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1- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS INFECCIOSOS

Infecção é a presença de um microrganismo em um determinado local do corpo com


multiplicação e resposta do hospedeiro;
Condição localizada ou resultante de uma reação adversa com presença de um agente
infeccioso de toxina.
Colonização – estabelecimento de um grupo de microrganismo num determinado local,
sem causar danos.
Contaminação - entrada de um microrganismo ou de uma substância indesejável em
determinado local.
Agente infeccioso – microrganismo (vírus, bactérias, fungos, protozoários, helminto) capaz
de produzir infecção ou doença infecciosa.
Fonte de infecção – local onde o microrganismo se multiplica: individuo doente/colonizado,
animais doentes, agua, alimentos.
Cuidados de enfermagem
 Deverá ser individualizada
 Considerar a prevenção de transmissão
 Minimizar os riscos para os profissionais, visitantes e outros pacientes
 Proporcionar conforto aos pacientes

SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: Causada por retrovírus, caracterizado por um


curso crônico, longo tempo de latência, e replicação viral persistente. O HIV entra nos linfócitos
T, liga-se ao CD$ uma vez no interior dos linfocitos oHIV se multiplica e destrói a célula,
repetindo a ação, aumentando assim o número de celulas infectadas. É transmitida por fluídos
corpóreos, por leite materno, reutilização de perfuros e acidentes de trabalho.
O tempo entre a exposição ao HIV e o aparecimento dos sintomas é de 5 a 30 dias. A aids é a
presença de imunossupressão grave, infecções oportunistas por microrganismos não
patógenicos em pessoas com sistema imune normal.
Transmissão – contato com fluidos corpóreos de pessoas infectadas, sendo que este atinge a
mucosa ou pele com algum tipo de lesão.
Sintomas - fase aguda – manifesta- se clinicamente em 50 a 90% dos pacientes, o diagnostico é
pouco realizado nessa fase. Apresenta uma viremia elevada e queda dos linfocitos T-DC4.
Quadro gripal, febre, faringite, cefaleia, fotofobia, náusea, vomito, candidíase oral, os sintomas
duram em media 14 dias, o quadro clinico é autolimitado, a velocidade da replicação é fato
prognostico de evolução da doença, a queda progressiva da contagem de CD4 está
diretamente relacionad a velocidade de replicação viral e progressão para a AIDS.
Fase assintomática: pode durar meses ou anos, com sintomas leves ou inexistentes, o teste
sorológico é reagente e há declínio.
Fase sintomática inicial: diarreia, febre, sudorese
AIDS: presença de imunossupressão grave, infecções oportunistas por microrganismos não
patogênicos em pessoas com o sistema imune normal.
DIAGNOSTICO
ELISA: teste sorológico.
WESTERN BLOT: teste confirmatório que detecta a presença de anticorpos contra diferentes
proteínas do HIV.
TESTE RAPIDO: soro do paciente adicionado a uma mistura de latex coberta por antígenos de
HIV.
Outros exames: contagem de células CD4, carga viral do HIV.
Terapia Antirretroviral: inibem a replicação do HIV, diminuem o risco para aquisiçã de
oportunistas, aumentando assim o tempo de vida do paciente.
Medicações(terapia antirretroviral)
Antirretrovirais – inibe a replicação do HIV, diminui vírus e melhora a qualidade de vida do
paciente, udo adulto e pediatrico
Inibidores da transcriptase reversa: inime a enzima, resultando na interrupção da cadeia de
DNA e da redução da replicação viral. → Zidovudina, didanosina, estavudina, lamivudina,
abacavir, tenofovir, nevirapina e efavirenz.
Inibidores de protease: inibem a enzima, então não permite a produção de virus. → ritonavir,
lopinavir, saquinavir, amprenavir e indinavir.
Inibidores de protease: inibe a protease do HIV e não permite a produção de ???? infecciosos
Inibidores de entrada: inibem a ligação do HIV com os receptores. → maraviroc, vicriviroc e
aplaviroc.
Inibidores de fusão: impedem que o vírus entre nos linfócitos. → enfuvirtida.
Inibidores de integrase: impede a replicação. → Raltegravir.
Terapia conjugada – a mistura de vários antirretrovirais atua em varias fases de replicação,
diminuindo em 100 vezes a replicação.
PNEUMOCISTOSE: Transmitida através das vias aéreas, por contatos intimos através de
secreções, em indivíduos imunocompetentes. É um citomegalovírus.
Diagnostico: Rx tórax
Quadro clinico: tosse seca, febre, fadiga, perda de peso, suor noturno
Tratamento: sulfametoxazol – timetroprim
INFECÇÕES POR CMV – família da herpes, trasmissao por contato intimo. O vírus permanece no
organismo, com a queda da imunidade, reaparece.
RETINITE POR CMV: Causa comum de amaurose em pacientes com aids. → Ganciclovir,
ganciclovir intra vitreo, valganciclovir, foscarnet e cidofovir.
TUBERCULOSE: Doença infecciosa causada por microrganismo que afeta principalmente os
pulmões mas também pode ocorrer em outros orgãs do corpo, como ossos, rins e meninges.
É transmitida por via respiratória aerossóis. A principal manifestação é tosse crônica, mas
tambem tem emagrecimento, inapetencia, sudorese noturna, febre, etc.
Diagnóstico é feito pelo teste de escarro e PPD. O tratamento é esquema terapeurico por 6
meses, eliminar o microrganismo, Rifampicina, Rirazinamida, Etambutol, Isoniazida
TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR é quando o vírus atinge a corrente sanguínea, atingindo
principalmente: gânglios, pleura, rins, cérebro, articulação, genitalia e intestino. Pode ocorrer
durante ou apís a primoinfecção. A forma mais comum é pleural.
TOXOPLASMOSE: toxoplasma gondii – protozoário intra obrigatório. Ciclo: gato-> ovos –
animais alimentos-> humanos;
Fomas: febril aguda, ocular, gravidez, linfoadenopatia, neonatal, paciente c/
imunodepressão(neurotoxo)
INFECÇÃO DO SNC
AIDS,neoplasias,TOS,corticoide - comum reativação da infecção latente no SNC
- meningoencefalite difusa a lesões expansivas cerebrais( ~tumor)
Clinica: insidiosa, subaguda, cefaleia, febre.
Diagnostico: clinico, CT crânio, e LCR
- múltiplas lesões hipodensas, halo de realce e edeme perilesional
TTO: sulfaziadina + pirimetamina + Ac. Fólico 6- 85
Fungo verdadeiramente patogênico – var gatti – pop geral
Funfo oportunista(imunidade cel) – var neoformans – pop baixa imunidade
NEUROTOXOPLASMOSE(paciente com hiv): A neurotoxoplasmose é uma infecção, que se não
diagnosticada e tratada da forma correta pode ser grave e fatal,que acomete indivíduos com
imunidade baixa. Indivíduos soropositivos, que estejam com a taxa de CD4 baixa, tem uma
grande propabilidade de desenvolver esse tipo de toxoplasmose, por ela ser considerada uma
doença oportunista. Ela causa no indivíduo soropositivo, febre, confusão, cefaléia,vômitos,
perda de força, convulsão,perda da sensibilidade, evoluindo de maneira rápida podendo levar a
pessoa ao coma.
CRIPTOCOCOSE
Cryptococus neoformans(imunossuprimidas)
Cosmopolita, relacionada a solos contaminados com excreta de aves
Cryptococus gatti – australia – madeira em decomposição, excreta de aves
Infecção por inalação com alta prevalência
Clinica: qualquer órgão, + comum em SNC, pulmão, pele, próstata, em pessoas com AIDS +
comum em SNC e extrapulmonar
Meningite – cefaleia, febre, letargia, perda de memoria e coma. Diagnostico radio, CT crânio
Criptococoma: único ou múltiplo sem efeito de massa metade dos casos.
Diagnostico: biopsia tec, cultura LCR e sangue(alta positividade), LCR: aumento cel discreta,
tinta da china positiva, aumento proteína, diminuição glicose.
Tratamento especifico: anfotericina B que causa muita reação a infusão como tremores e
queimação, por isso a mesma deve ser lenta, c hidratação e corticoide(pode causar problemas
renais)
Cuidados na adm: 500ml de SF antes e 500 após a medicação injetados rapidamente, a
medicação deve ser diluída em 500ml de SG e a infusão deve ser feita entre 4 e 6 horas.

