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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
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1-ESTRUTURA CRISTALINA
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ARRANJAMENTO ATÔMICO
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ARRANJAMENTO ATÔMICO
• Os materiais sólidos podem ser classificados em cristalinos ou
não-cristalinos de acordo com a regularidade na qual os
átomos ou íons se dispõem em relação à seus vizinhos.
• Ma te ria l c r is ta l in o é aquele no qual os átomos encont ram-se
ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma
est rutura t ridimensional que se chama de rede cristalina
• Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros
formam est ruturas cristalinas sob condições normais de
solidificação
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ARRANJAMENTO ATÔMICO
• Nos m a ter ia is n ão -c r i s ta l in o s o u a m o r fo s não
existe ordem de longo alcance na disposição dos
átomos
• As propriedades dos materiais sólidos cristalinos
depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira
na qual os átomos, moléculas ou íons estão
espacialmente dispostos.
• Há um número grande de diferentes estruturas
cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos
metais até estruturas mais complexas exibidas
pelos cerâmicos e polímeros
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2- CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)
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CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)
Célula Unitária
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Parâmetros de Rede: É a representação geométrica da
célula unitária descrita por 6 parâmetros. 3 espaciais (a, b, c) e
3 angulares α,β,γ
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OS 7 SISTEMAS CRISTALINOS
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AS 14 REDES DE BRAVAIS
•Cúbico simples
•Cúbico de corpo centrado
•Cúbico de face centrada
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SISTEMA CÚBICO SIMPLES
Apenas 1/8 de cada átomo
cai dentro da célula unitária,
ou seja, a célula unitária
contém apenas 1 átomo.
Essa é a razão que os metais
não cristalizam na estrutura
cúbica simples (devido ao
baixo empacotamento
a atômico)
Parâmetro de rede 16
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC
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RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CÚBICO SIMPLES
No sistema cúbico
simples os átomos se
tocam na face
a= 2 R
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FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CÚBICO SIMPLES
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EST. CÚBICA DE CORPO
CENTRADO
O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO ESTÃO
RELACIONADOS NESTE SISTEMA POR:
accc= 4R /(3)1/2
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RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CCC
No sistema CCC os
átomos se tocam ao
longo da diagonal do
cubo: (3) 1/2.a=4R
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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC
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NÚMERO DE
COORDENAÇÃO
1/8 de átomo
1 átomo inteiro
(demonstre)
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EST. CÚBICA DE FACE
CENTRADA
O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO
ESTÃO RELACIONADOS PARA ESTE
SISTEMA POR:
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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC
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Cálculo de acfc
2 2 2
a + a = (4R)
2 a2 = 16 R2
a2 = 16/2 R2
a2 = 8 R 2
a= 2R (2)1/2
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FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CFC
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FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CFC
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CÁLCULO DA DENSIDADE
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TABELA RESUMO PARA O
SISTEMA CÚBICO
Átomos Número de Parâmetro Fator de
por célula coordenação de rede empacotamento
CS 1 6 2R 0,52
CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74
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SISTEMA HEXAGONAL
SIMPLES
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EST. HEXAGONAL
COMPACTA
Os metais em geral não cristalizam
no sistema hexagonal simples pq o
fator de empacotamento é muito
baixo, exceto cristais com mais de
um tipo de átomo
O sistema Hexagonal Compacta é
mais comum nos metais (ex: Mg, Zn)
Na HC cada átomo de uma dada
camada está diretamente abaixo ou
acima dos interstícios formados
entre as camadas adjacentes
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EST. HEXAGONAL
COMPACTA
Cada átomo tangencia 3
átomos da camada de cima,
6 átomos no seu próprio
plano e 3 na camada de
baixo do seu plano
O número de coordenação
para a estrutura HC é 12 e,
portanto, o fator de
empacotamento é o mesmo
da cfc, ou seja, 0,74. Relação entre R e a:
a= 2R 35
EST. HEXAGONAL
COMPACTA
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A rede hc (cont.)
Cálculo do fator de empacotamento atômico
Vista de topo
h
60º
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RAIO ATÔMICO E ESTRUTURA
CRISTALINA DE ALGUNS METAIS
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4- POLIMORFISMO OU
ALOTROPIA
Alguns metais e não-metais podem ter mais
de uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e pressão. Esse fenômeno é
conhecido como polimorfismo.
Geralmente as transformações polimorficas
são acompanhadas de mudanças na
densidade e mudanças de outras propriedades
físicas.
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4-EXEMPLO DE MATERIAIS QUE
EXIBEM POLIMORFISMO
Ferro
Titânio
Carbono (grafite e diamante)
SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
Etc.
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4- ALOTROPIA DO FERRO
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DIREÇÕES?
(o,o,o)
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5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
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5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]
• Onde h,k,l são
inteiros com maior
divisor comum igual a
1.
• Se a subtração der
negativa, coloca-se
uma barra sobre o
número
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As duas direções
pertencem a mesma
família?
