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Patologia
Leucopenia
Baço Normal
O baço está para o sistema circulatório assim como os linfonodos estão ara o sistema
linfático. Entre suas funções está a filtragem de todas as partículas estranhas da corrente
sanguínea, incluindo células do sangue obsoletas e lesionadas, e a participação na resposta
imune contra antígenos provenientes do sangue. Projetado adequadamente par a essas
funções, o b aço é um importante reservatório de células fagocíticas mono-nucleares na
polpa vermelha, e de células linfoides na polpa branca. Normalmente pesa cerca de 150g
no adulto, tendo em torno de 12cm de comprimento, 7cm de largura e 3cm de espessura.
O baço é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo, fina, brilhante e cinza-azulada,
através d a qual o parênquima esplênico friável vermelho-escuro é visível. A superfície de
corte do baço é pontilhada p or nodulações cinzas: os folículos esplênicos ou de Malpighi
d a polpa branca. A polpa branca consiste em agregações de células linfoides que circundam
artérias esplênicas de tamanho médio. Um corte transversal de uma destas artérias revela
um colar que as envolve, as chamadas bainhas linfáticas peri-arteriolares. Em alguns pontos
essas bainhas linfáticas se expandem, geralmente em um dos lados da artéria, formando
o nódulos linfoides compostos principalmente por linfócitos B. Ao ocorrer a estimulação
antigênica, os centros germinativos típicos se formam no interior dessas regiões de células
B . Finalmente, o sistema arterial termina em finas arteríolas.
A maior parte das alterações anatômicas no baço são aumentos de tamanho causados
por doenças sistêmicas que exacerbam algum aspecto da função esplênica normal.
Esplenomegalia
Neoplasias
Anomalias congênitas
Ruptura
A ruptura esplênica é geralmente causada por uma lesão contusa ou golpes fortes. É
bastante rara n a ausência de trauma aparente.
Timo
Normal
Acadêmica Ana Carolina Lopes de Souza
Prof Dr Marcos Valério Zschornack
Originalmente tido como um órgão de pouc a evidência situado no mediastino, o timo
assumiu um papel de destaque na imunidade mediada por células. Os interesses, nessa
descrição , se concentram na própria glândula.
O timo, assim como o par inferior de glândulas para -tireoides, deriva embriologicamente
do terceiro par de bolsas faríngeas, e inconstantemente, do quarto par. Não é s urpreendente
que uma ou duas para-tireoides ocasionalmente fiquem envoltas pela cápsula do ti mo,
uma aberração que persegue os cirurgiões. O timo, ou uma porção dele, pode ser
encontrado em locais ectópicos no pescoço ou na superfície pleural. Ao nascimento, o timo
pesa de 10 a 35 g; ele continua a crescer em tamanho até a puberdade, quando atinge um
peso máximo de 20 a 50g. Daí em diante, passa a sofrer uma atrofia crescente, tendo
pouco mais de 5 a 15g nos indivíduos mais velhos. Essa involução relacionada com a idade
é acompanhada da substituição do parênquima tí mico por tecido fibro-gorduroso. A tax a
de crescimento tímico em crianças e a involução nos adultos são extremamente variáveis,
sendo, portanto, difícil determinar o peso apropriado para a idade. O timo pode também
involuir em crianças e adultos jovens como resposta a episódios de estresse profundo,
incluindo infecção por HIV.
Uma vez mais amadurecidas, as células progenitoras originárias da medula óssea migram
para o timo, onde dão origem a células T madura s que são exportadas para a periferia.
A produção tímica das células T decresce lentamente durante a idade adulta, á medida que o
órgão se atrofia.
Patologia
Doenças do desenvolvimento
Cistos tímicos isolados são lesões incomuns, geralmente descobertas por acaso no post -
mortem ou durante cirurgias. Eles raramente ultrapassam 4 cm de dIâmetro, podendo ser
esféricos ou ramificados, e estão revestidos por um epitélio colunar. O conteúdo líquido
pode ser seroso o umucinoso, e são frequentemente modificados por hemorragia. Enquanto
os cistos isolados não são importantes clinicamente, as massas neoplásicas tímicas
(independentemente de sua origem) estão frequentemente associadas a cistos que
possivelmente se desenvolvem em consequência de deformação e compressão do timo
normal adjacente. D essa maneira, a presença de uma lesão cística tímica em um paciente
sintomático deve justificar uma pesquisa abrangente por neoplasias, principalmente linfomas
ou timomas.
Hiper-plasia tímica
O termo “hiper-plasia tímica” é um pouco equivocado, uma vez que se refere, em geral,
á aparência dos folículos linfoides no interior do timo, um estado que é denominado
hiper-plasia folicular tí mica. Os folículos linfoides são semelhantes a centros germinativos
reativos e contêm predominantemente linfócitos B, que estão presentes apenas em pequ
enos números no timo normal. Ainda que a hiper-plasia folicular tímica possa ocorrer em
vários estados imunológicos e inflamatórios crônicos, ela é mais frequentemente
encontrada n a miastenia grave, estando presente em cerca de 65% a 75% dos casos.
Alterações tímicas semelhantes são algumas vezes encontradas na doença de Graves, no
lúpus eritematos o sistêmico, em escleroderma e artrite reumatoide, bem como em outras
doenças auto-imunes.
Timomas
Timoma maligno: Tipo I, também chamado timoma invasivo: benigno citolo gicamente, mas
biologicamente agressivo, capaz de invasão local e, raramente, propagação distante;
Acadêmica Ana Carolina Lopes de Souza
Prof Dr Marcos Valério Zschornack
Tipo II, também chamado “carcinoma tímico”: citologicamente maligno, com todas as
características biológicas do câncer Todas as categorias, benignas ou malignas, são de
tumores de adultos, geralmente com mais de 40 anos de idade, sendo rara a ocorrência
em crianças.
Homens e mulheres são igualmente afetados. A maior parte surge no mediastino superior
anterior, mas algumas vezes pode ocorrer no pescoço, tireoide, hilo pulmonar ou em
outros locais. Não são comuns no mediastino posterior.
Eles respondem por apenas 20% a 30% dos tumores no mediastino ântero-superior, uma
vez que esta é também uma região propícia ao linfoma de Hodgkin do tipo esclerose nodular,
e algumas formas d e linfoma não-Hodgkin.
Curso clínico: Cerca de 40% dos timomas são levados a atenção médica por causa dos
sintomas originados de lesões em estruturas mediastinais, e outros 30% a 45% recebem
atenção por sua associação com a miastenia grave. Os restantes são descobertos por
acaso durante exames por imagem ou cirurgias car díacas. Além da miasteni a grave, outras
síndromes para-neoplásicas, como a hipo- gama-globulinemia adquirida, aplasia eritrocitária
pura, doença de Graves, anemia perniciosa, dermato-miosite-polimiosite e síndrome de
Cushing podem ser vistas. A base dessas associações ainda é desconhecida, mas os
timócitos que surgem no interior de timomas dão origem a células CD4+ e CD8 + de longa
duração, e timomas corticais ricos em timócitos são mais propensos a estarem associados
a doenças auto -imunes. Assim, é possível que essas anomalias na seleção ou na “e
ducação” das células T no ambiente alterado da neoplasia contribuam para o
desenvolvimento de doenças auto-imunes.