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SUMÁRIO

CAPÍTULO I .......................................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ECOLOGIA ......................................................................... 2
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO .................................................................................................... 2
CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................................... 3
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS ................................................................................. 5
RELAÇÕES ECOLÓGICAS ..................................................................................................... 6
RELAÇÕES HARMÔNICAS .................................................................................................... 7
RELAÇÕES DESARMÔNICAS ............................................................................................... 9

CAPÍTULO II ....................................................................................................................................... 12
OS AMBIENTES URBANOS E A ECOLOGIA ....................................................................... 13
CARACTERÍSTICAS ENERGÉTICAS DOS ECOSSISTEMAS URBANOS ......................... 13
BIODIVERSIDADE E RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS ..................................................... 13
PROBLEMAS ECOLÓGICOS DAS GRANDES ÁREAS URBANAS .................................... 16

CAPÍTULO III ...................................................................................................................................... 19


ATMOSFERA ......................................................................................................................... 20
POLUIÇÃO DO AR E OS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS ............................ 20

CAPÍTULO IV ..................................................................................................................................... 22
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS ....................................................................................................... 23
PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUIÇÃO HÍDRICA.................................................................. 23

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CURSOS PROFISSIONALIZANTES Prep. para o Merc. de Trab. - I Ecologia e Meio Ambiente SUMÁRIO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ECOLOGIA

A palavra ecologia é derivada do grego (OIKOS = casa, ambiente e LOGOS = estudo, ciência) e
pode ser entendida como sendo o estudo do ambiente. Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1870
por ERNEST HAECKEL, um naturalista alemão, para tratar das relações dos organismos entre si e com o
ambiente onde vivem.

A interferência humana sobre o ambiente tem aumentado consideravelmente nos últimos anos,
provocando sérios desequilíbrios ecológicos. Em função disso, torna-se importante racionalizar a ação do
homem sobre o ambiente especialmente no que se refere à utilização dos recursos naturais de modo a não
provocar alterações ambientais drásticas que possam comprometer a vida no planeta.

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

Os níveis de organização estudados em ecologia ou simplesmente Unidades Ecológicas são: Indivíduo,


População, Comunidade, Ecossistema e Biosfera.

ORGANISMO perceber que sobre uma comunidade atuam


permanentemente vários fatores físicos e
Unidade mais fundamental da Ecologia o sistema químicos do ambiente, tais como temperatura,
ecológico elementar. Nenhuma unidade menor pluviosidade, luminosidade, umidade, etc. que
(órgão, célula ou molécula) tem uma vida são denominados fatores abióticos.
separada no ambiente. Cada organismo é
limitado por uma membrana ou outra cobertura
através da qual ele troca energia e matéria com
seus arredores. Esta fronteira separa os
processos e estruturas “internos”do sistema
ecológico - neste caso um organismo - dos
recursos e condições “externos”da
circunvizinhança.

POPULAÇÃO

Grupo de indivíduos de mesma espécie que


vivem em uma determinada área na mesma
unidade de tempo.

COMUNIDADE

Também denominada comunidade biótica ou


biocenose, representa um conjunto de
populações que vivem em uma determinada área
na mesma unidade de tempo. É importante

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ECOSSISTEMA BIOSFERA

Também denominado sistema ecológico, Conjunto de todos os ecossistemas do planeta


representa um sistema de integração entre seres Terra, ou seja, toda a região do planeta ocupada
vivos e meio ambiente. Assim, temos que pelos seres vivos.
comunidade e fatores abióticos associados
constituem um ecossistema.

CONCEITOS BÁSICOS

HABITAT ambiente. Em um mesmo ecossistema, duas


espécies diferentes podem apresentar o mesmo
É o local onde determinado indivíduo vive. Assim, habitat e o mesmo nicho ecológico. No entanto,
o habitat de determinada espécie de morcego é o nunca terão por muito tempo o mesmo nicho
interior das cavernas, enquanto certa espécie de ecológico, já que a competição leva ao
peixe tem como habitat as águas próximas às desaparecimento de uma delas.
margens, entre a vegetação.

ECÓTONE
NICHO ECOLÓGICO
Região de transição entre dois ecossistemas
É o papel que determinado indivíduo Iimítrofes. O ecótone deve abrigar representantes
desempenha no ambiente. Na idéia de nicho das duas comunidades vizinhas, constituindo uma
ecológico estão incluídas informações como o área onde a diversidade de espécies é
tipo de alimentação, as relações com outras relativamente grande, bem como a taxa de
espécies e as modificações que causa no competição entre elas.

