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Universidade Pedagógica
Maputo
2018
i
Supervisor:
Universidade Pedagógica
Maputo
2018
ii
Índice
Lista de abreviaturas e siglas..............................................................................................................................v
Lista de Tabela...................................................................................................................................................vi
Lista de Figuras.................................................................................................................................................vii
Lista de Gráfico...............................................................................................................................................viii
Declaração.........................................................................................................................................................ix
Agradecimentos..................................................................................................................................................x
Resumo..............................................................................................................................................................xi
CAPÍTULO I -INTRODUÇÃO.......................................................................................................................13
1.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................13
1.2 Tema.................................................................................................................................................13
1.3 Delimitação de tema.........................................................................................................................14
1.4 Problematização................................................................................................................................14
1.4.1 Questão de partida....................................................................................................................14
1.5 Justificativa.......................................................................................................................................14
1.6 Objectivos do trabalho......................................................................................................................16
1.6.1 Objectivo Geral.............................................................................................................................16
1.6.2 Objectivos Específicos..............................................................................................................16
1.7 Questões científicas..........................................................................................................................16
1.8 Estrutura da monografia....................................................................................................................16
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................18
2. Correntes principais em ergonomia..........................................................................................................18
Primeira corrente: o homem como máquina e a adaptação da máquina ao homem..................................18
Segunda corrente: o homem como actor num sistema de trabalho............................................................18
2.2 Metodologia AET – Análise Ergonómica do Trabalho......................................................................19
2.2.1 Análise Ergonómica do Trabalho.......................................................................................................19
2.2.1 Análise da demanda..................................................................................................................20
2.2.2 Análise da tarefa.......................................................................................................................20
2.2.3 Análise da Actividade...................................................................................................................21
2.3 Avaliação de satisfação dos alunos através de um questionário........................................................21
2.4 Design e ergonomia da carteira escolar..................................................................................................21
2.5 Ergonomia de carteiras face á antropometria do individuo.....................................................................22
iii
5.1 Conclusões........................................................................................................................................59
5.2 Limitações........................................................................................................................................60
5.3 Proposta de transformação................................................................................................................61
5.3.1 As instituições...............................................................................................................................61
5.3.2 Aos fazedores/estudantes/players..............................................................................................61
5.3.1 Estudos futuros.........................................................................................................................61
5. Referências bibliográficas........................................................................................................................62
Anexo 1 Tabelas Antropométricas: meninos e meninas – idades entre os 6 e os 12 anos |................................67
Anexo 2: Inquérito dos alunos..........................................................................................................................70
Anexo 3 Medidas do mobiliário (Conjunto mesa cadeira em mm)...................................................................71
Anexo 4 Inquérito para professores..................................................................................................................73
Anexo 5: Questionário submetido ao MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
......................................................................................................................................................................... 75
Anexo 6 Questionário submetido ao MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
Resposta sobre as especificações técnicas........................................................................................................78
Apêndice 1 Plano de actividades para a recolha de dados para o Trabalho de Conclusão de Curso de
Licenciatura em Design e Tecnologia de Artes Visuais na Escola Superior Técnica-ESTEC...........................79
Apêndice 2: Princípios ergonómicos relativos ao mobiliário escolar................................................................80
v
Lista de Tabela
Tabela 1 Tabulação para avaliação ergonómica. Fonte: COUTO, 1995.............................................22
Tabela 2: Dimensões da carteira...........................................................................................................30
Tabela 3: Amostra proporcional estratificada.....................................................................................31
Tabela 4: Medidas de cadeira e mesa (tipo de carteira e sala) mostrar as três variedades das medidas
de carteira por sala................................................................................................................................39
Tabela 5 Medidas antropometria dos alunos das três classes. Fonte: Adaptado (INT, 1988).............39
Tabela 6: Comparativa das dimensões antropométricas e de carteiras................................................39
Tabela 7 Para si o aluno presta mais atenção......................................................................................41
Tabela 8 Principais motivos de perda de atenção para aluno..............................................................42
Tabela 9 Adequação da parte de assento na carteira dos alunos?.........................................................44
Tabela 10: Carteira é o motivo de desconforto do aluno......................................................................45
Tabela 11 Influência da carteira na concentração e aproveitamento escolar do aluno........................45
Tabela 12: Classificação geral da carteira na sala de aula...................................................................46
vii
Lista de Figuras
Figura 2 Carteira monobloco de estrutura metal. Fonte: Arquivo do Autor........................................28
Figura 3: Ergonomia Projecto e Produção, Itiro Iida, 1990.................................................................35
Figura 4 Alunos da primeira classe na Sala de aula EPC de Unidade 5 (Autor).................................37
Figura 5 Tentativa de se manter na cadeira aluno se apoiam aos pés da mesa. (Autor)......................37
Figura 6 Abdução do braço para aluna escrever. EPC de Unidade 5. Autor........................................38
viii
Lista de Gráfico
Gráfico 1:Género e nível académico dos professores..........................................................................38
Gráfico 2 Adequação das carteiras aos alunos.....................................................................................40
Gráfico 3: Dimensões da mesa.............................................................................................................42
Gráfico 4: Conforto do aluno em relação aos conjuntos mesa-cadeira................................................47
Gráfico 5 Costas sobre encosto e os pés no chão.................................................................................48
Gráfico 6 Acham que as carteiras deveriam ser diferentes..................................................................48
Gráfico 7 Escrever com costas sobre encosto e os pés no chão...........................................................49
Gráfico 8Adequação da altura da mesa................................................................................................49
Gráfico 9: O tamanho do tampo das mesas é o ideal...........................................................................50
Gráfico 10:Dores nas costas.................................................................................................................51
ix
Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do (s) meu
(s) supervisor (s), o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de
qualquer grau académico.
________________________________________________
Jossias Narciso Pedro Moiane
x
Agradecimentos
Gostaria em primeiro lugar conferir gratidão ao Deus, meu guia paciente e piedoso durante o
desenvolvimento desta actividade de pesquisa.
Quero igualmente agradecer ao Prof. Dr. Daniel Dinis da Costa, meu orientador, pelo apoio em todas
as etapas da elaboração deste trabalho.
A minha esposa, Marta Castigo e meus Filhos Amadinha, Raiana, Betinho, Niwton e Sílvia vai o meu
profundo agradecimento pela confiança, motivação e inúmeros momentos que os privei da minha
companhia;
Minha gratidão se estende aos meus sogros, Castigo Mateus e Luísa pelo apoio e confiança
demostrada.
Aos meus irmãos, Benjamim, Raulina Betinho e Dinho meus primos José e Fenias, cunhados Faduco
e amigos, Aníbal e Salé pela força e apoio moral nesta jornada.
Meus agradecimentos são extensivos também aos professores Lourenço Cossa e Roberto
Macarringue e colegas de Curso Licenciatura e Tecnologia de Artes Visuais, pois juntos trilhamos
uma etapa importante de nossas vidas.
Aos professores da EPC Unidade 5 e alunos no geral que aceitaram ser entrevistados para a
realização deste estudo vai o meu grande reconhecimento.
A todos e todas que directa ou indirectamente contribuíram para que esta pesquisa fosse uma
realidade, os meu kanimanbo.
Muito Obrigado!
xi
Resumo
A presente pesquisa objectivou analisar os aspectos ergonómicos das carteiras escolares às características
antropométricas dos alunos das Escolas Primárias com aplicação daAnáliseErgonómicadoTrabalho, visando melhorias na
inteiração de aluno e carteira na sala de aula.O estudo foi uma pesquisa qualitativa na abordagem do problema. A amostra
foi de 80 alunos e 16 professores da EPC Unidade 5, com recurso a inquérito, observações, medições e entrevistas
semiestruturadas. Os resultados mostram que aplicação da AET nas salas de aulas das turmas de 1ª 3ª 5ª e 7ª classes e
verbalizações junto dos técnicos do MENEDH, permitiu um demandas, além de confirmar a validade dos três
pressupostos levantados quanto à postura dos alunos na carteira, dimensões das carteiras desproporcionais com a
antropometria dos alunos e instrumento que regulamenta a produção e distribuição de carteiras escolas. Dos resultados,
25% dos professores do 1º ciclo e 31.25% professores do 2º ciclo avaliaram de medíocre, isto por que os alunos destas
classes as suas dimensões não se ajustam nessas carteiras e 59.09% da 1ª classe, a sua postura era inadequada. No tocante
ao conforto, mMaior parte de alunos, consideraram não haver conforto nas carteiras portanto, de acordo com os
resultados, salienta-se a importância do melhoramento ergonómico da cadeira escolar e a necessidade de criação de um
critério de adequação ergonómica que atenda aos requisitos de saúde e segurança neste ambiente, visando melhorar a
qualidade de vida e prevenir o aparecimento de lesões e alterações músculo-esqueléticas nos alunos. E através de uma
ergonómica correcta, ou alocação de carteiras não estandardizadas, poderá promover uma harmonização, com relação aos
problemas causados pela interacção do aluno e carteira. Porque a presente pesquisa é análise do mobiliário segundo os
conceitos de ergonomia do trabalho, não podemos aprofundar a discussão sobre o design destas carteiras, sendo então
esta a recomendação para o desenvolvimento de futuras pesquisas.
Abstract
This research aimed to analyze the ergonomic aspects of school desks with the anthropometric characteristics of primary
school students with the application of ergonomic work analysis, aiming at improvements in the student's and school
desks’ interaction in Classroom. The study was a qualitative research in the approach of the problem. The sample
consisted of 80 students and 16 professors of the EPC Unit 5, with the use of survey, observations, measurements and
semi-structured interviews. The results show that the application of the AET in classrooms of the classes of 1st 3rd 5th
and 7th classes and verbalizations with the Ministry of Education and Human development, allowed a demand, besides
confirming the validity of the three assumptions raised regarding the Students ' posture in the school desks, dimensions of
school desks disproportionate to the anthropometry of students and instrument that regulates the production and
distribution of school desks. Of the results, 25% of the teachers of the 1st cycle and 31.25% teachers of the 2nd cycle
evaluated of mediocre, this because the students of these classes their dimensions do not fit in these school desks and
59.09% of the 1st class, their posture was inadequate. Regarding comfort, most students considered that there was no
comfort in the school desks, therefore, according to the results, the importance of the ergonomic improvement of the
school chair is emphasized and the need to create a criterion of adequacy Ergonomic that meets the health and safety
requirements in this environment, aiming to improve the quality of life and prevent the onset of injuries and
musculoskeletal alterations in the students. And through a correct ergonomics, or allocation of non-standardized school
desks, it can promote harmonization, with respect to the problems caused by the interaction of the student and school
desks. Because this research is an analysis of the furniture according to the concepts of ergonomics of the work, we
cannot deepen the discussion about the design of these school desks, and this is the recommendation for the development
of future researches.
Keywords: ergonomics, school desks, inadequacy, anthropometry, student and posture.
