Professional Documents
Culture Documents
Antecedentes históricos
O século XIX
Francis Galton (1822-1911), foi o primeiro cientista a realizar investigações sistemáticas estatísticas sobre as
diferenças individuais.
Uns psicólogos, não experimentalistas, especulativos, preocupam-se com problemas de dualismo, espirito-
matéria, natureza das ideias, faculdades intelectuais, associacionismo clássico. Outros, embora seguindo uma
orientação experimental, dirigiam a sua atenção para problemas e teorias gerais e não para as variações e
diferenças nas aptidões humanas.
Weber (1795-1878) fez experiencias sobre discriminação de peso, visão, audição e “limiar de dois pontos” da
pele. É mais conhecido pela sua abordagem experimental e quantitativa dos problemas psicológicos e pela lei de
Weber – o menor aumento percetível de intensidade do estimulo é uma fração constante da intensidade inicial.
Gustav Fechner (1801-1887) preocupou-se com a aplicação dos métodos exatos das ciências naturais ao estudo
do “mundo interior” do homem, isto é, as relações entre os processos mentais e os fenómenos físicos. Johanes
Muller (1801-1858) interessou-se pela fisiologia dos sentidos e pelo ato reflexo. Hamilton e Mill dedicaram-se à
reformulação mais rigorosa e completa da teoria clássica de associação. Alexander Bain contribui com o esforço
pioneiro no sentido de incluir todo o domínio da experiência humana num sistema de psicologia.
Wundt recorreu a métodos fisiológicos e à introspeção nas suas investigações e na dos seus discípulos. A
experiencia genuinamente psicológica implicava um estimulo objetivamente conhecido e de preferência
mensurável, aplicado em condições especificas, e resultado numa resposta objetivamente conhecida e medida. O
método de wundt acentuava a necessidade de conhecer e formular acontecimentos experimentados pela
consciência, na sua relação com estímulos e respostas objetivas e imensuráveis. Para wundt, a introspeção
converteu-se no método mais importante do psicólogo experimental. Aplicou estes métodos ao estudo
experimental da visão, da audição, dos tempos de reação, problemas psicofísicos e à analise das associações de
palavras.
O contributo de Binet
Binet aceitava que os processos elementares permitiam uma medição mais rigorosa e, consequentemente,
ofereciam resultados sensivelmente constantes. No entanto, os seus interesses orientavam-se mais no sentido dos
indivíduos do que das sensações ou das ideias.
Binet e os seus colaboradores estavam interessados em estabelecer a extensão e a natureza das variações
interindividuais dos processos mentais, e na determinação das inter-relações intra-individuais desses mesmos
processos. Binet e Henri propuseram o estudo das seguintes funções: memoria, natureza das imagens mentais,
imaginação, atenção, compreensão, sugestionabilidade, sentido estético, sentimentos morais, força muscular,
força de vontade, perícia motora, juízo visual. Para eles estas faculdades diferiam amplamente de individuo para
individuo, e o seu conhecimento permitia uma ideia genérica da pessoa em questão e a sua diferenciação dos
outros indivíduos do seu meio.
A sua preocupação fundamental foram os problemas de medição da inteligência e distinção do nível mental das
diferentes pessoas.
A escala de Binet-Simon
Na primeira escala, encontramos a conceção subjacente a todos os testes que medem a inteligência das
crianças: o principio de que as diferenças de desenvolvimento intelectual podem ser identificadas – em termos
de grau – mediante as diferenças de nível de desenvolvimento expressa pela capacidade media das crianças
de varias idades.
Na construção da sua primeira escala Binet e Simon limitaram-se ao problema definido e pratico da criação
de um instrumento que medisse as aptidões intelectuais das crianças em idade escolar, e que permitisse a
distinção entre normais e anormais. Dedicaram os seus esforços à avaliação e determinação quantitativa da
“inteligência geral”, isto é, o nível intelectual, e à comparação com crianças normais.
