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Intervenções Fisioterapêuticas para Artrose na Articulação de Quadril de Idosos-

revisão bibliográfica
Título em Inglês

Wandanomeslinda Ferreira do Carmo


Dra. Rafaela Liberali

1 – Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Estácio de Sá em


Fisioterapia em Gerontologia
2 - Graduação em ................... pela ...............coloca aqui titulação

Email =
R.A.=

cidade – turma 6212


Data: de apresentação
RESUMO

Introdução: A osteoartrose é uma patologia degenerativa que, se não barrada, tende a


progredir com o passar dos anos, com resultados devastadores e debilitantes para quem
a tem. No entanto, a preocupação no momento verificar os tipos de tratamento eficaz
que estão sendo utilizados para a patologia osteoartrose, com intuito de minimizar ou
estabilizar os resultados deletérios causados por ela, principalmente no público idoso,
pois é a faixa etária que mais vem crescendo e que chegará a um número muito maior
que o dos adultos jovens. O que é preocupante devido ao fato dessa patologia atingir,
em sua grande maioria incidir sobre os maiores de 50 anos de idade e, além disso, da
tendência desse público em desenvolver problemas osteoarticulares também por
desgaste e por fraqueza muscular. Objetivo: Investigar e trazer ao conhecimento de
profissionais da área da fisioterapia as possibilidades de tratamento para osteoartrose no
quadril de idosos. Metodologia: Revisão Bibliográfica. Foram utilizadas bases de
dados: scielo e google acadêmico e google não acadêmico. Selecionaram-se trabalhos,
em português, produzidos entre os anos de 2006 a 2018. Conclusão: As literaturas
analisadas para compor a revisão apontam que são muitos os recursos para amenizar o
sofrimento daqueles que desenvolveram a osteoartrose. Os métodos são diversos, desde
os tradicionais aos alternativos, embora os tradicionais ainda serem os preferidos no
momento da escolha de tratamento, como a cinesioterapia, a hidrocinesioterapia,
exercícios físicos tradicionais, orientações educativas, dentre outras intervenções.

Palavras-Chaves: Intervenção fisioterapêutica, artrose, articulação do quadril, idoso,


necessidade do cuidado, complicações

ABSTRACT
Key words:
INTRODUÇÃO

De acordo com pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), desde de 2012 a população idosa do Brasil vem crescendo muito
rapidamente. Para se ter uma ideia, em 2012 era de aproximadamente 25,4 milhões de
idosos e em 2017 ultrapassou os 30 milhões, graças a baixa taxa de fecundidade e
mortalidade e ao aumento da expectativa de vida da população brasileira, devido às
melhores condições de saúde (Agência IBGE, 2018). A previsão é que o número de idosos
chegue a 50 milhões no ano de 2050 (Marin et al,2015).

Apesar da expectativa de vida dos brasileiros ter aumentado, as características


adquiridas com o processo de senescência ou com a senilidade associada, as quais são
respectivamente: alterações consideradas normais, com o processo de envelhecimento, e
anormais, advindas após alguma patologia (Cardoso, 2009), são inevitáveis, na grande
maioria das vezes, devido a fragilidade do corpo com o avanço da idade; afetando todos
os sistemas, inclusive ligamentos, cartilagens e capsulas ( Henrique et al, 2007), e
também, por consequência, o sistema ósseo (Cardoso, 2009); causando seu desgaste.

Esse desgaste é denominado artrose. Segundo Dani e Azevedo (2006), a


osteoartrose é uma patologia que deteriora a cartilagem, provocando surgimento de nova
estrutura óssea, ou seja, ao mesmo tempo que há degeneração também há um processo de
regeneração, porém de forma desordenada. Essa situação é muito comum em pessoas
idosas, principalmente na articulação do quadril. De acordo com Pancotte et al (2017),
ela é uma doença reumática, progressiva, que causa degeneração, devido a perda de
líquido e proteína; provocando dor, enrijecimento articular, fraqueza, dentre outras
complicações.

