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Aula 03

Geografia e História de Rondônia p/ ICMS/RO - Auditor


Professor: Leandro Signori
Geografia e História de Rondônia para o ICMS/RO - Auditor
Prof. Leandro Signori

AULA 03 – História de Rondônia

Caros Alunos,

Hoje é a nossa última aula … É verdade, nossa aula de hoje é a última…

Ah...
Eu também gostei muito da companhia de vocês…
De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um
imenso prazer ter ministrado este curso.
Sobre o curso, espero sinceramente que ele tenha atendido as suas
expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado.
Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que
certamente virão.
Ótimos estudos, que Deus os abençoe, ilumine e os acompanhe nos
estudos, nas provas, como futuros servidores públicos e em todas as suas vidas,
Um grande abraço,
Prof. Leandro Signori

Sumário Página

1. A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré 2

2. A criação do Território Federal do Guaporé e do Estado de


8
Rondônia, delimitação do território e das divisas
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3. Principais tribos indígenas de Rondônia 11

10. Questões Comentadas 15

11. Lista de Questões 30

12. Gabarito 39

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1. A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

No atual Estado de Rondônia, um impulso no povoamento foi deflagrado


pela construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Na Bolívia, a ideia de construir uma estrada de ferro ao longo dos rios


Mamoré e Madeira teve origem em 1848, com o engenheiro boliviano José
Augustin Palácios, que assegurou ser a melhor alternativa para o escoamento
dos produtos econômicos, uma vez que fazer isso pela Cordilheira dos Andes era
extremamente difícil.

No Brasil, o engenheiro João Martins da Silva Coutinho organizou uma


expedição para navegar o rio Madeira e dar ao Governo Imperial um
posicionamento. O parecer apontou como viável a construção de uma estrada
de ferro, o que promoveria também o nascimento de núcleos de povoamento e
o aumento de fluxo comercial na região.

Em 1882, os governos do Brasil e da Bolívia assinariam um tratado inicial


que possibilitaria a construção de uma estrada de ferro ligando o rio Mamoré ao
trecho navegável do Madeira, inclusive novos estudos foram encomendados pelo
governo brasileiro.

Sobre tais estudos, houve duas comissões principais. A Comissão Morsing,


em 1883, produziu um relatório que depois se mostrou basicamente correto,
apesar de inconcluso, uma vez que as doenças praticamente dizimaram a
comissão. No ano seguinte, Comissão Pinkas a substituiu e produziu um relatório
bem mais otimista que o de Morsing, embora tenha sido acusado de tê-lo
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forjado. A grande discrepância entre os dois estudos deu margem a severas


críticas ao projeto da ferrovia.

Na solução da questão da disputa com a Bolívia pelo território que hoje


corresponde ao estado do Acre, através do Tratado de Petrópolis, assinado em
1903, o governo brasileiro comprometeu-se a construir a ferrovia, para posterior
transporte da produção exploratória da borracha, ligando o porto de Santo
Antônio, localizado no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré.

Em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, o Brasil


incorporou ao território nacional uma extensão de terra de 191 mil km²,

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referente ao atual Estado do Acre, que foi entregue a 60 mil seringueiros e


suas famílias para que lá pudessem exercer as funções extrativas da borracha.

O governo brasileiro indenizou a Bolívia em dois milhões de libras


esterlinas e assumiu formalmente o compromisso de construir a Estrada
de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), com liberdade de trânsito por essa
ferrovia e pelos rios brasileiros até o Oceano Atlântico de produtos
bolivianos.

No percurso da Ferrovia deveria ter um ramal passando por Vila-Murtinho


ou em outro ponto próximo (no Estado de Mato Grosso) para que chegasse a
Villa-Bella (na Bolívia), na confluência dos rios Beni e Mamoré.

O Governo boliviano escolheu o engenheiro George Earl Church, do


Exército americano para canalizar os trechos encachoeirados do rio Madeira e
para construir a ferrovia.

Como muitos trechos estavam em território brasileiro, o Coronel pediu a


Dom Pedro II a concessão da Ferrovia por 50 anos. Dessa forma, o Governo
brasileiro tornou-se parceiro de Church e o Governo boliviano, o fiador da obra.

Entretanto, tal construção foi difícil e complexa, com tentativas


fracassadas no século XIX, o que custou a vida de inúmeros operários. Por isso,
a Ferrovia passou a ser conhecida popularmente por “Ferrovia do Diabo”,
denominação dadas pelos trabalhadores da construção, entre 1878 e 1912.

Depois da autorização do Governo de Dom Pedro II para que a obra fosse


construída em solo Brasileiro, começou a epopeia para a construção da Estrada
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de Ferro. O Coronel buscou agentes financiadores em Londres e uma empreiteira


inglesa foi contratada, a Public Works.

A empresa se deslocou para a Amazônia em 1872, mas não conseguiu


assentar um único dormente e acabou se retirando, em meio a um clima de
espanto, pavor e assombro, por ser a região dominada pelo calor e a malária,
que gerou um grande número de doentes e mortos.

Uma nova empresa foi contratada, a norte-americana Dorsay & Caldwell,


porém não chegou a montar acampamento em Santo Antonio das Cachoeiras.
Houve negociações com outra empresa, em 1875, a inglesa Reed Bros. & Co,
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que adquiriu a concessão, porém não se interessou pela obra, devido aos
problemas oferecidos pelo lugar aos aventureiros construtores da ferrovia.

Coronel Church convenceu uma das grandes construtoras de ferrovias do


seu país, dos Estados Unidos, a investir no projeto da Madeira Mamoré, a
empresa P.T.Collins. Uma tragédia aconteceu antes do início dos trabalhos. Dois
grandes navios rumaram para Santo Antonio das Cachoeiras. Os operários de
um deles contraíram malária antes de chegar na localidade; o outro navio
naufragou na costa da Carolina do Norte em meio a uma terrível tempestade,
onde muitas toneladas de equipamentos foram perdidas e muitas pessoas
vieram a falecer.

Foi em 1905, e por força do Tratado de Petrópolis (1903), que o governo


brasileiro abriu concorrência pública para a construção da ferrovia, vencida pelo
engenheiro Joaquim Catramby, o qual foi um dos principais atores políticos da
epopeia Madeira Mamoré.

Outro personagem dessa história foi Percival Farquar, o principal


representante do imperialismo americano no Brasil, o qual atuava em grandes
empreendimentos, como portos, empresas de navegação e madeireiras.

Percival Farquar, informado das iniciativas e insucessos anteriores em


relação à construção da Ferrovia Madeira Mamoré, contratou a empreiteira
norte-americana May Jekill and Randolph.

Farquar tornou-se um dos responsáveis pela obra da Ferrovia, junto com


Joaquim Catramby, que venceu a licitação para a sua execução. Em 1907,
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Farquar comprou a concessão de Catramby, fundando a Madeira-Mamoré


Railway Company.

Apesar do Tratado de Petrópolis (1903) ter determinado como ponto inicial


da obra, Santo Antonio das Cachoeiras, a empresa May Jekill and Randolph
se instalou sete quilômetros abaixo dessa localidade, em 1907. Isso repercutiu
no início do abandono Santo Antonio das Cachoeiras.

