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1. Entradas ou bandeiras
1.1. Entradas
1.1.1. Na costa leste, as campanhas geralmente oficiais de conhecimento da
terra e pesquisa de metais preciosos, especialmente do século XVI,
originárias de cidade litorâneas como Porto Seguro, Salvador e Olinda
em especial
1.1.2. Na costa norte, as expedições fluviais do século XVI que desbravaram
a Amazônia
1.2. Bandeira
1.2.1. Ações (geralmente privadas, segundo Filipe Figueiredo) de exploração
do sertão, que tiveram origem na Capitania de São Vicente,
1.3. Rotas principais/Cinco grandes ciclos
1.3.1. 1. Do Apresamento dos índios,
1.3.1.1. na Capitania de São Vicente, no Tape e no Itatim,
1.3.1.1.1. Zona meridional
1.3.2. 2. Do ouro de lavagem (Prospecção)
1.3.2.1. primeiro século,
1.3.2.2. SP E PR
1.3.2.2.1. Mais para o interior
1.3.3. Sertanismo de contrato
1.3.3.1. Assalariamento de paulistas para combater, em nome do
Governo, índios ou negros rebeldes em outras regiões do país
1.3.4. O grande ciclo do ouro
1.3.4.1. Descoberta do ouro
1.3.4.2. Ocupação de MG, GO, MT
1.3.5. Do povoamento
1.3.5.1. Levas de paulistas que, em épocas diferentes, foram habitar
regiões litorâneas (Paranaguá, Laguna), ou interiores (Rio São
Francisco, Curitiba, Palmas).
1.4. Acontecia dos bandeirantes fazerem campanhas contra os jesuítas missionários
1.5. Os bandeirantes eram um movimento basicamente terrestre, os rios eram vistos
como obstáculos.
1.6. Os índios podiam ser usados como tropa para os bandeirantes
1.7. Controvérsias
1.7.1. Período de União Ibérica (1580-1640) Foi fundamental para as
bandeiras?
1.7.1.1. Não se pode garantir que o bandeirismo teria existido e se
desenvolvido da mesma se não tivesse havido União Ibérica.
1.7.1.1.1. O movimento se iniciou nesse período de UI
1.7.1.1.2. Os espanhóis poderiam ter defendido melhor suas
fronteiras e sido mais ríspidos
1.7.1.1.3. Os espanhóis provavelmente não teriam invadido
Pernambuco e feitorias portuguesas na África
1.7.1.1.3.1. Isso estimulou o bandeirismo e o
apresamento de índios.
1.7.1.1.3.2. Foi bom para a formação das fronteiras do
interior, mas não do literal.
1.7.1.1.4. Não era certo que os luso-brasileiros,
representantes de um país em decadência,
venceriam as Províncias Unidas, que vivia o
momento mais glorioso de sua história.
1.7.2. Papel povoador das bandeiras
1.7.2.1. Os bandeirantes, do ponto de vista português, fundaram
muitas cidades, são exemplos as do período minerador
1.7.2.2. Contudo, eles despovoaram muitas populações indígenas,
destruíram reduções jesuítas espanholas.
1.7.3. Consciência dos bandeirantes do seu papel para Portugal
1.7.3.1. Alguns registros de episódios mostram que os bandeirantes
tinham consciência que estavam conquistando direitos para a
nação que pertenciam, mesmos sem saber dos meandros do
uti possidetis
1.7.4. Visão ortodoxa
1.7.4.1. 3 elementos básicos
1.7.4.1.1. Pobreza
1.7.4.1.2. Independência
1.7.4.1.3. Atração pelo sertão
1.7.4.2. Os bandeirantes eram independentes e não respondiam à
ninguém.
