You are on page 1of 72

Profa: Ms.

Débora Cristina da Cunha


UNIP
1
Alimentos funcionais
• Sociedade moderna
o Cada vez mais complexa, modificando os padrões de vida
o Sintomas de cansaço, depressão e irritação, ou mais comumente uma forma
de estresse
• Baixa incidência de doenças em alguns povos chamou a atenção para a
sua dieta
o Esquimós
 Alimentação baseada em peixes e produtos do mar ricos em ácidos graxos
poliinsaturados das famílias ômega 3 e 6: baixo índice de problemas cardíacos
o Franceses
 Consumo de vinho tinto: grande quantidade de compostos fenólicos
o Orientais
 Consumo de soja, que contém fitoestrogênios: baixa incidência de câncer de
mama.
o Nestes países, o costume de consumir frutas e verduras também resulta numa
redução do risco de doenças coronarianas e de câncer, comprovada por dados
epidemiológicos

2
Alimentos funcionais
• Alimentos funcionais
o Nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na
década de 80
o Programa de governo: desenvolver alimentos
saudáveis para uma população que envelhecia e
apresentava uma grande expectativa de vida
• Fatores que têm contribuído para o desenvolvimento
dos alimentos funcionais
o Inúmeros, sendo um deles o aumento da consciência
dos consumidores
 Qualidade de vida, hábitos saudáveis
3
Alimentos funcionais
• Características dos alimentos funcionais
o Alimentos convencionais e consumidos na dieta normal/usual
o Compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada
concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os
supririam
o Efeitos positivos além do valor básico nutritivo: aumentar o bem-estar
e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo
benefícios à saúde além de melhorar a qualidade de vida, incluindo os
desempenhos físico, psicológico e comportamental
o Alegação da propriedade funcional: deve ter embasamento científico
o Alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido
removido
o Alimento em que a natureza de um ou mais componentes tenha sido
modificada
o Alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha
sido modificada
4
Alimentos funcionais – Anvisa
• PROPRIEDADE FUNCIONAL é aquela relativa ao papel
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não
nutriente tem no crescimento, desenvolvimento,
manutenção e outras funções normais do organismo
humano.
• PROPRIEDADE DE SAÚDE é aquela que afirma, sugere
ou implica a existência da relação entre o alimento
ou ingrediente com doença ou condição relacionada
à saúde.

5
Alimentos funcionais – Anvisa
• Resolução ANVISA/MS nº 18 de 30 de Abril de 1999
o DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO
DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
ALEGADAS NA ROTULAGEM DE ALIMENTOS:
 Alegação de propriedades funcionais e ou de saúde:
permitida em caráter opcional.
 O alimento ou ingrediente que alegar propriedades
funcionais ou de saúde pode, além de funções
nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente,
produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou
efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para
consumo SEM supervisão médica.
6
Alimentos funcionais – Anvisa
 São permitidas alegações de função para nutrientes e não nutrientes,
podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do
nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e funções
normais do organismo, mediante demonstração da eficácia. Para os
nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade
científica não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da
mesma para alegação funcional na rotulagem.

 No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de


comprovação científica da alegação de propriedades funcionais e ou de
saúde e da segurança de uso.

 As alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao


papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco às
doenças. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à
cura ou prevenção de doenças.

 A comprovação da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde de


alimentos e ou ingredientes, deve ser conduzida com base em: consumo
previsto ou recomendado pelo fabricante; finalidade, condições de uso e
valor nutricional, quando for o caso; evidência(s) científica(s). 7
Alegações de propriedade
funcional – Anvisa
• Processo contínuo e dinâmico de reavaliação das alegações
aprovadas com base em evidências científicas.

• Padronização das alegações


o Objetivo: melhorar o entendimento dos consumidores
quanto às informações e propriedades veiculadas nos
rótulos destes alimentos.

• Não são aprovadas alegações para ingredientes ou


componentes dos alimentos, e sim para o produto final que
tenha esses ingredientes ou componentes.

