punição
retributiva passa a ser a aplicação de um mal não pela realização de um dano ao
particular, mas pela ―violação do direito; do direito geral e público.
b) Relativa /Preventivismo: Efeito preventivo da pena. Pode ser preventivo geral
(destinadas à comunidade em geral, para amedrontar os possíveis infratores) ou
especial(destinadas aos criminosos, para não voltarem a delinquir. Prevenir a
reincidência). A ideia-forte da pena preventiva é para o futuro
c)Mista / Unificadora/ Sincrética / Sincretismo Teleológico: Mesclam as retributivas e
as relativas, afirmando de que a pena é retribuição, sem olvidados fins preventivos. O
Brasil adota essa, no art. 59 do CP.

Q117 - A prevenção terciária consiste em

a) programas destinados a crianças e adolescentes de resistência ao consumo de


drogas e à violência doméstica.
b) atuação, por meio de ações policiais, sobre os grupos que apresentam maior risco
de sofrer ou de praticar delitos.
c) atuação, por meio de punição exemplar do delinquente em público, como meio de
intimidação aos demais criminosos.
d) programas destinados a prevenir a reincidência, tendo por público-alvo o preso e o
egresso do sistema prisional.
e) programas destinados a criar os pressupostos aptos a neutralizar e inibir as causas
da criminalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q118 - A prevenção geral positiva ou integradora direciona-se a atingir a


consciência geral, incutindo a necessidade de respeito aos valores mais
importantes da comunidade e, por conseguinte, à ordem jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A prevenção geral positiva tem por objetivo demonstras que a lei penal é vigente e
está pronta para incidir diante de casos concretos. Correta.
Q119 - Para a Criminologia, a prevenção geral positiva, como uma finalidade
da pena, é;

a) uma espécie de neutralização do autor do delito, por meio de sua segregação


carcerária.
b) também chamada de integradora, pois tem por objetivo a formação e o
fortalecimento da consciência social, mediante o estímulo ao culto dos valores mais
caros à comunidade.
c) uma espécie de neutralização do autor do delito, por meio de medidas que o
desestimulem a novas práticas delitivas.
d) também chamada de prevenção por intimidação, pois tem por objetivo
desestimular o cidadão da prática de delitos, por meio de aplicação de pena ao
infrator da lei.
e) uma espécie de consequência jurídica pelo comporta-mento inclinado às infrações
penais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q120 - Pela prevenção geral negativa (prevenção por intimidação), a pena


aplicada ao autor do delito reflete na comunidade, levando os demais
membros do grupo social, ao observar a condenação, a repensar antes da
prática delituosa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa!

AFO – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Q1 - As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do


Poder Executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 165 da CF/1988:
―Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais‖.
Resposta: Certa

Q2 - O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual,
às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder Legislativo. Resposta: Certa

Q3 - A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no


exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano
de médio prazo do governo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LDO, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte,
torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio prazo do governo.
Resposta: Errada

Q4 - Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA


não pode deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as
prioridades do governo para os quatro anos seguintes à sua aprovação,
relativamente às despesas de capital e outras delas decorrentes, e também
as despesas de duração continuada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada (art. 165, §1º, da CF/1988). Assim, o PPA deve ser instituído por lei e
não pode ser estabelecido por decreto. Resposta: Errada

Q5 – Os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento nas


empresas estatais, no âmbito municipal, são de iniciativa da Câmara
Municipal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A iniciativa da LOA (composta pelos orçamentos fiscal, da seguridade social e de
investimento nas empresas estatais) no âmbito de qualquer ente é do Poder
Executivo. Resposta: Errada

Q6 - Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo


da administração pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cabe ao PPA estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da
administração pública. Resposta: Errada
Q7 – Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado
em
consonância com os planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A
explicação para essa vinculação reside no fato de que tais planos e
programas apresentam maior duração e são mais específicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está invertido! Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados
pelo Congresso Nacional (art. 165, § 4º, da CF/1988). Resposta: Errada

Q8 - De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem


ser processadas em conformidade com princípios e determinações contidos
na LOA.

A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988).
Resposta: Errada
Q9 – As propostas orçamentárias que visem a criação de cargos, empregos e
funções devem constar na LDO.

A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de


cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público, só poderão ser feitas (art. 169, § 1º, II, da CF/1988):
(...)
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Resposta:
Certa

Q10 - A Lei de Diretrizes Orçamentárias, entre outros, orientará a elaboração


da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Certa

Q11 - Administração e Planejamento – Fundação Cultural Palmares – 2014)


A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública federal, porém não incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades (palavras-
chave da LDO) da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988).
Resposta: Errada

Q12 - O projeto de LOA da União para o exercício seguinte deve ser enviado
ao Congresso Nacional até o final do exercício corrente.

O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do


término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração.
Resposta: Errada

Q13 - A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade


social e o orçamento de investimentos das empresas com capital inicial
pertencente à União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LOA (não é a LDO) compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade
social e o orçamento de investimentos das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Resposta:
Errada

Q14 - Ações e serviços públicos de saúde, no âmbito do Sistema Único de


Saúde (SUS), são financiados pelas três esferas da administração e integram
uma rede regionalizada e hierarquizada, razões pelas quais seus recursos e
aplicações estão englobados no orçamento da seguridade social, no âmbito
da União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social será
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. No
entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento
da União. Resposta: Errada

Q15 - A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a


programação das despesas para o exercício financeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das
despesas para o exercício financeiro. Resposta: Errada

Q16 - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o orçamento


da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Lei Orçamentária Anual (LOA) compreenderá o orçamento da seguridade social,
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Resposta: Errada

Q17 – IADES - Acerca do orçamento público, é correto afirmar que

(A) fixa a arrecadação de receitas para o período de um ano.


(B) a elaboração é de competência privativa do poder legislativo.
(C) é um instrumento de planejamento e programação utilizado pela administração
para atender às demandas da população.
(D) cada esfera de poder elabora e aprova o seu próprio orçamento.
(E) está consubstanciado no plano plurianual, confundindo-se com este.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
DICA: Lembro-me do Prof. Wagre falando que a ―LOA‖ é ―Orçamento
Público‖ propriamente dito (ou em sentido estrito). Ou seja, dá-se a
interpretar que nessa e outras questões, o termo se remete à LOA.
a) Errada. A LOA traz a previsão da receita e a fixação da despesa.
b) Errada. A elaboração da LOA é competência exclusiva do Poder Executivo.
c) Correta. Um conceito possível de orçamento público: instrumento de planejamento
e programação utilizado pela administração para atender às demandas da população.
d) Errada. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais devem ser analisados e
votados pelo Poder Legislativo.
e) Errada. A LOA não se confunde com o PPA. A finalidade da LOA é a concretização
dos objetivos e metas estabelecidos no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas
do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas,
seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. Resposta: Letra C

Q18 - Acerca do Plano Plurianual (PPA) previsto no art. 165 da Constituição


Federal/1988, é correto afirmar que tem vigência

(A) de quatro anos, prorrogáveis por igual período no caso de reeleição do presidente
da República.
(B) de quatro anos não prorrogáveis, coincidindo com o mandato presidencial.
(C) anual, podendo ser prorrogado até o limite de quatro anos.
(D) de quatro anos.
(E) de quatro anos a partir do primeiro ano do mandato presidencial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro
exercício financeiro do mandato subsequente. Resposta: Letra D

Q19 - De acordo com o que estabelece a Seção II, do capítulo que trata das
finanças públicas da Constituição Federal de 1988, o orçamento da
seguridade social deverá constar na(o)
(A) Lei de Responsabilidade Fiscal.
(B) Plano Plurianual.
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
(D) Lei Orçamentária Anual.
(E) Lei Complementar que estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de
investimento das empresas (ou investimentos das estatais). Resposta: Letra D

Q20 - Que instrumento legal estabelece parâmetros para a aplicação do


recurso orçamentário anual, através do Plano Plurianual (PPA), para garantir
o objetivo fim, sem prejudicar o controle do Tesouro Nacional?

(A) Orçamento Padrão do Governo Federal – OPGF.


(B) Orçamento Anual.
(C) Orçamento de Gestão Plurianual.
(D) Lei de Diretrizes de Gestão Plurianual.
(E) Lei de Diretrizes Orçamentárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LDO surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o
planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei
Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a
distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam
incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988.

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Letra
E

Q21 - Sobre o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais, assinale a


alternativa correta.

(A) É uma exceção ao princípio da unidade orçamentária, sendo apreciado, em


separado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
(B) Agregado ao Orçamento das Despesas Correntes das Estatais
compõe a parte concernente às estatais no Orçamento Geral da União, sendo se
controle responsabilidade do Departamento das Estatais do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão- MPOG.
(C) O Orçamento Geral da União é composto pelo Orçamento Fiscal, Orçamento da
Seguridade Social e Orçamento de Investimento das Empresas Estatais Federais.
(D) O orçamento de investimento de todas as empresas que a União contenha
participação societária deve contar do Orçamento Geral da União
(E) Está estruturado nos eixos nacionais de desenvolvimento que são detalhados em
ações orçamentárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LOA, conhecida ainda como Orçamento Geral da União (OGU), conterá o orçamento
fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas
(ou investimentos das estatais). Resposta: Letra C

Q22 - Marque a alternativa que apresenta o instrumento incumbido de


orientar a elaboração e a execução do Orçamento Público.

A) Plano Plurianual
B) Lei de Diretrizes Orçamentárias
C) Lei Orçamentária Anual
D) Orçamento Fiscal
E) Orçamento da Seguridade Social

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: letra
B

Q23 - Tem como finalidade a concretização dos objetivos e metas


estabelecidos no plano plurianual, em consonância com a lei de diretrizes
orçamentárias. A afirmação se refere à(aos):
A) execução orçamentária.
B) créditos adicionais.
C) lei orçamentária anual.
D) reserva de contingência.
E) dotação orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no PPA. É o
cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi
estabelecido na LDO. Resposta: letra C

Q24 - Em matéria orçamentária, de acordo com os dispositivos


constitucionais, quais orçamentos compreendidos na lei orçamentária anual
que, compatibilizados com o Plano plurianual e com base no critério
populacional, têm funções de reduzir as desigualdades interregionais?

A) Fiscal e de investimento das empresas


B) Suplementar e especial
C) Extraordinário e setorial
D) Misto e regional
E) Executivo e da seguridade social

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os orçamentos fiscal e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional (art. 165, § 7º, da CF/1988). Letra A
Q25 - Marque a alternativa que apresenta o instrumento da Administração
Pública, que evidencia o documento legal que contém a previsão de receitas
e a fixação de despesas a serem realizadas no exercício financeiro.

A) Lei do Orçamento Anual – LOA


B) Plano Plurianual – PPA
C) Orçamento Fiscal – OF
D) Orçamento da Seguridade Social – OSS
E) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LOA é o orçamento propriamente dito. Nesse instrumento orçamentário, estão
previstas as receitas para o exercício financeiro e fixada todas as despesas as serem
executadas. Resposta: Letra A

Q26 - A Lei Orçamentária Anual LOA é um instrumento de planejamento que


operacionaliza no curto prazo os programas contidos no Plano Plurianual –
PPA. Identifique e marque a alternativa que apresenta um conjunto correto
de orçamentos que compõem a LOA.

A) Fiscal, Monetário e Seguridade Social


B) Seguridade Social e Monetário
C) Financeiro, Monetário e Fiscal
D) Seguridade Social e de Investimentos das Estatais
E) Investimentos das Estatais e Financeiro
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o orçamento
fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das
empresas (ou investimentos das estatais). Resposta: Letra D

Q27 - Estudos efetivados pela ONU (Organização das Nações Unidas)


concluíram pela adoção de um Sistema de Planejamento Integrado, com o
objetivo de determinar as ações prioritárias, compatibilizandoas com os
meios e recursos disponíveis nos países subdesenvolvidos.

No Brasil, esse processo de planejamento, encontra-se consubstanciado nos


seguintes instrumentos:

a) Plano Plurianual, Lei de Orçamentos Anuais e Orçamento programa.


b) Plano Plurianual, Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Orçamentos Anuais.
c) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Orçamentos Anuais.
d) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Responsabilidade fiscal.
e) Lei de Diretrizes Orçamentárias, Orçamento programa e Lei de Orçamentos Anuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal são o
Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
Anual (LOA). Resposta: Letra C

Q28 - Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO, tem como uma de suas
competências assessorar o Governo Federal, informando sobre projetos e
atividades prioritárias para o Centro-Oeste. Essas informações objetivam
subsidiar a elaboração dos instrumentos de alocação dos recursos previstos.
Assinale a alternativa que aponta esses instrumentos.

a) LOA, SOF e LDO.


b) LOA, LDO e PPA.
c) PPA, SOF e LOA.
d) LRF, LOA e PPA.
e) LRF, SOF e PPA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal são o Plano
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA). Resposta: Letra B

Q29 - Entre as inovações introduzidas na área de Orçamentos pela


Constituição Federal de 1988, além da Lei de Diretrizes Orçamentárias, pode-
se mencionar o:

a) Plano de Metas e Riscos Fabris (PMRF).


b) Orçamento Participativo (OP).
c) Plano Plurianual (PPA).
d) Poder Comunitário (PC).
e) Deficit do OrçamentoCorrente (DOC).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988,
existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento
Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde
com o PPA, que possui quatro anos de duração. Resposta: Letra C

Q30 - O instrumento de planejamento que estabelece, de forma


regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as
despesas de
capital e outras delas decorrentes e para aquelas relativas aos programas de
duração continuada, de acordo com o Manual Técnico do Orçamento – MTO, é
denominado:

a) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).


b) Plano Plurianual (PPA).
c) Lei Orçamentária Anual (LOA).
d) Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado (DOCC).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada (art. 165, § 1º, da CF/1988). Resposta: Letra B

Q31 - Configura-se num plano de médio prazo, através do qual se procura


ordenar as ações do governo que levem à consecução dos objetivos e das
metas fixadas para um período de quatro anos, aos níveis de governo
federal, estadual e municipal. O instrumento do sistema de planejamento ao
qual o enunciado se refere, denomina-se.

a) Plano Plurianual.
b) Lei de Orçamento Anual.
c) Plano de Metas Governamental.
d) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) Lei dos Princípios Orçamentários.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos
entes públicos federal, estaduais e municipais. Segundo o ADCT, a vigência do PPA é
de quatro anos (médio prazo), iniciando-se no segundo exercício financeiro do
mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do
mandato subsequente. Resposta: Letra A

Q32 - A Política de Fomento das Agências Financeiras Oficiais será


estabelecida:

a) Somente na Lei Orçamentária Anual.


b) Somente na Lei de Diretrizes Orçamentária.
c) Somente Plano Plurianual.
d) Apenas na Lei Orçamentária Anual e no Plano Plurianual.
e) Na Lei Orçamentária Anual e na Lei de Diretrizes Orçamentária

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Letra
B

Q33 - A LOA – Lei Orçamentária Anual – é o instrumento em que se


encontram
programadas as ações a serem executadas pelo ente público. A LOA
compreenderá:

a) Orçamento de Investimentos das Estatais, Orçamento Bruto e Orçamento da


Seguridade Social.
b) Orçamento Programa, Orçamento Fiscal e Orçamento Bruto.
c) Orçamento Fiscal, Orçamento Programa e Orçamento da Seguridade Social.
d) Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento das Estatais e Orçamento da
Seguridade Social.
e) Orçamento Programa, Orçamento de Investimentos das Estatais e Orçamento
Geral Fiscal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o orçamento fiscal,
o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas (ou
investimentos das estatais). Resposta: Letra D
Q34 - A Lei Orçamentária Anual prevê todos os recursos e fixa todas as
despesas do Governo Federal, referentes aos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário. Assinale a alternativa que apresenta a composição do
Orçamento Geral da União.

a) Despesa e Receitas, Investimentos das Estatais e Seguridade Social.


b) Investimentos das Estatais, Seguridade Social e Fiscal.
c) Seguridade Social, Fiscal e Despesas e Receitas.
d) Despesas e Receitas e Investimentos das Estatais.
e) Despesas e Receitas e Seguridade Social

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o orçamento fiscal,
o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas (ou
investimentos das estatais). Resposta: Letra B

Q35 - A lei que engloba o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das


empresas em que a União seja sócia majoritária e o orçamento da
seguridade social é a:

a) Lei orçamentária anual.


b) Lei complementar de caráter financeiro.
c) Lei do plano plurianual.
d) Lei de diretrizes orçamentárias.
e) Lei de responsabilidade fiscal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei orçamentária anual conterá o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social
e o orçamento de investimento das empresas (ou investimentos das estatais).
Resposta: Letra A

Q36 – Abaixo estão listadas algumas características do processo de


planejamento e seus respectivos instrumentos. Assinale a única alternativa
correta.

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento de planejamento de


longo prazo.
b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) orienta as políticas das agências de fomento.
c) A validade do Plano Plurianual (PPA) publicado, abarca parcialmente dois mandatos
do Poder Executivo.
d) A Lei Orçamentária Anual (LOA) define metas e prioridades para o exercício
subsequente, incluindo as despesas de capital.
e) A regionalização dos orçamentos é atributo exclusivo no Plano Plurianual (PPA).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento de
planejamento de curto prazo.
b) e d) Erradas. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988).
c) Correta. Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se
no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no
primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Logo, a validade do Plano
Plurianual (PPA) publicado abarca parcialmente dois
mandatos do Poder Executivo.
e) Errada. A regionalização é atributo do PPA, mas não de forma exclusiva. Por
exemplo, o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia (art. 165, § 6º, da CF/1988).
Resposta: Letra C

Q37 - Sobre o Plano Plurianual, pode-se afirmar que estabelece diretrizes,


objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras dela
decorrentes, assim como para as de programas de duração continuada, de
forma regionalizada, elaborada no primeiro exercício do mandato, para os
quatro exercícios seguintes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada (art. 165, § 1º, da CF/1988). Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de
quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do
executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente.
Exercício corresponde a um ano civil. Resposta: Correta.

Q38 - No que se refere às políticas de aplicação das agências financeiras


oficiais de fomento, com base no texto constitucional, pode-se afirmar que:

a) constam no Plano Plurianual.


b) influenciam na elaboração do orçamento, mas não constam nas Leis
Orçamentárias.
c) são estabelecidas no PPA.
d) não envolvem o PPA ou a LDO, mas afetam a execução orçamentária.
e) são estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Letra
E

Q39 - Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche


corretamente a lacuna.
Conforme consta no artigo 165 da Constituição Federal sobre Orçamentos, a
Lei ________________________ compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

(A) das Diretrizes Orçamentárias


(B) de Responsabilidade Fiscal
(C) do Plano Real
(D) de Improbidade Administrativa
(E) do Plano Plurianual

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O art. 165 da CF/1988 afirma que a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Resposta: Letra A

Q40 - Com base no artigo 165 da Constituição Federal de 1988, as Leis de


Iniciativa que estabelecerão o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias
e os Orçamentos Anuais são

(A) do Poder Legislativo, apenas.


(B) dos Poderes Judiciário e Legislativo.
(C) dos Poderes Legislativo e Executivo.
(D) do Poder Judiciário, apenas.
(E) do Poder Executivo, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 165 da CF/1988:
―Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais‖.
Resposta: Letra E

Q41 - Baseando-se no artigo 165 da Constituição Federal de 1988, analise as


assertivas abaixo.

I. A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as


diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública federal, porém não incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente.
III. A Lei de Diretrizes Orçamentárias orientará a elaboração da Lei Orçamentária
Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
É correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I e III, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
I) Correta. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada (art. 165, § 1º, da CF/1988).
II) Errada e III) Correta. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art.
165, § 2º, da CF/1988). Logo, é correto o que se afirma em I e III, apenas.
Resposta: Letra E

Q42 - Sobre o Plano Plurianual (PPA), assinale a alternativa incorreta.

(A) Estabelece os projetos e programas de longa duração do governo.


(B) Define os objetivos e metas de ação pública.
(C) Podem-se iniciar os exercícios financeiros e investimentos, mesmo que estes
ainda não estejam incluídos no PPA.
(D) É realizado para um período de 4 (quatro) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na alternativa ―C‖, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade (art. 167, § 1º, da
CF/1988). As demais estão corretas. Resposta: Letra C

Q43 - Segundo a Constituição da República Federativa Brasileira de 1988, a


legislatura compreende o período de:

a) 4 anos.
b) 5 anos.
c) 1 ano.
d) 3 anos.
e) 2 anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cada legislatura compreende o período de quatro anos e divide-se em quatro sessões
legislativas anuais. Resposta: Letra A

Q44 - O Plano Plurianual (PPA), conforme o § 2º, do artigo 35, do ―Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias‖, tem como prazo de
encaminhamento pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional:

a) 22 de dezembro do primeiro ano de governo.


b) 30 de junho do primeiro ano de governo.
c) 15 de abril do primeiro ano de governo.
d) 31 de agosto do primeiro ano de governo.
e) 22 de dezembro do último ano de governo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro). Letra D.

Q45 - A etapa do ciclo orçamentário que é de competência do Poder


Legislativo e cujo significado está configurado na necessidade de que o povo,
por meio
de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações,
bem como na maneira de alcançá-los, é a de:

a) execução do orçamento.
b) elaboração da proposta orçamentária.
c) discussão e aprovação da proposta orçamentária.
d) controle e avaliação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A fase de discussão/estudo/aprovação corresponde ao debate entre os parlamentares
(representantes eleitos pelo povo) sobre a proposta orçamentária. Resposta: Letra C

 Atenção, a leitura dos artigos 165 ao 169 da CF88 responde a maior parte das
questões. As próximas 5 servem como exemplo.

Q46 - Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Correta.

Q47 - A Lei Orçamentária Anual não compreenderá o orçamento relativo à


seguridade social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento relativo à seguridade social.
Errada.

Q48 - Cabe à lei ordinária dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os


prazos, a elaboração e a organização do Plano Plurianual.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos,
a elaboração e a organização do Plano Plurianual (art. 165, § 9º, I, da CF/1988).
Errada.

Q49 - O Poder Executivo publicará, até noventa dias após o encerramento de


cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. Errada.

Q50 - A Lei Orçamentária Anual não compreenderá o orçamento de


investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento de investimento das
empresas em que a União, direta. Errada.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. Errada.

Q51 – O Ciclo Orçamentário constitui-se de etapas que devem ser seguidas.


Assinale a alternativa que apresenta todas as suas etapas na ordem correta.

(A) Elaboração da proposta orçamentária, execução e conclusão.


(B) Apreciação da proposta orçamentária, aprovação, publicação e execução.
(C) Sanção, publicação, execução, avaliação e conclusão.
(D) Elaboração da proposta orçamentária, apreciação e aprovação, execução e
avaliação.
(E) Elaboração da proposta orçamentária, avaliação e aprovação, execução e
conclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo
orçamentário:
_ elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
_ discussão/estudo (apreciação)/aprovação da Lei de Orçamento;
_ execução orçamentária e financeira; e
_ avaliação/controle.
Resposta: Letra D

Q52 - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de periodicidade anual, de


hierarquia especial e sujeita a prazos e ritos peculiares de tramitação,
destinada a parametrizar a forma e o conteúdo com que a lei orçamentária
de cada exercício deve se apresentar e a indicar as prioridades a serem
observadas em sua elaboração. O encaminhamento para discussão e
aprovação do Congresso Nacional do Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias deve ser feito no prazo de até

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(A) 8 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro.
(B) 10 meses e meio antes do encerramento do exercício fiscal.
(C) 12 meses antes do encerramento do exercício fiscal.
(D) 6 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro.
(E) 11 meses antes do encerramento do exercício financeiro.
A cada ano, o chefe do Poder Executivo deve enviar o projeto anual de Lei de
Diretrizes Orçamentárias até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro (15 de abril).

Dicas minhas:
Prazos LDO – enviadas até 15 de abril e votadas até 17 de julho
Prazos LOA – enviadas até 31 de agosto e votadas até 22 de dezembro
Prazos PPA – enviadas até 31 de agosto e votadas até 22 de dezembro
OBS: O atraso na votação da LOA não impede o recesso parlamentar, tal como ocorre
na LDO. Resposta: Letra A

Q53 - O Presidente da República deve enviar o projeto anual de Lei de


Diretrizes Orçamentárias até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro (15 de abril).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A cada ano, o Presidente da República deve enviar o projeto anual de Lei de Diretrizes
Orçamentárias até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro
(15 de abril). Correta.

Q54 - O Congresso Nacional deverá devolver o projeto anual de LDO para


sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de
julho), que poderá ser interrompida sem a aprovação do projeto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Congresso Nacional deverá devolver o projeto anual de LDO para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa, que não poderá ser
interrompida sem a aprovação do projeto. Errada.

Q55 - No Congresso, o projeto de LDO poderá receber emendas, desde que


compatíveis com o plano plurianual, que serão apresentadas na Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMPOF), onde
receberão parecer.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
No Congresso, o projeto de LDO poderá receber emendas, desde que compatíveis
com o plano plurianual, que serão apresentadas na Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMPOF), onde receberão parecer, sendo
apreciadas na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso
Nacional. Errada.

Q56 - A LDO tem como principal finalidade orientar a elaboração de


orçamentos fiscais e de investimento, não sendo aplicadas para orçamentos
da seguridade social, que devem correr em apartado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A LDO tem como principal finalidade orientar a elaboração da LOA, incluindo os
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento. Errada.
Q57 - Em relação ao processo orçamentário no Brasil, assinale a alternativa
correta.

a) O ciclo orçamentário envolve um período muito maior que o ano civil,


iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando para
execução e encerrando com a sua aprovação, mas não contemplando o seu
controle.
b) O ciclo orçamentário corresponde ao período em que se processam as
atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a
aprovação final, sendo normalmente de 1 (um) ano civil.
c) O ciclo orçamentário se confunde com o exercício financeiro, que é o
período durante o qual se executa o orçamento, correspondendo, portanto, a
uma das fases do ciclo orçamentário.
d) No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe
o artigo 34 da Lei nº 4.320/1964, e este coincide em parte com o ciclo
orçamentário, sendo usualmente maior que o ciclo.
e) O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como
um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora,
aprova, executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor
público nos aspectos físico e financeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errado. No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou
processo orçamentário: elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; execução orçamentária e
financeira; e avaliação/controle.
b) Errado. O ciclo orçamentário corresponde ao período em que se processam as
atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a aprovação final,
sendo superior a 1 (um) ano civil.
c) Errado. O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, que é o
período durante o qual se executa o orçamento.
d) Errado. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme
dispõe o artigo 34 da Lei nº 4.320/1964, e este coincide em parte com o ciclo
orçamentário, sendo usualmente menor que o ciclo.
e) Correta. O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como
um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, aprova,
executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos
físico e financeiro. Resposta: Letra E

Q58 - Leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o plano


plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. Errada.

Q59 - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão


ser aprovadas quando incompatíveis com o Plano Plurianual, salvo se
destinadas a recursos para obras sociais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o Plano Plurianual, sem exceções constitucionais.
Errada.

Q60 - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso


Nacional para propor modificação nos projetos de leis orçamentárias, mesmo
após iniciada a votação na Comissão Mista, da parte cuja alteração é
proposta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos de leis orçamentárias, enquanto não iniciada a
votação na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta. Errada.

Q61 - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do


projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes,
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.

Minha explicação didática sobre o que isto quer dizer:


O orçamento é composto basicamente em RECEITA (+) e DESPESA (-)
Suponha que a despesa (A-) foi vetada, e que em razão desse veto o valor destinado
a ela ficou disponível no erário, neste caso é possível ser utilizado com uma nova
despesa (A2-) com aprovação prévia do poder legislativo. Correta.

Q62 - É permitido o início de programas ou projetos não incluídos na Lei


Orçamentária Anual, desde que voltados ao desenvolvimento social e à
educação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual,
sem exceções constitucionais. Errada.
Q63 – Com relação ao processo orçamentário, a Constituição da República
define que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o Plano
Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Acerca desse
tema, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as


diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
( ) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública federal, incluindo as despesas correntes para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
( ) O Poder Executivo publicará, até 15 dias após o encerramento de cada semestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
( ) A Lei Orçamentária Anual compreenderá, entre outros, o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.
( ) A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

(A) V/ V/ V/ V/ V
(B) F/ F/ F/ F/ F
(C) V/ F/ F/ V/ V
(D) F/ V/ V/ F/ F
(E) F/ V/ F/ V/ F

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão que mistura diversos tópicos da matéria.
(V) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
(F) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
(F) O Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
(V) A Lei Orçamentária Anual compreenderá, entre outros, o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.
(V) A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei. É o princípio orçamentário da
exclusividade.

Logo, a sequência correta é V/ F/ F/ V/ V


Resposta: Letra C

Q64 - Acerca dos orçamentos públicos, analise as assertivas abaixo.

I. O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais são leis de


iniciativa do Poder Executivo.
II. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.
III. Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro.
IV. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição
Federal serão elaborados em consonância com o Plano Plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional. É correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todas as afirmativas estão corretas. Resposta: Letra E

Q65 - O ciclo orçamentário, que é a sequência das etapas desenvolvidas pelo


processo orçamentário, é composto por

I. elaboração.
II. estudo.
III. aprovação.
IV. execução.
V. avaliação.

É correto o que está contido em


(A) I, II, III e IV, apenas.
(B) II, IV e V, apenas.
(C) I, III e V, apenas.
(D) I, II, III, IV e V.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo
orçamentário: elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; execução orçamentária e
financeira; e avaliação/controle. Todas as afirmativas estão corretas. Resposta: Letra
D

Q66 - Acerca da proposta orçamentária elaborada pelo Ministério Público,


assinale a alternativa correta.

(A) Deverá ser encaminhada ao Poder Executivo, que é o responsável pela


consolidação de todas as propostas orçamentárias.
(B) Deverá ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional para aprovação.
(C) Deverá ser encaminhada ao Poder Judiciário que a anexará à sua proposta
orçamentária para envio conjunto ao Congresso Nacional.
(D) Independe de aprovação do Congresso Nacional, já que o Ministério Público não
está subordinado ao Poder Executivo.
(E) Deverá ser encaminhada ao Poder Executivo para consolidação e aprovação, visto
que o Ministério Público não possui autonomia administrativa e financeira.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas
propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o
responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
Resposta: Letra A

Q67 - Acerca do processo orçamentário brasileiro, assinale a alternativa


correta.

(A) Em observância ao princípio da legalidade, o Legislativo deverá aprovar uma lei


específica para cada orçamento: fiscal, de investimento das empresas estatais e da
seguridade social.
(B) Cada Poder elabora sua própria proposta orçamentária, que posteriormente será
consolidada pelo Poder Executivo e enviada para aprovação do Poder Legislativo.
(C) A lei orçamentária terá validade para o período coincidente com o mandado
presidencial.
(D) A lei orçamentária é de iniciativa privativa do Poder Legislativo.
(E) A lei orçamentária orientará a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas
propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o
responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
Resposta: Letra B

Q68 - O ciclo orçamentário compreende o período de tempo em que se


processam as quatro atividades típicas do Orçamento Público. A execução
orçamentária é a fase em que:

a) o Poder Legislativo aprova o orçamento apresentado pelo Poder Executivo.


b) são avaliados os padrões de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade a
execução do orçamento público.
c) se busca controlar a aplicação do orçamento de acordo com o seu
dimensionamento apresentado ao Legislativo.
d) o orçamento se desenvolve no exercício definido como o ano civil, isto é, de janeiro
a dezembro, conforme determinação legal.
e) são retratadas as ideias centrais da Administração Pública, no que diz respeito aos
créditos necessários à realização das políticas públicas de médio e curto prazo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada. Na fase de discussão o Poder Legislativo aprova o orçamento apresentado
pelo Poder Executivo.
b) Errada. Na fase de avaliação/controle são avaliados os padrões de
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade a execução do orçamento público.
c) Errada. Na fase de avaliação/controle também se busca controlar a aplicação do
orçamento de acordo com o seu dimensionamento apresentado ao Legislativo.
d) Correta. Na fase de execução o orçamento se desenvolve no exercício definido
como o ano civil, isto é, de janeiro a dezembro, conforme determinação legal.
e) Errada. Na fase de elaboração são retratadas as ideias centrais da Administração
Pública, no que diz respeito aos créditos necessários à realização das políticas
públicas de médio e curto prazo. Resposta: Letra D

Q69 - A Constituição determina que os Poderes (Legislativo, Executivo e


Judiciário) possuam sistemas de controles. Sobre os controles internos,
assinale a alternativa correta.
a) São uma forma de auxílio do controle externo, sendo exercido pelo órgão do
próprio poder que se está controlando.
b) São controles com a finalidade de avaliar se as metas previstas no plano plurianual
estão sendo cumpridas, sem se preocupar com mais nenhum outro aspecto interno
ou avaliá-lo.
c) Envolvem as tarefas de fiscalizar, avaliar e corrigir, quando necessário, sendo
essas tarefas exercidas por um poder sobre o outro.
d) Não há órgãos específicos de controle interno nas unidades administrativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Correta. O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria
Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. É finalidade
do Controle Interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
b) Errada. O controle interno possui a finalidade, entre outras, de avaliar se as metas
previstas no plano plurianual estão sendo cumprida, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
c) Errada. O controle interno envolve as tarefas de fiscalizar, avaliar e corrigir,
quando necessário, sendo essas tarefas exercidas no âmbito de cada Poder.
d) Errada. Há órgãos específicos de controle interno nas unidades administrativas.
Resposta: Letra A

Q70 - a Execução Orçamentária sujeita-se

(A) somente ao controle externo exercido pelo Poder Judiciário.


(B) ao controle interno, exercido pelo Poder Legislativo, e ao controle externo,
exercido pelo Poder Judiciário.
(C) somente ao controle a posteriori exercido pelo Poder Judiciário.
(D) somente ao controle prévio exercido pelo Poder Legislativo.
(E) ao controle interno e ao controle externo.

O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração,


do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle externo é aquele realizado por
uma instituição independente e autônoma. Resposta: Letra E

Q71 – A lei orçamentária deve conter somente matéria de natureza


orçamentária, não podendo constar dispositivo estranho à previsão de
receita e à fixação de despesa. Isso obedece ao princípio da:

a) especificação
b) periodicidade
c) exclusividade
d) publicidade
e) universalidade

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da exclusividade determina que a Lei Orçamentária não poderá conter
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá
para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária. Resposta: Letra C
Q72 - O
princípio orçamentário em que o orçamento público deve ser elaborado e
autorizado para um período determinado, geralmente de um ano, denomina-
se:

A) da exclusividade
B) periodicidade
C) orçamento bruto
D) universalidade
E) da especialização

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado
para um período de um ano. É conhecido também como princípio da periodicidade,
numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício
financeiro. A ideia, em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar
periodicamente ao Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação
dos recursos públicos. Resposta: Letra B

Q73 - O princípio orçamentário que obriga registrarem-se receitas e


despesas na LOA pelo valor total, sendo vedadas quaisquer deduções, é
denominado:

A) universalidade.
B) exclusividade.
C) legalidade.
D) orçamento bruto.
E) não vinculação da receita.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio do orçamento bruto determina que todas as receitas e despesas constarão
da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Resposta: Letra
D

Q74 - ―A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão


da receita e à fixação da despesa...‖. Nesse caso, o princípio orçamentário
em referência é o da:

A) exclusividade.
B) anualidade.
C) universalidade.
D) publicidade.
E) legalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da exclusividade determina que a Lei Orçamentária não poderá conter
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá
para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária. Resposta: Letra A
Q75 - No que diz respeito ao orçamento da União, dos Estados e Municípios,
a afirmação que diz que ―todas as receitas e todas as despesas devem estar
contidas no orçamento‖ corresponde ao princípio da:

a) legalidade.
b) universalidade.
c) periodicidade.
d) exclusividade.
e) publicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as
receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração direta e indireta. Resposta: Letra B

Q76 - Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as
receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, de acordo com o
princípio orçamentário:

a) da totalidade.
b) da transparência.
c) da universalidade.
d) da legalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as
receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração direta e indireta. Resposta: Letra C

Q77 - Considerando o disposto na Lei Federal nº 4.320/1964, que estatui


normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e o controle dos
orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal, é INCORRETO afirmar que a Lei dos Orçamentos:

a) compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
b) conterá a discriminação da receita e da despesa de toda movimentação
financeira ocorrida na âmbito do Banco Central e dos bancos públicos.
c) conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
d) estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal.
e) compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão baseada integralmente na Lei 4.320/1964:
a) Correta. A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de
operações de crédito autorizadas em lei (art. 3º).
b) É a incorreta. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º).
c) Correta. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma
a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º).
d) Correta, mas deveria estar errada. A Lei 4320/1964 estatui normas gerais de
direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (art. 1º). Entretanto, o caput da questão
termina com ―a Lei dos Orçamentos (...)‖.
e) Correta. A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio
deles se devam realizar (art. 4º). Resposta: Letra B

Q78 - Identifique, nas alternativas disponibilizadas abaixo, o princípio que


estabelece que cada ente da federação deva possuir apenas um orçamento.

a) Universalidade.
b) Exclusividade.
c) Anualidade.
d) Equilíbrio.
e) Unidade

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada
exercício financeiro. Resposta: Letra E

Q79 - Dentre os diversos princípios que norteiam a preparação do orçamento


público, um deles estabelece que todas a receitas e despesas devem estar
contidas em uma só lei orçamentária e os orçamentos devem estar
integrados em um só ato político do Poder Legislativo, objetivando sempre
satisfazer às necessidades coletivas. Essa afirmação faz referência ao
princípio da:

a) unidade.
b) especificação.
c) universalidade.
d) unilateralidade.
e) uniformidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada
exercício financeiro. Resposta: Letra A

Q80 - Qual dos princípios abaixo tem como finalidade principal evitar
múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política?

a) Periodicidade.
b) Exclusividade.
c) Universalidade.
d) Unidade ou totalidade.
e) Integração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o princípio da unidade ou da totalidade, o orçamento deve ser uno,
isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da
federação em cada exercício financeiro. Há coexistência de múltiplos orçamentos que,
entretanto, devem sofrer consolidação. Gabarito: D.

Q81 - O princípio que estabelece que todas as receitas e despesas constarão


da lei do orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções, é o de:

a) exclusividade.
b) orçamento bruto.
c) universalidade.
d) equilíbrio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas
constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Resposta: Letra B

Q82 - Um desses princípios, determina que a Lei Orçamentária Anual não


conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Assinale-o.

a) Do Equilíbrio.
b) Da Universalidade.
c) Da Especialização.
d) Da Exclusividade.
e) Da Unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Resposta: Letra D

Q83 - É correto afirmar que a autorização para abertura de créditos


suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita:

a) é uma exceção permitida ao que determina o Princípio do Equilíbrio.


b) decorre da aplicação do Princípio da Universalidade.
c) decorre da aplicação do Princípio da Clareza.
d) é uma exceção permitida no Princípio da Exclusividade.
e) decorre da aplicação do Princípio da Publicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Resposta: Letra D

Q84 - Pode-se considerar como uma EXCEÇÃO ao Princípio Orçamentário da


Exclusividade:

a) a destinação de recursos para Fundos Especiais.


b) a autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.
c) a criação de dotação de recursos para reserva de contingências.
d) o pagamento de restos a pagar e de despesas de exercícios anteriores.
e) o orçamento de investimento em empresas nas quais o ente é sócio majoritário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei. Resposta: Letra B

Q85 - Identifique a alternativa que corresponde ao princípio orçamentário no


qual as receitas e despesas devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em
parcelas discriminadas e não pelo seu valor global.

a) Exclusividade.
b) Equilíbrio.
c) Especificação.
d) Orçamento bruto.
e) Unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com o princípio da especificação, a Lei de Orçamento não consignará
dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras. Resposta: Letra C

Q86 - Com relação aos princípios orçamentários, um deles tem recebido


grande atenção fora do escopo específico do orçamento, por suscitar
interesse de outras áreas econômicas, tais como finanças públicas, política
fiscal e desenvolvimento econômico. Esse princípio é o de:

a) equilíbrio.
b) clareza.
c) exclusividade.
d) discriminação ou especialização.
e) anualidade ou periodicidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão
superiores à previsão das receitas na lei orçamentária anual. Outras áreas, como as
relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do equilíbrio. Resposta: Letra A

Q87 - A evolução ocorrida nas funções do orçamento público gerou, pelo


menos, um novo princípio orçamentário, pois os governos passaram a
utilizar o orçamento como auxiliar efetivo da administração. Assim, surgiu o
princípio da:

a) clareza.
b) publicidade.
c) exclusividade.
d) programação.
e) especialização

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da programação é decorrente da evolução das funções do orçamento.
Resposta: Letra D

Q88 - Para que o orçamento público expresse fielmente um programa de


governo e atenda aos objetivos sociais preconizados pelos governos, é
indispensável que obedeça a um conjunto de princípios. Então, identifique
dentre as opções disponibilizadas, aquela que NÃO pertence a esse conjunto
de princípios.

a) Equilíbrio.
b) Anualidade.
c) Avaliação.
d) Exclusividade.
e) Universalidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Equilíbrio, anualidade, exclusividade e universalidade são princípios orçamentários. A
avaliação é uma etapa do ciclo orçamentário, mas não constitui um princípio.
Resposta: Letra C

Q89 - A Lei nº 4.320/1964 determina expressamente que a Lei do


Orçamento
conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os
princípios da

(A) irredutibilidade, da responsabilidade solidária e da irrenunciabilidade.


(B) legalidade, da igualdade e da anterioridade.
(C) transparência, da responsabilidade social e da consideração.
(D) moralidade, da impessoalidade e da publicidade.
(E) unidade, da universalidade e da anualidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º da Lei
4320/1964). Gabarito: Letra E.

Q90 - Assinale a alternativa que representa o princípio orçamentário da


Exclusividade.
a) Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício
financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera
federativa.
b) A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização
para abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de
crédito, nos termos da lei.
c) Determina existência de orçamento único para cada um dos entes
federados – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – com a finalidade
de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política.
d) A Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as
receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
e) O exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro
a 31 de dezembro de cada ano.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada. Segundo o princípio da unidade, todas as receitas previstas e despesas
fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal
dentro de cada esfera federativa.
b) Correta. De acordo com o princípio da exclusividade, a Lei Orçamentária Anual
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a
contratação de operações de crédito, nos termos da lei.
c) Errada. O princípio da totalidade (ou unidade) determina existência de
orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, Distrito
Federal e Municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos
paralelos
dentro da mesma pessoa política.
d) Errada. Segundo o princípio da universalidade, a Lei Orçamentária Anual de cada
ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
e) Errada. Consoante o princípio da anualidade, o orçamento deve ter vigência
limitada a um exercício financeiro, o qual coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º
de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

Q91 - São
princípios orçamentários legais inerentes à lei orçamentária anual:

I. O Princípio da Unidade.
II. O Princípio da Vinculação das Receitas.
III. O Princípio da não Discriminação.
IV. O Princípio da Universalidade.
V. O Princípio da Anualidade.

É correto o que está contido em

(A) I e III, apenas.


(B) I, II e V, apenas.
(C) III e IV, apenas.
(D) II, III, IV e V, apenas.
(E) I, IV e V, apenas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São princípios orçamentários: Unidade (I), Universalidade (IV) e Anualidade
(V).
Nos demais itens o correto seria Não Vinculação das Receitas (II) e
Discriminação (III). Logo, é correto o que está contido em I, IV e V, apenas.
Resposta: Letra E

Q92 - Em relação ao Orçamento Público, assinale a alternativa que apresenta


corretamente o Princípio Orçamentário da Totalidade.

a) Determina que a Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá


conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades,
fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
b) Estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a
autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de
operações de crédito, nos termos da lei.
c) Obriga registrarem-se receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual pelo
valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
d) Determina existência de orçamento único para cada um dos entes
federados – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – com a finalidade
de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada. O princípio da universalidade determina que a Lei Orçamentária Anual de
cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
b) Errada. O princípio da exclusividade estabelece que a Lei Orçamentária Anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-
se dessa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a
contratação de operações de crédito, nos termos da lei.
c) Errada. O princípio do orçamento bruto obriga registrarem-se receitas e despesas
na Lei Orçamentária Anual pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
d) Correta. O princípio da totalidade determina a existência de orçamento único para
cada um dos entes federados – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – com a
finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política. Resposta: Letra D

Q93 - A repartição do produto da arrecadação dos impostos por meio do


Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) constitui-se em uma exceção, prevista na própria
Constituição, ao princípio orçamentário da(o)

(A) não afetação da receita de impostos.


(B) transparência.
(C) exclusividade.
(D) orçamento bruto.
(E) vinculação da receita de impostos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos
poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos,
salvo as ressalvas constitucionais. Está na Constituição Federal, no art. 167, inciso IV.
temos como exceção as repartição de impostos que compõe os Fundos de
Participação do Estado e o Fundo de Participação dos Municípios. Resposta: letra A

Q94 - Para cada exercício financeiro, o total da despesa autorizada não pode
ser superior ao montante de receitas previstas para o exercício considerado.

A informação apresentada corresponde à (ao)


(A) função estabilizadora.
(B) função distributiva.
(C) função alocativa.
(D) princípio da equivalência.
(E) princípio do equilíbrio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão
superiores à previsão das receitas na lei orçamentária anual. A LRF determina que a
lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas:
―Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art.
165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.‖
Resposta: letra E

Q95 - O princípio da totalidade orienta para que o orçamento seja uno, ou


seja, todos os entes governamentais se juntam para elaborar um único
orçamento, que vale para o País.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não há um único orçamento que vale para todos os entes do País. O orçamento deve
ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada
ente da Federação em cada exercício financeiro. Errada.

Q96 - Entre outros objetivos, a adoção de determinados princípios na


elaboração do orçamento visa a

(A) subordinar as propostas de emendas parlamentares ao Poder Executivo.


(B) garantir transparência ao processo de elaboração, execução e controle
orçamentários.
(C) limitar as despesas com pessoal.
(D) permitir a qualquer cidadão incluir emendas no orçamento.
(E) obrigar os entes federativos a prestar contas de suas ações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dos princípios orçamentários é o da transparência. Resposta: Letra B

Q97 – IADES - A lei orçamentária de um determinado exercício foi aprovada


contendo, entre os seus dispositivos, um artigo que autorizava a contratação
de médicos estrangeiros para atuarem no país, sem necessidade de
revalidação do diploma. Nesse caso hipotético, écorreto afirmar que houve
violação do princípio

(A) da clareza.
(B) da universalidade.
(C) da exclusividade.
(D) da não vinculação da receita.
(E) do equilíbrio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei
Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos
jurídicos, como seria o caso de um artigo que autorizasse a contratação de médicos
estrangeiros para atuarem no país, sem necessidade de revalidação do diploma.
Resposta: Letra C.

Q98 – IADES - O OGU é constituído de três partes em sua composição: o


orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de
investimento das empresas estatais federais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. A LOA (ou OGU, de orçamento geral da União) é constituída de três partes
em sua composição: o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o
orçamento de investimento das empresas estatais federais.

Q99 - O princípio da unidade propugna que o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos poderes da União, os seus fundos, os
órgãos e as entidades da administração direta e indireta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se do princípio da universalidade. Errada.

Q100 - No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a


principal finalidade obrigar o Governo a planejar todas as suas ações,
contemplando os programas de natureza continuada e os investimentos do
ente federado, e tem validade por quatro anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No Brasil, o plano plurianual (PPA) tem como a principal finalidade obrigar o Governo
a planejar todas as suas ações, contemplando os programas de natureza continuada
e os investimentos do ente federado, e tem validade por quatro anos. Errada.

Q101 - O orçamento geral da União possui todas as despesas das empresas


públicas controladas pela União.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das empresas
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto. Errada.
Q102 - Constituem-se em valores que se adicionam ou se acrescem ao
orçamento quer, por exemplo, como reforço de dotações existentes ou como
dotações destinadas a cobertura de novos serviços. Essas novas dotações
são denominadas.

a) Créditos Adicionais.
b) Créditos Especiais.
c) Créditos Extraordinários.
d) Créditos Orçamentários.
e) Créditos Suplementares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de
despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Resposta: Letra A

Q103 – Os créditos adicionais são previstos na Lei nº 4.320/1964, pelo fato


de que, por mais que sejam eficientes os gestores públicos, incumbidos da
fixação das despesas, torna-se impossível prever com certeza absoluta, o
dispêndio que ocorrerá por ocasião da execução orçamentária. Identifique
nas alternativas disponibilizadas abaixo, aquela que contém um conjunto
correto de espécies de créditos adicionais.

a) Suplementares e Ordinários.
b) Especiais e Suplementares.
c) Especiais e Iniciais.
d) Extraordinários e Complementares.
e) Complementares e Suplementares

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais (Gênero) são mecanismos retificadores do orçamento. As
espécies são: suplementares, especiais e extraordinários. Resposta: Letra B

Q104 - O Poder Executivo pode solicitar ao Legislativo novos créditos


orçamentários, que serão adicionados ao orçamento em vigor. Tais créditos,
se destinados a ―amparar programas novos, que não figuram no orçamento‖,
são classificados como créditos:

a) suplementares.
b) especiais.
c) extraordinários.
d) complementares.
e) inovadores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Resposta: Letra B

Q105 - Os créditos adicionais são as autorizações de despesa já computadas


ou suficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais são as autorizações de despesa já computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Errada.

Q106 – Os créditos adicionais classificam-se em suplementares quando


destinados despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais classificam-se em especiais quando destinados despesas para
as quais não haja dotação orçamentária específica. Errada.

Q107 - Os créditos adicionais classificam-se em especiais quando destinados


a reforço de dotação orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais classificam-se em suplementares quando destinados a
reforço de dotação orçamentária. Errada.

Q108 - Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A regra geral é que os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei
e abertos por decreto executivo.

Q109 - Os créditos adicionais classificam-se em extraordinários quando


destinados a reforço de dotação orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais classificam-se em suplementares quando destinados a
reforço de dotação orçamentária.

Q110 – Os créditos adicionais são as autorizações de despesas não


computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento e são
classificados conforme a Coluna

I. Estabeleça a correta correspondência com as características da Coluna II.

Coluna I
1. créditos suplementares.
2. créditos especiais.
3. créditos extraordinários.

Coluna II
( ) atender despesas urgentes e imprevistas.
( ) reforço de dotação orçamentária.
( ) independe de indicação de recursos.
( ) atender a despesas não contempladas no orçamento.
( ) impossibilidade de prorrogação.
A sequência correta é:

a) 3, 2, 1, 2 e 3.
b) 2, 1, 2, 3 e 1.
c) 3, 1, 3, 2 e 1.
d) 2, 1, 2, 3 e 2.
e) 1, 2, 3, 1 e 2.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(3. créditos extraordinários) atender despesas urgentes e imprevistas.
(1. créditos suplementares) reforço de dotação orçamentária.
(3. créditos extraordinários) independe de indicação de recursos.
(2. créditos especiais) atender a despesas não contempladas no orçamento.
(1. créditos suplementares) impossibilidade de prorrogação.
Logo, a sequência correta é 3, 1, 3, 2 e 1.
Resposta: Letra C

(DICA: Veja o resumo do Wagre em seu caderno, fica muito fácil resolver essas
questões)

Q111 - Os créditos adicionais suplementares terão vigência adstrita ao


exercício financeiro em que forem abertos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta! As Especiais e Extraordinárias tem algumas peculiaridades, por enquanto
guarde isso, pela lógica, ora, já que se trata de um crédito para suplementar o
exercício financeiro em vigor, não tem razão para que seja prolongado ao exercício
posterior.