A empresa se instalou em Porto Velho dos Militares, uma antiga vila


fundada pelo jesuíta João Sampaio.

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A alteração para Porto Velho foi solicitada por Joaquim Catramby ao então
Ministro de Indústria, Viação e Obras públicas, Miguel Calmon. A preferência por
essa localidade foi aprovada pelo aviso nº 2, de 16 de janeiro de 1908.

Vale ressaltar que todas as ações anteriores de tentativa de


construção da Ferrovia ocorreram em Santo Antonio das Cachoeiras.

Desse modo, o desenvolvimento de Porto Velho está associado ao


início das obras da Ferrovia, desde 1908. Outras localidades também tiveram
origem a partir desse empreendimento, o qual impulsionou também outras que
estavam abandonadas. São exemplos, além de Porto Velho: Jaci Paraná, Vila
Murtinho e Guajará Mirim.

Vila Murtinho, além de localizar-se próxima à Ferrovia, foi um ponto


estratégico para a extração, comércio e transporte da borracha, uma vez que
sua localização compreendia o encontro de dois gigantescos rios, que tiveram
um papel decisivo para atividade seringueira na região Amazônica - o rio Mamoré
– que passa por Guajará Mirim, e o rio Beni – que desce dos Andes Bolivianos.

Devido a essa importância, foi construído um porto na região da Vila


Murtinho, no início do século XX, para receber a grande produção boliviana da
borracha, estocada na Vila. Nela, os grandes seringalistas da época montaram
representações de suas empresas, como a Suarez & Hermanos, conhecidos
como os Imperadores da Borracha no extremo ocidente Amazônico.

Entretanto, a construção da Ferrovia Madeira Mamoré continuou marcada


por problemas. Para a construção e conclusão da obra, a nova iniciativa precisou
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exportar trabalhadores de várias nações do mundo, provenientes de cerca de


quarenta países.

Isso foi necessário para formar a mão de obra necessária à construção da


Ferrovia. Um dos motivos foi que, muitos trabalhadores que chegavam na região
amazônica vinham contratados para trabalhar nos seringais.

Dentre esses, muitos trabalhadores negros vieram das localidades das


Guianas, Granada, Jamaica e Ilha dos Barbados, entre outras. Apesar de nem
todos terem vindo dessa ilha, ficaram conhecidos como “barbadianos”.

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Porto Velho, tornou-se assim globalizada, heterogênea, com pessoas


vindas de várias nacionalidades. Na economia, utilizava-se a moeda inglesa - a
libra esterlina -, como uma espécie de matriz por ter a melhor cotação no
cenário capitalista internacional da época.

Para tentar resolver o problema das doenças que assolavam a região e


que prejudicaram as tentativas anteriores, como a malária, foi construído, bem
próximo ao ponto inicial da Ferrovia, em Porto Velho, uma unidade hospitalar
denominada Hospital de Candelária.

Em 1910, Oswaldo Cruz visitou as obras da Ferrovia Madeira Mamoré,


acompanhado pelo médico Belizário Pena, para desenvolver um plano de
combate às epidemias que assolavam à região. O objetivo era contribuir para o
andamento das obras da Estrada de Ferro. Como resultado foi criado um plano
de profilaxia da doença, para o qual a unidade hospitalar foi estruturada.

Porém, essa medida não foi suficiente para resolver os problemas de


saúde, apesar da presença de vários médicos especialistas em doenças tropicais.
Como já haviam atuado em outras regiões inóspitas do mundo, constaram que
nenhum outro lugar se comparava à região.

Apesar das inúmeras dificuldades, em 1912, a Ferrovia Madeira


Mamoré foi finalmente concluída e inaugurada. Sua extensão ficou com
364 quilômetros. Em 1922, recebeu mais dois quilômetros, totalizando 366.
Assim, o período que envolveu a sua construção foi de 1872 a 1912.

De 1907 a 1912, foram contratados no total 21.817 homens para o


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trabalho. Calcula-se que 6.500 trabalhadores tenham morrido vítimas das


doenças tropicais. A obra custou o equivalente a vinte e oito toneladas de ouro
pelo câmbio de 1912.

A Ferrovia tornou-se símbolo da história da região, como um centro


aglutinador de pessoas na região e um mito fundador da Amazônia, e também,
consequentemente, de Porto Velho, a atual Capital do Estado de Rondônia.

Assim, o desenvolvimento econômico da região norte pode ser entendido


a partir desse projeto ferroviário criado para interligar a região amazônica, entre
o final do século XIX e a primeira metade do século XX.

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Porém, a inexistência de uma política nacional e regional, preocupada com


o controle das fronteiras e com o contrabando de mudas e sementes e outros
produtos, permitiu que os ingleses levassem, em 1876, milhares de mudas de
sementes da seringueira, Hevea brasiliensis, a qual antes disso existia somente
em território americano.

Assim, a planta foi levada para o Sudeste Asiático, onde foi cultivada, cuja
produção da borracha passou a ocorrer com grande e maior êxito em relação ao
Brasil.

Com a produção menos eficiente da borracha na Amazônia, a região ficou


sem perspectivas e a Estrada de Ferro ficou sem motivações econômicas para
seu pleno funcionamento, gerando também influências econômicas negativas ao
redor de Porto Velho.

Com a desvalorização do preço do látex no mercado internacional a região


ficou estagnada, a partir de 1912, por um período de aproximadamente 30 anos,
e ocorreu o retorno de seringueiros a suas regiões de origem.

Outro fator foi a construção do canal do Rio Panamá, concluído em 1915,


tornando os fretes mais baratos na região. Consequentemente, a Estrada de
Ferro não deu os lucros esperados.

Ao perceber esse quadro, Percival Farquar, que investiu no projeto da


Ferrovia, acabou repassando-a para a empresa Anglo-Canadense, que já era
concessionária da Porto of Pará e Brasilian Railway, as quais eram as maiores
acionistas da Madeira Mamoré. 88178323249

Com o advento do regime militar brasileiro, nos anos 60 do século XX, o


projeto ferroviário foi abandonado em razão da prioridade dada pelo regime
militar ao transporte rodoviário da região norte com a construção de estradas
na região. A Estrada de Ferro foi desativada no governo do presidente
Castelo Branco em 1966.

A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira-Mamoré o direito de


exploração das terras que lhe eram adjacentes. Com a crise da borracha e a
retração da economia amazônica EFMM entrou em decadência. A Companhia foi
nacionalizada em 1931 e desativada em 1972.

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Alguns pequenos trechos, no entanto, foram reativados no início da década


de 80 para fins turísticos em Porto Velho e Guajará-Mirim durante o governo do
Coronel Jorge Teixeira. Atualmente, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré não
possui importância econômica para o Estado de Rondônia.

A construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) marcou um


importante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se
também num elemento definidor da ação imperialista de potências estrangeiras
na região amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos da
modernidade capitalista liberal nos confins da selva do Madeira.

A Estrada de Ferro Madeira Mamoré deixou de pertencer ao Estado de Mato


Grosso, em 1943, quando Santo Antonio do Rio Madeira e Guajará-Mirim foram
anexados ao novo território, o Território Federal de Guaporé, que posteriormente
seria o atual Estado de Rondônia.