13
CAPÍTULO I -INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
A história da evolução do homem está sempre foi e é acompanhada pela busca de conhecimentos
entre os seus semelhantes, passando as suas experiências de geração em geração. Para tal, definia-se
um ambiente próprio, com determinadas características, de modo a favorecer ambiente de
aprendizagem. O seu Layout ou Leiaute1 se mostrava com posicionamento do instruendo de um lado
e o mestre de outro lado, no chão ou usando tronco de árvore e eram criadas para estarem na posição
sentada.
Segundo PINHO (2005), no Século XIII, nas escolas medievais cristãs inicia o uso de mobiliário
para a prática de aprendizagem e mais tarde nas escolas públicas e particulares, até ao início do
século XX, composto de uma bancada com assento para ocupação colectiva. Entretanto, a nova
realidade industrial faz com que, antes mesmo do início deste século, apareçam alternativas de
carteira escolar. PASCHOARELLI (1997) aponta que o surgimento da BAUHAUS (1919) desperta
novos conceitos sobre concepção de desenhos. Inovações como a proposta por BREUER (1930)
apresentam um desenho estrutural contemporâneo inédito até então em carteiras escolares. A
conformação diferenciada dos materiais para a construção das cadeiras apresenta curvas que
acomodam perfeitamente e adequadamente seu usuário. As propostas da Bauhaus reflectiram no
interesse pela adequação da carteira ao uso do aluno. Nessa década, esse interesse é consolidado a
partir dos estudos de PERKINS & COCKING (1949), apoiados em dados antropométricos aplicados
ao mobiliário escolar, no qual também apontam problemas ergonómicos nos mobiliários escolares
que são classificados como antigos e insatisfatórios. Este, estudo realizados propõe soluções de
adequação da carteira, para escolas do sector público no País, iguais às propostas pela Bauhaus. Essa
semelhança é percebida até as décadas actuais, o que confirma a importância da Bauhaus no processo
de incorporação do design e da ergonomia nos projectos de carteiras escolar.
Com Contudo, as carteiras usadas em Moçambique a disposição do SNE, não observam os avanços
tecnológicos por forma a melhorar cada vês mais o bem-estar dos alunos. Esta situação pode estar
acontecer devido provavelmente, por falta de instrumento ou manual técnico para a produção e
distribuição de mobiliário escolar bem como a sensibilidade nos aspectos ergonómicos na concepção
e alocação deste mobiliário que proporcione o conforto e bem-estar dos alunos.
1.2 Tema
O tema da presente monografia é: Análise Ergonómica de Mobiliário Escolar às Características
Antropométricas de Crianças com Impacto na sua aprendizagem nas Classes Iniciais: Caso da Escola
Primária Completa Unidade 5, Cidade de Maputo.
1
Layout é uma palavra inglesa, muitas vezes usada na forma portuguesa "Leiaute", que
significa plano, arranjo, esquema, design, projecto.
14
1.4 Problematização
Com a construção de infra-estruturas melhoradas, e alocação de carteiras escolares, constata-se no
meio disso problemas que condicionam a deformação físico-esquelética das crianças, tornando-as
portadoras de lesões precoces aliados às características de carteiras existentes, nas escolas do ensino
primário, pois estes não respeitam as características antropométricas dos utentes.
A utilização das escolas primárias no curso nocturno ao serviço de cidadãos que por vários motivos
não adquiriram certos níveis exigidos para vários fins, pois pela variação das características
antropométricas destes alunos leva-os a encontrarem dificuldades no uso de carteiras existentes nas
escolas primárias.
A falta de instrumento legal e sensibilidade em relação aos aspectos ergonómicos na produção e
distribuição de carteiras, concorre para que uma criança de 6 anos ao interagir com a carteira, faz
com inúmeras dificuldades, os pés não tocarem no chão o que contribui para a pressão sobre a coxa
da perna a tensão exercida na coluna para atingir a tampa da carteira.
Figure 1Figura 1 Aluno sentado Escola Primária Completa Unidade 5. Fonte Autor Ao
longo do curso, na cadeira de ergonomia, definiu a ergonomia e percebeu-se que a máquina é que
deve se ajustar ao homem e não o contrário. Com seminários e por sorte o docente nos propôs um
tema que tinha a ver com a metodologia usada para avaliação ergonómica de carteiras escolares que
culminou com um artigo, surgiu o interesse pela matéria que levou a iniciar o desenvolvimento desta
pesquisa no ano 2016 tendo depois participado na IXª e Xª Jornadas Científicas Estudantis da Escola
Superior Técnica com o tema da presente monografia. Sabe-se que a idade para ingresso no ensino
primário, no nosso País é a partir dos 6 anos. Nessa idade as alturas das crianças fazem com que os
pés não toquem no chão, pois que não tem outra estrutura na carteira, que podia apoiar os pés quando
sentados, fazendo com que se exerça pressão sobre a coxa, perda de equilíbrio e esforço da lomba,
para atingirem o tampo da mesa onde realizam o trabalho de escrita.
O nosso sistema músculo-esquelético quando estamos sentados numa postura inadequada,
activamente procura responder e quando sobrecarregámo-lo vezes sem conta sentimos dores. A
definição da ergonomia que adopta o trabalho ao trabalhador neste caso aluno, torna necessário fazer
medições das carteiras por forma a encontrar um padrão de carteiras que vão as necessidades
antropométricas do aluno. Entendemos que a relevância desta pesquisa contribui, directamente para
se adoptar um mobiliário que vai de acordo a cada necessidade ou especificação antropométrica de
cada ciclo. Através de estudiosos da área, que apontam a necessidade de colocar a disposição
carteiras que garantem conforto aos alunos, como(FRANCO,2005&HIRA,1980), ´´carteiras
escolares estão entre as mais importantes e oportunas providências para estudantes de uma
instituição educacional. Sendo assim, para o mérito do termo educacional, essas carteiras devem
proporcionar a máxima função na facilidade da leitura, para qual ela deve permitir e encorajar uma
boa postura de assento...”. Afirma, ainda, que “...uma desconfortável postura do corpo destrói o
interesse do estudante durante uma maior permanência na leitura”(…)“inadequados hábitos de
postura de trabalho adoptados na fase infantil podem ser problemáticos para o trabalho e a saúde (...)
do indivíduo adulto´´ (PASCHOARELLI, 1997, p.7 & KARVONEN et al. 1962).
16
técnicas e instrumentos que serão usados na recolha de dados, a descrição do campo de pesquisa, a
população bem como a amostra escolhida. O CAPÍTULO IV- Apresentará os resultados, a análise
dos mesmos e por fim o CAPITULO V-sobre as considerações finais, estudos futuros, limitações,
propostas de transformação e referência bibliográfica necessária nesta monografia.
18
Esta abordagem privilegia a dinâmica da actividade humana no trabalho muito mais que a
permanência das características físicas e fisiológicas. O trabalho é analisado como um processo onde
interagem o operador, actor capaz de iniciativas e de reacções, e o seu ambiente sociotécnico, ele
também evolutivo e passível de alteração. O trabalho toma um sentido, em todas as acepções deste
termo. (Ibid. p. 37).
19
A ergonomia é mais frequentemente centrada na singularidade dos episódios de trabalho que sobre a
construção de conhecimentos transferíveis a outras situações similares. Em contrapartida, ela pode
responder à ‘“ergonomia dos factores humanos”’ que esta última cessa de ser útil onde precisamente
os responsáveis pela produção têm hoje a maior necessidade de conselhos: as situações críticas, em
que são as competências dos operadores (e não somente o seu conforto postural ou visual) que
permitem evitarem as catástrofes. A ergonomia contemporânea não pode mais satisfazer-se em
propor mostradores mais legíveis. Deve também forjar instrumentos que permitam mais localmente,
mais individualmente e, por conseguinte, mais lentamente e mais dispendiosamente - analisar os
processos de interacção entre os operadores e o seu ambiente, a fim de alterar os próprios processos,
agindo igualmente tanto sobre as competências dos operadores quanto sobre a organização do
trabalho ou ainda sobre as características dos sistemas técnicos. É a este preço que a informação
legível torna-se significativa para o operador. (Ibid, p. 39).
Fazendo um levantamento de dados obedecendo estes três níveis poderá conseguir ver as situações
reias e recomendar as possíveis superações. A seguir far-se-á o detalhamento de cada uma das fases.
perfeitamente e adequadamente seu usuário. Essas propostas marcam a preocupação com o conforto
e bem-estar psicofísico, presente na estrutura limpa e bem finalizada nos detalhes, que reporta a uma
estética agradável.
As propostas da Bauhaus reflectiram no interesse pela adequação da carteira ao uso do aluno. Nessa
década, esse interesse é consolidado a partir dos estudos de PERKINS & COCKING (1949),
apoiados em dados antropométricos aplicados ao mobiliário escolar, no qual também apontam
problemas ergonómicos nos mobiliários escolares que são classificados como antigos e
insatisfatórios.
Esse estudo propõe soluções de adequação da carteira, para o uso escolar, semelhante às propostas da
Bauhaus. Essa semelhança é percebida até as décadas atuais, o que confirma a importância da
Bauhaus no processo de incorporação do design e da ergonomia nos projectos de carteira escolar.
Nas décadas seguintes, ocorreu um processo de desenvolvimento e amadurecimento de conceitos
para o mobiliário escolar. Esse processo deu-se no âmbito do design, com atenção voltada não só à
ergonomia, mas também para a utilização de materiais, funcionalidade, cor e viabilidade de
produção. Esse é o caso do projecto de mobiliário proposto por BONSIEPE (1978), que mais tarde é
adoptado pela Unesco como solução de mobiliário escolar para os projectos de reconstrução e apoio
aos países mais pobres.
O estudo da ergonomia tem como objectivo integrar harmonicamente o homem com seu posto de
trabalho. A ergonomia tem aplicações gerais de convivência do ser humano para gerar bem-estar,
conforto e êxito nas actividades que desenvolve diariamente. Com a ajuda da ergonomia pode-se
adaptar de forma usual, o espaço interactivo de ensino relacionando a actividade, o espaço e seu
mobiliário. (IIDA, 2005).
A definição dos limites das medidas deve ter como base a antropometria do aluno e o tipo de
actividade que vai realizar. A falta de uma perfeita conexão entre antropometria e o aluno não pode
ser logo mantida sem o comprometimento da saúde e desempenho dos alunos.
24
Ilustração 1:Postura de um aluno na escola, reproduzido no Adobe Ilustrador pelo autor 2018. Fonte:
www.itcvertebral.com.br
Nesse sentido, uma forma de possibilitar a obtenção de dados de tal variável seria através da
avaliação postural. A partir dela é possível a definição de um diagnóstico e, caso necessária, a
escolha da conduta de reabilitação (GUENNO ET Alet. al.., 2001& PEREIRA, 2003). Isto é
importante quando se observa que padrões posturais correctos na vida adulta estão relacionados à
postura adequada na infância ou à correcção precoce de desvios posturais nessa fase (MARTELLI&
TRAEBERT, 2006).
