You are on page 1of 1

SIMON McBURNEY

(1957-)
 SOBRE O CAOS “O movimento do teatro é fluido. É um
movimento fluido. Isso se torna aleatório. É um meio
em constante mudança. Turbulento. Caótico.”
 SOBRE OS ATORES“Eu tendo a ser mais como o
Meyerhold do que como o Stanislavski, porque ao
invés de pensar nos atores como sendo determinados
por um monte de características psicológicas, o que me
interessa são os atos aos quais esses pensamentos dão
vida. Aristóteles chamou o teatro um ato e uma ação; e
na maioria desses atos, o ato é cometido e depois vem charlatão tem uma tradição muito honrosa. Mas eu
o pensamento.” sou um performer. Foi assim que eu comecei e assim
 SOBRE A NARRATIVA “(...) tem um senso de repetição que eu sei fazer coisas. Eu posso sentir quando algo
constante de imagem e lugar; e eu sou muito
está certo. Eu tenho uma percepção de como a coisa
interessado na estória circular, não apenas no roteiro
toda se parece.”
linear.”
“Então, você acaba terminando com um monte de  SOBRE A RELAÇÃO PÚBLICO/TEATRO “(...) O que eu
fragmentos.” sinto muito fortemente, sobre a experiência do teatro
 SOBRE O ENSAIO “Isso é a mesma coisa agora na sala – é que o teatro realmente não existe. Uma peça (n.t.
de ensaio. Antes de tudo nós tentamos entender o que dramatúrgica) não é teatro, nós sabemos disso; mas o
é isso que nós estamos tentando entender. Assim que que os atores atuam no palco não é teatro. O teatro é
a clareza começa a emergir, o processo de juntar tudo
criado na mente do público. É um ato imaginativo. É
pode ser rápido. Mas chegando nesse ponto
comumente pode ser dolorosamente devagar. O dito esse ato imaginativo que é tão crítico ao teatro e
do Shostakovich ressoa na minha cabeça: ‘pense porque, se você quiser, há algo necessário no teatro,
vagarosamente, escreva rapidamente’.” porque isso nos diz algo sobre a natureza do que
“Experimento, experimento: é um proposta em si significa ser humano. Parte da natureza do que
mesmo.com o objetivo de atingir o trabalho nesse significa ser humano é imaginar juntos.”
nível, eu preciso estar constantemente tentando coisas
 “(...) e é o público que deve sentir, não os atores.”
novas, e eu tenho feito muito trabalho exploratório e
experimental diferente...”  “Que o teatro não existe lá em cima, aqui em cima no
“As pessoas normalmente nos perguntam por onde palco. Esse não é o espaço do teatro. O espaço do
começamos. Nós sempre começamos com um texto. teatro é na mente do público. É isso que separa essa
Mas esse texto pode ter muitas formas.” arte das outras.”
 SOBRE AS TEMÁTICAS “O que era extremamente  SOBRE O TEATRO “ Todo teatro é físico.”
importante para mim era que o sentimento da maioria
das nossas vidas eram completamente banais. E por PEÇAS
trás de toda essa banalidade de sentar e tomar uma 1983 – Put it in your head
xícara de chá, estava... Eu sempre senti, oceanos de 1985 – A minute too late
desespero e desastre nas estórias.” 1986 – Foodstuff
1987 – Anything for a quiet life
 SOBRE MÉTODOS “Então quando eu ensaio uma peça, 1992 – The street of crocodiles
eu não tenho um método, nenhuma mísera forma de 1994 – Out of a house walked a man
aproximação. Por fim, o material dita cada ensaio.” 1997 – The three lives of Lucie Cabrol
 SOBRE O VÍDEO E AS MÍDIAS “Eu tenho algo a dizer, 1999 – The Caucasian Chalk Circle
eu uso todos os meios disponíveis para dizer (...) eu 1999 – Mnemonic
também penso que essas são apenas ferramentas. Para 2000 – Light
2000 – The noise of time
mim, o vídeo é um evento totalmente humano.”
2002 – Genoa 01
 “Imagens em movimento são uma parte tão grande de 2003 – The Elephant Vanishes
nossas vidas.” 2004 – Strange Poetry
 SOBRE O DIRETOR “Ao invés de diretor, eu diria que 2004 – Measure for measure
eu sou um ‘fazedor de teatro’. Eu penso no diretor 2007 – A disappearing number
como um trabalho falso, de qualquer forma.” 2008 – Shun-kin
2009 – End game
 “Eu não tenho nenhum problema com isso porque eu
2010 – A dog’s heart
acho que o teatro é uma profissão charlatã; e o 2011 – The master and margarita

You might also like