Q112 - O excesso de arrecadação é uma fonte de recursos e o superávit


financeiro é outra fonte para a abertura de créditos adicionais. Uma não
compõe a outra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São FONTES de créditos adicionais (recursos em geral):
- Superávit – balanço financeiro patrimonial anterior (+)
- Excesso de arrecadação (+)
- Operações de crédito (+)
- Anulação Total/Parcial de dotação (o)
- Reserva de contingência - recursos sem despesa correspondente (o)

(+) = Aumentam o valor total do orçamento.


(o) = Não aumentam o valor total do orçamento.

Questão correta.

Q113 - O excesso de arrecadação compõe o superávit financeiro no cálculo


das disponibilidades de recursos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide questão anterior. Gabarito: errada.

Q114 - Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes do


superávit financeiro, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários
abertos no exercício.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício. Errada.

Q115 - A vigência dos créditos especiais e extraordinários é limitada:

a) à extinção do crédito, ou seja, à totalidade de sua execução, independente do


encerramento do exercício.
b) ao término do exercício em que foram autorizados, podendo ser reabertos no
exercício seguinte com validade de 12 meses da aprovação inicial, nos limites de seus
saldos.
c) ao prazo de 12 meses após sua aprovação.
d) ao prazo de quatro meses após sua aprovação, podendo ser reabertos até o
término do exercício, nos limites de seus saldos.
e) ao término do exercício seguinte, caso tenham sido promulgados nos últimos 4
meses do ano e reabertos nos limites de seus saldos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(Veja a questão Q111, essa daqui completa a informação).
Os créditos especiais e extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites
dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
Gabarito: E.

Q116 – O princípio constitucional da exclusividade da lei orçamentária é


decorrente do texto expresso no Parágrafo 8º do Artigo 165 da Constituição
Federal. O referido princípio determina que a lei orçamentária anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
entretanto o texto constitucional associado à Lei n° 4.320/64 permite que se
possa incluir na lei orçamentária a autorização para a abertura de um valor
limitado de créditos adicionais destinados ao reforço de dotação
orçamentária suplementar, desde que precedida de exposição de justificativa
e comprovada a existência de recursos disponíveis para cobrir as despesas
decorrentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O crédito adicional suplementar, o qual é destinado a reforço de dotação
orçamentária, é a única espécie de crédito que é exceção ao princípio
orçamentário da exclusividade. Terão vigência limitada ao exercício em que forem
autorizados e sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de
exposição que a justifique. Correta.

Q117 - Segundo a Lei nº 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações


de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento. Os créditos adicionais classificam-se em

I. suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária.


II. especiais, os destinados a despesas com dotação orçamentária específica.
III. extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

É correto o que está contido em


(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas.
(E) II e III.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos adicionais (gênero) classificam-se em:
- Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária.
- Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.
- Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e imprevisíveis,
como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Logo, é correto o que está contido em I e III, apenas.
Resposta: Letra C

Q118 - De acordo com a contabilidade pública, os créditos adicionais são


classificados em

(A) suplementares, especiais e extraorçamentários.


(B) suplementares, especiais e extraordinários.
(C) iniciais, compensatórios e extraordinários.
(D) especiais, compensatórios e extraorçamentários.
Os créditos adicionais classificam-se em: suplementares, especiais e extraordinários.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Resposta: Letra B

Q119 - Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto executivo. A abertura dos créditos suplementares e
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a
despesa e será precedida de exposição de justificativa. De acordo com a Lei
nº 4.320/64, no § 1º do artigo 43 em seus incisos, consideram-se recursos,
desde que não comprometidos, exceto

(A) o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.


(B) os provenientes de excesso de arrecadação.
(C) os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei.
(D) o saldo negativo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
(E) o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que, juridicamente,
possibilite ao poder executivo realizá-las.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, desde
que não comprometidos:
―I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou
de créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las‖.

Logo, não é fonte de recurso o saldo negativo das diferenças acumuladas mês a mês
entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do
exercício. A questão tentou confundir com o conceito de excesso de arrecadação, o
qual sim seria fonte de recurso: o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a
mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência
do exercício. Resposta: Letra D

Q120 - Para efeito de abertura de créditos suplementares e especiais,


depende-se da existência de recursos disponíveis e da prévia exposição
justificativa. A esse respeito é correto afirmar que os recursos para esse
efeito

(A) não podem ser decorrentes de anulação parcial ou total de dotações


orçamentárias autorizadas em lei.
(B) não podem ser decorrentes de anulação parcial ou total de dotações
orçamentárias autorizadas em lei ou de créditos adicionais autorizados em lei.
(C) podem ser o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício
anterior, desde que não comprometido.
(D) não podem ser produto de operação de crédito ou de anulação de créditos
adicionais autorizados em lei.
(E) não podem ser provenientes de excesso de arrecadação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão agora é tranquila. Gabarito: Letra C.

Q121 - A diferença positiva entre a receita realizada e a receita prevista é


uma das fontes de recursos para a abertura de créditos adicionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Essa diferença positiva entre ativo financeiro e passivo financeiro é chamada de
superávit financeiro. Errada.

Q122 - Considere hipoteticamente que fortes chuvas atingiram a região


serrana do Rio de Janeiro, deixando milhares de desabrigados e centenas de
casas destruídas. As estradas que dão acesso ao local foram bloqueadas
pelos
desmoronamentos ocorridos na região. A cidade ficou sem comunicação,
registrando falta de alimentos e água potável. O prefeito declarou situação
de calamidade pública. Diante desse quadro hipotético, o orçamento poderá
ser alterado para socorrer a região, por meio da abertura de crédito

(A) suplementar.
(B) especial.
(C) extraorçamentário.
(D) emergencial.
(E) extraordinário.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis,
tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Dica
adicional: Os créditos extraordinários não necessitam de prévia aprovação
legislativa. Resposta: Letra E

Q123 - Ao longo da execução orçamentária, a dotação para atender o


programa Saúde Básica revelou-se insuficiente. A respeito desse caso
hipotético, assinale a alternativa correta.

(A) O Poder Executivo poderá autorizar a abertura de crédito adicional suplementar.


(B) Como a despesa já estava prevista na lei orçamentária, o Poder Executivo poderá
solicitar ao Poder Legislativo autorização para abertura de crédito adicional
extraordinário.
(C) Poderá ser aberto crédito adicional suplementar, desde que autorizado na própria
lei orçamentária ou em lei especial.
(D) Por ser uma despesa de caráter especial, não há necessidade de autorização
prévia do Poder Legislativo para suplementar a dotação existente.
(E) O gestor do programa deverá solicitar a abertura de crédito adicional especial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos suplementares são os destinados a reforço de dotação orçamentária.
Assim, no caso em tela, poderá ser aberto crédito adicional suplementar, desde que
autorizado na própria lei orçamentária ou em lei especial. Resposta: Letra C

Q124 - Quanto ao processo de elaboração da proposta orçamentária,


assinale a alternativa correta.

a) A Lei Orçamentária Anual (LOA) não poderá ser alterada no decorrer da sua
execução por meio de créditos adicionais, esses que são autorizações de despesas
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.
b) Os créditos especiais, em hipótese alguma, poderão ter vigência além do exercício
em que forem autorizados.
c) Os créditos suplementares são destinados a despesas urgentes e imprevisíveis,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
d) A abertura de créditos suplementares, para qualquer importância ou percentual,
está sujeita à submissão e aprovação do Poder Legislativo.
e) Em algumas situações, os créditos adicionais poderão ser incorporados ao exercício
financeiro subsequente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Errada. A Lei Orçamentária Anual (LOA) poderá ser alterada no decorrer da sua
execução por meio de créditos adicionais, esses que são autorizações de despesas
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.
b) Errada. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos,
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
c) Errada. Os créditos extraordinários são destinados a despesas urgentes e
imprevisíveis, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública.
d) Errada. A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura de
créditos suplementares até determinada importância ou percentual, sem a
necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo.
e) Correta. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente (art. 167, § 2º, da CF/1988). Resposta: Letra E

Q125 - É correto afirmar a respeito dos créditos orçamentários que, nos


termos da Constituição Federal, é permitido:

a) dar início a programas ou projetos que não constam da lei orçamentária anual.
b) realizar despesas que excedem os créditos orçamentários.
c) realizar operações de crédito que excedem o montante das despesas de capital
mediante créditos suplementares com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta.
d) assumir obrigações diretas que excedem os créditos orçamentários.
e) realizar operações de crédito que excedem o montante das despesas de capital,
mediante créditos especiais analisados previamente pelo Tribunal de Contas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares
ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988). Assim, se a ressalva for respeitada, é
permitida a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital.
Gabarito: Letra C.

Q126 - É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correto. É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados (art. 167, VII, da
CF/1988).

Q127 - É permitida a transferência voluntária de recursos e a concessão de


empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ALTO LÁ! É vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art.
167, X, da CF/1988). Errada.
 As próximas 10 ou 15 questões tratam dos tipos de orçamento, recomendo
revisar no material do Wagre, é bem tranquilo.

Q128 - Instrumento com ênfase no gasto, com reflexos apenas nos meios
que o Estado dispunha para executar suas tarefas, com objetivo de exercer
controle político do Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o
planejamento ou com as necessidades da população. Essa afirmação faz
referência ao Orçamento chamado:

a) programa.
b) desempenho funcional.
c) participativo.
d) incremental.
e) tradicional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais
características do orçamento tradicional ou clássico. Constitui-se num mero
instrumento contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja,
enfatiza atos passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com
o atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Resposta: Letra E

Q129 – Ciências Econômicas – Gestão Pública/SEMADE – 2013) Sob o ponto


de vista técnico, o orçamento tradicional, concomitantemente à linguagem
contábil, utiliza classificações suficientes para instrumentalizar:

a) o controle das receitas.


b) o programa do governo.
c) o controle das despesas.
d) a criação de fontes de renda.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ênfase do orçamento tradicional é no objeto do que sai, ou seja, no controle da
despesa relacionado ao que o governo compra, sem se preocupar com o que o
governo faz. Resposta: Letra C

Q130 - Entre as características orçamentárias listadas a seguir, a única que


pertence ao orçamento programa é:

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) a alocação de recursos visando à consecução de objetivos e metas.
b) o processo orçamentário ser dissociado dos processos de planejamento e
programação.
c) a de que os principais processos classificatórios são as unidades administrativas e
os elementos.
d) a estrutura do orçamento enfatizar os aspectos contábeis de gestão.
e) a inexistência de sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim
como dos resultados.
Na alternativa ―A‖, é característica do orçamento-programa a alocação de recursos
visando à consecução de objetivos e metas.
As demais alternativas apresentam características do orçamento tradicional.
Resposta: Letra A

Q131 - Determinado tipo de orçamento, se caracteriza por ser um plano que


integra, numa concepção gerencial, planejamento e orçamento com
objetivos e metas a alcançar. A ênfase é nas realizações. Essa definição
refere-se a que tipo de orçamento?

a) Tradicional/Clássico.
b) Participativo.
c) De Desempenho/Funcional.
d) Base Zero.
e) Programa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a
quantificação de metas, com a consequente formalização de programas visando ao
atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com esse modelo, passa a existir um
elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. Resposta: Letra E

Q132 - Em 1959, a ONU conceituou ―um sistema em que se presta particular


atenção às coisas que um governo realiza, mais do que às coisas que
adquire.‖, como sendo o:

a) Orçamento-Programa.
b) Orçamento Financeiro.
c) Orçamento Plurianual.
d) Orçamento Fiscal.
e) Orçamento Institucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma finalidade
relacionada aos resultados das ações governamentais. Resposta: Letra A

Q133 – Constitui-se em um plano de aferição e controle da autoridade e da


responsabilidade dos órgãos e agentes da administração orçamentária e
financeira, permitindo avaliar os gastos executados pelo governo.

Identifique nas alternativas abaixo, a que tipo de orçamento essa afirmação


faz referência.

a) Participativo.
b) Base-Zero.
c) Incremental.
d) Programa.
e) Tradicional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A utilização sistemática de indicadores para acompanhamento e aferição dos
resultados é característica do orçamento-programa. O orçamento-programa foi
adotado em regra no Brasil, e o participativo vem sendo testado, especialmente nos
municípios. Resposta: Letra D
Q134 - O Orçamento-programa é um plano de trabalho expresso por um
conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários à
sua execução.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeita definição. A organização das ações do Governo sob a forma de programas
visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na Administração Pública e ampliar
a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar
a transparência na aplicação dos recursos públicos. Tal espécie de orçamento equivale
a um plano de trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar e pela
identificação dos recursos necessários à sua execução. Correta.

Q135 - Técnica utilizada para a confecção do orçamento, que consiste,


basicamente, em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos
órgãos governamentais. Na fase de elaboração de sua proposta
orçamentária, os órgãos governamentais deverão justificar, anualmente, a
totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial
mínimo. O conceito descrito acima trata do

(A) Orçamento-programa.
(B) Orçamento tradicional ou clássico.
(C) Orçamento base zero ou por estratégia.
(D) Orçamento de desempenho ou por realizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de todos os
recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de abordagem, na fase
de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais
necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante
inicial de dotação. Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na
fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem
utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo. Resposta: Letra C

Q136 - Em relação ao Orçamento-Programa, assinale a alternativa correta.

(A) É uma técnica orçamentária recente, e foi introduzida na legislação brasileira


somente a partir da Constituição Federal de 1988.
(B) É um plano de trabalho que permite identificar as ações que o governo pretende
realizar, cuja ênfase recai sobre o resultado alcançado, independentemente dos
custos.
(C) Apesar de não prevista na legislação, a integração entre planejamento e
orçamento é condição indispensável para que os programas, os projetos e as
atividades do governo alcancem as metas estabelecidas.
(D) Possibilita o acompanhamento e a avaliação dos programas de trabalho e dos
resultados alcançados por meio de sistemática de indicadores e padrões de medição.
(E) Adota a classificação institucional-programática como critério de classificação da
despesa, o que torna o orçamento mais transparente ao permitir a identificação da
área de ação governamental em que a despesa será realizada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(A) Errado. O orçamento programa consta na legislação brasileira antes da CF/88. A
exemplo temos o art 7º, alínea c do Decreto Lei 200/67:
Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o
desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se
segundo planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a
elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de governo;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembolso.
(B) Errado. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do
Governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e
previsão dos custos relacionados.
(C) Errado. A integração entre planejamento e orçamento consta na legislação
brasileira. Por exemplo, a CF/88 determina, no artigo 165 § 4º, que os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/88 devem ser
elaborados em consonância com O PPA e apreciados pelo Congresso
Nacional.
Outro exemplo está no art. 166, § 4º que determina que as emendas ao projetos de
Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis
com o PPA.
(D) Certo. Os indicadores de medição (desempenho) são as ferramentas de
acompanhamento e avaliação das ações executadas pelo orçamento programa.
(E) Errado. O orçamento programa adota a classificação FUNCIONAL PROGRAMÁTICA
como critério de classificação da despesa. Resposta: letra D

Q137 - A vinculação entre planejamento e orçamento, conforme previsto na


Constituição Federal de 1988 e na Lei de Responsabilidade Fiscal, é uma
característica básica do orçamento

(A) tradicional.
(B) base-zero.
(C) programa.
(D) de desempenho.
(E) participativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A vinculação entre planejamento e orçamento ocorre no orçamento
programa.
Resposta: Letra C

Q138 - Sobre Finanças Públicas, correlacione as colunas e, em seguida,


assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Coluna 1
1. Política Distributiva.
2. Política Alocativa.
3. Política Estabilizadora.

Coluna 2
( ) Nessa perspectiva, o Estado desenvolve políticas nas quais atua como
intermediário das relações econômicas, adotando políticas que possibilitem a
ampliação de mercados, aumento de produtividade e a satisfação de demandas da
sociedade.
( ) Com o conjunto dessas políticas, o Estado pode utilizar instrumentos tributários
para incentivar a produção de alimentos que objetivem aumentar a qualidade dos
produtos de subsistência da população de baixa renda. Também, nesse tipo de
política, é possível
inclusive isentar a tributação sobre bens e serviços que possam suprir as
necessidades da população carente. Outra medida que pode ser contemplada nesse
tipo de política é a adoção de incentivos a alguns produtos, visando proporcionar o
aumento da competitividade e consolidar a concorrência de mercado.
( ) Como a economia pode estar sujeita a flutuações significativas como períodos de
desemprego ou inflação, o Estado se utiliza de instrumentos da política
macroeconômica, como a política fiscal, no intuito de assegurar a estabilidade
econômica do país.

(A) 1/ 2/ 3
(B) 2/ 1/ 3
(C) 3/ 2/ 1
(D) 2/ 3/ 1
(E) 1/ 3/ 2

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(2. Política Alocativa) Nessa perspectiva, o Estado desenvolve políticas nas quais atua
como intermediário das relações econômicas, adotando políticas que possibilitem a
ampliação de mercados, aumento de produtividade e a satisfação de demandas da
sociedade.

(1. Política Distributiva) Com o conjunto dessas políticas, o Estado pode utilizar
instrumentos tributários para incentivar a produção de alimentos que
objetivem aumentar a qualidade dos produtos de subsistência da população de baixa
renda. Também, nesse tipo de política, é possível inclusive isentar a
tributação sobre bens e serviços que possam suprir as necessidades da população
carente. Outra medida que pode ser contemplada nesse tipo de política é a adoção de
incentivos a alguns produtos, visando proporcionar o aumento da competitividade e
consolidar a concorrência de mercado.

(3. Política Estabilizadora) Como a economia pode estar sujeita a flutuações


significativas como períodos de desemprego ou inflação, o Estado se utiliza de
instrumentos da política macroeconômica, como a política fiscal, no intuito de
assegurar a estabilidade econômica do país.

Logo, a sequência correta é 2/ 1/ 3. Resposta: Letra B

Q139 - A função do orçamento público, quando voltado para a garantia do


poder de compra da moeda, denomina-se:

(A) distributiva.
(B) alocativa.
(C) fomentadora.
(D) estabilizadora.
(E) gerencial.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O campo de atuação da função estabilizadora é principalmente a manutenção de
elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Resposta: Letra D
 Mais uma vez, assunto que vale a pena recorre à revisão do material do Wagre
em seu caderno. Despesas. (ATENÇÃO, as próximas questões (Q140 – Q149)
aproximadamente, todas foram retiradas de concursos bastante específicos,
como auditor, contador público, analista de controle externo, etc...).

Q140 - Quanto às despesas públicas, é correto afirmar que:

a) Despesas de Custeio e Transferências correntes são Despesas Correntes.


b) Investimentos e Transferências de Capital são Despesas de Correntes.
c) Despesas de Custeio e Transferências de Capital são Despesas de Capital.
d) Despesas de Custeio e Transferências de Capital são Despesas Correntes.
e) Inversões Financeiras e Transferências de Capital são Despesas de Correntes

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na Lei 4320/1964:
Despesas de Custeio e Transferências correntes são Despesas Correntes.
Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de Capital são Despesas de
Capital. Tente, antes de mais nada, entender a lógica decorrente da própria
nomenclatura atribuída. Despesa corrente, nada mais é, do que aquela relativa ao
gasto comum, como transferência e despesa corrente (de rotina). Despesa de
capital, por sua vez, remete ao mercado financeiro, como investimentos, inversões
financeiras, transferências e despesas de capital. Resposta: Letra A

Q141 - ―São dotações para despesas as quais não corresponda


contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e
subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de
direito público ou privado‖. Segundo a normatização orçamentária pátria, tal
conceito traduz a classificação de:

a) investimentos.
b) inversões financeiras.
c) transferência de capital.
d) transferências correntes.
e) receitas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais
não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras
entidades de direito público ou privado (art. 12, § 2º, da Lei 4320/1964). Resposta:
Letra D

Q142 - É um exemplo de despesa extraorçamentária:

a) pagamento de precatórios.
b) desembolso para fornecedores de bens e serviços já liquidados.
c) desembolso de recursos do governo relacionados com a compra de
bens permanentes.
d) restituição de depósitos em garantia ingressados anteriormente.
e) pagamento de despesas sem dotação orçamentária com saldo suficiente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A restituição de depósitos em garantia ingressados anteriormente é uma despesa
extraorçamentária, pois corresponde à devolução de recursos transitórios que foram
obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos
órgãos públicos. As demais alternativas trazem despesas orçamentárias. Resposta:
Letra D

Q143 – Um Município aluga um edifício onde está instalada uma creche


infantil há 5 (cinco) anos. Em 2013, os gestores responsáveis pela oferta
desse serviço público decidiram comprar o imóvel. É correto afirmar que
essa despesa orçamentária, segundo o artigo 12 da Lei nº 4.320/1964, será
classificada como:

(A) inversões financeiras.


(B) transferências de capital.
(C) investimentos.
(D) transferência à entidade privada.
(E) transferência corrente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As inversões financeiras contemplam as dotações destinadas à aquisição de imóveis
ou bens de capital já em utilização. Resposta: Letra A

Q144 – Suponha que uma empresa pública vinculada ao Ministério das


Cidades decida, em 2013, aumentar sua participação no capital de outra
empresa, cujo objeto social seja comercializar apólices de seguro. De acordo
com a Lei nº 4.320/1964, é correto afirmar que esse desembolso será
contabilizado como

(A) Despesa de capital – Inversões financeiras.


(B) Despesa de capital – Transferências correntes.
(C) Despesa de custeio – Inversões financeiras.
(D) Despesa de capital – Investimentos.
(E) Despesa de custeio – Investimentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São despesas de capital do grupo inversões financeiras as dotações destinadas a
aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já
constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição
ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Resposta: Letra A

Q145 - As despesas públicas são classificadas em duas categorias


econômicas, sendo elas

(A) despesas de pessoal e investimentos.


(B) despesas orçamentárias e despesas extraorçamentárias.
(C) qualitativas e quantitativas.
(D) despesas correntes e despesas de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As despesas públicas são classificadas em duas categorias econômicas: despesas
correntes e despesas de capital. Resposta: Letra D

Q146 - Podem ser classificadas como Inversões Financeiras as dotações


destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização;
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer espécie; constituição ou aumento do capital de entidades ou
empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São inversões financeiras as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens
de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou
empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações
bancárias ou de seguros. Correta.

Q147 - Quanto à classificação da despesa por categorias econômicas,


assinale
a alternativa correta.

(A) Despesas de capital: investimentos, inversões financeiras e


transferências correntes.
(B) Despesas de capital: transferências correntes, inversões financeiras e
transferências de capital.
(C) Despesas de capital: investimentos, inversões financeiras e
transferências de capital.
(D) Despesas correntes: despesa de custeio, inversões financeiras e
transferências correntes.
(E) Despesas correntes: investimento no exercício corrente, despesas de
custeio e transferências correntes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Acredito (Leo), que dentro desse tema, se vier a ser cobrado na prova da PMDF, no
máximo virá ao nível dessa questão, pois esse assunto é absolutamente específico
para área de contabilidade pública, auditoria e controle. Ainda assim, seguindo uma
lógica racional, da pra matar a questão. Essa daqui com o comentário abaixo ajuda
bastante.

(A) e (B) Errado. Transferência corrente não é despesa de capital, mas despesa
corrente.
(C) Certo. Todas são despesas de capital.
(D) Errado. Inversão financeira é uma despesa de capital.
(E) Errado. Investimento é uma despesa de capital.
Resposta: letra C

Q148 - Acerca da despesa extraorçamentária, é correto afirmar que ela


independe de autorização legislativa para sua realização.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente! Entenda que a despesa extraorçamentária corresponde à aquela
resultante de medidas urgentes, decorrente de casos graves, em que se exige a
rápida efetivação de um crédito extraordinário (crédito adicional, lembra?). O uso
desse crédito extraordinário corresponde a uma despesa extraorçamentária.

Q149 – A despesa classifica-se em despesa orçamentária corrente e de


capital.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q150 - Um Órgão Público realizou a compra de ambulâncias para o Serviço


de Atendimento Móvel de Urgência. A função, a categoria econômica da
despesa e o grupo a que pertence são, respectivamente,

(A) saúde, de capital e investimentos.


(B) saúde, corrente e investimentos.
(C) assistência social, de capital e investimentos.
(D) assistência social, corrente e inversões financeiras.
(E) transporte, corrente e outras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão. No
caso, é a função saúde. A categoria econômica é despesa de capital e o GND é
investimentos. Resposta: Letra A

 As questões a seguir abordam os demais assuntos do edital não


abarcados nas questões anteriores, como o material do estratégia está
faltando ser publicado em parte, e algumas apostilas estão no formato
de imagem, dificultando a obtenção da cópia do texto, vou tentar
manter a sequência adequada de conteúdo (agrupando-os por assunto,
na medida do possível). Vale ressaltar que 90% do conteúdo a seguir,
infelizmente, corresponde à concursos específicos da área financeira,
controle, orçamentária, fiscal...

Q151 - As classificações orçamentárias da receita recebem denominações


semelhantes às da despesa, para facilitar o entendimento da origem e a
definição do destino dos recursos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Categoria econômica: Receitas Correntes e Receitas de Capital x Despesas
Correntes e Despesas de Capital

Receitas Correntes: Tributária, de Contribuições, Patrimonial, Agropecuária,


Industrial, de Serviços, Transferências Correntes, Outras Receitas Correntes
Receitas de Capital: Operações de Crédito, Alienação de bens, Amortização de
empréstimos, Transferências de capital, Outras receitas de capital
Despesas Correntes: Custeio, Transferências Correntes
Despesas de Capital: Investimentos, Inversões Financeiras, Transferências de
Capital
Apesar da categoria econômica da receita ser igual da despesa, não podemos afirmar
que as classificações orçamentárias são semelhantes. Errada.

Q152 - Os créditos a receber da dívida ativa, que são classificados no ativo,


representam uma fonte potencial de fluxo de caixa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que uma dívida se torne ―dívida ativa‖ é essencial que o crédito seja líquido e
certo e esteja vencido. A dívida ativa abrange todos os créditos da Fazenda
Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido pagos nas datas
em que venceram. São créditos a receber classificados no ativo e representam uma
fonte potencial de fluxo de caixa. Correta.

Q153 - As receitas públicas são classificadas como provisórias e definitivas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As receitas são classificadas como correntes ou de capital. Errada.

Q154 - Caso determinado cidadão pague uma parcela de dívida de natureza


tributária que esteja inscrita na dívida ativa da União e cujo prazo para
pagamento tenha vencido, então a receita correspondente deverá ser
classificada como outras receitas correntes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RECEITAS CORRENTES
Receita Tributária
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.
Receitas Diversas
Multas
Cobrança da Divida Ativa.
Outras Receitas Diversas.

Q155 - De acordo com a categoria econômica, o superávit do orçamento


corrente é considerado fonte de receita corrente do Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receitas de Capital
- Operação de crédito
- Alienação de Bens
- Amortização de empréstimos
- Superávit do Orçamento-Contábil
- Transferência de Capital

Já as receitas correntes são as:


- Tributárias
- Agropecuárias
- Patrimonial
- Industrial
- Serviços
Q156 - É vedado classificar o ingresso de recursos provenientes da alienação
de componentes do ativo permanente como receita patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receitas Correntes: Tributárias, Contribuições, Patrimoniais, Agrícolas,
Industriais, Transferências Correntes, Outras
Receitas de Capital: Operações de Crédito, Alienações, Amortizações, Outras
Lembrando que, segundo a lei 8666/93, configuram-se alienações toda transferência
de domínio de bens para terceiros.
Receita originada por alienação é RECEITA DE CAPITAL. Correta.

Q157 - As multas de trânsito aplicadas pela PMDF no exercício de suas


atividades não podem ser classificadas como tributos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RECEITAS CORRENTES
Receita Tributária
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.
Receitas Diversas
Multas.
Cobrança da Divida Ativa.
Outras Receitas Diversas.

Q158 - As contribuições parafiscais, assim como os impostos, são


classificadas como tributos, e sua arrecadação é destinada ao custeio de
atividade paraestatal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RECEITA TRIBUTÁRIA: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA,
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO E CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (contribuições
parafiscais)
Correta.

Q159 - O valor de um imposto vencido e não pago no prazo legal, apuradas a


sua liquidez e certeza, poderá ser inscrito na dívida ativa. O mesmo não
ocorrerá com um aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e
não pago no prazo legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O aluguel devido à Administração Pública, se estiver com o pagamento atrasado e
com sua certeza e liquidez apuradas, poderá ser inscrito na dívida ativa em forma de
crédito em favor da Fazenda Pública. Os créditos em favor da Fazenda Pública têm
duas naturezas: 1. créditos tributários e 2. créditos não-tributários. O aluguel
devido à Administração Pública de que fala a questão em análise é de natureza não-
tributária.
Errada.

Q160 - Receitas de capital são aquelas que provocam efeito no patrimônio


líquido do governo.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
De forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não
provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. Errada.

Q161 - A dívida ativa é um crédito da fazenda pública, de natureza tributária


ou não, exigível em virtude do transcurso do prazo de pagamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q162 - Se determinado órgão público tiver recebido rendimentos sobre


aplicações de disponibilidades em operações de mercado, então a receita
correspondente a esses rendimentos será classificada como receita
patrimonial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conceito de Receita Patrimonial: o ingresso proveniente de rendimentos sobre
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações
de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Ex.:
receitas imobiliárias: aluguéis, foros, laudêmios; receitas de valores mobiliários: juros
de títulos de renda, dividendos, participações; receitas de outorga de serviços
públicos etc... Correta.

Q163 - A dívida ativa, por ser uma fonte potencial de fluxos de caixa com
impacto positivo gerado pela recuperação de valores, espelha créditos a
receber, portanto deve ser contabilmente reconhecida no ativo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para que uma dívida se torne ―dívida ativa‖ é essencial que o crédito seja líquido e
certo e esteja vencido. A dívida ativa abrange todos os créditos da Fazenda Pública,
cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido pagos nas datas em que
venceram. São créditos a receber classificados no ativo e representam uma fonte
potencial de fluxo de caixa. Correta.

Q164 – Polícia Federal - Considere que uma universidade pública seja


proprietária de uma fazenda de criação de gado e realize a venda de animais
para abate, auferindo, na operação, receita tipicamente classificada como de
atividade agropecuária. Nessa situação, tal receita, do ponto de vista
orçamentário, deverá ser classificada como receita corrente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta!
Receitas de Capital (WAGRE):
1. Operações de crédito
2. Alienações
3. Amortizações
4. Transferências de capital
5. Outras receitas de capital
Receitas Correntes (WAGRE):
1. Receita tributária
2. Receita de contribuições
3. Receita Patrimonial
4. Receita Agropecuária
5. Receita Industrial
6. Receita de Serviços
7. Outras transferências correntes
8. Outras receitas correntes

Q165 - Recursos provenientes de caução não devem ser considerados receita


orçamentária, pois representam apenas movimentação de fundos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São receitas Extraorçamentárias (Tem caráter devolutivo) depósito em caução,
antecipação de receitas orçamentárias (ARO), emissão de papel moeda (dinheiro
emitido pelo Banco Central). Correta.

Q166 - A classificação da receita quanto à natureza visa identificar a origem


do recurso que ingressa nos cofres públicos segundo o fato gerador,
servindo para análise do impacto dos investimentos governamentais na
economia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. Fato gerador é o ―mesmo‖ que fato típico (tipificado em lei – tipicidade
formal) do direito penal. É a origem legal, normatizada, positivada.

Q167 - Receitas provenientes da dívida ativa da União devem ser


classificadas como outras receitas correntes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos isso. Correta.

Q168 - De acordo com as categorias econômicas, a receita pode ser


classificada em receita originária e receita derivada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Categoria: Corrente e de Capital. Errada.

Q169 - As contribuições e as doações realizadas por pessoas físicas à


administração pública podem ser classificadas como receitas correntes ou de
capital, de acordo com sua destinação

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os recursos recebidos por terceiros podem ser classificados como receitas correntes
ou de capital, de acordo com sua destinação. Correta.

Q170 - As receitas decorrentes da dívida ativa da amortização de


empréstimos são classificadas como receita de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tome cuidado:
Receita de dívida ativa em regra é receita corrente > outras receitas correntes
A questão trouxe uma exceção, dívida ativa da amortização de empréstimos é
realmente receita de capital. Note que a questão trouxe como origem a
AMORTIZAÇÃO, e esta compõe a receita de capital. Correta.

Q171 - O recebimento de aluguéis inscritos na dívida ativa de natureza não


tributária devem ser contabilizados como receita corrente do exercício
financeiro de sua arrecadação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Dívida Ativa é classificada em tributária e não-tributária e é considerada receita
orcamentária do exercício em que foi recebida. É uma receita corrente não-efetiva
(Outras Receitas Correntes). Correta.

Q172 - A inclusão do contribuinte na dívida ativa tem como requisito a


apuração da certeza e liquidez da dívida.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q173 - Considere que um posto de fiscalização de controle da ANTT,


localizado às margens de uma rodovia, após uma pequena reestruturação
organizacional, tenha sido desativado, e a área de ocupação haja sido
submetida a licitação pública pela ANTT para exploração comercial privada.
Nesse caso, a receita proveniente do aluguel seria classificada como receita
de capital, pois remunera o investimento da ANTT no imóvel.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receitas Correntes: classifica-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder
impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu
patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária,
Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes; e as demais
receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes.
Errada.

Q174 - De acordo com as categorias econômicas, a receita pode ser


classificada em receita originária e receita derivada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Categoria: Corrente ou de capital.

Q175 – Escrivão PF - De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, dívida


ativa corresponde a um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou
não tributária, que é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa
da fazenda pública da União, e equivale a um título executivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila, gabarito correto.

Q176 - As receitas são classificadas, quanto à categoria econômica, em


correntes e de capital.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item certo.

Q177 - A receita tributária engloba as contribuições sociais e econômicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Bom e velho peguinha do cespe!
Receita de contribuições: contribuições sociais e econômicas
Receita tributária: imposto, taxa e contribuições de melhoria
Errada.

Q178 - A receita patrimonial auferida de locação do patrimônio público à


iniciativa privada é classificada como receita de capital.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que não! Nada melhor do que treinar a mente. Receita correte. Errada.

Q179 - A receita pública deve ser classificada nas categorias econômicas


receitas correntes e receitas de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item certo.

Q180 - A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os


quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja certeza
e liquidez foram apuradas. Constitui, portanto, fonte certa de recursos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Representam uma fonte potencial de fluxo de caixa. De garantia RELATIVA. Errada.

Q181 - As receitas provenientes da exploração do patrimônio público, do


poder de tributar emanado do Estado e das atividades de prestação de
serviços constituem receitas correntes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item certo.

Q182 - As receitas orçamentárias na esfera econômica serão classificadas


em receitas correntes e receitas de capital. Receitas correntes são aquelas
provenientes de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas, ao
passo que as de capital originam-se dos tributos arrecadados pelo Estado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CESPE inverteu as bolas, o certo seria:
Receitas correntes: originam-se dos tributos arrecadados pelo Estado.
Receitas de capital: são aquelas provenientes de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas. Errada.

Q183 - A cobrança de atualização monetária, multa e juros de mora deve ser


considerada no valor da receita da respectiva dívida ativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os créditos inscritos em dívida ativa são objeto de atualização monetária, juros e
multas, previstos em contratos ou em normativos legais, que são incorporados ao
valor original inscrito. Correta.

Q184 - A alienação de bem da administração pública não é classificada como


receita efetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta a questão. A alienação de bem não se trata de uma receita corrente (efetiva),
mas uma receita de capital. Veja bem, foi debitado um bem da administração pela
alienação (um imóvel, por exemplo), e entrou o dinheiro correspondente à alienação,
ou seja, trocou UM pelo OUTRO de igual valor (PERMUTATIVO), não acrescentou nada
ao patrimônio do Estado. Receita de Capital.

Q185 - A receita de serviços de publicidade legal decorrentes das atividades


de agenciamento de publicidade é classificada como receita corrente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receita de serviços --> abrange as receitas características da prestação de serviço,
tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem,
serviços recreativos e culturais, etc... Correta.

Q186 - Se determinado município, após construir uma praça, decidir cobrar


contribuição de melhoria sobre os imóveis localizados em torno do local, o
produto da arrecadação dessa contribuição constituirá receita originária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Originárias: Correspondem àquelas que provém do próprio patrimônio do Estado.
São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários
ou da cessão remunerada de bens e valores.

Derivadas: Correspodem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade


coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado
para que o particular entregue de forma compulsória uma determinada quantia na
forma de TRIBUTOS, DE CONTRIBUIÇÕES OU DE MULTAS.

Errada.

Q187 - A dívida ativa da União é composta pelos créditos da fazenda pública,


tributários ou não, que, não pagos nos vencimentos, são inscritos em
registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Item certo.

Q188 - Do ponto de vista patrimonial, uma receita pública só pode ser


considerada efetiva quando contribui para o aumento do patrimônio líquido
da entidade onde ocorreu.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Perfeita a definição de uma receita corrente.
Q189 - A dívida ativa das contribuições previdenciárias recebidas é
considerada receita da dívida ativa tributária e classificada como receita
tributária, de acordo com o respectivo tributo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receita da dívida ativa é classificada como Outras Receitas Correntes.
Dentro de Receitas Tributárias estão: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria.
Portanto, a classificação sugerida na questão "receita da dívida ativa tributária" não
existe. Errada.

Q190 - A receita patrimonial decorre de fato permutativo e está incluída


entre os itens de receitas de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila, receita patrimonial é receita corrente. Errada.

Q191 - Os recursos obtidos por empresa pública que explora serviços


comerciais são considerados receitas de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receita corrente (receita de serviços).

Q192 - Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são receitas


correntes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta - são tributos = espécie de receita corrente.

Q193 - O imposto de renda é um exemplo de receita pública efetiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Receita pública efetiva = Corrente (acréscimo ao patrimônio público)
Receita pública não efetiva = De Capital - Permutativa (não acrescenta ao
patrimônio).
Correta.

Q194 - As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária


devem ser classificadas como outras receitas de capital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Olha a pegadinha! Outras receitas correntes! Erradas.

Q195 - As receitas públicas são classificadas, juridicamente, como


originárias ou derivadas. Um exemplo de receita derivada é aquela advinda
do aluguel de imóvel público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Originárias: receitas que provêm do próprio patrimônio do Estado.
Derivadas: receitas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva.
Errada!

 Estágios da receita e despesa e contas a pagar (vai fazendo que absorve...)


Q196 - Segundo o art. 58, da Lei 4.320/64, o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição, isto é, o comprometimento de se reservar um
determinado recurso para cobrir despesas com aquisição de bens ou serviços
prestados, é definido como:

a) Empenho da despesa
b) Liquidação da despesa
c) Pagamento da despesa
d) Licitação
e) Contratação

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão que pede a letra da lei 4.320/64. Art. 58. O empenho de despesa é o ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição. Gabarito: Letra A.

Q197 - O empenho, primeiro estágio da despesa pública, consiste em reserva


de dotação orçamentária para um fim específico e deve ser assinado pelo
ordenador da despesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Bom, vou tentar fazer uma explanação básica do que entendi pelo material do Wagre.
No momento que o orçamento é elaborado ocorre a DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA,
qual seja: as receitas são previstas e as despesas são fixadas (a despesa ―A‖ é
fixada com base na receita prevista ―A‖. Ex: Nomear 20 servidores aprovados no
concurso ―X‖ – seria essa a despesa, com base numa receita existente). Quando a
despesa for efetivamente executada com base na receita prevista, entra-se nos
estágios das despesas públicas (nessa ordem):

1. Empenho: É vincular ou reservar de fato a dotação à uma obrigação real – pois


até então as despesas são apenas expectativas:
2. Liquidação – primeira fase de execução do valor: Verificada a regularidade do
empenho, gera-se aqui um direito adquirido pelo credor, ou seja, a Administração
Pública terá a obrigação de pagá-la. MAS essa fase não é o pagamento propriamente
dito, cuidado!
3. Pagamento – segunda fase de execução do valor: É o ato em que o estado
exaure sua obrigação com o credor – é o pagamento propriamente dito.

Em linhas gerais, foi isso que entendi, qualquer desarranjo a gente vai aprendendo
com as questões. Questão certa!

Q198 - Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício.


Seu impacto orçamentário ocorre no exercício corrente e o financeiro, no
exercício posterior.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Meu entendimento: Suponha que o Estado se impõe a uma obrigação com o credor
no final do ano de 2016, gerando um empenho (reserva) da dotação orçamentária,
mas não paga até o dia 31 de dezembro (fim do exercício financeiro – ano civil). A
despesa gera uma obrigação para o Estado em 2017, qual seja a liquidação e o
pagamento da despesa ao credor, essa despesa denomina-se: Restos a pagar.

Q199 - A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em


determinada situação idealizada, conforme os recursos disponíveis e as
diretrizes e prioridades traçadas pelo governo, é um dos estágios da despesa
pública previstos na legislação em vigor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Há uma divergência entre a doutrina e a lei. Em regra, nas questões, a fixação de
despesas por ocorrer durante a elaboração do orçamento – LOA, lá no início do ciclo
orçamentário, não é um estágio da despesa propriamente dito, sendo os estágios da
despesa, portanto: 1-Empenho, 2-Liquidação e 3-Pagamento(...) Embora a fixação da
despesa ocorra na LOA e seja reconhecida pela doutrina, a legislação (Lei 4320)
reconhece como estágio apenas o empenho, liquidação e pagamento.

Q200 - Situação hipotética: Um ente público adquiriu materiais de consumo


devidamente licitados e empenhados, conforme determinação legal, e, no
final do exercício, a unidade orçamentária não havia recebido os bens cujo
prazo de entrega ainda não havia expirado. Assertiva: Nesse caso, a referida
despesa poderá ser inclusa na conta de restos a pagar não processados,
independente do cumprimento do estágio da liquidação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os Restos a Pagar processados equivalem às despesas liquidadas, ou seja, às
despesas em que o credor já cumpriu sua obrigação, já entregou o material ou já
prestou o serviço – tendo, portanto, direito líquido e certo ao pagamento
correspondente. Os Restos a Pagar não processados equivalem às despesas não
liquidadas, ou seja, são aquelas em que o fornecedor ainda não entregou o material
ou não prestou o serviço. Esse credor ainda não tem direito ao crédito, mas poderá
tê-lo se cumprir sua obrigação conforme estipulado no empenho ou no contrato.
Correta.

Q201 - Situação hipotética: Devido a novas demandas para a qualificação do


servidor público, a ENAP adquiriu, no dia 23 de outubro de 2014, novas
cadeiras, que foram entregues apenas em janeiro de 2015. Assertiva: Nessa
situação, a despesa deve ser, no orçamento de 2015, classificada como
restos a pagar processados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O comentário da questão anterior nos ajuda resolver essa com tranquilidade, veja
que o credor só cumpriu com sua obrigação de entrega do material no ano de 2015,
portanto, trata-se de restos a pagar NÃO PROCESSADOS. Errada.

Q202 - A apuração da quantia exata a ser paga em relação às despesas


incorridas por um ente federativo ocorre na fase de pagamento, sendo
vedada a adoção de regime de adiantamento com vistas a honrar o
pagamento dessas despesas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A apuração da quantia exata a ser paga em relação às despesas incorridas por um
ente federativo ocorre na fase de liquidação, sendo permitida a adoção de regime
de adiantamento com vistas a honrar o pagamento dessas despesas.

Q203 - Realiza-se por meio de empenho global a reserva de dotação


orçamentária de compromissos decorrentes de despesas contratuais com
pagamento sujeito a parcelamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
MODALIDADES DE EMPENHO:

● Empenho ordinário:
para as despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamento deva
ocorrer de uma só vez.

● Empenho por estimativa:


a característica desta modalidade é a existência de despesa cujo montante não se
possa determinar. Em geral, são gastos que ocorrem regularmente, porém que
possuem base
não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São exemplos as contas de água,
energia elétrica e telefone, passagens, diárias, gratificações, fretes etc.

● Empenho global:
para atender às despesas com montante também definido. A especificidade é que tal
modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras sujeitas a
parcelamento. São exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços etc.

Questão certa.

Q204 - Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013, consta crédito para o


Ministério da Justiça relativo ao início da construção de um prédio, onde será
instalada uma nova secretaria do órgão. Há previsão de pagamentos a serem
realizados em parcelas durante a execução da obra, que será concluída em
2014.

Considerando a situação hipotética acima apresentada, o empenho para a


realização da obra deverá ser realizado na modalidade global.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa. O valor total é conhecido, porém será pago em parcelas = Empenho
GLOBAL.

Q205 - Um serviço de manutenção de imóveis foi prestado a um ente da


Federação no mês de outubro de 2014. Em 31/12/2014, apesar de já ter
passado pelas fases de empenho e liquidação, o valor do serviço ainda não
havia sido pago ao prestador do serviço.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.

Trata-se, nesse caso, de uma despesa não processada e cujo valor deve ser
inscrito em restos a pagar.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila, se o credor cumpriu com sua parte e não recebeu no exercício da
negociação, será inscrito em restos a pagar já processado. A explicação completa
está na Q200. Errada.

Q206 - Os restos a pagar compreendem as despesas empenhadas e não


pagas até o dia 31 de dezembro e servem para resguardar o direito do credor
de receber, uma vez que a despesa foi empenhada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Erro da questão: Os restos a pagar compreendem as despesas empenhadas e não
pagas até o dia 31 de dezembro e servem para resguardar o direito do credor de
receber, uma vez que a despesa foi empenhada. A resguarda do direito adquirido pelo
credor ocorre na liquidação, através de comprovante de entrega, contrato etc., após
essa comprovação e verificação, o credor terá o que lhe é por direito (pagamento).

Q207 - Com a emissão da nota de empenho, a administração reconhece a


dívida como líquida e certa; havendo, então, a partir desse documento, a
obrigação de pagamento, desde que as cláusulas contratuais tenham sido
efetivamente cumpridas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 4.320, Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação. Errada.

Q208 - A ordem dos estágios de uma despesa pública - empenho, liquidação


e pagamento - pode variar de acordo com a natureza da despesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Toda despesa deve respeitar os estágios em sua ordem legal, empenho, liquidação e
pagamento. Errada.

Q209 - O empenho global é utilizado nos casos em que a administração não


pode determinar o montante exato da despesa durante o exercício.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O empenho da despesa pode ser do tipo:
a) Ordinário – a despesa com valor exato deve ser liquidada e paga de uma única
vez;
b) Estimativo – O valor total da despesa é estimado, podendo ser liquidado e pago
em parcelas mensais; e
c) Global – a despesa total é conhecida e seu pagamento é parcelado, de acordo com
cronograma de execução.

Q210 - Uma entidade pública realizou a compra de computadores e a entrega


dos equipamentos foi devidamente atestada em 31/12/2013. Em virtude de
procedimentos internos, o pagamento foi realizado trinta dias após a entrega
dos bens. Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.

Como a realização do pagamento ocorreu em 2014, a referida despesa será


registrada como despesa de exercícios anteriores, uma vez que foi liquidada
em 2013. Se tal despesa fosse empenhada em 2014, ela seria registrada em
restos a pagar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Como ocorreu empenho e liquidação (no ano de 2013), mas não PAGOU....serão
então INSCRITOS EM RESTOS A PAGAR PROCESSADOS.... Errada.

Q211 - Sob a ótica das atuais normas orçamentárias, são consideradas


receitas de capital as receitas de compensação financeira provenientes da
fruição de recursos minerais, hídricos e florestais para recompor
financeiramente os prejuízos ou danos causados pela atividade econômica
na exploração desses bens.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tais receitas são receitas correntes, mais especificamente, Receita Corrente
Patrimonial. São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como
por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e
participações societárias. Errada.

Q212 - Lançamento é um estágio da receita pública que, embora previsto em


lei, somente é executado em casos de receitas específicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não são todas as receitas públicas que passam pela fase do lançamento. Conforme
esclarece o art. 52 da lei 4.320/64, são objeto de lançamento os IMPOSTOS
DIRETOS (IPTU, IPVA) e quaisquer outras rendas com vencimento determinado
em lei, regulamento ou contrato. Olhando por esse prisma, o lançamento somente
poderia ser executado em casos de receitas específicas. Por Exemplo: não há
lançamento em receitas de serviços; Imposto de Renda Retido na Fonte – Pessoa
Física; receitas não-tributárias, etc.

Q213 - Algumas receitas orçamentárias podem não passar, antes do seu


recolhimento, pela etapa de lançamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide questão anterior. Questão certa. Vamos a um breve resumo sobre os estágios da
receita. Primeiramente, vamos relembrar que as RECEITAS, são PREVISTAS
(planejamento – ciclo orçamentário) na LOA, assim como as despesas são fixadas.
São estágios da receita:

1. Previsão: Dotação orçamentária (é a única que está na fase de planejamento).


2. Lançamento: (fato gerador – aquilo que está positivado na norma). Ex: a
cobrança do IPVA pelo Estado, quando este envia ao contribuinte há o lançamento da
receita.
3. Arrecadação: O efetivo pagamento realizado em favor do Estado. Ex: Quando o
contribuinte vai até o banco e paga seu IPVA. OBS: Não importa de que ano seja o
título, pertencerá o valor ao ano em que foi arrecadado.
4. Recolhimento: Etapa que encerra/exaure a execução da receita. Ex: Recolhe o
valor arrecadado à CUT – Conta Única do Tesouro Nacional.

OBS: Tanto na despesa exaurida (paga) quanto na receita exaurida (recolhida), a


fase posterior será o CONTROLE (compreendido no ciclo orçamentário).
Q214 - Todas as receitas correntes e ingressos de recursos registrados na
execução do orçamento passam pelos estágios de lançamento, arrecadação e
recolhimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja as duas últimas questões. Nem todas as receitas passam pelo estágio do
lançamento, inclusive algumas receitas tributárias, a exemplo do Imposto de Renda
Retido na Fonte – Pessoa Física. As receitas NÃO tributárias, a exemplo das receitas
patrimoniais, de serviços, industrial etc. não percorrem o estágio do lançamento.
Nestas situações o governo as arrecadas através dos serviços prestados ou produtos
vendidos. Errada.

Q215 - O estágio da receita pública durante o qual o agente público deve


determinar a matéria tributável é denominado lançamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lançamento:
- identificação do sujeito passível (quem é que pagará)
- identificação do fato gerador (motivo pelo qual a pessoa pagará)
- identificação do montante a ser pago
- identificação da matéria tributável (sobre o que se trata essa tributação)

Questão certa.

Q216 - Os efeitos legislação, índice de preços e de quantidade são


parâmetros considerados no estágio de arrecadação das receitas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os efeitos legislação, índice de preços e de quantidade são parâmetros considerados
no estágio de previsão das receitas. Lá no ciclo orçamentário. Errada.

