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Acadêmica: Ana Caroli na Lopes de Souza

Prof Dr Marcos Va lerio Zschornack


Capítulo 16 – Robbins e Cotran

Cabeça e pescoço

As doenças de cabeç a e pescoço abrange m de um resfriado comum a neoplasmas incomuns


do nariz. Aquelas selecionadas para discussão são designadas, algumas vezes de modo
arbitrário, em um dos seguintes locais anatômicos:

(1) cavidade oral;

(2) vias aéreas superiores, incluindo nariz, faringe, laringe e seios nasais;

(3) ouvidos;

(4) pescoço; e

(5 ) glândulas salivares.

Cavidade oral

Lesões inflamatórias /reativas

Várias lesões de tecidos moles da cavidade oral, que se apresentam como massas
tumorais, são realmente de caráter reativo e representam inflamações induzidas por
irritação ou mecanismos desconhecidos. Todas as lesões suspeitas, entretanto, devem ser
examinadas pela biópsia. Os nódulos reativos da cavidade oral são bastante comuns e
pertencem a um grupo diferente. As lesões fibrosas proliferativas mais comuns da cavidade
oral são o fibroma (61%), fibroma ossificante periférico (12%), granuloma piogênico (12%)
e granuloma periférico de células gigantes (5% ). As ulcerações inflamatórias/ reativas mais
comuns da cavidade oral são as úlceras traumáticas e aftosas.

Infecçõe s

A mucosa oral é alta mente resistente a sua flora natural, tendo muitas defesas, incluindo
a supressão competitiva de patógenos potenciais por organismos de baixa virulência, a
elaboração de imunoglobulina secretiva A e outras imunoglobulinas por coleções da
submucosa de linfócitos e células plasmáticas, os efeitos anti-bacterianos da saliva e os
efeitos da diluição e da irrigação de alimentos e bebidas. Apesar de tudo, qualquer
diminuição dessas defesas, por exemplo, como imuno- deficiência ou rompimento do
equilíbrio microbiológico pela terapia anti-bacteria na estabelece o estágio á infecção oral.

Manifestações orais da doença sistêmica

Os médicos especializados em cavidade oral enfatizam que a boca é uma parte do corpo
e não meramente uma entrada aos alimentos. Não é de se surpreender, então, que
muitas doenças sistêmicas estejam associadas a lesões orais. Realmente, não é incomum
as lesões orais serem o primeiro sinal de alguma condição sistêmica de base.

Tumores e lesões pré -cancerígenas

Um número de neoplasmas epiteliais e de tecidos moles pode surgir na cavidade oral.


Muitos desses tumores (e. g., papilomas, hemangiomas, linfomas) também ocorrem em
qualquer lugar no corpo. Essa discussão considerará somente o carcinoma de células
escamosas e suas lesões pré- cancerígenas associadas.

Cistos e tumore s odontogênicos


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Ao contrário do restante do esqueleto, os cistos revestidos por epitélio são bastante
comuns nas mandíbulas. A maioria decisiva desses cistos é derivada de epitélio odonto
gênico remanescente presentes nas mandíbulas. Em geral, esses cistos são sub-classif icado
tanto como inflamatórios ou como de desenvolvimento. Somente as mais comuns dessas
lesões são discutidas a seguir.

O cisto dentígero é definido como um cisto que se origina em torno da coroa de um


dente que não sofreu erupção e pensou- se que fosse resultado de uma separação do
folículo dentário. Á radio grafia, eles são lesões uni-loculares e estão mais associados, com
frequência, aos dentes terceiro molar.

Do ponto de vista histológico, eles são delineados por uma camada delgada de epitélio
escamoso estratificado. Na maioria das vezes, há um infiltrado celular inflamatório crônico
muito denso no estroma do tecido conjuntivo. A completa remoção da lesão é o agente
curativo. Isso é importante, visto que a excisão incompleta pode resultar em recorrência, ou,
muito raramente, transformação neoplásica numa meloblastoma ou um carcinoma de células
escamosas.

O ceratocisto odontogênico é uma entidade importante para diferenciar de outros


cistos odontogênicos devido ao seu potencial de ser agressivo. Os cerato cistos
odontogênicos podem ocorrer em qualquer idade, porém são diagnosticados com mais
frequência em pacientes entre asidades de 10 e 40 anos. Eles ocorrem mais comumente
em homens na mandíbula posterior. Á radiografia, os ceratocistos odontogênicos
apresentam- se como radioluscências uni-loculares ou multi-loculares bem definidas.
Histologicamente, o revestimento do cisto em uma camada delgado de epitélio escamoso
estratificado para - queratinizado ou orto-queratinizado com uma camada celular basal
proeminente e uma aparência corrugada da superfície epitelial. O tratamento requer remoção
completa e agressiva da lesão, pois os índices de recorrência das lesões removidas inadequada
mente podem alcançar 60%. Os ceratocistos odontogênicos múltiplos podem ocorrer; esses
pacientes devem ser avaliados quanto á síndrome do carcinoma de células basais nevoidem
(síndrome de Gorlin), que, como podemos ver, estárelacionada com as mutações no gene
supressor do tumor PTCH.