A Ergonomia deve estar presente na vida das pessoas de forma abrangente e eficiente. Caso não se
respeite algumas regras posturais, pode provocar não só fadiga, mas também dores lombares. A
cadeira apresenta vantagens, entre elas, segundo ILDA, (1989):
Reduz o consumo energético;
Diminui a pressão mecânica sobre os membros inferiores;
Alivia o trabalho do coração, reduz a pressão sanguínea nas pernas e pés;
Evita que o corpo oscile como quando está em pé;
E possibilita o uso de mãos e pés simultaneamente.
as vértebras torácicas para fora de sua posição normal, resultando em cifose, ou cifose postural por
ser causada por má postura (PAI, 2016).
Outra doença relacionada com a má postura, apesar de não existirem estudos mais aprofundados que
relacionam as dores ou danos da coluna com a maneira de sentar, é a escoliose, que segundo
STAHELI, (2008. P. 218), as causas da escoliose são numerosas, costuma ser definida simplesmente
como uma deformidade do plano frontal da coluna> 10°. No entanto, essa deformidade e muito mais
complexa e inclui significativos componentes transversos.
26
A palavra é de origem latina e contem em si o termo signum, que significa o mesmo que a palavra
alemã Zichen (‘signo’, ‘desenho’). Para o (ICSID 2) propõe uma definição mais abrangente e
humanitária de Design, mais pr6xima de nossa actual realidade:
Design e uma actividade criativa cujo objectivo e estabelecer as qualidades multifacetadas dos objetos,
processos, serviços e seus sistemas durante todo o seu ciclo de vida. Desta forma, o design e o factor
central de humanização das inovações tecnol6gicas e o factor crucial das mudanças culturais e
económicas. Sendo assim, a tarefa do design e compreender e avaliar as relações organizacionais,
funcionais e económicas, com a missão de: Garantir a ética global (por meio da sustentabilidade),
social (permitindo a liberdade aos usuários, produtores e mercado) e cultural (apoiando a diversidade).
Dar aos produtos, serviços e sistemas, suas formas expressivas (semiologia) e coerentes (estética) com
suas pr6prias características e complexidades (ICSID, 2010).
2
International Council of Societies of Industrial Design
27
2.2.2 Ergonomia
De acordo com IIDA (1990) a Ergonomia e definida como: "o estudo da adaptação do trabalho ao
homem. Este trabalho abrange não apenas as maquinas e equipamentos utilizados para transformar
os materiais mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e o seu
trabalho. Isto envolve o seu ambiente físico, os aspectos organizacionais de como seu trabalho é
programado e controlado para produzir os resultados desejados".
2.2.3 Antropometria
Antropometria é o estudo das medidas físicas corporais, em termos dos tamanhos e das proporções,
que são dados de base para concepção ergonómica de produtos. (GUIMARÃES, 2001).
2.2.4 Postura
A postura pode ser definida como o estado de equilíbrio dos músculos e ossos. Nas posições em pé,
sentado ou deitado, haveria protecção de demais estruturas do corpo humano (BRACCIALLI;
VILARTA, 2000). PERES (2002, p.35) “considera-se que o homem é um ser em movimento, desta
forma, a postura sentada transgride essa característica humana básica, trazendo, como consequência,
incómodos físicos”.
2.2.5 Aluno
Pessoa que recebe formação de um ou mais professores, geralmente num estabelecimento de ensino,
de forma a adquirir e/ou aumentar os seus conhecimentos em diversas áreas; discente; estudante,
ttps://www.infopedia.pt/dicionários/língua-portuguesa.
2.2.6 Carteira escolar
Uma carteira escolar é um móvel habitualmente encontrado nas escolas, desenhado a fim de
propiciar aos alunos acomodação adequada para assistir às aulas. Usualmente se constitui por uma
cadeira e uma mesa de superfície plana, permitindo que o aluno escreva de modo livre sobre ela,
contando ainda com espaço para guardar livros, cadernos e afins. (WILKPÉDIA 2018).
28
Em Moçambique, não existe pesquisas e/ou publicações que especificam dados antropométricos da
população infantil e a cada grupo de idade para facilitar a projecção de carteiras escolares,
socorrendo-se a certas referências científicos já estudados. Para a concepção de carteiras escolares o
Sector de Edução tem recorrido a estas referências, havendo necessidade para a realização de um
levantamento antropométrico pois, as características dos indivíduos variam de região, cultura e etnia.
De modo geral, as características antropométricas dos seres humanos geram algumas “regras” para
seu equilíbrio em postos de trabalho. Para que haja um equilíbrio, individuo e mobiliário escolar, o
País deverá fazer periodicamente uma revisão de carteiras escolares.
Segundo o Ministério de Educação, até ao início da década 90, as carteiras era feita de madeira
maciça.
Em 1990 foi concebido um projecto de carteira, Fig. 2, com estrutura metálica, e elementos
horizontais de madeira.
Em 2012, inicia um programa para fornecer carteiras em todas as escolas Primárias sem carteiras.
Antes deste ano colocavam carteiras em escolas novas e reabilitadas.
Em 2014, foi proposto um novo modelo, ilustração 5, visto que o anterior era monobloco todo
soldado, para um modelo constituído por estrutura metálica desmontável. Para ser utilizado por
alunos na sala de aula. Os elementos de madeira da carteira (o tampo, prateleira para guardar livros,
assento e encosto) devem ser firmemente apoiados sobre a estrutura metálica e fixados por parafusos
para madeira de ø 8mm de cabeça arredondada ou quadrada com porca com anel de Náilon ante
vibração. O parafuso na parte superior deve ser abaixo do nível do tampo da mesa para a protecção
29
do estudante. O tampo, prateleira para guardar livros, assento e encosto de madeira em xanfuta ou
umbila ou eucalipto ou um outro tipo de madeira maciça que mostre características físico-mecânicas
de alta resistência e densidade mínima 690-710 Kg/m3, excluindo pinho. E a madeira: É lixada e
polida com duas de mãos de cera. MINED (2014)
Ilustração 5:Estrutura metal desmontável de carteira com elementos horizontais de madeira, Fonte: MINED
(2014)
A estrutura metálica deve ser em tubo redondo de 32 mm de diâmetro externo e 1.6 mm de
espessura. Todos os componentes metálicos serão protegidos contra a corrosão, lavado com
desoxidante e desengordurante intercalado com banhos de água doce potável. Limpeza com jacto
abrasivo seco de calibre fina. Cobertura imediata com anticorrosivo e revestimento com uma camada
de 50 microns de pintura Epoxy e acabamento plastificado. Todas as uniões devem ser devidamente
soldadas electricamente a CO2 e sem apresentar rebarbas. A estrutura metálica deve assegurar a
robustez e estabilidade dos elementos de madeira da carteira. MINED (2014).
Tabela 2: Dimensões da carteira
Como pode-se depreender, são carteiras desmontáveis num único padrão. Foram concebidas para
rentabilizar o custo de transporte, dado que as mesmas, podem ser montadas no local da entrega
(escola), estado descartado a questão de acessibilidade por parte das crianças das classes inicias. E se
o fazem, é de uma forma que concorre para a sua instabilidade, segurança e desconforto quando
interagem com ela.
31
CAPÍTULO III-METODOLOGIA
Como parte fundamental da pesquisa, a metodologia visa responder ao problema formulado e atingir
os objectivos do estudo de forma eficaz, com o mínimo possível de interferência da objectividade do
pesquisador (SELLTIZ et al., 1965), referindo-se às regras da ciência para disciplinar os trabalhos,
bem como para oferecer directrizes sobre os procedimentos a serem adoptados
3.1 Tipo de pesquisa
O estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, quanto à natureza da pesquisa e quanto a aos
objectivos de descritiva. Segundo GIL (1999), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal
a descrição das características de determinada população ou fenómeno, ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. (SELLTIZ et al. 1965), busca descrever um fenómeno ou situação em
detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exactidão, as características
de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos. O
modelo utilizado na pesquisa foi a abordagem de acção ergonómica proposta por (GUÉRIN et al.
2001).
3.2 Designação do estudo
Trata-se de um Estudo de Caso em que são pesquisadas as características ergonómicas das carteiras
face a antropologia dos alunos, cuja linha de pesquisa desenvolvida ocorreu através da pesquisa
qualitativa, sendo adoptado como instrumento de pesquisa a realização de uma Análise Ergonómica
do Trabalho (AET) que é direccionada à análise da actividade e embasada na averiguação das
situações de trabalho, ela promove a adaptação do trabalho ao homem e centraliza sua atenção na
transformação dos agentes determinantes de dado cenário de trabalho.
3.3 População e Amostra
Universo de pesquisa ou população, segundo STEVENSON (1981), consiste no todo pesquisado, do
qual se extrai uma parcela que será examinada e que recebe o nome de amostra. O universo da
pesquisa contempla todos alunos e professores da EPC de Unidade 5 do Bairro Amílcar Cabral,
estimados em 801 alunos e 26 professores. A amostra foi seleccionada de forma estratificada, que é
aplicada quando há a necessidade de dividir a população em estratos homogéneos, como exemplo,
por classe social, faixa etária, sexo etc. OLIVEIRA (2011 72 p.: il.)
Tabela 3: Amostra proporcional estratificada.
Sexo População 10% Amostra
Masculino 490 49.00 % 49
Feminino 311 31.10% 31
Total 801 80
32
Foram totalizados 80 alunos, sendo 20 para cada classe nomeadamente da 1ª classe 3ª classe,5ª classe
e 7ª classe como amostra, por meio de uma consulta das professoras das turmas, a fim de identificar
os alunos com habilidade de leitura e escrita de modo a flexibilizar na colecta dos dados, e 16
Professores para dar a sua opinião a cerca do assunto.
3.4.6 Observação
Para a observação assistemática, foram anotadas a quantidade e as condições de uso das carteiras
escolares por parte dos alunos. Observou-se a postura, dos alunos sentados, e que deveria ser
necessário respeitar alguns parâmetros ergonómicos: os pés das crianças devem estar apoiados no
chão ou em alguma estrutura; seus joelhos deveriam estar flectidos a 90º; o encosto da cadeira
deveria estar apoiado na região tóracolombar; e a mesa deve estar na altura do cotovelo, em flexão de
90º com as mãos em posição funcional. Nesta altura fez se ainda através da Máquina fotográfica a
Captação de fotografias, para mostrar a forma como o aluno se sentam na carteira.
3.4.7 Medição
Este método segundo (IIDA 2005), chama-se directo, e efectua a medição do corpo usando balança,
transferidor, fita métrica parquímetro e trama métrica. Segundo o mesmo autor, sempre que for
possível e economicamente justificável deve se efectuar directamente através de uma amostra
significativa de indivíduos. Para a colecta medidas de carteiras e dos alunos através de medição com
maior destaque as seguintes parte da carteira: Cadeira-altura do assento e encosto, inclinação do
assento e do encosto e profundidade e largura do assento e encosto; Mesa-altura, profundidade e
largura do tampo da mesa e; Alunos-medidas antropométricas estática dos alunos na posição sentada.
ao pesquisador aumentar a precisão dos dados recolhidos, bem como prolongar a duração das
observações.