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PRODUTORES CONSUMIDORES

Também denominados autótrofos, são seres Também denominados heterótrofos são seres
capazes de produzir o seu próprio alimento a incapazes de produzir o seu próprio alimento. Os
partir de substâncias inorgânicas. Conforme a consumidores primários são herbívoros já que se
fonte de energia utilizada na produção do próprio utilizam dos produtores como fonte alimentar. Os
alimento, os produtores são classificados em: consumidores secundários, terciários,
quaternários. etc. são carnívoros. Os
consumidores secundários alimentam-se dos
• Fotossintetizantes consumidores primários, os terciários alimentam-
se dos secundários e assim por diante.
Utilizam a energia luminosa. Nos
ecossistemas aquáticos, os principais
fotossintetizantes são as algas que integram o DECOMPOSITORES
fitoplâncton (organismos clorofilados
flutuantes). Também denominados saprófitas ou saprófagos,
representam um tipo especial de consumidores
que realizam a decomposição da matéria
• Quimiossintetizantes orgânica, transformando-a em compostos
inorgânicos. Alguns produtos da decomposição
Utilizam a energia liberada em reações de são utilizados por eles próprios como alimento,
oxidação de substâncias inorgânicas. Os além de ocorrer liberação de minerais e outras
organismos quimiossintetizantes são substâncias que serão novamente utilizadas
representados por algumas bactérias. pelos produtores. Assim, percebemos que a ação
dos decompositores é imprescindível para a
reciclagem da matéria. Os agentes
decompositores são representados por bactérias
e fungos.

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RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS

CADEIA ALIMENTAR Após a morte, produtores e consumidores


de todos os níveis sofrem a ação dos
É o fluxo de matéria e energia através dos vários decompositores, permitindo a reciclagem da
componentes de um ecossistema. Pode ser matéria à medida em que devolvem ao ambiente
também entendida como sendo a sequência substâncias inorgânicas que são absorvidas pelos
linear de seres vivos em que um serve de vegetais. Para que uma cadeia alimentar seja
alimento para o outro. Cada componente de uma considerada completa devem estar presentes
cadeia alimentar, representando um grupo de produtores, consumidores e decompositores.
seres vivos é denominado nível trófico. É comum os decompositores não serem
representados em certas cadeias alimentares por
Os produtores constituem a base das se achar implícita a sua atuação.
cadeias alimentares. A energia contida no
alimento elaborado pelos produtores é transferida
aos consumidores primários e destes aos
consumidores secundários, terciários, etc.

Fonte: andrevalleilustrador.blogspot.com

FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA inorgânicas simples que serão utilizadas pelos


produtores. Temos, assim, um nítido ciclo da
A matéria é reciclada na medida em que matéria.
os agentes decompositores realizam a
decomposição da matéria orgânica. Ao mesmo A energia luminosa fixada pelos seres
tempo em que estes seres obtêm energia do autótrofos é transmitida sob a forma de energia
alimento, devolvem ao ambiente, substâncias química aos demais seres vivos. A energia

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incorporada pelos seres vivos que compõem uma TEIA ALIMENTAR
cadeia alimentar vai diminuindo à medida que
passa pelos consumidores. Isso ocorre porque Em um ecossistema, as relações alimentares
cada integrante da cadeia consome com suas entre os organismos não são tão simples como
próprias atividades a maior parte da energia aparentam ser na análise de uma cadeia
adquirida. alimentar. Várias cadeias alimentares que se
relacionam formam uma teia alimentar. Assim,
Assim, transfere-se para o nível trófico temos que TEIA ALIMENTAR é o conjunto de
seguinte apenas uma pequena parcela da energia cadeias alimentares de um ecossistema.
recebida. De um modo geral, considera-se que
cada elo de uma cadeia alimentar recebe apenas
cerca de 10% da energia que o elo anterior
recebeu. Assim, quanto mais curta for uma cadeia
alimentar, maior será a quantidade de energia
disponível para os níveis tróficos mais elevados.
Com isso, concluímos que o fluxo de energia é
decrescente e unidirecional.

Fonte: www. coladaweb.com

RELAÇÕES ECOLÓGICAS

Na natureza, os seres vivos não vivem seres envolvidos é prejudicado. Quando uma
isoladamente. Entre eles existem relações mais relação ecológica é estabelecida entre seres
ou menos íntimas que atuam no sentido de pertencentes à mesma espécie, devemos
estabelecer uma certa regulação da densidade classificá-la como intraespecífica. Ao contrário, a
populacional, contribuindo para a manutenção do relação estabelecida entre seres pertencentes a
equilíbrio na comunidade. Essas relações são espécies diferentes deve ser classificada como
classificadas em dois grandes tipos: harmônicas interespecífica.
e desarmônicas.
O termo simbiose deve ser utilizado para
Nas relações harmônicas não há prejuízo designar qualquer tipo de interação entre seres
para nenhum dos seres envolvidos enquanto nas vivos seja ele harmônico ou desarmônico.
relações desarmônicas pelo menos um dos

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RELAÇÕES HARMÔNICAS

COLÔNIA A sociedade das abelhas apresenta três


castas: rainha, operárias e zangão. A rainha é
Relação intraespecífica na qual os encarregada da reprodução juntamente com o
indivíduos se mantêm unidos fisicamente, zangão, enquanto as operárias são estéreis e sua
podendo ou não apresentar uma divisão de função é realizar todos os trabalhos da colmeia.
trabalho. Existem colônias homotípicas e Nota-se um nítido polimorfismo (muitas formas)
heterotípicas. Nas colônias homotípicas, os entre as abelhas.
indivíduos relacionados são semelhantes, não
ocorrendo divisão de trabalho, como observamos
em algumas bactérias e algumas algas. MUTUALISMO

