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Escola Iniciática
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TENGUI
José Oswaldo Santana Júnior
Curso de Tengui
Aula 3
A partir desta visão cósmica podemos compreender que somos parte integrante de
Deus e naturalmente de tudo, “portanto nós já alcançamos Omanã”. Nossa dificuldade está
em sincronizar este plano de existência em que estamos com nossa percepção interior de
Deus.
Tengui nos ensina justamente isto, sincronizar nossa consciência com Deus, a ponto
de eliminarmos qualquer percepção de distância ou separação de toda a criação e o criador. E
este sincronismo se faz através de nossa postura interior.
Mestre Liu, não quis fazer alardes sobre o que nos estava ensinando, pouco a pouco
foi introduzindo sua, filosofia e suas práticas, alterando nossos conceitos e nos ajudando a
vivenciar uma nova postura interior, ao qual nos foi fazendo sentir e compreender
interiormente a direção em que a pratica do Tengui nos levava, e o primeiro aspecto
trabalhado por ele para nos mostrar esta nova direção interior foi a prática de uma espécie
de “saneamento mental”. Enquanto nossa atitude interior estava gerando uma mente
indisciplinada e sem qualquer clareza dos propósitos que deseja alcançar, o resultado de tal
indisciplina e de tais intentos confusos evidentemente só poderiam ser a confusão. Então,
ensinou-nos a disciplinar a mente, ou melhor, a silenciá-la. Ser capaz de manter períodos de
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silêncio prolongados naturalmente, sem que isso nos custasse qualquer esforço, foi e é o
primeiro passo. Isso não significa que tenhamos que ficar parados em alguma posição ou em
algum lugar especial. Podemos desenvolver a capacidade de silenciar nossa mente enquanto
realizamos nossas tarefas habituais. No Tengui especificamente fazemos isto em movimento.
Durante muito tempo Mestre Liu nos colocou de pé e nos manteve atentos ao
trabalho de encontrar tal equilíbrio e de silenciamos nossa mente, enquanto nos
mantínhamos nesta postura ele nos brindava com alegorias filosóficas cujo objetivo era
claramente levantar nossa moral e nos ensinar um caminho reto e honrado. Assim um passo
após o outro nós aprendemos nosso Tengui. E ele se tornou uma filosofia de uma estrutura
simples, mas muito bem definida onde cada ato, postura ou atitude tem uma função e uma
conseqüência no resultado final de seu objetivo.
Para continuarmos nosso estudo você precisa compreender este passo a passo que
aprendemos e o objetivo de cada um deles, assim sabendo o que é cada coisa e sua função
ficarão mais fáceis ao praticar Tengui ver o resultado de seu progresso interior e de suas
conquistas pessoais.
Tengui: Tengui quer dizer “Intenção”, e esta intenção é a base de toda a filosofia
prática e teórica do Tengui. Mestre Liu chamou esta arte de Tengui-Ai, pronunciando Tengai,
onde o significado da palavra ficou “A força da Intenção”. Mas depois de certo tempo nós nos
acostumamos simplesmente a pronunciarmos Tengui. Mestre Liu definiu o Tengui de várias
formas:
Omanã: Omanã é o conceito que define o objetivo máximo a ser alcançado pelo
guerreiro Tengui. De acordo com Mestre Liu Omanã quer dizer literalmente “Tornar-se Um
com Deus”. Refere-se à idéia de um estado de sua consciência no mais intimo de seu ser
onde a barreira da separação de seus sentidos interiores com a consciência divina e a própria
criação deixam de existir. Tal estado é descrito em praticamente em todas as filosofias
religiosas, místicas ou espiritualistas como o máximo da evolução espiritual a ser alcançado
pela alma humana e é descrito de diversas formas ou palavras, no fundo o sentido final é o
mesmo em todas filosofias, apenas a roupagem que o vestem é diferente
Por favor, nunca, mas nunca mesmo, confunda Omanã com um novo nome para
Deus, ou como uma entidade espiritual ou até mesmo um Mestre. Omanã é uma condição
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em seu interior, uma condição a ser alcançada através da prática do Tengui.