Q217 - O recolhimento, que é o último estágio da execução da receita


orçamentária, deve obedecer ao princípio da unidade de caixa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeira informação: Recolhimento é o último estágio da execução da receita = OK
Segunda informação: Unidade de caixa – significa dizer que serão direcionadas as
receitas à CUT – Conta Única do Tesouro Nacional = OK
Questão certa.

Q218 - A previsão, que é o primeiro estágio da etapa de execução da receita


orçamentária, precede a fixação da despesa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! A previsão não é etapa de execução, a previsão está no PLANEJAMENTO do ciclo
orçamentário.

Q219 - As receitas correntes e as receitas de capital não devem afetar o


patrimônio líquido da entidade pública até que tenham passado pelos
estágios de previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeira informação: Só as receitas de capital são permutativas (troca algo por algo
de igual valor, ex: alienar imóvel), portanto não afeta (aumenta) o patrimônio líquido.
Segunda informação: Ao contrário das despesas, há receitas que não passam por
todos os estágios, como no lançamento, por exemplo. Errada.

Q220 - No estágio da previsão da receita, o Estado realiza a inscrição a


débito do contribuinte.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão equivocada, previsão é estágio de planejamento e não de execução. A
inscrição do débito do contribuinte ocorre no lançamento da receita. Errada.

Q221 - O lançamento, terceiro estágio da receita pública, consiste na


concentração de pecúnia na conta única do tesouro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O referido estágio seria o RECOLHIMENTO. Errada.

Q222 - O estágio do recolhimento de uma receita pública corresponde à


entrega dos recursos devidos ao Tesouro, efetuada pelos contribuintes ou
devedores aos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas
pelo ente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão ia muito bem, mas o final está errado. O recolhimento à CUT é efetuado
somente pelos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo
ente. Errada.

Q223 - São objeto de liquidação os impostos diretos e quaisquer outras


rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Liquidação é um estágio da Despesa Pública. O Lançamento seria o estágio
correto para Receita Pública. Errada.

Q224 - O lançamento da receita é o ato da repartição competente que


verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, além
de inscrever o débito dessa pessoa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila. Certa.

Q225 - O lançamento que tem por finalidade a verificação das condições


legais para a existência de um tributo é um procedimento administrativo que
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, sem,
contudo, identificar o sujeito passivo da obrigação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. Vide Q215.
Q226 - Os estágios da receita tributária são: previsão, lançamento,
arrecadação e recolhimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Definição correta.
Previsão (Planejamento – Ciclo Orçamentário)
Lançamento (Execução – Ciclo Orçamentário)

Essa é a definição doutrinária, a qual tanto na Receita quanto na Despesa abarca a


etapa de PLANEJAMENTO do ciclo orçamentário. Quanto à lei que regula a LOA, ela
trás apenas 3 estágios no caso das despesas, quais sejam, as de execução:
Empenho, liquidação e pagamento. Então, cuidado!

 Suprimento de fundos

Q227 - O suprimento de fundos é caracterizado como adiantamento


concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza de despesa
orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, visto
que, no momento de sua concessão, não ocorre redução no patrimônio
líquido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
SUPRIMENTO DE FUNDOS – Resumo

1) Sempre precedido de empenho


2) Dotação própria
3) Não pode subordinar-se ao processo normal de aplicação
4) Podem ser efetivas com Cartão Corporativo (CGPF)

5) Deve ser utilizado nos seguintes casos:


a. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços
especiais, que exijam pronto pagamento;
b. Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento; e
c. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor,
em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.

6) Não pode ser concedido:


a. A responsável por dois suprimentos;
b. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir,
salvo quando não houver na repartição outro servidor;
c. A responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha
prestado contas de sua aplicação; e
d. A servidor declarado em alcance.
e. A servidor que esteja respondendo Inquérito Administrativo. (embora não esteja
em rol na lei, alguns órgãos consideram em normas internas)

7) Restituição constituirá
- Anulação de Despesa – Se ocorrer no exercício; ou
- Receita Orçamentária – Se ocorrer após encerramento do exercício

8) Prazo de Aplicação: é de até 90 dias contado da assinatura do ato de concessão.


9) Prazo de Prestação de Contas: deverá ocorrer até 30 dias, contados a partir do
término do prazo de aplicação.

10) É despesa pelo enfoque Orçamentário.


11) Não é despesa pelo enfoque Patrimonial, pois no momento de sua concessão
não há redução do Patrimônio Líquido.

Questão correta.

Q228 - Caso o responsável por determinado suprimento de fundos restitua


parte dos recursos recebidos após o encerramento do exercício em que se
deu o suprimento, o valor restituído será contabilizado como receita
orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 7. Correta.

Q229 - No caso de um servidor realizar a devolução de saldo de suprimentos


de fundos após o encerramento do exercício em que recebeu essa quantia
em razão da aplicação parcial desta, o referido recurso não será considerado
uma receita orçamentária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 7. Errada.

Q230 - No suprimento de fundos, os valores são empenhados após a


prestação de contas por parte do servidor responsável.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 1. Errada.

Q231 - Situação hipotética: Deslocados para uma importante missão em


localidade remota do país, servidores do Ministério do Planejamento
receberam adiantamento de valores, na forma de suprimento de fundos.
Assertiva: De acordo com o enfoque patrimonial, tal operação não é
considerada despesa, pois não há alteração no patrimônio líquido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 11. Correta.

Q232 - Da mesma forma que acontece no processo licitatório, a despesa


executada por meio de suprimento de fundos deve garantir a aquisição mais
vantajosa para a administração pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TODA e QUALQUER assertiva que diz respeito à DESPESA PÚBLICA, em regra, segue
o Princípio da Economicidade. Correta.

Q233 - Caso um funcionário público receba adiantamento em espécie para o


financiamento de gastos com viagem a serviço, tal adiantamento deverá ser
classificado, sob o enfoque patrimonial, como suprimento de fundos, sendo
esse um tipo de despesa com ciclo invertido, em que o pagamento antecede
a liquidação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dois erros:
1. O suprimento de fundos é classificado como despesa orçamentária, e não
patrimonial (visto que no momento da concessão não ocorre redução do patrimônio
líquido).
2. A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução
da despesa pública (SEMPRE, NÃO HÁ EXCEÇÃO E JÁ VIMOS QUESTÃO SOBRE
ISSO), na seguinte ordem: empenho, liquidação e pagamento. Enfim, o
pagamento ao suprido só ocorre depois do empenho e da liquidação (não a
antecede).

Q234 - No momento do empenho de uma despesa realizada por meio de


suprimento de fundos, os registros contábeis devem alterar os sistemas de
contas orçamentário, financeiro e patrimonial

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 11. Errada.

Q235 - O suprimento de fundos é caracterizado como adiantamento


concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza de despesa
orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, visto
que, no momento de sua concessão, não ocorre redução no patrimônio
líquido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 11. Correta.

Q236 - Suprimentos de fundos constituem despesas do ponto de vista


patrimonial, visto que, no estágio de liquidação, ocorre o registro de um
passivo simultaneamente à incorporação de um ativo, que representa o
direito de receber um bem ou serviço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 11. Errada.

Q237 - O suprimento de fundos é caracterizado pela disponibilização


(adiantamento) de valores a um servidor para futura prestação de contas. O
que torna o suprimento de fundos peculiar, quando comparado a outras
despesas, é o fato de esse adiantamento ser viabilizado por meio da inversão
das etapas da despesa, com a ocorrência do pagamento antes da liquidação,
ou seja, antes do momento em que é feita a prestação de contas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os estágios da despesa devem SEMPRE seguir a ordem determinada pela lei. Errada.

Q238 - O suprimento de fundos pode ser concedido para despesas de


pequeno vulto para atender despesas eventuais e com serviços especiais,
exceto em casos de viagens
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 5. Errada.

Q239 - O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até


sessenta dias, a contar da data do ato de concessão do suprimento de
fundos, e não ultrapassará, em hipótese alguma, o término do exercício
financeiro

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 8. Errada.

Q240 - No ato em que autorizar a concessão de suprimento, a autoridade


ordenadora fixará o prazo da prestação de contas, que deverá ser
apresentada dentro dos trinta dias subsequentes do término do período de
aplicação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vide comentário da Q227 – item 9. Correta.

 Descentralização orçamentária

Q241 - A descentralização interna de crédito realizada durante o processo de


execução previsto no ciclo orçamentário é denominada

a) destaque.
b) dotação.
c) repasse.
d) sub- repasse.
e) provisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse assunto não é difícil, e para resolvê-lo basta que façamos uma assimilação de
palavras. Ocorre que há a mesma forma de descentralização tanto no âmbito
orçamentário quanto no âmbito financeiro, entretanto, a nomenclatura são bem
distintas, então vamos guardar essas definições e caso venha a cair na prova, ficará
fácil:

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS RECURSOS FINANCEIROS


Origem DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA COTA FINANCEIRA
Descent. Externa (UO p/ DESTAQUE ORÇAMENTÁRIO REPASSE FINANCEIRO
outra UO)
Descent. Interna (Mesma PROVISÃO ORÇAMENTÁRIA SUB-REPASSE FINANCEIRO
UO)
Competência SOF–Sec de Orçamento Federal STN-Sec. do Tesouro Nacional
UO = Unidade orçamentária (hierarquia do órgão)

Pra fixar melhor vamos trabalhar exemplo:


Descentralização (autorização) de Crédito Orçamentário
1. Ministério da Justiça PARA Ministério da Fazenda (lateral) =Externa =Destaque
2. Ministério da Justiça PARA Polícia Federal (subordinado) =Interna =Provisão
Descentralização (transferência) de Recurso Financeiro
1. Ministério da Justiça PARA Ministério da Fazenda (lateral) = Externa = Repasse
2. Ministério da Justiça PARA Polícia Federal (subordinado) = Interna = Sub-repasse

Gabarito: Letra E.

Q242 - Denomina-se repasse financeiro a operação em que um ministério


transfere a outro os recursos que lhe foram atribuídos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Palavras-chave: ―REPASSE‖ ―FINANCEIRO‖, ―RECURSOS‖ ―A OUTRO‖. Correta.

Q243 - A descentralização de créditos caracteriza-se pela cessão de crédito


orçamentário entre unidades orçamentárias ou unidades gestoras. A
descentralização orçamentária entre unidades do mesmo órgão (ministério)
é denominada:

a) repasse.
b) sub-repasse.
c) provisão.
d) cota.
e) destaque.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Palavras-chave: ―CRÉDITOS‖, ―ORÇAMENTÁRIO‖ ―MESMO ORGÃO‖ = ―PROVISÃO‖.
Gabarito: Letra C

Q244 - Os sub-repasses estão relacionados à descentralização interna de


crédito.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sub-repasse é descentralização interna de recursos (financeiros), não de créditos
(orçamentários).

Q245 - Na execução orçamentária pública, a cessão de créditos


orçamentários entre unidades orçamentárias ou unidades gestoras
integrantes de diferentes Ministérios ou entidades é denominada:

a) provisão;
b) repasse;
c) subrepasse;
d) descentralização interna;
e) destaque

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q246 - O destaque, que é a descentralização das disponibilidades financeiras


vinculadas ao orçamento, compete aos órgãos setoriais de programação
financeira, que transferem tais disponibilidades para outro órgão ou
ministério.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não é descentralização financeira, e sim orçamentária. Errada.

Q247 - Na execução orçamentária e financeira, os termos destaque e repasse


estão relacionados, respectivamente, com autorização orçamentária e
transferência de recursos financeiros.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão perfeita. Item correto. Existem outros tópicos mais complexos neste tema,
mas é preferível ficar por aqui, esse assunto nunca foi cobrado em carreiras policiais.

Q248 - O PPA 2012-2015 é instrumento de planejamento governamental que


define

a) diretrizes, objetivos e metas.


b) a implementação e a gestão das políticas públicas.
c) programas, projetos e atividades.
d) objetivos, indicadores e projetos.
e) diretrizes, programas e projetos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.

DALC – DIR. ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES E CONTRATOS

Q1 - O princípio da vinculação ao instrumento convocatório faculta à


administração pública e aos participantes do certame licitatório a
observância das normas e das condições presentes no edital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da vinculação do instrumento convocatório OBRIGA à administração
pública e aos participantes do certame licitatório a observância das normas e das
condições presentes no edital. Errada.

Q2 - Para a realização de contratações administrativas, o TJSE deve


observar, subsidiariamente, a legislação federal acerca das normas gerais de
licitação, já que cada estado da Federação deve editar e seguir
prioritariamente suas próprias normas gerais sobre licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
A lei 8666/93 é uma lei nacional, pois se aplica a todas as entidades federativas:
União, Estados, DF e Municípios.
Questão errada.
Q3 - É vedado exigir aos licitantes a comprovação de capital mínimo ou de
patrimônio líquido mínimo ou qualquer outra condição que comprometa,
restrinja ou frustre a isonomia entre os licitantes ou o caráter competitivo do
certame.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 8666/93, artigo 31:

"§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e


serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de
capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no §
1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do
contrato a ser ulteriormente celebrado." Errada.

Q4 - Os contratos administrativos submetem-se ao princípio do formalismo,


razão pela qual é obrigatório que sejam formalizados mediante instrumento
de contrato, sendo vedada a formalização por meio de qualquer outro
instrumento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
8666/93:
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos
demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis,
tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço. Errada.

Q5 - Em razão do princípio da eficiência, é possível, mediante licitação, a


contratação de empresa que não tenha apresentado toda a documentação de
habilitação exigida, desde que a proposta seja a mais vantajosa para a
administração.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O princípio da eficiência deve sempre submeter-se ao princípio da legalidade, isto é,
nunca poderá justificar-se a atuação administrativa contrária ao direito, por mais que
possa ser elogiado em termos de pura eficiência. Errada.

Q6 - Considere que determinado órgão da administração pública pretenda


adquirir equipamentos de informática no valor de R$ 5.000,00. Nesse caso, o
referido órgão tem a opção discricionária de realizar licitação ou proceder à
aquisição direta mediante dispensa de licitação, em razão do baixo valor dos
equipamentos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A licitação é dispensável nos seguintes casos:

Para obras e serviços de engenharia de até R$15.000,00 (a lei diz até 10% de
R$150.000,00); Para outros serviços e compras de até R$8.000,00 (a lei diz até 10%
de R$80.000,00). Correta.
Q7 - Há presunção de legitimidade e veracidade nos atos praticados pela
administração durante processo de licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PATIE):
- Presunção de legitimidade;
- Autoexecutoriedade;
- Tipicidade;
- Imperatividade.
- Exigibilidade.
Correta.

Q8 - Considere que a empresa X, vencedora de licitação para prestar serviços


de segurança nos terminais de ônibus urbanos de determinado município,
tenha falido e deixado de cumprir suas obrigações para com o poder público
e que a administração tenha contratado, emergencialmente, a empresa Y
para executar os serviços no prazo de cento e oitenta dias. Nessa situação,
se novo processo de licitação não for concluído dentro do referido prazo, a
administração pública pode, de acordo com a legislação, efetuar a
prorrogação do contrato emergencial com a empresa Y por mais noventa
dias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 24. É dispensável a licitação:
.......
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos.

Q9 - Não há previsão legal para o estabelecimento, nos processos


licitatórios, de margem de preferência para bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no Brasil.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A margem de preferência foi instituída no Brasil pela Lei n.º 12.349/2010. Art. 3º da
Lei 8666/93, § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes
de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser
estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o. Errada.

Q10 - Dadas as alterações feitas, nos últimos anos, no marco regulatório das
licitações públicas, aos requisitos do melhor preço e da maior vantagem para
a administração pública somaram-se, também, critérios de sustentabilidade
ambiental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 3º (8666/93) - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade,
da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Certa.

Q11 - Considere que determinada pessoa jurídica de direito privado que


administra um porto brasileiro pretenda contratar o único escritório de
advocacia especializado em direito portuário no Brasil para promover ações
judiciais acerca dessa matéria. Nessa situação, é dispensável a licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de caso de inexigibilidade de licitação, pois a contratação se dirige a serviço
técnico de natureza singular (direito portuário) com empresa ou profissionais de
notória especialização (único escritório de advocacia que lida com o tema). Confira-se
a doutrina majoritária. Errada.

Q12 - A rescisão unilateral do contrato poderá ocorrer tanto por


inadimplência do contratado quanto por interesse público, exigindo-se, em
ambos os casos, da administração justa motivação para a rescisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
L8666, Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos
autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa. Correta.

Q13 - A tomada de decisão para a realização de obra a ser licitada em uma


organização pública é inicialmente embasada na identificação dos tipos de
serviços a executar e de materiais e equipamentos necessários ao
empreendimento. Após essa identificação, o próximo passo será a realização
de estudos técnicos definitivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 8.666
art 6° Para fins desta lei, considera-se:
(...)
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de
precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou
serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra
e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes
elementos(...). Errada.

Q14 - A dispensa de licitação é prevista em caso de inviabilidade de


competição, situação que permite à administração adjudicar diretamente o
objeto do contrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O caso em tela trata-se especificadamente do caso de inexigibilidade de licitação.
Errada.
Q15 - As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes
da administração indireta, não estão sujeitas aos procedimentos licitatórios,
uma vez que são entidades exploradoras de atividade econômica e dotadas
de personalidade jurídica de direito privado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O atual entendimento da doutrina e dos tribunais superiores é de que as empresas
públicas e as sociedades de economia mista devem seguir os procedimentos
licitatórios da lei 8666/93 apenas para suas atividades-meio. Ficando sob critério da
respectiva instituição, observar esses procedimentos para suas atividades-fim . Pois
caso contrário, devido ao fato de explorarem atividades econômicas, assim como
outras instituições privadas, perderiam em competitividade e eficiência para
organizações particulares que utilizassem procedimentos mais céleres. Errada.

Q16 - Haverá dispensa de licitação nos casos em que houver fornecedor


exclusivo de determinado equipamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma vez, situação de inexigibilidade de licitação. Errada.

Q17 - Segundo a lei das licitações, a contratação emergencial é permitida,


por meio de inexigibilidade de licitação, nos casos de emergência ou de
calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de
situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 24 é dispensável

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada


urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares (...) prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos. Errada.

Q18 - Bens imóveis da administração pública adquiridos por meio de


procedimentos judiciais ou de dação em pagamento poderão ser alienados
por ato da autoridade competente, mediante procedimento licitatório, na
modalidade de concorrência ou leilão.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:

I - avaliação dos bens alienáveis;


II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
Correta.
Q19 - Será inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,
em especial para a contratação de serviços técnicos de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, incluídos os
serviços de publicidade e de divulgação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Erro: incluídos os serviços de publicidade e de divulgação. Pegadinha antiga. Errada.

Q20 - Considerando que o leilão seja a modalidade de licitação indicada para


alienar um equipamento utilizado por peritos da Polícia Federal, o valor
fixado como preço mínimo de alienação necessariamente será o valor de
aquisição do material.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 22. § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a
venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19,
a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. Errada.

Q21 - O critério para se definir a obrigatoriedade de audiência pública no


início de um processo licitatório é o valor estimado para uma licitação ou um
conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto
no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado,
obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável
com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a
publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis
de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à
qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos
os interessados. Correta.

Q22 - Na execução dos contratos, cabe à administração pública definir a


modalidade de garantia contratual, desde que prevista no instrumento
convocatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o art. 56 da Lei de Licitações, ―a critério da autoridade competente, em cada
caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida a
prestação de garantia nas contratações.‖ Errada. (O Wagre tem um vídeo muito
bom de contratos, muito curto e objetivo, resolve a maior parte das questões,
recomendo. Youtube – Base Mapeada). Errada.

Q23 - Caso haja impossibilidade de se quantificarem todos os serviços a


serem licitados, deve constar da planilha orçamentária do edital uma verba
estimada para esses itens do orçamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 7º da lei 8666:
§ 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.Errada.

Q24 - Trabalhos relativos à defesa de causas judiciais são considerados


serviços técnicos profissionais especializados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 13. (8.666) - Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:

I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;


II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Correta.

Q25 - Para os fins da Lei 8666 de 1993 (Lei de Licitações e Contratos


Administrativos), NÃO são considerados serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:

a)Treinamento e aperfeiçoamento de pessoal.


b)Restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
c)Patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas.
d)Arquitetura e engenharia.
e)Pareceres, perícias e avaliações em geral.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q26 - A alteração contratual deve observar a indispensabilidade do


tratamento igualitário a todos que estejam na mesma situação e a
manutenção do interesse público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O quesito está correto. Trata-se de verbete retirado da jurisprudência do STJ (REsp
488.648).

Q27 - A licitação, após a adjudicação, não pode ser anulada pela


administração pública, em razão do princípio da segurança jurídica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Através do sistema de controle interno dos próprios atos, a Administração deve
observar a legalidade dos atos praticados e avaliar os seus resultados quanto à
eficácia e à eficiência. No exercício desse controle e diante das responsabilidades que
se extraem dos arts. 90 a 91, do Estatuto das Licitações, à autoridade superior
compete a anulação ou a revogação do ato homologatório, por ela praticado. A
anulação ou a revogação, devidamente motivada, deve ser praticada dentro do corpo
do processo de licitação e a ele ficando incorporada. O desfazimento pode ocorrer ex-
offício ou por provocação de parte interessada, tendo sempre, como motivo
determinante, o interesse público. Errada.

Q28 - O princípio da vinculação ao edital restringe o próprio ato


administrativo às regras editalícias, impondo a inabilitação da empresa que
não cumpriu as exigências estabelecidas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quesito correto.

Q29 - Considere que uma empresa vencedora de certame licitatório


subcontrate, com terceiro, o objeto do contrato firmado com a administração
pública, apesar de não haver previsão expressa para tanto no edital ou no
contrato. Nessa situação, caso o contrato seja prestado dentro do prazo
estipulado e com estrita observância aos critérios de qualidade impostos
contratualmente, não poderá a administração rescindir o contrato
unilateralmente, visto que não se configura hipótese de prejuízo ou
descumprimento de cláusulas contratuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O contrato administrativo possui natureza intuitu personae, ou seja, como regra, não
pode haver subcontratação, salvo a parcial, desde que autorizada pela Administração
e prevista no edital. Assim, a subcontratação não prevista no edital ou contrato,
poderá ensejar a rescisão unilateral do contrato, por culpa do contratado, conforme a
Lei 8.666/93, art. 78, VI. Errada.

Q30 - Pedro e Paulo simularam contrato de gestão com o objetivo de


dispensar licitação em situação que não configurava hipótese de dispensa
autorizada por lei. Em processo criminal, Pedro foi condenado à pena de dois
anos e um mês de detenção e Paulo, à pena de três anos e dois meses de
detenção e, apesar de não ter sido comprovada a obtenção de vantagem
econômica, ambos foram condenados, ainda, ao pagamento de multa. Nessa
situação hipotética, o juiz agiu corretamente ao aplicar a pena pecuniária.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A assertiva está errada, pois, observe que a questão deixa claro que não ficou
comprovado a obtenção de vantagem econômica, assim não poderia o juiz aplicar a
pena de multa, pois iria contra os ditames do art. 99, da Lei nº 8666, vejamos: Art.
99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no pagamento de
quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais, cuja base
corresponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível
pelo agente. Errada.

Q31 - O contrato verbal realizado com a administração pública será válido se


decorrer de circunstâncias emergenciais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não
superior a 5% (R$ 4.000,00) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a"
desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Errada.

Q32 - A administração pública pode dispensar a licitação quando constatar


não haver interessados antes da realização do evento licitatório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O erro da questão está no termo ―antes‖
Segundo a Lei 8666/93:
Licitação deserta: Art. 24. É dispensável a licitação: V - quando não acudirem
interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida
sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas; A constatação de que a licitação foi deserta é concomitante ao
evento, não logrando êxito por falta de interessado. E a dispensa é condicionada.

Não confudir com licitação fracassada: Art 48. § 3º Quando todos os licitantes forem
inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá
fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova
documentação (...). Neste caso, houve o evento e esteve presente interessados, mas
por motivo de desabilitação ou desclassificação, considerar-se-á fracassada. Errada.

Q33 - É dispensável a licitação para contratação de profissional de qualquer


setor artístico, diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que
esse profissional seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão tranquila. Incorreta.

Q34 - A administração pública pode rescindir o contrato com o particular por


ato unilateral e escrito na ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
regularmente comprovada e impeditiva da execução do contrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A rescisão unilateral de contrato administrativo pode ocorrer por ato escrito da
Administração diante da regular comprovação de caso fortuito ou de força maior,
impeditiva da execução do contrato, conforme determina o art. 78, XVII, da lei nº
8.666. Errada.

Q35 - A delegação por contrato administrativo consiste em modelo de


descentralização de serviços públicos específicos para que a pessoa
delegada, sem a titularidade desses serviços, os preste à população, por sua
conta e risco.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando a descentralização do serviço é feita por outorga, há transferência da
titularidade e da execução por prazo indeterminado e na delegação não transfere a
titularidade, só a execução do serviço por tempo determinado. O final também está
Ok, refere-se à responsabilidade objetiva a qual se submeterá o contratado na
prestação do serviço público. Correta.

Q36 - A permissão é a delegação, a título precário, independentemente de


licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A permissão é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de
serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Vamos revisar?

LICENÇA: constitui ato administrativo unilateral, declaratório e vinculado que libera,


a todos que preencham os requisitos legais, o desempenhos de atividades em
princípios vedadas pela lei. ex: licença para construir

CONCESSÃO: ato bilateral (contrato administrativo); só pessoa jurídica, exige prévia


concorrência, prazo determinado, lei específica. ex: rodovias, telefonia fixa, rádio, tv
e empresa aerea.

PERMISSÃO: ato unilateral, discricionário e precário; pessoa física ou jurídica, exige


licitação em qualquer modalidade, pode ter prazo indeterminado, autorização
legislativa, é outorgada no interesse predominantemente da coletividade (interesse
público. ex: transporte de passageiros e taxistas.

AUTORIZAÇÃO: ato unilateral, discricionário, constitutivo e precário, pessoas físicas


e pessoas jurídicas, exige licitação em qualquer modalidade, pode ter prazo
indeterminado, autorização legislativa, é outorgada no interesse predominante do
particular. ex: porte de arma, instalação de mesas de bar em calçada. Questão
Errada.

Q37 - A caução em dinheiro ou em título da dívida pública é uma das


modalidades de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei nº 8.666 de 1993 - Art. 56. (...) - § 1o.Caberá ao contratado optar por uma das
seguintes modalidades de garantia:
I -caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos
sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de
custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores
econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;
(Dica: Vale a pena ver o vídeo do wagre). Correta.

Q38 - Qualquer cidadão tem legitimidade para acompanhar o


desenvolvimento de licitação promovida por órgãos ou entidades públicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei nº 8.666 de 1993
―Art. 4o. Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades
a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu
desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a
realização dos trabalhos.‖ Correta.
Q39 - Configura-se a inexigibilidade de licitação quando a União é obrigada a
intervir no domínio econômico para regular preço ou normalizar o
abastecimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 8666/93:
Art. 24. É dispensável a licitação:
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento(...). Errada.

Q40 - De acordo com a legislação de regência, é possível a rescisão unilateral


do contrato pela administração pública por motivo de interesse público,
hipótese em que o contratado tem direito ao ressarcimento dos prejuízos, à
devolução da garantia, aos pagamentos atrasados e ao pagamento do custo
da desmobilização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com a lei 8666/93:
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados
nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
(XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento,
justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que
está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere
o contrato)
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior,
sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização.
Correta.

Q41 - O procedimento do convite é simplificado e pode ser realizado por


servidor designado pela autoridade competente, dispensando-se a comissão
de licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Peculiaridades da Modalidade Convite pela Lei 8.666/93
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou
cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente
ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da
Administração responsáveis pela licitação.
§ 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas
unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser
substituída por servidor formalmente designado pela autoridade
competente.

O convite é uma modalidade de licitação utilizada para as contratações de menor


valor (até R$150.000.000 - engenharia; até R$80.000 - outros) e, por isso, seu
procedimento é mais simples. Outras peculiaridades: - não possui edital, mas sim
carta-convite; - não é exigida a forma contrato na celebração dos ajustes pós-
licitação; (art. 62) - No caso de licitação fracassada, o prazo de 8 dias úteis para
melhores propostas, no convite, pode ser reduzido para três dias úteis. (Art. 48 §3º).
Correta.

Q42 - Em razão da relevância do bem jurídico penal tutelado, a Lei de


Licitações estabelece tipos penais específicos, aos quais comina, via de
regra, a pena de reclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Todos crimes definidos na lei 8666 são punidos com DETENÇÃO, não reclusão.
Errada.
(Trouxe essa questão, pois também pede em Direito Penal).

Q43 - Acerca das características do Contrato Administrativo (Lei nº


8.666/1993), assinale a alternativa correta.

a) Somente excepcionalmente os contratos administrativos têm natureza de contrato


de adesão.
b) Não pode ser rescindido unilateralmente.
c) É obrigatória, na contratação de obras, a prestação de garantias, mesmo quando
não previstas no edital.
d) É vedada a presença das cláusulas exorbitantes.
e) Cabe ao contratado a escolha da modalidade de garantia, restrita àquelas previstas
na lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
LEI 8.666 - Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que
prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras.
§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido
emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de
liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos
seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária.
Gabarito: Letra E!

Q44 - A teoria da imprevisão ocorre quando situações táticas, imprevisíveis,


alteram o equilíbrio econômico financeiro do contrato, repercutindo na sua
execução, sendo necessária a recomposição dos preços. Quando o
desequilíbrio contratual é causado por uma interferência estatal, geral e
abstrata, por exemplo, modificação de uma lei que onere a contratada, ou
seja, uma interferência extracontratual causada pelo ente federativo que
faça parte da relação contratual. A esses fatores a doutrina chama:

a) fato da administração.
b) interferência, imprevista.
c) fato do príncipe.
d) força maior.
e) caso fortuito.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Fato da administração: Difere do fato de príncipe, pois esta está especificamente
relacionada ao contrato, é o descumprimento pela Administração das suas
obrigações.
B) Interferência imprevista: Ocorrências materiais não cogitadas pelas partes na
celebração do contrato, mas que surgem na sua execução de modo surpreendente e
excepcional, dificultando e onerando extraordinariamente o prosseguimento e a
conclusão dos trabalhos.
C) CERTO: Fato de príncipe: Toda determinação estatal, positiva ou negativa, geral,
imprevista e imprevisível, que onera substancialmente a execução do contrato
administrativo
D) Força maior: Entende-se por força maior o acontecimento humano, imprevisível e
inevitável, que impossibilita a execução do contrato. Ex.: greve
E) Caso fortuito: Trata-se de evento da natureza, inevitável e imprevisível, que
impossibilita o cumprimento do contrato. Ex.: inundação
Gabarito: Letra C.

Q45 - A reforma de um prédio público foi orçada pela administração em um


milhão de reais. Para licitar a reforma, de acordo com o tipo de obra e valor
orçado, a comissão de licitações poderá adotar a concorrência como
modalidade de licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiramente vamos relembrar que a modalidade concorrência é, em regra,
admitida independentemente do valor (quem pode mais, pode menos). De pronto a
questão já está correta. Mas vamos fazer uma revisão aos valores da lei de licitações:

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo


anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor
estimado da contratação:

I - para obras e serviços de engenharia:


a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:


a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).

Correta.

Q46 - A reforma de um prédio público foi orçada pela administração em um


milhão de reais. Para licitar a reforma, de acordo com o tipo de obra e valor
orçado, a comissão de licitações poderá exigir garantia contratual de 20%
do valor orçado.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A garantia contratual para obras e serviços de engenharia pode ser exigida, e é em
regra de até 5%; No caso de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto que
envolvam alta complexidade, pode chegar a 10%. Note que é necessário que além de
ser complexa precisa ser de grande vulto. Errada.

Q47 - Para a construção de um edifício público sem a previsão de crédito, a


administração pública

a) poderá licitar e contratar a obra, mas a ordem de serviço deve estar


condicionada à disponibilização futura de recursos.
b) poderá licitar a obra, mas a assinatura do contrato deve estar
condicionada à disponibilização futura de recursos.
c) não poderá licitar a obra.
d) poderá licitar a obra, desde que o edital preveja obtenção de recursos
financeiros para sua execução.
e) poderá, caso seja urgente, licitar a obra.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão que rebusca o que vimos em orçamento. Não se admite despesa ou sua
FIXAÇÃO sem a devida receita ou sua PREVISÃO. O Art. 7º, § 2º, III e IV ratifica esse
entendimento. Errada.

Q48 - Após a homologação da licitação de uma obra pública de grande vulto


e alta complexidade, regida pela Lei n.º 8.666/1993, a adjudicatária foi
convocada para assinar o contrato. Entretanto, no momento da convocação,
a futura contratada apresentou uma carta de fiança, no valor de cinco por
cento de sua proposta. Como o edital previa a adoção obrigatória da caução
em dinheiro como modalidade de garantia, no percentual de dez por cento
sobre o valor contratado, a garantia não foi aceita. Foi então dado um prazo
de quarenta e oito horas para a empresa apresentar nova garantia.

A respeito da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.


a) A administração pública deveria definir como obrigatório o seguro garantia, por se
tratar de obra de grande vulto e alta complexidade.
b) A administração pública pode adotar qualquer modalidade de garantia contratual
existente no mercado.
c) Cabe à contratada optar por uma das modalidades de garantia contratual previstas
em lei.
d) O percentual de dez por cento sobre o valor da proposta foi abusivo.
e) A caução em dinheiro não tem previsão legal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Mais uma vez exige do candidato o conhecimento do Art. 56 da Lei 8.666. Gabarito:
C.

Q49 - Assinale a opção correta relativamente a licitação e contratos públicos.

a) Constitui atentado ao princípio da igualdade entre os licitantes o estabelecimento


de requisitos mínimos de participação no edital da licitação.
b) O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso,
comutativo e realizado intuitu personae.
c) A exceção de contrato não cumprido se aplica aos contratos administrativos,
quando a falta é da administração.
d) O controle do contrato administrativo por parte da administração exige cláusula
expressa.
e) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços estão dispensadas de observar
os princípios da licitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Errada: A igualdade entre os licitantes é o princípio impeditivo da discriminação
entre os participantes do certame, quer através de cláusulas que, no edital ou
convite, favoreçam uns em detrimento de outros, por mediante julgamento facciosos,
que desiguale os iguais ou iguale os desiguais. Todavia, não configura atentado ao
princípio da igualdade entre os licitantes o estabelecimento de requisitos mínimos de
participação no edital ou convite, porque a Administração pode e deve fixá-los
sempre que necessários á garantia da execução do contrato, à segurança e perfeição
da obra ou serviço á regularidade do fornecimento ou ao atendimento de qualquer
outro interesse público.
B) CERTA: De acordo com Hely Lopes Meirelles, contrato administrativo É SEMPRE
consensual e, EM REGRA, formal, oneroso, comutativo e realizado intuitu personae.
C) Errada: o exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido),
regra aplicada nos casos de inadimplência do contrato privado, é mitigado nos
contratos administrativos, dada a sua sujeição ao direito público, razão porque só em
determinados casos será possível a sua invocação, e não no mero inadimplemento do
Poder Público.
D) Errada: O controle do contrato administrativo é um dos poderes inerentes à
Administração e, por isso mesmo, implícito em toda contratação pública, dispensando
cláusula expressa (Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro).
E) Errada: Art. 1 Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos
órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios

Q50 - O TCU não tem competência para sustar ou anular, por meio de
decisão própria, contratos administrativos que foram firmados com violação
à CF ou à lei.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TCU não susta contrato, somente ATO. ATO e TCU = 3 letras. Errada.

Q51 - Quando o poder público delega a prestação de determinado serviço


público, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica
ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco e por prazo determinado, o instrumento jurídico
utilizado é o contrato administrativo de:

a) licitação de serviço público;


b) autorização de serviço público;
c) desconcentração de serviço público;
d) gestão de serviço público;
e) concessão de serviço público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra E.
Q52 - Sobre contrato administrativo é correto afirmar, exceto:

a) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de


pequenas compras de pronto pagamento,
b) Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa
qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecução
de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração.
c) É condição indispensável para a eficácia legal do contrato a publicação resumida de
seu termo e de aditamentos, na forma de extratos, na imprensa oficial.
d) A rescisão unilateral do contrato administrativo por parte da Administração Pública
pode ocorrer nos casos previstos em lei, sem gerar o dever de indenizar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra D está incorreta, já vimos que a administração tem o dever legal de
indenizar.

Q53 - Considerando as modalidades de licitação, faça a correspondência


entre as colunas a seguir.

(1 ) Convite
(2 ) Tomada de preços
(3 ) Concurso
( 4 ) Leilão
( 5 ) Pregão

( ) É a modalidade de licitação entre cadastra- dos ou outros interessados que


atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data fixa- da para o recebimento das propostas.
( ) É a modalidade de licitação entre interessa- dos do ramo pertinente ao seu
objeto, ca- dastrados ou não, escolhidos e convidados em número minimo de três.
( ) É a modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, entre quaisquer interessados, por meio da instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital.
( ) É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns,
independente- mente do valor estimado da contratação, em que a disputa pelo
fornecimento é feita por meio de propostas e lances. Pode ser reali-zado na forma
presencial, com o comparecimento dos licitantes na sessão pública, ou na forma
eletrônica, que envolve a utilização de recursos de tecnologia da informação.
( ) É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para alienação de bens imóveis cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance,
igual ou superior ao valor da avaliação.

A seqüência correta, de cima para baixo, é:


a) 1 - 2 - 5 - 4 - 3
b) 2 - 1 - 3 - 5 - 4
c) 4 - 5 - 1 - 2 - 3
d) 3 - 5 - 4 - 1 - 2
e) 1 - 2 - 4 - 3 - 5
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão interessante para uma revisão rápida. Basta ver a correspondente e revisar.
Letra B é o gabarito.

Q54 - Uma determinada empresa estatal veio a alienar imóvel público


desafetado a entidade de serviço social autônomo e, para tanto, se valeu de
hipótese legal de licitação dispensada prevista no art. 17, I, ―e‖, da Lei n.o
8.666/93 (venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera de governo). Partindo-se de tais pressupostos, é correto
afirmar que essa venda é legal, porque havendo desafetação do patrimônio
público, era permitido à estatal vendê-lo diretamente à entidade integrante
do sistema ―S‖ que presta serviço de interesse público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A venda é ILEGAL, o sistema S (terceiro setor) não compõe a administração pública.
Incorreta.

Q55 - Levando-se em consideração as modalidades de licitação pública,


definidas no âmbito da Lei n.º 8.666/1993, indica-se para compras de
grande vulto a seguinte modalidade:

a) concurso.
b) pregão eletrônico.
c) convite.
d) concorrência.
e) tomada de preço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q56 - Nas licitações, a adjudicação compulsória significa que

a) a Administração deve assinar de imediato o contrato administrativo com o


vencedor do procedimento licitatório.
b) não pode a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribuir o objeto da
licitação a quem não seja o vencedor.
c) a Administração, depois de concluído o procedimento, está impedida de invalidar a
licitação, mesmo que tenha ocorrido alguma ilegalidade
d) houve um único licitante e a Administração deve atribuir-lhe de imediato o objeto
da licitação.
e) o procedimento licitatório deve ser submetido, obrigatoriamente, ao crivo do Poder
Judiciário para ter validade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q57 - Conforme dispõe a Lei de Licitações, é nulo e de nenhum efeito o


contrato verbal com a Administração, salvo o de

a) contratações emergenciais.
b) empreitada.
c) aquisição de material bélico.
d) pequenas compras de pronto pagamento.
e) locação de imóveis para o serviço público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q58 - Segundo a Lei de Licitações e Contratos administrativos, a dissolução


da sociedade ou o falecimento do contratado

a) não impede a continuidade do contrato.


b) exige que seja feita nova licitação.
c) constitui motivo para rescisão do contrato.
d) exige que os novos sócios ou herdeiros sejam chamados a assinar novo contrato.
e) em nada altera o respectivo contrato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado. Letra C.

Q59 - Analise as assertivas abaixo com base na Lei Federal n° 8.666/93, que
disciplina o procedimento licitatório:

I. A licitação é dispensável quando não acudirem interessados à licitação anterior e


esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração,
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.
II. Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento, a licitação é dispensável.
III. É dispensável a licitação para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca.
IV. Haverá dispensabilidade de licitação para a contratação de serviços de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
V. Para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou
através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública, será dispensável a licitação.

Estão corretos apenas os itens:

a) I e II.
b) I e III.
c) II eV.
d) III e IV.
e) IVeV.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A. Uma lida no Art. 24 da 8.666 é importante, são as causas que
podem dispensar a licitação.

Q60 - Impõe-se, legalmente, ao contratado pela Administração Pública o


dever de, no caso de atraso de pagamento do preço contratual devido pela
Administração Pública, aguardar até 90 dias para, então, exercer o direito de
suspender a execução do contrato ou pleitear sua rescisão e indenização. A
hipótese tem fundamento na aplicação parcial ou mitigada da cláusula da
exceção do contrato não cumprido aos contratos administrativos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os contratos administrativos são eivados de certas prerrogativas distintas dos
contratos entre particulares que são mais proporcionalmente justos, assim uma das
poucas prerrogativas para a suspensão do contrato administrativo por pare do
particular seria a inadimplência nos pagamentos pelo poder público por mais de 90
dias sendo uma clausula de exceção de contrato não cumprido podendo ensejar fim
do contrato administrativo. Correta.

Q61 - De acordo com a Lei nº 8.666/93, que prevê sanções administrativas


pela inexecução total ou parcial do contrato, as sanções de advertência,
impedimento de contratar e a sanção de declaração de inidoneidade poderão
ser aplicadas juntamente com a multa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está correta. As sanções são disciplinadas no Art. 87 da lei 8.666.

Q62 - A alienação de bens imóveis da Administração Pública pode ocorrer


pela modalidade licitatória leilão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta, é a modalidade de venda (alienação) pela administração.

Q63 - A alienação de bens imóveis de empresa de economia mista dependerá


de prévia autorização legislativa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Lei 8.666, Art. 17, I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para
órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais (...)
Errada.

Q64 - Sobre licitação, é correto afirmar:

a) Grave perturbação da ordem é exemplo de situação que admite a dispensa


da licitação para os contratos relacionados com o evento.
b) O princípio do procedimento formal impõe a vinculação da licitação às
prescrições que a regem em seus atos e fases, as quais devem estar
previstas exclusivamente em lei ordinária.
c) O princípio da publicidade dos atos da licitação abrange todas as suas
fases, desde o aviso de abertura até seu julgamento, que deverá ser sempre
realizado em ato público, na presença dos interessados.
d) O objeto da licitação pode ser definido posteriormente à publicação do
edital.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A está correta, é o que dispõe o artigo 24, inciso III da lei de licitações.

AVISO: As questões apresentadas foram extraídas relativas a concursos de áreas


policiais (as bem fáceis, que são a maior parte, eu nem trouxe), creio que seja o
suficiente para o assunto. Vale a pena uma lida no Art. 24 e ver o vídeo do Wagre
sobre contratos, acredito que não passa disso.

GP – GESTÃO DE PESSOAS

Q1 - A existência da organização informal e do poder dos grupos sobre a


produtividade dos indivíduos representa o principal impacto da
administração científica na gestão de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão grosseiramente errada, pois na administração científica não era cogitada a
presença informal dos grupos, essa vertente surge com a teoria das relações
humanas devido as experiências nas fábricas surge uma nova liderança: os grupos
informais. Errada.

Q2 - A escola comportamental busca analisar o impacto do comportamento


humano nas organizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Certo, é na abordagem comportamental que surgiu os conceitos de motivação,
liderança e processo decisório.

Q3 - Na abordagem comportamental, prevalece a concepção de que


organização é um sistema social fechado no qual o foco de análise são os
indivíduos e os grupos informais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Abordagem Comportamental/Behaviorista tem como ênfase principal as pessoas,
não o ambiente no qual está inserida (logo, não há que se falar em "sistema aberto"
ou "sistema fechado", pois tais conceitos não são os focos aqui). A atenção é
voltada à organização informal (conjunto de relações sociais não prevista em
regulamentos e organogramas) e representa um desdobramento da Teoria das
Relações Humanas, porém dentro de um contexto organizacional mais amplo e
dinâmico, rejeitando suas concepções anteriores ingênuas e românticas, e tendo
como temas fundamentais, no que se refere às ciências do comportamento, o estudo
da motivação, processo decisório e liderança.

Portanto, o foco de análise são sim os indivíduos e os grupos informais, porém a


concepção de que a organização é um sistema social fechado não existe nesta
abordagem (e existe na Teoria das Relações Humanas). Errada.

Q4 - A tarefa essencial da gestão de pessoas, influenciada pela escola de


relações humanas, é criar condições e oportunidades para que as pessoas
possam atingir da melhor forma seus objetivos pessoais, dirigindo os
próprios esforços em direção aos objetivos da organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com Ivancevich, um dos objetivos da Gestão de Pessoas é: Aumentar ao
máximo a satisfação do trabalhador no trabalho e sua atualização profissional.
Correta.
Q5 - O movimento da administração científica originado com as experiências
de Frederick W. Taylor e Henri Fayol objetivou proporcionar fundamentação
científica às atividades administrativas, substituindo a especialização e o
profissionalismo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O objetivo da administração científica era buscar a especialização e o
profissionalismo. O movimento da Administração Científica surgiu no início do
século passado com as experiências do engenheiro Frederick W. Taylor (1856-1915).
Esse movimento tinha por objetivo proporcionar fundamentação científica às
atividades, substituindo a improvisação e o empirismo. Errada.

Q6 - Fayol fundamentava sua experimentação na racionalização do trabalho


a partir da simplificação das tarefas, sem se preocupar com a qualidade do
produto final e com o aumento da produção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TAYLOR – Ênfase nas tarefas de produção
FAYOL – Ênfase na organização (estrutura)

Taylor
O aumento da produtividade propôs métodos e sistemas de racionalização do
trabalho e disciplina do conhecimento operário colocando–o sob comando da
gerência; a seleção rigorosa dos mais aptos para realizar as tarefas; a fragmentação
e hierarquização do trabalho. Investiu nos estudos de tempos e movimentos para
melhorar a eficiência do trabalhador e propôs que as atividades complexas
fossem divididas em partes mais simples facilitando a racionalização e
padronização. Propõe incentivos salariais e prêmios pressupondo que as pessoas
são motivadas exclusivamente por interesses salariais e materiais de onde
surge o termo ―homo economicus‖

Fayol
A preocupação maior é para com a direção da empresa dando ênfase às funções e
operações no interior da mesma. Estabeleceu os princípios da boa administração,
sendo dele a clássica visão das funções do administrador: organizar, planejar,
coordenar, comandar e controlar.

Traçando-se um paralelo entre a Administração Científica e a Administração Clássica,


conclui-se que enquanto Taylor estudava a empresa privilegiando as tarefas de
produção, Fayol a estudava privilegiando as tarefas da organização. A ênfase dada
pelo primeiro era sobre a adoção de métodos racionais e padronizados e máxima
divisão de tarefas enquanto o segundo enfatizava a estrutura formal de empresa e a
adoção de princípios administrativos pelos altos escalões.

Resolvendo a questão:
Desta forma, Fayol tinha como foco as tarefas internas da organização, o que não
significa que não se preocupava com a qualidade do produto final ou com o aumento
da produtividade como afirma a questão, mas sua ênfase era direcionada à estrutura
formal da organização. Errada.

Q7 - Segundo os pressupostos da escola das relações humanas, que se


contrapõem às teorias de Taylor e Fayol, o trabalho é uma atividade grupal,
sendo os indivíduos motivados psicologicamente, e não economicamente,
para o trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esses são os conceitos de homem social, da Teoria das Relações Humanas. Quer dizer
que o homem é fruto de suas relações sociais, trabalhará de acordo com o grupo e as
relações que fizer no trabalho. Foram as conclusões tiradas dos estudos da
Experiência de Hawthorne. Correta.

Q8 - Com base nas concepções elaboradas pela Escola de Relações Humanas,


assinale a opção correta.

a) A estrutura formal da empresa consiste no foco de análise do comportamento


humano nas organizações.
b) A liderança informal, bem como suas implicações, não é um elemento que
influencia o comportamento das pessoas no ambiente organizacional.
c) O homem é um ser condicionado ao sistema social e às demandas de ordem
biológica.
d) Os papéis organizacionais não devem ser explícitos, a fim de não se acentuar as
diferenças hierárquicas.
e) A organização é apenas a responsável por estruturar a empresa, não formando um
sistema social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ao fazer a crítica implacável ao homo economicus como modelo de natureza humana,
a Escola de Relações Humanas sugeriu para substituí-lo o modelo do homo socialis.
Existindo três características principais desse modelo: o homem é apresentado como
um ser cujo comportamento não pode ser reduzido a esquemas simples e
mecanicistas; o homem é, a um só tempo, condicionado pelo sistema social e pelas
demandas de ordem biológica; em que pese às diferenças individuais, todo homem
possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-
realização. Letra C.

Q9 - A autocracia é um modelo de liderança voltado para o indivíduo,


elemento central do processo de liderança.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Autocracia é uma forma de governo autoritária. Historicamente, refere-se ao Império
Bizantino em que o imperador se denominava autocrator, o que significava para ele
que o seu poder era supremo, absoluto, ilimitado, irresponsável com relação a
qualquer instituição terrestre e dado somente por Deus. Errada.

Q10 - O enfoque comportamental se divide inicialmente em dois grandes


grupos, aquele que estuda as pessoas como indivíduos e outro que busca
compreender as pessoas como membros de grupos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os objetivos do enfoque comportamental são: Compreender o sistema social da
organização, ou organização informal; Compreender as pessoas como indivíduos
e as características singulares de cada uma e o impacto dessa singularidade sobre
o desempenho.

Q11 - A estima corresponde ao topo da pirâmide de Maslow.


RESPOSTA DA QUESTÃO:
Níveis da pirâmide de MASLOW:

5º AUTO-REALIZAÇÃO
4º ESTIMA
3º SOCIAIS
2º SEGURANÇA
1º FISIOLÓGICAS

Errada.

Q12 - O psicólogo Abraham Maslow é autor da teoria que pressupõe a


existência de três necessidades específicas, dispostas de maneira separada,
sem hierarquização, quais sejam: realização, filiação e poder.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A resposta está na questão anterior. A teoria que prevê três necessidades (realização,
filiação e poder) é de McClelland, e não a de Maslow. Errada.

Q13 - A abordagem comportamental focaliza a autonomia, elemento


mediador entre formulação e efetivação de estratégias organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A abordagem comportamental, conhecida como behaviorista, segundo Chiavenato
(2003), é caracterizada por ser decorrência da Teoria das Relações Humanas. Assim,
sua ênfase ainda se encontra no comportamento humano, porém, leva em
consideração o contexto organizacional, de forma mais ampla, abrangendo a
influência desse comportamento na organização como um todo e as perspectivas das
pessoas diante das organizações. Errada.