8
Alegações de propriedade
funcional – Anvisa
• As alegações aprovadas relacionam a propriedade funcional e
ou de saúde de um nutriente ou não nutriente do alimento,
conforme o item 3.3 da Resolução nº 18/1999.

• No entanto, a comprovação da eficácia da alegação deve ser


realizada caso a caso, considerando a formulação e as
características do alimento. Portanto, o uso das alegações
listadas abaixo em qualquer alimento só será permitido após
aprovação da Anvisa.

• No rótulo, as porções dos alimentos devem ser aquelas


previstas na Resolução RDC nº 359/2003 calculadas com base
nos grupos de alimentos previstos na referida resolução.
9
Alimentos funcionais

“Alimentos, em forma
natural ou processados,
que contenham níveis
significativos de
compostos bioativos que,
além da nutrição básica,
trazem benefícios à saúde,
à capacidade física e ao
estado mental”.

10
Compostos
bioativos
Fitoquímicos

Metabolismo
secundário
dos vegetais

Qualidades
Proteção
sensoriais

5000 já Fonte, estrutura e


identificados ação no organismo

OLIVEIRA; BASTOS, 2011; BORGUINI, 2006; LIU, 2004


Fitoquímico

Compostos Compostos
Carotenóides Fenólicos Alcalóides
nitrogenados organosulfurados

α Caroteno Isotiocianato
β Caroteno Indol
Ácidos
β Criptoxantina Flavonoides Estibenos Cumarinas Taninos Compostos de enxofre
fenólicos alil
Luteina
Zeaxantina
Astaxantina
Licopeno

Ácidos Ácidos Flavonóis


Flavonóis Flavonas Flavononas Antocianinas Isoflavonois
hidroxibenzoico hidroxicinâmicos (catequinas)

Catequina
Galico P-Cumarinico Quercetina Apigenina Epicatequina Eriodietiol Cianidina Genisteina
Protocatequina Caffeico Kampferol Crisina Epigalocatequina Hesperitina Pelargonidina Daidzeina
Vanilico Ferulico Myricetina Luteolinina Epicatequina Naringenina Delfinidina Gliciteina
Seringico Sinapico Galagenina galare Peonidina Formononetina
Fisctina Epigalocatequina Malvidina
galare
Adaptado de LIU, 2003
Fator antinutricional

CHANDRASEKARA; SHAHIDI, 2011; KAUR; KAPOOR, 2001


Fator antinutricional

CHANDRASEKARA; SHAHIDI, 2011; KAUR; KAPOOR, 2001


Fator antinutricional

OLIVEIRA; BASTOS, 2011; KUKONGVIRIYAPAN et al., 2007


Ingestão de 3g de compostos
fenólicos/dia

400g de frutas ao dia

Ingestão de 48,3mg/dia

Incentivo e estudos de novos alimentos


fontes ou atividade biológica dos já
conhecidos

OLIVEIRA; BASTOS, 2011; KUKONGVIRIYAPAN et al., 2007; FALLER; FIALHO, 2010


Alimentos e ingredientes funcionais
– Classificação

Quanto à • origem vegetal


• origem animal
fonte
Quanto aos • sistema gastrointestinal
• sistema cardiovascular
benefícios • metabolismo de substratos
• crescimento

que • desenvolvimento e diferenciação


celular
• comportamento das funções

oferecem fisiológicas
• antioxidantes

17
Alimentos funcionais

18
Atividade Biológica de Frutas da Mata Atlântica

Fitoquímicos/Compostos Antioxidante Antipirética


bioativos
Antiinflamatória Antidiarreico
Antiquimiotática Antiespasmódica
Antiproliferativa Antibacteriana
Antioxidantes, Hipoglicemiante Anti desordens
moduladores da urinárias
expressão gênica,
Hipolipidêmica Diurética
inflamação e função
imunológica Analgésica Hepatoprotetora
Nefroprotetora Cardioprotetora
Antimicrobiano Antigenotóxico

Combate de Antimutagênico Antialérgico


doenças Antiaterosclerótico Antiulcera
Antifúngico Diminuição da
hiperinsulinemia
Antinociceptivo Carminativo