2. A criação do Território Federal do Guaporé e do Estado de


Rondônia, delimitação do território e das divisas

No período republicano, o controle das fronteiras brasileiras, sobretudo


norte e sul, sempre foi motivo de preocupação dos principais governos. Durante
a República Velha foram realizados vários acordos de limites. A criação de
territórios federais no Governo de Getúlio Vargas teve como objetivo a
segurança das fronteiras em áreas de ocupação rarefeita ou pouco povoadas de
regiões distantes do Brasil. 88178323249

Vargas também pretendia incentivar a ocupação nas terras da Amazônia,


desenvolver o comércio e firmar a política nacionalista, base do seu governo.
Uma ação que se tornaria possível com a assinatura do Tratado de Washington
entre o Brasil e o Estados Unidos, durante a 2ª Guerra Mundial, que daria início
a segunda fase do ciclo da borracha propiciando o desenvolvimento econômico
e populacional da Amazônia rondoniense.

Em 13 de setembro de 1943, no auge do Segundo Ciclo da Borracha, o


presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei 5.812, criando o
Território Federal do Guaporé, com áreas desmembradas dos estados de

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Mato Grosso e Amazonas. Vargas criou também mais quatro territórios: Iguaçu
e Ponta-Porã, no Sul e Centro-Oeste e Rio Branco e Amapá, no Norte.

Na realidade, dez anos antes da criação dos territórios, a Sociedade


Geográfica havia sido incumbida pelo presidente Getúlio Vargas de viabilizar o
estudo para a construção de 10 territórios federais. No entanto, o estudo não
incluía o município de Porto Velho, somente Santo Antônio e Guajará-Mirim
fariam parte do território.

No entanto, quando da sua criação, o Território Federal do Guaporé, Santo


Antônio do Rio Madeira e Guajará –Mirim foram incluídas na sua área territorial.

O nome do território, se deve ao rio Guaporé, que faz fronteira natural


com o país boliviano. Com a sua criação, Porto Velho tornou-se a capital do
território.

A interferência do militar e desbravador Aluízio Ferreira, durante este


mesmo período, foi fundamental para a concretização do ambicioso projeto de
Vargas. Aluízio aproveita a visita de Getúlio Vargas a região, em 1940, e mostra
as potencialidades econômicas de Porto Velho e a sua importância na formação
do futuro Território. Em diversas oportunidades, Aluízio Ferreira, enfatizou a
necessidade de uma nova divisão política do País e descrevia os problemas
enfrentados nos municípios em virtude da ausência política administrativa dos
governos estaduais que impediam o progresso destas regiões.

Aloizio Ferreira já realizava reuniões políticas e de divulgação para a


criação do Guaporé antes da visita de Vargas. Ele também tinha realizado
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diversas visitas de chefes militares à região e enviou a Getúlio um pedido de


desmembramento dos municípios de Guaporé e Guajará-Mirim dos estados do
Mato Grosso e Amazonas. O pedido foi reforçado por assinaturas de moradores
de Guajará-Mirim recolhidas pelo diretor da Concessionária da Empresa de
Navegação do Guaporé, Paulo Cordeiro da Cruz, que destacava o desprezo dos
governadores dos dois Estados pelos municípios de Guajará-Mirim, Santo
Antônio do Madeira e Porto Velho.

Interessante situação ocorreu quando Getúlio Vargas inaugurou a usina


termoelétrica da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e o prédio dos Correios e

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telégrafos, em Porto Velho. Aluízio Ferreira e Getúlio Vargas descobriram, nos


poucos dias que passaram juntos, várias ideias em comum. O presidente
reafirmaria a Aluízio sua intenção de criar territórios federais nas áreas
fronteiriças, o que corroborava a política de expansão para o oeste.

Com sua forte atuação para concretizar a instalação do Território Federal


do Guaporé, Aluízio Ferreira se tornaria um dos protagonistas da história da
criação de Rondônia. Vargas, inclusive reconheceu os esforços de Aluízio e o
nomeou governador do Guaporé, após a criação do Território.

A criação do Território Federal do Guaporé foi um passo fundamental para


o desenvolvimento de toda a região, pois com essa decisão a região passa a ter
espaço junto ao Governo Federal, e suas reivindicações começariam a serem
ouvidas sem atravessadores ou qualquer intermediador.

Em 1956, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, o Território


Federal do Guaporé passou-se a denominar Território Federal de Rondônia,
em homenagem ao Marechal Cândido Rondon, desbravador da floresta
Amazônica e construtor da linha telegráfica Cuiabá- Porto Velho. Permaneceu
com a mesma capital.

Ainda não é a criação do Estado de Rondônia, mas sim a mudança do nome


do território federal.

Até os anos 1970, o atual Estado de Rondônia contava com apenas dois
municípios: Porto Velho e Guajará Mirim. Somente após a abertura da BR-364
começaram a ser fundados outros municípios.
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Rondônia é um Estado jovem, uma vez que, foi criado como o 23º
Estado da Federação, em 1981, ano em que o Congresso Nacional aprovou
projeto de lei do Poder Executivo, pelo qual o território era elevado a Estado da
União.

O governo do novo estado, instalou-se em 4 de janeiro de 1982, com a


posse do coronel Jorge Teixeira de Oliveira, que já governava o território desde
15 de março de 1979. Em 31 de janeiro de 1983 instalou-se a Assembleia
Constituinte de Rondônia, que redigiu a primeira carta do novo estado,
promulgada em agosto.

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3. Principais tribos indígenas de Rondônia

Conforme dados atualizados da FUNAI, as etnias das tribos indígenas


existentes, atualmente, localizadas no Estado de Rondônia estão apresentadas
no quadro a seguir.

O quadro informa, além da etnia, a denominação da terra indígena (TI),


localidade, superfície ocupada, situação da terra indígena e modalidade de
ocupação.

Quadro com a etnia dos grupos indígenas do Estado de Rondônia

Terra Superfície Situação da


Etnia Município Modalidade
indígena (ha) TI

Igarapé Guajará- 107.321,1789 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Pakaa
Lage Mirim, Nova
Nova
Mamoré

Igarapé Gavião de Ji-Paraná 185.533,5768 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Lourdes Rondônia

Igarapé Pakaa Nova 47.863,3178 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Ribeirão Nova Mamoré,

Porto Velho

Karipuna Karipuna Nova Mamoré 152.929,8599 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Porto Velho

Karitiana Karitiana Porto Velho 0,000088178323249


Em Estudo Tradicionalmente ocupada

Karitiana Karitiana Porto Velho 89.682,1380 Regularizada Tradicionalmente ocupada

Kaxarari Kaxarar Porto Velho, 145.889,9849 Regularizada Tradicionalmente ocupada


AM/RO Lábrea

AM/RO

Kaxarari - Kaxarari Porto Velho, 0,0000 Em Estudo Tradicionalmente ocupada


AM RO Lábrea

AM/RO

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Kwazá do Kwazá, Tradicionalmente ocupada


