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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ

PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

FABIANA CAMARGO MACHADO

NORMAS DE SEGURANÇA APLICÁVEIS NA ESCOLA


INFANTIL FÁBULA

TAUBATÉ
2014
FABIANA CAMARGO MACHADO

NORMAS DE SEGURANÇA APLICÁVEIS NA ESCOLA


INFANTIL FÁBULA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Pós-Graduação Latu Sensu em
Engenharia da Segurança do Trabalho, como
requisito parcial à obtenção do título de
Especialista em Engenharia da Segurança do
Trabalho.

Orientadores:
Prof. Ms. André Petris Gollner
Prof. Esp. João Donizetti Siqueira de Assis

TAUBATÉ
2014
FABIANA CAMARGO MACHADO

NORMAS DE SEGURANÇA APLICÁVEIS NA ESCOLA


INFANTIL FÁBULA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Pós-Graduação Latu Sensu em
Engenharia da Segurança do Trabalho, como
requisito parcial à obtenção do título de
Especialista em Engenharia da Segurança do
Trabalho.

Taubaté, 20 de Dezembro de 2014.

_________________________________
Orientador
Prof. Ms. André Petris Gollner
Faculdade Anhanguera de Taubaté

_________________________________
Orientador
Prof. Esp. João Donizetti Siqueira de Assis
Faculdade Anhanguera de Taubaté

_________________________________
Examinador (banca)
André Petris Gollner
Mestre

_________________________________
Examinadora (banca)
Liliana Correa Leite
Mestre

_________________________________
Examinador (banca)
Yuri Vieira
Especialista
A DEUS, qυе sе mostrou criador, qυе foi
criativo. SEU fôlego dе vida еm mіm mе
fоі sustento е mе dеυ coragem para
questionar realidades е propor sempre υm
novo mundo dе possibilidades.
AGRADECIMENTOS

À DEUS pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades.


À Instituição pelo ambiente criativo е amigável.
Ao mеυ orientador, pelo empenho devotado à elaboração deste trabalho.
Agradeço ao meu marido Hamilton e ao meu filho Ryan os quais nas minhas
ausências destinadas аоs estudos, sеmprе fizeram entender qυе о futuro é feito а
partir dа constante dedicação nо presente! Obrigada pеlа contribuição valiosa, pelo
amor, incentivo е apoio incondicional.
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível.”

Charles Chaplin
RESUMO

Este trabalho traz um modelo de como as escolas infantis devem ser com relação à
segurança dos trabalhadores e consequentemente à segurança das crianças. Ao
analisar quais os riscos ocupacionais dos profissionais da Educação Infantil,
conhecendo a rotina e os problemas a que estão expostos sobre uma avaliação
qualitativa, apresento medidas atenuadoras aos riscos encontrados.

Palavras-Chave: Escola infantil, riscos ocupacionais, segurança.


ABSTRACT

This paper presents a model of how children's schools should be about the safety of
workers and consequently the safety of children. To analyze which of the
occupational hazards of early childhood education professionals, knowing the routine
and the problems they face on a qualitative assessment, introduce measures
attenuating the risks found.

Keywords: Infant School, occupational hazards, safety.


FIGURAS

Figura 2: Sentar Ergonômico ........................................................................................... 39


Figura 3: Croqui da Escola Infantil Fábula...................................................................... 44
TABELAS

Tabela 1: Quantidade de Crianças por Profissionais .................................................... 35


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


CF – Constituição Federal
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual, Intermunicipal e Comunicação.
POP - Procedimento Operacional Padrão
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
EPI – Equipamento de Proteção Individual
AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
OIT – Organização Internacional do Trabalho
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
CA – Certificado de Aprovação
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
CBO – Classificação Brasileira de Ocupações
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13
1.1 Delimitação do tema ................................................................................................... 13
1.2 Objetivo Geral ............................................................................................................ 14
1.3 Objetivo Específico .................................................................................................... 14
1.4 Problematização ......................................................................................................... 14
1.5 Justificativa ................................................................................................................ 15
2. LEGISLAÇÃO E NORMAS ........................................................................................ 15
2.1 Constituição da República Federativa do Brasil (CF). ................................................. 15
2.2 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) .................................................................. 16
2.3 A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. ............................................................... 17
2.4 Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978. .................................................................. 19
2.5 Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDB) ......................................................... 19
2.6 Legislação Previdenciária ........................................................................................... 20
3. ITENS A SEREM OBSERVADOS NA ESCOLA INFANTIL ..................................... 20
3.1 Diferenças da terminologia entre: creche, escola infantil e hotelzinho. ........................ 20
3.2 Itens necessários para se abrir uma creche .................................................................. 21
3.3 Vigilância Sanitária .................................................................................................... 23
3.4 Orientações de Combate a Incêndio ............................................................................ 28
3.5 Segurança do Trabalho ............................................................................................... 30
4. METODOLOGIA ......................................................................................................... 33
4.1 Local da Pesquisa ....................................................................................................... 33
4.2 Tipo de Pesquisa ........................................................................................................ 33
4.3 Análise de Risco ......................................................................................................... 33
4.4 Métodos Qualitativos ................................................................................................. 34
4.5 Técnicas e Procedimentos........................................................................................... 34
4.6 Coleta de Dados ......................................................................................................... 35
4.7 Resultados .................................................................................................................. 38
4.8 Sugestões propostas.................................................................................................... 40
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 41
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 42
7. ANEXOS ...................................................................................................................... 44
7.1 Fotos .......................................................................................................................... 45
13

1.INTRODUÇÃO

A Constituição de 1988, inciso IV do artigo 208, afirma: “O dever do Estado


com a educação será efetivado mediante garantia de [...] atendimento em creche e
pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.” Com a inclusão da creche no
capítulo da Educação, a Constituição explicita a função eminentemente educativa da
mesma, à qual se agregam as ações de cuidado.
Art. 29 (LDB). A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade (BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
atualizada em 08/05/2013, LDB, artigo 29).
A Educação Infantil visa proporcionar condições adequadas para promover o
bem-estar da criança, seu desenvolvimento físico, motor, emocional, intelectual,
moral e social, a ampliação de suas experiências, bem como estimular seu interesse
pelo processo do conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade.
As Escolas Particulares de Educação Infantil exercem hoje importante papel
social em nosso dia-a-dia, suprindo a carência da rede oficial de ensino que
não consegue se expandir na proporção das necessidades da população.
A Educação Infantil, dadas às particularidades do desenvolvimento da
criança, cumpre duas funções complementares e indissociáveis: cuidar e
educar, complementando os cuidados e a educação realizados na família.
(SEBRAE, 2010, p. 6).

Os docentes da Educação Infantil devem ser formados em cursos de nível


superior (em licenciatura, de graduação plena), admitida como formação mínima a
oferecida em nível médio (modalidade normal), que contemplem conteúdos
específicos relativos a essa etapa da educação (BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, atualizada em 08/05/2013, LDB, artigo 62).