Nas colônias heterotípicas, encontramos Relação interespecífica na qual as duas


grupos de indivíduos diferentes adaptados a espécies envolvidas são beneficiadas. No
executar funções próprias, ocorrendo assim uma mutualismo há uma profunda relação de
nítida divisão de trabalho, como observamos em dependência entre as espécies envolvidas,
alguns celenterados como caravelas. Nessa chegando alguns autores a afirmar que a
colônia encontramos indivíduos especializados na associação é obrigatória.
proteção, natação, captura de alimento, flutuação
e reprodução. Os exemplos mais conhecidos de
mutualismo são os liquens, ruminantes e
microrganismos, cupins e protozoários,
bacteriorrizas e micorrizas.

• Liquens

São constituídos pela associação entre algas e


fungos. As algas realizam fotossíntese cedendo
ao fungo parte do alimento produzido, enquanto o
fungo, além de proteger a alga com suas hifas,
fornece a ela água e sais minerais que são
retirados do ambiente.

Caravela – colônia heterotípica. • Ruminantes e Microorganismos


Fonte: www.webnauticos.com.br
No estômago dos ruminantes estão presentes
inúmeros microorganismos que digerem a
SOCIEDADE celulose presente nos vegetais ingeridos. Em
contrapartida, esses microorganismos recebem
Relação intraespecífica na qual os alimento.
indivíduos não se mantêm unidos fisicamente e
sempre apresentam uma nítida divisão de
trabalho (divisão de castas). Como exemplos
podemos citar as abelhas, formigas, cupins,
vespas e marimbondos.

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• Cupins e protozoários enquanto o pássaro se beneficia pela obtenção
de alimento. Observe que não há uma profunda
No intestino dos cupins estão presentes relação de dependência entre as espécies
protozoários hipermastiginos que digerem a envolvidas.
celulose presente na madeira ingerida. Em
contrapartida, esses protozoários recebem
alimento.

• Bacteriorrizas

Representam a associação de bactérias com


raízes de plantas leguminosas. Tais bactérias
fixam o nitrogênio transformando-o em sais
nitrogenados que são, em parte, cedidos à raiz.
As plantas, por sua vez, fornecem a essas
bactérias heterótrofas o alimento necessário à
sobrevivência.

• Micorrizas
• Pássaro palito e crocodilo
Representam a associação de fungos com raízes
de certas plantas. As hifas do fungo envolvem a O pássaro palito penetra na boca do crocodilo
raiz conferindo a elas um aspecto de feltro e africano de onde retira restos de alimento entre
favorecendo a absorção de água e sais minerais os dentes do animal. Normalmente, são
do solo. As plantas, por sua vez, fornecem a encontradas pequenas sanguessugas na boca do
esses fungos o alimento necessário à réptil, que são também utilizadas como alimento
sobrevivência. pelo pássaro palito.

PROTOCOOPERAÇÃO

Também denominada mutualismo não


obrigatório, é uma relação interespecífica na qual
as duas espécies envolvidas são beneficiadas. Ao
contrário do mutualismo, na protocooperação não
há uma profunda relação de dependência entre
as espécies envolvidas.

Os exemplos mais conhecidos de


protocooperação são anu e gado, pássaro palito e
crocodilo, além de caranguejo paguro e actínias.

• Anu e Gado

O anu é um pássaro que retira e devora os


carrapatos presentes na pele do gado. Assim, o
gado é beneficiado ao livrar-se dos carrapatos

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• Caranguejo paguro e actínias • FORÉSIA

O caranguejo paguro ou Bernardo eremita ou Envolve transporte. Como exemplo podemos citar
ermitão penetra no interior de conchas vazias de a relação que ocorre entre a rêmora e o tubarão.
moluscos que são transportadas por ele. Sobre a A rêmora é um peixe que apresenta uma ventosa
concha é comum encontrarmos uma ou mais fixadora no alto da cabeça. Através dela, fixa-se à
actínias ou anêmonas do mar. As actínias região ventral do tubarão sendo transportada por
beneficiam o paguro, já que apresentam células ele. A rêmora se beneficia pelo transporte e, para
denominadas cnidoblastos capazes de liberar o tubarão, a associação é indiferente.
substâncias urticantes se forem estimuladas,
impedindo o acesso de inimigos naturais. O
paguro beneficia a actínia transportando-a para • INQUILINISMO
locais onde a oferta de alimentos é maior.
Envolve abrigo ou suporte. Como exemplo
podemos citar a relação que ocorre entre o peixe
Fierasfer (peixe agulha) e o pepino do mar.
COMENSALISMO Quando perseguido por algum inimigo, o peixe
Fierasfer penetra no ânus do pepino do mar, onde
Relação interespecífica na qual apenas se refugia. Outro exemplo importante está na
uma das espécies é beneficiada sem que haja relação estabelecida entre orquídeas e um
prejuízo para a outra espécie associada. São vegetal utilizado como suporte. As orquídeas não
conhecidos três tipos de comensalismo: são plantas parasitas, já que não prejudicam o
propriamente dito, forésia e inquilinismo. vegetal suporte. Orquídeas e bromélias são
plantas epífitas, que se apoiam em outros
vegetais sem, contudo parasitá-los. Por esse
• COMENSALISMO PROPRIAMENTE DITO motivo, o inquilinismo observado entre vegetais é
denominado EPIFITISMO.
Envolve restos de alimento. Como exemplos
podemos citar a relação que ocorre entre a
Entamoeba coli e o homem. Esse protozoário
está presente no intestino humano alimentando-
se de restos digestivos sendo, portanto,
beneficiado. Em condições normais esse
protozoário comensal não causa qualquer
prejuízo ao organismo humano.