MARTINS-RAMOS; BORTOLUZZI; MANTOVANI, 2010; AKTER et al., 2011; GONÇALVES; LAJOLO; GENOVESE, 2010; REYNERTSON et al., 2008; AQIL et al., 2012; NUENGCHAMNONG; INGKANINAN, 2009;
KUKONGVIRIYAPAN et al., 2007; CORREIA et al., 2011; BEGATTI, 2009; ARAI et al., 1999; CONSILINI; BALDINI; AMAT, 1999; CHOUDHARY et al., 2013; DEVKAR; PANDYA; SHAH, 2012; BALIGA et al., 2011; FERREIRA et al.,
2012; LIN; YIN, 2012; GUTIERREZ;MITCHELL; SOLIS, 2008; WESTON, 2010; LAPCIK et al., 2005; MARKMAN; BACCHI; KATO, 2004; SEEMA PATEL, 2012; MEDINA et al., 2011; MOON et al., 2011; LEITE-LEGATTI et al., 2012;
LEITE et al., 2011; ABE; LAJOLO; GENOVESE, 2011; TREVISAN; BOBBIO; BOBBIO, 1972
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
ÁCIDOS GRAXOS
ÔMEGA 3
Alegação
“O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos Omega 3 de cadeia longa provenientes de óleos de
peixe (EPA - ácido eicosapentaenóico e DHA – ácido docosahexaenóico).

O produto deve apresentar no mínimo 0,1g de EPA e ou DHA na porção ou em 100g ou 100ml do produto pronto para o
consumo, caso a porção seja superior a 100g ou 100ml.

Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes
inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº 55871/1965, categoria
de outros alimentos.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.

A tabela de informação nutricional deve conter os três tipos de gorduras: saturadas, monoinsaturadas e poliinsaturadas,
discriminando abaixo das poliinsaturadas o conteúdo de ômega 3 (EPA e DHA).

No rótulo do produto deve ser incluída a advertência em destaque e em negrito:

“Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes)
deverão consultar o médico antes de usar o produto”. 20
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
CAROTENÓIDES
LICOPENO
Alegação

“O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.

Requisitos específicos

A quantidade de licopeno, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo,
próximo à alegação.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade
de licopeno na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros
compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto.

21
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
LUTEÍNA
Alegação

“A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.

Requisitos específicos

A quantidade de luteína, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo,
próximo à alegação.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade
de luteína na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros
compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto.

22
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa

ZEAXANTINA
Alegação
“A zeaxantina tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
A quantidade de zeaxantina, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo,
próximo à alegação.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade de
zeaxantina na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.

Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros


compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto.

23
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
FIBRAS ALIMENTARES
FIBRAS ALIMENTARES
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de
fibras se o alimento for sólido ou 1,5g de fibras se o alimento for líquido.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibras alimentares.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

24
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
BETA GLUCANA
Alegação

“A beta glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado
a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.

Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de
beta glucana, se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o alimento for líquido.
Essa alegação só está aprovada para a beta glucana presente na aveia.

Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de beta glucana, abaixo de fibras
alimentares.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

25
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
DEXTRINA RESISTENTE
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de
dextrina resistente se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para consumo,
conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de dextrina resistente abaixo de fibras
alimentares.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

26
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
FRUTOOLIGOSSACARÍDEO – FOS
Alegação
“Os frutooligossacarídeos – FOS contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g
de FOS se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.

Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de frutooligossacarídeo, abaixo de fibras
alimentares.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para consumo,
conforme indicação do fabricante.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

27
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
GOMA GUAR PARCIALMENTE HIDROLISADA
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de
goma guar parcialmente hidrolisada se o alimento for sólido ou 1,5g de fibras se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Essa alegação só está aprovada para a goma guar parcialmente hidrolisada obtida da espécie vegetal.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de goma guar parcialmente hidrolisada,
abaixo de fibras alimentares.

Caso o produto seja comercializado na forma isolada, em sache ou pó, por exemplo, a empresa deve informar no
rótulo, a quantidade mínima de líquido em que o produto deve ser dissolvido.

Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

28
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
INULINA
Alegação
“A inulina contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação
equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de
inulina se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de inulina, abaixo de fibras alimentares.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para consumo,
conforme indicação do fabricante.

Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

29
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
LACTULOSE
Alegação
“A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação
equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de
lactulose se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de lactulose abaixo de fibras alimentares.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

30
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
POLIDEXTROSE
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de
Polidextrose se o alimento for sólido ou 1,5 g de fibras se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de polidextrose, abaixo de fibras
alimentares.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

31
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
PSILLIUM OU PSYLLIUM
Alegação
“O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção diária do produto pronto para consumo forneça no mínimo
3g de psillium se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
A única espécie já avaliada é a Plantago ovata. Qualquer outra espécie deve ser avaliada quanto à segurança de
uso.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de Psillium abaixo de fibras alimentares.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

32
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
QUITOSANA
Alegação
“A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de
quitosana se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido.

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante.
Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos
contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº
55871/1965, categoria de outros alimentos.
Deve ser apresentado laudo de análise com a composição físico química, incluindo o teor de fibras e de cinzas.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de quitosana abaixo de fibras alimentares.
No rótulo deve constar a frase de advertência em destaque e negrito:

"Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto".


Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:

“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

33
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
FITOESTERÓIS
FITOESTERÓIS
Alegação
“Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e
hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos

A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8g de fitoesteróis livres.Quantidades inferiores poderão ser
utilizadas desde que comprovadas na matriz alimentar.

A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3 porções/dia, deve garantir uma ingestão entre 1 a 3 gramas de
fitoesteróis livres por dia.

Na designação do produto deve ser incluída a informação “... com fitoesteróis”.

A quantidade de fitoesteróis, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos esterificados.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos fitoesteróis/ fitoestanóis presentes.
No rótulo deve constar as seguintes frases de advertência em destaque e em negrito:
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”.
“Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima de 3 g/dia”.
“O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes”.

34
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa

POLIÓIS
Manitol / Xilitol / Sorbitol
Alegação
“Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O consumo do
produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação”
Requisitos específicos
Alegação aprovada somente para gomas de mascar sem açúcar.

35
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
PROBIÓTICOS
Lactobacillus acidophilus
Lactobacillus casei shirota
Lactobacillus casei variedade rhamnosus
Lactobacillus casei variedade defensis
Lactobacillus paracasei
Lactococcus lactis
Bifidobacterium bifidum
Bifidobacterium animallis (incluindo a subespécie B. lactis)
Bifidobacterium longum
Enterococcus faecium
Alegação
“O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Requisitos específicos
A quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109 Unidades Formadoras de Colônias (UFC) na
recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde que a
empresa comprove sua eficácia.

A documentação referente à comprovação de eficácia, deve incluir:


- Laudo de análise do produto que comprove a quantidade mínima viável do microrganismo até o final do prazo de validade.
- Teste de resistência da cultura utilizada no produto à acidez gástrica e aos sais biliares.

A quantidade do probiótico em UFC, contida na recomendação diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à
alegação.

Os microorganismos Lactobacillus delbrueckii (subespécie bulgaricus) e Streptococcus salivarius (subespécie thermophillus) foram retirados da
lista tendo em vista que além de serem espécies necessárias para produção de iogurte, não possuem efeito probiótico cientificamente
comprovado.

36
Alegações de propriedade funcional
– Anvisa
PROTEÍNA DE SOJA
PROTEÍNA DE SOJA
Alegação

“O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo
deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis".

Requisitos específicos

A quantidade de proteína de soja, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no
rótulo, próximo à alegação

No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade
de proteína de soja na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do
fabricante. .

“Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não podem veicular qualquer
alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo (“contém”), funcional, de saúde e terapêutica
(prevenção, tratamento e cura de doenças)”.