1.1 Delimitação do tema

Entender o que é Segurança do Trabalho, Higiene Ocupacional e Análise de


Risco é primordial para compreendermos a importância desse trabalho, que consiste
em mostrar que professores sofrem de problemas relacionados ao trabalho. Os que
convivem com crianças pequenas ainda há possibilidade de contaminação por
doenças infecciosas.
14

Então, fazendo uma breve definição para facilitar o entendimento, temos que:
Segurança do Trabalho é a ciência que atua na prevenção dos acidentes do
trabalho decorrentes dos fatores de riscos operacionais. A análise desses fatores em
todas as tarefas do educador na escola infantil é fundamental.
A Higiene Ocupacional é o estudo do ambiente de trabalho e a prevenção das
doenças dele originadas. Atua por meio da antecipação, do reconhecimento, da
avaliação e do controle dos riscos físicos, químicos e biológicos originados nos
locais de trabalho e passiveis de produzir danos à saúde dos trabalhadores,
observando também seu impacto no meio ambiente.
Análise de Risco visa detectar os possíveis riscos que os profissionais estão
expostos antes que ocorra algum tipo de acidente, depois de detectado são
desenvolvidas técnicas para eliminar ou minimizar esses riscos.

1.2 Objetivo Geral

O objetivo geral desse trabalho é analisar os riscos ocupacionais dos


profissionais da Educação Infantil na escola Fábula, situada na Rua Urbano Alves de
Souza Pereira, 203 (próximo à Associação dos Funcionários Municipais de Taubaté -
Baia), Centro - Taubaté-SP.

1.3 Objetivo Específico

Conhecer a rotina dos profissionais, para identificar os problemas e riscos à


saúde a que estão expostos e garantir seu bem estar e cuidados básicos.
Realizar uma avaliação qualitativa dos riscos.
Apresentar medidas atenuadoras para os riscos encontrados.

1.4 Problematização

Existem vários riscos no trabalho nas escolas infantis que podem afetar a vida
dos trabalhadores e consequentemente a das crianças. Uma infraestrutura
inadequada atinge tanto a saúde física quanto o desenvolvimento das crianças e dos
profissionais que ali trabalham. Frequentemente esses trabalhadores exercem sua
função inadequadamente, expostos a vários riscos que podem causar doenças e
15

representar condição ocupacional. Sendo assim, a pergunta problema da pesquisa


é: quais os riscos ocupacionais sofrem os profissionais da Educação Infantil na
escola Fábula?

1.5 Justificativa

A escola infantil surge como resposta social à intervenção da mulher no


mercado de trabalho, onde a criança deve ser acolhida, amada e respeitada na sua
originalidade e ajudada a crescer harmoniosamente. As escolas infantis, as creches
e hoteizinhos são recursos sociais considerados prioritários, sendo o primeiro elo na
cadeia da educação da criança.
Esse trabalho procura demonstrar a importância do bem-estar e saúde do
profissional da educação infantil. Para que ele consiga ensinar, iniciar a
alfabetização, transmitir segurança, afeto, cuidado, atenção e alegria às crianças são
necessárias condições mínimas, como local de trabalho com boa infraestrutura, ter
profissionais qualificados e em número suficiente para a quantidade de crianças.
Um profissional doente, sobrecarregado de funções, trabalhando em ambiente
de trabalho precário, com má infraestrutura, não terá condições de transmitir todos
os valores citados acima.

2. LEGISLAÇÃO E NORMAS

2.1 Constituição da República Federativa do Brasil

No art. 6º são garantidos alguns direitos sociais, entre eles o direito a


educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social,
a proteção à maternidade, a infância e a assistência aos desamparados.
No art. 7º são garantidos aos trabalhadores alguns direitos, como o emprego
protegido de despedida arbitrária ou sem justa causa, o seguro desemprego, a carga
horária máxima de 44 horas semanais, o repouso semanal remunerado, a férias, a
redução dos riscos inerentes ao trabalho, a aposentadoria, a assistência aos filhos
desde o nascimento até cinco anos em creches e pré-escolas, o seguro contra
acidentes de trabalho, entre outros.
16

2.2 Consolidação das Leis do Trabalho

A CLT foi criada pelo Decreto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e


sancionada pelo presidente Getúlio Vargas. Ela unificou toda a legislação trabalhista
então existente no Brasil.
As discussões sobre direitos de trabalhadores e as formas de solução de
conflitos entre patrões e empregados tiveram início com o fim da escravidão, no ano
de 1888.
Com a Revolução Industrial e implantação das fábricas, as máquinas aos
poucos foram tomando lugar dos trabalhadores e deixando muitos desempregados.
Os que permaneciam no emprego tinham péssimas condições de trabalho. Os
trabalhadores eram confinados em ambientes com má iluminação, abafados e sujos.
Os salários eram muito baixos e a exploração de mão de obra não dispensava
crianças e mulheres, os quais eram submetidos a jornadas de até 18 horas por dia,
além de receber menos da metade do salário reservado aos homens adultos.
Foi em meio a este difícil cenário que eclodiram as greves e revoltas sociais e
começavam, então, as lutas por direitos trabalhistas.
A Constituição de 1988 ao incorporar direitos trabalhistas essenciais assegurou
aos brasileiros o exercício da cidadania. A palavra trabalho que antes significava
sofrimento e esforço, ganhou conceito de dignidade. Daí a importância da CLT.
“Todo o Homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência
compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social”. (Declaração Universal dos
Direitos do Homem, 1948).

Desse contexto destacam-se alguns artigos, inclusive os específicos sobre o


ofício do professor (317 a 323).
Art. 3 – Definição de empregado
Art. 14 – Carteira Profissional
Art. 29 – Anotações na Carteira de Trabalho
Art. 59 – Hora extra
Art. 71 – Intervalo para descanso
Arts. 130, 134, 140 – Férias
17

Art. 142 – Pagamento das férias


Art. 145 – Prazo para o pagamento das férias
Art. 317 – Exercício do magistério
Art. 318 – Carga horária do professor
Art. 319 – Proibição do trabalho aos domingos
Art. 320 – Remuneração do professor
Art. 321 – Remuneração das aulas excedentes
Art. 322 – Remuneração de férias
Art. 323 - Penalidade pela falta de pagamento do salário
Art. 373A - Proibição do exame de gravidez pré-admissonal
Art. 389 - Creche
Art. 392 – Licença-maternidade
Art. 444 – Relações contratuais
Art. 445 – Contrato de experiência
Art. 451 – Contrato de trabalho
Art. 458 – Benefícios
Art. 465 – Prazo para pagamento do salário
Art. 468 – Alteração no contrato de trabalho
Art. 473 – Faltas
Art. 475 – Licença médica
Art. 477 – Rescisão do contrato de trabalho
Arts. 479, 480, 481 – Demissão sem justa causa.
Art. 482 – Demissão por justa causa
Art. 503 - Redução salarial - força maior
Art. 511 – Categoria profissional
Art. 617 - Acordos coletivos de trabalho - participação do Sindicato

2.3 A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à


Segurança e Medicina do Trabalho, onde constam:
As obrigações dos empregados e empregadores quanto a Segurança no
Trabalho;
A delegação de fiscalização ou orientação quanto ao cumprimento das normas;
18