Q14 - Desde o advento da Revolução Industrial, o aumento no tamanho e na


complexidade das organizações trouxe consigo o avanço tecnológico e uma
visão centrada na lucratividade e produtividade, levando os homens a não se
identificarem com o produto de seu trabalho. Essa não identificação afeta
profundamente a qualidade do relacionamento no trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão ―opinativa‖, muito comum nesse tipo de matéria. A insatisfação profissional
provoca uma série de prejuízos à organização, como: maiores taxas de absenteísmo,
rotatividade e a diminuição do desempenho e da produtividade dos colaboradores.
Um indivíduo que não tem suas necessidades atendidas, não terá satisfação
necessária para desempenhar as suas atividades com qualidade no trabalho. Certa.

Q15 - Acerca das relações humanas no trabalho é possível afirmar que a


compreensão do gerente de que os subordinados são indivíduos diferentes e
que, em razão disso, necessitam ser tratados por ele de modo diferenciado,
tende a beneficiar as relações humanas no ambiente de trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para as relações humanas, o líder deve observar as características dos membros de
sua equipe e atuar de acordo com o nível de conhecimento e de motivação de cada
um deles, entre outras variáveis. Correta.

Q16 - Uma das teorias comportamentais da administração, denominada


teoria X e Y, contrapõe fatores higiênicos a fatores motivacionais na
abordagem da visão clássica da natureza humana.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A teoria X e a teoria Y – McGregor
A teoria de McGregor é, na verdade, um conjunto de dois extremos opostos de
suposições. Estes conjuntos foram denominados X e Y. Por esse motivo, também é
conhecida pelo nome de Teoria X e Teoria Y. Para McGregor, se aceitarmos a teoria X,
e nos comportarmos de acordo com ela, as pessoas se mostrarão preguiçosas e
desmotivadas. Já, se aceitarmos a teoria Y, as pessoas com quem interagimos se
mostrarão motivadas. A teoria X e Y (McGregor) e a Teoria dos dois fatores higiênicos
(Herzberg) não se contrapõem, elas têm enfoques diferentes. Errada.

Q17 - Em situações de trabalho compartilhadas por duas ou mais pessoas, há


atividades a serem executadas, interações e sentimentos envolvidos. Acerca
das relações humanas no trabalho, julgue os próximos itens.

Para atuar de forma competente e eficaz no trabalho, o servidor deve evitar


ver por vários ângulos os aspectos de uma mesma situação, deve atuar de
maneira formal e padronizada, pois se trata do cumprimento de regras
institucionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
RELAÇÕES HUMANAS. Por mais que existam regras padronizadas, existe a
necessidade de ser flexível diante de situações adversas. Afinal somos seres humanos
e não burros de carga com tapas-olhos, que só enxergam o que está a sua frente.
Errada.

Q18 - Para uma relação positiva entre as pessoas no ambiente de trabalho, é


necessário avaliar quais condições de trabalho predominam em cada
momento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As condições de trabalho são, segundo Hezberg, um fator higiênico que, apesar de
não motivar, pode levar a desmotivação e piora considerável do clima organizacional,
condição fática ao insucesso da implantação de qualquer estratégia e estopim para os
desentendimentos e frivolidades no ambiente de trabalho. Correta.
Q19 - Dentro da teoria motivacional, o cientista ........................ emitiu o
conceito do reforço no comportamento, ou seja, o trabalhador que
experimenta o sucesso após assumir uma atitude tende a repetir aquela
atitude, e um comportamento recompensado tende a ser repetido.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) Skinner
b) Maslow
c) Vromm
d) Herzberg
e) McGregor

RESPOSTA DA QUESTÃO:

Palavras-chave
Skinner: Recompensas
Maslow: hierarquia/pirâmide das necessidades
Vromm: VEI - Valência, Expectativa e instrumentalidade
Herzberg: fatores motivacionais e higiênicos
McGregor: teoria X e Y

Gabarito: Letra A.

Q20 - De acordo com a teoria motivacional de ....................., um trabalhador


X, ou um trabalhador visto por um gerente de visão X, não gosta de trabalhar
e o faz somente quando é compelido. Não gosta de assumir
responsabilidade, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo
segurança.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) Maslow
b) McGregor
c) Vromm e Rotter
d) Herzberg
e) Skinner

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q21 - Segundo a Teoria de Herzberg, é considerado Fator Motivacional:

a) Melhorar os móveis e a decoração do ambiente de trabalho.


b) Conceder anualmente um aumento salarial para os empregados com melhor
desempenho.
c) Desenvolver uma nova política de gestão na empresa.
d) Fornecer mais responsabilidade e maior autonomia para as pessoas no trabalho.
e) Aumentar a periodicidade de confraternizações na empresa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
FATORES HIGIÊNICOS (LEVAM À INSATISFAÇÃO): referem-se às condições
que rodeiam a pessoa enquanto trabalha
Política da Empresa
Condições do ambiente de Trabalho
Relacionamento com outros funcionários
Segurança
Salário

FATORES MOTIVACIONAIS (LEVAM À SATISAFAÇÃO): referem-se ao conteúdo


do cargo, às tarefas e às atividades relacionadas com o cargo em si:
Crescimentos
Desenvolvimento
Responsabilidade
Reconhecimento
Realização

Q22 - Autor que elaborou a teoria conhecida como Pirâmide das


Necessidades:

a) Herbert Simon.
b) Abraham Maslow.
c) Elton Mayo.
d) Frederick Herzberg.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q23 - Laura foi promovida a gerente. Ela acredita que a colaboração da


equipe vai depender de sua capacidade de descobrir o potencial de cada
membro. Para tanto, Laura pretende traçar uma estratégia de execução do
trabalho fundamentada no reconhecimento de que as pessoas desejam
realizar um trabalho relevante, que torne significativo os seus desempenhos
organizacionais. As crenças de Laura estão embasadas na seguinte teoria
motivacional ;

a) Grid Gerencial.
b) Sistemas Administrativos de Likert.
c) de Herzberg.
d) Y.
e) Dinâmica de Grupo de Lewin.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com Douglas McGregor, a teoria X argumenta que os funcionários não
gostam de trabalhar, fogem das responsabilidade, são indolentes, sendo controlados
pelos gestores de forma rígida; já a teoria Y fala que as pessoas procuram e aceitam
responsabilidades e desafios, querem fazer trabalhos relevantes para a empresa, pois
para elas o trabalho é natural, elas se automotivam e autodirigem. Resposta: item D

Q24 - A teoria que sustenta que a motivação individual e os resultados


melhoram quando são dadas às pessoas oportunidades de participar com
maior envolvimento e poder decisório no seu trabalho e nas metas a ele
pertinentes denomina-se

a) empowerment.
b) fatores de Herzberg.
c) job enlargement.
d) job enrichment.
e) grade gerencia

RESPOSTA DA QUESTÃO:
EMPOWERMENT = Empoderamento
Signica dar poder, autoridade eresponsabilidade às pessoas a fim de torná-las mais
ativas e proativas na organização. Passam a ter mais autonokia e iniciativa pessoal.

O empoderamento aumenta o controle, incrementa a auto-estima e impulsiona a


qualidade dentro da organização.

Elementos básicos:
1. Poder
2. Motivação
3. Liderança
4. Desenvolvimento

Letra A.

Q25 - Sobre a teoria dos dois fatores de Herzberg, assinale a alternativa


correta.

a) Realização é um fator motivacional e reconhecimento é um fator higiênico.


b) Condição de trabalho é um fator motivacional e pagamento e segurança são
fatores higiênicos.
c) Responsabilidade é um fator higiênico e política da companhia é um fator
motivacional.
d) O próprio trabalho é um fator motivacional e relacionamento interpessoal é um
fator higiênico.
e) Crescimento pessoal é um fator higiênico e supervisão é um fator motivacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tudo aquilo que está relacionado com o conteúdo do cargo ou com o funcionario em
si, se trata de fator motivacional. O restante estará necessariamente ligado aos
fatores higiênicos.

Fatores Higiênicos: Ou fatores extrínsecos, pois se localizam no ambiente que


rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas desepenham seu
trabalho.Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os
fatores higiênicos são: o salário, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão
que as pessoas recebem de seus superiores, as condições físicas e ambientais de
trabalho, as políticas e diretrizes da empresa, o clima de relações entre a empresa e
as pessoas que nela trabalham, os regulamentos internos, etc. São fatores de
contexto e se situam no ambiente externo que cercam o indivíduo.

Fatores Motivacionais: Ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o


conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o indivíduo executa. Assim
sendo, os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo pois estão
relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores motivacionais
envolvem os sentimentos de crescimento individual, de reconhecimento profissional e
as necessidades de autoreavaliação e dependem das tarefas que o indivíduo realiza
no seu trabalho.
Gabarito: Letra D.

Q26 - De acordo com a chamada Teoria dos Dois Fatores, Herzberg aponta
para a ideia de que no campo motivacional:
a) a motivação dos indivíduos objetiva satisfazer certas necessidades que
vão desde as primárias (fisiológicas) até as mais complexas ou psicológicas.
b) existem dois tipos de fatores: os que causam, predominantemente,
satisfação e os que causam, predominantemente, insatisfação.
c) todas as pessoas têm necessidades e todas as necessidades representam
carência ou falta de alguma coisa que vem do meio circundante.
d) o trabalhador não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Reveja a questão Q21 e o comentário. Gabarito: Letra B.

Q27 - Assinale a alternativa que apresenta uma característica da escola das


relações humanas.

a) A organização é considerada um sistema social.


b) O comportamento na organização é estabelecido por regras e regulamentos.
c) Tem foco no trabalho e nas necessidades econômicas do trabalhador.
d) Enfatizou que as pessoas tentam maximizar as recompensas.
e) Teve como resultados a alienação no trabalho e a insatisfação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Organização como entidade social: é a organização social dirigida e estruturada para
o alcance de objetivos específicos. É uma entidade social porque é constituída por
pessoas. Letra A.

Q28 - Tempo-padrão, especialização do operário e ênfase na eficiência são


princípios de administração da escola

a) das relações humanas.


b) neoclássica.
c) clássica.
d) científica.
e) da burocracia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
―Princípios de Administração Científica" O método administrativo de Ford apresenta os
seguintes traços fundamentais com características de Taylor:1 - racionalização
taylorista do trabalho, alto grau de especialização;2 - desenvolvimento da
mecanização utilizando equipamentos especializados;3 - produção em massa com
elevado grau de padronização;4 - salários elevados e crescentes, incorporando
ganhos de produtividade. Gabarito: D

Q29 - Na Escola das Relações Humanas, o homem é apresentado como um


ser que não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q30 - Os processos, as políticas e as práticas de gestão de pessoas alicerçam


as decisões de organizações contemporâneas no desenvolvimento da
aprendizagem contínua das pessoas a fim de contribuir para o alcance da
estratégia organizacional.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para Fischer (2002) a gestão de pessoas é a maneira pela qual uma empresa se
organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Para isso, a
empresa se estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas ou
processos de gestão. Por meio desses mecanismos, implementa diretrizes e orienta
os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.
Correta.

Q31 - A Gestão de Pessoas envolve e integra seis processos organizacionais


vinculados entre si e utilizados de forma sistêmica. O processo de aplicar
pessoas está relacionado a:

a) Remuneração, Sistemas de Informações Gerenciais e Seleção.


b) Desenho de Cargos e Avaliação de Desempenho.
c) Disciplina, Treinamento e Remuneração.
d) Recrutamento e Treinamento.
e) Mudanças e Comunicações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Principais politícas/ subprocessos/ subsistemas (pode aparecer com um desses três
nomes na prova) de gestão de pessoas:
(mnemônico)
DRAMMA

Desenvolver pessoas - (como preparar) T&D, educação, carreira


Recompensar pessoas - (como incentivar) benefícios, remuneração...
Aplicar pessoas- avaliação de desempenho, análise e descrição de cargos...
Manter pessoas- QVT (qual. de vida no trab.), higiene, gestão do clima e da cultura...
Monitorar pessoas - (acompanhar e controlar as atividades) - TI, bancos de dados...
Agregar pessoas - recrutamento e seleção de pessoas
Gabarito: Letra B.

Q32 - As políticas e as práticas para administrar o trabalho dos


colaboradores, de acordo com a gestão de pessoas, podem ser resumidas em
seis processos básicos, quais sejam: agregar, aplicar, recompensar,
desenvolver, manter e monitorar pessoas. Assim, é correto afirmar que

a) a aplicação é um dos processos básicos da gestão de pessoas e envolve, entre


outras atividades, a de integração das pessoas, desenho de cargos e avaliação de
desempenho.
b) o processo de agregar pessoas diz respeito ao acompanhamento e ao controle das
atividades das pessoas.
c) o processo de recompensar pessoas inclui treinamento e desenvolvimento.
d) desenvolver pessoas envolve administração da cultura organizacional e da
qualidade de vida. Para o processo de aplicar pessoas, é necessário desenvolver
pessoas.
e) os treinamentos fazem parte dos processos de monitorar pessoas, ao par que os
sistemas de informações gerenciais fazem parte dos processos de desenvolvimento
de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão versa sobre os 6 principais PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS
------------------------------------
Segue resumo segundo Idalberto Chiavenato ( Gestão de Pessoas, 3ª Edição, pg. 19)
Agregar, Aplicar, Desenvolver, Manter, Monitorar
-----------------------------
1- Agregar pessoas - Quem deve trabalhar na organização? Recrutamento e
Seleção
2- Aplicar pessoas - O que as pessoas deverão fazer? Desenho de cargos e
Avaliação de Desempenho;
3- Recompensar pessoas; Como recompensar pessoas? Recompensas e
Remuneração; Benefícios e serviços;
4- Desenvolvimento de pessoas - Como desenvolver as pessoas? T&D; Programas
de mudanças; Programas de Comunicações;
5- Manter pessoas - Como manter as pessoas no trabalho? Benefícos; Descrição e
análise de cargos;
6- Monitorar pessoas - Como saber o que fazem e o que são? Sistema de Info
gerencial; Banco de Dados.
Gabarito: LETRA A.

Q33 - A Administração de Recursos Humanos pode ser entendida como:

a) Administração de Pessoal baseada em uma abordagem sistêmica


b) Administração Clássica
c) Administração Científica
d) Análise e Descrição de Cargos
e) Sistema de Informações Gerenciais

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A abordagem sistêmica é a abordagem contemporânea e inovadora. Gabarito: Letra
A.

Q34 - A função de staff do órgão de RH é

a) executar as ações de RH.


b) alcançar resultados de RH.
c) cuidar das táticas e operações relativas a RH.
d) prestar assessoria e suporte, dando orientação e cuidando da estratégia de RH.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veremos mais desse assunto em administração geral. Staff como consultor e não
como executor. O staff especializado executava serviços técnicos especializados ou
assessoria na solução de problemas para a organização, assumindo muitas vezes, o
papel da linha. A tendência atual é de transformar o staff de prestador e executor de
serviços em consultor interno.'Quem deve executar é a linha. A função do staff é
orientar a linha para que ela faça todo o seu trabalho e não substituí-la em certas
atividades. Gabarito: Letra E.

Q35 - A gestão de pessoas tem como função estratégica alinhar objetivos


organizacionais e individuais por meio de políticas e práticas de
administração de recursos humanos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão correta.

Q36 - A administração de recursos humanos é uma atividade de linha e uma


função de estafe.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Administração de Recursos Humanos é entendida como uma responsabilidade de
linha (de cada chefia) e uma função de staff (do setor de pessoal): administrar
pessoas, não é responsabilidade exclusiva dos chefes com relação aos subordinados,
é responsabilidade de todos. Correta.

Q37 - A Administração de Recursos Humanos na perspectiva contemporânea

a) cuida da parte referente ao desenvolvimento das pessoas que pertencem à


organização.
b) encarrega-se das rotinas trabalhistas, tendo sob sua responsabilidade a
administração dos eventos burocráticos decorrentes do contrato de trabalho.
c) encarrega-se da definição de metas e objetivos estratégicos a partir dos quais se
define o recrutamento e a seleção de recursos humanos.
d) cuida das relações trabalhistas externas da empresa com os sindicatos, com o
Governo e com outros órgãos públicos.
e) responsabiliza-se pela operacionalização das estratégias de desenvolvimento
organizacional das empresas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ao RH contemporâneo é demandado ampliar seu escopo de atuação, superando a
ênfase em atividades ―operacionais‖, assumindo papel mais ―protagônico‖ no
processo de desenvolvimento, valorização e retenção de pessoas, notadamente
aquelas tidas como ―estratégicas‖ aos negócios da organização. Gabarito: Letra A.

Q38 - A gestão de pessoas é função exclusiva dos profissionais da unidade


de recursos humanos, os quais são também responsáveis pelo planejamento,
implantação e avaliação de práticas de movimentação, desenvolvimento e
valorização de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada. Vide Q36.

Q39 - Administração de recursos humanos e gestão de pessoas são termos


teoricamente distintos, especialmente com relação ao ajustamento vertical
entre objetivos organizacionais e individuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os termos realmente são distintos do ponto de vista teórico, mas ambos
buscam alinhar objetivos organizacionais e individuais. A diferença está sobretudo no
fato de que a GP busca maior competitividade (o empregado é um parceiro),
sucesso e competências para a organização, enquanto a ARH é mais voltada
para aspectos práticos do sucesso das pessoas no trabalho contribuindo para a
entrega de resultados imediatos pela organização (o empregado é um recurso).
Errada.
Q40 - A teoria contingencialista legou à área de gestão de pessoas a noção
de que as estratégias, as políticas e as práticas de recursos humanos devem
alinhar-se às metas e aos objetivos organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Dica para a teoria contingencial: Ela é ampla, completa, abarca o que possível for.
Uma importante contribuição da teoria contingencial foi justamente a de deixar claro
que as pessoas devem estar alinhadas à organização para que o sucesso seja
alcançado. É por isso que a gestão de pessoas busca criar condições para este
alinhamento através das práticas de recursos humanos. Correta.

Q41 - Assinale a alternativa que apresenta a função da administração de


recursos humanos nas organizações.

a) Gerir os esforços e as atividades das pessoas que compõem a organização.


b) Assegurar que as pessoas sejam o elemento essencial à existência da organização.
c) Fazer com que as pessoas sejam a principal fonte de vantagem competitiva da
organização.
d) Organizar um grupo estruturado de pessoas para alcançar os objetivos
organizacionais.
e) Administrar as pessoas como ferramentas de produção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A. Nesse tipo de questão interpretativa, procure ampliar o alcance dos
Recursos Humanos e da Gestão de Pessoas.

Q42 - Sobre a moderna Administração de Recursos Humanos é correto


afirmar, EXCETO:

a) compartilha com todos os demais órgãos da empresa o encargo de administrar


pessoas.
b) trata-se de um órgão eminentemente operacional devotado às rotinas de pessoal.
c) estabelece normas e critérios que sirvam de base para que os gerentes
administrem seus subordinados.
d) assume a responsabilidade de staff pela administração de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A mesma ideia da anterior, existem dezenas e dezenas de questões assim, não vale a
pena ficar repetindo aqui, apenas amplie o alcance. Gabarito: Letra B.

Q43 - A gestão de pessoas é um conjunto integrado de processos dinâmicos


e interativos. São processos básicos de gestão de pessoas, exceto os
processos de

a) desenvolver pessoas.
b) liderar pessoas.
c) recompensar pessoas.
d) aplicar pessoas.
e) agregar pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para facilitar a memorização, perceba que ― Gestão de pessoas é um DRAMMA".
4. Desenvolvimento de pessoas;
3. Recompensar pessoas;
1. Agregação de novas pessoas;
6. Monitorar pessoas;
5. Manter pessoas;
2. Aplicação de pessoas ao trabalho.
Gabarito: Letra B.

Q44 - Dentre os seis processos básicos que compõem a gestão de pessoas,


os de capacitação dos funcionários fazem parte do processo de

a) aplicar pessoas.
b) agregar pessoas.
c) monitorar pessoas.
d) recompensar pessoas.
e) desenvolver pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra E.

Q45 - A Gestão de Pessoas procura ajudar o administrador a desempenhar as


funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. A Gestão de Pessoas
refere-se às políticas e práticas necessárias para administrar o trabalho das
pessoas. Essas políticas podem ser resumidas em seis processos básicos,
processos esses que dentro de uma organização constituem um conjunto
integrado de processos dinâmicos e interativos, conhecidos como processos
de

a) agregar pessoas; aplicar pessoas; demitir pessoas; recompensar pessoas;


monitorar pessoas; desen- volver pessoas.
b) admitir pessoas; agregar pessoas; demitir pessoas; aplicar pessoas; recompensar
pessoas; manter pessoas.
c) agregar pessoas; aplicar pessoas; recompensar pessoas; desenvolver pessoas;
manter pessoas; monitorar pessoas.
d) admitir pessoas; aplicar pessoas; recompensar pessoas; desenvolver pessoas;
manter pessoas; monitorar pessoas.
e) agregar pessoas; aplicar pessoas; demitir pessoas; monitorar pessoas; manter
pessoas; recompensar pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra C.

Q46 - O Treinamento e os Sistemas de Informações gerenciais fazem


parte respectivamente dos processos de:

a) agregar pessoas e monitorar pessoas.


b) recompensar pessoas e desenvolver pessoas.
c) desenvolver pessoas e monitorar pessoas.
d) aplicar pessoas e desenvolver pessoas.
e) recompensar pessoas e monitorar pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.
Q47 - A gestão de pessoas nas organizações compreende um conjunto
integrado de processos dinâmicos e interativos. Segundo Chiavenato, o
processo de aplicar pessoas significa

a) treinar e capacitar as pessoas.


b) manter as pessoas no trabalho.
c) saber o que fazem e quem são as pessoas.
d) recrutar as pessoas certas para a organização.
e) orientar e acompanhar o desempenho das pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Política de aplicar pessoas: são os processos utilizados para a integração dos novos
participantes ao ambiente organizacional (programas de integração), desenhar as
atividades que as pessoas realizarão na empresa, orientar e acompanhar seu
desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos, análise e
descrição de cargos, movimentação interna (transferências, remoções, alocações) e
avaliação de desempenho. Gabarito: Letra E.

Q48 - Entre as competências da Diretoria de Gestão de Pessoas estão:


• executar o Plano Anual de Capacitação da Empresa;
• elaborar metodologia para avaliação de desempenho funcional e setorial;
• promover atividades para qualidade de vida de seus empregados.
É correto afirmar que, segundo Chiavenato (1999), estas competências estão
relacionadas, respectivamente, aos seguintes processos de gestão de
pessoas:

a) desenvolver, aplicar e manter


b) treinar, agregar e desenvolver
c) aplicar, monitorar e recompensar
d) planejar, manter e agregar

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q49 - O processo de agregar pessoas é utilizado para incluir novas pessoas


na empresa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q50 - O concurso público está vinculado ao processo de agregar pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q51 - O pagamento do vale-transporte está vinculado ao processo de manter


pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está relacionado ao processo de recompensar pessoas (benefícios).
Q52 - A avaliação de desempenho está vinculada ao processo de desenvolver
pessoas.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está relacionada ao processo de aplicar pessoas. Errada.

Q53 - A relação com sindicatos e empregados se vincula ao processo de


monitorar pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Está relacionada ao processo de manter pessoas. Errada.

Q54 - Relacione os conceitos aos processos de Gestão de Pessoas:

1. Manter pessoas
2. Aplicar pessoas
3. Agregar pessoas
4. Monitorar pessoas
5. Desenvolver pessoas
6. Recompensar pessoas

( ) Criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades.


( ) Desenhar as atividades que irão realizar na empresa, orientando e acompanhando
seu desempenho.
( ) Incentivar e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas.
( ) Capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal.
( ) Acompanhar e controlar as atividades, verificando resultados.
( ) Incluir novas pessoas na empresa, por meio de recrutamento e de seleção.
A sequência correta é

a) 1, 5, 2, 3, 6, 4.
b) 2, 5, 6, 4, 1, 3.
c) 2, 6, 5, 3, 1, 4.
d) 1, 2, 6, 5, 4, 3.
e) 2, 5, 6, 3, 1, 4.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: letra D.

Q55 - A respeito dos processos básicos da Gestão de Pessoas, é correto


afirmar:

a) Processos de monitorar pessoas são os processos utilizados para incluir novas


pessoas na empresa;
b) Processos de aplicar pessoas são os processos utilizados para desenhar as
atividades que as pessoas irão realizar na organização;
c) Processos de recompensar pessoas são os processos utilizados para acompanhar e
controlar as atividades das pessoas;
d) Processos de desenvolver pessoas são os processos utilizados para incentivar as
pessoas e satisfazer suas necessidades individuais;
e) Processos de manter pessoas são processos utilizados para capacitar e incrementar
o desenvolvimento profissional e pessoal.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q56 - O sistema de informações gerenciais de uma organização deve ter


independência em relação à organização, sem submissão ou alinhamento ao
planejamento estratégico da organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Sistema de informação gerencial (SIG) é um sistema planejado para obter,
processar, organizar, armazenar e disseminar informação, de modo a permitir a
tomada de decisões eficazes pelos gerentes de linha envolvidos e pelos especialistas
de GP. As necessidades de informação gerencial em uma organização são amplas e
variadas e exigem participação de especialistas de GP, dos gerentes de linha e dos
colaboradores. Não há que se falar em independência. Errada.

Q57 - Sistemas de Informações Gerenciais são instrumentos indispensáveis,


que auxiliam o gestor a tomar decisões de forma a neutralizar os riscos
existentes nos ambientes organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Sistemas de informações foram feitos para gerar informações e auxiliar no processo
de tomada de decisão. Nada a ver com riscos. Errada.

Q58 – Em relação aos Sistemas de Informações Gerenciais, é correto dizer


que os dados isoladamente não são úteis aos gestores, eles demandam
estudos e análises prévios de modo a serem interpretados, organizados e se
transformarem em informações úteis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dado sem relacionar a algo não gera informação. Correta.

Q59 - Assinale a alternativa que não se enquadra nas características de


sistemas de informações de pessoas.

a) Gera informações para a tomada de decisões.


b) Tem como ponto de partida o banco de dados.
c) Apresenta como objetivo final abastecer as chefias de informações sobre seu
pessoal.
d) Não necessita de nenhuma forma de processamento de dados como meio de
suprimento e abastecimento.
e) É um sistema por meio do qual os dados são obtidos, processados e transformados
em informações, de forma esquematizada e ordenada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão dada pela IADES, é claro que o sistema é abastecido por dados, mas as
alternativas que estão corretas ajuda a entender um pouco mais sobre as
característica dos SIG’s. Gabarito: Letra D.

Q60 - No setor público, a utilização de Sistemas de Informação Gerenciais


(SIG) auxilia os servidores no gerenciamento da informação, na realização
de procedimentos administrativos e na prestação de serviços aos cidadãos.
Sob determinadas condições, o sistema de informações gerenciais pode
trazer os seguintes benefícios para uma organização:

1) melhoria na estrutura organizacional e nos métodos administrativos, para facilitar


o fluxo de informações.
2) melhoria na estrutura de poder, propiciando maior poder para aqueles que
entendem e controlam o sistema.
3) melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não
previstos.
4) fornecimento de melhores projeções e análises dos efeitos das decisões.

Estão corretas:
a) 1, 2 e 3, apenas.
b) 1, 3 e 4, apenas.
c) 2, 3 e 4, apenas.
d) 1, 2 e 4, apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tem-se dificuldade em avaliar quantitativamente os benefícios oferecidos por um
sistema de informação gerencial, porém OLIVEIRA afirma que o sistema de
informação gerencial pode, sob determinadas condições, trazer os seguintes
benefícios para as empresas:

• Redução dos custos das operações;


• Melhoria no acesso às informações, proporcionando relatórios mais precisos e
rápidos, com menor esforço;
• Melhoria na produtividade;
• Melhoria nos serviços realizados e oferecidos;
• Melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de informações mais
rápidas e precisas;
• Estímulo de maior interação dos tomadores de decisão;
• Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões;
• Melhoria na estrutura organizacional, para facilitar o fluxo de informações;
• Melhoria na estrutura de poder, proporcionando maior poder para aqueles que
entendem e controlam os sistemas;
• Redução do grau de centralização de decisões na empresa; e
• Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos.
Essas premissas permitem que as empresas definam possíveis fortalecimentos do
processo de gestão, garantindo o diferencial de atuação e por conseqüência,
vantagem competitiva. Gabarito: E

Q61 - Em relação ao funcionamento do Sistema de Informações Gerenciais


de RH, marque a alternativa que apresente a sequência correta é a

a) Coletar, processar, influenciar e guardar informações.


b) Divulgar, colher, processar e disseminar informações.
c) Colher, disseminar, influenciar e armazenar informações.
d) Colher, processar, armazenar e disseminar informações.
e) Coletar, divulgar, processar e armazenar informações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Sistema de informação gerencial (SIG) é um sistema planejado de colher,
processar, armazenar e disseminar informação, de modo a permitir a tomada de
decisões eficazes pelos gerentes envolvidos. Gabarito: Letra D.
Q62 - O uso dos sistemas de informações gerenciais (SIG) permite acessar o
banco, processar os dados e gerar informações importantes para o processo
decisório da organização. Especificamente, o SIG de RH põe em foco o
alinhamento do planejamento estratégico de RH e os registros e controles de
pessoal, além dos relatórios operacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O uso da tecnologia da informação possibilita não apenas a automação de atividades
básicas da gestão de recursos humanos, como folha de pagamentos, mas também o
armazenamento e a análise de dados utilizados no planejamento e na tomada de
decisão em recursos humanos. Correta.

Q63 - Comportamento organizacional é um campo de estudo que investiga o


impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento
dentro das organizações com o propósito de aplicar este conhecimento em
prol do aprimoramento de uma organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de uma área de especialidade, com um corpo comum de conhecimentos.
O que é que ele estuda? Ele estuda três determinantes do comportamento das
organizações: indivíduos, grupos e estrutura. O comportamento organizacional
aplica o conhecimento obtido sobre as pessoas, os grupos e o efeito de estrutura
sobre o comportamento, para fazer com que as organizações trabalhem mais
eficazmente. Correta.

Q64 - O Comportamento que visa trazer maior entendimento sobre as


lacunas empresariais para o desenvolvimento contínuo e assertivo de
soluções, com o intuito de reter talentos e promover engajamento na gestão
de pessoas, trata-se de um:

a) Comportamento organizacional.
b) Comportamento individual
c) Comportamento de gestores
d) Comportamento de equipe.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fazer o estudo e avaliação do comportamento organizacional também visa trazer
maior entendimento sobre as lacunas empresariais no sentido comportamental e
cultural para o desenvolvimento contínuo e assertivo de soluções afim de: atrair e
reter talentos, evitar o turnover, promover engajamento, produtividade e harmonia
entre os stakeholders. Gabarito: Letra A

Q65 - São níveis desdobrados de análise do enfoque sistêmico em


Administração de Recursos Humanos, EXCETO, o de comportamento

a) social.
b) organizacional.
c) convencional.
d) individual.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O enfoque sistêmico em RH pode ser desdobrado em três níveis de análise:

a. Nível de comportamento social – a sociedade como um macrosistema.


b. Nível de comportamento organizacional – a organização como um sistema.
c. Nível de comportamento individual – o indivíduo como um microsistema.

Gabarito:
Letra C.

Q66 - Assinale a alternativa que apresenta as três áreas do comportamento


organizacional que têm suas bases nas ciências sociais.

a) Comportamento microorganizacional; comportamento mesoorganizacional; e


comportamento macroorganizacional.
b) Comportamento orientado para a tarefa; comportamento orientado para o
funcionário; e comportamento orientado para o resultado.
c) Comportamento econômico; comportamento social; e comportamento tecnológico
d) Comportamento agressivo; comportamento passivo; e comportamento apático.
e) Comportamento motivacional; comportamento de liderança; e comportamento de
desempenho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja a questão anterior. Gab: Letra A.

Q67 - Ao fazer referência a uma variável importante do chamado


―comportamento organizacional", pode-se dizer que ela representa a forma
como a organização aparece para seus integrantes e para o ambiente
externo. A variável é

a) o clima organizacional.
b) o desenho estrutural.
c) a cultura organizacional.
d) a ambiência interna.
e) a estrutura organizacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O conceito de cultura organizacional é uma parte importante das ciências sociais,
muito arraigada aos seus aspectos tradicionais, porém ela vem demonstrando um
ótimo desenvolvimento ao longo dos últimos anos. De uma maneira geral, ela é vista
dentro da empresa como uma série de normas e atitudes comuns aos indivíduos que
trabalham nela, pois além de direcionar esses indivíduos, a cultura organizacional
também serve para orientá-los sobre como devem interagir entre si, com os clientes
e stakeholders do negócio em geral. Gabarito: Letra C.

Q68 - Com relação ao comportamento organizacional, analise as afirmativas


a seguir:

I. O comportamento organizacional fundamenta-se no estudo dos indivíduos.


II. O comportamento organizacional fundamenta-se no estudo dos grupos formais.
III. O comportamento organizacional fundamenta-se no estudo da estrutura
organizacional.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q69 - Embora seja discricionário e não faça parte das exigências funcionais
de um funcionário, ajuda a promover o funcionamento eficaz da organização.
É correto afirmar que esses conceitos se aplicam ao aspecto

a) comportamento da cidadania organizacional.


b) desvios de comportamento no ambiente de trabalho.
c) rotatividade.
d) absenteísmo.
e) produtividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Chiavenato descreve três variáveis independentes (variáveis no nível do sistema
organizacional, variáveis no nível do grupo e variáveis no nível do indivíduo) como
principais determinantes das variáveis dependentes (produtividade, absenteísmo,
rotatividade, satisfação com o trabalho e cidadania organizacional). Ele afirma que a
cidadania organizacional é um comportamento que não faz parte das exigências de
uma empresa, mas que ajuda no funcionamento eficaz da organização. Gabarito: A.
(veremos outras questões nesse tema para compreender e massificar o assunto).

Q70 - Assinale a alternativa que apresenta um aspecto visível do


comportamento organizacional.

a) Atitudes.
b) Normas grupais.
c) Interações informais.
d) Políticas.
e) Conflitos interpessoais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CULTURA ORGANIZACIONAL
Aspectos Formais e Abertos: componentes visíveis e publicamente
observáveis, orientados para aspectos operacionais e de tarefas.

Estrutura organizacional
Títulos e descrições dos cargos
Objetivos e Estratégias
Tecnologias e práticas operacionais
Políticas e diretrizes de pessoal
Métodos e procedimentos
Medidas de produtividade física e financeira
Aspectos Informais e Ocultos: componentes invisíveis e cobertos, afetivos e
emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos.

Padrões de influenciação e de poder


Percepções e atitudes das pessoas
Sentimentos e normas de grupos
Crenças, valores e expectativas
Padrões de integração informais
Normas grupais
Relações afetivas

Gabarito: D.

Q71 - Assinale a alternativa que apresenta uma definição de comportamento


de cidadania organizacional.

a) Realização de ações direcionadoras de padrões de comportamento que são


incentivados por meio de recompensas pessoais.
b) Realização de ações coordenadas que visam proteger os bens organizacionais
como instrumento de valorização.
c) Realização de ações motivacionais que representam a administração das
competências pessoais que promovem liderança.
d) Realização de ações discricionárias acima e além das obrigações
e que promovem o sucesso da organização.
e) Realização de ações administrativas com base nas normas e regulamentos que
ressaltam o padrão profissional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Chiavenato descreve três variáveis independentes (variáveis no nível do sistema
organizacional, variáveis no nível do grupo e variáveis no nível do individuo) como
principais determinantes das variáveis dependentes (produtividade, absenteísmo,
rotatividade, satisfação com o trabalho ecidadania organizacional). Ele afirma que a
cidadania organizacional é um comportamento que não faz parte das
exigências de uma empresa, mas que ajuda no funcionamento eficaz da
organização. Gabarito: Letra D.

Q72 - Segundo Robbins, o Comportamento Organizacional é um campo de


estudos que utiliza seus conhecimentos para promover a melhoria da
eficácia organizacional.

Este campo do conhecimento estuda três determinantes do comportamento


na organização. Quais são elas?

a) Indivíduos, liderança e a estrutura organizacional


b) Função dos executivos, função dos grupos e a estrutura organizacional
c) Indivíduos, grupos e a estrutura organizacional
d) Indivíduos, a função dos executivos e políticas organizacionais

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra C.
Q73 - Segundo Chiavenato, o estudo do comportamento organizacional
envolve três níveis hierárquicos de abordagem: a macroperspectiva, a
perspectiva intermediária e a microperspectiva do comportamento
organizacional. A perspectiva intermediária do comportamento
organizacional trata do comportamento:

a) Do sistema organizacional como totalidade, e do indivíduo, ao trabalhar sozinho na


organização
b) De grupos e de equipes na organização
c) Do indivíduo ao trabalhar sozinho na organização, e de pequenos grupos
multidisciplinares
d) Do mercado frente à organização, e da percepção dos indivíduos quanto à
satisfação de fazerem parte da empresa
e) Dos clientes, em relação aos produtos/serviços da organização

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Chiavenato define que a abordagem macro do comportamento organizacional se
fundamenta em questões como comunicar, liderar, proporcionar decisões, lidar com
estresse e conflito, proporcionar negociação, tipos de poder e política e coordenar
atividades de trabalho. Já a perspectiva intermediaria do comportamento
organizacional se baseia em observações sobre equipes, no qual busca descobrir
formas de socialização que estimulem a cooperação entre os indivíduos e a progresso
da produtividade em grupo. Logo, a microperspectiva do comportamento
organizacional possui uma forte orientação psicológica por focar as diferenças
particulares e de personalidade, percepção e atribuição, motivação e satisfação no
trabalho. Gabarito: B

Q74 - Assinale a alternativa que indique uma variável dependente no campo


do comportamento organizacional.

a) Cidadania organizacional.
b) Produtividade.
c) Adaptabilidade.
d) Satisfação do cliente.
e) Valor econômico agregado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos por partes, essa questão é muito boa!
Variável independente do comportamento organizacional já sabemos (são três):

Variáveis no nível da organização: Desenho organizacional, Cultura organizacional,


Processos de trabalho
Variáveis no nível dos grupos: Equipes e empowerment, Dinâmica grupal e
intergrupal
Variáveis no nível dos indivíduos: Diferenças individuais, Percepção e atribuição,
Motivação, Satisfação no trabalho.

Geralmente a maioria dos autores denominam "variáveis dependentes" do


Comportamento Organizacional as seguintes: produtividade, absenteísmo,
rotatividade e satisfação, sendo que para esses autores, Cidadania
Organizacional, que é se comportar pró-ativamente, vestir a camisa e etc, entrou
na lista recentemente, fazendo com que agora sejam 5 as variáveis dependentes.
Letra A.

Q75 - Cidadania organizacional, uma das variáveis dependentes do modelo


de comportamento organizacional, é adotada pelas organizações que
buscam, no mercado, por profissionais que desenvolvam, além das tarefas
sob sua responsabilidade formal, atividades adicionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando o colaborador se sente satisfeito em seu cargo surge o que podemos chamar
de Comportamento Organizacional de Cidadania (COC) que desperta sentimentos
como conscientização, altruísmo (quando as ações de um indivíduo beneficiam
outros), virtude cívica, cortesia e esportividade (bom humor). Um bom cidadão
organizacional tem um comportamento como o de uma pessoa que ajuda quando seu
colega está com problema com o computador mesmo fora de sua equipe ou
departamento ou quando simplesmente se interessa em ajudar um cliente que pede
uma informação por telefone ou preocupa-se com a segurança de seus colegas.
Correta.

Q76 - Liderança é a

a) autoridade legal necessária para o exercício eficiente da direção de uma


organização.
b) capacidade de imitar e até mesmo superar os comportamentos de outros de forma
espontânea.
c) capacidade de forçar alguém a fazer alguma coisa, mesmo que ela não o deseje.
d) qualidade de propor mudanças na condução dos processos organizacionais sem
forçar a sua aceitação pelos demais.
e) capacidade de influência interpessoal exercida por meio da comunicação, visando a
um objetivo específico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Liderança em administração compreende os processos INTERPESSOAIS, pelos quais
diretores e gerentes buscam INFLUENCIAR pessoas para que elas realizem atividades
visando atingir OBJETIVOS ESTABELECIDOS. Gabarito: Letra E.

Q77 - Beltrano é gestor de uma equipe num órgão público. Na sua gestão,
dedica parte do tempo para ações como: apresentar aos funcionários o que
se espera deles, fornecendo-lhes orientação para a execução das tarefas;
fixar metas de desempenho; e assegurar que as pessoas sigam regras e
regulamentos padronizados. Tais condutas permitem elevado grau de
previsibilidade e controle dos processos e resultados desempenhados pelos
membros da equipe. Sobre o estilo de liderança adotado por Beltrano,
marque a alternativa CORRETA:

a) Liderança de apoio.
b) Liderança participativa.
c) Liderança transacional.
d) Liderança diretiva.
e) Liderança contingencial.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existem muitas classificações de lideranças e veremos em outras questões.
De acordo com Schemerhorn20 os líderes teriam quatro "estilos" ou comportamentos
possíveis, de acordo com a combinação destes fatores (tarefa e relacionamento):
direção, delegação, persuasão e participação:
• Direção (ou Determinação) - determinar o que cada subordinado fará em
detalhes, com rígida supervisão. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e
baixa preocupação com o relacionamento;
• Persuasão - explicar a necessidade de cada tarefa de forma persuasiva e dar um
suporte ao empregado sempre que possível. Um estilo com alta preocupação com a
tarefa e também alta preocupação com o relacionamento;
• Participação (ou compartilhamento) - enfatizar o compartilhamento de ideias e a
participação dos funcionários na tomada de decisões em relação ao trabalho que será
desenvolvido. Seria um estilo com baixa preocupação com a tarefa e alta
preocupação com o relacionamento;
• Delegação - deixar o funcionário ou o grupo tomar suas próprias decisões em
relação ao trabalho e assumir suas responsabilidades. Seria um estilo com baixa
preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento.
Gabarito: Letra D

Q78 - O estilo de liderança em que o líder é focado apenas nas tarefas é


conhecido como

a) liderança por ideal.


b) liderança autocrática.
c) liderança democrática.
d) liderança liberal.
e) liderança paternalista.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Aqui temos uma outra classificação de lideranças. Estas são mais convencionais em
provas de concurso.

LIDERANÇA AUTOCRÁTICA- ênfase nas TAREFAS.


LIDERANÇA DEMOCRÁTICA- ênfase nas TAREFAS e nas PESSOAS.
LIDERANÇA LIBERAL- ênfase nas PESSOAS.
Gabarito: B

Q79 - Assinale a alternativa que apresenta o estilo de liderança que, a longo


prazo, é mais eficaz, porque favorece a maior motivação, a qualidade de
decisão e a moral da equipe.

a) Estilo de liderança contingencial.


b) Estilo de liderança laissez-faire.
c) Estilo de liderança democrático.
d) Estilo de liderança compreensivo.
e) Estilo de liderança autocrático.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O líder DEMOCRÁTICO seria aquele que contaria com a participação de sua equipe na
tomada de decisões. Seria um controle compartilhado, feito em conjunto. Existiria um
nível de delegação de autoridades e responsabilidades pelo líder.
O estilo de liderança democrático pode ser dividido em dois:
- O participativo (a decisão é feita pelo grupo, em conjunto com o líder);
- O consultivo (a decisão cabe ao líder, depois que ele consulta sua equipe).
Gabarito: LETRA C.

Q80 - Com a abordagem das relações humanas, surgiram teorias ligadas ao


que queremos da vida, como sentir-se bem com aquilo que é realizado, não
sendo um produto acabado e sim um processo que se configura a cada
momento, que nasce das necessidades interiores de cada um e que se
renova e se altera continuamente.
Essa teoria se refere

a) à motivação.
b) ao comportamento.
c) à liderança.
d) à liderança situacional.
e) à maturidade profissional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para compreender a motivação humana, o primeiro passo é o conhecimento do que a
provoca e dinamiza. A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza com as
necessidades humanas. Todas têm suas necessidades próprias, que podem ser
chamadas de desejos, aspirações , objetivos individuais ou motivos. As necessidades
humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e influenciam cada pessoa
determinando seus pensamentos e direcionando o seu comportamento diante das
diversas situações da vida.[...]. Gabarito: Letra A.

Q81 - Pode-se conceituar estilo de liderança como

a) as atividades de manutenção do grupo e relacionadas às tarefas.


b) a capacidade dos líderes de obrigarem seus subordinados a exercer suas funções.
c) o modelo desenvolvido para medir a preocupação relativa do administrador com
relação às pessoas.
d) os vários padrões de comportamento dos líderes durante o processo de dirigir e
influenciar os trabalhadores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra E.

Q82 - Uma vantagem da liderança autoritária é:

a) Infexibilidade alta.
b) Permite novas ideias e sugestões.
c) A decisão pode ser tomada de maneira mais rápida.
d) Apoia e defende os funcionários.
e) Aumenta a motivação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Uma vantagem da liderança autoritária: A decisão pode ser tomada de maneira mais
rápida. Liderança autocrática: baseia-se numa relação de submissão, já que o líder
tem uma postura dominadora e agressiva não dando liberdade alguma aseus
subordinados. Gab: Letra C.
Q83 - Presidente de uma empresa que desenvolve aplicativos e jogos para
celulares, Fernando é reconhecido por sua habilidade especial para realizar
inovações tecnológicas, por provocar mudanças na organização e por atribuir
relevância às necessidades e inquietações dos liderados, ajudando-os a
observar novas maneiras de lidar com os problemas organizacionais.
Fernando destaca a importância da visão de futuro e o compartilhamento de
valores e ideias para construir relacionamento com os liderados.

A forma com que Fernando lidera a organização está associada à


a) perspectiva de liderança baseada nos traços
b) perspectiva comportamental da liderança
c) perspectiva situacional
d) teoria da liderança carismática
e) teoria da liderança transformacional

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A liderança transformacional se opõe a liderança transacional. Esta apenas leva
em consideração uma troca mútua de deveres e obrigações e recompensas. A
transformacional leva em consideração o tratamento individualizado do líder para com
os liderados, fazendo com que estes sintam-se agentes modificadores do cenário. O
chefe deve buscar motivar os liderados, buscando as melhores competências e
desenvolvendo-as individualmente. Gabarito: Letra E.

Q84 - A influência interpessoal exercida na organização que é dirigida por


meio do processo de comunicação e que tem por objetivo reduzir o nível de
incerteza é a:

a) autoridade
b) moral
c) liderança
d) hierarquia

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para os humanistas (Teoria das Relações Humanas), a liderança pode ser visualizada
sob diversos ângulos, a saber:

1.Liderança como um fenômeno de influência interpessoal;


2.Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo;
3.Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados;
4.Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da
situação.
Gabarito: Letra C.

Q85 - Como se denomina o processo de conduzir as ações ou influenciar o


comportamento e a mentalidade de outras pessoas?

a) Liderança.
b) Consentimento.
c) Missão.
d) Autoridade.
e) Motivação
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A. A Iades adora perguntar isso, cuidado para não marcar motivação!

Q86 - A Teoria de Liderança que considera o líder como produto de sua


habilidade especial para realizar inovações e mudanças no contexto
organizacional inspirando os seguidores a trans-cenderem seus interesses
individuais em prol da organização é a:

a) Teoria da Liderança Transformacional.


b) Teoria da Liderança Transacional.
c) Teoria dos Traços de Personalidade.
d) Teoria dos Estilos de Liderança.
e) Teoria Situacional da Liderança.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Q83. Gabarito: A.

Q87 - A influência interpessoal exercida numa situação por intermédio do


processo de comunicação, para que seja atingida uma meta, recebe o nome
de.

a) liderança.
b) coesão.
c) persuasão.
d) persistência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Influência interpessoal = Liderança. A.

Q88 - Há vários estilos de liderança. O estilo democrático tem as


características relacionadas abaixo, exceto a que está na alternativa:

a) Estilo pessoas.
b) Liderança orientada para a produção.
c) Liderança orientada para pessoas.
d) Liderança orientada para as relações humanas.
e) Liderança orientada para a consideração ou para o grupo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: B.

Q89 - O estilo de liderança que utiliza a negociação como principal


ferramenta para a condução de uma equipe é a liderança

a) transacional.
b) transformacional.
c) carismática.
d) democrática.
e) autocrática.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Liderança transacional é aquela em que existe uma relação de troca entre líder e
subordinado. Seu nome vem exatamente dessa troca, de transação! O líder define as
metas que devem ser alcançadas e promete os ―prêmios‖ caso os objetivos sejam
atingidos. O líder transacional deve então esclarecer quais serão as tarefas e os
objetivos, motivar seus funcionários para que eles atinjam suas metas e fornecer
apoio aos liderados no trabalho, buscando suprir suas necessidades. Gabarito: Letra
A.

Q90 - As três abordagens tradicionais que estudam liderança são:

a) Abordagem por traços, abordagem comportamental e abordagem situacional.


b) Abordagem por traços, abordagem comportamental e abordagem estratégica.
c) Abordagem supervisora, abordagem comportamental e abordagem estratégica.
d) Abordagem por traços, abordagem situacional e abordagem estratégica.
e) Abordagem situacional, abordagem por traços e abordagem supervisora.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existem três grandes grupos de teorias de liderança:
• Teorias de traços: dão relevo aos traços que os líderes possuem naturalmente;
• Teorias de estilos de liderança: enfocam os estilos que os lideres podem adotar e
que os levaria a ser líderes.
• Teorias comportamentais da liderança: consideram a liderança um comportamento
que pode ser aprendido.
Gabarito: Letra A.

Q91 - Escolha a opção que corretamente se refere à liderança.

a) Todo contato pessoal e por escrito realizado de forma unilateral.


b) Conjunto de razões internas que estimulam um comportamento específi co.
c) Esforço ou ação do indivíduo que infl uencia seu desempenho.
d) Conhecimentos comportamentais presentes na função gerencial.
e) Capacidade de influenciar o comportamento das pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q92 - O líder transacional se apoia nas necessidades de estima e


autorrealização dos colaboradores, oferecendo uma série de recompensas de
cunho emocional, como a própria realização da tarefa, e, por isso, a maioria
dos seus liderados é do tipo fiel.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão tenta confundir o candidato ao usar o termo recompensa, mas a descrição
desse tipo de líder remete ao líder transformacional. Errada.

Q93 - O perfil carismático de liderança concentra sua atenção no


desempenho do funcionário ou grupo, enfatizando o cumprimento de prazos,
a execução das metas e o processo decisório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As características encontradas na assertiva se aproximam da liderança transacional,
na qual o líder guia ou motiva seus seguidores na direção de metas estabelecidas, e
valoriza o trabalho padronizado e tarefas orientadas. Errada.

Q94 - Segundo McGregor, a liderança não é apenas atributo da pessoa, mas


um processo social complexo que envolve as motivações dos liderados, a
tarefa, o líder e o contexto dentro do qual ocorre a relação entre essas
variáveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo McGregor a liderança é atribuida à competências individuais (pessoas
notáveis, em suas palavras), que poderiam ser ―identificadas‖ e ―replicadas‖.
McGregor sustentava que havia outras variáveis envolvidas na liderança, inclusive
atitudes e necessidades dos liderados, as condições da organização e ambinetes
social, político e econômico. McGregor defendia que a liderançã não era propriedade
individual, mas um relacionamento complexo entre essas variáveis. Correta.

Q95 - A liderança de maneira geral corresponde ao uso da influência


coercitiva para dirigir as atividades dos membros de um grupo e levá-los a
realização de seus próprios objetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Opa! Influência coercitiva? Forçou a barra. Errada.

