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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E MEIO AMBIENTE

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

RELATÓRIO DE PRÁTICAS

ANÁLISE DE CARBONO ORGÂNICO TOTAL EM AMOSTRA DE


CHORUME

Maracanaú- CE

2018

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 Sumário

1. Introdução ............................................................pág. 3
2. Objetivos...............................................................pág. 3
3. Materiais e Métodos .............................................pág. 4
4. Resultados e Discussão........................................pág. 4
5. Conclusão.............................................................pág. 5
6. Referencias...........................................................pág. 5

Equipe:

Felipe Nicolas de Morais Garcia

Gilvan Antonio da Silva Junior

Keroliny Maria Perdigão Honorato

Mariana Cavalcante Martins

Vitória Dias Pinheiro

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1. Introdução:

O Chorume gerado em aterros é decorrente da percolação de águas da


chuva, escoamento superficial e bactérias existentes no lixo que expelem
enzimas dissolvendo a matéria orgânica formando líquidos (BERTAZZOLI e
PELEGRINI, 2002). Esse resíduo é responsável pela mobilização de uma
mistura complexa de constituintes orgânicos e inorgânicos (MARNIE, e tal.,
2005)
A aferição do teor de matéria orgânica presente nas águas naturais
efetua-se, além naturalmente da avaliação da DBO, também por intermédio do
carbono orgânico total (COT). Em águas superficiais o teor de COT varia de 1
a 20 mg/l, elevando -se para até 1000 m g/l nas águas residuárias, desta
forma, uma alteração significativa deste parâmetro constitui-se em
indicativo de novas fontes poluidoras e balizador das análises a serem
reali zadas (Libânio et al., 2000).

O carbono orgânico total, COT, é uma expressão que denomina toda a


matéria orgânica presente em uma amostra. Essa medida é realizada em
diferentes áreas de pesquisa, tanto ambiental como industrial, com diferentes
objetivos. (Fóssil. 2018).
O carbono orgânico total (COT) é a principal fonte de N e serve para
determinar a qualidade do solo e tem uma importancia muito grande na
agricultura sustentável. As propriedades físicas, químicas e biológicas do solo
são estimadas pela fração orgânica, determinada pelo carbono orgânico
total(COT) (Braga.G. 2011).
Em geral, a matéria orgânica do solo contém 58% de carbono (C). A
degradação do solo influi diretamente no teor de N, pois o COT é a principal
fonte deste nutriente. A adoção de práticas conservacionistas, rotação de
culturas favorecem o aumento e a recuperação da matéria orgânica do solo,
pois a diminuição do revolvimento do solo e os resíduos que cobrem a
superfície do solo contribuem para isto. (Braga. G.2011).

Geralmente os contaminantes orgânicos são não-iônicos e não são


detectados por medições de condutividade padrão. Por isso, medições de alta
resistividade (baixa condutividade) em um sistema de água ultra pura podem
não detectar níveis elevados de TOC em altos níveis de contaminação. Altos
níveis de TOC podem: degradar sistemas de purificação de água, reduzir a
produtividade de semicondutores. Lotes farmacêuticos contaminantes
contaminam unidades de geração de energia e vapor. O TOC é usado para
monitorar a qualidade e eficiência do equipamento de muitos processos de
purificação de água. Ele é usado em muitas das indústrias e aplicações onde já
prestamos serviços: Indústria de semicondutores, Indústria farmacêutica,
Geração de Energia e Vapor.

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2. OBJETIVO
A prática tem como objetivo determinar Carbono Orgânico Total
(COT) em uma amostra de Chorume, Utilizando o aparelho TOC Analyse.

3. MATERIAIS E MÉTODOS:

3.1 Materiais Utilizados


 Analisador de Carbono Total
 Pipeta
 Pera
 Balões Volumétricos
 Vaio
 Água Ultrapura

Foi preparada Inicialmente a Solução estoque de Carbono Orgânico e


Inorgânico (Na2CO3, NaHCO3) para que fosse preparada posteriormente as
curvas do Carbono Orgânico e Inorgânico nas Seguintes Concentrações: 10
ppm, 50 ppm, 100 ppm e 200 ppm

Após o preparo da Curva e da Amostra, ambas são levadas para serem


analisadas no Equipamento de Analise de Carbono Total – TOC ANALYSER
Sievers InnovOx. O Aparelho tem 3 possibilidades de injeção da amostra, 2 do
tipo Manual e 1 do tipo automático. A analise dura em média 4h56min para a
curva e 27 para sua por vaio analisado. Na primeira posição para analise ficou
o Vaio com o branco da 2 a 5 ficaram os vaios da curva do carbono orgânico e
nos locais 6 e 7 ficaram os vaios com água para lavagem e o branco do
carbono Inorgânico, respectivamente e o restante é preenchido com vaios do
carbono Inorgânico

Uma das Limitações do Equipamento é a impossibilidade de


programação de curva e analise no mesmo arquivo, por isso foi deixado
durante todo o período noturno o equipamento trabalhando para que no dia
seguinte fosse feito a leitura da curva e o inicio da analise das amostras. As
condições de mistura no sistema são de 15% de agente Oxidante, 1% de ácido
e o restante é amostra misturada com água, tanto o Agente Oxidante quanto o
ácido devem ser manipulados dependendo da amostra a ser analisada.