A obrigatoriedade da constituição de Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes - CIPA;
O fornecimento de Equipamento de Proteção Individual – EPI com Certificado
de Aprovação do Ministério do Trabalho;
O exame médico do empregado por conta do empregador;
As edificações deverão obedecer aos requisitos que garantam segurança aos
trabalhadores;
Deverá haver iluminação natural ou artificial adequada e ter ventilação
adequada ao tipo de atividade;
Somente o profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou
reparar instalações elétricas;
As normas de precauções de segurança para movimentação, armazenagem e
manuseio de materiais;
As máquinas e equipamentos devem conter dispositivos para evitar acidentes;
Os equipamentos que operam sob pressão deverão dispor de válvula e outros
dispositivos de segurança e as inspeções de segurança deverão ser realizadas por
engenheiros ou empresas especializadas;
As operações e atividades consideradas insalubres, modo de eliminar ou
neutralizar a insalubridade e a porcentagem sobre o salário mínimo da região
referente ao grau máximo (40%), médio (20%) e mínimo (10%);
As operações e atividade consideradas perigosas que implicam em contato
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado,
adicional sobre o salário de 30% sem os acréscimos de gratificações;
A classificação e caracterização da insalubridade ou periculosidade são feitos
através de perícia a cargo do Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho;
Prevenção à fadiga, como peso máximo de carga (60 kg) a ser removido por
um homem adulto, assentos que asseguram a postura correta do trabalhador;
Algumas medidas especiais como proteção contra incêndio em geral, proteção
quando trabalho a céu aberto, proteção ao trabalhador exposto a substâncias
nocivas, higiene nos locais de trabalho, emprego de cores e sinalizações de perigo;
As infrações referentes à Medicina do Trabalho serão punidas com multa de 3
a 30 vezes o valor previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei 2.605 de 29 de abril de
1975 e a referente à Segurança do Trabalho com multa de 5 a 50 vezes o mesmo
valor;
19

2.4 Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Aprova as Normas Regulamentadoras - NRs – do Capitulo V do Titulo II, da


Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

2.5 Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996

As Leis de Diretrizes e Bases da Educação no Capítulo II Sessão II diz respeito


à Educação Infantil, onde:
Art. 29. Diz respeito ao desenvolvimento integral da criança até cinco anos em
todos os aspectos juntamente com a ação da família e comunidade.
Art. 30. Local onde é oferecida a educação infantil.
Art. 31. Regras sobre a organização da educação infantil: registro da avaliação
e acompanhamento do desenvolvimento da criança, carga horária da permanência
da criança na escola de 4 horas diárias para o parcial e 7 horas diárias para integral,
controle de frequência mínima de 60% do total de horas.
E no Capítulo V Título VI diz respeito aos Profissionais da Educação, onde:
Art. 61. Da formação dos profissionais da educação, são reconhecidos os
professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação
infantil e nos ensinos fundamental e médio, sólida formação básica proporcionando
conhecimento associando teorias e práticas.
Art. 62. Para atuar na educação básica como docente tem que ter nível
superior de licenciatura, como formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental. Deverá ser
promovida formação continuada e a capacitação aos profissionais de magistério,
também incentivar através de bolsa de iniciação à docência em cursos de
licenciatura.
Art. 63. Diz que o curso normal superior é destinado a docentes voltados para
educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental, existência de programas
à portadores de diplomas de educação superior queiram se dedicar à educação
básica.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação
20

básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-


graduação.
Art. 67. Valorização dos profissionais da educação através de planos de
carreira do magistério público; ingresso por concurso público; aperfeiçoamento
remunerado; piso salarial; promoção baseado na titulação, habilitação e na
avaliação do desempenho; condições adequadas de trabalho.

2.6 Legislação Previdenciária

Acidente de trabalho – tudo que acontece no exercício da função, dentro ou


fora da escola, incluindo o percurso de casa para a escola ou vice-versa. O acidente
deve ser comunicado ao INSS pela escola, em 24 horas, através do CAT. Se o
acidente acontecer no trajeto é importante adquirir documento que comprove o
ocorrido.
Aposentadoria do profissional da Educação básica - Professores podem se
aposentar com 25 anos (mulheres) e 30 anos (homens) de efetivo exercício em sala
de aula, não é permitido contar tempo em outra atividade. Outra exigência é que o
registro seja de professor, não de monitor, auxiliar etc.

3.ITENS A SEREM OBSERVADOS NA ESCOLA INFANTIL

Para entender melhor o funcionamento das escolas infantis, segue abaixo


uma sequência de informações importantes, tais como diferença entre creche,
escola infantil e hotelzinho; itens necessários para se abrir uma escola infantil ou
creche; orientação da vigilância sanitária; orientação de combate a incêndio;
segurança do trabalho.

3.1 Diferenças da terminologia entre: creche, escola infantil e hotelzinho.

Creche – frequentam crianças de 0 a 3 anos, mantido financeiramente pela


Prefeitura ou Estado e a permanência da criança pode variar de meio período ou
integral.
21

Escola Infantil (nesse caso, a Fábula) – frequentam crianças de 0 a 5 anos,


mantido financeiramente pelos pais ou parentes (particular), permanência da criança
podendo variar de parcial, semi-integral e integral.

Hotelzinho – frequentam crianças de zero ano a idades variadas. Algo


temporário, podendo variar de algumas horas e/ou alguns dias da semana,
geralmente porque os pais não têm com quem deixar os seus filhos e acabam
optando por esse serviço. É pago somente o tempo de permanência da criança no
local.

Ás escolas infantis cabiam às funções de proteção, amparo e guarda das


crianças filhas de mães trabalhadoras, em regime semi-integral, que ao
acolherem a criança – afastando-as da rua, do trabalho servil, contribuindo
para a diminuição da taxa de mortalidade infantil – visavam,
primordialmente, beneficiar as populações mais carentes e a sociedade em
geral.
A função de monitora é essencial no seio da Educação Infantil. É ela quem
passa mais tempo com a criança. Ela deve estimular o bem-estar e a
autonomia da criança no respeito da sua pessoa e da sua história. Seria
bom que ela estivesse alegre e que gostasse de brincar! (VALCANAIA,
2010, p. 9-10).

3.2 Itens necessários para se abrir uma creche

Segundo o Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação


Fundamental, Departamento de Política da Educação Fundamental e Coordenação-
Geral de Educação Infantil (Brasília, maio de 1998).
São necessários:
a) Registro
Registro na Junta Comercial, na Receita Federal (Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica – CNPJ), Secretaria da Fazenda (contribuinte do ICMS), inscrição
na Prefeitura Municipal.

b) Autorização de funcionamento
O mantenedor1 deverá solicitar autorização para o início de suas atividades à
Delegacia Municipal de Ensino antes de iniciar as atividades, atendendo algumas

1 Mantenedor: é a pessoa física ou jurídica, responsável pelas informações prestadas aos órgãos da educação, bem
como ao fiel cumprimento das respectivas atribuições.
22

exigências, tais como apresentar plano de educação constando objetivos, direitos e


deveres, propostas pedagógicas, composição de pessoal; Relatório contendo prova
de habilitação profissional, condições do prédio, alvará de funcionamento, espaço
para atividades infantis, condições de higiene e segurança etc.
O pedido de autorização de funcionamento de Educação Infantil deve ser
encaminhado à Secretaria Municipal de Educação.
Para obtenção da licença de funcionamento devem-se observar algumas
exigências com relação ao imóvel, entre as quais planta aprovada pela prefeitura. A
edificação da escola deve atender as exigências mínimas de conforto, higiene,
segurança, iluminação e ventilação dos ambientes, em conformidade com as
disposições da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

c) Vistoria do Corpo de Bombeiro


Atendendo aos convênios com os municípios, toda edificação no Estado de
São Paulo só consegue o “Habite-se” da Prefeitura local, se possuir a aprovação do
Corpo de Bombeiros.

d) Espaço Físico
É necessária a observância de exigências legais e/ou técnicas quanto às
dependências administrativas e de apoio, bem como às salas de atividades, de
repouso, de higienização e de alimentação das crianças. Deve haver adequação do
espaço físico à faixa etária quanto ao tamanho, mobiliário e equipamentos,
ventilação, visão para o ambiente externo, som e iluminação dos aposentos. Os
espaços organizados para atividades, amamentação, preparo de alimentos, limpeza
das roupas e dos brinquedos e demais objetos usados pelas crianças devem dispor
de boas condições de segurança e higiene. Os sanitários devem existir em número
suficiente e ser próprios para o uso exclusivo de crianças.