Binet deu um grande ímpeto ao estudo das diferenças individuais com seus testes estandardizados.
Testes de personalidade
Testes de personalidade são testes aplicados por psicólogos por meio de perguntas ou testes gráficos com a
finalidade de revelarem traços inatos e adquiridos da personalidade do indivíduo, muitas vezes não
conhecidos ou não relatados por ele próprio e que indicam seu caráter e temperamento. Traços de
personalidade são características marcantes da pessoa, os quais a distingue dos demais indivíduos e que
determinam como ela age e reage a diferentes situações.
Escalas de julgamento
Forma de obter juízos de um determinado numero de indivíduos sobre um certo numero de dimensões de um
outro.
Questionários
É constituído por uma serie de itens sob a forma de perguntas sobre o próprio individuo, às quais ele deve
responder. Visa detetar sintomas comportamentais e de personalidade reveladores de desadaptação.
De uma maneira geral, o enfase dos itens – perguntas ou afirmações – de tais instrumentos situa-se na forma
como o individuo atua em determinadas situações e em como se sente em relação a essa mesma atuação.
Testes projetivos
Mais subtil que o questionário, apresenta situações estimulantes mais ou menos equivocas, indefinidas,
geralmente sob a forma de gravuras, manchas de tinta ou frases incompletas. Assim o paciente tem uma
oportunidade maior de impor ao teste dimensões de personalidade mais pessoais e intimas do que aquelas que
podem ser reveladas no questionário.
Situação atual
A determinação de funções mentais, ou operações medidas, embora complexa, é relativamente mais simples
do que a avaliação de dimensões não intelectuais da personalidade.
A personalidade é um conceito que engloba todos os aspetos, e as suas manifestações são muitas vezes
complexas e ocultas; assim, o desenvolvimento e utilização dos questionários e dos testes projetivos não parte
de bases tao seguras como o dos testes de aptidões mentais e de rendimento escolar.
É essencial que o testador profissional compreenda os princípios psicológicos e estatísticos em que os testes
de baseiam. É necessário que todos aqueles que interpretam os resultados dos testes tenham noção dos aspetos
mais importantes da teoria subjacente e estejam a par do significado dos termos técnicos.
Entrevista semi-estruturada
1. Informação geográfica
2. Áreas gerais de preocupação do paciente ou dos interlocutores
3. Analise da situação problemática
Quais as razões de preocupação da pessoa?
Aula 8
Psicometria
Dedica-se à criação de instrumentos de avaliação.
- Definição de teste
Freeman (1976) – é um objeto estandartizado que mede um ou mais ou aspetos de uma personalidade total,
através de respostas verbais e não verbais.
Anastasi – é uma medida objetiva e estandartizada de uma amostra de comportamento.
- Amostra – numero de sujeitos que representam uma população (país, patologia)
- Tipos de amostras
1. ao acaso (randomizadas)
- triagem ao acaso;
- seleção a partir da letra inicial do nome
2. estratificadas proporcionais (controladas)
- divide-se a população em categorias independentes
- obtém-se uma equivalência entre o numero de sujeitos da amostra para cada categoria e o numero de sujeitos
que se encontram na população total para cada uma dessas categorias.
Amostras de aferição: objetivo é ajustar um instrumento a uma população;
Amostras de dimensões e funções: objetivo é que os itens do instrumento sejam aspetos da variável que
estamos a classificar. Exemplos:
Inteligência -> procura de itens que avaliem componentes da variável -> as supostas componentes a
variável são submetidas a uma analise fatorial (isolar relações entre conjuntos de variáveis);
Traços de personalidade: questionários para quantificar aspetos qualitativos. Definição de traços de
personalidade: padrões de comportamento, relativamente consistentes e estáveis num conjunto
diversificado de situações -> com base na definição procede-se à seleção de escolha de itens (método
empírico ou especulativo) para depois se realizar analise fatorial.