O cisto periapical ( também denominada granuloma periapical), ao contrário das duas


lesões descritas até aqui, é de origem inflamatória. Estas lesões extremamente comuns
são encontradas no ápice dos dentes. Elas desenvolvem-se como resultado de uma pulpite
de longa duração, que pode ser causada por lesões cariadas avançadas ou por trauma ao
dente em questão. O processo inflamatório pode resultar em necrose do tecido da polpa,
que pode atravessar o comprimento da raiz e sair no ápice do dent e no osso alveolar
circunjacente dando origem a um abscesso periapical. Com o passar do tempo, como
qualquer processo inflamatório crônico, uma lesão com tecido de granulação (com ou sem
revestimento epitelial) pode desenvelver-se. Apesar do termo granuloma não ser a
terminologia mais apropriada (pois a lesão não mostra a inflamação granulomatosa
verdadeira), a terminologia antiga, como um mau hábito, é difícil de ser descartada. As
lesões inflamatórias periapicais persistem como resultado da presença continuada de
bactérias ou outros agentes ofensivos na área. O tratamento bem-sucedido necessita,
portanto, da remoção completa do material ofensivo e restauração apropriada do dente ou
extração.
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Os tumores odontogênicos são um grupo complexo de lesões com histologia e
comportamento clínico diversos. Alguns são neoplasmas verdadeiros (ambos benignos e
malignos ), enquanto outros mais provavelmente são hamartomas. Os tumores
odontogênicos são derivados do epitélio odontogênico, ecto - mesênquima, ou ambos.

Os dos tumores mais comuns e clinicamente significativos são : A meloblastoma, que surge
do epitélio odontogênico e não mostra nenhuma diferenciação ecto - mesenquimal. Em
geral é cístico, de crescimento lento e localmente invasivo, mas tem um curso benigno na
maioria dos casos. O dontoma, o tipo mais comum de tumor odontogênico, surge do
epitélio, porém mostra deposições extensivas de esmalte e dentina. Os odonto mas são,
provavelmente, hamartomas e não neoplasmas verdadeiros e são curados pela excisão local.

Vias aéreas superiores

O termo vias aéreas superiores é usado aqui para incluir o nariz, a faringe, a laringe e
suas partes relacionadas. As disfunções dessas estruturas estão entre as a flições mais
comuns dos humanos, mas felizmente a grande maioria representa mais perturbações que
ameaças.

Nariz

As doenças inflamatórias, na maioria das vezes, na forma de um resfriado comum, como


todos conhecem, são as disfunções mais comuns do nariz e dos seios aéreos acessórios.
A maioria destas condições inflamatórias é de origem viral, porém elas são complicadas,
com frequência, por infecções bacterianas sob repostas, tendo consideravelmente maior
significado.

Muito menos comuns são as poucas doenças inflamatórias nasais destrutivas e tumores
primários na cavidade nasal ou nos seios para nasais.

Nasofaringe

Ainda que a mucosa nasofaríngea, relacionada com as estruturas linfoides, e glândulas


possam estar envolvidas numa grande variedade de infecções específicas (e. g., difteria,
mono -nucleose infecciosa ), bem como por neoplasmas, as únicas disfunções aqui
mencionadas são inflamações inespecíficas; os tumores serão discutidos separadamente.

Tumores de nariz, seios da face e nasofaringe

Os tumores nesses locais não são frequentes, porém incluem toda uma categoria de
neoplasmas mesenquimais e epiteliais. Uma breve menção é feita de algum tipo distinto.

Angiofibroma nasofaríngeo.

Esse é um tumor altamente vascular que ocorre quase que exclusivamente nos adolescentes
masculinos. Apesar de sua natureza benigna, ele pode causar sérios problemas clínicos de
vido a sua tendência de sangramento profuso durante a cirurgia.

Papiloma sino-nasais.

Esses são neoplasmas benignos que surgem da mucosa sino-nasal e são compostos de
epitélio escamoso ou colunar. Embora sua etiologia a inda não seja provada, os HPV de tipos
6 e 11 foram identificados nas lesões. Es ses ocor re m de três fo r mas : sep ta is ( ma is
co muns), inve rtidos (b io lo gica me nt e ma is impor ta nt es) e c ilíndr icos. Dado se u co
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mpor ta me nto bio ló gico unica me nte a gres s ivo, so me nte o pap ilo ma inve rt ido é d
isc ut ido aqui. O s pap ilo mas invert idos s ão be nigno s, poré m são neop las mas loca
lme nte a gre ss ivo s q ue oco rre m no nar iz e nos se ios para nas a is. C o mo o próprio
no me ind ica, a pro lifer ação pap ilo mato sa do ep ité lio esca moso, e m ve z de prod uzir
um c resc ime nto e xo fít ico ( co mo os pap ilo ma s septa is e c ilíndr icos), es te nd e- se
para de nt ro da muco sa, isto é, inver t ido. Se não for adeq uada me nte e xt irp ado, te m
um a lto índ ic e de recorrê nc ia, co m uma co mp licaç ão pote nc ia lme nte sé r ia de
invasão da órb ita o u abóbada c ra nia na ; rara me nte, o ca rc ino ma fra nco ta mbé m pode
de se nvo lver - se.