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

PARASITISMO Os ectoparasitas se instalam na


superfície do corpo do hospedeiro e podem ser
Relação interespecífica na qual um dos representados por piolhos, carrapatos e pulgas.
organismos é beneficiado (parasita) com prejuízo Os endoparasitas se instalam no interior do corpo
para o outro (hospedeiro). Quanto à localização do hospedeiro e podem ser representados pelo
do parasita no corpo do hospedeiro, podemos Schistosoma mansoni e pelo Trypanosama cruzi,
diferenciar os ectoparasitas dos endoparasitas. causadores, respectivamente, da
esquistossomose e da doença de Chagas.

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Entre os vegetais, são conhecidos dois CANIBALlSMO
tipos de parasitismo: holoparasitismo e
hemiparasitismo. As plantas holoparasitas são Relação intraespecífica na qual um
aclorofiladas e retiram o alimento necessário à organismo se utiliza de outro como fonte de
sua sobrevivência de outras plantas. As plantas alimento, provocando sua morte. O canibalismo
holoparasitas apresentam haustórios ou raízes pode ser diferenciado do predatismo por ser
sugadoras que penetram pelo caule da planta estabelecido entre seres pertencentes à mesma
hospedeira até os vasos liberianos onde circula a espécie. O canibalismo ocorre entre algumas
seiva elaborada. aranhas e entre alguns insetos.

O cipó-chumbo é um exemplo de planta


holoparasita. As plantas hemiparasitas são COMPETIÇÃO
clorofiladas e retiram da planta hospedeira
apenas a seiva bruta que é utilizada na realização Relação interespecífica ou intraespecífica
da fotossíntese. As raízes sugadoras das plantas caracterizada por uma disputa pelos mesmos
hemiparasitas atingem os vasos lenhosos onde fatores, quando não existem em quantidades
circula a seiva bruta. A erva de passarinho é um suficientes para todos. A competição é um fator
exemplo de planta hemiparasita. regulador do crescimento das populações,
constituindo, juntamente com o parasitismo,
predatismo e canibalismo, um mecanismo da
PREDATISMO resistência ambiental.

Relação interespecífica na qual um A sobreposição de nichos ecológicos leva


organismo (predador) se utiliza de outro (presa) a uma competição entre os organismos
como fonte de alimento, provocando sua morte. A envolvidos, ocorrendo, a partir daí, a permanência
importância ecológica dessa relação está no fato do indivíduo melhor adaptado ou a diminuição da
de os predadores regularem o crescimento da amplitude do nicho ecológico da espécie menos
população de presas. O gráfico ao lado adaptada.
representa um estado de equilíbrio entre uma
população de predadores e outra de presas na Os principais fatores geradores da
natureza. competição são alimento, espaço e disputa de
Existem vegetais predadores, como as parceiro para a reprodução. Convém ressaltar
plantas carnívoras, que aprisionam e digerem que, em alguns casos, a competição por alimento
insetos como fonte de nitrogênio. Entre os pode resultar em predatismo ou canibalismo.
animais, os consumidores das cadeias e teias
alimentares são considerados predadores.

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O SISTEMA URBANO É UM ECOSSISTEMA?

Alguns consideram as cidades como infinidade de outras criaturas aproveitam e se


ecossistemas por estarem sujeitas aos mesmos adaptam a esses novos hábitats recém criados.
processos que operam em sistemas silvestres. Os organismos urbanos, incluindo o homem,
Outros argumentam que a despeito de as cidades também se relacionam com os outros organismos
possuírem algumas características encontradas e estas interações podem ser estudadas, sob o
em ecossistemas naturais, não podem ser ponto de vista conceitual, da mesma forma que
considerados ecossistemas verdadeiros devido à relações ecológicas de ecossistemas naturais.
influência do homem.
Por outro lado, os centros urbanos se
O fato é que se definirmos ecossistema desenvolvem de forma diferente dos
como um conjunto de espécies interagindo de ecossistemas naturais. Alguns processos e
forma integrada entre si e com o seu ambiente, as relações ecológicas são mais intensos nas
cidades certamente se encaixam nesta definição. cidades. Um exemplo é a invasão de espécies.
As grandes cidades e outras áreas povoadas Outros são de menor importância, como poderia
estão repletas de organismos. O construtor ser o caso da competição, enquanto que os
destes hábitats artificiais é o homem, mas uma mutualismos aparecem em porcentagem alta.