Rio São Aikanã Parecis 16.799,8763 Regularizada
Pedro

Massaco Isolados Alta Floresta 421.895,0769 Regularizada Tradicionalmente ocupada


D'Oeste, São
Francisco do
Guaporé

Pacaas Pakaa Guajará- 279.906,3833 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Novas Nova Mirim

Puruborá Puroborá Seringueiras, 0,0000 Em Estudo Tradicionalmente ocupada


São Francisco
do Guaporé

Rio Tupaiu, Alta Floresta, 236.137,1100 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Branco Makurap São Miguel
D'Oeste, São
Francisco do
Guaporé

Rio Kanoé, Costa 0,0000 Em Estudo Tradicionalmente ocupada


Cautário Kujubim, Marques,
Djeoromtx Guajará-
i-Jabuti mirim

Rio Makuráp Guajará- 115.788,0842 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Guaporé Mirim

Rio Sakurabiat Alto Alegre 107.553,0101 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Mequens dos Parecis

Rio Negro Pakaa Guajará- 235.070,0000


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Declarada Tradicionalmente ocupada
Ocaia Nova Mirim

Rio Negro Pakaa Guajará- 104.063,8114 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Ocaia Nova Mirim

Rio Omerê Kanoé, Chupinguaia, 26.177,1864 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Akuntsu Corumbiara

Roosevelt Cinta Espigão 230.826,3008 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Larga D`Oeste ,
Rondolandia,
Pimenta
Bueno

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MT/RO

Sagarana Pakaa Guajará- 18.120,0636 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Nova Mirim

Sete de Suruí de Cacoal, 248.146,9286 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Setembro Rondônia Espigão
MT/RO D'Oeste,
Rondolandia
MT /RO

Tanaru Isolados Corumbiara, 8.070,0000 Em Estudo Interditada


Chupinguaia,
(restrição
Parecis,
de uso)
Pimenteiras
do Oeste

Tubarão Aikanã, Chupinguaia 116.613,3671 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Latunde Laiana

Uru-Eu- Uru-Eu- Alvorada 1.867.117,800 Regularizada Tradicionalmente ocupada


Wau-Wau Wau-Wau D'Oeste, 0
Cacaulândia,
Campo Novo
de Rondônia,
Costa
Marques,
Governador
Jorge
Teixeira,
Guajará-
mirim, Jaru,
Mirante da
Serra, Monte 88178323249

Negro, Nova
Mamoré, São
Miguel do
Guaporé,
Seringueiras

Fonte: FUNAI. Índios Brasil. Terras indígenas.

Disponível em: http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/terras-indigenas.

Acesso em: 20 de jul. 2016.

Podemos observar que algumas as tribos no Estado de Rondônia


estendem-se até Mato Grosso.

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Segundo Emmanoel Gomes (2012), em quase todos os munícipios de


Rondônia existem remanescentes de tribos indígenas. Atualmente, muitos
grupos indígenas são detentores de áreas destinadas legalmente a sua
reprodução social. Os povos indígenas no Estado de Rondônia possuem áreas de
terra, entretanto sofrem nessas áreas com alguns conflitos. Como exemplos
(dados do autor):

Na área indígena para os Uru-Eu-Wau-Wau, Japú, Amondawa, Oro Win (e


ainda povos sem contato) há invasão por parte de colonos, madeireiros e
garimpeiros. No rio Guaporé, na área dos povos Jabuti, Makurap, Tupari, Kanoé,
Ajurú, Aruá, Kujubim e Massaká, há invasão de barcos pesqueiros e palmiteiros.

No rio Mequéns, na área dos Sakirabiar, onde ocorre a exploração de


madeira há invasão de colonos e roubo de madeira e palmito.

Na área indígena de Roosevelt, área dos Cinta Larga, há exploração


intensa de madeireiros e garimpeiros.

Na área de Kwaza, dos Kwaza e Aikanã, há invasão de madeireiros e


fazendeiros.

Na área de Igarapé Lourdes, há exploração de madeira.

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QUESTÕES COMENTADAS:

1) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA) A evolução da malha político-


administrativa de Rondônia expressa o seu dinamismo político-
geográfico, considerando-se a criação de municípios. Neste sentido, em
que período Rondônia contava com apenas dois municípios?

a) Até os anos 1970.

b) Até o ano de1985.

c) Até o início dos anos 1990.

d) Até meados dos anos 1990.

e) Até meados dos anos 2000.

COMENTÁRIOS:

Até os anos de 1970, Rondônia contava com dois municípios – Porto Velho
e Guajará Mirim. Somente após a abertura da BR-364 começaram a ser fundados
outros municípios.

Gabarito: A

2) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA) Nos antecedentes da criação


do estado de Rondônia, consta a instalação do Território Federal do
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Guaporé, em 1943, o qual é posteriormente transformado em Território


Federal de Rondônia. O Território Federal de Rondônia é criado no
governo do presidente:

a) Getúlio Vargas

b) Jânio Quadros

c) João Goulart

d) Juscelino Kubitschek

e) Costa e Silva

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COMENTÁRIOS:

O Território Federal do Guaporé foi criado no governo do presidente Getúlio


Vargas. Posteriormente, em 1956, passou a se chamar de Território Federal de
Rondônia, no governo do presidente Juscelino Kubitschek.

Gabarito: D

3) (CESGRANRIO/TJ RO/2008 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O controle das


fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre foi motivo de
preocupação dos principais governos republicanos. Acordos de limites,
por exemplo, foram vários na República Velha. Durante o Governo
Vargas, porém, este controle foi efetivamente definido com a criação de
Territórios Federais na região, entre eles:

a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de


Rondônia.

b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia.

c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado de


Roraima.

d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo


nome.

e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome.


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COMENTÁRIOS:

Vimos na aula que Getúlio Vargas criou os territórios federais de Rio


Branco, atual Estado de Roraima; Guaporé, atual Estado de Rondônia, Amapá,
atual Estado de mesmo nome e Ponta-Porã e Iguaçu, extintos posteriormente.

Gabarito: A

4) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Diversos


tratados tiveram importância na definição de limites e no processo de
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povoamento da porção norte e oeste do Brasil. Um impulso no


povoamento de Rondônia foi deflagrado pela construção da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré.

O contexto histórico dessa construção decorre diretamente do Tratado


de:

a) Madri.
b) Petrópolis.
c) Tordesilhas.
d) Ayacucho.
e) Utrecht.

COMENTÁRIOS:

O contexto histórico de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré


decorre do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, pelo qual o Brasil anexou
ao seu território a região do Acre.

Gabarito: B

5) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A ferrovia


Madeira-Mamoré foi concluída em 1912 e teve como um de seus
principais objetivos o transporte de um produto oriundo da Bolívia e de
grande valor econômico, à época. Esse produto, ao qual o enunciado se
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refere é a:

a) castanha

b) carnaúba

c) erva-mate

d) borracha

e) pimenta-do-reino

COMENTÁRIOS:
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A ferrovia Madeira-Mamoré foi concluída em 1912 e teve como um de seus


principais objetivos o transporte da borracha oriunda da Bolívia e de grande
valor econômico, à época.