e) Uma proposta pedagógica


Deve integrar educação e cuidado e explicitar quais os objetivos prioritários de
trabalho, as atividades propostas e seu planejamento, as formas de registro,
acompanhamento e avaliação dos progressos infantis. Envolvem variadas
atividades, particularmente brincadeiras, com diferentes materiais (jogos, papel,
23

tintas, argila, livros infantis, aparelhos de som e imagem, além de outros recursos) e
em espaços físicos adequados ao favorecimento de interações.

f) Formação dos Profissionais


Tem direito a lecionar na Educação Infantil:
Os portadores de Licenciatura em Pedagogia com aprofundamento específico
em Educação Infantil;
Os portadores de diploma de Habilitação Específica para o Magistério (HEM) e
de curso normal de nível médio.
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Infantil, será feita
em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação.

g) Número de professores por criança


O número de crianças sob a responsabilidade de cada professor deve ser
proposto considerando as faixas etárias e das tarefas a serem realizadas, podendo
existir profissionais auxiliares. É aconselhável até os doze meses cada professor ter
sob sua responsabilidade no máximo seis crianças; até oito crianças dos doze aos
vinte e quatro meses; dez crianças de dois a três anos; quinze crianças de três a
quatro anos; vinte crianças de quatro a cinco anos; vinte e cinco crianças de cinco
anos em diante.

h) Regimento Escolar
É o documento legal que dá respaldo e garante a exequibilidade da Proposta
Pedagógica da Instituição.

3.3 Vigilância Sanitária

Segundo cartilha da Vigilância Sanitária elaborada pela Prefeitura de Belo


Horizonte em 2013 juntamente com o SUS, seguem os itens observados e
necessários para o bom funcionamento da escola infantil:
a) Documentos solicitados
Alvará de Localização e Funcionamento;
Alvará de Autorização Sanitária;
24

Caderneta de Inspeção Sanitária autenticada pela Vigilância, quando houver


manipulação de alimentos;
Autorização de Funcionamento da Secretaria Municipal de Educação;
Pastas individuais contendo ficha de matrícula, cópia do cartão de vacinas;
Ficha contendo informações sobre a saúde da criança e outros;
Laudo técnico de segurança emitido pelo Corpo de Bombeiros.

b) Estrutura Física
O estabelecimento deve apresentar boas condições de limpeza e conservação
geral e ainda:
Piso impermeável, antiderrapante e de fácil limpeza;
Paredes e tetos impermeáveis, de fácil limpeza e livres de infiltrações e mofo;
Boa iluminação, ser bem ventilado e ter locais para banhos de sol das crianças;
Áreas cobertas e descobertas para recreio;
Instalações elétricas embutidas ou protegidas;
Recinto ou armário para a guarda de material de limpeza utilizado na
instituição, fora do alcance das crianças;
Janelas e aberturas com grades, redes ou outra condição que ofereça
segurança às crianças;
Áreas internas e externas do estabelecimento livres de objetos e equipamentos
em desuso;
Sistema de abastecimento de água ligado à rede pública e os reservatórios de
água bem conservados e mantidos tampados;
Instalações sanitárias, obrigatoriamente, separadas para crianças e adultos;
As instalações infantis deverão ser separadas por sexo, contendo vasos e pias
com altura adaptada para a Educação Infantil. As pias devem ter água corrente e
estar abastecidas com sabão líquido e papel-toalha descartáveis. Os vasos
sanitários e as lixeiras devem ter tampas. As lixeiras com tampa devem possuir
sacos plásticos e as tampas devem ser acionadas por pedal. A descarga deverá
estar em perfeito funcionamento e os ralos deverão possuir sistema de fechamento;
No caso de haver lavanderia, possuir compartimento fechado para armazenar
roupa suja, áreas separadas para lavar, secar, passar e armários com porta para
armazenar a roupa limpa. Os ralos internos deverão possuir sistema de fechamento
e os externos, telas milimétricas.
25

As portas de cômodos onde houver atividade com crianças não devem possuir
chaves e/ou trincos;
Os móveis, equipamentos e brinquedos não devem possuir quinas ou estas
devem ser protegidas com silicone ou outro material com esta finalidade;
As tomadas devem possuir tampas de proteção para evitar acidentes com as
crianças;
As portas com vidros devem ser evitadas, mas havendo uso deste material ele
deve ser do tipo não estilhaçável e quando transparente deve ser sinalizado para
evitar acidentes, tais como o impacto de uma criança ou adulto contra o vidro.

c) Berçário
Deve existir bancada alta para a troca de roupas e fraldas, tendo ao lado
lixeiras revestidas de saco plástico com tampa acionadas por pedais, bem como pias
com água corrente, sabão líquido e papel-toalha. É imprescindível a higienização
das mãos antes e após a troca de fraldas;
Deverá possuir área mínima que permita a livre circulação entre os berços; o
espaço entre berços deverá ser idealmente de um metro, no mínimo 50 cm, e entre
estes e as paredes, no mínimo 50 cm;
Podem acomodar, em um mesmo recinto, no máximo, 15 (quinze) crianças da
faixa etária estabelecida, respeitando o espaçamento mínimo entre os berços;
Cada berço deve destinar-se ao uso de uma única criança por vez;
As janelas e sala de repouso devem ter telas milimétricas à prova de insetos,
instaladas de forma a permitir a fácil retirada para limpeza.

d) Cozinha, Lactário e Refeitório


As janelas da lavanderia, cozinha e lactário devem ter telas milimétricas à
prova de insetos, instaladas de forma a permitir a fácil retirada para limpeza;
Todas as pias devem possuir sifão;
As pias e lavabos devem possuir sabonete líquido inodoro antisséptico ou
produto antisséptico e toalha de papel não reciclado;
As mesas de manipulação devem ser constituídas somente de pés e tampos,
sendo estes tampos constituídos de material liso e impermeável;
26

O acabamento das áreas físicas do lactário, cozinha, refeitório e dispensa deve


ser isento de frestas, saliências, cantos e aberturas que possam abrigar insetos,
roedores e sujeiras;
O vasilhame para preparo, uso e transporte de alimentos deve ser de material
inócuo, inatacável e sem ranhuras ou fragmentações;
Devem possuir equipamentos de congelamento e/ou refrigeração em número
compatível ao volume de alimentos e serem mantidos em perfeito estado de
conservação e funcionamento;
Devem possuir armários com portas, construídos com material liso e
impermeável;
Devem possuir fogão com coifa e exaustor;
A superfície dos equipamentos, móveis e utensílios deve ser lisa, impermeável
e lavável;
Os bebedouros devem ser lavados diariamente com água e sabão e
desinfetados com solução de hipoclorito de sódio a 1% ou álcool 70% ou, ainda,
conforme indicação do fabricante;
Devem possuir local exclusivo destinado à limpeza, preparo, esterilização,
guarda e distribuição das mamadeiras;
As mamadeiras devem ser devidamente identificadas e preparadas no
momento de serem servidas;
As mamadeiras que chegam prontas da casa da criança devem ser recebidas e
imediatamente armazenadas no refrigerador, com protetor para bico;
Deve possuir Procedimento Operacional Padrão para limpeza das instalações,
dos utensílios e equipamentos e para acondicionamento dos alimentos;
O refeitório deve possuir área mínima de 1,2m² por criança e comunicação
direta com a cozinha.

e) Administração de Medicamento
A medicação deve ser feita somente com apresentação da receita médica
atualizada ou de sua cópia, constando na embalagem do medicamento o nome da
criança, a dose e horário;
Os medicamentos devem ser armazenados em local seguro, devidamente
identificados e mantidos fora do alcance das crianças.
27

f) Limpeza
São recomendadas as seguintes normas de conduta e higiene:
Retirar todos os adornos pessoais;
Vestir uniforme próprio e limpo;
Manter os cabelos presos;
Usar calçados limpos e fechados;
Usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI), quando recomendado, tais
como luvas, botas, máscaras etc.;
Higienizar as mãos após procedimento de limpeza, após utilizar o banheiro, ao
tossir, ao assuar o nariz, ao terminar o dia de trabalho e sempre que necessário.

