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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


FACULDADE DE QUÍMICA

LEANDRO SANTOS QUEIROZ

LORENA LIMA BATISTA

MARCOS ANDRÉ DE SOUZA BRANDÃO

CÉLULA ELETROLÍTICA

BELÉM - PA

2015
LEANDRO SANTOS QUEIROZ

LORENA LIMA BATISTA

MARCOS ANDRÉ DE SOUZA BRANDÃO

CÉLULA ELETROLÍTICA

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na
disciplina Eletroquímica experimental,
no Curso de Química Bacharelado, na
Universidade Federal do Pará.

Prof. Dr. José Pio.

BELÉM - PA
2015
Resumo

A célula eletrolítica é a célula eletroquímica na qual ocorre eletrólise,


seu arranjo é em geral composto de dois eletrodos que ficam no mesmo
compartimento, as concentrações e pressões não estão em condições ideais,
uma corrente passa pelo eletrólito, carregada pelos íons presentes. Michael
Faraday estabeleceu as leis da eletrólise, relacionado quantidade de produto
formado ou reagente consumido pela eletrólise, deve ser diretamente
proporcional à corrente que flui pela célula eletrolítica. Uma célula eletrolítica foi
montada com eletrodos de cobre em solução de sulfato de cobre
pentahidratado, ureia, ácido sulfúrico concentrado e ácido nítrico. A fim de
calcular a constante de Avogadro, encontrando-se valores iguais a 5,49 x 1023
mol-1 e 5,03 x 1023 mol-1. Estes valores foram comparados com o valor tabelado
para possíveis explicações de erros e desvios.

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Sumário

1. Introdução. ................................................................................................. 5

2. Objetivo. ..................................................................................................... 7

3. Materiais e Reagentes. .............................................................................. 8

4. Metodologia. ............................................................................................... 9

5. Resultados e Discursões. ....................................................................... 10

6. Conclusão. ............................................................................................... 12

7. Referências. ............................................................................................. 13

8. Questões. ................................................................................................. 14
1. Introdução.

Células eletrolíticas são reações de oxidação-redução que tem energia


livre de Gibbs positivas, ou seja, não são espontâneas, mas corrente elétrica
pode ser usada para fazê-las ocorrer1. Ela é constituída de dois eletrodos, o
ânodo (potencial positivo) e o cátodo (potencial negativo), mergulhados em
uma solução aquosa ou solvente contendo íons, conhecida como eletrólito, e
por uma fonte externa que fornecerá energia a essa célula, produzindo reações
de oxidação e redução2. À medida que energia elétrica é fornecida por uma
fonte, elétrons percorrem o circuito elétrico, passando do ânodo, onde ocorrerá
a oxidação, para o cátodo, onde ocorrerá a redução, por um fio externo. Para
manter a neutralidade elétrica, os íons positivos (cátions) movem-se através do
eletrólito na direção do cátodo, e os íons negativos (ânions), na direção do
ânodo. Esse processo constitui uma reação de redox e a soma das duas
semirreações nos eletrodos é a reação global na célula eletrolítica 3. A figura 1
mostra a representação de uma célula eletrolítica.

Figura 1. Célula eletrolítica

As leis da eletrólise foram estabelecidas por Michael Faraday. Elas


demonstram que a quantidade de produto formado ou reagente consumido
pela eletrólise deve ser diretamente proporcional à corrente que flui pela célula
eletrolítica. O mol é a unidade associada com a quantidade de átomos,
moléculas, íons e ou elétrons. É definido como a quantidade de matéria de
átomos de carbono em exatamente 12 g do isótopo 12 do carbono, sendo
estabelecido como 6,02214×1023 mol–1 e conhecido como constante de
Avogadro4.

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Há diversas aplicações envolvendo as células eletrolíticas com
exemplos, temos a obtenção do metal sódio pelo processo de Downs, a
extração eletrolítica do flúor, do alumínio e do magnésio, o refino de cobre e
entre outras aplicações5. Dessa forma, neste trabalho, propõem-se a
construção de uma célula eletrolítica, sua aplicação na eletrólise de uma
solução de sulfato de cobre pentahidratado, a determinação da quantidade de
depósito formada no eletrodo, bem como o cálculo da constante de Avogadro.

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2. Objetivo.

Determinar a constante de Avogadro e discutir as leis de Faraday


utilizando uma célula eletrolítica.

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3. Materiais e Reagentes.

 Béquer de 100 Ml
 Eletrodos de cobre de 5 x 100 mm
 Cronometro
 Pipeta de 25mL
 Resistência variável de 1 kΩ
 Multímetro
 Fonte de corrente continua (Carregador de celular)
 Sulfato de cobre pentahidratado
 Ácido nítrico 1:1
 Ácido sulfúrico concentrado
 Ureia
 Álcool etílico
 Lixa
 Água destilada

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4. Metodologia.

Os eletrodos de cobre foram lixados, lavados com ácido nítrico, água


destilada e depois com álcool etílico, em seguida foram secados na estufa a
110° C. Quando esfriados pesou-se um dos eletrodos.

Em um béquer de 100mL foram colocados 2,5 g de sulfato de cobre


pentahidratado, 1mL de ácido nítrico 1:1, 4mL de ácido sulfúrico concentrado e
0,1g de ureia e completando até 100mL de água.