Questões para direcionar estudo


1)Qual a diferença entre contaminação, colonização e infecção?
Infecção é a presença de um microrganismo em um determinado local do corpo com
multiplicação e resposta do hospedeiro;
Condição localizada ou resultante de uma reação adversa com presença de um agente
infeccioso de toxina.
Colonização – estabelecimento de um grupo de microrganismo num determinado local,
sem causar danos.
Contaminação - entrada de um microrganismo ou de uma substância indesejável em
determinado local.
2)Por que a monoterapia não é indicada nos para o tratamento de HIV/AIDS?
a mistura de vários antirretrovirais atua em varias fases de replicação, diminuindo em 100
vezes a replicação.
3)Quais são as classes de antirretrovirais existentes?
Inibidores da transcriptase reversa: Inibidores de protease, de entrada, de fusão e de
integrase.
4)Qual o agente causador na pneumocistose?
citomegalovirus
5)Qual a forma mais comum de infecção por CMV em pacientes HIV/AIDS?
Retinite
6)Em relação a droga Ganciclovir utilizada para o tratamento de CMV, quais os cuidados
necessários para a administração da mesma?
Já vem pronta, tóxica ao inalar. Somente o enfermeiro administra, não pode ser descartado
em lixo comum apenas químicos.
7)Cite algumas formas de tuberculose extrapulmonar?
Gânglios, pleuras, cérebro, rins, ósseo, intestino, genitario.
8)Quais são as drogas utilizadas para o tratamento de tuberculose nos dois primeiros meses?
Rifampicina, Rirazinamida, Etambutol, Isoniazida
9)Qual o agente etiológico da neurocriptococose?
Cryptococcus neoformans: fungo arredondado (levedura)
10)Quais os cuidados de enfermagem para a administração de Anfotericina B?
Cuidados na adm: 500ml de SF antes e 500 após a medicação injetados rapidamente, a
medicação deve ser diluída em 500ml de SG e a infusão deve ser feita entre 4 e 6 horas.

2- Epidemiologia, prevenção e controles das infecções relacionadas à assistência à


saúde.
(aula Dayane não passou slide ainda)

1) Medidas de prevenção de ITU em pacientes com CVD.

Uso criterioso de CV / tempo de uso:


 n Alternativas: uso de fraldas/condom/ cateterismo intermitente/cateterismo supra
púbico;
 n Não realizar trocas rotineiras;
 n Manter o cateter o menor tempo possível.
 o Treinamento dos profissionais quanto às técnicas assépticas de inserção e
manutenção dos cateteres.
 o Proceder a lavagem ou higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 o Utilizar técnica asséptica;
 o O lubrificante (xylocaína a 2%) deverá ser estéril e de uso único para cada paciente;
 o Utilizar catéter de menor calibre para prevenção de traumas;
 o Manter o sistema fechado durante a inserção.
 o Fixar o catéter após a inserção para evitar tração do mesmo;
 o Manter o fluxo desobstruído, utilizar válvulas anti- refluxo;
 o Evitar que o saco coletor entre em contato com o chão;
 o Esvaziar o saco coletor rotineiramente, utilizar recipientes individualizados ou
higienizado entre pacientes;
 Cuidados com o meato urinário (inserção e higiene);
 o Irrigação vesical;
 o Evitar quebras no sistema, caso ocorra proceder a troca de todo sistema;
 o Coletar exames pelo dispositivo específico;

2) Medidas preventivas de IPCS em pacientes com CVC.( Infecção da Corrente


Sanguínea Relacionada a Cateter Venoso Central.)

