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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

Introdução a Ciência e Engenharia dos Materiais

Prof. Dr. Bernardo Borges Pompeu Neto

ALUNO: Glêucio Mendonça de Oliveira

ASSUNTO: ESTRUTURAS DOS MATERIAIS


SÓLIDOS CRISTALINOS
2018 1
AGENDA
1- Estrutura cristalina: Conceitos fundamentais,
2- Célula unitária (Rede de Bravais)
3- Sistemas cristalinos
4- Polimorfismo ou Alotropia
5- Direções e planos cristalográficos
( Índice de Miller)
6- Densidade Planar e Densidade Linear
7-Determinação de estruturas cristalinas por difração
de Raios-X

2
1-ESTRUTURA CRISTALINA

3
ARRANJAMENTO ATÔMICO

Por quê estudar?

4
ARRANJAMENTO ATÔMICO
• Os materiais sólidos podem ser classificados em cristalinos ou
não-cristalinos de acordo com a regularidade na qual os
átomos ou íons se dispõem em relação à seus vizinhos.
• Ma te ria l c r is ta l in o é aquele no qual os átomos encont ram-se
ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma
est rutura t ridimensional que se chama de rede cristalina
• Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros
formam est ruturas cristalinas sob condições normais de
solidificação

5
ARRANJAMENTO ATÔMICO
• Nos m a ter ia is n ão -c r i s ta l in o s o u a m o r fo s não
existe ordem de longo alcance na disposição dos
átomos
• As propriedades dos materiais sólidos cristalinos
depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira
na qual os átomos, moléculas ou íons estão
espacialmente dispostos.
• Há um número grande de diferentes estruturas
cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos
metais até estruturas mais complexas exibidas
pelos cerâmicos e polímeros

6
2- CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)

•Consiste num pequeno grupos de átomos


que formam um modelo repetitivo ao longo
da estrutura tridimensional (analogia com
elos da corrente)
•A célula unit ária é escolhida para
representar a simetria da estrutura cristalina

7
8
CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)

Célula Unitária

Os átomos são representados como esferas rígidas 9


3- SISTEMAS CRISTALINOS

 Estes sistemas incluem todas as possíveis


geometrias de divisão do espaço por
superfícies planas contínuas.

10
Parâmetros de Rede: É a representação geométrica da
célula unitária descrita por 6 parâmetros. 3 espaciais (a, b, c) e
3 angulares α,β,γ

11
OS 7 SISTEMAS CRISTALINOS

12
AS 14 REDES DE BRAVAIS

Dos 7 sistemas cristalinos


podemos identificar 14 tipos
diferentes de células unitárias,
conhecidas com redes de
Bravais. Cada uma destas
células unitárias tem certas
características que ajudam a
diferenciá-las das outras células
unitárias. Além do mais, estas
características também
auxiliam na definição das
propriedades de um material
particular.
13
ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS
• Como a ligação metálica é não-direcional não há
restrições quanto ao número e posições dos
vizinhos mais próximos.
• Então, a estrutura cristalina dos metais têm
geralmente um número grande de vizinhos e alto
empacotamento atômico.
• Três são as estruturas cristalinas mais comuns em
metais:
• Cúb i ca de cor p o cen t r ad o (ccc)
• Cúb i ca de f ace cen t r ad a(cf c)
• h ex ag o nal co m p act a(h c).
14
SISTEMA CÚBICO
Os átomos podem ser agrupados
dentro do sistema cúbico em
3 diferentes tipos de repetição

•Cúbico simples
•Cúbico de corpo centrado
•Cúbico de face centrada

15
SISTEMA CÚBICO SIMPLES
 Apenas 1/8 de cada átomo
cai dentro da célula unitária,
ou seja, a célula unitária
contém apenas 1 átomo.
 Essa é a razão que os metais
não cristalizam na estrutura
cúbica simples (devido ao
baixo empacotamento
a atômico)

Parâmetro de rede 16
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC

 Número de coordenação corresponde


ao número de átomos vizinhos mais
próximos
 Para a estrutura cúbica simples o número de
coordenação é 6.

