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PROGRAMA
Programa do curso:
O curso é introdutório e tem por objetivo apresentar aos alunos a Antropologia Sociocultural como campo de
conhecimento, prestando especial atenção a algumas questões centrais em sua constituição: sua matriz
histórica, suas tradições teóricas e metodológicas, sua posição no campo das ciências humanas, suas
relações com a Psicologia. O curso é, em parte histórico, mapeando alguns desenvolvimentos iniciais da
disciplina; e em parte temático, abordando alguns de seus conceitos básicos e seus métodos de pesquisa.
Focalizaremos as definições da antropologia e sua relação com as demais ciências sociais, o início da
profissionalização da disciplina no final do século XIX, bem como questões metodológicas e discussão de
noções-chave da antropologia, como a relação entre relativismo e etnocentrismo, e natureza e cultura, entre
outros. Finalmente, o curso divide-se em dois blocos que, em síntese, consistirão em: I) apresentar aos
alunos as especificidades que constituem a reflexão antropológica enquanto perspectiva de análise dos
fenômenos gerais da vida humana; II) mapear as interseções e influências mútuas entre os campos da
Antropologia Cultural e da Psicologia na constituição de um saber sobre o ser humano e sobre a cultura.
PLANO DE CURSO:
Introdução
Bibliografia:
GUSDORF, Georges. 1974. Introduction aux sciences humaines. Paris: Editions Ophrys.
HAZARD, Paul. 1961. A Crise da Consciência Européia: 1680-1715. Paris: Fayard.
HIMMELFARB, Gertrude. 2011 [2005]. Os caminhos para a modernidade: o iluminismo britânico, americano
e francês. São Paulo: É Realizações.
II. Antropologia no quadro do pensamento filosófico, social e científico europeu da segunda metade do séc. XIX
Bibliografia:
CASTRO, Celso (org.). 2005. Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar.
GOULD, Stephen Jay. 1991 [1981]. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes
KUPER, Adam. 2008 [2005]. A reinvenção da sociedade primitiva: transformações de um mito. Recife:
Ed.UFPE.
MEIRA PENNA, José Osvaldo de. 2006. Polemos: uma análise crítica do darwinismo. Brasília: Editora da
UnB.
BURROW, J. W. 1966. Evolution and Society: a study in Victorian social theory. Cambridge: CUP.
HIMMELFARB, G. 1968. Victorian Minds: a study of intellectuals in crisis and ideologies in transition. New
York: Knopf.
STOCKING Jr, George W. 1987. Victorian Anthropology. New York: The Free Press.
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Segunda parte: O conceito antropológico de cultura
Bibliografia:
CUCHE, Denys. 2002 [1999]. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC.
ELIAS, Norbert. 1990 [1939]. “Da Sociogênese dos conceitos de civilização e cultura”, In: O processo
civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 21-64.
KUPER, Adam. 2002 [1999]. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC.
Bibliografia:
BENEDICT, Ruth. [1934] 2005. Padrões de Cultura. Lisboa: Edições Livros do Brasil.
CASTRO, Celso (org.). 2004. Franz Boas: antropologia cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
GEERTZ, Clifford. 1973 [1978]. Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (se possível cotejar
com o original em inglês, pois a tradução brasileira traz muitos erros).
KUPER, Adam. 2002 [1999]. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC.
KUPER, Adam. 1978 [1973]. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
LEACH, Edmund1982. A Diversidade da Antropologia. Lisboa: Edições 70.
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1987 [1960]. “O campo da antropologia”, e “O que a etnologia deve a Durkheim”,
In Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
MEAD, Margareth. 1988 [1950]. Sexo e Temperamento. 3ª ed., São Paulo: Editora Perspectiva.
MAUSS, Marcel. 2003 [1950]. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify
STOCKING Jr, George W. (org.). 2004 (1999). Franz Boas: a formação da antropologia americana.
Rio de Janeiro: Contraponto/Editora UFRJ
Bibliografia complementar:
BARNARD, Alan. 2000. History and theory in anthropology. Cambridge: Cambridge Univ. Press.
HARRIS, Marvin. 1968. The rise of anthropological theory. New York: Thomas Crowell Co.
MOORE, Jerry D. 2009. Visions of culture: an introduction to anthropological theories and theorists. Lanham:
Altamira Press.
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Quarta parte: Etnografia e Trabalho de Campo
Bibliografia:
EVANS-PRTCHARD, E. E. 1985. [1951]. “Trabalho de campo e tradição empírica”. In: Antropologia Social.
Lisboa: Edições 70. pp.67-85.
LÉVI-STRAUSS, Claude. 2004 [1955]. Tristes Trópicos. São Paulo: Cia das Letras.