Plasmacitomas isolados .

Es tes p las mac ito ma s e xt ra- med ula res s ur ge m nas e str ut uras linfo ides ad jace ntes
ao nar iz e aos se ios. O s t umores pode m projetar - se de ntro d essas ca vidad es co
mo cres c ime ntos po lipo ides, va r ia ndo d e 1c m a vár ios ce nt ímetro s de d iâ me tro,
cobe rto, e m ger a l, por uma mucosa sob rejace nte intacta. A his to lo gia é aq ue la de
um t umo r de p las móc itos ma ligno. Es tas lesões rara me nte e vo lue m p ara um mie lo
ma múlt ip lo. N e uroblas to mas olfató rios (e s tes io-ne u ro blas to mas ). E sses s ão inco
muns, t umores a lta me nte ma lignos co mpos tos de cé lulas arredo ndad as peq ue na s
q ue se ass e me lha m aos ne urob las tos q ue se pro life ra m e m ninhos lob ulare s ce
rcados po r tec ido co nj unt ivo vasc ular izado. Ele s s ur ge m, co m ma is freq uê nc ia,
na par te s uper ior e late ra l do na r iz de cé lula s ne uro- e ndócr inas dispersa s na
mucosa o lfatór ia. O d ia gnóst ico d ifer e nc ia l des ses neop las mas inc lue m todos os o ut
ros tumore s de cé lula s peq ue na s, co mo linfo ma, sar co ma d e Ewing e rabdo miossa
rco ma e mbr io nár io. As cé lulas são de or ige m ne uro- endóc r ina e, ass im, e xibe m grâ
nulos se cret ivos ligado s á me mb ra na na microscop ia e le trô nica e cora m- se imuno -
his toq uimica me nt e á eno lase espec ífic a do ne urô nio, prote ína S- 100 e cro mo gra
nina. E mbo ra e las seja m c lass if icadas d essa for ma, co mo t umore s ne uro -ectod ér
micos p r imitivos, muit os não co mpart ilha m a 11 ;22 t ra ns lo cações o u prod utos ge
né t ico s da fusão t íp ico s do sa rco ma ósseo de E wing e o ut ros t umor es ne uro -
ectod ér micos p r imit ivos. A lguns desses t umore s ta mbé m re ve la m a tr isso mia do
8. O s ne urob las to mas o lfa tó r ios te nde m a e nvia r metás tase e xte nsa me nt e. A s co
mb inaçõe s de c ir ur gia, rad iação e quimioterapia produzem um índice de sobrevida de cinco
anos de 50% a 70%.

Carcinomas nasofaríngeos .

Esse tumor é ca ract er izado por uma distribuição geográica distintiv a, uma re lação a na
tô mica ínt ima co m tec ido linfo ide, e uma as soc iaç ão co m a infecção pe lo vír us Eps te
in- B arr. Ele adota um dos três padrõe s :

(1) carcinoma de c é lulas e sca mos as quer atinizadas ;

(2) carcinomas de cé lulas e sca mo sas não - q uera t inizadas ; e

(3) carcino mas ind ife re nc iado s q ue tê m um infilt rado lin foc ítico ab unda nte não -
neop lás ico. Este último padrão te m s ido de no minado, fr eq ue nte me nte e erro nea me
nt e, linfo - ep ite lio ma.

Três grupos de influência afetam, aparentemente, as origens desses neoplasmas:

(1) hereditariedade,
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(2 ) idade, e

(3 ) infecção com o vírus EB.

O s carc ino ma s naso far íngeos são part ic ular me nte co muns e m a lgumas re giões d
a Á fr ica, o nde são os câ nceres ma is co muns na infâ nc ia. Ao co nt rár io, na C hina
me r id io na l, e les são muito co muns e m ad ulto s, mas ra ra me nte ocorre m e m cr ia
nças. N os Es tados U nido s, e les s ão ra ros e m ad ultos e cr ia nças. O a mb ie nte de
ve dese mpe nhar a lgum pape l nessa d istr ib uição, po is a migra ção de um loc a l de a
lta inc idê nc ia para um loca l de ba ixa inc idê nc ia é aco mpa nhad a por um dec línio p
ro gres s ivo na inc idê nc ia sobre as ger ações. O ge no ma do vír us do vír us EB fo i id e
nt ificado na s cé lulas ep ite lia is t umo ra is ( não os linfóc itos ) da ma ior ia dos carc ino
mas naso far íngeos de cé lulas esca mo sas não - quera t inizadas e ind ife re nc ia d as.