Obs.: Ao término das atividades, todo material usado na limpeza e desinfecção


(baldes, panos etc.) e EPI (luvas de segurança, óculos etc.) passível de reutilização
devem ser higienizados e guardados em local apropriado.

g) Controle de vetores
São cuidados com o ambiente para evitar o aparecimento de vetores (baratas,
formigas, mosquitos, ratos etc.).
Manter lixeiras com saco plástico e tampa em todos os setores, sempre
fechadas;
Manter vedadas as caixas de esgoto e ralos sifonados;
Telar as grelhas de água pluvial;
Recolher o lixo regularmente;
Evitar alimentar-se fora do refeitório;
Dar ao lixo o destino adequado;
Evitar frestas nas paredes e tetos, azulejos soltos e quebrados, que permitam a
entrada de insetos;
Manter a área externa sempre limpa e isenta de acúmulo de lixo, entulhos e
água;
Manter a área de acondicionamento do lixo sempre limpa, com janelas teladas
e manter portas fechadas;
Fiscalizar cuidadosamente todas as mercadorias que entram no
estabelecimento, pois suas embalagens podem trazer insetos e roedores
escondidos;
28

Proteger alimentos para impedir o acesso de moscas;


Armazenar adequadamente os produtos alimentícios sobre estrados laváveis e
distanciados da parede;
Manter sempre um bom nível de limpeza e higiene;
Manter contato com firma especializada em desinsetização e que possua
Alvará de Autorização Sanitária vigente.

3.4 Orientações de Combate a Incêndio

Segundo o Manual de Orientação à Prevenção e ao combate a Incêndio nas


Escolas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo de 2007, seguem
orientações:
Só consegue o “Habite-se” da Prefeitura local, se possuir a aprovação do
Corpo de Bombeiros. Esta aprovação é baseada na análise prévia do projeto do
edifício, onde são exigidos níveis mínimos de segurança, previsão de proteção
contra incêndio da estrutura, rotas de fuga, equipamentos de combate a princípio de
incêndio, equipamentos de alarme e detecção de incêndio e sinalizações que
orientem a localização dos equipamentos e rotas de fuga.
As medidas de prevenção e de proteção contra incêndio podem ser divididas
em duas categorias: medidas de proteção passiva e ativa.

a) Proteção Passiva
As medidas de proteção passiva são aquelas incorporadas, desde o projeto, ao
sistema construtivo e que reagem passivamente ao desenvolvimento do incêndio, de
modo a não contribuírem com o crescimento e propagação do mesmo. Facilitam a
fuga dos usuários do edifício e permitem o ingresso de pessoal treinado para as
operações de combate e resgate. São exemplos o revestimento estrutural, a porta
corta-fogo, as paredes corta-fogo, verniz anti-chamas, saída de emergência.

b) Proteção Ativa
Já as medidas de proteção ativa são aquelas que entram em ação quando
acionadas automaticamente e/ou manualmente. A essas estão vinculados
equipamentos e sistemas:
Equipamentos portáteis (extintores);
29

Chuveiros automáticos;
Sistema de hidrantes e mangotinhos;
Sistema de detecção e alarme de incêndio;
Sistema de iluminação de emergência;
Sinalização de emergência.

c) Plano de Emergência
Um Plano de Emergência é fundamental, consiste na elaboração de
procedimentos a serem organizados previamente e postos em prática em uma
situação de emergência.
São ações do plano de emergência:
Eleger uma equipe de brigada de incêndio;
Eleger um grupo de apoio (evacuação, comunicação);
Demarcar previamente a rota de fuga para saída;
Nomear um responsável para o desbloqueio das passagens, no caso de haver
grades ou portas que estejam nas rotas de fuga;
Nomear um responsável para alertar aos ocupantes de todas as áreas da
escola da ocorrência do incêndio, independentemente da ação do alarme de
incêndio;
Demarcar previamente um ponto de encontro;
Demarcar previamente o local de entrada das viaturas de socorro.

d) Brigada
A brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não,
treinadas e capacitadas para atuarem na prevenção, abandono da edificação,
combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros.
Uma empresa especializada deverá ser contratada para aplicar o curso e
fornecer atestado de formação de brigada de incêndio e certificado aos alunos
participantes.
A periodicidade do treinamento deve ser de 12 meses ou quando houver
alteração de 50% dos membros da brigada. Aos componentes da brigada que já
tiverem frequentado o curso anterior será facultada a parte teórica, desde que o
brigadista seja aprovado em pré-avaliação com 70% de aproveitamento.
30

O brigadista deve utilizar constantemente, em lugar visível, algo que o


identifique, como: crachá, braçadeira, colete, facilitando em caso de simulação ou
emergência real.

e) As rotas de fuga
As rotas de fuga são os caminhos a serem percorridos para se chegar às
saídas de emergência. Devem estar sinalizadas e possuir iluminação de emergência
adequada e em perfeito funcionamento.

f) Obrigações da Direção da Escola


A direção da escola deve administrar e garantir a capacitação das pessoas que
farão parte da brigada de incêndio, participarão do plano de emergência e das
demais ações relacionadas à prevenção e ao combate a incêndio. Deve ainda,
inspecionar regularmente o bom funcionamento dos equipamentos de combate a
incêndio. No caso de manutenção, deverá ser realizada por empresa habilitada a
reparar o equipamento. É imprescindível que a escola mantenha um histórico das
intervenções de manutenção.

3.5 Segurança do Trabalho

Segurança do Trabalho é a ciência que atua na prevenção dos acidentes do


trabalho decorrentes dos fatores de riscos operacionais. Sob o ponto de
vista legal, acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária da
capacidade para o trabalho. Do ponto de vista previdencialista engloba
também os quase-acidentes e os acidentes que não provocam lesões, mas
perda de tempo ou danos materiais (SALIBA, 2011, p23).

Existem inúmeras situações de risco passíveis de provocar acidentes do


trabalho, logo, a análise de fatores de risco em todas as tarefas e nas operações do
processo é fundamental para a prevenção.

a) Riscos Ocupacionais
Os riscos ocupacionais ocorrem devido às condições muitas vezes precárias
do ambiente ou do processo operacional das diversas atividades profissionais. As
31

condições ambientais do trabalho são capazes de afetar a saúde, a segurança e o


bem-estar do trabalhador e podem causar doenças profissionais ou ocupacionais. As
condições ambientes precárias relativas ao processo operacional são chamadas de
riscos de acidente.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT-1998) definiu Higiene
Ocupacional como a ciência e a arte dedicada à antecipação, ao reconhecimento, à
avaliação e ao controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, visando à preservação da saúde e da integridade física dos
trabalhadores.

b) Higiene do Trabalho
A Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional são as medidas preventivas
adotadas com a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais.

c) Riscos a serem pesquisados


A princípio entende-se que os riscos ocupacionais pesquisados serão:
Agentes biológicos (NR 15, Anexo 14) - estão presentes em muitos setores,
mas, como raramente são visíveis, os riscos que comportam nem sempre são
considerados. Entre estes agentes contam-se as bactérias, os vírus, os fungos
(leveduras e bolores) e os parasitas.
Agentes físicos - são as diversas formas de energia a que possam estar
expostas os trabalhadores. São os riscos gerados pelos agentes que têm
capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente. Alguns
exemplos são ruídos (que podem gerar danos ao aparelho auditivo, como a surdez,
além de outras complicações sistêmicas), iluminação (que pode provocar lesões
oculares), calor, vibrações.