No caso da osteoartrose de quadril, conforme Gonçalves (2014), ela afeta mais


homens a partir dos 50 anos de idade, podendo permanecer assintomática por muitos anos,
por isso que ao ser diagnosticada, mostra-se em estado bem avançado de desgaste,
provocando, com o tempo, limitações significativas e perda da qualidade de vida (Souza
et al, 2014), algo indesejável para qualquer idade, mas principalmente para os idosos que
já tendem a apresentar múltiplos problemas no que diz respeito a sua saúde.
Devido ao crescimento numericamente grande de idosos e das possíveis alterações
que se pode desenvolver com a idade, principalmente no que diz respeito às prováveis
mudanças osteomusculares, como é o caso da artrose que tende a aparecer ou piorar com
a idade (Furtado, 2015);deve-se ter atenção redobrada com esse público, buscando viáveis
intervenções para os casos e aprimorando as formas de promover intervenções eficazes.
Por isso, o objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão bibliográfica a
importância de se ter conhecimento sobre as principais intervenções utilizadas para
osteoartrose de quadril de idosos. Essa é a importância deste trabalho, pois visa identificar
possíveis intervenções fisioterapêuticas em artrose de quadril em pessoas idosos.

METODOLOGIA

Usou-se de revisão bibliográfica para procurar referências teóricas a fim de


analisar a pesquisa em questão, baseá-la e, a partir disso, realizar as contribuições
científicas necessárias, que é trazer ao conhecimento as intervenções fisioterapêuticas que
se usa ultimamente nos casos de artrose na articulação do quadril em pessoas idosas. Essas
bibliografias foram selecionadas a partir dos anos de 2006 a 2018, utilizando-se como
ferramenta de pesquisa: google acadêmico, cielo e google não acadêmico, por meio das
seguintes palavras chaves: Intervenção fisioterapêutica, artrose, articulação do quadril,
idoso, necessidade do cuidado, complicações. Foram selecionados 41 artigos, em
português, mas apenas 34 serviram para elaboração deste trabalho.

Resumindo: Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica que consiste na


procura de referências teóricas para análise do problema de pesquisa e a partir das
referências publicadas fazer as contribuições cientificas ao assunto em questão (Liberali,
2011).

REVISÃO DA LITERATURA

CENÁRIO BRASILEIRO
São muitas as preocupações com o cenário brasileiro nestes tempos que se
aproximam, principalmente no que diz respeito aos cuidados com a população que vem,
a cada ano, envelhecendo mais e que, por isso, requer mais atenção, cuidado, proteção,
além de uma visão preventiva (Camargo e Campos, 2015), para que não haja maiores
complicações em sua saúde já fragilizada pela idade. Para se ter uma noção mais
abrangente a respeito do número de idosos no Brasil daqui para frente, podemos citar
Santos (2015) que expõe em seu trabalho que a previsão de idosos para 2030 é de 40, 5
milhões, o que equivaleria a 110,1 idosos para cada 100 sujeito na fase da juventude.

De acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,


a previsão é de que o Brasil chegue a 50 milhões de idosos em 2050. E isso se deve ao
baixo nível de fecundidade e ao aumento da expectativa de vida da população brasileira.
A tendência da população idosa brasileira é tornar-se três vezes maior, saindo dos quase
trinta milhões para quase 89 milhões (Silvia e Pimentel, 2018). Embora isso seja um dado
bom, não se deve esquecer que com o aumento da expectativa de vida também aumenta
a suscetibilidade de se ter patologias que podem reduzir a qualidade de vida (Santos et al,
2012) .

Com a baixa de mortalidade, baixa do nível de fecundidade e aumento de


expectativa de vida, a tendência é que ocorra o aumento do número de idosos e, com isso,
infelizmente, o aumento de pessoas necessitadas de cuidados especializados para cuidar
de sua saúde, pois já se sabe que com a senescência também surgem as alterações
corporais e suas fragilizações, como disse Cardoso (2009). Algumas dessas alterações
são: Desequilíbrio, perda de sensibilidade, perda urinária, confusão mental, problemas de
cognição (Motta e Aguiar, 2007).