O s carc ino mas na so far íngeos te nde m a cresc er s ile nc iosa me nte até q ue e les
tor ne m- se inop erá ve is e te nha m se p ropa gado aos linfo nodos cer vica is o u loca is
d ista ntes. A rad ioter ap ia é a mod a lid ade- padrão de trata me nto, res ulta ndo e m
muito s est udos um índ ice de sobre vida de tr ês anos de ap ro ximada me nte 50% a
70%. O carc ino ma ind ifer e nc iado é ma is rad io - se ns íve l, e o quer atinizado, o me
nos rád io- sens íve l.

Laringe

As d is funções ma is co muns q ue a fet a m a la r inge são as infla mações. Os t umores


são inco muns, mas são co ndesce nde ntes á ressecç ão, a inda q ue, co m freq uê nc ia
ao pr eço da perda da vo z na t ura l.

Ouvidos

A inda q ue a s d is funções do o uvido ra ra me nte d iminua m o per íodo de vida, muit as deb
ilit a m sua q ua lid ade. As d is funções a ur ic ulare s ma is co muns, e m orde m decr esce nt e
de freq uê nc ia, são (1 ) ot ite s a guda e crô nica (e nvo lve ndo, co m ma is freq uê nc ia,
o o uvido méd io e masto ide), a lgumas ve ze s, le va ndo ao co les teato ma; (2) oto sc le
rose s into mática; (3 ) pó lipos a ur ic ula res; (4) lab ir int ite ; (5) carc ino mas, na ma ior ia
das ve zes no o uvido e xt er no; e (6 ) para ga nglio ma s, e nco ntr ados pr inc ipa lme nte
no ouvido méd io. So me nte são desc r itas aq ue la s cond ições q ue tê m aspec tos mo r
fo ló gicos d ist into s (e xce to a lab irint ite). Os pa ra ga nglio ma s serão d isc ut idos ma is ad
ia nte.

Lesões inflamatórias

As infla mações do o uvido – o t it e méd ia, a guda o u c rô nica – o corre m pr inc ipa lme
nte e m lacte ntes e cr ia nças. Elas prod uze m, gera lme nte, um e xs uda to sero so (q ua
ndo de or ige m vira l), poré m muito s se tor na m s up ura t ivos co m infecção b acte r ia
na sobrepos ta. O s t ra ns gre ssores ma is co muns são o St rept ococcus pneumoniae, o H.
inf luenzae não- t ipá ve l e a Morax ella cat arrha lis.

O s ep isód ios repe t idos de ot ite méd ia a guda co m fa lha de reso lução le va m á doe nça
c rô nica. O s age nte s ca usa is da doe nça c rô nica são, e m gera l, a P seudomonas
aerug inosa, o St aphylococc ys aureus, o u um fungo ; a lguma s ve ze s, uma flora mis ta
é a causa. A infecção crô nic a te m o pote nc ia l de per fura r o t ímpa no, invad indo o s
oss íc ulos o u o lab ir into, espa lha ndo - se nos espaço s ma sto id es e, até mes mo, pe ne
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tra ndo na abóbada cra nia na pa ra pr od uzir uma cereb r ite o u ab scesso te mpora l. A ot
ite méd ia no ind ivíd uo d iabé t ico, q ua ndo ca usada po r Pseudomonas aeurug inosa, é
esp ec ia lme nte agr ess iva e propa ga- se a mp la me nte (o t ite méd ia nec rosa nte d estr ut
iva).

O s colestea to ma s, asso c iados a ot ite méd ia crô nica, não são neop las mas, e ne m
s e mpre contê m co lest ero l. P re fe re nc ia lme nte, e les são lesões c ís t icas de 1 a 4c m d
e d iâ metro, re ves t idos po r ep ité lio es ca moso q uera t inizado o u e p ité lio metap lás ico
sec retor de muco e pree nc hido co m detr itos a mor fo (d er ivado s a mp la me nte de ep
ité lio desca mado). A lgumas ve zes, e les co ntê m esp íc ulas de co leste ro l. O s eve ntos
prec isos e nvo lvido s e m se u dese nvo lvime nto não são c la ros, poré m é proposto q
ue a infla mação c rô nica e a pe r furaç ão do t ímpa no co m cresc ime nto inter no do
ep ité lio esca moso o u metap las ia do re vest ime nto ep ite lia l se cretó r io do o uvido
méd io s ão re spo nsá ve is pe la fo r mação de um ninho de cé lulas esca mosas q ue se tor
na m c ís t ic as. U ma re ação infla ma tór ia crônica cerca o c is to q uera t inizado. A lgumas
ve zes, o c is to ro mpe - se, inte ns ifica ndo não so me nte a reação infla mató r ia, mas
ta mbé m ind uzindo á for mação de cé lulas giga nte s q ue co nfina m parc ia lme nte as
esca mas ne cróticas e o ut ros de tr itos par t ic ulados. Es tas lesões, pe lo a ume nto
progress ivo, pode m deter iorar- se de nt ro dos oss íc ulo s, do lab ir into, do osso adjace
nte, ou do tec ido mo le c irc unj ace nte e, a lgumas ve zes, p rod uze m massa s vis íve is no
pescoço.

