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Disciplina: Professor (a): Ano: Turma: Valor:

PORTUGUÊS Carmem/ Caroline 3 - 60 PONTOS


Aluno (a): Nº
Avaliação dos estudos orientados presenciais

Parte I: Leitura e interpretação de textos

Leia o texto a seguir e responda as questões propostas

A MORTE DA TARTARUGA

"O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal
com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga
tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais
força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do
menino. "Cuidado, senão você acorda o seu pai". Mas o menino não se conformava. Pegou a
tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele
respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede,
lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a
morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado, ver de que se
tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: - "Está aí assim há meia hora,
chorando que nem maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe prometi tudo mas ele continua berrando
desse jeito". O pai examinou a situação e propôs: - "Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta
não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai". O garoto depôs cuidadosamente
a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto
no colo e disse: - "Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito
dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral". (Empregou de propósito a palavra difícil). O
menininho parou imediatamente de chorar. "Que é funeral?" O pai lhe explicou que era um enterro.
"Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e
voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos
de velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos as velinhas,
cantamos o "Happy-Birth-Day-To-You" pra tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois
pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos
uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu. Isso é que é funeral! Vamos fazer
isso?" O garotinho estava com outra cara. "Vamos papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente
lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela". Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um
grito no quintal. "Papai, papai, vem cá ela está viva!" O pai correu pro quintal e constatou que era
verdade. A tartaruga estava andando de novo normalmente. "Que bom, hein" - disse - "Ela está
viva! Não vamos ter que fazer o funeral!" "Vamos sim, papai" - disse o menino ansioso, pegando
uma pedra bem grande - "Eu mato ela".

MORAL: O IMPORTANTE NÃO É A MORTE, É O QUE ELA NOS TIRA."


(Fernandes, Millôr. "A morte da Tartaruguinha". ln: Fábulas Fabulosas. 9 ed., Rio de
Janeiro, Nórdica, 1985, pp. 100/101)

1) Identifique o Gênero textual do texto acima e apresente, no mínimo, duas características:


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2) A poesia Romântica desenvolveu-se em três gerações: Nacionalista ou Indianista, do


Mal-do-século e Condoreira. O Indianismo de nossos poetas românticos é:

a) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da


Capitania de São Vicente.

b) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se


instalava.

c) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e
piedade; exaltação de bravura, heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.

d) uma forma de apresentar o índio em toda a usa realidade objetiva; o índio como
elemento étnico da futura raça do Brasil.

e) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere
do modelo europeu.

3) Há dois momentos bem marcados no texto. Um, inicial, em que o menino está diante de
um conflito: ele tem uma tartaruga morta e quer uma tartaruga viva; outro, final, em que a
situação é inversa: ele tem a tartaruga viva e quer a tartaruga morta.
a) Qual o vocábulo do texto que desencadeia essa transformação?
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b) Tomando essa transformação como base, explique a diferença que há entre a palavra
em estado de dicionário e a palavra atualizada em um texto.
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4 - Depois de ter lido a narrativa, como você interpreta a "moral" da mesma?
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Leia o texto abaixo para responder as questões fechadas ABAIXO:

Parte II: Gramática

5. Em: “Agora não se vira mais cidadão do mundo: você já nasce sendo um”. A relação
entre as orações pode ser estabelecida por meio de:

a) logo
b) mas
c) desde que
d) pois

6. Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.

I. “O fato é que o futebol não havia previsto a realidade da globalização”.


II. “...já tornava híbridos os torneios e contaminava as torcidas futebolísticas”.
III. “... virei um seguidor apaixonado do Senegal.”
IV. “Os contratos não vêm mais com a chancela do Estado...”

( ) o tempo verbal indica ação permanente.


( ) o tempo verbal denota um fato passado, mas não concluído.
( ) o tempo verbal denota um fato passado já concluído.
( ) o tempo verbal denota um fato passado que poderia ter acontecido após outro fato
passado.