-
- Conceitos fundamentais associados à definição de teste Psicológico
Aferição
Aplicação de um instrumento a uma amostra representativa da população com o objetivo de elaborar
normas a partir das quais se podem interpretar resultados individuais. (ex. método dos decis, avaliação
da dispersão dos resultados).
Estandartização
Tornar homogéneas as condições de utilização de um determinado instrumento. Refere-se a um
instrumento onde estão claramente definidos os procedimentos de aplicação, cotação e interpretação de
resultados. Respeitar:
- ordem de aplicação dos itens;
- tempo limite de execução;
- formulação de questões;
- cotação dos desempenhos.
Objetividade
Deriva da convergência dos procedimentos de aferição e estandartização.
- Características psicométricas dos instrumentos
Dão-nos informação prática sobre o grau de confiança que podemos ter em determinado instrumento.
Quando a garantia, a sensibilidade e a garantia de um determinado instrumento apresentam valores
significativos é-lhe aferida credibilidade.
Garantia
Consiste na possibilidade do instrumento fornecer resultados consistentes em diferentes medições.
Indica em que medida os resultados obtidos estão isentos de:
1. Defeitos internos suscetíveis de provocar erros de medição;
2. Influencia do acaso;
3. Diferenças individuais.
Duas ideias associadas a garantia:
1) Consistência interna – consistência dos itens numa só aplicação. Garantia que os participantes
entendem todos da mesma forma os itens do teste.
2) Teste - reteste – estabilidade dos resultados quando aplicado mais do que uma vez – predição de
resultados.
Validade
Freeman “um teste é valido quando mede aquilo que visa medir”
1. Forma de verificar a qualidade e utilidade de qualquer instrumento;
2. Forma de verificar se as nossas avaliações são objetivas do ponto de vista do estado atual do sujeito;
3. Forma de observar se estas avaliações objetivas do sujeito podem ser generalizadas a outras
situações e a outros momentos.
o Validade interna
Procura saber em que medida os itens são representativos dos comportamentos a observar ou das
variáveis que se pretende medir. É feita exclusivamente a partir dos próprios itens, quer eles sejam
tomados individualmente ou em conjunto. Determinada a partir da avaliação que é feita por
especialistas não só em relação aos comportamentos ou outras variáveis que os teste pretende avaliar,
mas também peritos na própria construção de testes.
o
o
o Validade empírica
Toma como referencia fundamental os resultados finais e já não os itens isolados ou em conjunto.
Importa avaliar critérios externos ao próprio teste.
1. Validade concorrente – os critérios externos (outros testes psicológicos) são recolhidos ao mesmo
tempo ou imediatamente a seguir à aplicação do teste.
2. Validade preditiva – centra-se fundamentalmente no prognostico. O objetivo é encontrar
correlações entre os resultados do teste e as informações posteriores do sujeito em diferentes
domínios. (ex: aplicar o teste novamente, notas escolares, rendimentos noutras provas que avaliam
a mesma variável). É considerada a mais importante característica psicométrica de um teste. No
caso de ser suficientemente elevada indica não só o estado atual do sujeito, mas também aquilo
que poderá ser previsível em termos de comportamentos futuros no domínio avaliado pelo teste
em questão.
o Validade de constructo
Saber em que medida é que os itens considerados individualmente e em conjunto são adequados para
avaliar determinada dimensão psicológica,
- exige uma definição clara da característica ou do traço a ser medido;
- adequar o constructo teórico à pratica;
- forma de validar a teoria subjacente.
A forma de validar o constructo: analise fatorial – validação convergente – discriminativa.
1. Analise fatorial – técnica estatística que permite reduzir uma multiplicidade de variáveis presentes
num instrumento a um numero diminuto de fatores comuns ou traços psicológicos;
2. Validação convergente – um teste deve correlacionar-se de uma forma altamente significativa com
outras variáveis teoricamente correlacionadas
3. Validação discriminativa – um teste deve ter correlações nulas ou baixas com variáveis com as
quais o teste não se deve teoricamente relacionar.