Gabarito: D

6) (FCC – 2010 – TCE-RO – Auditor) Considere o seguinte texto que


apresenta o compromisso do governo brasileiro para a construção da
ferrovia Madeira-Mamoré:

Artigo VII

Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território


brasileiro, por si ou por empresa particular, uma ferrovia desde o porto
de Santo Antônio, no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no Mamoré, com
um ramal que, passando por Vila-Murtinho ou em outro ponto próximo
(Estado de Mato-Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolívia), na confluência
do Beni e do Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará por
concluir no prazo de quatro anos, usarão ambos os países com direito
às mesmas franquezas e tarifas.

(http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)

O artigo foi retirado do Tratado de:

a) Santo Ildefonso, de 1894.

b) Petrópolis, de 1915. 88178323249

c) Badajoz, de 1907.

d) Petrópolis, de 1903.

e) Santo Ildefonso, de 1905.

COMENTÁRIOS:

O texto foi retirado do Tratado de Petrópolis, assinado em 1903, entre


Brasil e Bolívia.

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Gabarito: D

07) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM INFORMÁTICA) Vários


grupos indígenas habitam ancestralmente Rondônia, sendo muitos
deles detentores de áreas destinadas legalmente a sua reprodução
social. No exemplo da Reserva Roosevelt, localizada em Espigão do
Oeste, trata-se de um território dos índios:

a) Cinta-Larga.

b) Zoró

c) Tupari.

d) Gavião.

e) Macurap

COMENTÁRIOS:

Uma das tribos indígenas no Estado de Rondônia é da etnia dos Cinta-


Larga, a qual ocupa a Reserva denominada Roosevelt, localizada nos munícipios
de Espigão D`Oeste, Rondolandia, Pimenta Bueno (MT/RO). A situação da terra
que a tribo ocupa está regularizada.

Gabarito: A

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08) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM INFORMÁTICA) Os


antecedentes da criação do estado de Rondônia, em 1982, contam com
territórios federais, como o de Guaporé.

A criação desse território federal remonta à década de:

a) 1930

b) 1940

c) 1950
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d) 1960

e) 1970

COMENTÁRIOS:

A criação do Território Federal do Guaporé ocorreu na década de 1940,


caracterizando-se como um antecedente da criação do estado de Rondônia,
décadas depois. A instalação do Território Federal do Guaporé ocorreu em 1943,
que, posteriormente, foi transformado em Território Federal de Rondônia, em
1956.

Gabarito: B

09) (FGV/DPE – RO/2015 – ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) Em


2012, foi comemorado o centenário de inauguração da ferrovia Madeira-
Mamoré. Tal construção, vista como difícil e complexa, com tentativas
fracassadas no século XIX, custou a vida de inúmeros operários, e,
durante o período da ditadura militar no país, acabou desativada, no
governo do presidente Castelo Branco, em 1966. A justificativa para tal
medida foi:

a) a preservação ambiental local através do fim das atividades


econômicas na região;

b) o incremento do transporte fluvial, aproveitando o potencial dos rios


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da região;

c) o redirecionamento dos investimentos para o transporte aéreo com a


construção de vários aeroportos;

d) o incentivo ao transporte rodoviário com a construção de estradas na


região;

e) o afastamento do capital estrangeiro da estrutura de transporte da


região norte.

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COMENTÁRIOS:

Com o advento do regime militar brasileiro, nos anos 60 do século XX, o


projeto ferroviário foi abandonado em razão da prioridade dada pelo regime
militar ao transporte rodoviário da região norte com a construção de estradas
na região.

Gabarito: D

10) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA DE SISTEMAS) No início do


século XX, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré influenciou o
aparecimento dos primeiros núcleos urbanos no território que viria a se
tornar, em 1982, o estado de Rondônia. No contexto geográfico e
histórico imediato ao funcionamento dessa ferrovia, surgiram os
seguintes núcleos urbanos:

a) Vilhena e Porto Velho.

b) Ji-Paraná e Cacoal.

c) Vilhena e Cacoal.

d) Porto Velho e Guajará-Mirim.

e) Ji-Paraná e Guajará-Mirim.

COMENTÁRIOS:
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Na região que, atualmente, é o Estado de Rondônia, um impulso no


povoamento foi deflagrado pela construção da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré. Em 1907, a empresa norte-americana May Jekill and Randolph,
empreiteira na construção da Estrada de Ferro, instalou-se em Porto Velho dos
Militares, uma antiga vila fundada pelo jesuíta João Sampaio. O desenvolvimento
de Porto Velho está associado ao início das obras da Ferrovia, desde 1907,
quando essa empresa lá se instalou. Outras localidades também tiveram origem
a partir desse empreendimento ou foram impulsionadas, uma vez que estavam

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abandonadas. São exemplos, além de Porto Velho: Jaci Paraná, Vila Murtinho e
Guajará Mirim.

Gabarito: D

11) (CESPE/TCE RO/2013 – TODOS OS CARGOS) Julgue o item a seguir,


acerca da história do estado de Rondônia.

O Território Federal do Guaporé foi criado por Getúlio Vargas mediante


o desmembramento de uma parte do território dos estados do Acre e do
Amazonas.

COMENTÁRIOS:

O Território Federal do Guaporé foi criado no Governo do Presidente


Getúlio Vargas, em 1943, anexando uma parte do território de Mato Grosso e
não do Acre. Por isso a afirmativa está incorreta. Desse modo, os municípios
Santo Antonio do Rio Madeira e Guajará –Mirim, que pertenciam ao atual Estado
do Mato Grosso foram anexados ao novo território, o Território Federal do
Guaporé.

Gabarito: ERRADO

12) (CESPE/TCE RO/2013 – TODOS OS CARGOS) Julgue o item a seguir,


acerca da história do estado de Rondônia.
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Na solução da questão da disputa com a Bolívia pelo território que hoje


corresponde ao estado do Acre, o governo brasileiro comprometeu-se a
construir uma ferrovia para ligar o porto de Santo Antônio, localizado
no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré.

COMENTÁRIOS:

A afirmativa está correta. Em 1903, com a assinatura do Tratado de


Petrópolis, o Brasil incorporou ao território nacional uma extensão de terra de

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191 mil km², referente a atual Estado do Acre, que foi entregue a 60 mil
seringueiros e suas famílias para que lá pudessem exercer as funções extrativas
da borracha. Através desse Tratado, o governo brasileiro comprometeu-se a
construir a ferrovia, para posterior transporte da produção exploratória da
borracha, ligando o porto de Santo Antônio, localizado no rio Madeira, a Guajará-
Mirim, no rio Mamoré.

Gabarito: CERTO

13) (FGV/PGE RO/2015 – ANALISTA DA PROCURADORIA) ‘‘O barril de


pólvora está lá, basta que alguém risque o palito de fósforo para a gente
ter uma nova tragédia’’.

A declaração acima foi feita pelo Procurador da República Reginaldo


Trindade, de acordo com publicação do Portal Amazônia, no dia
12/05/2015. A declaração diz respeito à problemática envolvendo a
Terra Indígena dos Cinta Larga.