Grande parte das IPCS pode ser prevenida por meio de programas que
enfoquem educação continuada, capacitação dos profissionais de saúde,
adesão às recomendações durante a inserção e manuseio dos cateteres,
vigilância epidemiológica das infecções relacionadas à assistência à saúde e
avaliação dos seus resultados. Nos últimos anos inúmeros estudos relataram o
declínio das taxas de IPCS quando seguidas às recomendações de boas
práticas com o CVC.
1. Higienização das mãos.
2. Precauções de barreira máxima: higienização das mãos, uso gorro,
máscara, avental e luvas estéreis e campos estéreis grandes que cubram o
paciente.
3. Preparo da pele antisséptico (gluconato de clorexidina).
4. Seleção do sítio de inserção de CVC: utilização da veia subclávia como sítio
preferencial para CVC não tunelizado.
5. Revisão diária da necessidade de permanência do CVC, com pronta
remoção quando não houver indicação.
Recomenda-se adotar o formulário contendo os cinco componentes a fim de
avaliar a adesão a essas práticas e instituir medidas corretivas antes do início
do procedimento de instalação do cateter.
3) Medidas preventivas de pneumonia relacionada à assistência à saúde.

A. Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 450;


B. Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível;
C. Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica);
D. Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral).

4) Quais os locais de entrada de microrganismos em um paciente que faz uso de


CVD com sistema fechado.

Vias de entrada dos microrganismos:


1) Ascendente
2) Hematogênica
3) Por contiguidade

5) Período de troca dos seguintes dispositivos:

a)Cateter vesical de demora – não deve ser trocado periodicamente, trocar em


caso de obstrução, grande quantidade de sedimentos ou indicação clinica.

b)Cateter venoso central troca a partir do 15º dia ou quando houver sinais de
hiperemia ou infecção. A troca pode ser realizada pelo mesmo sítio de inserção de
não houver sinais flogísticos. Dar preferência à veia subclávia pela facilidade na
manipulação.

c)Cateter venoso periférico – a cada 72hrs

d) Equipo de infusão contínua Utilizar equipo único para NPP, hemoderivados, ou lípides
.Troca a cada
24 horas. – entre 72 a 96 horas
e) Equipo de infusão de hemoderivados – a cada uso
f) Equipo de infusão de soluções intermintentes - a cada 24 hrs

3- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:


- ASMA: é uma doença crônica que se caracteriza por: inflamação das vias aéreas,
principalmente por mastócitos, eosinófilos, linfócitos T e neutrófilos, levando a várias
alterações morfológicas do brônquio, inclusive descamação epitelial; a inflamação provoca
hiper-responsividade brônquica a uma série de estímulos, que resultam em sintomas;
episódios repetidos de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, especialmente à noite;
sintomas associados à limitação ao fluxo aéreo variável e reversível espontaneamente ou com
tratamento.
FISIOPATOLOGIA: Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido
broncoespasmo, edema e produção de muco espesso. Difere das outras doenças pulmonares
obstrutivas por ser um processo reversível (com tratamento ou espontaneamente). Acontece
em qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância. Pode ser incapacitante
ou levar à morte, nos casos mais graves.
O alérgeno (que são irritantes inalatórios, medicamentos, emoções,
infecções respiratórias, alterações hormonais) causa uma maior ou menor hiper-reatividade
causando mais ou menos broncoespasmo, a hiper-reatividade libera os mediadores causando
broncoconstrição, congestão da mucosa, edema da mucosa, hipersecreção da mucosa, roncos
e sibilos, hiperinsuflação, desproporção v/q, respiração prolongada, hipoxemia com ou sem
hipercapnia com ou sem acidemia.
PRINCIPAIS FATORES DESENCADEANTES: mudança climática, sinusite, acaro, atividade
física.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (SINAIS E SINTOMAS): Tosse, Dispnéia, Taquipnéia (FR > 30
irpm), Cianose, Sudorese, Taquicardia (FC > 120 bpm), Utilização da musculatura acessória,
Tiragem intercostal, Alteração do nível de consciência.
DIAGNÓSTICO: pode ser clinico através dos sinais e sintomas e funcional que é a
espirometria. Tem também teste de broncoprovocação, testes cutâneos para identificação de
prováveis alérgenos in vivo ou in vitro, RX de tórax: inespecífico, hiperinsuflação,infecção;
exame microscópico do escarro.
CLASSIFICAÇÃO: intermitente, leve (sintomas discretos e esporádicos, não prejudica o
sono), moderada (Apresenta dispneia e tosse) e grave (sintomas podem tornar sem diários.
Atividades físicas são limitadas).
TRATAMENTO: os objetivos do tratamento são: Educação do asmático, Prevenção de
crises recorrentes, Prevenção dos sintomas crônicos, Manutenção da função pulmonar normal,
Manutenção da qualidade de vida, Aceitação do tratamento. A terapia não farmacológica é
educação e controle ambiental e a terapia farmacológica é o uso de: broncodilatadores,
corticoides e antagonistas dos leucotrienos.
- DPOC: é uma doença caracterizada pela presença de obstrução ou limitação crônica ao
fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível; Produz efeitos sistêmicos
significantes que podem contribuir para a gravidade da doença em cada paciente. A origem
destas alterações é a combinação de bronquite crônica e enfisema pulmonar.
FATORES DE RISCO: fumaça de cigarro, pó e gases ocupacionais, tabagismo passivo,
poluição ambiental, nutrição, infecções, condição socioeconômica, envelhecimento
populacional, genética, stress oxidativo, gênero, idade e co-morbidades.
MANIFESTAÇÕES DO PARENQUIMA PULMONAR NA DPOC (fisopatologia): existe a
destruição da parede alveolar, perda da elasticidade, destruição do leito capilar e presença de
células inflamatórias (macrófagos e linfócitos).
BRONQUITE CRÔNICA: Presença constante ou aumentos recorrentes das secreções
brônquicas, suficientes para causar expectoração; Expectoração presente pelo menos por três
meses/ano, em dois anos sucessivos, sendo afastadas outras causas de produzir expectoração
crônica. É inflamação da mucosa brônquica, caracterizada por produção excessiva de secreção
da mucosa na árvore brônquica. Tosse produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos
consecutivos, em paciente que tem outras causas excluídas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Taquipnéia, Tosse e expectoração mucosa e purulenta,
Infecções broncopulmonares de repetição, Dispnéia, Broncoespasmo, Roncos e sibilos,
Diminuição de MV, Expiração prolongada, Hipoxemia, Edema periférico, estase jugular.
ENFISEMA PULMONAR: definido anatomicamente como um alargamento anormal,
permanente, dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal. Distensão anormal dos
espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com destruição das paredes alveolares. É o
estágio final de um processo que progrediu por muitos anos, onde ocorre a perda da
elasticidade pulmonar. A função pulmonar, na maioria dos casos, está irreversivelmente
comprometida. Ao lado da bronquite obstrutiva crônica é a principal causa de incapacidade.
FISIOPATOLOGIA: A obstrução aérea é causada por inflamação da mucosa brônquica,
produção excessiva de muco, perda da retração elástica das vias aéreas, colapso dos
bronquíolos e redistribuição do ar para os alvéolos funcionais. O tabaco provoca a excitação de
macrófagos que aumenta a produção de elastase e provoca a oxidação de alfa-1 antitripsina
que terá a perda do poder da antielastase que dará origem ao desequilíbrio elastase,
destruindo as fibras elásticas, como consequência terá: diminuição do calibre dos brônquios,
retenção aérea e hiperinsuflação.
TIPOS DE ENFISEMA: ácino pulmonar normal, enfisema centroacinar e enfisema
panacinar.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: destruição das paredes dos sacos alveolares, tórax em tonel,
expiração prolongada (taquipneia), tiragem intercostal (disneia), distúrbio V/Q, diminuição da
expansibilidade torácica, FTV diminuído, hipersonoridade torácica, MV diminuído, crepitações
grossas; hipoventilação, hipoxemia (Diminuição da concentração de oxigênio no sangue),
hipercapnia (PaCO2 aumentado).