Sensibilidade
Poder discriminativo dos resultados. Grau em que os resultados numa prova aparecem distribuídos
diferenciando os sujeitos entre si nos seus níveis de realização. Distribuição dos sujeitos de acordo com
a curva normal.
II. Testes
Os testes psicológicos são instrumentos capazes de ajudar o sujeito a ter uma visão mais clara de algo que ele
ainda não tem muita consciência. Através dos testes pode-se mensurar algo do comportamento humano, como
também ser projetado algo que está inconsciente para o consciente, seja em forma de histórias, desenhos entre
outros.
De acordo com Anastasi (1954, p. 28) citado em Hongan (2006, p. 28) os testes psicológicos são “uma medida
objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento”. Já Croanbach (1996, apud SILVA, 2009) os testes
são um procedimento sistemático para se observar um comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas
numéricas ou de categorias fixas.
Segundo Hongan (2006) através dessas definições de testes pode-se extrair seis elementos no que compreende
os testes no contexto da ciência do comportamento. Primeiro o teste é um procedimento ou instrumento; o
segundo é a informação que os testes podem trazer; em terceiro o teste traz informações sobre o comportamento;
em quarto, muitas definições enfatizam que os testes fornecem apenas uma amostra de comportamento; em quinto
um teste é um procedimento sistemático e padronizado; e em sexto o teste é alguma referência a qualificação ou
mensuração, ou seja, a parte numérica das informações obtidas nos testes.
Os testes objetivos são instrumentos capazes de descrever através de números fenômenos psicológicos. Eles
podem ser corrigidos objetivamente, tanto através do ser humano como também pode ser corrigido por um
computador e não é necessário um julgamento.
Os testes objetivos são usados principalmente nas clinica para obter uma avaliação padronizada dos traços da
personalidade. Também podem ser utilizados para o propósito de aconselhamento, para seleção de pessoal e são
muito utilizados em pesquisa sobre a personalidade humana. Os testes objetivos podem apresentar um grande
problema que são as respostas socialmente desejáveis, que são, em geral, aquelas respostas que as pessoas acham
que serão aceitas pela sociedade. A resposta falsa é uma tentativa de criar uma boa ou má impressão aos outros.
É uma forma que as pessoas têm de responder consciente ou inconscientemente a itens de determinada maneira,
independentemente de quais sejam realmente seus sentimentos sobre o que está sendo perguntado. (HONGAN,
2006).
Por sua vez, o teste projetivo é um tipo de teste livre onde o individuo irá ter um estímulo seja uma imagem,
uma frase, algo que faça com que este crie uma resposta consciente ou inconsciente para o estimulo dado. Essa
resposta será interpretada pelo psicólogo, mas este terá que seguir regras estabelecidas em manuais para a
correção dos testes projetivos.
As técnicas projetivas podem ser empregues nas clinicas, em aconselhamento, em escolas e também usadas
em pesquisas. Entre as técnicas projetivas mais utilizadas estão: o teste de mancha de tinta de Rorschach, o teste
de Apercepção Temática (TAT) teste de Apercepção infantil (CAT), teste Gestáltico Visuomotor de Bender, teste
de Completar Frases, teste de Desenho de Figura humana, teste Casa-Arvore-Pessoa (HTP) e teste de Desenho
da família em movimento Hongan (2006).
Os testes objetivos seguem uma estrutura, onde há opção de respostas e tabelas de correção, já nos testes
projetivos as respostas são livres e a testando pode construir sua resposta. Para correção é preciso que o psicólogo
faça com certo julgamento, pois não há uma estrutura de respostas e correção onde o psicólogo possa focar.
o desenho
O desenho é uma técnica e não um teste, é dos primeiros instrumentos a ser aplicado.
As técnicas não são tao objetivas nem psicométricas como os testes. A técnica é mais rica na recolha de
informação, mas também mais relativa e subjetiva. Inventários, autorretrato são considerados testes. A
observação e a entrevista são técnicas projetivas.