Otosclerose

Como o no me ind ica, a otosc leros e re fere- se á depos ição óssea a nor ma l no ouvido
méd io aproximad a me nte a borda da ja ne la o va l e m q ue se aj usta a base do estr
ibo. A mbos os o uvidos são ger a lme nte a fetados. P r ime ira me nte, há a nq uilose fibro
sa da base, se guida a te mpo pe lo s uper -cresc ime nto ósseo fixa ndo - a na ja ne la o
va l. O gra u de imob il ização d eter mina a gra vidade da pe rda aud it iva. Essa co nd ição
co meça, e m ge ra l, na s décadas inic ia is da vida; os gra us míni mos des se tra ns tor no
são e xt re ma me nte co muns nos Estados U nidos e m ad ulto s jo ve ns e de me ia- idade,
poré m, fe liz me nt e, a oto sc le rose s into mática gra ve é re lat iva me nte inco mum. N
a ma ior ia dos exe mp los e la é fa milia r, se guindo uma t ra ns missão a utossô mica do
mina nte co m p e netr ação var iá ve l. A ba se pa ra o s uper - cresc ime nto ós sea é co
mp le ta me nte obs c ura, poré m e le par ece represe ntar a separa ção da re- absorção
óssea e da for mação do osso. A ss im, co meça co m a re -absorção óssea, se guida por
fibrose e vas c ular ização do osso te mpor a l na vizinha nça imed ia ta da ja ne la o va l, s
ub st it uíd a a te mpo por no vo osso de nso fixado á base do estr ibo. N a ma ior ia dos
exe mp los, o processo é le nta me nte pro gress ivo co m o passar das décadas, le va ndo
ás ve zes á perda aud it iva mar cada.

Tumores

A gra nd e va r iedade de t umores ep ite lia is e mese nq uima is q ue s ur ge m no o uvido


– e xter no, méd io e inter no – são raros, e xceto os carc ino ma s de cé lulas esca mosas
e cé lula s basa is da a ur íc ula (ouvido e xte r no). Esse s carc ino mas te nde m a ocorre r e
m ho me ns idosos e pe nso u- se es tare m assoc iados á rad iação act ínic a. Ao co ntr ár
io, aq ue les de nt ro do cana l te nde m a ser ca rc ino mas de cé lulas esca mosas, q ue
ocorre m e m mulheres de me ia - idade e idosas e não es tão as soc iado s á expos ição
ao so l. Se mpre q ue e las s ur ge m, e les pa rece m- se mor fo lo gica me nt e co m se us eq
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uiva le nte e m o utro s loca is c utâ neos, co meça ndo co mo páp ula s q ue se es te nde m e, e
ve nt ua lme nte, de ter iora m-se e invade m de modo loca l. N e m as le sões c e lulares
basa is ne m as esca mosas da a ur íc ula este nde m- se loca lme nte a lé m do loca l da
invasão, poré m os carc ino mas de cé lulas esca mosas q ue sur ge m no ca na l e xter no
pode m invad ir a ca vidade cra nia na o u e nvia r me tást ases aos lin fo nodos regio na is
e, rea lme nte, ser e m respo nsá ve is po r uma mo rta lidade de c inco a nos de ap ro ximada
me nte 50%.

Pescoço

A ma io r ia das co nd ições que envo lve m o pesc oço é descrita e m o ut ras seções (e.
g., carc ino mas c utâ neos d e cé lulas esca mosas e cé lulas basa is, me la no mas, lin fo
mas ), o u e las são so me nte um co mpo ne nte de uma d is funç ão s is tê mica (e. g., e
xa nte mas ge ne ra lizados, a linfade nop at ia da mo no - nuc leo se infecc iosa o u to ns il
ite). O que per ma nece e m co ns ideraç ão aqui são pouc as le sões inco muns, rest r itas
ao pesco ço.

Cisto branquial (cisto linfo-epitelial)

Esse s c isto s be nignos apar ece m, e m ge ra l, na face â nt ero - late ra l do pescoço, s ur


ge m de re ma nesc e ntes dos a rcos bra nq uia is o u, co mo muitos acred ita m, das inc
lusões da s glâ nd ulas sa liva res e vo lutivas de ntro do s linfo nodos cer vic a is. Q ua lq uer
q ue seja s ua or ige m, e le s são c is tos c irc unsc r itos de 2 a 5c m de d iâ metro, co
m pa redes fibro sas respe itadas, e m ge ra l, po r ep ité lio esca moso e str at ificado o u
ep ité lio co luna r pse udo - estratific ado s ubja ce nte po r um infilt rado linfoc ítico inte
nso o u, co m ma is freq uê nc ia, por tec ido linfo ide be m d ese nvo lvido co m fo líc
ulos reat ivo s. O conte údo c íst ico pode ser um líq uido c laro, aq uoso a muc inoso o u
pode co nte r det r itos ce lula res gra nulare s desca mados. Os c is tos a ume nta m po uco
a po uco, s ão rara me nt e loca l de tra ns fo r maç ão ma ligna, e e m ger a l são pro nta
me nte e xt irpados. As le sões s imi lare s aparece m, a lgumas ve zes, na glâ nd ula pa rót
id a o u na ca vidad e ora l aba ixo da língua.