MALINOWSKI, B. 1976 .[1922]. “Introdução: tema método e objetivo desta pesquisa”, In: Os Argonautas do
Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural. pp. 21-74.
MATTA, Roberto da. 1978. “O ofício do etnólogo, ou como ter anthropological blues”, In E. O. Nunes (org.),
A Aventura Sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 23-35
SEEGER, Anthony. 1980. “Pesquisa de Campo: Uma Criança no Mundo” In: Os Índios e Nós: Estudos
sobre Sociedades Tribais Brasileiras. Rio de Janeiro, Ed. Campus.
AULAS
Março: 19, 26
Abril: 2, 9, 16, 23, 30
Maio: 7, 14, 21, 28
Junho: 4, 11, 18, 25
Julho: 2 (data reservada para eventual prova de 2ª chamada)
AVALIAÇÃO
1) A definir. Porém, será realizada ao menos uma verificações escrita. O objetivo é avaliar o
rendimento individual das leituras recomendadas, bem como resgatar a dimensão do conteúdo dos debates
em classe por ocasião das aulas expositivas.
2) Frequência: a aprovação está condicionada à presença mínima de 75% das aulas
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BIBLIOGRAFIA
CATRO, Celso (org.). 2004. Franz Boas: antropologia cultural. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.
CASTRO, Celso (org.). 2005. Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro,
Jorge Zahar.
CUCHE, Denys. 1996 (2002). A noção de cultura em ciências sociais. Bauru, EDUSC.
ERIKSEN, Thomas H., & Finn S. Nielsen. 2001 (2007). História da Antropologia. Petrópolis, Vozes.
FREUD, Sigmund. 1913 (1989). Totem e Tabu. New York, Routledge & Kegan Paul (procurar uma edição
brasileira ou portuguesa).
GEERTZ, Clifford. 1973 [1978]. Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (se possível cotejar
com o original em inglês, pois a tradução brasileira traz muitos erros).
GIRARD, René. 1978 (2008). Coisas ocultas desde a Fundação do Mundo. São Paulo, Paz e Terra.
KARDINER, Abram & Edward Preble. 1961 (1964). Eles estudaram o homem: vida e obra dos grandes
antropologistas. São Paulo, Ed. Cultrix.
LÉVI-STRAUSS, Claude. [1949/1967] 1976. “Natureza e Cultura” (Cap. I), In: As Estruturas Elementares do
Parentesco, Petrópolis:Vozes
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1954 (1989). “Lugar da Antropologia nas Ciências Sociais e problemas colocados
por seu ensino”. In: Antropologia Estrutural. 3ª ed. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, pp. 385-423
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1954 (1989), “O feiticeiro e sua magia”. In: Antropologia Estrutural. 3ª ed. Rio de
Janeiro, Tempo Brasileiro, pp. 193-214.
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1954 (1989), “A eficácia simbólica”. In: Antropologia Estrutural. 3ª ed. Rio de
Janeiro, Tempo Brasileiro, pp. 215-236.
MALINOWSKI, Bronislaw. 1978 [1922]. “Introdução: tema, método e objetivo desta pesquisa”, In:
Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural (Col. Os Pensadores).
MAUSS, Marcel & Paul Fauconnet. 1901 (1981). “Sociologia” (em especial o capítulo Relação dos
fenômenos gerais da vida coletiva com outros fenômenos da vida humana), In: Ensaios de
Sociologia. São Paulo: Ed. Perspectiva, pp. 3-140.
MAUSS, Marcel. 2003 [1950]. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify
MEAD, Margareth. 1950 (1988). Sexo e Temperamento. 3ª ed., São Paulo: Editora Perspectiva.
ROCHA, Everardo. (1991). O que é etnocentrismo. Col. Primeiros Passos, Ed. Brasiliense.
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RODRIGUES, José Carlos. 1986. Tabu do corpo. Rio de Janeiro, Dois Pontos.
SAHLINS, Marshall. 1976 (2004). “La Pensée Bourgeoise: a sociedade ocidental como cultura”, In: Cultura
na Prática. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, pp. 179-219 (originalmente publicado no livro Cultura e razão
prática / Culture and practical reason).
SEEGER, Anthony. 1980. “Pesquisa de Campo: Uma Criança no Mundo” In: Os Índios e Nós: Estudos
sobre Sociedades Tribais Brasileiras. Rio de Janeiro, Ed. Campus.
STOCKING Jr, George W. (org.). 2004 (1999). Franz Boas: a formação da antropologia americana.
Rio de Janeiro: Contraponto/Editora UFRJ
OBS. A bibliografia é apenas indicativa, podendo sofrer acréscimos ou substituições de acordo com o
andamento das aulas. Não se espera que os alunos leiam integralmente todos os títulos
mencionados acima, mas trechos e capítulos previamente selecionados pelo professor.