Q96 - Sobre liderança é correto afirmar, EXCETO:

a) Os líderes democráticos valorizam a participação do grupo na tomada de decisão e


resolução das tarefas.
b) Aquele que for líder em uma situação, será líder em todas as situações.
c) Não existe um líder para todas as situações.
d) Os líderes devem conhecer os indivíduos do seu grupo, para poder entendê-los e
se fazer entender.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B

Q97 - Os que defendem a tese da liderança situacional advogam que

a) o líder deve agir de acordo com as contingências e situações apresentadas pelo


ambiente e com o grau de maturidade dos liderados.
b) a liderança é uma habilidade inata que envolve auto- controle e habilidade social
diante das situações.
c) os líderes são os indivíduos que se encontram no ponto mais alto da curva de
maturidade da organização.
d) a liderança somente pode ser desenvolvida em um ambiente de completa
maturidade da organização.
e) o ambiente é o que determina o comportamento do líder, que deve ser substituído
conforme as situações apresentadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A liderança situacional (também chamada de contingencial), ou líder que adapta
diante de certas situações, consiste da relação entre estilo do líder, maturidade do
liderado e situação encontrada. Não existe um estilo de liderança adequado para
todas as situações, mas ocasiões e estilos diferentes de gestores. Gabarito: Letra A.

Q98 - A respeito da liderança contingente, é correto afirmar que o


desempenho da liderança depende de uma relação entre estilo do líder e seu
nível de controle situacional.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A liderança contingencial (situacional) é baseada na abordagem contingencial que
se concentra no comportamento dos seguidores (liderados), independentemente que
o líder realize, a eficácia depende das ações de seus liderados. Correta.

Q99 - Assinale a alternativa que indica a função da área de recursos


humanos que busca trabalhar com as pessoas para assegurar a realização
dos objetivos

a) Planejamento.
b) Organização.
c) Liderança.
d) Execução.
e) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Achei essa questão muito aberta e imprecisa, mas por ser da IADES trouxe aqui.
Gabarito: Letra C.

Q100 - Motivação refere-se a:

a) forças internas e externas para estimular o desempenho, entusiasmo e


persistência num curso de ação.
b) mix de bons salários, desafios promissores e empowerment, reduzindo o cansaço,
a rotina e o limite da criatividade.
c) combinação correta de desafios, talento e oportunidades desde o ingresso do
profissional no ambiente empresarial.
d) recompensas materiais difusas e condições de trabalho específicas que levam o
profissional ao esforço individual ou coletivo.
e) forças morais, experiência acadêmica e história de vida de um profissional que
garantem a sua permanência e fixação nas rotinas de trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Motivação = Motivo para Ação (intrínseco - pessoal)
Segundo Chiavenato, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de
determinada forma ou que dá origem a uma propensão a um comportamento
específico, podendo ser provocado por um estímulo externo (ambiente) ou
internamente nos processos mentais. A motivação funciona em termos de forças
ativas e impulsionadoras. A definição da motivação é autorregulada biológica ou
cognitivamente por vários fatores como necessidade, estado de emoção, valores,
metas, expectativas e objetivos, com ênfase importante na abordagem motivacional,
sendo elas: ativação, direção, intensidade e persistência. Gabarito: Letra A.

Q101 - Sobre motivação, é correto afirmar que

a) necessidades humanas são o foco central da teoria dos dois fatores.


b) motivação é algo intrínseco, embora alguns estudiosos acreditem ser discutível
essa posição.
c) motivação depende da necessidade financeira, considerada na teoria como
necessidade básica.
d) auto-realização é uma necessidade que se liga à estima e à consideração para ser
atenuada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A – Errada - A teoria de Herzberg divide a necessidade humana em 2 fatores: os
higiênicos (para Chiavenato, "essencialmente profiláticos e preventivos" relacionados
ao AMBIENTE de trabalho) e motivacionais (relacionados com o conteúdo do trabalho
realizado). As necessidades humanas são abordadas por MASLOW, pela pirâmide das
necessidades.
B – Correta - Assim como diz Chiavenato, motivação é um fator pessoal - não
conseguindo assim fazer com que uma pessoa motive outra (sendo possível
influenciá-la pela liderança). Posição controversa - mas é o que vem sendo aceito.
C – Errada - Não depende da necessidade financeira, esta é um dos fatores - mas não
o único.
D – Errada - Auto realização é a necessidade em que o indivíduo procura tornar-se
aquilo que ele pode ser.
E – Errada - Não é fator motivacional, é uma obrigação do contratante.

Q102 - Em relação à motivação, é INCORRETO afirmar que:

a) é um estado racional, em função dos ganhos financeiros.


b) se não existir não haverá comprometimento pessoal.
c) é um estado de espírito relacionado com a emoção.
d) é buscada juntamente com o aumento de lealdade.
e) é buscada juntamente como comprometimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Associar a motivação exclusivamente com dinheiro é um erro. Letra A.

Q103 - Considerando o modelo de motivação conhecido como teoria da


expectativa, pode-se afirmar que a motivação é consequência:

a) Dos resultados que uma pessoa busca e sua estimativa de que a ação conduzirá
aos resultados desejados.
b) Da satisfação de fatores motivacionais e de manutenção.
c) Da satisfação das 5 necessidades básicas estabelecidas por Maslow.
d) Da interação de alguns fatores que formam principalmente a satisfação das
necessidades classificadas como mais altas.
e) Da interação de alguns fatores que formam principalmente a satisfação das
necessidades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para esta teoria, desenvolvida pelo psicólogo Victor Vroom, o comportamento
humano é sempre orientado para resultados, ou seja, as pessoas fazem coisas
esperando sempre outras em troca. Ex: Motivação de estudar com afinco para o
concurso público esperando a aprovação na prova é exemplo da teoria da
expectativa. Os três principais fatores nesta teoria são: valência, instrumentalidade e
expectativa.
Valência
É o valor atribuído ao resultado (recompensa). É uma medida de atração que um
resultado (recompensa) exerce sobre um indivíduo.
Instrumentalidade
Relação desempenho-resultado (recompensa). É o grau em que o indivíduo acredita
que determinado nível de desempenho levará ao resultado desejado.
Expectativa
Relação esforço-desempenho. É a probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que
certa quantidade de esforço levará ao desempenho.
Gabarito: Letra A.

Q104 - Como se chamam os impulsos que levam a comportamentos que


satisfazem as necessidades pessoais, os desejos e as aspirações?

a) Motivação.
b) Interação.
c) Proximidade.
d) Determinação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q105 - A delegação de autoridade ou empowerment tem seus principais


aspectos. São eles, exceto:

a) Estagnação;
b) Poder;
c) Motivação;
d) Desenvolvimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estagnação é o posto de empoderamento. Letra A.

Q106 - ―Fenômeno que depende de numerosos fatores para existir, dentre


eles, o cargo em si, ou seja, a tarefa que o indivíduo executa, as
características individuais e, por último, os resultados que este trabalho
pode oferecer; é uma força que se encontra no interior de cada pessoa,
estando geralmente ligada a um desejo e, dessa forma, suas fontes de
energia estão dentro de cada ser humano‖. Trata-se de:

a) liderança.
b) delegação.
c) motivação.
d) descentralização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Pessoal, Interior, Intrínseco, Impulso... são termos que remete à motivação. Letra C.

Q107 - Quanto à motivação, são consideradas como necessidades primárias:

a) Fisiológica e segurança.
b) Sociais e de estima.
c) De existência e de auto-realização.
d) De poder e de realização.
e) De relacionamento e de crescimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Quando estudamos a Hierarquia das necessidades de MASLOW (palavras chave:
saciar necessidades) sabemos que primeiro as pessoas buscam suprir as
necessidades de nível inferior para depois suprir as necessidades de nível
imediatamente superior até atingir a autorrealização. Na base desta pirâmide
encontramos as necessidades fisiológicas e de segurança, portanto correto gabarito
letra A.

Q108 - A motivação, conforme postulado pela teoria da expectativa, é um(a)

a) competência interpessoal preditora de desempenho fluente no trabalho.


b) variável preditora de qualidade de vida.
c) função dos fatores higiênicos e motivacionais presentes na relação
indivíduo/organização.
d) fenômeno biopsicossocial multideterminado.
e) função da valência, da expectância e da instrumentalidade ou meio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q109 - As relações interpessoais no ambiente de trabalho se desenvolvem na


constante interação mantida entre as pessoas. Essas relações apresentam-se
ora harmoniosas ora conflitantes. Dentre as forças que restringem o bom
desenvolvimento das relações interpessoais, destaca-se

a) empatia.
b) motivação.
c) manipulação.
d) iniciativa.
e) apoio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C. Forças que Impulsionam: Empatia, Motivação, Iniciativa, Competência e
Apoio Forças que Restringem: Vaidade, Apatia, Dependência, Timidez e Manipulação.

Q110 - A motivação de servidores pressupõe a compatibilidade entre as


necessidades do indivíduo e as metas da organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É isso mesmo, minha gente. As necessidades do indivíduo, quando satisfeitas, fazem
com que eles trabalhem para o sucesso das metas organizacionais. Para isso, não
pode haver incompatibilidade entre elas, pois se não o indivíduo não buscaria atingir
as metas da organização, sob pena de que suas próprias necessidades seriam
penalizadas. Correta.

Q111 - A motivação no trabalho está associada à satisfação das


necessidades de cada trabalhador.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q112 - De acordo com a teoria dos dois fatores (satisfação e motivação), a


motivação vem do trabalho e não do ambiente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A teoria dos dois fatores de Herzberg pressupõe os seguintes aspectos:
- A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais ou satisfacientes. O
conteúdo ou atividades desafiantes e estimulantes do cargo desempenhado pela
pessoa.
- A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos ou insatisfacientes. O
ambiente de trabalho, salário, benefícios recebidos, supervisão, colegas e contexto
geral que envolve o cargo ocupado.

Assim:
FATORES MOTIVACIONAIS - Satisfacientes - Conteúdo do Cargo (Como a
pessoa se sente em relação ao seu cargo):
1. Trabalho em si
2. Realização
3. Reconhecimento
4. Progresso profissional
5. Responsabilidade

FATORES HIGIÊNICOS - Insatisfacientes - Contexto do Cargo (Como a


pessoa se sente em relação à sua empresa)
1. Condições de trabalho
2. Administração da empresa
3. Salário
4. Relações com o supervisor
5. Benefícios e serviços sociais

Q113 - A motivação dos empregados de uma organização decorre


unicamente da política remuneratória implantada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada.

Q114 - A motivação do ganho material, a motivação do reconhecimento


social e a motivação interior da realização pessoal são três tipos de
motivações consideradas eficazes para que o empregado se comprometa
com o trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A banca não se referiu a um estudioso, em particular. Assim, temos que ser flexíveis.
Por mais que sintamos tentados a afirmar que "ganho material" não produz
motivação (Herzberg prega isso), de acordo com a Pirâmide de Maslow, por exemplo,
salários, benefícios financeiros, embora estejam na base da pirâmide, são
considerados instrumentos motivacionais. Mas a banca não citou autor, portanto,
"tudo" é possível, a depender do estudioso a ser considerado e por isso: CORRETA a
resposta!
Q115 - A motivação, um processo coletivo que atinge a equipe de trabalho,
envolve a intensidade, a direção e a persistência dos esforços das pessoas
para o alcance de metas

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É um processo individual (pessoal) e não coletivo. Errada.

Q116 - A motivação é específica e tem como propriedades a direção, a


intensidade e a permanência; consiste no estudo explicativo sobre as forças
ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas em situações de
trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A motivação procura explicar porque as pessoas se comportam, que conforme
Maximiano (2010) indica as causas ou motivos que produzem determinado
comportamento, seja ele qual for, e que está baseada em três propriedades: direção
(para onde a motivação leva o comportamento), intensidade (amplitude da
motivação) e a permanência (duração da motivação). Correta.

Q117 - A motivação, segundo a teoria da equidade, ocorre quando as


pessoas buscam corrigir as situações em que exista injustiça ou
desigualdade por acreditarem nos valores pessoais de justiça nas relações
sociais no trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Também chamada de Teoria do Equilíbrio, tem por base a crença de que as
recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais para todos. Se duas
pessoas realizam o mesmo esforço, a recompensa deve ser igual à da outra. Correta.

Q118 - No enfoque comportamental na administração, de acordo com a


teoria da expectativa, acredita-se que o esforço produz o desempenho e
este, o resultado, ao qual as pessoas atribuem valores. Desse modo, a
motivação estaria assim representada: motivação = expectativa (de que o
esforço produz o resultado) × valor atribuído ao resultado

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. Na verdade, há duas fórmulas, sendo esta mais simples a original usada por
Victor Vroom. O próprio Antonio Maximiano apresenta a última fórmula utilizada.
Vejam o que diz o Maximiano a respeito deste assunto: "De acordo com a teoria da
expectativa, a motivação é função da crença de que é possível alcançar um
resultado, multiplicada pelo valor atribuído ao resultado: Motivação = Expectativa
(crença de que o esforço produz o resultado) x valor atribuído ao resultado."

Q119 - Os bons desempenhos individuais estão diretamente relacionados às


habilidades desenvolvidas na realização das tarefas, e não à motivação para
o trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O desempenho humano no trabalho está relacionado a motivação, conhecimentos,
habilidades e atitudes, bem como à existência de suporte organizacional para que as
atividades, tarefas e responsabilidades sejam realizadas de maneira adequada e
conforme os padrões esperados. Errada.

Q120 - A motivação para o trabalho, por vincular-se a um aspecto intrínseco


ao indivíduo, de difícil observação, não pode ser influenciada por práticas de
gestão de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A área de Gestão de Pessoas tem como tarefa primordial MOTIVAR as pessoas para
que a organização alcance seus objetivos. Embora seja um aspecto INTRÍNSECO
( INTERNO), pode ser influenciada por diversos meios como incentivo á INOVAÇÃO,
CRIATIVIDADE, dentre outros. NÃO CONFUNDIR: A motivação pode ser
intrínseca ou extrínseca. A Intrínseca é a necessidade do indivíduo de executar
algo. Já a extrínseca é aquela influenciada pelo ambiente organizacional. Por
exemplo, quando um trabalhador de uma fábrica executa um bom trabalho
(motivação intrínseca) e é elogiado pelo seu chefe ou gerente do rh (motivação
extrínseca). Assim, a motivação também é influenciada por aspectos externos, como
um elogio por exemplo. Diz-se ser intrínseca, por fim, por ser individual, interna,
pessoal, cuidado!

Q121 - A motivação de um indivíduo inserido em uma organização tem


relação direta com a intensidade de esforços que ele emprega, por isso
indivíduos motivados geram resultados favoráveis para a organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A motivação de um indivíduo inserido em uma organização tem relação direta com a
intensidade de esforços que ele emprega: CORRETO até aqui. A motivação só traz
resultados favoráveis quando há congruência entre objetivos individuais e
organizacionais. Muito esforço sem direcionamento para os objetivos da organização
pode apenas satisfazer as necessidades do colaborador. "Muitos funcionários passam
muito tempo conversando com seus amigos no local de trabalho para satisfazer suas
necessidades sociais. Isso representa um alto nível de esforço pessoal, mas
totalmente improdutivo para a organização." Questão errada.

Q122 - A análise das condições de trabalho e da motivação humana é


suficiente para explicar o desempenho individual em contextos
organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O desempenho no ambiente de trabalho decorre dos seguintes fatores: motivação e
habilidades de uma pessoa e condições organizacionais favoráveis. Errada.

Q123 - Conhecimentos, habilidades e atitudes formam a competência


necessária para o desempenho de atividades administrativas, e experiência
profissional, educação e convívio social estimulam o desenvolvimento de
competências. Segundo Mintzberg, relaciona- se à habilidade de
introspecção a competência

a) interpessoal.
b) motora.
c) intrapessoal.
d) intelectual.
e) técnica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Habilidades de introspecção
Habilidades de introspecção, para Mintzberg, relacionam-se com a capacidade de
reflexão e auto-análise. O gerente deve ser capaz de entender seu cargo e seu
impacto sobre a organização. Para Mintzberg, a capacidade de aprender com a
própria experiência está acima de qualquer outra técnica de aprendizagem.
INTRAPESSOAL - que é relativo à relação do indivíduo consigo mesmo.

Sobre o assunto:
Inteligência Intrapessoal compõe a INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Inteligência emocional = Inteligência intrapessoal + Inteligência interpessoal.

Ou seja, a pessoa que sabe lhe dar com seus sentimentos (intrapessoal), sabendo
controlá-los, assim como perceber os sentimentos dos outros(interpessoal), é uma
pessoa que possui inteligência emocional. Gabarito: Letra C.

Q124 - Competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com


outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma e à
exigência da situação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
São competências que envolvem o relacionamento entre pessoas no ambiente de
trabalho. Exemplos: Liderança, comunicação, senso de equipe, delegação etc.
Correta.

Q125 - A habilidade interpessoal ou a habilidade social é um dos


componentes da chamada inteligência emocional, que compreende diversas
competências, entre as quais se incluem a capacidade de não demonstrar
emoções e não influenciar os outros com as próprias emoções.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
(...) inteligência emocional... entre as quais se incluem a capacidade de não
demonstrar emoções e não influenciar os outros com as próprias emoções. (Errado).
Ter inteligência emocional, não é sem insensível nem ser estático com sugerido na
assertiva. Errada.

Q126 - A corrente integradora da competência procura articular as


proposições das correntes norte-americana e francesa, destacando a
competência como a combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes
expressos pelo desempenho de contextos organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É possível perceber a existência de duas grandes correntes teóricas, como sugere
Dutra (2004).

- A primeira, representada principalmente por autores norte-americanos (e.g.,


Boyatzis, 1982; McClelland, 1973), apresenta a competência como um conjunto de
qualificações ou características subjacentes à pessoa (como Conhecimentos,
Habilidades e Atitudes - CHA), que permitem a ela realizar um trabalho ou lidar com
uma dada situação.
- A segunda, representada sobretudo por autores franceses (e.g., Le Boterf, 1999;
Zarifian, 1999), associa a competência não a atributos ou qualificações da pessoa,
mas sim às suas realizações em um dado contexto, ou seja, àquilo que o indivíduo
produz ou realiza no trabalho.

Resumindo:
A corrente Norte americana diz que competência é algo intrínseco: CHA -
Conhecimentos, Habilidade e Atitudes, só é competente quem detém essas três
habilidades

A Corrente Francesa diz que competência são entregas, então é algo extrínseco, Só
é competente quem alcança resultados.

A questão:
A corrente integradora diz que competência é o CHA Expresso em um determinado
contexto, a Corrente integradora une as duas correntes e é o conceito mais aceito
hoje em dia. Gabarito: Certa.

Q127 - Competência é, de acordo com a corrente integradora, a combinação


de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressa pelo desempenho
profissional, diante de um contexto ou estratégia organizacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O CHA é "americano", e se baseia em atributos intrínsecos... E é um conceito
diferente das correntes "inglesas e francesa" que se pauta em qualidades extrínsecas,
no caso só é competente quem demostra o resultado. Hoje é mais aceito o CHA
Expresso, que é uma mistura entre as duas correntes, por isso INTEGRADOS.
Correta.

Q128 - A capacidade de notar diferentes estados de ânimo, intenções,


motivações, mudanças de humor, ou até mesmo reconhecer qual é o melhor
momento para tratar de determinado assunto refere-se a determinado tipo
de inteligência. De acordo com a teoria das múltiplas inteligências, essa
descrição corresponde à inteligência do tipo

a) intrapessoal.
b) linguística.
c) interpessoal.
d) espacial.
e) corporal-cinestésica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A capacidade do indivíduo de voltar-se para outros indivíduos, denominada
inteligência interpessoal. A capacidade central aqui é a de observar e fazer distinções
entre outros indivíduos e, em particular, entre seus humores, temperamentos,
motivações e intenções. Gabarito: Letra C.
Q129 - Na relação de dependência, que permite a influência interpessoal nas
organizações, o poder e a liderança são fenômenos indissociáveis.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo Chiavenato "a Liderança é um tipo de influenciação entre pessoas (influência
interpessoal) onde a influência está ligada (indissociável) ao conceito de poder e de
autoridade...". Correta.

Q130 - A liderança e o poder relacionam-se à área de comportamento


organizacional, dado que são fenômenos sociais e interacionais que ocorrem
nas organizações, e fora delas, por influência interpessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os componentes que constituem a área de estudos do comportamento organizacional
incluem motivação, comportamento e poder de liderança. Correta.

Q131 - Conflitos funcionais destroem as metas do grupo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conflito funcional: conflito que apoia os objetivos do grupo e melhora seu
desempenho. Conflito disfuncional: conflito que atrapalha o desempenho do grupo.

Q132 - Conflitos funcionais são os conflitos que agregam valor ao grupo,


merecendo atenção para que a reflexão seja promovida. Assim, é nesse tipo
de conflito que existe a possibilidade de evolução a partir dos problemas
existentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q133 - A negociação é uma estratégia adequada para lidar com conflitos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com Blake e Mouton, existem 5 maneiras de resolução de
conflitos:
RETIRADA ESTRATÉGICA - significa evitar o problema. Utilizada como tática de
curto prazo ou abordagem estratégica para períodos mais prolongados. É uma forma
passiva e trata-se mais de uma solução temporária, pois não resolve o conflito.
APAZIGUAMENTO - ou "panos quentes" - busca-se os pontos em COMUM, mas
foge-se dos pontos em desacordo. Técnica para manter a PAZ e evitar conflitos
abertos. Também de natureza provisória, não duradoura.
NEGOCIAÇÃO - barganha - busca-se um ACORDO, proporcionando solução
definitiva para o conflito.
COLABORAÇÃO OU CONFRONTO - solução objetiva. Define-se o problema e
discute-se através de diálogo aberto.
FORÇA - utilizar o poder para a resolução definitiva, ou seja, há um vencedor e um
vencido. É O RECURSO QUE REQUER MENOS TEMPO, porém PODE DEIXAR SOMBRAS
posteriores.

Gabarito: Correta.
Q134 - Um aspecto crítico da ARH é a solução de conflitos internos, sendo
que, em geral, os conflitos pessoais são provocados por conflitos
organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CONFLITO INTERNO (ou intra-individual ou psicológico): ocorre dentro da
própria pessoa. Quando o indivíduo possui desejos, sentimentos e motivações que
divergem entre si, apontando para decisões e comportamentos distintos. Ex.: a
pessoa está diante da possibilidade de trabalhar em uma cidade distantes, em um
bom cargo público, mas entra em conflito interno porque não deseja se afastar da
família. Tanto ficar quanto se mudar apresentam vantagens e desvantagens,
apontando para caminhos distintos.
CONLFITO EXTERNO (ou social): ocorre entre pessoas diferentes, seja de forma
individual ou grupal. Surgem quando os indivíduos possuem interesses ou objetivos
que vão de encontro entre si.

A questão misturou os conceitos. Errada.

Q135 - A respeito das intenções primárias de gerenciamento de conflitos,


assinale a opção correta.
a) Há a intenção de evitar o conflito quando determinada pessoa prioriza os
interesses de outrem envolvido no conflito em detrimento dos seus próprios
interesses.
b) Há a intenção de colaborar com os outros quando cada uma das partes envolvidas
em um conflito está disposta a desistir de algo.
c) Uma pessoa que deseja satisfazer seus próprios interesses, independentemente
das consequências sobre a outra parte em conflito, age com a intenção de competir.
d) Em uma situação em que as partes conflitantes pretendem satisfazer os interesses
de todos os envolvidos, adota-se a intenção de fazer concessão aos outros.
e) A intenção de se acomodar ao conflito refere-se à situação em que se deseja fugir
de um conflito ou suprimi-lo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Competir: Desejo da pessoa em satisfazer seus próprios interesses,
independentemente do impacto sobre a outra parte em conflito.
Colaborar: Situação em que as partes conflitantes pretendem satisfazer os
interesses de todos os envolvidos.
Evitar: Desejo de fugir de um conflito ou tentar suprimí-lo.
Acomodar-se: Disposição de uma das partes em conflito de colocar os interesses do
oponente antes dos seus próprios.
Conceder: Situação na qual cada uma das partes de um conflito está disposta a abrir
mão de alguma coisa
Gabarito: Letra C

Q136 - É de suma importância buscar gerenciar adequadamente os conflitos


ainda que sejam latentes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conflito latente/percebido:
- Não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara
consciência de sua existência, apenas pode existir a percepção.
- Os conflitos latentes, ou seja, aqueles que são subjacentes e, que, por vezes, as
partes ainda não se conscientizaram deles.
- Eventualmente não precisam ser trabalhados.
- Para lidar com conflitos, é importante conhecê-los, saber qual é sua amplitude e
como estamos preparados para trabalhar com eles.
- Estes, por sua vez, podem ainda ser transformados em:

Conflito Sentido/experienciado: - Já atinge ambas as partes no campo da


emoção, e que opera de forma consciente. Se esta situação não for devidamente
controlada, ela pode ocasionar conseqüentemente um:

Conflito Manifesto: - Já atingiu ambas as partes, e que já é percebido por terceiros,


podendo interferir ainda na dinâmica da organização, trazendo a esta, imensos
prejuízos. Os Conflitos Sentidos e Manifestos precisam ser administrados sempre se
levando em conta certas opções de solução ou controle. Já os Conflitos Latentes,
estes podem evoluir, permanecendo estáveis ou mesmo desaparecendo. Quando
esmagados, eles poderão retornar mais tarde sob a forma de Conflitos Manifestos.
Gabarito: Errada.

Q137 - Os conflitos devem ser considerados situações anômalas, com


consequências negativas para a vida social.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Partimos da premissa de que toda empresa tem pessoas e que as organizações são
palcos de mudança. Existe um permanente processo de comunicação e ela, com
frequência, geram ruídos, que geram conflitos. Isso é natural à realidade das
empresas e a negociação é o melhor caminho para o caminho do conflito para o
acordo. Errada.

Q138 - Quanto à gestão de conflitos nas instituições, assinale a alternativa


correta.

a) Cabe ao gestor, nesse cenário, pensar as melhores alternativas para omitir a


presença de conflitos dentro da instituição.
b) O conflito pode se estender para a esfera grupal somente quando ocorrer em
âmbito interpessoal.
c) O conflito pode significar uma possibilidade de perceber erros e fragilidades, da
equipe, da gestão e da organização como um todo
d) O uso da gestão de conflitos é desaconselhável em situações em que existem
vaários colaboradores com o perfil de liderança.
e) Conflitos devem ser vistos exclusivamente como algo negativo por só trazerem
desvantagens à organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Chiavenato nos diz em sua obra:
"O conflito é um modo de chamar a atenção para os problemas existentes e serve
para evitar problemas mais sérios, atuando como mecanismo de correção." Gabarito:
Letra C.

Q139 - A Junta Administrativa de Negociação e Empreendedorismo (nome


fictício), é uma grande empresa no ramo de gestão de pessoas e foi
contratada por uma organização para organizar e desenvolver processos de
seleção e formação de pessoal.

Além dos processos descritos, a empresa desenvolveu ainda um trabalho


junto à equipe focando a gestão de conflitos. Quanto a esse tema, assinale a
alternativa correta.

a) A gestão de conflitos consiste basicamente em desenvolver na equipe a capacidade


de desconsiderar a existência de conflitos internos ou externos, por mais que esses
possam inviabilizar o alcance de objetivos.
b) A gestão de conflitos compreende a necessidade de prevenir, identificar e
solucionar os conflitos existentes dentro da organização.
c) A instituição pode optar por não ter um procedimento ou uma posição institucional
quanto aos conflitos que emergem em seu cotidiano, uma vez que a gestão de
conflitos é prática pouco usual no mercado contemporâneo.
d) A empresa agiu de forma equivocada, uma vez que a gestão de conflitos pouco
tem a ver com a gestão de pessoas.
e) A gestão de conflitos consiste exclusivamente no ato de autoritariamente a equipe
gestora impor uma atitude de firmeza no intuito de extinguir o conflito, conforme se
percebe explicitamente na etimologia do termo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questões interpretativas nesse assunto são o perfil da IADES. Letra B.

Q140 - O paradigma do conflito em uma organização é lugar comum nas


instituições. Afinal, uma organização é formada de pessoas, que, por sua
vez, possuem valores, crenças, visões de mundo, motivações e,
principalmente, inteligências completamente distintas entre si. Considerando
que Gardner elencou um rol de sete inteligências, assinale a alternativa que
indica aquela que se destaca por ajudar na resolução de conflitos.

a) Espacial.
b) Cinestésica.
c) Linguística.
d) Interpessoal.
e) Intrapessoal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Inteligência interpessoal
Características: A competência básica fundamental deste tipo de inteligência é o
talento para compreender os outros, pelo que as pessoas com esta inteligência
desenvolvida têm grande facilidade em estabelecer empatia. Relacionam-se,
interagem e trabalham bem com outros indivíduos, tendo facilidade em os motivar a
persistir na busca dos objetivos comuns. Conseguem compreender e interpretar os
sentimentos, as motivações e as intenções dos outros. Interagem de forma eficaz,
mobilizando competências variadas, particularmente no âmbito da comunicação
verbal e não verbal. São também eficazes na gestão de conflitos. Gabarito: Letra D.

Q141 - O gerente tem à sua disposição três abordagens quanto à


administração de conflitos:

Questão complexa, mas vamos nos aprofundar, vale a pena!


Segundo CHIAVENATO, existem 3 níveis de conflito (já vimos até aqui):

1. Latente-Percebido
2. Experienciado-Velado
3. Manifesto-Aberto

CHIAVENATO, também afirma que existem 3 ABORDAGENS DE


ENFRENTAMENTO DE CONFLITOS:

1 - Abordagem estrutural: "baseia-se no fato de que o conflito surge das


percepções criadas pelas condições de diferenciação, de recursos limitados e escassos
e de interdependência. Se esses elementos puderem ser modificados, as percepções
e o conflito resultante poderão ser controlados. Trata-se, pois, de atuar sobre uma
condição existente que predispõe ao conflito". No CONFLITO PERCEBIDO a
abordagem é ESTRUTURAL.

2 - Abordagem de processo: "é a abordagem que procura reduzir os conflitos por


meio da modificação do processo - PROCESSADA, ou seja, de uma intervenção no
episódio do conflito. Pode ser utilizada por uma das partes em conflito, por pessoas
de fora ou por uma terceira parte, como um consultor, um gerente neutro ou algum
superior da organização". No CONFLITO MANIFESTO a abordagem é de PROCESSO.

3 - Abordagem mista: "é a abordagem que procura administrar o conflito tanto com
aspectos estruturais como processuais. A solução inclui intervenções sobre a situação
estrutural e sobre o episódio conflitivo. A primeira maneira mista é influenciar o
processo de conflito por meios estruturais, como a adoção de regras para resolução
de conflitos". No CONFLITO EXPERIENCIADO a abordagem é MISTA.

Gabarito: Letra B.

Q142 - Os efeitos dos conflitos dos grupos de trabalho são sempre negativos.
Os gestores devem lidar com eles com muita rapidez para evitar que se
demonstrem com frequência.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Nem sempre o conflito é uma força negativa na realidade organizacional. Se
entendermos o conflito como uma frustração pela não-obtenção de um recurso, por
exemplo, ele pode ser considerado uma força para que o indivíduo se capacite para,
no futuro, não enfrentar o mesmo conflito. ―O conflito, em si, não é danoso nem
patológico. É uma constante da dinâmica interpessoal, reveladora do nível energético
do sistema. Suas conseqüências poderão ser positivas ou negativas, construtivas ou
destrutivas, em decorrência do grau de aprofundamento e intensidade, da duração,
do contexto, da oportunidade e do modo como ele é enfrentado e administrado.
Errada.

Q143 - Relações abaladas entre funcionários que desempenham as mesmas


funções são benéficas para a organização, uma vez que isto estimula o
espírito competitivo dos empregados, gerando resultados mais positivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada.
Q144 - O relacionamento entre os funcionários é um dos aspectos mais
importantes para a eficácia do trabalho em equipe, exigindo que seus
membros tenham empatia, postura profissional participativa, capacidade de
comunicação e respeito à individualidade do outro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q145 - Dentro das organizações, as pessoas estão em constante interação


social. Nesse contexto, o conflito invariavelmente está presente. Do ponto de
vista da eficácia dos relacionamentos interpessoais e de acordo com as
teorias mais recentes acerca do tema, assinale a alternativa correta quanto
ao conflito.

a) É sempre disfuncional e não contribui para o desenvolvimento da organização.


b) É ruim e deve ser eliminado da organização.
c) Será funcional quando envolver funcionários da organização e disfuncional quando
envolver funcionários terceirizados.
d) Pode ser funcional ou disfuncional. Por isso, na medida certa, deve ser estimulado,
pois um grupo harmonioso, pacífico, tranquilo e cooperativo está na iminência de
tornar-se estático.
e) Deve ser incentivado a todo custo, pois ele será sempre benéfico para a
organização, principalmente quando levado às últimas consequências.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Conflito disfuncional: quando prejudica o desempenho do grupo.
Conflito funcional: quando contribui para o desempenho do grupo.
Gabarito: Letra D.

Q146 - O diretor que propõe uma reunião de confrontação visando sanear


um conflito está adotando uma abordagem estrutural.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Abordagens na gestão de conflitos: Abordagem estrutural - consiste em atuar
sobre as condições organizacionais que determinam o conflito (recursos, desenho
organizacional, distribuição do poder, espaço físico etc.) Abordagem de processo
- consiste na intervenção direta sobre o evento do conflito, por meio de:
confrontação; cooperação; desativação. Abordagem mista - é a intervenção que se
vale das duas abordagens anteriores: ações sobre a estrutura e sobre o processo de
conflito. A questão trouxe aspectos da abordagem de processo. Errada.

Q147 - Os conflitos organizacionais podem ser solucionados através das


abordagens estrutural, de processo e mista. Assinale a alternativa que
apresenta uma maneira de administrar o conflito segundo a abordagem de
processo.

a) Reduzir a diferenciação dos grupos.


b) Reunião de confrontação entre as partes.
c) Interferir nos recursos compartilhados.
d) Reduzir a interdependência dos grupos.
e) Reagrupamento dos indivíduos.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q148 - Em relação à abordagem quanto à administração de conflitos, marque


o item que apresenta as três abordagens à disposição do gerente.

a) Espera, tensão e resolução.


b) Estrutural, mista e de processo.
c) Impasse, vitória-derrota e conciliação.
d) Ganhar/perder, perder/perder e ganhar/ganhar.
e) Diferenciação de grupos, recursos compartilhados e interdependência de
atividades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q149 - A natureza de um conflito pode originar-se de três fontes:


comportamental, estrutural e externa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado com a casca de banana, aqui está se falando de fonte de origem do conflito e
não meios de resolução (abordagens). Certa.

Q150 - Em alguns tipos de conflitos, as pessoas necessitam de coerência e


senso lógico para atingir uma sensação de bem-estar e harmonia umas com
as outras. Quando um conflito se manifesta sem dissimulação entre as
partes envolvidas, denomina-se conflito

a) latente.
b) percebido.
c) manifestado.
d) experienciado.
e) velado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Níveis de gravidade dos conflitos:
PERCEBIDO=LATENTE=NÃO ESTOUROU
EXPERIENCIADO=VELADO=NÃO MANIFESTADO/DISSIMULADO-FINGIDO/GUARDADO
MANIFESTO=ABERTO=EXPRESSO/MANIFESTADO/SEM DISSIMULAÇÃO
Gabarito: Letra C.

Q151 - Todo processo de mudança organizacional compreende sempre três


etapas: descongelamento, mudança e recongelamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta a questão.
1. Descongelamento: significa a fase inicial da mudança, na qual as velhas idéias e
práticas são desfeitas, abandonadas, e desaprendidas. Representa a abdicação do
padrão atual de comportamento em favor de um novo padrão. Se não houver o
descongelamento, a tendência será o retorno ao padrão habitual de comportamento;
2. Mudança: é a etapa em que as novas idéias e práticas são experimentadas,
exercitadas e aprendidas. Ocorre quando há descoberta e adoção de novas atitudes,
valores e comportamentos. A mudança envolve dois aspectos: a identificação, ou seja
o processo pelo qual as pessoas percebem a eficácia da nova atitude ou
comportamento e a aceita; e a internalização, ou seja, processo pelo qual as pessoas
passam a desempenhar novas atitudes e comportamentos como parte de seu padrão
normal de comportamento;

3. Recongelamento: é a etapa final em que as novas idéias e práticas são


incorporadas definitivamente ao comportamento. significa a incorporação de um novo
padrão de comportamento de modo que ele se torne a nova norma. O
recongelamento requer dois aspectos: o apoio, ou seja, o suporte através de
recompensas que mantêm a mudança; e o reforço positivo, ou seja, a prática
proveitosa que torna a mudança bem sucedida.

Q152 - Mudanças organizacionais frequentemente geram insegurança nas


pessoas. Se as organizações comunicam constantemente seus objetivos e
agem de modo transparente e coerente, os conflitos e medos tendem a ser
minimizados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As mudanças geram inseguranças quando as organizações não gerenciam a mudança
de modo claro e diretivo em termos de comunicação com as pessoas. Doutrina
majoritária. Certa.
Q153 - Os profissionais de gestão de pessoas devem ser capazes de
gerenciar processos de mudanças e atuar em conjunto com as demais áreas
da organização, atitudes que favorecem constantes inovações e soluções de
problemas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No item, é descrito corretamente o papel da gestão de pessoas como agente de
mudança nas organizações, função que é desempenhada com o intuito de
desenvolver capacidades de inovar e solucionar problemas. Correta.

Q154 - Na teoria da administração, existe uma abordagem com base nas


ciências comportamentais que visa conjugar esforços para que a organização
aprimore a sua capacidade de resolver problemas e de confrontar-se com o
ambiente externo, melhorando o seu desempenho, por meio de técnicas e
modelos de mudanças organizacionais planejadas. Nessa abordagem, a
etapa do processo de mudança organizacional caracterizada pelo fato de que
as pessoas experimentam a necessidade de aprender novos comportamentos
e esquecer os velhos é denominada:

a) análise transacional.
b) socialização.
c) diagnóstico organizacional.
d) descongelamento.
e) retroação

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.
Q155 - A avaliação de desempenho é essencial para se saber como os
trabalhos estão sendo realizados e verificar se são necessárias correções.
Uma das principais razões que explicam a preocupação com a avaliação do
desempenho é justificar uma demissão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
(...)
A avaliação deve, portanto, subsidiar as decisões de aumento de salários, promoções,
transferências e, eventualmente, demissões de empregados. Outro benefício é
fornecer aos funcionários uma noção de como seu trabalho está sendo ―visto‖ pela
gerência, de modo a que eles possam corrigir seus erros e receber um
aconselhamento. Correta.

Q156 – A avaliação do desempenho pode proporcionar o julgamento


sistemático para justificar aumentos salariais, promoções, transferências e
nunca demissões de funcionários.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vimos na questão anterior que pode justificar a demissão de um funcionário, inclusive
é possível na administração pública o servidor perder seu cargos mediante avaliação
de desempenho. Errada.

Q157 - Avaliação de desempenho é um instrumento gerencial que permite


mensurar os resultados obtidos por um indivíduo ou por um grupo. Assinale
a alternativa correta sobre Avaliação de Desempenho.

a) São métodos de avaliação de desempenho: ensaio-erro, método 360 graus,


escolha forçada e avaliação total.
b) São métodos de avaliação de desempenho: escalas gráficas, incidentes críticos,
método comparativo e avaliação 360 graus.
c) O efeito Halo e o efeito tendência central são atitudes inconscientes do avaliador
que podem comprometer o resultado final da avaliação.
d) No método de 360 graus o avaliador concentra-se em determinar os pontos fortes
e fracos de quem está sendo avaliado apontando comportamentos extremos sem
analisar traços de personalidade.
e) No método de escolha forçada, o avaliado é analisado por praticamente todos os
elementos que tenham contato com ele: subordinados, superiores, pares, clientes
internos e externos e fornecedores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão muito boa para conhecermos um pouco sobre o processo de avaliação de
desempenho.

A – Errada - São métodos de avaliação de desempenho: Método das Escalas Gráficas,


Listas de Verificação, Método da Escolha Forçada, Método dos Incidentes Críticos,
Método Comparativo, Método da Pesquisa de Campo.
B – Certa.
C – Errada - Algumas atitudes conscientes são bastante comuns. Uma delas é o
efeito generalização ou ―efeito de halo‖. Isto ocorre quando existe uma tendência do
avaliador em se concentrar em apenas um aspecto do avaliado, sem considerar suas
outras características com imparcialidade. Outro problema muito comum é chamado
de efeito tendência central. Isto ocorre quando não queremos criar uma diferenciação
muito grande entre as avaliações dos funcionários. Para não ―confrontar‖ ninguém,
fazemos avaliações parecidas, sem dar notas muito altas para os melhores nem dar
notas muito baixas para os empregados que se saem pior.
D – Errada - Neste tipo de avaliação, o funcionário recebe uma avaliação de todas
as áreas e pessoas com quem tem contato no contexto da organização. Desta
forma, os chefes, os colegas de trabalho, os clientes internos e externos,
fornecedores e subordinados avaliam, cada um de sua forma, o trabalho do
funcionário.
E - Este método tenta reduzir a subjetividade, a generalização e a superficialidade
mostradas no método das escalas gráficas. Desta forma,são escritas frases
descritivas do comportamento possível de um funcionário dentro do contexto do
trabalho (exemplo: é pontual, tem espírito de equipe, não recebe bem críticas, etc.)
para que o avaliador consiga ―visualizar‖ melhor os aspectos que deve observar em
cada indivíduo.
Gabarito: Letra B.

Q158 - A avaliação de desempenho é um método utilizado pelas


organizações para analisar o comportamento do colaborador no respectivo
trabalho, bem como o resultado decorrente das funções desempenhadas por
ele. Normalmente é utilizado em caráter anual. O método que utiliza a
assessoria de especialista (staff) para embasar essa análise e avaliação a
respeito da subordinação, cabendo à chefia a responsabilidade da avaliação,
chama-se avaliação de desempenho

a) da escala gráfica.
b) de pesquisa de campo.
c) por resultado.
d) por objetivo.
e) da autoavaliação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão difícil, mas vamos nivelar por cima, pois essa foi cobrada pela IADES.

PESQUISA DE CAMPO
Baseia-se no princípio da responsabilidade de linha e da função de staff no processo
de avaliação do desempenho. Requer entrevistas entre um especialista em avaliação
(staff) com os gerentes (linha) para, em conjunto, avaliarem o desempenho dos
respectivos funcionários.
O método se desenvolve em quatro etapas: entrevista de avaliação inicial; entrevista
de análise complementar; planejamento das providências e acompanhamento
posterior dos resultados. Gabarito: Letra B.

Q159 - Um servidor público, ao ser nomeado, será avaliado periodicamente.


Segundo Chiavenato (2014), na avaliação de desempenho é necessário
atender a alguns requisitos básicos. Assinale a alternativa que contém esses
requisitos.

a) Alcance de metas e objetivos.


b) Relacionamento pessoal.
c) Hábitos pessoais.
d) Relação familiar e sua influência na organização.
e) Relacionamento com colegas de trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
AVALIAÇÃO POR OBJETIVOS: Baseia-se numa avaliação do alcance de objetivos
específicos, mensuráveis, alinhados aos objetivos organizacionais e negociados
previamente entre cada colaborador e seu superior. É importante ressaltar que
durante a avaliação não devem ser levados em consideração aspectos que não
estavam previstos nos objetivos, ou não tivessem sido comunicados ao colaborador. E
ainda, deve-se permitir ao colaborador sua auto-avaliação para discussão com seu
gestor. Letra A.

Q160 - Os testes de simulação de desempenho vêm se tornando cada vez


mais populares, por demandarem pouquíssima elaboração para serem
aplicados e por focarem diversos requisitos além daqueles relacionados ao
trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O teste de simulação de desempenho é uma técnica de seleção de pessoas, e
aplicada no momento anterior à contratação. Simulam situações críticas e o uso de
competências essenciais à função. O erro está em informar que tais testes demandam
pouquíssima elaboração. Na verdade, são bastante complexos e caros. Outro erro é
afirmar que os testes focam em requisitos diversos ao trabalho, o que não é fato.
Errada.

Q161 - A todo momento, avalia-se o desempenho de coisas e de pessoas de


acordo com esquemas de valores e expectativas. Ou seja, a avaliação do
desempenho é fato corriqueiro na vida, assim como nas organizações. Nas
organizações, a avaliação do desempenho pode ter os seguintes objetivos,
EXCETO

a) proporcionar aumento salarial aos empregados.


b) indicar necessidades de treinamento na organização.
c) avaliar as metas programadas e os resultados alcançados.
d) avaliar e delimitar a responsabilidade social da organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A avaliação da responsabilidade social de uma organização envolve seu
relacionamento com o mundo externo. As questões éticas devem ser enfrentadas em
todos os níveis da atividade empresarial, pois a ética empresarial está relacionada
com as regras básicas do comportamento individual, das empresas e da sociedade.
Letra D.

Q162 - O método utilizado para avaliar desempenho, em que o avaliador


procura situar o desempenho do avaliado por uma tabela em que constam os
fatores de avaliação e os graus de medição do desempenho, é o método:

a) da escolha forçada
b) das escalas gráficas
c) da pesquisa de campo
d) dos incidentes críticos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) Escolha forçada (errada) - Nesse método tenta reduzir a subjetividade, a
generalização e a superficialidade. São escritas frases descritivas do comportamento
possível de um funcionário dentro do contexto do trabalho (Rodrigo Rennó, pág 372).
b) das escalas gráficas (Certo) - Através de um quadro de linhas e colunas, busca-se
descrever os aspectos que se deseja avaliar (por exemplo, assiduidade, pontualidade,
capacidade de atingir os objetivos, facilidade de comunicação, etc. nas linhas e notas
que podem ser de 1 a 5 nas colunas) (Idem, pág 371).
c) pesquisa de campo (errada) - tido como o método mais completo, a equipe de RH
entrevista o gerente no seu ambiente de trabalho (daí o nome pesquisa de campo) e
em conjunto com ele avalia o desempenho dos funcionários (Idem, pág 373).
d) dos incidentes críticos (errada) - Para cada cargo são descritas algumas
características críticas (positivas e negativas). O avaliador utilizaria essa lista para
avaliar o funcionário de acordo com esses aspectos (Idem, pág 372).

ATENÇÃO: O tópico gestão e avaliação de desempenho é pouquíssimo abordado em


concursos de área policial, não há também muito o que ver de novo em termos de
questão, pois as mesmas exigem uma análise muito subjetiva (ex: é bom por isso,
leva a isso, precisa disso, é fundamental isso... etc...) ou seja, torna-se desgastante
trazer questões assim para o material. O que pode vir de diferente são as questões
dos métodos de desempenho, então vamos trabalhar mais em cima disso.

Q163 - São métodos tradicionais de avaliação do desempenho, exceto:

a) método das escalas gráficas.


b) método da escolha forçada.
c) método da pesquisa de campo.
d) método da entrevista amostral.
e) método dos incidentes críticos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Métodos TRADICIONAIS de Avaliação de Desempenho:
- Escalas Gráficas;
- Escolha Forçada;
- Pesquisa de Campo;
- Método de Incidentes Críticos;
- Listas de Verificação;
Métodos MODERNOS de Avaliação de Desempenho:
- Avaliação Participativa por Objetivos (APPO);
- Avaliação 360º

Gabarito: Letra D

Q164 - São exemplos de métodos tradicionais de avaliação do desempenho,


exceto o Método:

a) das escalas gráficas;


b) de correspondência de elos;
c) da escolha forçada;
d) de pesquisa de campo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.
Q165 - Dentro da Avaliação de desempenho, existem métodos tradicionais,
EXCETO:

a) escalas gráficas;
b) escolha forçada;
c) pesquisa de campo;
d) entrevista amostral;
e) incidentes críticos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q166 - Com relação aos métodos tradicionais de avaliação de desempenho


funcional, assinale a opção correta.

a) Para avaliar o desempenho funcional, visando garantir a facilidade de


planejamento e de construção do instrumento de avaliação, recomenda-se a
utilização do método de escolha forçada.
b) A utilização do método de escala gráfica evita a influência pessoal do avaliador, ou
seja, a subjetividade.
c) A utilização do método de escala gráfica apresenta a desvantagem de produzir o
efeito de generalização.
d) A utilização do método de pesquisa de campo garante a participação dos avaliados
tanto na avaliação como nas providências.
e) O método de avaliação de desempenho por incidentes críticos é de difícil
montagem e utilização.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) ERRADA. O método de escolha forçada é de difícil elaboração, uma vez que
váaaaarias frases precisam ser elaboradas para descrever o possível desempenho dos
colaboradores.
b) ERRADA. Um dos alertas ao se utilizar a escala gráfica é justamente o de evitar
pré-julgamentos e subjetividades.
c) CERTA. Conforme o que diz Chiavenato.
d) ERRADA. Nesse método os avaliados não participam. Um profissional de RH
entrevista a chefia.
e) ERRADA. Esse método é o que se vê no "Ídolos". Você diz o que tem de melhor e
de pior na pessoa e passa para a próxima.

Q167 - Na ausência de métodos apurados para a avaliação de desempenho, a


avaliação por comparação entre os pares é uma solução eficiente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Método da Comparação de pares: também conhecida como comparação binária,
faz uma comparação entre o desempenho de dois colaboradores ou entre o
desempenho de um colaborador e sua equipe, podendo fazer o uso de fatores para
isso. É um processo muito simples e pouco eficiente, mas que se torna muito difícil de
ser realizado quanto maior for o número de pessoas avaliadas. Correta.

Q168 - Pesquisa de campo é um dos métodos tradicionais mais completos de


avaliação de desempenho e se desenvolve em quatro etapas: entrevista
inicial, entrevista de análise complementar, planejamento e
acompanhamento de resultado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q169 - Os sistemas de avaliação de desempenho devem enfatizar os


métodos que avaliam traços, que são mais precisos do que os métodos que
avaliam comportamentos e mais úteis no feedback aos funcionários
avaliados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Avaliação de Desempenho é um conjunto de atividades relacionadas à identificação,
mensuração e gestão de desempenho das pessoas na organização. Seu objetivo
principal é desenvolver profissionais. Possui foco no comportamento. Errada.

Q170 - Há uma variedade de métodos para AVALIAR O DESEMPENHO


HUMANO. Um dos métodos tradicionais de avaliação de desempenho baseia-
se em uma tabela de dupla entrada onde nas linhas estão os fatores de
avaliação e nas colunas estão os graus de avaliação de desempenho. Marque
a alternativa que traduz este método.

a) Avaliação 360º.
b) Escalas gráficas.
c) Escolha forçada.
d) Incidentes críticos.
e) Listas de verificação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a)Avaliação 360º. ( FEEDBACK DE TODOS OS ENVOLVIDOS)
b)Escalas gráficas. (=TABELA DE DESEMPENHO)
c)Escolha forçada. (=BLOCOS FRASES OBJETIVAS)
d)Incidentes críticos. (=COMPORTAMENTO EXTREMOS)
e)Listas de verificação.( AUDITOR - PERGUNTAS E COMENTARIOS)

Gabarito: Letra B

Q171 - Qual dos métodos a seguir citados aplica-se à avaliação de


desempenho?

a) Método de pesquisa de campo.


b) Método experimental.
c) Psicotécnico.
d) Anamnese.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q172 - Sobral e Peci (2008:345) discorrem sobre os principais métodos de


avaliação de desempenho e, por fim, apontam os problemas comuns na
avaliação desempenho, dentre os quais se destacam:
a) Incidente crítico, Dramatização e Modelagem de comportamento.
b) Discussão de grupo, Dramatização e euforia.
c) Discussão de grupo, Dramatização e Dissimulações
d) Efeito Halo, Preconceitos e Efeito da tendência central.
e) Efeito Halo, Dissimulação e Pressões inflacionistas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja a questão Q157, não deve vir exigindo muito e se vier, então isso basta. Letra
D.