37
Avaliação de segurança e
comprovação de eficácia – Anvisa
• Os alimentos que apresentarem em seus dizeres de rotulagem e ou
material publicitário as alegações aprovadas pela Anvisa devem ser
registrados nas categorias de “Alimentos com Alegações de Propriedade
Funcional e ou de Saúde” ou de “Substâncias Bioativas e Probióticos
Isolados com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde”. Assim,
devem ter registro prévio à comercialização, conforme anexo II da
Resolução RDC nº 278/2005.

• O registro de alimentos com alegações e a avaliação de novas alegações


serão realizados mediante a comprovação de segurança de uso e de
eficácia, atendendo aos critérios estabelecidos nas Resoluções nº
17/1999, 18/1999, 19/1999.

• Os produtos são avaliados caso a caso e seus processos de pedido de


registro devem apresentar as documentações necessárias para a
comprovação de sua segurança e eficácia na área de alimentos. As
avaliações são realizadas com base na documentação científica
apresentada pela empresa.
38
Avaliação de segurança e
comprovação de eficácia – Anvisa
• Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da eficácia alegação de
propriedade funcional e ou de saúde:
o Descrição científica dos ingredientes do produto, segundo espécie de origem botânica, animal ou
mineral, quando for o caso
o Descrição da metodologia analítica para avaliação dos componentes objeto da alegação
o Composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou formulação do produto
o Ensaios bioquímicos
o Ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de experimentação
o Estudos epidemiológicos
o Ensaios clínicos
o Evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação
internacionalmente reconhecida sobre as propriedades e características do produto
o Comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de danos à saúde.

• Informações documentadas sobre aprovação de uso do alimento ou ingrediente em outros países,


blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros organismos internacionalmente reconhecidos.

39
Avaliação de segurança e
comprovação de eficácia – Anvisa
• Consideram-se evidências científicas as cópias dos artigos
originais publicados em revistas de cunho reconhecidamente
científico. Portanto, não são válidos como evidências
científicas capítulos de livros, artigos de revistas semanais
não-científica, dentre outras.

• Qualquer folheto de informação ao consumidor, que


componha a embalagem do produto, ou seja, um instrumento
de divulgação do mesmo, não poderá veicular alegações de
propriedade funcional ou de saúde diferente daquelas
aprovadas pelo órgão competente da Anvisa para constar em
sua rotulagem, conforme estabelece o Artigo 23 do Decreto-
Lei nº 986/1969.
40
Classes de compostos funcionais
• PROBIÓTICOS:
o Os probióticos são microorganismos vivos que podem ser agregados
com suplementos na dieta contribuindo para o equilíbrio da flora
intestinal.
o A definição atualmente aceita é que os probióticos são
microrganismos vivos, administradas em quantidades adequadas, que
conferem benefícios á saúde do hospedeiro.

• PREBIÓTICOS:
o Os prebióticos são oligossacarídeos não digeríveis, porém
fermentáveis, cuja a função é mudar a atividade da microbiota
intestinal com a perspectiva de mudar a saúde do hospedeiro.
o As fibras dietéticas e os oligossacarídeos não digeríveis são os
principais substratos de crescimentos dos microorganismos no
intestino e que fazem a ação de alimentar os microrganismos
presentes na microbiota intestinal. 41
Classes de compostos funcionais
o Causas e mecanismos dos efeitos benéficos atribuídos
aos probióticos

42
Classes de compostos funcionais
• FIBRAS SOLÚVEIS:
o As definições de fibras pela FDA (Food and Drug Administration) foram
baseadas em vários estudos analíticos e clínicos, os quais derivaram em
três conceitos distintos:
 A fibra dietética: definida como carboidratos não digeridos e lignina
que é intrínseca de plantas intactas.
 A fibra funcional: definida como um carboidrato não digerido, isolado,
que tem sido associado à efeitos benéficos em humanos.
 A fibra total: definida como o somatório da fração de fibra dietética e
fibra funcional.

o Os efeitos fisiológicos primários aplicados ao uso de fibras são: Laxação,


diminuição dos níveis séricos de glicose e normalização dos níveis séricos
de colesterol. Muitos estudos relacionados à fibra e recomendações
nutricionais ainda estão em andamento. E, devido a este fato, não há uma
recomendação específica e sim uma estimativa de ingestão, denominada
como AI (Ingestão adequada, segundo as DRIs).