ENVELHECIMENTO

Além desses problemas, Cardoso (2009) diz que junto com as alterações vindas
por consequência da senescência, podem surgir também as, inevitáveis, da senilidade,
como as advindas do: envelhecimento cerebral, cardiovascular, respiratório, digestivo,
imunitário, urinário e as anatômicas, como pode ser o caso da artrose, que embora tenha
várias origens pode surgir também devido ao desgaste por conta do uso excessivo,
degeneração, principalmente quando associado a obesidade, a qual provoca mais
sobrecarga na articulação do idoso ( Pancotte et al, 2017).

A osteoartrose é considerada, segundo Dutton (2010), uma perda focal da


cartilagem articular com reação óssea subcondral variável. Já para Castro et al (2017), a
osteoartrose é uma doença de evolução lenta e progressiva, etiologicamente relacionada
com alterações do metabolismo, dos hormônios, dos ossos; pode surgir devido a herança
genética ou por alterações que possam ocorrer na mecânica articular. De acordo com este
mesmo autor, essa patologia está associada com a idade, ou seja, quanto mais velho, maior
a chance de ter ou desenvolver a doença, a qual afeta não só o local específico em que
iniciou, mas também prejudica as regiões próximas da região da lesão, como: cartilagem,
ligamentos, neurônios, discos, sinóvia e ossos subcondrais.

OSTEOARTROSE

A osteoartrite, segundo Leite et al (2015), é vista etiologicamente como uma


doença que pode surgir de propensão genética, aumento excessivo de peso, alterações do
metabolismo, problemas hormonais, aumento da carga mecânica, ligamentos afrouxados
a ponto de enfraquece-los, idade avançada, traumatismos que causam lesões e processo
inflamatório articular; fraqueza muscular, diferença no tamanho dos membros inferiores
e anteroversão pélvica; ser branco e ser mulher. Esses problemas, também, são fatores de
risco para se desenvolver artrose, denominados de acordo com Assis et al (2013) de
sistêmicos e locais.

Essa patologia também é classificada em primária e secundária, conforme Castro


et al (2017). Para esses autores, a primária não tem causa conhecida, embora a genética
tenha sido significativa em alguns casos de mulheres na fase da menopausa já a
secundária advém da relação com o sobrepeso, lesões traumáticas, inflamações, dentre
outros problemas patológicos. Para Coelho et al (2014), a primária pode estar relacionada
ao processo degenerativo que comumente inicia aos 20 ou 30 anos de idade e que evolui
com o avançar da idade; no caso da secundária, esta surge em qualquer idade e em
articulações que já tenham sofrido alterações por patologias ou anomalias congênitas.

Segundo Furtado (2015), a osteoartrose é vista como uma síndrome clínica


causada por alterações metabólica, bioquímica e fisiológica de uma articulação,
prejudicando ligamentos, capsula articular, osso subcondral, membrana sinovial, músculo
periarticular, cartilagem hialina, ou seja, toda articulação e seu contorno; comprometendo
o bom funcionamento das células chamadas condrócitos. Esse comprometimento leva ao
desequilíbrio entre o processo de formação e destruição óssea e alterando a
funcionalidade de maneira gradativa (Gonçalves, 2014).

Coelho et al (2014) diz que os locais de acometimento são diversos, como mãos,
joelhos, coluna cervical, pés (nas mulheres), quadris e coluna lombar (nos homens). Nos
quadris, de acordo com este mesmo autor, a incidência de acometimento é de 10 a 15%
nas pessoas acima de 55 anos de idade; sendo que em alguns casos, 50% deles, não se
sabe como a patologia surge, ou seja, é idiopático. A maioria desses locais são os mais
atingidos, apesar de poder surgir em qualquer articulação do corpo, porque são as que
suportam muito mais peso e por serem as mais utilizadas, como os quadris (Knob,2017).

São várias as alterações que a osteoartrose causa na articulação afetada, dentre


elas estão: deterioração, rigidez articular, retração capsular, redução da ADM, redução da
velocidade da marcha, durante a marcha pode-se evitar fazer descarga de peso na perna
acometida (alteração da marcha), provocando perda de cartilagem, há redução do espaço
articular, formação de osteófitos, deformidade da cabeça do fêmur, do acetábulo ou de
ambos, deficiência de nutrientes para a região por prejudicar a vascularização local
(Coelho et al, 2014). Além dessas, provoca dificuldade para realizar as tarefas do dia a
dia, dor, redução da qualidade de vida e maior risco de morbimortalidade (Bezerra,2017).