Q173 - Dentre os principais métodos tradicionais de avaliação do


desempenho, o mais utilizado e divulgado, que avalia o desempenho das
pessoas através de fatores de avaliação previamente definidos e graduados é
o método:

a) das escalas gráficas;


b) da escolha forçada;
c) da pesquisa de campo;
d) dos incidentes críticos;
e) misto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q174 - Em relação à avaliação do desempenho no trabalho, especificamente


acerca da avaliação participativa por objetivos, assinale a alternativa
correta.

a) Tem como características, por exemplo, formulação de objetivos consensuais;


comprometimento pessoal com os objetivos; e, retroação intensiva e contínua
avaliação conjunta.
b) É um dos métodos tradicionais de avaliação de desempenho que se fundamenta
em escalas e fatores de produtividade.
c) Fundamenta-se nos métodos de pesquisa de campo e de escala gráfica.
d) Fundamenta-se no método de incidentes críticos para a avaliação de objetivos.
e) É um método de avaliação que se fundamenta na comparação de fatores e na
comparação por pares.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.
Seis fases do APPO:
Formulação de objetivos consensuais;
Comprometimento pessoal quanto ao alcance dos objetivos conjuntamente
formulados;
Negociação com o gerente sobre alocação de recursos e meios para se alcançar os
objetivos,
Desempenho;
Monitoramento dos resultados e comparação com objetivos formulados;
Retroação intensiva e avaliação conjunta e contínua.
Q175 - O gerente de RH que pretende evitar o efeito halo deve utilizar
métodos de avaliação de desempenho como a comparação binária e a escala
gráfica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fala sério! Esses métodos possuem alta carga de subjetividade. Um método de
avaliação que poderia ser usado para minimizar o efeito halo é o de ESCOLHA
FORÇADA, que consiste em utilizar frases descritivas de determinadas alternativas
de tipos de desempenho individual. Em cada bloco, ou conjunto composto de duas,
quatro ou mais frases, o avaliador deve escolher, obrigatoriamente, apenas uma ou
duas alternativas, que mais se aplicam ao desempenho do empregado avaliado.
Errada.

Q176 - A falta de interesse pelo trabalho, a variedade reduzida das


atividades e a baixa complexidade das tarefas podem ser minimizadas por
meio de ações de capacitação e desenvolvimento de pessoas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A capacitação de pessoas, treinamento, desenvolvimento não alteram e nem
minimizam problemas relacionados indiretamente com a MOTIVAÇÃO. Já que a falta
de interesse para o trabalho e a baixa complexidade das tarefas são variáveis
indiretamente interligadas que produzem a insatisfação e consequente falta de
motivação. Errada.

Q177 - Treinamentos são eventos formais de aprendizagem aplicados para


tornar os indivíduos e os grupos mais motivados para o trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Assim como a questão anterior, essa está errada pela mesma razão. Errada.

Q178 - O setor de aquisição de material de determinada organização está


crescendo rapidamente em termos de volume de trabalho, todavia sem o
proporcional incremento de pessoal; pelo contrário, ocorreu uma diminuição
do número de seus empregados, acompanhada de sensível modernização no
equipamento utilizado. O contexto vigente também é caracterizado por
diversas reclamações quanto a erros frequentes e pouca cooperação do
pessoal que trabalha no setor.

Na situação hipotética acima,

a) a baixa produtividade é um indicador a priori da necessidade de capacitação.


b) a redução do número de servidores é um indicador a posteriori da necessidade de
capacitação.
c) os erros frequentes são um indicador a priori da necessidade de capacitação.
d) a não modernização do equipamento e o aumento do número de servidores seriam
indicadores a priori da necessidade de capacitação.
e) a pouca cooperação dos servidores é um indicador a posteriori da necessidade de
capacitação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Indicadores a priori: são eventos que, se acontecerem, provocarão futuras
necessidades de treinamento, facilmente previstas, como:
1) expansão da empresa e admissão de novos funcionários
2) redução do número de empregados;
3) mudança de métodos e processos de trabalho, etc.

Indicadores a posteriori: são problemas provocados por necessidades de


treinamento ainda não atendidas, como:
1) baixa qualidade de produção;
2) baixa produtividade;
3) avarias frequentes em equipamentos e instalações
4) mal atendimento ao cliente, etc.

Q179 - Treinamentos são eventos formais de aprendizagem aplicados para


tornar os indivíduos e os grupos mais motivados para o trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada...

Q180 - Treinamento, desenvolvimento pessoal e desenvolvimento


organizacional são os níveis de ação em que ocorre o desenvolvimento de
recursos humanos em uma instituição.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O treinamento faz parte do desenvolvimento das pessoas. Em outras palavras, o
treinamento é um aspecto específico do desenvolvimento pessoal. E este, por sua
vez, é um aspecto específico do desenvolvimento organizacional. Certa.

Q181 - Quanto aos processos de treinamento e desenvolvimento de pessoal,


assinale a alternativa que indica o método de treinamento cujas principais
características são a flexibilidade e a facilidade de adaptação a diferentes
situações e indivíduos.

a) Formal.
b) Informal.
c) Individual.
d) Coletivo.
e) Personalizado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Métodos de treinamento.

• Treinamento formal: planejado com antecedência e com formato estruturado;


• Treinamento informal: não estruturado, não planejado e facilmente adaptável às
situações e aos indivíduos, para ensinar habilidades e manter os funcionários
atualizados.
Esse treinamento nada mais é do que fazer os funcionários ajudarem uns aos outros,
compartilhando informações e solucionando problemas de trabalho em conjunto;
• Treinamento no trabalho: esse tipo de treinamento inclui o rodízio de tarefas, os
programas de aprendizagem, a preparação de substitutos eventuais e os programas
formais com mentores;
• Treinamento fora do trabalho: o fato do treinamento no trabalho gerar uma
ruptura no ambiente de trabalho, é o fator que faz com as empresas invistam neste
tipo de treinamento. Esse tipo de treinamento pode ser feito através de palestras,
seminários, sessões de vídeos, programas de auto-aprendizado, cursos pela Internet,
via satélite e até mesmo atividades de grupos que utilizam dramatizações e estudos
de casos.

Q182 - A NR4 é a norma regulamentadora do Serviço de Segurança e


Medicina do Trabalho (SESMT), que objetiva promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho. Essa norma é mantida,
obrigatoriamente,

a) nas empresas privadas com serviços terceirizados e histórico de acidentes.


b) nas empresas públicas classificadas como risco alto.
c) somente nos órgãos públicos da administração indireta.
d) nos Poderes Legislativo e Judiciário, quando os servidores públicos correm riscos
de insalubridade.
e) nas empresas públicas, privadas, nos órgãos da administração direta ou indireta,
bem como em organizações com pessoal regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para fixar, trata-se, essa norma, da relação de qualidade de vida dos empregados
públicos ou privados. Letra E.

Q183 - O Programa de Qualidade no Serviço Público, criado em 1999, estava


direcionado essencialmente à melhoria da qualidade de vida do servidor
público para o aumento de sua produtividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vejam esse trecho do GESPÚBLICA:
"Em 1999, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, foi criado o Programa
da Qualidade no Serviço Público - PQSP, agregando toda a experiência dos programas
anteriores e o foco no atendimento ao cidadão, com pesquisa de satisfação dos
usuários dos serviços públicos, o lançamento de Padrões de Atendimento ao Cidadão
e a implementação de unidades de atendimento integrado, os SACs – Serviços de
Atendimento ao Cidadão.

Instituições privadas: Foco no cliente.


Instituições públicas: Foco no cidadão.
Questão errada.

Q184 - Até bem pouco tempo, o foco da GP estava na produtividade e na


qualidade do trabalho. Atualmente, pode-se afirmar que o foco foi ampliado
para agregar também a qualidade de vida dos empregados, pois, quando
estes estão felizes, produzem mais e melhor.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa!

Q185 - Os programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) são de fácil


implantação, têm baixo custo e possui como alvo os empregados. Estes
aderem aos programas sem hesitação por serem programas que possibilitam
maior envolvimento nas decisões nos setores de suas respectivas áreas de
atuação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os programas de QVT são de difícil implantação, alto custo. As pessoas são
resistentes à mudanças, portanto não se pode falar que os empregados aderem aos
programas sem hesitação. Há, sim, MUITA resistência. Errada.

(OBS: Mas que questão mal feita, gramaticalmente falando, olha a falta de
concordância verbal entre o sujeito e o verbo ―possui‖).

Q186 - Transformar o ambiente de trabalho em um lugar agradável tornou-


se meta questionável para as empresas, pois um ambiente de trabalho mais
agradável não altera os níveis de acidentes e absenteísmo, além de não
gerar aumento na produtividade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento interpessoal e a
produtividade, assim como reduzir acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do
pessoal. Fazer do ambiente um local agradável para se trabalhar tornou-se uma
verdadeira obsessão para as empresas bem-sucedidas. Errada.

Q187 - A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) se refere à preocupação com


o bem-estar geral e com a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas
tarefas. Entre os modelos de QVT, um deles é o de Westley (1979) que é
apresentado através de quatro indicadores fundamentais: o econômico, o
político, o sociológico e o psicológico. O indicador sociológico é representado
por

a) segurança no emprego, feedback, liberdade de expressão, relacionamento com a


chefia e atuação sindical.
b) participação nas decisões, status, autonomia, relacionamento interpessoal e grau
de responsabilidade.
c) equidade salarial, equidade no tratamento recebido, remuneração e infraestrutura
do local de trabalho.
d) autorrealização, nível de desafio, desenvolvimento pessoal e profissional,
criatividade e identificação com a tarefa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Econômico: Equidade salarial, Remuneração adequada, Benefícios,Local de trabalho,
Carga horária, Ambiente externo.
Político: Segurança no emprego, Atuação sindical, Retroinfomação, Liberdade de
expressão, Valorização do cargo, Relacionamento com a chefia.
Psicológico: Realização potencial, Nível de desafio, Desenvolvimento pessoal,
Desenvolvimento profissional, Criatividade, Auto-avaliação, Variedade de tarefa,
Identidade com a tarefa.
Sociológico: Participação nas decisões, Autonomia, Relacionamento interpessoal,
Grau de responsabilidade, Valor pessoal.
Gabarito: Letra B.

Q188 - Uma organização que busque instituir um programa de qualidade de


vida no trabalho deverá promover, entre outras adequações, modificações
ergonômicas no mobiliário, na iluminação e na temperatura do ambiente.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com Chiavenato, o trabalho das pessoas é influenciado por três grupos de
condições:
Condições no ambiente: Ruído, temperatura, iluminação.
Condições no tempo: Duração da jornada, hora extra
Condições sociais: Organização informal, relacionamentos.
Certa.

Q189 - Observar como os funcionários vivenciam sensações de bem ou de


mal-estar em relação ao reconhecimento e ao crescimento profissional, ao
elo trabalho e vida social bem como à condição e à organização do trabalho
são aspectos que devem ser considerados na elaboração de um programa de
qualidade de vida no trabalho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q190 - Acerca da qualidade de vida no trabalho (QVT), assinale a alternativa


correta.

a) Para a eficácia dos processos que visam ao alcance da QVT, faz-se necessária a
total extinção da figura do gestor das instituições ou de qualquer outro profissional
que exerça controle e hierarquia sobre os colaboradores.
b) Processos de qualidade de vida no trabalho devem desconsiderar a vida do
trabalhador externa à instituição, uma vez que o objetivo é melhorar aquilo que
ocorre no trabalho, e não fora dele.
c) Nas equipes em que ocorre a QVT, acertos e fracassos são desconsiderados,
deixando a equipe neutra e isenta de qualquer culpa ou preocupação.
d) A participação da equipe gestora em processos de QVT é dispensável, na medida
em que somente os trabalhadores devem ser atendidos por esse processo.
e) Uma organização que busca o alcance da QVT deve lançar mão dos processos de
levantamento e avaliação dos interesses, demandas e necessidades da equipe.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão capciosa da IADES, o gabarito é a letra E. ―Lançar mão‖ é alcançar, fazer
proveito, usar certo recurso... etc... é o inverso de ―abrir mão‖. Gabarito: E.

Q191 - Um dos modelos teóricos adotados para investigação sobre


treinamento, considera um processo do conjunto de subsistemas da área de
recursos humanos que ocorre em quatro etapas distintas e
interdependentes. Em relação a essas etapas, assinale a alternativa correta.

a) O processo se inicia com o levantamento de necessidades, seguido pela


execução, depois pelo planejamento, e por fim, pela avaliação.
b) Com o levantamento das necessidades de treinamento, tem-se todos os
insumos necessários para a execução do treinamento.
c) A etapa de planejamento ocorre com base nas informações obtidas
durante a execução do treinamento.
d) Por meio da etapa de avaliação são obtidas informações que permitem o
aperfeiçoamento constante do processo de treinamento.
e) O processo de treinamento ocorre por meio do ciclo PDCA, onde a primeira
etapa (P) diz respeito ao planejamento, a segunda etapa (D), diz respeito ao
diagnóstico das necessidades, a terceira etapa (C) refere-se ao controle das
ações de treinamento, e a última etapa (A) refere-se à avaliação das ações
realizadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse assunto é pouquíssimo cobrado em concursos de área policial, mas
encontrei essa questão que traz exatamente os aspectos cobrados no edital
sobre capacitação, e foi aplicada pela IADES para um cargo bem específico
(Analista Administrativo-Administração-UFBA), então tente entender os
aspectos contidos na própria questão (refazendo, inclusive), pois se vir
cobrando o assunto, dá pra resolver com certa tranquilidade, além do mais, é
de certa forma, intuitivo, pois ao estudar Administração Geral, muitas
questões trarão os conceitos elencados aqui.

a) Errada - pois o levantamento das necessidades faz parte do planejamento,


trata-se do diagnóstico, bem como a programação do treinamento, as estratégias
levadas em consideração para alcançar os objetivos, trata-se do prognóstico.
b) Errada - pois os insumos necessários à execução são a junção do diagnóstico e do
prognóstico. Depois de feitas essas etapas, o treinamento será implementado,
executado.
c) Errada - o certo seria: A EXECUÇÃO DO TREINAMENTO OCORRE COM BASE NAS
INFORMAÇÕES OBTIDAS DURANTE A ETAPA DE PLANEJAMENTO.
d) Correta - após a avaliação vamos conseguir enxergar os resultados do
treinamento.
e) Errada - P = Plan (planejamento): Nesta etapa, o gestor deve estabelecer
metas e/ou identificar os elementos causadores do problema que impede o alcance
das metas esperadas. É preciso analisar os fatores que influenciam este problema,
bem como identificar as suas possíveis causas. Ao final, o gestor precisa definir um
plano de ação eficiente. D = Do (fazer, execução) : Aqui é preciso realizar todas as
atividades que foram previstas e planejadas dentro do plano de ação. C = Check
(checagem, verificação): Após planejar e por em prática, o gestor precisa
monitorar e avaliar constantemente os resultados obtidos com a execução das
atividades. Avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, com
objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações,
eventualmente confeccionando relatórios específicos. A = Act (ação): Nesta etapa é
preciso tomar as providências estipuladas nas avaliações e relatórios sobre os
processos. Se necessário, o gestor deve traçar novos planos de ação para melhoria da
qualidade do procedimento, visando sempre a correção máxima de falhas e o
aprimoramento dos processos da empresa. Gabarito: Letra D.

Q192 - O treinamento é visto como um meio de desenvolver competências


nas pessoas. Assinale a alternativa que indica a sequência correta das quatro
etapas do processo de treinamento.

a) Diagnóstico, implementação, desenho e avaliação.


b) Programa de treinamento, diagnóstico, implementação e avaliação.
c) Implementação, programa de treinamento, desenho e avaliação
d) Diagnóstico, desenho, implementação e avaliação.
e) Diagnóstico, programa de treinamento, desenho e avaliação.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O treinamento é um processo cíclico e contínuo e composto por quatro etapas:
1. Diagnóstico;
2. Desenho;
3. Implementação;
4. Avaliação.

Segundo Borges Andrade, a avaliação de treinamento e desenvolvimento pode ser


definida como um processo que inclui sempre algum tipo de coleta de dados, o qual é
utilizado para emitir algum juízo de valor e avaliar o alcance das metas definidas para
aquele treinamento. Gabarito: Letra D

Q193 - Assinale a alternativa que indica funções da administração de


recursos humanos.
a) Cargos e salários; treinamento e desenvolvimento; e, atividades financeiras.
b) Treinamento e desenvolvimento; compras; e recrutamento e seleção.
c) Recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento; e, cargos e salários.
d) Departamento de pessoal; transparência corporativa; e, qualidade.
e) Remuneração; treinamento e desenvolvimento; e, pesquisa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Podemos responder essa questão através dos conhecimentos referentes às políticas
ou aos subsistemas de recursos humanos:
Recrutamento e seleção fazem parte do processo de agregar pessoas. Treinamento e
desenvolvimento fazem parte do processo de desenvolver pessoas. Cargos, bem
como sua descrição fazem parte do processo de aplicar pessoas. Salários fazem parte
do processo de recompensar pessoas.

De acordo com Chiavenato, são 6 os subsistemas (resumo):


1) Processos de Agregar Pessoas.
2) Processos de Aplicar Pessoas.
3) Processos de Recompensar Pessoas.
4) Processos de Desenvolver Pessoas.
5) Processos de Manter Pessoas.
6) Processos de Monitorar Pessoas.

Gabarito:
Letra C.

Q194 - A gestão de pessoas por competências pode ser entendida como um


programa sistematizado e desenvolvido para definir perfis profissionais que
proporcionem maior produtividade e adequação aos serviços a serem
realizados, identificando os pontos fortes e os fracos dos profissionais,
suprindo suas lacunas e agregando conhecimento, de acordo com os critérios
e objetivos estabelecidos pela organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vale a pena ler e fixar, pois essa é a definição doutrinária e que geralmente é cobrada
em provas. Correta.

Q195 - Antônio foi convidado a apresentar um projeto para a sistematização


da gestão por competências em sua empresa. Para apresentar um projeto
adequado, Antônio estudou várias referências distintas e fez visitas a
empresas que se destacavam na área. Ao término do processo, Antônio
concluiu que a gestão por competências é um processo que possui um
conjunto de etapas, incluindo:

a) identificação das estratégias organizacionais e elaboração de planos de


capacitação;
b) redefinição das estratégias organizacionais e foco na lucratividade;
c) reposicionamento estratégico e elaboração de planos de capacitação;
d) foco na lucratividade e identificação das competências genéricas;
e) diagnóstico das lacunas de competências e reposicionamento estratégico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão anterior é suficiente para resolver essa, mas vamos mais a fundo. Segundo
Carbone a gestão de competência tem a seguintes etapas:

I - Formulação da Estratégia da Organização: Onde se define a missão, visão e


os objetivos estratégicos;
II - Mapeamento de competência: Visa identificar os gaps (lacunas) de
competência através da identificação das competências necessárias para que a
empresa atinja seus objetivos estratégicos e da análise das competências já existente
na organização;
III - Desenvolvimento e captação dessas competências: Podendo acontecer no
nível individual quanto no organizacional. Os indivíduos podem conquistar as
competências por meio da aprendizagem, enquanto no nível organizacional os
investimentos em pesquisa é que geram as competências.

IV - Avaliação: São as avaliações períodicas das competências, algumas


ferramentas utilizadas são Avaliação 360º(para as pessoas) ou o Balanced Scorecard
(para a empresa).
Gabarito: A

Q196 - Alguns modelos de gestão de competências, especialmente os


derivados dos trabalhos de McCLelland, são operacionalizados via
identificação de competências diferenciadoras associadas ao desempenho de
profissionais bem sucedidos. Essas competências tornam-se então o padrão
de referência para os demais funcionários da empresa e orientam os
processos de gestão de pessoas.

Esse tipo de modelo tem como vantagem:


a) tornar transparentes os elementos para especialização do trabalho;
b) favorecer a capacitação, ao identificar comportamentos desejáveis;
c) promover a diversidade organizacional;
d) promover uma cultura voltada para a inovação;
e) vincular a competência ao contexto em que é expressa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gestão por competências = identificar os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
(CHA) dos profissionais, para então se providenciar capacitações e assim preencher
as lacunas nessas três áreas. Letra B.

Esse assunto será amplamente abordado em Administração Geral, vamos adiante...


Q197 - A gestão de competência caracteriza-se como um novo modelo de
gestão de recursos humanos que pode contemplar todas as práticas
adotadas por uma empresa que visam gerenciar e direcionar o
comportamento humano no ambiente organizacional. Assinale a alternativa
que contempla as dimensões presentes na literatura que melhor definem o
que é uma competência.

a) Desempenho, Habilidades, Atitudes.


b) Desempenho, Resultados, Comportamento.
c) Conhecimentos, Habilidades, Atitudes.
d) Resultados, Conhecimentos, Comportamentos.
e) Competência, Conhecimento, Comportamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
CHA – letra C.

Q198 - A gestão de competências no setor público brasileiro desperta


crescente interesse dos estudiosos e dos responsáveis pelo gerenciamento
de pessoas nas organizações públicas. A adoção de um modelo de
competência na gestão de pessoas pressupõe requisitos, onde a organização
pública.

a) procura a melhor maneira para qualificar seus líderes e toda equipe de servidores
públicos, a partir de perfis correlatos.
b) delimita seus objetivos, metas, missão e visão de futuro, qualificando o seu
pessoal com foco nas tendências burocráticas organizacionais.
c) qualifica as equipes de servidores públicos para desenvolver suas funções
adequadamente.
d) identifica com precisão as lacunas funcionais retardadoras ou bloqueadoras dos
objetivos estratégicos, com foco nos resultados e no conhecimento, nas habilidades e
nas atitudes desejáveis às equipes de servidores públicos.
e) delimita seus objetivos, metas, missão e visão organizacional com foco na
avaliação de desempenho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q199 - As seguintes etapas compõem, nessa ordem, o modelo de gestão por


competências: mapeamento das competências individuais e grupais;
definição de objetivos e metas organizacionais; identificação de lacunas de
competências; e planejamento e implantação de práticas de administração
de recursos humanos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A ordem não é a citada na questão. As etapas são:

i) Definição de metas;
ii) Mapeamento dos processos e da estrutura;
iii) Mapeamento das competências;
iv) Avaliação dos colaboradores;
v) Identificação de gaps, que são as lacunas existentes entre o nível de competências
atual e o nível desejado.
Gabarito: Errada.

Q200 - As técnicas de implantação da gestão por competências no setor


privado não podem ser transportadas diretamente para o setor público, pois
necessitam adequar-se às particularidades da gestão pública.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Basta lembrarmos da ideia de LUCRO SOCIAL. Enquanto a iniciativa privada busca o
lucro financeiro, as instituições públicas buscam o lucro social, o que dificulta ou
impossibilita a transposição total e pura de técnicas de gestão de desempenho. Deve-
se atentar para as peculiaridades da gestão pública e direcionar, sempre, qualquer
ferramenta de gestão, ao interesse público. Os resultados do setor privado servem de
inspiração para o setor público, porém em termos da Gestão de Pessoas por
Competência (GPPC) não podem ser exportados diretamente ao setor público, pois
este segue uma lógica diferente do setor privado. Correta.

ADMG – ADMINISTRAÇÃO GERAL AA

Q1 - É conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo


estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível
de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. Normalmente é de
responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto a
formulação de objetivos quanto a seleção dos cursos de ação a serem
seguidos para a sua consecução, levando em conta as condições externas e
internas à empresa sua evolução esperada. Trata-se do:

a) Planejamento organizacional.
b) Planejamento de implantação e controle.
c) Planejamento tático.
d) Planejamento estratégico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q2 - ____________________________ tem por objetivo otimizar


determinada área de resultados e não a empresa como um todo. É
desenvolvido a níveis organizacionais inferiores, tendo como principal
finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução
de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada
bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa.

a) O Planejamento operacional.
b) O Planejamento de implantação e controle.
c) O Planejamento de recursos.
d) O Planejamento tático.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"...otimizar determinada área" = otimizar cada departamento = planejamento tático
- Se a questão falasse em otimizar toda a empresa = planejamento estratégico
- Otimizar cada atividade = planejamento operacional. Gabarito: Letra D.
Q3 - O planejamento de curto prazo com tarefas e atividades específicas
refere-se ao

a) planejamento estratégico.
b) planejamento setorial
c) mapa estratégico.
d) planejamento operacional.
e) planejamento global.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Planejamento operacional. Letra D.
Q4 - O planejamento é o oposto

a) da improvisação.
b) da previsão.
c) da racionalidade.
d) da redução de riscos.
e) do equilíbrio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q5 - O planejamento estratégico

a) contém detalhes sobre os recursos necessários para seu desenvolvimento


e implantação.
b) focaliza determinada área da organização ou centro de resultados.
c) tem flexibilidade menor que outros tipos de planejamento por envolver a
organização como um todo.
d) contém a identificação dos responsáveis por sua execução e implantação.
e) focaliza as atividades-meio da organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tem flexibilidade menor porque é mais difícil mudar o planejamento estratégico do
que mudar os planejamentos táticos e operacionais.
ERROS:
A) Não contém detalhes, tem apenas previsibilidade genérica.
B) Focaliza toda a organização
D) Não contém identificação
E) Focaliza as atividades fim da organização, seus objetivos.
Gabarito: Letra C.

Q6 – O Planejamento Estratégico é
a) ação desenvolvida continuadamente nos níveis hierárquicos inferiores, tendo como
principal finalidade a utilização eficiente de estratégias previamente fixadas pela
política institucional da organização.
b) o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa.
c) a realização contínua de alguma atividade em que o foco é trabalhar junto aos
funcionários, implementando os planos específicos definidos pela gerência.
d) o processo que tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a
empresa em sua totalidade.
e) uma ferramenta administrativa que visa à valorização imediata dos recursos
humanos da empresa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q7 - O planejamento operacional:

a) preocupa-se em atingir os objetivos departamentais.


b) abrange cada departamento ou unidade da organização.
c) é projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual.
d) tem seus efeitos e consequências estendidos a vários anos à frente.
e) envolve cada atividade isoladamente, visa ao alcance de metas específicas

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q8 - empresa Lojas Rick Ltda, é a terceira maior rede de lojas de


departamentos de vestuário no Brasil, com uma trajetória de pioneirismo e
qualidade. Sediada na região Nordeste do País, está presente também, com
forte atuação nas regiões Norte e Centro-Oeste. Possui uma cultura
corporativa sólida e uma gestão voltada para superar as expectativas dos
clientes com produtos de qualidade e preços acessíveis. Em sua última
reunião no mês de novembro de 2009, a Diretoria de marketing, seguindo as
diretrizes estabelecidas pela Companhia, elaborou o seu plano de ação para,
a partir do ano de 2010, penetrar também nos mercados da região Sudeste.
Estão previstas a forte utilização da mídia televisiva e escrita, assim como a
realização de vários eventos de moda patrocinados pela marca. No que tange
à abrangência do planejamento, a diretoria de marketing das Lojas Rick está
desenvolvendo que tipo de planejamento?

a) Planejamento tático.
b) Planejamento adaptativo.
c) Planejamento estratégico.
d) Planejamento operacional.
e) Planejamento plurianual de investimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Trata-se de uma Diretoria de Marketing, que é um departamento, sendo um
departamento elabora planos TÁTICOS. Percebe-se que segue uma diretriz maior
(plano estratégico) mas não define as ações específicas do dia-a-dia (papel do plano
Operacional). GABARITO letra a.

Q9 – FGV - O diretor de recursos humanos de uma empresa de varejo


recebeu as seguintes incumbências: estabelecer metas de desempenho para
os empregados da empresa; definir a estrutura de cargos e salários;
implementar as políticas organizacionais relativas à gestão participativa. Ao
realizar essas incumbências, o diretor estará exercendo, respectivamente, as
seguintes funções administrativas:
a) controle; planejamento; direção;
b) planejamento; organização; direção;
c) direção; organização; organização;
d) planejamento; planejamento; direção;
e) direção; planejamento; organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Planejamento: Definir objetivos, definir metas, definir meios para alcançá-los.
Organização: alocar pessoas, recursos e materiais, agrupar atividades, definir
autoridade
Direção: influenciar e motivar pessoas (gestão participativa)
Controle: medir o desempenho alcançado com o planejado, acompanhar o processo,
verificar falhas, corrigir erros. Gab: Letra B.

Q10 - Um orçamento traça um curso para uma empresa, delineando seus


planos, em termos financeiros, envolvendo (1) a comparação, periódica, dos
resultados reais com as metas, tomando medidas apropriadas; (2) a
execução de planos para atingir suas metas; e (3) o estabelecimento de
metas específicas para futuras operações. Tais ações correspondem,
respectivamente, às seguintes funções administrativas:

a) (1) direção, (2) controle, (3) planejamento.


b) (1) direção, (2) planejamento, (3) controle.
c) (1) controle, (2) direção, (3) planejamento.
d) (1) feedback, (2) controle, (3) planejamento.
e) (1) feedback, (2) planejamento, (3) controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Palavras-chave no processo administrativa (Funções de administração):
• Planejamento: diagnóstico organizacional, processo decisório, missão, visão,
objetivos, metas, valores, políticas, estratégia, negócio, definição de mecanismos de
controle e avaliação, implementação dos planos, análise SWOT, balanced scorecard.
• Organização: estrutura organizacional (alocação de recursos), especialização do
trabalho (divisão do trabalho), departamentalização (coordenação de esforços),
hierarquia, amplitude de controle, responsabilidades.
• Direção: relações interpessoais, liderança, motivação, comunicação, coordenação
de pessoas, trabalho em equipe, gestão de conflitos.
• Controle (e avaliação): definição dos padrões de desempenho, avaliação do
desempenho, comparação dos resultados com os padrões, ação corretiva (ciclo PDCA
– plan-do-check-act) + gestão da qualidade.
Gabarito: Letra C.

Q11 - ____________________ é o plano mais importante da organização e


define a alocação global de seus recursos.

a) Planejamento estratégico.
b) Planejamento tático.
c) Planejamento operacional.
d) Plano de contingências.
e) Plano de mídia.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q12 - Quanto à função de organização, analise as seguintes atividades:

• alocação dos recursos organizacionais;


• coordenação de atividades e tarefas;
• ordenação dos trabalhos internos.

Segundo Chiavenato, as atividades descritas integram o processo de

a) direção.
b) controle.
c) organização.
d) planejamento.
e) planejamento e controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A função de Organização é responsável por distribuir tarefas e recursos, autoridade,
responsabilidade, comunicação, integração e a coordenação.
• Nível global: desenho organizacional;
• Nível departamental: desenho departamental;
• Nível operacional: desenho de cargos ou tarefas.
Resposta: Letra C.

Q13 - As funções administrativas estão presentes em todas as organizações


e devem ser desenvolvidas de forma sequencial e contínua. Indique a
alternativa que representa a forma sequencial que o gestor deve observar
para a aplicação das funções administrativas.

a) Planejamento, Controle, Organização, Direção.


b) Planejamento, Organização, Controle, Direção.
c) Planejamento, Organização, Direção, Controle.
d) Planejamento, Direção, Organização, Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PODC – Letra C.

Q14 - Considerando que a escolha do município de Novo Horizonte como


local de treinamentos pré-jogos das olimpíadas de 2016 foi um dos objetivos
traçados pelo Prefeito, com definições de estratégias e ações que permitam
alcançá-los, qual função do processo administrativo foi realizada?

a) Organização
b) Direção
c) Controle
d) Planejamento

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Palavra chave (Q10): OBJETIVO. Letra D.
Q15 - Administração e o processo de tomada de decisoes acerca de objetivos
e recursos (materiais, humanos ou financeiros). Nesse sentido, a
administração reune o esforço de todas as equipes presentes em uma
organização, a fim de que todos estejam alinhados para o alcance dos
objetivos traçados. As funções da admi-nistração são, sequencialmente:

a) organização, planejamento, direção e controle


b) organização, planejamento, controle e direção.
c) planejamento, organização, direção e controle.
d) planejamento, direção, controle e organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PODC – Letra C.

Q16 - Em administração, o processo de registrar onde se pretende chegar, o


que deve ser feito, quando, como e em que sequência, e conhecido como
a) estratégia.
b) controle.
c) planejamento.
d) direção

RESPOSTA DA QUESTÃO:
planejamento é construir uma ponte de onde estamos até onde queremos chegar...só
no começo da questão vc já mata a resposta... Letra C.

Q17 - Dentre as quatro funções administrativas, a proprietária da empresa


Beta acredita dominar três delas. Em sua rotina, ela busca analisar a
organização de forma holística e determinar os rumos a serem seguidos.
Para alcançar esses objetivos, ela aloca os recursos disponíveis na empresa
buscando tanto a eficiência quanto a eficácia. Nesse processo, ela sente que
tem orientado seus funcionários para os objetivos da empresa e se sente
orgulhosa em conseguir com que todos trabalhem com um propósito comum.
A dificuldade que ela enfrenta é de determinar se os objetivos idealizados
estão sendo cumpridos dentro do prazo e dentro das expectativas traçadas
por ela. ASSINALE a função administrativa que a proprietária da empresa
Beta precisa aprimorar:

a) Planejamento.
b) Organização.
c) Direção.
d) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q18 - A função administrativa que possibilita a organização não agir com


base no improviso, nem depender da sorte ou do acaso e agir
antecipadamente denomina-se

a) Planejamento.
b) Organização.
c) Direção.
d) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q19 - Chiavenato (2010) discute funções administrativas e as apresenta ao


que denomina de etapas. São elas: Estabelecimento de objetivos ou padrões
de desempenho; Avaliação ou mensuração do desempenho atual;
Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões
estabelecidos e; Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou
anormalidades. Essas quatro etapas, segundo Chiavenato, referem-se à
função administrativa de:

a) Direção
b) Controle
c) Organização
d) Planejamento
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q20 - O pilar da Administração que trata de definir objetivos, identificar


formas de controle e definir processos determina-se:

a) Planejamento.
b) Organização.
c) Direção.
d) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q21 - A liderança baseia-se na capacidade de uma pessoa influenciar outras


para agir de forma a atingir metas pessoais e organizacionais, para que haja
um bom desempenho em determinada função administrativa. Essa função é
denominada de

a) acompanhamento.
b) organização.
c) planejamento.
d) direção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q22 - O administrador deve se certificar de que os atos dos membros da


organização levam-na, de fato, em direção aos objetivos estabelecidos. A
afirmativa é um conceito da função administrativa de

a) controle.
b) liderança.
c) organização.
d) planejamento.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q23 - Todo gestor deve realizar o processo administrativo, que é formado


por quatro funções administrativas. Entre elas, encontra-se a função

a) finanças.
b) produção.
c) planejamento.
d) marketing.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Processo administrativo = PODC. Letra C.

Q24 - Um gerente da área de finanças afirmou que é responsável pela


elaboração de orçamentos, pela composição da estrutura de financiamento e
pela aplicação dos recursos financeiros da empresa em que trabalha. Ao
realizar essas atribuições, o gerente exerce, respectivamente, as seguintes
funções administrativas:

a) controle; planejamento; direção;


b) organização; planejamento; controle;
c) direção; organização; direção;
d) planejamento; direção; organização;
e) planejamento; organização; organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Elaboração de orçamentos: Atividade relativa à função de planejamento. O
instrumento será utilizado durante todo o processo para o controle financeiro, no
entanto a sua concepção deve ser efetuada durante o planejamento. Pela composição
da estrutura de financiamento e pela aplicação dos recursos financeiros da empresa
em que trabalha: Alocação de recursos e tarefas é parte da função organização.
Gabarito: E.

Q25 - A função administrativa que se refere ao relacionamento do


administrador com seus colaboradores é:

a) a Direção.
b) a Organização.
c) o Controle.
d) o Planejamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q26 - A definição de missão da organização, é:

a) ampla declaração de onde a organização quer estar no futuro.


b) um roteiro que especifica a alocação de recursos, programações e outras ações
necessárias para alcançar as metas.
c) a razão da existência da organização.
d) o passo da ação pelo qual uma organização pretende atingir as metas estratégicas.
e) o ato de determinar as metas da organização e os meios de alcançá-las.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Missão representa a razão de existência de uma organização. Letra C.

Q27 - ―A ____________ pode ser considerada como os limites que os


principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um
período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla."

O termo que completa corretamente a lacuna é:


a) Competência.
b) Missão.
c) Tenacidade.
d) Visão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A visão é um destino desejado. Uma organização deve saber aonde quer chegar,
quais são seus objetivos maiores. Vamos ver um caso prático? Imagine uma empresa
de cosméticos brasileira, que tenha operações somente no Brasil. Uma visão de
futuro dessa empresa poderia ser algo assim: Ser reconhecida como a líder de
mercado no Brasil e expandir até 2020 as operações pelos mercados americano e
europeu. Gabarito: Letra D.

Q28 - A identificação que expressa com clareza por que ela existe e o que faz
e, além do porquê, expressa a essência da organização e deve ser orientada
para o futuro, refere-se à definição de:

a) missão.
b) visão.
c) cultura.
d) direção.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
MISSÃO: é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o
porquê da empresa. Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua
previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes.
VISÃO: é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções
que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion
define visão como "a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser
ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar isso".
CULTURA: A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e
crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas
compartilhados por todos os membros da organização. Ela refere-se ao sistema de
significados compartilhados.
DIREÇÃO: A direção está relacionada com a ação e como se colocar em mancha e
tem muito a ver com as pessoas.
A direção é a função administrativa que se refere ás relações interpessoais dos
administradores com seus subordinados. Ela trata basicamente de relações humanas.
Gabarito: Letra A.
Q29 - O conjunto de princípios e crenças fundamentais que sustentam o
modelo de gestão de uma empresa refere-se a:

a) valor
b) visão
c) missão
d) propósito

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os valores definidos para a organização informam como cada membro deve se
comportar no desempenho das atividades e nas demais situações do dia a dia. São
definidos pela alta administração e revelam suas preferências e ideologias pessoais.
Letra A.

Q30 - Analise as interrogações a seguir e escolha a opção que contenha a


sequência correta de respostas.

___________ procura responder: para onde queremos ir juntos?


___________ procura responder: como seremos diferentes ao criar valor?
____________procura responder a pergunta: por que existimos?
____________procura responder a pergunta: que crenças orientarão nosso
comportamento?

a) Missão / Visão / Valores / Estratégia


b) Visão / Valores / Estratégia / Missão
c) Estratégia / Visão / Missão / Valores
d) Visão / Estratégia / Missão / Valores
e) Missão / Estratégia / Visão / Valores

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q31 - Considerando os conceitos de missão e visão de uma empresa, tem-se


que a

a) declaração de missão articula a descrição ideal de uma organização e molda o


futuro pretendido.
b) missão é um retrato do que a empresa pretende ser e, em termos amplos, do que
pretende realizar.
c) missão e a visão formam a base que a empresa precisa para selecionar e implantar
uma ou mais estratégias.
d) visão da empresa é mais concreta do que sua missão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.

Q32 - Com relação a Missão de uma organização é INCORRETO afirmar que:

a) É um objetivo amplo da organização.


b) É baseado em premissas do planejamento estratégico.
c) Justifica a existência da organização.
d) Expressa os valores da organização.
e) Não pode ser alterada. É definitiva.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É importante considerar que, por mais que a missão não seja perpétua, que não
possa ser alterada, ela precisa ter um caráter mais perene, afinal de contas, ela dá
sentido de existência à organização. Isso ocorre, principalmente, com as organizações
públicas, em que o grau de institucionalização é muito elevado. Letra E.

Q33 - Considere que são aplicados no CREMERJ os valores divulgados por


meio da seguinte frase: ―Assegurar a valorização do médico, através do
registro e fiscalização do exercício profissional, promovendo a saúde
humana e a defesa da sociedade". Destaca-se um exemplo de:

a) visão
b) valor
c) missão
d) política
e) estratégia

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.

Q34 - O enunciado: ―Tornar-se, em 2020, referência nacional em educação e


em disseminação de conhecimento na área da medicina‖ é um exemplo de

a) missão.
b) visão.
c) princípio.
d) valor.
e) política.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Só pode ser VISÃO, pois a missão é ATEMPORAL.
CULTURA (Valores)Conjunto princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério,
para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no
exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam
executando a Missão da organização.
MISSÃO (Presente)
Consiste na declaração da razão de ser da instituição, explicitando o que faz e para
que faz.
VISÃO (Futuro)
Perfil daquilo que a empresa pretende se tornar quando intenções, esforços, recursos
e projetos se tornarem realidade, por construção conjunta.

Q35 - Uma grande empresa utiliza como prática estratégica amplamente


difundida a seguinte frase: ―Propiciar à sociedade serviços de
telecomunicações adequados ao seu desenvolvimento político e econômico e
ao bem-estar social‖. Essa prática se refere a:

a) meta
b) visão
c) missão
d) valores
e) propósito

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.

Q36 - Uma gerente geral de fábrica do setor automobilístico sabe bem da


importância de tratar corretamente seus funcionários e de criar um clima
construtivo objetivando uma plena comunicação. Ela afirma que não é
produtivo ter uma mão-de-obra diversificada e altamente competente, se
você não solicita, valoriza e escuta as opiniões e ideias dela. No texto acima,
a alternativa CORRETA que indica a opinião da gerente geral é:

a) diretrizes.
b) performance.
c) feedback.
d) carisma.
e) missão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Vamos mais a frente falar sobre o FEEDBACK, mas sinteticamente, o feedback, ao
contrário da crítica, é utilizado para melhorar o comportamento futuro, por meio da
disponibilização de informações sobre determinados comportamentos. Letra C.

Q37 - A formulação de objetivos da organização implica em rever e


compreender a _________ da organização. O termo que preenche
corretamente a lacuna é:

a) missão.
b) decisão.
c) implementação.
d) análise ambiental.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q38 - Considere a seguinte assertiva.

―estar entre os dez melhores portos do mundo em competência, eficiência e


competitividade até o ano de 2020‖.

Fonte: http://www.emap.ma.gov.br

A Empresa Maranhense de Administração Portuária ao formular a assertiva


descrita acima definiu sua

a) meta.
b) missão.
c) estratégia.
d) diretriz.
e) visão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q39 - No Planejamento Estratégico, é correto afirmar que a representação da


finalidade ou motivo pelo qual a organização foi criada e para o que ela deve
servir entende-se por

a) visão.
b) meta.
c) política.
d) missão.
e) objetivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É a razão de ser da organização: MISSÃO. Letra D.
Q40 - A análise SWOT é uma

a) ferramenta para a análise de cenário na gestão e planejamento estratégico de uma


organização.
b) metodologia para a análise de cenários pertinentes à gestão de conhecimento e
pessoas.
c) ferramenta para a medição de riscos na rotatividade de pessoas nas organizações.
d) parte integrante da ITIL e é utilizada para medir os riscos em serviços de TI.
e) metodologia para a análise da gestão financeira das organizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diagnóstico estratégico: é a fase onde se analiza o ambiente interno e externo da
empresa para que o gestor saiba qual a real situação, aplicando a melhor solução
possível.
Ferramenta mais utilizada: SWOT
(Strengths = forças; Weakness = fraquezas; Oportunitties = oportunidades; Threats
= ameaças) sendo os dois primeiros relacionados ao ambiente interno e os outros
dois ao ambiente externo.

Q41 - Na análise SWOT são atributos da organização

a) as ameaças e os pontos fracos, porém os pontos fortes e as ameaças são


considerados condições externas.
b) as metas e os obstáculos, porém os fatores críticos de sucesso e os pontos fortes
são considerados condições externas.
c) as oportunidades e os pontos fracos, porém os pontos fortes e as ameaças são
considerados condições externas.
d) os pontos fortes e fracos, porém as ameaças e as oportunidades são consideradas
condições externas.
e) as metas e os fatores críticos de sucesso, porém as ameaças e os pontos fortes
são considerados condições externas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.
Q42 – IADES - É correto afirmar que a análise SWOT
a) é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente).
É usada como base para a elaboração do planejamento estratégico de uma
organização.
b) é também conhecida como composto mercadológico e auxilia o gestor de
marketing na identificação do comportamento do respectivo consumidor (ou público-
alvo).
c) é um sistema de pesquisa exploratória para verificar a posição da organização
perante o ambiente interno.
d) auxilia a empresa na identificação de pontos fortes e fracos da organização,
elementos do ambiente externo.
e) diz respeito à análise da indústria e suas respectivas forças competitivas de
mercado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q43 - São dimensões da matriz SWOT:


a) competências distintivas; limitações críticas; análise interna; análise ambiental.
b) estratégias de crescimento; estratégias de estabilidade; estratégias genéricas;
estratégias funcionais.
c) expansão da economia; alta rotatividade de funcionários; reduzida taxa de
crescimento do setor; produtos de alta qualidade.
d) pontos fortes; pontos fracos; oportunidades; ameaças.
e) atratividade da indústria; posição competitiva; taxa de crescimento do mercado;
participação no mercado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q44 - A formulação e a implementação da estratégia são complementadas


pela atividade de monitoramento que consiste em acompanhar e avaliar a
execução da estratégia.

Uma das ferramentas utilizadas no acompanhamento do planejamento


estratégico, criada por Kaplan e Norton, é denominada

a) reengenharia.
b) análise swot.
c) balanced scorecard.
d) brainstorming.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Esse não é o tema o qual estamos estudando agora, embora veremos
posteriormente, mas veja como pode aparecer nas questões de concurso. O gabarito
é a letra C. Vejamos:

ALTERNATIVA A) INCORRETA. Reengenharia é uma reestruturação dos processos


organizacionais, a partir do ponto zero, visando medidas drásticas de desempenho.
ALTERNATIVA B) INCORRETA. A análise swot é um ferramente que auxilia na análise
e no diagnóstico dos ambientes organizacionais interno, por meio da identificação das
forças e fraquezas, e externo (identificando as oportunidades e as ameaças).
ALTERNATIVA C) CORRETA. Balanced Scorecard é um ferramente que auxilia no
gerenciamento de desempenho organizacional por meio das perspectivas financeiras,
processos internos, clientes e aprendizado e crescimento organizacional. Foi criada
por Kaplan e Norton.
ALTERNATIVA D) INCORRETA. Brainstorming é a situação em que um grupo se reúne
e cada um, de modo individual e sem pré-julgamento, oferece uma determinada
solução para um problema. O objetivo, no primeiro momento, é a quantidade de
soluções. Por fim, escolhe-se as melhores para a resolução do problema.

Q45 - Na Análise SWOT, ―produtos substitutivos no mercado‖ são:

a) indiferentes.
b) uma ameaça.
c) um ponto forte.
d) um ponto fraco.
e) uma oportunidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão muito específica, já que normalmente não costuma ser cobrada assim, mas
trouxe aqui a explanação, já que não custa nada.
Pontos Fortes
1. Produção própria dos ingredientes
2. Padrão de atendimento
3. Baixo preço dos produtos
Pontos Fracos
1. Marketing
2. Serviço de entrega
3. Participação no Mercado
Oportunidades
1. Ampliação do serviço de entrega
2. Criar promoções para atrair clientes de outras redes
3. Ampliar propaganda
Ameaças
1. Outras redes de mesmo produto
2. Produtos substitutos
3. Crise econômica fazendo com que os preços se elevem afastando clientes de
menor capacidade aquisitiva
Gabarito: Letra B.

Q46 - Em uma análise do ambiente organizacional, a análise SWOT investiga

a) forças do ambiente geral.


b) fraquezas do ambiente interno.
c) ameaças do ambiente interno.
d) oportunidades do ambiente total.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Ambiente interno: Força e fraqueza.
Ambiente externo: Ameaças e oportunidades.
Letra B.
Q47 - De acordo com a técnica de análise SWOT, constitui exemplo de
ameaça:

a) o aumento da conscientização do cidadão sobre a necessidade de melhoria do


gasto público
b) a capacitação de grande número de servidores com relação ao planejamento
estratégico.
c) o baixo número de servidores comprometidos com a implementação do
planejamento do órgão.
d) a dificuldade no processamento interno do sistema de gestão de documentos no
órgão.
e) a mudança frequente na legislação atinente ao controle externo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q48 - No planejamento estratégico do Banco Central do Brasil, a autarquia


declara que deve "assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e
um sistema financeiro sólido e eficiente". Considerando os elementos típicos
de um processo de planejamento estratégico, essa declaração está associada
à(ao)

a) missão da organização.
b) visão de futuro.
c) declaração de accountability.
d) análise SWOT.
e) indicador de desempenho.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q49 - Uma Secretaria Estadual de Saúde elaborou um plano, que definiu as


forças e fraquezas da política estadual de saúde. Essa metodologia de
planejamento refere-se a:

a) Planejamento tático.
b) Planejamento setorial.
c) Balanced Scorecard.
d) Análise SWOT.
e) Mapa estratégico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q50 - Uma Secretaria Municipal de Fazenda elabora o seu planejamento


estratégico e define a existência de servidores próprios, concursados e
capacitados como sua força. Esse tipo de planejamento estratégico refere-
se:

a) à avaliação 360°.
b) à análise SWOT.
c) ao quadro lógico.
d) ao planejamento tático.
e) ao planejamento operacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q51 - No processo da administração estratégica, liderança no custo total,


diferenciação e enfoque são três abordagens denominadas estratégias

a) diversificadas.
b) estruturais.
c) genéricas.
d) ambientais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Porter identificou três estratégias genéricas ou competitivas que podem ser
utilizadas pelas empresas para conseguir uma ótima posição no mercado em um
longo prazo. Quais sejam: Custos, Diferenciação e Foco. Gabarito: Letra C.

Q52 - Estratégias de competição genéricas são aquelas que se aplicam a


qualquer empresa; entre estas, destacam - se três estratégias competitivas
propostas por Porter: foco, diferenciação e liderança de custos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, vide anterior.