O carregado de celular foi utilizado com fonte de corrente para o


sistema, com auxílio do multímetro e de um regulador de resistência podemos
ajustar a corrente para que 150 miliamperes passem pela solução. O eletrodo
pesado foi colocado no cátodo e outro no ânodo e mergulhado no béquer com
a solução preparada, no mesmo instante foi acionado o cronômetro. Esse
sistema foi mantido por 20 minutos. A figura 2 mostra o esquema montado para
realização do experimento.

Figura 2. Célula eletrolítica utilizada no experimento.

Após os 20 minutos retiramos o eletrodo onde ouve a deposição


lavamos com água e álcool, secamos em estufa a 110°C e pesamos o mesmo.
Esse processo foi repetido por mais uma vez.

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5. Resultados e Discursões.

A tabela 1, mostras os dados obtidos no experimento.

Experimento 1 Experimento 2
Massa do eletrodo inicial 0,522 g 0,496 g
Massa do eletrodo final 0,587 g 0,567 g
Tabela 1. Massa inicial e final do eletrodo de cobre.

A partir da massa depositada no eletrodo, podemos determinar a


constante de Avogadro, segundo a equação 1:

NA = (E x i x t / m x q), Equação 1.

Onde E é o equivalente químico (massa atômica de cobre divido pela carga


dele), i é a intensidade da corrente (em Ampères), t é o tempo da eletrólise (em
segundos), m é a massa do depósito, q é a carga unitária (1,602 x 10-19 C) e NA
é a constante de Avogadro.

A tabela 2 mostra a massa do depósito, bem como a constante de


Avogadro para os experimentos.

Experimento 1 Experimento 2
Massa do depósito 0,065 g 0,071 g
Constante de Avogadro 5,49 x 1023 mol-1 5,03 x 1023 mol-1
Tabela 2. Massa do depósito e a constante de Avogadro.

Com os valores da constante de Avogadro obtidos experimentalmente,


podemos realizar tratamentos estatísticos em relação ao valor esperado 6,02 x

1023 mol-1, e o que mostra a tabela 3.

Média (xm) 5,26 x 1023


Erro absoluto (E) -0,76 x 1023
Erro relativo (Er) -0,13
Desvio médio (dm) 0,23 x 1023
Desvio padrão (s) 3,25 x 1022
Coeficiente de variação (c.v) 6,18 %
Intervalo de confiança µ(99,5%) 5,26 x 1023 + 2,93 x 1024
Tabela 3. Tratamentos estatísticos dos valores de NA dos experimentos.

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Observando os dados dos tratamentos estatísticos notamos erros e
desvios obtidos no experimento relativamente baixos, o que podem validar o
esse simples experimento como uma forma de calcular a constante de
Avogadro, em que esses erros e desvios podem ser ocasionados por uma serie
de fatores como: balança mal calibrada, massa do depósito ter saído na
lavagem, à intensidade da corrente elétrica estar oscilando e o tempo de
experimento.

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6. Conclusão.

A partir do simples experimento foi possível determinar a constante


de Avogadro, ressaltar a importância das células eletrolíticas para a
sociedade. Aplicar como calcular a quantidade de produto formado por uma
determinada quantidade de eletricidade e ratificar a eficiência do
experimento para com o objetivo proposto.

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7. Referências.

1. ATKINS, PETER WILLIAM; JONES, LORETTA. Princípios de química:


questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. Ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012.
2. BRETT, Christopher MA; BRETT, Ana Maria Oliveira; HEINZE, J.
Electrochemistry: principles, methods, and applications. Oxford: Oxford
university press, 1993.
3. Sartori, E. R., dos Santos, V. B., Trench, A. B., & Fatibello-Filho, O.
Construção de uma célula eletrolítica para o ensino de eletrólise a partir de
materiais de baixo custo.
4. AMBROGI, A., VERSOLATO, E.F.,LISBOA, J.C.F. Unidades Modulares de
química. São Paulo: Hamburg, 1987.
5. CROW, David Richard. Principles and applications of electrochemistry.
CRC Press, 1994.

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8. Questões.
8.1. Por que é necessário utilizar ácido nítrico, ácido sulfúrico e ureia neste
experimento?

R: A ureia é utilizada para homogeneizar a camada de cobre e os ácidos


servem para aumentar a dissolução do meio, ou seja, facilitar a dissolução do
cobre do ânodo.

8.2. Descreva as perturbações que aparecem na solução por causa da


aplicação da corrente elétrica e por causa do movimento dos íons.

R: A reação em uma célula eletrolítica não é espontânea, então a


corrente elétrica é usada como uma bomba de elétrons dentro do eletrodo
(cátodo) e puxando-os do outro eletrodo (ânodo), em consequência disso o
eletrodo do ânodo começará a oxidar, colocando cátions em solução, esses
cátions migraram para o cátodo onde ocorrera a redução desses.

8.3. Este método é preciso na determinação da constante de Avogadro? Por


quê?

R: Sim, devido ao valor obtido experimentalmente estar próximo do


tabelado, levando-se em conta os erros possíveis no decorrer do experimento.

8.4. Discuta, a partir de seus resultados, a lei de Faraday.

R: A lei de Faraday nos diz que a corrente e o tempo são proporcionais a


massa depositada no cátodo, então se diminuirmos ou aumentarmos eles
influenciaram na massa, isso acarretará em erros, que será evidenciado em um
desvio na constante de Avogadro.

8.5. Quantas horas são necessárias para depositar 178g de cobre de uma
solução de cloreto de cobre quando se passa uma corrente de 150 A?

R: Usando a equação 1 obtemos um tempo de 3 horas para depositar


178g de cobre com essa corrente.

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