Os sinais e sintomas são diversos e dependem do grau de comprometimento da


articulação afetada pela osteoartrose. Alguns deles são: estreitamento do espaço articular,
cistos no interior do osso subcondral da cabeça do fêmur e do acetábulo, esclerose
subcondral, osteófitos na cabeça do fêmur, irritação sinovial, destruição cartilagem,
mudança na temperatura da região acometida, alteração da marcha (trendelemburg ou
Duchene), crepitação, problemas ao movimentar o quadril, rigidez articular após repouso,
espasmos local, contratura em flexão (Dani et al, 2006); outros sinais seriam: luxação,
aumento do volume articular (Duart et al, 2013).

No caso dos sintomas são, de acordo com Brisotti (2006), dor, calor local,
devido ao processo inflamatório, sensação de imobilidade, devido ao enrijecimento por
falta de movimento; desequilíbrio, fraqueza muscular devido à perda de trofismo,
dificuldade para caminhar (Assis et al, 2013); sendo que esta fraqueza pode afetar,
principalmente, os seguintes músculos que fazem parte da articulação do quadril: glúteos
máximo, médio e mínimo, tensor da fáscia lata, piriforme, adutores curto e longo, grácil,
pectíneo, que ajudam nos movimentos e estabilização das articulações, bíceps da coxa,
semitendinoso e semimembranoso, piriforme, quadrado da coxa, gêmeos, obturadores,
reto, sartório, tensor da fáscea lata, pectíneo e iliopsoa ( Oliveira et al, ano ).

A forma bastante eficaz e mais utilizada para comprovar a presença da artrose


é por meio do exame radiológico, no qual identificam-se os seguintes sinais:
“estreitamento do espaço intra-articular, formação de osteófitos, esclerose do osso
subcondral e formação císticas” (Duarte et al, 2013). Pelas imagens radiológicas também
é possível verificar graus de acometimento das estruturas lesionadas, como: na
normalidade o grau será 0, o estreitamento do espaço entre as articulações, com osteófitos
ao redor da cabeça do fêmur, por exemplo, será considerado grau 1, quando houver o
estreitamento associado com alguns osteófitos mais esclerose, será considerado grau 2;
no caso do grau 3, haverá estreitamento significativo, osteófitos, esclerose, cistos e
deformidades ósseas no acetábulo ou no fêmur e, por último, o grau 4, que é a perda total
do espaço entre as articulações, esclerose e cistos significantes, grandes osteófitos e
deformidade da cabeça do fêmur ou do acetábulo Kellgren e Laurence, citado por Dani
et al, 2006.

Para amenizar esses temidos resultados provocados pela osteo-artrose ou barrar


um pouco sua evolução, os fisioterapeutas, aos quais compete prevenir, evitar progressão
de patologias crônicas, manter agilidade corporal dos indivíduos, principalmente de
idosos, ajudar a manter boa funcionalidade biomecânica ou reduzir as condições
desfavoráveis provocadas por algum trauma, patologias, aliviar quadro álgico, melhorar
mobilidade, ajudar no ganho de ADM, aumentar ou manter a força muscular, proteger
estruturas osteo-articular, melhorar propriocepção, equilíbrio e estabilidade (Lemos et al),
precisará escolher a intervenção mais adequada para cada caso (Oliveira e Sousa).

INTERVENÇÕES

As intervenções mais encontradas e discutidas nos artigos científicos


pesquisados e, provavelmente, as mais utilizadas para osteoartrose, foram as seguintes :
hidrocinesioterapia e cinesioterapia em solo, voltados para fortalecimento e resistência
física, como: exercícios de propriocepção, treino de marcha, equilíbrio e alongamento;
associado aos exercícios aeróbios, foram eficazes para o caso em questão e para evitar
risco de queda, comum em idosos (Knob et al, 2017). O treino de marcha dentro ou fora
da água também se mostrou eficaz para tratar osteoartrose, segundo Cunha et al (2017).