DIAGNOSTICO: é feito através da historia clinica: tabagismo, exposição a fatores de risco,


dispneia ao esforços, sibilos e tosse, geralmente produtiva e RX. Tem também a espirometria
que é o padrão ouro para o diagnostico e a avaliação da DPOC, confirma a suspeita clinica e
quantifica a gravidade e comprometimento. Outros exames: dosagem de alfa 1 antitripsina,
ECG e ecocardiograma, hematócrito e escarro (DPOC leva um aumento de neutrófilos).
TRATAMENTO: os objetivos são: Melhorar a qualidade de vida, Diminuir a progressão do
processo patológico, Tratar as vias aéreas obstruídas / Avaliar a hipóxia. E o uso de
broncodilatadores, antibióticos, corticoides, oxigenoterapia e hidratação adequada.
Fisioterapia respiratória, apoio psicológico e programa continuo de educação e reabilitação do
paciente.

4- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:

- PNEUMONIA: é o processo inflamatório que acontece as vias aéreas terminais e os


alvéolos do parênquima pulmocar; e a inflamação do parênquima pulmonar causada por
vários tipos de microrganismos e agentes químicos. Microrganismos: bactérias, microbactérias,
clamídia, micoplasma, fungos, parasitas, vírus.
FISIOPAOTLOGIA: os fatores predisponentes e as bactérias vão originar uma reação
inflamatória (liquido, edema e hiperemia), que leva à produção de muco, a interferência do
movimento e difusão do oxigênio e do dióxido de carbono, terá a migração de leucócitos e
neutrófilos para o interior dos alvéolos que causará edema de mucosa e muco e
broncoespasmo que levao ao distúrbio V/Q e hipoxemia.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Calafrios, febre de elevação rápida (39,5 a 40,5 °C), Dor
torácica, Dispnéia, Taquipnéia (25 a 45 inc/min), Diminuição de M.V. / Macicez / Crepitações /
Roncos, Tosse / Muco, Batimentos de asa de nariz, Utilização da musculatura acessória da
respiração, Hipoxemia, Taquicardia
 CLASSIFICAÇÕES Como foi adquirida (PAC, hospitalar, aspiração, ventilação mecânica).
 Pela área do pulmão afetada (broncopneumonia, lobar, intersticial).
 Organismo causador (viral, bacteriana, fúngica, parasitária)
 Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) se refere à doença adquirida fora do
ambiente hospitalar ou de unidades especiais de atenção à saúde ou, ainda, que se
manifesta em até 48 h da admissão à unidade assistencial.
 Pneumonia Hospitalar (Nosocomial) Pacientes portadores de pneumonia que
estiveram hospitalizados em unidades de pronto atendimento por 2 ou mais dias nos
90 dias precedentes; aqueles provenientes de asilos ou de casas de saúde; aqueles que
receberam antibióticos por via endovenosa, quimioterapia, ou tratamento de escaras
nos 30 dias anteriores à doença; ou aqueles que estejam em tratamento em clínicas de
diálise
 Pneumonia Aspirativa quando material estranho é inalado ou aspirado. Ocorre mais
freqüentemente quando alimentos presentes no estômago são aspirados para o
pulmão após os vômitos. Esse tipo de pneumonia é mais observado em pacientes com
lesão cerebral ou alcoólatras.
 Pneumonia causada por microorganismos (germes) oportunistas: é uma pneumonia
que afeta pessoas com baixa imunidade (ou baixa defesa do organismo). Germes que
seriam inofensivos para pessoas saudáveis, tornam-se perigosos para indivíduos com
baixa imunidade, como é o caso de pessoas portadoras da AIDS ou portadores de
órgãos transplantados.
 Pneumonia Lobar infecção que envolve apenas um único lobo, ou seção de um
pulmão. Frequentemente causada por ''Streptococcus pneumoniae'‘ e ''Klebsiella
pneumoniae'‘ .
 Pneumonia Multilobar envolve mais de um lobo. Muitas vezes causa uma doença
mais grave.
 Broncopneumonia afeta os pulmões em manchas ao redor dos brônquios ou
bronquíolos.
 Pneumonia intersticial envolve as áreas entre os alvéolos e pode ser chamada de
"pneumonite intersticial". É mais provável que seja causado por vírus ou por bactéria
atípica.
DIAGNOSTICO: história clínica –infecção recente do trato respiratório, exame físico,
radiografia de tórax – condensação ou áreas sólidas, hemocultura, hemograma – leucocitose,
exame de escarro – microorganismo causador.
TRATAMENTO: antibioticoterapia, inalações, hidratação e oxigenoterapia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Eliminação traqueobrônquica ineficaz – secreções copiosas
o Ingestão hídrica
o Inalação
o Estímulo de tosse / respiração diafragmática
o Aspiração traqueobrônquica
o Fisioterapia respiratória
o Aplicação de calor e frio / utilização de analgesia – dor pleural
o Avaliação dos gases arteriais / adequação da oxigenioterapia
o Avaliação do nível de consciência
o Administração de antibioticoterapia
o Realização do exame físico respiratório
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos.