43
44
Classes de compostos funcionais
• AMIDO RESISTENTE:
o Amido resistente é definido como a soma do amido e seus produtos
de degradação que não são absorvidos no intestino delgado de
indivíduos sadios.

o Por ser resistente às enzimas digestivas e não ser absorvido no


intestino, o amido resistente tem baixo valor calórico e se caracteriza
por efeitos fisiológicos semelhantes ao das fibras alimentares, sendo
freqüentemente considerado como fibra.

o Varia de 0,5 a 6% do conteúdo do amido:


 Cereais: 0,4 a 2%/ Batata: 1,0 a 3,5%/ Legumes: 3,5 a 5,7%.

o As principais funções do amido resistente são:


 Produzir ácidos graxos de cadeia curta, reduzir o potencial calórico dos
alimentos e aumentar a saciedade, reduzir o índice glicêmico dos
alimentos, aumentar o teor de fibras nos alimentos e contribuir para a
redução do colesterol sérico.
45
46
47
Classes de compostos funcionais

• ALIMENTOS SULFURADOS E NITROGENADOS:


o Os alimentos sulfurados e nitrogenados são compostos
orgânicos usados na proteção contra a carcinogênese e a
mutagênese, sendo ativadores de enzimas na detoxificação do
fígado.

o Entre os principais temos:


 Compostos sulfurosos: Vegetais como o alho, a cebola, o alho-poró
e a cebolinha contém sufitos, que podem estimular o crescimento
bacteriano. Apesar dos estudos divergirem, há indícios que o
consumo de alimentos ricos em compostos sulfurosos podem
diminuir a pressão sanguínea e aumentar a defesa imunológica.
 Isocianatos e indois: Compostos presentes em vegetais como
brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho, além de agrião,
nabo e rabanete. Os estudos demonstram potencial em proteger
as células de lesões do DNA e câncer. 48
Classes de compostos funcionais
• Compostos sulfurados do alho

49
Classes de compostos funcionais
• COMPOSTOS FENÓLICOS:
o São um dos maiores grupos de componentes
dietéticos, não essenciais, que têm sido associados
com a inibição da oxidação em alimentos e sem
sistemas biológicos, por inibição da aterosclerose e
câncer.
o Essa ação em sistemas in vivo e in vitro, é devido à
capacidade destes compostos de quelarem metais,
inibir lipoxigenases e seqüestrar radicais livres.

50
51
52
53
Classes de compostos funcionais

• ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS:


o Ácido graxos poliinsaturados destacando as séries ômega-3 e ômega-
6, são encontrados em peixes de água fria (salmão, atum, sardinha e
bacalhau), óleos vegetais, sementes de linhaça e nozes.
o São duas famílias de ácidos gordurosos poliinsaturados, cada
representada por um ácido essencial: o ácido linoléico (ômega-6) e o
ácido α-linolênico (ômega-3), que por sua vez, dão origem a outros
ácidos essenciais de cadeias mais longas, chamados de ácidos graxos
poliinsaturados de cadeia longa.
o O ácido ômega-3 é antiinflamatório, antitrombótico, antiarrítmico e
reduzem os lipídios do sangue, tendo propriedades vasodilatadoras.
o Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a ingestão de peixes
regularmente na dieta tem efeitos favoráveis nos níveis de
triglicérides, pressão sanguinea, mecanismos de coagulação e ritmo
cardíaco, na prevenção do câncer e na redução nos índices de
54
arterosclerose.
55
56
57
58
59
Principais compostos funcionais