A técnica do desenho é a mais limitada, e não se aplica só às crianças. A crianças são aplicados o desenho da
família e o desenho livre.
É uma prova pouco evasiva e que ajuda a quebrar o gelo. Primeiro contacto depois da entrevista. Serve para
entender características da pessoa, exteriorizar algo do interior, por isso se denominam técnicas projetivas.
Na criança serve para avaliar o seu nível de relação objetal. Nos adultos avaliam a sua estreita de
personalidade.
É um veiculo espetacular quando aplicado a crianças, serve como espaço lúdico para que estas possam
projetar o seu mundo interior. Pode ser interpretado de duas formas: cognitiva e emocional.
Desenho da figura humana de Goodenough
Criando uma relação empática com as crianças, este teste avalia ainda a inteligência geral (idade mental
e QI), se bem que não deva ser utilizado como um único teste.
O desenho das crianças pode ser interpretado como expressão da sua maneira de ser e das suas qualidades
anteriores.
Qualquer desenho feito por uma criança é a expressão objetiva de processos psíquicos superiores.
Portanto, desenhar é para a criança uma maneira de se exprimir. Mais do que as criações estéticas os
desenhos da criança são conteúdos emocionais.
Goodenough criou um teste de extraordinária simplicidade, destinado a medir a inteligência geral das
crianças.
Consiste numa prova única: desenhar um homem. A avaliação reduz-se a verificar o numero de
pormenores acertados que o desenho realizado. Esta pontuação converte-se em idade mental e esta em
quociente intelectual.
Pode ser utilizado como técnica projetiva, mas então será interpretado segundo o simbolismo das suas
representações e pela presença ou ausência de certos pormenores significativos da vida afetiva.
Teste da arvore
Como teste é incompleto. Dificilmente, o simples desenho de uma arvore poderia exprimir toda a riqueza
duma personalidade. Por isso, devemos dar-lhe unicamente o seu valor relativo.
A formula preferida é pedir ao examinado que desenhe uma arvore de fruto. Deve dar-se plena liberdade
de ação ao individuo.
É sempre bom pedir que desenhem duas arvores. Na correção, contam-se não só as coincidências, mas
também as discordâncias entre as duas arvores desenhadas.
O teste da figura complexa de rey-osterrieth
Rey imaginou uma “figura complexa” geométrica sem intenção interpretativa, cuja copia é pedida ao
examinando. Destinava-se esta prova, principalmente, ao exame de doentes mentais cuja perturbação
fosse causada por traumatismo craniano.
Este teste é interessante para estudar diferentes aspetos:
O desenvolvimento mental: observação dos diferentes tipos de reprodução e a riqueza da
representação gráfica nas diferentes idades;
O atraso nesse desenvolvimento;
As perturbações na estruturação espacial provocadas por certas lesões cerebrais ou doenças
mentais.
Tolouse – Pieron
Avalia a aptidão percetiva e a capacidade de atenção dos sujeitos, através de uma tarefa rotineira que exige
concentração e resistência à monotonia. É uma prova auxiliar do diagnostico indicativo da capacidade de
eficiência de um individuo numa atividade especifica.
Tem como objetivo avaliar a atenção concentrada em dois aspetos: a velocidade de atenção e a exatidão da
atenção.
Este teste permita ainda avaliar a resistência à fadiga e averiguar o ato e o estado de atenção, ou seja, a atenção
voluntaria permanente.
Vantagens:
Pode ser realizada independentemente dos níveis etários e culturais do sujeito;
Não exige conhecimentos especiais nem um grau de inteligência «;
Pode ser aplicado a analfabetos;
Realização e aplicação rápida;
Auxilio no diagnostico de certas perturbações, tal como na procura de terapia.