Q53 - As estratégias competitivas genéricas são liderança de custo, de


diferenciação e de foco.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q54 - As três estratégias competitivas genéricas, decorrentes da interação


entre os tipos básicos de vantagem competitiva e o escopo das atividades de
uma empresa são: a liderança de custo, a diferenciação e o enfoque. Assim,
uma empresa com estratégia de;

a) diferenciação seleciona para atender apenas a um segmento da indústria, ou, no


máximo, a um pequeno grupo de segmentos
b) liderança de custo procura tornar-se o produtor de custo mais baixo da sua
indústria, ampliando o leque de produtos para usufruir economias de escopo.
c) enfoque procura ser a única empresa com certos atributos valiosos e importantes
para todos os compradores da indústria
d) liderança de custo tem a menor variedade possível de produtos para aproveitar as
economias de escopo
e) diferenciação vende um produto padrão, sem maquiagem ou variedades especiais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão mais específica, pouco provável que venha assim, mas boa pra vermos os
conceitos das estratégias competitivas genéricas: LI FO DI (Liderança em custo,
Foco e Diferenciação).
Liderança em custos – Nessa estratégia, a empresa busca ser a mais eficiente na
produção de produtos e serviços em seu mercado, de modo que tenha vantagem
competitiva em relação aos seus concorrentes. Pode-se alcançar isso com: economias
de escala, acesso a matérias-primas mais baratas, entre outras. Essa posição de
custo mais baixo que seus concorrentes permite uma série de vantagens, como
operar com lucratividade quando seus concorrentes estão perdendo dinheiro, por
exemplo.
Diferenciação – Uma empresa também pode ter vantagens competitivas tendo
produtos com características únicas na percepção de seus clientes, que lhe
possibilitem cobrar um preço mais alto sem perder sua clientela. Um exemplo atual é
a Apple. Essa empresa, com seus produtos inovadores como o iPhone e o iPad, tem
conquistado uma maior lealdade de seus clientes e maior lucratividade. A
diferenciação pode ocorrer na qualidade do produto, no atendimento, no estilo do
produto, na marca etc.
Foco ou Enfoque – Também é chamada de estratégia de nicho. Nessa situação, a
empresa foca seus esforços em um mercado pequeno(seja geográfico, produto ou
clientela) de modo a conseguir uma vantagem específica naquele mercado, que não
tenha como conseguir em todo o mercado (a Ferrari buscou essa estratégia com o
foco em carros de alto desempenho, pois era pequena para concorrer no mercado de
automóveis populares, muito maior, antes de ser comprada pela Fiat).
Gabarito: Letra B.

Q55 - Assinale a alternativa que apresenta as três estratégias genéricas,


identificadas por Michael Porter, que podem ser utilizadas pelas empresas
para conseguir uma ótima posição no mercado em um longo prazo.

a) Custo, Diferenciação e Foco.


b) Meta, Objetivo e Foco.
c) Diferenciação, Objetivo e Missão.
d) Custo, Competição e Conhecimento.
e) Meta, Competição e Objetivo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q56 - Um fabricante de óleos lubrificantes atua em um grande mercado e se


esforça para reduzir os custos de produção e de distribuição dos seus
produtos. Assim, consegue oferecer sua linha de óleos com preços mais
baixos que os concorrentes. De acordo com a proposta de estratégias
genéricas de Porter, a estratégia desse fabricante é classificada como

a) liderança total em custos.


b) diferenciação.
c) foco.
d) desinvestimento.
e) diversificação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q57 - O modelo de estratégias genéricas proposto por Michael Porter


permite identificar duas vantagens competitivas para a empresa, que podem
ser desdobradas segundo um escopo amplo ou focado. Usando esse modelo
para analisar um evento histórico, o desenvolvimento da linha de montagem
por Henry Ford, é possível relacionar o uso dessa linha de montagem com
empresas que buscam posicionar-se estrategicamente por:

a) diferenciação no nicho;
b) liderança no custo total na indústria;
c) foco no cliente;
d) liderança no nicho do setor relativo;
e) diferenciação por customização do produto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q58 - Com base no modelo de Porter, criado pelo professor Michael Porter,
da Harvard Business School, assinale a opção correta.

a) As estratégias classificam-se em três categorias: diferenciação, liderança da


inovação e diversificação.
b) A estratégia relativa ao enfoque consiste na escolha de um segmento de mercado
e na concentração nesse segmento.
c) Entre os riscos que as empresas que adotam a estratégia do enfoque se sujeitam,
inclui-se o fato de os concorrentes encontrarem os submercados fora do alvo
estratégico e desfocalizarem a empresa que adota esse tipo de estratégia.
d) Por meio da estratégia da diferenciação, torna-se determinado produto semelhante
aos produtos e serviços concorrentes.
e) As estratégias genéricas implicam arranjos organizacionais parecidos,
procedimentos de controle e sistemas orgânicos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B. Como no exemplo da FERRARI.

Q59 - No mundo cada vez mais globalizado, muitas empresas, para


sustentarem suas vantagens competitivas, estão firmando diversas parcerias
com outras empresas a fim de proporcionar acesso a informações, recursos,
mercados e tecnologias que contribuem para a vantagens competitivas. Esse
processo é conhecido como:

a) redução de custos.
b) especialização.
c) expansão.
d) inovação.
e) redes e alianças.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Atualmente, grande parte das empresas brasileiras e mundiais tem buscado formar
redes e alianças estratégicas de modo a poder compartilhar recursos e
competências, além de reduzir seus custos. Letra E.

Q60 - A cooptação é uma estratégia que visa transformar concorrentes


potenciais em aliados e fornecedores de bens e serviços, com base no
estabelecimento de alianças.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
O termo cooptação indica uma fusão, junção, união ,istoé, a aceitação no grupo
dirigente da organização de representantes de outras organizações com as quais
mantém interdependência (bancos, instituições financeiras, fornecedores, credores,
investidores). Correta.

Q61 - As organizações que fazem alianças e parcerias para melhorar sua


posição competitiva devem adotar, no desenvolvimento de atividade
conjunta e específica com o parceiro, estratégias definidas por meio de
acordos mútuos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Tratam-se de redes e alianças estratégicas. Correta.

Q62 - Acordos de cooperação técnica entre organizações para compartilhar


conhecimentos e experiências que favoreçam a geração de vantagem
competitiva são considerados alianças estratégicas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta. Redes e Alianças estratégicas.

Q63 - A empresa pode se beneficiar com a aliança estratégica, porque


não precisa arcar sozinha com todos os custos e riscos dos novos negócios.
Neste modelo de joint venture, um parceiro pode receber mais do que
oferece, ou seja, pode usar a tecnologia, recentemente adquirida, para
competir com o parceiro mais avançado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Redes e alianças estratégicas. Correta.

Q64 - No âmbito das teorias modernas de gestão, encontramos as teorias


administrativas que vêm sendo defendidas nas últimas décadas, atingindo
um grau de complexidade tal que deixaram de ser simples modelos e formam
um corpo de conhecimentos consistentes e abrangentes dos aspectos,
técnicos, estratégicos e humanos que compões a Organização.

Uma dessas abordagens foi desenvolvida em função das exigências


ambientais, tanto externas quanto internas, que as organizações passaram a
sofrer. Ganhou força e foi amplamente difundida considerando que as
organizações precisam estabelecer objetivos claros, mensuráveis e
encadeados, de forma que toda a estrutura da organização se envolva para
ações concretas e práticas que permitirão chegar aos resultados pretendidos
(OLIVEIRA; SILVA, 2006)

Assinale a opção que melhor representa a abordagem descrita:

a) Administração Empreendedora
b) Administração Estratégica
c) Administração do Conhecimento
d) Administração por Objetivos
e) Administração Participativa
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A APO é um processo pelo qual gerentes e subordinado identificam objetivos comuns,
definem as áreas de responsabilidade de cada um em termos de resultados esperados
e utilizam esses objetivos como guias para a sua atividade. Gabarito: Letra D.

Q65 - As ações de implementação de saneamento em todo o estado de Santa


Catarina promovidos pela CASAN, demonstrando o quantitativo de
habitantes que serão beneficiados e o posicionamento almejado entre os
quatro primeiros estados brasileiros em saneamento em 2018, caracterizam
princípios de que sistema ou teoria da administração?

a) Administração por processos.


b) Administração de projetos.
c) Administração empreendedora.
d) Administração científica.
e) Administração por objetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Interpretando a questão:
As ações de implementação de saneamento em todo o estado de Santa Catarina
promovidos pela CASAN - Ação planejada
Demonstrando o quantitativo de habitantes que serão beneficiados - Definição de
indicadores
Posicionamento almejado entre os quatro primeiros estados brasileiros em
saneamento em 2018 – Objetivo
Gabarito: Letra E.

Q66 - "Uma Empresa descobriu que sua concorrente utilizava cinco vezes
menos empregados para operar o seu departamento de contabilidade de
forma eficiente. A solução apresentada pelos consultores foi: 'jogar fora' os
atuais processos e começar de novo, utilizando o poder da moderna
tecnologia da informação para redesenhar completamente os processos, de
forma a alcançar profundos melhoramentos na sua performance." O método
gerencial escolhido pelos consultores foi

a) o Empowerment.
b) a Reengenharia.
c) o Balanced scorecard.
d) a Qualidade Total.
e) o Kaizen.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A Reengenharia consiste em repensar e redesenhar radicalmente as práticas e
processos nucleares da organização tais como o serviço ao cliente, o desenvolvimento
de novos produtos, a cultura organizacional, a resposta às encomendas, entre outras,
afim de aumentar a produtividade através da redução de custos e do aumento do
grau de satisfação do cliente. Gabarito letra B.

Q67 - A formulação e a implementação da estratégia são complementadas


pela atividade de monitoramento que consiste em acompanhar e avaliar a
execução da estratégia. Uma das ferramentas utilizadas no
acompanhamento do planejamento estratégico, criada por Kaplan e Norton,
é denominada

a) reengenharia.
b) análise swot.
c) balanced scorecard.
d) brainstorming.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ALTERNATIVA A) INCORRETA. Reengenharia é uma reestruturação dos processos
organizacionais, a partir do ponto zero, visando medidas drásticas de desempenho.
ALTERNATIVA B) INCORRETA. A análise swot é uma ferramenta que auxilia na
análise e no diagnóstico dos ambientes organizacionais interno, por meio da
identificação das forças e fraquezas, e externo (identificando as oportunidades e as
ameaças).
ALTERNATIVA C) CORRETA. Balanced Scorecard é uma ferramenta que auxilia
no gerenciamento de desempenho organizacional por meio das perspectivas
financeiras, processos internos, clientes e aprendizado e crescimento organizacional.
Foi criada por Kaplan e Norton.
ALTERNATIVA D) INCORRETA. Brainstorming é a situação em que um grupo se
reúne e cada um, de modo individual e sem pré-julgamento, oferece uma
determinada solução para um problema. O objetivo, no primeiro momento, é a
quantidade de soluções. Por fim, escolhe-se as melhores para a resolução do
problema. Gab: Letra C.
Q68 - Entre as novas tecnologias gerenciais e organizacionais aplicadas ao
setor público, aquela que redesenha os processos, propondo uma mudança
radical, objetivando a redução de custos, tempo de execução e a
melhoria na qualidade de serviços é denominada

a) Kaizen.
b) Programa 5S.
c) Reengenharia.
d) Balanced Scorecard.
e) Brainstorming.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
REENGENHARIA (palavras-chave): mudança radical, foco nos processos, envolve toda
organização, recomeçar do zero, drástica, rápida e abrangente. Gabarito: Letra C.

Q69 - O método de administração, focado no equilíbrio organizacional e que


se baseia nas perspectivas básicas finanças, clientes, processos internos e
aprendizagem/crescimento organizacional é denominado:

a) TCQ.
b) 6-sigma.
c) benchmarking.
d) empreendedorismo.
e) balanced scorecard.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta, criada por Norton & Kaplan, do
planejamento estratégico na qual há a integração de indicadores financeiros e não
financeiros da empresa, cujas perspectivas básicas são baseadas nas premissas:

- Clientes
- Finanças
- Processos Internos
- Aprendizado e Inovação

Gabarito: Letra E.

Q70 - ―Desde os primórdios, o homem tem se valido da experiência alheia na


realização de atividades para, por meio da comparação ou cópia, aprender
como realizar tais atividades com melhores resultados. Uma das técnicas
mais difundidas, nos últimos anos, é aquela por meio da qual a organização
compara seu desempenho com outra de desempenho comprovadamente
superior. A ideia central é procurar novas práticas administrativas existentes
no mercado e adotá‐las.‖ Essa abordagem é conhecida como

a) outsourcing.
b) reengenharia.
c) empowerment.
d) benchmarking.
e) balanced scorecard.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a)outsourcing. = TERCERIZAÇÃO
b)reengenharia. = REESTRUTURAÇÃO
c)empowerment. = DELEGAR = DESCENTRALIZAÇÃO / LIDERANÇA
d)benchmarking. = MELHORES PRÁTICAS
e)balanced scorecard. = GESTÃO DE DESEMPENHO

Benchmarking é o processo de avaliação da empresa em relação à concorrência,


por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou
aperfeiçoa os seus próprios métodos. Gabarito: Letra D.

Q71 - Empresas inovadoras utilizam o Balanced Scorecard como

a) um sistema de indicadores do próprio desempenho financeiro.


b) um processo contínuo de medição de produtos, serviços ou processos com relação
aos concorrentes mais fortes ou líderes do setor.
c) um recurso de TI especializado em planejamento estratégico situacional.
d) um método de implementação de estratégia de redução dos níveis hierárquicos.
e) a estrutura organizacional básica dos seus processos gerenciais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O BSC é mais do que um novo sistema de indicadores. Empresas inovadoras o usam
como a estrutura organizacional básica de seus processos gerenciais. Gab: Letra E.

Q72 - Não é uma dimensão principal de análise do Balanced Scorecard:

a) Processos internos.
b) Clientes.
c) Finanças.
d) Mercado.
e) Aprendizagem e crescimento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os requisitos para definição desses indicadores tratam dos processos de um modelo
da administração de serviços e busca da maximização dos resultados baseados em
quatro perspectivas que refletem a visão e estratégia empresarial: financeira,
clientes processos internos, aprendizado e crescimento. Gabarito: Letra D.

Q73 - A principal característica do Balanced Scorecard (BSC) é

a) possibilitar o acompanhamento da gestão estratégia por meio de indicadores de


desempenho.
b) estabelecer a relação de causa e efeito entre as ações e resultados.
c) assegurar os recursos orçamentários necessários para a execução da estratégia.
d) assegurar que a gestão estratégica ocorra em um determinado período de tempo.
e) constatar os motivos e causas de problemas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q74 - Uma das vantagens da utilização do Balanced Scorecard é permitir que


a empresa

a) veja um único indicador


b) veja os indicadores de uma maneira holística.
c) fomente a sua integração com todos os seus shareholders.
d) aumente sua integração com todos os seus stakeholders.
e) incentive o desenvolvimento das competências e habilidades dos trabalhadores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Visão Holística: No âmbito empresarial, visão holística é a visão global de uma
empresa, de todos os seus elementos, estratégias e atividades, que resulta em uma
representação única da organização. A visão holística é oposta à lógica mecanicista,
que compartimenta a empresa em vários blocos, causando a perda da visão global.
Gabarito: Letra B.

Q75 - Acerca do Balanced Scorecard (BSC), o acompanhamento de ações


tático-operacionais, por meio de indicadores de desempenho, é a principal
característica do BSC.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"A BSC - Balanced Scorecard é uma ferramenta de planejamento estratégico na
qual a entidade tem claramente definidas as suas metas e estratégias, visando medir
o desempenho empresarial através de indicadores quantificáveis e verificáveis".
Errada.

Q76 - A definição de metas deve anteceder o estabelecimento dos


indicadores no BSC (Balanced Scorecard).
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Primeiro existe a necessidade das metas e estratégias estarem definidas, para depois
poder implantar a ferramenta BSC. Correta.

Q77 - A estrutura do BSC é formada por quatro indicadores: econômico,


cliente, processos internos e eventos externos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os quatro indicadores do BSC são finanças, clientes, processos internos e
aprendizado/desenvolvimento. Errada.

Q78 - Como recurso para a implantação do planejamento estratégico, o


Balanced Scorecard

a) procura subordinar as missões de cada funcionário aos objetivos estratégicos dos


membros da direção da organização.
b) foca o equilíbrio entre objetivos estratégicos pessoais e as metas gerais da
organização.
c) implica a criação de uma série de indicadores de desempenho voltados para a
realização dos objetivos estratégicos da organização.
d) define os objetivos táticos da organização com base na avaliação mútua de todos
os funcionários, os parceiros e os clientes.
e) desenvolve o equilíbrio entre as habilidades e os comportamentos dos funcionários
necessários a um bom clima organizacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Balanced Scorecard (BSC), segundo, o modelo de Kaplan e Norton, é uma
ferramenta de gestão de desempenho a nível estratégico, que permite alinhar as
ações da organização com sua missão e visão, e quatro perspectivas - (I) financeira,
(II) clientes, (III) processos internos e (IV) de aprendizado e crescimento. Gabarito:
Letra C.

Q79 - No tocante às características do Balanced Scorecard − BSC, é correto


afirmar:

a) a estratégia é ponto de chegada de todo processo de gestão.


b) orçamentos anuais ganham autonomia perante o orçamento de longo
prazo.
c) existe alinhamento de metas do topo à base da organização.
d) os indicadores não podem ser vinculados à implementação da estratégia.
e) o sistema gerencial é desenhado para controle operacional e vinculado ao
orçamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C. Alinhamento estratégico (Do topo – ponto de partida, ao fundo).

Q80 - Sobre o processo decisório é CORRETO afirmar que a avaliação da


decisão não se constitui em fase do processo de resolução de problemas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O processo decisório consiste em cinco fases: 1) identificação da situação (problema
ou oportunidade) - 2) diagnóstico - 3) geração de alternativas - 4) escolha de uma
alternativa - 5) avaliação da decisão. Questão errada.

Q81 - O diagrama de Ishikawa é uma técnica muito utilizada para avaliar as


decisões nas organizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito) é uma
ferramenta para gerenciamento do Controle de Qualidade. O principal objetivo é
identificar quais são as causas para um determinado efeito ou problema. Questão
errada.

Q82 - O diagnóstico dos problemas organizacionais é o início do processo de


tomar decisões.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O diagnóstico é a segunda etapa. O início do processo se dá com a identificação do
problema. Errada.

Q83 - Em um processo decisório, uma oportunidade diz respeito à(s)


seguinte(s) fase(s):

a) identificação da situação.
b) diagnóstico da situação.
c) desenvolvimento de oportunidades.
d) avaliação de alternativas.
e) seleção e implementação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na primeira fase do processo de tomada de decisão encontra-se a IDENTIFICAÇÃO
DA SITUAÇÃO, à qual pode deparar-se com um PROBLEMA (incongruência entre
uma situação desejada e a situação encontrada) ou localizar uma OPORTUNIDADE
(que possibilita à organização a superação dos objetivos estabelecidos). Gabarito:
Letra A.

Q84 - No contexto organizacional, ao participarmos de um processo


decisório, é incorreto afirmar que:

a) a racionalidade, por si só, insinua ser possível o domínio de fatores não


controláveis e a eliminação de riscos e incertezas.
b) em nossos dias, ao lado da racionalidade gerencial, também se aplicam elementos
como os aspectos comportamentais, o senso comum, o juízo das pessoas e a
negociação política.
c) a estrutura dos canais de informação e de disseminação do conhecimento exerce
grande influência sobre o processo decisório.
d) o brainstorming é a técnica adequada para identificar problemas.
e) no nível superior, há o predomínio das decisões estratégicas, que tratam das
ligações entre a organização e o ambiente externo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra A está correta. A teoria da racionalidade teve o objetivo de aumentar a
racionalidade dos gestores encarregados de tomar decisão; baseia-se na ideia de que
seria possível analisar todos os dados existentes e utilizar somente a racionalidade na
tomada de decisão. Isto, em teoria, levaria a uma eliminação dos riscos. Mas, a
teoria da racionalidade limitada veio mostrar os problemas práticos da execução
desta teoria da racionalidade, pois as pessoas nem se baseiam inteiramente na razão
nem se baseiam totalmente na intuição. Nós temos limites à racionalidade. Não
conseguimos ser totalmente racionais. A realidade é muito complexa e, portanto,
temos de usar a intuição em conjunto à razão. Temos diversas limitações que nos
impedem de utilizar o modelo racional. Desde limitações no contexto do problema
(como pouco tempo, informações imperfeitas ou variáveis demais para analisar) até
limitações pessoais (como dificuldade de analisar muitos dados ao mesmo tempo,
preconceitos, etc.). A alternativa incorreta é a letra D. O Brainstorming não é uma
ferramenta para a identificação dos problemas e sim para o desenvolvimento de
alternativas para resolver os problemas já identificados. Fases do Processo Decisório:

1 - Identificação do problema
2 - Diagnóstico da situação --> Ferramentas utilizadas para fazer esse diagnóstico:
Princípio de Pareto, Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Dispersão.
3 - Desenvolvimento das Alternativas --> Ferramentas para fazer esse
desenvolvimento de alternativas: Brainstorming; Análise do Campo de Forças;
Diagrama de Árvore de Decisão.
4 - Avaliação das alternativas
5 - Escolha da melhor alternativa
Gabarito: Letra D.

Q85 - Sobre o processo decisório é CORRETO afirmar que


a) a avaliação da decisão é a penúltima fase do processo de resolução de problemas.
b) a racionalidade limitada permite equilibrar vantagens e desvantagens da melhor
forma possível.
c) a decisão racional baseia-se em informações e sentimentos acerca das situações
organizacionais.
d) o diagnóstico dos problemas organizacionais é o ponto de partida do processo
decisório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alternativa A – ERRADA - O processo decisório consiste em cinco fases: 1)
identificação do problema - 2) diagnóstico - 3) geração de alternativas - 4) escolha de
uma alternativa - 5) avaliação da decisão. Última fase.
Alternativa B - CERTA - No modelo de racionalidade limitada de Simon, as decisões
são satisfatórias, mas não ótimas. A otimização das decisões é uma ficção, pois elas
são limitadas ou influenciadas pelas limitações do ser humano em ter acesso e
processar cognitivamente todas as opções, pela impossibilidade de obter todas as
informações decorrentes de problemas de custo e tempo e pelas crenças, conflitos e
jogos de poder que ocorrem dentro das organizações.
Alternativa C - ERRADA - Para Maximiano (2000) o modelo RACIONAL baseia-se
totalmente em informações, e não em sentimentos. O modelo INTUITIVO que baseia-
se na opinião, na percepção e na sensibilidade do tomador de decisão.
Alternativa D – ERRADA - O diagnóstico é a segunda etapa. O início do processo se dá
com a identificação do problema. Gabarito: Letra B.
Q86 - Entre as afirmativas sobre o processo decisório, assinale a opção
correta.

a) Em um sistema autoritário benevolente, o processo de decisão é altamente


descentralizado, com delegação ampla de autoridade.
b) Em qualquer sistema de gestão, o processo decisório é controlado por políticas e
diretrizes e pela delegação de autoridade.
c) Em um sistema participativo, o processo de decisão envolve decisões tomadas
sempre no nível operacional.
d) Em um sistema consultivo, o processo de decisão é participativo-consultivo e a
decisão final acontece em qualquer nível hierárquico.
e) Em um sistema autoritário coercitivo, o processo de decisão é altamente
centralizado, sobrecarregando o nível institucional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O modelo desenvolvido por Rensis Likert divide os estilos de liderança em quatro
tipos diferentes consoante o grau de uso de autoridade pelo líder:

● Sistema 1 ou Autocrático coercitivo: sistema administrativo autoritário e forte,


coercitivo, arbitrário que controla todas as posições da organização. As decisões são
centralizadas na cúpula da organização, não existindo comunicações laterais.
Punições e recompensas são ocasionais, fazendo prevalecer um clima de temor, em
que a desconfiança, a insatisfação e a hostilidade permeiam entre os membros da
organização;
● Sistema 2 ou Autoritário benevolente: evolução do sistema anterior, no qual
nem sempre as decisões são tomadas nas altas esferas e algumas tarefas executórias
passam a ser delegadas aos níveis mais baixos.
● Sistema 3 ou Consultivo: variação melhorada dos sistemas autocrático coercitivo
e Autoritário benevolente. Apresenta-se como um sistema de delegação, onde os
altos escalões definem somente a política geral e delegam aos níveis inferiores
determinadas decisões e ações. A opinião dos grupos é considerada, destacando-se
um ambiente de confiança elevada, embora ainda não completa.
● Sistema 4 ou Participativo: democrático por excelência, no qual o trabalho em
equipe é destacado fator de desempenho do grupo. A organização gera, coordena e
encadeia as decisões tomadas pelos grupos interatuantes, que fixam as metas.
Gabarito: Letra E.

Q87 - A descentralização é indicada quando se busca maior agilidade no


processo decisório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Exatamente isso. Já imaginaram se o funcionário, ao apertar um parafuso devido a
um problema, consultar o seu supervisor, que consultaria o seu diretor. A máquina
ficaria parada por muito tempo. Essa descentralização realmente gera rapidez. No
caso de centralização a empresa terá facilidade de controle, mas os departamentos
terão mais dependência para tomar decisões. Já a descentralização pode gerar uma
competição saudável entre as unidades, além de terem maior agilidade na tomada de
decisões; em contrapartida a empresa terá maior dificuldade de controle. Correta.

Q88 - Em um processo decisório, são considerados tipos de decisão, EXCETO:

a) imediatas e mediatas.
b) modelizadas e indeterminadas.
c) premeditadas e improvisadas.
d) rotineiras ou inovadoras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TIPOS DE DECISÕES
1.Rotineiras - São formuladas de maneira rotineira, calcadas em alguns regulamentos
vigentes ou precedentes. Essas decisões podem ser importantes no conjunto, mas
são, em geral, formuladas nos escalões mais baixos da hierarquia da organização,
pelos executivos a quem foram delegadas. Essas decisões visam mais aos meios,
sendo, portanto, instrumentais e baseada em fatos.
2.Inovadoras – São as formuladas para resolver situações novas, criando
conseqüentemente, novos precedentes. A formulação dessas decisões é, geralmente,
mais complexa, exigindo mais tempo e mais atenção e requerendo, portanto a
interveniência de executivos de escalões mais elevados da organização.
3.Imediatas e Mediatas - Algumas decisões são formuladas pela direção, em poucas
dias ou horas, enquanto outras se arrastam sem solução, durante meses e até anos.
4.Premeditadas e Improvisadas - Algumas decisões tem um objetivo determinado,
resultam da iniciativa especifica do chefe de um órgão. Outras vezes, decide-se de
maneira mais ou menos inconscientes. Gabarito: Letra B.

Q89 - Ao responder qualquer das questões desta prova, você utiliza os


processos perceptivo e decisório. Assinale a alternativa que apresenta
somente fases do processo decisório.

a) Ambiente, atenção, avaliação de resultados, e escolha e rejeição de alternativas.


b) Avaliação de resultados, avaliação de probabilidades, e escolha e rejeição de
alternativas.
c) Ambiente, atenção, organização, recordação e avaliação de resultados.
d) Atenção, organização, avaliação de resultados, e escolha e rejeição de alternativas.
e) Atenção, organização, avaliação de probabilidades e avaliação de resultados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q90 - Uma das etapas do processo decisório nas organizações é a avaliação e


comparação de alternativas de ação. São critérios relevantes para a
avaliação de alternativas no processo decisório organizacional:

a) pressão competitiva e número de alternativas;


b) risco e tempo de implementação;
c) impacto financeiro e solução satisfatória;
d) diagnóstico da situação e recursos necessários;
e) identificação do problema e complexidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A letra B corresponde ao gabarito. O erro da C é afirmar que impacto financeiro é
relevante, mas para algumas empresas, como uma ONG, o impacto social é mais
relevante do que o financeiro. Gabarito: Letra B.

Q91 - Em uma organização, o processo decisório visa à resolução de


problemas, mas não ao aproveitamento de oportunidades.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para Maximiano, o processo de tomada de decisão ou processo de resoluções de
problemas tem 5 etapas:

1) Identificação do problema ou oportunidade – ou simplesmente, da situação.


2) Diagnóstico
3) Geração de alternativas
4) Escolha de uma alternativa
5) Avaliação da decisão
ERRADA.

Q92 – CESPE - O processo decisório é complexo e depende das


características pessoais do tomador de decisões.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
1° O processo decisório é complexo? Sim, já que envolve desde a fase de
identificação de problemas ou oportunidades até a escolha e colocação em prática da
ação ou solução. 2° O processo decisório depende das características pessoais do
tomador de decisão? Sim, principalmente nas decisões não programadas.
Correta.

Q93 – FGV - O processo decisório depende das características individuais do


tomador de decisão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão muito parecida com a anterior. Correta.

Q94 – FGV - O processo decisório depende do contexto específico de cada


situação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta, por isso dizer que o processo decisório é complexo.

Q95 - A árvore das decisões organiza o processo decisório, direcionando


graficamente a decisão a ser tomada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O desenho da árvore resume a complexidade do problema, mas não aponta que a
decisão a tomar. De forma geral, o mesmo ocorre com outras técnicas, como o
brainstorming, por exemplo. Elas ajudam a organizar o raciocínio, registrar as
alternativas e mostrar suas vantagens e desvantagens. A decisão, porém, continua
sendo uma ação humana, que envolve a escolha pessoal de uma alternativa. Errada.

Q96 - A estrutura organizacional que promove a retenção do processo


decisório na cúpula da organização é denominada estrutura:

a) facilitada
b) matricial
c) indelegada
d) centralizada
e) monocrática
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q97 - Assinale a alternativa que apresenta uma das vantagens


proporcionadas pela descentralização do processo decisório.

a) atendimento dos requisitos legais ou regulatórios


b) uniformização em nível local das decisões tomadas
c) controle das influências interdepartamentais
d) agilidade do processo decisório
e) economias de escala

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As vantagens da Descentralização:

- As decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores da ação.


- Tomadores de decisão são os que têm mais informação sobre a situação.
- Maior participação no processo decisório promove motivação e moral
elevado entre os administradores médios.
- Proporciona excelente treinamento para os administradores médios
Gabarito: Letra D

Q98 - Uma decisão autocrática poderá ser utilizada com vistas à aceleração
do processo decisório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Em regra, o processo decisório é agilizado com um processo mais participativo com
poder mais compartilhado. Todavia, se uma decisão precisa ser tomada
imediatamente, o decisor pode não possuir o tempo necessário para uma assembléia,
decidindo ele mesmo o curso de ação da organização. Correta.

Q99 - Os aspectos emocionais e afetivos influenciam o processo decisório e


restringem a capacidade racional dos indivíduos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os aspectos emocionais e afetivos podem fazer com que os tomadores de decisão
incorram em erros baseados em sua falta de racionalidade. Correta.

Q100 - A descentralização geralmente acompanha:

a) o downsizing.
b) a reengenharia
c) os treinamentos em geral.
d) o planejamento estratégico.
e) qualquer processo decisório.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Downsizing (enxugamento) = promove a redução de níveis hierárquicos e o
enxugamento organizacional, para reduzir as operações ao essencial do negócio.
Gabarito: Letra A.
Q101 - Em todas as decisões, existem certos ingredientes que sempre estão
presentes. Para isso, o administrador utiliza-se do processo decisório como
um caminho mental para chegar a uma decisão. Considerando o tema
processo decisório, marque a alternativa correta:

a) Estratégia é o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para melhor atingir
os objetivos.
b) Resultados são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha.
c) Preferências são as consequências ou resultantes de uma determinada estratégia.
d) Estados da natureza são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de
decisão, muito dos quais fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que
afetam sua escolha.
e) Situações são condições de incerteza, risco ou certeza que existem no ambiente de
decisão que o tomador de decisão deve enfrentar.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Estratégia é o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para melhor atingir
os objetivos.
B) ERRADA - PREFERÊNCIAS são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer
sua escolha.
C) ERRADA - RESULTADOS são as consequências ou resultantes de uma determinada
estratégia.
D) ERRADA - SITUAÇÕES são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de
decisão, muito dos quais fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que
afetam sua escolha.
E) ERRADA - ESTADOS DE NATUREZA são condições de incerteza, risco ou certeza
que existem no ambiente de decisão que o tomador de decisão deve enfrentar.
Gabarito: Letra A.

Q102 - Assinale a alternativa que apresenta o tipo de estrutura


organizacional que tem por essência a combinação das formas de
departamentalização funcional e de produto ou projeto na mesma estrutura
organizacional.

a) Estrutura organizacional linha e staff.


b) Estrutura organizacional horizontalizada.
c) Estrutura organizacional verticalizada.
d) Estrutura organizacional matricial.
e) Estrutura organizacional informal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O desenho departamental refere-se à especialização horizontal da organização e o
seu desdobramento em unidades organizacionais que recebem o nome de
departamentos ou divisões. Departamentalização significa o agrupamento de
atividades em unidades organizacionais e o agrupamento dessas unidades em uma
organização total. Existem cinco abordagens de departamentalização: funcional,
divisional, matricial, de equipes e de redes. A abordagem funcional é a mais utilizada
e constitui o agrupamento de atividades baseado nas habilidades, conhecimentos e
recursos similares. A abordagem divisional ocorre quando os departamentos são
agrupados juntos em divisões com base nos resultados organizacionais. Cada divisão
é autônoma e auto-suficiente para produzir um determinado produto ou serviço. A
abordagem divisional pode ter variações, como: estrutura baseada em
produtos/serviços, em localização geográfica, em clientela ou em processos. A
abordagem matricial é a combinação de departamentaliza funcional e
divisional na mesma estrutura organizacional. Funciona como uma grade ou
matriz no sentido de promover bipolaridade de atuação e de comando para
proporcionar inovação e agilidade. A abordagem de equipes constitui uma
maneira de fazer o empoderamento ou empowerment, substituir os órgãos
definitivos por equipes e promover a horizontalização da estrutura
organizacional. Existem equipes multifuncionais e equipes permanentes. A
abordagem em redes significa que uma organização desagrega suas principais
funções em companhias separadas que são interligadas por uma pequena
organização central, funcionando como uma teia de organizações. Diante de tantas
complexidades, as organizações geralmente utilizam esquemas híbridos de
organização com diferentes tipos de departamentalização. Mais recentemente, estão
surgindo as organizações virtuais ou não-fisicas pelo fato de dispensarem escritórios
convencionais, graças à tecnologia da informação. Gabarito: Letra D.

Q103 - Estrutura Organizacional é

a) o conjunto de tarefas desempenhado por uma ou mais pessoas, servindo como


base para a departamentalização.
b) a posição hierárquica que uma pessoa ocupa na empresa e o conjunto de
atribuições a ela conferido.
c) a forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e
coordenadas.
d) a cadeia de comando que se inicia nos gestores de topo e segue até os
trabalhadores não gestores, passando sucessivamente por todos os níveis
organizacionais.
e) a guia de conduta, estável e de longo prazo, estabelecida para dirigir a tomada de
decisões.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A) Função
B) Cargo
C) Estrutura organizacional (correta)
D) Hierarquia
E) Estratégia
Gabarito: Letra C.

Q104 - Assinale a alternativa que apresenta o modelo de estrutura


organizacional representado na figura.

a) Estrutura Organizacional Linear.


b) Estrutura Organizacional Funcional.
c) Estrutura Organizacional Linear Staff.
d) Estrutura Organizacional Departamental.
e) Estrutura Organizacional Matricial em Rede.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estrutura Linear. A organização do tipo linear constitui a forma estrutural mais
simples e mais antiga. Tem a sua origem na organização dos antigos exércitos e na
organização eclesiástica dos tempos medievais. A denominação linear se deve ao fato
de que, entre o superior e os subordinados, existem linhas diretas e únicas de
autoridade e de responsabilidade. É uma organização simples e de conformação
piramidal, onde cada chefe recebe e transmite tudo o que se passa na sua área,
uma vez que as linhas de comunicação são rigidamente estabelecidas. Gabarito: Letra
A.

Q105 - A estrutura organizacional representada pelo organograma abaixo é:

a) Estrutura Linear.
b) Estrutura Tipo Comissão.
c) Estrutura Funcional.
d) Estrutura Linha-Staff.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Temos que ficar atentos ao que está escrito nos quadrados. De cara podemos achar
que se trata de Linha-Staff, devido ao quadrado ligado ao diretor, mas é interessante
observamos toda a imagem. A maior característica da estrutura funcional é a
especialização das funções, como ocorrido no organograma. Gabarito: Letra C.

Q106 - _______________ é uma função da administração responsável pela


distribuição de tarefas e recursos pelos membros e unidades da empresa e
estabelecimento dos mecanismos de comunicação entre eles, enquanto a
_______________ refere-se ao modo como as atividades de uma
organização são ordenadas para alcançar um objetivo, bem como específica
os papeis, as relações e os procedimentos organizacionais que possibilitam
uma ação coordenada de seus membros. Organizar envolve dois aspectos de
tomada de decisões antagônicos, mas inter-relacionados: _______________
e_______________. Ela precisa dividir-se em departamentos, se
especializar, assim como integrar e coordenar os esforços de todos para
atingir seus objetivos. O resultado final desses processos é o
________________.

Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas.


a) organização; estrutura organizacional; diferenciação; integração; desenho da
estrutura organizacional.
b) estrutura organizacional; organização; coordenação; integração; organograma.
c) organização; estrutura organizacional; diferenciação; coordenação; desenho da
estrutura organizacional.
d) estruturação organizacional; desenho da estrutura organizacional; diferenciação;
coordenação; organograma.
e) organização; estrutura organizacional; integração; coordenação; desenho da
estrutura organizacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.

Q107 - É o organograma que determina como uma organização se estrutura


em termos de

a) Clima Organizacional.
b) Planejamento.
c) Hierarquia.
d) Cultura Organizacional.
e) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A estrutura formal é a estrutura oficial de uma instituição. Assim sendo, é a estrutura
representada no organograma, em que existe a identificação dos diversos cargos e
das linha de autoridade e comunicação entre eles. De acordo com Schermerhorn,1
lendo um organograma, você pode entender vários aspectos de uma organização,
como:
Ø Divisão de trabalho – cargos e títulos mostram quem faz o que dentro da
empresa.
Ø Relação de supervisão – linhas mostram quem se reporta a quem.
Ø Canais de comunicação – linhas mostram os canais de comunicação.
Ø Subdivisões principais – divisões que se reportam a um mesmo gerente são
mostradas.
Ø Níveis hierárquicos – os diversos níveis hierárquicos são evidenciados
Gabarito: Letra C.

Q108 - O formato organizacional que assegura maior flexibilidade é


a) a estrutura em redes de equipes.
b) a estrutura funcional linear.
c) o sistema orgânico homeostático.
d) a estrutura matricial.
e) a estrutura burocrática.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estrutura em Rede de Equipes ou Organizações em Redes ou Network
Organization - possui como principais vantagens, a flexibilidade da força de
trabalho, competitividade global e baixo custo.

Estrutura Funcional - vantagens principais:


Chefes especializados, promove a cooperação em equipe o aperfeiçoamento e a
especialização.

Estrutura Matricial (estrutura mista) - vantagens principais:


Uso eficiente dos recursos, forte especialização de habilidades e a combinação das
vantagens de outras estruturas.

Gabarito: Letra A.

Q109 - Uma estrutura organizacional é representada pelo

a) Fluxograma.
b) Diagrama de Bloco.
c) Funcionograma.
d) Organograma.
e) "Layout".

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q110 - Na estrutura organizacional de tipo linear


a) a autoridade é baseada na especialização e no conhecimento, e não na hierarquia.
b) entre o superior e os subordinados existem linhas diretas e únicas de autoridade e
responsabilidade.
c) os órgãos de linha estão diretamente relacionados com os objetivos vitais da
empresa.
d) a hierarquia é flexível e mutável, capaz de se adaptar rapidamente às
necessidades de cada projeto.
e) combinam-se a departamentalização funcional e por projeto, sacrificando o
princípio da unidade de comando.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q111 - Pode-se conceituar estrutura organizacional como:


a) Captação, triagem e seleção de profissionais no mercado para compor o design
global da empresa.
b) Rede de relações sociais que se desenvolve formalmente, mas não aparecendo no
organograma da empresa.
c) Sinônimo de empresa departamentalizada a qual é desenhada pelas oportunidades
financeiras e de mercado.
d) Conjunto de funções, cargos, relações, e responsabilidades, que constituem o
desenho orgânico da empresa.
e) Conjunto de ações que, por necessidade de mercado, deverão ser atendidas pelos
departamentos de uma empresa, de forma estratégica.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D.

Q112 - Os requisitos do desenho organizacional são:


a) estrutura básica; mecanismo de operação; mecanismo de decisão; e mecanismo
de coordenação.
b) estrutura matricial; mecanismo de cooperação; mecanismo analítico; e mecanismo
de projeção.
c) estrutura piramidal; mecanismo de cooperação; mecanismo de instalação; e
mecanismo de controle.
d) estrutura do projeto; mecanismo de operação; mecanismo de programação; e
mecanismo de
integração.
e) estrutura básica; mecanismo de projeção; mecanismo de autoridade; e mecanismo
de controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Desenho Organizacional constitui uma das prioridades da administração, pois define
como a organização irá funcionar e como seus recursos serão disponibilizados e
aplicados. O Desenho Organizacional contribui de quatro maneiras diferentes para a
organização, ou seja, procura atender a quatro requisitos básicos:
● Estrutura Básica → Divisão do Trabalho e Diferenciação
● Mecanismo de Operação → Regras e Regulamentos
● Mecanismos de Decisão → Hierarquia de Autoridade
● Mecanismo de Coordenação → Integração
Gabarito: Letra A.

Q113 - O componente da estrutura organizacional constituído por um


conjunto relativamente estável de suposições implícitas, significados
compartilhados e valores que formam um tipo de cenário para a ação, está
relacionado a:

a) liderança
b) cultura organizacional
c) dinâmica organizacional
d) motivação

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças
estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados
por todos os membros da organização. Letra B.

Q114 - A estrutura matricial facilita a comunicação e a coordenação de


equipes por meio da unidade de comando, proporcionando equilíbrio de
objetivos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Errada! Pois fala, que a estrutura matricial, "facilita a comunicação e a coordenação
de equipes por meio da unidade de comando" No entanto, a estrutura matricial, não
há unidade de comando, sua autoridade é dual.

Q115 - Embora confira dinamicidade aos projetos de uma organização, o


modelo de departamentalização matricial costuma gerar múltiplas
subordinações e ambiguidade na definição de papeis e relações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A estrutura do tipo matricial é adequada a organizações voltadas ao desenvolvimento
de projetos e tem como característica sua facilidade de adaptação frente a novas
demandas ambientais, mas apresenta como desvantagem a possibilidade de conflito
de autoridade. Correta.
Q116 - Um policial, ao entrar para a corporação, teve ciência da estrutura
organizacional da qual faz parte a partir de uma representação gráfica que
lhe permitiu visualizar a estrutura formal e hierárquica da organização.
Ssegundo a teoria da administração, assinale a opção que apresenta a
denominação da representação gráfca descrita acima.

a) Fluxograma
b) Infograma
c) Organograma
d) Pentagrama

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárquica da empresa. É
precisamente uma rede que define a função de cada um, partindo do chefe até o
empregado ou colaborador do escalão mais inferior do sistema. Gabarito: Letra C.

Q117 - Com relação à estrutura informal, assinale a alternativa correta.


a) É a rede de relações sociais e interpessoais que é estabelecida ou requerida pela
estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que deve se
desenvolver na organização, quando as pessoas se reúnem.
b) É a rede de relações sociais e pessoais que é estabelecida ou requerida pela
estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se
desenvolve espontaneamente, quando as pessoas se reúnem.
c) É aquela deliberadamente planejada e informalmente representada, em alguns de
seus aspectos, pelo organograma.
d) É aquela deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns de
seus aspectos, pelo organograma.
e) É a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela
estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se
desenvolve espontaneamente, quando as pessoas se reúnem.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Estrutura Informal da Organização Estrutura informal é a rede de relações sociais e
pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal. Surge da
interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente
quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta relações que não aparecem no
organograma. A estrutura informal focaliza as pessoas e suas relações. A estrutura
formal focaliza autoridades e responsabilidades. Do ponto de vista de
administradores, a estrutura informal é um empecilho que regularmente oferece
resistência às ordens formais, ou as altera ou ainda as cumpre por um procedimento
diferente do desejado. Independente de ser útil ou prejudicial, a primeira
característica da estrutura informal é não poder ser extinta. Em contraste com o fluxo
descendente da autoridade formal, a autoridade informal flui, na maioria das vezes de
maneira ascendente ou horizontalmente. Gabarito: Letra D.

Q118 - No contexto organizacional, a percepção seletiva não constitui


barreira para a comunicação eficaz.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A percepção seletiva é a barreira que criamos para ouvir apenas o que nos agrada, ou
que nos interessa. Acabou de ocorrer as eleições de 2014 (Dilma x Aécio) e as
pessoas só vão ler, debater ou acreditar em que elas acreditam, ou seja: Criou-se
uma forte barreira seletiva. Errada.

Q119 - Chiavenato, 2003, p. 174-175, afirma que a Direção ―constitui a


terceira função administrativa e vem logo depois do planejamento e da
organização (...) e que é o papel da direção: acionar e dinamizar a empresa.
A direção está relacionada com a ação, com o colocar-se em marcha, e tem
muito a ver com as pessoas‖. ―Como não existem empresas sem pessoas, a
direção constitui uma das mais complexas funções administrativas‖.
Chiavenato afirma que ―dirigir significa interpretar os planos para os outros
e dar instruções sobre como executá-los em direção aos objetivos a atingir‖.
A direção, segundo Chiavenato, pode se dar em três níveis distintos e apenas
uma das alternativas abaixo apresenta um destes níveis. Esta alternativa é:

a) Direção no nível burocrático.


b) Direção no nível formal.
c) Direção no nível departamental.
d) Direção no nível de atuação.
e) Direção no nível de controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A direção pode se dar em três níveis distintos:

1. Direção no nível global. Abrange a organização como uma totalidade. Cabe


ao presidente da empresa e a cada diretor em sua respectiva área. Corresponde ao
nível estratégico da organização.

2. Direção no nível departamental. Abrange cada departamento ou unidade da


organização. É a chamada gerência. Envolve o pessoal do meio do campo, isto é, do
meio do organograma. Corresponde ao nível tático da organização.

3. Direção no nível operacional. Abrange cada grupo de pessoas ou de tarefas.


É a chamada supervisão. Envolve o pessoal da base do organograma. Corresponde ao
nível operacional da organização.

Gabarito: Letra C.

Q120 - Uma pesquisa recente revelou que 75% dos funcionários sabem
primeiro das notícias por meio da comunicação informal. O sistema de
comunicação informal, dentro de um grupo ou organização, denomina-se

a) reunião.
b) rede de rumores.
c) comunicação lateral.
d) comunicação ascendente.
e) comunicação descendente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
As três vias básicas da COMUNICAÇÃO INFORMAL são:
• Comunicação descendente – ou de cima para baixo é em geral vista como
seguindo a via de comando formal da organização do alto até o nível mais baixo.
Tende a refletir a relação autoridade responsabilidade expressa no organograma.
• Comunicação ascendente – ou para cima representa o feedback de dados ou
informações dos níveis mais baixos para os níveis da alta administração.
• Comunicação lateral ou horizontal – inclui a comunicação entre colegas do
mesmo grupo e comunicação entre departamentos do mesmo nível.

A comunicação formal é aquela que segue a cadeia de autoridade da organização


definida pela estrutura. Já a comunicação informal é a rede não oficial de canais
que suplementam os canais formais. O bate papo no corredor, o encontro para tomar
um cafezinho são canais informais que consolidam a interpretação das iniciativas
formais.
Gabarito: letra B

Q121 - É o meio pelo qual as informações são transmitidas para a


organização, fluindo em todas as direções da entidade:

a) ambiente de controle
b) monitoramento
c) comunicação
d) comunicação interna

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A comunicação interna é de extrema importância para o sucesso da organização.
Numa empresa, as pessoas convivem, compartilham experiências, criam laços
afetivos. A comunicação entre as pessoas facilita a integração e tende a ampliar a
afinidade, a identificação. Gabarito: Letra D.

Q122 - De acordo com Robbins (2009), as fontes de conflitos interpessoais


são derivadas de falhas de dado processo, o qual constitui uma das forças
mais restritivas ao bom desempenho em grupo. Transferência de significados
entre membros, transmissão de informações e ideias, alcance de significados
e compreensões são características desse importante processo. Segundo o
autor, há registros de que acidentes terríveis de avião estão diretamente
relacionados a problemas de entendimento sobre as instruções entre os
pilotos da aeronave e os controladores de tráfego aéreo.

O pressuposto não declarado no texto refere-se ao processo de


a) feedback.
b) significação.
c) comunicação.
d) comportamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: letra C.

Q123 - São competências na área de comunicação organizacional: redação,


linguagem, sinais não verbais, escuta, leitura e observação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO
• Habilidades do remetente: redação, escolha das palavras e linguagem corporal.
• Remetente/destinatário: sinais não verbais (gestos, postura, expressão facial, tom
de voz, etc.).
• Habilidades do destinatário: escuta, leitura e observação.
Correta.

Q124 - O diretor de marketing de uma empresa enviou um memorando com


uma ordem para a realização de uma tarefa destinada ao gerente da área de
produção, que a atendeu prontamente. Esse fato indica que, nessa
organização,

a) existe unidade de comando e a comunicação é lateral.


b) falta unidade de comando e a comunicação é horizontal.
c) existe unidade de comando e a comunicação é vertical.
d) inexiste unidade de comando e a comunicação é diagonal.
e) existe unidade de comando e não ocorre comunicação horizontal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Não existe unidade de comando, porque o diretor de um setor deu uma ordem para o
gerente de outro setor. A comuncação é diagonal, porque o diretor está
hierarquicamente em nível superior ao gerente (↘) .

Q125 - Sobre a comunicação, assinale a alternativa INCORRETA.


a) Todas as funções de uma instituição envolvem comunicação que é imprescindível
para compartilhar estratégias, objetivos e valores que representam o coração da
cultura de uma instituição.
b) A comunicação vertical acontece quando o titular do departamento de marketing
se comunica com o titular do departamento de produção.
c) A comunicação é um processo de elaborar, transmitir e garantir o entendimento de
mensagens.
d) A comunicação vertical, cujo fluxo de informações ocorre por meio da cadeia de
comando, pode ser descendente ou ascendente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: letra B, pois no caso em tela, temos uma comunicação diagonal.

Q126 - No processo administrativo, são funções do controle:

a) o controle pré-ação, o controle concorrente e o controle por feedback


b) o controle gráfico, o controle documental e o controle por relatórios
c) o controle da qualidade, o controle da quantidade e o controle dos custos
d) o controle formativo, o controle somativo e o controle avaliativo
e) o autocontrole, a auditoria interna e a auditoria de resultados

RESPOSTA DA QUESTÃO:
No processo administrativo ou organizacional há 4 funções:
Planejamento
Organização
Direção
Controle
No caso do controle, este deve ocorrer com o controle pré-ação ou preventivo
(ANTES), o controle concorrente ou concomitante (DURANTE) e o controle por
feedback ou posterior (DEPOIS) de todas as funções do processo. Gabarito: Letra A.
Q127 - Dentre as ferramentas de gerenciamento do desempenho
organizacional, destaca-se o Balanced Scorecard (BSC), defnido como um
sistema de medição de desempenho que traduz a missão e a estratégia de
uma empresa em objetivos e medidas tangíveis. Considerando que o BSC, é
baseado em quatro perspectivas, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, uma dessas perspectivas.

a) Pesquisa e desenvolvimento.
b) Fornecedores.
c) Processos externos.
d) Aprendizado e crescimento.
e) Planejamento estratégico.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra D. (Clientes, Finanças, Processos internos e Aprendizagem e
crescimento).

