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Muito antes dos alimentos processados, das lojas de conveniência 24 horas e dos
supermercados, que têm milhares de alimentos à disposição, as pessoas comiam os
alimentos na sua forma natural. Os alimentos que eram boas fontes de fibra e de outros
carboidratos complexos (incluindo frutas, verduras, nozes e sementes) eram parte
importante da dieta. Comíamos o que a natureza nos oferecia, na forma como nos
oferecia.
Isso começou a mudar com o advento de novas tecnologias que nos permitiram processar
alimentos de maneira que antes não era possível. Não só aprendemos a moer grãos
integrais de maneira industrial, para atender a uma população cada vez maior, como
também aprendemos a refiná-los ainda mais, até o ponto da farinha branca. Embora
dispendiosa, ela oferece aos pães e outros alimentos assados apelo visual e textura mais
atraentes. Essa atração não passou despercebida às classes privilegiadas, que usavam
alimentos preparados com a farinha branca refinada como maneira de ostentar seu status.
Por mais revolucionário que fosse esse novo método de processamento de alimentos, ele
tinha um efeito colateral adverso do qual as pessoas não estavam inicialmente
conscientes. O processo de refino removia dos grãos a maior parte dos nutrientes que a
Mãe Natureza lhes havia dado. Mas não eram apenas os grãos que a tecnologia
processava. Laranjas, por exemplo, eram ainda mais procuradas em sua forma
processada, o suco. Esse alimento importado único era anunciado em jornais e as classes
privilegiadas também o adquiriam como sinal de status. Infelizmente, alguns dos nutrientes
disponíveis nas laranjas em seu estado natural (por exemplo, as fibras) também são
eliminados com o processamento. O processamento de alimentos propiciou mais escolhas
aos consumidores, mas representou perdas em termos de nutrição.
Ao longo dos anos, muitos dos ingredientes usados para ampliar a durabilidade, melhorar
a palatabilidade e reduzir o custo de produção de alimentos industrializados passaram a
sofrer ataques devido ao seu impacto negativo sobre a qualidade da nutrição humana.
Remover as vitaminas, fibras e minerais naturais dos alimentos e acrescentar colorantes,
adoçantes e outros aditivos artificiais não é o uso mais saudável ou inteligente dos
avanços tecnológicos.
A conexão entre nutrição, saúde e doença vem sendo provada de maneira mais firme a
cada dia. No começo dos anos 70, grande número de pesquisas vincularam a gordura,
especialmente a gordura saturada, a problemas cardíacos e obesidade. Mas ainda que as
provas continuassem a se acumular nos anos 80, a mensagem não parecia estar sendo
transmitida como deveria: o peso dos norte-americanos não parava de crescer. Com base
em dados do Centro de Controle de Doenças, nos 10 últimos anos o índice de obesidade
cresceu em mais de 60% entre os adultos. Desde 1980, os casos de obesidade
duplicaram entre as crianças e triplicaram entre os adolescentes.
Desde que a pessoa tivesse em suas refeições o mínimo possível de carboidratos, ela
poderia comer quanta gordura e proteína quisesse, e perderia peso de qualquer modo.
Isso aconteceu para alguns, mas havia efeitos colaterais desagradáveis: muitas das
pessoas que cortaram significativamente o consumo de carboidratos passaram a se sentir
menos enérgicas e a sofrer de prisão de ventre e inchaços. E quando abandonavam a
dieta de baixo consumo de carboidratos, o peso perdido retornava. Os índices de
obesidade voltaram a subir. As doenças cardíacas continuam a ser a principal causa de
morte e o diabetes tipo 2 se tornou epidemia.
Ganho de peso;
Diabetes;
Mau-humor, irritação
Ansiedade
Cansaço, fadiga
Sensação de Depressão
Cetoacidose - são sintomas da cetoacidose, perda de apetite, náuseas, vomitos quatro a
seis vezes por dia. Esse problema grave ocorre quando os níveis de substâncias ácidas
chamadas cetonas se acumulam no sangue.