De acordo com Assunção et al (2010), o micro ondas, o ultrassom e as


diatermias por ondas curtas (os chamados calor profundo), apesar dos desacordos quanto
as indicações, contra indicações e reais efeitos desses métodos, são muito utilizados para
reparar tecidos e reduzir dor, rigidez e contratura articular, melhorar ADM e marcha, mas
nem sempre são eficazes. Segundo Duart et al (2013), na artrose, usa-se gelo ou calor,
medicamentos, acupuntura, exercícios isométricos (evitar atrofia e aliviar dor) e
isotônicos, para estabilizar postura e articulação, exercícios de força e alongamento (para
mobilizar e melhorar ADM).

Conforme Cunha et al (2017) os exercícios aeróbios, mais especificamente a


marcha, dentro ou fora da água, também estimulam o sistema imunológico, a circulação,
reduziu dor e aumentou a funcionalidade articular. A eletroterapia, cinesioterapia e a
hidrocinesioterapia também foram abordados, objetivos: evitar pioras locais, fortalecer a
musculatura, reduzir rigidez e quadro álgico. A hidrocinesioterapia é a mais indicada por
reduzir o impacto da força da gravidade e da carga, deixando os exercícios mais
agradáveis. Oliveira et al (ano) também concorda com os benefícios de exercícios na
água, escrevendo a respeito dos benefícios do Bad ragaz, que fortalece e alonga.

Em Brisotti (2006), foi encontrado que, para aliviar dor, reduzir inflamação,
inchaço e rigidez, em situações como a osteoartrose, faz-se uso de instrumentos como:
corrente elétrica, crioterapia, calor (na ausência de inflamação), ultrassom, embora grande
parte dos idosos não gostem da pele em contato com gelo; exercícios isométrico,
isocinético e isotônico, para dar estabilidade, ganhar massa e força muscular. Além da
hidroterapia. Para Ricci e Coimbra (2006), o tratamento pode ser com exercícios
fisioterapêuticos, analgésicos, cirurgia de reposição articular, para força, estabilidade,
flexibilidade e aumento da capacidade aeróbia.

A crioterapia, as ondas curtas, a estimulação elétrica nervosa transcutânea,


denominado TENS, ultrassom, a mobilização articular, exercícios isocinético e resistidos,
com finalidade de melhorar mobilidade articular e reduzir dor, pelo menos no primeiro
momento Duart et al (2013). No artigo escrito por Assunção et al (2010), traz-se como
opção de terapia o ultrassom com ibuprofen, mobilização ativa, massagem com gelo na
área, uso de TENS, laser de baixa potência e eletroacupuntura também se mostraram
eficazes para dor; para força, flexibilidade e ganho de ADM, crioterapia e cinesioterapia.

Cunha et al (2017), preconiza que a primeira coisa a se fazer é buscar por


tratamentos não medicamentosos, depois, se for o caso, reduzir o sobrepeso, fortalecer
musculatura, realizar atividades aeróbias, além de cinesioterapia, eletroterapia, com
objetivo de fortalecimento muscular, redução da dor, diminuir probabilidade de piora,
aliviar enrijecimento articular e manter marcha normalizada. Em Pancotte et al (2017), a
recomendação e realizar exercícios físicos para a osteoartrose não afetar, equilíbrio,
marcha, não provocar quedas, fraturas, não levar a imobilidade e consequente isolamento.

Castro et al (2017), em seu estudo, percebeu que a hidroterapia foi muito eficaz
para o tratamento de osteoartrose, pois a água permite realização de exercícios que talvez
não poderiam ser realizados, como correr e saltar, devido ao impacto que receberia. Ela
permite relaxamento muscular, melhora da mobilidade, marcha e reduz dor, espasmo.
Bezerra (2017), teve seu trabalho voltado para pesquisa de intervenções alternativas para
patologias degenerativas, como: homeopatia, fitoterapia e acupuntura, massagem, dentre
outras, para alívio da dor, melhora da funcionalidade e da rigidez desenvolvida etc.