• Entrevista informal - nesta entrevista não existiu um protocolo estabelecido com questões prévias
para os alunos da 1ª classe. Os entrevistados foram convidado a discorrer livremente sobre algumas
questões dirigidas pelo entrevistador. O que caracteriza este tipo de entrevista, é o fato de não haver
obrigação de uma amostra representativa, nem de uma análise estatística das informações.
A através de análise ergonómico procuramos interpretar os dados buscando respostas para a questão
de pesquisa, apesar de todo o desenvolvimento ocorrido, nos últimos anos, a prática da ergonomia
em Moçambique ainda é relativamente desconhecida pela falta de sistematização de uma
metodologia de análise Ergonómica que permita aos gestores da educação alocarem carteiras que vão
de acordo com as especificações ergonómicas dos alunos do ensino primário. Logo, para a aplicação
da análise da demanda na EPC Unidade 5, contando o tempo de estudos na ESTEC, análise dos
dados, elaboração e apresentação do relatório, foram necessários ao todo 28 dias.
Atendendo que o ingresso em Moçambique é a partir dos 6 anos de idade, as carteiras alocadas nas
escolas, são produzidas tendo em conta as características antropométricas dos alunos das classes
iniciais do Ensino Primário do 1º Grau? A entrevistada foi clara ao responder que não, sobre os quais
ela fala: a preocupação do Estado no momento é tirar as crianças do chão com alocação de carteiras,
apesar dessas não observarem os aspectos ergonómicos em função da antropometria dos alunos do 1º
ciclo.
Questiono a técnica, se o sector de educaçãoo, possui um guião prático para a produção e
distribuição de mobiliário escolar e quais são os critérios usados para o processo de produção de
carteiras escolares ainda não e ela comenta: existe especificações técnicas que foram concebidos no
âmbito de adjudicação para a produção de carteiras e que os critérios usados para o processo de
produção, são previstas no Decreto n.º 5/2016,de 8 Março, Novo Regulamento Contratação Pública
em Moçambique.
A inquerida demostrou a preocupação do Ministério quanto a um instrumento que regula a produção
de mobiliário escolar que atenda as características dos alunos e comenta: do momento ainda não o
Ministério já pensou no assunto mais não há condições para a sua implementação. Por que a questão
da ergonomia está sendo pensado como um todo. O foco do Ministério está em tirar as crianças no
chão, apetrechando as escolas em falta, calculadas em 700 mil carteiras equivalente a 210 milhões de
Dólares (Americanos???), feito isso, poderá se pensar na ergonomia.
Estudos realizados no Brasil por HEINZ (1999), culminaram com a obra CADERNOS TÉCNICOS
I: Ensino fundamental: mobiliário escolar, para atender aos objectivos do Projecto
37
FUNDESCOLA4, dá recomendações Técnicas aplicáveis ao mobiliário escolar para uso nas escolas
de primeiro grau. Os organismos responsáveis pelas especificações e pela aquisição do mobiliário
para as escolas, podem usá-las, adequando-as às exigências e condições de cada região. As
recomendações servem também ao sector pedagógico, para melhor utilização do material.Para que a
ergonomia contribua na produção de carteiras que vão de acordo com a antropometria dos
utentes, é necessário um instrumento previamente elaborado como balizar da produção e
distribuição de mobiliário que favoreça as melhores condições de postura dos alunos.
4
Projecto Fundescola: Coordenação de Instalações Escolares MIC-Brasil 1999
38
Figura 4:Tentativa de se manter na cadeira aluno se apoiam aos pés da mesa. (Autor)
Esta figura 5, é visível a posição que elas tomam para escrever. Compensação que ela faz com os pés
para poder manter-se sentada sem que escorregue para baixo.
O primeiro objecto (parte da bancada da certeira) não se mostrou eficiente pois, devido às limitações
antropométricas dos alunos, o aluno não tinha os pés apoiadas no chão, existia uma pressão entre o
bordo anterior do assento e a face inferior das coxas.
devem ser resolvidos por meio da readequação destes mobiliários, porém estas mudanças tornam-se
difíceis de serem postas em prática devido à falta de sensibilidade de quem é de direito, dos aspectos
ergonómicos na utilização das carteiras escolares para o 1º Ciclo do ensino primário.
Os resultados demonstram algumas inadequações dos equipamentos analisados.
De acordo com MORAES (2001), as muitas posturas assumidas, são tentativas de usar o corpo como
um sistema de alavancas, num esforço para contrabalançar o peso da cabeça e do tronco. Esticar as
pernas pra frente e fechar as juntas dos joelhos, por exemplo, aumenta a base da massa do corpo e
reduz o esforço de outros músculos para estabilizar o tronco. Outras posturas, como segurar o queixo
com a mão enquanto o cotovelo se apoia sobre o braço da cadeira, ou reclinar a cabeça sobre o apoio
da cadeira, são os exemplos das fotografias acima apresentadas neste trabalho.
Tabela 4: Medidas de cadeira e mesa (tipo de carteira e sala) mostrar as três variedades das medidas de
carteira por sala.
Carteira escolar Tampo: 1100x402x22 mm
Altura (até tampo): 697 mm Prateleira: 1100x210x22 mm
Altura (até assento): 426 mm Assento: 1100x224x22mm
Altura (até encoste): 561 mm Encoste: 1100x150x22mm
Altura (até prateleira): 561 mm Espessura da madeira 22 mm
Colectadas as medidas das antropométricas dos alunos, observou-se que todas possuíam as seguintes
dimensões:
Tabela 5 Medidas antropometria dos alunos das 3ª classes. Fonte: Adaptado (INT, 1988)
Medidas Dimensões (mm)
Figura
Antropométricas 1ª Classe 3ª Classe 5ª Classe
Altura do cotovelo,
430 mm 483mm 567mm
Sujeito sentado
Altura póplite,
253 mm 311mm 377mm
sujeito sentado
Profundidade nádega-póplite,
257 mm 292mm 360mm
sujeito sentado
40
Podemos afirmar que 99% das carteiras, não se ajustam a nenhuma idade dos alunos abrangidos pelo
inquérito. Diante de tais evidências, a ergonomia merece importância por favorecer melhores
condições de postura e de uso de utensílios, como carteiras. Com base na incompatibilidade entre as
medidas antropométricas e carteiras encontrado em ambientes escolares e de trabalho, são
recomendadas a utilização de mesas e cadeiras equipadas com mecanismos ajustáveis de altura e
largura (SAARNI et al., 2007; AGHA, 2010 e DOMLJAN et al., 2008).
O estudo realizado no Brasil, para avaliar a qualidade do mobiliário escolar encontrado foi usado,
como base, a NBR5 14006, pois é a única fonte de informações disponível para fabricantes e
usuários. Em apenas uma das cinco escolas analisadas foram encontrados mesas e cadeiras unidas,
formando um conjunto estático. Esse tipo de conjunto não é especificado na NBR 14006 e não existe
nenhuma norma ou portaria do Ministério da Educação especificando que esse tipo de conjunto
escolar é inadequado; no entanto, esse tipo de carteira diminui sensivelmente a mobilidade dos
alunos. Para os estudantes que utilizam esse tipo de mobiliário as maiores queixas são a proximidade
da junção das carteiras com as pernas, o que gera batidas desagradáveis e o fato da mesma carteira
não atender a destros e canhotos. Foi verificado que, nas escolas analisadas, 12% dos alunos são
canhotos, e que na escola onde o mobiliário é unido não existe número suficiente de carteiras para
esses alunos.
4.2 Análise ergonómica da tarefa
4.2.1 Inquérito aos professores
O questionário foi respondido por 16 professores 11 mulheres e 5 homens dentre eles 1 básicos 5
licenciados 8 médios e 1 mestre. Constatou-se que a média de idades dos inquiridos é 37 anos. A
maior parte destes professores encontram-se em actividade, sendo pois professores que passam nas
actuais salas de aula.
5
Norma Brasileira de Normalização
41
Sobre a questão 9, a tabela 7 mostra os resultados sobre a posição dos professores em relação
aprestação de atenção por parte de alunos e surgem duas respostas sendo que 3 (18,8%) consideram
que os alunos prestam mais atenção quando sentam sozinhos e 13 (81.3%) afirmam que prestação
mais atenção quando estiverem sentados insolados. Olhando as respostas a partir dos dados, são
preocupante, uma vez que as carteiras na EPC Unidade 5 são de ocupação dupla. Isso pode estar
acontecendo porque nesta fase de socialização a criança procura interagir com outro colega.Através
de survey envolvendo cerca de 200 professores da Educação Especial, nos Estados Unidos da
América, (NUNES, et al., 1985) foi constatado que: (a) alguns tipos de mobília escolar estavam
associados a comportamentos diruptivos; (b) aspectos do design da mobília escolar foram
considerados inapropriados para o desenvolvimento de tarefas específicas; (c) 47% dos
professores reportaram acidentes envolvendo cadeiras e mesas; (d) 53% dos respondentes
informaram que o mobiliário produzia ruído excessivo quando deslocado; (e) 58% desses
professores disseram que seus alunos permaneciam na posição sentada por um período que variava
de três a quatro horas diárias; (f) somente 9% desses professores foram solicitados a opinar sobre o
tipo de mobiliário a ser adquirido pela escola.
Os dados da tabela 8 indicam os principais motivos de perda de atenção para alunos, apontando que
dos 3 (19,2 %), professores alegam que os alunos perdem a atenção por acústica da sala, fadiga e
ambiente, respectivamente; 4 (25%) indicam a desmotivação da aula e 9 (56.3%) conversa entre
alunos. Na verdade os ruídos perturbadores uma vez que a EPC Unidade 5 encontra-se perto de uma
oficina metalúrgica a acústica da sala deixam desejar, pelo facto de estar dentro de uma comunidade
com pouco espaço para os alunos pode estar aliadas ao mau ambiente. A fadiga pode estar
relacionada com o tipo de carteiras que os alunos usam uma vez que são de dimensões maiores e
leva-os a ficarem cansados pois, a pressão que sofrem na coxia, a curvatura que fazem da coluna,
actividades demasiado prolongadas, coloca-as fadigadas. A desmotivação estaria relacionada com a
falta de interesse no trabalho, a má qualidade dos materiais da sala, a altura do quadro (quando muito
baixo), problemas de comportamento. Em relação a conversa entre alunos nos referimos na questão 9
que nesta fase a criança procura se relacionar com outros e quando os professores não ficam atentos
os alunos conversão. A seguir a intervenção de uma professora da 1ª classe que diz que (As carteiras
são altas de mais principalmente para os alunos da 1ª classe o que contribui para que haja agitação na
sala porque estes descem dacarteira várias vezes)6. Isso mostra os vários problemas que se encontram
na sala de aula que constituem motivos de perda de atenção por parte dos alunos.