60
Principais compostos funcionais

61
62
63
Alimentos e Humor
• Carboidratos
o A teoria mais aceita diz que o consumo
de carboidratos eleva a quantidade de
triptofano no cérebro
o Este aminoácido é um precursor da
serotonina, que é um neurotransmissor
conhecido calmante
o Foi formulada a hipótese de que a
sacarose , assim como outros açúcares
simples, age sobre a liberação de
endorfinas
o Isto explicaria ligado à tendência de
consumir doces nos períodos de estresse
e a preferência por doces durante festas
em situações de euforia
64
Alimentos e Humor
o O triptofano também encontrado em todas as proteínas
completas como as da carnes, laticínios e ovos
o Mesmo após uma refeição rica nestas proteínas, pouco
triptofano atinge o cérebro devido à competição com
outros aminoácidos
o Contudo, depois de uma refeição rica em carboidratos,
a insulina atua mais intensamente sobre os
aminoácidos, realizando uma melhor distribuição dos
mesmos
o Deste modo, uma quantidade maior de triptofano é
direcionada para o cérebro

65
Alimentos e Humor
• Chocolate
o Além do açúcar, contém tirosina que
também estimula a produção de
serotonina
o Possui minerais importantes como
cobre, manganês e magnésio
(nutrientes muito demandado em
função das perdas no período pré-
menstrual)
o Aumenta a produção de endorfina e
dopamina, neurotransmissores
responsáveis pelo relaxamento
66
Alimentos e Humor
• Ovos, Fígado e Soja
o A colina e a lecitina afetam de favoravelmente o
funcionamento cerebral resultando em alterações
positivas de humor

• Folhas Verdes
o O ácido fólico é um antidepressivo
o Esse nutriente, na forma reduzida, pode regular os
níveis cerebrais de serotonina
o Contudo overdosagens dessa vitamina são tóxicas

67
Alimentos e Humor
• Salmão e outros peixes
o Ácidos graxos ômega-3, estão associados à alterações do
cérebro que parecem melhorar os estados de humor
o Em estudo 55 voluntários, foram entrevistados para
determinar o consumo médio de ômega-3. Todos foram
submetidos à ressonância magnética funcional estrutural
de alta resolução
o As imagens revelaram associação entre consumo elevado
de ômega-3 e maior volume da substância cinzenta
(formada pelo corpo celular dos neurônios) das áreas
responsáveis pelo controle das emoções, como córtex
cingulado, amígdala e hipocampo (áreas reduzidas em
pacientes com depressão maior e outros distúrbios de
humor)
68
Alimentos e Humor
• Carnes, grãos integrais e levedo de cerveja
o A piridoxina (vitamina B6) atua no humor de forma
semelhante ao ácido fólico
o A suplementação pode funcionar pois a carência de
vitamina B6 ou de ácido fólico no organismo pode
levar a uma diminuição na síntese de serotonina
com ação direta sobre o humor
o A melhor forma de conseguir esses nutrientes é
através da dieta equilibrada e variada

69
Alimentos e Humor
• Frutos do mar
o Apresentam um alto teor de selênio
o Sua deficiência pode causar depressão
o A atuação ainda é desconhecida, no entanto, supõe-se
que sua atividade antioxidante esteja envolvida
o O selênio é cofator de enzimas reguladoras dos
sistemas de oxiredução

• Castanha-do-Pará
o Muito rica em selênio

70
Alimentos e Humor
• Aveia
o Cereal que contém altas doses de triptofano
o Também tem bons níveis de selênio

• Laranja, maracujá, acerola, caju e jabuticaba


o Possuem altas teores de ácido arcórbico (vitamina C),
previnem o cansaço e combatem o estresse
o Colaboraram com as defesas do organismo
o A jabuticaba ainda de contém vitaminas do complexo
B

71
Alimentos e Humor
• Cafeína (em excesso)
o A cafeína produz um "boost" de energia, ou seja, um aumento
no estado de alerta, por isso as algumas pessoas consomem e
café para permanecerem em estado de alerta
o A cafeína causa dependência física e psicológica
o Opera por mecanismos similares às anfetaminas e à cocaína
agindo nos mesmos receptores do sistema nervoso central
(SNC)

o Seus efeitos, contudo, são mais fracos

o O mais importante é o efeito que a cafeína tem sobre o sono. A


recepção de adenosina (que é afetada pela cafeína) é muito
importante para o sono, principalmente para o sono profundo
72

You might also like