CARACTERÍSTICAS ENERGÉTICAS DOS ECOSSISTEMAS URBANOS

A produtividade, e consequentemente a Enquanto a grande maioria dos


diversidade e complexidade dos ecossistemas, ecossistemas naturais tem seus próprios
depende da obtenção de energia. A principal produtores de energia (plantas verdes) os quais
fonte de energia na maioria dos ambientes sustentam uma certa biomassa de consumidores,
naturais é a solar. O Sol atinge as áreas urbanas, as cidades possuem pouca área verde e, mesmo
mas a produção é baixa, pois estas dependem nesses casos, as plantas não são utilizadas para
diretamente da quantidade de áreas verdes, que consumo humano, com exceção das hortaliças.
é comparativamente pequena, e do estágio de Estas áreas verdes, no entanto, cumprem
sucessão das comunidades vegetais. A funções importantes como a de produzir oxigênio,
sobrevivência das cidades, portanto, depende da esfriar o ar por meio da sua transpiração, entre
importação de outros tipos de energia. outras.

BIODIVERSIDADE E RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

Qualquer área urbana é formada por uma Estas características de mosaico fazem
variedade de hábitats, desde os seminaturais até com que a biodiversidade urbana possa ser mais
os que surgem como consequência direta da alta do que as áreas rurais adjacentes. Alguns
ocupação humana. A interferência do homem centros urbanos constituem ilhas de diversidade
impõe um mosaico de pequenas paisagens por servirem como refúgio de muitos animais que
adjacentes em uma área relativamente reduzida. fogem de regiões devastadas. O complexo
Assim, o espectro de hábitats nos centros urbano oferece a estas espécies lugares
urbanos é amplo: de parques municipais e apropriados para a sua sobrevivência, alimento e,
florestas urbanas até grandes áreas de não raramente, um local livre dos seus
construção civil, industrial e aterros. predadores e competidores naturais. No entanto,

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para que a espécie recém-chegada tenha espécies de forma acidental ou para uso do
sucesso como colonizadora é necessário que o homem.
ambiente urbano contenha as condições
adequadas para a sua sobrevivência, como
alimento e locais para reprodução.

Naturalmente a abundância de muitas


espécies está correlacionada negativamente com
o grau de urbanização. Plantas, por exemplo,
precisam de solos especiais ou de um certo tipo
de polinizador para produzir sementes. Em outros
casos a espécie pode se desenvolver somente
em estágios avançados de sucessão ecológica,
que em geral não ocorrem nas cidades. Entre as
plantas melhor adaptadas às cidades encontram-
se aquelas de pequeno porte, resistentes à
poluição e pouco exigentes em termos de
nutrientes, como são em geral as compostas e
gramíneas.

Um exemplo de grupo de vertebrados que


se adapta bem às cidades é o das aves, pela sua
grande capacidade de deslocamento e também
pela plasticidade comportamental. As aves
podem utilizar qualquer fragmento de área com
vegetação disponível. Em muitos casos
adaptaram-se ao convívio com o homem de
forma estreita, utilizando o alimento que obtêm do
mesmo e sobrevivendo em construções.
Naturalmente, nem toda espécie de ave
consegue se adaptar a áreas densamente
povoadas, mas aquelas que conseguem atingem http://netobio.wordpress.com
altos níveis populacionais. Exemplos típicos de
Exemplo s de espécies introduzidas no Brasil:
aves extremamente adaptadas aos ambientes Callithrix jaccus (Sagui) e o Trachemys dorbigni
urbanizados são pardais e pombos, que utilizam (Tigre d’água). Ambas as espécies competem
até pedaços de arame para construir seus ninhos. território e alimento com as espécies nativas,
favorecendo a sua extinção. Fonte:
Outros vertebrados altamente dependentes
da presença humana são os domesticados. Já
um bom exemplo de animais dependentes das
Estas podem entrar em contato com
atividades humanas mas que não foram
espécies aparentadas, e resultar em híbridos.
introduzidos para domesticação são os ratos.
Entre os invertebrados típicos de cidades têm
Estes têm as características de espécies
lugar destacado as baratas, formigas, barbeiros,
invasoras: plasticidade comportamental, alta
cupins, traças, piolhos e mosquitos. Trata-se de
capacidade de dispersão e alta capacidade
espécies oportunistas ou diretamente vinculadas
reprodutiva, que é ampliada pela ausência de
ao homem, muito bem adaptadas às cidades e de
inimigos naturais. As cidades também oferecem
difícil controle.
maiores chances de hibridização ao quebrarem
barreiras geográficas mediante a introdução de
Todos os animais citados acima vivem em
estreita associação com o homem, o que não