17
RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CÚBICO SIMPLES

 No sistema cúbico
simples os átomos se
tocam na face

 a= 2 R

18
FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CÚBICO SIMPLES

Fator de empacotamento= Número de átomos x Volume dos átomos


Volume da célula unitária

Vol. dos átomos=número de átomos x Vol. Esfera (4R3/3)


3
Vol. Da célula=Vol. Cubo = a
 Fator de empacotamento = 4R3/3
(2R) 3
O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CÚBICA SIMPLES É O,52

19
EST. CÚBICA DE CORPO
CENTRADO
 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO ESTÃO
RELACIONADOS NESTE SISTEMA POR:
accc= 4R /(3)1/2

 Na est. ccc cada átomo dos vértices do cubo é


dividido com 8 células unitárias
 Já o átomo do centro pertence somente a sua célula
unitária.
 Cada átomo de uma estrutura ccc é cercado por 8
átomos adjacentes
Filme
 Há 2 átomos por célula unitária na estrutura ccc
 O Fe, Cr, W cristalizam em ccc

20
RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CCC
 No sistema CCC os
átomos se tocam ao
longo da diagonal do
cubo: (3) 1/2.a=4R

accc = 4R/ (3)1/2

21
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC

 Número de coordenação corresponde


ao número de átomos vizinhos mais
próximos
 Para a estrutura ccc o número de
coordenação é 8.

22
NÚMERO DE
COORDENAÇÃO
1/8 de átomo

1 átomo inteiro

Para a estrutura ccc o número de coordenação é 8


23
FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CCC

 Fator de empacotamento= Número de átomos x Volume dos átomos


Volume da célula unitária

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CC É O,68

(demonstre)

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EST. CÚBICA DE FACE
CENTRADA
 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO
ESTÃO RELACIONADOS PARA ESTE
SISTEMA POR:

acfc = 4R/(2)1/2 =2R . (2)1/2

 Na est. cfc cada átomo dos vertices


do cubo é dividido com 8 células
unitátias
 Já os átomos das faces pertencem
somente a duas células unitárias
Filme  Há 4 átomos por célula unitária na
25 estrutura cfc
 É o sistema mais comum encontrado
nos metais (Al, Fe, Cu, Pb, Ag, Ni,...)
25
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC

 Número de coordenação corresponde ao


número de átomos vizinhos mais próximo
 Para a estrutura cf c o número de
coordenação é 12.

26
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC

Para a estrutura cfc o


número de
coordenação é 12.

27
Cálculo de acfc

2 2 2
 a + a = (4R)
2 a2 = 16 R2
a2 = 16/2 R2
a2 = 8 R 2
a= 2R (2)1/2

28
FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CFC

 Fator de empacotamento= Número de átomos X Volume dos átomos


Volume da célula unitária

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CFC É O,74

29
FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CFC

 Fator de empacotamento= Número de átomos X Volume dos átomos


Volume da célula unitária
Vol. dos átomos=Vol. Esfera= 4R3/3
3
Vol. Da célula=Vol. Cubo = a
3
Fator de empacotamento = 4 X 4R /3
(2R (2)1/2)3
Fator de empacotamento = 16/3R3
16 R3(2)1/2

Fator de empacotamento = 0,74

30
CÁLCULO DA DENSIDADE

 O conhecimento da estrutura cristalina


permite o cálculo da densidade ():
 = nA
VcNA
n= número de átomos da célula unitária
A= peso atômico
Vc= Volume da célula unitária
NA= Número de Avogadro (6,02 x 1023 átomos/mol)

31
TABELA RESUMO PARA O
SISTEMA CÚBICO
Átomos Número de Parâmetro Fator de
por célula coordenação de rede empacotamento

CS 1 6 2R 0,52
CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74

32
SISTEMA HEXAGONAL
SIMPLES

 Os metais não cristalizam


no sistema hexagonal
simples porque o fator de
empacotamento é muito
baixo
 Entretanto, cristais com
mais de um tipo de átomo
cristalizam neste sistema