Na segunda parte do inquérito na questão 11, deu-se mais atenção á à carteira escolar onde 16
inqueridos divibid se quanto adequação das carteiras dos alunos, sendo que 25% dos professores do
6
Aziza Macamo, Professora da 1ª classe na EPC de Unidade 5 a mais de 8 anos.
43
Deve, sempre que possível, ser estofada, para haver redução da pressão na região posterior
das coxas, facilitando a circulação e reduzindo a pressão nos discos intervertebrais;
A dimensão Antero-posterior do assento não pode ser muito comprida nem muito curta; o
tamanho ideal é aquele onde as coxas ficam completamente apoiadas, mas sem compressão
da região posterior dos joelhos;
A borda anterior do assento deve ser arredondada;
Deve possuir apoio para o dorso;
O ângulo entre o assento e o apoio dorsal deve ser regulável ou estar posicionado em um
ângulo de 100 graus;
O apoio para o dorso deve ter uma forma que acompanhe as curvaturas da coluna;
Deve haver espaço na cadeira para acomodar as nádegas.
44
(1984) é apropriada quando apresentar encaixe para as nádegas. O encosto da cadeira deve apoiar a
curvatura da lordose da coluna, caso contrário não permite o suprimento sanguíneo, podendo causar
amortecimento das pernas. A profundidade do assento deve permitir que as coxas fiquem
completamente apoiadas, sem que haja compressão da zona posterior dos joelhos. Ou seja, deve
haver algum espaço livre entre a parte posterior da perna e a extremidade da cadeira (que é
arredondada), evitando-se, assim, pressões sobre a musculatura das pernas. “A profundidade do
assento deve ser determinada a partir do menor comprimento de coxa do usuário, considerando como
limite deste comprimento a região sacra, ou seja, a extremidade do corpo do usuário definida pelas
suas costas quando sentado” BERGMILLER(1999). A largura do assento não deve ser inferior à
menor largura da criança.
Tabela 9Adequação da parte de assento na carteira dos alunos?
Na questão 13 sobre a carteira como motivo de desconforto do aluno, a tabela10, indica que 6 (37.6
%) professores consideram Suficiente, 5 (31.3%) acham medíocre e 4 (25%) classificam de bom.
Fica evidente que as carteiras existentes nas escolas não oferecem o conforto desejado aos utentes,
isso pode ser atribuída à altura da mesa ou carteira que não é adequada para alunos de menor
estatura, forçando-os a se inclinar sobre a mesa para escrever. Esse movimento de inclinar e levantar
pode causar dores musculares nos ombros, pescoço e coluna. O estudo realizado por (OLIVEIRA
et.al.,2011),teve por objectivo verificar os tipos de movimentos feitos pelos estudantes e as possíveis
correlações com os aspectos ergonómicos do mobiliário escolar. Muitos dos movimentos observados
possuíam relação directa com a ergonomia e o design do mobiliário, e pessoas, em ambientes
ergonomicamente ruins, tendem a realizar trabalho de forma menos eficaz, sendo mais susceptíveis a
erros e, no caso apresentado, dificultando a aprendizagem. Chama-se essa autora para evidenciar as
consequências de desconforto que podem ser vistas para além das alegações dos professores, os
movimentos que os mesmos realizam quando não estão confortados em carteiras .
46
Sobre a influência da carteira do aluno na sua atenção e desempenho, ou seja 6 (37.5%) professores
consideram de Bom, 3 (18.8%) e 4 (25.1%) considerarem medíocre e suficiente respectivamente, 2
(12.5%) consideram Muito bom e 1 (6.3%) considera excelente (ver tabela 11). Este dado pode estar
relacionado ao espaço disponível que deve ser suficiente para realizar tarefas, de escrita sem
prejudicar o companheiro de mesa, em caso de mesas para dois. O tampo da mesa deve ter um
ângulo bastante evidente para actividades de leitura. “Pode-se recomendar um ângulo de 15º, ou
mesmo um tampo plano, como solução mais conservadora”(INSTITUTO BIOMECÂNICO DE
VALÊNCIA, 1992), para o caso de escrita.
De forma geral na opinião dos professores, as carteiras para algumas classes avaliam de Bom com
50%, com tudo não têm relações entre as dimensões destas e as do aluno que influenciam o seu
desconforto e podem originar faltas de atenção e concentração (ver tabela 12). A professora
entrevistada,propõe que: ´´as mesas sejam inclinadas para que a postura do aluno seja mais correcta,
e não tenha de realizar tanto esforço para olhar para o quadro, assim como, as cadeiras possuindo
braços de apoio ´´(...) ´´a altura adequada, a largura do tampo (espaço, o ser ajustável a cada
aluno e de serem resistentes´´
47
Dado importante é que o professor que classifica mediocre, 6.3% e suficiente serem das classes
iniciais 1ª e 2ª classes. Nestas classes a antropometria dos alunos mostrou-se bastante desajustada as
carteiras existentes o que se pode generalizar por parte dos professores , ao contrario das outras
classes que alguns aspectos levantados no inquerito iam de acordo com as espectativas dos alunos ao
interagirem com a cartira , tambem por causa das suas dimencoes antropometricas.No final da
análise do inquérito, verificou-se que, no geral, muitos dos assuntos tratados nesta fase de
monografia coincibid e também são constatados por quem está envolvido dentro da sala de aula
e detem legítima opinião, o professor. Estudos desenvolvidos por PASCHOHARELLI (1997), sobre
carteira escolar com objecto de desenvolvimento de educacao infantil atraves da contribuicao do
design e ergonomia salienta que as carteiras escolares para o ensino primário, é uma prioridade no
sector de educação, com tudo é necessário que este mobiliário esteja em conformidade com as
dimensões dos alunos, o que se caracteriza pela observância dos aspectos ergonómicos. As
observações imediatas mostraram problemas ergonómicos da carteira particularmente aqueles
relativas à diferença entre a variação das dimensões dimensional dos alunos por causa da
padronização das carteiras existentes na escola.
suas dimensões. Uma outra intervenção referiu – se que a sala de aula está sem pintura e as vezes
entra água quando chove pelas janelas. ´´A nossa professora usa carteira além da secretária. Os
nossos quadros estão muito encima e eu não consigo escrever no quadro´´. (J.C.M). As respostas
tidas pelos alunos mostraram que não perceberam o que se pretendia dizer sobre o conforto tendo
relacionado com o facto de não sujar a roupa, espaço para colocação d livros, pintura e entrada de
água ao chover, mas ficou a ideia de que as carteiras não são confortáveis.
A partir dos resultados, o que define visualmente o conforto para alguma das respostas corrobora
com “almofadado”, o “estofado”, o “fofo” que está associado ao bem-estar, à comodidade, à
satisfação e ao sentimento e lembrança de conforto(GUIMARÃES et al.,2001), já haviam mostrado
que a avaliação de conforto está relacionada à estética da cadeira.
Se gostavam que carteira da sala de aulas fossem diferentes, percebeu-se das respostas que os alunos
não gostam da mesa que utilizam na sala de aula, ´´essas carteiras são grandes só dá para 5ª classe,
queremos carteiras como de escolinha´´. (M.S). Foram unânimes em dizer que gostariam de ter
carteiras diferentes destes e acrescentaram:´´ as carteiras utilizadas são muito grandes e feio´´, pois
são mesas de um material muito escuro. O tipo de material frequentemente adoptado é considerado
um aspecto negativo, pois “é duro, pesado, o tampo demasiado liso´´. (M.S).
Perguntamos se consegues estar sentado com as costas encostadas e os pés a tocar no chão a resposta
foi de que quando encostam a carteira não conseguem escrever na mesa só sobre as pernas
inclinando a coluna. Outro disse que conseguia escrever se curvando á mesa quando está em cima da
carteira… e que os pés não chegam no chão porque a cadeira é alta´´ (M.S). Foi verificado que todos
os alunos não conseguiram ter os pés no chão e encostados na carteira. Muitos dizem que o
mobiliário utilizado é muito pequeno e feio, pois são mesas de um material muito escuro e frio. O
encosto da cadeira deve permitir que haja inclinação do tronco para trás, pés no chão e permitir uma
melhor postura da criança. Estudos realizados pelo Instituto de Biomecânica de Valência e Francisco
Rebelo, afirma que a altura do assento da cadeira deve permitir que a criança consiga apoiar
totalmente os pés no chão ou num apoio de pés, evitando pressões musculares nas coxas. Por outro
lado, a postura dos pés em balanço causam fadiga. Em eventuais apoios de pés, devem ser fixos e ter
as dimensões apropriadas, permitindo a criança ter espaço para colocar os pés na totalidade.
Sobre o tamanho da mesa se é suficiente para todo o material que precisa nas aulas, os alunos
responderam que sim havia espaço suficiente para colocar todo o material visto que nesta classe
levam só dois livros´ ´o espaço é suficiente para colocar o material, mas por vezes cai porque o
49
Quando estás escrever consegue fazer sem dificuldades de atingir a mesa, a partir da observação foi
visível que não para quase totalidade dos alunos, visto que essa idade (6) anos tem uma estatura
menor. Um dos inqueridos disse, que não, ao escrever tenho feito com muitas dificuldades porque a
mesa é alta e prefiro ficar de pé. (C.R.M) Apesar de ser uma pergunta subjectiva, foi a maneira mais
simples de se avaliar os encostos, pois seria muito difícil realizar perguntas relativas à anatomia
humana para crianças, com apenas idades entre 6 a 8 anos.
Sobre dores nas costas quando estás muito tempo sentado na escola, percebe - se que ao final do
turno os alunos se sentem cansados, com o pescoço e as costas apresentando desconforto/dor. Com
tudo, as crianças souberam dizer que ao final do dia sentem um incómodo ao nível das dores
lombares, tal facto pode se dever as careiras que são grandes e tem que inclinar e exerce muito
esforço na coluna para atingir a mesa. A resposta de uma das entrevistadas disse quando chego em
casa sente dores e que além da minha pasta acha que essas carteiras grandes provocam dores. Pelo
facto das crianças estarem sujeitas a uma má postura leva-as a sentirem dores de alguma forma no
final das 4 horas que permanecem na escola sentados, visto que as carteiras são enormes eles fazem
muita ginástica para atingir o tampo da mesa e para o efeito tem dobrado a coluna para escrever. Em
estudo realizado com 495 alunas de 14 a 18 anos na cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul,
encontraram prevalência de 66% de alterações posturais laterais e de 70% de alterações posteriores
da coluna vertebral.
aos inqueridos, que, segundo a literatura,´´ não só barram o bom desempenho no trabalho como
também favorecem o surgimento de constrangimentos psicofísicos no usuário (PASCHOARELLI
&MENEZES.2009 p. 164).