1.7.4.2.1. Segundo João Daniel Almeida, para Goes Filho a
motivação do bandeirante era privada
1.7.4.2.1.1. Essa ideia do bandeirante como
expansionista veio aparecer no final do
século XIX para o XX, segundo JD
1.8. A dimensão política
1.8.1. “Bandeira dos limites”
1.8.1.1. Feito do bandeirante Raposo Taveres, que foi de SP (1648) a
Belém (1651), depois de ter passado por regiões mais orientais
do Vice-Reinado do Peru.
1.8.1.1.1. Sua ação é um exemplo entre muitos.
1.8.2. Bandeiras e o “mito da ilha Brasil”
1.8.2.1. Segundo Cortesão, os colonizadores assimilaram dos tupis-
guaranis a ideia de unidade do país que habitam.
1.8.2.2. o mito da ilha Brasil era a ideia de que o Brasil seria limitado
pelo encontro de “um grande rio ao Norte” com o rio da Prata,
esse encontro seria uma lagoa.
1.8.2.2.1. No começo esse “rio do Norte” foi identificado
como o Tocantins, então a lagoa estaria no
Planalto Central.
1.8.2.2.2. Depois o “rio do Norte” tornou-se o Amazonas.
1.8.2.2.3. A fundação de Belém em 1616, foi fundamental
para a ampliação da ilha Brasil.
1.8.3. A crítica que Góis Filho faz a Cortesão é que há vários documentos
oficiais que provam a determinação do Governo de Portugal de
expandir o Brasil até as fronteiras naturais convenientes,
especialmente as fluviais.
1.8.3.1. Portugal procurou ocupar a “Ilha Brasil” (como se continha em
alguns mapas) com ações diretas no Prata e no Amazonas, e às
vezes, apoiando alguns bandeirantes no oeste,
1.8.3.1.1. Mas não está provado que os bandeirantes
paulistas tiveram o objetivo político de conquistar
territórios para Portugal.
1.9. Julgamentos
1.9.1. Os bandeirantes foram violentos com os naturais da terra.
2. Rio da Amazonas: a fronteira conquistada
2.1. Pedro Teixeira conquistou Belém em 1616 garantiu a ocupação futura da maior
parte do rio e de seus afluentes.
2.2. Em 1622 foi criado o Estado do Maranhão, com capital em São Luiz diretamente
subordinado a Lisboa para assegurar melhor a nova conquista no Norte
2.3. O Estado começou a se chamar do Grão-Pará e Maranhão, Belém tornou-se a nova
capital e em 1737, e durou até 1774.
2.4. Povoamento
2.4.1. As Ordens Religiosas foram fundamentais para a ocupação do Norte,
principalmente jesuítas, mas também franciscanos, carmelitas,
capuchinhos e mercedários.
2.4.2. A conquista do espaço foi empresa oficial, como mostram as cartas
régias expedidas por Lisboa, concertando uma política de ampliação
territorial.
3. Monções: a ocupação do Oeste
3.1. Características distintas dos monçoeiros
3.1.1. Século XVII, enquanto bandeiras são do século XVI
3.1.2. Exclusivamente fluviais, enquanto bandeiras são terrestres
3.1.3. Roteiros fixos, formação de arraiais
3.1.4. Objetivo das monções cuiabanas (ou de povoado, ou simplesmente
monções) de chegar às minas de ouro dos rios Cuiabá e Guaporé.
3.1.5. Enquanto o bandeira era individualista e aventureiro, o monçoeiro
podia ser padre, militar, artesão ou, mais comumente, mercador.
3.2. Pontos em comum entre monçoeiro e bandeirante
3.2.1. Movimentos de expansão territorial
3.2.1.1. As primeiras monções levaram ao reconhecimento de várias
regiões do Brasil; as segundas ao povo amento do centro do
continente.
3.2.1.2. Sérgio Buarque vê as monções como prolongamento das
bandeiras em sua expansão para o Brasil Central
3.2.1.2.1. Os próprios bandeirantes e mais tardes seus
descendentes foram os tripulantes das primeiras
canoas rumo a Cuiabá.