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significa que sejam controlados por este. Quando Um dos principais componentes
o crescimento populacional de uma espécie estruturadores de comunidades são as interações
introduzida ou a sua atividade afeta alguma biológicas. Com relação às interações entre
atividade humana, esta passa a ser considerada espécies, a competição costuma ser pouco
uma praga. importante na maioria das áreas urbanas. Isto se
deve a que a quantidade de nichos é grande, as
A definição de praga depende de cada espécies que conseguem se adaptar encontram
ponto de vista. Pragas são organismos recursos suficientes e as cidades passam
considerados indesejáveis, e esta classificação constantemente por transformações que são
varia com o tempo, local, circunstâncias e atitude prejudiciais para muitas das espécies, fazendo
individual. Plantas que na natureza são parte do regredir ou mudar estas interações dependendo
ambiente podem ser vistas como ervas daninhas das mudanças efetuadas.
se danificam propriedades ou tornam-se
competidoras de plantas ornamentais, o que Mutualismos, no entanto, verificam-se em
frequentemente ocorre em áreas urbanizadas. proporção mais alta do que em muitos ambientes
naturais. Na maioria destes trata-se de uma
A introdução de espécies de outras regiões dependência recíproca entre o homem e outras
biogeográficas é um fenômeno universal, mas a espécies domesticadas para seu proveito. Quanto
proporção de espécies introduzidas que se à pressão de predação como força estruturadora
estabelecem com sucesso é maior nas cidades da comunidade, esta não se verifica na sua
do que em áreas rurais ou de florestas. Isto torna- totalidade, pois a maior parte da biomassa para
se possível por vários motivos: 1) alimento alimentar os diversos componentes vem de fora
disponível, 2) refúgio de inimigos naturais, 3) do sistema, mostrando uma alta dependência das
reintrodução constante feita pelo homem, áreas rurais, notadamente outro tipo de sistema
intencional ou acidental, 4) hibridização entre antropogênico (gerado pelo homem), que são os
espécies exóticas e nativas, 5) exploração de agroecossistemas.
novos nichos.
A importação de alimento e a falta de
A taxa de imigração costuma ser mais alta ligação entre as comunidades dos diversos micro-
do que a de extinção pelas constantes hábitats fazem com que seja difícil elaborar
reintroduções, mas uma sucessão ecológica, em cadeias tróficas abrangentes dos sistemas
que as espécies dentro de uma comunidade vão urbanos poluentes, servir como barreiras
sendo substituídas ao longo do tempo, raramente acústicas e satisfazer necessidades estéticas. As
se verifica, pois as perturbações induzidas pelo cidades tampouco têm um contingente suficiente
homem são grandes e frequentes. Os processos de animais para consumo humano. Desta forma,
vinculados à sucessão ecológica estão altamente sobrevivem da importação de alimento de outras
comprometidos, pois o homem age sobre estes regiões, muitas delas do outro lado do mundo.
continuamente, podendo interrompê-los ou
moldá-los de acordo com a sua conveniência. Cidades também precisam importar uma
série de outros recursos para sobreviver. Entre
Devido a esta interferência, o eles contam-se água e outras matérias primas.
desequilíbrio ecológico dos ecossistemas Em troca pelos produtos necessários à sua
urbanos é constante. As perturbações podem ser sobrevivência, as cidades fornecem bens
diretas, pela mudança da paisagem mediante manufaturados, serviços, informação, tecnologia
construções, pavimentação, passagem de e formas de recreação. Ao mesmo tempo
veículos, diversos tipos de controle sobre a precisam se desfazer dos resíduos e do calor
vegetação como plantios, podas, uso de gerados por estas atividades. A entrada constante
herbicidas, ou uma consequência destas, como e maciça de matéria para o sustento da cidade
deslizamentos de terra e inundações, erosão e muitas vezes supera a sua capacidade de
diversas formas de poluição. eliminar resíduos, o que traz como consequência

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o aumento dos níveis de determinadas problema do grande volume de resíduos gerados
substâncias até o ponto em que passam a ser tem sido resolvido de forma parcial mediante
considerados poluentes. programas de reciclagem de materiais como
plástico, vidro, papel, metais, programas de
O problema do lixo e a sua degradação é compostagem, ou uso de material biodegradável.
um dos mais sérios nas grandes cidades. Os Trata-se, no entanto, de processos industriais
resíduos sólidos são geralmente depositados em caros e, portanto economicamente inviáveis para
áreas adjacentes aos centros urbanos, em aterros muitos centros urbanos.
com diversos graus de segurança para evitar a
contaminação do solo e dos lençóis freáticos. O