Geralmente, ocorre quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se
desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento
sanguíneo arterial de um dos pulmões.

Os sintomas incluem dificuldade de respiração, dor torácica na inspiração e palpitações.


Os sinais clínicos incluem baixa saturação de oxigênio sanguíneo (hipóxia), respiração rápida
(taquipneia) e frequência cardíaca aumentada (taquicardia). Casos graves de embolia
pulmonar não tratada podem levar a colapso, instabilidade circulatória e morte súbita.

O diagnóstico é baseado nestes achados clínicos em combinação com exames laboratoriais e


estudos de imagem. Enquanto o padrão ouro para o diagnóstico é o achado de um coágulo
na angiografia pulmonar, a angiografia pulmonar por tomografia computadorizada é a
modalidade de estudo de imagem mais utilizada atualmente.

O tratamento é realizado com medicação anticoagulante, incluindo heparina e warfarina.


Casos graves podem necessitar de trombólisecom drogas como o ativador do plasminogênio
tecidual (APt) ou podem necessitar de intervenção cirúrgica através de trombectomia
pulmonar.
CIRCULAÇÃO PULMONAR
• CONTÉM CERCA DE 900ML DE SANGUE (30%ARTERIAL,10%CAPILAR E 60%VENOSO)
• FUNÇÃO DE PERMITIR TROCA GASOSA
• FUNÇÃO DE NUTRIÇÃO DA ESTRUTURA ALVEOLAR
• LIBERAÇÃO E METABOLISMO DE SUBSTÂNCIAS ENDÓGENAS
Repercussões da TEP aguda
• Carga embólica: nível e número de artérias obstruídas
• Estado cardiopulmonar: reserva cardíaca e pulmonar
• Resposta autonômica: liberação de mediadores humorais
Manifestações clínicas
Dispnéia ± desconforto torácico, Súbitos ou evoluindo em dias ou poucas semanas, Dor
torácica pleurítica ± hemoptise, Mais frequentemente com infarto pulmonar,Tosse –
palpitações – tonturas – apreensão - febrícula podem estar PRESENTES
Manifestações de TVP
dor - calor – edema em MM II < 50% casos, Taquipnéia > 20 rpm é a manifestação clínica mais
freqüente
Taquicardia > 100 bpm é muito comum, Hipotensão arterial persistente < 90 mm Hg ou
choque
Atrito pleural e crepitações localizadas e sibilos podem ser identificados, menos
frequentemente
FATORES DE RISCO
• Mobilidade reduzida Repouso no leito Imobilização de membros
• Idade avançada
• Câncer
• Gravidez e puerpério
• Sindrome antifosfolípide
• Contraceptivos orais
• Terapia de reposição hormonal
• Doença clínica aguda
• Grande cirurgia
• Trauma
• Lesão medula espinhal
•Alterações da coagulação
• Quimioterapia
• Obesidade
• Cateteres venosos centrais
• Queimaduras
DIAGNÓSTICO
• QUADRO CLÍNICO
• RADIOGRAFIA DO TÓRAX
• GASOMETRIA ARTERIAL, DÍMERO D
• ECG, ECOCARDIOGRAMA
• TOMOGRAFIA HELICOIDAL
• MAPEAMENTO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO
• ARTERIOGRAFIA
Tromboprofilaxia primária
• Deambulação precoce
• Elevação membros inferiores
Medidas Físicas
• Meias elásticas compressão graduada / MECG
• Compressão pneumática intermitente / CPI
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
• LISE DO TROMBO
• EVITAR A RECORRÊNCIA
• MELHORAR O DESEMPENHO DO VD
• DIMINUIR O RISCO DE HIPERTENSÃO PULMONAR CRÔNICA
TRATAMENTO
• MEDIDAS DE SUPORTE: correção da hipoxemia e suporte hemodinâmico
• TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: anticoagulantes e fibrinolíticos
• INTERVENÇÕES MECÂNICAS: interrupção da veia cava/ filtro e embolectomia.

5- INSUFICIÊNCIA CARDIACA

ICC – INSIFICIENCIA CARDIACA: É um estado fisiopatológico no qual uma anormalidade da


função cardíaca é responsável pela falência do coração em bombear sangue a uma taxa
compatível com a demanda metabólica tecidual do organismo, ou que o faça apenas às custas
de elevação das pressões de enchimento das câmaras cardíaca.
FISIOPATOLOGIA: a maioria dos pacientes com disfunção cardíaca não têm sintomas por
período de tempo variável até que ocorra ativação de mecanismos adaptativos neurormonais,
que são: sistema renina-angiotensiva-aldosterona, sistema simpático e remodelamento
ventricular. Essas adaptações iniciam-se rapidamente e são capazes de sustentar ou modular a
função ventricular em níveis proximso ao normal. Quando ocorre a falência dos mecanismos
adaptativos, principalmente do remodelamento ventricular, a IC torna-se sintomática.

