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A Filosofia Está no Ar
A filosofia, mãe de todas as ciências, explica tudo na vida.
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HEITOR E AJAX
Heitor sabia que aquela guerra era inútil e que um dia Troia iria desaparecer. Ele
tentou pôr fim naquilo. Propôs nova trégua e desafiou os gregos para mandar o seu
maior herói para um duelo. A sorte recaiu sobre o gigante Ajax.
O combate durou várias horas. No início da noite, Heitor e Ajax, extasiados e lavados
de sangue pararam de lutar, caindo cada um pra seu lado. O resultado foi um justo
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07/08/2018 A Guerra de Tróia – Parte 2 – A Filosofia Está no Ar
empate. O duelo mais longo criou um laço de respeito e conhecimento mútuo entre
os contendores.
Na troca de presentes, Ajax deu a Heitor um suntuoso boldrié de cor púrpura. Heitor
presenteou Ajax com sua espada de bronze marchetada de ouro.
A MORTE DE PÁTROCLO
Os gregos estavam sendo devastados pelos troianos. Heitor cercou as tropas. Nem
Diomedes nem Ajax foram capazes de deter o avanço inimigo. Agamênon e Odisseu
foram feridos e postos fora de combate.
Com Aquiles afastado dos combates, Pátroclo, seu primo, lhe pediu emprestada sua
armadura. Mesmo a contragosto, Aquiles concedeu. Pensava Pátroclo que os
troianos, quando vissem a legendária armadura de Aquiles, recuariam com medo.
Heitor encarou aquele que poderia ser o herói Aquiles. Daí entrou em cena o deus
Apolo, fazendo com que Pátroclo perdesse o equilíbrio, momento em que sentiu na
barriga a lança de bronze de Heitor. Para surpresa do troiano, não era Aquiles quem
ali estava.
O RETORNO DE AQUILES
Ao receber a triste notícia da morte de Pátroclo, seu primo e melhor amigo, Aquiles
se transformou numa fera indomável. Toda a admiração que tinha por Heitor
transformou-se em ódio mortal, porque sabia que Pátroclo morrera por sua culpa, e
voltou ao campo de batalha.
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AQUILES E HEITOR
PRÍAMO E AQUILES
Vingativo, Aquiles amarrou os pés de Heitor com o boldrié púrpura que este ganhara
de Ajax, e arrastou o corpo ao redor das muralhas de Troia. Fez isso por dias
seguidos ao redor do túmulo de Pátroco. O deus Apolo, entretanto, não deixou que o
cadáver de Heitor entrasse em decomposição, pois os deuses queriam um enterro
digno para o maior dos troianos.
Certa noite, quando o acampamento grego estava dormindo, o deus Hermes levou o
rei Príamo até Aquiles. Devastado pelos anos de guerra, de perdas humanas e
sofrimentos, o rei troiano viera implorar que o herói grego entregasse o corpo de seu
filho Heitor. De joelhos pediu a Aquiles, na mais célebre cena da história da
mitologia antiga:
– Para que Heitor tenha o funeral que merece, farei agora o que ninguém jamais
faria: vou beijar a mão do homem que matou meu filho.
A coragem daquele homem, que viera sozinho à tenda do seu pior inimigo, pareceu
a Aquiles muito mais impressionante que a bravura dos gregos. Aquiles mandou que
seus soldados lavassem o corpo de Heitor e o ungissem com óleo. Depois, escoltou o
rei Príamo até o território troiano e concedeu-lhe uma trégua de onze dias para que
a cidade celebrasse os funerais do grande Heitor.
A MORTE DE AQUILES
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07/08/2018 A Guerra de Tróia – Parte 2 – A Filosofia Está no Ar
Em vez de combater, Aquiles sempre estava no templo de Apolo Timbriano, que era
uma singela construção nas proximidades de Troia, considerado território neutro.
Lá, gregos e troianos, às vezes, se encontravam quando iam fazer preces e oferendas.
Numa dessas ocasiões, Aquiles avistou Polixena, filha do Rei Príamo. Foi amor à
primeira vista. Aquiles ficou tão apaixonado, que chegou a se oferecer ao rei Príamo
para combater ao lado dos troianos contra os próprios conterrâneos gregos, se
Polixena se casasse com ele. O rei troiano aceitou.
Acontece, entretanto, que tanto Polixena quanto seus irmãos guardavam ódio mortal
sobre aquele homem que havia matado seu irmão Heitor. Aproveitaram-se dessa
oportunidade para se vingar. Os dois se encontravam sempre no Templo de Apolo. O
envolvimento foi intenso, até que Polixena conseguiu de Aquiles a revelação mais
importante: o herói grego lhe confidenciou que o segredo de sua imortalidade estava
no seu calcanhar.
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Naquele instante, estava selado o destino do mais famoso herói grego. Páris, que
estava escondido de tocaia atrás da estátua de Apolo, dispara uma flecha
envenenada e certeira no calcanhar de Aquiles. Odisseu, Ajax e Diomedes, que
haviam seguido Aquiles por desconfiança, foram em seu socorro. Era tarde, o
veneno mortal faz o mais poderoso dos gregos morrer nos braços de Diomedes.
Naquela noite, o corpo se Aquiles foi entregue a sua companheira Briseis que,
mesmo sabendo que fora trocada por Polixena, cuidou das honras funerárias do
amado. Esfregou os cabelos no corpo, lavou-lhe as feridas e preparou as chamas da
pira de cremação.