33
EST. HEXAGONAL
COMPACTA
 Os metais em geral não cristalizam
no sistema hexagonal simples pq o
fator de empacotamento é muito
baixo, exceto cristais com mais de
um tipo de átomo
 O sistema Hexagonal Compacta é
mais comum nos metais (ex: Mg, Zn)
 Na HC cada átomo de uma dada
camada está diretamente abaixo ou
acima dos interstícios formados
entre as camadas adjacentes

34
EST. HEXAGONAL
COMPACTA
 Cada átomo tangencia 3
átomos da camada de cima,
6 átomos no seu próprio
plano e 3 na camada de
baixo do seu plano
 O número de coordenação
para a estrutura HC é 12 e,
portanto, o fator de
empacotamento é o mesmo
da cfc, ou seja, 0,74. Relação entre R e a:
a= 2R 35
EST. HEXAGONAL
COMPACTA

Há 2 parâmetros de rede representando os parâmetros


Basais (a) e de altura (c) 36
A rede hc
 A rede hexagonal compacta pode ser representada por um
prisma com base hexagonal, com átomos na base e topo e um
plano de átomos no meio da altura.
Cd, Mg, Ti, Zn

Número de átomos na célula


unitária
c Na= 12x1/6 + 2x(1/2) + 3 = 6
Relação entre a e r
2R = a

c/2 FEA = 0.74 NC =12


A rede hc é tão compacta quanto a
cfc

37
A rede hc (cont.)
 Cálculo do fator de empacotamento atômico

Vista de topo

h
60º

38
RAIO ATÔMICO E ESTRUTURA
CRISTALINA DE ALGUNS METAIS

39
4- POLIMORFISMO OU
ALOTROPIA
 Alguns metais e não-metais podem ter mais
de uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e pressão. Esse fenômeno é
conhecido como polimorfismo.
 Geralmente as transformações polimorficas
são acompanhadas de mudanças na
densidade e mudanças de outras propriedades
físicas.
40
4-EXEMPLO DE MATERIAIS QUE
EXIBEM POLIMORFISMO
 Ferro
 Titânio
 Carbono (grafite e diamante)
 SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
 Etc.

41
4- ALOTROPIA DO FERRO

ccc De 1394°C-PF  Na temperatura ambiente, o


Ferro têm estrutura ccc, número
de coordenação 8, fator de
empacotamento de 0,68 e um
cfc De 910-1394°C raio atômico de 1,241Å.
 A 910°C, o Ferro passa para
estrutura cfc, número de
coordenação 12, fator de
empacotamento de 0,74 e um
ccc Até 910°C raio atômico de 1,292Å.
 A 1394°C o ferro passa
novamente para ccc.
42
4- ALOTROPIA DO TITÂNIO
FASE 
 Existe até 883ºC
 Apresenta estrutura hexagonal compacta
 É mole
FASE 
 Existe a partir de 883ºC
 Apresenta estrutura ccc
 É dura
43
5- Direções nos Cristais
- Índices de Miller: “É uma notação utilizada em
cristalografia para definir famílias de planos em uma rede
de Bravais.”(Redes recíprocas) Através de um vetor.

44
DIREÇÕES?

(o,o,o)

45
5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS

a, b e c definem os eixos de um sistema de coordenadas


em 3D. Qualquer linha (ou direção) do sistema de
coordenadas pode ser especificada através de dois pontos:
· um deles sempre é tomado como sendo a origem do
sistema de coordenadas, geralmente (0,0,0) por convenção;
46
Algumas direções da
família de direções <100>

47
5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]
• Onde h,k,l são
inteiros com maior
divisor comum igual a
1.
• Se a subtração der
negativa, coloca-se
uma barra sobre o
número