Remodelamento ventricular é o processo pelo qual fatores mecânicos, neurormonais e


genéticos alteram o tamanho, a forma e a função ventricular.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: A maior parte dos pacientes com IC procura atendimento médico
com queixa de intolerância aos esforços por dispnéia e fadiga associadas ou não a edema. As
principais são: dispneia (sensação d eprogressivo esforço respiratório, podendo ocorrer
repouso ou durante o esforço físico), fadiga (sensação d epeso nos membros, relacionado à
hipoperfusão, redução da capacidade de vasodilatação e metabolismo do musculo
esquelético), ortopneia, dispneia paroxística noturna (dpn), edema (expansão do volume do
componente extravascular do liquido extracelular) e oliguria (diminuição do volume urinário).
ACHADO FÍSICOS: revelam uma grande variação na forma de apresentação e podem retratar:
manifestações sistêmicas, manifestações pulmonares, hipoperfusão tissular, redução do
debito cardíaco. Distensão (ou estase) da veia jugular, cardiomegalia à inspeção, temperatura
nas extremidades reduzida, anormalidades do estado mental, estertores, ascite,
hepatomegalia e edema.
MIOCARDIOPATIAS: são doenças progressivas que alteram a estrutura e comprometem a
função de bomba da parede muscular (miocárdio).
CLASSIFICAÇÃO: pode ser classificada quanto ao tempo podem ser aguda ou crônica, quanto à
etiologia podendo ser hipertensiva, isquêmica, valvar, inflamatória/infecciosa, chagásica,
quanto à estabilidade so quadro podem ser compensada e descompensada e funcional que
são classe I, II, III e IV.
EXAMES COMPLEMENTARES: eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma,
estudo hemodinâmico e avaliação bioquímica e hematológica.
RESTRIÇÃO HIDRICA E SALINA: Nos pacientes em estado congestivo, a ingesta líquida deve ser
restringida de acordo com a superfície corporal, na busca de um balanço hídrico negativo
inicial, até que se alcance um estado normovolêmico. O valor da restrição máxima pode atingir
até 600 a 700 ml por m2 de superfície corporal/dia. A ingestão de sódio deve ser, no máximo,
de 2-3 g/dia, podendo ser modificada de acordo com o sódio plasmático e a tolerância à dieta
hipossódica.
ATIVIDADE FÍSICA: Pacientes com ICD não devem ser estimulados a praticar atividade física
rotineira e nem a repouso absoluto, devendo ser a atividade individualizada, de acordo com o
diagnóstico e situação clínica do paciente. Durante os episódios de descompensação aguda, os
pacientes devem permanecer em repouso, de acordo com as suas limitações.
MONITORAMENTO DO PESO: O paciente deverá ser instruído a verificar diariamente o seu
peso O aumento repentino e inesperado de dois ou mais quilos em curto período (3 dias),
pode indicar retenção hídrica.
PREVENÇÃO DE FATORES AGRAVANTES: Vacina: contra Influenza (anualmente) e
Pneumococcus (a cada cinco anos e a cada três anos em pacientes com IC avançada) Cessação
do tabagismo. Evitar uso de antiinflamatórios não esteroidais. Evitar uso de drogas ilícitas .
Viagem: orienta-se uso de meia elástica de média compressão para viagens prolongadas,
devendo-se avaliar o uso de heparina fracionada subcutânea profilática quando duração maior
do que 4 horas.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: diureticos, digitálicos, inibidores da eca, bloqueadores dos
receptores da angiotensina ii, betabloqueadores, bloqueadores dos receptores de
angiotensina ii (bra)
Não farmacológico
• Restrição de sal(O sal retém líquido no organismo)
• Restrição de líquidos(Para reduzir a retenção hídrica)
• Atividade física(A atividade física atenua os sintomas como dispnéia, fadiga,
distúrbios do
• sono e fraqueza)
• Monitoramento do peso(O aumento repentino e inesperado de dois ou mais
quilos em curto período (3 dias), pode indicar retenção hídrica)
• Prevenção de fatores agravantes (vacina, cessação do tabagismo, evitar
antiinflamatórios não esteroidais, uso de drogas ilícitas, viagem com meia de
compressão)
6- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

SÍNDROMES CORONARIANAS: podem ser: forma crônica: angina estável e forma aguda:
angina instável, infarto sem supra ST e infarto com supra ST
ANGINA ESTÁVEL: É uma síndrome caracterizada pela presença de dor ou desconforto no
tórax, mandíbula, epigastro, ombro, dorso ou MMSS, tipicamente desencadeada ou agravada
pelo esforço físico ou estresse e aliviada pelo repouso ou com o uso de nitratos. É um quadro
de isquemia crônica.
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS: É o conjunto de manifestações clínicas que refletem
um quadro de isquemia miocárdica aguda. Entre as SCA, incluem 3 formas clínicas principais: •
Angina instável (AI), • Infarto agudo do miocárdio SEM supradesnivelamento de segmento ST
(IAM SSST), • Infarto agudo do miocárdio COM supradesnivelamento de segmento ST (IAM
CSST).
ANGINA INSTÁVEL: É uma síndrome caracterizada pela presença de dor ou
desconforto no tórax, mandíbula, epigastrio, ombro, dorso ou membros superiores, em
crescendo e que pode ser desencadeada ao repouso. Seus sintomas duram mais tempo que a
angina estável
INFARTO: refere-se ao processo pelo qual áreas de células miocárdicas do coração são
destruídas de amneira permanente. Pode ser classificado como: IAM SEM supra
desnivelamento do segmento ST e IAM COM supra desnivelamento do segmento ST.