PROBLEMAS ECOLÓGICOS DAS GRANDES ÁREAS URBANAS

Alguns dos aspectos mencionados formas de doenças conhecidas, principalmente


anteriormente, como a importação de alimento e aquelas como a gripe, cujos vírus têm uma alta
energia, são comuns a qualquer centro urbano, taxa de mutação.
independentemente do seu tamanho. Outros, no
entanto, acontecem de forma problemática Da forma em que existem atualmente, os
somente nas grandes cidades. Entre estes sistemas urbanos são artificiais, imaturos e
últimos, foram mencionados a poluição do ar e o ineficientes em termos energéticos. Precisam da
destino dos resíduos sólidos. A construção importação de grandes volumes de energia e
desordenada em áreas de risco e as deficiências alimento para a sua manutenção, e por isso não
no saneamento básico também afetam de modo se auto sustentam. Por outro lado, cidades têm
mais drástico as grandes cidades. caracteristicamente uma alta heterogeneidade
espacial, o que proporciona uma alta diversidade.
Um aspecto importante que deriva Embora isto pareça um contrassenso, casos de
diretamente da alta densidade populacional é o maior diversidade em cidades do que no
da transmissão de doenças. Antes que os ambiente natural em que estão inseridas são
humanos se tornassem sedentários com o comuns.
advento da agricultura, as condições para a
transmissão e persistência de doenças virais e Como exemplo pode-se dizer dos
bacterianas eram pouco adequadas, povoamentos estabelecidos em regiões desertas
principalmente devido ao pequeno número de ou áridas, em que água e outros recursos são
hospedeiros e seu isolamento. importados e concentrados na urbe. A
manutenção da biodiversidade urbana é
À medida em que os núcleos urbanos importante não só para a própria sobrevivência do
foram crescendo, os seus habitantes viraram homem, mas também pelo seu valor intrínseco.
reservatórios das doenças e a erradicação destas Devido à forte ligação dos organismos urbanos
foi ficando mais complicada. O comércio e com o homem, é necessário um envolvimento
posteriormente as viagens intercontinentais mais efetivo das ciências naturais com as sociais
propiciaram a introdução de doenças contra as para integrar os conceitos ecológicos ao processo
quais as populações não eram imunes. de planejamento urbano. Para haver esta
Atualmente, apesar dos avanços da medicina, integração, são necessárias mais pesquisas
características como superpopulação, mudanças sobre quais são e como se organizam os
ambientais e intercâmbio intenso de mercadorias processos ecológicos que agem nos
são fatores de risco que beneficiam o ecossistemas urbanos.
espalhamento de novas doenças ou novas

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Para Refletir...

“Nem todos os países do mundo são urbanizados. Grande


parte dos países africanos, socialistas e alguns
subdesenvolvidos são ruralizados.”

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ATMOSFERA

A atmosfera terrestre consiste na fina A atmosfera terrestre e composta por uma


camada gasosa, inodora, incolor e insípida, que mistura de gases:
envolve o planeta devido a ação da forca da
gravidade terrestre e que se estende ate varias  Oxigênio (O2), Azoto (N2), Argônio (Ar) e
centenas de quilômetros de altitude. Apresenta vapor d’água (H2O), designados por
uma massa total inferior a um milionésimo da Componentes Maioritários, embora as
massa do planeta e representa apenas cerca de quantidades de vapor de água presentes
1% do diâmetro da Terra.Não obstante, ela é na atmosfera variem bastante no espaço
responsável, por exemplo, pelas distribuição de e no tempo. Existem ainda diversos
temperatura e de níveis de energia solar outros gases, em quantidades muito
(radiação) a superfície. reduzidas, motivo pelo qual se designam
Componentes Minoritários.
A cor azul do céu também resulta da
presença da atmosfera terrestre. Sem a presença Pelo fato de pequenas alterações na sua
de uma atmosfera com a sua atual composição, concentração se traduzirem em poluição do ar,
não seria possível dispor de água no estado destacam-se o dióxido de carbono (CO2), o
liquido! Desta forma, uma atmosfera com a sua metano (CH4), o oxido nitroso (N2O), o ozônio
composição atual e crucial para garantir as (O3), as partículas e os clorofluorcarbonetos
condições indispensáveis para a existência de (CFC’s). As concentrações destes componentes
vida no planeta. variam substancialmente de local para local.

POLUIÇÃO DO AR E OS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS

É caracterizada pela alteração do equilíbrio O2 CO2 decorrente da adição constante de gases


resultantes de reações químicas diversas a nível industrial. A capacidade de regeneração da atmosfera
reduz consideravelmente à medida que o quantitativo de emissões de poluentes cresce exponencialmente
com a industrialização e o aumento do número de veículos automóveis no planeta.