48
As duas direções
pertencem a mesma
família?
[101]

49
5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS

• São representadas
entre colchetes= [hkl]
• Quando passa pela
origem

50
5- DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]

Os números devem ser divididos


ou multiplicados por um
fator comum para dar números
inteiros

51
5- DIREÇÕES PARA O SISTEMA CÚBICO
• A simetria desta estrutura permite que as direções equivalentes
sejam agrupadas para formar uma família de direções:
• <100> para as faces
• <110> para as diagonais das faces
• <111> para a diagonal do cubo

<110>

<111>
<100>
52
5-DIREÇÕES PARA O SISTEMA CCC

• No sistema ccc os átomos


se tocam ao longo da
diagonal do cubo, que
corresponde a família de
direções <111>
• Então, a direção <111> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema ccc

53
5- DIREÇÕES PARA O SISTEMA CFC

• No sistema cfc os átomos se


tocam ao longo da diagonal
da face, que corresponde a
família de direções <110>
• Então, a direção <110> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema cfc

54
5- PLANOS CRISTALINOS
Por quê são importantes?
· Para a determinação da estrutura cristalina Os métodos de difração medem diretamente a distância entre
planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do
reticulado de um cristal.
Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para
determinar os ângulos interaxiais de um cristal.
· Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre
os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções
específicos do cristal.
· Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a
condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1: Grafita
A condução de calor é mais rápida nos planos unidos covalentemente sp2 do que nas direções perpendiculares a esses planos.
Exemplo 2: supercondutores a base de YBa2Cu3O7
Alguns planos contêm somente Cu e O. Estes planos conduzem pares de elétrons (chamados pares de cobre) que são os
responsáveis pela supercondutividade. Estes supercondutores são eletricamente isolantes em direções perpendiculares as dos planos
Cu-O.
55
5- PLANOS CRISTALINOS
• São representados de maneira similar às direções
• São representados pelos índices de Miller = (hkl)
• Planos paralelos são equivalentes tendo os mesmos
índices.

56
5- PLANOS CRISTALINOS

57
PLANOS CRISTALINOS

Planos (010)
• São paralelos aos eixos x
e z (paralelo à face)
• Cortam um eixo (neste
exemplo: y em 1 e os
eixos x e z em )
• 1/ , 1/1, 1/  = (010)

58
PLANOS CRISTALINOS

Planos (110)
• São paralelos a um eixo (z)
• Cortam dois eixos
(x e y)
• 1/ 1, 1/1, 1/  = (110)

59
PLANOS CRISTALINOS

Planos (111)

• Cortam os 3 eixos
cristalográficos
• 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)

60
FAMÍLIA DE PLANOS {110}
É paralelo à um eixo

61
FAMÍLIA DE PLANOS {111}
Intercepta os 3 eixos

62
5- PLANOS NO SISTEMA CÚBICO
• A simetria do sistema cúbico faz com que a família
de planos tenham o mesmo arranjamento e
densidade
• Deformação em metais envolve deslizamento de
planos atômicos. O deslizamento ocorre mais
facilmente nos planos e direções de maior
densidade atômica.

63
5- PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CCC
• A família de planos {110}
no sistema ccc é o de
maior densidade
atômica

64
5- PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CFC
• A família de planos {111}
no sistema cfc é o de
maior densidade
atômica

65
6- DENSIDADE ATÔMICA LINEAR E
PLANAR

• Densidade linear= átomos/cm (igual ao fator de


empacotamento em uma dimensão)
• Densidade planar= átomos/unidade de área
(igual ao fator de empacotamento em duas
dimensões)

66
6- Densidade Atômica Linear
• Análogo à DAP podemos definir a densidade atômica linear
 DAL = Comprimento Total de Átomos/Comprimento de uma direção
(igual ao fator de empacotamento em uma dimensão)
Fração de átomos interceptados por uma linha