Agentes químicos (NR 15, Anexo 13) - são agentes causadores em potencial
de doenças profissionais devido a sua ação química sobre o organismo do
trabalhador. Os agentes químicos tendem a se expandir no ar e atingir as vias
respiratórias dos trabalhadores. Estes agentes após serem inalados, podem ser
absorvidos, atingir a circulação sanguínea e provocar danos à saúde. A absorção
digestiva pode resultar da ingestão de resíduos de produtos químicos presentes nas
mãos e unhas sujas, da alimentação no local de trabalho e de ingestão acidental. A
32

pele pode ser a porta de entrada de agentes químicos no estado líquido pelo contato
direto ou pelo uso de roupas impregnadas por resíduos químicos.
Riscos de acidentes - são todos os fatores que colocam em perigo o
trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como
riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos
sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou
explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.
Riscos ergonômicos (NR 17) – cuida da adaptação das condições de trabalho
às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar o
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Também serão observados através de check list os seguintes itens:
Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI, NR 06) – é todo dispositivo ou
produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde dos trabalhadores. É uma importante
medida de prevenção de acidentes e doenças de trabalho.
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO, NR 07) – tem
como objetivo a promoção e preservação da saúde do s trabalhadores. Tem caráter
de prevenção, mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos à saúde, além da
constatação dos casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis.
Edificações (NR 08) – define os parâmetros para as edificações, busca
estabelecer condições de segurança e conforto nos locais de trabalho.
Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais (PPRA, NR 09) – esse
programa é restrito ao reconhecimento, à avaliação e ao controle dos agentes
físicos, químicos e biológicos. Tem revisão anual com estabelecimento de metas,
prioridades e cronograma.
Proteção contra incêndio (NR 23) – as empresas devem possuir proteção
contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em serviço e/ou público; pessoal
treinado e equipamentos.
Condições Sanitárias e de conforto nos locais de trabalho (NR 24) – todo
estabelecimento deve atender as denominações desta norma. Ela busca adequar
banheiros, vestiários, refeitórios, alojamentos e outras questões de conforto.
Sinalização de Segurança (NR 26) - determina as cores e serem observadas
na segurança do trabalho como forma de prevenção evitando a distração, confusão
33

e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e locais


perigosos.

4.METODOLOGIA

Metodologia é o estudo dos métodos. As etapas a seguir num determinado


processo é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto
de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda
ação desenvolvida do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, dos
instrumentos utilizados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de
pesquisa.
A metodologia consiste em uma meditação em relação aos métodos lógicos e
científicos. Inicialmente, a metodologia era descrita como parte integrante da lógica
que se focava nas diversas modalidades de pensamento e a sua aplicação.

4.1 Local da Pesquisa

Escola de Educação Infantil Fábula fica situada na Rua Urbano Alves de


Souza Pereira, 203 Jardim Santa Clara - Taubaté-SP, próximo à Associação dos
Funcionários Municipais de Taubaté, conhecido como clube da Baia.

4.2 Tipo de Pesquisa

A pesquisa consiste de levantamento e análise dos riscos presentes nos


ambientes de trabalho da escola infantil, por meio de avaliação qualitativa, pois a
identificação e classificação dos riscos ocupacionais passam pela subjetividade da
pesquisadora que realiza a referida análise.

4.3 Análise de Risco

É o processo que mede os riscos para a segurança e saúde dos


trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É uma análise sistemática
de todos os aspectos relacionados com o trabalho, que identifica:
34

Aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos;


A possibilidade dos perigos serem eliminados, ou;
Medidas de prevenção, proteção que existem, ou deveriam existir, para
controlar os riscos.

A análise e identificação de riscos constituem em um dos princípios de


prevenção consagrados no artigo 272.º da Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto,
que aprovou o Código do Trabalho, devendo o empregador proceder à
identificação e avaliação dos riscos previsíveis quando da concepção das
instalações, locais e processos de trabalho, bem como no decurso da
atividade da empresa, estabelecimento ou serviço. (VALCANAIA, 2010, p.
18).

4.4 Métodos Qualitativos

Os métodos qualitativos descrevem ou esquematizam os pontos perigosos de


um posto de trabalho bem como as medidas de segurança disponíveis, sejam estas
preventivas ou corretivas.
“O nível de segurança é normalmente determinado em função da
conformidade da instalação dos processos e dos procedimentos com as
normas e regulamentos de segurança aplicáveis. Como exemplo de método
qualitativo tem o check-list (listas de verificação).” (VALCANIA 2010, p.19).

4.5 Técnicas e Procedimentos

Os dados foram coletados em pesquisa de campo, visita técnica, onde foi


observado o ambiente de trabalho com utilização de um check-list (lista de
verificação) e obtenção de relato dos funcionários. A aplicação desse check-list
facilitou na identificação das condições do ambiente de trabalho relativas à
temperatura, ventilação, ruído, iluminação, mobiliário, layout do mobiliário,
instalações elétricas e sanitárias, riscos de acidentes, riscos biológicos, riscos
ergonômicos, riscos físicos e químicos.
35

4.6 Coleta de Dados

Tabela 1: Quantidade de Crianças por Profissionais

Quantidade
Turma Quantidade de profissionais
de crianças
1 professora.
NIDO - bebês de 4 meses a 1
15 4 estagiárias de pedagogia.
ano
1 auxiliar.
1 professora.
NIDO I – 1 ano e 1 mês a 1 ano 1 estagiária de pedagogia.
14
e 5 meses 2 auxiliares (1 com superior em
pedagogia).
NIDO II – 1 ano e 6 meses a 2 1 professora.
17
anos e 5 meses 2 estagiárias de pedagogia.
Infantil I - 2 anos e 6 meses a 3 1 professora.
17
anos e 5 meses 1 estagiária de pedagogia.
Infantil II – 3 anos e 6 meses a 4 1 professora.
14
anos e 5 meses 1 estagiária de pedagogia.
Infantil III – 4 anos e 6 meses a 1 professora.
7
5 anos e 5 meses 1 estagiária de pedagogia.

Obs.: A idade para as turmas é no momento de matrícula;


Foi utilizada a quantidade máxima de cada turma de crianças,
lembrando que a escola trabalha com três horários de permanência das crianças:
Parcial (4h), Semi-Integral (6h) e Integral (até 10h).
36

Check List
Quesitos a serem observados Sim Não

Possui Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros? X

Possui Alvará da Vigilância Sanitária? X

Possui PCMSO conforme NR07? X

Possui PPRA conforme NR 09? X

Edificações (NR 08) e Condições Sanitárias e de Conforto (NR 24)

O piso é impermeável, antiderrapante e de fácil limpeza? X

As paredes e tetos estão livres de infiltrações e mofo? X

As salas possuem boa iluminação? X

As salas possuem boa ventilação? X

A cozinha possui boa iluminação? X

A cozinha possui boa ventilação? X

Os profissionais possuem armário para guardar material pessoal? X

As áreas internas e externas estão livres de objetos e equipamentos


X
em desuso?