O SUICÍDIO DE AJAX
Após a morte de Aquiles, os gregos passaram a questionar quem seria seu sucessor.
Ficou decidido que essa honraria caberia ao guerreiro mais temido pelos troianos.
Agamênon enviou espiões às muralhas de Troia para descobrir qual seria o grego
mais temido. Daí veio a surpresa, não era o gigante Ajax, que empatou na luta contra
Heitor, mas sim Odisseu, que era o mais inteligente daquela guerra.
Diomedes se resignou, porém Ajax, sentindo-se ferido em seus brios, saiu em direção
a um lugar ermo, longe das vistas de seus companheiros e suicidou-se, exatamente
com a espada que, meses antes, Heitor lhe dera de presente, após a luta sem
vencedor.
Assim, Filoctetes embarcou rumo a Troia, com dez anos de atraso. Sua perna foi
sarada totalmente por Macaôn e Podolírio, filhos de Esculápio, deus da medicina,
que tinham chegado da Grécia para ajudar na guerra.
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A MORTE DE PÁRIS
Começado o duelo, o homem que raptou Helena é morto pelas flechas de Filoctetes.
Logo se juntaria a Heitor, Aquiles e Ajax no Hades.
Entretanto, para destruir Troia, ainda faltava mais uma coisa. O vidente Calcas
exortou aos gregos que o fim de Troia só aconteceria quando o sagrado Paládio, que
estava em um lugar secreto da cidade, fosse retirado de lá. Sem isso, as muralhas de
Troia seriam invencíveis.
Novamente, Helena aparece noutra tragédia humana. Com a morte de Páris, seus
irmãos Helenus e Deifobo disputaram o amor da viúva. Helena escolheu Deifobo, o
irmão mais velho de Páris. Helenus, com desgosto daquilo, afastou-se da cidade e foi
viver sozinho nas encostas do Monte Ida. Lá os gregos o capturaram numa
emboscada, e sob tortura, revelou onde o Paládio estava escondido.
Alguns dias depois, Odisseu conseguiu entrar num portão de Troia, disfarçado de
mendigo. Naquela noite, roubou o Paládio, depois de matar os guardas. Além disso,
teve a ideia de acabar com aquela guerra, da forma mais traiçoeira, com um
presente inimaginável.
O CAVALO DE TROIA
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Certo dia, do alto das muralhas da cidade, os guerreiros perceberam que os gregos
tinham ido embora. Tudo estava sob chamas, os acampamentos do exército grego
ardiam em cinzas fumegantes. Todos os navios haviam zarpado. Sobre as dunas
somente um gigante cavalo de madeira. Ao se aproximarem daquele estranho
artifício, os troianos aprisionaram um soldado chamado de Sínon, que dizia ser
desertor dos gregos. Mas tudo não passava de uma armadilha.
O cavalo de madeira era muito grande e não passava nos portões da cidade. Os
gregos deixaram esse “presente”, como oferenda à deusa Atena, cujo apoio eles
haviam perdido. Para entrar com o cavalo na cidade, os troianos derrubaram parte
dos portões. Entretanto, tiveram o cuidado de reparar de imediato a parte
derrubada.
Na noite daquele dia, a cidade dormia, após ter festejado a “fuga” dos gregos. Foi
então que Sínon, aquele que fingia ser desertor do exército grego, abriu um alçapão
secreto na barriga do cavalo. Os soldados ali escondidos correram em silêncio pelas
ruas adormecidas, abriram os portões para a invasão do exército grego, que se
encontrava escondido na ilha de Tênedos.
A cidade foi tomada de assalto. As casas foram invadidas e as torres e palácios foram
incendiados. O rei Príamo e parte de seus filhos foram mortos.
Cassandra, filha o rei Príamo, foi estuprada no templo da deusa Atena, por um
soldado grego chamado de Ajax, o pequeno. Prenúncio de maldições.
Ao ver Menelau, Helena sabia que ia morrer. Numa fração de segundos, abriu suas
vestes e mostrou o corpo e os seios mitológicos. Helena lá tinha quase cinquenta
anos à época, mas as gotas de icor em suas veias lhe conservavam a adolescência.
Menelau, ao ver sua maior paixão, baixou a espada e pegou Helena pelos braços e
levou-a de volta à Esparta, onde Helena passou o resto da vida entre remorsos e
saudades.
Outros líderes encontraram a morte quando chegaram em casa. Foi isso mesmo o
que aconteceu com o maior vencedor da Guerra de Troia.
Daí, no mesmo dia em que o marido chegou em casa, ela preparou uma surpresa
fatídica, com a ajuda de um amante chamado Egisto, primo de Agamênon. A rainha
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Clitemnestra foi ainda mais longe, com Agamênon fora de combate, pegou um
machado e dilacerou o corpo do marido. Agamênon foi morto no aconchego de seu
lar.
Egisto casou-se com Clitemnestra e tornou-se rei de Micenas. Entretanto, com medo
de ser deposto, mandou o pequeno Orestes para o exílio. Anos depois, Orestes voltou
disfarçado e, com a ajuda de sua irmã Electra, entrou no palácio.
O MATRICÍDIO DE CLITEMNESTRA
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Essa morte foi um dos maiores conflitos trágicos da mitologia grega. Para vingar a
morte o pai, Orestes chegou aos aposentos reais e encurralou os assassinos de seu
pai, e matou sua própria mãe.
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Sol
8 de junho de 2018 às 03:33
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