Naquilo que diz respeito a à pergunta 2 sobre encosto da cadeira (gráfico 5), surpreendeu o facto de
12 (20%), da 3ª classe, 11 (18.33%) da 5ª e 15 (25%) da 7ª classe dos alunos terem respondido que
não conseguem ter os pés a tocarem no chão e as costas sobre o encosto. Em contra partida 3 (5%),
da 3ª classe, 9 (15%) da 5ª e 5 (8.33%) da 7ª classe dizem sim e 5 (8.33%) não responderam. Apesar
de ser uma pergunta subjectiva, foi a maneira mais simples de se avaliar os encostos, pois seria muito
difícil realizar perguntas relativas à anatomia humana para crianças, com apenas idades entre 8 a 14
anos. O encosto da cadeira deve permitir que haja inclinação do tronco para trás, pés no chão e
permitir uma melhor postura da criança. Foram realizados estudos com diversas angulações tronco-
coxas assim como os efeitos que estas tinham nas actividades dos músculos e pressão dos discos.
Segundo Oliveira, com base nos resultados obtidos, chegou-se à conclusão de que ângulos entre os
100 e 110 graus entre o tronco e a coxa são os que melhor atendem às duas exigências” (OLIVEIRA,
2006). Ângulos superiores a 110 graus são bastante favoráveis, mas podem não ser propícios a
algumas actividades.
concordam que as carteiras não deveriam ser diferentes, o contrário 2 (3.33%) da 3ª não responderam
e 2 (33.3%) da 5ª classe não concordam na mudança das carteiras. 93.33%, do sim justifica-se pelo
facto de a Escola acabar de receber as carteiras e estas estarem simplesmente nas turmas do 1º ciclo.
Gr
Gráfico 6: Acham que as carteiras deveriam ser diferentes
A questão 4 sobre escrever com os pés no chão e encostado sobre encosto da carteira tem constituído
um desafio para os alunos. Os resultados apresentados no gráfico 7 , indicam que 11 (20%) alunos da
3ª igual número da 5ª classe e 9 (16.36%) da 7ª classe, não conseguem escrever com as costas sobre
o encosto, porem 4 (7.27%) da 3ª, 9 (16.36%) da 5ª classe e 11 (20%) da 7ª conseguem escrever com
as costas sobre o encosto. Muitas crianças conseguem escrever com as costas sobre o encosto e sobre
a mesa do que com as costas no encosto da cadeira. Preferirem escrever inclinados
Como referimos no ponto 4.1.3.1.1 desta monografia com os alunos da 1ª classe, sobre o estudo
realizado pelo Instituto de Biomecânica de Valência e Francisco Rebelo, que prevê a altura do
assento da cadeira deve permitir que a criança consiga apoiar totalmente os pés no chão ou num
apoio de pés, evitandopressões musculares nas coxas.
Quanto a à posição dos alunos sobre adequação da altura da mesa da questão 5 do inquérito segundo
os dados do gráfico 8, 13 (21.67%), 15 (25%) e 7 (11.67%) alunos da 3ª 5ª e 7ª classe
52
respectivamente consideram que NÃO, enquanto para os que concordam com a adequação, os dados
indicam para 3ª e 5ª classe ambos com 5 (8.33%) e 7ª 13 (21.67%) aluna terem respondido (SIM)
que as carteiras são adequadas. Os alunos não conseguem apoiar os cotovelos sem elevar os ombros
para escrever. Mesmo que para os restantes alunos com maior destaque da 7ª classe, o facto do
tamanho da mesa não ser elevado, os alunos se inclinam para a frente para apoiar os braços na mesa
(posição para escrita). Esse dado oferece indícios de que a proporção mesa/cadeira não está
adequada. Com tudo, os resultados me parecem não conclusivas já que em diferentes classes com
antropometria tambémdiferente os alunos tem aproximação das proporções das respostas. (Oliveira
et.al., (2011) aponta que deve-se seguir as seguintes recomendações para adequação da mesa:
Gr
áfico 8Adequação da altura da mesa
Os dados constantes no gráfico 9, da pergunta 6 indica a posição dos alunos sobre tamanho ideal da
mesa, mostram que os alunos 9 (15%) 3ª classe, 4 (27%) 5 ª classe e 7 (12%) da 7ª classe consideram
a mesa não é suficiente pois é frequente materiais cair no chão durante as aulas, devido à falta de
espaço, outra parte, 11 (18%) da 3ª classe, 16 (27%) 5ª classe e 13 (22%) da 7ª classe), consideram o
tamanho do tampo das mesas ideal. Neste sentido, torna-se pertinente a mesa ter uma estrutura
ajustável, favorecendo qualquer tarefa que o aluno tenha de realizar. Os valores de largura da mesa
(em anexo 7) são os mínimos, porque ainda que o aluno deva ter espaço na mesa para poder trabalhar
e colocar o seu material escolar, o espaço da superfície de trabalho é muito importante, já que este é
o posto de trabalho do aluno. Assim, deve permitir que ele realize as tarefas próprias das aulas (ler,
escrever, dispor livros e cadernos, etc.) sobre a mesa. ”(INSTITUTO BIOMECÂNICO DE
VALÊNCIA, 1992)
53
Sobre as dores lombares, o gráfico 10 mostra uma ligeira concordância em ´´SIM´´ pois 18 (30%)
alunos da 3ª classe e 20 (16.67%) das restantes classes, concordam sentirem dores nas costas e dizer
que ao final do dia sentem um desconforto considerável ao nível das dores lombares. E 2 (3.33%) da
3ª classe e 10 (16.67%) da 5ª e 10 (16.67%) 7ª classe respectivamente responderam não sentirem
dores lombares. O grosso número de alunos porque não conseguem atingir o tampo da mesa,
inclinam se para escreve pode estar de traz as dores lombares que estes dizem sentirem.
(CAVALCANTE et al, (2008), salienta que ´´se adoptar uma postura não correta no dia-a-dia, quer
seja em casa, no trabalho, no lazer ou durante a prática de actividades como dirigir é bem provável
que o mau hábito seja responsável pelo surgimento de desvios anormais na coluna: acentuando as
curvas (normais) já existentes, gerando a hiperlordose ou Dores Lombares, por exemplo, ou tornando
as curvaturas pouco evidenciadas
Na cidade de Jaguariúna, interior do Estado de São Paulo, (SANTOS et al. (2009) avaliaram a
postura de 247 escolares do ensino público fundamental. Dentre os resultados, encontraram protrusão
(11,7%) e inclinação cervical (15,4%), cifose torácica (9,7%) e hiperlordose lombar (26,3%), entre
outros relacionados a demais regiões corporais.
A qui na carteira pelo facto da mesma levar o aluno obrigatoriamente a esse comportamento, fica
54
bem evidente que, se existirem casos de dores lombares está relacionado directamente ao tipo de
carteira que este aluno usa na escola. Em estudo realizado em Rio Grande do Sul, cidade de Novo
Hamburgo, (DETSCH & CANDOTTI 2001) analisaram 154 alunos, de 6 a 17 anos, e verificaram
70,78% de casos de alteração postural na coluna vertebral.(REGO & SCARTON, 2008), ao
analisarem alunos de 5ª e 6ª série do ensino fundamental, com idade média de 13±2 anos, notaram
prevalência (51%) de escoliose e o desnivelamento de espinha ilíaca anterior superior, entre outros
resultados.
Outro autormuito antes disse que nossos alunos passam 04 horas connosco na escola, não podemos
achar que todo problema postural é proveniente deste ambiente. A grande maioria de nós, passa boa
parte do tempo sentado, seja trabalhando, estudando, dirigindo, assistindo TV, enfim quase 70% do
tempo que estamos acordados ficamos. (KNOPLICH, (1984). Desta forma, abre-se um espaço para
que se realize estudos por forma a aferir as reais causas de dores lombais que os alunos apresentam
por forma a ter factos conclusivos.
55
4.4.1 Diagnóstico
Como resultado das verbalizações com os Técnicos do Ministério de Educação e Desenvolvimento
Humano, alunos e professores, de maneira geral, os principais constrangimentos ergonómicos
apontados durante as entrevistas, foram 3 pontos chaves a serem trabalhados nesta pesquisa, a saber:
Legislação atinente a regulamentação e critérios de fabricação de carteiras escolares: O MEDH,
nãopossui nenhum instrumento além de especificações que são feitas no acto de licitação e
adjudicação de carteiras ao abrigo do Decreto nº 5/20167 o que concorre para a não observância dos
aspectos ergonómicos em função a antropometria dos alunos da 1ª classe.
Postura dos alunos: observou-se um grande número de alunos que tomam uma postura errada na
carteira, devido a disparidade entre as dimensões antropométricas dos alunos e de medidas das
carteiras existentes na escola, com tudo não se verificou bastante nas 5ª e 7ª classes por tratar de
alunos com estatura maior.
Carteira o tamanho do tampo da mesa está acima dos cotovelos o que obriga o aluno a obstruir o
ombro para atingir a mesa. Os alunos da 1ª classe não conseguem sentar e ter os pés a apoiar no chão
o que motiva a pressão sobre a coxa perigando assim a sua saúde e segurança na carteira.
carteiras são o motivo dos problemas relacionados com a má postura, mas fica evidente que se
adoptar posturas erradas teremos problemas lombais. A qui na carteira pelo facto da mesma levar o
aluno obrigatoriamente a esse comportamento, fica bem evidente que, se existirem casos de dores
lombares está relacionado directamente ao tipo de carteira que este aluno usa na escola. Em estudo
realizado em Rio Grande do Sul, cidade de Novo Hamburgo, (DETSCH & CANDOTTI 2001),
analisaram 154 alunos, de 6 a 17 anos, e verificaram 70,78% de casos de alteração postural na coluna
vertebral. (REGO & SCARTONI 2008), ao analisarem alunos de 5ª e 6ª série do ensino fundamental,
com idade média de 13±2 anos, notaram prevalência (51%) de escoliose e o desnivelamento de
espinha ilíaca anterior superior, entre outros resultados.
. Outro autor diz que nossos alunos passam 04 horas connosco na escola, não podemos achar que
todo problema postural é proveniente deste ambiente. A grande maioria de nós, passa boa parte do
tempo sentado, seja trabalhando, estudando, dirigindo, assistindo TV, enfim quase 70% do tempo que
estamos acordados ficamos KNOPLICH (1984). Desta forma, abre-se um espaço para que se realize
estudos por forma a aferir as reais causas de dores lombais que os alunos apresentam por forma a ter
factos conclusivos. (FERREIRA, 2009, p.121). Assim, o mobiliário com o qual a criança tem contacto
directo, não pode manter as mesmas proporções nos diversos tamanhos. As idades dos alunos presentes numa
sala de aula do 1º Ciclo poderão ir aproximadamente dos 5 aos 12 anos, logo, este mobiliário deve ser
adaptado para cada idade e estatura das crianças. Por outro lado, uma constante é de que é sentado que o aluno
passa a maior parte do seu tempo nas aulas. (SURRADOR, 2010,p. 39)
como carteiras, (SAARNI et al., 2007), afirmam que com base na incompatibilidade entre as medidas
antropométricas e carteiras encontrado na escolas, são recomendadas a utilização de mesas e cadeiras
equipadas com mecanismos ajustáveis de altura e largura. É também essencial que este tenha como
características, a estabilidade, a coerência formal e material, a facilidade na mobilidade e transporte,
componentes desmontáveis e reguláveis, com qualidade e de fácil manutenção, conservação.