Q128 - A implantação de um sistema de medição de desempenho


organizacional deverá garantir a mensuração do máximo de aspectos da
organização, incluindo medidas que possam não ter muita utilidade em curto
ou médio prazo, porém que poderão ser percebidas como úteis em um
futuro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um dos métodos de avaliação (ou medição) de Desempenho Organizacional é o
Balanced Scorecard (BSC), desenvolvidos pelos norte-americanos Kaplan e Norton.
Um dos principais objetivos desse método de avaliação é apresentar um conjunto de
medidas capazes de fornecer uma visão rápida e abrangente da empresa, buscando
eliminar o excesso de informações e concentrando a atenção naquelas medidas
que são fundamentais. Trata-se do MITO DA MEDIÇÃO ABSOLUTA.

Q129 - Segundo as funções da administração, com relação aos aspectos


essenciais do processo de controle administrativo, assinale a alternativa
incorreta.

a) Objetivo: O controle requer um objetivo, um fim predeterminado, um plano, uma


linha de atuação, um padrão, uma norma, uma regra decisória, um critério ou uma
unidade de medida.
b) Medição: O controle requer um meio de medir a atividade desenvolvida. O que não
se pode medir, não se pode administrar.
c) Centralização: mecanismo que centraliza a atividade em curso, para permitir-lhe
alcançar a supervisão necessária.
d) Comparação: procedimento para comparar a atividade desenvolvida com o critério
definido.
e) Correção: mecanismo que corrige a atividade em curso para permitir- lhe alcançar
os resultados desejados.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
- Um objetivo, um plano, um padrão a ser seguido.
- Um meio para medir a atividade desenvolvida.
- Compararação do resultado.
- Correção
Gabarito: Letra C.

Q130 - Aplicada em estruturas organizacionais, a descentralização evita a


lentidão nas decisões e a perda da capacidade de adaptação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q131 - De acordo com o princípio da hierarquia, a autoridade é alocada em


pessoas e percorre cada subnível da hierarquia verticalizada nas
organizações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A autoridade se distingue por três características:
1. Autoridade é alocada em posições da organização (ex: cargos) e não em pessoas.
Os administradores têm autoridade devido às posições que ocupam. Outros
administradores nas mesmas posições têm a mesma autoridade.
2. Autoridade é aceita pelos subordinados. Os subordinados aceitam a autoridade dos
superiores porque acreditam que eles têm o direito legítimo, transmitido pela
organização, de dar ordens e esperar o seu cumprimento.
3. A autoridade flui para baixo através da hierarquia verticalizada. A autoridade flui
do topo até a base da organização, e as posições do topo têm mais autoridade do que
as posições da base. Errada.

Q132 - Considerando as estruturas organizacionais, a estrutura matricial:

a) Facilita a unidade de mando e disciplina (disciplina rígida).


b) Possibilita a concentração de problemas específicos nos órgãos de staff
c) Possui comando único e direto, com menor cooperação das pessoas.
d) Apresenta uma forma de conseguir resultados mediante departamentalização por
projetos ou programas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para matar as questões de estrutura matricial: Não há unidade de comando na
estrutura funcional, normalmente o comando é por projetos ou programas e, outro
aspecto, não há hierarquia entre os gerentes. Gabarito: Letra E.

Q133 - O organograma utilizado em equipes de alta performance, com o qual


se procura minimizar os conflitos hierárquicos, pela adoção de modelos em
que as linhas de autoridade são difíceis de identificar, é o do tipo:
a) radial
b) matricial
c) funcional
d) linear

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Organograma circular (ou radial): usado quando se quer ressaltar o trabalho em
grupo, não há a preocupação em representar a hierarquia. É o mais usado em
instituições modernas ou do terceiro setor onde o se quer ressaltar a importância do
trabalho em grupo. Letra A.
Q134 - As organizações possuem diferentes tipos de estruturas. Uma delas é
a que agrupa as atividades e tem como característica a similaridade de
tarefas, habilidades, recursos e conhecimentos necessários para o
desempenho de cada função. Essa é a estrutura

a) linear.
b) matricial.
c) por projetos.
d) funcional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Organização funcional é o tipo de organização em que se aplica o princípio funcional
ou da especialização. Cada área é especializada em um determinado assunto, é a
autoridade em um tema. Dessa forma, ela presta seus serviços às demais áreas de
acordo com sua especialidade. Letra D.

Q135 - A estrutura organizacional que tem como característica uma dupla


linha de autoridade, rompendo com a unidade de comando é:

a) Matricial.
b) Linear.
c) Staff.
d) Funcional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q136 - A dupla subordinação simultânea a um responsável pelo projeto e a


um gerente funcional refere-se à estrutura:

a) Por projeto
b) Por cliente
c) Matricial
d) Por produto

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra C.

Q137 - Os tipos de subordinação funcional definem como se reportam as


áreas ou estruturas organizacionais entre si e podem ser principalmente de
três tipos. Assinale a alternativa correta:
a) Linha, assessoria (linha-staff) e funcional.
b) Linha, assessoria (linha-staff) e sistêmica.
c) Linha, assessoria (linha-staff) e clássica.
d) Assessoria (linha-staff), sistêmica e clássica.
e) Nenhuma das alternativas é correta.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
TIPOS DE SUBORDINAÇÃO FUNCIONAL:
Autoridade de LINHA = define relações entre chefes e subordinado, aqueles esperam
obediência destes.
Autoridade de ASSESSORIA (linha-staff) = tem função de orientação ou dar
recomendações (ex. assessoria jurídica de uma empresa)
Autoridade FUNCIONAL = Determina o que os outros devem fazer independente da
relação chefe subordinado. (ex. os RH's das empresas)

Q138 - ―Para conduzir e operar com sucesso uma organização, é necessário


dirigi-la e controlá-la de maneira transparente e sistemática. O sucesso pode
resultar da implementação e manutenção de um sistema de gestão
concebido para melhorar, continuamente, o desempenho, levando em
consideração, ao mesmo tempo, as necessidades de todas as partes
interessadas". Este conceito diz respeito a:

a) Gestão Participativa
b) Gestão Estratégica
c) Gestão de Processos
d) Gestão da Qualidade
e) Gestão Normativa

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A gestão de uma organização inclui, entre outras disciplinas de gestão, a gestão da
qualidade.

Como toda gestão, a Gestão de Qualidade é composta de estágios tais como:


- análise geral do processo,
- planejamento,
- organização,
- controle,
- implementação,
- análise de indicadores e
- educação continuada.

Atualmente a gestão da qualidade está sendo uma das maiores preocupações das
empresas, sejam elas voltadas para a qualidade de produtos ou de serviços. Gab: D.

Q139 - A definição ―comprometimento estratégico com a melhoria da


qualidade combinando métodos de controle estatístico da qualidade com um
comprometimento cultural‖ refere-se a

a) círculos de qualidade.
b) gestão da qualidade total.
c) prêmios de qualidade.
d) garantia de qualidade.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
A gestão da qualidade total (em língua inglesa "Total Quality Management" ou
simplesmente "TQM") consiste numa estratégia de administração orientada a criar
consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. Gab: B.

Q140 - Inclui-se como princípio central da gestão da qualidade:

a) Redução dos níveis hierárquicos visando à racionalização dos processos decisórios


e, assim, à elevação gradual da qualidade de produtos e serviços.
b) Esforço sistemático de tradução de diretrizes estratégicas em objetivos e medidas
tangíveis, visando à elevação da produtividade e da qualidade de produtos e serviços
de uma empresa.
c) Elevação da motivação do funcionário por meio da ampliação das tarefas, da sua
variedade e das condições ambientais, visando ao aumento da qualidade do trabalho
em uma empresa ou organização.
d) Melhoria da qualidade do trabalho dentro da empresa por meio da atribuição de
maior responsabilidade e liberdade de opinião para os funcionários e reuniões
sistemáticas que resultem em medidas inovadoras.
e) Foco nos clientes e usuários, identificando suas satisfações e insatisfações, visando
manter a fidelidade destes aos produtos e serviços fornecidos pela empresa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A gestão da qualidade tem como FOCO PRINCIPAL a satisfação do cliente com o
produto ou serviço. Um programa de qualidade total geralmente proporciona
melhorias na qualidade e projeto do produto; no processo de fabricação; na moral
dos empregados e na consciência da importância da qualidade; na assistência técnica
prestada aos consumidores; na aceitação pelo mercado; nas perdas resultantes ao
longo do processo de fabricação; na redução dos custos operacionais; nos serviços
prestados aos consumidores e na diminuição das reclamações.

Aspectos Importantes na implantação de um programa de qualidade

1 - Total satisfação dos Clientes;


2 - Gerência Participativa;
3 - Desenvolvimento de Recursos Humanos;
4 - Constância de Propósitos;
5 - Aprimoramento Contínuo;
6 - Gerenciamento de Processos;
7 - Delegação;
8 - Disseminação de Informações;
9 - Garantia da Qualidade;
10 - Não aceitação de Erros.

Gabarito: Letra E.

Q141 - Tratando-se da gestão da qualidade, o ciclo PDCA é

a) uma ferramenta de representação das possíveis causas que levam a um


determinado efeito.
b) um método gerencial para a promoção contínua e reflete a base da filosofia do
melhoramento contínuo
c) um diagrama que auxilia na visualização da alteração sofrida por uma variável
quando outra se modifica.
d) o desdobramento de dados, a partir de levantamento ocorrido, em categorias e
grupos para determinar sua composição, objetivando a análise e pesquisa para o
desenvolvimento de oportunidades de melhorias.
e) a representação gráfica que mostra a distribuição de dados por categorias.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
a) – Errada - Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido como Ishikawa ou
Espinha de Peixe.
b) – Correta - Ciclo PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming.
c) – Errada - Diagrama de Dispersão.
d) – Errada - Estratificação.
e) – Errada - Histograma.

O ciclo de Deming (ou de Shewart, seu criador) ou, como é mais conhecido, PDCA, é
uma ferramenta na busca da melhoria contínua, do kaizen. O objetivo da ferramenta
é simplificar o processo de melhoria dos processos e a correção de problemas e fazer
com que qualquer funcionário da organização possa participar desse processo e
melhorar a qualidade da organização.

PDCA = Plan, Do, Check and Act. Importante também saber em português o que é
este processo: Planejar, Executar, Controlar e Agir Corretivamente.

Q142 - Qual das alternativas abaixo não é uma das etapas da Gestão de
Qualidade?

a) Planejamento.
b) Execução.
c) Organização.
d) Controle.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
PDCA = Plan, Do, Check and Act.
1. Planejar
2. Executar
3. Controlar
4. Agir
Gabarito: Letra C

Q143 - O sistema permanente e de longo prazo, voltado para o alcance da


satisfação do cliente por meio de um processo de melhoria contínua dos
produtos e serviços gerados, denomina-se:

a) Gestão pela qualidade total.


b) Outplacement.
c) Replacement.
d) Outsourcing.
e) PDCA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O gerenciamento da qualidade total (Total Quality Management - TQM) é um conceito
de controle que atribui às pessoas, e não somente aos gerentes e dirigentes, a
responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. O tema central da qualidade
total é bastante simples: a obrigação de alcançar qualidade está nas pessoas que a
produzem. Os funcionários e não os gerentes são os responsáveis pelo alcance de
elevados padrões de qualidade. Com isso,o controle burocrático - rígido, unitário e
centralizador - cede lugar para o controle pelas pessoas envolvidas - solto, coletivo e
descentralizado.

Essa questão induz o candidato a marcar a letra E – PDCA, na verdade PDCA é uma
ferramenta de todo o processo da qualidade total e não o sistema em si. Gabarito: A.
Q144 - Denomina-se ..................................................................... a procura
das melhores práticas por parte das empresas, que conduzem ao
desempenho superior, por meio do qual uma empresa examina como outra
realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou
uma função semelhante, denomina-se:

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) PDCA
b) Benchmarking
c) Gestão pela qualidade total
d) Replacement
e) Outsourcing

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O glossário do GesPública define benchmarking como ―um processo contínuo de
medição de produtos, serviços e práticas (processos), em relação aos concorrentes
mais competitivos, ou às empresas reconhecidas como líderes‖. Gabarito: Letra B.

Q145 - Como ferramenta na gestão da qualidade, o Diagrama da Causa e


Efeito é adequado para

a) analisar processos cujas causas são suficientemente conhecidas.


b) solucionar problemas causados por brainstormings.
c) analisar os problemas complexos que parecem ter muitas causas inter-
relacionadas.
d) ordenar as frequências das ocorrências dos problemas, da maior para a menor,
permitindo a priorização dos problemas.
e) documentar os passos necessários para a execução de um processo qualquer.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Diagrama de Ishikawa, ou "Diagrama de Causa e Efeito", é um ferramenta gráfica
para gerenciamento da qualidade que permite estruturar hierarquicamente as causas
potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus
efeitos sobre a qualidade dos produtos. É usado, dentre outras razões, para indicar o
relacionamento de cada causa e sub-causa as demais e ao efeito ou característica de
qualidade. Gabarito: Letra C.

Q146 - O método de administração da qualidade de Deming estimula um


relacionamento de longo prazo fundado na lealdade e confiança com um
número reduzido de fornecedores.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Para Deming o mais importante na aprovação de orçamentos não deveria ser o preço,
mas a diminuição do custo total, para isso, deve-se desenvolver um fornecedor para
cada matéria-prima ou insumo de forma a tornar o relacionamento mais duradouro,
confiável e leal. Correta.

Q147 - Em relação à gestão estratégica da qualidade, é correto afirmar que


sua ênfase está
a) na garantia da uniformidade do produto, por meio da utilização de
adequados instrumentos de medição.
b) no intenso controle do processo produtivo, a partir da utilização de
técnicas estatísticas.
c) em toda a cadeia de produção, desde o projeto à oferta final do produto
ou serviço ao mercado, utilizando para isso, ferramentas sistêmicas de
gestão.
d) no atendimento das necessidades do cliente, a partir do planejamento
estratégico, do estabelecimento de objetivos e do envolvimento de toda a
organização.
e) nos elementos humanos que garantirão a qualidade dos produtos e
serviços.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O produto pode ser de alta tecnologia, alta qualidade se não satisfazer a necessidade
do cliente esse produto não vale pra nada. E deve partir do planejamento estratégico
até o resultado final – ―qualidade ponta a ponta‖. Em que pense as outras
alternativas não estarem necessariamente incorretas, o enunciado foi claro em pedir
do candidato a ÊNFASE (em que se pauta) na gestão de qualidade. Gabarito D.

Q148 - Acerca da gestão da qualidade total, assinale a opção correta.

a) À medida que se aumenta a inspeção e, consequentemente, descartam-se os


produtos defeituosos, aumenta-se a qualidade dos produtos.
b) O gerenciamento da qualidade relaciona-se à estratégia de administração
direcionada a criar consciência, em todos os envolvidos no processo, da necessidade
de qualidade em todos os processos organizacionais.
c) Segundo as ideias de Deming, deve-se gastar mais na realização dos processos
para se obter mais qualidade, visto que há uma relação direta entre gastos e
benefícios no cenário de competição.
d) Os principais determinantes da qualidade são a capacidade de qualidade dos
processos financeiros e a qualidade do ambiente.
e) Entre as dimensões da qualidade do produto, incluem-se o desempenho, a
precisão, o formato e o método de

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A qualidade total representa, então, a busca da satisfação do cliente e de todos os
demais interessados, e a busca da excelência organizacional, mediante a ação
sinérgica em que o todo sobrepuja a soma das partes. Na qualidade total também se
busca a redução de custos, que, regra geral, é obtida mediante a redução do
desperdício. Gabarito: Letra B.

Q149 - Na gestão da qualidade, a ferramenta que auxilia o gestor a visualizar


a alteração sofrida por uma variável, quando outra se modifca, é denominada
de histograma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diagrama de dispersão ou gráfico de dispersão: Constitui a maneira de
visualizar a relação entre duas variáveis quantitativas usado quando necessita-se
saber o que acontece com uma variável quando a outra se altera. Não prova que uma
variável depende da outra, mas torna claro se uma relação existe e em que
intensidade. Já o histograma, é uma representação gráfica da distribuição de
frequências de determinados eventos, normalmente um gráfico de barras verticais.
Errada.

Q150 - O benchmarking é uma ferramenta criada com intuito de replicar os


procedimentos de um concorrente para aprimorar o processo produtivo e,
por isso, deve ser utilizado em organizações que atuam no mesmo ramo de
negócios.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O Benchmarking não replica processos, ele avalia com proposito de aprimoramento.
Errada.

Q151 - Assinale a alternativa correta sobre a Gestão da Qualidade Total.


a) A obtenção da qualidade total depende apenas da alta gerência da organização.
b) O foco é o cliente.
c) A qualidade total visa o sucesso da organização no curto prazo.
d) A qualidade total não promove a integração de todas as atividades da organização.
e) A Gestão da Qualidade Total visa obter um produto ou serviço perfeito, mesmo que
não atenda aos requisitos e necessidades dos clientes.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q152 - Altos níveis de qualidade e custos em baixos níveis são o objetivo


principal dos círculos de qualidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O foco precípuo está na satisfação do cliente. Altos níveis de qualidade e custos
baixos são meios. Errada.

Q153 - O ciclo PDCA, ou ciclo de Deming, é

a) um fluxograma, com respectivo cronograma, de procedimentos vinculados a um


processo produtivo específico.
b) uma ferramenta de verificação de fatores institucionais, econômicos e sociais
vinculados ao processo decisório.
c) um fluxograma de procedimentos vinculados ao processo orçamentário.
d) uma sigla formada por Plano, Dotação, Controle e Atuação, vinculados ao processo
orçamentário.
e) uma ferramenta de controle gerencial cuja finalidade é monitorar a melhoria
contínua de um processo ou do sistema de gestão, por inteiro, de uma organização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

Q154 - Na administração da qualidade, o princípio que estabelece que a


maior parte dos prejuízos são causados por um número relativamente
pequeno de defeitos é o de

a) Deming.
b) Ishikawa.
c) Juran.
d) Shewhart.
e) Pareto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Revisão breve
- O Diagrama de Ishikawa ou "Diagrama de Causa e Efeito" ou "Espinha-de-peixe", é
uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o Gerenciamento e o
Controle da Qualidade (CQ), pois identifica a causa do problema.
- juran – Qualidade é feita de 3 processos Planejamento, controle e melhoria.
- Ciclo PDCA ou ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming - é um ciclo de
desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua. Melhora a qualidade, diminui
despesas enquanto aumenta a produtividade e o mercado. Para Deming, a qualidade
deve ter como objetivo as necessidades do usuário, presentes e futuras.
- Diagrama de Pareto - é um gráfico de barras que ordena as frequências das
ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas.

Pareto também ficou conhecido como a regra do 80-20. Exemplos corriqueiros

- 80% dos problemas são causados por 20% dos clientes


- 20% dos clientes são responsáveis por 80% do faturamento

Gabarito: Letra E.

Q155 - Considerando os principais teóricos da gestão da qualidade, a


afirmativa ―A qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário,
presentes e futuras‖ é atribuída a:

a) Juran.
b) Feigenbaum.
c) Deming.
d) Crosby.
e) Chiavenato.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
"Qualidade é adequação ao uso" (J.M. Juran)
"Qualidade é o conjunto de características do produto ou serviço tanto de engenharia,
comercialização, fabricação, quanto de manutenção, através das quais o produto ou
serviço em uso satisfará as expectativas do consumidor" (A. Feigenbaun)
"Qualidade é conformidade com as especificações" (Philip Crosby)
"Qualidade é conseguir traduzir as futuras necessidades do usuário em características
mensuráveis, de modo que o produto possa ser projetado para garantir a sua
satisfação, no preço que ele está disposto a pagar" (W. E. Deming). Falou em
Deming, falou em foco no cliente, usuário, consumidor... Deming é tão importante
quando se trata de Gestão de Qualidade, que há no Japão um prêmio de nível
internacional batizado de ―Deming Prize‖. É o ―Óscar‖ da qualidade.

Q156 - Um dos princípios mais importantes da ISO 9000 é o do


aprimoramento contínuo, que pode ser obtido por meio de um modelo
conhecido como Ciclo PDCA. Nas organizações, se o ciclo for corretamente
aplicado, elas aprenderão com os próprios erros e, assim, após cada giro de
PDCA, a organização estará num patamar de qualidade acima do ciclo
anterior. O ciclo PDCA é conhecido também por ciclo de:
a) Juran
b) Porter
c) Katz
d) Drucker
e) Deming

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: D.

Q157 - Ora, entre os vários métodos e instrumentos utilizados em cada


operação, há sempre o método mais rápido e o instrumento melhor que os
demais. Estes métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados bem
como aperfeiçoados na análise científica de todos aqueles em uso,
juntamente com acurado e minucioso estudo do tempo. Isto acarreta gradual
substituição dos métodos empíricos pelos científicos, em todas as artes
mecânicas. O excerto acima se refere, respectivamente, à escola e ao autor:

a) Sistêmica - Bertalanffy
b) Japonesa - Deming
c) Neoclássica - Drucker
d) Clássica - Taylor
e) Comportamental – Fayol

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Escola Clássica: (2 vertentes)
a) abordagem científica, teoria científica ou administração científica de Taylor;
b) abordagem clássica, teoria clássica de Fayol
Eu associo o termo científico a Taylor da seguinte forma: ―Cientaylor‖. Gabarito: D.

Q158 - As opções a seguir apresentam princípios de Deming nas


organizações ,à exceção de uma. Assinale-a.

a) Diversificação dos fornecedores por insumos.


b) Eliminação do medo.
c) Eliminação das barreiras entre departamentos.
d) Instituição de um forte programa de educação.
e) Minimização dos custos totais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q159 - Ao analisar a viabilidade de implementação da faixa reversível na


avenida Brasil, foi solicitado ao agente de administração que apresentasse
os horários de maior pico de utilização da via, no período da manhã. Para
demonstrar estes horários, o agente de administração utilizou um gráfico de
barras conforme apresentado na Figura 01: Utilização da via, a seguir:

Figura 01: Utilização da via


O gráfico utilizado pelo agente de administração (Figura 01) é denominado
de:

a) histograma
b) Pareto
c) controle
d) dispersão

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Diagrama de Pareto é uma forma especial de gráfico de barras verticais
(histograma) que permite determinar quais problemas resolver e qual a prioridade.
Esse histograma direciona os esforços para os problemas mais importantes, visto que
permite selecionar e visualizar itens ou fatores em sua ordem crescente de
importância, e utilizá-los para melhora da qualidade, redução de custos etc. Gabarito:
Letra A.

Q160 - O gráfico que representa o fluxo ou seqüência de procedimentos ou


rotinas administrativas e ou operacionais é o

a) fluxograma.
b) organograma.
c) cronograma.
d) funcionograma.
e) histograma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fluxograma: representação esquemática de um processo.
Organograma: É um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização.
Os organogramas mostram como estão dispostas unidades funcionais, a hierarquia e
as relações de comunicação existentes entre estes.
Cronograma: É um instrumento de planejamento e controle semelhante a um
diagrama, em que são definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a serem
executadas durante um período estimado. Em nível gerencial, um cronograma é um
artefato de controle importante para levantamento dos custos de um projeto e, a
partir deste artefato, pode ser feita uma análise de viabilidade antes da aprovação
final para a realização do projeto.
Funcionograma: Ele pode ser compreendido como uma variação do organograma e
contém informações sobre as atribuições dos diversos setores, proporcionando um
conhecimento detalhado da organização.
Esta tecnologia é extremamente útil também para a verificação e definição das
responsabilidades setoriais, funcionando a partir de algumas indagações, como, por
exemplo:
- Há dois ou mais setores com as mesmas atribuições e responsabilidades?
- Falta algo essencial no quadro de atribuições?
- Existem atribuições que não são desempenhadas na prática?
- Existe desequilíbrio na divisão de tarefas entre os órgãos?
Histograma: Na estatística, um histograma é uma representação gráfica da
distribuição de frequências de uma massa de medições, normalmente um gráfico de
barras verticais. É uma das Sete Ferramentas da Qualidade.
Gabarito: Letra A.

Q161 - O princípio de Pareto, muito utilizado no processo decisório, parte de


uma representação gráfica para focar a atenção nos problemas mais
importantes e prioritários denominada

a) fluxograma.
b) histograma.
c) organograma.
d) funcionograma.
e) diagrama.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra B.

Q162 - Sabendo que poucas causas levam à maioria dos problemas, bem
como que a identificação da causa básica de um problema deve ser feita de
acordo com uma sequência de procedimentos lógicos, baseada em fatos e
dados, o recurso gráfi co utilizado para estabelecer uma ordenação nas
causas de perdas que devem ser saneadas denomina-se:

a) Diagrama de Pareto.
b) Diagrama de Ishikawa.
c) Funcionograma.
d) Histograma.
e) Fluxograma.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Olha a casca de banana! Cuidado.
Diagrama ou princípio de Pareto é uma forma especial de gráfico de barras
verticais (histograma) que permite determinar quais problemas resolver e qual a
prioridade. Esse histograma direciona os esforços para os problemas mais
importantes, visto que permite selecionar e visualizar itens ou fatores em sua ordem
crescente de importância, e utilizá-los para melhora da qualidade, redução de custos
etc. Letra A.

Q163 - Indicadores e problemas comuns na rotina das organizações


públicas, como filas, morosidade no atendimento, acúmulo de papéis na
mesa dos funcionários, demora em certos pontos do processo, gerando
atrasos e reclamações, podem apontar erros, falhas na rotina. Todos esses
pontos indicam a necessidade de uso de uma técnica mais conhecida e mais
utilizada no estudo de rotinas administrativas. É a da elaboração de

a) cronogramas.
b) histogramas.
c) diagramas.
d) funcionogramas.
e) fluxogramas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Fluxograma- processos-execução / passo-a-passo (rotina) >>>>>> atenção nunca
se utiliza fluxograma em projetos, pois utiliza sequência de rotinas. Gabarito: Letra E.

Q164 - Técnica que pode ser utilizada para buscar a causa-raiz de um


problema por meio de um diagrama popularmente conhecido como espinha
de peixe:

a) Diagrama de Causa e Efeito


b) Diagrama de Fluxos de Dados
c) Diagrama de Venn
d) Diagrama de Transição de Estados
e) Diagrama de Bloco

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O diagrama de Ishikawa, que também é conhecido como espinha de peixe ou
diagrama de causa e efeito, é uma ferramenta que nos possibilita ―entender‖ melhor
um processo ou um problema. Gabarito: Letra A.

Q165 - O diagrama de causa e efeito, desenvolvido para representar a


relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa que podem
contribuir para esse efeito, também é conhecido por

a) Diagrama de Pareto.
b) Diagrama de Ishikawa.
c) Paradigma de Rubinstein.
d) Diagrama de classes.
e) Ciclo PDCA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra B.

Q166 - Uma organização realiza sua avaliação e diagnóstico da gestão


organizacional com base no modelo de excelência da gestão. Essa empresa
compreende claramente a relação de interdependência entre seus diversos
componentes, e também entre a organização e seus fornecedores, clientes e
sociedade. Seus gestores atuam de forma aberta, democrática e motivadora,
visando à promoção da cultura da excelência, além de perseguir o alcance de
resultados consistentes que assegurem a perenidade da organização, com o
aumento do capital intelectual e financeiro, além da relevância da marca.

Essa organização adota um modelo que se denomina GESPÚBLICA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Alguns conceitos não têm relação com a Gespública. A Gespública tem como
finalidades:

- melhoria da qualidade do serviço público;


- aumento da competitividade do país
Questão incorreta.

Q167 - O modelo do GESPUBLICA pressupõe seis categorias básicas de


indicadores de desempenho: eficiência, eficácia, efetividade, economicidade,
excelência e execução. Essas categorias são divididas em duas dimensões: a
de resultado e a de esforço.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É exatamente isto! São seis as dimensões que podem gerar indicadores
segundo o Instrumento para Medição de Desempenho do Gespública:

Dimensão de resultado:
- Eficiência,
- Eficácia;
- Efetividade.
Dimensão de esforço:
- Economicidade
- Execução
- Excelência

Correta.

Q168 - Assinale a opção que não representa um fundamento do Modelo de


Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade.

a) Pensamento sistêmico.
b) Aprendizado organizacional.
c) Visão de futuro.
d) Valorização de pessoas.
e) Desenvolvimento de sistemas de informação.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Os 13 Fundamentos da Excelência, de acordo com o Modelo de Excelência da Gestão
(MEG):
1. Pensamento sistêmico;
2. Atuação em rede;
3. Aprendizado organizacional;
4. Inovação;
5. Agilidade;
6. Liderança transformadora;
7. Olhar para o futuro;
8. Conhecimento sobre clientes e mercados;
9. Responsabilidade social;
10. Valorização das pessoas e da cultura;
11. Decisões fundamentadas;
12. Orientação por processos;
13. Geração de valor.
Gabarito: Letra E.
Q169 - O modelo de excelência gerencial (MEG) proposto pela Fundação
Nacional da Qualidade apoia-se no PDCA (plan, do, check, act), importante
ferramenta de melhoria contínua proveniente da escola da qualidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O modelo de excelência gerencial (MEG) proposto pela Fundação Nacional da
Qualidade apoia-se no PDCA (plan, do, check, act), importante ferramenta de
melhoria contínua proveniente da escola da qualidade. Correta.

Q170 - O modelo de excelência da gestão (MEG), embasado no ciclo plan, do,


check, act (PDCA), é uma importante ferramenta para o Programa Nacional
de Gestão Publica e Desburocratização.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q171 - Indique qual é o programa capitaneado pelo Ministério do


Planejamento e Orçamento que disponibiliza tecnologias de gestão capazes
de estimular e promover a melhoria continuada de processos gerenciais e de
resultados aos órgãos e às entidades públicas que delas se apropriarem.

a) Brasil Maior.
b) Brasil Sem Miséria.
c) Gestão da Informação.
d) Gestão Orçamentária.
e) GESPÚBLICA.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A compreensão de que um dos maiores desafios do setor público brasileiro é de
natureza gerencial fez com que o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização – GESPÚBLICA, instituído pelo Decreto 5.378, de 23 de fevereiro
de 2005, buscasse um modelo de excelência em gestão focado em resultados e
orientado para o cidadão. Esse modelo auxilia as organizações públicas que estão em
busca de transformação gerencial rumo à excelência da gestão. Ao mesmo tempo,
permite avaliações comparativas de desempenho entre organizações públicas
brasileiras e estrangeiras e com empresas e demais organizações do setor privado.
Este modelo de excelência em gestão, de padrão internacional, que expressa o
entendimento vigente sobre o ―estado da arte‖ da gestão contemporânea, é a
representação de um sistema de gestão que visa aumentar a eficiência, a eficácia e a
efetividade das ações executadas. Gabarito: Letra E.

Q172 - Administrar um projeto é o mesmo que administrar o ciclo de vida do


projeto. A administração do ciclo de vida do projeto compreende decisões
alinhadas em quatro fases distinta que são:

a) Planejamento, organização, direção, controle.


b) Acompanhamento, avaliação, determinação, controle.
c) Observação, anotação, criação de alternativas, solução.
d) Definição de objetivos, análise desses objetivos, escolha, solução.
e) Concepção, planejamento, execução, conclusão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Cuidado para não confundir...
Grupos de Processos dos Projetos:
Iniciação
Planejamento
Execução
Monitoramento e controle
Encerramento
Ciclo de Vida do Projeto:
Início do projeto.
Organização e preparação.
Execução do trabalho do projeto.
Encerramento do projeto.

Gabarito: Letra E.

Q173 - As fases do CICLO DE VIDA DO PROJETO são:

a) conceituação, planejamento, implementação e conclusão.


b) planejamento, organização, direção e controle.
c) previsão, distribuição, contagem e coordenação.
d) planejamento, execução, controle e ação corretiva.
e) nascimento, desenvolvimento, maturação e declínio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra A.

Q174 - Em um projeto, uma fase é iniciada apenas depois de a anterior ter


sido concluída, devendo todas as fases ocorrer sequencialmente.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O PMBOK não especifica a adoção de um ciclo de vida de projeto. Ele cita várias
opções, dentre as quais a sequencial é uma delas. Errada.

Q175 - De acordo com o PMBOK, assinale a alternativa que identifca o


conjunto mais abrangente de fases do processo de gerenciamento de
projetos, onde é possível identifcar partes interessadas.

a) Iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, encerramento.


b) Iniciação e planejamento.
c) Planejamento e monitoramento e controle.
d) Monitoramento e controle e encerramento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Veja que essa questão cobrou as fases do PROCESSO e não ciclo de vida,
basicamente é isso que tem que ficar registrado aqui. Gabarito: Letra A.

Q176 - Ciclo de vida do projeto é a sequência de fases que vão do começo ao


fim dele.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Segundo o PMBOK V5,P.38,
"2.4 Ciclo de vida do projeto
Ciclo de vida do projeto é a série de fases pelas quais um projeto passa, do início ao
término. Correta.

Q177 - Quando o projeto é dividido em fases, o fim de cada fase representa


um marco que, quando atingido, induz o início da fase seguinte do projeto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fim da fase representa um marco do projeto, mas não necessariamente possibilita o
início de uma nova fase. O PMBOK considera a possibilidade de relação sobreposta
entre as fases (fases concomitantes). Errada.

Q178 - Os grupos de processos de gerenciamento de projetos representam


as fases do ciclo de vida de um projeto.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Já vimos que PROCESSO do projeto não se confunde com CICLO DE VIDA de um
projeto. Errada.

Q179 - O ciclo de vida do projeto é a série de fases pelas quais um projeto


passa do início ao término.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q180 - O conjunto de fases coletivas atravessadas pelo projeto é


denominado

a) saída de fase.
b) análise de passagem.
c) ciclo de vida do projeto.
d) ponto de encerramento.
e) passagem de estágio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Garabarito: Letra C.

Q181 - Entre as afirmativas que se seguem sobre ciclo de vida do projeto,


selecione opção incorreta.

a) Os gerentes podem dividir os projetos em fases para facilitar o controle gerencial.


b) O conjunto das fases de um projeto corresponde ao ciclo de vida do projeto.
c) O ciclo de vida do projeto define as fases que conectam o início de um projeto ao
seu fim.
d) A capacidade das partes interessadas influenciarem o produto do projeto é maior
nas fases iniciais do ciclo de vida do projeto.
e) O nível de custos e de pessoal é maior na primeira e na última fase do ciclo de vida
de qualquer projeto.
RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gabarito: Letra E. O correto seria: "O nível de custos e de pessoal é menor na
primeira e na última fase do ciclo de vida de qualquer projeto".
Geralmente um projeto se inicia com baixo custo, atinge o ápice de oneração na fase
intermediária na qual se concentra o maior nível de gasto e decai rapidamente na
última fase do projeto, pois a estrutura transitória está se dissolvendo para concluir o
término do projeto.

Q182 - Os projetos são caracterizados por fases que compõem o seu ciclo de
vida, entre as quais se incluem a de conceituação e a de planejamento.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q183 - A aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às


atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos denomina-se:

a) Gestão de Risco.
b) Gestão do Conhecimento.
c) Gerenciamento de Projetos.
d) Gerenciamento Contábil Financeiro.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A questão define o conceito de gerenciamento de projetos. Letra C.

Q184 - Escopo, tempo, custos e qualidade são os principais determinantes


para o objetivo de um projeto, seja na esfera pública ou privada.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são os principais determinantes para o objetivo
de um projeto: entregar um resultado de acordo com o escopo, no prazo e no custo
definidos, com qualidade adequada; em outras palavras, o que, quando, quanto e
como. Recursos Humanos e Aquisições são os insumos para produzir o trabalho do
projeto. Comunicações e Riscos devem ser continuamente abordados para manter as
expectativas e as incertezas sob controle e o projeto no rumo certo. A Integração
abrange a orquestração de todos estes aspectos. Correta.

Q185 - Na gestão de projetos, a estrutura funcional acaba por fazer que


vários projetos disputem recursos limitados e prioridades.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na estrutura funcional, como coexistem vários departamentos que agrupam
especialistas, cada área tende a acreditar que suas prioridades são mais importantes
que as demais. Tal circunstância gera, invariavelmente, a citada disputa pelos
recursos. Certa.

Q186 - O objetivo principal do gerenciamento de projetos é garantir a sua


execução de acordo com o prazo definido, os custos estimados e as
especificações estabelecidas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O gerenciamento dos projetos, existem, essencialmente, para que sejam executados
de acordo com o que se espera deles. É exatamente o que a questão está dizendo, só
que em outras palavras. Correta.
Q187 - Os projetos não precisam necessariamente ter uma duração, pois há
casos em que não é possível definir o tempo de execução, como no caso da
elaboração de produtos intelectuais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
É característica inerente aos projetos terem início e fim definidos (prazo determinado
de duração). Senão constituiria um processo, não um projeto. Errada.

Q188 - Uma abordagem organizacional que privilegie a gestão de processos


adota, necessariamente, uma visão sistêmica do seu negócio.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Abordagem sistêmica para a gestão: identificar, entender e gerenciar os processos
inter-relacionados, como um sistema, são fatores que contribuem para a eficácia e
eficiência da organização no cumprimento de seus objetivos. Certa.

Q189 - A abordagem por processos considera que um processo é um


conjunto de atividades ou comportamentos desenvolvidos e executados por
pessoas ou máquinas para alcançar uma ou mais metas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Um processo compreende uma séria de atividades, racionalmente sequenciais e
interrelacionadas, que devem ser executadas para se obter determinado resultado
pretendido. É um modo de transformar insumos em produtos para atender a
necessidade de algum cliente. O processo inicia com a identificação de uma
necessidade e termina com a entrega do produto (bem ou serviço) ao cliente. Certa.

Q190 - O empowerment é uma abordagem que contribui para desenvolver e


implantar melhorias nos processos organizacionais em todos os níveis da
organização

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O empowerment ou delegação de autoridade permite aos funcionários tomarem
decisões com base em informações fornecidas pelos gestores, aumentando a
participação e responsabilidade dos funcionários nas atividades da empresa.

Vantagens
A adoção do empowerment por parte das empresas traz diversos benefícios para elas,
como por exemplo: o aumento da motivação e da satisfação dos funcionários,
aumentando assim a taxa de retenção dos talentos da empresa, o compartilhamento
das responsabilidades e tarefas, maior agilidade e flexibilidade no processo de
tomada de decisão, etc. Além, claro, de estimular o aparecimento de novos líderes
dentro das empresas. Certa.

Q191 - As empresas, no contexto atual caracterizado pela constante


mudança, precisam adaptar-se a cada momento, garantindo a sua
sobrevivência e competitividade no mercado. Uma abordagem que vem
sendo utilizada com o objetivo da melhoria da qualidade e do aumento da
competitividade é o gerenciamento por processos. O gerenciamento por
processos caracteriza-se por
a) ter o foco na estrutura da organização, considerando a predominância da
verticalização da hierarquia.
b) ter o foco no processo produtivo e na sua relação com o desempenho financeiro da
empresa.
c) identificar os gargalos do processo produtivo e delimitar a área de atuação de cada
setor da organização.
d) identificar tanto os clientes quanto os fornecedores, assim como as entradas e
saídas de cada processo.
e) privilegiar os macroprocessos que são os elementos fundamentais no
gerenciamento da rotina.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Gerenciamento de processo possui por fundamento agregar valor ao produto ou
serviço executado para os clientes. É horizontal e desse modo utiliza o processo
aberto onde há entrada e saída do produto. Gabarito: Letra D.

Q192 - A abordagem de processos nas organizações públicas constitui um


desafio gerencial visto que estruturas burocráticas enfatizam os mecanismos
de controle em vez de priorizarem o aperfeiçoamento dos processos e
rotinas que melhor aproveitariam os recursos organizacionais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
O fato do Gespública definir qualquer coisa não significa que isso já tenha sido
impregnado em cada um dos órgãos e entidades da administração pública direta e
indireta e nem que já tenha sido absorvido pelos 26 estados, DF e os mais de 5 mil
municípios do país. Continua sendo sim um desafio para a administração pública
romper as estruturas burocráticas que enfatizam os mecanismos de controle. Errada.

Q193 - As empresas atualmente enfrentam muitos concorrentes e precisam


otimizar suas atividades, visando a aumentar a produtividade, para ter
menores custos, possibilitando assim maior competitividade.
Uma das formas existentes para um gerenciamento mais eficaz, atualmente,
é fazer uma análise da interação das diferentes atividades, seu
sequenciamento, identificando suas entradas e seus resultados, e o valor
agregado obtido nesse fluxo.

O modelo de gestão adotado pela empresa que utiliza esse tipo de


abordagem é o seguinte:

a) gerenciamento mecanicista
b) gestão por processos
c) reengenharia
d) brainstorming
e) administração por objetivos

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Na gestão por processos, um processo é visto como fluxo de trabalho - com insumos,
produtos e serviços claramente definidos e atividades que seguem uma sequência
lógica e dependente umas das outras, numa sucessão clara – denotando que os
processos têm início e fim bem determinados e geram resultados para os clientes
internos e/ou externos. As palavras chaves nessa questão são: entradas, resultados,
fluxos... Gabarito: Letra B.
Q194 - Processo é definido como um conjunto de atividades independentes
que transforma insumos (entradas) em produtos (saídas).

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Processo é o conjunto de atividades interdependentes que transformam entradas
em saídas com o fim de gerar valor para os clientes. Errada.

Q195 - ISO 9000

a) é um conjunto de normas que só podem ser utilizadas por empresas grandes de


caráter industrial.
b) é um pacote de softwares orientado para implantação de sistemas de qualidade
em empresas do setor de informática.
c) confere qualidade a um produto (ou serviço), garantindo que o produto (ou
serviço) apresentará sempre as mesmas características.
d) fornece um certificado segundo o qual o produto avaliado terá maior qualidade que
um outro similar sem a certificação.
e) diz respeito apenas ao sistema de gestão da qualidade de uma empresa, e não às
especificações dos produtos fabricados por esta empresa.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
A primeira afirmativa está errada, pois as normas ISO podem sim ser utilizadas por
empresas de todos os portes e setores econômicos. Na letra B, a ISO não se trata de
um pacote de software. No caso da letra C, a banca está utilizando uma famosa
―pegadinha‖. As normas ISO não garantem, por si só, a qualidade de uma empresa.
O mesmo ocorre com a letra D, pois a certificação, por si só, é apenas um indicativo
de que aquela empresa tem um sistema de gestão da qualidade mais eficiente.
Finalmente, a alternativa E está correta e é o nosso gabarito.

Q196 - A série 9000 de normas ISO (International Organization for


Standardization) contém recomendações detalhadas para o estabelecimento
de sistemas de qualidade. O ISO 9005 é voltado para a excelência em serviço
público, foco na melhoria contínua e medida pela satisfação das partes
interessadas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
ISO 9001 é utilizada pelas companhias para controlar seus sistemas de qualidade
durante todo o ciclo de desenvolvimento dos produtos, desde o projeto até o serviço.
Ele inclui o elemento do projeto do produto, que se torna mais crítico para os clientes
que se apoiam em produtos isentos de erros.
ISO 9002 é usada por companhias as quais a ênfase está na produção e na
instalação. Esta norma da qualidade pode ser utilizada por uma empresa cujos
produtos já foram comercializados, testados, melhorados e aprovados. Desta forma,
há a possibilidade de a qualidade do produto ser alta. Estas companhias focalizam
seus esforços para a qualidade na conservação e no melhoramento dos sistemas da
qualidade existentes, em lugar de desenvolverem sistemas da qualidade para um
produto novo.
ISO 9003 é dirigida para companhias nas quais sistemas abrangentes da qualidade
podem não ser importantes ou necessários, como, por exemplo, as fornecedoras de
mercadorias, nestes casos, a inspeção e o ensaio final do produto seriam suficientes.
ISO 9004: "Sistemas de gestão da qualidade - Linhas diretivas para a melhoria dos
desempenhos". Esta norma, prevista para um uso interno e não com fins contratuais,
versa principalmente sobre a melhoria contínua dos desempenhos.
ISO 9005 - Voltado para a excelência em serviço público, foco na melhoria
contínua medida pela satisfação das partes interessadas. Correta.

Q197 - A organização que busca a certificação ISO 9000:2000 evita adotar


visão departamentalizada de gestão.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Existe uma diferença entre visão departamentalizada e visão processual. A ISO 9.000
constitui por uma visão processual e não departamental. Acrescentando: Uma
empresa que adotar a ISO 9000 pode muito bem ser dividida em departamentos, mas
a visão é processual (sistêmica) que une toda a cadeia de processos. Correta.

Q198 - A ISO – INTERNATIONAL STANDARDIZATION ORGANIZATION,


estabelecida na Suíça e responsável pelas normas de Qualidade em diversos
setores, no mundo inteiro, define tecnicamente qualidade como: ―Qualidade
é a adequação ao uso. É a conformidade às exigências". E, para essa
organização, o aspecto objetivo e mensurável da Qualidade, por meio do qual
se pode implantar sistemas como os da ISO-9 000 ou ISO-14 000 é

a) o produto.
b) o projeto.
c) a cláusula.
d) o plano.
e) o processo.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra E.

 Arquivologia – Acesso à informação (Item 5 do Edital – Administração Geral).

Q199 - A Lei de Acesso à informação, Lei n° 12.527/2011,

a) autoriza o órgão público a fazer exigências ao requerente referente aos


motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.
b) não abrange as entidades privadas sem fins lucrativos que recebem
recursos públicos.
c) não prevê o desenvolvimento do controle social como uma diretriz.
d) abrange somente a Administração direta e indireta do Poder Executivo.
e) regula como direito obter tanto informação sobre atividades exercidas
pelos órgãos e entidades, quanto informação contida em registros ou
documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,
recolhidos ou não a arquivos públicos, entre outras.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
De acordo com a Lei 12.527 (Lei de Acesso à informação).

A – ERRADA - Art. 10 § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos


determinantes da solicitação de informações de interesse público.
B – ERRADA - Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às
entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes
ou outros instrumentos congêneres

C – ERRADA - Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar


o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em
conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes
diretrizes:
V - desenvolvimento do controle social da administração pública

D – ERRADA - Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados


pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a
informações
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

E - CERTO: Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre
outros, os direitos de obter:
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por
seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
Gabarito: Letra E.

Q200 - A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o


seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou
do Estado, nos termos da Lei n.º 12.527/11, poderá ser classificada como:

a) ambígua, sigilosa ou pública.


b) vinculada, sigilosa ou exclusiva.
c) secreta, reservada ou pública
d) exclusiva, secreta ou pública.
e) ultrassecreta, secreta ou reservada

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu
teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a
classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os
seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e
III - reservada: 5 (cinco) anos.
Gabarito: Letra E.

Q201 - Nos termos do que dispõe a Lei Federal n.º 12.527/2011 (Lei de
Acesso à Informação), quando se tratar de acesso à informação contida em
documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade,

a) o interessado deverá obter decisão judicial que lhe autorize o acesso.


b) o próprio interessado poderá extrair cópia do documento, as suas próprias
expensas e sob sua responsabilidade, devendo assinar declaração de que restituirá o
documento em perfeitas condições.
c) deverá ser negado o acesso ao interessado.
d) deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com
o original.
e) o interessado poderá ter acesso direto ao documento que contém a informação,
sem qualquer restrição, mas não poderá obter cópia.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja
manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de
cópia, com certificação de que esta confere com o original. Letra D.

Q202 - De acordo com o disposto, expressamente, na Lei Federal n. o


12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), se depois de solicitar a
informação, o interessado souber que houve o extravio da informação
solicitada,

a) poderá pedir indenização à autoridade administrativa competente.


b) poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para
apurar o desaparecimento da respectiva documentação.
c) deverá providenciar dados e documentos que tiver e fornecê-los à autoridade
competente para restituição da respectiva informação.
d) deverá requerer judicialmente a restituição da informação.
e) poderá requerer a abertura de processo administrativo para punição do
responsável e obtenção de respectiva indenização por danos morais.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 7, § 5o Lei 12527/11. Informado do extravio da informação solicitada, poderá o
interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância
para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. Gabarito: Letra B.

Q203 - Perseu Gregório solicitou informações sobre assunto não sigiloso a


determinado órgão público, mas este indeferiu seu pedido e não explicou os
motivos da negativa de acesso. Nessa hipótese, nos termos da Lei n.º
12.527/2011, portanto, Perseu.

a) deve recorrer ao Chefe do Poder Executivo respectivo, que é a única autoridade


competente que pode liberar o acesso às informações solicitadas.
b) deve se conformar com a negativa de acesso, já que a decisão do órgão público é
soberana e não pode ser discutida.
c) nada poderá fazer, pois a Administração pode negar as informações e não precisa
explicar os seus motivos.
d) terá que, obrigatoriamente, solicitar as informações por meio do Poder Judiciário.
e) tem o direito de recorrer à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a
decisão impugnada para obter as informações.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa
do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10
(dez) dias a contar da sua ciência.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à
que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco)
dias.
Gabarito: Letra E.

Q204 - De acordo com a Lei Federal n.º 12.527/2011, a informação em poder


dos órgãos e entidades públicas poderá ser classificada como ultrassecreta,
secreta ou reservada. Assinale a alternativa que estabelece corretamente os
prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme sua
classificação.

a) Ultrassecreta: 40 (quarenta) anos; secreta: 25 (vinte e cinco) anos e reservada:


10 (dez) anos.
b) Ultrassecreta: 30 (trinta) anos; secreta: 20 (vinte) anos e reservada: 5 (cinco)
anos.
c) Ultrassecreta: 15 (quinze) anos; secreta: 10 (dez) anos e reservada: 5 (cinco)
anos.
d) Ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; secreta: 15 (quinze) anos e reservada: 5
(cinco) anos.
e) Ultrassecreta: 35 (trinta e cinco) anos; secreta: 25 (vinte e cinco) anos e
reservada: 10 (dez) anos.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra D.

Q205 - Os documentos, dados e informações sigilosas em poder de órgãos e


entidades da Administração Pública Estadual, observado o seu teor e em
razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
poderão ser classificados, nos termos do Decreto n.º 58.052/2012, nos
seguintes graus:

a) ultrassecreto, secreto e reservado.


b) ostensivo, secreto e reservado.
c) secreto, reservado e urgente
d) normal, reservado e ostensivo.
e) reservado, secreto e normal.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Letra A.

Q206 - As três categorias de sigilo para a classificação de um documento


são: ultrassecreto, secreto e reservado.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Correta.

Q207 - A recusa em fornecer informação solicitada, o fornecimento


proposital de informação incorreta, a destruição, inutilização, desfiguração,
alteração ou ocultação de informação que esteja sob a guarda de servidor
são atitudes consideradas infrações administrativas.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Art. 65 do Decreto 7725. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade
do agente público ou militar(...). Correta.

Q208 - O prazo de restrição de acesso a documento ultrassecreto é de vinte


anos; findo esse período, ele será de acesso público.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
25 anos.

Q209 - A informação, quando classificada na categoria secreta, permanece


por quinze anos com restrição de acesso.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Questão certa.

Q210 – O sistema de valores que diferencia uma organização das demais


denomina-se

a) socialização organizacional.
b) missão organizacional.
c) visão organizacional.
d) cultura organizacional.
e) estatuto organizacional.

RESPOSTA DA QUESTÃO:
Valores = Cultura organizacional. Gabarito: D.

BOA PROVA!!

You might also like