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta.

a) I, IV, II, III


b) IV, II, III, I
c) II, I, III, IV
d) III, IV, I, II

7. Assinale as alternativas corretas, de acordo com a classificação das frases entre


parênteses.

a) Eles querem o carro. (predicado verbal)


b) Os garotos chegaram cansados ao museu. (predicado verbo-nominal).
c) O rei tornou-se ladrão. (predicado verbal)
d) Os bêbados, furiosos, viraram a mesa do bar. (predicado nominal)
e) O pobre mendigo, depois de receber a herança que lhe era devida, virou rei. (predicado
nominal)

8. "As palavras não nascem amarradas", assinale a alternativa em que o sujeito e o


predicado da oração estejam corretamente analisados:

a) sujeito composto e predicado nominal


b) sujeito simples e predicado verbo-nominal
c) sujeito composto e predicado verbal
d) sujeito simples e predicado nominal

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e) sujeito simples e predicado verbal.

9. “Resolveu sair, nunca, o trataram assim, havia ali muitas pessoas que não gostavam
dele...”
Indique a soma das alternativas verdadeiras.

01 – O sujeito do período Resolveu sair é indeterminado.


02 – O sujeito de trataram é indeterminado
04 - O sujeito do verbo havia é oculto.
08 – O sujeito de gostavam é simples.
16 – O sujeito de havia é muitas pessoas.
32 – A oração havia ali muitas pessoas não possui sujeito.

10. (UFU) Leia o poema abaixo:


Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio tão amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas,
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


tão simples, tão certa e fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?"
(Cecília Meireles)
Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o poema:
a) A expressão "mãos sem força", que aparece no primeiro verso da segunda estrofe,
indica um lado fragilizado e impotente do "eu" poético diante de sua postura existencial.
b) As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a força das impressões
sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento.
c) O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o
que se mostra é um autorretrato, por meio do qual o "eu" poético olha-se no presente,
comparando-se com aquilo que foi no passado.
d) Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a
noção de perda amorosa, abandono e solidão.

11. (UC-MG) Graciliano Ramos é autor que, no Modernismo, faz parte da:

a. fase destruidora, que procura romper com o passado.

b. segunda fase, em que se destaca a ficção regionalista.

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c. fase irreverente, que busca motivos no primitivismo.
d. geração de 45, que procura estabelecer uma ordem no caos anterior.
e. década de 60, que transcendentaliza o regionalismo.

O poema de Manoel de Barros será utilizado para resolver as questões abaixo.

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das águas

Dou respeito às coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que aviões.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos mísseis.

Tenho em mim um atraso de nascença.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdícios:

Amo os restos

como as boas moscas.

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Queria que a minha voz tivesse um formato

de canto.

Porque eu não sou da informática:

eu sou da invencionática.

Só uso a palavra para compor meus silêncios.

BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.

Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006.
p. 73-74.

12 - É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em


geral, de menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa
valorização é expressa por meio da linguagem:

(A) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.

(B) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.

(C) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.

(D) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico
poeta.

(E) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da


informação digital.

13 - Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros,


afirma-se que

(A) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm
o mesmo valor na sua poesia.

(B) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem
encontra para dar sentido à própria vida.

(C) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de


modernização tecnológicos.

(D) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações
da informática.

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(E) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não
comunicabilidade.

14. Leia o poema Neologismo, de Manuel Bandeira, e assinale a alternativa correta relativa
à interpretação do texto.

“Beijo pouco, falo menos ainda.


Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo te adorar
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.”

a) O poema traduz o sentimento de mundo caótico da poesia de Manuel Bandeira.

b) Está presente no texto o conflito entre o eu-lírico e o mundo.

c) O ritmo traduz na quebra dos versos, a inquietude do poeta.

d) A invenção de palavras é recurso usado por pessoas que falam pouco.

e) Para expressar o sentimento com maior vigor é preciso inventar a palavra.

15. De acordo com a afirmativa “A fase pré-modernista trás o avanço científico e


tecnológico no início do século XX além de novas perspectivas à humanidade.”, qual é a
transição literária que marca a fase pré-modernista?

a) transição entre o simbolismo e o modernismo.


b) transição entre o romantismo e o arcadismo.
c) transição entre o simbolismo e o realismo.
d) transição entre o modernismo e parnasianismo.
e) N.D.A

BOA PROVA!!!!

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