FISIOPATOLOGIA: Os quadros isquêmicos miocárdicos agudos resultam do


desequilíbrio abrupto entre a oferta e o consumo de oxigênio cujo mecanismo mais freqüente
é a cessação do fluxo sanguíneo no miocárdio. Principais mecanismos determinantes da
isquemia miocárdica nas SCA: Trombo sobre placa aterosclerótica vulnerável e Espasmo
vasocoronário ou vasoconstrição. Aterosclerose é o acumulo anormal de substancias
gordurosas e de tecido fibroso na parede vascular, essas substancias criam bloqueios ou
estreitam o vaso de tal modo que há redução do fluxo sanguíneo para o miocárdio.
FATORES DE RISCO: podem ser: não modificáveis (historia familiar, idade crescente,
sexo, raça) e modificáveis (HAS, DM, DLP, tabagismo, obesidade, sedentarismo, síndrome
metabólica e estresse) e outro fator é a circunferência abdominal (homem maior ou igual a 90
e mulher maior ou igual a 80).
SINAIS E SINTOMAS: dor torácica, dispneia, náusea/vomito, palpitações, sincope,
arritmias ventriculares, PCR.
PRINCIPAIS ACHADOS NO EXAME FÍSICO: ausculta pulmonar (estertores), ausculta
cardíaca (sopros, B3) e sinais de choque.
EXAMES: eletrocardiograma, marcadores de necrose miocárdica e cateterismo
cardíaco (visualização de um estreitamento, geralmente formado por uma placa de gordura na
artéria coronária).
TRATAMENTO DA ANGINA: as metas são diminuir a demanda de O2 do miocárdio e
aumentar suprimento de oxigênio. Tem a terapia farmacológica e controle de fatores de risco.
- terapia farmacológica: Oxigênio – aumenta oferta de O2 - Todos os pacientes que se
apresentarem com congestão pulmonar óbvia ou SaO2 menor 94% até a resolução do quadro
respiratório. Nitratos – são vasodilatadores – aumentam o fluxo sanguíneo coronariano. Beta-
bloqueadores – reduzem o consumo de O2 pelo miocárdio como resultado da redução da FC.
Bloqueadores de canal de cálcio – relaxam os vasos sanguíneos, aumentando a perfusão
coronariana e diminuição da FC. Antiagregantes plaquetários – inibem a ativação plaquetária.
Anticoagulantes – inibem a formação de coágulo.
TRATAMENTO DO INFARTO: as metas são minimizar a lesão miocárdica e evitar
complicações. Tem a terapia farmacológica e trombolíticos ou angioplastia (realiza a
desobstrução de artéria coronária ou ponte de safena que esteja comprometida por uma placa
de gordura ou um coagulo).
- tratamento farmacológico: MESMOS MEDICAMENTOS DA ANGINA + Morfina – reduz
a dor e a ansiedade e conseqüentemente a carga e trabalho cardíaco, IECA – evita o início da
insuficiência cardíaca e reduz a demanda de O2 pelo miocárdio, Trombolíticos – dissolvem o
trombo que está ocluindo a coronária.
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO: procedimento cirúrgico em que
um vaso sanguíneo de outra região do corpo é enxertado na artéria coronária ocluída, de
modo que o sangue possa fluir além da oclusão.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS INFARTO: Angina pós infarto, Choque cardiogênico,
Complicações mecânicas: regurgitação da valva mitral com ou sem ruptura do músculo papilar,
ruptura do septo ventricular, ruptura da parede livre do ventrículo, Taquiarritmias,
Bradiarritmias, Parada cardiorrespiratória.
PREVENÇÃO: Prevenção primária: adoção precoce de hábitos saudáveis de vida e
Prevenção secundária: Aconselhamento antitabagismo, Controle da HAS, Controle do DM,
Controle das DLP, Controle da obesidade, Aconselhamento quanto à cessação do
sedentarismo.

7- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS RENAIS:


→ aproximadamente 2 mil litros de sangue passam pelos rins, produzindo 1,2 litros de urina
por dia. A função renal é filtrar o sangue, além disso, controlam a quantidade de sal e agua,
produzem hormonios da PA, ajudam na produção e liberação de glóbulos vermelhos, ajudam a
manter os ossos saudáveis.
Quando os rins não funcionam direito = insuficiência renal, sendo necessario fazer tratamento,
podendo ser: hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante.
Causas: DM, HAS, glomerulonefrites arterial, infecção urinária, cálculos renais.
SINTOMAS
Uremia: aumento da ureia, a qual é proveniente de alimentos, então deve-se controlar
alimentação.
Alterações digestivas: nauseas e vômitos com cheiro de urina.
Alterações cardiovasculares: aumento da PA e suas consequencias;
Alterações neurológicas: acumulo de toxinas pode dar dor de cabeça, insônia ou sonolência.
Alterações na pele: coceira devido ao acumulo de toxina no sangue.
Alterações oseeas: os rins que ativam a vitamida D, diminuindo a absorção do calcio se não
tem a devida liberação.
Alterações sanguíneas: os rins produzem o hormonio eritropoetina, o qual estimula a produção
das celulas vermelhas, então se diminui o numero de hemácias o transporte de oxigenio fica
comprometido.
Alterações sexuais: por conta da alteração hormonal.

DIÁLISE PERITONEAL: cateter colocado na barriga através de cirurgia, o qual aubstitui as


funções do rim, tirando o excesso de agua e de sunstancias que não são aproveitadas pelo
nosso corpo, as quais deveriam ser eliminadas pela urina. Para que isso ocorra, um liquido
especial entra na barriga através do cateter, depois de um tempo ele é removido carregando o
“lixo”. Deve-se manter o cateter sempre limpo, não puxar, não torcer, e mante-lo fixo a pele.
–> DP automática: uso da máqina cicladora.
→ Vantagens: pode fazer sozinho, a hora que quiser, em vários locais, sem máquina.
→ Desvantagens: quebra da rotina, possibilidade de peritonites.