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Cada vaio “puxa” quatro vezes, sendo a primeira vez uma quantidade de
12 ml e posteriormente 2 ml de cada vez, sendo por isso não necessário a
analise em triplicata, pois o equipamento já o faz.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da seguinte fórmula, calculou-se o volume necessário da solução
estoque de chorume:

C1V2 = C2V2
1000 X V1 = 100 X 50
V1 = 5 ml
Para a calibração do equipamento, as cinco primeiras leituras
analisaram o carbono inorgânico, no ponto de 0 a 200 ppm. A sexta leitura é de
limpeza, que mede o carbono orgânico não purgado. Feita a limpeza, se inicia
a curva do carbono orgânico com cinco leituras, de 0 a 200 ppm. A seguir a
tabela mostra o resultado da média das leituras que foram feitas em triplicato:

CALIBRAÇÃO - LAQAMB
MÉDIA
CALIBRAÇÃO
COT CI CT NPOC PADRÃO (ppm)
1 - 1,11 3,13 - -
2 - 8,87 9,98 - 10
3 - 40,7 39,3 - 50
4 - 78,3 75,8 - 100
5 - 166 155 200
6 - - - 1,73 -
7 1,12 1,18 2,3 - -
8 4,84 0,99 5,83 - 10
9 17,4 1,04 18,4 - 50
10 31,7 0,97 32,7 - 100
11 57 1,09 58,1 - 200

A curva de calibração é feita a partir dos resultados mensurados em


razão dos resultados esperados. Através da curva, o aparelho faz os ajustes
necessários de acordo com os erros de leitura para dar uma leitura o mais
próximo possível dos valores reais.

A seguir, a tabela mostra os resultados encontrados em chorume para


carbono orgânico total, carbono orgânico e carbono total dado pelo
equipamento:

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AMOSTRAS LAQAMB
Parâmetro Concentração (mg/L)
1 2 3 média
Carbono Total 1561 1847 1663 1755
Carbono Inorgânico 1085 869 922 895
Carbono Orgânico Total 476 979 741 860
Nota 1: O valor do COT é a subtração dos valores de CT e CI.

Nota 2: A leitura das análises foram feitas em triplicata e o valor mais distante
da média foi rejeitada, por isso, a média apresentada na tabela desconsidera o
resultado mais distante.

5. CONCLUSÃO
A partir dos resultados pode-se concluir que a análise do COT é de
suma importância, uma vez que a matéria orgânica é a principal causadora da
poluição das águas.

Avaliando os valores obtidos e o fator de diluição da amostra em relação


aos valores de classificação de corpo hídricos em suas respectivas classes,
verifica-se que o valor de carbono orgânico total no chorume está superior aos
limites de classificação.

6. REFERÊNCIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Relatório nº7: Análise de
carbono orgânico total (COT) em amostra de água. Belo Horizonte, 2013.

BERTAZZOLI, R. e PELEGRINI, R. Descoloração e degradação de


poluentes orgânicos em soluções aquosas através do processo
fotoeletroquímico. Química Nova, 25: (3) 477 - 482 (2002).

Fóssil, Análise de carbono orgânico total, Disponível em:


http://www.unisinos.br/itt/ittfossil/servicos/analise-de-carbono-organico-total
Acesso em: 04 de setembro de 2018.

Brag.G, Carbono Orgânico Total (COT) Determina Qualidade do Solo,


Porto Alegre - RS, Brasil.2011, Disponível em:
https://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2011/10/carbono-organico-total-
cot-determina.html Aceso em 04 de setembro de 2018.

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LIBÂNIO, M.; LIBÂNIO, P. A. C.; C OSTA, B. M. P.; VON SPERLING, E.
Avaliação da relevância do carbono orgânico total como parâmetro de
caracterização de águ as de abastecimento. R BRH - Revista Brasileira de
Recursos Hídricos Volume 5 n.4 Out/Dez 2000.

MARNIE, L. W.; BITTON, G. e TOWNSEND, T. Heavy metal b inding


capacity (HMBC) of municipal solid waste landfill leachates. Chemosphere, 60:
(2) 206-215 (2005).

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