Em relação à localização dessas terras e à problemática existente


atualmente nelas, é correto afirmar que:

a) está localizada no norte do Estado e seu principal desafio é combater


o avanço da malária na população indígena;

b) está localizada no oeste do estado e as invasões por parte de


peruanos e bolivianos têm levado a sérios conflitos com os indígenas;
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c) está localizada na porção nordeste do estado e o avanço da


urbanização tem ameaçado a existência da reserva;

d) está localizada na porção sul do estado e o avanço da fronteira


agropecuária tem comprometido o habitat natural dos indígenas;

e) está localizada na porção leste do Estado, onde as invasões de


garimpeiros têm gerado conflitos com os indígenas que vivem ali.

COMENTÁRIOS:

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Os indígenas Cinta Larga estão presentes em Terras Indígenas entre


Rondônia e Mato Grosso. O material explosivo em questão é a presença de
garimpeiros e maquinários na Terra Indígena dos Cinta Larga. A riqueza
encontrada nessas terras é motivo de um conflito antigo entre indígenas e
garimpeiros. Os índios manifestaram interesse em fechar o garimpo, mas os
garimpeiros resistem, armados e com ameaças aos índios, como afirmou o
Procurador. A convivência com o garimpo ilegal já gerou uma tragédia que
resultou em mortes nas terras indígenas dos Cinta Larga, em 2004.

Gabarito: E

14) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) O


desenvolvimento econômico da região norte pode ser entendido a partir
da criação de um projeto ferroviário para interligar a região amazônica
entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. No
entanto, com o advento do regime militar brasileiro, nos anos 60 do
século XX, o projeto ferroviário foi abandonado em razão da prioridade
dada pelo regime militar ao transporte:

a) pluvial na região norte;

b) naval pelo litoral da região norte;

c) aéreo na região norte;

d) misto aéreo e pluvial da região norte;


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e) rodoviário da região norte.

COMENTÁRIOS:

O regime militar priorizou o transporte rodoviário, com a construção de


grandes rodovias na região Norte, como a Transamazônica, a BR-364 e a rodovia
Belém-Brasília.

Gabarito: E

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15) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) “Entram em


conflito armado, revidando as violências de que foram vítimas por parte
dos construtores da ferrovia Madeira-Mamoré e dos seringueiros, no
início do século XX. Atualmente, estão sob a violência muito mais
agressiva, a dominação ideológica descaracterizando-os e despojando-
os dos seus valores culturais atávicos de nação”.

(Fonte: http://www.geocities.ws/rondonianaweb)

O texto se refere a um dos maiores grupos indígenas do estado de


Rondônia, que possui atualmente a maior área indígena no Estado,
habitando no Município de Guajará-Mirim. Trata-se dos:

a) Karipunas;

b) Pakaás Novos;

c) Tubarão – Latundê;

d) Cinta Larga;

e) Gaviões.

COMENTÁRIOS:

A atuação europeia trouxe graves consequências para as populações


indígenas, os nativos que habitavam o Brasil antes da chegada dos espanhóis e
portugueses. Os indígenas sofreram violência para seu aprisionamento para
serem utilizados como mão de obra; violência praticada pelas missões religiosas
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nacionais e estrangeiras de várias matizes e credos; sofreram massacres e todo


o tipo de violências.

Atualmente, os Pakaás Novos que habitam o Município de Guajará-Mirim,


entram em conflito armado, revidando as violências de que foram vítimas. Estão
sob uma violência agressiva, a violência da dominação ideológica que os
descaracteriza como nação e que tenta excluir seus valores culturais

Gabarito: B

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16) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) “Rondon saiu


de Cuiabá (MT) na chefia de uma comissão composta por mais de 300
homens e 15 cachorros (animais de estimação e paixão do sertanista)
(...) No dia 25 de dezembro de 1909, com apenas 15 homens e nenhum
cachorro, chegou a Santo Antônio do Madeira (6 quilômetros do centro
de Porto Velho). A jornada de quase três anos colocou seu nome na
história mundial e nominou um Estado (Rondônia) e o Meridiano 52
(Rondon) do planeta Terra."

(Fonte: http://www.rondonia.ro.gov.br/Acesso em 15 de setembro de


2015)
O objetivo inicial da comissão comandada por Rondon era a:

a) instalação e conservação de linhas telegráficas;

b) construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré;

c) busca por riquezas minerais na região amazônica;

d) demarcação de terras indígenas com vistas à criação de reservas;

e) abertura de pistas de pouso para facilitar o acesso à região.

COMENTÁRIOS:

Nesse período, a região amazônica já possuía uma importância econômica


com o ciclo da borracha. A construção de uma estrada de ferro havia sido
negociada no Tratado de Ayacucho, assinado em 1867, e ratificada pelo Tradado
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de Petrópolis, em 1903, com objetivo de transportar a borracha e como forma


de superar os obstáculos do rio Madeira.

Marechal Candido Rondon e a Comissão Rondon foi designada como forma


de ampliar a integração nacional, com o objetivo fazer uma linha telegráfica às
margens do Rio Madeira, nas regiões de Cuiabá e Porto Velho, onde também
estava sendo realizada a construção de uma estrada de ferro, a Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré (EFMM)

Gabarito: A

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17) (FGV/DPE – RO/2015 – TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA) “Em


Porto Velho, cada soldado é um operário e cada operário um soldado
com o objetivo comum de trabalhar pelo engrandecimento da pátria.”
A frase proferida pelo Presidente Getúlio Vargas em 1940 marcou a sua
política de ocupação da região norte do país. Em relação ao processo de
formação de Rondônia, a política varguista resultou:

a) no início da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré;

b) na instalação do complexo hidrelétrico e industrial de Samuel;

c) na liberação governamental da exploração do ouro pelo capital


estrangeiro;

d) na assinatura do Tratado de Petrópolis com a Bolívia, garantindo a


extração da borracha;

e) na criação de territórios federais, entre eles o de Guaporé, que deu


origem a Rondônia.

COMENTÁRIOS:

A criação do Território Federal do Guaporé, em 1943, e de mais quatro


territórios: Iguaçu e Ponta-Porã, no Sul e Centro-Oeste; Rio Branco e Amapá,
no Norte, representam uma das principais metas do governo de Getúlio Vargas.
Este estadista pretendia incentivar a ocupação nas terras da Amazônia,
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desenvolver o comércio e firmar a política nacionalista, base do seu governo.

Gabarito: E

18) (FGV/DPE – RO/2015 – ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) “A


permanência do Presidente da República em Porto Velho serviu para
assentar as bases da criação de um Território Federal nas áreas dos
municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim..."

(PINTO, Emanuel Pontes. Território Federal do Guaporé. Viaman, 2003)

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A criação do Território do Guaporé foi motivada pela:

a) política industrializante voltada à região amazônica;

b) pressão política das oligarquias rurais de Porto Velho;

c) possibilidade de aumento da produção de borracha;

d) necessidade de proteção das fronteiras brasileiras;

e) descentralização do poder político nacional.

COMENTÁRIOS:

No período republicano, o controle das fronteiras brasileiras, sobretudo


norte e sul, sempre foi motivo de preocupação dos principais governos
republicanos. Durante a República Velha foram realizados vários acordos de
limites.

