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A doença de Alzheimer (DA), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois

Alzheimer em 1907 é a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade,


cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em deficiência
progressiva e em uma eventual incapacitação. A doença de Alzheimer está associada
com “déficits” dos diversos neurotransmissores cerebrais, como a acetilcolina, a
noradrenalina e a serotonina. Porém, existem outros fatores a serem comprovados que
também podem estar associados a causa. De modo geral, o primeiro aspecto clínico a
ser notado é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são
preservadas até um certo ponto da doença. A doença afeta aproximadamente 10% dos
indivíduos com idade superior a 65 anos e 40% acima de 80 anos. Atualmente, não se
tem um sistema de diagnóstico e tratamento para DA.

Pouco a pouco, as funções cognitivas do cérebro das pessoas acometidas pela DA são
destruídas devido à atuação de uma proteína chamada “tau”. Ela se acumula formando
fortes barreiras que destroem as conexões cerebrais entre os neurônios e córtex, com
isso, o córtex encolhe. Essa proteína fosforila e, consequentemente, forma novelos
neurofibrilares (NFT) que acarretam a perda sináptica e neuronal. Outra precursora de
alteração acontece devido a beta-amiloide que em concentração muito maior que o
normal nos neurônios forma obstáculos na transmissão neuronal. Por trás desses
marcadores neuropatológicos se observa duas hipóteses:

Hipótese de cascata amiloidal: Nessa hipótese enfatiza-se o inicio da DA pela clivagem


proteolítica da proteína precursora amiloide (APP) que resulta na produção e agregação
da substância β-amilóide (Aβ) e placas senis.

Hipótese colinégica: A disfunção do sistema colinérgico é suficiente para produzir uma


deficiência de memória em modelos animais, a qual é semelhante à DA. O foco nessa
hipótese está na degeneração de neurônios colinérgicos e redução dos marcadores
colinérgicos.

Porém, o Dr. Karl Herrup, presidente do Departamento de Biologia Celular e


Neurociências da renomada Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, acredita que
o campo científico está estagnado em se tratando da DA, pois, de acordo com sua visão,
a ênfase deve ser dada ao valor das abordagens anti-inflamatórias para a prevenção da
doença de Alzheimer. Pois, de acordo com sua hipótese ele acredita que há três passos
básicos que são necessários para que um indivíduo progrida dessa situação natural
para o espectro completo dos sintomas clínicos de Alzheimer: uma lesão inicial,
provavelmente de origem vascular; uma resposta inflamatória, que é crônica e única
para a doença de Alzheimer; e uma alteração celular de estado, uma porta celular
biológica sem volta, que altera permanentemente a fisiologia dos neurônios e vários
outros tipos de células no cérebro. "A lesão inicial pode desencadear uma resposta
protetora nas células cerebrais," afirma ele. "Mas o problema real é que, no idoso, a
resposta não sabe quando parar. Ela continua mesmo após a própria lesão
desaparecer. No final, o dano real é feito pela persistência da resposta, e não pela lesão
em si”, afirma Herrup. Além dessas hipóteses, a DA ainda possui fator genético que é
considerado como preponderante na etiopatogenia da DA. Os pacientes afetados pela
doença de Alzheimer têm 50% de chance de ter filhos também afetados pela patologia.
Ainda há uma associação da DA com a sídrome de Down que levou à descoberta do
gene da DA no cromossomo 21.
Um das consequências da DA é a diminuição da liberação do hormônio acetilcolina,
um neurotransmissor fundamental para o funcionamento do cérebro. Os
medicamentos atualmente disponíveis para o tratamento da Doença de Alzheimer
agem primariamente de modo a impedir a degradação da acetilcolina (Ach), essas
substâncias são conhecidas como anticolinesterásicas. As substâncias
anticolinesterásicas atuam inibindo a enzima acetilcolinesterase, responsável pela
degradação da Ach, desse modo a quantidade de Ach será mantida em uma alta
concentração diminuindo assim os sintomas da DA, entretanto o medicamento pode
ser usado por apenas um curto período de tempo, algo entre seis meses a um ano.
Entre os anticolinesterasicos mais utilizados temos: Donepezila, Rivastigmina,
Galantamina e Tacrina.

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