O sistema de abastecimento de água está ligado à rede pública? X

As instalações sanitárias são separadas para adultos e crianças? X

Os sanitários em geral possuem sabão líquido e papel-toalha


X
descartáveis?

Nos sanitários em geral as lixeiras são tampadas, acionadas por pedal


X
e possuem sacos plásticos?

Existem portas com vidros? X

Se sim, elas possuem algum tipo de adesivo para facilitar a


X
visualização?

Atividades e operações Insalubres (NR15)

O profissional responsável pela limpeza possui uniforme? X

O profissional responsável pela limpeza faz uso de calçado fechado X


37

O profissional responsável pela limpeza faz uso de luvas quando


X
manuseia produtos químicos, como água sanitária?

O profissional responsável pela limpeza utiliza luvas ao lavar os


X
sanitários?

Os profissionais responsáveis pelas trocas de fraldas (auxiliares)


X
utilizam luvas?

Na cozinha, os profissionais fazem uso de EPIs? X

Na cozinha os profissionais possuem POP para limpeza dos utensílios


X
e equipamentos e acondicionamento dos alimentos?

Ergonomia (NR 17)

A bancada para troca de roupas e fraldas é alta? X

A bancada da cozinha é alta, de material liso e impermeável? X

No setor administrativo, o mobiliário do computador está adequado ao


X
profissional?

Há transporte manual de cargas no local? X

Proteção contra incêndio (NR 23) e Sinalização de Segurança (NR 26)

A instalação de gás na cozinha está correta? X

As instalações elétricas estão adequadas (identificadas - Voltagem,


X
com tampão nos lugares de acesso das crianças)?

Possuem extintores no local? X

Os extintores estão adequados (sinalizados, com pressão, na data de


X
validade, visíveis e de fácil acesso)?

Possui iluminação de emergência? X

A escola possui sinalização em geral (identificação das salas,


X
banheiros – adulto e infantil, refeitório, cozinha, saída de emergência)?

A escola possui plano de fuga? X

Os funcionários possuem algum treinamento em caso de emergência? X


38

4.7 Resultados

Os resultados obtidos foram muito satisfatórios e em visita técnica foram


observadas diferentes rotinas:
Professores – Ministram e preparam aulas; elaboram projetos pedagógicos;
planejam ações didáticas e avaliam o desempenho dos alunos; planejam o curso de
acordo com as diretrizes educacionais. Atuam em reuniões pedagógicas; organizam
eventos e atividades sociais, culturais e pedagógicas. Para o desenvolvimento das
atividades utilizam constantemente capacidades de comunicação.
Estagiárias e Auxiliares – ensinam e cuidam dos alunos; orientam a
construção do conhecimento. Preparam material pedagógico; organizam o trabalho.
No desenvolvimento das atividades, mobilizam um conjunto de capacidades
comunicativas.
Cozinheira – prepara alimentos e cozinha produtos alimentícios utilizando
processos diversos. Trabalha em conformidade com os procedimentos elaborados
pela nutricionista e normas de qualidade, segurança, higiene, saúde e preservação
ambiental.
Auxiliar de Cozinha – auxilia no preparo das refeições, executa a limpeza dos
utensílios e prepara mamadeiras.
Serviços gerais – realiza limpeza em geral, tanto interna (salas: de leitura, de
movimento, de TV, de arte, e outras; banheiros tanto dos adultos como das crianças;
setor administrativo) como externa (área livre, parque).
Auxiliar administrativa – executa serviço de apoio nas áreas de administração,
finanças e logística; atende fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo
informações sobre produtos e serviços; trata de documentos variados, cumpre todo
o procedimento necessário referente aos mesmos. Atendimento telefônico,
atendimento ao público.
Diretoria – planeja e avalia atividades educacionais; coordena atividades
administrativas e pedagógicas; gerencia recursos financeiros; participa do
planejamento estratégico da instituição, interage com a comunidade e com o setor
público.
Não foram identificadas outras doenças ocupacionais importantes como as
dermatoses (doenças de pele), as alergias, a bronquite em trabalhadores sensíveis
que estão diretamente relacionados com o trabalho e podem ser classificados como
39

doença profissional (quando o nexo entre a moléstia e o trabalho for estabelecido


pelo médico), a disfonia ocupacional, que é uma doença que causa distúrbios da voz
devido ao seu uso contínuo e inadequado, o DORT (Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho) ocasionado por repetitividade dos movimentos, posturas
estáticas por tempo prolongado e as condições do ambiente de trabalho, além das
bursites que são doenças que afetam os membros superiores e a coluna, tendinites
e as alterações posturais.

Ergonomia no setor administrativo

As bordas de contato ao usuário não devem possuir quinas vivas;


Formato de superfície deve proporcionar apoio total de antebraço,
possibilitando perfeita adequação ao usuário;
Figura 1: Sentar Ergonômico

Fonte: Site Madeirense2

Cadeiras e Poltronas – devem oferecer regulagens que permitam a adaptação


aos usuários e que induzam à postura correta:
a) Regulagem para altura de assento - permite angulação correta dos
joelhos, sem pressionar a musculatura superior da coxa, proporcionando conforto
e bem-estar.

2 Disponível em: http://www.madeirense.com.br/ergonomia.html Acesso em ago. 2014.


40

b) Regulagem para altura do encosto – permite adaptação perfeita das


costas à cadeira para os diferentes biótipos de usuários.
c) Regulagem para inclinação de encosto – impede a imobilidade postural,
prejudicial aos discos intervertebrais.
d) Mecanismos para regulagem de altura e inclinação do encosto - para se
adaptar às diferentes estaturas de usuários.
e) Encosto com forma para adaptação da lombar – ao “abraçar” as costas,
alivia a pressão sobre os discos intervertebrais.
f) Giratória – impede torções excessivas do tronco ao sentar ou levantar.
g) Rodízios – torna fácil o manuseio da cadeira para sentar, levantar ou
transportá-la, evitando esforço desnecessário.
h) Espessura e densidade de espuma – densidade da espuma entre 40 e 60
kg/cm², para proporcionar conforto e evitar desgaste antecipado.
i) Revestimento de material que permite a respiração – as matérias primas
utilizadas na forração das cadeiras devem permitir a transpiração leve.