3.3. Ouro do Centro-Oeste
3.3.1. A vida das monções começa com o descobrimento de ouro em
afluentes do rio Cuiabá, a cerca de 800 km a oeste do meridiano de
Tordesilhas.
3.3.2. Dois episódios importantes na ocupação do oeste
3.3.2.1. Descoberta de ouro em Goiás, em 1725
3.3.2.1.1. Preencheu o vazio populacional no Planalto
Central,
3.3.2.1.2. criou um caminho terrestre para a região,
3.3.2.1.3. introduziu o ciclo de muar (da mula), que substitui
o das monções, a rota aquática para o MT só
voltou no século XIX para a navegação a vapor.
3.3.2.2. Descoberta de ouro no rio Guaporé, a cerca de 600 km de
Cuiabá, em 1734
3.3.2.2.1. Os garimpeiros passaram a receber ajuda da
Coroa portuguesa para manter-se na área, antes
considerada castelhana pelos jesuítas espanhóis.
3.3.2.2.2. Em 1746 criou-se a capitania do Mato Grosso por
razões geopolíticas.
3.3.2.2.2.1. O núcleo consolidou a ocupação do
extremo oeste do território nacional, e
serviu de centro para vários pontos
mineradores ao redor.
3.3.2.2.3. O Tratado de Madri legalizou a posse da área.
3.4. Conflitos de soberania
3.4.1. A participação governamental na ocupação no Norte e no Sul foi certa.
3.4.1.1. Exemplos
3.4.1.1.1. Belém, 1616,
3.4.1.1.2. Colônia do Sacramento, 1680
3.4.1.2. Já no Oeste também vemos marcos da atuação do Estado,
apesar de menos nítidos.
3.4.1.2.1. Não é garantido que sem apoio estatal áreas
remotas balizadas pelo rio Guaporé pertenceriam
hoje ao Brasil.
3.4.1.3. Os principais atores da ocupação de Mato Grosso, por
exemplo, às vésperas do Tratado de Madri
3.4.1.3.1. Os bandeirantes, agora transformados em
comerciantes e mineradores,
3.4.1.3.2. Os jesuítas espanhóis
3.4.1.3.3. Coadjuvantes
3.4.1.3.3.1. Governos com prepostos coloniais
3.4.1.3.3.1.1. Madri
3.4.1.3.3.1.2. Lisboa
3.5. Monções do Norte
3.5.1. Para reverter sua proibição anterior (baseada em questões fiscais) de
navegar das minas do Guaporé ao Amazonas o Brasil abriu a rota do
Madeira.
3.5.2. Além disso, passou a estimular as comunicações entre Vila Bela e
Belém.
3.5.3. Essa navegação começou a ser chamada de monções do Norte.
3.5.3.1. A monção de Cuiabá e do Norte navegavam boa parte do
contorno fluvial da ilha Brasil.
3.5.3.2. Essa ligação entre Centro-Oeste e Norte depois do Tratado de
Madri foi importante para a sobrevivência do primeiro,
distante dos centros da Colônia.
4.4. Negociação
4.4.1. Documentos
4.4.1.1. Capitania do Cabo Norte (Amapá ampliado), 1637 (período da
União Ibérica)
4.4.1.2. Tratados de Utrech
4.4.1.2.1. 1713
4.4.1.2.2. Ingleses se aliaram a portugueses contra franceses
sobre Oiapoque
4.4.1.2.3. 1715 : devolveu a Portugal a Colônia do
Sacramento
4.4.1.3. Outras Vantagens portuguesas
4.4.1.3.1. Prosperidade ourífera
4.4.1.3.2. Estabilidade política do reinado de D. João V
4.4.1.3.3. Alianças pessoais dos dois países, favoráveis ao
lusos
4.4.1.3.4. Gusmão,
4.4.1.3.4.1. Conhecedor das fronteiras brasileiras
4.4.1.3.4.2. Grande Habilidade diplomática