Cisto do trato tireo-glossal

Emb r io lo gica me nte, a or ige m da t ir eo ide co meça na r e gião do fo râ me n ce go


na base da língua.; e nq ua nto a glâ nd ula dese nvo lve- se, e la desce ao se u loca l de
fin it ivo na pa rte a nter io r do pescoço. O s re ma nesce ntes des se tra to e vo lutivo pode
m pe rs is t ir, prod uzindo c is tos, de 1 a 4c m de diâ me tro, q ue pode m ser re ves t idos
po r ep ité lio esca moso es tra t ificado, q ua ndo o c is to está pró ximo da base da língua , o u
por ep ité lio co lunar ps e udo - estra t ificado no s loca is infe r ior es. O b via me nte, os
padrões tra ns ic io na is s ão ta mbé m e nco nt rados. A parede de tec ido co nj unt ivo do
c is to pode fixa r agr e gados linfo ides o u re ma nesce ntes de tec ido t ireó ideo re co nhec
íve l. O t rata me nto é a e xt irp ação, poré m, se inco mp leta, pode se r esperada a recorr
ê nc ia pe rs is te nt e. A t ra ns for maç ão ma ligna de nt ro do ep ité lio de r e vestime nto fo
i repor tada, poré m é ra ra.

Paraganglioma

O s paragâ nglios são a gr upa me ntos de cé lula s ne uro - endó cr ina s d ispe rsas po r
todo o corpo, a lg uns conec tados co m o s iste ma ner voso s impát ico e o ut ros co m
o s iste ma ne r voso paras s imp át ico. A ma ior co leção dess as cé lulas é e nco ntrada
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na med ula adre na l, o nde e la s dão or ige m ao feo cro moc ito ma. O s t umore s q ue s
ur ge m nos para gâ nglios e xtr a - adrena is não são co ns ider ados para ga nglio mas. O s
pa ra ga nglio mas d ese nvo lve m- se e m do is loc a is co muns : Paragâ nglio s para- ver tebra
is (e. g., ór gão de Zuckerka nd l e, rara me nte, be xiga) . Ta is t umor es tê m co ne xões s
imp át icas e são cro ma fim pos itivo; apro ximad a me nte me tade e labo ra cateco la mina
s, co mo fa ze m o s feocro moc ito ma s. Paragâ nglio s re lac io nados co m os gra nd es
vasos da cabe ça e do pescoço, a cade ia supos ta me nte de no minad a aór t ico - pulmo
na r, inc luindo os co rpos ca rot ídeos, co rpos aórt ico s, gâ nglios j úgulo - t impâ nico s, gâ
nglio nodoso do ne r vo va go e a gr up a me ntos lo ca lizados e m to r no da cavidade ora
l, na r iz, naso far inge, lar inge e órb it a. Ess es são iner vados pe lo s iste ma ner vo so
paras s impát ico e se us t umo res são d e no minados para ga nglio mas não- cro ma fins.
Rara me nte esse s t umor es libe ra m cat eco la minas, mas devido ás cé lulas ne ur o -
endócr inas q ue co ns t it ue m e ssas lesões pe rcebere m as te ndõ es de oxigê nio e d ió
xido de carbo no de ntro dos vasos adjac e ntes, os t umore s ta mbé m são, a lgumas ve
zes, de no minados q uimiodecto mas.

O s tumo res d e corpos carot ídeos (e para ga nglio mas e m gera l) são ra ros. E les s ur
ge m, e m ger a l, na se xta d écada de vida . Ele s ocor re m, co mume nt e, de for ma única
e espo rád ica, mas pode m ser fa mil iares, co m tra ns missão a uto ssô mica do mina nte
na s índro me neop lás ica e ndócr in a múlt ip la t ipo 2; nesse ca so, e le s são co m freq
uê nc ia múlt ip los e, a lgumas ve zes, s imé tr icos b i- la tera lme nte. O s tumo res do corpo
carotídeo recor re m, e m muit os casos, após res secção inco mp le ta, e, apesar de sua
apar ê nc ia be nigna, muito s envia m me tás tase a s ít ios loca is e d ist a ntes. N o fina l
das co nt as, aproximad a me nte 50% p ro va m s er fa ta is, de vido e m gra nd e par te ao
cre sc ime nto inf ilt rativo. Infe lizme nte, é q ua se imposs íve l j ulga r, de ma ne ira histo
ló gica, o c urso c línic o do t umor de co rpo carot íd eo – as mitos es, p leo mor fis mo e até
mes mo invas ão vasc ular não são co nfiá ve is.