Em 1937, Getúlio Vargas anunciou à nação o projeto de colonização e


interiorização do país, denominado de Marcha para o Oeste. Durante o Governo
Vargas, este controle foi efetivamente definido com a criação de Territórios
Federais na região, entre eles, o Território de Rio Branco, atual Estado de
Roraima; o Território de Guaporé, atual Estado de Rondônia; o Território do
Amapá, atual Estado de mesmo nome; e Ponta-Porã e Iguaçu, extintos
posteriormente.

Gabarito: D
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19) (IDECAN/DETRAN-RO/2014 – MOTORISTA) O Marechal Cândido


Mariano da Silva Rondon, cujo nome serviu de inspiração para o nome
“Rondônia”, destacou-se, entre outros fatos, por ser uma personalidade
brasileira que

a) foi, entre outras coisas, pacificador dos índios Bororo, Botocudo,


Kaingang, Xokleng, Nambikuára, Xavante e Umotina e implementou a
ligação telegráfica entre Brasil, Paraguai e Bolívia.

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b) como sanitarista, foi o responsável pelas inúmeras campanhas de


vacinação empreendidas entre colonos e indígenas, propensos a
grandes epidemias de malária, varíola e febre amarela.

c) fundou as primeiras vilas e cidades, criou um método pioneiro de


administração em que havia uma participação efetiva dos indígenas na
administração e nos empreendimentos comerciais em ascensão.

d) como diplomata, resolveu as pendências territoriais através do


“Tratado de Petrópolis”, que anexava a “Amazônia Legal” oficialmente
ao território brasileiro, incluindo, nesse processo, o subterritório de
Rondônia.

e) foi o grande empreendedor da construção da primeira ferrovia da


região e da empreitada que transformou em realidade a
Transamazônica, uma rodovia, hoje, em desuso, mas que cortava toda
a extensão da floresta.

COMENTÁRIOS:

Marechal Cândido Rondon foi um desbravador da floresta Amazônica e


construtor da linha telegráfica entre Cuiabá e Porto Velho e entre Brasil, Paraguai
e Bolívia. Além disso, também se destacou por ser uma personalidade brasileira
pacificadora dos índios.

Marechal Rondon foi encarregado pelo Presidente da República Nilo


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Peçanha para dirigir o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 07 de


setembro de 1910. Essa ação do Governo tinha como objetivo civilizar o índio
brasileiro e afirmava que era função do SPI proteger o índio e demarcar as terras
indígenas.

Gabarito: A

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LISTA DE QUESTÕES:

1) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA) A evolução da malha político-


administrativa de Rondônia expressa o seu dinamismo político-
geográfico, considerando-se a criação de municípios. Neste sentido, em
que período Rondônia contava com apenas dois municípios?

a) Até os anos 1970.

b) Até o ano de1985.

c) Até o início dos anos 1990.

d) Até meados dos anos 1990.

e) Até meados dos anos 2000.

2) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA) Nos antecedentes da criação


do estado de Rondônia, consta a instalação do Território Federal do
Guaporé, em 1943, o qual é posteriormente transformado em Território
Federal de Rondônia. O Território Federal de Rondônia é criado no
governo do presidente:

a) Getúlio Vargas

b) Jânio Quadros

c) João Goulart 88178323249

d) Juscelino Kubitschek

e) Costa e Silva

3) (CESGRANRIO/TJ RO/2008 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O controle das


fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre foi motivo de
preocupação dos principais governos republicanos. Acordos de limites,
por exemplo, foram vários na República Velha. Durante o Governo

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Vargas, porém, este controle foi efetivamente definido com a criação de


Territórios Federais na região, entre eles:

a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de


Rondônia.

b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia.

c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado de


Roraima.

d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo


nome.

e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome.

4) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Diversos


tratados tiveram importância na definição de limites e no processo de
povoamento da porção norte e oeste do Brasil. Um impulso no
povoamento de Rondônia foi deflagrado pela construção da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré.

O contexto histórico dessa construção decorre diretamente do Tratado


de:

a) Madri.
b) Petrópolis.
c) Tordesilhas. 88178323249

d) Ayacucho.
e) Utrecht.

5) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A ferrovia


Madeira-Mamoré foi concluída em 1912 e teve como um de seus
principais objetivos o transporte de um produto oriundo da Bolívia e de
grande valor econômico, à época. Esse produto, ao qual o enunciado se
refere é a:

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a) castanha

b) carnaúba

c) erva-mate

d) borracha

e) pimenta-do-reino

6) (FCC – 2010 – TCE-RO – Auditor) Considere o seguinte texto que


apresenta o compromisso do governo brasileiro para a construção da
ferrovia Madeira-Mamoré:

Artigo VII

Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território


brasileiro, por si ou por empresa particular, uma ferrovia desde o porto
de Santo Antônio, no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no Mamoré, com
um ramal que, passando por Vila-Murtinho ou em outro ponto próximo
(Estado de Mato-Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolívia), na confluência
do Beni e do Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará por
concluir no prazo de quatro anos, usarão ambos os países com direito
às mesmas franquezas e tarifas.

(http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)

O artigo foi retirado do Tratado de:


88178323249

a) Santo Ildefonso, de 1894.

b) Petrópolis, de 1915.

c) Badajoz, de 1907.

d) Petrópolis, de 1903.

e) Santo Ildefonso, de 1905.

07) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM INFORMÁTICA) Vários


grupos indígenas habitam ancestralmente Rondônia, sendo muitos

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deles detentores de áreas destinadas legalmente a sua reprodução


social. No exemplo da Reserva Roosevelt, localizada em Espigão do
Oeste, trata-se de um território dos índios:

a) Cinta-Larga.

b) Zoró

c) Tupari.

d) Gavião.

e) Macurap

08) (FUNCAB/MPE RO/2012 – TÉCNICO EM INFORMÁTICA) Os


antecedentes da criação do estado de Rondônia, em 1982, contam com
territórios federais, como o de Guaporé.

A criação desse território federal remonta à década de:

a) 1930

b) 1940

c) 1950

d) 1960

e) 1970

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09) (FGV/DPE – RO/2015 – ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) Em


2012, foi comemorado o centenário de inauguração da ferrovia Madeira-
Mamoré. Tal construção, vista como difícil e complexa, com tentativas
fracassadas no século XIX, custou a vida de inúmeros operários, e,
durante o período da ditadura militar no país, acabou desativada, no
governo do presidente Castelo Branco, em 1966. A justificativa para tal
medida foi:

a) a preservação ambiental local através do fim das atividades


econômicas na região;

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b) o incremento do transporte fluvial, aproveitando o potencial dos rios


da região;

c) o redirecionamento dos investimentos para o transporte aéreo com a


construção de vários aeroportos;

d) o incentivo ao transporte rodoviário com a construção de estradas na


região;

e) o afastamento do capital estrangeiro da estrutura de transporte da


região norte.