Desvantagens:
Apresenta estímulos débeis o que faz dela uma tarefa monótona;
Não é, só por si, um instrumento suficientemente valido para estudar a atenção;
Não demonstra a atenção na realidade;
O setting é muito importante na medida em que, ao avaliarmos a atenção concentrada, não deve haver
nenhum tipo de estimulo distrator;
Problemas de visão podem afetar a prova;
Doenças, estados emocionais fortes, fadiga ou patologias podem influenciar a realização da prova.
Crianças
CAT
CAT ou teste de aperceção infantil é utilizado em crianças de ambos os sexos, dos 3 aos 10 anos. É um
procedente direto do TAT (teste de aperceção temática). É composto por 10 pranchas que apresentam cenas
de animais em situações humanas. O estimulo animal oferece duas vantagens: a personagem animal permite
uma gratificação mais ambígua no que se refere ao sexo e à faixa etária e também porque a criança exterioriza
mais os seus sentimentos e impulsos vivenciados como negativos, se as personagens não estiverem muito
próximas do seu mundo real.
O CAT deve ser apresentado à criança como um jogo e não como um teste. No caso de crianças mais velhas,
já cientes de que se trata de um teste, deve-se esclarecer que não se trata de um teste competitivo, com
resultados de aprovação, ou de desaprovação.
Deve ser aplicado individualmente e em regra não deve ultrapassar a uma hora de aplicação. Solicita-se à
criança que conte uma historia sobre cada uma das dez gravuras que lhe são apresentadas. Na interpretação
do CAT, deve-se ter em atenção às verbalizações e associações entre as gravuras. É muito semelhante à
aplicada no TAT, e tem de se ter em conta tanto o seu conteúdo manifesto como o conteúdo latente.
É um método projetivo e um método apercetivo, ou seja, um método de investigar a personalidade, estudando
a dinâmica significativa das diferenças individuais na perceção de estímulos padronizados. Tem como
indicações a investigação diagnostica, a identificação do estagio de evolução infantil, onde a criança se
encontra, a formulação de indicações terapêuticas e o acompanhamento da evolução do caso, durante o
processo terapêutico.
- CAT-A (animais) aplicação a crianças entre os 3 e os 10 anos. É um método para explorar a
personalidade estudando o sentido dinâmico das diferenças individuais na perceção de um estimulo
normalizado. Foi concebido para facilitar a compreensão das tendências da criança nas suas relações
com as figuras pessoais mais importantes do seu entorno. As laminas tentam provocar respostas
relacionadas com os seus problemas: alimentação, linguagem, rivalidade humanas, atitudes para com
os pais, fantasias agressivas, aceitação do mundo adulto, medos, masturbação, comportamento
diversos, assim como as atitudes dos pais face aos problemas infantis. Trata de conhecer a estrutura
da criança e a sua dinâmica, a partir dos conteúdos da produção.
- CAT-H (humanas) – versão humana da técnica de CAT é que as crianças mais velhas, com qi
intelectual superior, não aceitam bem os estímulos com animais e consideram infantis. Este eleva a
idade de aplicação e fecha a continuidade de aplicação entre o CAT-A e o TAT. As laminas
apresentam dificuldades para conseguir lograr figuras de certo modo ambíguas quanto ao sexo, idade
e atributos culturais. Varia de cultura para cultura.
- Pata negra – prova projetiva que se destina à avaliação de crianças. Esta prova insere-se no grupo de
provas projetivas que utilizam como material reativo estímulos percetivos. Explora,
fundamentalmente, a estrutura dinâmica da personalidade, incidindo principalmente sobre aspetos
das primeiras de desenvolvimento da criança. a tónica da avaliação é colocada sobre a analise dos
mecanismos de defesa do Eu e as tendências instintivas. O teste Pata Negra utiliza 19 laminas com
situações protagonizadas por uma família de porquinhos. Através do método de preferências-
identificação, exploram-se temas de desenvolvimento infantil como, por exemplo, a oralidade, a
agressividade e a rivalidade, entre outros.