Emissão de Gases na Atmosfera: Fonte: www.educacaoadventista.org.br

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Atualmente são inúmeros os poluentes da  Poluentes Secundários, os que
atmosfera sendo as fontes que os originam e os resultam de reações químicas que
seus efeitos muito diversificados. Desta forma, ocorrem na atmosfera e onde participam
podem distinguir-se dois tipos de poluentes: alguns poluentes primários. Exemplo: o
ozônio troposférico (O3), o qual resulta de
 Poluentes Primários são aqueles que reações fotoquímicas, isto é, realizadas
são emitidos diretamente pelas fontes na presença de luz solar, que se
para a atmosfera, sendo expelidos estabelecem entre os óxidos de azoto, o
diretamente por estas (por exemplo, os monóxido de carbono ou os Compostos
gases que provêm do tubo de escape de Orgânicos Voláteis (COV).
um veículo automóvel ou de uma
chaminé de uma fábrica). Exemplos: Dentre os inúmeros poluentes que
monóxido de carbono (CO), óxidos de atualmente contaminam a atmosfera iremos nos
azoto (NOx) constituídos pelo monóxido concentrar naqueles mais comuns, ou seja,
de azoto (NO) e pelo dióxido de azoto aqueles que existem em grandes quantidades na
(NO2), dióxido de enxofre (SO2) ou as atmosfera sendo gerados, na sua maioria, pelas
partículas em suspensão. atividades humanas industriais e pelos sistemas
de transporte.

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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

A poluição caracteriza-se pela presença Cabe a sociedade exigir respostas


de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em rápidas e consistentes, para que o crescimento e
quantidade superior a capacidade de absorção do os avanços tecnológicos considerem sempre os
Meio Ambiente. As diferentes formas de poluição prejuízos causados ao meio ambiente e,
afetam a composição e o equilíbrio da atmosfera, consequentemente, à humanidade. O ideal seria
das águas, do solo e do subsolo, interferem na que tudo fosse realizado considerando-se o
cadeia alimentar, alteram os mecanismos naturais seguinte lema:“desenvolver sim, porém sem
de proteção do planeta, prejudicam as espécies agredir”.
animais e vegetais existentes e podem ameaçar
sua reprodução. A poluição hídrica indica que a água
perdeu suas características naturais, ou seja, um
Face à evolução tecnológica,novas ou mais dos seus usos foram prejudicados, em
formas de agressão ao meio ambiente surgem a decorrência de um fator externo direto ou indireto,
cada dia. Existem problemas relacionados com os sendo assim ela fica imprópria para o consumo
ruídos excessivos (que causam surdez precoce), humano, e passa a representar uma ameaça aos
rejeitos radiativos das usinas atômicas, os organismos que nela vivem ou que dela
produtos perigosos, as pilhas e baterias super dependem.
duradouras, entre outras situações que
promovem danos à saúde humana.

PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUIÇÃO HÍDRICA

• Desenvolvimento Industrial: • Crescimento Populacional:

A atividade industrial é grande consumidora de O crescimento populacional desenfreado gera um


água, consequentemente seu rápido grande aumento no consumo de água. Esse
desenvolvimento vem aumentando esse consumo é, em proporção, maior que o
consumo, além do que são geradoras de muitos crescimento populacional, devido o aumento do
poluentes, que na maioria dos casos não nível de vida e ao progresso da higiene que
recebem tratamento adequado, causando a solicita um gasto ainda maior de água.
poluição de muitos recursos hídricos.

• Crescimento Urbano:
Essa poluição ocorre pela emissão de
resíduos sólidos (lixo) ou líquidos (esgoto) e Quanto maior a população, maior a quantidade de
também através da poluição térmica, que é a lixo e esgoto produzido. Um dos efeitos mais
descarga de efluentes à altas temperaturas. Por devastadores do crescimento urbano desenfreado
isso a importância de toda indústria implantar um é a ocupação das margens dos rios e lagoas.
sistema de tratamento de efluentes adequados Sem a presença dessa vegetação existente
aos resíduos poluentes por ela nessas margens ocorre a aceleração dos
produzida. processos de assoreamento (obstrução) desses
sistemas hídricos, com a consequente perda de
volume de água e até mesmo sua extinção;

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Para se ter uma idéia da gravidade do consequentemente ocorre um consumo maior de
problema, segundo a ONG Onda Azul, dos 12 mil água. E o desenvolvimento e a modernização da
lixões existentes no Brasil, 63% estão instalados agricultura implica também em desfiguração
na beira de rios e mananciais. paisagística e geração de poluentes – os
agrotóxicos e adubos químicos, que além dos
rios, afetam,também, os lençóis freáticos, por
• Desenvolvimento da Agricultura: influência da chuva. Apenas 3% de toda água
existente no mundo é doce e própria para
Partindo do princípio que a irrigação aumenta o consumo humano, e dessa totalidade cerca de
rendimento da agricultura, com o aumento desta 8% estão localizadas no Brasil.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EDWARDS, Peter J. et al. Ecologia das interações entre insetos e plantas. São Paulo: EPU/Edusp1980.
DAJOZ, Roger. Princípios de Ecologia. Artmed 7ª Ed. 520 p. 2005
ODUM. Eugene. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Interamericana. 1985

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DIREÇÃO GERAL
Pollyanna Brasil

DIREÇÃO DE MARKETING
Daniel Adorno

DIREÇÃO FINANCEIRA
Juarez Júnior

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO MÓDULO


Priscila Gorete

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