10) (FUNCAB/MPE RO/2012 – ANALISTA DE SISTEMAS) No início do


século XX, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré influenciou o
aparecimento dos primeiros núcleos urbanos no território que viria a se
tornar, em 1982, o estado de Rondônia. No contexto geográfico e
histórico imediato ao funcionamento dessa ferrovia, surgiram os
seguintes núcleos urbanos:

a) Vilhena e Porto Velho.

b) Ji-Paraná e Cacoal.

c) Vilhena e Cacoal.

d) Porto Velho e Guajará-Mirim.

e) Ji-Paraná e Guajará-Mirim.
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11) (CESPE/TCE RO/2013 – TODOS OS CARGOS) Julgue o item a seguir,


acerca da história do estado de Rondônia.

O Território Federal do Guaporé foi criado por Getúlio Vargas mediante


o desmembramento de uma parte do território dos estados do Acre e do
Amazonas.

12) (CESPE/TCE RO/2013 – TODOS OS CARGOS) Julgue o item a seguir,


acerca da história do estado de Rondônia.
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Na solução da questão da disputa com a Bolívia pelo território que hoje


corresponde ao estado do Acre, o governo brasileiro comprometeu-se a
construir uma ferrovia para ligar o porto de Santo Antônio, localizado
no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré.

13) (FGV/PGE RO/2015 – ANALISTA DA PROCURADORIA) ‘‘O barril de


pólvora está lá, basta que alguém risque o palito de fósforo para a gente
ter uma nova tragédia’’.

A declaração acima foi feita pelo Procurador da República Reginaldo


Trindade, de acordo com publicação do Portal Amazônia, no dia
12/05/2015. A declaração diz respeito à problemática envolvendo a
Terra Indígena dos Cinta Larga.

Em relação à localização dessas terras e à problemática existente


atualmente nelas, é correto afirmar que:

a) está localizada no norte do Estado e seu principal desafio é combater


o avanço da malária na população indígena;

b) está localizada no oeste do estado e as invasões por parte de


peruanos e bolivianos têm levado a sérios conflitos com os indígenas;

c) está localizada na porção nordeste do estado e o avanço da


urbanização tem ameaçado a existência da reserva;

d) está localizada na porção sul do estado e o avanço da fronteira


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agropecuária tem comprometido o habitat natural dos indígenas;

e) está localizada na porção leste do Estado, onde as invasões de


garimpeiros têm gerado conflitos com os indígenas que vivem ali.

14) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) O


desenvolvimento econômico da região norte pode ser entendido a partir
da criação de um projeto ferroviário para interligar a região amazônica
entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. No
entanto, com o advento do regime militar brasileiro, nos anos 60 do
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século XX, o projeto ferroviário foi abandonado em razão da prioridade


dada pelo regime militar ao transporte:

a) pluvial na região norte;

b) naval pelo litoral da região norte;

c) aéreo na região norte;

d) misto aéreo e pluvial da região norte;

e) rodoviário da região norte.

15) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) “Entram em


conflito armado, revidando as violências de que foram vítimas por parte
dos construtores da ferrovia Madeira-Mamoré e dos seringueiros, no
início do século XX. Atualmente, estão sob a violência muito mais
agressiva, a dominação ideológica descaracterizando-os e despojando-
os dos seus valores culturais atávicos de nação”.

(Fonte: http://www.geocities.ws/rondonianaweb)

O texto se refere a um dos maiores grupos indígenas do estado de


Rondônia, que possui atualmente a maior área indígena no Estado,
habitando no Município de Guajará-Mirim. Trata-se dos:

a) Karipunas;

b) Pakaás Novos;
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c) Tubarão – Latundê;

d) Cinta Larga;

e) Gaviões.

16) (FGV/PGE RO/2015 – TÉCNICO DA PROCURADORIA) “Rondon saiu


de Cuiabá (MT) na chefia de uma comissão composta por mais de 300
homens e 15 cachorros (animais de estimação e paixão do sertanista)
(...) No dia 25 de dezembro de 1909, com apenas 15 homens e nenhum

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cachorro, chegou a Santo Antônio do Madeira (6 quilômetros do centro


de Porto Velho). A jornada de quase três anos colocou seu nome na
história mundial e nominou um Estado (Rondônia) e o Meridiano 52
(Rondon) do planeta Terra."

(Fonte: http://www.rondonia.ro.gov.br/Acesso em 15 de setembro de


2015)
O objetivo inicial da comissão comandada por Rondon era a:

a) instalação e conservação de linhas telegráficas;

b) construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré;

c) busca por riquezas minerais na região amazônica;

d) demarcação de terras indígenas com vistas à criação de reservas;

e) abertura de pistas de pouso para facilitar o acesso à região.

17) (FGV/DPE – RO/2015 – TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA) “Em


Porto Velho, cada soldado é um operário e cada operário um soldado
com o objetivo comum de trabalhar pelo engrandecimento da pátria.”

A frase proferida pelo Presidente Getúlio Vargas em 1940 marcou a sua


política de ocupação da região norte do país. Em relação ao processo de
formação de Rondônia, a política varguista resultou:

a) no início da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré;


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b) na instalação do complexo hidrelétrico e industrial de Samuel;

c) na liberação governamental da exploração do ouro pelo capital


estrangeiro;

d) na assinatura do Tratado de Petrópolis com a Bolívia, garantindo a


extração da borracha;

e) na criação de territórios federais, entre eles o de Guaporé, que deu


origem a Rondônia.

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18) (FGV/DPE – RO/2015 – ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) “A


permanência do Presidente da República em Porto Velho serviu para
assentar as bases da criação de um Território Federal nas áreas dos
municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim..."

(PINTO, Emanuel Pontes. Território Federal do Guaporé. Viaman, 2003)

A criação do Território do Guaporé foi motivada pela:

a) política industrializante voltada à região amazônica;

b) pressão política das oligarquias rurais de Porto Velho;

c) possibilidade de aumento da produção de borracha;

d) necessidade de proteção das fronteiras brasileiras;

e) descentralização do poder político nacional.

19) (IDECAN/DETRAN-RO/2014 – MOTORISTA) O Marechal Cândido


Mariano da Silva Rondon, cujo nome serviu de inspiração para o nome
“Rondônia”, destacou-se, entre outros fatos, por ser uma personalidade
brasileira que

a) foi, entre outras coisas, pacificador dos índios Bororo, Botocudo,


Kaingang, Xokleng, Nambikuára, Xavante e Umotina e implementou a
ligação telegráfica entre Brasil, Paraguai e Bolívia.

b) como sanitarista, foi o responsável pelas inúmeras campanhas de


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vacinação empreendidas entre colonos e indígenas, propensos a


grandes epidemias de malária, varíola e febre amarela.

c) fundou as primeiras vilas e cidades, criou um método pioneiro de


administração em que havia uma participação efetiva dos indígenas na
administração e nos empreendimentos comerciais em ascensão.

d) como diplomata, resolveu as pendências territoriais através do


“Tratado de Petrópolis”, que anexava a “Amazônia Legal” oficialmente
ao território brasileiro, incluindo, nesse processo, o subterritório de
Rondônia.

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e) foi o grande empreendedor da construção da primeira ferrovia da


região e da empreitada que transformou em realidade a
Transamazônica, uma rodovia, hoje, em desuso, mas que cortava toda
a extensão da floresta.

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