[101]
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5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]
• Quando passa pela
origem
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5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]
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5- DIREÇÕES PARA O SISTEMA CÚBICO
• A simetria desta estrutura permite que as direções equivalentes
sejam agrupadas para formar uma família de direções:
• <100> para as faces
• <110> para as diagonais das faces
• <111> para a diagonal do cubo
<110>
<111>
<100>
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5-DIREÇÕES PARA O SISTEMA CCC
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5- DIREÇÕES PARA O SISTEMA CFC
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5- PLANOS CRISTALINOS
Por quê são importantes?
· Para a determinação da estrutura cristalina Os métodos de difração medem diretamente a distância entre
planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do
reticulado de um cristal.
Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para
determinar os ângulos interaxiais de um cristal.
· Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre
os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções
específicos do cristal.
· Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a
condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1: Grafita
A condução de calor é mais rápida nos planos unidos covalentemente sp2 do que nas direções perpendiculares a esses planos.
Exemplo 2: supercondutores a base de YBa2Cu3O7
Alguns planos contêm somente Cu e O. Estes planos conduzem pares de elétrons (chamados pares de cobre) que são os
responsáveis pela supercondutividade. Estes supercondutores são eletricamente isolantes em direções perpendiculares as dos planos
Cu-O.
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5- PLANOS CRISTALINOS
• São representados de maneira similar às direções
• São representados pelos índices de Miller = (hkl)
• Planos paralelos são equivalentes tendo os mesmos
índices.
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5- PLANOS CRISTALINOS
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PLANOS CRISTALINOS
Planos (010)
• São paralelos aos eixos x
e z (paralelo à face)
• Cortam um eixo (neste
exemplo: y em 1 e os
eixos x e z em )
• 1/ , 1/1, 1/ = (010)
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PLANOS CRISTALINOS
Planos (110)
• São paralelos a um eixo (z)
• Cortam dois eixos
(x e y)
• 1/ 1, 1/1, 1/ = (110)
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PLANOS CRISTALINOS
Planos (111)
• Cortam os 3 eixos
cristalográficos
• 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)
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FAMÍLIA DE PLANOS {110}
É paralelo à um eixo
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FAMÍLIA DE PLANOS {111}
Intercepta os 3 eixos
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5- PLANOS NO SISTEMA CÚBICO
• A simetria do sistema cúbico faz com que a família
de planos tenham o mesmo arranjamento e
densidade
• Deformação em metais envolve deslizamento de
planos atômicos. O deslizamento ocorre mais
facilmente nos planos e direções de maior
densidade atômica.
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5- PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CCC
• A família de planos {110}
no sistema ccc é o de
maior densidade
atômica
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5- PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CFC
• A família de planos {111}
no sistema cfc é o de
maior densidade
atômica
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6- DENSIDADE ATÔMICA LINEAR E
PLANAR
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6- Densidade Atômica Linear
• Análogo à DAP podemos definir a densidade atômica linear
DAL = Comprimento Total de Átomos/Comprimento de uma direção
(igual ao fator de empacotamento em uma dimensão)
Fração de átomos interceptados por uma linha
• Exemplo
Calcule a DAL das direções <100> na rede CFC
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6- Sistemas de deslizamento (cont.)
Plano não
O deslizamento é mais denso
provável em planos e Distância
direções compactas
porque nestes casos a
distância que a rede
precisa se deslocar é
mínima.
Dependendo da simetria Plano denso
Distância
da estrutura, outros
sistemas de
deslizamento podem
estar presentes.
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6- Sistemas de deslizamento (cont.)
0,1nm
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7- DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X
O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO:
Quando um feixe de raios x é dirigido à um
material cristalino, esses raios são difratados
pelos planos dos átomos ou íons dentro do
cristal
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DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA
POR DIFRAÇÃO DE RAIO X
Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia da74PUC-
Rio
DIFRAÇÃO DE RAIOS X
LEI DE BRAGG
É comprimento de onda
N é um número inteiro de
ondas
Válido
para d é a distância interplanar
dhkl = a sistema
(h2+k2+l2)1/2 cúbico O ângulo de incidência
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DISTÂNCIA INTERPLANAR (dhkl)
dhkl= a
(h2+k2+l 2)1/2
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TÉCNICAS DE DIFRAÇÃO
• Técnica do pó:
É bastante comum, o material a ser analisado encont ra-
se na forma de pó (partículas finas orientadas ao acaso)
que são expostas à radiação x monocromática. O grande
número de partículas com orientação diferente assegura
que a lei de Bragg seja satisfeita para alguns planos
cristalográficos.
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O DIFRATOMÊTRO DE RAIOS X
• T= fonte de raio X
Amostra • S= amostra
• C= detector
• O= eixo no qual a amostra e o
Fonte detector giram
Detector
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O DIFRATOMÊTRO DE RAIOS X
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DIFRATOGRAMA
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