Glândulas salivares

Exis te m trê s glâ nd ulas sa livares import a ntes – pa rót ida, s ub- ma nd ib ular e s ub-
lingua l - , be m co mo inume rá ve is glâ nd ulas sa livares me no res, d ist r ib uíd as por
toda a mucosa da ca vidade ora l. Toda s essa s glâ nd ulas es tão s uj e it as á infla mação o
u ao des e nvo lvime nto d e neop las mas.

Xerostomia

A xe rosto mia re fere- se á boca se ca; é um aspec to pr inc ip a l do d is t úrb io a uto -


imune, a s índro me de Sjö gre n, e m q ue é gera lme nt e aco mpa nhada po r o lhos seco
s. A fa lta de secreçõ es sa liva res ta mbé m pode ser uma co mp licação da terap ia por
rad iação. A ca vidade o ra l pode re ve la r, mera me nte, mucosa seca o u a tro fia da s
pap ilas da língua, co m fiss uras e ulcera ções, o u, na s índro me de Sjö gre n, a ume nto
infla matór io co nco mita nte das glâ nd ula s sa livare s.

Inflamação (sialadenite)

A s ia lade nite pode ser de or ige m t ra umá t ic a, vira l, bac ter ia na ou a uto - imune. As
muco ce les são os t ipos ma is co muns de le sões infla matór ias da glâ nd ula sa l ivar. A
for ma ma is co mum de s ia lade nite vira l é a ca xumba, na qua l gera lme nt e são a
fetada s as pr inc ipa is glâ nd ulas sa livare s, e m part ic ular as paró t ida s (parot id ite ep
idê mica ). O ut ras glâ nd ulas (e. g., pâ ncreas e te st íc ulos ) ta mbé m pode m estar e nvo
Acadêmica: Ana Caroli na Lopes de Souza
Prof Dr Marcos Va lerio Zschornack
lvidas. A doenç a auto- imune s uste nta as a lteraçõe s sa liva res infla matór ias da s índro
me de Sjögre n. Nessa cond ição, o envo lvime nto d is se minado das glâ nd ula s sa liva
res e as glâ nd ulas s ecre toras de muco da mucosa na sa l ind uze m á xe rosto mia. O e
nvo lvime nto assoc iado das glâ nd ula s lac r ima is p rod uz a sec ura dos o lhos – cera toco nj
unt ivite seca.

Mucocele .

Essa é a le são ma is co mum das glâ nd ulas sa livares e res ulta do b loq ue io o u da
rup t ura do ducto gla nd ular sa liva r, co m escoa me nto da sa liva para de ntro do es tro
ma do tec i do conj unt ivo c ir c unjace nte. As mucoc e les são e nco nt radas ma is freq ue
nte me nte no láb io infer ior e são o res ult ado de tra uma. C o mo ta l, e le s são vis tos
t ip ic a me nte e m cr ia nças ma io res e jo ve ns ad ultos, be m co mo na pop ulação ge r
iá tr ica (co mo res ultado de q ue das ). C linic a me nte, e les ap rese nta m- se co mo t ume
façõe s flut ua nt es do láb io infer ior e tê m uma to na lid ade t ra ns lúc ida a zulada. O s
pac ie nte s pode m repo rtar um his tór ico de ta ma nho flut ua nt e da lesão, p artic ula
r me nte e m assoc iação ás re fe içõe s. H isto lo gica me nte, as mucoce les mo stra m um
espaço na for ma de cisto q ue é revestido por te c ido de gra nulação infla ma tór io o u
po r tec ido co nj unt ivo fibroso. O s espa ços c íst icos são pree nc hidos co m muc ina, be
m co mo por cé lulas infla mató r ia s, part ic ula r me nte os macró fa go s. É neces sár ia a
e xc isão co mp leta do c is to co m o lób ulo gla nd ular sa livar me nor de or ige m. A e xc
isão inco mp leta pode res ultar e m reco rrê nc ia.