A osteoartrose também costuma ser amenizada por meio de protocolos, Leite


et al (?), elegeu um desses para abordar em seu artigo. Conforme escrito por ela, o
protocolo consiste em: “alongamento ativo e passivo, exercícios isométricos e isotônicos,
mobilizações articulares, exercícios de fortalecimento muscular e uso de
eletrotermofototerapeuticos”, com foco no manejo da dor e das possíveis limitações.
Façanha et al (2016), produziu seu estudo dizendo que o tratamento para osteoartrose
dependerá da fase: aguda ou crônica. No caso 1, usar: mobilização articular, pilates,
hidroterapia e RPG. No 2, recomenda-se: mobilizar, exercícios para ganho de força e
massa muscular, treino de marcha, alongamento, tudo no limite de dor de cada paciente.

Benatti (2016, pp 195-208) elenca o alongamento (ísquios tibiais, tríceps sural,


piriforme, glúteos, quadrado lombar, paravertebrais, quadríceps, iliopsoas, adutores e
abdutores de MMII), a mobilização, para reduzir encurtamentos, diminuir dor; exercícios
físicos para aumentar densidade óssea, ganho de força, funcionalidade; acupuntura, para
minimizar dor e potencializar funcionalidade; bad ragaz, com fim de reduzir espasmos,
aumentar circulação, reduzir rigidez, ajuda diminuir inflamação e dor. A kinesio taping,
para melhorar propriocepção, relaxar e corrigir musculatura, alinha tecido, fortalece.

Continuando com as indicações de Benatti (2016, pp195-208), a crioterapia e


eletroterapia também são medidas aplicáveis e resultam em grandes benefícios para o
paciente, agindo no processo inflamatório, na dor, no espasmo, desacelera a condução
nervosa, age sobre edema, rigidez muscular. Por fim, recomenda-se também uso do
ultrassom e TENS, para alívio da dor, ajuda no retorno venoso, no metabolismo e regenera
células. Silva e Pimentel (2018), também listou como método de intervenção eficaz:
crioterapia, cinesioterapia, TENS e mobilização, que atuarão no combate a inflamação,
dor, edema, espasmo e ganho de ADM.

Para Sachetti et al (2010), reduzir o sobrepeso, realizar exercícios físicos e


utilizar órteses são os métodos comprovadamente eficazes para resolução, pelo menos em
parte, dos problemas resultantes da osteoartrose, pois auxiliam na melhora da
funcionalidade, diminuição da dor e retardo de incapacidades. No artigo de Berlato et al
(2009), a recomendação é que se trace a conduta terapêutica com base nos sintomas
apresentados pelo paciente (dor, fadiga muscular, rigidez matinal), podendo ser usado
TENS, laser, alongamentos, eletroacupuntura, biofeedback e massoterapia.

CONCLUSÃO

Como se pode notar, muitos procedimentos são clássicos e sempre repetidos


pelos profissionais fisioterapeutas, como o uso do TENS, do ultrassom (com ou sem anti-
inflamatórios associados), do laser, dos exercícios físicos (resistidos, não resistidos,
isotônicos, isocinético, isométricos), das terapia manuais, dos alongamentos, da
hidrocinesioterapia (muito indicada devido a facilitação favorecida pela água,
principalmente nos casos em que a dor se torna um fator limitante para as atividades), do
uso do Bad Ragaz, das mobilizações, dentre outros.

Contudo, além desses procedimentos supracitados, muitos fisioterapeutas


estão, também, apostando em outros procedimentos que, além de estarem em alta, estão
dando ótimos resultados, como por exemplo: a fitoterapia, a eletroacupuntura, a
acupuntura tradicional, dentre outros procedimentos; mas nem todos os profissionais tem
capacitação para aplicar esse tipo de terapia. Isso é algo que poderia ser pensado, pois a
população está envelhecendo, chegará um momento em que o número de idosos será bem
maior que o número de jovens, o que significa muita demanda para os profissionais da
saúde.

Os fisioterapeutas precisam estar atentos para esses casos, e investir em


capacitações voltados para o combate, minimização ou estabilização da osteoartrose e
suas consequências, pois ela pode significar uma simples patologia que afetou
determinada articulação e que, se precisar, é substituível por uma prótese, mas ela também
pode significar incapacitação, imobilidade e óbito, se não for barrada a tempo. Por isso
encerra-se este trabalho recomendando-se procurar saber mais de outras possibilidades
de intervenções e mais trabalhos detalhando, inclusive os parâmetros utilizados em
instrumentos como: laser, ultrassom e outros.

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