HEMODIÁLISE: feita através de um dialisador, que é um conjunto de pequenos tubos. Durante


a diálise, parte do sangue é retirado, passa através da linha arterial do dialisador onde o
sangue é filtrado e volta para o paciente pela linha venosa. Ocorre 3 vezes por semana, com
duração de 4 horas. Os acessos para a hemodiálise pode ser por um cateter de duplo lúmem
ou por uma fístula artério venosa.
→ vantagens: presença de profissionais a todo momento, pode conhecer outros pacientes.
→ desvantagens: são agendados, deve deslocar-se.
TRANSPLANTE RENAL
doador da família: doador vivo relacionado;
doador que faleceu: doador falecido;
doador amigo: doador vivo não relacionado;
*** é importante que o sangue e o tecido do doador seja compatível com o seu, isso impedirá
que seu sistema imunológico passe a agredir ou rejeitar o novo rim.
Imunossupressores: evitam a rejeição, porem tem efeitos colaterais, sendo, maiores chances
de contrair infecçãos, mudanças na aparencia, maior odor, acnes e pelos.
→ Vantagens: funciona como um rim normal, ajuda a sentir-se mais saudável, menos restrição
na dieta, sem necessidade de diálise;
→ Desvantagens: requer uma cirurgia, tem que esperar doador, transplante não dura a vida
toda, além do risco de rejeição, pode ter que tomar remedio para o resto da vida.

8- DOENÇAS AGUDAS (NÃO TRANSMISSIVEIS):


Doença é um estado no qual o funcionamento físico, emocional, intelectual, social, do
desenvolvimento ou espiritual de uma pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação
com a experiência anterior.
As doenças podem ser classificadas em: agudas e crônicas. Ambas têm o potencial de
serem ameaçadoras à vida.
O que influenciam no comportamento de doença? As variáveis internas e externas podem
afetar a probabilidade de bisca de cuidado da saúde, a adesão à terapia e, portanto os
desfechos de saúde.
Doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença
ou morte em menos de três meses. A maioria das doenças agudas caracteriza-se em várias
fases. O inicio dos sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de
deterioração até um máximo de sintomas e danos, fase de plateau, com manutenção dos
sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual
dos sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença, mas o
indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças. A fase de recuperação podem
ocorrer as recrudescências, que são exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo ou
plateau, e na fase de convalescência as recaídas, devido à presença continuada do fator
desencadeante e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.

9- DOENÇA CRÔNICO-DEGENERATIVA: CONCEITO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E


PROCESSO DE SENILIDADE:
As doenças crônicas são encontradas em pessoas de todos os grupos socioeconômicos,
étnicos, culturais e raciais, porém são mais comuns em pessoas dos grupos socioeconômicos
mais baixos, provavelmente por questões nutricionais e menos acesso aos cuidados de saúde.
Definição de condições crônicas: São problemas de saúde com sintomas e incapacidades
associadas que exigem controle a longo prazo (3 meses ou mais). Pode ser decorrente de
doença, defeito congênito ou lesão.
O fenômeno da cronicidade: dor, reações psicológicas e emocionais, evolução longa e
incurável, necessidade de agente terapêutico para manter a doença sob controle, algum grau
de incapacidade (inabilidade, insuficiência), fadiga, algum grau de limitação (restrição).
Implicações da cronicidade: requer adesão ao regime terapêutico, mudança da imagem
corporal, de estilo de vida, adaptação física e psicológica, problemas psicológicos, sociais,
familiares, conviver com a incerteza, períodos estáveis e instáveis, exacerbações e remissões,
requer aprender a conviver com os sintomas e/ou incapacidades e empreender (cultivar)
esquemas e atividades de vida diária para manter a doença sob controle, o controle da doença
crônica é dispendioso, o controle das condições crônicas é um processo de descoberta,
cooperativo.
O processo de Enfermagem aplicado a um paciente com doença crônica
- Coleta de dados: - Faça a entrevista buscando informações (dados) biológicos, sociais,
emocionais que lhe indique em qual fase da trajetória da doença crônica o paciente se
encontra e a resposta do cliente à essas condições, - Faça o exame físico completo, - Valide,
confirme e amplie as informações coletadas, com pessoas significativas, outros profissionais e
prontuário do paciente.
- Diagnóstico de enfermagem: - Utilize todos os elemento do pensamento crítico e o
raciocínio clínico para estabelecer os diagnósticos de Enfermagem; - Estabeleça metas em
conjunto com o cliente, família e outros profissionais; - Leve em conta os fatores que facilitam
e dificultam o alcance das metas, - Estabeleça um plano de intervenções (também em
conjunto) para alcançar essas metas, - Estabeleça critérios para avaliar o alcance das metas.
- Planejamento: - implementação das intervenções: Prestar cuidados: diretos – ensinar,
executar procedimentos indiretos – providenciar recursos, encaminhar, gerenciar) e –
avaliação: Avalie o alcance das metas segundo os critérios que estabeleceu fazendo nova
coleta de dados e diagnósticos de Enfermagem.
PROCESSOS FUNDAMENTAIS DE RESILIÊNCIA FAMILIAR NA VIGÊNCIA DE UM MEMBRO
COM DOENÇA CRÔNICA
O que é resiliência? “É a capacidade de se renascer da adversidade fortalecido e com mais
recursos.” (Walsh, 2005)
O que é resiliência familiar? “Resiliência familiar refere-se aos processos de enfrentamento e
adaptação na família como uma unidade funcional” (Walsh, 2005)

SENESCÊNCIA E SENILIDADE
SENESCÊNCIA é o envelhecimento fisiológico. É a redução das reservas funcionais em
conjunto com alterações do mecanismo de controle da atividade das células, tecidos e
sistemas, decorrentes do envelhecimento normal. Envelhecer não é sinônimo de doença.
SENILIDADE é o envelhecimento patológico. É o envelhecimento com a implicação de
que a involução, degeneração ou algum grau de alteração patológica está ocorrendo em um
ou mais órgãos ou sistemas. Presença de enfermidade aguda ou crônica de gravidade variável.
CAUSAS DE FRAGILIDADE E ALTO RISCO PARA OS IDOSOS: Morar sozinho; Ter mais de 80
anos; Viuvez há menos de um ano; Ter mudado de domicílio há menos de um ano; Apresentar
depressão; Ter condições econômicas precárias; Ingerir mais de três medicamentos com
efeitos colaterais; Possuir patologias prévias associadas (Hipertensão, Diabetes, ICC, ICo,
Parkinson...)
Gigantes da Geriatria: Os 5 “Is”: imobilidade, iatrogenia, nsuficiência cognitiva,
incontinência, instabilidade & quedas.

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