5.1 Conclusões
O presente trabalho proporcionou uma visão de como os alunos da Escola Primária Completa
Unidade 5 interagem com as carteiras escolares. E verificou-se logo a primeira que a carteira que se
usa na sala de aula o seu design compromete de alguma forma a plenitude corporal para maior parte
dos alunos. A altura da carteira tanto na parte da mesa assim como na cadeira não respeita a
antropometria dos alunos. Para se chegar a esta conclusão, foram definidos especificamente três
objectivos, sendo que o primeiro era de identificar as principais causas que levam os alunos a
tomarem postura errada na interface alunos – carteira, com a finalidade de propor uma altura das
cadeiras e mesas escolares em medidas, de acordo com a classe em que estas crianças estudam, e
dirigiu-se através de uma observação aos alunos sentadas em carteiras na sala ao mesmo tempo que
se fazia o registo fotográfico e medição de carteiras e antropometria dos alunos. Os resultados
demonstram que a inadequação das cadeiras escolares associada à manutenção de uma postura
inadequada, mantida por um longo período de tempo, são factores determinantes para o
aparecimento das queixas músculo-esqueléticas apresentadas pelos alunos, sendo estas localizadas
principalmente na coluna lombar e cervical, pois que, a altura do nível da lombal estava abaixo das
omoplatas, forçando o aluno a não ter os cotovelos no nível do tampo da mesa. Os assentos
apresentam problemas em relação ao dimensionamento correlacionado a mesa, o que pode resultar
em posturas inadequadas que consequentemente geram desconforto ou mesmo dor, por falta de
apoios de pés, uma vez que possuem dimensões inadequadas, pois não permitem a variação da
postura, tão relevante para diminuir a sobrecarga muscular nas pernas.
Do inquérito aos professores na opinião desses foi possível notar que as carteiras são consideradas
inadequadas com maior destaque aos professores que leccionam a 1ª classe, o facto de terem
respondido medíocre. Ainda sobre o conforto ficou evidente que as carteiras existentes nas escolas
não oferecem o conforto desejado aos utentes, forçando-os a se inclinar sobre a mesa para escrever.
Esse movimento de inclinar e levantar pode causar (posturas erradas) dores musculares nos ombros,
pescoço e coluna. As carteiras para algumas classes avaliam de Bom com 50%, com tudo não têm
relações entre as dimensões destas e as do aluno, o que influenciam o seu desconforto e podem
originar faltas de atenção e concentração. Dos alunos foi fácil perceber que achavam necessário a
existência de um maior conforto nas carteias, quando encostam a carteira não conseguem escrever na
mesa e ter os pés no chão. Com tudo, as crianças souberam dizer que ao final do dia sentem um
incómodo ao nível das dores lombares, tal facto pode se dever as careiras que são grandes e tem que
60
inclinar e exerce muito esforço na coluna para atingir a mesa. O segundo objectivo era de enumerar a
possíveis alternativas viáveis para existência de carteiras que atendam as várias necessidades dos
alunos nas escolas pública do país, foi possível identificar que a falta de profissionais responsáveis
pela escolha destes mobiliários durante o processo de licitação de compra tem contribuído para a
manutenção de falta de visão preventiva.
E apesar de ser um processo oneroso para o Estado, através da literatura foram propostas os critérios
que devem serem tomados como exemplo para a produção das carteiras escolares reguláveis ou em
padrões diversificados para os três níveis de ensino primário. O levantamento antropométrico dos
alunos na EPC de Unidade 5-Maputo ofereceu uma pista de dimensões de carteiras que no futuro
possam responder as necessidades ideias dos alunos nas escolas públicas do Pais. Em relação ao
terceiro objectivo: Influenciar na adaptação e adequação das escolas a modelos ergonómicos mais
indicados de acordo com as particularidades de cada ciclo escolar, visando assim uma melhora
substancial na qualidade de vida destes estudantes, demostrou a preocupação do Ministério quanto a
um instrumento que regula a produção de mobiliário escolar que atenda as características dos e que a
questão da ergonomia estava sendo pensado como um todo. O foco do Ministério está em tirar as
crianças no chão, apetrechando as escolas em falta. Em relação as hipóteses foram aceites,
exceptuado a terceira hipótese, pois, na escola em alusão não existe o curso nocturno. Portanto, de
acordo com os resultados, salientar a importância do melhoramento ergonómico da cadeira escolar e
a necessidade de criação de um critério de adequação ergonómica que atenda aos requisitos de saúde
e segurança neste ambiente, visando melhorar a qualidade de vida, prevenir o aparecimento de lesões
e alterações músculo-esqueléticas nos alunos, criando condições para que tenham uma postura
adequada ao interagir com as carteiras.
5.2 Limitações
As limitações deste estudo estão na simples análise ergonómica das condições de trabalho, dos
alunos na sala de aula, a falta de legislação atinente a produção e distribuição deste mobiliário,
segundo a abordagem ergonómica. O estudo de caso realístico, de demanda colectiva dos alunos e
professores, na EPC Unidade 5, Cidade de Maputo, identificou ainda limitação de carácter ético, e
destaca: Anão devolução de duas respostas por parte dos professores e a recusa de uma professora na
resposta do inquérito. De carácter administrativo: o atraso na resposta por parte do ministério do
questionário submetido a essa instituição e de carácter técnico: A falta de carteiras ergonómicas
usadas como modelo de carteiras ideais para as classes iniciais e não existência de dados
antropométricos e biomecânicos que permitiram um uso imediato na formulação de critérios de
qualificação de mobiliário escolar.
61
5.3.1 As Às instituições
Seria do bom-tom a realização de uma avaliação de carteiras existentes nas escolas por forma a
melhorar as necessidades dos alunos.
No entanto, deve se ficar atento para que o design do mobiliário escolar não seja improvisado.
Por isso deve-se conceber um guião prático para a produção e distribuição de carteiras escolares
que atendam os princípios ergonómicos relativos ao mobiliário escolar.
Que faça levantamentos antropométricos para a declaração de uma normalização, e a
padronização recomendada respeitar as diferenças antropométricas, tendo em conta que a
regionalidade também é um factor a ser observado no momento da compra do mobiliário escolar.
Desde o anteprojecto, ele deve ser correlacionado com a saúde dos usuários, principalmente
quando se trata de crianças em estado de formação.
Que se capaciteprofissionais responsáveis pela escolha destes mobiliários durante o processo de
licitação de compra para reduzir a manutenção de falta de visão preventiva sobre os aspectos
ergonómicos.
5.3.2 Aos fazedores/estudantes/players
Aos fazedores recomenda-se para investigar de que modo os tipos de cadeiras e de planos de
trabalho actualmente utilizados nas salas de aula reflectem as necessidades e as dimensões
antropométricas dos alunos e as exigências das tarefas em função das zonas do Pais.
Entender e analisar as mais diversas questões do meio educacional para estabelecer as relações
do mobiliário com os critérios pedagógicos, ergonómicos e tecnológicosuma vez que o design
dos móveis escolares temparticularidades técnicas e critérios específicos.
Os hábitos e influências sociais, culturais e psicológicas dos usuários devem ser levados em
conta na fabricacao de mobiliario escolar, já que o uso do próprio corpo e dos objectos sofre o
reflexo dessas condições.
5.3.1 Estudos futuros
Porque a presente pesquisa é análise do mobiliário segundo os conceitos de ergonomia do trabalho,
não podemos aprofundar a discussão sobre o design destas carteiras, sendo então esta a
recomendação para o desenvolvimento de futuras pesquisas.
5. Referências bibliográficas
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Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Fundacentro, 1994.
66
Anexo
67
Ficha nº 00_______
Anexo 2: Inquérito dos alunos
Para contribuir na melhoria dos aspectos ergonómicos em carteiras escolares submetemos, ao/a
caro/a aluno/a, o presente questionário,pois a sua opinião sobre a saúde escolar É MUITO
IMPORTANTE. Solicita-se que você preencha ou marcando com ´´X´´ um resposta ´´sim´´ ou ´´não´
´conforme o caso as questões abaixo, a resposta que melhor representa a sua opinião. Não coloque o
seu nome no questionário. As informações são sigilosas e servirão apenas para o trabalho que está
sendo desenvolvido pelo estudante da ESTEC. Muito obrigado.
questões: m
A tua cadeira da sala de aula é confortável?
Consegues estar sentado com as costas encostadas e os pés a tocar no chão?
Gostavas que a sua mesa e cadeira da sua de aulas fossem diferentes?
Quando estás sentado(a) nas aulas consegues estar com os pés apoiados no chão?
Quando estás escrever consegue fazer sem dificuldades de atingir a mesa?
O tamanho da mesa é suficiente para todo o material que precisa nas aulas?
Sentes dores nas costas quando estás muito tempo sentado na escola?
74
Cont. Anexo 3
Medidas antropométricas
Medidas Dimensões
Descrição Figura
antropométricas (cm)
Ficha nº 00_______
Fadiga
Conversa entre alunos
Desmotivação da aula
Ambiente
Acústica de sala
Marque com um (x) para cada item. A seguir a chave da escala na escala abaixo como você avalia as
carteiras escolares existentes na sala de aula?
x x x x x
11 2 12 3 231 4 1 342 52 1 435 3 2 54 43 5 54
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
78
Figura 3- Ilustração do plano mediano (2) e do plano transversal (1) (AFNOR, 2004a).
3.1.1.- Altura do assento (h8) É a distância vertical do ponto mais alto do bordo anterior do assento
ao solo, medido na linha média da largura (b3) Se existir estofo, este deve estar comprimido.
Figura 4- Dimensões da cadeira (plano horizontal) (AFNOR, 2004a).
Para os assentos de dupla inclinação, a altura é definida pela distância vertical entre o ponto mais alto
do assento e o solo.
Se a superfície do assento é muito elevada, a parte posterior da coxa é comprimida, causando o
desconforto e restringindo a circulação sanguínea. Para compensar esta situação, o aluno
normalmente desliza sobre o assento, no sentido anterior. Esta situação pode resultar numa queda
súbita e/ ou numa postura cifótica devido à falta de apoio lombar. Em associação, os pés deixam de
ter um apoio adequado no solo (os apoios posteriores da cadeira deixam de estar em contacto com o
solo) e a estabilidade corporal fica enfraquecida. Por outro lado, se a superfície do assento é muito
baixa, o ângulo de flexão do joelho diminui, sendo o peso corporal transferido para uma área menor
ao nível das tuberosidades esquipáticas, determinando uma perda na distribuição da pressão na parte
posterior das coxas.