A râ nula é his to lo gica me nte idê nt ica á mucoce le. Toda via, esse ter mo é reser vado
ás mucoce le s que s ur ge m q ua ndo o duc to da glâ nd ula s ub - lingua l t ive r s ido da
nificado. Uma râ nula pode tor nar- se e xtre ma me nte gra nde e d ese nvo lve r uma “r â
nula p ro funda ” q ua ndo e la d isseca se u ca minho at ra vés do es tro ma de tec ido co
nj unt ivo co ne cta ndo os do is ve ntre s do músc ulo milo -hio ideo. Sialol itías e e s
ialade ni te ine s pe cífica. A s ia lade nite bacter ia na inespec ífica, e nvo lve ndo ma is freq
ue nte me nte as p r inc ipa is glâ nd ula s sa livar es, e m pa rt ic ula r sec undá r ias á obst
r ução co muns são o St aphylococcus au reus e o St rept ococcus v ir idans. A fo r mação
d e cá lc ulo es tá re lac io nada, a lgumas ve zes, co m a obst r ução dos or ifíc io s das glâ
nd ula s sa liva res por det r itos a lime ntar es impa ctados o u por ede ma sobre o or ifíc
io após a lguma lesão. Freq ue nte me nte, os cá lc ulos são de or ige m obsc ur a. A des
idra tação co m função secre tora d im inuída ta mbé m pode pred ispor á invas ão bacter
ia na sec undár ia, co mo ocorre a lgumas ve zes e m pac ie ntes q ue recebe m fe no t ia
zinas de lo nga d uração q ue s upr ime m a secr eção sa liva r. Ta lve z a de s idr atação co m
secr eção diminu ída e xp liq ue o d e se nvo lvime nto de paro t id ite s up ura t iva bacte r ia
na e m pac ie ntes ido sos co m histór ico re ce nte de gra ndes c ir ur gias to rác ica s o u abdo
mina is.

Q ua lq ue r q ue se ja a orige m, o p rocesso obs tr ut ivo e a invasão ba cter ia na le va m á inf


la mação inespec ífica das glâ nd ula s a fe tadas q ue pode m ser a mp la me nte inters t ic
ia is o u, q ua ndo ind uzida po r esta filococo s o u o utros p ió ge no s, pode e sta r as soc
iado co m necrose s up ura t iva vis íve l e for mação de abscesso. O envo lvi me nto uni-
la tera l de uma única glâ nd ula é re gra. O envo lvime nto infla mató r io ca usa a ume nto
do lo roso e, a lgumas ve zes, uma d escar ga p ur ule nt a d ucta l.

Neoplasmas
Acadêmica: Ana Caroli na Lopes de Souza
Prof Dr Marcos Va lerio Zschornack
Apesar de s ua mor fo lo gia nor ma l re lat iva me nte ind is t inguíve l, a s glâ nd ulas s a
livares dão or ige m a nada me nos q ue 30 t umo res ma lignos e be nignos his to lo gica me
nte d ist intos.

U m peq ue no número de neop las mas rep rese nta ma is de 90% do s t umo res de glâ
nd ulas sa liva res, e as s im nossa co ns ider ação es tá res tr ita a e les. N o gera l, esse s
neop la s mas são re lat iva me nte inco muns e represe nta m me nos de 2% dos t u more s
huma no s. Apro ximada me nte 65 % a 80% s ur ge m na p arótida, 10% na glâ nd ula s ub -
ma nd ib ular e o resta nte nas glâ nd ulas sa livar es me nores, inc luindo as glâ nd ulas s
ub - lingua is. 15 a 30% dos t umo res nas glâ nd ulas paró t idas são ma ligno s, ao contrá
r io de apro ximada me nte 40% nas glâ nd ulas s ub - ma nd ib ulare s, 50% nas glâ nd ulas
sa liva res me no res e 70% a 90% dos t umo res s ub - lingua is. A probab ilidade, e ntão,
de um tumor d a glâ nd ula sa liva r se r ma ligno é ma is o u me nos inver sa me nte propo
rc io na l ao ta ma nho da glâ nd ula.

Esse s t umores o corre m, e m gera l, e m ad ulto s co m le ve p redo minâ nc ia fe minina,


poré m aproximad a me nte 5% ocor re m e m cr ia nças me nores q ue 16 a nos de idade.
Por motivos desconhec idos, os t umores de Wa rt hin oco rre m co m muito ma is freq uê
nc ia e m ho me ns q ue e m mulhere s. O s t umores be nignos costuma m aparece r co m
p redo minâ nc ia na q uinta o u se xta dé cada de vid a. O s t umo res ma lignos te nde m,
na méd ia, a reapa rece r, de a lguma for ma, post er io r me nte. Q ua lq ue r q ue seja o
pad rão histo ló gico, os neop las mas na s glâ nd ulas paró t idas prod uze m tume fa ção
d is t int iva na fre nte e aba ixo do o uvido. E m gera l, q ua ndo e les são p r ime ira me
nte dia gnost icados, a mbas as lesões, ma lignas e be nigna s, var ia m d e 4 a 6 c m de d iâ
metro e são mó ve is á pa lpação, e xce to nos ca sos de t umore s ma lignos ne gl ige nc
iado s. A inda q ue os t umo res be nignos seja m co nhec idos por esta re m pres e ntes, e
m ger a l, por muitos mese s a vár ios a nos a ntes de c ha ma r a atenç ão c línica, os câ
nceres ( t umo res ma lignos ) parece m e xigir ma is ate nç ão, devido, prova ve lme nte, ao
se u cr esc ime nto ma is ráp ido. Toda via, no fina l das co ntas, não e xiste m c r itér ios
confiá ve is pa ra d ifer e nc iá - los, no terre no c línic o, se ndo por ta nto necessá r ia a
a va liação mo r fo ló gica.

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