• Exemplo
 Calcule a DAL das direções <100> na rede CFC

Número total de átomos = 1 + 1 = 2

Comprimento total de átomo = 2 x Raio de 1 átomo = 2R

Comprimento da Direção = a e 4R = a2 => a = 2R2

DAL = 2R/a = 2R/ 2R2 = 1/2  


1/2 átomo
67
68
6- Densidade Atômica Planar
• Análogo ao fator de empacotamento atômico, que corresponde à
densidade volumétrica de átomos, podemos definir a densidade
atômica planar
 DAP = Área Total de Átomos/Área do Plano
• Exemplo
 Calcule a DAP dos planos {100} na rede CFC

Número total de átomos = 1 + 4*1/4 = 2

Área total de átomo = 2 x Área de 1 átomo = 2R2

Área do Plano = a2 e 4R = a2 => a = 2R2

DAP = 2R2/a2 = 2R2/8R2 =   


1 átomo
1/4 de átomo
68
6- Planos e Direções Compactas
• Como já vimos, as redes CFC e HC são as mais densas do ponto
de vista volumétrico.
• Por outro lado, em cada rede, existem planos e direções com
valores diferentes de DAP e DAL.
• Em cada rede, existe um certo número de planos e direções
compactos (maior valor de DAP e DAL)

As direções compactas estão contidas em planos compactos


Estes planos e direções serão fundamentais na deformação
mecânica de materiais.
A deformação mecânica normalmente se dá através do
deslizamento de planos.

69
6- Sistemas de deslizamento (cont.)
Plano não
 O deslizamento é mais denso
provável em planos e Distância
direções compactas
porque nestes casos a
distância que a rede
precisa se deslocar é
mínima.
 Dependendo da simetria Plano denso
Distância
da estrutura, outros
sistemas de
deslizamento podem
estar presentes.

70
6- Sistemas de deslizamento (cont.)

Deslizamento de um plano compacto Deslizamento de um plano não compacto


Pequeno deslizamento  Pequena energia Grande deslizamento  Grande energia
 Mais provável  Menos provável
71
7- DETERMINAÇÃO DA
ESTRUTURA CRISTALINA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO X

Raíos-x tem comprimento de onda similar a


distância interplanar

0,1nm

72
7- DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X

O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO:
Quando um feixe de raios x é dirigido à um
material cristalino, esses raios são difratados
pelos planos dos átomos ou íons dentro do
cristal

73
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA
POR DIFRAÇÃO DE RAIO X

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia da74PUC-
Rio
DIFRAÇÃO DE RAIOS X
LEI DE BRAGG

n= 2 dhkl .sen

 É comprimento de onda
N é um número inteiro de
ondas
Válido
para d é a distância interplanar
dhkl = a sistema
(h2+k2+l2)1/2 cúbico  O ângulo de incidência
75
DISTÂNCIA INTERPLANAR (dhkl)

• É uma função dos índices de Miller e do parâmetro de rede

dhkl= a
(h2+k2+l 2)1/2

76
TÉCNICAS DE DIFRAÇÃO

• Técnica do pó:
É bastante comum, o material a ser analisado encont ra-
se na forma de pó (partículas finas orientadas ao acaso)
que são expostas à radiação x monocromática. O grande
número de partículas com orientação diferente assegura
que a lei de Bragg seja satisfeita para alguns planos
cristalográficos.

77
O DIFRATOMÊTRO DE RAIOS X

• T= fonte de raio X
Amostra • S= amostra
• C= detector
• O= eixo no qual a amostra e o
Fonte detector giram

Detector
78
O DIFRATOMÊTRO DE RAIOS X

79
DIFRATOGRAMA

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de


80
Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio
REFERÊNCIAS

KAWA, L. (2015). Química,Meio ambiente e edificação. Disponível


em:< http://professoralucianekawa.blogspot.com.br/2015/09/a-
quimica-de-nanomateriais.html>
CALLISTER, W.D.JR. Ciência de engenharia dos Materiais. Uma
introdução. 5 ed.
www.feng.pucrs.br/~eleani/Protegidos/3-%20estrutura_cristalina

81
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