Deste modo, a altura óptima do assento para as várias actividades, corresponde aproximadamente à
altura póplite. Quando não for possível, um assento mais baixo é sempre preferível a um assento
mais alto. O melhor compromisso é o percentil 5 (P5) da altura póplite.
Quando existir necessidade de um assento mais alto, devido à relação com a altura do plano de
trabalho, ou a um espaço para as pernas limitado, os efeitos negativos poderão ser atenuados,
diminuindo a profundidade do assento e arredondando o bordo anterior do mesmo, de forma a
minimizar a pressão sob as coxas. É de extrema importância que a altura do assento possa ser
apropriada, recomendando-se, ainda, que o espaço por baixo deste seja suficientemente livre para
permitir a colocação dos pés sob a cadeira, para facilitar a acção de sentar e levantar e para o livre
movimento dos membros inferiores.
3.1.2- Profundidade do assento (t4) É a distância horizontal do bordo anterior do assento à
projecção vertical do ponto S do encosto, medida sobre a linha média da largura (b3) do assento.
Um assento pouco profundo pode causar uma sensação de desequilíbrio devido à parte anterior da
cadeira e, consequentemente, à falta de suporte da parte inferior das coxas. Não obstante, é
importante que seja reservada uma área livre entre a parte posterior dos membros inferiores e o bordo
do assento para facilitar a adopção do ângulo de flexão sugerido de 80º dos joelhos, aquando do
levantamento ou dos movimentos livres dos membros inferiores.
3.1.3- Profundidade real do assento (t5) É a distância horizontal entre as projecções verticais dos
bordos anterior e posterior do assento, medida sobre a linha média da largura (b3) do assento.
Quanto maior for a profundidade do assento relativamente ao comprimento nádegas/póplite sentado,
maior dificuldade experimentará o aluno em utilizar efectivamente o encosto sem uma pressão
incrementada na face posterior dos joelhos.
Por outro lado, verifica-se um aumento da dificuldade na passagem da posição de pé para a posição
de sentado e vice-versa. O melhor compromisso é o percentil 5 do comprimento nádega/póplite
sentado.
3.1.4- Largura do assento (b3) É a distância horizontal entre as linhas verticais, passando pelos
bordos laterais da superfície do a sento, a uma distância igual à metade de t4.
Tendo em consideração o objectivo de suporte, deve ser considerada a largura máxima das coxas
(percentil 95- P95), ou seja, o diâmetro bitrocantérico. No entanto, em alguns casos, a largura dos
cotovelos, ou seja, o diâmetro biacromial, é a dimensão considerada.
3.1.5- Inclinação do assento ( α ) É definido pela inclinação da superfície do assento relativamente à
horizontal. Quando almofadada ou estofada a superfície do assento, deve encontrar-se no plano
horizontal, inclinando-se para trás num máximo de 4º quando tal não se verifique. A superfície do
assento pode ainda ser plana ou apresentar uma depressão. Quando comprimida, nenhum ponto
deverá ser 25 mm mais alto do que qualquer outro (não devendo o ponto mais baixo exceder os 10
mm de profundidade) e deverá ocorrer nos 2/3 posteriores da profundidade efectiva do assento.
Quando o assento é muito inclinado, o seu bordo anterior pressionará a parte posterior dos joelhos,
dificultando o retorno venoso. Para aliviar o desconforto, o aluno deslizará para a frente, mas
perdendo o suporte lombar. Novamente, esta situação poderá resultar numa queda súbita, numa
postura cifótica, com pressão excessiva sobre as tuberosidades esquipáticas, na parte posterior.
Regra geral um ângulo positivo ajuda o aluna a manter um bom contacto com o encosto e contraria
qualquer tendência para escorregar para fora do assento. Para a maioria das tarefas, o ângulo
compreendido entre o 0º a 5º é um compromisso aceitável.
3.1.6- Altura do encosto (w) É a distância vertical, determinada no plano mediano, até à superfície
do assento, medida com o assento comprimido se este for estofado. O ponto S deve encontrar-se no
interior e no ponto médio desta distância.
3.1.7- Altura do bordo inferior do encosto (h6) É a distância vertical do bordo inferior do encosto
até à superfície do assento, medida sobre a linha média da largura (b3).
Se o encosto se prolonga atrás do ponto S, deverá ser inclinado no sentido anterior, de forma a
reservar um espaço livre para as nádegas.
3.1.8- Altura do bordo superior do encosto (h7) É a distância vertical do bordo superior do encosto
até à superfície do assento, medida nas mesmas condições de h6.
3.1.9- Largura do encosto (b4) É a distância horizontal entre os bordos laterais do encosto. O
encosto deve providenciar um suporte adequado da região lombar e, se possível, ser estofado. Deve,
ainda, possuir uma forma e dimensões que permitam espaço para as nádegas e para os movimentos
dos membros superiores. De facto, embora seja desejável um encosto que suporte o peso do corpo,
existem requisitos como a mobilidade dos membros superiores que podem limitar a sua altura.
Assim, podemos distinguir três tipos de encosto, cada um adequado a circunstâncias específicas: 1-
encosto de nível baixo, unicamente para suportar a região lombar; 2- o encosto de nível médio que
permite um suporte total dos ombros; 3- um encosto de nível alto, para suporte total da cabeça e do
pescoço. Os bordos superiores e inferior devem de ser arredondados.
Neste caso particular, em que as actividades escolares solicitam frequentemente a utilização dos
membros superiores, o encosto de nível baixo é o mais indicado, sendo limitado superiormente, ao
nível do vértice da omoplata e inferiormente pelo bordo superior da crista ilíaca.
3.1.10- Inclinação do encosto ( β ) Determinado no plano horizontal, constitui o ângulo formado
entre o plano do assento e o plano do encosto, medido na linha média da largura (b3) do assento.
Em geral, quanto maior for a inclinação do encosto, maior é a proporção do peso do corpo suportada,
diminuindo assim, a força de compressão sobre os discos intervertebrais e sobre a pélvis. Por outro
lado, um incremento de ângulo entre o tronco e as coxas, facilita a lordose lombar. No entanto, a
componente horizontal da força compressiva, que aumenta, tende a conduzir a bacia para a frente e
para fora do assento a não ser que se verifique: a) uma adequada inclinação do assento, b) uma
elevada fricção do assento; c) um esforço muscular por parte do aluno. Um aumento deste ângulo
conduz também a um incremento da dificuldade da acção de sentar e levantar.
A interacção destes factores, assim como a consideração das exigências da tarefa, determina que o
ângulo esteja geralmente compreendido entre 95º e 110º. Um ângulo maior não é compatível com um
nível baixo ou médio do encosto sem que as partes superiores do corpo se tornem instáveis.
Normalmente, quanto mais extensos forem os períodos de tempo na posição de sentado, maior deve
ser o ângulo, ou seja, aproximar-se do 110º.
3.1.11- Apoio para braços Apesar de constituir um suporte postural adicional, a existência de um
apoio para braços só se revela realmente importante, quando a solicitação dos membros superiores é
reduzida, facto que não se verifica na maioria das actividades escolares.
Neste sentido, este elemento estrutural da cadeira não é especificado.
Se a altura do apoio para os braços é menor do que a superfície do plano de trabalho, o trabalho dos
membros superiores é realizado num plano mais baixo ou, para compensar, os ombros realizam um
movimento de elevação ou abdução, conduzindo a uma carga na zona póstero-inferior da
musculatura da coluna cervical para assegurar a estabilização da cabeça.
Na situação contrária, isto é, se a altura do apoio para os braços é mais alta do que o plano de
trabalho, ocorre uma inclinação anterior da coluna, sendo parte do peso corporal suportado pelos
membros superiores. O resultado será a adopção de uma postura cifótica da coluna e a projecção dos
ombros no sentido anterior. Quando se trata de uma actividade de escrita é recomendável que o
ângulo de flexão dos ombros seja inferior a 25º e o ângulo de abdução compreendido entre o 15º e o
20º.
3. 2- Plano de trabalho Usualmente designado por mesa ou secretária, o plano de trabalho é
constituído por um tampo (normalmente no plano horizontal) e por uma estrutura de apoio directo no
solo, para utilização individual ou colectiva. As principais características dimensionais são: o
comprimento, a profundidade, a altura, a largura o espaço para as pernas, a altura mínima do joelho,
e a profundidade do joelho (fig. 5).
Dimensões chave do plano de trabalho: (1) no plano de trabalho; (2) na cadeira (AFNOR, 2001).
3.2.1- Comprimento do plano de trabalho (b1) É a distância horizontal do lado maior do tampo.
3.2.2- Profundidade do plano de trabalho (t1) É a distância horizontal do lado menor do tampo.
3.2.3- Altura do plano de trabalho (h1) É a distância vertical do solo à face superior do tampo,
medida sobre o bordo frontal no ponto médio do seu comprimento. Em geral, a superfície do tampo
de um plano de trabalho pode ser horizontal (0º) ou inclinado. Nesta última condição, recomenda-se
uma inclinação até 20º, sendo que o bordo que está voltado para o aluno deve estar,
aproximadamente, à mesma altura que a especificada quando se encontra na horizontal, ou seja,
aproximadamente à altura do cotovelo, na posição de sentado. Tendo em consideração o espaço
reduzido entre a altura do cotovelo, na posição de sentado e a face superior da coxa, não se
recomenda a existência de gavetas ou de qualquer outro elemento sob o plano de trabalho, sob pena
de constituir um obstáculo ao movimento dos membros inferiores. 3.2.4- Largura do plano de
trabalho (b2) É a distância horizontal que compreende o espaço entre os suportes laterais do plano
de trabalho. 3.3 - Espaço para os membros inferiores (h4) É definido pelo espaço livre sob o
tampo para movimentação dos membros inferiores dos alunos. Quando a altura dos joelhos, na
posição de sentado, excede o espaço livre sob o plano de trabalho, as coxas poderão ser comprimidas
e os pés perdem a estabilidade necessária. 3.3.1- Altura mínima do joelho (h2) É a distância
vertical do solo à face posterior do tampo, sendo determinada pela altura do joelho do utilizador de
menores dimensões (P5). Em alternativa, pode ser determinada, adicionado à altura póplite (P95) a
espessura da coxa (P95). 3.3.2- Profundidade do joelho (t2) É a distância horizontal do espaço para
as pernas na face inferior do tampo, determinada pelo comprimento nádega/joelho, na posição de
sentado, quando o abdómen do estudante se encontra em contacto com o bordo da mesa. Neste caso,
t2é determinada, subtraindo a profundidade abdominal ao comprimento nádega/joelho, na posição de
sentado (P5 no primeiro e P95 no segundo). Ao nível do chão, deve ser adicionado o comprimento
dos pés. 3.4- Apoio para os pés É a distância vertical determinada pela diferença entre a altura
do assento (h8) e o solo. Esta estrutura pode ser amovível, fixa aos apoios da mesa ou da cadeira.
Qualquer que seja o suporte adoptado, sempre que possível, este deverá ser regulável, de forma a
oferecer um suporte adequado para os pés, independentemente da altura póplite do aluno.