Dragão: Mestre Liu definiu o Dragão como a intenção criadora de Deus, ele nos
disse que Deus quando desejou criar o universo criou um ser vivo cuja função era atender a
sua intenção e forjar os elementos, matérias e condições espirituais necessários para dar
expressão viva a sua intenção ou desejo de criar e expressar-se de infinitas formas, e assim
cada átomo ou estrela contido no universo é uma Cria do Dragão dirigido pela intenção de
Deus em criar. Mestre Liu faz questão de enfatizar que tudo que o Dragão cria ele cria no
interior de Deus por isso todo o universo e toda criação faz parte de Deus, tudo existe, vive e
se move no corpo de Deus. Mestre Liu diz que no oriente chamam o Dragão de akasha,
“ __o akasha Júnior é como um imenso rio de energia luminosa do qual é formado o
universo, mas ele vem de outros universos, de planos superiores, de dimensões diferentes,
ele vem e vai de um plano a outro, mantendo viva a criação e como uma serpente que morde
a própria cauda, Ele sai de Deus e volta para ele em todo instante, não tem começo e nem
fim é vivo e vivificante tudo o que o Dragão cria assim como Deus é vivo, a natureza é viva
Júnior, tudo é vivo e embora sejam formas de vidas diferentes, tudo na criação é consciente
de si mesmo, dos outros e é claro de Deus.”
Mestre Liu também compara o dragão ao TAO e ao akasha, me pediu que lesse a
respeito deles :
O TAO
“O TAO é o início e o fim,
A vida e a morte,
e se encontra no templo dos deuses”
Nei Ching
AKASHA
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Akasha é o princípio original, espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto
elemento cósmico (quintessência), a quinta ponta do pentagrama.
Na filosofia hindu
Na Psiquiatria
No Paganismo
Por isso ele é considerado o mais elevado dos cinco elementos, o mais
poderoso e inimaginável; é a base de todas as coisas da criação. Assim, o Akasha é
isento de espaço e de tempo. O não-criado: incompreensível e indefinível. Segundo
Franz Bardon, é o que as religiões chamam de DEUS.
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Ele é o que contém tudo o que foi criado e é ele que mantém TUDO em
equilíbrio. É o espaço (onde se originam todos os pensamentos e idéias) e matéria
(na qual se mantém tudo o que foi criado).
Para a matriz energética neutra na qual estamos imersos não existe nenhuma
diferença entre um fato pequeno ou um grande. Tudo é a mesma coisa: intento modelando
energia e criando realidade de forma natural e sem esforço já que a matriz energética de
onde vem todo poder é infinita. Seria como tirar um ou um bilhão de copos d’água do
oceano. Que diferença faria para o oceano? Nenhuma. As diferenças estão apenas nas nossas
pequeninas mentes sem treino. É preciso muita paciência para superar esse segundo
momento. Nosso ego tentará criar boas razões para que não continuemos com nossas
pesquisas. Talvez se aborreça por ter que esperar que as coisas aconteçam em seu próprio
tempo. Também os meios utilizados para a realização da meta, que quase nunca são o que o
ego antecipou, podem ser vistos como bons motivos para se desacreditar de tudo.
E por último, o medo freqüentemente faz sua aparição neste ponto. Medo de tudo
não dar certo ou o medo ainda maior de tudo dar certo e trazer uma responsabilidade muito
além da escala com a qual estamos acostumados a lidar. Trememos só em pensar, brrrr,...!
Isto é o que quero dizer quando afirmo que o homem comum não tem a energia
necessária para lidar com feitiçaria. Se usar apenas a energia que tem, não pode perceber os
mundos que os feiticeiros percebem. Para fazê-lo, os feiticeiros precisam usar um grupo de
campos de energia não usado normalmente. Claro que, se o homem comum perceber esses
mundos e compreender a percepção dos feiticeiros, deve se utilizar do mesmo grupo que
esses usaram. E isto simplesmente não é possível, porque toda a sua energia já está
desdobrada.
Pense dessa maneira. Não é que à medida que o tempo passe, você esteja
aprendendo feitiçaria; antes o que está aprendendo é economizar energia. E essa energia irá
capacitá-lo a manipular alguns dos campos de energia que lhe são agora inacessíveis. E isto é
feitiçaria: a habilidade de usar campos de energia que não são empregados para perceber o
mundo normal que conhecemos. Feitiçaria é um estado de consciência. Feitiçaria é a
capacidade de perceber algo que a percepção comum não consegue.
Tudo pelo que fiz você passar, cada uma das coisas que lhe mostrei era apenas um
instrumento para convencê-lo de que há mais coisas que o olho pode perceber. Não
necessitamos de ninguém para nos ensinar feitiçaria, porque de fato não há nada para
aprender. O que necessitamos é de um professor para nos convencer de que há poder
incalculável ao alcance de nossos dedos. Que paradoxo estranho! Cada guerreiro na trilha do
conhecimento pensa num momento ou outro, que está aprendendo feitiçaria, mas tudo o que
está fazendo é permitir a si mesmo ser convencido do poder oculto em seu ser, e que pode
alcançá-lo.