4.8 Sugestões propostas

a) Melhorar a ventilação da cozinha – constitui medida bastante aplicada no


controle dos riscos ocupacionais e conforto nos ambientes de trabalho. A ventilação
local exaustora influi no conforto térmico, retirando do ambiente uma parcela de calor
gerado pela fonte quente e contribui para o controle de poluentes (poeira, gases,
fumos etc.).
b) Uniformizar profissional da limpeza.
c) Instalar cortina Black-light ou persiana na janela evitando iluminação
direta e excessiva na tela do computador causando problemas oculares ao
profissional do setor administrativo (recepção).
d) Corrigir mobiliário, trocar a cadeira da auxiliar administrativa conforme
explicado anteriormente (em caso de dúvidas, visitar o site da FDE
http://catalogotecnico.fde.sp.gov.br/meu_site/index.html).
e) Adequar a instalação de gás da cozinha alterando os itens a seguir ou
trocando todo o sistema de abastecimento por gás natural embutido.
 mangueira deve ser do tipo metálica flexível;
 o armazenamento do GLP deve ser em cilindro (não utilizar “botijão” P13);
41

 identificar a central de gás quanto ao uso de produto inflamável;


 a central de gás deve ser livre de objetos e os recipientes;
 a central deve ser em área que permita circulação de ar, com
distanciamentos de 1,5m de ralos e 3,0m de fontes de ignição, entre outros;
 a alvenaria de proteção deve ter as paredes mais resistentes que o teto;
 deve possuir grade para evitar acesso de pessoas não autorizadas;
f) Identificar as tomadas quanto suas respectivas voltagens (110V ou 220V),
utilizar tampa de proteção quando estiver no alcance das crianças.
g) Desobstruir extintor de incêndio colocando em local visível e de fácil
acesso (setor administrativo), observar sua validade (vencidos).
h) Instalar luzes de emergência acima das portas em lugares como
banheiros, cozinha, saída de emergência (recepção), corredor, salas externas.
i) Identificar todos os setores da escola (sala de movimento, sala de TV,
sala de leitura, sala de arte, banheiro infantil, banheiro adulto, cozinha, refeitório,
parque, área de limpeza, recepção etc.)
j) Elaborar e treinar os funcionários quanto à rota de fuga em caso de
emergência.
k) Elaborar documento de distribuição ou fornecimento de EPIs, com data da
entrega, nome do funcionário, RG, descrição do equipamento, número do CA e
assinatura do funcionário.
l) Elaborar documento de treinamento da utilização correta quanto ao uso
de EPI.

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da avaliação realizada durante visita técnica também foram


observados se os profissionais possuíam alguns tipos de doenças ocupacionais
como: disfonia - doença que causa distúrbio na voz, dermatite – reações alérgicas
na pele, LER/DORT – lesões por esforço repetitivo e doença ocupacional
relacionada ao trabalho e ergonomia – maus hábitos posturais.
Após identificar os riscos ocupacionais dos profissionais da Educação Infantil
na escola Fábula foram sugeridas melhorias para atenuar e controlar esses riscos.
42

6.REFERÊNCIAS

ANHANGUERA EDUCACIONAL. Manual para Elaboração de Trabalhos


Acadêmicos. Disponível em:
<http://www.unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/normas_bibliograficas/ind
ex.html>. Acesso em: 09 mar. 2013.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –


LDB. Brasília, maio de 2014.

DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011, disponível em:


http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/credenciamento/downloads/Decreto_Estadual
_56819.pdf. Acesso em 26 de ago. 2014

Educação Infantil. Subsídios para credenciamento e funcionamento de


Instituições de Educação Infantil. Brasília, maio de 1998.

FDE. Manual de Orientação e à Prevenção e ao Combate ao Incêndio nas


Escolas. São Paulo, 2009.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, disponível em:


http://catalogotecnico.fde.sp.gov.br/meu_site/index.html. Acesso em: 18 de ago. de
2014.

GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à Pesquisa Científica. Campinas – SP:


Editora Alínea, 2007.

GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São


Paulo – SP: Editora LTr, 2008.

LEAL, Kátia Minatto; DIAS, Luciana Pereira. Manual para Elaboração de


Trabalhos Acadêmicos. 2008. 62f. Tese de Graduação – Fundação Escola
Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Porto Alegre 2008.

LEI 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977 - Altera o Capítulo V do Titulo II da


Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do
trabalho e dão outras providências, disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm. Acesso em 02 de set. de 2014.

Madeirense, disponível em: http://www.madeirense.com.br/ergonomia.html. Acesso


em 26 de ago. de 2014.

Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental,


Departamento de Política da Educação Fundamental, Coordenação-geral de
SALIBA, Tuffi Messias. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. São
Paulo: LTr, 2011.

Ministério do Trabalho e Emprego. CBO – Classificação Brasileira de Ocupações.


Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTitulo.jsf
Acesso em 07 de out. de 2014.
43

Previdência Social, disponível em: http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-


cidadao/todos-os-servicos/. Acesso em 03 de set. de 2014.

PORTARIA Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978, Aprova as Normas


Regulamentadoras – NRs, disponível em:
http://www.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf. Acesso em 02 de set. de 2014.

SEBRAE. Comece Certo, Escola Infantil. 2ª edição. São Paulo: SEBRAE, 2010.

SUS. Prefeitura de Belo Horizonte. Orientações da Vigilância Sanitária para


Instituições de Educação Infantil. Belo Horizonte, 2013.

TRALDI Maria Cristina, DIAS Reinaldo. Monografia Passo a Passo. Campinas –


SP: Editora Alínea, 2011.

TST – Tribunal Superior do Trabalho, Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,


disponível em: http://www.tst.jus.br/web/70-anos-clt/historia. Acesso em 01 de set.
de 2014.

VALCANAIA, Isabel Cristina. Riscos Ocupacionais em Ambientes de Trabalho:


Estudo aplicado aos berçários de creches da rede pública de Cuiabá – MT.
2010. 61f. Tese de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho –
Universidade Federal de Mao Grosso, Cuiabá – MT, 2010.
44

7.ANEXOS

Figura 2: Croqui da Escola Infantil Fábula

Sala de Arte

Área
Berço
coberta Banheiro
NIDO
Infantil

Área de
Serviço

Área coberta

Sala de
Vídeo

Sala de Sanitário
linguagem Infantil

“Chafariz”
Masc . Fem .

Área coberta

Cozinha Sala de estímulo


do NIDO

Refeitório
Área coberta

Central Banheiro Adulto Banheiro infantil


de gás

Parque

Sala de Sala de
movimento Matemática

Área coberta

Recepção

Área coberta Areia


45

7.1 Fotos - Fonte: Elaborado pela autora

Área externa: Parque (piso antiderrapante, paredes limpas livre de infiltrações,


mofos e local livre de objetos em desuso).

Área Externa: (pisos antiderrapantes, livre de objetos em desuso, extintor


instalado e identificado corretamente, as portas das salas de aula em vidro são
sinalizadas com adesivos facilitando sua visualização).
46
Pia externa na altura das crianças,
com degraus emborrachados Falta identificação (Refeitório)

Salas com boa iluminação, boa ventilação, pisos antiderrapantes, paredes


limpas livres de infiltrações, mofo e utilização de quadro branco, evitando
dermatites.
47
Cozinha (uso adequado de EPIs, bem iluminada, faz uso de POP, porém, com
pouca ventilação, central do gás inadequado e com vários tipos de objetos).
48
Banheiros (todos possuem lixeira com tampa e acionamento no pedal,
sabonete líquido e papel-toalha).

NIDO (bancada para trocas de roupas e cuba para banho com altura
adequada, emborrachado no chão removível para higienização).

Banheiro infantil para banho (bancada para trocas de roupas e cuba para
banho com altura adequada, emborrachado no chão removível para
higienização e produtos das crianças de fácil acesso).

Uso de luvas nas trocas de fralda.


49

Para crianças maiores


é utilizado chuveiro

Banheiro e vestiário dos Adultos

Local para armazenamento de bolsa e objetos pessoais


50
Área de Serviço (local devidamente fechado, porém com a chave pendurada no
portão).

Recepção (cadeira para uso do computador inadequada, falta de cortina Black


light ou persiana ocasionando iluminação inadequada excessiva, fiação solta
no alcance dos pés, podendo ocasionar choque elétrico ou queda de
equipamento sobres os pés ou pernas, armário obstruindo extintor de
incêndio).

Tomadas em geral sem identificação (sem uso de proteção nas tomadas


baixas de acesso das crianças)

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